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A CRIAÇÃO

 

 

1 NASCIDO PARA RESTAURAR Gênesis 1.1-2

 

2 DEUS FEZ E TUDO SE FEZ Gênesis 1.1

 

3 O DEUS DA CRIAÇÃO Salmo 100.1-3

 

4 O QUE SÓ DEUS PODE FAZER Gênesis 1.4

 

5 O QUE O SÁBADO SIGNIFICA Gênesis 2.1-3

 

6 O QUE É A HUMANIDADE? Gênesis 1.26-29

 

7 QUIAS OS DEVERES DA HUMANIDADE? Gênesis 2.15

 


 


 

1

NASCIDO PARA RESTAURAR

Pr. Wilian S. Cardoso

TOPO

GÊNESIS 1.1-2

 

O livro de Gênesis narra a criação do mundo – o Universo, a Terra, a humanidade e todas as outras formas de vida.

Como o livro dos primórdios, ele revela o plano eterno dentro do coração de Deus de ter um povo próprio, separado para adorá-Lo.

Gênesis é o livro de abertura da Bíblia e o primeiro dos cinco livros do Pentateuco. Na Bíblia Hebraica, Gênesis pertence à Torá, um termo hebraico que significa “lei”, ou, literalmente, “ensinamento”. Gênesis é chamado de livro dos começos ou livro das origens, pois a palavra grega génesis significa “origem” ou “nascimento”.

Os antigos hebreus, no entanto, nomeavam seus documentos a partir da(s) palavra(s) mais significativa(s) na abertura do texto, por isso Gênesis é chamado de b’reshit, cuja tradução é “no princípio”, que é a expressão de abertura desse livro.

 

1. OS TEMAS DE GÊNESIS QUE SÃO ESTRUTURAIS PARA TODA A BÍBLIA

 

- A criação é o tópico pelo qual a Bíblia inicia e termina ao falar sobre a revelação de Deus. Sem o fundamento descritos nesse livro, o restante da Bíblia não teria sentido. Portanto, o tema principal em Gênesis é, obviamente, o começo – a criação.

- A obra relata as origens dos Céus e da Terra, de todas as coisas criadas, da família humana, do relacionamento de aliança de Deus com os humanos, do pecado, da redenção, das nações, das línguas e do povo escolhido de Deus.

- Em especial, Gênesis nos ensina sobre o problema do pecado e o plano da salvação de Deus. Revela o caráter de Deus e Sua busca incansável para restaurar a comunhão interrompida entre os seres humanos e Ele mesmo.

 

2. AS HISTÓRIAS EM GÊNESIS REVELAM TEMAS INDISPENSÁVEIS

 

- A natureza de Deus como Criador, mas também como Redentor;

- O valor da vida do ser humano (criado à imagem de Deus);

- As terríveis consequências da desobediência e do pecado (separando o homem de Deus);

- E a maravilhosa promessa da salvação e do perdão através do Messias vindouro.

 

3. A CRIAÇÃO – MORTE - RESTAURAÇÃO

 

O tema da criação é tão significativo que está revelado não somente nas histórias de Gênesis como também na própria estrutura literária do livro. Gênesis é estruturado por 10 usos da palavra hebraica toldot, uma expressão que pode ter diferentes significados dependendo do contexto, mas que essencialmente se refere aos eventos que aconteceram a partir do advento do céu e da Terra – ou seja, toda a história humana, daí ela é traduzida como “gerações” ou “histórias”. E precisamente esse termo foi usado para abrir as várias seções dentro de todo o livro.

Então, quando Gênesis 2:4 declara: “esta é a gênese [toldot] dos céus e da Terra”, e daí passa a contar a criação de Adão e Eva, devemos entender que o primeiro casal humano é uma geração fruto da história do céu e da Terra. Do mesmo modo, as toldot de Terá contêm as histórias de Abraão (11:27–25:11), e as toldot de Isaque é a longa história de Jacó (25:18–35:29).

Nessa perspectiva, a história de vida de alguém é vista como algo “gerado” por um pai. Terá, por exemplo, não foi apenas pai de um filho chamado Abrão, mas gerou uma história que é representada na vida dele – um peregrino de fé, que deixou Ur e Harã, foi para o Egito, libertou Ló, gerou Ismael, intercedeu por Sodoma etc. Ou seja, Terá “gerou” Abraão com sua história de vida.

Da mesma forma, Deus gera os céus e a Terra para serem criadores de vida, os quais, por sua vez “geram” os seres humanos que interrompem essa história de vida pela inserção de um elemento novo – a morte, que surge pela geração do pecado. E, como consequência disso, uma nova geração de restauração é formada.

 

4. O PADRÃO ESTUTURADO DE GÊNESIS COMPROVA QUE TUDO É GERADO!

 

É interessante perceber o padrão bem estruturado de composição do livro que segue uma sequência entre narrativa e genealogia. Isso porque algumas dessas toldot são genealogias, enquanto outras introduzem longas seções narrativas (histórias).

É curioso observar também que nas primeiras cinco gerações, o padrão genealogia e narrativa estão combinados, ou seja, a genealogia provê os atores da história que é narrada a seguir; porém, a partir de Terá essa inter-relação desaparece, pois enquanto Isaque e Jacó geram histórias sem genealogias explícitas, Ismael e Esaú, gerações de Abraão e Isaque, geram somente genealogias, sem histórias.

 

Introdução / 1:1 – 2:3

narrativa

 

Toldot dos céus e da terra / 2:3 – 4:26

narrativa

 

Toldot de Adão e Eva / 5:1 – 6:8

genealogia

 

Toldot de Noé / 6:9 – 9:29

narrativa

 

Toldot dos filhos de Noé / 10:1-31

genealogia

 

Toldot de Sem / 11:10 – 11:26

genealogia

 

Toldot de Terá / 11:27 – 25:11

 

narrativa

 

Toldot de Ismael / 25:12-18

genealogia

 

Toldot de Isaque / 25:19 – 35:29

narrativa

 

Toldot de Esaú / 36:1 – 37:1

genealogia

 

Toldot de Jacó / 37:2 – 50:26

narrativa

 

 

5. GENEALOGIAS BÍBLICAS: PERSONAGEM-QUEDA-REDENÇÃO

 

Além disso, as narrativas se mantêm em um ciclo de personagem-queda-redenção, exceto, obviamente, a primeira, por ser a história-mor da criação, anterior a qualquer falha.

Porém, assim como a história da criação termina com descanso, representado pelo sábado, os relatos pós-queda seguem o mesmo ciclo findando com uma perspectiva redentiva.

De Adão surge Noé, o redentor do dilúvio; no fim do dilúvio, a aliança de Deus; a torre de Babel termina com Abraão, o fiel de Deus, e assim por diante. Em outras palavras, o sábado como final da primeira narrativa, o relato da criação em si, é um símbolo e vislumbre do que é a realidade criada por Deus. E essa realidade deve não apenas ser gerada na história de vida de Seus filhos como deve ser o objetivo dela.

 

6. A IMPORTÂNCIA DO POVO DE DEUS EM CADA ÉPOCA DA HISTÓRIA HUMANA

 

Não é por acaso que cada genealogia com narrativa traça um crescendo no propósito da história: Noé é um novo Adão; Abraão, um novo Noé; Jacó, um Abraão etc. E cada uma das seções narrativas remonta à narrativa original do céu e da Terra. São novos Adãos e Evas, iniciando o projeto de desfazer a maldição e trazer de volta a história original da Terra. Porém, o retorno dessa história depende do povo de Deus. Ou seja, todo o mundo gera algo, mas é o povo de Deus que gera a história que pode recriar a realidade da primeira história. Porque história é aquilo que Deus gera e a criação é o princípio de toda a história.

 

7. OS NOMES DE DEUS: UM CRIADOR SUPREMO, UM SALVADOR PESSOAL

 

Essa observação por si só nos ajuda a entender muito sobre o livro. Na criação dos céus e da Terra (Gn 1) e na criação dos seres humanos (Gn 2), Gênesis usa dois nomes distintos para se referir a Deus a fim de descrever Suas diferentes características. A razão para as diferenças de nomes tem a ver com a ênfase que o autor está dando.

