1 O DEUS QUE TUDO VÊ Mateus
24.37
2 O DEUS QUE PROVÊ Gênesis 6.13
4 O DEUS QUE LEMBRA Gênesis
7.22-24
5 O DEUS QUE PROPÕE Gênesis
6.18
6 O DEUS DA ALIANÇA Gênesis
8.21
7 AMOR PELO CASTIGO Mateus
24.37
8 DEUS É O VENCEDOR Gênesis
3.15
1
O
DEUS QUE TUDO VÊ
MATEUS 24.37
1-
DEUS VÊ E AGE DIANTE DA VIOLÊNCIA E MALDADE
“O Senhor viu que a maldade das pessoas havia se multiplicado na Terra e
que todo desígnio do coração delas era continuamente mau” (Gn
6:5). O verbo “viu” leva o leitor de volta a cada passo da
criação original; porém, o que
Deus viu naquele momento, em vez de tov, “bom”, era ra’,
“mau”. É como se o Criador tivesse
Se arrependido de ter criado o mundo, o qual estava cheio de ra’ (maldade).
Em Gênesis, é sempre Deus quem vê, ANALISA,
JULGA o que é bom e ruim. Sempre que o ser humano vê e julga, erra.
EVA – vendo que o fruto era bom e agradável, comeu!
ADÃO – tomou o fruto e comeu.
FILHOS DE DEUS – vendo que as filhas dos homens eram
formosas, tomaram para si...
ABRAÃO E HAGAR – tomou ele a serva
de sua mulher e com ela teve um filho.
2-DEUS CASTIGA E SALVA NO MESMO ATO
Contudo, o arrependimento de Deus também
contém elementos de salvação. A palavra hebraica para “entristecer-se” (nakham) [ou
arrepender- se, ARA] é ecoada no nome de Noé (Noakh), que
significa “consolo” (Gn 5:29). Assim, a resposta divina a essa maldade apresenta
duas funções. Contém a ameaça da justiça, que leva alguns à destruição, e ainda
apresenta a promessa de consolo e misericórdia, que leva outros à salvação.
MOMENTOS EM QUE DEUS CASTIGOU E SALVOU AO
MESMO TEMPO
DESTRUIÇÃO DE SODOMA – queimou Sodoma, mas salvou a Ló
DESTRUIÃO DE JERICÓ – eliminou a cidade, mas salvou Raabe e toda a sua família
DESTRUIÇÃO DOS ÍMPIOS POVOS CANANEUS – mas
Deus preservou os gibeonitas.
3-É ELE QUEM SEMPRE PROVÊ UM MEIO DE ESCAPE
Essa “função dupla” já havia estado presente
na situação de Caim e Abel/Sete e por meio do contraste entre as duas linhagens
– de Sete (os “filhos de Deus”) e de Caim (os “filhos dos homens”). No caso do
dilúvio, apresenta- se novamente quando Deus diferenciou Noé do restante da
humanidade.
OUTROS MOMENTOS EM QUE DEUS PROVEU A SALVAÇÃO
ADÃO E EVA – o
cordeiro morreria em seu lugar
LÓ – sair de Sodoma para não ser destruído
com ela
ISAREL – passar o sangue do cordeiro no
batente da porta a fim de salvar o filho primogênito do anjo destruidor
AO PECADOR – passar pelo batismo, tendo seu
nome escrito no livro da vida
NO TEMPO DO FIM – ter o SELO de Deus, isto é,
adorá-Lo no dia sagrado, para não sofrer as 7 pragas finais.
APELO
Deus tudo vê. Ele vê também nosso coração. E
deseja que sejamos luz ao mundo, pois hoje, nós somos o MEIO de levar SALVAÇÃO
a todos aqueles que a desejam. É você LUZ ou se esconde nas TREVAS?
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-267 – O PRISIONEIRO MISTERIOSO
“Porque Deus há de trazer a juízo todas as
obras até as que estão escondidas, quer sejam boas, quer sejam más.”
Eclesiastes 12:14.
Exatamente às 3:00h da tarde do dia 18 de
setembro de 1698, uma quinta-feira, a maciça porta de carvalho da Bastilha foi
aberta. Uma longa fila de lanceiros e mosqueteiros se perfilou em saudação ao
governador da prisão que entrava no pátio em sua carruagem. Atrás dele vinha
uma liteira cerrada por pesadas cortinas e carregada por quatro serviçais. O
governador saltou de sua carruagem e correu para a liteira, descerrando as
cortinas. Ele observou dois soldados ajudarem um homem alto e grisalho, que
desceu da liteira e se dirigiu para uma das prisões torreadas da Bastilha. A
porta da prisão foi fechada, e o homem nunca mais foi visto novamente. Quem era
aquele prisioneiro? Ninguém sabia ao certo. Seu rosto nunca foi visto, pois ele
sempre o cobria com um lenço de veludo negro. Ele passou 34 anos na prisão, mas
seu nome jamais foi mencionado em qualquer correspondência. Quando ele morreu,
foi sepultado com um nome falso. Muitas pessoas são como esse misterioso
prisioneiro: vivem por trás de uma máscara. Não mostram sua verdadeira
identidade. São o que chamamos de hipócritas. Tais pessoas podem ser membros
batizados da igreja e até ocupar algum cargo. Assistem à Escola Sabatina, às
reuniões de oração, e a outras reuniões que a igreja promove. Estão no lugar
certo na hora certa fazendo os movimentos certos. Antes que Jesus volte algumas
dessas pessoas deixarão a igreja. Sobre elas a Sra. White escreveu: “Muitas
estrelas que temos admirado por seu brilho tornar-se-ão trevas. Os que têm
cingido os ornamentos do santuário, mas não estão vestidos com a justiça de
Cristo, aparecerão então na vergonha de sua própria nudez.” – Profetas e Reis,
pág. 188. Virá o dia em que compareceremos perante o tribunal de Cristo. Nesse
dia todas as máscaras cairão e o Universo verá quem realmente somos. Nossos
pensamentos, motivos, atos secretos, serão revelados. Não haverá identidades
ocultas nesse dia. Deus nos deu o dia de hoje para podermos por nossa vida em
harmonia com nossas palavras. Precisamos fazer mais do que simplesmente dizer
que somos cristãos. Precisamos ser cristãos o tempo todo.
FONTE
Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de
2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora
Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur
Nogueira SP Brasil
2
O DEUS QUE PROVÊ
GÊNESIS 6:13–7:10
Que lição podemos aprender desse incrível
relato da história humana primitiva?
1-DEUS SEMPRE PROVÊ, EM TODOS OS TEMPOS, UMA “ARCA” PARA SEUS
FILHOS!
Como Daniel, Noé foi um profeta que predisse
o fim do mundo. A palavra hebraica para “arca” (Gn 6:14) é tevah, a
mesma palavra emprestada do egípcio e usada para o “cesto” em que Moisés foi escondido e preservado para salvar Israel
do Egito (Êx 2:3).
2-PARALELOS DA ARCA DE NOÉ COM A ARCA DO TABERNÁCULO
Além disso, alguns observaram na estrutura
geral da arca paralelos com a arca do tabernáculo (Êx
25:10). Assim como a arca do dilúvio permitiu a sobrevivência da humanidade, a
arca da aliança, sinal da presença de Deus no meio de Israel (Êx 25:22), apontava para a obra divina de salvação em favor
de Seu povo.
3-OBEDECER A DEUS – É O MELHOR QUE FAZEMOS!
A frase “conforme tudo o que Deus lhe havia
ordenado, assim ele fez” (Gn 6:22) conclui a seção
preparatória. O verbo ‘asah, “fez”,
referindo-se à ação de Noé, responde ao verbo ‘asah,
“faça”, na ordem divina que inicia a seção e é repetido cinco vezes (Gn 6:14-16). Esse eco entre a ordem divina e a ação de Noé
sugere obediência absoluta do patriarca ao que Deus lhe tinha dito que fizesse, ‘asah.
