1 QUANDO DEUS TE FAZ UM
PRÍNCIPE – GÊNESIS 41
2 ASCENDENDO AO PODER –
GÊNESIS 41
3 CONFRONTANDO OS
IRMÃOS – GÊNESIS 42
4 O COPO DE ADVINHAÇÃO
– GÊNESIS 44
5 DANDO A SE CONHECER –
GÊNESIS 45
1
QUANDO DEUS TE FAZ UM PRÍNCIPE
GÊNESIS
41:41
1 QUANDO SOMOS OBEDIENTES E SUBMISSOS A DEUS, ELE TRANSFORMA TODO
MAL EM BEM.
José
era então o líder do Egito, e seus próprios irmãos se curvaram diante dele sem
saber quem ele era (Gênesis 42). Os irmãos de José se humilharam quando ele os
forçou a voltar com Benjamim (Gênesis 43) e, quando temeram que a
segurança de Benjamim estivesse ameaçada (Gênesis 44), imploraram por graça
diante daquele homem poderoso, a quem viam como “o próprio Faraó”. Quando José
revelou sua identidade, entenderam que, apesar do que haviam feito, Deus
reverteu tudo em bem.
2 O ARREPENDIMENTO É MAIS IMPORTANTE QUE O SUCESSO
Curiosamente,
toda a seguinte sequência de eventos, que deveria ser sobre o sucesso de José,
fala mais sobre o arrependimento de seus irmãos.
3 RECONHECER O PECADO, CONFESSA-LO E VIVER NA PERSPECTIVA DO JUÍZO
DIVINO!
Suas
viagens de ida e volta, de José até o pai, e os obstáculos que encontraram
fizeram com que se lembrassem de sua maldade para com José e Jacó; eles então
perceberam sua iniquidade para com Deus. Os irmãos de José viveram toda essa
experiência como um juízo divino. No entanto, a conclusão comovente, que levou
todos às lágrimas e alegria, também continha uma mensagem de perdão para eles,
apesar de seus atos injustificáveis de maldade.
4 NA MISSÃO, PRECISAMOS NÃO SÓ VER OS PROBLEMAS, MAS APRESENTAR AS
SOLUÇÕES, SEMPRE VINDAS DE DEUS.
José
não apenas explicou ao Faraó o significado de seu sonho, que dizia respeito ao
futuro problema político e econômico do Egito – ele também
lhe apresentou a solução. José não se contentou apenas com a revelação
dos planos divinos, tampouco foi passivo, esperando que Deus fizesse outro
milagre. Ele sugeriu ao Faraó que designasse um “homem ajuizado e sábio” (Gênesis
41:33) para administrar a complexa operação de preparação para a fome.
Palavras
semelhantes foram usadas para qualificar a sabedoria que Deus deu a Salomão (1 Reis
3:12) a fim de o ajudar a governar o país (1 Reis 3:9). Somente a orientação divina poderia ajudar a resolver o problema iminente.
Além dessa lição espiritual, José ofereceu um curso de economia e deu
detalhes específicos sobre o método e a estratégia necessária para ajudar o
Egito a sobreviver à fome. O Faraó entendeu, então, que José não era apenas um
sonhador; era também um homem de sabedoria prática e que sabia o que fazer, bem
como um homem de ação que podia implementar a estratégia certa para salvar o
país. Portanto, o Faraó decidiu nomear José como o homem encarregado de todo o
Egito e deu a ele todo o poder de que precisava para esse propósito. Depois de
todas as provações que José teve que suportar, essa história de sucesso deve
inspirar admiração por esse herói bíblico. No entanto, o foco da narrativa
bíblica não é José. O final feliz não é sobre
sucesso, mas sobre arrependimento, perdão e a presença invisível de Deus no
curso da história.
Compare
José e Daniel como estadistas. De que maneira esses dois homens servem de
modelo para pessoas piedosas que se envolvam na política?
Quais
são as qualidades de José em comparação com os políticos modernos?
Por
que seria difícil para um adventista do sétimo dia se tornar um
primeiro-ministro hoje?
Que
motivação levou José a se tornar um líder? Que lições de gestão podemos
aprender com seu método?
Quais
aplicações práticas dessas lições na vida familiar, no trabalho e na igreja.
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-076 - POTES DE MEL VIVO
Rogo-vos, pois, irmãos, pelas misericórdias
de Deus que apresenteis os vossos corpos por sacrifício vivo, santo e agradável
a Deus, que é o vosso culto racional. Romanos 12:1.
Abaixo das inclinações de Pikes
Peak, não longe da cidade de Manitou
Springs, acha-se o Jardim dos Deuses. Ali numerosas e enormes lajes de arenito
vermelho, desgastadas pela ação de agentes atmosféricos, adquiriram formas
esquisitas. Estas singulares formações rochosas localizam-se numa região seca e
árida, muito apropriada para uma fantástica espécie de insetos que vivem nas
galerias subterrâneas ocultas entre as arenosas arestas da montanha.
As formigas meleiras, provavelmente os mais
abnegados seres conhecidos, habitam nas trevas. Todas as noites, no verão, elas
deixam em massa seus ninhos e dirigem-se a árvores, arbustos, onde colhem a
secreção açucarada, das dilatações e esfoladuras dos ramos.
Onde armazenam esta espécie de mel orvalhado
que colheram? Estas formigas não podem fazer cera para os favos como as
abelhas. Portanto, certas formigas operárias oferecem-se a si mesmas para se
tornarem o recipiente do mel. Elas bebem-no até que seus abdomens se distendam
ao ponto de não poderem mais andar. Dependurando-se no forro de suas adegas
subterrâneas, ali ficam meses, e mesmo anos, mantendo-se no lugar para suprir
alimento para a colônia de formigas. Quando o mel líquido começa a faltar lá
fora, as famintas formigas dirigem-se a esta adega e se alimentam ali.
Dependurando-se sem quase nenhum movimento, com o abdômen dilatado de oito a
dez vezes o tamanho normal, elas vivem em perene escuridão recebendo apenas
para dar. Se caem no piso, ficam estendidas e inermes, com os pés e antenas
agitando-se no ar, a menos que outras formigas as dependurem de novo.
Quando finalmente estes recipientes vivos de
mel líquido morrem, as outras formigas as enterram em um local à parte, nunca
tocando no mel ainda armazenado em seus corpos. Estas fiéis formigas operárias,
que se tornam sacrifícios vivos para seus semelhantes, ajudam-nos a conscientizarnos de que também nós devemos dar nossa vida a
Deus. Como elas, devemos mudar o rumo de nossa vida e tornar-nos sacrifícios
vivos, completamente dedicados ao Seu serviço. Não gostaria de escolher
entregar-se a Ele agora mesmo?
