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AS RAÍZES DE UM HOMEM DE FÉ

 

1 AS RAÍZES DE UM HOMEM DE FÉ – HEBREUS 11.8

 

2 O QUE SIGNIFICA PARTIR – GÊNESIS 12

 

3 A TENTAÇÃO DO CONFORTO – GÊNESIS 12.10-12

 

4 DEBAIXO DA VONTADE DE DEUS – GÊNESIS 13

 

5 OS ATAQUES DO INIMIGO - GÊNESIS 14:1-17

 

6 RECONHECENDO OS SERVOS DE DEUS – GÊNESIS 14

 

7 AS RAÍZES DE ABRAÃO


 


 

1

AS RAÍZES DE UM HOMEM DE FÉ

 

TOPO

HEBREUS 11:8

 

O CHAMADO DE DEUS PARA TODOS NÓS É CLARO: VOCÊ VAI VIVER PELA FÉ!

 

1 CHAMADO GEOGRÁFICO: VIVER PELA FÉ É DEIXAR E IR AONDE DEUS MANDAR!

 

Chegamos ao centro do livro de Gênesis. A seção central (Gênesis 12–22) contempla a jornada de Abraão, desde o primeiro chamado divino, “Vá!” [lekh lekha] (Gênesis 12:1), o que fez com que deixasse seu passado.

- RAABE – teve que renunciar Jericó e seu padrão de vida para viver entre o povo de Deus. O Resultado: foram salvos, ela e sua casa!

- RUTE – teve de abandonar sua terra natal, sua família, seus ídolos, sua cultura, para viver entre o povo de Deus. Tornou-se a bisavó do maior rei de Israel, Davi.

 

Temos aqui um novo herói, Abrão, que deixou sua casa sem saber seu destino. Os primeiros passos de Abrão em direção à terra prometida foram difíceis e um tanto hesitantes. Ele lutou para herdar a terra e, quando finalmente chegou a Canaã, não pôde ficar lá porque havia fome. Portanto, teve que se mudar para o Egito. Mas Abrão também não pôde se estabelecer no Egito por causa de um conflito com o Faraó. Então, foi obrigado a subir para Canaã novamente. Mas, mesmo ali, a situação foi complicada. Abrão e seu sobrinho Ló chegaram ao acordo de se separar por causa de uma disputa de terras. Depois, irrompeu uma guerra que envolveu todo o país, o mesmo lugar em que Deus estabeleceu o patriarca. Após a batalha, ele foi recebido por um estranho, Melquisedeque, a quem deu seu dízimo, uma forma de reconhecer que nada pertencia a ele. Esses episódios são ricos em lições espirituais nas quais questões de fé e ética estão interligadas.

 

2 CHAMADO RELACIONAL: VIVER PELA FÉ É DEIXAR O FILHO IR!

 

 O segundo chamado divino, “Vá!” [lekh lekha] (Gênesis 22:2), o que o levou a deixar seu futuro (como esse futuro existiria em seu filho).

- ANA – dedicou e entregou Samuel ao Senhor. Resultado: seu filho foi o maior homem em 350 anos entre o povo de Deus, depois de Moisés.

 

3 CHAMADO SITUACIONAL: ESTAR SEMPRE EM MOVIMENTO – COM CRISTO NÃO ESPERE POR COMODIDADES.

 

Como resultado, Abraão esteve sempre em movimento, sendo sempre um migrante, razão pela qual também foi chamado de “estrangeiro” (Gênesis 17:8).

- APÓSTOLOS – só cumpriram a Missão porque se dispuseram a ir a todos os lugares habitados para pregar sobre Jesus.

 

4 EM MEIO Á JORNADA, O QUE NOS TRANQUILIZA? A REVELAÇÃO DIVINA!

 

Em sua jornada, esteve suspenso no vazio, sem seu passado, que ele havia perdido, e sem seu futuro, que ele ainda não via. Entre esses dois chamados, que estruturam sua jornada de fé, Abraão ouvia a voz divina, que o tranquilizava: “Não tenha medo” (Gênesis 15:1). Essas três palavras marcam as três seções da jornada abraâmica, que serão estudadas nas semanas 6, 7 e 8.

- OS DISCÍPULOS NO MAR DA GALILÉIA – só a presença trouxe paz em meio a terrível tormenta que iria afogá-los.

- Salmo 46.10 – “Aquietai-vos e sabei que Eu Sou Deus”.

 

5 CHAMADOS PARA SERMOS BENÇÃOS AO MUNDO TODO!

 

Texto de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 102-114 [133-145] (“Abraão em Canaã”). “Quando Deus escolheu Abraão, não foi apenas para ele ser o amigo especial de Deus, mas para ser um instrumento por meio do qual o Senhor pudesse conceder às nações privilégios preciosos e especiais. Ele devia ser uma luz em meio às trevas morais que o cercavam. “Sempre que Deus abençoa Seus filhos com luz e verdade, não é unicamente para que eles possam receber o dom da vida eterna, mas para que os que os cercam também possam ser iluminados espiritualmente. [...] ‘Vocês são o sal da Terra.’ E quando Deus faz com que os Seus filhos sejam sal, não é apenas para sua própria preservação, mas para que sejam instrumentos para a preservação de outros. [...] “Estamos resplandecendo como pedras vivas no edifício de Deus? [...] Não seremos possuidores da genuína religião, a menos que ela exerça sobre nós uma influência controladora em cada transação comercial. A religião prática deve envolver nosso trabalho. Devemos possuir a graça transformadora de Cristo em nosso coração. Precisamos reduzir grandemente o eu, e ter mais de Jesus” (Ellen G. White, Refletindo a Cristo [Meditação Matinal, 10 de julho], p. 207).

 

Perguntas para consideração

1. O que significa ser abençoado (Gênesis 12:2)? Como ser uma bênção para os outros?

2. Qual foi o erro da meia-verdade de Abrão a respeito de sua irmã-esposa? O que é pior, mentir ou dizer uma verdade e, ao mesmo tempo, mentir tecnicamente?

3. Leia a resposta de Abrão à oferta do rei de Sodoma (Gênesis 14:21-23). Que lição tiramos dessa história? Abrão teria sido justificado se tivesse aceitado a oferta?

 

Perguntas para reflexão:

Compare as manipulações e mentiras de Abrão com a confiança e honestidade do Faraó; compare a abnegação de Abrão em relação a Ló, cheio de egoísmo; a generosidade de Abrão com a ganância dos reis. Analise a incoerência e falta de confiança de Abrão quando ele respondeu ao chamado de Deus.

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-093- VOCÊ PODE CONFIAR NELE

Lançando sobre Ele toda a vossa ansiedade, porque Ele tem cuidado de vós. 1 Pedro 5:7.