É interessante que essa frase foi usada no contexto
da construção da arca da aliança (Êx 39:32, 42; 40:16).
“Deus deu a Noé as dimensões exatas da arca e
instruções claras em relação à sua construção em todos os detalhes. A sabedoria
humana não poderia ter concebido uma estrutura de tão grande resistência e
durabilidade. Deus foi o Projetista, e Noé o construtor-chefe” (Ellen G.
White, Patriarcas e Profetas, p. 66 [92]).
PESSOAS QUE FORAM PROVADAS EM SUA OBEDIÊNCIA
CAIM – se agisse certo, Deus o aceitaria.
NAAMÃ – se mergulhasse 7 vezes no Jordão seria curado.
SAUL – se obedecesse às prescrições divinas para a Monarquia israelita seu
reino seria confirmado para sempre.
4-FÉ E OBRAS – SEMPRE CAMINHAM JUNTAS
Novamente, o paralelo entre as duas “arcas”
reafirma sua função redentiva comum. A obediência
desse patriarca é, portanto, descrita como parte do plano divino da salvação. Ele foi salvo porque teve fé para fazer o que Deus lhe havia
ordenado (ver Hb 11:7). Ele
foi um dos primeiros exemplos da fé que se manifesta na obediência, o único
tipo de fé que importa (Tg 2:20).
Em suma, embora Noé tivesse encontrado “favor
aos olhos do Senhor” (Gn 6:8), foi em resposta a essa graça, já concedida a ele, que o profeta agiu fiel e
obedientemente às ordens divinas. Não é assim que todos nós deveríamos agir?
OBEDIÊNCIA QUE SE APROPRIOU DA SALVAÇÃO
OFERECIDA
A VIÚVA DE SAREPTA – “fez conforme a palavra de Elias” – e não
lhe faltou mantimento durante toda a seca.
O PARALÍTICO DE BETESDA – levantou-se sobre a ordem de Cristo – apropriando-se
da cura oferecida.
PEDRO – mesmo depois de uma noite de fracasso na pescaria, sob a ordem de
Cristo jogou as redes, que se encheram de tantos peixes que quase se rasgaram.
PARA PENSAR
Leia 2 Pedro 2:5-9. Por que apenas a família
de Noé foi salva? Que lição aprendemos com a história de Noé a respeito de
nosso papel em alertar o mundo sobre o juízo?
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-034 – GINA APRENDEU A OBEDECER
Se quiserdes, e me ouvirdes, comereis o
melhor desta terra. Isa. 1:19.
Esta, como todas as promessas de Deus, é
condicional. Enquanto você não se disponha a seguir os caminhos divinos, que se
resumem na verdadeira obediência, não conhecerá as alegrias da vida realmente
maravilhosa que só Cristo pode dar. Gina, uma alce-fêmea, amava os dinamarqueses.
Tenro filhote ainda, ela fora encontrada com uma perna quebrada, mas foi
tratada e alimentada até recuperar a saúde. Solta novamente na floresta, ela
ansiava por companhia humana. Certa manhã, ela deu golpes na porta da casa de
um guarda-florestal. Cristina, sua filha, respondeu. Gina ficou quieta,
meneando a cabeça, enquanto Cristina lhe coçava o cocuruto. Daí para diante,
todas as manhãs, Gina voltava a essa casa na margem da floresta, esperando que
Cristina viesse. Erguendo-se à altura da menina, que depois a segurava, ela
ouvia Cristina falar-lhe, olhando-a atentamente. Finalmente o animal lhe
respondia com um sussurro na garganta. Algum tempo depois, Gina descobriu uma
cidade próxima, Elsinge. Ela se deliciava em ver as
crianças caminhando saltitante pela rua principal. O guarda florestal não
conseguiu persuadi-la a sair dali. Somente a ordem de Cristina poderia movê-la
a obedecer, e voltar à floresta. Logo, porém, voltou à cidade. Seu nariz
levou-a à padaria. Empurrando a cabeça pelo vão da porta, olhou para dentro. O
padeiro lhe deu pão feito na hora. A partir de então, vinha a cada dia.
Aprendeu que para obter massas tinha de abrir caminho entre as muitas pessoas
que ali se achavam. Sempre voltava com doces. Baniram-na para longe, num campo
de várzea, mas dentro de poucos dias sua cara familiar empurrava a janela da
padaria. Amando tanto as pessoas, Gina não se dava conta de que era um animal
selvagem. Assim ela foi mandada para um zoológico. Ela aprendeu a ser disposta
para obedecer. Certamente você, como filho de Deus, pode também aprender que
submeter-se à vontade divina é o melhor caminho, o mais feliz. Somente então
você. Desfrutará as coisas excelentes que Deus planejou para você.
APELO
Deus provê bençãos e salvação para todos. Só
as desfrutarão quem tiver fé suficiente para obedecer à Suas sábias ordens.
FONTE
Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de
2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora
Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur
Nogueira SP Brasil
3
O DEUS QUE SALVA
GÊNESIS 7
1-MODELO MISSIOLÓGICO – DEUS CRIOU E SALVOU. AGORA DEUS ME USA PARA
SALVAR OUTROS.
O verbo ‘asah,
“fazer”, que se refere às ações de Noé, também é uma palavra-chave no relato da
criação em Gênesis (Gn 1:7, 16, 25, 26, 31; 2:2). Os atos de obediência de Noé a Deus são como os atos divinos de
criação. O que podemos deduzir
dessa ligação é que o dilúvio não tem a ver apenas com o juízo divino sobre a
humanidade, mas também com a salvação que Deus nos oferece.
CADA OBEDIÊNCIA DEVE LEVAR À CONVERSÃO DE
OUTROS
RAABE – sua obediência levou à salvação de toda sua família.
SAMARITANA – sua obediência levou à salvação de toda sua cidade.
DANIEL – sua fidelidade a Deus levou à conversão do maior monarca de seus
dias, Nabucodonosor.
Que enormes responsabilidades todos nós temos
hoje!
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-025 – COM SEIVA PARA O SERVIÇO
As árvores do Senhor são cheias de seiva....
Salmo 104:16.
Viajar pela Malásia é o mesmo que viajar
através de um vasto seringal. A seiva dessas árvores que produzem borracha,
quando processada e industrializada, resulta num abençoado produto de Deus,
usado diariamente de alguma forma pela maioria das pessoas. Somente depois de
seis anos de idade uma seringueira produz o látex. O hábil cortador toma sua
faca e risca a casca com uma série de cortes diagonais, de cima para baixo, no
tronco. Antes do levantar do Sol, o cortador reabre
esses ferimentos produzidos na árvore, raspando para fora uma pequena camada
adicional da casca. O ar morno da manhã faz com que o suco leitoso jorre
através de uma biqueira para dentro de pequenas canecas. Frequentemente
resguardos contra a chuva são postos sobre as canequinhas, para que estas não
se encham de água e faça o látex transbordar e cair ao chão. O látex líquido é
transportado para a casa ou depósito em bicicletas ou caminhões, e nele se
acrescenta ácido fórmico para que se congele. Secado e feito em lâminas de
borracha, é embalado e embarcado para os centros manufatureiros. Quinze anos é o
limite da produção máxima de látex, embora as seringueiras produzam outros 15
anos, vivendo até 70 anos. Os sábios talhadores dão um ‘descanso à árvore,
talhando-a 20 dias por mês, e com isso obtêm aproximadamente 10 vezes mais
látex. A adubação com nitrogênio e potassa aumenta o rendimento em 20% depois
de dois anos de aplicação. O cortador pode duplicar o rendimento de uma árvore
madura, besuntando as incisões, a cada dois meses, com uma substância chamada ethral, mas isto também debilita a árvore, fazendo-a morrer
muito cedo. As seringueiras são como soldados de pé, em longas e retas filas,
oferecendo a vida ao serviço, desejando ser feridos para o benefício de outros.