Elohim (Gn 1) é o nome geral para “Deus” e é usado no contexto de Deus como Criador. Enfatiza que Deus é distante e poderoso, e é usado para descrever Deus como Criador impressionante e majestoso.

YHWH (“SENHOR”) é o nome pessoal de Deus e é usado no contexto de Deus em relacionamento com Seu povo, quando o Senhor está pessoalmente envolvido com a humanidade.

Assim, embora Gênesis 1 apresente os céus e a Terra como geradores dos seres humanos, é Elohim o princípio de tudo. Ele não tem geração nem história, pois é o Gerador delas por meio daquilo que Ele cria. Os céus-Terra só têm existência por Sua vontade, e a partir deles Ele gerou a humanidade de forma pessoal e íntima, pois mesmo gerados da Terra, os seres humanos têm um Pai real, cuja história deveria ser representada pela existência de Seus filhos.

 

APELO

 

Enfim, entre muitas lições de Gênesis, ele nos lembra que somos histórias vivas de Deus. E que esse mundo é criação Dele, que, embora contaminado pelo pecado, somos gerados para, em nossa vida, restaurar a história original dos céus e da Terra, para finalmente descansar na geração original de Deus, o princípio da criação... a história final.

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil


 

2

DEUS FEZ, E TUDO FEZ

Marcelo Augusto de Carvalho

TOPO

GÊNESIS 1.1

 

INTRODUÇÃO

 

O livro de Gênesis e, portanto, toda a Bíblia começa com os atos divinos da criação. Esse fato é muito importante, pois significa que nossa criação marca o início da história humana e bíblica. Isso também indica que o relato da criação contido em Gênesis tem a mesma veracidade histórica de outros eventos da história humana e bíblica.

Os dois textos sobre a criação, em Gênesis 1 e 2, contêm lições sobre Deus e a humanidade. Nesta semana, entenderemos melhor o profundo significado do sábado e refletiremos sobre o ato divino de criar o ser humano à Sua imagem a partir do pó da terra. Ficaremos fascinados com o propósito da árvore do conhecimento do bem e do mal e entenderemos sua conexão com a árvore da vida.

A lição Hmais importante das histórias bíblicas sobre as origens é acerca da graça. Nossa existência é puramente um ato da graça. Deus criou os céus e a Terra enquanto os seres humanos ainda não existiam. Assim como nossa criação, nossa redenção também é um presente divino. E o fato de ambos os conceitos, criação e redenção, coexistirem no mandamento do sábado do sétimo dia é algo muito profundo.

 

CONFIRMAÇÕES POSTERIORES DA ESCRITA E AUTORIA DO LIVRO DE GÊNESIS

 

É significativo que a Bíblia comece com a criação. Muitos livros bíblicos começam com uma evocação a esse evento.

 

O livro de Crônicas inicia com a criação a fim de testemunhar que todos pertencemos à mesma raça humana, vinda do mesmo Pai (1Cr 1:1).

 

Isaías começa com Gênesis 1:1, que é a primeira linha do relato da criação, para nos lembrar de que Deus é nosso Provedor e que devemos ouvi-Lo (Is 1:2).

 

O primeiro testemunho de Daniel ao gentio chefe dos eunucos foi uma citação do relato da criação. As palavras de Daniel testificaram ao eunuco que Deus é o Criador, que lhes dava o alimento (Dn 1:12).

 

Salomão introduziu sua reflexão meditando sobre a criação (Ec 1:1-11). Ele lamentou a vaidade da vida, entendendo que “não há nada de novo debaixo do sol” (Ec 1:9).

 

O Evangelho de João inicia com um poema sobre a criação (Jo 1:1-14) para enfatizar a maravilha da encarnação: Jesus Cristo, que era Deus “no princípio”, criou o mundo e depois Se fez carne para salvá-lo. Seguindo o modelo desses autores bíblicos, estudaremos o texto bíblico da criação para aprender lições vitais sobre Deus, sobre nós mesmos como seres humanos e sobre a natureza e relevância da própria criação.

 

A BELEZA TERTEMUNHA A PERFEIÇÃO DA CRIAÇÃO DIVINA

 

A primeira lição que aprendemos do texto bíblico sobre a criação é uma mensagem de beleza. Jogos de palavras, jogos de sons, paralelismos e estruturas bem equilibradas contribuem para produzir uma expressão poética poderosa. O ritmo de sete domina a passagem. A narrativa da criação não apenas cobre um período literal de sete dias, mas também vemos vários casos de repetição de sons, palavras ou mesmo frases específicas sete vezes. Esse ritmo de sete não é motivado apenas esteticamente. Essa característica estilística tem um significado profundo; ela testemunha a perfeição da criação divina.

 

O RELATO É UMA NARRAÇÃO, JAMAIS LITERATURA IMAGINATIVA

 

É importante observar que a beleza literária do texto não sugere que o relato da criação deva ser entendido meramente como uma representação poética da imaginação. As formas verbais, que são as mesmas usadas em textos narrativos, o estilo de genealogia, que caracteriza a forma desse texto, e sua estrutura literária, que conecta os dois primeiros capítulos de Gênesis, todos são testamentos gramaticais e literários da intenção histórica do texto.

 

O texto do primeiro relato da criação é explicitamente identificado, por seu Autor, como uma genealogia (Gn 2:4). Além disso, também mostra de fato todas as características literárias do formato de genealogia. A razão de o texto bíblico da criação ter sido escrito dessa forma é a intenção de conectar o leitor com as outras genealogias do livro do Gênesis e alertá-lo de que esse relato sobre o evento da criação pertence à história humana da mesma forma que a vida dos patriarcas.

 

Ademais, as correspondências linguísticas e temáticas entre o primeiro relato da criação (Gn 1:1–2:4) e o segundo que se segue (Gn 2:4-25) indicam um paralelismo entre os dois textos: a mesma estrutura em sete etapas no primeiro relato da criação (Gn 1:1–2:4) também se encontra no segundo (Gn 2:4-25). O relato da criação em Gênesis 1:1-2:4 está conectado à narrativa histórica em Gênesis 2:4-25. Isso sugere a intenção do autor de comunicar seu relato sobre a criação dos céus e da Terra como um evento pertencente à mesma narrativa histórica da formação do ser humano.

 

Ao conectar os dois relatos da criação, o autor também sugere que o mesmo fator “tempo”, que atuou na criação do ser humano, também atuou na criação dos céus e da Terra. O mundo e tudo que nele existe não levaram milhões de anos para atingir um estágio de maturidade que permitisse que tudo funcionasse corretamente. Por outro lado, o relato da criação de Gênesis não se apresenta como uma análise científica do evento da criação. Fosse esse o caso, o relato da criação teria sido escrito como uma fórmula muito complicada e infinitamente longa, que seria inacessível aos humanos. O autor bíblico escreveu, sob inspiração, o relato da criação como um evento histórico. Tudo o que ele disse sobre o evento da criação é verdade e não deveria conflitar com a ciência.

 

No entanto, sugeriu-se muitas vezes que a intenção do relato da criação não era histórica, mas essencialmente teológica ou filosófica. Além disso, argumentou-se que o texto de Gênesis 1 pretendia apenas edificar espiritualmente, não informar historicamente. Na verdade, esse método de leitura das Escrituras deriva de uma pressuposição crítica fundamentada no estudo da literatura grega clássica. De fato, nessa tradição, a mensagem espiritual tem primazia, e o evento histórico é secundário e irrelevante para o pensamento filosófico. Ao ser aplicado às Escrituras, esse método de leitura tem levado muitos estudiosos da Bíblia a rejeitar a intenção histórica do texto bíblico. Assim, no caso da ressurreição de Jesus, por exemplo, sua historicidade foi ignorada, e até questionada, enquanto os estudiosos se concentravam somente na mensagem espiritual de Sua vida. Mas a verdadeira visão bíblica opera inversamente a isso. A mensagem teológica procede do evento histórico. Visto que a ressurreição de Jesus é um evento histórico, podemos crer em Deus e pensar nossa teologia. Como o relato da criação em Gênesis é histórico, ele contém importantes lições espirituais e teológicas sobre Deus e os seres humanos.

