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ISRAEL NO EGITO

 

1 A MISSÃO DEVE SER O EIXO DA VIDA – GÊNESIS 47

 

2 O ENCONTRO PAI-FILHO

 

3 ESTABELECENDO-SE NO REINO PROVISÓRIO

 

4 JACÓ ABENÇOA OS FILHOS DE JOSÉ

 

5 JACÓ ABENÇOA SEUS FILHOS

 

6 A ESPERANÇA DA TERRA PROMETIDA

 

7 OLHOS FIXOS, NA TERRA PROMETIDA

 

 

 

 


 


 

1

A MISSÃO DEVE SER O EIXO DA VIDA

 

TOPO

 

GÊNESIS 47:27

 

INTRODUÇÃO

 

Todo o clã de Jacó estava exilado no Egito. As últimas palavras do livro são “num caixão, no Egito”. A história da salvação parecia não ter um final feliz. No entanto, essa é a parte do livro que mais sugere esperança. O perfil de Israel como povo de Deus surge no horizonte. O prodigioso número de “setenta” que constitui a casa de Jacó (Gênesis 46:27) alerta o leitor para o destino espiritual desse povo. Jacó abençoou seus filhos (Gênesis 49:1-28) e predisse o futuro do que se tornariam as 12 tribos de Israel e a futura vinda do Messias, que salvaria Israel e as nações (Gênesis 49:10-12). As últimas palavras do livro, que ressoam com o tema da morte, de fato, são palavras que apontam para o futuro redentivo: antecipam o retorno à terra prometida em termos que relembram as primeiras palavras de Gênesis, introduzindo o evento da criação e o plantio do jardim do Éden. O princípio teológico subjacente é que Deus transforma o mal em bem (Gênesis 50:20). Essa é a lição que José compartilhou com seus irmãos para confortá-los e tranquilizá-los (Gênesis 50:21) e, com um propósito ainda mais importante, abrir seus olhos para a salvação de Deus no mundo (Gênesis 50:20).

 

1 A MISSÃO DEVER SEMPRE SER O EIXO DA VIDA

 

Gênesis inclui os últimos anos de Jacó e José juntos. Vimos Jacó (Israel) deixar Canaã (Gênesis 46) para se estabelecer no Egito (Gênesis 47), e lá ele morreu (Gênesis 49:29–50:21). No entanto, mesmo nesse cenário egípcio, ainda havia a perspectiva da terra prometida (Gênesis 50:22-26).

 

2 DEVEMOS SER SEMPRE BENÇÃO PARA TODOS

 

Assim que chegou ao Egito, Jacó abençoou Faraó (Gênesis 47:7-10), cumprindo assim (parcialmente, é claro) a promessa abraâmica de ser uma bênção para as nações (Gênesis 12:3). Posteriormente, prestes a morrer, Jacó abençoou os filhos de José (Gênesis 48) e também seus próprios filhos (Gênesis 49:1-28) e ainda fez previsões impressionantes a respeito de cada um deles no contexto das futuras 12 tribos de Israel (Gênesis 49:1-27).

 

3 NUNCA SE PODE PERDER DE VISTA QUE NOSSA TERRA NÃO É AQUI

 

O fato, porém, de que Israel “habitou” no exílio, no Egito, como estrangeiro, está em desacordo com a esperança da terra prometida. Embora o livro de Gênesis termine com os filhos de Israel no Egito, algumas das últimas palavras de José apontam para outro lugar: “José disse a seus irmãos: ‘Eu vou morrer em breve. Mas Deus certamente visitará vocês e fará com que saiam desta terra para ir à terra que jurou dar a Abraão, a Isaque e a Jacó’” (Gênesis 50:24).

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-017 - UM LUGAR PARA VOCÊ

"Eu te remi; chamei-te pelo teu nome, tu és Meu." Isaías 43:1

Alexandre, 15 anos de idade, estava ali, em seu lar tropical na índia Ocidental, e sonhava com o futuro vendo o pôr do Sol. No dia seguinte ele viajaria de navio para a América e para a aventura! Teria alguma coisa a mostrar ao povo desta pequena ilha. Tornar-se-ia alguém importante. Teria um lugar na vida. Nascido a 11 de janeiro de 1755, Alexandre Hamilton tinha uma vida dura e difícil. Seu pai entrara em bancarrota e deixara a família. A mãe morrera quando ele ainda era pequeno. Durante vários anos ele trabalhou como empregado no escritório de contabilidade de seu tio. Agora sua grande oportunidade havia chegado. Ele estava praticamente a caminho da América a fim de estudar Direito. Logo depois de haver chegado a Nova lorque começou a guerra revolucionária. Alexandre deixou a escola para se juntar aos rebeldes. Não levou muito tempo e foi feito capitão de artilharia, e estava trabalhando duramente para abrir uma trincheira quando sentiu que alguém o estava observando. Ergueu a cabeça e deu com o general George Washington.

- Tenho-o estado observando faz algum tempo, Alexandre - o comandante disse.

- Gosto de ver o modo como você assume as tarefas que lhe são entregues. Quero que seja meu assistente.

Alexandre fez um trabalho tão bom que logo depois foi promovido à tenente-coronel. Quando Washington se tornou presidente dos Estados Unidos, escolheu Alexandre Hamilton para secretário do tesouro. Assim como o jovem de 15 anos, Alexandre, você também sonha com o futuro. Como será ele? Você se imagina médico, engenheiro, piloto de avião, diretor de colégio. Exatamente agora você não pode saber o que virá a ser. Mas de uma coisa você pode estar certo; Deus o está observando. Ele sabe o seu nome e conhece seus talentos. Tem conhecimento de como você desempenha as pequenas tarefas que lhe são atribuídas, e tem um plano em sua vida. “Tão como nos está preparando um lugar nas mansões celestes, há também um lugar designado aqui na Terra, onde devemos trabalhar para Deus. - Parábolas de Jesus, págs.. e 327.

Um dia o Comandante celestial virá a você e lhe dirá: "Quero que você trabalhe para Mim." Está você pronto para ocupar o lugar que o Céu lhe designar?

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil

 


 


 

2

O ENCONTRO PAI--FILHO

 

TOPO

 

GÊNESIS 46

 

1 OS CICLOS DA VIDA SÃO IMPORTANTES PORQUE TRAZEM NOVAS ESPERANÇAS

 

Quando Jacó deixou Canaã, estava cheio de esperança. A certeza de que não sentiria mais fome e as boas-novas de que José estava vivo devem ter dado a ele o impulso de que precisava para deixar a terra prometida.