Deus espera que Você também produza graças cristãs que sejam bênçãos para
outros. Não raro, como o talhador, Ele tem de ferir você. Ele criará
circunstâncias que aumentarão a sua produtividade. Embora sua vida possa ser
encurtada no serviço de Sua glória, você estará cheio de seiva — as Suas
bênçãos. Uma grande diferença entre você e a árvore da borracha é que você pode
decidir reter estas bênçãos para si. Somente quando você decide dar, você será
de algum valor para Deus e para outros.
2-MODELO DE SOBERANIA – O MESMO DEUS QUE CRIA É O MESMO QUE DESTRÓI.
Por que a descrição do dilúvio lembra o
relato da criação? Que lições aprendemos com os paralelos entre esses dois
eventos?
Uma leitura atenta do texto sobre o dilúvio
revela o uso de muitas palavras e expressões comuns à história da criação:
“sete” (Gn 7:2, 3, 4, 10; compare com 2:1-3); “macho
e fêmea” (Gn 7:2, 3, 9, 16; compare com Gn 1:27); “Segundo as suas espécies” (Gn
7:14; compare com Gn 1:11, 12, 21, 24, 25);
“animais”, “aves”, “animal que rasteja” (ver Gn 7:8,
14, 21, 23; compare com 1:24, 25); e “fôlego de vida” (Gn
7:15, 22; compare com 2:7).
3-MODELO DE SALVAÇÃO
Esses ecos dos relatos da criação ajudam a
revelar que o Deus que cria é igual ao Deus que destrói (Dt
32:39), mas também transmitem a mensagem de
esperança: o dilúvio foi projetado para ser uma nova
criação, a partir das águas, que leva a uma nova
existência.
JOÃO 3.5-6 – tanto o nascimento biológico
como o espiritual vem do mesmo Ser que criou a Terra, pois ambos vêm das águas! Precisamos
então passar pelas 3 experiências: ser criado (em Adão), ser gerado (por nossos
pais, no líquido amniótico), ser salvo (em Jesus, pelas águas do batismo).
4-MODELO DE RESTAURAÇÃO
O movimento das águas mostra que esse evento criativo na verdade reverte o ato criativo de Gênesis 1. Em contraste com Gênesis 1, que descreve a separação das águas acima e
das águas debaixo do firmamento (Gn 1:7), o dilúvio
envolve sua reunificação à medida que se rompem além de suas fronteiras (Gn 7:11).
Esse processo carrega uma mensagem paradoxal:
Deus teve que destruir o que havia antes para permitir uma nova criação depois. A criação da nova Terra exigiu a destruição da antiga. O evento do
dilúvio prefigura a salvação futura do mundo no fim dos tempos: “Vi novo céu e nova Terra, pois o primeiro
céu e a primeira Terra passaram, e o mar já não existe” (Ap
21:1; compare com Is 65:17).
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-295 – VITÓRIA SOBRE A DOR
“Não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque
as primeiras coisas passaram.”
Apocalipse 21:4 (ú.p.).
A hora é 10:15 da manhã de sexta-feira, dia 16 de outubro de 1846. O lugar, a
sala de operações do Hospital Geral de Massachusetts, Boston, EUA. Os assentos
na parte superior do centro de cirurgia estão repletos de interessados, tanto
de estudantes como de membros da diretoria. O paciente, Gilbert Abbot, está na
mesa de operação. Um grande tumor em seu maxilar pode ser visto por todos. Os
instrumentos estão prontos. O cirurgião John Collins Warren, e seus assistentes
estão prontos para operar. Nesse momento, o Dr. Morton
adentra a sala de cirurgia conduzindo um globo de vidro. Ele faz um sinal com a
cabeça a todos os presentes e passa para um pequeno aposento situado atrás do
anfiteatro dos espectadores. Ele ensopa uma esponja com éter e a coloca no
globo de vidro, que é por ele tampado com uma rolha. Levando o globo com a
esponja ele retoma à sala de operações. Curvando-se sobre o paciente, ele
pergunta: “Está sentindo medo?” “Não, senhor”, responde o paciente, “não estou
com medo.” O Dr. Morton coloca o tubo de vidro nos
lábios do Sr. Abbot, e pede-lhe que respire pela boca. Após três ou quatro
minutos, o Dr. Morton retira o tubo da boca do
paciente e diz ao Dr. Warren: “O seu paciente está pronto.” O Dr. Warren toma o
grande tumor com uma das mãos, e com a outra apanha uma lâmina. Preparado para
os costumeiros gritos de agonia, ele faz a primeira incisão. Não há nenhum
grito nem movimento da parte do paciente. O cirurgião prossegue como se
estivesse operando um cadáver. Ele fecha a ferida e lava o rosto do paciente.
Pela primeira vez era realizada uma operação cirúrgica sem dor. Hoje nem sequer
pensamos em dor quando vamos ser submetidos a uma operação. Estamos acostumados
a extrair dentes sem dor. Uma vasta variedade de injeções e de pílulas são
disponíveis para o alívio temporário da dor. A despeito dos progressos
científicos do homem, ainda existe a dor no mundo. A dor sempre existirá aqui,
enquanto existir o pecado, pois ela é um dos resultados do pecado. Somente
quando o pecado tiver sido eliminado haverá completa vitória sobre a dor.
Oremos, então, para que Jesus venha logo.
APELO
O que em nós precisa ser destruído para então
ser recriado? (Veja Romanos 6:1-6).
FONTE
Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de
2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora
Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur
Nogueira SP Brasil
4
O DEUS QUE LEMBRA
GÊNESIS 7:22-24
1-MODELO DE DESTRUIÇÃO – ELE DESTRÓI TUDO
O texto acima descreve o efeito avassalador e
abrangente das águas: “Assim, foram exterminados todos os seres” “e as águas
prevaleceram sobre a terra durante cento e cinquenta dias” (Gn
7:24). Foi nesse contexto de total aniquilação e
desesperança que “Deus Se lembrou” (Gn 8:1). Essa frase se encontra no centro
das passagens que falam sobre o dilúvio, uma indicação de que essa ideia é a
mensagem central do relato.
2-MODELO DE CUIDADO – ELE NÃO SE ESQUECE DE NINGUÉM
Gênesis 8:1. O que significa a expressão Deus
“Se lembrou de Noé”?
O verbo zakhar,
“lembrar”, significa que Deus não havia Se esquecido; é mais do que mero
exercício mental. No contexto bíblico, o “Deus que Se lembra” significa o cumprimento da promessa divina e, com frequência,
refere-se à salvação (ver Gn 19:29). No contexto do dilúvio, a expressão “Deus Se
lembrou” significa que a chuva “se deteve” (Gn 8:2) e
que Noé em breve poderia deixar a arca (Gn 8:16).
DEUS SE LEMBROU DE:
LÓ – antes de destruir Sodoma – Gênesis 19.29
SARA – por ser ela estéril – Gênesis 21.1
ISRAEL – escravo no Egito – Êxodo 2.24
3-MODELO DE LIDERANÇA CRISTÃ – OS SERVOS DE DEUS TOMAM INICIATIVAS
Embora não tivesse recebido ordem direta para
sair, Noé tomou a iniciativa e enviou primeiramente um corvo, e depois uma pomba, para testar a
situação. Finalmente, quando a pomba não voltou, ele entendeu que “as águas que
estavam sobre a terra haviam secado. Então Noé removeu a cobertura da arca e
olhou” (Gn 8:13).
PESSOAS QUE TOMARAM A INICIATIVA MOVIDOS PELA
FÉ
DAVI – diante de Golias
ZÍPORA – circuncidou seus filhos para cumprir a ordem de Deus, senão seu
marido Moisés teria sido morto pelo anjo do Senhor.