Você pode confiar em Jesus cuidar do você, como o Dr. Pedro confiava em seu fiel cavalo Carlito. O jovem médico do campo viveu antes que houvesse muitos carros nas estradas. Desde que as estradas rurais não eram boas para carros, o Dr. Pedro utilizava-se de uma charrete e um bom cavalo. Anos antes, um veterinário lhe dera um potro doente, que ele supunha jamais pudesse viver. O Dr. Pedro cuidou ternamente do jovem animal, que se desenvolvia e melhorava sob cuidados tão amorosos. Tornando-se um belo animal, eram companheiros inseparáveis. Um entendia o outro. Tarde da noite, o médico recebera um chamado para atender um menino que estava muito mal, longe no campo. O Dr. Pedro ficou com ele quase a noite toda, até que o menino começou a melhorar. Exausto, subiu na charrete. — Para casa, Carlito. É minha vez de dormir. Embora o caminho fosse cheio de buracos, o cansado médico dormiu profundamente mesmo com os solavancos. De repente, Carlito parou. A charrete estava leve demais. O médico não estava nela. Voltando-se, o animal começou a olhar para trás à procura do amigo querido. Finalmente, nas trevas, ele encontrou o médico ainda dormindo sobre a grama. Batendo fortemente as patas no chão, relinchava e fazia ruídos até que o Dr. Pedro acordou e montou de novo na charrete. — Obrigado, Carlito, amigalhão - disse o médico afagando-o. Prometo a você que vou tentar ficar dentro da charrete o resto do caminho para casa. Numa outra noite, ele e Carlito estavam viajando através de - um aguaceiro para uma visita médica ao velho Ben Green. A neve derretida elevara bem alto o nível da água. Rodando ao longo da estrada perto do rio, o médico viu um lugar que lhe pareceu ter apenas uns 90 centímetros de profundidade. Talvez pudesse atravessar o rio por ali. - Carlito, temos que ajudar Ben Green. Como é, pode ser? O animal teve uma luta difícil em passar pelas águas que subiam, mas aguentou até que chegaram, na margem oposta. Cristo fará muito por você, muitíssimo mais do que este cavalo fez pelo médico. Mas você precisa confiar nEle tão completamente como o Dr. Pedro confiou em Carlito.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil


 


 

2

O QUE SIGNIFICA PARTIR

 

TOPO

 

GÊNESIS 12:1-9

Por que Deus chamou Abrão para deixar seu país e sua família? Como ele reagiu?

 

1 CHAMADO – SEMPRE TEM CONEXÃO HISTÓRICA! NÃO É UM DEVANEIO. ANALISE A LINHA DO TEMPO DOS HOMENS FIÉIS DE SUA FAMÍLIA, E ENCAIXE-SE NELA!

 

A última vez que Deus havia falado com alguém, conforme as Escrituras, foi com Noé depois do dilúvio, para tranquilizá-lo com a promessa de que Ele estabeleceria uma aliança com toda a carne (Gênesis 9:15-17) e de que jamais haveria outra inundação mundial.

- CONEXÃO HISTÓRICA – NOÉ-ABRAÃO / ELIAS-ELISEU / JOÃO BATISTA-JESUS.

 

2 CHAMADO- SEMPRE PARA ABENÇOAR O MUNDO TODO!

 

A nova palavra de Deus, então para Abrão, se reconecta a esta promessa: todas as nações da Terra seriam abençoadas por meio do patriarca.

- MARIA MAGDALENA – Jesus prometeu que sua história de transformação e a entrega de seu presente a Ele seria contada em todos os lugares onde o Evangelho fosse pregado, abençoando o mundo todo!

 

3 CHAMADO – SEMPRE PARA DEIXAR. O QUÊ?

 

O cumprimento dessa profecia começa com o abandono do passado.

Abrão deixou tudo o que era familiar para ele, seus parentes e seu país, e até uma parte de si mesmo. A intensidade dessa partida se reflete na repetição da palavra-chave “vá”, que ocorre sete vezes nesse contexto.

Abrão deveria primeiro deixar seu país, “Ur dos caldeus”, que também era Babilônia (Gênesis 11:31; Isaías 13:19). Esse chamado para “sair da Babilônia” tem uma longa história entre os profetas bíblicos (Isaías 48:20; Apocalipse 18:4).

A partida de Abrão envolveu sua família. Ele deveria deixar sua herança e muito do que havia aprendido e adquirido, bem como sua educação e influência.

 

4 CHAMADO – MUDANÇA TOTAL! DEIXAR DE SER O QUE SE É PARA SER UMA NOVA CRIATURA EM CRISTO.

 

No entanto, o chamado divino para ir envolvia ainda mais. A frase hebraica lekh lekha, “vá”, significa “vá você mesmo” ou “vá por si mesmo”.

A partida de Abrão de Babilônia envolvia mais do que o meio onde ele vivia, ou mesmo sua parentela. A frase hebraica sugere uma ênfase em si mesmo. Abrão tinha que deixar a si mesmo para se livrar da parte de si mesmo que continha seu passado babilônico.

Lekh Lekha, “Vá” Essa frase hebraica significa “vá para encontrar a si mesmo”. O chamado a Abraão para “sair” de seu país e se afastar de suas raízes devia levá-lo a uma jornada para se encontrar, suprir-se e estabelecer sua identidade. Não era o suficiente que Abraão saísse de Babel. Para encontrar seu verdadeiro eu, ele precisava se livrar da Babel que ainda estava nele – a idolatria de seus pais e a mentalidade arrogante de Babel.

- PAULO – no chamado de Cristo a ele em Damasco tornou-se outra pessoa!

 

5 CHAMADO – NÃO É PARA UMA AUTODESCOBERTA, MAS DESCOBRIR O QUE PRECISA SABER PELA REVELAÇÃO DIVINA.

 

O objetivo dessa partida era “uma terra” que Deus lhe mostraria. A mesma linguagem foi usada no contexto do sacrifício de Isaque (Gênesis 22:2), para se referir ao monte Moriá, onde seu filho seria oferecido e onde o templo seria construído (2Cr 3:1). A promessa não é apenas sobre uma pátria física, mas sobre a salvação do mundo, o que é reafirmado na promessa de bênção para todas as nações (Gênesis 12:2, 3). O verbo barakh, “abençoar”, aparece cinco vezes nessa passagem. O processo dessa bênção universal se daria por meio da “descendência” de Abrão (Gênesis 22:18; 26:4; 28:14). O texto se refere à “descendência” que seria cumprida em Cristo (At 3:25).

Para tanto, Abraão não devia apenas deixar o lugar em que esteve até então; ele devia estar sempre em movimento. É significativo que esse destino “comovente” se reflita na linguagem que cobre as histórias de sua vida. O verbo “ir”, halak, é uma palavra-chave que permeia as narrativas sobre Abraão do capítulo 12 ao capítulo 22, que constituem a seção central do livro de Gênesis.

Também é significativo que a frase lekh lekha, “vá”, estruture a jornada espiritual de Abraão. Essa expressão aparece duas vezes: a primeira quando Abraão foi chamado a deixar seu passado (Gênesis 12:1) e a segunda quando foi chamado a abandonar seu futuro.

(Gênesis 22:2). Suspenso no vazio, desconectado de suas raízes, Abraão dependia somente de Deus. Abraão exemplifica “fé”.

- A COLUNA DE FOGO – ela quem orientava Israel no deserto, e determinava onde parar, por onde andar e quanto tempo esperar. Só Deus pode nos revelar o sinuoso caminho dessa vida.