 

DISSECANDO GÊNESIS 1.1

 

NO PRINCÍPIO

 

A expressão hebraica bere´shit, “no princípio”, é enfatizada. Ela está no início da frase de abertura em Gênesis. Além disso, recebeu um acento enfático, o qual a destaca e a separa do restante da frase. De acordo com essa acentuação, a frase deve ser pontuada e lida assim: “No princípio; Deus criou os céus e a Terra.” A frase bere’shit é, na verdade, uma expressão técnica especificamente associada ao relato da criação. É de fato significativo que essa expressão seja muito raramente usada na Bíblia hebraica. Fora de Gênesis 1:1, bere’shit ocorre apenas quatro vezes, e apenas em Jeremias. Nesse livro, bere’shit pertence a uma fórmula estilística regular, aludindo às palavras introdutórias do relato da criação (Jr 26:1; 27:1; 28:1; 49:34, 35), embora as mensagens em si não tenham referência direta a esse relato.

 

DEUS

 

A ênfase nesse “princípio” é reforçada pela ênfase no nome hebraico ‘Elohim (“Deus”) para designar Deus no relato da criação (Gn 1:1–2:4). Esse nome é derivado da raiz ‘alah, que transmite a ideia de força e preeminência. A forma plural confirma essa ênfase, uma vez que é uma expressão literária de intensidade e majestade, em vez de uma indicação de um plural numérico “deuses”. Tal forma plural implicaria em uma crença politeísta não israelita em vários deuses. ‘Elohim se refere ao grande Deus, que transcende o Universo. O ritmo de Gênesis 1:1 ecoa a mensagem da preeminência de ‘Elohim. Essa palavra aparece no meio do verso. Além disso, no texto hebraico, o acento (. disjuntivo [^]) que separa o verso em duas partes iguais é anexado à palavra ‘Elohim, “Deus”, que, no canto tradicional na sinagoga, marca a pausa e o clímax do verso. “Deus” é a palavra mais importante do verso, não apenas porque Ele é o sujeito da frase, mas também por causa do ritmo dela.

 

CRIOU

 

A palavra bara’, “criar”, ocorre sete vezes no relato da criação (Gn 1:1, 21, 27 [três vezes nesse verso]; 2:3, 4), indicando assim seu pertencimento inerente a esse evento particular. Além disso, na Bíblia hebraica, esse verbo é sempre e exclusivamente usado em conexão com Deus como seu sujeito.

 

OS CÉUS E A TERRA

 

A primeira frase da Bíblia, “Deus criou os céus e a Terra”, estabelece desde o início que Deus e a criação Dele são duas coisas distintas que não derivam uma da outra. A frase “os céus e a Terra” é um merisma (duas partes contrastantes que se referem ao todo) em que a combinação dos dois elementos contrastantes da frase se refere à totalidade do Universo, implicando que tudo foi criado por Deus. O uso da mesma frase no fim do relato da criação, referindo-se à semana da criação (Gn 2:1, 4), sugere que a formação dos céus e da Terra se refere especificamente ao mundo humano que foi gerado durante aquela semana. Ao mesmo tempo, essa frase não exclui a possibilidade de outras criações fora da semana da criação.

 

APLICAÇÃO PARA A VIDA

 

No princípio, Deus. 

 

O evento da criação é o fundamento principal para a fé humana em Deus. Acreditar na criação, acreditar que devo minha existência e a realidade do mundo a Alguém que não vejo e que era antes de eu ser é o primeiro ato de fé.

É digno de nota que a única definição bíblica de fé está relacionada à criação, de acordo com o que Paulo, o autor da Epístola aos Hebreus, descreveu: “Ora, a fé é a certeza de coisas que se esperam, a convicção de fatos que não se veem” (Hb 11:1).

A criação é um evento na história que ocorreu quando os seres humanos ainda não estavam presentes para vê-lo e atestá-lo. Trata-se, portanto, de um evento por excelência que requer fé e, por implicação, é uma revelação de cima. Também é significativo que Paulo tenha começado sua lista de atos de fé com a criação: “Pela fé, entendemos que o universo foi formado pela palavra de Deus, de maneira que o visível veio a existir das coisas que não são visíveis” (Hb 11:3). O pensamento teológico, como a fé, deve primeiro começar com o reconhecimento da criação.

 

Perguntas para reflexão:

 

1. Como o fato de que a fé começa com a crença na criação afeta minha vida e minhas escolhas?

 

2. Que lição aprendemos com o fato de que não estivemos presentes para testemunhar a criação realizada pelas mãos divinas? O que aprendemos com a observância do descanso no sábado para celebrar o trabalho de Deus por nós?

 

ILUSTRAÇÃO

 

Que formosos são sobre os montes os pés do que anuncia as boas-novas, que faz ouvir a paz, que anuncia coisas boas, que faz ouvir a salvação, que diz a Sião: O teu Deus reina!" Isaías 52:7.

 

Vocês sabem por que Isaías chamava formosos os pés humanos? Olhem para seus próprios pés e vejam se sua escolha de adjetivo está correta. Que seria da vida de vocês, se não possuíssem esses pés, feitos a capricho? Cada um contém 26 ossos. Vocês podem movê-los em todas as direções, pois que Deus planejou 36 articulações. Resistentes tendões unem esses 26 ossos, fazendo deles um complicado conjunto de cerca de cinquenta músculos, que atuam numa coordenação de fração de segundo. Os ossos dos seus pés formam três arcos - dois no sentido longitudinal e um através do dorso do pé. Esses arcos provêm o natural molejo elástico dos pés quando vocês andam, correm ou saltam. Deus fez os pés elásticos de modo que, apesar de estar constantemente golpeando o chão, absorvem cada golpe e evitam trepidação da espinha e do cérebro. A maioria das pessoas adultas caminha cerca de doze a quinze quilômetros por dia. Se você pesa 60 quilos, seus pés absorvem um impacto total de cerca de mil quilos por dia. Poderia alguém, a não ser um maravilhoso Deus, planejar tão admirável meio de transporte? Nenhuma outra criatura tem pés semelhantes aos nossos. Os irracionais de quatro pés (quadrúpedes) precisam das patas anteriores e posteriores cara conseguir a arte de equilibrar-se que você consegue com um só pé. Quando você anda, tem as mãos livres, e o pensamento não precisa concentrar-se no andar. A evolução quer dizer que o pé humano se transformou gradualmente, capacitando a pessoa a caminhar sobre dois pés, em vez de quatro. Mas nenhum resto de fóssil comprova essa cadeia de acontecimentos. Não, Deus planejou que a própria pegada de Seus pés seja semelhante à do Criador. A questão importante é: São formosos os seus pés, e levam as felizes novas de que a paz e a salvação pertencem a todos os que permitem que Deus reine em seu coração?

 

Inspiração Juvenil 1977, 198. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí, SP, Brasil.

 

APELO

 

Creia cada vez mais nesse Deus criador. Faça dEle seu Senhor e Salvador!

 

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil


 


 

3

ELOHIM - O DEUS DA CRIAÇÃO

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho

TOPO

 

SALMO 100.1-3

 

Este verso aponta a reação humana ao Deus da criação. Mas Por quê? 

 

“Deus” está na primeira frase do relato da criação em Gênesis 1. Na tradução, lemos: “No princípio, Deus” (Gn 1:1). Na primeira linha, a palavra “Deus” está no meio do verso, e no canto litúrgico tradicional é pronunciada com maior entonação para enfatizar Sua importância. Sendo assim, o texto da criação começa dando ênfase a Deus, seu Autor.

 

ELOHIM

 

TRANSCENDÊNCIA – GÊNESIS 1

 

O livro de Gênesis inicia com duas apresentações diferentes de Deus. O primeiro relato da criação (Gn 1:1–2:4) O apresenta como infinitamente distante do ser humano, o Deus transcendente, Elohim, cujo nome traduz a supremacia divina. O nome Elohim denota preeminência e força, e o uso da forma plural expressa a ideia de majestade e transcendência.

 

MOMENTOS DA HISTÓRIA EM QUE DEUS MOSTROU SUA TRANSCENDÊNCIA

 

A TRANSCENDÊNCIA

 

SEU PODER E GLÓRIA

 

Na criação do planeta Terra, em 6 dias, descansando Ele mesmo no sétimo dia. Genesis 1.