NICODEMOS/JOSÉ DE ARIMATÉIA – arriscando suas vidas, tiraram o corpo de
Cristo na cruz e o sepultaram dignamente.
4-MODELO DE CONFIANÇA – FÉ E OBRAS SÃO INSEPARÁVEIS
O comportamento de Noé é rico em lições
práticas. Por um lado, ele nos ensina a confiar em Deus, embora Ele ainda não
houvesse falado diretamente; por outro lado, a fé não nega o
valor de pensar e testar, e não
exclui o dever de buscar e ver se o que aprendemos é verdade.
5-MODELO DE SUBMISSÃO – OBEDECER A DEUS
TRAZ PAZ E SEGURANÇA
No entanto, Noé só saiu
quando Deus lhe disse que saísse (Gn 8:15-19). Mesmo quando soube que era
seguro sair, ele ainda confiou em Deus e esperou Seu sinal
antes de deixar a arca.
“Havendo entrado por ordem de Deus, [Noé]
esperou instruções especiais para sair. Finalmente um anjo desceu do Céu, abriu
a pesada porta e mandou o patriarca e sua casa saírem à terra e levarem consigo
todos os seres vivos” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 77
[105]).
APELO
Guarde o SÁBADO para mostra que você se
lembra de Deus! Êxodo 20.8-11
Como Deus lhe mostra que “Se lembra” de você?
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-099 - "LEMBRA-TE DO SÁBADO..."
"Lembra-te do dia do sábado, para o
santificar." Êxodo 20:8.
Era sábado, 3 de abril de 1847. Fora da casa
dos Howland em Topsham,
Maine, os pássaros cantavam, a seiva fluía, flores se abriam. Dentro, a tepidez
da primavera se refletia nos rostos dos adventistas ali reunidos para um fim de
semana de estudos bíblicos. Alguns, como Tiago e Ellen White, eram guardadores
do sábado; outros ainda estavam indecisos. "Sentíamos um inusitado
espírito de oração", Ellen White escreveu em seu livro Primeiros Escritos.
"Ao orarmos o Espírito Santo desceu sobre nós. Estávamos muito
felizes." Subitamente Ellen, jovem de 19 anos, exclamou: "Glória! Glória!"
Todos sabiam que ela estava tendo uma visão. Mais tarde ela relatou que se
sentia como sendo levada por um anjo à Cidade Santa, ao interior mesmo do
santuário Celestial. Ele a levou através do lugar santo para o outro lado do
Céu onde Jesus estava esperando por ela. Ele a levou para o interior do lugar
santíssimo onde ela viu a arca de ouro com os anjos em cada uma de suas
extremidades olhando para o seu interior. Aqui ela viu as duas tábuas da lei,
tábuas de pedra, dobradas como um livro fechado. Ela observou quando Jesus
abriu-as. "Vi os Dez Mandamentos nelas escritos com o dedo de Deus",
Ellen disse. "Numa das tábuas havia quatro mandamentos, e na outra, seis.
Os quatro mandamentos na primeira tábua brilhavam mais do que os outros seis.
Mas o quarto mandamento, o mandamento do sábado, era mais resplandecente do que
todos eles. ... Um halo de glória o circundava." Por que, você acha, o
quarto mandamento tinha um halo de glória em torno de si? Não seria para
mostrar quão importante é o sábado para Deus? Ele quer estar certo de que nós
não o estamos esquecendo. Hoje é um bom dia para que se comece a lembrar do
"dia do sábado" Comece por planejar agora, de modo que toda a sua
atividade esteja concluída antes do pôr do Sol na sexta-feira. Tenha os seus sapatos
engraxados. Prepare suas roupas. Pregue o botão que está faltando, Planejo com antecedência o que você irá fazer na parte da
tarde no sábado. Ao nos lembrarmos do dia do sábado durante a semana, haverá
menos confusão quando o sábado chegar. Se mantivermos um halo de glória em
torno do sábado todos os dias, então certamente teremos um glorioso dia quando
ele chegar.
FONTE
Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de
2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora
Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur
Nogueira SP Brasil
5
O DEUS QUE PROPÕE
GÊNESIS 6.18
1-MODELO DE ALIANÇAS - ANTES DA CATÁSTROFE, DEUS PROPÕE
Aquele era o momento em que a aliança
prometida deveria se cumprir. “Com você estabelecerei a Minha aliança, e você
entrará na arca, você e os seus filhos, a sua mulher, e as mulheres dos seus
filhos” (Gn 6:18). Em contraste com a ameaça divina
de destruir (Gn 6:17), essa aliança é a promessa de
vida.
DEUS SEMPRE PROCURA SEUS FIÉIS, E FAZ UMA
ALIANÇAS COM ELES – por meio dos remanescentes, a humanidade continuará.
Há uma clara condenação ao ímpio mundo
moderno, mas também um real desejo divino de fazer uma aliança comigo – Marcos
16.15-16.
2-MODELO DE ADORAÇÃO - ADORAR NÃO É UM EVENTO LEGAL, MAS UM ESTILO
DE VIDA
Qual foi a primeira coisa que Noé fez ao sair
da arca e por quê? Gn 8:20
A exemplo de Adão e Eva, que certamente
adoraram a Deus no sábado logo após os seis dias da criação, Noé adorou logo
após o dilúvio, outro evento da criação. Porém, há uma diferença entre esses
dois atos de adoração. Ao contrário de Adão e Eva, que adoraram ao Senhor de
forma direta, Noé teve que recorrer a um sacrifício.
MOMENTOS TÃO DISTINTOS PARA ADORAR
Adão adorou após o caos (terra sem forma e
vazia) virar beleza.
Noé adorou após a beleza virar caos (Terra
destruída pelo dilúvio).
Em todo tempo temos motivos para adorar a
Deus.
Adore-O mesmo no momento mais cético da
história da Terra – Apocalipse 14.6-14.
3-MODELO DE FIDELIDADE – ADORANDO COM DÍZIMOS E OFERTAS VOLUNTÁRIAS
Nas Escrituras, essa é a primeira menção de
um altar. O sacrifício foi um “holocausto” (‘olah),
o mais antigo e frequente. Para Noé, era uma oferta de
ação de graças (compare com Nm 15:1-11) a fim de expressar sua gratidão ao Criador, que
o salvou.
DEUS DEU. EU DEVOLVEREI A ELE, EM GRATIDÃO
DAVI – deu sua oferta para construção do Templo – 1 Crônicas 29.14
ABRAÃO – Deus deu o filho, ele o devolveu sobre o Moriá – Gênesis 22.12.
ANA – devolveu Samuel ao Senhor – 1 Samuel 1.11.
4-MODELO DE DEGRADAÇÃO
Gênesis 9:2-4. Como o dilúvio afetou a dieta
humana? Qual era o princípio por trás das restrições divinas?
Por causa do efeito do dilúvio, os vegetais não estavam mais
disponíveis como antes. Portanto, Deus
permitiu que os humanos comessem carne animal. Essa mudança na dieta gerou uma
mudança na relação entre seres humanos e animais. No relato da criação, humanos
e animais compartilhavam a mesma dieta vegetal e não ameaçavam uns aos outros.
No mundo pós-diluviano, a matança de animais para alimento acarretou uma
relação de medo e pavor (Gn 9:2). Sem dúvida, depois
que começaram a se alimentar uns dos outros, humanos e animais desenvolveram um
relacionamento bem diferente do que haviam desfrutado no Éden.
5-MODELO DE TEMPERANÇA – LIMITE E EQUILÍBRIO EM TUDO O QUE É BOM. O
MAU JÁ É PROIBIDO!
A tolerância divina, no entanto, tinha duas restrições: nem
todos os animais eram adequados para alimento, fato implícito na distinção
entre animais “limpos e impuros”, que fazia parte da ordem da criação (ver Gn 8:19, 20; compare com 1:21, 24); eles deviam se abster
de consumir sangue, pois a vida está no sangue (Gn
9:4).