 

O que Deus pede que você abandone para atender ao chamado divino?

 

APELO – O QUE VOCÊ PRECISA DEIXAR, HOJE?

 

Lekh Lekha, “Vá”. Encontre passagens na Bíblia em que os profetas conclamam o povo de Deus a sair de Babilônia.

O que esse chamado significa para o povo de Deus hoje? Como o chamado divino ao Seu povo para “sair” se aplica a você pessoalmente em relação à sua vida social? Como esse apelo diz respeito ao trabalho de construção do caráter que você faz todos os dias? Como essa expressão se aplica à sua experiência de conversão? Abraão e Ló. Por que Abraão permitiu que Ló escolhesse primeiro o lugar de sua habitação? Como essa atitude se aplica ao seu relacionamento com outras pessoas? Por que a perspectiva de Abraão orientada para o futuro é superior ao pensamento de Ló orientado para o presente? Quais princípios e lições essa história lhe ensina de como os negócios devem ser conduzidos? Por que, definitivamente, o crime e o engano não compensam?

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1992-353 - O GAMBÁ

E far-te-ei uma grande nação, e abençoar-te-ei, e engrandecerei o teu nome; e tu serás uma bênção. Gênesis 12:2.

Diz-se que o gambá é o mais surdo de todos os animais, mas ele estendeu sua linhagem em todas as direções da América do Norte e do Sul, e continua a reproduzir-se a despeito de sua incapacidade de ficar fora do caminho do homem. Estudos recentes mostram que enquanto o cérebro do gambá é pequeno comparado com o de outros animais, ele tem superior habilidade para ajustar-se às mudanças extremas de temperatura. E mais, as ninhadas de gambá vão de cinco a dezesseis filhotes, o que ajuda a manter a população em crescimento. Cada filhote recém-nascido pesa apenas poucas gramas, e tem cerca de dois terços do tamanho de uma abelha. Vinte filhotes cabem dentro de uma colher de chá. Quando do nascimento os infantes se engatinham para dentro da bolsa materna, onde permanecem até ficarem tão amontoados em virtude do crescimento que acabam ficando fora, pendurados na pele da mãe. Leva um ano inteiro para que os pequeninos filhotes amadureçam, e então vivem em média apenas mais um ano, antes de caírem vítimas de algum predador ou carro na estrada. O gambá tem duas defesas bem conhecidas: possui um odor repelente e sabe fingir-se de morto. Quando preocupado, ele cai no chão, rola sobre si mesmo, fecha os olhos e fica completamente inerte. Se isto é alguma espécie de transe induzido por choque, ou um ato deliberado, ninguém sabe. Mas funciona, porque até mesmo o cão deixa-o sozinho quando parece morto. Assim o gambá pode não ser tão surdo afinal. Com um período de vida assim tão curto, e sem maior defesa do que a de fingir-se de morto, é quase um milagre que o gambá seja um dos mais abundantes animais na América do Norte. E para Abraão foi dito que ele seria o pai de uma grande nação como por um milagre. Ele nem sequer tinha filhos nessa ocasião, estava com quase cem anos de idade, e sua esposa era também muito idosa. Mas Deus cumpriu sua promessa, deu-lhe um filho, e multiplicou sua descendência grandemente. E Deus ainda realiza milagres.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil


 


 

3

A TENTAÇÃO DO CONFORTO

 

TOPO

 

GÊNESIS 12:10-20

Por que Abrão deixou a terra prometida para ir ao Egito?

Como o Faraó se comportou em comparação a Abrão?

 

1 CANAÃ – LOCAL DE PROVAÇÃO – LOCAL ONDE DEUS PROVERIA – LOCAL ONDE ABRAÃO TERIA QUE VIVER PELA FÉ.

 

Ironicamente, Abrão, que havia acabado de chegar à terra prometida, decidiu deixá-la e ir para o Egito porque “havia fome naquela terra” (Gênesis 12:10). Textos egípcios antigos mostram pessoas de Canaã indo para o Egito em tempos de fome. No ensinamento egípcio de Merikare, texto da época do Império Médio (2060–1700 a.C.), pessoas vindas de Canaã são identificadas como “miseráveis asiáticos” (aamu) e descritas como pessoas “com falta de água [...], que não habitam um lugar; a comida impulsiona suas pernas” (Miriam Lichtheim, Ancient Egyptian Literature, v. I: The Old and Middle Kingdoms [Berkeley, CA: University of California, 1973], p. 103, 104).

 

2 TENTAÇÃO: VIVER SEM DEPENDER DE DEUS!

 

A tentação do Egito era um problema frequente para os israelitas (Números 14:3; Jr 2:18). O Egito se tornou um símbolo de seres humanos que confiam em seres humanos em vez de Deus (2 Reis 18:21; Isaías 36:6, 9). Nesse país, em que havia água diariamente, a fé não era necessária, pois a promessa da terra era visível. Comparado com a terra da fome, o Egito parecia um bom lugar para ficar, apesar do que Deus havia dito.

- ACÃ – decidiu pegar objetos valiosos para não depender da bondade de Deus em manter sua família. Morreu apedrejado.

- GEAZI – decidiu pedir os presente de Naamã pois não acreditava que Deus pudesse mantê-lo como profeta. Pegou a lepra de Naamã.

 

3 AS TENTAÇÕES NOS REVELAM – SOMOS APENAS HUMANOS, CHEIOS DE CONTRADIÇÕES!

 

O Abrão que deixou Canaã contrastava com o Abrão que havia deixado Ur. Antes, Abrão era retratado como um homem de fé que deixou Ur em resposta ao chamado divino; depois, Abrão deixou a terra prometida por si mesmo, por sua vontade. Antes, confiou em Deus; depois, se comportou como um político presunçoso, manipulador e antiético, que contava apenas consigo mesmo. “Durante sua permanência no Egito, Abraão deu prova de que não estava livre de fraqueza e imperfeição humanas. Ocultando o fato de que Sara era sua esposa, evidenciou desconfiança no cuidado divino – falta daquela fé e coragem sublime tão frequente e nobremente exemplificada em sua vida” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 99, 100 [130]).

- ABSALÃO – criticou seu pai Davi por não penalizar o irmão Amom que estuprou sua irmã Tamar, mas anos depois fez pior, estuprando as esposas de seu pai no terraço do palácio.

 

4 DEUS NUNCA DEIXARÁ DE NOS QUESTIONAR. ELE É NOSSO SALVADOR PORQUE É NOSSO SENHOR!

 

Quando Abraão chegou ao Egito foi confrontado com a ameaça do Faraó. Porém, em vez de buscar ajuda ou orientação de Deus, recorreu à política e às mentiras. No entanto, o engano de Abraão se voltou contra ele. Foi precisamente por ter mentido e afirmado que Sara era sua irmã que o Faraó a levou para seu harém (Gênesis 12:15; compare com Gênesis 12:19). Ironicamente, foi também por acreditar que Sara era irmã de Abraão que o Faraó o tratou bem (Gênesis 12:16), assim como Abraão havia planejado (Gênesis 12:13). A história é cheia de ambiguidades. Mesmo quando Abraão mentiu, estava dizendo a verdade, pois Sara era e não era sua irmã; ela era sua meia-irmã. Mesmo quando Abraão foi abençoado com todas as dádivas do Faraó, ele foi amaldiçoado, pois sua esposa estava no harém do monarca. Deus não repreendeu Abraão; no entanto, quando o Faraó falou, suas palavras soaram como as palavras de Deus a Adão (Gênesis 3:9; compare com Gênesis 21:17; 22:11, 15, 16). Também é interessante que o Faraó tenha feito uma série de perguntas, assim como quando Deus chamou Adão (Gênesis 3:9, 11). O paralelo entre essas duas repreensões sugere que o pecado de Abraão era semelhante ao de Adão.