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
2
ASCENDENDO AO PODER
1 PREGUE, MAS COM CONVICÇÃO
Para
José, os sonhos de Faraó revelavam o que Deus estava prestes a fazer na terra (Gênesis
41:28). José, no entanto, não pediu a Faraó que
acreditasse no seu Deus. Em vez disso, a resposta imediata de José foi a ação.
Ele propôs um programa econômico. A parte econômica do discurso de José
foi mantida por Faraó, que estava interessado nessa estratégia que salvaria o
Egito quando se cumprisse o significado espiritual do sonho dado por Deus.
Gênesis
41:37–57. Qual é o lugar de Deus no êxito de José?
2 PRECISAMOS INTERPRETAR TODAS AS SOLUÇÕES
Faraó
indicou José para assumir o comando não apenas porque tivesse
interpretado corretamente seus sonhos e revelado o futuro problema da terra,
mas porque tinha uma solução para esse problema, porque seu “conselho
agradou a Faraó” (Gênesis 41:37), opinião também compartilhada pelos servos do
regente. A escolha de Faraó parece ter sido mais pragmática do que religiosa. E
ainda, ele reconheceu que a presença do “Espírito de Deus” (Gênesis 41:38)
estava em José, que foi qualificado como “ajuizado e sábio” (Gênesis 41:39),
expressão que caracteriza a sabedoria que Deus dá (ver Gênesis 41:33; compare
com 1 Reis 3:12).
Todos
os detalhes relatados no texto bíblico se encaixam na situação histórica do
Egito naquela época. Politicamente, o fato de Faraó ter nomeado José como vizir
(governador) não era incomum no antigo Egito, onde se atestaram casos
semelhantes.
O fato
de que a sabedoria excepcional de José desempenhou um papel na decisão do Faraó de nomeá-lo como o grão-vizir da terra estava
em harmonia com o costume egípcio de escolher os vizires de preferência entre
os homens sábios (ver, por exemplo, os casos de Ptahhotep
e Kagemni, que eram vizires e a quem são atribuídas
grandes obras de literatura sapiencial). O escopo de seu governo, sobre toda a
terra do Egito (Gênesis 41:41), sugere que José foi nomeado o novo grão-vizir.
Casos de vizires estrangeiros e até mesmo hebreus são atestados ao longo da
história egípcia. As responsabilidades do vizir eram consideráveis; ele era o
administrador encarregado da justiça legal e o administrador da região. O fato
de José ser colocado sobre toda a terra confirma que esse vizir pertence ao
Médio Império ou ao Segundo Período Intermediário, quando esse oficial poderia
ser selecionado com base em sua sabedoria (Gênesis 41:39). Em contraste com
outros períodos, durante o Segundo Período Intermediário sob o governo dos
hicsos, os vizires eram mais poderosos e ofereciam mais estabilidade, apesar de
reinados curtos. A descrição da investidura de José pelo Faraó se encaixa no
contexto egípcio. O “anelsinete” (Gênesis 41:42), que
é chamado no texto hebraico de tabba’at, designa o
sinete ou selo egípcio, djeba’ot, uma palavra
derivada de djeba’, que significa “dedo”,
referindo-se à sua posição ao redor do dedo. Esse anel de sinete conferia total
autoridade a José para assinar todos os documentos oficiais em nome do rei. O
termo hebraico shes, que designa as “roupas de linho
fino” (Gênesis 41:42), é egípcio e se refere ao tecido de linho, que era o
principal tecido usado para roupas no Egito antigo. O colar ao redor do pescoço
de José (Gênesis 41:42) se refere ao colar em que pendia o símbolo de Maat, representando equidade e caracterizando a função do
“grão-vizir”, palavra turca (derivada do árabe) para ministro-chefe de estado.
A classificação de segundo (Gênesis 41:43) é atestada no antigo Egito como o
título do grão-vizir, que era chamado de “o segundo do rei”. A cerimônia do
grão-vizir, que envolvia alguém andando em uma carruagem, precedida por pessoas
chamando a atenção para sua passagem (Gênesis 41:43), também era um costume
egípcio. A palavra ‘abrek (geralmente traduzida como
“ajoelhem-se”) que é usada em nosso texto não é hebraica, mas egípcia. Em
egípcio, a palavra ‘abrek significa “atenção”, “abrir
caminho” (NVI). Além disso, o Faraó deu a José um nome honorífico para marcar a
distinção especial atribuída à sua nova função. O nome egípcio que José
recebeu, Zafenate-Paneia (Gênesis 41:45), corresponde
à seguinte transliteração egípcia: djf n t’ pw ‘nkh, que significa “alimento
da terra, isso é vida”. Esse significado não apenas relembra a situação naquele
momento, mas também se encaixa no contexto histórico do antigo Egito naquela
época, porque o uso do componente introdutório djf
(“comida”) é atestado em nomes de altos funcionários das dinastias treze e
quatorze, imediatamente anteriores ao governo dos hicsos. O Faraó também deu a
José uma esposa egípcia, filha do “sacerdote de Om”, uma das figuras religiosas
mais prestigiadas do Egito (Gênesis 41:45). José então foi bem aceito em todas
as sociedades egípcias e podia visitar todos os lugares do país (Gênesis 41:45,
46)
3 PRECISAMOS RECONHECER AS BENÇÃOS DE DEUS PELOS SINAIS DADOS.
Os
sete anos seguintes foram de abundância de tal forma que a produção de grãos se
estendeu “além das medidas” (Gênesis 41:49), sinal de providência
sobrenatural. A comparação “como a areia do mar” (Gênesis 41:49) revela
que essa era a bênção de Deus (Gênesis 22:17). José
refletiu pessoalmente essa bênção em sua fecundidade, uma coincidência que
evidenciou a presença de Deus por trás dos dois fenômenos. Os nomes dos
filhos de José mostravam a providência divina na sua vida, que transformou a
memória da dor em alegria (Manassés) e a antiga aflição em benção (Efraim). Que
exemplo poderoso de como Deus transformou algo ruim em algo muito bom!
De que
maneira os outros deveriam ser capazes de ver, a partir do estilo de vida que
levamos, quem é nosso Deus?
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
INSPIRAÇÃO JUVENIL 2005-081 - HOUVE MESMO FOME NO EGITO?