No envio das 10 pragas sobre o Egito. Êxodo 7-12.

No abrir o Mar Vermelho para Israel passar a seco. Êxodo 14.

No ato de atrasar o sol para que Israel vencesse seus inimigos. Josué 10.

Na destruição da fortificada e indestrutível cidade de Jericó. Josué 6.

Nos milagres de Jesus. E o maior deles, a ressurreição de Lázaro. João 11.

 

SUA GRANDEZA E TAMANHO

 

Na TEOFANIA (demonstração de Seu poder) sob o monte Horebe ao anunciar os 10 mandamentos ao povo de Israel. Êxodo 20.

Na visão de Isaías, onde Deus estava em seu sublime trono, rodeado de anjos que o serviam. Isaías 6.

Na descrição da Volta de Cristo à Terra – glorioso, vencedor, rodeado de Seus santos anjos, vindo para reinar sobre todos! Marcos 13.26-27

 

IMANÊNCIA – GÊNESIS 2

 

O segundo relato da criação (Gn 2:4-25) apresenta Deus como próximo e pessoal, o Deus imanente YHWH, cujo nome para muitos indica proximidade e relacionamento.

Portanto, o texto da criação como um todo é um apelo implícito para adorarmos a Deus, estarmos cientes de Sua grandeza e de Seu poder infinitos em primeiro lugar e, ao mesmo tempo, reconhecermos nossa dependência Dele, pois Ele nos criou, “e não nós” (Sl 100:3, ARC). Por isso, com frequência, muitos salmos associam a adoração com a criação (Salmo 95:1-6; 139:13, 14 [compare com Apocalipse 14:7]).

 

MOMENTOS DA HISTÓRIA EM QUE DEUS MOSTROU SUA IMANÊNCIA

 

Quando Deus foi ao jardim do Éden, atrás de Adão, oferecendo-lhe a promessa de redenção eterna. Gênesis 3.

Quando Deus foi à casa de Abraão, almoçou com ele, e depois lhe disse sobre a destruição de Sodoma e Gomorra. Gênesis 18.

Quando Jesus foi à estrada de Damasco converter a Saulo, de perseguidor dos cristãos a pregador do Evangelho eterno. Atos 9.

Quando Jesus foi à rochosa e deserta ilha de Patmos revelar o futuro da Igreja Cristã ao apóstolo São João. Apocalipse 1.

Quando Jesus veio à Terra, encarnou-se, fazendo-se homem, para nos revelar o Pai, cumprir a justiça da Lei de Deus em nosso lugar, e morrer na cruz para pagar a pena eterna de nossos pecados. João 1.

 

HÁ MOMENTOS E AÇÕES DIFERENTES NA RELAÇÃO COM DEUS

 

Esse conceito duplo de um Deus que é majestoso, poderoso e que ao mesmo tempo é próximo, amoroso e Se relaciona conosco, contém um ponto importante sobre como devemos nos aproximar do Criador na adoração. Temor e reverência devem acompanhar a alegria e a certeza da familiaridade com Deus, bem como do perdão e do amor divinos (ver Sl 2:11). A sequência das duas apresentações sobre Deus contém uma mensagem: a experiência da proximidade divina e da intimidade de Sua presença segue a experiência de Seu distanciamento.

 

MOISÉS DIANTE DA SARÇA QUE ARDIA MAS NÃO SE CONSUMIA

E disse: Não te chegues para cá; tira os sapatos de teus pés; porque o lugar em que tu estás é terra santa. Êxodo 3.5.

 

MOISÉS NO MONTE HOREBE

O SENHOR Deus falava com Moisés face a face, como alguém que conversa com um amigo. Êxodo 33.11.

 

O POVO DE ISRAEL DIANTE DA TEOFANIA NO MONTE SINAI

E todo o monte Sinai fumegava, porque o Senhor descera sobre ele em fogo; e a sua fumaça subia como fumaça de um forno, e todo o monte tremia grandemente. Êxodo 19.18.

 

JACÓ QUANDO RECEBEU O SONHO DA ESCADA

E sonhou: e eis era posta na terra uma escada cujo topo tocava nos céus; e eis que os anjos de Deus subiam e desciam por ela. 13 E eis que o Senhor estava em cima dela e disse: Eu sou o Senhor, o Deus de Abraão, teu pai, e o Deus de Isaque. Esta terra em que estás deitado ta darei a ti e à tua semente. Gênesis 28.12-13.

 

EXEMPLO – O FILHO PRÓDIGO – LUCAS 15

 

Somente quando percebemos que Ele é grande, somos capazes de apreciar Sua graça e desfrutar, com reverência, de Sua presença maravilhosa e amorosa em nossa vida.

 

ILUSTRAÇÃO

 

"Como um pai se compadece de seus filhos, assim o Senhor Se compadece dos que O temem." Salmo 103:13.

 

Há uma grande disparidade entre animais e aves quanto ao que os machos de várias espécies podem fazer, mas há muitas espécies em que o "papai" passa mais tempo com as "crianças" do que a mamãe.

O tarambola macho arrisca a vida quando uma raposa se aproxima. Esvoaça pelo chão, fingindo estar ferido a fim de atrair a raposa para longe do ninho.

Os pequenos papais cavalos-marinhos conduzem os ovos postos pela fêmea até que o filhote tenha nascido.

Os machos da barata d'agua gigante podem ter até 150 ovos "colados" às suas costas com uma cola à prova d'água produzida pela fêmea. Carregam-nos até que eles chocam.

O avestruz macho passa até dois anos com sua Prole, ensinando-lhe a respeito da vida.

Entre mais de 90 por cento de todas as aves, os pais estão envolvidos na criação dos filhotes.

Somente cerca de 10 por cento dos mamíferos, mas um número surpreendente de peixes e anfíbios tem papais envolvidos em "pajear". Alguns desses pais preparam o "lar" para a família, enquanto outros estão ativamente envolvidos na criação dos filhos.

O peixe-cachimbo tem uma bolsa perto da cauda. Os ovos são postos dentro dessa bolsa, onde um suprimento de sangue provê oxigênio fresco e alimento para o filhote. Depois de duas semanas os embriões deixam a bolsa e se tornam independentes.

No caso do peixe-gato marinho, o papai carrega os ovos na boca. Depois de chocos, o pai ainda os reúne em sua boca por questão de segurança.

Os mangustos machos protegem a família das cobras e de outros predadores, enquanto a fêmea sai à procura de alimento.

O comportamento dos machos entre as criaturas de Deus pode ou não demonstrar o papel do pai humano, mas uma coisa é certa, há um Pai celestial que protege, alimenta e ajuda Seus filhos a amadurecerem com Seu amor. Deus amou tanto ao mundo que deu o Seu Filho para salvá-lo. Anseia ter Seus filhos no lar celestial. Agradeça hoje a Deus por Seu cuidado paternal e amor, e diga-Lhe o quanto este amor significa para você.

 

Inspiração Juvenil 1986, 054. Casa Publicadora Brasileira, Tatuí SP Brasil.

 

 

APELO

 

Ame cada vez mais esse Deus Criador. Faça dEle seu Senhor e Salvador!

 

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil

 

 


 


 

4

O QUE SÓ DEUS PODE FAZER?

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho

TOPO

 

GÊNESIS 1.4, 10,12,18,21,25,31; 2.1-3.

 

Há 4 coisas que só Deus pode fazer Esses atos são tão grandiosos e específicos que demonstram claramente porque Ele é o Criador e nós somos suas criaturas.

 

1.   AVALIAR – DIZER O QUE É BOM, E O QUE É RUIM

Em cada etapa do relato da criação, Deus avaliou Seu trabalho como tov, “bom”. Em geral, por meio desse adjetivo entende-se que a obra divina da criação foi bem-sucedida e que a observação de que “era bom” indica que deu certo. A luz iluminava (Gênesis 1:4), as plantas davam frutos (Gênesis 1:12) e assim por diante.

A frase “era muito bom” significa que a criação funcionava bem, era linda e perfeita. O mundo “ainda não” era como o nosso mundo, afetado pelo pecado e pela morte, como vemos na introdução ao segundo relato da criação (Gênesis 2:5).