- DEUS QUESTIONOU Adão e Eva no Éden, Caim ao matar seu irmão, Jacó no Jaboque, Pedro na praia do mar da Galiléia. Você espera que Ele faça o quê com você? Te mime?

 

5 A GRAÇA DIVINA – DEUS NÃ ABANDONOU SEU INCONSTANTE SERVO!

 

Ainda que um grande homem cometa erros, ele não é abandonado por Deus. Quando o NT fala sobre Abraão como exemplo de salvação pela graça, quer dizer exatamente isso: graça. Se não fosse a graça, não haveria esperança para Abraão (nem para nós).

Para os fiéis, é fácil se desviar do caminho certo?

Por que a desobediência nunca é uma boa escolha?

- DEUS NÃO ABANDONOU Moisés em sua fuga para Padã-Harã, nem Elias em sua fuga de Jezabel para Horebe, nem Pedro em sua fuga e traição no pátio da casa do sumo sacerdote.

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil

 


 


 

4

DEBAIXO DA VONTADE DE DEUS

 

TOPO

 

GÊNESIS 13:1-18. O que essa história nos ensina sobre caráter?

 

1 DENVIOS DA VONTADE DE DEUS O LEVA A NÃO SER VOCÊ MESMO.

 

Abrão voltou para onde estava antes, como se sua viagem ao Egito tivesse sido um mero desvio infeliz. A história de Deus com Abrão teve então um novo início, onde havia parado desde sua primeira viagem à terra prometida. A primeira parada de Abrão foi Betel (Gênesis 13:3), assim como em sua primeira viagem à terra (Gênesis 12:3-8). Abrão se arrependeu e voltou a ser “ele mesmo”: Abrão, o homem de fé.

- DAVI – desviando da vontade de Deus tornou-se um adúltero e homicida, destruindo a vida de Bate-Seba e Urias.

Abrão e Ló Pela primeira vez desde Canaã, o verbo halak, “ir”, que responde ao chamado lekh lekha, reaparece. Foi usado duas vezes (Gênesis 13:1, 5). Na primeira, refere-se à viagem de Abrão a Betel, onde Abrão construiu um altar e adorou a Deus (Gênesis 13:4). Esse movimento reconectou Abrão ao seu passado e restaurou o que sua viagem ao Egito havia interrompido. Abraão voltou às “veredas antigas” (Jeremias 6:16; compare com Jeremias 18:15). Ele se arrependeu.

 

- PAULO – desviando-se da vontade de Deus, tornou-se um assassino, colaborando com a morte de Estevão e de tantos outros cristão fiéis no primeiro século da era cristã.

 

2 DEBAIXO DA VONTADE DE DEUS VOCÊ SEMPRE É GENEROSO.

 

A reconexão de Abrão com Deus se mostrou na sua relação com as pessoas, em sua maneira de lidar com o problema de Ló, seu sobrinho, quanto ao uso da terra. O próprio Abrão propôs um acordo pacífico e permitiu que Ló escolhesse primeiro (Gênesis 13:9, 10), um ato generoso e bondoso, indicativo do tipo de homem que Abrão era.

- A VIÚVA DE SAREPTA – alimentou o profeta de Deus, Elias, mesmo sendo ele um estrangeiro, e ela estando no pior dia de sua vida.

 

3 DEBAIXO DA VONTADE DE DEUS VOCÊ SABE AONDE IR, ONDE HABITAR E COMO FAZÊ-LO.

 

Na segunda vez que o verbo halak, “ir”, é usado, refere-se à ida de Ló. No entanto, ao contrário do movimento de Abrão, a “ida” de Ló não tem conotação espiritual; em vez disso, está associada à sua riqueza (Gênesis 13:5). Além disso, não é apenas diferente a maneira pela qual eles “vão”, mas também sua maneira de “habitar”. Enquanto Abrão relaciona sua “morada” com seu relacionamento com Deus, Ló vê sua “morada” apenas em conexão consigo mesmo e seus bens materiais. A dificuldade de morarem juntos (Gênesis 13:6) não era meramente o resultado de fatores externos; tinha a ver essencialmente com as profundas divergências espirituais entre eles. Suas visões de mundo eram irreconciliáveis (Gênesis 13:7-9) e, portanto, as tensões entre eles foram inevitáveis. Embora o texto bíblico relate uma contenda entre os pastores, a disputa foi além deles e envolveu questões espirituais. Abrão entendeu, então, que a separação era a única solução para a paz. Ló tomou a iniciativa e escolheu o território das ricas planícies. Abraão ficou com o que sobrou: as campinas de Canaã (Gênesis 13:12). Ao contrário de Ló, que decidiu por si mesmo erguer os olhos e ver (Gênesis 13:10), Abrão fez isso apenas por ordem divina (Gênesis 13:14).

 

4 O ERRO FATAL: TOMAR PARA SI SEM CONSIDERAR A VONTADE DE DEUS O LEVA À AVAREZA, À GANÂNCIA E À COBIÇA.

 

O fato de Ló ter escolhido a melhor parte, a planície bem irrigada, sem se preocupar com a maldade de seus futuros vizinhos (Gênesis 13:10-13), revela sua ganância e seu caráter. A frase “para si” lembra os antediluvianos, que tomaram “para si” (Gênesis 6:2).

- SALOMÃO – tomou para si mulheres infiéis de outras nações. Elas lhe perverteram o coração, levando-o a uma apostasia quase sem retorno a Deus.

- SANSÃO – sempre tomou para sai as mulheres que queria. Por causa disso, perdeu sua força, seus olhos foram vasados, morrendo como um animal de carga junto a seus inimigos.

 

5 DEBAIXO DA VONTADE DE DEUS, TUDO SERÁ SEU.

 

Em contraste, a mudança de Abrão foi um ato de fé. Abrão não escolheu a terra, mas a recebeu pela graça de Deus. Ao contrário de Ló, Abrão olhou para a terra apenas por ordem divina (Gênesis 13:14). Somente quando Abrão se separou de Ló foi que Deus falou com ele novamente (Gênesis 13:14). Esse é o primeiro registro de que o Senhor falou com Abrão desde seu chamado em Ur. “Erga os olhos e olhe de onde você está para o norte, para o sul, para o leste e para o oeste; porque toda essa terra que você está vendo, Eu a darei a você e à sua descendência, para sempre” (Gênesis 13:14, 15). Deus, então, convidou Abrão a “percorrer” a terra como um ato de apropriação. “Levante-se e percorra essa terra no seu comprimento e na sua largura, porque Eu a darei a você” (Gênesis 13:17).

