1 OBJETIVO DE DEUS PARA
A ALIANÇA – GÊNESIS 15
2 O QUE A FÉ FAZ POR MIM – GÊNESIS 15
3 O SALDO DAS MINHAS DÚVIDAS – GÊNESIS 16
4 SINAIS DE DEUS EM
MINHA VIDA – GÊNESIS 17
5 QUANDO DEUS VEM! –
GÊNESIS 17
6 O PODER DA
INTERCESSÃO – GÊNESIS 17
1
QUAL É O OBJETIVO DE DEUS AO FAZER ALIANÇA?
GÊNESIS
15:2
1 DEUS FORMALIZA SEUS PLANOS CONOSCO
Em
Gênesis 15 chegamos ao momento crucial em que Deus formalizou Sua aliança com
Abraão. A aliança abraâmica é a segunda, após a
aliança com Noé.
SEMELHANÇAS E DIFERENÇAS
A
aliança abraâmica contém os mesmos requisitos da
aliança com o patriarca do dilúvio. Como na aliança com Noé, a aliança abraâmica começa com uma cerimônia sacrifical associada à
promessa de um filho e uma pátria. A aliança é confirmada por um sinal. A
aliança abraâmica tem, no entanto, diferenças em
relação à aliança com Noé e apresenta novos elementos. Possui duas cerimônias
de sacrifício. O sinal é a circuncisão, e Abrão recebe o novo nome de Abraão.
Além
disso, a narrativa bíblica fornece duas perspectivas diferentes dessa aliança.
Enquanto na aliança com o antediluviano o foco está em Deus, e a pessoa de Noé
é subjugada, a aliança com Abraão inclui a perspectiva de Abraão, e, como
resultado, seu curso se desenvolve de uma maneira mais complicada.
-
OUTRAS ALIANÇAS CONOSCO – batismo, o chamado para uma missão especial, o
nascimento de um filho.
- Aa
Alianças que Deus faz comigo sempre tem aspectos UNIVERSAIS a todos os crentes
em todas as épocas, mas também terá traços ÚNICOS em minha experiência, pois
ela também é personalizada para mim.
2 SUA ALIANÇA CONOSCO SEMPRE É PARTE DE UM TODO. NUNCA É
EXCLUSIVISTA.
A
exemplo da aliança de Noé, a de Abraão envolvia outras
nações também, pois, em última instância, a aliança com Abraão é parte
da aliança eterna, oferecida a toda a humanidade (Gênesis 17:7; Hb 13:20).
-
Assim como Deus chamou Abraão, em seu tempo havia outras pessoas fiéis a Ele
como MELQUISEDEQUE.
- Nos
dias de Jesus, os PASTORES DE BELÉM eram fiéis a Deus na Judéia assim como os
reis magos o eram na Babilônia.
3 O QUE É A VIDA HUMANA?
Esse
período da vida de Abraão é cheio de temor e risos.
Abrão sentiu medo (Gênesis 15:1), assim como Sara (Gênesis 18:15) e Agar (Gênesis
21:17).
- OS
DISCÍPULOS – os Evangelhos mostram que nos 3 anos com Cristo eles tiveram
alegrias diante dos milagres do Mestre, mas também tristezas, decepções, medo
no Mar da Galiléia, dúvidas constantes e a pior de
todas as frustrações, verem-no pendurado na cruz!
- O chamado de Cristo não é para passarmos uma
ensolarada época de verão, mas uma experiência completa de fidelidade com Ele.
4 QUAIS SÃO AS RESPOSTAS NATURAIS A DEUS DO CORROMPIDO CORAÇÃO
HUMANO?
Abrão
riu (Gênesis 17:17); Sara (Gênesis 18:12) e Ismael também (Gênesis 21:9). Esses
capítulos ressoam sensibilidade e calor humanos. Abrão se interessou pela
salvação dos sodomitas perversos; ele cuidou de Sarai, Agar e Ló; e foi
hospitaleiro para com os três estrangeiros (Gênesis 18:6).
- Às
vezes é apresentado de que o riso vem do diabo. Pesquise na Bíblia (AT e NT)
exemplos de risos e humor. Por que o riso e o humor são compatíveis com a
religião verdadeira? Por que algumas religiões rejeitam o riso?
- A
TENSÃO DA FÉ - a fé de Abraão é composta por perguntas
e dúvidas; Abraão acredita em Deus apesar de si mesmo. Sua risada
significa ironia e espanto. Sua oração a Deus
está cheia de submissão e desafios.
5 NUNCA PERDER O FOCO: NASCI PARA SER BENÇÃO E EXEMPLO AO MUNDO
TODO!
É
nesse contexto que Abrão, cujo nome indica nobreza e respeitabilidade, teve seu
nome alterado para Abraão, que significa “pai de muitas nações” (Gênesis 17:5).
Assim, vemos mais indícios da natureza universal do que Deus planejava fazer
por meio de Sua aliança com Abraão.
- AS LEIS DA HOSPITALIDADE. O
cuidado de Abraão para com seus convidados estrangeiros contrasta com a
insensibilidade e ameaças dos sodomitas para com os estrangeiros.
- A
INTERCESSÃO. Então Abraão rogou pelos ímpios da cidade de Sodoma, esperando que
houvesse justos o suficiente para evitar a destruição.
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
2
O QUE A FÉ FAZ POR MIM
GÊNESIS
15; ROMANOS 4:3, 4, 9, 22
Como
Abraão revelou o que significa viver pela fé?
Qual é
o significado do sacrifício que Deus pediu que Abrão fizesse?
1 OS PLANOS DE DEUS SE REALIZAM, ATRAVÉS DE MIM
A
primeira resposta de Deus à preocupação de Abrão sobre um herdeiro (Gênesis
15:1-3) foi que ele teria um filho e este seria “gerado
por [Abrão]” (Gênesis 15:4). A mesma linguagem foi usada pelo profeta
Natã para se referir à semente do futuro rei messiânico (2Sm 7:12).
2 FÉ É CRER NO QUE ELE FAZ, NUNCA NO QUE EU FAÇO
Abrão
foi tranquilizado e “creu no Senhor” (Gênesis 15:6), porque compreendeu que o
cumprimento da promessa divina não dependia da sua própria justiça, mas da
justiça de Deus (Gênesis 15:6; compare com Rm 4:5,
6). Essa noção é extraordinária, em especial naquela cultura. Na religião dos
antigos egípcios, por exemplo, o juízo se dava com base na contagem das obras
humanas de justiça em comparação à justiça da deusa Maat,
que representava a justiça divina. Em suma, a pessoa
devia ganhar a “salvação”.
- Como
podemos treinar as pessoas para ter fé?
- Por
que a fé bíblica se ocupa, essencialmente, do futuro?
- Como
você aconselharia alguém que acabou de perder um ente querido a ter fé?
- Como
pode relacionar a fé pessoal com a esperança?
3 AS CERIMÔNIAS ESPIRITUAIS SÃO MUITO IMPORTANTES: ENSINAM E
RATIFICAM AS REVELAÇÕES DIVINAS PARA NÓS
Então,
Deus preparou uma cerimônia de sacrifício para Abrão realizar. Basicamente, o
sacrifício apontava para a morte de Cristo pelos nossos pecados. Somos salvos
pela graça, o dom da justiça de Deus, simbolizado por esses sacrifícios.
Contudo, essa cerimônia em particular transmitiria mensagens específicas a
Abrão.
4 MARAVILHOSA PROMESSA: DEUS CUIDARÁ DOS SEUS DESCENDENTES QUANDO
VOCÊ NÃO ESTIVER MAIS AQUI!