 

2 A VIDA PRECISA DAS PROMESSAS DIVINAS

 

Sua partida relembra a experiência de Abraão, embora nesse caso ele estivesse indo para a terra prometida. Jacó ouviu a mesma promessa que Abraão ouviu de Deus, a saber, que Ele o tornaria “uma grande nação” (Gênesis 46:3; compare com Gênesis 12:2). O chamado divino nesse caso também é uma reminiscência da aliança de Deus com Abraão; em ambas as ocasiões, Ele usou as mesmas palavras tranquilizadoras, “não tenha medo” (Gênesis 46:3; Gênesis 15:1), que trazem a promessa de um futuro glorioso.

 

3 RESPONSABILIDADE ESPIRITUAL: A SALVAÇÃO DO MUNDO PASSA POR NÓS!

 

A lista abrangente dos nomes dos filhos de Israel que foram para o Egito, incluindo suas filhas (Gênesis 46:7), lembra a promessa divina de fecundidade a Abraão, mesmo quando ele ainda não tinha filhos. O número “setenta” (incluindo Jacó, José e seus dois filhos) expressa a ideia de totalidade. Refere-se a “todo o Israel” que foi para o Egito. Também é significativo que o número 70 corresponda ao número de nações (Gênesis 10), sugerindo que o destino de todas elas também estava em jogo na jornada de Jacó.

Essa verdade só se tornaria mais evidente muitos anos depois, após a cruz e a revelação mais completa do plano da salvação, que, é claro, foi para toda a humanidade, em todos os lugares, e não apenas para os filhos de Abraão.

 

4 NOSSA HISTÓRIA PESSOAL PODE REVELAR O PLANO DE DEUS PARA TODO O MUNDO

 

Em outras palavras, por mais interessantes que sejam as histórias sobre essa família, a semente de Abraão e quaisquer lições espirituais que possamos tirar delas, esses relatos estão na Palavra de Deus pois fazem parte da história da salvação; são parte do plano divino para trazer a redenção para o maior número possível de pessoas neste planeta caído.

 

“Porque não há distinção entre judeu e grego, uma vez que o mesmo é o Senhor de todos, rico para todos os que O invocam. Porque: ‘Todo aquele que invocar o nome do Senhor será salvo’” (Romanos 10:12, 13). O que Paulo disse nessa passagem mostra a universalidade do evangelho? O que essas palavras nos dizem a respeito do que nós, como igreja, devemos fazer para ajudar a difundir o evangelho?

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-029 - O CAMINHO CERTO

"Reconhece-O em todos os teus caminhos, e Ele endireitará as tuas veredas." Provérbios 3.6

Elizabeth sentou-se solitária na sala de jantar da casa de uma família amiga na Carolina do Norte e começou a pensar em Sua casa. A longa viagem - 10 dias de diligência - de Ohio até este lugar tinha sido demasiado cansativa. Dois irmãos tinham vindo com ela, mas na semana seguinte partiriam. Ela já estava saudosa do lar. Que a levou a pensar que poderia ser uma médica? Nenhuma outra mulher jamais tentara isto. E se ela fracassasse? Lágrimas começaram a correr por suas faces ao procurar decidir se ficaria ou voltaria para casa. Erguendo os olhos para o escuro céu e suplicou: "Oh, Deus, mostra-me o que devo fazer!" Então subitamente a resposta veio, ela escreveu mais tarde em se diário. "Uma brilhante luz de esperança e paz de repente encheu minha alma. '" O pavor havia desaparecido, minha alegria retomou, veio-me uma profunda convicção de que minha vida fora aceita, de que eu seria ajudada e guiada. Uma paz como a justificar minha decisão tomou conta de minha mente, e jamais então foi destruída." EIa se entregou a um programa rígido de aprendizado do grego, estudando livros de medicina que tomara por empréstimo, ao mesmo 'limpo em que dava lições de música. Todavia, quando tempos depois ela procurou matricular-se no curso médico, ninguém a queria. Imagine uma moça estudando para ser médica! Então um dia ela sentou-se para ler a resposta à vigésima nona solicitação de matrícula, e quase não pôde crer nos seus próprios olhos. "Vejam!" ela exclamou, "eles me aceitaram!" Na verdade, a Universidade Genebra no Estado de Nova Iorque não queria Elizabeth de modo algum. Os professores é que haviam decidido deixar que os estudantes votassem admiti-Ia ou não. Apenas um voto contrário poderia deixá-Ia fora. Mas os estudantes, por alguma razão, unanimemente haviam achado que seria interessante e divertido uma moça na classe. E votaram todos a favor. Quando ela se formou no dia 23 de janeiro de 1849, havia se tornado amiga não só de todos os colegas de classe como também dos professores. Elizabeth Blackwell, a primeira mulher médica, tinha feito seu curso com louvor! Deus manteve sua promessa para com Elizabeth e Ele fará o mesmo em relação a você. Ponha sua vida completamente nas mãos de Deus, como o fez Elizabeth naquela distante noite. Peça-Lhe que dirija seus passos. Ele lhe mostrará que caminho você deve seguir, e irá com vaca todo o caminho.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil


 

3

ESTABELECENDO-SE NO REINO PROVISÓRIO

 

TOPO

 

GÊNESIS 47

 

1 SABEDORIA: TEM HORAS PARA ESTAR, PARA IR, PARA SAIR E PARA VOLTAR

 

Jacó tinha ouvido que José estava vivo. Apesar disso, Deus lhe deu “visões, de noite” (Gênesis 46:2) e ordenou que ele partisse. Jacó deixou a terra da promessa para ir ao Egito, que depois se tornou o único lugar aonde o povo de Deus não devia ir (Deuteronômio 17:16).

 

2 QUE CUIDADOS PRECISAMOS TER PARA NÃO CAIR NAS TENTAÇÕES DO SUCESSO, DA PROMOÇÃO?

 

“José levou cinco de seus irmãos para os apresentar ao Faraó e recebeu dele a concessão da terra para sua futura morada. A gratidão para com seu primeiro-ministro teria levado o rei a honrá-los, designando-os para cargos de Estado. Mas José, fiel ao culto a Jeová, procurou poupar seus irmãos das tentações a que estariam expostos em uma corte gentílica. Por essa razão, aconselhou-os a não omitir sua ocupação quando fossem interrogados pelo rei. Os filhos de Jacó seguiram esse conselho, tendo também o cuidado de declarar que tinham vindo para peregrinar na terra, não para se tornar habitantes permanentes ali, reservando assim o direito de partir, se quisessem. O rei indicou-lhes um local para morar, oferecido ‘no melhor da terra’ (Gênesis 47:6), o território de Gósen” (Ellen G. White, Patriarcas e Profetas, p. 192 [233]).