Então acabaram-se os sete anos de fartura no
Egito, e, como José tinha dito, começaram os sete anos de fome. Gênesis 41:53 e
54.
Uma das mais fantásticas histórias da Bíblia
é a aventura de José no Egito. O modo como ele passou de escravo a governador e
os problemas que enfrentou prendem muito a nossa atenção.
O mais fantástico de tudo é como ele
permaneceu fiel a Deus, mesmo tendo todos os motivos para se sentir abandonado.
Seus irmãos primeiro tentaram matá-Io, depois o
jogaram num buraco e acabaram vendendo-o como escravo.
Uma vez em que eu (Rodrigo) estava muito
triste, um pastor amigo meu lembrou-me dessa história de José. "Não se
preocupe", ele disse, "quando alguém o joga no buraco, a caravana de
Deus está a caminho e, ainda que o leve como escravo, Deus um dia o tornará um
príncipe". Eu nunca mais me esqueci dessas palavras. Fizeram muito bem
para mim.
A grande virada na vida de José se deu quando
ele revelou o significado do sonho de faraó, que previa sete anos de fartura
seguidos de sete anos de seca para a terra do Nilo. Seu conselho era que faraó
estocasse comida nos sete primeiros anos para poder usar e vender nos sete anos
seguintes. Faraó gostou tanto da sugestão que não deu outra: José se tornou o
governador do Egito!
Existem dois achados arqueológicos que confirmam
essa história da fome contada na Bíblia. O primeiro deles é a pintura de um
túmulo real descoberto em 1890 no vilarejo de Beni Hassan, à margem leste do
rio Nilo. O desenho traz a figura de quinze pessoas vindas da região de Jacó,
que, acompanhadas de oficiais, descem ao Egito para comprar alimento. É
exatamente como os irmãos de José tiveram de fazer durante a seca.
O segundo achado foi uma inscrição descoberta
em Luxor no ano de 1908 e foi traduzida pelo egiptólogo Brugsch
Bey. Nela existe a indicação de que durante sete anos
o Nilo deixou de inundar suas margens, causando grande fome em todo o país. Foi
talvez por isso, e inspirado no sonho de faraó, que no antigo livro egípcio dos
mortos o deus Osíris é desenhado como um aleijado sentado sobre sete vacas
magras. É muito legal ver como a arqueologia confirma essas e outras histórias
do livro de Deus.
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
3
CONFRONTANDO OS IRMÃOS
GÊNESIS
42
O que
aconteceu e como isso revelou a providência divina, a despeito da maldade e
vileza humana?
1 TUDO CUMPRE OS PROPÓSITOS DE DEUS, ATÉ A FOME!
A fome
obrigou Jacó a enviar seus filhos ao Egito para comprar grãos. Ironicamente, foi Jacó quem iniciou o projeto de comprar os
cereais (Gênesis 42:1). O infeliz ancião, vítima de circunstâncias além
de seu controle, sem saber pôs em movimento uma
incrível cadeia de eventos que o levaria a se reencontrar com o filho
por quem havia chorado durante tanto tempo.
2 PRECISAMOS SABER ENTENDER OS SINAIS DE DEUS NAS CIRCUNSTÂNCIAS
O
caráter providencial desse encontro é destacado por meio de duas circunstâncias
fundamentais: primeiro, ele é visto como uma realização
dos sonhos de José. O evento previsto nos seus sonhos proféticos (“os
feixes de vocês [...] se inclinavam diante do meu” [Gênesis 37:7]) estava
acontecendo. José foi identificado como “governador daquela terra” (Gênesis 42:6)
e “senhor da terra” (Gênesis 42:30, 33). Sua posição
poderosa contrasta com a de seus irmãos necessitados, que “se prostraram
com o rosto em terra, diante dele” (Gênesis 42:6), os mesmos dez irmãos que
zombaram de José sobre seu sonho e duvidaram de sua realização (Gênesis 37:8).
3 O VIDA TEM UM CARÁTER RETRIBUITIVO
Em
segundo lugar, esse encontro providencial é descrito como uma resposta. As
semelhanças linguísticas e temáticas entre os dois eventos destacam o caráter de justa retribuição. A frase “disseram entre si” (Gênesis 42:21) também foi usada
quando começaram a conspirar contra José (Gênesis 37:19). A estada dos irmãos
na prisão (Gênesis 42:17) relembra a de José (Gênesis 40:3, 4). Na
verdade, seus irmãos relacionaram o que estava acontecendo com eles com o que
haviam feito, talvez 20 anos antes. “Então disseram entre si: – Na
verdade, estamos sendo castigados por causa de nosso irmão, pois vimos a
angústia de sua alma, quando nos pedia, e não lhe demos ouvidos; por isso, nos
sobrevém agora esta ansiedade” (Gênesis 42:21).
Rúben
disse: “O sangue dele está sendo requerido de nós” (Gênesis 42:22). Essas
palavras relembraram sua advertência anterior: “Não derramem sangue” (Gênesis 37:22),
e reforçaram a ligação entre o que estavam enfrentando e o que tinham feito.
OS TRÊS ENCONTROS
Após
20 anos, José se encontrou novamente com seus irmãos. Ele tinha 17 anos quando
os havia visto pela última vez e 30 anos quando se tornou grão-vizir do Egito.
Sete anos depois, no início do período de fome, ele tinha 37 anos. Foi nesse
tempo que foram realizados seus sonhos sobre seu pai e seus irmãos se curvando
diante dele (Gênesis 37:7-10). A realização dos sonhos de José se desenvolveu
em três fases, porque seus irmãos visitaram o Egito e se encontraram com ele
três vezes. O primeiro encontro ocorreu com apenas dez dos irmãos (Gênesis 42),
aqueles que questionavam seus sonhos e o odiavam por causa deles (Gênesis 37:8,
19). Eles então se curvaram diante de José pela primeira vez (Gênesis 42:6). O
segundo encontro ocorreu com os dez irmãos e com seu irmão mais novo, Benjamim
(Gênesis 43–45); todos eles se curvaram diante de José duas vezes (Gênesis 43:26,
28). O terceiro encontro ocorreu com Jacó, quando ele foi pela primeira vez ao
Egito (Gênesis 46–47).