As
aves de rapina sobre os cadáveres dos animais sacrificais (Gênesis 15:9-11)
significavam que os descendentes de Abrão seriam escravos por “quatrocentos
anos” (Gênesis 15:13), ou quatro gerações. Na quarta geração, seus descendentes
voltariam para lá (Gênesis 15:16).
5 DEUS ASSUME COMPROMISSOS
A
última cena da cerimônia de sacrifício foi dramática: “um fogareiro fumegante e
uma tocha de fogo passaram entre aqueles pedaços” (Gênesis 15:17). Esse
acontecimento extraordinário significou o compromisso de Deus em cumprir Sua
promessa de aliança de dar terras aos descendentes de Abraão (Gênesis 15:18).
6 TODAS AS PROMESSAS DE DEUS APONTAM PARA A NOVA TERRA, ONDE DEUS
FINALMENTE CUMPRIRÁ PLENAMENTE TUDO O QUE NOS PROMETEU
Os
limites da terra prometida, “desde o rio do Egito até o grande rio Eufrates” (Gênesis
15:18), nos lembram dos limites do jardim do Éden (Gênesis 2:13, 14).
Portanto, essa profecia tinha mais em vista do que o êxodo e uma pátria para
Israel. No horizonte distante dessa profecia, nos descendentes de Abraão
tomando o país de Canaã se vislumbrava a salvação do povo de Deus, que, no tempo
do fim, retornará ao Éden.
Como
manter o foco e a esperança em Cristo? Podemos depender das nossas obras?
APELO
– TEMER O FUTURO É HUMANO. CONFIE QUE DEUS JÁ PREPAROU PARA VOCÊ UM CAMINHO
EXCELENTE.
A fé
de Abrão iniciou-se com temor e continuou com dúvidas e perguntas. O que ele mais temia era o desconhecido, seu futuro, algo que
não podia controlar. Por isso, Abrão confiava no presente e fez de seu servo Eliézer seu herdeiro (Gênesis 15:2). E, quando Deus falou
com Abrão, usou uma série de expressões que apontavam para o futuro.
A
frase “não tenha medo” é com frequência
associada à promessa de descendentes. A mesma promessa para o futuro também
está contida na palavra magen, “escudo” (Gênesis
15:1), que ecoa o verbo magan, “entregar” (Gênesis
14:20), usado em conexão com sua vitória passada. Assim, vemos que o Deus que salvou Abrão no passado é o mesmo Deus que o
salvaria posteriormente.
Considerar
Deus como seu futuro inspirou em Abrão a fé no futuro: “Abrão creu”. O verbo
hebraico he’emin, “creu”, descreve mais do que um
processo sentimental ou intelectual ou a mera referência a um credo. Em
hebraico, “crer” é relacional, conforme
implícito na raiz ‘aman, “firme”, “confiável”. Ao confiar
em Deus, Abrão “creu” que teria descendentes.
É essa
fé que Deus lhe “atribuiu” como “justiça”. Em outras palavras, o Pai
“considerou” essa fé como tendo o mesmo valor de justiça.
Essa
visão tem sentido no contexto das antigas crenças egípcias. No antigo Egito, o
peso da justiça humana era avaliado com base na contagem das obras humanas em
relação ao peso de Maat, a justiça divina; no caso de
Abrão, era avaliada com base nas obras divinas em favor
dele. O que tornou Abrão justo não foi a soma de suas
obras, mas sua fé nas obras de Deus por ele (Romanos 4:2-4)
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1986-078 - AS ESTRELAS
Talvez muitas noites você tenha saído e
olhado para o céu estrelado e dito: "Extraordinário! Quantas estrelas! Não
posso nem mesmo começar a contá-las." Deus ordenou a Abrão que olhasse
para cima e tentasse contar as estrelas. É humanamente impossível!
Os astrônomos têm feito muitos estudos do
firmamento e pelo uso de fórmulas matemáticas tentam aproximar-se de aIgum tipo de contagem, mas quem
sabe quão exatas são e as. Os astrônomos nos afirmam que a mais e um octilhão a quadragésima oitava potência de dez de estrelas
em nosso sistema galáctico. Pode você compreender este número? Eu não posso. Na
realidade, é o número "um" seguido de 27 zeros. Ainda não pode compreendê-Io? Nem eu! James Snelling,
meu amigo naturalista de Battle Creek, Michigan, diz
que se o céu começasse a chover ervilhas verdes e os Ia os rios e oceanos se
congelassem e sorte que as ervilhas se amontoassem, seriam necessários 250.000
planetas do tamanho da Terra, todos cobertos de ervilhas verdes mais de 1 metro
e 20 centímetros e profundidade para se ter um octilhão
de ervilhas. Isto é muita ervilha verde! Mas este é o número de estrelas
existentes: E difícil a nossa mente' compreender a grandeza de Deus e do
Universo que Ele criou.
Há um Deus que criou todos os céus e a Terra.
"Conta o número de estrelas, chamando-os por seus nomes" diz o
salmista Salmo 147.4. Não compreenderemos tudo a respeito dos céus enquanto
estivermos neste mundo, mas poderemos passar a eternidade aprendendo deles
diretamente do nosso Criador.
Quero ter esta oportunidade, e você? Oremos
hoje para que Deus nos ajude em nosso caminho para o Céu, confiando e crendo nEle como o Criador. Vemos evidências da Criação de Deus
por todos os lados ao nosso redor. Confie em Sua Palavra, as Santas Escrituras.
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
3
O SALDO DAS MINHAS DÚVIDAS
GÊNESIS
16:1-16
Qual é
o significado da decisão de Abrão de se envolver com Agar, apesar da promessa
de Deus a ele? Como as duas mulheres representam duas atitudes de fé (Gálatas 4:21-31)?
1 O QUE MINHAS DÚVIDAS PODEM FAZER POR MIM?
Quando
Abrão duvidou (Gênesis 15:2), Deus assegurou que
ele teria um filho. Dez anos depois, Abrão ainda não tinha descendente. O
patriarca parecia ter perdido a fé: não mais acreditava que fosse possível ter
um filho com Sarai, que, sem esperança, o incentivou a
recorrer a uma prática da época no antigo Oriente Próximo: arranjar uma substituta.
Abraão
ri com o Senhor - a reação imediata de Abraão ao anúncio divino foi prostrar-se
em silêncio e temor (Gênesis 17:17). Essa foi a segunda vez em que ele se
prostrou em silêncio (compare com Gênesis 17:3). Dessa vez, porém, o ato de
prostrar-se estava associado ao riso, o primeiro riso registrado na Bíblia. Não
está claro se esse riso indicava ceticismo ou espanto. O fato de que tenha
ocorrido no contexto de seu ato de adoração sugere que indicava
espanto. No entanto, assim que Abraão falou, o
ceticismo prevaleceu.
- NA
UNIVERSIDADE MODERNA o que tem mais valor são as minhas dúvidas.
- Já
na IGREJA DE CRISTO o que tem mais valor são as certezas na revelação divina.
-
ZACARIAS – por sua incredulidade, ficou mudo por meses.
2 MEUS ATALHOS SÓ ME LEVAM A PRECIPÍCIOS
Agar,
serva de Sarai, foi nomeada para essa função. Funcionou. A estratégia pareceu
mais eficiente do que a fé nas promessas divinas. A passagem que descreve a
relação de Sarai com Abrão relembra a história de Adão e Eva no jardim do Éden.
Os dois textos compartilham uma série de temas comuns (Sarai, como Eva, foi
ativa; Abrão, como Adão, foi passivo), como também verbos e frases (“ouvir a voz”, “receber” e “dar”). Esse paralelo entre as
duas histórias implica na desaprovação divina quanto a esse curso de ação.