 

3 SOMOS CHAMADOS PARA SERMOS OPEROSOS, NUNCA MENDIGOS!

 

Sabiamente, Faraó não incentivou esses estrangeiros a se tornar mendigos, vivendo da generosidade de seu anfitrião. O monarca indagou sobre sua “ocupação” para que se adaptassem melhor ao ambiente. Ele também estava ansioso para usar seus conhecimentos e até sugeriu que o servissem como “responsáveis pelo gado” (Gênesis 47:3, 6).

 

4 SOMOS CHAMADOS PARA INTERCEDER PELOS POLÍTICOS E LÍDERES DA NAÇÃO – SERMOS BENÇÃOS POR ONDE FORMOS

 

Embora Jacó fosse o estrangeiro, o inferior, ele se colocou diante do chefe da terra e, como diz o texto, “abençoou Faraó” (Gênesis 47:7). Ele, o humilde estranho, foi quem abençoou Faraó, o governante do poderoso Egito? Por que deveria ser assim?

 

5 CHAMADOS PARA SABER NOSSO LUGAR

 

O verbo ‘amad lifney, “apresentar [colocar diante]” (Gênesis 47:7), é normalmente usado em contextos sacerdotais (Levítico 14:11). Considerando que no antigo Egito o Faraó tinha a condição de sacerdote supremo, isso significa que, em sentido espiritual, Jacó estava em posição mais elevada do que o sacerdote supremo do Egito, o próprio Faraó.

 

Somos “sacerdócio real, nação santa, povo de propriedade exclusiva de Deus” (1 Pedro 2:9).

O que isso significa na forma de tratar os outros?

Que obrigações a fé nos impõe?

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-358 - MEU LUGAR

Qual a ave que vagueia longe do seu ninho, tal é o homem que anda vagueando longe do seu lar. Provérbios 27:8.

Uma colônia de gaivotas, fortes no voo, por anos passara o verão numa escarpada ilha da costa do Maine, nos Estados Unidos. Aves industriosas, não havia entre elas uma magricela. Todos os anos essa colónia de aves emigrava para o sul, a um lugar próximo de Key West, na Flórida. Um ano um temporal forçou-as a descer numa ilha perto de Santo Agostinho. Parece que foram bem recebidas pelas gaivotas residentes. Na manhã seguinte as gaivotas visitantes ficaram por ali, esperando que as outras as levassem a um bom lugar de pescaria, mas estas não se mexeram. Ficaram também à espera. Afinal chegaram os botes dos camarões e os tripulantes se puseram a fazer a limpeza da colheita da véspera. Famintas, as gaivotas devoraram os restos de peixes que boiavam na água. Por que trabalhar, se podiam comer sem isso? Com tal abundância de comida, a maioria dos visitantes deixou-se ficar ali, para o inverno. Por que voltar para o Maine, se a comida ali era abundante? A vida era fácil. Por quatro anos, todas as manhãs a frota da pesca dos camarões lá aportava. As gaivotas engordaram e ficaram ociosas, esquecendo-se de emigrar para o norte. Então, um dia a frota de pescadores foi-se embora, para nunca mais voltar. As gaivotas ficaram à espera. Ficaram famintas, morrendo mesmo. Seus altos gritos de fome continuaram por cinco dias. Muitas morreram, porque por tempo demasiado se alimentaram sem trabalhar, tendo comida ao fácil alcance. Deus designou para você um lugar de trabalho. Pessoas, tal como as aves, ficam preguiçosas quando as favorecem demais. Deus espera que você faça sua parte. Se você não usa as faculdades que Deus lhe deu, você as perde. Não destrua os dons de Deus, como fizeram as gaivotas, deixando-os sem uso. Procure o seu lugar. Peça a Deus que o ajude a preparar-se para ele e a encontrá-lo. Ouça as Suas instruções para fielmente cumprir hoje sua tarefa! Há mérito no trabalho feito com diligência e resolução. A lei do menor esforço não deve figurar no vocabulário e na vida do cristão.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil

 


 


 

4

JACÓ ABENÇOA OS FILHOS DE JOSÉ

 

TOPO

 

GÊNESIS 48

 

1 O QUE NOS CONFORTA NA VELHICE?

 

À medida que Jacó se aproximava da morte, ele se lembrou de seu antigo retorno a Betel (Gênesis 35:1-15), quando recebeu de Deus a promessa renovada da “propriedade perpétua” (Gênesis 48:4) que foi dada a Abraão (Gênesis 17:8).

A esperança da terra prometida era, portanto, um pensamento reconfortante que alimentava sua esperança ao sentir a morte chegar. Jacó então se voltou para os dois filhos de José, que nasceram no Egito, e os abençoou, mas o fez no contexto da promessa futura sobre sua própria descendência.

Por que Jacó abençoou os dois filhos de José, e não seus outros netos?

 

2 BENÇÃOS SÃO VISTAS DENTRO DA HISTÓRIA DE MILAGRES

 

Os dois filhos de José, Manassés e Efraim, são os únicos netos que Jacó abençoou. Dessa forma, foram elevados da condição de netos à condição de filhos (Gênesis 48:5). Embora a bênção de Jacó indicasse uma preeminência do segundo (Efraim) sobre o primeiro (Manassés), diz respeito essencialmente a José (Gênesis 48:15). O que vemos é um testemunho pessoal sobre a fidelidade de Deus a eles no passado e Sua promessa para eles no futuro. Jacó referiu-se ao Deus de Abraão e Isaque, que os alimentou e protegeu. É o mesmo Deus que o tinha “livrado de todo mal” (Gênesis 48:15, 16). Jacó também tinha em mente “o Deus de Betel” (Gênesis 31:13), com quem lutou (Gênesis 32:29) e que mudou seu nome de Jacó para “Israel” (Gênesis 32:26-29).

 

3 DEUS CUIDARÁ DE NOSSA FAMÍLIA E DA MISSÃO QUANDO NÃO ESTIVERMOS MAIS AQUI

 

Ao se referir a todas essas experiências, em que Deus transformou o mal em bem, Jacó expressou sua esperança de que Deus não só cuidaria da vida presente de seus netos, como fez por ele e por José, mas iria ampará-los também no futuro, quando seus descendentes voltassem para Canaã.

 

4 SOMOS CHAMADOS PARA NUNCA PERDERMOS O FOCO DA VIDA: A MISSÃO DE DEUS!

 

Essa esperança é clara em sua referência a Siquém (Gênesis 48:22), que não era apenas um pedaço de terra que tinha adquirido (Gênesis 33:19), mas também um lugar em que os ossos de José seriam enterrados (Josué 24:32) e onde a terra seria distribuída às tribos de Israel (Josué 24:1). Mesmo em meio a tudo o que aconteceu, Jacó manteve em mente as promessas de Deus, que havia dito que, por meio daquela família, seriam “benditas todas as famílias da terra” (Gênesis 12:3). A promessa de Gênesis 12:3 se cumpriu? Como obtemos essa bênção? (Atos 3:25, 26)

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 2000-169 - OVOS DE ANIVERSÁRIO

"E o meu Deus lhes dará tudo o que vocês precisam, de acordo com as gloriosas riquezas que Ele tem para oferecer por meio de Cristo Jesus." Filipenses 4:19.