- CALEBE – com 85 anos pediu Hebrom. E agora bem mais idoso, ele tinha certeza de que Deus o ajudaria a vencer os gigantes daquele lugar, pois assim havia O havia prometido.

 

6 O QUE EXISTE SÓ É NOSSO PELA VONTADE DE DEUS.

 

O Senhor, porém, deixou bem claro que Ele, Deus, estava dando a terra a Abrão. Era um dom da graça, do qual Abrão devia se apropriar pela fé, uma fé que levasse à obediência. Somente a obra de Deus realizaria tudo o que Ele havia prometido a Abrão (ver Gênesis 13:14-17).

Como podemos aprender a ser gentis e generosos com os outros, mesmo quando não são assim conosco?

Mais tarde, durante a guerra, quando Ló foi levado cativo de Sodoma (junto com seus bens), Abrão partiu com um bando de homens para resgatar seu sobrinho. No final da campanha, Ló e seu povo foram finalmente resgatados. O rei de Sodoma saiu ao encontro de Abrão no caminho de volta da expedição para agradecer (Gênesis 14:17). Ironicamente, Ló, que estava tão ansioso para controlar seu destino e tomou a melhor parte da terra para si, tornou-se um prisioneiro. Abrão, por outro lado, que graciosa e humildemente cedeu a Ló o direito de escolher primeiro, uma escolha que era sua por direito como o parente mais velho, foi quem tomou a iniciativa e controlou o curso dos acontecimentos. Abrão havia entendido que confiar em Deus e estar pronto para perder seus benefícios era a única maneira de controlar seu destino e garantir o melhor resultado. A mesma lição paradoxal foi reforçada por Jesus em Seu Sermão da Montanha (Marcos 8:35).

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1988-144 - KNUTE ROCKNE

Fazei tudo o que Ele vos disser. S. João 2:5.

Aqueles que assistem a futebol americano, já ouviram falar do Notre Dame. Setenta e cinco anos atrás, quando Knute Rockne se uniu ao time, dificilmente alguém terá ouvido falar do pequeno colégio, em South Bend, Indiana. Depois que Rockne se formou em Notre Dame, continuou como treinador e colocou do Notre Dame no mapa como uma grande força do futebol americano. Nos treze anos em que ele foi treinador, seu time perdeu apenas 12 jogos. Por cinco anos seguidos, eles ganharam todas as partidas que, disputaram.

Sua força residia em velocidade, estratégia e habilidade, mais do que no porte físico e na força bruta. Também consistia em sua disposição para obedecer ao treinador.

Certo dia, o treinador Rockne explicava suas teorias sobre bloqueio.

- O bloqueio feito por dois homens é desnecessário - insistia ele. O bloqueio por um só homem é mais eficaz, por causa do elemento surpresa. Você pode vir ao seu competidor cada vez de um ângulo diferente.

. - Um homem só não tem força suficiente para bloquear um corredor - objetou um dos jogadores.

- Tem, se ele agir corretamente - continuou Rockne. - Venha a seu oponente depois de uma flexão baixa, com as pernas separadas e bem estendidas, assim (o treinador demonstrou o que queria dizer). Em seguida, veja o que pode fazer.

Todos os jogadores experimentaram a posição do bloqueio por um homem, menos Joe Bachman, um jogador veterano de primeira categoria.

- Venha aqui, Bachman - chamou Rockne. - Acho que você não

entendeu o que desejo que vocês façam. Vou repetir a demonstração. Observe com cuidado, depois vá e tente!

- Não preciso fazer o que ele diz - pensou Bachman. - Minha maneira de agir funcionava bem antes de Rockne aparecer. Não vou mudar.

Ele voltou a praticar, mas se recusava a experimentar o novo método.

- Devolva seu uniforme, Bachman! - gritou Rockne. - Você já terminou! Não podemos ter uma equipe sem trabalho de conjunto. Você precisa seguir as minhas ordens!

Espantado, Bachman pediu desculpas por sua atitude, e prometeu obedecer dali para a frente. Foi imediatamente reintegrado.

Jesus é seu treinador no jogo da vida. Você está competindo com Satanás e todas as forças do mal. Se você quiser vencer, deve obedecer ao seu Treinador. O que Ele mandar você fazer, faça-o.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil


 


 

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COMO AGIR DIANTE DOS ATAQUES DO INIMIGO

 

TOPO

 

GÊNESIS 14:1-17

Que ponto relevante vemos no fato de que essa guerra ocorreu logo após a doação da terra prometida? O que essa história nos ensina sobre Abrão?

 

1 O INIMIGO DE NOSSA ALMA SEMPRE AGIRÁ PARA DESTRUIR OS SÁBIOS PLANOS DE DEUS PARA NOSSA VIDA.

 

Essa foi a primeira guerra narrada nas Escrituras (Gênesis 14:2). A coalizão de quatro exércitos da Mesopotâmia e da Pérsia contra outra coalizão de cinco exércitos cananeus, incluindo os reis de Sodoma e Gomorra (Gênesis 14:8), sugere um grande conflito (Gênesis 14:9). Essa operação militar está relacionada com a rebelião dos povos cananeus contra seus suseranos babilônios (Gênesis 14:4, 5). Embora essa história se refira a um conflito histórico específico, o momento dessa guerra “global”, após a dádiva da terra prometida a Abrão, confere a esse evento um significado espiritual particular.

- MOISÉS – o diabo usou o Faraó para matar Moisés ao nascer.

- JESUS – o diabo usou o rei Herodes para matar o menino Jesus.

- LÓ – o diabo usou os cananeus para matarem a Ló pela guerra.

 

2 DEUS PROTEGE SEUS FILHOS FIÉIS A ELE.

 

O envolvimento de tantos povos de Canaã sugere que a questão em jogo era a soberania sobre a terra. Ironicamente, o acampamento de Abrão, a parte realmente interessada, visto ser ele o dono da terra, é a única força que permaneceu fora do conflito, pelo menos no início.

- ESTER E MARDOQUEU – Deus protegeu o Seu povo contra os diabólicos planos de Hamã.

 

3 O CRISTÃO NUNCA VIVE DE GUERRAS OU DE ESPOLIAR OS OUTROS, POIS TUDO O QUE TEM É DADO POR DEUS.

 

A razão para a neutralidade de Abrão é que, para ele, aquela terra não havia sido adquirida pela força das armas nem por estratégias políticas. O reino de Abrão foi um presente de Deus. A única razão pela qual ele interviria seria pelo destino de seu sobrinho Ló, que fora feito prisioneiro durante as batalhas (Gênesis 14:12, 13).

 

4 O CAMINHO DA SANTIFICAÇÃO NÃO LEVA MÁGOAS.

 

“Abraão, habitando em paz nos carvalhais de Manre, soube por um dos fugitivos a história da batalha e a calamidade que sobreviera ao seu sobrinho. Não havia guardado no coração nenhum ressentimento pela ingratidão de Ló. Todo o seu afeto por ele veio à tona, e decidiu resgatá-lo. Procurando antes de tudo o conselho divino, Abraão se preparou para a guerra” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 105 [135]).