- JOSÉ
– rejeitou todos os atalhos que a vida poderia lhe oferecer para livrar-se da
sorte de escravo. Por ser obediente, Deus tomou atalhos por ele. De prisioneiro
foi a chefe da nação em apenas um único dia. Os ATALHOS DE DEUS são os únicos
que nos trazem verdadeiro benefício.
3 QUAL A DIFERENÇA ENTRE “AGIR POR OBRAS” E “AGIR POR FÉ”?
Paulo
se referiu a essa história para mostrar seu ponto de vista sobre obras versus graça (Gl
4:23-26). Em ambos os relatos, o resultado foi o mesmo: a recompensa imediata da atitude humana alheia à vontade de Deus levou a
problemas posteriores. Observe que Deus esteve ausente durante toda a
ação. Sarai falou sobre o Senhor, mas nunca falou com Ele; nem Deus falou com
nenhum deles. Essa ausência divina é marcante, especialmente depois da intensa
presença divina no capítulo anterior.
4 QUANDO ERRAMOS DEUS SEMPRE VEM ATRÁS, NOS OFERECENDO ESPERANÇA E
PERDÃO
Deus apareceu a Agar, mas somente depois que ela
saiu da casa de Abrão. Essa aparição inesperada revela a presença do Senhor,
apesar do esforço humano para agir sem Ele. A referência ao “Anjo do Senhor” (Gênesis
16:7) é um título frequentemente identificado com o Senhor, YHWH (Gênesis 18:1,
13, 22). Dessa vez foi Deus quem tomou a iniciativa e
anunciou a Agar que ela daria à luz um filho, Ismael, cujo nome
significava “Deus ouve” (Gênesis 16:11). Ironicamente, a história, que termina
com a ideia de ouvir (shama’), ecoa o ato de ouvir no
início da narrativa, quando Abrão “ouviu” (shama’) a
voz de Sarai (Gênesis 16:2, ARC).
- DEUS
FOI ATRÁS – de Adão e Eva no Éden, de Caim, de Agar, de Moisés no deserto, de
Elias em Horebe, de Pedro junto ao Mar da Galiléia.
Por
que é tão fácil cometer o mesmo tipo de erro que Abrão cometeu nesse caso?
APELO – CREIA E OBEDEÇA AO SENHOR. EM VEZ DE RIR DO QUE ELE FALA,
CREIA. ASSIM VOCÊ IRÁ RIR COM ELE.
Ele
propôs uma solução razoável referindo-se a Ismael. Essa recomendação cética de
sua parte exigiu que Deus fosse específico. A promessa divina não dizia
respeito a Ismael. Deus respondeu às perguntas de
Abraão de forma explícita, com o nome de Isaque (Gênesis 17:19).
Ironicamente, Isaque significa “ele ri”, ecoando o riso de Abraão. Mas, dessa
vez, foi Deus quem riu, pois o nome Isaque contém o nome de Deus, como sugerem
os estudos linguísticos semíticos e bíblicos sobre nomes. Em paralelo ao nome
Ismael, “Deus ouviu”, o nome de Isaque também deve ter levado, ao menos
implicitamente, o nome de Deus: “[Deus] riu”. O riso do Senhor relembrava o
riso de Abraão.
Mais
tarde, Sara também haveria de rir. O contexto do riso de Sara aumenta o espanto
implícito nas situações anteriores. Sara, que estava escondida no interior da
tenda, ouviu sobre a inacreditável notícia do nascimento e depois riu disso.
Então algo estranho aconteceu. Embora tivesse rido “em seu íntimo” (Gênesis
18:12), o visitante conheceu seus pensamentos (Gênesis 18:10). Essa capacidade
excepcional indicou a Abraão e a Sara que estavam na presença do Senhor, o que
garantiu a maravilha do nascimento milagroso. Ao
primeiro riso de Abraão, de dúvida e temor, Deus respondeu com um riso de
ironia e promessa.
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
INSPIRAÇÕ JUVENIL 1977-219 - FLORESCENDO ATRAVÉS DO GELO
Para Deus não haverá impossíveis. Lucas 1:37.
Você se atreveria a plantar um canteiro de
flores no alto de uma montanha, batido de ventos enregelantes, debaixo de uma
grossa laje de gelo? Deus faz justamente isso, pois para Ele não há
impossíveis.
Um dia de verão, escalando as íngremes
encostas do Passe de Corona, nas montanhas do Colorado, chegamos a um campo de
gelo. Interessante que na superfície se mostravam muitas manchas amarelas.
Curioso: andávamos sobre a crista do gelo, entre as mais bizarras flores! Inclinando-nos,
examinamos uma flor que perfurara a camada de gelo, vindo à superfície.
Sem dúvida essa flor do Colorado é semelhante
à pequenina soldanela, que cresce nos Alpes suíços.
Abraçando o solo naquela grande altitude, espalha as folhas agarradas ao chão,
absorvendo quanto possa de umidade no decorrer do breve verão, para resistir ao
longo e frio inverno. Afinal, em chegando a primavera, debaixo da grossa capa
de neve irrompe a vida e a planta rebenta. Gera-se calor suficiente para
descongelar uma porçãozinha de água na neve que lhe fica ao pé.
Cresce cada vez mais alto, à beira do campo
de gelo. Acima dela surge uma bolha de ar, até que dentro dela, se forma o
botão. Por fim cede a crosta de gelo que cobria a bolha de ar. A brava
florzinha consegue, afinal, desabrochar ao sol. As pálidas pétalas
púrpuro-azuladas parecem ter uma textura cristalina, semelhante à neve.
Rebrilhando ao sol, a delicada flor mostra algo das lutas que teve que travar
para florir. Com o auxílio de Deus ela fez o impossível: germinou, cresceu e
desabrochou sob a coberta da neve. Afinal, sem um arranhão, rompeu através da
crosta de gelo.
Deus ama aos jovens possuídos de tão grande
amor a Ele que, têm o coração ardendo de uma paixão de realizar o impossível.
Unicamente uma firme confiança em Deus e íntima comunhão com Ele os pode
habilitar a alcançar pela fé os Infinitos recursos de Deus. Sob a guia divina,
também você pode lançar-se a fazer o impossível. Com Deus, coisa alguma é
impossível, mesmo você não enxergando um meio. O que Ele prometeu, é
inteiramente capaz de realizar por seu intermédio, querido jovem.
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
4
QUAL O SIGNIFICADO DE UM SINAL DE DEUS EM MINHA VIDA?
GÊNESIS
17:1-19 ROMANOS 4:11.
Qual é
o significado espiritual e profético do rito da circuncisão?
1 MINHA DESOBEDIÊNCIA SEMPRE TEM CONSEQUÊNCIAS
A
falta de fé de Abrão, como visto na história anterior (Gênesis 16), quebrou o fluxo da jornada espiritual do patriarca com
Deus. Nesse tempo, o Senhor ficou em silêncio.
- SAUL
– sua constante desobediência levou ao silêncio profético de Deus.
-
ISRAEL – por sua milenar desobediência, Deus não falou por 400 anos, de Malaquias
a João Batista.
2 DEUS RENOVA SUA ALIANÇA CONOSCO POR MEIO DE SINAIS E COMPROMISSOS
PÚBLICOS
Pela
primeira vez então, Deus falou novamente com Abrão. Ele Se reconectou a Abrão e
o trouxe de volta ao ponto em que fez uma aliança com ele (Gênesis 15:18). Deus lhe deu o sinal dessa aliança. O significado da
circuncisão tem sido discutido há muito tempo pelos estudiosos. Visto que o
rito da circuncisão envolvia o derramamento de sangue (ver Êxodo 4:25), poderia
ser entendido no contexto do sacrifício, indicando que a justiça foi imputada a
ele (compare com Romanos 4:11).