O SENSO DO PRAZER
ADÃO – podia comer tudo, mesmo da árvore proibida.
NOÉ – ofereceu holocaustos, mas só de animais limpos.
O prazer segue esta mesma LEI – tudo o que é
bom tem LIMITAÇÃO.
Exemplo: o CASAMENTO é bom, se houver
fidelidade a um único cônjuge. Comer é bom, desde que sigamos as
estritas regras de alimentação dadas por nosso Criador.
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-103 - TERRA CANSADA
O Meu povo está sendo destruído, porque lhe
falta o conhecimento. Oséias 4:6.
O solo tem suportado, por milhares de anos, a
chuva em profusão. Agora, apenas depois de um ano de cultivo ele se tornou
demasiado, pobre mesmo para se plantar uma segunda roça. O que destruiu sua
capacidade de produzir? Quando os fazendeiros da floresta derrubaram as
árvores, cortaram as plantas rasteiras e trepadeiras, e queimaram tudo que
podia ser queimado, destruíram um delicado equilíbrio da Natureza, que Deus
ordenara. Ao plantarem suas várias roças, criou-se um ambiente totalmente
diferente. Como a tapioca, o milho, a banana, a batata-doce, cará ou arroz
lutavam por crescerem junto dos destroços, outras plantas começaram a competir
por espaço e luz. De início o fazendeiro derrubou o emaranhado de capins e
trepadeiras que ameaçavam a roça. Depois da colheita, porém, ele abandonou a
limpeza, ciente de que uma segunda roça não valeria a pena. Quando a floresta
estava virgem, as árvores mantinham o equilíbrio de componentes como o carbono
e nitrogênio. Suas raízes extraíam do solo os elementos necessários ao
crescimento da planta, como o fósforo, potássio, cálcio, magnésio, ferro e
enxofre, os quais voltavam ao solo pela decomposição da planta e matéria
animal. Agora este ciclo líquido de autossustentação, de minerais vindos do
solo para as plantas vivas e voltando ao solo, estava completamente prejudicado.
Quando incendiaram a floresta, grande -parte de carbono, nitrogênio e enxofre
desapareceu nos gases e na fumaça. Grandes quantidades de outros elementos e
componentes, solúveis na água, foram lavados, após o fogo, pelas primeiras
chuvas que caíram. A primeira roça utilizou-se do que foi deixado, deixando o
solo exausto para, mais uma época de crescimento. Quando sua mente está em
contato com Deus, Ele mantém um belo equilíbrio, desenvolvendo sua capacidade
de entender. Ao pensar nos grandes ensinamentos da Palavra de Deus, sua mente
se alargará, porque você está ligado com o Céu. Você, porém, pode cortar esses
grandiosos pensamentos pela leitura, visão e conversa sobre coisas comuns, até
que sua mente se enfraqueça e seja incapaz de produzir algo de bom. Não destrua sua mente seguindo o processo de derrubar e queimar, ou
detendo-se na sabedoria deste mundo, a qual é estultícia perante Deus.
APELO
Portanto, quer comais quer bebais, ou façais
outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus. 1 Coríntios 10.31.
FONTE
Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de
2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora
Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur
Nogueira SP Brasil
6
O DEUS DA ALIANÇA
GÊNESIS 8:21–9:1
1-ALIANÇA DA PRESERVAÇÃO DA VIDA
Qual é a importância do compromisso de Deus
com a preservação da vida? Como as bênçãos divinas cumprem esse compromisso?
O compromisso de Deus em preservar a vida foi um ato da graça, e não o resultado de méritos humanos.
2-ALIANÇA PROMETIDA E ASSEGURADA, APESAR DE MIM
O Senhor decidiu fazer isso apesar da maldade humana (Gn 8:21). Gênesis 8:22 diz que, “enquanto
durar a Terra”, isto é, enquanto a Terra atual permanecer, as estações virão e
passarão e a vida será sustentada. Deus não desistiu de Sua criação.
3-ALIANÇA DO RECOMEÇO
O texto seguinte, que fala sobre a bênção
divina, nos leva de volta à criação original (Gn
1:22, 28; 2:3). O Senhor, em certo sentido, estava dando à humanidade uma chance de recomeçar.
JOÃO 3.3-8: Jesus promete recriar você ao seu
modelo original, por meio da conversão.
Ele fez isto com o apóstolo Paulo na
estrada de Damasco.
Ele fez isto com Maria Magdalena,
expulsando dela 7 demônios.
Ele fez isto com Cornélio, depois de
toda a explicação bíblica de Pedro.
4-ALIANÇA DA CRIAÇÃO: O SÁBADO
Gênesis 9:8-17. Qual é o significado do
arco-íris? Como esse sinal da aliança de Deus (Gn
9:13) se relaciona com o outro sinal da aliança, o sábado?
A frase “estabeleço a Minha aliança” é
repetida três vezes (Gn 9:9, 11, 17), marcando o
clímax e o cumprimento da promessa inicial de Deus (Gn
6:18). Após a seção anterior (Gn 9:1-7), paralela ao
sexto dia do relato da criação, está a passagem paralela à seção que fala do
sétimo dia do relato da criação, o sábado. Dentro do texto, a repetição da
palavra “aliança” por sete vezes estabelece uma ligação com o sábado. Assim como o sábado, o arco-íris é o sinal da aliança (Gn 9:13, 14, 16;
compare com Êx 31:12-17). Além disso, como o sábado, o arco-íris tem um alcance universal; isto é, se aplica a todos.
Da mesma forma que o sábado, como sinal da criação, é para todos, em
todos os lugares, a promessa de que nenhum outro dilúvio mundial virá é para
todos, em todos os lugares.
PARA PENSAR
Da próxima vez que você vir um arco-íris,
pense nas promessas de Deus para nós. Por que podemos confiar nessas promessas?
Como o arco-íris nos ajuda nisso?
INSPIRAÇÃO JUVENIL 2004-021 - PRECISO COMO O QUARTZO
Toda boa dádiva e todo dom perfeito vêm do
alto, descendo do Pai das luzes, que não muda como sombras inconstantes. Tiago
1:17.
Você sabe o que é um choque elétrico. Talvez
já tenha encostado em um fio elétrico e levado aquele susto, ou talvez tenha
experimentado aquele pequenino choque disparado quando se caminha sobre certo
tipo de tapete e então encosta-se num objeto metálico, tal como a maçaneta de
uma porta. Os choques têm efeitos interessantes em outras coisas além das
pessoas. Por exemplo, se um cristal de quartzo levar um choque, ele vibra,
embora não possamos ver as vibrações. Alguém tomou tempo para medir a vibração
do quartzo e descobriu que ele vibra exatamente 32.768 vezes por segundo -
outra razão pela qual não podemos perceber as vibrações. Essa descoberta
contribuiu para uma espantosa mudança em nosso sistema de verificação das
horas. Você já ouviu falar sobre relógios de quartzo; é possível que até mesmo
tenha um. Pelo fato de o quartzo vibrar exatamente 32.768 vezes por segundo,
quando leva um choque, um relógio de quartzo, mesmo dos mais baratos, é o mais
exato marcador do tempo que já foi inventado; sua precisão não varia mais do
que um minuto por ano! O processo é o seguinte: se você fosse um matemático
saberia que existe alguma coisa especial a respeito do número 32.768. Se tomar
o número 1 e dobrá-lo, obterá 2; se dobrar 2, obterá 4 e assim por diante. Bem,
se continuar dobrando seu resultado por 15 vezes, obterá exatamente 32.768.