4 SAIBA DAR VALOR AO QUE SE TEM
Jacó
não poderia permitir facilmente a partida de Benjamim, seu único filho com
Raquel que permanecia com ele. Tinha medo de perdê-lo, pois já havia perdido
José (Gênesis 43:6-8). Somente quando não havia mais alimento (Gênesis 43:2) e
quando Judá se comprometeu a garantir o retorno de Benjamim (Gênesis 43:9),
Jacó finalmente consentiu em uma segunda visita ao Egito e permitiu que
Benjamim fosse com seus irmãos. 3. Que efeito teve a presença de Benjamim no
curso dos eventos? Gênesis 43
5 O VALOR DE UM...
A
presença de Benjamim dominou os eventos. Quando todos os irmãos estavam diante
de José, ele foi a única pessoa que José viu (Gênesis 43:16) e o único chamado
“irmão” (Gênesis 43:29). Enquanto Benjamim é chamado pelo nome, todos os outros
não são identificados; são simplesmente chamados de “homens” (Gênesis 43:16).
José chamou Benjamim de “meu filho”, como uma expressão reconfortante de afeto
especial (Gênesis 43:29; compare com Gênesis 22:8). A bênção de José
referia-se à “graça” (Gênesis 43:29), uma reminiscência de seu pedido de graça,
o qual não foi atendido (Gênesis 42:21). José deu a Benjamim a graça que ele
não recebeu de seus outros irmãos. Enquanto os irmãos de José temiam ser presos
por causa do dinheiro devolvido, José preparava um banquete para eles por causa
da presença de Benjamim. É como se ele tivesse um efeito redentivo
sobre a situação. Quando todos os irmãos estavam assentados de acordo com a
idade e respeitando as regras de honra, Benjamim, o mais jovem, foi servido
cinco vezes mais do que os outros (Gênesis 43:33, 34). No entanto, esse
favoritismo não os incomodou, como acontecia quando José era o favorito de seu
pai, o que levou a suas ações terríveis para com seu meio-irmão e seu pai (Gênesis
37:3, 4). “Por esse sinal de favor para com Benjamim, esperava averiguar se o irmão
mais novo era olhado com a inveja e o ódio que haviam sido manifestados para
com ele. Ainda supondo que José não compreendia sua língua, os irmãos
conversavam livremente uns com os outros. Assim ele teve uma boa oportunidade
de conhecer seus verdadeiros sentimentos. Ainda desejava prová-los mais e,
antes de sua partida, ordenou que seu próprio copo de prata fosse escondido no
saco de mantimentos do mais novo” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p.
187, 188 [228, 229]).
Fazemos
coisas sobre as quais lamentamos. É possível compensar o que fizemos? Por que
aceitar as promessas de perdão de Deus em Jesus é tão crucial (Romanos 5:7-11)?
Por
que e como o cumprimento da profecia afeta suas escolhas éticas?
Qual a
relação entre o modo como você se comporta na vida diária e sua consciência do
tempo do fim. Por que a esperança no reino de Deus deve inspirar a maneira pela
qual você trata os outros?
Imagine
que sentimentos José deve ter tido. Quais devem ter sido seus sentimentos
quando viu seus irmãos e seu pai se curvarem diante dele?
Como
você deve considerar seus inimigos quando perceber que eles falharam e você
teve sucesso?
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
HISTÓRIAS PARA AQUECER O CORAÇÃO DOS
ADOLESCENTES 069 - O AMOR SE MULTIPLICA - MELISSA ESPOSIT – Editora Sextante SP
Sentada na cadeira junto à janela, sentindo o
sol quente em meu braço, eu tinha que me esforçar para me lembrar onde estava.
Era difícil acreditar que havia vários equipamentos médicos dentro dos armários
de carvalho e que em alguns minutos o rebaixamento do teto poderia ser
deslocado para revelar luzes cirúrgicas. O quarto nem parecia de hospital, a
não ser por pequenos detalhes, como a torre de soro ao lado da cama. Enquanto
observava o papel de parede e os móveis cuidadosamente escolhidos, lembrei-me do
dia em que aquela aventura tinha começado - não fazia muito tempo. Era um dia
frio de inverno. Nosso time de basquete tinha acabado de vencer por 20 x 11.
Exausta, mas entusiasmada, eu me joguei no banco do carona do nosso carro.
Enquanto deixávamos o colégio, minha mãe comentou que tinha ido ao médico
naquele dia. - Para quê? - perguntei, começando a ficar nervosa enquanto
pensava em todas as doenças que minha mãe poderia ter. - Bom... - Ela hesitou,
e minha preocupação aumentou. Estou grávida. - Está o quê? - exclamei. -
Grávida - ela repetiu. Fiquei absolutamente muda. Só conseguia pensar que essas
coisas não podem acontecer com os seus pais quando você já está no científico.
Depois me dei conta de que ia ter que dividir minha mãe. A mãe que tinha sido só
minha por dezesseis anos. Fui dominada por um enorme ressentimento. Eu nunca
quis que a minha mãe tivesse outro filho depois que ela se casou de novo. Era
um sentimento egoísta, mas eu relutava em dividir qualquer pedacinho da mamãe.
Ao ver a surpresa e a felicidade nos olhos do meu padrasto quando ele ficou
sabendo da chegada de seu primeiro filho, comecei a ficar mais animada. Mal
podia esperar para contar para todo mundo! Minha alegria era visível, mas,
internamente, eu tentava lidar com meu medo e minha raiva. Meus pais me fizeram
participar de todos os preparativos para a chegada do bebê. Dei palpite sobre a
decoração do quarto e ajudei a escolher o nome do neném. Eles até resolveram
que eu poderia assistir ao parto. Apesar de toda a animação e felicidade que
aquela gravidez trazia, era difícil ouvir meus amigos e parentes falando sem
parar no bebê. Eu tinha medo de ser deixada de lado quando ele chegasse.
Algumas vezes, quando estava sozinha, não conseguia parar de pensar em tudo o
que aquela criança tiraria de mim. O ressentimento superava a alegria. Sentada
na sala de parto naquele dia 17 de junho, sabendo que o bebê logo estaria ali,
minhas inseguranças começaram a vir à tona. Como ia ser a minha vida? Seria um
trabalho de babá interminável? Do que eu teria que abrir mão? Que medo de
perder a atenção de minha mãe! Fui sacudida de meus pensamentos quando o médico
anunciou que o bebê estava chegando. Essa foi a experiência mais incrível da
minha vida, porque o nascimento é realmente um milagre. Quando o médico disse
que era uma menina, chorei. Eu tinha uma irmãzinha! Agora todos os meus medos e
inseguranças passaram com a ajuda de uma família carinhosa e compreensiva. É
claro que às veres eu sinto ciúme, mas não posso explicar como é especial ter
uma pessoinha que me acena da janela todas as manhãs, quando eu vou para a
escola, com sua mãozinha gorducha. É maravilhoso chegar em casa e nem ter tempo
de tirar o casaco, pois minha irmãzinha vem correndo e começa a puxar minha
roupa querendo que eu brinque com ela. Foi muito importante ter esta irmã,
porque ela me fez descobrir que amor não se divide. Amor se multiplica. Emma
não me tirou nada e, pelo contrário, trouxe muitas coisas para a minha vida.