- CERIMÔNIAS
ESPIRITUAIS – o Batismo, a Santa Ceia, os cultos regulares são demonstrações
claras das eternas intenções de Deus em nos salvar. Por isto Ele espera que
participemos delas com espírito de renúncia e quebrantamento, assumindo os
compromissos que Ele nos propõe.
3 SUAS ALIANÇAS CONOSCO SEMPRE FAZEM PARTE DE UM TODO: A SALVAÇÃO DO
MUNDO INTEIRO
Também
chama a atenção o fato de que essa aliança, representada pela circuncisão, seja
descrita em termos que apontam para a primeira profecia
messiânica (compare Gênesis 17:7 com Gênesis 3:15). O paralelo entre os
dois textos sugere que a promessa de Deus a Abrão diz respeito a mais do que
apenas o nascimento físico de um povo; contém a promessa espiritual de salvação
para todos os povos da Terra. E a promessa da “aliança eterna” (Gênesis 17:7)
refere-se à obra da semente messiânica, o sacrifício de Cristo que garante a
vida eterna a todos os que a reivindicam mediante a fé e tudo o que a fé
envolve (compare com Romanos 6:23; Tito 1:2).
- OS
DISCÍPULOS – chamados não para fazerem parte de um grupo seleto e exclusivista,
mas para irem pregar ao mundo todo, para que todo o
que nEle cresse pudesse ser salvo por Ele.
4 MINHA GENUÍNA CONVERSÃO APONTA PARA O CUMPRIMENTO DAS PROMESSAS DE
DEUS NO FUTURO
Curiosamente,
essa promessa de um futuro eterno se relaciona à mudança do nome de Abrão e
Sarai, os quais se referiam apenas ao seu status de então: Abrão significa “pai
exaltado”, e Sarai significa “minha princesa” (a
princesa de Abrão). A mudança de seus nomes para
“Abraão” e “Sara”, respectivamente, referia-se ao futuro: Abraão
significa “pai de muitas nações” e Sara significa “a princesa” (de todos).
Paralelamente, mas não sem ironia, o nome de Isaque (“ele rirá”) é uma
lembrança da atitude de Abraão (a primeira risada registrada nas Escrituras, Gênesis
17:17); uma risada de ceticismo ou, talvez, de admiração. Embora acreditasse no
que o Senhor claramente havia prometido a ele, Abraão ainda lutava para ter fé
e confiança.
Como
continuar acreditando em algo, mesmo quando, às vezes, lutamos contra essa
crença, como fez Abraão? Por que é importante não desistir, apesar dos momentos
de dúvida?
APELO
Deus
tem SINAIS claros em nós que evidenciam nossa salvação nEle,
e testemunham ao mundo tal oportunidade dada a todos. A guarda do sábado, o
estilo de vida saudável, a observância dos 10 mandamentos de Sua eterna Lei, os
ritos da Igreja, o casamento, a pregação do Evangelho com poder.
Vivamos
então o Evangelho em sua essência e profundidade!
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
5
QUANDO DEUS VEM!
GÊNESIS
17-18
1 A FÉ EM CRISTO DEVE ENVOLVER A TODOS DE MINHA CASA
A
última cena da circuncisão envolveu todos: não
apenas Ismael, mas todos os homens da casa de Abraão foram circuncidados (Gênesis
17:23- 27). A palavra kol (“todos”) é repetida quatro
vezes (Gênesis 17:23, 27). Foi nesse contexto inclusivo que Deus apareceu a
Abraão para confirmar a promessa de um filho, “Isaque”.
- NOÉ
– não tinha filhos quando Deus o chamou para construir a arca, mas quando os
teve ele os envolveu tanto nessa missão que eles e suas esposas foram os únicos
do mundo de então que entraram com ele na arca.
2 QUE LIÇÕES DE HOSPITALIDADE APRENDEMOS COM ABRAÃO? COMO VOCÊ
EXPLICA A REAÇÃO DIVINA A ESSA HOSPITALIDADE? Gênesis 18:1-15; Romanos
9:9
Não
está claro se Abraão sabia quem eram os estrangeiros (Hb
13:2), embora agisse para com eles como se o próprio Deus estivesse ali. Ele
estava sentado “à entrada da tenda, no maior calor do dia” (Gênesis 18:1), e,
como visitantes são raros no deserto, provavelmente ele desejasse encontrá-los.
Abraão correu em direção aos homens (Gênesis 18:2), embora tivesse 99 anos. Ele
chamou uma dessas pessoas de Adonai, “Senhor meu” (Gênesis 18:3), título
frequentemente usado para Deus (Gênesis 20:4; Êxodo 15:17). Ele se apressou no
preparo da refeição, esteve ao lado deles, atento às suas necessidades e pronto
para servi-los (Gênesis 18:6-8).
ABRAÃO
COZINHA PARA O SENHOR - pela primeira vez, Abraão recebia convidados celestiais
sem saber. Suas atitudes seriam lembradas como um modelo de hospitalidade
(compare com Hb 13:2). Em vez de se envolver de
imediato com a promessa da aliança, motivo de Sua visita, Deus entrou na esfera
humana. Ele foi visto, conhecido e alimentado por Abraão. Era a hora da sesta.
Abraão estava sentado diante da tenda, como se estivesse esperando, aguardando
que alguém chegasse. No deserto, passavam poucas pessoas. Por isso, quando
avistou alguém de longe, ele correu, o que é extraordinário, considerando sua
idade avançada (ele tinha 99 anos) e o fato de que havia sido circuncidado
havia pouco tempo (Gênesis 17:24). Assim que se encontrou com os convidados,
ocupou-se em atendê-los e preparou-lhes uma refeição. Depois de oferecer água
para lavar os pés deles (Gênesis 18:4), Abraão selecionou o melhor alimento
para a refeição (Gênesis 18:6, 7) e envolveu toda a sua família nesse trabalho.
Sara preparou o pão (Gênesis 18:6), e o jovem, provavelmente Ismael, preparou o
bezerro (Gênesis 18:8). No entanto, Abraão humildemente qualificou a refeição
como “um pouco de comida” (Gênesis 18:5). Obviamente, sua atenção e seu zelo
para com os três visitantes resultavam de sua intuição de que eles fossem de
uma classe especial. O fato de que ele se dirigiu a um deles como Adonai,
“Senhor meu” (Gênesis 18:2, 3), sugere essa percepção. O oferecimento de
alimento e água ao Visitante não exclui necessariamente o reconhecimento da
identidade divina. A expressão “humana” dos visitantes, que se puseram de pé (Gênesis
18:2), comeram (Gênesis 18:8) e conversaram (Gênesis 18:9), fazia parte da
estratégia divina da encarnação do Senhor, que desceu até os humanos. Abraão
ficou ao lado deles (Gênesis 18:8), atento às suas necessidades e pronto para
servi-los
-
Pessoas que foram HOSPITALEIRAS e receberam bençãos por isto – Abraão e Ló ao
hospedarem aparentes viajantes, Rebeca ao tirar água para alimentar os camelos
de Eliézer, a viúva de Sarepta
ao receber Elias, a mulher rica de Suném ao acolher
Eliseu em sua casa, a sogra de Pedro que hospedava Jesus, Lázaro que sempre
hospedava Jesus em sua casa, Zaqueu, Simão o leproso...