 

5 FAÇA O QUE É NECESSÁRIO.APENAS O QUE LHE É DEVIDO.

 

Mas Abrão não confrontou toda a coalizão. No que deve ter sido uma operação de comando rápida e noturna, atacou apenas o campo em que Ló era mantido prisioneiro. Seu sobrinho foi salvo e com ele o rei de Sodoma. Assim, Abrão demonstrou grande coragem e força. Sua influência na região cresceu, as pessoas viram o tipo de homem que ele era e aprenderam algo mais sobre o Deus a quem ele servia.

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1988-184 - PETER MARSHALL

O anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que O temem, e os livra. Salmo 34:7.

Foi um longo dia até Bamburg, pela estrada comum, e Peter Marshall estava cansado. Pensou então em usar um pequeno atalho. A noite estava bastante escura. O vento no mato e o balido distante de alguma ovelha, eram tudo o que ele ouvia, ao seguir pelo prado. Não levava nenhuma luz para orientar-se, mas confiava em que estava seguindo na direção certa. De repente, um brado urgente interrompeu o monótono silêncio.

- Peter! Ele parou e perguntou quem era. Esperava ouvir novamente a voz e localizar a pessoa, mas a única resposta que obteve foi a do suspiro do vento. Ele insistiu, mas ainda não recebeu nenhuma resposta. O urzal parecia deserto.

- Bem que eu poderia ter pensado nisto! - disse Peter consigo mesmo, e deu mais alguns passos.

De novo, a voz bradou, só que agora mais alta e mais urgente. - Peter!

Assustado, ele tropeçou e caiu ajoelhado. Apoiando-se numa das mãos para manter o equilíbrio, não encontrou nada na frente. Cuidadosamente, apalpou o terreno ao redor e verificou que estava na beira de uma pedreira abandonada. Houvesse dado mais um passo, teria caído dezenas de metros embaixo, indo encontrar a morte.

- Não tive nenhuma dúvida quanto à origem daquela voz - dizia Peter, sempre que contava a história. - Senti que Deus tinha um propósito importante para minha vida, ao intervir tão maravilhosamente. Poucos meses depois desse incidente, Peter se levantou na igreja para dar testemunho.

- Resolvi dar a minha vida a Deus para que me use sempre que desejar. Deus levou Peter Marshall para os Estados Unidos, a fim de ser um pregador. Ele se tornou famoso como capelão do Senado dos Estados Unidos, onde teve muitas oportunidades de contar como Deus o protegera e abençoara através dos anos.

Talvez você não tenha ouvido seu anjo falar a você como Peter Marshall ouviu, mas ele está a seu lado também. Ele já o livrou do mal e do perigo mais vezes do que você pode imaginar.

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil

 

 

 


 

6

RECONHECENDO OS SERVOS DE DEUS

 

TOPO

 

Quem foi Melquisedeque? Por que Abrão deu seu dízimo a esse sacerdote, que parece ter surgido do nada? Gênesis 14:18-24; Hebreus 7:1-10

 

1 SÓ DEUS PODE DAR PAZ DEPOIS DA GUERRA.

 

O súbito aparecimento do misterioso Melquisedeque não está fora de lugar. Depois que os cananeus agradeceram a Abrão, ele agradeceu ao sacerdote por meio do dízimo. Melquisedeque veio da cidade de Salém, que significa “paz”, uma mensagem apropriada após o tumulto da guerra.

 

2 É PRECISO SABER DIFERENCIAR PESSOAS E SUAS OBRAS.

 

O componente tsedek, “justiça”, no nome de Melquisedeque, aparece em contraste com o nome do rei de Sodoma, Bera (“no mal”), e Gomorra, Birsha (“na maldade”), provavelmente sobrenomes para o que eles representavam (Gênesis 14:2).

- JOÃO – Examinai os espíritos...1 João 4.1.

 

3 PRECISAMOS SABER RECONHECER E RESPEITAR OS SERVOS DE DEUS NA TERRA.

 

Melquisedeque apareceu após a reversão da violência e do mal representados pelos outros reis cananeus. Essa passagem contém também a primeira referência bíblica à palavra “sacerdote” (Gênesis 14:18). A associação de Melquisedeque com o “Deus Altíssimo” (Gênesis 14:18), a quem Abrão chamou de seu próprio Deus (Gênesis 14:22), indica claramente que o patriarca o via como sacerdote do Deus a quem servia. Melquisedeque, entretanto, não deve ser identificado com Cristo. Ele era o representante de Deus entre o povo daquela época (ver Comentários de Ellen G. White, Comentário Bíblico Adventista do Sétimo Dia, v. 1, p. 1203, 1204).

 

4 PRECISAMOS PARTICIPAR DAS FESTAS E CERIMÔNIAS RELIGIOSAS.

 

Melquisedeque oficiava, de fato, como sacerdote. Ele serviu “cereal e vinho”, uma associação que muitas vezes sugeria o uso de suco de uva recém prensado (Deuteronômio 7:13; 2Cr 31:5), que reaparece no contexto da entrega dos dízimos (Deuteronômio 14:23). Além disso, ele estendeu a bênção a Abrão (Gênesis 14:19).

 

5 O SIGNIFICADO DO DÍZIMO: RECONHER A GENEROSIDADE DE DEUS.

 

Abrão, entretanto, “deu a Melquisedeque o dízimo de tudo” (Gênesis 14:20) em resposta ao Deus “que possui os céus e a Terra” (Gênesis 14:19, ARA). Esse título faz alusão à introdução da história da criação (Gênesis 1:1), em que a expressão “céus e Terra” significa totalidade ou “tudo”. Como tal, entende-se que o dízimo é uma expressão de gratidão ao Criador, que possui tudo (Hebreus 7:2-6; compare com Gênesis 28:22). Paradoxalmente, o adorador entende que o dízimo é um presente de Deus, não um presente para Deus, pois é Deus quem nos dá tudo.

 

Além de ser uma expressão de fé, o ato de devolver o dízimo também edifica a fé?

 

Embora Melquisedeque pertencesse à comunidade cananeia, Deus o escolheu para ser Seu representante entre o povo daquela época. Apesar de sua origem estrangeira, Abraão lhe deu o dízimo e foi abençoado por ele. Além disso, as numerosas referências a Deus, a refeição sagrada do pão e do vinho, a bênção e o hino dirigidos a Deus conferem à figura cananeia de Melquisedeque um significado espiritual, apontando para além de um simples encontro de reis. Notavelmente, as Escrituras subsequentes mantêm essa conotação espiritual. O Salmo 110 associa Melquisedeque com o futuro Messias davídico (Salmo 110:4), seguido pelos autores do NT, que relacionam o sacerdócio singular de Melquisedeque ao de Jesus (Hebreus 5:5–6:10; 7).

 

PENSE NISTO

Que lições sobre o significado espiritual do dízimo podemos aprender com Abraão, que deu o dízimo ao rei Melquisedeque?

Por que a decisão de Abraão de dar o dízimo de tudo o que ele trazia de volta da batalha se relaciona com sua fé no Criador e seu Salvador (Gênesis 14:19, 20)?