“Meu Senhor", orou a mãe depois que Brandt saiu para brincar com os vizinhos, "por favor, me mostre o que fazer para o aniversário de Brandt. Ele tem sido tão meigo e paciente mesmo sem ter tantas coisas que poderia ter, se não fosse filho de missionários. Se pelo menos eu tivesse alguns ovos para fazer um bolo..." Na manhã seguinte, quando a mãe de Brandt foi até a despensa para pegar o óleo, sua mão parou no ar. Em cima da estante, ao lado da janelinha que havia ali, estava um ovo branco. A mãe alcançou o ovo e examinou a casca. Uma galinha o botara havia pouco tempo.

- Brandt! Venha ver como Deus respondeu à minha oração! Temos um ovo! É o suficiente para fazer um bolo pequeno na semana que vem!

Na manhã seguinte, a mãe balançou a cabeça sem acreditar no que via: outro ovo branco, exatamente no mesmo lugar. E, na manhã seguinte, ela viu um terceiro ovo, e pegou Chicken Little, a galinha da família, no flagra, acabando de sair pela janela. Até o dia do aniversário de Brandt, havia tantos ovos que a mãe dele fez um grande bolo de aniversário, para que Brandt pudesse chamar todos os amigos. Deus prometeu suprir nossas necessidades essenciais. Mas muitas vezes Seu enorme coração também acaba suprindo nossos desejos. A propósito: quando a mãe de Brandt foi até a despensa na manhã após o aniversário de Brandt, ela não encontrou nenhum ovo. Chicken Little não voltou a botar ovos até que chegasse à "estação de ovos" outra vez.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil

 


 


 

5

JACÓ ABENÇOA SEUS FILHOS

 

TOPO

 

GÊNESIS 49:1-28

Qual é o significado espiritual da bênção de Jacó sobre seus filhos?

 

1 A HISTÓRIA, PESSOAL E MUNDIAL, SEJA O PASSADO PRESENTE E FUTURO, DEVEM SER SEMPRE ANALISADOS PELO PLANO DA REDENÇÃO

 

Além das profecias sobre as tribos de Israel, Jacó viu o Messias e a esperança de salvação, indicada nas primeiras palavras de Jacó, “nos dias que virão” (Gênesis 49:1), uma expressão técnica que se refere à vinda do rei messiânico (Isaías 2:2; Daniel 10:14).

 

2 MEU FUTURO DEPENDE DO MEU CARÁTER DE HOJE

 

O texto então passa pela linhagem futura de cada um desses homens. Esses não são destinos predestinados, como se Deus quisesse que cada um deles enfrentasse o que enfrentou; antes, são expressões do que seu caráter e o caráter de seus filhos trariam. O fato de Deus saber, por exemplo, que alguém matará um homem inocente é algo muito diferente de Deus ter desejado que o assassino fizesse isso.

 

A BÊNÇÃO DE JACÓ

Depois de reunir seus filhos (Gênesis 49:1, 2), Jacó os abençoou um após o outro, seguindo a ordem de nascimento, de Rúben, o mais velho, a Benjamim, o mais jovem (Gênesis 49:3-27). Essas bênçãos são, de fato, profecias que predizem o futuro (Gênesis 49:1). As palavras hebraicas be’akharit hayyamim, “nos dias que virão” (Gênesis 49:1), são uma expressão técnica que muitas vezes se refere à vinda do rei messiânico e à salvação escatológica (Isaías 2:2; Daniel 10:14). O texto da bênção de Jacó, à medida que vai de seu primeiro filho, Rúben, para seu último filho, Benjamim, está, portanto, imbuído da tensão profético-escatológica. Essa é a terceira vez no livro de Gênesis que uma bênção foi dirigida a um grupo de pessoas. A primeira bênção coletiva foi a de Deus para Adão e Eva (Gênesis 1:28). A segunda foi a bênção de Noé para seus três filhos (Gênesis 9:24-27). A bênção de Jacó está mais relacionada à bênção de Noé, pois ambas foram bênçãos paternais e até mesmo maldições; e ambas contêm profecias específicas revelando o futuro destino dos filhos. Ambas as bênçãos aparecem no início de uma nova era e ambas marcam os primeiros passos de uma nova raça. Portanto, a bênção de Israel tem um alcance universal. As bênçãos concluem com a referência às “doze tribos de Israel” (Gênesis 49:28). Essa foi a primeira menção bíblica das “doze tribos”. Claramente, o destino futuro de todo o Israel, com seus fracassos e sucessos, estava em consideração (compare Gênesis 49:1).

 

3 DEUS SEMPRE PROVEU PARA SI TODAS AS QUESTÕES PARA A NOSSA SALVAÇÃO!

 

Gênesis 49:8-12. Que profecia é dada aqui e por que ela é importante?

 

Além do livre-arbítrio humano, Deus conhece o futuro e providenciou que seria por meio de Judá que o Messias viria. Judá (Gênesis 49:8-12), que é representado por um leão (Gênesis 49:9), refere-se à realeza e ao louvor. Judá geraria o rei Davi, mas também a Siló, isto é, Aquele que trará shalom, “paz” (Isaías 9:6, 7). “A Ele obedecerão os povos” (Gênesis 49:10).

Os judeus há muito veem isso como uma profecia messiânica que aponta para a vinda do Messias, e os cristãos também veem esse texto como apontando para Jesus. “A Ele obedecerão os povos” (Gênesis 49:10), o que, talvez, seja uma antecipação da promessa do NT de “que ao nome de Jesus se [dobrará] todo joelho” (Filipenses 2:10).

Como Ellen G. White escreveu: “O leão, rei da selva, é um símbolo apropriado dessa tribo, da qual veio Davi e o Filho de Davi, Siló, o verdadeiro ‘Leão da tribo de Judá’, perante quem todos os poderes finalmente se encurvarão, e todas as nações prestarão homenagem” (Patriarcas e Profetas, p. 195 [236]).

 

Por que devemos prestar homenagem a Jesus agora, antes mesmo que todas as nações o façam?

 

A BÊNÇÃO DE JACÓ.

 

Há uma história sobre um professor de NT que disse a seus alunos: “Se você quiser ser um bom cristão, terá que matar o judeu em você”. Então, um aluno respondeu: “Você quer dizer matar Jesus?” Como a bênção de Jacó para seus filhos se relaciona com você pessoalmente? É possível receber as bênçãos de Jacó enquanto nega seu componente judaico? O que torna essas bênçãos suas também?

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-276 - MELHOR DO QUE OURO PURO

Mais vale o bom nome do que as muitas riquezas; e o ser estimado é melhor do que a prata e o ouro. Provérbios 22:1.

Dez mil homens, certa vez, partiram de Skagway, no Alasca, para Dawson. Apenas dois mil, chegaram ao destino. Fome, frio e doenças causaram morte, ou forçaram muitos a voltar. Por que enfrentaram tão grandes privações para ir a uma pequenina localidade, onde os ovos custavam dez cruzeiros cada um e um simples prato de comida custava cem cruzeiros? É que iam à procura de ouro, o cobiçado metal reluzente. Conhecido por sua beleza, maleabilidade e resistência a produtos químicos, esse elemento tem representado um sinal de riqueza, através de milhares de anos.

O ouro pode ser estirado em delgado arame, ou martelado em folhas tão finas que se tornam transparentes, sendo necessárias 367.000 folhas para formar uma pilha de uma polegada de altura. O ouro pode ser moldado em qualquer forma desejada. E o melhor é que não perde o brilho, e resiste à ferrugem.

Onde se encontra o ouro? A água do mar contém ouro em solução, cerca de um grama em quinze toneladas de água. Encontra-se o ouro misturado com rochas ou outros metais, assim como em leitos de rios. Cerca de uma tonelada de minério tem de ser moído para produzir um grama de ouro. Para se tornar puro tem de ser submetido a tratamentos com fortes produtos químicos e finalmente fundido em fornalha.

Salomão fala de algo muito maior do que toda a riqueza, isto é, o bom nome e o favor de Deus. A medida do mundo grandes posses, altas posições, bastante dinheiro — não é verdadeira grandeza. O ouro de Deus é um caráter verdadeiro, que rebrilha de real beleza. Semelhante caráter suportará provações, e não se embaciará nem enferrujará pelo tempo ou o pecado.

Os fogos das provações tão-somente fazem esse ouro mais formoso, pois separam o metal vil, do puro. Este processo de refinamento não é fácil, pois o próprio eu tem de ser renunciado. Tomar o nome de Cristo quer dizer um viver semelhante ao de Cristo, e isto é para Deus de maior valor do que ouro. Uma vez refletida a imagem de Cristo em sua vida, juvenil, seu nome será registrado no Livro da Vida. Você terá direito a uma mansão, numa rua pavimentada de ouro puro.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil

 

 

 


 

6

A ESPERANÇA DA TERRA PROMETIDA

 

TOPO

 

GÊNESIS 49:29–50:21

Que grandes temas de esperança são encontrados na conclusão do livro de Gênesis?

 

1 TUDO EM NOSSA VIDA DEVE DESCREVER E APONTAR PARA OS ASPECTOS DA MISSÃO E DO PLANO DA REDENÇÃO

 

A conclusão de Gênesis contém três assuntos que envolviam a esperança. Primeiro, é a esperança de que Israel retornasse à terra prometida. Moisés, autor do livro, descreveu a morte e o sepultamento de Jacó e de José como eventos que apontavam para a terra prometida. Imediatamente após sua bênção e profecia sobre as “doze tribos de Israel” (Gênesis 49:28), Jacó pensou em sua morte e encarregou seus filhos de sepultá-lo em Canaã, na caverna de Macpela, onde Sara estava sepultada (Gênesis 49:29-31). A narrativa que descreveu o cortejo fúnebre para Canaã tornou-se um precursor do êxodo do Egito.

 

2 DEUS SEMPRE TRANSFORMA O MAL EM BEM

 

Em segundo lugar está a esperança de que Deus transformaria o mal em bem. Após a morte e o sepultamento de Jacó, os irmãos de José ficaram preocupados com seu futuro. Temiam que José se vingasse deles. Eles foram e se prostraram diante dele, prontos para se tornar seus servos (Gênesis 50:18), um cenário que lembrava os sonhos proféticos de José. Ele os tranquilizou e lhes disse: “Não tenham medo” (Gênesis 50:19), uma frase que se referia ao futuro (Gênesis 15:1); porque, ainda que tivessem planejado o mal contra ele, “Deus o tornou em bem” (Gênesis 50:20) e mudou o curso dos eventos em direção à salvação (Gênesis 50:19-21; compare com Gênesis 45:5, 7-9). Ou seja, apesar de tantas falhas humanas, a providência de Deus prevaleceria.

 

DO MAL AO BEM

 

Quando os irmãos de José foram até ele para pedir perdão (Gênesis 50:17), José lhes assegurou que não pretendia fazer nada de mal com eles. Suas palavras, “não tenham medo” (Gênesis 50:19), são as mesmas palavras que Deus tinha usado para assegurar a Abraão seu futuro (Gênesis 15:1). Para aliviar a tensão, José se colocou no mesmo nível humano: “Será que eu estou no lugar de Deus?” (Gênesis 50:19). Jacó se dirigiu a Raquel com as mesmas palavras em resposta à sua queixa de não ter filhos (Gênesis 30:2). No entanto, para José aquilo era diferente. Enquanto para Jacó essas palavras foram uma expressão de sua raiva, para José elas expressavam seu amor por seus irmãos e eram destinadas a superar suas preocupações.

Quando José, inesperadamente, se referiu a Deus, sugeria que o perdão divino estava envolvido no perdão humano. José até se referiu à traição de seus irmãos como o mecanismo desse perdão: Eles “planejaram o mal”, porém “Deus o tornou em bem” (Gênesis 50:20). O que seus irmãos fizeram, que reconheceram com certeza como “mal”, foi transformado para “que se [conservasse] a vida de muita gente” (Gênesis 50:20). José não se contentou apenas em perdoar seus irmãos, mas tirou o sentimento de culpa deles, pois a atitude perversa deles se tornou em bem. Podiam encarar José e confrontar o futuro. José lhes assegurou isso com as mesmas palavras que envolviam o futuro: “Não tenham medo” (Gênesis 50:21; compare com Gênesis 50:19). José conclui prometendo que proveria para seus irmãos e seus filhos.

 

Você se lembra de uma experiência em que uma ação perversa dirigida a você, com a intenção de prejudicá-lo, acabou sendo benéfica? Após essa ação, como suas experiências de sofrimento e injustiça desempenharam um papel na formação de seu caráter?

 

3 NUNCA PERDER A ESPERANÇA EM DEUS

 

Terceiro, foi apresentada a esperança de que Deus salvaria a humanidade caída. A história da morte de José nesse último verso de Gênesis é mais ampla do que apenas sua morte. Estranhamente, ele ordenou que seus ossos não fossem enterrados. Em vez disso, apontou para o tempo em que “Deus certamente [os visitaria]. Quando isso [acontecesse, deviam levar os seus ossos dali]” (Gênesis 50:25), o que eles fizeram, anos mais tarde, em obediência direta a essas palavras (ver Êxodo 13:19). A esperança da terra prometida, Canaã, é um símbolo, um precursor da esperança final da salvação, de restauração, de uma nova Jerusalém em um novo céu e uma nova Terra – a esperança final de todos nós, uma esperança garantida pela morte de Siló. Leia Apocalipse 21:1-4. Como esses versos representam nossa maior esperança? Sem essa promessa, que esperança temos senão a morte como o fim dos nossos problemas?

 

A VINDA DO MESSIAS

As palavras usadas – “cetro”, “legislador” (ACF) – indicam que é um rei, e não uma tribo, o objeto da profecia. Esse versículo, Gênesis 49:10, também encontra eco na profecia de Balaão (Números 24:17). A estrela de Jacó na profecia de Balaão corresponde ao leão de Judá na profecia de Jacó. Além disso, nossa passagem introduz um elemento temporal nesse governo (Gênesis 49:10). A vinda do Messias está inserida na história de Israel. No entanto, a preposição ‘ad ki, “até”, na frase “até Siló”, significa mais do que apenas um ponto de chegada. O hebraico ‘ad ki não se refere necessariamente a um fim, mas a um cumprimento ou a um clímax, expressando um superlativo (Gênesis 26:13; 41:19). Isso significa que a realeza de Judá atingiria seu clímax com a vinda de Siló. A dimensão universal dessa Pessoa é esclarecida nas próximas palavras: “A Ele obedecerão os povos” (Gênesis 49:10). Observe que, no texto hebraico, a palavra “povos” está no plural (‘amim).

O alcance universal desse Governante a quem os povos devem obediência sugere uma figura de dimensão messiânica e sobrenatural. A palavra Siló é o nome de uma pessoa, conforme indicado por seu paralelo com o nome Judá. A palavra hebraica está relacionada às palavras shalwah ou shalom (“paz”), sendo ambas sinônimas (Salmo 122:7). Essa interpretação é atestada nas fontes cristãs e judaicas mais antigas e tem o mérito de se ajustar ao contexto da nossa passagem (Gênesis 49:11), que associa a vinda desse governante com o reinado de paz (compare Isaías 9:5, 6; Miquéias 5:5 [4]); Efésios 2:14). Os dois últimos versos da bênção de Jacó a Judá (Gênesis 49:11, 12) descrevem o caráter e a missão do Messias. A palavra hebraica para “jumento” refere-se geralmente ao jumento usado para cavalgar (Juízes 10:4). O jumento evoca paz e humildade (em contraste com o cavalo, que evoca guerra e arrogância [Provérbios 21:31]). A mesma associação de realeza e humildade é usada por Zacarias para descrever o “humilde” Rei davídico que montaria um jumento (Zacarias 9:9) e reinaria sobre o mundo inteiro, “de mar a mar [...] até os confins da terra” (Zacarias 9:10). Essa imagem nos lembra de Salomão, que montou na mula de seu pai para indicar que ele era o ungido, o verdadeiro herdeiro do trono davídico (1 Reis 1:38-48). Da mesma forma, a ação de Jesus de “desprender” o jumento e andar nele apontam para essa tradição (Marcos 11:2-11).

As outras imagens de “vinho” e “leite” e suas respectivas cores de vermelhos [vinho]/ olhos e branco/dentes evocam a abundância de vida e a paz e segurança que encheriam a terra prometida (Números 13:23, 27). A referência aos olhos e aos dentes em nosso contexto, que significam plenitude do gozo, pretendia, então, sugerir a intensidade de vida e de paz total que caracterizaria o reino messiânico.

 

A SALVAÇÃO DO MUNDO

 

Ao passo que o texto menciona uma sepultura para Jacó, mas não um caixão (Gênesis 49:29), para José, o texto menciona um caixão, mas não uma sepultura (Gênesis 50:26). José foi embalsamado, contudo não foi enterrado, por causa de sua esperança na terra prometida. Assim, José ordenou que seus ossos não fossem enterrados por ocasião de sua morte. Ele quis que seus ossos fossem transportados para Canaã junto com todo o povo de Israel. Nesse meio tempo, “embalsamaram o seu corpo e o puseram num caixão, no Egito” (Gênesis 50:26). O hebraico usa o artigo definido ba’aron, que significa literalmente “no caixão”, fortalecendo, dessa forma, o significado de que esse caixão não tinha sepultura.

Assim, o livro de Gênesis termina da mesma forma que termina o Pentateuco: com a morte, mas sem sepultura (Deuteronômio 34:6), e na perspectiva da terra prometida (compare Deuteronômio 34:1-4). O livro de Gênesis, como o Pentateuco, começa com a criação e o jardim do Éden (Gênesis 1–2) e termina com a perspectiva da terra prometida e a esperança da ressurreição dos mortos (Deuteronômio 34:6; compare com Judas 9). Essa coincidência literária não é acidental. Encontramos a mesma associação em outros lugares (Hebreus 11:1) e no início e no fim de vários livros da Bíblia (ver, por exemplo, Isaías 1:2; 66:22, 23; Eclesiastes 1:1-11; 12:14; Daniel 1:12; 12:13; João 1:1-10; 21:22, 23), e até mesmo de toda a Bíblia (Gênesis 1–2; Apocalipse 22:20).

 

De que modo nosso nome “Adventista do Sétimo Dia” mostra nossa crença na criação divina, com base na interpretação literal do livro de Gênesis? Como nosso nome sugere, qual é a associação entre nossa crença na criação divina e a esperança que temos na segunda vinda de Jesus

 

Como essa profecia se aplica a Jesus Cristo?

Analise as ricas imagens que são usadas em Gênesis 49:10-12 para caracterizar o Messias. De que modo a imagem de Cristo como “Legislador” se aplica à sua vida? Como a imagem de dentes e olhos, que significam alegria de vida e paz, afeta sua compreensão da vida cristã?

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022. Autor: Jacques B. Doukhan. Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-246 - VOCÉ QUER MESMO IR PARA O LAR?

Porque aguardava a cidade que tem fundamentos, da qual Deus é o Arquiteto e Fundador. Hebreus 11:10.

Por que Abraão deixou o lar, para vaguear num país estranho? Sendo abastado, podia ele ter comprado terras e construído uma luxuosa mansão. Ao contrário, aguardava ele um lar melhor, mais permanente, cujo fundador é Deus.

Bichano, gato velho e sábio, não podia acompanhar o dono, numa viagem que este tinha que fazer. Uma família amiga, que vivia a oito quilômetros dali, do outro lado da cidade, prontificou-se a cuidar do gato. Quando chegou a ocasião, seu dono o meteu num saco e o levou àquela família. Procedeu assim porque sabia do forte instinto dos animais, que os fazia voltar para casa.