3 A HOSPITALIDADE É UM DEVER RELIGIOSO, COMO DEVERIA SER UM CLARO
TRAÇO DE CARÁTER ENTRE OS FIÉIS SEGUIDORES DE CRISTO.
O
comportamento de Abraão para com visitantes celestiais se tornaria um modelo
inspirador de hospitalidade (Hebreus 13:2). A atitude reverente de Abraão
transmite uma filosofia de hospitalidade.
Mostrar respeito e atenção para com estranhos não é apenas um belo gesto de
cortesia. A Bíblia enfatiza que é um dever religioso, como se dirigido ao
próprio Deus (Mt 25:35-40). Ironicamente, Deus Se
identifica mais com o estrangeiro faminto e necessitado do que com o generoso
que o recebe.
- Como
o zelo do patriarca em preparar um bom alimento inspira missão e adoração?
-
Encontre na Bíblia (AT e NT) momentos em que o alimento e as refeições
desempenharam papel crucial nos ritos cerimoniais de uma aliança com Deus. Por
que o alimento é tão importante na Bíblia?
- Por
que o ascetismo (abstenção de prazeres carnais e do conforto material, de quem
busca alcançar a perfeição moral e espiritual) é incompatível com os valores
bíblicos?
4 GRAÇA E AMOR DIVINOS – FICAM EVIDENTES NAS VISITAS QUE DEUS FAZ
AOS SEUS SERVOS
Por
outro lado, a intrusão divina na esfera humana denota
graça e amor para com a humanidade. Essa aparição de Deus antecipava
Cristo, que deixou o lar celestial e Se tornou Servo humano para alcançar a
humanidade (Fp 2:7, 8).
5 O QUE CONFIRMA AS GRANDIOSAS PROMESSAS DE DEUS PARA NÓS?
A presença de Deus confirmou a promessa. Ele viu Sara,
que se escondeu “atrás de Abraão”, e conhecia seus pensamentos (Gênesis 18:10,
12).
6 NOSSO CETICISMO SÓ SERVE COMO PONTO DE PARTIDA PARA DEUS NOS
SALVAR
Ele
sabia que ela tinha rido, e “riu” foi Sua última palavra. O ceticismo de Sara
se tornou o ponto em que Ele cumpriria Sua palavra. “Deus Se identifica mais
com o estrangeiro faminto e necessitado do que com aquele que o recebe”. Por
que é tão importante nos lembrarmos disso?
APELO
Deus
sempre vem até nós. Ele veio no Éden atrás de Adão e Eva quando pecaram, como
veio a Caim, aos desobedientes da Torre de Babel, aos pervertidos de Sodoma, ao
enganador Jacó por meio do sonho da escada.
Sejamos
receptivos como Samuel: “Fala Senhor, porque teu servo ouve!”
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
INSPIRAÇÃO JUVENIL 2004-109 - GAIOS PRESTATIVOS
É, pois, nosso dever receber com
hospitalidade irmãos como esses, para que nos tornemos cooperadores em favor da
verdade. 3 João 8.
O povo de Deus na Terra forma uma grande
família, e continuaremos a nos achegar mais uns aos outros conforme a
proximidade de Sua vinda. Então, no Céu, a família estará completa, e
apreciaremos todas as alegrias de sermos membros da família de Deus para toda a
eternidade.
Na Terra existem criaturas que merecem nossa
consideração por sua cooperação familiar. Como exemplo temos o que nos é
mostrado pelos gaios, passarinhos atrevidos, contudo dedicados cooperadores em
família.
Os gaios mexicanos, por exemplo, mantêm um
bando familiar de oito a vinte indivíduos. Ao passo que com os demais
passarinhos o macho e a fêmea estabelecem um território, com os gaios mexicanos
o bando inteiro defende o seu. No território existem apenas um ou dois ninhos,
e todo o grupo participa dos deveres domésticos. Num bando de catorze gaios,
havia dois ninhos. Todos do grupo alimentavam os filhotes de um ninho, e onze dos catorze alimentavam os do outro ninho. Cerca de 25% da
alimentação era fortalecida pelos verdadeiros pais; o restante ficava por conta
dos parentes.
Então, quando os filhotes deixavam o ninho, o
grupo continuava cuidando deles, dispensando partes iguais em seu treino e
alimentação. Os gaios estabelecem áreas de creches onde colocam os filhotes
cercados todo o tempo por sentinelas que os guardam, enquanto o restante do
bando sai para providenciar-lhes comida. Ao retomarem, coletores de alimento
tomam o lugar das sentinelas enquanto estas saem à procura de alimento.
Se nós, como cristãos, compartilharmos as
responsabilidades sobre todos os filhos do Senhor como fazem os gaios, teremos
uma igreja mais segura e alicerçada para a alegria do povo de Deus. O inimigo
dos jovens cristãos não teria condição de enfrentá-los.
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
6
O PODER DA INTERCESSÃO
GÊNESIS
18:16–19:29
Como o
ministério profético de Abraão afetou sua responsabilidade para com Ló?
1 SOMOS CHAMADOS PARA PREGAR, MAS TAMBÉM PARA INTERCEDER PELOS
PECADORES
Deus
acabava de reafirmar a Abraão a promessa de um filho. No entanto, em vez de aproveitar as boas-novas, ele falou com Deus sobre
o destino de Ló em Sodoma. Abraão não foi apenas um profeta a quem Deus
revelou Sua vontade; ele também foi um profeta que intercedeu pelos ímpios. A
frase hebraica “na presença do Senhor” (Gênesis 18:22) é uma expressão
idiomática que tinha o significado de orar.
Abraão
desafiou a Deus e barganhou com Ele para salvar Sodoma, onde residia Ló. Indo
de 50 para 10, Deus teria salvado o povo se apenas 10 pessoas fossem justas.
O
verbo “permanecer”, usado apenas para descrever
Abraão servindo seus convidados (Gênesis 18:8), reaparece para caracterizar sua
atitude para com Deus (Gênesis 18:22). A preposição “diante”,
que acompanha o verbo “permanecer”, é normalmente usada para descrever reverência perante Deus e um momento de oração a Ele (Dt 10:8; 1Rs 17:1; Zc 3:1). Esse
exemplo mostra a primeira vez na Bíblia que alguém orou
em favor de outra pessoa. Até Noé permaneceu em silêncio em
circunstâncias semelhantes (Gênesis 6:13-22).
O
verbo hebraico wayyigash, “aproximar-se”, sugere a
hesitação de Abraão e sua lenta aproximação de Deus (Gênesis 18:22, 23). Abraão foi ousado, mas permaneceu respeitosamente à
distância. Com muito tato, dirigiu-se a Deus com um total de sete
perguntas. Abraão envolveu o Senhor em uma sessão de
súplica insistente, passando de 50 para dez.
Com
base em Amós 5:3, sugeriu-se que 50 significam meia
cidade pequena, que contém um mínimo de 100 homens (compare com Jz 20:10). Abraão começou seu desafio assumindo um número
igual de justos e iníquos na cidade. Quando chegou ao número dez (Gênesis
18:32) entendeu que havia atingido o limite e, portanto, decidiu que não iria
além desse número.
O número dez simboliza a ideia de mínimo. Significativamente,
dez é representado por yod, a menor letra do alfabeto
hebraico (veja Mt 5:18). Mais tarde, o número dez se
tornaria no judaísmo o mínimo exigido para a comunidade de adoração (minyan). Que esse mínimo de dez justos seria suficiente
para salvar a comunidade coletiva é um conceito que prefigura o ministério do
Servo sofredor, que “justificará a muitos” (Is
53:11). Depois de haver dado seis respostas, Deus encerrou abruptamente sua
conversa com Abraão.