 

Por ser o CRIADOR DE TUDO, por toda a Escritura é Deus quem avalia as ações dos seres humanos e as classifica em boas ou ruins.

 

EXEMPLOS

Ele avalia o comportamento dos antediluvianos, determinando a destruição de toda a raça humana, mas aprova o comportamento de Noé – Gênesis 6.5-8.

Ele avalia oferta de Caim e o reprova, mas ele aprova a oferta de Noé logo após o Dilúvio, e por isto faz uma aliança com toda a humanidade – Gênesis 8.20-22.

Ele desce para avaliar a construção da torre de Babel e a condena – Gênesis 11.5-7.

Ele avalia as ações de cada um dos reis de Israel, elogiando ou condenando – 2 Reis 21.1-3.

 

MODERNIDADE

Esse movimento que já dura dois séculos quer nos ensinar que o SER HUMANO É A MEDIDA DE TODAS AS COISAS. Que cada um de nós é que determinamos o que é bom, certo, verdadeiro e real. Mas como pode um ser, feito de barro, que nasceu ontem, vive hoje e morre amanhã pode determinar, com sua visão e percepção tão limitada, determinar o que é certo no Universo? Parece uma piada, e de mau gosto!

 

2.   AVALIAR – DIZER O QUE É BELO

Contudo, essa palavra indica mais do que eficiência. A palavra hebraica tov também é usada na Bíblia para expressar uma apreciação estética de algo belo (Gênesis 24:16).

Também é usada em contraste com o mal (Gênesis 2:9), que está associado à morte (Gênesis 2:17).

Só Deus pode dizer o que é BELO e o que é FEIO! Pois só Ele conhece tudo o que existe, todas as poções de combinações possíveis, e sabe com exatidão aquilo que combina, enaltece e inspira.

 

EXEMPLO

A mulher virtuosa de Provérbios 31.28-31

É o Senhor quem avalia o seu procedimento, seu caráter e suas intenções, a diz que ela é bela e abençoada.

 

3.   CRIAR

Essa descrição da criação contradiz radicalmente as teorias da evolução, que declaram de forma dogmática que o mundo se formou progressivamente por acontecimentos acidentais, partindo de uma condição inferior para uma superior.

Em contraste, o autor bíblico afirma que Deus intencional e repentinamente criou o mundo (Gênesis 1:1). Não houve casualidade nem incerteza. O mundo não surgiu por si mesmo, mas apenas como resultado da vontade e da palavra divinas (Gênesis 1:3). Em Gênesis 1 está escrito: “No princípio, Deus criou os céus e a Terra”. O verbo bara’ foi traduzido como “criou” e ocorre apenas com Deus como sujeito, denotando algo repentino: Deus falou e aconteceu.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-233 - COMO AS FORMIGAS APRENDERAM A COSER?

Todas as coisas foram feitas por Ele, e sem Ele nada do que foi feito se fez. S. João 1:3.

A teoria da evolução enche revistas, jornais, livros científicos, sim, boa parte do pensamento moderno. Será seguro confiar em outros, mesmo que sejam eruditos cientistas, para receber conhecimento da origem da vida? Terão as herdadas habilidades instintivas dos animais e insetos evoluídos através de longos séculos? Voltemo-nos para uma formiga dos trópicos, pouco conhecida, em busca da resposta. O explorador Dofleen observou um ninho incomum, construído na folhagem, pouco acima do chão. As folhas achavam-se costuradas, unidas por finos fios sedosos. Intrigado, pôs-se em procura de aranhas. Não havia. Seria aquilo obra das formigas que vira correndo por ali? Sabendo que as formigas não têm a habilidade de tecer teias, como fazem as aranhas, ficou pensando qual seria o misterioso método por elas empregado para realizar esse feito aparentemente impossível. Cortou com cuidado os fios de seda que juntavam as folhas, e pôs-se a observar. Imediatamente as formigas se puseram em ação, para reparar o dano. Primeiro removeram os restos dos fios cortados. Feito isto, uma longa correição de formigas, uma dependurada na outra, formaram uma ponte da beira de uma folha para a outra. Cuidadosamente a primeira formiga puxou a folha para a próxima. Esta, por sua vez, a passou para a vizinha, e assim por diante, até que as beiradas das folhas se tocassem. Nesse momento, do interior do ninho vieram formigas operárias, cada qual conduzindo um filhote de formiga. Essas larvas tecem em volta de si casulos, antes de se tornarem adultas. Segurando a larva junto à beirada da folha, ela lhe bateu atrás, de onde emerge o fio de seda. Com muito jeito moveu a larva para cima e para baixo, para cá e para lá, como uma máquina a costurar em ziguezague. Logo as folhas estavam bem unidas, e a desajudada máquina de seda foi devolvida ao ninho. Porventura essa cooperação, essa fantástica habilidade, evoluiu lenta e casualmente? Ou não será que um grande Deus planeou esse feito notável, de modo que essas formigas da floresta pudessem viver em seu ambiente? A resposta é clara: Coisa alguma existe que Ele não tenha feito!

 

CRIAÇÃO OU EVOLUÇÃO?

 

Textos de Ellen G. White: Educação, p. 89, 90 [128, 129] (“A Ciência e a Bíblia”); História da Redenção, p. 15, 16 [21, 22] (“A Criação”).

 

“Uma vez que o livro da natureza e o da revelação apresentam indícios da mesma mente superior, eles não podem deixar de estar em harmonia. Com diferentes métodos e linguagens, dão testemunho das mesmas grandes verdades. A ciência está sempre descobrindo novas maravilhas, mas nada traz de suas pesquisas que, corretamente compreendido, esteja em conflito com a revelação divina. O livro da natureza e a palavra escrita lançam luz um sobre o outro. Servem para nos familiarizar com Deus, ensinando- nos algo das leis por meio das quais Ele opera.

 

“Entretanto, conclusões equivocadas, tiradas dos fenômenos observados na natureza, têm dado lugar a supostas divergências entre a ciência e a revelação; e, nos esforços para restabelecer a harmonia, tem-se adotado interpretações das Escrituras que abalam e destroem a força da Palavra de Deus. Tem-se pensado que a geologia contradiz a interpretação literal do relato da criação feito por Moisés. Alega-se que milhões de anos tenham sido necessários para que a Terra evoluísse do caos; e, a fim de acomodar a Bíblia a essa suposta revelação da ciência, admite-se que os dias da criação tenham sido períodos longos, indefinidos, abrangendo milhares ou mesmo milhões de anos.

 

“Essa conclusão é absolutamente infundada. O relato bíblico está em harmonia consigo mesmo e com o ensino da natureza” (Ellen G. White, Educação, p. 89, 90 [128, 129]).

 

4.   ENCERRAR O QUE É CRIADO

O texto da criação nos informa que “tudo” já havia sido feito e, segundo o próprio Criador, tudo que foi criado era “muito bom” (Gênesis  1:31). Gênesis 1:1 declara o evento, a criação do céu e da Terra; e Gênesis 2:1 declara que o evento foi encerrado. Toda a obra, incluindo o sábado, foi concluída em sete dias.

Só Aquele que cria pode encerrar o processo criativo!

 

EXEMPLO

Em cada um de Seus milagres ao estar na Terra, Jesus os realizava e os encerrava em si mesmos. Nada ficava para trás. Nenhuma consequência ou sequela ficava que poderia levar à possibilidades de reparo, ou de desenvolvimento de processos futuros!

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 2004-371 - CHARLES DARWIN E O OLHO

Foi o Senhor quem fez os nossos olhos, será que Ele não pode ver? O Senhor repreende as nações, será que Ele não vai castigá-Ias? O Senhor ensina todos os seres humanos, será que Ele não tem sabedoria? O Senhor conhece os pensamentos das pessoas e sabe que eles não valem nada. Salmo 94:9-11.