Nunca jamais pensei que eu amaria um bebê tanto assim, e não trocaria por nada
a alegria que sinto por ser a irmã mais velha.
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
4
O COPO DE ADIVINHAÇÃO
GÊNESIS
44
1 POR QUE JOSÉ COLOCOU O COPO DE ADIVINHAÇÃO NO SACO DE MANTIMENTOS
DE BENJAMIM E NÃO NO DE OUTRO IRMÃO?
Essa
história é paralela à anterior. Como antes, José deu instruções específicas; e,
mais uma vez, encheu os sacos com alimento. Dessa vez, no entanto, José
adicionou a estranha ordem para colocar seu precioso copo no saco de
mantimentos de Benjamim.
Os
eventos tomaram um curso diferente. Na viagem anterior, os irmãos voltaram a
Canaã para levar Benjamim com eles. Agora, eles precisavam voltar ao Egito para
enfrentar José. Na situação anterior todos os irmãos encontraram a mesma coisa
nos sacos. Dessa vez, Benjamim foi apontado como aquele que tinha o copo de
José. Inesperadamente, Benjamim, que sendo convidado de honra teve acesso à
taça de José, tornou-se suspeito de ter roubado aquele artigo precioso. Ele
iria para a prisão.
2 PODER DE ADIVINHAÇÃO
O fato
de José ter usado um copo de adivinhação não significava que acreditasse nisso.
“Nunca havia pretendido o poder de adivinhação, mas queria fazê-los crer que
podia ler seus segredos” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 188, 189
[229]).
3 DESPERTAR O SENTIMENTO DE CULPA
O
cálice mágico foi para José um pretexto para evocar o domínio sobrenatural e,
assim, despertar em seus irmãos o sentimento de culpa para com Deus. Foi assim
que Judá interpretou a mensagem implícita de José, porque ele se referiu à
iniquidade que Deus encontrou neles (Gênesis 44:16). Além disso, o roubo do
copo precioso justificaria uma punição severa e, assim, poria à prova o
pensamento dos outros irmãos.
4 PASSE PELA DOR DE QUEM VOCÊ ATINGIU, E VOCÊ VERÁ QUANTO CUSTA VIVER!
A
intensidade da emoção dos irmãos e sua reação são significativas. Estavam todos
unidos na mesma dor, temendo por Benjamim, que estaria perdido como José, e
como ele se tornaria escravo no Egito, embora fosse também inocente. Por isso,
Judá se ofereceu para ser levado como escravo “em lugar” de Benjamim (Gênesis 44:33),
assim como o carneiro foi sacrificado “em lugar” do inocente Isaque (compare
com Gênesis 22:13). Judá se apresentou como um sacrifício, uma substituição,
cujo propósito era justamente enfrentar aquele “mal” que assolaria seu pai (Gênesis
44:34).
Que
princípio de amor, conforme exemplificado na resposta de Judá, está implícito
no processo de substituição? Como esse tipo de amor explica a teologia bíblica
da salvação? (Veja Romanos 5:8).
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-324 - ATÉ ELEFANTES PRECISAM ENTENDIMENTO
E disse-lhe Jesus: Nem Eu também te condeno;
vai-te, e não peques mais. S. João 8:11.
O velho Bozo, muito querido elefante de
circo, gostava de divertir-se com todos, mas especialmente com as crianças. Mas
um dia ele sofreu uma mudança. Era visível que estava enraivecido, e três vezes
tentou matar seu guarda. O dono achou que estava perigoso e devia ser morto.
Desumano e ambicioso de dinheiro, vendeu bilhetes, convidando o povo a assistir
um pelotão de guardas apontar contra ele as espingardas, matando-o.
Bozo passeava em seu círculo interminável,
muitas vezes erguendo a tromba e gritando para o povo. Fora do cercado, um
guarda estava pronto para dar o sinal de "fogo!", quando um homem de
pequena estatura se dirigiu ao dono.
— Deixe-me entrar no cercado. Eu posso
amansar seu elefante bravo.
— Nunca jamais! O senhor seria morto a
patadas em dois tempos!
-- Logo pensei que o senhor havia de dizer
isso, de modo que trago um documento legal que o livrará de toda a responsabilidade.
Todo o risco será meu.
Vendo que o documento era válido, o dono
deixou aquele homenzinho entrar no cercado. Logo Bozo deu um guincho irado,
como de advertência. O homem dirigiu-lhe algumas palavras, - e o elefante se
aquietou. O estranho continuou falando. Ninguém senão Bozo compreendia o que
ele dizia. Afinal, com um gritinho que parecia de criança, o elefante começou a
balançar de um lado para outro a enorme cabeça. O estranho estendeu a mão e afogou-lhe
a tromba. Com esta enrolada no braço do homem, os dois caminharam calmamente
pelo campo, enquanto o homem sempre lhe ia falando.
Depois de algum tempo o homem explicou que
Bozo não era mal, mas apenas se sentia saudoso e frustrado. Como elefante da
Índia, Bozo crescera ouvindo falar o industão. Seu
coração sentiu-se de novo em paz, ao ouvir falarem-lhe em industão
as palavras que ele amava.
Desaparecido o estranho, o dono olhou a
assinatura do documento. Dizia: Rudyard Kipling, o famoso, escritor. Para
compreender. Os que agem diferentemente, você precisa ser-lhes bondoso em vez
de condená-los.
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
5
DANDO A SE CONHECER
GÊNESIS
45
Que
lições de amor, fé e esperança podemos encontrar nessa história?
1 AS REVELAÇÕES DIVINAS EXISTEM PARA QUE ENTENDAMOS COM DEUS CONDUZ
A TUDO E A TOOS.
Foi
naquele exato momento, em que Judá falou sobre o “mal” que cairia sobre ‘avi, “meu pai” (Gênesis 44:34), que José “gritou” (Gênesis 45:1)
e então “se deu a conhecer” aos irmãos. Essa expressão, muitas vezes usada para
se referir à autorrevelação de Deus (Êxodo 6:3; Ezequiel 20:9), sugere que foi
Deus quem Se revelou ali. Ou seja, o Senhor mostrou que Sua providência reina,
mesmo apesar das fraquezas humanas.