Conhecedores disso, os fabricantes de relógios sabiam que se pudessem descobrir
um jeito de cortar o número das vibrações do quartzo pela metade 15 vezes,
teriam exatamente um segundo. E foi isso mesmo que fizeram. Seu relógio de
quartzo tem um pedacinho desse mineral, uma bateria, e uma série de minúsculos
circuitos elétricos que cortam as pulsações elétricas pela metade 15 vezes, de
modo que há uma descarga de energia elétrica cada segundo. Essa pequena
descarga faz o seu relógio de quartzo funcionar. Nosso Deus, que fez o quartzo,
também conserva um registro exato do tempo; Ele sabe exatamente quando virá
para levar-nos para o Céu. Não há dúvida sobre isso e nós devemos estar
preparados.
APELO
Ele é fiel com você, pois nEle
não há sombra de variação!
E você? Será fiel a Ele até o fim?
FONTE
Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de
2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora
Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur
Nogueira SP Brasil
7
AMOR PELO CASTIGO
MATEUS 24:37
1-OS ENORMES LIMITES DO MÉTODO CIENTÍFICO
Muitos questionam a
historicidade do relato bíblico sobre o dilúvio, argumentando que tal evento
mundial é incompatível com as visões científicas modernas da história natural. No entanto, há um
registro de uma inundação colossal nas memórias culturais coletivas de muitos
povos distantes uns dos outros, em todo o mundo, e não apenas no antigo Oriente Próximo, Mesopotâmia, Egito e Grécia. Narrativas do dilúvio
são encontradas na Índia, China, entre os antigos habitantes da Irlanda, entre
os povos maias na Mesoamérica, nativos americanos, povos antigos da América do
Sul e da África e até mesmo entre tribos aborígenes da Austrália. O fato de a ciência moderna não conseguir
dar sentido ao fenômeno do dilúvio não é uma prova de que esse evento nunca
tenha acontecido. O fracasso da ciência moderna em explicar o dilúvio é
simplesmente outra evidência dos limites da ciência, especialmente quando se
trata de um fenômeno tão sobrenatural como o dilúvio de Gênesis.
Nesta semana, não estudaremos a história
bíblica desse evento cósmico para entendê-lo de um ponto de vista científico.
Não dispomos de todos os dados para compreender esse fenômeno. À parte da
discussão científica, uma série de questões serão debatidas. A questão
fundamental diz respeito ao próprio Deus: o que essa história nos ensina sobre
o Deus da Bíblia e Seu propósito? O filósofo gnóstico Marcião
de Sinope (85 d.C.-160 d.C.) e muitos outros cristãos
depois dele usaram o dilúvio para demonstrar que o Deus do AT era um Deus
violento e cruel, ao contrário de Jesus, o Deus de amor. Os atos de justiça de
Deus também são demonstrações de amor e misericórdia.
Se uma formiga não consegue ver o elefante,
não prova que o elefante não existe!
Se o seu método é fraco ou incompetente não
anule minhas convicções.
2-PELO QUÊ VOCÊ É AVALIADO NO CÉU?
Deus de justiça Depois da criação perfeita,
ocorreu a queda, e o pecado entrou no mundo. A desobediência que começou com
nossos primeiros pais aumentou até que o mundo se encheu de corrupção e
maldade. Desde a época de Caim e Abel, a humanidade se dividiu em dois campos. É interessante que cada linhagem genealógica seja definida com base
em seu relacionamento com Deus. Enquanto a genealogia de Caim (Gn 4:17-22) é
introduzida por sua rejeição a Deus (Gn 4:16), a
genealogia de Sete (Gn 5:1-32) é introduzida pela
semelhança de Deus (Gn 5:1). Esse contraste explica
por que a linhagem de Caim é mais tarde identificada como os filhos dos homens,
enquanto a linhagem de Sete é identificada como “os filhos de Deus” (Gn 6:1, 2).
3-COMO SE TOMA O LUGAR DE DEUS?
Não é de admirar que o Senhor tenha Se
preocupado ao observar que as duas linhagens estavam se
misturando, produzindo uma nova linhagem genealógica em rebelião aberta contra
Deus. A frase “tomaram para si” (Gn 6:2) sugere a intenção dos “filhos de Deus” de substituir e contrariar a atuação divina no casamento, conforme ilustrado pelas palavras “o Senhor
Deus formou” a mulher e a levou para Adão (Gn 2:22). Os “filhos de Deus” queriam tomar o lugar de Deus, atitude que se reflete na frase “viram que
[...] eram bonitas” (Gn 6:2). Em hebraico, a palavra
traduzida como “bonitas” é a mesma palavra tov, “bom”, usada para descrever a reação divina à
criação: “viu que isso era bom” (Gn 1:4, 10, 12, 18, 21, 25). Essa
substituição de Deus levou os “filhos de Deus” a cometer atos que não mais
estavam de acordo com as leis divinas na criação, mas em harmonia com seus
próprios desejos pecaminosos.
Aliás, o uso do plural “mulheres” sugere a introdução da poligamia, e a frase “aquelas que, entre todas, mais
lhes agradaram” sugere atividades sexuais selvagens e
descontroladas fora da lei divina. A frase “tomaram para si mulheres [...] que [...] mais lhes agradaram” (Gn 6:2) tem até a conotação de satisfação própria,
violência e estupro (ver Gn 39:14, 17). Todos esses
atos sexuais não eram apenas uma rejeição a Deus, mas também abuso de mulheres.
4-DEUS VÊ E AGE DIANTE DA MALDADE
O texto bíblico relata que Deus viu a maldade (Gn 6:5). Essa é a segunda vez que as Escrituras apresentam
Deus como Aquele que “vê” (compare com Gn 6:1-4).
Paralelamente ao relato da criação, o ato divino de ver segue imediatamente a
palavra divina: “O Senhor disse [...]” (Gn 6:3). “O
Senhor viu que a maldade das pessoas havia se multiplicado” (Gn 6:5). Esse verso é um segundo eco ao refrão da criação, “E Deus viu que isso era bom” (Gn 1:10).
Mas nesse caso o “bom” original (tob) da
criação de Deus foi substituído pelo que lhe é contrário: a maldade (ra’ah). O comentário divino seguinte foi uma avaliação trágica da situação. O
aumento da maldade não se referia apenas a algumas ações específicas ou atos
malignos ocasionais; descrevia uma condição completa e
definitiva e dizia respeito à raiz, às motivações profundas do coração humano
onde Deus encontrou o mal arraigado. A humanidade havia atingido o ponto sem volta. Deus devia intervir com um dilúvio mundial
para preservar um remanescente da raça humana da degradação moral completa e, portanto, da extinção.
5-O ENTRISTECER DE DEUS
Nessa intervenção divina, a linguagem evoca a
criação. Deus lamentou ter criado o ser humano. O “arrependimento” divino está
associado à tristeza divina. Deus “ficou triste […] e isso Lhe pesou no
coração” (Gn 6:6). O verbo hebraico ‘atsab (“entristecer”) é o oposto de alegria (Ne
8:10) e se refere à dor mental (Gn 3:16). A emoção
divina tem a ver com Seu amor pelos humanos. É significativo que o verbo
hebraico nakham, traduzido como “ficou
triste” (Gn 6:6), contenha a nuance positiva de
“graça” e “amor”. Portanto, essa tradução para a palavra hebraica nakham não
explica totalmente os sentimentos de Deus. O fato de o Senhor ter ficado triste
ou Se arrependido (Gn 6:6, ARA, ARC e NVI) não
significa que o Criador tivesse mudado de ideia; em vez disso, contém elementos
de graça e “conforto”. Assim, a
palavra nakham aparece às vezes em
paralelo com a palavra shub, “mudar de
ideia” (Jr 4:28; Jn 3:9).