Bichano não se ajustou a seu novo ambiente, e da primeira vez que viu a porta aberta, correu para fora e desapareceu. Alguns dias depois os vizinhos notaram Bichano procurando entrar na casa fechada. Não o conseguindo, ficou por ali alguns dias e desapareceu. Atravessando a cidade que ele percorrera metido num saco, voltou à casa em que estivera algumas horas apenas, contente de ficar ali até que voltasse o dono. Como foi que ele encontrou o caminho de ida e volta?

F. H. Sidney conta de um sapo que vivia em seu quintal. Opondo-lhe uma etiqueta, levou-o através da cidade de Boston, para um, lugar a 16 km dali. Eram quase 23 horas quando soltou da caixa o animalzinho. Este piscou várias vezes e pôs-se a caminho para casa. Na tarde seguinte, pouco depois das 18 horas, quando regava o jardim, o Sr. Sidney viu o sapo, todo empoeirado, ainda com a etiqueta na perna traseira. Aos saltos percorrera em menos de 20 horas, os 16 km, através de uma cidade estranha.

Deus concedeu a você mais do que instinto para ir para o lar. Você tem a faculdade da escolha, ou livre arbítrio, para aceitar um lar tão maravilhoso que palavras não conseguem descrevê-lo. Está você empregando ansiosamente todas as energias e desejos rumo daquela cidade cujo Arquiteto e Fundador é Deus? Para lá chegar temos que manter o olhar em Jesus tão-só.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil


 


 

7

OLHOS FIXOS, NA NOVA TERRA

Wilian S. Cardoso

 

TOPO

 

1 É DEUS QUEM DÁ PROMESSAS E AS CUMPRE

 

O fim de Gênesis nos prepara para o início de Êxodo. Deus havia dito a Abraão que seus descendentes seriam peregrinos na terra do Egito durante 400 anos (Gênesis 15:13). E, agora, esse momento se tornou real. E não é à toa que, quando Deus apareceu para Jacó na sua ida para o Egito, Ele lhe disse que não temesse ir até lá (46:3). A razão para que ele não ficasse com medo foi que Deus mesmo executaria todo o processo para tirá-los do Egito e trazê-los de volta à terra prometida. Essa é uma promessa constantemente repetida nesses últimos capítulos de Gênesis. O próprio Jacó faz José prometer que ele enterraria seu corpo em Canaã (49:29), como testemunho ou garantia de que seus descendentes não permaneceriam no Egito.

 

2 O QUE É BENÇÃO NA BÍBLIA?

 

Antes de morrer, contudo, Jacó concedeu uma série de bênçãos para cada um dos seus doze filhos. Esse é o ponto mais alto de todas as bênçãos e maldições pronunciadas desde a criação e a queda, e incluiu todos os patriarcas. Na verdade, bênção é um dos temas mais fundamentais de todo o livro de Gênesis. A ideia de usar as palavras a fim de criar coisas – matéria, sentimentos, relacionamentos etc., é recorrente desde o início do livro. Deus criou com a palavra, Satanás descriou usando a mesma habilidade, e Deus escolheu a família de Abraão para ser veículo de Sua vontade de abençoar todas as famílias da Terra. Na verdade, creio ser perceptível que, mesmo uma leitura superficial de Gênesis revela a preeminência do tema da bênção juntamente com seu elemento antitético, a maldição.

Como vimos, literariamente Gênesis foi estruturado por meio de um arranjo de toldot (“gerações”), que, por sua vez, são desenvolvidas sob o tema da bênção divina, visando a apresentar as bases históricas que justificam a eleição e aliança de Deus com determinados personagens e Sua maldição com outros.1

 

Tabela

Descrição gerada automaticamente

 

Assim, esse padrão de gerações é tecido por um fio que conecta tudo: a bênção de Deus (e eventuais maldições), que enfatiza o movimento inicial do plano divino de salvar.2

A bênção de Deus é um tema como poucos outros na Bíblia, pois abrange a totalidade da bondade de Deus para com a humanidade. E podemos ver que, desde o primeiro capítulo da Bíblia até o último, Deus busca sempre abençoar a humanidade (Gênesis 1:28; Apocalipse 22:14, 15), até chegar o tempo em que a maldição não mais existirá (Apocalipse 22:3). O que precisamos entender é que a bênção é, em si, a permissão de um privilégio. Antes da queda, ela envolvia dois elementos: a capacidade de criação por meio da procriação e a autoridade sobre a Terra (1:28). Em outras palavras, a bênção inicial foi uma ratificação divina de que a criação humana havia sido feita à imagem e semelhança de Deus, pois, como Ele, eles eram criadores e soberanos dentro de sua esfera de criação. Ou seja, a tentação da serpente foi uma oferta de algo que, relativamente, eles já possuíam e, ao mesmo tempo, maldição, por ser a inversão da bênção. Em lugar de se tornarem como Deus, a aceitação das palavras da serpente inverteu o status do casal – sua reprodução propagou o mal, além de perderem a Terra e o controle dela. Isto posto, a bênção pós-queda é, em essência, a restauração da imagem de Deus na humanidade a fim de restaurá-la ao seu status planejado. É por isso que a bênção é sempre marcada por dois elementos: a existência de uma linhagem divinal, marcada pela obediência a Deus, e a posse da terra. Dessa perspectiva, ser bendito por Deus significa desfrutar da garantia da proteção divina.

O uso do verbo barakh (“abençoar”) em Gênesis mostra que obter o dom da bênção incluía a capacidade de alcançar aquilo que havia sido prometido. Logo, a fonte final da bênção sempre é Deus, mesmo quando é comunicada por outro indivíduo.3

 

3 BENÇÃOS PODEM SER A PESSOAS QUE SÃO APLICADAS A GRUPOS E NAÇÕES

 

Diante de seu leito de morte, Jacó chamou todos os seus filhos para ouvir suas palavras de despedida recitadas de forma poética. E, curiosamente, as bênçãos de Jacó em Gênesis 49:1-27 são a primeira porção extensa de poesia hebraica em toda Bíblia e, consequentemente, o capítulo mais complexo de Gênesis. É igualmente curioso o fato de que, nesse capítulo, os nomes “Jacó” e “Israel” aparecem 10 vezes, isto é, 5 vezes cada um. O mesmo número das toldot (“gerações”) que percorrem todo o livro. Possivelmente, isso indicasse a dualidade pessoa-povo. Ou seja, de personalidades individuais para representantes tribais de uma completa nação.4 Em outras palavras, a bênção-promessa de gerar uma nação a partir de Abraão está praticamente cumprida. O segundo elemento da bênção, contudo, sobre a concessão da terra, é desenvolvido nos livros seguintes. Portanto, esse é o momento em que a bênção de Deus é passada de um indivíduo, Jacó, para toda a nação, Israel.