Provavelmente não há nada na Terra que desafie tanto a lógica evolucionista quanto o olho. Isso mesmo, o olho que você está usando neste momento para ler estas palavras é um dos mais eficientes sermões a favor da criação por Deus como é contada no livro do Gênesis. Mesmo Charles Darwin, o pioneiro mais famoso da teoria da evolução, teve um problema imenso tentando explicar como o olho poderia ter evoluído. Numa carta datada de 3 de abril de 1860, Darwin escreveu: "Para supor que o olho - com todos os seus dispositivos inigualáveis de ajustamento para focalizar a diferentes distâncias, admitir quantidades diferentes de luz, e corrigir aberrações esféricas e cromáticas - tenha surgido pela seleção natural, parece ser, confesso sinceramente, um absurdo do mais alto grau." Um dos maiores problemas que os evolucionistas têm com o olho é que em todos os estágios do desenvolvimento no que chamam de árvore evolucionista, existem criaturas com olhos perfeitamente desenvolvidos. Não há olhos desenvolvidos parcial e intermediariamente, para explicar como evoluíram. Os olhos estão aí, em centenas de milhares de criaturas diferentes, e todos os olhos são perfeitos. Algumas criaturas, como as que vivem nas profundezas do mar ou em cavernas, aparentam ter perdido o uso da visão, mas em nenhum lugar encontramos seres com olhos completamente desenvolvidos ao lado de outros da mesma espécie que não possuam nem mesmo sua forma. Somente no olho humano há mais de um milhão de células sensíveis à luz formando a retina, que é a porção do seu olho que recebe a luz através das pupilas e a transforma em impulsos nervosos que alcançam o cérebro onde novamente se transformam em figuras coloridas e tridimensionais, que podem até ser memorizadas para o futuro.

 

APELO

Creia em Deus como seu Criador, Senhor e Redentor!

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil


 


 

5

O QUE O SÁBADO SIGNIFICA?

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho

TOPO

 

GÊNESIS 2.1-3

 

1.   GUARDÁ-LO É A EXPRESSÃO DE NOSSA FÉ.

Foi precisamente por ter concluído a criação que Deus instituiu o sábado, que é, portanto, a expressão de nossa fé, pois cremos que o Criador concluiu Sua obra e considerou tudo “muito bom”. Observar esse dia é unir-se ao Criador no reconhecimento do valor e da beleza de Sua criação.

 

2. GUARDÁ-LO SIGNIFICA QUE CONFIAMOS NELE PARA CUIDAR DE CADA UMA DE NOSSAS NECESSIDADES MATERIAIS.

Ao nos ordenar a observância do sábado Deus está dizendo: “Descanse porque Eu cuido e mantenho o Universo, e tenho poder para cuidar de voc~e em cada uma de suas necessidades!”

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-062 - FÉRIAS PARA CAVALOS

Vinde repousar um pouco, à parte, num lugar deserto. S. Marcos 6:31.

Mimoso havia puxado a carroça do Sr. Pedro, através das ruas da cidade, por mais de 12 anos. Agora o bem tratado cavalo e seu dono estavam cansados. Falando ao cavalo, o Sr. Pedro tomou uma decisão: — Mimoso, preciso descansar. Vamos nós dois tirar umas férias na praia. Embora Mimoso o ignorasse, a carroça foi carregada de alimentos, para ele e seu dono, enquanto partiam, uma semana depois, dentro da rotina costumeira. Logo deixaram as ruas pavimentadas, dobrando para baixo uma vereda arborizada. Mimoso parou tranquilo e olhou para trás, para o Sr. Pedro. Alguma coisa estava errada. — Está tudo certo, Mimoso. Siga em frente. Você vai ter umas férias. O cavalo, sempre pronto a obedecer, levantou a cabeça e seguiu. À noitinha, pararam. O Sr. Pedro armou sua tenda num campo gramado. Depois de anos e anos andando nas ruas pavimentadas, a grama macia parecia esquisita ao cavalo. Ele corria em círculos, esperneava as patas traseiras, parava para comer, e corria mais. Tudo lhe parecia novo e estranho. Cheirava cada flor, parava para ver vacas, carneiros e porcos. Seguiu um frango nas imediações de um quintal. Os gansos se amedrontaram quando Mimoso os cheirou, e voaram grasnando. O cavalo ficava intrigado com todas estas coisas. No dia seguinte, chegaram à praia. Mimoso não sabia andar sobre a areia seca, que deslizava sob seus pés. A areia molhada era muito fria. Ele estava com tanto medo da água, que não se aproximava dela. Voltando-se ele observava o Sr. Pedro na água. Ficou temeroso. Vendo seu dono estender e flutuar na água, não pôde suportar, e lançou-se ao mar para salvar-lhe a vida. Então o Sr. Pedro ficou de pé. Confiante, o animal começou a espadanar. Estava correndo pelo mar, espirrando água em todos os lados. Ambos desfrutaram muito a variação e o repouso. Tome diariamente alguns minutos de férias. Faça um relax. Aprecie a beleza que há ao seu redor. Jesus quer que você tenha tempo para descansar e também um tempo para Ele. Por que correr doidamente através da vida?

 

ISRAEL E SEUS EXEMPLOS DE DESCANSO

Diário – dormir as 8 horas dentro de 24 horas.

Semanal – descansar 1 dia dentro o ciclo semanal.

Anual – descansar no Yom Kippur – Levítico 23.27

O 7° ano – descansar o plantio da terra por 1 ano dentro de 7 anos.

O 50° ano – perdoar todas as dívidas a cada 50 anos!

 

3. GUARDÁ-LO SIGINICA QUE CONCORDAMOS COM O “MUITO BOM” DE DEUS.

Podemos descansar de nossas obras, assim como Deus descansou das Dele. A guarda do sábado significa concordar com o “muito bom”, o que inclui nosso corpo físico. Ao contrário de algumas crenças antigas (e modernas), nada nas Escrituras, Antigo Testamento (AT) ou Novo Testamento (NT), sugere que o corpo seja mau. Esse é um conceito pagão, não bíblico. Os observadores do sábado são gratos pela criação, que inclui seu próprio corpo. Por isso, desfrutam da criação e cuidam dela.

 

4. GUARDÁ-LO SIGNIFICA QUE CREMOS NA IDEIA DE “OBRA ACABADA”.

O sábado, que marca o primeiro “fim” da história humana, é também um sinal de esperança para a humanidade sofredora e para os lamentos do mundo.

 

EXEMPLOS

É interessante que a ideia de obra acabada reaparece no fim da construção do santuário (Êxodo 40:33) e no fim da construção do templo de Salomão (1Reis 7:40, 51) – ambos os lugares em que a lição do evangelho e da salvação foi ensinada.

 

5. GUARDÁ-LO SIGNIFICA QUE ACREDITAMOS NO MILAGRE DA SALVAÇÃO, HOJE E ETERNA.

Após a queda, o sábado apontou para o milagre da salvação, que acontecerá somente por meio do milagre de uma nova criação (Isaías 65:17; Apocalipse 21:1). Esse dia é um sinal no fim da semana humana de que o sofrimento e as provações deste mundo também terão fim.

Por causa da esperança simbolizada no sábado, Jesus escolheu esse dia como o mais apropriado para curar os enfermos (Lucas 13:13-16). Ao contrário das tradições às quais os líderes estavam presos, por meio das curas aos sábados Jesus indicava o tempo em que toda dor, sofrimento e morte acabariam, que é a conclusão do processo da salvação.