Vinte e dois anos se passaram desde o momento em que José,
com 17 anos, contou pela primeira vez seus sonhos aos irmãos e ao pai, até o
momento em que, com 39 anos, se deu a conhecer aos irmãos. A expressão “se deu
a conhecer” contém uma alusão velada a Deus. A única outra ocorrência dessa
forma verbal no AT refere-se à revelação de Deus de Si mesmo a Moisés (Números
12:6). O uso dessa forma sugere que, ao se dar a conhecer a seus irmãos, José
seria o meio pelo qual Deus se revelaria a eles. José deve ter notado a
apreensão deles com a revelação de que era seu irmão, porque repetiu uma
segunda vez: “Eu sou José” (Gênesis 45:3, 4). Os irmãos ficaram preocupados.
Eles podiam até ter dúvidas sobre a afirmação de José, pois ele não forneceu
mais informações do que as que os seus irmãos transmitiram a ele. Tudo isso
parecia suspeito, principalmente considerando as experiências mais recentes que
tiveram com esse homem. Estavam preocupados com a vida deles, e por isso José
repetiu uma segunda vez: “Eu sou José”, mas desta vez ele foi mais preciso e
acrescentou uma informação que ninguém conhecia, exceto seus irmãos: “o irmão
de vocês, que vocês venderam para o Egito” (Gênesis 45:4). Em seguida,
acrescentou que foi Deus quem o “enviou”. Deus o enviou
adiante de seus irmãos com um propósito específico: “preservação da vida” (Gênesis
45:5). José sugeriu que era necessário que eles o vendessem para garantir sua
sobrevivência. Assim, os irmãos pensaram que haviam vendido seu irmão, ao passo
que, na verdade, era Deus quem estava liderando a operação. A fórmula “pai de
Faraó” (Gênesis 45:8) reflete o título egípcio itf-ntr,
que significa literalmente “pai de Deus”, referindo-se ao Faraó como um deus.
José não usou a expressão como na língua egípcia por medo de soar blasfemo para
seus irmãos. Esse era um título sacerdotal que pertencia aos mais altos
oficiais, incluindo vizires, como Ptahhotep, vizir de
Isesi (2675 a.C.). O outro título de José,
“governador em toda a terra do Egito” (Gênesis 45:8), refere-se ao seu governo
sobre todo o país das duas terras (Alto e Baixo Egito) e reflete outro título
egípcio, nb t3 wy, “Senhor
das duas terras”, que era um título oficial permanente do representante do
Faraó. Observe que a forma dual da palavra hebraica mitsrayim,
para “Egito”, reflete as duas divisões do país. A ênfase de José em sua posição
no Egito era intencional: enfatizava sua posição extraordinária, lembrando
assim a seus irmãos do sonho que o retratava como governante a quem todos
(incluindo seu pai) se curvariam (Gênesis 37:9). Aludindo ao sonho, José estava
usando a realização dele como um argumento implícito para a providência divina.
Que
lições de reconciliação podemos aprender com a atitude de José?
Como
José poderia ter reagido se ele não tivesse superado suas dificuldades?
2 A VIDA DE JOSÉ EXEMPLIFICA A RESSURREIÇÃO DE CRISTO
Os
irmãos de José não podiam acreditar no que estavam ouvindo e vendo. Assim, José
foi obrigado a repetir: “Eu sou José, o irmão de vocês” (Gênesis 45:4), e
somente na segunda vez, quando ouviram as palavras precisas, “que vocês
venderam para o Egito” (Gênesis 45:4), foi que acreditaram.
Leia,
de Ellen G. White: Patriarcas e Profetas, p. 174-182 [213-223] (“José no
Egito”); p. 183-194 [224-232] (“José e seus irmãos”). “Os três dias de confinamento foram de amarga tristeza para os
filhos de Jacó. Eles refletiram sobre seu procedimento errado no
passado, especialmente sua crueldade para com José. Sabiam que, se fossem
condenados como espiões e não pudessem apresentar provas da sua inocência,
todos teriam que morrer ou se tornar escravos. Duvidavam de que qualquer
esforço deles pudesse levar seu pai a consentir que Benjamim se afastasse dele,
após a morte cruel, como imaginava, que José havia sofrido. Tinham vendido José
como escravo e temiam que Deus planejasse puni-los, permitindo que se tornassem
escravos. José imaginava que seu pai e as famílias de seus irmãos pudessem
estar sofrendo por causa da fome, e ele estava convencido de que seus irmãos
tinham se arrependido do tratamento cruel que lhe haviam dado e que de forma
nenhuma tratariam Benjamim como o trataram” (Ellen G. White, Spiritual Gifts, v. 3, p. 155, 156).
3 SEMPRE DEVEMOS REVELAR NOSSA CONFISSÃO DE FÉ
José
então declarou: “Deus me enviou” (Gênesis 45:5). Essa referência a Deus tinha
um duplo propósito. Não servia somente para tranquilizar seus irmãos e mostrar
que José não abrigava sentimentos ruins em relação a eles, mas era também uma
profunda confissão de fé e uma expressão de esperança, porque o que tinham
feito foi necessário para o “grande livramento” e a sobrevivência de um
“remanescente” (Gênesis 45:7).
4 SEMPRE DEVEMOS TER PLANOS, BASEADOS NA ORIENTAÇÃO E NOS PRINCÍPIOS
DIVINOS
José
então exortou seus irmãos a ir para seu pai a fim de prepará-lo para vir ao
Egito. Ele proferiu palavras específicas sobre o lugar em que habitariam, isto
é, Gósen, famoso por seu rico pasto, “o melhor da
terra” (Gênesis 45:18, 20). Também cuidou do transporte: foram fornecidas
carretas, o que convenceria Jacó de que seus filhos não mentiram para ele sobre
o que acabaram de vivenciar (Gênesis 45:27). Jacó considerou essa demonstração
visível como evidência de que José estava vivo, e isso era o suficiente para
que voltasse a viver (compare com Gênesis 37:35; Gênesis 44:29).
Tudo
ficou bem. Os 12 filhos de Jacó estavam vivos. Jacó então era chamado “Israel”
(Gênesis 45:28), e a providência divina havia sido manifestada de maneira
poderosa.
Sim,
José foi gentil com seus irmãos. Como podemos ser gentis com aqueles cujo mal
para conosco não teve um resultado tão bom como foi para José?