 

4 DEUS TRANSFORMA O MAL EM BEM

 

Mas acima de todas as bênçãos dadas, histórias contadas e promessas feitas nesse capítulo de fechamento, uma verdade permanece acima de todas as outras. Depois de tudo que seus irmãos fizeram, José não ficou chateado nem se tornou vingativo. Ao contrário, ele inclusive os perdoou, porque sabia de algo verdadeiro sobre como Deus trabalha. Assim, ele declarou: “Vocês, na verdade, planejaram o mal contra mim; porém Deus o tornou em bem, para fazer, como estão vendo agora, que se conserve a vida de muita gente” (50:20). Deus converteu o mal em bem – é isso o que Deus faz no plano micro, e é isso que Ele está realizando igualmente no plano macro. Esse é o grande tema da bênção que percorre todo o livro de Gênesis. Deus toma a pecaminosidade, o engano, a trapaça, a perda, a depravação e o egoísmo dos seres humanos e tira deles o bem. Desde a queda de Adão e Eva, a confusão das línguas, o engano de Jacó e Rebeca, a venda de José, ou o episódio em que Judá dormiu com a nora, entre outras situações, constantemente Deus tem tirado o bem a partir do mal. Ele faz isso a fim de cumprir um único propósito: para “que se conserve a vida de muita gente”

Muitos anos à frente, as cenas são outras, mas o tema é o mesmo. As pessoas buscaram ferir Jesus ao aprisioná-Lo, forjando um julgamento ilegítimo, batendo Nele, mesmo Ele sendo um Inocente, até finalmente o assassinarem em uma cruz. Eles visavam ao mal, mas Deus ao bem. Ao machucar Jesus desse modo, Deus realizou Seu maior propósito: trazer o Descendente perfeito para que, com Sua bondade, esmagasse o mal para sempre e “a vida de muita gente” fosse salva. Jesus é o Descendente que pisou sobre a cabeça da serpente. Ele é o Filho de Abraão, Isaque e Jacó, que trouxe e continua trazendo a bênção a todas as famílias da Terra (12:3), a fim de que todas as famílias da Terra possam possuir a terra eterna. De uma linhagem de benditos, surgiu o mais perfeito de todos, a bênção encarnada, o qual veio e morreu para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha vida eterna (João 3:16).

 

5 EM JESUS, TODAS AS PROMESSAS DE DEUS FORAM, SÃO E SERÃO CUMPRIDAS

 

Jesus, também, é Aquele que nos tirará deste atual Egito em que nos encontramos, a fim de levar-nos para Sua terra prometida eternal. A vida e obra de Jesus sobre esta Terra foi e é a realização suprema do primeiro elemento da bênção de Deus que se tornou real. O segundo elemento, a terra, conforme Ele mesmo disse, ainda está sendo preparada (João 14:1-3). E para que essa parte da bênção se torne realidade na nossa geração e na nossa existência, ainda será desenvolvida em outro livro, o livro da nossa história com Deus – o livro da vida. Portanto, mantenhamos a fé de Abraão, a comunhão de Isaque, a perseverança de Jacó, a integridade de José, e o coração arrependido de Judá, e aguardemos o dia em que receberemos a plenitude da bênção, quando, pelo Filho, estaremos todos em uma só terra, a nova Terra. Você aceita o chamado para a aliança de salvação e declara sua fé nas promessas de Deus, vivendo de acordo com a vontade do Senhor?

Referências:

1 ROSS, Allen P. Creation and Blessing: a guide to the study and exposition of Genesis. Grand Rapids, MI: Baker, 1988, p. 65.

2 HAMILTON, Victor. Handbook on the Pentateuch. Grand Rapids, MI: Baker, 1982, p. 18.

3 Ibid., p. 66.

4 SARNA, Nahum M. Genesis. The JPS Torah Commentary. Philadelphia, PA: Jewish Publication Society, 2001, p. 331.

 

FONTE

 

Lição da Escola Sabatina, 2° Trimestre de 2022 Casa Publicadora Brasileira. Tatuí, SP, Brasil

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-251 - EM CADA TRAGÉDIA UMA BÊNÇÃO

"Em tudo dai graças." 1 Tessalonicenses 5:18.

Para o cristão, cada nuvem esconde um ponto luminoso e cada tragédia traz oculta em si uma bênção.

Tome-se por exemplo o grande incêndio de Londres que começou por volta da uma hora da madrugada no domingo de 2 de setembro de 1666. Em quatro dias, dois terços da cidade foram devastados. Duzentas mil pessoas ficaram sem lar e 87 igrejas foram destruídas. Poderia haver alguma razão para agradecer a Deus por tal tragédia? Seria possível que houvesse uma bênção em circunstâncias tão terríveis?

Sim, mesmo essa tragédia trouxe uma bênção. Ela varreu de Londres os seus esgotos abertos, suas casas de madeira que sempre ofereciam perigo, o mau cheiro da cidade e suas ruas sujas. Londres foi reconstruída com melhores edifícios e um sistema de esgoto muito melhor.

O fogo parecia ter exercido um efeito purificador. Ele matou milhares de ratos e eliminou os últimos germes da peste bubônica que havia colhido milhares de vidas no ano anterior. O que pareceu ser uma tragédia nessa ocasião, foi na verdade uma bênção disfarçada, salvando milhares de vidas e tornando Londres um lugar melhor para viver.

Outro exemplo é o que aconteceu a Corrie Ten Boom e sua irmã Betsie quando se encontravam num campo de concentração durante a 2° Guerra Mundial. Um dia, elas foram transferidas de alojamento e viram que suas camas estavam repletas de pulgas. Não entendiam como poderiam viver em lugar tão sujo, e muito menos como dar graças ao Senhor por isso. Um dia, Betsie leu o verso de nosso texto para hoje. "Está vendo?" ela disse à irmã, "devemos dar graças a Deus por tudo que temos neste lugar." "Agradecer a Deus também pelas pulgas?" Corrie perguntou.

"Sim, mesmo pelas pulgas", Betsie respondeu.

Vários dias mais tarde elas souberam que por causa das pulgas os guardas recusavam entrar em seu alojamento. Isso deu-lhes liberdade para lerem suas Bíblias e para dar um testemunho que de outro modo não teriam gozado.

Quando alguma coisa realmente ruim acontecer a você, procure louvar a Deus. Quando você se sentir desanimado e triste, procure louvar a Deus. Agradeça-Lhe por tudo, pelo bem e pelo que lhe pareça mal. Peça-Lhe que o ajude a encontrar o ponto luminoso por trás de cada nuvem escura.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 2023 Artur Nogueira SP Brasil

 

 

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