Como essa confissão de fé no Criador se aplica aos bens materiais em sua vida?

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1992-234 - HOMENS E COGUMELOS

Julgai todas as coisas, retende o que é bom. 1 Tessalonicenses 5:21.

Cogumelos cuidadosamente selecionados e preparados podem se constituir numa iguaria dietética. Há aproximadamente 38.000 espécies conhecidas de cogumelos, das quais, várias são venenosas. Não se deve ceder à tentação de apanhar quaisquer cogumelos, a não ser que se tenha certeza quanto às espécies comestíveis.

Há um livro que recomenda grande cuidado ao se experimentar um novo tipo de cogumelo. O primeiro passo é cheirá-lo. Se o cheiro não for bom, largue-o. Se tiver bom cheiro, mordisque um pedacinho sem engoli-lo. Se você não ficar doente dentro de algumas horas, poderá comer um pedacinho. Se este também não lhe fizer mal, experimente comer alguns pedaços cozidos. Faça tudo com cuidado, observando os efeitos. Se nada acontecer, o cogumelo pode ser considerado comestível.

Algumas pessoas acreditam que todo cogumelo que tenha cores brilhantes é venenoso. Puro engano. Alguns dos mais brilhantes, são justamente os mais saudáveis.

Na grande maioria dos casos de envenenamento por cogumelos, o fungo responsável era do gênero amanita. Os sintomas de envenenamento se fazem sentir de meia a dez horas após a ingestão dessa planta. Vômitos e tonturas são seguidos de sonolência, estupor, suor frio e enfraquecimento da atividade cardíaca. A morte vem após dois, três ou quatro dias. Existe um antídoto para os estágios iniciais, mas na verdade ninguém desejará correr o risco que o torne necessário.

Os cuidados a serem tomados para testar cogumelos duvidosos, se aplicam também em outros aspectos da vida. Em nosso texto, Paulo aconselha cuidado em aceitar pessoas que vêm a nós dizendo que têm uma mensagem de Deus. Examinai-as, diz ele. A Bíblia nos indica várias maneiras pelas quais elas podem ser testadas. Como cristãos, temos a obrigação de examiná-Ias por nós

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil


 


 

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AS RAÍZES DE ABRAÃO

Autor: Wilian S. Cardoso

 

TOPO

 

Além da divisão em toldot, isto é, “gerações” ou “histórias”, literariamente Gênesis pode ser analisado de outra perspectiva – seu enredo narrativo. Desse ponto de vista, Gênesis apresenta duas divisões principais: os capítulos 1–11, que narram a história de Deus e de toda a criação, e os capítulos 12–50, que se restringem a relatar a história de Deus e um homem. Adicionalmente, essas duas partes estão conectadas por uma pequena história central que intercala os dois pedaços, a saber, Gênesis 12:1-3.

 

1 DEUS FEZ O HOMEM BOM, MAS ELE SE CORROMPEU DESDE O PRINCÍPIO.

 

Em tese, os 11 primeiros capítulos tratam de um mesmo tema: Deus concede a chance para que os humanos façam o que é correto, mas eles continuam a arruinar tudo, ou seja, toda criação incluindo a si mesmos. O mundo “muito bom” do princípio, se torna cada vez pior graças às ações mais e mais degradantes da humanidade, à medida que ela aumenta e o tempo transcorre. Mas, apesar de tudo isso, Deus permanece determinado em abençoar a humanidade e resgatar o mundo por meio daquele que saciaria toda esperança por mudança de uma vez por todas. E, a partir dessa nova etapa, somos, portanto, apresentados ao plano de Deus, isto é, à maneira pela qual Ele pretende realizar isso.

 

2 O PLANO DA REDENÇÃO ENVOLVE HOMENS FIÉIS COMO TESTEMUNHAS DO SALVADOR.

 

Na verdade, não é à toa que Gênesis 11 termina com uma genealogia. Apesar de pequena, ela serve para descrever uma família muito específica e que culmina na apresentação de um homem crucial para o plano. Um dos homens mais influentes que já existiram, embora não apareça em nenhuma lista das pessoas mais importantes da história. Não governou nenhum império, não comandou nenhum exército, nem mesmo se envolveu em qualquer ato impressionante de heroísmo, não realizou milagres, não anunciou profecias nem arrebanhou multidões. No entanto, hoje, mais de 5 bilhões de pessoas sobre a Terra, de alguma forma se identificam como seus herdeiros. Seu nome é Abraão. Conhecido como o fundador das três principais religiões monoteístas da Terra: judaísmo, cristianismo e islamismo.

 

3 O PLANO DA REDENÇÃO NÃO ESTÁ BASEADO EM HOMENS, POIS TODOS SÃO PECADORES, FINITOS E INEXPRESSIVOS. TUDO ESTÁ BASEADO NO ETERNO, AQUELE QUE FEZ OS CÉUS E A TERRA.

 

Diferente de Noé, que foi descrito como único em sua geração, ou de Moisés, a quem conhecemos um pouco sobre sua infância, não sabemos nada sobre esse homem. Quando Deus o convocou para deixar sua terra natal e sua parentela, ele simplesmente foi e nem mesmo sabemos qual foi a razão de ele ter sido escolhido.

No início do capítulo 12, Deus chamou Abrão para deixar tudo para trás e ir para a terra de Canaã, e lhe prometeu três coisas: (1) fazer dele uma grande nação, (2) abençoá-lo, e (3) engrandecer seu nome (Gênesis 12:2). Essas três promessas estão precisamente conectadas com a seção anterior do livro. Babilônia havia tentado presunçosamente engrandecer seu nome (11:4), mas agora Deus, em sua generosidade concederia um grande nome a esse homem desconhecido.

 

4 O MAIOR PRAZER DE DEUS É ABENÇOAR E REDIMIR A HUMANIDADE CAÍDA.

 

A bênção de Deus ecoou a bênção dada a Adão e Eva no Jardim, enquanto a geração de uma grande nação retomou o desejo divino contido nessa bênção de que a humanidade se multiplicasse e enchesse a Terra. Obviamente, esse desejo foi expresso originalmente para pessoas perfeitas e puras que, ao se expandir, consequentemente, propagariam a bondade natural que havia nelas.

 

5 A ÚNICA SOLUÇÃO PARA A HUMANIDADE É A TRANSFORMAÇÃO COMPLETA DO CARÁTER.

 

Porém, com a entrada do pecado, essa bondade não mais seria natural, e só seria restaurada pelo contato com Deus e obediência a Ele. Para isso, Deus pretendeu mudar o coração de um homem e de sua família, e dela levantar um povo cuja verdade fosse a razão de ser de sua existência. Assim, por meio desse povo, o Senhor tornaria a verdade conhecida e propagada a todas as nações da Terra. Em outras palavras, o plano de Deus era resgatar e abençoar o mundo rebelde por meio de Abraão. Por isso, desse ponto em diante, o restante da Bíblia focaliza os descendentes desse homem.