“José
estava satisfeito. Provou seus irmãos e viu neles os frutos do verdadeiro
arrependimento dos seus pecados” (Ellen G. White, Spiritual Gifts,
v. 3, p. 165).
José
teria sido tão gentil com seus irmãos se não tivesse alcançado sucesso? Há
indícios na história de José que revelam o caráter dele e que explicam sua
bondade?
Podemos
ver em José uma espécie de precursor de Cristo e do que Cristo sofreu?
José
havia posto seus irmãos à prova. De que maneira semelhante Deus nos prova? 4.
Depois de muitos anos, os irmãos perceberam sua culpa pelo que fizeram a José.
O que isso ensina sobre o poder da culpa? Embora sejamos perdoados e aceitemos
o perdão de Deus, como perdoar a nós mesmos, apesar de não merecermos o perdão?
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan.
Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil
INSPIRAÇÃO JUVENIL 2055-155 - POR QUE A MOSCA CONSEGUE SER TÃO RÁPIDA?
Deus deu ordem, e moscas... encheram todo o
país. Salmo 105:31.
Você já observou como a mosca tem um reflexo
rápido? Você tenta matá-la com um tapa, numa fração de segundo, ela levanta voo
e pousa noutro lugar. Como será que ela consegue fazer isso? Bem, os biólogos
ensinam que o segredo está em seus olhos. É que as moscas têm olhos compostos
formados por cerca de 4 mil facetas cada um. Isso dá à mosca um campo visual de
até 360 graus. O olho humano é bem mais reduzido.
Com olhos assim, fica fácil observar tudo o
que está acontecendo ou prestes a acontecer em qualquer ângulo, sem precisar
sequer virar a cabeça. Então, em caso de perigo, é só a mosca utilizar suas
asas membranosas e seus poderosos músculos para fazer uma saída rápida, com
manobras radicais. Afinal, uma mosca bate suas asas em média 500 vezes por
segundo.
Os olhos são usados na Bíblia como um símbolo
de conhecimento e sabedoria. No caso de Deus, é dito que "Seus olhos estão
atentos e as Suas pálpebras sondam os filhos dos homens" (Salmo 11:4),
isto é, Ele sabe tudo o que está ocorrendo aqui.
No Apocalipse, seres especiais são vistos ao
redor do trono de Deus. Eles são descritos como estando cheios de olhos por
todo o corpo (Apocalipse 4:6 e 8), que representam sua capacidade de
conhecimento tremendamente acima da nossa.
E, finalmente, Cristo aparece no Apocalipse
como um cordeiro com sete olhos (Apocalipse 5:6). Sete é o número da perfeição;
logo, a expressão "sete olhos" significa "olhar perfeito
"ou" conhecimento perfeito acerca de todas as coisas". É por
isso que o próprio Apocalipse diz que esses olhos são também os sete espíritos
protetores de Deus que são enviados por toda a Terra.
Não pense, contudo, que esse conhecimento
divino simbolizado pelos sete olhos signifique apenas que Deus observa a
humanidade e não faz nada. Deus não é um bisbilhoteiro, mas um vigilante
protetor. Sua visão ilimitada significa que não há nada que possa
surpreendê-Lo. Deus ainda é o dono da situação e, com Seu olhar sobre nós, não
há nada para a gente temer.
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil
6
JOSÉ, PRÍNCIPE DO EGITO
Autor: Wilian
S. Cardoso
José
era agora um governante no Egito. De escravo a prisioneiro injustiçado, Deus o
ressuscitou do cárcere para ocupar um dos acentos mais poderosos de todo mundo
antigo. Mas, como José viu no sonho, a terra estava prestes a passar por sete
anos de fome. E isso não envolvia apenas o Egito, mas incluía igualmente a
terra de Canaã, onde a família de José morava. E precisamente por conta dessa
situação, os irmãos de José agora viajaram ao Egito em busca de suprimentos, deixando
em casa o irmão mais novo. Quando chegaram ao país, imediatamente José os
reconheceu, mas eles não perceberam quem ele realmente era. José aplicou vários
procedimentos astuciosos sobre eles a fim de testá-los e aferir se o caráter
deles havia mudado ou permanecido o mesmo.
1 COMO JULGAR E NÃO ERRAR?
Apesar
dos truques de José soarem como sádicos, por outro lado, foi necessária muita maturidade em uma pessoa para ter a
percepção de que tudo podia ter mudado. Veja que, de forma natural, em
geral, tendemos a enclausurar as pessoas em nossos preconceitos. Tecnicamente
na axiologia, que é o estudo dos valores, isso é conhecido como juízo de valor.
Infelizmente, o juízo de valor humano geralmente está calibrado a partir de um
ponto de vista pejorativo, o que nos conduz a fazer discriminações e
julgamentos injustos sobre fatos ou pessoas. Com José, portanto, aprendemos que
devemos ser lentos em julgar.
Os
irmãos de José tinham errado no passado e, portanto, eram culpados. Ele tinha
provas experimentais e memoriais de que eles eram homens criminosos e ele podia
buscar a vingança contra eles. No entanto, antes de
ativar seu juízo de valor e condenar seus irmãos, José deixou de lado o passado
e preferiu dar o benefício da dúvida. Deus nos deu a condição de julgar.
Na verdade, sem esse atributo não conseguiríamos nos relacionar com a
realidade. Mas, precisamos entender que, no processo de julgamento e avaliação,
só existe Um que é infalível
na execução das sentenças: nosso grande e poderoso Criador.
Para julgar a realidade que nos cerca, precisamos usar como base e
como parâmetro os valores de Deus, os conceitos encontrados na Sua Palavra e
nossa própria experiência com Ele. José não usou seu poder
político como instrumento de vingança, mas, sabiamente, agiu com amor e
misericórdia, da mesma forma que Deus agia para com ele (Gênesis 39:5).
2 DEUS USA OS ACONTECIMENTOS, AS SITUAÇÕES, AS CIRCUNSTÃNCIAS PARA
MUDAR NOSSOS CARÁTER E AO MESMO TEMPO ALINHAR O FINAL DA HISTÓRIA PARA O
CUMPRIMENTO DE SEUS PLANOS
Ao ser
pego, Benjamin foi ameaçado de prisão. Mas (e aqui surgiu a cena mais
importante de todas), Judá intercedeu, implorando a José que o deixasse tomar o
lugar de seu irmão mais novo. O mesmo que no passado
havia instigado a venda de José, agora foi aquele que impediu a condenação do
outro irmão, a ponto de oferecer sua própria vida. A cena é tão
impactante para nós leitores, e muito mais para os personagens que a viveram,
que o próprio José não conteve a emoção, revelando sua verdadeira identidade.