Portanto, cada sábado nos aponta para a esperança da redenção.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-258 - CIDADE SEM POLICIAIS

"As suas portas nunca jamais se fecharão de dia, porque nela não haverá noite." Apocalipse 21:25

Há muito, muito tempo as cidades da Europa eram cercadas por altas muralhas de pedra. Os fortes portões eram fechados durante a noite ou em tempo de perigo. Vigias permaneciam junto aos portões e sentinelas montavam guarda sobre as muralhas. Em 1983 poucas são as cidades muradas ou protegidas por portões, guardas ou sentinelas. Em vez disso, patrulhas policiam as ruas em carros ou motocicletas. Você pode imaginar Nova Iorque, Tóquio, Londres, ou São Paulo sem policiamento? Que seriam tais cidades hoje sem algum modo de conter o crime? No dia 9 de setembro de 1919, a cidade de Boston, EUA, passou por tal experiência. Seus 1.117 policiais entraram em greve. Durante três dias não houve polícia patrulhando as ruas. Nenhum criminoso foi preso e nenhuma investigação levada a efeito. Ladrões e assaltantes tiveram uma boa folga e cidadãos honestos temiam sair de suas casas durante a noite. Neste mundo de pecado e de lutas ninguém quer morar numa cidade sem uma força policial. Pessoas obedientes à lei querem proteção contra assassinos e ladrões. Por causa do pecado, muros, portões, e policiais são necessários. - Quando Jesus vier pela terceira vez, o pecado será exterminado. Satanás e todos os seus anjos maus serão consumidos pelo fogo. Todo ímpio perecerá. As únicas pessoas que permanecerão vivas serão aquelas que se mostraram bondosas, fiéis, honestas, amoráveis, prestativas. Para estas pessoas não haverá necessidade de polícia. As portas ficarão abertas porque não haverá inimigos a serem mantidos do lado de fora. Não haverá uma força policial celeste, nem serviço de segurança, nem departamentos de investigação, nem arquivo de impressões digitais de criminosos porque todos ali serão santos. Não haverá cadeias nem campos de prisioneiros. Não haverá tristezas nessa cidade. Não haverá ali nada que seja repulsivo, cruel ou de baixo teor. Não haverá crianças feridas, abandonadas, negligenciadas. Não haverá quem se embriague, ou use drogas, ou tenha qualquer vício. Não haverá medo, desapontamento ou morte. Tudo que você possuir estará a salvo. Ninguém roubará sua coroa de ouro. Agora é o tempo de preparo para viver nessa cidade. Deixe que Jesus venha ao seu coração e lhe dê amor, alegria, paz, longanimidade, bondade, mansidão. Somente tais pessoas estarão ali.

 

APELO

Guarde o sábado a cada semana. Ele te lembrará cada uma das preciosas promessas de cuidado, salvação e redenção eterna feitas por Cristo nosso Senhor. Sua fé será revitalizada. Assim você será fiel até que Ele venha!

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil

 

 

 


 


 

6

O QUE É A HUMANIDADE?

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho

TOPO

 

GÊNESIS 1.26-29

 

1. OS SERES HUMANOS SÃO O CLÍMAX DA CRIAÇÃO

Os seres humanos são o clímax da criação, o propósito para o qual a Terra foi feita.

 

2. SOMENTE O SER HUMANO FOI CRIADO Á IMAGEM DE DEUS

Somente o ser humano foi criado à imagem divina (Gênesis 1:25, 27).

Com frequência, essa fórmula tem sido limitada à natureza espiritual dos humanos, ou seja, à ideia de que a “imagem de Deus” significa apenas a função administrativa de representá-Lo, ou a função espiritual de relacionamento com Ele ou com os outros.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1992-059 - CABEÇAS GRANDES

E disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, ... e domine ... sobre toda a Terra. Gênesis 1:26.

Alguns têm a idéia de que o tamanho da cabeça tenha muito que ver com a inteligência. Entretanto sabe-se hoje que o tamanho pouco ou nada representa. Também aqui se verifica que "tamanho não é documento". Se o tamanho do cérebro fosse responsável pela inteligência, a baleia seria o animal mais inteligente do mundo! Há uma espécie delas cujo cérebro pesa dez quilos! O cérebro do ser humano plenamente desenvolvido pesa cerca de quilo e meio. O cérebro do elefante pesa cerca de cinco quilos, o que não quer dizer que o elefante seja três vezes mais inteligente que o homem! Todos sabemos que as pessoas são mais inteligentes que a baleia e o elefante - e isto não se dá pelo simples fato de sermos gente. Existe a opinião de que o peso total do cérebro, em comparação com o total do peso do animal, é o que determina a inteligência. Comparando o cérebro do elefante, da baleia e do homem, chegamos à conclusão de que talvez essa opinião tenha razão de ser. O cérebro do homem perfaz cerca de 2 por cento do peso total do corpo, ao passo que os 10 quilos do cérebro da baleia representam apenas os três décimos-milésimos do peso total do corpo. O homem é muito mais inteligente que a baleia, de modo que desde logo essa teoria parece mais acertada. Mas, continuando a comparação, tampouco essa teoria resiste a um exame, pois existe um macaco cujo cérebro perfaz quase 6 por cento do total do peso do corpo. Fosse verdadeira a teoria, e o macaco seria três vezes mais inteligente que o homem. As teorias aventadas tornam-se cada vez mais complicadas, mas uma autoridade resume o assunto dizendo que não existe maneira de dizer o motivo por que a mente humana é tão superior a de todas as outras formas de vida, pelo simples considerar o cérebro. Em uma palavra: não existe resposta física a essa questão. Fato é que o homem foi criado por Deus, feito a Sua imagem, e dEle recebendo domínio "sobre todo o animal que se move sobre a terra" (Gênesis 1:28). A fim de que o homem pudesse exercer essa função, dentre outras coisas, Deus lhe deu inteligência à altura da tarefa que lhe foi confiada.

 

3. O QUE É IMAGEM E SEMELHANÇA?

Embora essas interpretações sejam corretas, não abrangem a importante realidade física da criação. Ambas as dimensões estão, de fato, incluídas nas duas palavras, “imagem” e “semelhança”, que descrevem esse processo em Gênesis 1:26. Enquanto a palavra hebraica tselem, “imagem”, se refere à forma concreta do corpo físico, a palavra demut, “semelhança”, se refere às qualidades abstratas que são comparáveis à Pessoa divina.

A noção hebraica da “imagem de Deus” deve ser entendida no sentido integral da visão bíblica da natureza humana. O texto afirma que homens e mulheres foram criados à imagem de Deus física e espiritualmente.

Ellen G. White escreveu: “Quando Adão saiu das mãos do Criador, trazia em sua natureza física, intelectual e espiritual, a semelhança de seu Criador” (Ellen G. White, Educação, p. 8 [15]).

 

4. O SER HUMANO É UM SER INTEGRAL

Essa compreensão integral da imagem de Deus, incluindo o corpo físico, é reafirmada no outro relato da criação, o qual diz que “o homem se tornou um ser vivente” (Gênesis 2:7), literalmente, “uma alma vivente” (nefesh), como resultado de duas operações divinas: Deus “formou” e Deus “soprou”. Observe que o “fôlego” muitas vezes se refere à dimensão espiritual, mas também está ligado estreitamente à capacidade biológica de respirar, a parte do homem formada “do pó da terra”. É o “fôlego de vida”, isto é fôlego (espiritual) e vida (física).

 

5. O SER HUMANO É UM SER UNIDO – FEITO EM DOIS!

Deus fez mais tarde uma terceira operação, dessa vez para criar a mulher a partir do corpo do homem (Gênesis 2:21, 22), uma forma de enfatizar que ela é da mesma natureza do homem.

A mulher foi feita assim para que fosse UMA COM O HOMEM, coisa que nenhuma das outras criaturas do paraíso poderiam ser.

Portanto, essa noção pagã da Modernidade de que o homem é um e a mulher outro, distinto e que cada um deve procurar seus interesses próprios, é abominável a nós cristãos.

O homem e a mulher existem JUNTOS! Um sem o outro “NÃO É BOM!” aos olhos de Deus! Gênesis 2.18.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 2005-127 - QUEM INVENTOU O BOLO DE CASAMENTO?

O homem deixa o seu pai e a sua mãe para se unir com a sua mulher, e os dois se tornam uma só pessoa. Gênesis 2:24.

Sua presença é quase tão importante quanto à da noiva. Pode até não haver uma grande festa. Mas ele estará lá para aumentar o clima de comemoração e alegria. Há duas coisas que ninguém deixa de fazer numa festa de casamento: cumprimentar os noivos e comer um pedaço do bolo! A forma do bolo de casamento que conhecemos hoje - com glacê, andares, enfeites e tudo o mais - saiu da cabeça dos franceses. Entretanto, a história do bolo de casamento é mais antiga que a própria França. Os romanos tinham o costume de partir uma fina fatia de pão doce na cabeça da noiva, para garantir que ela tivesse muitos filhos. Eles acreditavam que o trigo, o principal ingrediente do pão, era um talismã que trazia prosperidade. Já na Inglaterra medieval, os convidados para o casamento levavam pequenos bolos e colocavam sobre uma única mesa. Os noivos tinham que se beijar por cima da pilha de doces. Assim, trariam sorte, vida longa e muitos filhos. O costume mais dolorido, porém, era dos escoceses, que fabricavam um bolo de madeira e... quebravam na cabeça da noiva! E depois, enquanto a coitada via estrelinhas de tanta dor, os convidados recolhiam os pedacinhos de madeira e engoliam com um copo de uísque. Quando esta curiosa história foi enviada por uma amiga do IAP, meu esposo, que divide comigo o "delicioso bolo" de preparar estas inspirações, preferiu que eu escrevesse sobre o bolo de casamento. Quando li esta história, percebi que existia nela uma grande lição sobre a felicidade a dois. Para que um casamento seja feliz, é preciso dividir o bolo da vida. Partilhar os momentos bons e ruins, sem perder o respeito e o brilho do amor. Mas essa divisão não é em duas partes, e sim em três: uma para ele, uma para ela e outra para Jesus.