Embora
tenha consentido em consultar os humanos, permaneceu
soberano em Seu julgamento.
-
EXEMPLOS DE INTERCESSÃO: Arão intercedeu pelo desobediente povo de Israel
diante de uma praga que o Senhor lhes enviara, a Igreja Apostólica intercedeu
por Pedro que estava na prisão, Jesus intercedeu várias vezes pelos Seus
discípulos.
2 POR QUE DEUS ESTAVA CERTO EM DECIDIR DESTRUIR A CIDADE DE SODOMA?
Ao
lermos a história do que aconteceu quando os dois anjos
foram a Ló para avisá-lo do que estava por vir (Gênesis 19:1-10),
percebemos o quanto o povo havia se tornado doente e mau. Sodoma era um lugar
perverso, assim como muitas das nações ao seu redor, motivo pelo qual, por fim,
foram expulsos da terra (ver Gênesis 15:16).
-
EXEMPLOS DE DEUS CASTIGANDO PECADORES IMPERTINENTES – o dilúvio, as 10 pragas
sobre o Egito, a destruição dos amalequitas por Saul,
a morte fulminante de Ananias e Safira.
3 O POVO NÃO PERCEBEU – O PECADO CEGAS AS PESSOAS PARA QUE NÃO
PERCEBAM O PERIGO DE SUA IMINENTE DESTRUIÇÃO.
“E
agora a última noite de Sodoma estava se aproximando. As nuvens da vingança já
lançavam sombras sobre a cidade condenada. No entanto, o povo não percebeu.
Enquanto anjos se aproximavam em sua missão de destruição, as pessoas sonhavam
com prosperidade e prazer. O último dia foi como todos os outros, tendo chegado
e logo ido embora. A tarde caía sobre cenas de encanto e segurança. Uma
paisagem de beleza incomparável era banhada pelos raios do Sol poente. O
frescor da tarde havia atraído para fora de casa os habitantes da cidade, e as multidões em busca de divertimentos passavam de um lado
para outro, preocupadas com os prazeres daquele momento” (Ellen G.
White, Patriarcas e Profetas, p. 125 [157, 158]). No fim, Deus salvou apenas Ló
e suas filhas, quase a metade do mínimo de 10. Os genros, que não levaram a
sério o aviso de Ló, ficaram na cidade (Gênesis 19:14, 15).
-
Exemplo de POMPÉIA – centenas morreram porque não perceberam o veneno no ar, o
gás que o Vesúvio soltou amorteceu suas percepções, morrendo asfixiados sem
sequer se darem conta disso.
-
JESUS PREVIU – “Assim será nos dias que antecederão a vinda do Filho do Homem!”
4 ESPERANÇA NO CAOS
Aquele
lindo país foi destruído. O verbo hafakh, “destruir”,
aparece várias vezes (Gênesis 19:21, 25, 29) e caracteriza a destruição de
Sodoma (Dt 29:23; Am 4:11). A ideia é que o país foi “revertido”. Assim como o dilúvio “reverteu” a criação original (Gênesis 6:7),
a destruição de Sodoma foi uma “reversão” do jardim do
Éden (Gênesis 13:10). Na destruição de Sodoma há um prenúncio da
destruição que ocorrerá no tempo do fim (Jd 7).
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-293 - A PERNA DOENTE
DE DAVI
"E a oração da fé salvará o
enfermo." S. Tiago 5:15.
"Temos de amputar a perna de Davi",
disse o médico, "ela está realmente em mau estado." O pequeno Davi
jazia em seu leito em Abilene, nos EUA, e ouviu a conversa. Estava febril e
meio em delírio como resultado da grave infecção causada por um ferimento com
uma lata enferrujada. Davi sentiu-se horrorizado ao pensar em perder a perna. Como
poderia ele voltar a correr pelo prado, pelos campos, sem sua perna? Sem sua
perna ele não poderia fazer as proezas favoritas dos meninos de sua vizinhança,
como estava acostumado. Não poderia jogar futebol ou fazer outras tantas coisas
que os meninos de sua idade fazem e gostam de fazer. Chamando seu irmão mais
velho, Edgar, ele disse: "Prometa-me que não deixará que ninguém corte
minha perna. Eu prefiro morrer a ficar aleijado." Nas três noites
seguintes Edgar dormiu junto à soleira da porta do quarto de Davi. Ele queria
estar certo de que ninguém iria cortar a perna do irmão! Entrementes, como é
natural, toda a família estava orando em favor de Davi. Podemos imaginar o pai
e a mãe, juntamente com os outros cinco filhos, reunidos na sala de estar para
o culto da família. O pai lê um trecho da Bíblia e todos se ajoelham em oração
pedindo pela vida do outro filho. "Amado Senhor, ajuda-nos para que a
perna de Davi seja poupada. Não queremos que seja amputada. Por favor, cura a
infecção e alivia a febre. Faze-o sentir-se bem novamente se assim for a Tua
vontade." Deus ouviu a oração, e Dwight David Eisenhower logo estava
correndo pelos campos com seus amiguinhos outra vez. O pequeno Davi, cujo
nascimento ocorreu no dia de hoje, tornou-se um grande general e veio a ser
mais tarde presidente dos Estados Unidos. A vida de muitas pessoas tem sido
salva pela oração depois de os médicos terem declarado o caso sem esperança.
Jesus é o Grande Médico. Não devemos hesitar em ir a Ele em oração. Ele sempre
nos ouvirá e fará o que for melhor.
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
7
O VALOR DE UM ÚNICO JUSTO NO MEIO DA SOCIEDADE
Leia
Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 315-319 [370-373] (“A aliança da
graça”).
1 O VALOR DA INTERCESSÃO PELOS PECADORES
O
apelo de Abraão em favor de Sodoma (Gênesis 18:22-33) deve nos encorajar a orar pelos ímpios que estão em uma condição desesperadora de
pecado.
- Por
que a ousadia de Abraão e o desafio à vontade divina foram um ato de fé?
- Como
você aplicaria esse exemplo à sua experiência de oração?
-
Encontre casos na Bíblia e na história em que uma pessoa religiosa suplicou de
forma insistente e fez um acordo com Deus.
- Faça o CONTRASTE ENTRE A TITUDE DE JONAS diante
de Nínive e a ATITUDE DE ABRAÃO diante de Sodoma.
2 O VALOR DE UM REMANESCENTE FIEL
Além
disso, a resposta atenta de Deus à insistência
de Abraão e Sua disposição de perdoar por causa
de apenas “dez” justos é um conceito “revolucionário”, como aponta Gerhard F. Hasel: “De maneira extremamente revolucionária, o antigo
pensamento coletivo, que punia o membro inocente da associação culpada, foi
transposto a algo novo: a presença de um remanescente
de justos poderia ter uma função preservadora para o todo. [...] Por
causa do remanescente justo, Yahweh, em sua justiça [tsedaqah], perdoaria a cidade iníqua. Essa noção é
amplamente expandida na declaração profética do Servo de Yahweh
que opera a salvação ‘para muitos’” (The Remnant: The History and Theology of
the Remnant Idea From Genesis to Isaiah [Andrews University Press], p. 150, 151).
- NOÉ – sua presença fiel permitiu um escape
ao mundo perdido de seu tempo.
- OS
PROFETAS – sua presença provia um meio de Deus se comunicar com o desobediente
Israel, retardando também sua condenação.