Agora,
é importante prestar atenção aos detalhes. Eles são reveladores. Os truques
executados por José são elementos centrais no relato. De certa forma, são essas ações induzidas por José que levam seus irmãos à
percepção de que os erros do passado levam a consequências e que devem ser
respondidas diante de Deus com genuíno arrependimento e perdão. Como
José, Deus trabalhou através de “truques” (os
sonhos de José, Gênesis 37:5-9; o homem que ele encontrou pelo caminho e lhe
indicou a direção para seu fatídico destino, Gênesis 37:15; a caravana que
passou precisamente quando ele estava preso em um poço, Gênesis 25; o copeiro
que mais tarde seria como link entre José e o Faraó, Gênesis 40:14; etc.). Esses truques foram usados para conduzir José à posição de
destaque a fim de não apenas salvar a si mesmo e ao Seu povo escolhido, mas
também toda a terra durante aquele período de fome. Então aqui, no
grande reencontro entre os irmãos, é como se José, semelhante a Deus, ajustasse
os ambientes para conduzir seus irmãos à reflexão sobre seus atos e,
consequentemente, ao arrependimento. E, de fato, os irmãos passaram por uma
mudança moral nesse processo. Eles foram do ato cruel de vender seu irmão como
escravo à disposição de se venderem como escravos para salvar seu irmão.
3 TUDO É USADO PARA NOS LEVAR A DEUS
Essa
dinâmica de contrastes apresentada no texto nos revela que Deus não manipula a História, mas, ao mesmo tempo, Ele
interfere nela visando a levar-nos a um encontro real com Ele. É como
aquele velho conceito popular de que os sinais de Deus estão por toda parte.
Eles são vistos agora mesmo, no que você fez hoje ou ainda fará amanhã, ou
depois, e sempre. Deus não descansa de tentar salvar-nos a cada momento,
tenhamos consciência disso ou não. Mas, Ele espera que em algum momento sejamos
despertados para a verdade da Sua presença e de que Ele realmente possui um
plano para salvar cada um de nós. Tudo que precisamos é
deixar que Ele nos conduza pelos detalhes da Sua mão que vai tocando
nossa história, de modo que nossos olhos se abram para o fato de que Ele está
conosco todo o tempo (Gênesis 39:2, 3).
4 DEUS SEMPRE ESTÁ NO CONTROLE DA HISTÓRIA, MUNDIAL E PESSOAL
O que
vemos aqui, portanto, é que Deus supervisionou as boas e as más escolhas feitas
individualmente pelos personagens da história a fim de suscitar delas um bem
maior. Em outras palavras, Deus está no controle da
História a despeito de nossas ações e decisões, sejam elas certas ou erradas.
O plano maior de Deus para a criação se cumprirá. As promessas feitas a Abraão
e que ainda se estendem a todos nós hoje – de uma descendência e de uma terra
prometida, não serão frustradas pelas nossas escolhas, pelas atividades
satânicas nem por qualquer vontade alheia. Deus é soberano para reconstruir o
planeta maculado pelo pecado e tudo que habita sobre ele.
5 COMO E PARA QUÊ DEUS USA A VIDA DE SEUS FILHOS FIÉIS?
No
fim, a imagem mais importante que podemos ver nesse relato é a de Deus usando um homem justo, vendido como escravo, para salvar
o mundo. Todos nós somos os irmãos que, por meio dos nossos pecados,
vendemos e sentenciamos nosso Irmão Jesus Cristo à morte. Contudo, foi Ele que Se tornou escravo, chegando a ser encarcerado pela
morte, mas saiu das masmorras como o Príncipe dos príncipes e Senhor dos
senhores. E, diferentemente do tratamento que demos a Ele, o Senhor nos trata
como José tratou seus irmãos. Ele nos fornece alimentos que salvam nossa vida,
e nem cobra por isso. Mesmo que O tenhamos entregado à condenação fatal, Ele
nos perdoa, enche nossas malas com provisões e nos acolhe em Sua casa. E quando
tudo parece sem esperança, ou a fome é inexorável, Ele
está ali Se revelando a nós como Jesus, nosso Irmão e nosso Salvador. E como
qualquer bom Irmão maior, podemos ter a certeza de que Ele estará ali para nos
salvar do perigo quando for necessário.
FONTE
Lição da
Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP,
Brasil
INSPIRAÇÃO JUVENIL 2000-191 - CAVALO MORTO
Era uma vez alguns camponeses que estavam
caminhando de uma vila a outra e encontraram um cavalo morto no meio da
estrada. - Um cavalo! - exclamaram muito contentes. - Um cavalo tornará nossa
viagem bem mais fácil. Que sorte termos encontrado esse cavalo deitado aqui,
"de bobeira"!
- Levante-se - gritou um dos camponeses ao
cavalo. O cavalo nem se mexeu.
- Eu disse levante-se - gritou o camponês
outra vez. O cavalo nem piscou o olho. Outro camponês sugeriu:
- Você terá que bater nele. Pegue um galho
aqui. Isto deve fazer com que esse cavalo sem-vergonha se levante.
Eles bateram no cavalo, mas
mesmo assim ele não se moveu. Acontece que alguns moradores de uma vila
estavam vindo pela estrada na outra direção, e viram o que os camponeses
esti.1vam fazendo.
- Parem com isto! - ordenaram.
- Parem com isto agora mesmo. Esse cavalo
nunca vai se levantar. Está morto.
Não adianta bater em cavalo morto. Deixem o
pobre animal em paz continuem a viagem de vocês. Não adianta bater em cavalo
morto. Não é bom envolver-se em atividades fúteis. O nosso verso de hoje,
Provérbios 20:24, confirma isto: "Se é o Eterno quem dirige os nossos
passos, como poderemos entender a nossa vida?" Note que o verso não diz
que Deus envia problemas em nossa direção. Diz que Deus dirige os nossos passos
sobre, sob, ao redor e através dos problemas que Satanás espalhou pela Terra.
Algum dia, quando olharmos para o nosso passado, teremos novas informações.
Veremos como um bloqueio na estrada pode ter-nos levado em outra direção, sob
orientação de Deus, abrindo novas oportunidades para nós. Acho que será uma
grande emoção quando pudermos ver como tudo se encaixa. Também acho que o meu
amor por Deus vai ficar muito maior quando eu perceber que Ele usou os
problemas para me fazer chegar mais perto dEle.
Finalmente tudo vai fazer sentido.
Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur
Nogueira SP Brasil