6-SALVAÇÃO PELO JUÍZO
O uso da palavra nakham trouxe
esperança ao cenário – a perspectiva de salvação por meio do
dilúvio. A emoção de Deus revelou
Seu amor pelos humanos. No entanto, Ele expressou Seu amor
por meio do juízo. A resposta
divina à maldade por meio da destruição é um ato de amor. A palavra
hebraica makhah, “destruir”, é
apresentada em um jogo de palavras com a palavra anterior nakham (“tristeza”, “conforto”), que evoca a
tristeza e a compaixão divinas para com a humanidade por meio de Noé. Enquanto nakham sugere a
face positiva do juízo, makhah revela
sua face negativa. Além disso, a
palavra makhah pertence à linguagem
do juízo. Significa, mais precisamente, “apagar”. Esse
“apagamento” representa uma destruição física que opera na reversão da criação,
desfazendo os atos criativos de Deus. Mas,
além da destruição física, esse ato de julgamento também se refere a ser
espiritualmente apagado do livro da vida (Êx 32:32, 33; Sl 69:28, 29). No pensamento bíblico, amor e justiça estão
juntos (Mq 6:8).
Deus de sabedoria
7-AMOR E JUSTIÇA ESTÃO COMBINADOS EM TODOS OS ATOS E PROJETOS
DIVINOS
A combinação de amor e justiça é precisamente o que torna a
sabedoria de Deus o que ela é. O Senhor
não salva apenas por meio de Sua boa vontade e amor. Os detalhes da construção
da arca (Gn 6:14-22), que permitiriam a sobrevivência
de todos os que nela entrassem, eram evidências tangíveis
da séria atenção de Deus à realidade da vida. Esses detalhes arquitetônicos minuciosos não apenas testemunharam a
realidade histórica da construção da arca; eles revelaram a preocupação divina
com o sucesso da operação. Deus deu instruções precisas para esse propósito. A
madeira resinosa da árvore, usada para construir a estrutura da arca, e sua
seiva foram projetadas para tornar a arca impermeável por dentro e por fora.
Uma janela deveria estar no topo da arca para proporcionar uma passagem de luz
e ar, situada a um côvado da borda do telhado. Provavelmente era algum tipo de
treliça construída ao longo da linha do telhado, trazendo luz de tal forma que
os diferentes aposentos dentro da arca eram iluminados e ventilados.
O Deus que cuidou da construção da arca é o mesmo que mais tarde deu
instruções detalhadas para a vida religiosa e salvação espiritual por meio dos
sacrifícios do serviço do santuário. Na verdade, existem muitos paralelos entre as plantas apresentadas para
a arca e o tabernáculo. As dimensões da arca (Gn
6:15) foram dadas de acordo com o mesmo padrão e com as mesmas palavras usadas
para a construção da arca no tabernáculo (Êx 25:10).
Qual era o tamanho da arca? Se o côvado fosse
igual a 18 polegadas ou 45 centímetros, 300 côvados para o comprimento da arca
seriam 450 pés ou mais de 137 metros; 50 côvados para sua largura equivaleriam
a 75 pés, ou 22 metros; e 30 côvados de altura teriam igualado a 45 pés, ou 13
metros. Essas medidas não têm significado especial, simbólico ou espiritual;
elas simplesmente sugerem a magnitude do tamanho da embarcação, que era grande
o suficiente para acomodar os animais e humanos a bordo. Mas os muitos
paralelos entre a arca e o tabernáculo têm um significado profundo: O Deus que salva espiritualmente, Jesus Cristo, é o mesmo Deus
Criador que nos salva física e materialmente.
Pergunta para discussão e reflexão: Como
as três dimensões divinas – justiça, amor e sabedoria – se relacionam entre si
teologicamente?
INSPIRAÇÃO JUVENIL 2000-263 – CORDA SUFICIENTE
Corda Suficiente Uma pequena cidade perto de
Seattle, Washington, tinha um grande problema: um incendiário estava à solta,
ateando fogo em diferentes pontos da cidade. Ninguém era capaz de prendê-Io. Após um certo tempo, o chefe dos bombeiros
começou a suspeitar que um dos voluntários da brigada de incêndio estava dando
início àqueles incêndios. Ele era sempre o primeiro a chegar ao Corpo de
Bombeiros quando soava o alarme. Mas como poderia provar essa suspeita? Depois
de cinco incêndios, alguém relatou ter visto um homem jogar um fósforo aceso
perto de um campo, correr para seu carro e sair em alta velocidade. O homem foi
seguido até o Corpo de Bombeiros. Era o voluntário. O chefe dos bombeiros havia
dado àquele homem "corda suficiente para enforcar-se". Se você
estiver sendo controlado com uma corda muito curta, não tem muita liberdade.
Mas se a corda estiver mais solta, você pode tropeçar nela e machucar-se.
Então, quando se fala em dar corda suficiente para alguém se enforcar, quer
dizer que quem está segurando a corda tem o controle da situação, mas deixa a
pessoa ter liberdade o suficiente para que se incrimine. Você não precisa
bisbilhotar a vida dela ou envolvê-Ia em alguma
encrenca - ela faz isto por si mesma. A Bíblia diz que todos nós podemos nos
envolver em encrencas. A chave é no que pensamos, e o que desejamos. Note os
dois passos que Tiago 1:14 e 15 diz que damos quando nos metemos em problemas:
"Uma pessoa é tentada quando é atraída e enganada pelos seus próprios maus
desejos. Então esses desejos fazem nascer o pecado, e o pecado, quando já está
maduro, produz a morte." Primeiro, pensamos no pecado. Depois, o
realizamos. E se repetirmos essa seqüência sem parar,
iremos arruinar o nosso caráter, o que leva a uma separação de Deus - morte
eterna - porque não desejamos mais estar em Sua presença. Deus dá a todos corda suficiente, mas não porque esteja tentando nos
fazer tropeçar e cair. Ele apenas quer que tenhamos o direito de escolha.
Podemos nos enforcar, ou podemos diminuir · o tamanho da corda, ficando perto
de Deus. Ficar cada vez mais perto dEle é uma decisão
sábia.
APELO
Eu repreendo e castigo a todos quantos amo;
sê, pois, zeloso e arrepende-te. Apocalipse 3.19.
FONTE
Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de
2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora
Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur
Nogueira SP Brasil
8
DEUS É O VENCEDOR
Wilian
S. Cardoso
1-O DILÚVIO DA PERSPECTIVA DE SATANÁS
Ao pensarmos nas palavras de Gênesis 3:15,
lembramos da promessa divina e de Sua misericórdia. No entanto, às vezes, somos
inclinados a esquecer que essas palavras, na verdade,
foram primeiramente destinadas à serpente, a saber – Satanás. E, pensando sobre isso, poderíamos questionar
que, se essas palavras causaram um impacto profundo sobre os seres humanos, não
teriam elas causado igualmente algum tipo de reação sobre o
inimigo de Deus? Afinal, sua sentença de morte foi decretada ali e algum tipo de resposta ou defesa deveria
ser esperada naturalmente de qualquer ser vivo prestes a perder a vida. E,
claramente, os eventos que se seguem apontam que sim.
De fato, houve uma reação satânica ante a
realidade dessa promessa. É possível que Satanás tivesse determinado que ele não permitiria que isso ocorresse. Em outras palavras, ele faria o possível
para impedir o cumprimento desse evento escatológico. E o primeiro plano que
ele elaborou, obviamente, foi obliterar a existência da
potencial descendência ameaçadora. É precisamente isso
que vemos em Gênesis 4, através da
morte de Abel pelas mãos de Caim. Ou seja, uma vez que o Descendente não
existisse, a promessa jamais poderia ser cumprida. O estabelecimento de uma cidade por parte de Caim (4:17), seguido do relato sobre sua
genealogia, que apresenta seus
descendentes que têm o domínio de técnicas especiais (4:20-22), cria um efeito de
suspense literário sugerindo que aparentemente o mal
estivesse a triunfar. Contudo, o
capítulo termina com ares de esperança, ao declarar com apenas 2 versos que uma
nova descendência surge e o nome de Deus começa a ser invocado (Gn 4:25-26).
2-O QUE O DIABO USA PARA MINAR NOSSA FÉ?
O plano diabólico é frustrado e, obviamente,
continuar com ele teria sido uma ideia tola, pois sempre que um descendente fosse destruído, um novo surgiria e
assim ad infinitum. Satanás parece que partiu para um plano B. No
lugar de destruir fisicamente a descendência, melhor seria, em vida, corromper todos os descendentes, unindo-os em casamento e assim minando
sua moralidade pelo afastamento de Deus (Gn 6:1, 2). Dessa forma, toda a genealogia
dos adoradores de Deus (Gn 5) seria extinta. E é a
partir disso que a história do Dilúvio começa.
3-O VALOR DE UM ÚNICO FIEL
A genealogia do capítulo 5 relata que os
seres humanos possuíam uma extensa longevidade, sugerindo que eles podiam ter
centenas de filhos ao longo da vida (5:4, 7, etc.). Isso implica que a
quantidade de pessoas habitando na Terra possivelmente fosse gigantesca (6:1).
Contudo, desse mar de pessoas, parece que somente um homem permanecia íntegro
diante de Deus – Noé (6:8, 9). O texto anuncia que o plano
satânico de corromper toda descendência existente e assim impedir a realização
das palavras divinas de Gênesis 3:15 está prestes a se tornar perfeito (6:12).
A corrupção de Noé implicaria a perdição de
toda a sua família e o fim de toda esperança. Mas antes que isso pudesse se
tornar uma realidade, nos minutos finais do conflito, Deus apareceu com um plano inverso ao de Satanás.
Se primeiro seu plano foi de morte (Abel), e
depois a corrupção da vida (habitantes da Terra), a resposta divina foi
primeiro a geração de vida (Sete). Porém, agora, o plano foi a destruição dela
(habitantes da Terra). A tristeza divina (6:6), portanto, se deve ao fato da
decisão que Ele precisava tomar a fim de frustrar o plano satânico, a saber,
destruir a criação. No entanto, diferentemente das ações implacáveis de
Satanás, Deus ofereceu misericórdia antes de executar
qualquer juízo (6:3).
4-OS ELEMENTOS NATURAIS CONFIRMAM QUE DEUS É O CRIADOR, MANTENEDOR E
JUIZ DE TODA TERRA
Esse mesmo contraste de ações é igualmente percebido no
desenvolvimento de toda a execução do Dilúvio. Vendo a extrema corrupção da
Terra, Deus anunciou a Noé que Ele causaria um Dilúvio de águas sobre ela
(6:17).
A água é um elemento fundamental da criação (Gn 1:6-9). E, na
visão bíblica, o controle das águas é prerrogativa
exclusiva de Deus (Jó 9:8;
38:16; Sl 77:20; Hc 3:15; Is 51:9, 10).
Depois da criação em Gênesis 1, a palavra
hebraica mayim (“água”)
ocorre novamente apenas na narrativa do Dilúvio (Gn
6–9). Esse elemento da criação aparece agora como a figura mais importante no
relato do processo de “descriação” do planeta. Como
no início, quando tudo veio da água, outra vez o mesmo
elemento é usado por Deus, mas aqui para reverter todo o processo de criação. Essa inversão é percebida por meio do
movimento da palavra “água” no fluxo da história. A água cai (7:6, 7, 10) e há
uma unificação das águas de cima com as águas de baixo (7:11), que
anteriormente haviam sido separadas (1:6-8). Desse modo, a água sobe cobrindo
toda a superfície da terra, restaurando assim o planeta à sua condição caótica
de pré-criação de caos aquático (7:17-20, 24; cf. 1:2).
5-DEUS CRIA, DESTRÓI E RECONSTRÓI O QUE ELE QUISER
Em seguida, o processo criativo é reiniciado
em etapas muito semelhantes às descritas em Gênesis 1:
1) um vento da parte de Deus que passa sobre
as águas (8:1);
2) as águas diminuem e a terra aparece (8:3,
5);
3) animais voadores retornam ao seu habitat (8:7-11);
4) a vegetação floresce novamente (8:11).
É significativo que a figura da água ocorra em relação aos mesmos elementos criados
em Gênesis 1 e sirva como um tipo de
fio que costura e conecta os dois textos, levando-nos de volta à criação.
Assim, a criação e o
Dilúvio estão conectados por meio de paralelos e padrões em comum. E a imagem da água parece executar um papel
importante em revelar tais paralelos. Por meio deles, algumas ideias comuns e
opostas podem ser percebidas. A água como elemento-chave e os mesmos padrões de
ideias são repetidos também em outras histórias, principalmente aquelas que
falam sobre os grandes feitos divinos, tais como o êxodo e o retorno da
Babilônia.
Conceitos contrastantes também podem ser
entendidos na imagem da água servindo como o instrumento da criação, assim como
de destruição, os quais, no Dilúvio, são metaforizados nas ideias de salvação e
julgamento. Pode-se ver uma imagem da justiça divina
relacionada à água – aqueles que são dignos recebem Sua misericórdia e os
indignos Sua ira através do uso do mesmo instrumento. Então, o que é uma
recriação ou um novo começo para alguns, é destruição e fim para outros.
6-O ARCO-ÍRIS: SINAL DE QUE ELE SEMPRE CUMPRE SUAS PROMESSAS, E DE
QUE NADA PODE ATRAPALHÁ-LO NESTE OBJETIVO!
A palavra hebraica qeshet
(“arco”) pode se referir ao arco-íris, mas primariamente significa um arco de flechas. Esse é o
“sinal” que as pessoas podem ver diretamente sempre que houver uma manifestação
da água a partir dos céus. A linguagem usada, contudo, pretende sugerir o pendurar simbólico de uma arma de batalha ao fim de uma
guerra, como prenúncio de paz. Deus estava
assumindo a responsabilidade de criar o arco-íris como um símbolo de Sua
promessa a toda a criação, de nunca mais enviar um dilúvio global. Embora o
arco-íris seja um fenômeno científico e meteorológico, Gênesis afirma que Deus é responsável por todos os fenômenos universais. Deus escolheu fazer com que o arco-íris
funcionasse como um símbolo de Sua promessa de aliança. O arco de Deus nas
nuvens é um lembrete eterno de Sua promessa de graça, misericórdia e paz para
toda a humanidade.
Ainda que tenha sido uma decisão extremamente
difícil e dura, o Dilúvio trouxe salvação para a
continuidade da promessa de Gênesis
3:15 e, consequentemente, para a renovação da
esperança de que a palavra de Deus é fiel, invencível e inexorável.
Nem Satanás nem qualquer criatura pode
interferir ou sobrepor seus planos pessoais aos desígnios divinos. As águas da criação ao Dilúvio, do Mar Vermelho ao batismo, são
instrumentos de libertação e de criação de uma nova realidade para todos
aqueles que aceitam viver pela palavra de Deus. Além disso, toda a Sua justiça é sempre temperada com misericórdia que
pode ser sentida nas marcas da aliança que Ele deixou pela Terra: o sábado, o
arco-íris, a circuncisão, a lei, etc., a fim de que
não nos esqueçamos de Seu sublime amor e cuidado por nós, e de que Ele faz
guerra contra o pecado e o mal para que a paz seja o alento final de todo
aquele que confia no Seu plano.
APELO
Pois eu tenho a certeza de que nada pode nos separar do amor de Deus: nem a morte, nem a vida; nem os anjos, nem
outras autoridades ou poderes celestiais; nem o presente, nem o futuro; nem o
mundo lá de cima, nem o mundo lá de baixo. Em todo o Universo não há nada que
possa nos separar do amor de Deus, que é nosso por meio de Cristo Jesus, o
nosso Senhor. Romanos 8.38-39
FONTE
Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de
2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora
Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur
Nogueira SP Brasil