3 O VALOR DE SE PERCEBER A PECAMINOSIDADE DO MUNDO E POR ISTO INTERCEDER
POR ELE
“Ao
nosso redor, existem vidas que estão afundando em ruína tão irremediável e
terrível como aquela que recaiu sobre Sodoma. A cada dia o tempo de graça de
alguém se encerra. [...] Onde estão as vozes de aviso e apelo, dizendo para o
pecador fugir dessa condenação terrível? Onde estão as mãos estendidas para
fazê-lo retroceder do caminho da morte? Onde estão os que [...] intercedem
junto a Deus por ele?
4 O VALOR DE QUERER SER IGUAL A CRISTO: SER UM INTERCESSOR
“O
espírito de Abraão era o espírito de Cristo. E o Filho de Deus é o grande
Intercessor em favor do pecador. Aquele que pagou o preço pela redenção do ser
humano sabe o valor de uma vida” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 110
[140]).
Perguntas
para consideração
1.
Apenas o arco-íris e a circuncisão são chamados de “sinal da aliança”. Quais
são os pontos comuns e as diferenças entre as duas alianças?
2.
Embora chamado por Deus e mencionado no NT como exemplo dos fiéis, Abraão
vacilou em alguns momentos. Que lições tiramos de seu exemplo?
3.
Alguns questionam a ideia da punição aos perdidos, dizendo que isso seria
contrário ao amor divino. Qual é a nossa resposta, sabendo que Deus punirá os
perdidos?
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
8
A ALIANÇA COM ABRAÃO
Autor:
Wilian S. Cardoso
1 QUAL PARTE MAIS IMPORTANTE DE NOSSA HISTÓRIA NA TERRA? O MOMENTO
DE NOSSAS ALINÇAS COM DEUS!
Dentro
de toda a história de Abraão (Gênesis 12–25), podemos dizer que a parte central
de seu relato se encontra entre os capítulos 15 a 17, uma vez que nesses
capítulos se concentram as mais veementes alianças de Deus com Abraão.
2 DEUS É UM SER QUE SE REVELA. ELE FALA CONOSCO.
Algum
tempo depois dos eventos dramáticos do capítulo 14, Deus voltou a falar com
Abraão. Especificamente, somos informados que a palavra
do Senhor veio a Abraão em uma visão (makhaze).
Essa linguagem é muitas vezes usada na Bíblia para descrever o relacionamento entre Deus e um profeta. E da mesma
forma que acontece em outras visões proféticas, esse encontro envolveu imagens
impactantes.
3 ESPERANÇA SÓ VEM DO SENHOR
As
primeiras palavras de Deus a Abraão são de segurança: “Não tenha medo [...] Eu
sou o seu escudo, e lhe darei uma grande recompensa”.
Os
versículos seguintes deixam claro que realmente Abraão tinha dúvidas de como
Deus cumpriria as grandes promessas que ele tinha feito. Deus trabalhou com as emoções de Abraão: não há necessidade
de receio, Eu servirei como seu escudo, sua proteção contra os problemas.
A recompensa virá e a espera valerá a pena.
4 NOSSAS DÚVIDAS E DESCRENÇAS REVELAM QUEM NÓS SOMOS, E EXALTAM QUEM
DEUS É.
Contudo,
uma vez que Abraão foi chamado por Deus aos 75 anos (Gênesis 12:4) e ainda não
tinha filhos, a preocupação dele é compreensível. Abraão não estava
necessariamente questionando a capacidade de Deus, mas estava
pedindo a Ele mais detalhes de como planejava cumprir Seus propósitos.
Aparentemente,
Abraão parecia estar mais preocupado com a realização
da promessa do que o próprio Deus. Afinal, o cumprimento da promessa
colocava em jogo a possibilidade de restauração da criação ao seu formato
original.
Além
disso, seu nome Abrão significa “pai exaltado”, mas ele ainda não havia se
tornado pai e a esterilidade de Sara, somando-se à idade avançada de ambos,
tornava isso cada vez mais improvável. Estranhamente, parece que Abraão
acreditava na possiblidade de Deus miraculosamente tornar Sara fértil, mas, por
outro lado, Ele não conseguiria isso se ambos fossem velhos.
A
resposta de Abraão revelou ainda mais sua ansiedade para que tudo fosse realizado o mais iminentemente possível – era uma luta
contra o tempo e os efeitos que ele causa. Ele havia buscado uma alternativa
para adquirir um herdeiro e tornar a promessa divina uma realidade em sua vida
– por meio de Eliézer, seu servo mais fiel. Uma
porção de tabletes encontrados na antiga cidade de Nuzi,
ao norte do atual Iraque, nos ajudam a entender o que Abraão estava tentando
fazer. Seus escritos revelam que, sob a lei hurrita,
o herdeiro de um homem poderia ser seu filho natural, um
herdeiro direto, ou, na ausência um filho natural, um herdeiro indireto, isto
é, um estrangeiro ou servo adotado para esse propósito. Neste último caso, o
herdeiro adotado era obrigado a atender as necessidades físicas de seus “pais”
durante sua vida a fim de que, após a morte deles, tivesse direito à herança.
5 DEUS NÃO TOMA ATALHOS. ELE SEMPRE CUMPRE O QUE PROMETEU DA FORMA
QUE SE COMPROMETEU FAZER.
A
réplica divina é uma reafirmação de Sua promessa dita inicialmente: “Você e sua esposa conceberão um filho e este será o seu
herdeiro”. Diferente da abordagem inicial, agora, Deus procurou aliviar
a ansiedade de Abraão não apenas por palavras, mas com ações expressas em um
ritual.
6 DEUS USA CERIMÔNIAS ESPIRITUAIS PARA ENSINAR E IMPRESSIONAR NOSSA
MENTE COM SUAS VERDADE.
De
modo impressionante, da mesma forma que Abraão usou um costume de sua cultura
local a fim de ocasionar o cumprimento da promessa – a adoção de um servo, Deus
fez uso do mesmo recurso cultural a fim de garantir a Abraão que suas palavras
eram reais e que ele realmente seria pai.
Documentos
de várias regiões do Antigo Oriente Médio, datados do 2º milênio a.C., revelam
que havia um costume entre os povos daquele período de fazer um tratado de
aliança que era expresso por um ritual de automaldição,
isto é, dois pactuantes selecionavam animais, os quais eram partidos e
distribuídos pelo chão, e os contratantes circulariam ao redor dos pedaços
jurando que, se não cumprissem sua parte no acordo, seu destino devia se tornar
o mesmo daqueles animais. Veja, por exemplo, um trecho do tratado de Alalakh: “Abban declarou o
juramento dos deuses a Yarim-lim e cortou o pescoço
de uma ovelha, dizendo: ‘[Assim seja comigo] se eu tomar de volta o que te
dei’”.
Em
outras palavras, Deus respondeu na linguagem de Abraão.
Deus usou uma ideia familiar para Abraão, visivelmente concreta, para tornar
claro para ele que, se Ele não cumprisse Sua promessa, Seu destino devia se
tornar como o daqueles animais mortos. O mais curioso e chocante nisso é que,
nesse episódio, somente Deus foi descrito como Aquele que andou pelos cadáveres
declarando a automaldição.
É
quase como se nos dias de hoje Deus nos levasse até um tabelionato a fim de que
nossas assinaturas fossem reconhecidas, de modo que, caso uma parte não fosse
fiel a qualquer das cláusulas contratuais, a outra teria o direito legal de
recorrer à execução das sanções previstas na lei. É claro que o texto bíblico é
muitas vezes mais impactante do que uma simples quebra de contrato moderno que
levaria ao pagamento de uma multa ou à prisão. O fato é que, por mais que seja
um absurdo pensar que Deus pudesse morrer, é tão absurdo quanto pensar que Ele
não seria capaz de cumprir Sua palavra.