 

APELO

Viva a plenitude da IMAGEM e SEMELHANÇA com Deus dentro das relações que Ele te deixou, seja consigo mesmo, com sua família, com seus amigos, na Igreja e principalmente dentro do seu CASAMENTO!

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil


 


 

7

QUAIS OS DEVERES DA HUMANIDADE?

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho

TOPO

 

GÊNESIS 2.15

 

1. DEUS NOS DEU 3 PRESENTES

Assim que Deus criou o primeiro homem, ofereceu-lhe três presentes:

 

ONDE VIVER

O jardim do Éden (Gênesis 2:8),

 

COMO VIVER

O alimento (Gênesis 2:16)

 

COM QUEM VIVER

E a mulher (Gênesis 2:22).

 

2. O QUE DEVEMOS FAZER COM ESTES 3 PRESENTES?

 

CULTIVAR E GUARDAR

O primeiro dever do homem diz respeito ao ambiente natural em que Deus o colocou: cultivar e guardar (Gênesis 2:15).

Cultivar e guardar: o local onde moramos, os alimentos que usamos, e o cônjuge e o casamento no qual devemos viver pela vida toda.

 

FAZER PROSPERAR

O verbo ‘avad, “cultivar”, refere-se a trabalhar. Não basta receber um dom, deve-se trabalhar nele e torná-lo frutífero, lição que Jesus repetiu na parábola dos talentos (Mateus 25:14-30).

Prosperar o local onde estamos (seja a cidade, o país, o local de trabalho, nossa Igreja local), os alimentos (prosperar para nós e para nossos contemporâneos), e ajudar a prosperar nosso cônjuge em sua carreira profissional, sonhos e desejos.

 

PRESERVAR

O verbo shamar, “guardar”, implica a responsabilidade de preservar o que se recebeu.

Como o mundo seria melhor se preservássemos a todo preço nosso casamento!

 

COMO VOCÊ TEM USADO OS TALENTOS QUE DEUS TE DEU?

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1988-353 - Maria Slessor

E, a outro, no mesmo Espírito, dons de curar. 1 Coríntios 12:9.

Cem anos atrás, uma intrépida escocesa, Maria Slessor, ficou famosa por todo o rio Calabar, na Nigéria, por seus dons de cura. Com conhecimento adquirido pela leitura de livros de medicina, com coragem e fé no Grande Médico, ela fazia milagres e salvava centenas de vidas. Um dia o chefe de uma poderosa tribo em Okuri ficou gravemente doente. Seus escravos e esposas já estavam acorrentados antes de sua morte, prontos para serem massacrados no momento que ele parasse de respirar.

- Mande buscar a enfermeira branca - solicitou uma das esposas ao chefe. - Ela tem um poderoso remédio.

- Irei com você amanhã de manhã - prometeu Maria ao mensageiro, quando ele explicou a situação.

- Não - advertiu o mensageiro. - É uma jornada de oito horas. Os rios estão em cheia, e muita lama cobre todo o caminho. Se ele morrer, você morrerá.

- Apesar disso, devo ir - disse Maria fazendo seus preparativos. Uma forte chuva caía quando Maria partiu. Seus sapatos logo estavam aos pedaços e ela caminhava descalça pela água e pela lama. Ensopada e suja de lama, ela chegou ao final da tarde em Okuri, para examinar o chefe.

- Sinto como se meus ossos estivessem no fogo e um demônio martelasse a minha cabeça - murmurou ele. Sua temperatura estava altíssima e sua face escura estava com uma cor amarelada. Maria não sabia o que havia de errado com ele. Então, fez uma rápida oração pedindo ajuda, enquanto examinava sua bolsa de remédios. Ela o tratou com uma mistura de aspirina e quinina, seguida de uma dose de brometo. Então aguardou com ele toda aquela noite e o dia seguinte. Ao final da tarde sua febre baixou.

- Deus ouviu nossas orações - contou Maria aos nativos. - Seu chefe viverá.

Depois de três dias ela voltou para casa, feliz porque uma vez mais tinha sido capaz de trazer cura e a mensagem do amor de Deus para alguém necessitado.

 

3. PARA PRESERVAR, COMO DEVEMOS LIDAR? – Com moderação.

O segundo dever diz respeito ao alimento. Deus o deu aos seres humanos (Gênesis 1:29) e disse: “você pode comer livremente” (Gênesis 2:16). Os seres humanos não criaram as árvores, nem seus frutos. Esses são dádivas, presentes da graça.

Mas há um mandamento aqui também: eles deveriam receber a oferta divina e desfrutar “de toda árvore”, porém Deus adicionou uma restrição: não deveriam comer de uma árvore em particular. Desfrutar sem qualquer restrição levaria à morte. Esse princípio estava correto no contexto do jardim do Éden e, em muitos aspectos, esse mesmo princípio existe no presente.

 

4. QUAL SERÁ O RESULTADO DE TAL ATITUDE? – Tornar-me alguém melhor!

O terceiro dever do homem diz respeito à mulher, o terceiro dom de Deus: “o homem deixa pai e mãe e se une à sua mulher” (Gênesis 2:24). Essa declaração extraordinária destaca a responsabilidade humana para com a aliança conjugal e o propósito de ser “uma só carne”, ou seja, uma só pessoa (compare com Mateus 19:7-9).

A razão pela qual é o homem (e não a mulher) que deve deixar seus pais pode ter a ver com o uso genérico do masculino na Bíblia; portanto, talvez o mandamento se aplique também à mulher. Seja como for, embora o vínculo do matrimônio seja um presente de Deus, uma vez que tenha sido recebido, envolve a responsabilidade que deve ser cumprida fielmente pelo homem e pela mulher.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1996-075 - Sobrevivência Mútua

As plantas e animais se adaptam às pressões mútuas. Um biólogo estava caminhando por uma estrada em Veracruz, México, quando viu um besouro descer sobre um arbusto. Tão logo o besouro pousava sobre o arbusto, era expulso pelas formigas. O biólogo descobriu que o arbusto era uma moita de acácia cheia de formigas. As formigas estavam protegendo seu domínio. Elas vivem do néctar da acácia. Parece que as formigas também protegem essas acácias. Fazem um buraco nos espinhos da acácia, escavam o interior do espinho e ali constroem seu lar. A formiga rainha comanda sua colônia de dentro desses espinhos ocos. As formigas conservam à distância quaisquer insetos e predadores que poderiam se alimentar de partes da acácia. Defendem a acácia e como resultado a planta continua a viver e sobreviver. A escavação dos espinhos da acácia não a prejudica. Assim as formigas e a acácia têm utilidade mútua. O biólogo afastou uma colônia de formigas de algumas acácias no México. Descobriu que as formigas não gostavam de nenhuma outra vegetação e mornam. Gostavam somente do osso néctar xaroposo que colhiam das extremidades da folha da acácia. As acácias também morriam porque eram destruídas por outros insetos e animais.

O casamento é uma benção porque ambos, homem e mulher, foram feitos um para o outro, e um não deve existir sem o outro!

 

APELO

O melhor jeito de cumprir cada objetivo do Criador para cada um de nós é sermos UM com Ele.

"A fim de que todos sejam um; e como és Tu, ó Pai, em Mim e Eu em Ti, também sejam eles em nós para que o mundo creia que Tu Me enviaste." S. João 17:21.

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil

 

 

 

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