 

 

6 ATÉ OS ESCOLHIDOS TEM MUITOS PROBLEMAS.

 

Em particular, o restante de Gênesis trata sobre três gerações da família de Abraão, que pontuam a propagação da sua descendência e o cumprimento das promessas divinas ocorrendo de modo fiel, embora pacientemente:

1. Abraão, em si (Gênesis 12–25a).

2. Isaque, seu filho (Gênesis 25b–36).

3. Jacó, seu neto (Gênesis 37–50).

Os relatos contidos em cada geração estão conectados por 2 temas que se repetem: as falhas da família em confiar plenamente em Deus e tomar boas decisões, e a fidelidade de Deus em salvá-la para então abençoá-la e completar Sua promessa de bênção. Incialmente, na história de Abrão/Abraão, Gênesis 12:1-3 expõe três elementos sobre os quais as histórias subsequentes serão construídas: a terra, a bênção e a nação/povo. É como se a abertura desse capítulo fosse um tipo de índice ou chave para abrir as portas de todos os relatos contidos na segunda metade do livro.

Além disso, nas primeiras histórias de Abraão (Gênesis 12–17) há um ciclo repetitivo de três ações que se tornam um padrão em cada um desses relatos.

Primeiro, o texto faz uma exposição da situação, em seguida informa a ocorrência de uma complicação, e por fim apresenta a solução. Assim, por exemplo, no capítulo 12, logo que Abraão e sua família chegaram a Canaã somos expostos aos fatos: Abraão imediatamente ouviu o chamado, partiu e chegou à terra; o texto então narra uma complicação que abateu a terra, uma fome, seguida dos problemas causados por Abraão ao mentir sobre sua esposa, que foi tomada pelo Faraó. Contudo, o Senhor interveio na história e salvou Abraão e sua casa. Esse padrão, como disse – exposição > complicação > solução – pode ser percebido em todos os capítulos até o 17.

 

Assim, Abraão lutou para ser o parceiro de Deus na bênção das nações, mas muitas vezes falhou. Quando Abraão apareceu na terra para a qual Deus o havia conduzido, houve fome e, da mesma forma que ele atendeu ao chamado anteriormente, então, prontamente, por sua própria decisão, ele se voltou e foi embora da terra em que havia acabado de chegar. Podemos ouvir ecos de Gênesis 3 nessa história, quando ele escolheu para si o que era bom e negligenciou a promessa de Deus de protegê-lo e abençoá-lo, tudo às custas de sua esposa. Em vez de ser um veículo de bênção para o Egito, ele acabou trazendo maldição sobre a nação – o castigo divino sobre os egípcios inocentes em defesa de Abraão. Apesar do engano praticado por seu escolhido, Deus honrou a promessa que havia feito a Abraão.

 

7 AS PROMESSAS CONDICIONAIS DE DEUS DEPENDEM DAS ESCOLHAS DOS HOMENS.

 

É precisamente isso que os textos iniciais das histórias de Abraão visam apresentar. Que a efetividade das promessas de Deus depende da confiança humana para com Ele. Mesmo tendo sido o escolhido de Deus para realizar sua promessa na terra, Abraão afastou ainda mais o potencial da promessa: ele saiu da terra, ele se tornou uma maldição para os povos e perdeu a esposa, o que afastou ainda mais a possibilidade de que ele se tornasse uma grande nação. Apesar disso, Deus não deixaria de cumprir o que tinha prometido e reverteu em bênçãos a Abraão todo caos provocado por ele mesmo. Essas bênçãos de riqueza e prosperidade não tinham outra finalidade senão ensinar Abraão a confiar nas palavras de Deus. A injustiça recaída sobre os egípcios, por exemplo, é uma lição a Abraão do que seus atos de desconfiança, e ações individualistas e precipitadas tinham sido capazes de desencadear. Enquanto ele agisse por si mesmo, jamais seria uma bênção.

 

8 OS PLANOS DE DEUS SE CUMPREM PORQUE ELE É FIEL, E NÃO POR NOSSA EFICIÊNCIA.

 

No capítulo 13, a complicação não se resumiu apenas ao fato de que Abraão teve que se separar de parte de sua família, mas principalmente ao fato de que Ló escolheu a melhor região para residir, aquela que se parecia com o Éden (13:10), isto é, com grande abundância de águas. A despeito de o texto deixar implícita a nobreza de caráter de Abraão, que mesmo tendo maiores prerrogativas para escolher sua porção primeiro, concedeu essa honra a seu sobrinho ganancioso, o fato é que essa distribuição injusta de terra, com sua porção hidrograficamente mais pobre, não predizia um futuro muito duradouro e promissor ali.

As palavras em 13:17, sobre percorrer a terra, foram entendidas pelos antigos exegetas judeus como um ato simbólico de aquisição legal de propriedade, chamado de khazaká (cf. Deuteronômio 11:24; Isaías 1:3, 4). (1)

Tal ritual também foi atestado na cultura de outros povos vizinhos, como por exemplo a festa Heb Sed egípcia, em que o Faraó precisava percorrer todo o Egito a fim de reafirmar sua condição física de poder continuar como soberano de toda a nação. Igualmente, essas palavras soam muito semelhantes àquelas ditas por Satanás na corte celestial quando Deus perguntou de onde ele vinha. Ou seja, sua resposta foi uma declaração de que ele tinha direito de fazer parte da reunião, visto que tinha autoridade e a posse do mundo. Contudo, ironicamente, a réplica divina foi uma lembrança de que sua autoridade não seria plena enquanto na Terra houvesse alguém que não lhe servia – Jó (Jó 1:7, 8). A solução para Abraão, portanto, foi uma reafirmação da promessa – a terra seria dele, não importando o que acontecesse. Mais uma vez, Abraão precisou entender que não seria a sua força nem a sua habilidade em driblar os problemas emergentes que cumpririam a promessa, mas somente e unicamente o que Deus havia dito. Não havia o que duvidar, não havia o que temer, a Palavra de Deus devia ser autossuficiente.

 

APELO – ANDE COM DEUS, E APRENDA A CONFIAR, NELE.

 

Esses capítulos iniciais da história de Abraão são, em si, uma apresentação de como Deus age na vida daqueles que O seguem, e de que modo Ele trabalha para readequar o coração dos Seus filhos à verdade; além disso, expõem igualmente como Seus seguidores reagem em seu relacionamento com Deus. Semelhantemente, nossa vida é cheia de altos e baixos. Às vezes, confiamos em Deus e em outras falhamos. Assim como Abraão, todos nós passamos por isso, mas precisamos aprender com as nossas falhas e com as dos outros, a fim de que percebamos que nosso autopoder em solucionar problemas apenas nos conduz à geração de novas dificuldades e à frustração dos ideais divinos para nossa vida. A palavra de Deus, por outro lado, é clara ao mostrar que o Senhor visa a algo maior e melhor, que Ele quer fazer com que o nosso ser retome a Sua imagem novamente. Mas isso não envolve a nós exclusivamente, pois por meio de nós Ele pretende alcançar muitos outros. Quando acreditamos nisso, não apenas podemos ver a mão Dele agindo sobre nós, mas também usando-nos como Seus canais para que bênçãos fluam onde quer que estivermos. Referências: SARNA, Nahum M. Gênesis The JPS Torah Commentary. Philadelphia, PA: Jewish Publication Society, 2001, p. 100.

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil

 

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