7 AS PROMESSAS DE DEUS SE CUMPREM, NÃO POR NOSSA CAUSA, MAS POR
CAUSA DAQUELE QUE O PROMETEU.
No
fim, Deus reacendeu a fé em Abraão e o reanimou, mas por quanto tempo? Qualquer
pessoa que já teve uma experiência com Deus, sabe que infelizmente temos uma
tendência natural, não somente com Deus, mas com tudo, em nos concentrar nos sentimentos negativos mais do que nos
positivos. Foi por isso que a chama da certeza de Abraão se tornou mais
fraca e novamente ele buscou um subterfúgio humano para cumprir a promessa
divina.
Mais
uma vez, os documentos de Nuzi são elucidativos. Além
da adoção, o concubinato era outro método para prover um herdeiro no caso de um
casamento sem filhos. Assim, um tablete de Nuzi
declara: “Kelim-ninu (a noiva) foi dada
em casamento a Shennima (o noivo)
[...] Se Kelim-ninu não tiver
filhos, Kelim-ninu deverá adquirir
uma mulher da terra de Lulu (ou seja, uma escrava) como esposa para Shennima”.
Novamente,
Abraão precisou ser animado, e do mesmo jeito que Deus havia respondido antes,
Ele respondeu então. A circuncisão era um procedimento
comum em muitos povos antigos. A maioria dos relatos do Antigo Oriente
Médio coloca a circuncisão na época da puberdade, seja para preparar os jovens
para o casamento ou, como no Egito, para o sacerdócio. Ou seja, a circuncisão
era praticada em jovens no exato momento em que eles tinham condições de
contrair casamento, já que estavam prontos para a atividade sexual e,
consequentemente, poderiam gerar filhos. A estranheza
do pedido divino, portanto (e certamente isso foi notório para Abraão e
qualquer pessoa que ouvisse falar disso na época), está no fato de a circuncisão
ter que ser executada em um recém-nascido. Isso porque o que Deus estava
ensinando a Abraão, e hoje por extensão a todos nós, é que a capacidade de
cumprir a promessa não dependia dele, visto que um bebê
jamais poderia gerar outro ser, quem dirá uma nação; essa capacidade vem
exclusivamente do poder de Deus. Assim, sempre que Abraão visse a
cicatriz em seu corpo, ele se lembraria disso.
Sendo
um sinal da aliança, a circuncisão faz paralelo com o sinal do arco-íris da
aliança com Noé. Enquanto o arco-íris foi um pacto com toda a Terra, a
circuncisão foi uma aliança com o homem. Ambos os sinais representavam a mesma
coisa: a capacidade divina de manter e cumprir Sua palavra. Ou seja, em ambos os casos, o cumprimento da aliança dependia
exclusivamente de Deus, o homem era incapaz de cumprir a promessa. Dele só era
exigida a fé.
8 SUAS FALHAS NÃO SÃO UM PROBLEMA PARA DEUS!
Em
outras palavras, o que o relato bíblico está apresentando são episódios da vida
de Abraão que intercalam pelo menos 4 situações: sua fé, sua falta de fé, o
reavivamento da fé por meio da ação de Deus, e sua natureza bondosa em tratar o
próximo e se preocupar com ele. Ou seja, o texto intercala eventos que
descrevem: (1º) que Abraão era um ser humano normal como eu e você; ele
acreditava, mas em determinados momentos, usava seus próprios conceitos e sua
força para realizar os planos que pertenciam a Deus; (2º) suas falhas não foram
um problema para Deus, apesar de muitos problemas que surgiram na vida de
Abraão como frutos de suas próprias escolhas e lapsos de fé. Deus estava
disposto a moldar seu caráter e restaurar Sua imagem nele, visto que o patriarca
possuía um coração abdicado e voluntário para fazer a vontade de Deus e cuidar
dos outros ao seu redor. Abraão não foi mais especial do que você e eu somos
para Deus. Apesar de suas falhas e quedas, ele vivia
pela fé, a mesma atitude que Deus espera de todos os seus filhos.
Na
verdade, voltando à história da “aliança dos pedaços” (Gênesis 15), Abraão não
passou pelos pedaços porque a humanidade não tem capacidade de cumprir a
aliança, pois ela sempre falhará. Logo, ele sempre deveria morrer como um
animal despedaçado. Por isso, Deus, que nunca falha, assumiu nossa auto
maldição sobre Si mesmo, para que o destino que merecemos não seja o destino
que receberemos. A nós cabe apenas acreditar na promessa e, pela fé, aguardar
para ver Deus agindo e cumprindo Suas maravilhosas palavras de bênção e
salvação para nós.
Referências:
(1)
WEEKS, Noel. Admonition and
Curse : the ancient Near Eastern treaty/covenant form as a problem in inter-cultural relationships. Londres: T&T Clark, 2004, p. 116.
(2)
LONGMAN III, Tremper. Como Ler Gênesis
. São Paulo: Vida Nova, 2009, p. 160.
(3)
SETERS, John van. “The Problem of Childlessness
in Near Eastern Law and the
Patriarchs of Israel”. In: Journal of Biblical Literature ,
v. 87, nº 4, Dez. 1968, p. 404.
FONTE
Lição da Escola
Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Casa publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-232 - MIL MANEIRAS
E estando certíssimo de que o que Ele tinha
prometido também era poderoso para o fazer. Romanos 4:21
Você aprendeu a confiar em Jesus quanto aos
planos de cada dia? Está realmente certo de que aquilo que lhe prometeu, Ele .cumprirá? Pense por alguns momentos acerca das coisas
impossíveis que Deus faz e aumente a fé em Sua Palavra.
Oculto no solo há um vasto e intricado
sistema~ de rijas e contorcidas raízes das árvores, demais plantas e relvas.
Todas começam com a primeira radícula que germina da semente. Equipada com, uma extremidade dura, essa raiz atravessa muitos
resistentes impedimentos. Agem como uma espécie de cunha, partindo rochas,
cimento ou dura madeira.
"A raiz pode aprofundar-se muito, devido
ao geotropismo positivo que a caracteriza, ou ser mais superficial, mas
geralmente as laterais não seguem o. geotropismo absoluto e apresentam um
ângulo de inserção maior ou menor com a principal. O maior ou menor
aprofundamento das raízes no solo depende da espécie e variedade da planta, das
propriedades físicas do solo, etc. Entre as
características do solo que influem sobre a maior ou menor penetração das
raízes das plantas assume grande importância a questão da percentagem de água e
de sua circulação. As raízes de algumas plantas têm a propriedade de se
aprofundar bastante, em busca de água, mas, plantadas em um solo em que esta fique
mais perto da superfície, as raízes também serão mais superficiais. Algumas
atuam como verdadeiras perfuratrizes, em relação a camadas mais ou menos
impermeáveis". — Mérito. Geotropismo “é o efeito da ação da gravidade
sobre o sentido e. a direção do crescimento das plantas, em que estas dirigem
sempre a radícula para o centro da Terra (geotropismo positivo) e o caulículo
em sentido oposto (geotropismo negativo)". Aulete.
Além disso, Deus proveu outra força ainda. A
pequenina célula tem a faculdade de intumescer-se. Quando bilhões de células
isso fazem ao mesmo tempo, a pressão se torna muito grande. Assim a, pressão
horizontal é maior do que a vertical. Ora, se Deus pode fazer tudo isso em
favor de uma plantinha, certamente Lhe podemos confiar os planos de nossa vida.
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil