Ícone

Descrição gerada automaticamente

 

 

TODAS AS NAÇÕES

 

 

1 A SOBERBA PRECE A QUEDA Gênesis 11.1-9

 

2 GENTE QUE NÃO APRENDE Gênesis 9.18-29

 

3 O QUE AS GENEALOGIAS ME ENSINAM? Gênesis 10

 

4 QUASE DEUSES Gênesis 11.1-4

 

5 QUNDO DEUS DESCE Gênesis 11.5-7

 

6 REDENÇÃO PELO EXÍLIO Gênesis 11.8

 

7 AS LIÇÕES DAS NAÇÕES Gênesis 11.9

 

8 DEUS ESCEVE SUA HISTÓRIA PELA HISTÓRIA

 


 


 

1

A SOBERBA PRECEDE A QUEDA

 

TOPO

 

GÊNESIS 11.1-9

 

1-NA MODERNIDADE É DA FAMÍLIA PARA O INDIVÍDUO. NA BÍBLIA, AMBOS SÃO IMPORTANTES.

 

Após o dilúvio, o relato bíblico muda o foco no único indivíduo, Noé, para seus três filhos, “Sem, Cam e Jafé”.

A atenção especial a Cam, o pai de Canaã (Gênesis 10:6, 15), introduz a ideia de “Canaã”, a terra prometida (Gênesis 12:5), uma antecipação de Abraão, cuja bênção se estenderia a todas as nações (Gênesis 12:3).

 

2-OS PLANOS DE DEUS PODEM APARENTEMENTE SEREM INTERROMPIDOS OU ATRASADOS PELA AÇÃO DO HOMEM

 

No entanto, essa sequência foi interrompida pela torre de Babel (Gênesis 11:1-9). Mais uma vez, os planos de Deus para a humanidade foram interrompidos.

 

OUTROS MOMENTOS EM QUE OS PLANOS DE DEUS FORAM INTERROMPIDOS

ISRAEL FICOU NO EGITO em vez de voltar para Canaã logo depois da fome – foram escravizados por Faraó. Enquanto isto outros povos tomaram a terra que lhes pertencia por promessa divina.

ISRAEL SE REBELOU NO DESERTO – chegaram 40 anos depois em Canaã

 

3-VOCÊ PODE SER UMA ENORME BENÇÃO OU UMA ENORME MALDIÇÃO: DEPENDE DA SUA ESCOLHA PESSOAL

 

O nascimento de todas as nações, que deveria ser uma bênção, tornou-se maldição.

 

EXEMPLOS

SAUL – ungido como primeiro rei de Israel, mas por sua escolha em desobedecer a Deus, perdeu o trono, morreu perdido, e sua descendência perdeu o direito real.

JUDAS – foi discípulo de Cristo, mas por sua ganância e arrogância, vendeu a Cristo, cumprindo-se nele a profecia de um traidor a entregar o Messias.

MARIA MAGDALENA – vivia em pecado, mas decidiu mudar de vida e viver para servir a Cristo. Foi uma benção para sua geração e para todos os que viveram depois dela.

 

4-A MELHOR DEFINIÇÃO DE INSANIDADE: QUERER TOMAR O LUGAR DE DEUS

 

As nações se uniram para tentar tomar o lugar do Senhor, que respondeu com um juízo sobre elas. E, com a consequente confusão, as pessoas se dispersaram por todo o mundo (Gênesis 11:8), cumprindo assim o plano original divino de que enchessem a Terra (Gênesis 9:1).

 

GENTE QUE TENTOU TOMAR O LUGAR DE DEUS

NABUCODONOSOR – tornou-se tão arrogante que Deus o feriu, tornando-se uma animal em meio aos outros animais.

FARAÓ – chegou a declarar: “Quem é o Senhor, cuja voz eu ouvirei, para deixar ir Israel? Não conheço o Senhor, nem tampouco deixarei ir Israel.” Pagou caro ao perdeu seu filho na décima praga, e depois sua vida nas águas revoltas do Mar Vermelho.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-226 - UMA QUESTÃO DE ORGULHO

"A soberba precede a ruína, e a altivez do espírito, a queda." Prov. 16:18.

A Espanha tinha orgulho de sua esquadra naval. Era a mais forte do mundo, e seus navios mercantes voltavam de distantes terras com enormes riquezas. Há trezentos anos o Império Espanhol incluía as Filipinas, grande parte da América do Sul, e partes da América do Norte e da África. A Espanha tinha motivos para sentir orgulho, pois era a nação mais poderosa do mundo. Quando navios piratas ingleses começaram a atacar navios espanhóis, roubando-Ihes o ouro, a Espanha nem por isso ficou muito preocupada. Afinal de contas eles tinham a mais forte armada. Seria coisa fácil pôr a Inglaterra no seu lugar. O rei da Espanha decidiu invadir a Inglaterra e anexá-Ia a seu império. Cento e trinta navios foram preparados. Sete mil marinheiros e 17 mil soldados foram postos a bordo destes navios. Havia tão grande entusiasmo que o sucesso da Espanha nesse empreendimento fora tomado como garantido. A frota de navios foi denominada "Armada Invencível", e partiu com grande manifestação. A derrota não era possível. Todavia, eles não haviam contado com o mau tempo. Isto Ihes retardou o movimento e deu à Inglaterra tempo para organizar sua defesa. A armada espanhola não estava preparada para os oito navios de guerra que a Inglaterra cuidadosamente pusera em formação de combate, com suas poderosas bocas de fogo. Com isto os navios espanhóis foram espalhados e empurrados para o largo. Eles não haviam contado com a rapidez com que os pequenos navios ingleses podiam ser manobrados. A "Armada Invencível" foi derrotada pelos ingleses no dia 8 de agosto de 1588. Os 67 navios remanescentes fugiram envergonhados. O orgulho ainda existe no mundo hoje. Se você achar que é a garota mais popular do colégio e assim tudo deva girar em torno de você, tenha cuidado; você pode estar a caminho da queda. Se você pensa que é o melhor jogador do seu time, e por isto a vitória deve vir sempre a seu favor, cuidado; você pode vir a ser derrotado. Se você acha que é tão inteligente que pode ser sempre o primeiro da classe sem nenhum esforço, cuidado; alguém provará que você está errado. Se você se considera um bom cristão, fora do perigo de cometer qualquer erro, vigie os seus passos; a queda virá com certeza.

 

5-DEUS SEMPRE É O VENCEDOR

 

Apesar da maldade humana, Deus transformou o mal em bem. Como sempre, é Dele a última palavra. A maldição de Cam na tenda de Noé (Gênesis 9:21, 22) e a maldição das nações confundidas na torre de Babel (Gênesis 11:9), no fim, se transformariam em bênção para todos.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1988-058 - THOMAS ALVA EDISON

Thomas Alva Edison tem sido chamado de "o maior inventor de todos os tempos". Ele patenteou mais de mil e quatrocentas invenções, entre elas o papel encerado, a fita de cinema, o toca-discos, e a lâmpada elétrica. A carreira de Edison como inventor iniciou-se na idade de vinte e dois anos, quando ele foi para Nova Iorque procurar emprego, chegando com apenas vinte e dois centavos no bolso. Ele dormiu em bancos de parques por várias noites. Por fim decidiu procurar seu amigo Frank Pope, que trabalhava na Companhia Gold Indicator. Assim que Edison chegou à Companhia o receptor telegráfico quebrou: Era interessante observar como os empregados corriam de um lado para o outro. Os diretores arrancavam seus cabelos e os mecânicos tentavam desesperadamente fazer a máquina funcionar. - Há alguém que possa consertar o telégrafo impressor de cotação da bolsa? - perguntou o Dr. Laws, diretor da Companhia. - Sim, penso que posso! - disse Edison dando um passo à frente. - E quem é você? - perguntou o diretor, fixando os olhos no recém chegado. - Não se preocupe. Conserte a máquina se você puder. Com facilidade Edison consertou a máquina em poucos minutos. - Eu lhe pagarei trezentos dólares por mês, para que você faça a manutenção das máquinas - ofereceu o Dr. Laws. Logo Marshal Lefferts, gerente de uma grande companhia, ouviu falar de Thomas Edison. - Você pode desenvolver nossos receptores telegráficos? - quis saber Marshal Lefferts. Edison podia, e fez. - Quanto você quer ganhar por sua invenção? - perguntou Lefferts. Edison pensou em pedir cinco mil dólares, mas achou que podia ser muito. Em sua mente ele decidiu pedir três mil dólares, mas ainda hesitou, crendo ser muito alta a quantia. - Bem, penso que o senhor deve me fazer uma oferta. - Que você acha de quarenta mil dólares? - É mais do que ótimo! - concordou Edison. Por ter deixado o Sr. Lefferts tomar a decisão, Edison ganhou mais trinta e sete mil dólares. Eu me surpreendo por saber que poderíamos estar mais ricos se negociássemos desta forma com Deus. Como Edison, nossas perspectivas são muito pequenas. Aceitando a vontade de Deus ao invés da nossa própria, nunca seremos perdedores.

 

APELO

Contudo não se faça a Minha vontade, e sim a Tua. S. Lucas 22:42.

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil

 


 

2

GENTE QUE NÃO APRENDE

 

TOPO

 

GÊNESIS 9.18-27

 

1-NOÉ NÃO APRENDEU COM O ERRO DE SEUS PAIS

 

A atitude de Noé em sua vinha lembra Adão no jardim do Éden. As duas histórias contêm temas comuns: comer da fruta resultou em nudez. Em seguida, houve uma cobertura, uma maldição e uma bênção. Noé se reconectou às suas raízes adâmicas e, infelizmente, deu continuidade ao fracasso.

 

OUTROS EXEMPLOS

ROBOÃO – não aprendeu com os erros de Salomão seu pai fazendo pior do que ele, resultando na divisão do povo de Israel.

JEROBOÃO – não aprendeu com os erros nem de Salomão nem de Roboão, levando o povo do Reino do Norte à idolatria.

JOSIAS – aprendeu com os erros de seu pai Amom, fazendo de seu reinado um retorno aos caminhos do Senhor.

 

2-OS PAIS NÃO SÃO PERFEITOS. MAS DEVEM SER RESPEITADOS.

 

A fermentação da fruta não fazia parte da criação original de Deus. Noé bebeu do suco fermentado, perdeu o controle e ficou nu. O fato de Cam ter “visto” sua nudez relembra Eva, que também “viu” a árvore proibida (Gn 3:6). Esse paralelo sugere que Cam não apenas “viu” furtivamente, por acidente, a nudez de seu pai. Ele andou ao redor e falou sobre isso, sem nem mesmo tentar resolver o problema. Em contraste, a reação imediata de seus irmãos de cobrir seu pai, enquanto Cam o havia deixado nu, denunciou implicitamente as atitudes do filho mais moço.

 

3-O QUE A FALTA DE RESPEITO TE TRAZ?

 

A questão em jogo tem a ver com o respeito aos pais. Deixar de honrar seus pais, que representam seu passado, afetará seu futuro (Êx 20:12; compare com Ef 6:2). Daí a maldição, que influenciou o futuro de Cam e de seu filho Canaã.

Claro, é erro teológico grosseiro e crime étnico usar esse texto para justificar teorias racistas. A profecia é estritamente restrita a Canaã, filho de Cam. O autor bíblico tinha em mente algumas práticas corruptas dos cananeus (Gn 19:5-7, 31-35).

 

OUTROS EXEMPLOS

OS GAROTOS DE ISRAEL não respeitaram o novo profeta, ELISEU. Pagaram caro, sendo despedaçados por 2 ursas enviadas pelo Senhor.

CORÉ, DATÃ e ABIRÃO não respeitaram a liderança de Moisés. Ele, toda sua família e seus seguidores morreram engolidos pela terra, um claro juízo divino.

4-SÓ DEUS PODE CONVERTER ERROS EM BENÇÃOS

 

Além disso, a maldição contém uma promessa de bênção, jogando com o nome “Canaã”, que deriva do verbo kana’, que significa “subjugar”. Subjugando Canaã, o povo de Deus, descendentes de Sem, entraria mais tarde na terra prometida e prepararia o caminho para a vinda do Messias, que engrandeceria Jafé “nas tendas de Sem” (Gn 9:27). Essa é uma alusão profética à expansão da aliança de Deus a todas as nações, que abraçariam a mensagem de salvação de Israel para o mundo (Dn 9:27; Is 66:18-20; Rm 11:25). A maldição de Cam resultou, na verdade, em bênção para todas as nações, incluindo os descendentes de Cam e Canaã que aceitassem a salvação oferecida pelo Senhor.

 

OUTROS EXEMPLOS

ISMAEL – mesmo sendo fruto de um erro entre Abraão e Sara, Deus o abençoou e fez dele uma grande nação.

TAMAR – mesmo tendo mentido e enganado seu sogro, Deus transformou a situação em benção, fazendo dela uma das ascendentes de Cristo.

JACÓ – mesmo tendo enganado seu pai e irmão, Deus usou tal erro para que ele saísse da casa de seus pais, constituísse família, e assim, por meio dele, continuar a linhagem dos escolhidos.

 

PARA PENSAR

Noé, o “herói” do dilúvio, bêbado? O que isso nos diz sobre nossas imperfeições e o motivo pelo qual carecemos da graça divina em todos os momentos?

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1988-062 - LUÍS BRAILLE

As pessoas vinham de longe para comprar arreios e selas feitos por Simon Braille. Sua loja em Coupvray, França, com seus retalhos de couro, era o lugar favorito para seu filho, Luís, de três anos de idade. - Vou fazer uma sela - disse Luís um dia. - Papai, posso usar seu furador? - Ele é muito agudo - disse seu pai, negando com a cabeça. - Você pode se machucar. - Por favor, papai, eu tomarei cuidado. - Não. Essas ferramentas são muito perigosas para crianças. Prometa-me que não mexerá nelas. - Eu prometo - disse Luís. Porém, interiormente, ainda desejava fazer sua própria sela. Então um dia sua chance apareceu. Seu pai estava do lado de fora, aguardando um freguês. Sua mãe estava na cozinha. Luís, então, viu o furador na bancada, onde o pai costumava deixar as ferramentas. Subindo numa cadeira, ele alcançou a ferramenta. "Não faça isto, Luís", lembrava-lhe uma voz interior. "Papai disse que você não deve mexer aí!" "Mas papai nunca saberá!" argumentou Luís consigo mesmo. "Farei apenas um buraquinho." Envolvendo o furador em suas mãos gorduchas, ele tentou furar o duro couro, mas não conseguiu. Então inclinou-se sobre o furador, e este escorregou. Luís caiu para a frente, e aquela ferramenta pontuda furou-lhe o olho. - Papai! Papai! - gritou Luís, enquanto o sangue jorrava em sua face e na camisa. O Sr. Braille correu para dentro da loja e viu o que tinha acontecido. Agarrando Luís em seus braços, saiu correndo para o médico mais próximo. Mas já não havia nada que o médico pudesse fazer para salvar os olhos de Luís. Ele ficou totalmente cego. Quando adulto, Luís tomou-se professor em uma escola de cegos, e inventou um alfabeto com pontos em relevo, possibilitando aos cegos ler. Porém naquela horrível manhã, o pequeno Luís tinha só um pensamento: "Papai estou triste porque fui desobediente. Nunca mais tocarei em suas ferramentas!"

 

APELO

Filho meu, ouve a instrução de teu pai e não menosprezes o ensino de tua mãe, pois eles formarão uma coroa de bênçãos para a tua cabeça e colar de honra. Provérbios 1.8-9

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil

 


 


 

3

O QUE AS GENEALOGIAS ME ENSINAM?

 

TOPO

 

GÊNESIS 10

 

1-GENEALOGIAS - O VALOR DA CONEXÃO DAS GERAÇÕES

 

As informações cronológicas sobre a idade de Noé nos fazem perceber que ele serviu de elo entre as civilizações pré e pós-diluviana. Os dois últimos versos do relato anterior (Gn 9:28, 29) nos levam de volta ao último elo da genealogia de Adão (Gn 5:32). Visto que Adão morreu quando Lameque, pai de Noé, tinha 56 anos, Noé certamente deve ter ouvido histórias sobre Adão, as quais poderia ter transmitido a seus descendentes antes e depois do dilúvio.

 

EXEMPLOS

Esse é o valor de se ler as HISTÓRIAS BÍBLICAS.

Essa era força emocional e social que tinham os JUDEUS, os POVOS ANTIGOS reunidos ao redor da fogueira (como os índios faziam) para ouvirem as histórias de seus antepassados.

 

O QUE NOS DIZ ELLEN G. WHITE?

Para fins educativos, nenhuma parte da Bíblia é de maior valor do que as suas biografias. Estas diferem de todas as outras, visto serem absolutamente fiéis. É impossível a qualquer espírito finito interpretar corretamente, em tudo, os feitos de outrem. Ninguém, a não ser Aquele que lê o coração, que pode divisar a fonte secreta dos intuitos e das ações, poderá com verdade absoluta delinear o caráter, ou dar uma descrição fiel de uma vida humana. Unicamente na Palavra de Deus se encontra tal esboço biográfico. Educação, 146.

 

2-GENEALOGIAS - O VALOR DO SENTIDO HISTÓRICO

 

A genealogia bíblica tem três funções:

Primeiro, enfatizar a natureza histórica dos eventos bíblicos, que estão relacionados a pessoas reais que viveram e morreram e cujos dias estão precisamente contados.

Em segundo lugar, demonstrar a continuidade desde o passado até a época em que viveu o escritor, estabelecendo uma ligação clara entre o passado e o “presente”.

Terceiro, lembrar-nos da fragilidade humana e do efeito trágico da maldição do pecado e seus resultados mortais em todas as gerações que se seguiram.

 

3-GENEALOGIAS – O VALOR TEOLÓGICO DA VIDA HUMANA

 

A classificação “camita”, “semita” e “jafetita” não segue critérios claros. As 70 nações prefiguram os 70 membros da família de Jacó (Gn 46:27) e os 70 anciãos de Israel no deserto (Êx 24:9). A ideia de uma correspondência entre as 70 nações e os 70 anciãos sugere a missão de Israel para com as nações: “Quando o Altíssimo distribuía as heranças às nações, quando separava os filhos dos homens uns dos outros, fixou as fronteiras dos povos, segundo o número dos filhos de Israel” (Dt 32:8). Seguindo esse padrão, Jesus enviou 70 discípulos para evangelizar as nações (Lc 10:1).

 

4-GENEALOGIAS – O VALOR DE OUVIR A FÉ DAS TESTEMUNHAS DE OUTRAS ERAS

 

O que essa informação nos mostra é a ligação direta entre Adão e os patriarcas; todos eles são figuras históricas, pessoas reais, de Adão em diante. Isso também nos ajuda a entender que os patriarcas tiveram acesso direto a testemunhas que tinham lembranças pessoais dos eventos antigos.

 

PARA PENSAR

Leia Mateus 1:1-17. De acordo com esse texto, essas pessoas eram reais? Por que saber e crer que elas eram reais é importante para nossa fé?

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-025 - COM SEIVA PARA O SERVIÇO

As árvores do Senhor são cheias de seiva.... Salmo 104:16.

Viajar pela Malásia é o mesmo que viajar através de um vasto seringal. A seiva dessas árvores que produzem borracha, quando processada e industrializada, resulta num abençoado produto de Deus, usado diariamente de alguma forma pela maioria das pessoas. Somente depois de seis anos de idade uma seringueira produz o látex. O hábil cortador toma sua faca e risca a casca com uma série de cortes diagonais, de cima para baixo, no tronco. Antes do levantar do Sol, o cortador reabre esses ferimentos produzidos na árvore, raspando para fora uma pequena camada adicional da casca. O ar morno da manhã faz com que o suco leitoso jorre através de uma biqueira para dentro de pequenas canecas. Frequentemente resguardos contra a chuva são postos sobre as canequinhas, para que estas não se encham de água e faça o látex transbordar e cair ao chão. O látex líquido é transportado para a casa ou depósito em bicicletas ou caminhões, e nele se acrescenta ácido fórmico para que se congele. Secado e feito em lâminas de borracha, é embalado e embarcado para os centros manufatureiros. Quinze anos é o limite da produção máxima de látex, embora as seringueiras produzam outros 15 anos, vivendo até 70 anos. Os sábios talhadores dão um 'descanso à árvore, talhando-a 20 dias por mês, e com isso obtêm aproximadamente 10 vezes mais látex. A adubação com nitrogênio e potassa aumenta o rendimento em 20% depois de dois anos de aplicação. O cortador pode duplicar o rendimento de uma árvore madura, besuntando as incisões, a cada dois meses, com uma substância chamada ethral, mas isto também debilita a árvore, fazendo-a morrer muito cedo. As seringueiras são como soldados de pé, em longas e retas filas, oferecendo a vida ao serviço, desejando ser feridos para o benefício de outros. Deus espera que Você também produza graças cristãs que sejam bênçãos para outros. Não raro, como o talhador, Ele tem de ferir você. Ele criará circunstâncias que aumentarão a sua produtividade. Embora sua vida possa ser encurtada no serviço de Sua glória, você estará cheio de seiva — as Suas bênçãos. Uma grande diferença entre você e a árvore da borracha é que você pode decidir reter estas bênçãos para si. Somente quando você decide dar, você será de algum valor para Deus e para outros.

APELO

Ouça o testemunho de fé de outras pessoas e fortifique-se.

Seja você também uma testemunha de Cristo para fortalecer a outros.

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil

 


 


 

4

QUASE DEUSES

 

TOPO

 

GÊNESIS 11.1-4

 

1-UNIÃO É BOM, MAS SE O MOTIVO FOR EXCELENTE

 

Por que as pessoas de “toda a terra” estavam tão ansiosas para alcançar a unidade?

A frase “toda a terra” refere-se a um pequeno número de pessoas, as que viviam na época após o dilúvio. O motivo dessa reunião está claramente indicado: queriam construir uma torre para chegar aos céus (Gn 11:4). Na verdade, sua real intenção era ocupar o lugar do próprio Deus, o Criador. A descrição das intenções e atitudes do povo ecoam as intenções e ações divinas no relato da criação: “e disseram” (Gn 11:3, 4; compare com Gn 1:6, 9, 14, etc.); “Vamos fazer” (Gn 11:3, 4; compare com Gn 1:26).

 

OUTROS EXEMPLOS

DATÃ, CORÉ e ABIRÃO – se uniram, mas para fazerem uma rebelião nacional contra a administração de Moisés e Arão.

FARISEUS e SAUCEUS – eram inimigos mortais, mas se uniram para matarem a Jesus.

 

2-A IDIOTICE HUMANA: SER IGUAL A DEUS!

 

A sua intenção ficou explicitamente declarada: “‘tornemos célebre o nosso nome’” (Gn 11:4), expressão que se destina exclusivamente a Deus (Is 63:12, 14).

Em suma, os construtores de Babel alimentavam a ambição equivocada de substituir Deus, o Criador (sabemos quem inspirou isso, não é mesmo? [Is 14:14]). A lembrança do dilúvio deve ter desempenhado uma função nesse plano.

 

3-COMO PECAR SEM SOFRER AS CONSEQUÊNCIAS?

 

Eles construíram uma torre alta para sobreviver a outra inundação, se houvesse, apesar da promessa divina. A memória do dilúvio foi preservada na tradição babilônica, embora distorcida, em conexão com a construção de Babel (Babilônia). Esse esforço para alcançar o céu e usurpar o lugar de Deus, de fato, caracterizaria o espírito de Babilônia. (Queriam pecar e evitar as consequências de suas ações!)

 

EXEMPLOS

SALOMÃO – pagou caro por casar-se com esposas pagãs (o reino de Israel foi dividido para sempre).

ACABE e JEZABEL – pagaram caro por levarem Israel á idolatria (toda sua descendência foi exterminada da Terra.

OS LÍDERES JUDEUS – levaram o povo a rejeitarem a Cristo como Senhor e Salvador, tendo como consequência a destruição de Jerusalém no ano 70 e a dispersão do povo para muitos países da Terra.

 

Terrível é esta verdade, e profundamente deve ela ser gravada em nosso espírito. Cada ação se reflete sobre aquele que a pratica. Jamais um ser humano pode deixar de reconhecer, nos males que lhe infelicitam a vida, os frutos daquilo que ele próprio semeou. Contudo, mesmo assim, não nos achamos sem esperança.  Educação, 146. Ellen G. White.

 

4-O ESPÍRITO DA MODERNIDADE

 

Por isso, a história da torre de Babel também é um tema tão importante no livro de Daniel. A referência a Sinar, no início do relato sobre a torre de Babel (Gn 11:2), reaparece no livro de Daniel, designando o lugar para onde Nabucodonosor levou os utensílios do templo de Jerusalém (Dn 1:2). Entre outras passagens do livro, o episódio de Nabucodonosor erguendo a estátua de ouro, provavelmente no mesmo lugar, na mesma “planície”, é o que mais ilustra esse estado de espírito. Em suas visões do fim, Daniel viu o mesmo cenário das nações da Terra se reunindo contra Deus (Dn 2:43; 11:43-45; compare com Ap 16:15, 16), embora essa tentativa falhe, como também aconteceu com Babel.

 

PARA PENSAR

Um escritor francês disse que o propósito da humanidade era tentar “ser Deus”. O que há em nós, a começar com Eva (Gn 3:5), que é atraído para essa mentira perigosa?

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-130 - VOAR ALTO É PARA AS ÁGUIAS

Se voares alto como a águia, e puseres o teu ninho entre as estrelas, de lá te derrubarei. Obadias 4 (Jerusalém).

Em quase todas as partes do mundo encontram-se águias de muitas espécies. O exército romano tinha águias nas bandeiras. Os Estados Unidos escolheram como símbolo, uma águia, tipicamente americana, só encontrada lá, o pigaio ou águia de cabeça branca. Além da cabeça tem a cauda branca, bico amarelo encurvado, belo porte, corpo castanho. Vemo-la no selo presidencial, nas notas e moedas de um dólar, botões de uniformes militares e documentos oficiais. Contudo esta ave majestosa, que dispara no ar e voa altíssimo mesmo com uma só asa batendo, raramente é vista pelo homem. Por 35 anos, o Estado do Alasca, onde eram abundantes, estabeleceu um preço por sua cabeça, e mais de 100.000 foram mortas. Agora a ave é protegida por lei federal, pois está-se tornando uma espécie em extinção. Geralmente constroem seus ninhos a alturas que variam de 18 a 24 metros, em árvores altaneiras, ou no topo de penhascos íngremes ou no pináculo das rochas. Acasala uma vez o par geralmente ficando juntos e retornando ao mesmo local do ninho ano após ano. Em cada estação acrescentam novos pauzinhos e novas gramas e vegetações outras no centro da concavidade do ninho, e assim, com o correr do tempo vai aumentando de tamanho, ficando bem grande. Um ninho, perto de S. Petersburg, na Flórida, media três metros de atravessado por seis de altura. Outro ninho encontrado no Estado de Ohio, que caiu com a árvore, continha duas toneladas de materiais. Na verdade, diz Obadias, elas quase constroem seus ninhos entre as estrelas. Por que Deus compara a queda de Seu povo com uma águia que voa alto desembaraçadamente até tornar-se um pontinho no céu? A razão: o orgulho em nosso coração nos enganou, cegando-nos para a realidade. Pensamos estar voando muito alto como a águia, pensamos ter todo o poder e que o eu é capaz de manejar tudo. Você sabia que o suiriri, pássaro relativamente pequeno, ataca arrojadamente a águia e a afugenta? Pequenas contrariedades, palavras grosseiras, pequenos pecados na vida, tudo revela falta de ânimo para com Deus, qualidades que não são da águia, e caímos verticalmente de nossa posição elevada.

 

APELO

Com que me apresentarei ao Senhor, e me inclinarei diante do Deus altíssimo? Apresentar-me-ei diante dele com holocaustos, com bezerros de um ano? Agradar-se-á o Senhor de milhares de carneiros, ou de dez mil ribeiros de azeite? Darei o meu primogênito pela minha transgressão, o fruto do meu ventre pelo pecado da minha alma? Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e que é o que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, e ames a benignidade, e andes humildemente com o teu Deus? Miquéias 6:6-8.

Viva em humildade perante o Senhor!

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil



 

5

QUANDO DEUS DESCE

 

TOPO

 

GÊNESIS 11:5-7, SALMO 139:7-12.

 

1-POR QUE DEUS DESCEU À TERRA? O QUE MOTIVOU ESSA REAÇÃO DIVINA?

 

Ironicamente, embora os homens estivessem subindo, Deus teve que descer até eles.

Se Deus teve que descer é porque a humanidade não estava bem!

 

OUTROS EXEMPLOS

DEUS FOI AO ÉDEN – porque Adão e Eva pecaram.

ANJOS ENVIADOS A SODOMA – estavam tão perdidos que não tinham mais chance de arrependimento. Os anjos foram para salvar apenas Ló e sua família.

JONAS FOI A NÍNIVE – em um nível tal de pecaminosidade que ou se arrependiam ou seriam exterminados como Sodoma foi.

 

2-É SEMPRE DEUS QUEM PROCURA. ELE SE ENVOLVE NO DRAMA HUMANO

 

O Pai desceu para afirmar Sua supremacia. Ele sempre estará além do alcance humano. Qualquer esforço humano para se elevar a Ele e encontrá-Lo no céu é inútil e ridículo. Por isso, para nos salvar, Jesus desceu a nós; não havia outra maneira de fazer isso.

Uma ironia no relato da torre de Babel é vista na declaração: “ver a cidade e a torre” (Gn 11:5). Deus não precisava descer para ver (Sl 139:7-12; Sl 2:4), mas Ele o fez mesmo assim. O conceito enfatiza o envolvimento de Deus com a humanidade.

 

3-A SALVAÇÃO É SEMPRE PELA FÉ

 

Lucas 1:26-33. O que isso nos ensina sobre Deus vir até nós?

A atitude de Deus de descer nos faz recordar também do princípio da justiça pela fé e do processo da graça divina. Independentemente da obra que realizemos para Deus, Ele ainda terá que vir para Se encontrar conosco. Não é o que fazemos para o Senhor que nos levará a Ele e à redenção. Em vez disso, é o movimento Dele em nossa direção que nos salva. Duas vezes o texto em Gênesis fala sobre Deus descer, o que parece indicar o quanto Ele Se importava com o que estava acontecendo ali.

 

4-TEM HORAS QUE DEUS ATUA PARA A NOSSA DESUNIÃO!

 

De acordo com a passagem, o Senhor queria acabar com a profunda união deles, a qual, dado o seu estado decaído, só poderia levar a outras maldades. Por isso, Ele escolheu confundir seus idiomas, o que poria fim aos seus esquemas de união.

 

5-O QUE VOCÊ GANHA QUANDO CONFIA EM SI MESMO E REJEITA A LEI DE DEUS?

 

“Os planos dos construtores de Babel terminaram com vergonha e derrota. O monumento ao seu orgulho se tornou o memorial de sua loucura. No entanto, as pessoas estão prosseguindo continuamente no mesmo caminho, confiando em si mesmas e rejeitando a lei de Deus. É o princípio que Satanás procurou pôr em prática no Céu, o mesmo que governou Caim quando apresentou sua oferta” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 93 [123]).

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1992-162 - A TEIA DE ARANHA

A sua esperança fica frustrada e a sua confiança será como a teia de aranha. Jó 8:14.

O material de que é feita a teia de aranha é um dos mais fortes que se conhecem. Grandes insetos são mantidos firmemente em teias aparentemente frágeis, e a própria aranha se suspende num único fio. Algumas aranhas tropicais tecem teias com cerca de 1,80 m de diâmetro. Essas teias gigantescas são usadas como rede e são capazes de sustentar peso aproximado de dois quilos. Dependendo das espécies, uma aranha tem entre seis e oito fiandeiras, isto é, órgãos digitiformes que produzem fios de seda da secreção das glândulas sericosas localizadas no interior de seu abdômen. As diferentes glândulas sericosas secretam diferentes espécies de seda, sendo cada uma delas usada para um propósito específico, como partes da teia ou o repositório do ovo. Algumas vezes os fios são feitos de duas ou mais espécies de seda. Sendo que o fio, ou fios, de que se formam as teias pode esticar cerca de um quinto de seu comprimento antes de partir-se, o inseto pode atirarse com segurança sem perigo de que seu fio de sustentação se parta. Quando caminha, a aranha estende o seu fio de suporte desde sua produção no abdômen aos diferentes pontos por onde passa. Quando a aranha sobe pelo fio, apanha este com uma de suas pernas, e enrolam como uma bola. Esta bola pode ser descartada, ou, se a aranha tem fome, pode ser comida e reaproveitada. Cria-se outrora que a seda da teia de aranha podia ser utilizada em roupas, mas isto não teria nenhuma aplicação prática, porque seriam necessárias milhares de aranhas para produzir apenas cerca de meio quilo de material utilizável. Mas hoje usa-se a seda da aranha como linhas de referência em instrumentos óticos, como telescópio, e outros equipamentos de observação. A seda da teia de aranha é relativamente forte, embora, quando consideramos outras forças maiores que a podem destruir, compreendemos o sentido de nosso verso, ao afirmar que ela é frágil. Assim, confiar em nossa própria força para sobreviver num mundo de pecado, é como se confiássemos numa teia de aranha para impedirmos uma avalanche.

 

APELO

Assim, "melhor é confiar no Senhor do que confiar no homem". Salmo 118:8.

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil


 

6

REDENÇÃO PELO EXÍLIO

 

TOPO

 

GÊNESIS 11:8, 9 E 9:1; compare com GÊNESIS 1:28.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 2005-027 - EXISTIU MESMO A TORRE DE BABEL?

Após o dilúvio, alguns descendentes de Noé resolveram desafiar a Deus. Primeiro ficaram aglomerados num mesmo lugar, ao invés de obedecerem à ordem divina de se espalhar e encher a Terra. Depois praticaram a idolatria e iniciaram a construção de uma torre, supondo que ela, por ser muito alta, os salvaria de outra eventual inundação. Foi Ninrode quem fundou a cidade chamada Babei e a torre que possuía o mesmo nome. Seus orgulhosos cidadãos assim a chamavam porque, dependendo da pronúncia, Babei (eles diziam Bab-i/u) significava "porta de Deus". Porém, Moisés, o autor do Gênesis, afirma que ela não é Bab-i/u (porta de Deus), mas BabeI, isto é, “confusão". A arqueologia tem descoberto que esses povos da antiguidade não construíram apenas urna, mas várias torres. Na região do Iraque, onde ocorreram esses acontecimentos, existem muitas ruínas de torres altas de diâmetro gigantesco, chamadas zigurates. A data dessas torres é de cerca de 2.200 anos a.c., exatamente conforme a cronologia do Gênesis. Além disso, muitas delas demonstram terem sido feitas de tijolos queimados grudados com piche. Isso está de acordo com Gênesis 11:3, que descreve os construtores usando tijolo ao invés de pedra, e piche ao invés de cimento. Das várias ruínas de torres até agora encontradas, é possível que urna delas seja a Torre de BabeI. Afinal de contas, a Bíblia não diz que Deus a destruiu; apenas menciona que as línguas foram confundidas, forçando os homens a abandonar a obra que haviam iniciado. Ellen White diz que raios do céu, como prova do desagrado de Deus, quebraram a parte superior da torre e a lançaram ao chão. Talvez o resto tenha ficado abandonado até ser reencontrado pela arqueologia moderna. Dizem os historiadores que esses zigurates eram a expressão religiosa daquele povo que habitava a região da Mesopotâmia. Essas pessoas queriam, por meio da torre, chegar ao céu. Todavia, se esqueceram que para entrar no reino de Deus só existe um caminho: Jesus. Atalhos não levam até lá.

 

1-POR QUE A DISPERSÃO OCASIONADA POR DEUS FOI REDENTIVA?

 

O desígnio e a bênção de Deus para os humanos são relatados no seguinte verso: “Multipliquem-se e encham a Terra” (Gn 9:1; Gn 1:28). Em oposição aos planos divinos, os construtores de Babel preferiram ficar juntos como um só povo. Eles apresentaram a razão pela qual queriam construir a cidade: “para que não sejamos espalhados por toda a Terra” (Gn 11:4). Eles se recusavam a se mudar para outro lugar, talvez pensando que juntos seriam mais poderosos do que separados e espalhados. E, em algum sentido, estavam certos.

 

2-UNIÃO É BOM, MAS SE USADA PARA O MAL SEMPRE LEVARÁ Á DESTRUIÇÃO

 

Infelizmente, eles procuraram usar seu poder de união para o mal, não para o bem. Queriam tornar célebre o próprio nome, um poderoso reflexo de sua arrogância e orgulho. Na verdade, sempre que o ser humano, em desafio aberto a Deus, quer “fazer um nome” para si mesmo, podemos ter certeza de que não vai dar certo. Nunca deu.

 

3-DEUS PODE TRANQUILAMENTE FRUSTRAR NOSSOS PLANOS. É MELHOR SUBMETER-SE AOS DELE!

 

Portanto, em um juízo contra seu desafio direto, Deus os espalhou por toda a superfície da Terra (Gn 11:9), exatamente o que não queriam que acontecesse.

 

OUTROS EXEMPLOS – QUANDO DEUS DISSE NÃO

DAVI – queria construir o Templo de Jerusalém, mas recebeu um “Não!”

MOISÉS – insistiu com Deus para entrar na Terra Pormetida, mas Deus lhe respondeu “Não!”

PAULO – insistiu por 3 vezes que Deus lhe tirasse um espinho na carne, mas Deus lhe respondeu “Não!”

 

4-LUTAR CONTRA DEUS SEMPRE NOS DIMINUI

 

Curiosamente, o nome Babel, que significa “porta de Deus”, está relacionado com o verbo balal, que significa “confundir” (Gn 11:9). Por terem desejado chegar à “porta” de Deus, por se considerarem como Deus, acabaram confundidos e muito menos poderosos do que antes.

 

EXEMPLOS

EGITO – Faraó lutou contra os planos de Deus, sofrendo as 10 Pragas, que só não eliminaram o país porque Deus honrou-os por terem cuidado de Israel quando este desceu por causa da fome no tempo de José.

REINOS IDÓLATRAS DE CANAÃ – tentaram lutar contra o povo de Deus. Foram exterminados da Terra.

REINOS MUNDIAIS – como a Babilônia, tentaram se impor sobre o mundo, mas passaram, tornando-se apenas material histórico.

 

5-ESTABELECER UM REINO MUNDIAL INDEPENDENTE DE DEUS (Mas não é o que a MODERNIDADE tenta fazer desde 1800?)

 

“Os homens de Babel tinham se decidido a estabelecer um governo que fosse independente de Deus. No entanto, houve alguns entre eles que temiam ao Senhor, mas tinham sido enganados pelas pretensões dos ímpios e enredados por seus desígnios. Por amor a esses fiéis, o Senhor retardou Seus juízos e deu ao povo tempo para revelar seu verdadeiro caráter. Enquanto isso, os filhos de Deus trabalharam para dissuadi-los de seu intuito; mas o povo estava completamente unido em seu empreendimento insolente contra o Céu.

 

6-OS LIMITES DE DEUS PARA A NOSSA VIDA COIBE NOSSA PECAMINOSIDADE NATURAL

 

Se eles tivessem continuado sem ser impedidos, teriam pervertido o mundo já no início. Aquela confederação foi fundada de modo revoltoso, um reino estabelecido para a exaltação própria, no qual Deus não poderia ter domínio nem honra” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 92, 93 [123]).

 

PARA PENSAR

Por que devemos ter muito cuidado ao tentar “fazer um nome” para nós mesmos?

 

APELO

Diga SIM aos planos de Deus. E se algum dia Ele disser NÃO aos seus, é melhor corrigi-los pois Ele sabe o que é melhor para os Seus filhos. Sempre!

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil


 

7

AS LIÇÕES DAS NAÇÕES

 

TOPO

 

GÊNESIS 11.9

 

1-DEUS SEMPRE PROPÕE AFIRMAÇÕES DE VIDA

 

A primeira ordem divina para a humanidade após o dilúvio foi uma afirmação de vida: Ele lhes disse que se multiplicassem e enchessem a Terra (Gn 9:1). O foco desta lição será confrontar a tentativa humana de cumprir essa ordem. Até então, o relato bíblico dizia respeito a indivíduos (Adão e Eva, Caim e Abel, Sete e Noé). Nesta lição, as histórias dizem respeito a grupos de pessoas e têm um alcance universal. Os sobreviventes do dilúvio, os três filhos de Noé, iriam gerar três ramos da raça humana, que constituiriam as nações do mundo. Parecia que a humanidade estava no caminho certo para encher a Terra e levar a imagem de Deus aos confins do mundo. No entanto, a história da torre de Babel marca uma quebra dramática nesse ímpeto. A incumbência divina de universalidade foi substituída pelo ideal humano de concentração e unificação. Os humanos queriam ser um e, pior, queriam ser Deus.

 

OUTROS EXEMPLOS DE AFIRMAÇÃO DE VIDA PROPOSTOS POR DEUS

O Casamento, a Educação, gerar Filhos, o Trabalho diário, a vida em Igreja, o Cuidado dos necessitados.

 

2-SÓ DEUS PODE TRANSFORMAR MALDIÇÕES EM BENÇÃOS

 

A maldição sobre o filho de Cam (Gn 9:25) acabou sendo uma mensagem de esperança. Gênesis 9:25 tem com frequência sido desastrosamente mal aplicado aos negros e, portanto, usado como justificativa religiosa para a escravidão. No entanto, essa interpretação preconceituosa não se sustenta, por duas razões. Primeiro, a maldição não diz respeito a Cam, mas a seu filho Canaã. Tampouco essa maldição diz respeito a Cuxe, o filho primogênito de Cam, o que imediatamente exclui a referência a negros ou africanos emparticular. A propósito, as genealogias bíblicas (ver a lista das nações em Gênesis 10) são mais sobre etnogeografia, ou seja, a distribuição geográfica de grupos humanos, do que sobre etnicidade, que trata da origem das raças e línguas humanas.

A própria noção de “raça” deriva das teorias racistas e linguísticas pseudocientíficas do século 19, com base na teoria da evolução, outro mal surgido dessa lenda moderna da criação. Assim, as designações bíblicas de grupos de pessoas como “jafetita”, “semita” ou “camita” não seguem critérios claros de raça, conforme definidos pela evolução, mas são muito mais complexas e confusas. Por exemplo: embora as línguas cananeias sejam semíticas, Canaã é contado entre os camitas. Embora Cuxe seja descendente de Cam, ele é o pai de Nimrode, o fundador de Babel. Elã, que pertence a um povo não semita, é filho de Sem.

A segunda razão pela qual Gênesis 9:25 não se aplica aos negros é que a referência a Canaã é uma alusão à herança da terra prometida, com tudo o que essa terra simboliza, a respeito da promessa de salvação para o mundo. Nesse contexto, o uso da frase “servo dos servos” é irônico. “Servo dos servos” é um superlativo, significando “o servo por excelência”, e sugere uma direção espiritual, apontando para Jesus, o Servo dos servos que vem para salvar o mundo (Jo 13:5).

As bênçãos de Gênesis 9 confirmam essa perspectiva. É interessante que Sem e Jafé não são louvados, mas apenas Deus (Gn 9:26). Além disso, a partir dessa perspectiva, a profecia nos leva além do futuro imediato da história de Israel no Pentateuco para a salvação da humanidade (Gn 9:27). O texto da profecia também se refere ao tabernáculo israelita (Js 18:1), uma alusão profética aos gentios que responderão à mensagem israelita de salvação e se juntarão à comunidade sagrada de Israel (Is 66:18-20; Rm 11:25). Mas o cumprimento dessa profecia depende primeiramente do cumprimento de outra profecia: a predição da submissão de Canaã. Esse evento é tão fundamental aos olhos do autor que ele o repete no fim da bênção, quando, pela terceira vez, se refere a Canaã como o servo de Sem (Gn 9:27; compare com 25, 26). A linguagem na seção de bênçãos é ao estilo de uma oração: “Bendito seja” (Gn 9:26, 27). Moisés, o autor do texto e contemporâneo dos israelitas escravizados no Egito, orou pela salvação de Israel, um primeiro passo básico e necessário para a salvação da humanidade.

 

3-UNIVERSALIDADE E PARTICULARIDADE

 

Essa conexão entre a perspectiva particular e a universal é um traço característico do pensamento bíblico. Ao contrário do pensamento grego, que promove a ideia de acesso imediato à verdade absoluta, os profetas hebreus falavam de um Deus que escolheu um povo, e posteriormente Seu Filho, por meio do qual Ele Se revelou à humanidade.

Uma ilustração da maneira bíblica de pensar está incorporada no número 70: há 70 nações listadas em Gênesis 10 que prefiguram os 70 membros da família de Jacó (Gn 46:27) e os 70 anciãos de Israel no deserto (Êx 24:9). Essa correspondência entre os “70” parece ser a base de Deuteronômio 32:8, que fala de Deus dividindo a humanidade “segundo o número dos filhos de Israel”. Assim como havia 70 nações, havia 70 línguas, de acordo com a tradição judaica. No NT, Jesus enviou 70 discípulos para evangelizar o mundo (Lc 10:1-16). A genealogia de Noé, o pai das nações da Terra (Gn 9:19; 10:32), incorpora o cumprimento da bênção e da promessa de Deus a ele: “Povoem a Terra, sejam fecundos e nela se multipliquem” (Gn 8:17; 9:1, 7). Essa bênção e promessa também estão ligadas à promessa inicial e à bênção dada a Adão na criação (Gn 1:28, 29).

O Deus das nações, o Criador do mundo e o Senhor de Israel é o mesmo Deus. Essa observação tem duas implicações teológicas importantes. Primeiro, significa que Deus afeta a história, mesmo além dos domínios da religião. Deus também está presente entre as nações. Em segundo lugar, significa que a salvação das nações também depende do testemunho de Israel. A bênção das nações se cumprirá somente por meio de Israel (Gn 12:3), pois o Deus de Israel é o verdadeiro Deus (Jo 4:22, 23). As lições da Bíblia hebraica, a história de Israel e os eventos que aconteceram com os judeus e que foram registrados no NT têm significado redentivo para as nações.

4-QUERER SER COMO DEUS 

 

É perturbador o fato de que a ideologia da unificação seja a primeira preocupação dos construtores da torre de Babel. A frase “em toda a terra havia apenas uma língua e uma só maneira de falar” (Gn 11:1) se refere ao fato de que essas pessoas usavam as mesmas palavras e mantinham o mesmo discurso. A história de Babel registra, no entanto, a primeira tentativa de unificar o mundo. Não é de admirar, então, que essa forma de pensar tenha produzido uma sociedade totalitária, que não deixava espaço para diferenças ou desacordos (compare Dn 3:1-7), e que o império tenha se engajado no projeto de tomar o lugar de Deus. Na verdade, as duas determinações – uniformidade e usurpação – pertencem uma à outra. A história mostra que o impulso de obrigar outras pessoas a se comportar e pensar como nós leva inevitavelmente à intolerância e às perseguições. Em última análise, essa compulsão acende a ambição de tomar o lugar de Deus.

É significativo que os construtores de Babel usam as palavras de Deus. A primeira palavra, uma interjeição, habah, “venham”, que duas vezes introduz o discurso dos construtores (Gn 11:3, 4), é idêntica às palavras que Deus usa (Gn 11:7). A expressão de colaboração coletiva, que é repetida quatro vezes em Gênesis 11:1-7 (“vamos [...]”), lembra o plural divino da criação, “façamos” (Gn 1:26), e revela, então, a intenção dos construtores de usurpar o poder de Deus. Mesmo a palavra hebraica para “torre”, que descreve a cidade de Babel, é indicativa de sua aspiração. Essa palavra está relacionada com gadal, “grande”, sugerindo a ideia de ambição e glória, frequentemente associada ao próprio Deus (Êx 18:11). Curiosamente, a passagem de Daniel 8, que compartilha uma série de temas linguísticos e teológicos com esse texto, usa essa mesma palavra, gadal, como palavra-chave para descrever a tentativa do chifre pequeno de se exaltar até o próprio Deus (Dn 8:9-11, 25). De fato, o propósito da torre é alcançar o céu, uma especificação que sugere mais do que apenas sua proporção monumental. Os construtores de Babel eram movidos pela ambição espiritual de substituir Deus, o que claramente se revela em sua intenção de tornar célebre o próprio nome (Gn 11:4). Deus é o único que engrandece um nome (Gn 12:2) e o único que pode adquirir um nome para Si mesmo (Is 63:12, 14).

 

APELO

Tome a Santa Ceia (cerimônia da humilhação), guarde o sábado (oferecendo descanso até ao seu próprio animal e ao estrangeiro que está dentro das tuas portas), pregue o Evangelho (levando a salvação “além de Israel”), cuide dos necessitados, devolva seus dízimos e ofertas (pense na Evangelização onde você não está. Tudo isto Deus nos pede a fim de destruir esse desejo inato de TOMARMOS O LUGAR DELE!

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil


 

8

DEUS ESCREVE SUA HISTÓRIA PELA HISTÓRIA

Autor: Wilian S. Cardoso

TOPO

 

1-OS PLANOS DE DEUS SÃO SEMPRE OS MELHORES PARA CADA UM E PARA A HUMANIDADE TODA

 

O Dilúvio terminou. Deus fez uma aliança com Noé e sua família. Repetindo a Noé a mesma instrução que havia comunicado a Adão (1:22), a saber, que seus filhos se espalhassem e enchessem a Terra (9:1). O ideal do Éden era que a família humana se espalhasse, se multiplicasse, subjugasse a Terra e a governasse, mas dentro de uma unidade, na medida em que todos fossem à imagem de Deus coletivamente. E, após o Dilúvio, esse ideal ainda permanece. Isso até chegarmos à torre de Babel, cujo ideal é a tentativa de unificar a humanidade em torno de um sonho imperial de elevar o nome de uma cidade aos céus, o qual se torna um princípio unificador muito perigoso. Quando a humanidade busca unidade separada de Deus, o resultado é violência e homogeneidade, que a Bíblia metaforiza pelos princípios encontrados na “Babilônia”.

Gênesis 1 e 2 descrevem a identidade da humanidade como uma família unificada que representa a imagem de Deus (1:27), sem descartar a singularidade pessoal. Mas quando os humanos criam suas próprias definições de bem e mal, as diferenças pessoais se tornam uma fonte de conflitos dentro dos relacionamentos humanos (6:5). Gênesis 3 dá início a uma reação em cadeia de desordem familiar e dos relacionamentos interpessoais. Deus disse à humanidade para “encher a Terra” (Gênesis 1:28); mas, em vez disso, eles encheram “a Terra de violência” (6:11). Isso leva ao entristecimento de Deus e à Sua decisão de purificar a criação com um grande Dilúvio. Mas Deus escolhe uma família por meio da qual Ele restaurará Seu propósito de abençoar as nações e cumprir Sua promessa: a família de Noé.

 

2-ERRANDO FEIO

 

No entanto, infelizmente, Noé repete a mesma história de Adão. Ele come do fruto de seu próprio jardim, fica bêbado e acaba nu. E o drama resultante divide a família. No fim, assim como foi com Adão, os filhos de Noé também são divididos em dois grupos: Sem com a bênção e Cam com a maldição.

A genealogia de Gênesis 10, nesse ponto, se torna uma das mais importantes da Bíblia, pois apresenta os ancestrais dos personagens-chave de todas as histórias bíblicas, os quais representaram os princípios antagônicos de bênção e maldição. E é a partir daqui que podemos ver a bênção e a maldição acontecendo.

A lista de descendentes soma precisamente 70 pessoas: 14 de Jafé, 30 de Cam e 26 de Sem. O número setenta, mesmo que não seja dado explicitamente, não é mera coincidência. Setenta é um recurso literário que transmite a ideia de totalidade da raça humana (cf. Gn 46:27; Êx 24:9; Nm 11:24). Esse recurso lança luz sobre a função principal de Gênesis 10, que segundo Nahum M. Sarna é a de afirmar “a origem comum e a unidade absoluta da humanidade. (1)

Assim, Gênesis 10, ao enfatizar essa “origem comum” da humanidade, esclarece que todos os humanos compartilham a mesma imagem de Deus e devem fazer parte da família de Deus. Por outro lado, quase cada nação ímpia que vemos descritas por todas as páginas das Escrituras, descendem da genealogia de Cam: Egito (Mizraim), Canaã, Filisteus, Nínive, Babilônia, Assíria (Acade), etc. Em contraste com essas nações, da linhagem de Sem surge aquele que será o pai da bênção de Deus a todas as nações – Abraão (Gn 11:26).

Do mesmo modo que Caim foi aconselhado a vaguear, mas contrariando a palavra divina decidiu se estabelecer e construir uma cidade, à medida que a humanidade começa a aumentar, alguns dos filhos de Cam, mais especificamente um homem chamado Ninrode, se fixou na região de Sinar, que é conhecida como a terra da Babilônia. Logo, mesmo após o Dilúvio, a condição de pecado da humanidade permaneceu inalterada. Em outras palavras, o Dilúvio não foi a cura para o pecado – o Dilúvio não foi o que esmagou a cabeça da serpente. A existência do Descendente Libertador ainda se torna necessária e é aí que, na próxima história, somos apresentados a um homem chamado Abrão, aquele por meio de quem o esmagador de cobras viria.

 

3-QUAL A EVIDÊNCIA QUE O ORGULHO SUBIU À CABEÇA? O TAMANHO DE NOSSOS PROJETOS

 

O capítulo 11 e a história da torre é, na verdade, um tipo de flashback que retoma a seção apresentada em Gênesis 10:8-12, a fim de pormenorizar o que essas construções de Ninrode provocaram. E a Babilônia é apresentada como um tipo de humanidade alternativa, uma ideia de Éden reverso. É a tentativa da humanidade de divinizar sua própria herança cultural e homogeneizar a humanidade, tornando tudo “um”. Mas Deus não almeja a unidade de seus filhos? É claro que sim, porém não dessa forma. Assim como no Jardim do Éden, quando Adão e Eva escolheram suas próprias definições de bem e mal, em Gênesis 11, a humanidade escolhe como deve ser essa unidade. Não com base nos parâmetros divinos, mas nos seus próprios. A Babilônia é uma tentativa humana de unificar em torno do nome errado. É o que eu quero versus o que Deus fala.

 

4-A MODERNIDADE É UM PROJETO TÃO ANTIGO! SEMPRE TOMAR O LUGAR DE DEUS!

 

Ali, eles visavam construir uma cidade centrada no poder humano a fim de fazer um nome para si mesmos em lugar de criar um nome para Deus. Na parte central dessa cidade eles erigiriam uma torre monumental que chegasse até o céu, deixando claro que o acesso aos céus seria por sua própria força sem necessidade do auxílio de Deus. Na verdade, se de alguma forma eles precisassem de Deus, o encontro deveria ocorrer na torre deles, na cidade deles, no templo deles, que Deus teria que acessar a fim de estar junto deles.

Deus percebeu que, enquanto eles fossem UM povo com UMA mesma linguagem, tudo seria possível para eles. Isso significa que o engano do pecado de Eva no Jardim finalmente estaria completo. A humanidade teria se enganado completamente ao pensar que ela realmente não precisa de Deus – o que apenas conduz à morte.

 

5-PARA NOSSO PRÓPRIO BEM, DEUS NOS FRUSTRA, SEM DÓ

 

Então, Deus desce até as pessoas, sem a ajuda de sua torre incompleta, e confunde a língua deles, espalhando-os em diferentes regiões e povos. Ou seja, Deus provoca precisamente aquilo que eles evitavam: a separação. Deus vê que a humanidade se tornou poderosa demais para seu próprio bem, e a salva de si mesma.

Gênesis 11, então, é um ponto de virada na história da Bíblia. Até agora, o foco das Escrituras tem estado em todas as nações. Mas, com a dispersão das nações pelo mundo, Deus se volta agora para um homem e uma família, da qual suscitará a nação que unificará todas as outras pelos ideais divinos.

 

6-DEUS ESTÁ NO CONTROLE, DE TUDO, POIS SÓ ELE É ETERNO

 

Desde o início de Gênesis somos lembrados, portanto, de que apesar das falhas humanas e das tentativas de sabotagem ao plano divino de restauração da criação, Ele está no controle de tudo e não deixou a humanidade à mercê de seu próprio destino. As ações divinas são duras, mas devem ser entendidas como atos salvíficos e de amor, que visam resgatar o homem das suas próprias mãos, as quais, sem Deus, o conduziriam à autoextinção.

 

7-A IGREJA, O REMANESCENTE NO TEMPO DO FIM É O MEIO ESCOLHIDO POR DEUS PARA CUMPRIR SEUS PROPÓSITOS NA TERRA

 

Toda a desunião e dispersão dessa história são revertidas no Novo Testamento. Especialmente em Atos 2, no dia do Pentecostes, o Espírito Santo desce e unifica as línguas, de modo que pessoas de regiões e nações diferentes ouviram o evangelho na sua própria língua. E a mensagem que eles ouviram não era sobre a humanidade tentando engrandecer o seu nome, mas era sobre um único nome – o nome de Jesus – o filho de Abraão (Mt 1:1), Descendente daquela nação, daquela família escolhida por Deus para fazer Seu nome. Não era uma mensagem sobre como a humanidade deve construir seu caminho até Deus, mas como Deus veio até a humanidade como uma Pessoa. Assim, quando eles são preenchidos pelo Espírito de Deus, não há necessidade de construir templos independentes até os céus, porque Deus está construindo Seu templo coletivo por toda Terra por meio das pessoas que Ele está salvando. E agora, nada será impossível para os seguidores de Jesus.

Tudo que foi verdadeiramente destrutivo quanto ao experimento com a torre, se torna verdadeiramente construtivo na igreja de Jesus. Juntos podemos fazer todas as coisas através Dele, e os portões do inferno não prevalecerão contra nós. Não há condenação para aqueles que estão com Jesus. Tudo aquilo que aconteceu lá na torre de Babel e ainda ressoa hoje nas nossas atitudes babilônicas foi revertido pelo evangelho eterno colocado no coração do povo pelo Espírito da Verdade.

 

FONTE

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2022 Artur Nogueira SP Brasil