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A MELHOR DESCOBERTA DA VIDA

As Parábolas de Jesus

 

1 O QUE SEMPRE APARECE QUANDO LIMPO A CASA-MATEUS 12.43-44

 

2 BEM MAIS RICO DO QUE IMAGINEI-MATEUS 13.44

 

3 DISCRETO, MAS FAZ DIFERENÇA-MATEUS 13.20-21

 

4 NÃO MISTURE AS COISAS-MATEUS 13.52

 

5 QUANTOS DEFEITOS DEUS VÊ EM MIM-MATEUS 13.45-46

 

6 SERÁ QUE O PROBLEMA NÃO SOU EU-MATEUS 13.24-30

 

7 SHEK-UP EM QUALQUER IDADE-MATEUS 13.1-23

 

8 SÓ DEPENDE DE VOCÊ-MATEUS 13.47-50

 

9 O DIA EM QUE ME CONFUNDIRAM COM DEUS-MATEUS 18.21-35

 

10 QUANDO SER O SEGUNDO NÃO TEM IMPORTÂNCIA-MATEUS 20.1-16

 

11 CAPATAZ INCAPAZ-MATEUS 21.33-43

 

12 O PECADO QUE EU AINDA AMO-MATEUS 21.28-33

 

13 SEM ROUPAS PARA A FESTA-MATEUS 22.1-14

 

14 SEM NOÇÃO DO TEMPO-MATEUS 24.45-51

 

15 A ÚNICA CHANCE PARA SUA PROMOÇÃO-MATEUS 25.35-40

 

16 APROVEITE A RIQUEZA QUE VOCE JÁ TEM-MATEUS 25.14-30

 

17 NASCI PRA SER GRANDE-MARCOS 4.30-32

 

18 ONDE SEMPRE SOU ATENDIDO-LUCAS 11.5-8

 

19 A MELHOR MANEIRA DE ESPERÁ-LO-LUCAS 12.35-40

 

20 ACHAMOS SEU CORAÇÃO-LUCAS 12.13-34

 

21 O QUE FAZER COM UMA ÁRVORE QUE SÁ DÁ FOLHA-LUCAS 13.6-9

 

22 ACEITANDO O CONVITE-LUCAS 14.16-24

 

23 O TIPO DE CRISTIANISMO QUE VALE ALGUMA COISA-LUCAS 14.25-35

 

25 QUEM REALMENTE ESTÁ POR BAIXO-LUCAS 16.19-31

 

26 DE OLHO NA GRANA-LUCAS 17.7-10

 

27 JUSTIÇA A TODO PREÇO-LUCAS 18.1-8


 

1

O QUE SEMPRE APARECE QUANDO LIMPO A CASA?

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

A CASA VARRIDA - Mateus 12.43-44.

 

- O contexto: Jesus estava falando do pecado imperdoável.

 

PARA QUEM CONTOU JESUS ESTA PARÁBOLA?

Mateus 12.22-45.

 

1.   Ao povo de Israel que vivia em Seu tempo.

2.   Aos escribas e fariseus que o rejeitavam como seu salvador. Eles tinham varrido da vida os pecados aparentes, mas permaneciam incapazes de demonstrar qualquer lealdade, a não ser a si mesmos.

3.   Ao endemoninhado que acabara de ser curado. Uma casa vazia não permanece assim por muito tempo. Rapidamente os cantos e frestas começam a mostrar ajuntamento de pó e insetos.

4.   Aos que ouviram com alegria o evangelho, mas não se rederam ao Espírito Santo. Tais pessoas ainda não cometeram o pecado imperdoável, e Jesus as adverte para que não cheguem a esse ponto.

 

INTERPRETAÇÃO

 

- O homem liberto de um espírito mal tinha boas intenções. E não contava com o retorno do espírito mal, muito menos junto com mais 7 outros. Dessa forma, não se submeteu ao controle de Cristo. O Espírito Santo tem de entrar em nossa vida e tomar o controle dos pensamentos e da conduta.

- Pior que antes- no caso das enfermidades, as recaídas são muito mais graves do que a enfermidade inicial. A força física, já muito diminuída pela enfermidade, com frequência é impotente ante o renovado ataque da enfermidade.

- Muitas vezes a recaída ocorre porque o paciente não se dá conta de sua debilidade física e confia demasiado em si mesmo.

- Quando uma pessoa está se recuperando da enfermidade do pecado, deveria confiar plenamente nos méritos e no poder de Jesus.

- Lugares secos- nestes lugares desertos o espírito mau não encontrou seres humanos, por isto sentiu-se intranquilo por não possuir nova casa.

- Volveu- sua ausência era temporária.

- Vazia e arrumada- a condição da casa - da pessoa- agora era o mesmo que havia quando ele entrou na pessoa pela primeira vez. A religião cristã não consiste principalmente em abster-se do mal, mas em aplicar a mente e a vida ao bem com inteligência e diligência.

- Não basta odiar o mal; devemos amar e guardar ardentemente o que é bom. Não basta evitar o mal. Devemos buscar ativamente a Jesus Cristo. Desenvolver a vida cristã.

- Comunhão diária, leituras construtivas, assistir aos cultos, estudo secular, trabalho diário, responsabilidade etc. Crescimento equilibrado. Crescer sempre!

- Cristo não oferece apenas a libertação do pecado, mas também o reavivamento e a recriação. Afinal de contas, o cristianismo não é feito só de proibições; é uma força positiva.

- O demônio não foi convidado, mas entrou, pois, a casa estava vazia!

 

ELLEN G. WHITE ADVERTE QUE O CONHECIMENTO DA PALAVRA DE DEUS É A ÚNICA PROTEÇÃO CONTRA O ESPIRITISMO.

 

- 7 demônios- plenitude- possessão demoníaca era completa.

- Devemos estar cientes de nossa debilidade espiritual, bem como da enorme força e astúcia da antiga serpente, Satanás. Apegados diariamente a Cristo, venceremos.

- EXEMPLO - Saul - Começou muito bem, mas não guardou as entradas da alma. Um espírito mau o tomou, até levá-lo ao suicídio.

- A religião cristã não aceita entrega parcial, ou estagnação do desenvolvimento da vida como um todo. Precisamos sempre ir além. Sempre crescer no conhecimento, nos dons, nas atividades e na comunhão. Qualquer retrocesso dá lugar ao inimigo para que nos vença.

 

PENSE NISTO

 

- A presença permanente da velha natureza garante que na vida cristã não há vitória sem vigilância. J. Blanchard.

- Muitos santos, por não manterem rédeas curtas em relação a algum pecado que pensavam haver domado, foram lançados para fora da sela. William Gurnall.

- Nossos inimigos cercam-nos de todos os lados; assim também deve ser nossa armadura.

- A eterna vigilância é o preço da liberdade. Thomas Jefferson.

- Nenhum estágio de experiência exclui a necessidade de vigilância. J. Motyer.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 2000 286 - FECHE A PORTA

"Está chegando aquele que manda neste mundo. Ele não tem poder sobre Mim." João 14:30.

Tânia acordou de repente no meio da noite, com o som de passos do lado de fora da janela de seu quarto. Petrificada pelo medo, ela finalmente juntou coragem para ajoelhar-se em cima da cama e olhar pela janela para o lado de fora. Estava tão escuro que ela não conseguia ver se o portão da garagem estava aberto ou fechado. Mas seu pai costumava fechar o portão todas as noites. Ela apertou os olhos para ver na escuridão. O portão realmente parecia estar aberto, mas ela não estava vendo o carro! - Pai! - ela sussurrou segundos mais tarde ao lado da cama dos pais. - Acorde! Acho que o nosso carro foi roubado! O pai pegou a lanterna e saiu pela porta da frente em direção à garagem. Vinte segundos mais tarde ele voltou correndo: - Vou chamar a polícia! Levaram o nosso carro! Alguns minutos depois um policial bem alto estava sentado à mesa da cozinha com o pai. - Se pelo menos eu tivesse verificado se o portão estava trancado! - gemeu o pai. Jesus disse a Seus discípulos que iria fechar o portão da garagem. Bem, Ele não usou exatamente essas palavras. O que Ele realmente disse foi que Satanás queria dominá-Lo, mas que Ele não deixaria Sua vida "aberta" para o pecado. Foi assim que Jesus conseguiu ficar a salvo do poder de Satanás. O mesmo acontece conosco. Podemos fechar as portas mais óbvias, evitando coisas como as drogas, vídeos pornográficos, músicas com letras maliciosas e literatura pornográfica, para que Satanás não tenha domínio sobre nós. Mas você pode ler na Bíblia a respeito de outras "portas" pelas quais ele pode entrar de fininho e roubar nossa alma. Deus nos ajudará a "fechar" essas portas e manter nossa alma a salvo para toda a eternidade. A propósito: na hora do almoço do dia seguinte ao roubo, o pai de Tânia encontrou o carro no final da rua. Mas foi um susto e tanto! 

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

2

BEM MAIS RICO DO QUE IMAGINEI

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

TESOURO ENTERRADO. Mateus 13.44.

 

- Não existiam bancos. Havia muitos ladrões, e os poderes políticos emergentes estavam sempre de olho em suas posses para taxá-Las. Além disso, a guerra era uma possibilidade sempre muito próxima.  Outras possibilidades: ela podia morrer, ser presa ou exilada. Assim seu tesouro era perdido, até que viesse alguém disposto a cavar com o objetivo de encontrar a riqueza. 

Se os arrendadores da terra encontrassem tal tesouro, não podiam pegá-lo para si pois não lhes era por direito, a não ser que fossem herdeiros do real dono da terra. Por isto, pela lei de Moisés, era obrigado a devolvê-lo. Mas no caso da parábola, o dono original havia morri do, sendo impossível a devolução do achado. Ao encontrar a fortuna, o homem da parábola o a escondeu, foi comprar o terreno para que conseguisse o tesouro de forma legal.

INTERPRETAÇÃO

 

- O tesouro: o Evangelho/ o homem: todos nós, os que estão ardentemente procurando a verdade. Veja que nestas duas parábolas, as pessoas estão procurando algo melhor para sua vida, e tão ardentemente o fazem que acabam achando! / a Bíblia é o campo arado, onde está escondido o Evangelho.

- Deus deixou na Bíblia o Evangelho eterno. Isto nos mostra que ela jamais pode ser árida ou desinteressante. Por isto ela não pode ser árida. Se a vemos assim é porque não estamos procurando o tesouro, mas apenas lendo-a por obrigação. Mas se temos real sentimento de necessidade de algo melhor em nosso viver, e vemos que a Bíblia é o único caminho para isto, iremos devorar sua mensagem.

- Todos estão procurando, mas Deus promete conceder sua verdade apenas aquele que está pesquisando, está arando a terra. Não há revelação, mensagem ou tesouro para quem lê a Bíblia ocasionalmente, de forma superficial ou nada abrangente. É necessário horas de estudo, meditação e aplicação da verdade ao coração.

- Quando achamos tal tesouro, fazemos de tudo, todo sacrifício possível para obter os tesouros da verdade. Isto nos levará a nunca mais dizermos que não temos tempo para ler a Bíblia. Quem a valoriza fará de tudo para estudá-la, a fim de encontrar a Cristo!

* Quanto valor dá você ao Evangelho? Por consequência, quanto valor dá você à Bíblia? É um estudante profundo ou ocasional? 

- O objetivo de toda pregação do Reino, portanto, é convencer os homens que o Reino é a coisa mais preciosa que se possa imaginar, tão preciosa que, em comparação com ele, todas as demais coisas perdem seu valor.

 

PENSE NISTO

 

1.   A Bíblia é sempre um livro novo para aqueles que estão familiarizados com ela. Walter Knight.

2.   Creio que a Bíblia é inspirada porque ela me inspira. Moody.

3.   A Bíblia fala no tom de voz do próprio Deus. C.H. Spurgeon.

4.   A palavra de Deus está acima da igreja de Deus. Thomas Cranmer.

5.   A Palavra de Deus ou é absoluta ou é obsoleta. Vance Havner.

6.   Nossa visão de deus precisa ser controlada não pelo que vemos no mundo, mas pelo que a Bíblia nos autoriza a crer. Iain Murray.

7.   Um simples cristão com a Bíblia na mão pode dizer que a maioria está errada. Francis Schaeffer.

8.   O homem verdadeiramente sábio é aquele que sempre cr6e na Bíblia contra a opinião de qualquer outro homem. R A Torrey.

9.   Não tente tornar a Bíblia importante; ela já o é em si mesma. Dietrich Bonhoeffer.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-009 - TESOUROS ILIMITADOS

Tu me farás ver os caminhos da vida; na Tua presença há plenitude de alegria, na Tua destra delícias perpetuamente. Salmo 16:11.

Tesouro escondido! Não nos emocionamos com o pensamento de achar riqueza — mais valiosas do que o ouro e a prata — tesouros ocultos há muito tempo? Podem estar sepultados nas profundezas do mar, encontrados nas densas florestas, cavernas secretas, ou nas areias movediças do deserto. A cada dia será dado a você um vislumbre na fascinante busca do tesouro. Você vibrará com o gozo de estar na presença do Criador enquanto você se prepara mais plenamente para desfrutar a eternidade. Como sei? Porque Deus prometeu dar-nos a chave da casa de Seu tesouro. Ouçamos isto: "Ao observarmos as coisas do mundo natural, habilitamo-nos, sob a guia do Espírito Santo, a compreender mais amplamente as lições da Palavra de Deus. É assim que a Natureza se torna uma CHAVE DA CASA DO TESOURO DO SENHOR". — Educação, p. 120. Pense bem nisso: 365 chaves todas de você, cada uma abrindo um novo tesouro. Através do segundo livro de Deus, a Natureza, você aprenderá a conhecê-Lo, e entenderá melhor Seu primeiro livro, a Bíblia. Na presença de Jesus, você caminhará por novos e lindos caminhos, desfrutando prazeres incessantemente. Eis a verdadeira riqueza! É acessível a todos os que param, olham e escutam.

 

Por toda a parte em que olho, vejo Esplendores importantes para mim. Todo o grande céu aberto é meu, Todo o céu no verão. Todas as flores, pássaros e árvores, Todo o brilho do Sol, toda a brisa. Quanta amorosidade eu vejo! Tudo isto me pertence ... Todos os campos se inflamam com os raios solares da manhã. Jamais então serei pobre com tantos tesouros à minha porta. — Edna Lee Miller

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil



 

3

 

DISCRETO, MAS FAZ A DIFERENÇA

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

O FERMENTO. Mateus 13.33, Lucas 13.20-21.

 

INTERPRETAÇÃO

 

- Fermento: o poder do Espírito Santo / o pão (a massa): eu e você.

- Esta parábola mostra o papel do Espírito Santo ao transformar nossa vida.

- Também apresenta o crescimento em profundidade e qualidade de cada súdito do reino.

- Do ponto de vista humano, eram pouco promissores os iletrados camponeses e pescadores que nesta ocasião eram quase os únicos seguidores do humilde Galileu. Mas quem os considerava assim não contava com o poder transformador e elevador do Evangelho.

- Para os judeus deve ter sido uma história chocante, pois eles relacionavam o fermento apenas com o pecado. Sua preparação para a Páscoa incluía recolher e queimar todo o fermento que fosse encontrado na casa.

- É possível que as pessoas que logo captaram o sentido desta ilustração tenham sido as donas de casa que gastavam parte de seus dias fazendo pães ou bolos. Essas sabiam muito bem a diferença entre conseguir uma massa porosa, macia e deliciosa, ou seca, dura e intragável.

 

O FERMENTO

 

- Assim como o fermento se difunde com toda a massa onde é colocado, assim também os ensinos de Cristo penetrariam na vida daqueles que os recebessem e foram transformados por eles.

- A medida: pouco mais de 13 litros. As 3 medidas equivaleriam a uns 32,5 litros quantidade que permitiria fazer um bom número de pães.

- O fermento transforma completamente a massa na qual atua. De que maneira o Espírito Santo nos transforma? Gálatas 5.16-26.

 

O CRISTIANISMO TRANSFORMA TANTO O INDIVÍDUO QUANTO AGE SOBRE GRUPOS DE PESSOAS

 

Em seus primeiros dias, o cristianismo representou uma fonte de vida para:

 

1.   Doentes: era comum encarar tais pessoas como amaldiçoadas. Mas os cristãos fundaram os primeiros hospitais e casas para cegos. Como Cristo tratou tais pessoas?

2.   Idosos: esses eram considerados como um incômodo a mais. Levítico 19.32. Jesus curou muitas pessoas idosas, como a sogra de Pedro.

3.   As crianças: nos primeiros séculos do cristianismo, o divórcio era uma praga. Muitas mulheres eram submetidas às maiores dificuldades. Em tais situações, Ter filhos era uma temeridade. Como Cristo considerava o casamento e as crianças?

4.   As mulheres: em suas orações matinais, um judeu jamais deixaria de agradecer a Deus por não Ter nascido gentio, escravo nem mulher. Como Cristo tratava as mulheres? - Onde a mulher colocou o fermento? "Não basta a mudança exterior para pôr-nos em harmonia com Deus. Muitos há que procuram reformar-se, corrigindo este ou aquele mau hábito, e esperam desse modo tornar-se cristãos, mas estão principiando no lugar errado.

Nossa primeira tarefa é no coração". Parábolas de Jesus, 97.

 

COMO O CRISTIANISMO AGE?

 

1.   De Forma Invisível: ninguém vê como o fermento transforma uma mistura inerte numa massa fofa.

2.   Ninguém vê como o Espírito Santo muda as pessoas. Vemos apenas os resultados.

3.   Só atua se for colocado internamente na massa. A massa não se transforma sozinha. Assim também não podemos nos modificar por nós mesmos. Quando tentamos isso, e fracassamos sempre, a tendência é disfarçar através do legalismo e autopromoção, mostrando quanto os outros são pecadores. Necessitamos de um poder externo: o Espírito Santo.

 

- Que faz a Bíblia nesse processo? Romanos 10.17, João. 17.17.

- Pelo estudo da Bíblia, o Espírito Santo nos convence do pecado e nos transforma a imagem de Jesus.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL – 1977-080 - O FERMENTO E VOCÊ

Porque em Jesus Cristo... tem valor a fé que atua pelo amo. Gálatas 5:6 (Jerusalém).

Que é a verdadeira fé que atua pelo amor? Como o fermento que permeia todas as partes da massa de pão, ela transforma o seu caráter preparando você para o reino de Deus. Que acontece quando sua mãe faz pão? Ela mexe um pouco de fermento com uma porção de farinha de trigo, e líquido (leite, água, ou água de batata). A isto ela acrescenta um pouquinho de sal ou açúcar. A seguir ela amassa por muito tempo esta massa até que, todos os ingredientes estejam completamente misturados. Ela esmurra, soca, mexe, aperta a massa, trata-a com aspereza e finalmente á põe de lado num lugar quente para "crescer". Secretamente, silenciosamente, uniformemente o fermento começa a transformar aquela sólida massa. Como? As enzimas das células do fermento, uma grande quantidade de corpúsculos que se desenvolvem muito rapidamente pela gemação, ataca o amido da farinha transformando-a em açúcar. O açúcar é transformado em álcool e gás dióxido de carbono. Isto faz borbulhar a mistura, formando as bolhas que você deve ter visto muitas vezes na massa de pão. Isto torna a massa leve e porosa. Quando o pão cresceu a última vez cerca de duas vezes seu tamanho natural, ele é assado. Durante a assadura o álcool evapora-se, e os germes do fermento são destruídos. Quando a fé atua pelo amor em você, ocorre em sua vida uma transformação secreta e silenciosa. Dentro de você se formam novos pensamentos e novos sentimentos. Você tem novos motivos e uma nova norma de caráter. Sua mente é transformada. Sua consciência é despertada. A parte egoísta que há em você não mais luta por evidência, mas você se submete, como a massa, à ação silenciosa do gás. Em vez de ser uma massa dura, seus desamoráveis traços de caráter são ama- - ciados e subjugados. Você não apenas ama a Deus, mas também os outros. Sua opinião sobre você mesmo é menor, mas porque Deus o encheu de esperança, a sua imagem melhora e se torna mais simpática. Confiando nEle, você se torna amável, ponderado e educado com os outros. O aroma do pão feito em casa é agradável para você, não é? Sua vida será assim também: um delicado perfume que não apenas impregna os outros, mas sobe até Deus. Você agirá de modo diferente, e como o pão, será apreciado por todos.

 

PENSE NISTO

 

Enquanto outros livros informam e poucos reformam, só a Bíblia transforma. A. T. Pierson

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 

4

NÃO MISTURE AS COISAS

Marcelo Augusto de Carvalho

TOPO

 

TESOUROS VELHOS E NOVOS. Mateus 13.52.

O EVANGELHO: SUA INDIVIDUALIDADE E APLICAÇÃO

 

- Os escribas eram naquele tempo mestres autorizados para ensinar a lei.

- Mas aqui Cristo se refere aos que se haviam feito discípulos do Reino dos Céus, e eram doutores, e podiam ensinar ou serem apóstolos.

- Aqui "todo escriba" refere-se a todas as pessoas que participam da atividade de abrirem os tesouros da Palavra de Deus aos outros.

- Cristo não se refere à capacidade dos 12 discípulos de entenderem todas as coisas, mas à sua capacidade de transmitirem aos outros o que haviam aprendido.

- Doutor: os escribas profissionais do tempo de Jesus sabiam apenas a letra da lei de Moisés, mas nada sabiam do espírito da lei. Cristo expôs esta distinção no Sermão do Monte.

- O cristianismo foi construído sobre o fundamento dos apóstolos e profetas, o que inclui tudo o que foi revelado aos profetas do passado e tudo o que Cristo revelou pessoalmente a Seus discípulos.

- Pai de família: os discípulos possuíam os tesouros do Evangelho. Se lhes foi confiado essas coisas, Deus espera que saibam o que deveriam apresentar em cada momento oportuno. É claro que o Espírito Santo os ajudaria neste trabalho. Os discípulos (cada um de nós também) deviam ser "o pai de família".

- Coisas novas e velhas: coisas velhas: a vontade de Deus revelada no passado aos "pais pelos profetas". Hebreus 1.1. Coisas novas: os ensinos de Jesus.

- É claro que Jesus nunca depreciou, em momento algum de Seu ministério, o valor do AT, e nem mesmo sugeriu que no futuro este Testamento teria menos vigência ou valor.

- O Antigo Testamento não foi invalidado pelo NT, mas ampliado, e recebeu nova vida. Os 2 testamentos foram inspirados pelo mesmo Cristo, e ambos estão repletos de verdades para o que a busca com sinceridade. O Antigo Testamento revela que Cristo virá; o Novo Testamento revela que Ele veio e cumpriu Sua Palavra.

 

PANO NOVO E VINHO NOVO. Marcos 2.21-22. Não misture as coisas.

- Ninguém costura: Cristo destaca aqui o intento de remendar o velho manto do judaísmo com o tecido novo dos ensinos dEle.

- Remendo: os ensinos de Jesus não eram tão somente um remendo que seria aplicado ao desgastado sistema religioso judaico.

- Vestido velho: o judaísmo, como um velho e desgastado vestido chegara ao ponto de ser descartado. Há muito tempo já havia sido perdido o espírito original da religião judaica entre a maioria dos que a praticavam. Havia se tornado apenas um sistema de normas.

- Cristo procurou mostrar aos discípulos de João Batista a inutilidade de remendar Suas mensagens com as velhas e desgastadas observâncias da tradição Judaica.

- Se faz pior: o que tem por objetivo melhorar o velho vestido remendando-o com um novo tecido só terá como resultado ressaltar ainda mais os defeitos do velho.

- Vinho novo: representa a verdade vital de Deus, transformando o coração dos homens.

- Odres: na antiguidade, estes odres eram feitos com peles de ovelhas ou de cabras. Os odres velhos perdiam sua elasticidade original, ressecavam e endureciam. Tal era a condição do judaísmo no tempo de Jesus.

- Quebra os odres: os revolucionários ensinos de Jesus não podiam ser conciliados com os dogmas do judaísmo. Resultaria vã qualquer tentativa para introduzir o cristianismo dentro, das formas mortas do judaísmo. - Os princípios do reino dos céus aplicados às almas dos homens se manifestariam na vida dos que possuem uma religião ativa e radiante.

- O vinho se derrama: o intento de unir o novo com o velho resultaria numa dupla destruição.

- Odres novos: os novos conversos receberiam agora uma nova ordem religiosa: a Igreja, baseada nos ensinos do Deus encarnado, e não no ensino de astutos homens.

 

LIÇÕES

 

1.   Jamais poderemos misturar ou adequar os ensinos de Cristo com qualquer outra doutrina. Ela é pura, e destruirá todo e qualquer sistema a ela incorporado. (EX- nosso sistema de educação com as descobertas de sábios e educadores! O criacionismo com o evolucionismo liberal/ a verdade pura com o ecumenismo etc.).

2.   O pior perigo da religião prática é basearmos nossa espiritualidade no que a tradição, com uma face tão espiritual, diz. Deus não aceita tal inversão de valores. É um pecado mortal quando deixamos o claro "Assim diz o Senhor" para seguirmos "o que disse o irmão fulano"- aquele que é muito influente, poderoso, estudioso da Bíblia ou mesmo um irmão pastor.

3.   O Eu acho isso não tem lugar no reino de Cristo. Se temos alguma dúvida quanto à nosso proceder, compete-nos com humildade de coração, ajoelhar-nos para orar e estudarmos a Bíblia. Ela tem resposta para todas as inquietações dos cristãos, mas só para aquelas que merecem ser feitas, ou tem motivo real para preocupação. Nosso problema é que nossa religião é tão superficial que nunca paramos para estudar o que realmente Deus nos diz. E Cristo prometeu dar Sua valiosa mensagem apenas aos fiéis e profundos pesquisadores de Sua Palavra. Parábola do tesouro escondido.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 

5

QUANTOS DEFEITOS DEUS VÊ EM MIM? E EU NELE?

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

A PEROLA PERFEITA. Mateus 13.45-46.

 

- A palavra grega refere-se à atacadista e não um revendedor ou caixeiro-viajante. Os atacadistas eram muito respeitados e até mesmo alguns sacerdotes foram reconhecidos como tais.

- As pessoas tinham muita vontade de possuir uma pérola, não apenas pelo seu valor, mas também por sua beleza. Consideravam um grande prazer manusear ou contemplá-la.

·        Naqueles tempos as pérolas eram retiradas das costas do Mar Vermelho ou da Grã- Bretanha (Inglaterra), mas um comerciante seria capaz de percorrer os mercados do mundo todo para encontrar uma pérola que excedessem beleza.

·        Na silenciosa escuridão das profundezas, a dor traz a promessa de uma pérola natural, perfeita- só 1 em cada 50 mil ostras. As pérolas populares, esféricas, são raras mesmo em culturas de pérolas, onde um agente irritante é dolorosamente "semeado" dentro da concha da ostra, a ser coberta por uma bolha que as pressões externas podem distorcer. A pérola é colhida depois, ao custo do sacrifício da ostra.

·        Descoberta por mergulhadores persas, em 1628, tem o formato de uma gota com uns 7 cm de comprimento por uns 5 cm, e é considerada a maior pérola natural já encontrada.

·        Ladrões de sepultura roubaram a pérola do túmulo de Ch' ien Lung, imperador da Manchúria, em 1799, uns 100 anos após sua morte. A trajetória desta pérola permanece um ministério até que ela reaparece, 18 anos mais tarde, em Hong Kong, como penhor de um grande empréstimo não pago. Depois disso, um comprador não identificado de paris comprou a pérola por um preço desconhecido.

- Representações: o negociante: nós. Todos aqueles que são negociantes da fé: estão buscando a Deus, procurando a melhor pérola, Jesus Cristo, estão analisando o que as igrejas falam, recebem estudos bíblicos, estudam fielmente a palavra de Deus/ a pérola: o Salvador, e sua verdade.

- O mercador era conhecedor de pérolas, e se propunha a comercializar só as mais finas. Assim como ele, há muitas pessoas que se dão conta de que lhes falta algo e buscam anelantes a satisfação de suas inquietações espirituais.

- A pérola: nada há de maior valor que Cristo, e nada devíamos buscar com maior diligência do que a Ele. Por outro lado, nada há de maior valor aos olhos de todo o Céu do que os seres criados de todo o universo.

- Preciosa: o tamanho, a forma, e o brilho da pérola lhe garantem seu real valor. A perfeição de caráter e a plenitude de Seu amor garantem a Cristo sua eterna preciosidade. O comerciante deve Ter experimentado enorme satisfação ao encontrar tal pérola. Da mesma forma sente-se aquele que encontra Jesus, pois nEle acha resposta todos os anelos de seu coração, o perfeito caminho de sua vida, a meta de sua existência, o maior tesouro que poderia encontrar.

- Vendeu tudo: a paz com Deus custa tudo o que o homem tem, mas vale infinitamente mais. Alguns devem pagar o preço do orgulho, da ambição e de seus maus hábitos. O homem compra a salvação pelo preço de coisas que em si carecem de valor, que são nocivas. Mas nada perde nesta transação.

- Lição: essa parábola fala de pessoas que procuram diligentemente o Salvador. Essa Salvador vale muito mais do que tudo o que a pessoa possa Ter.

- mas se não há forma de poder comprar a salvação

- Romanos 3.21-28, por que temos que renunciar a tudo para consegui-la? Pelo mesmo motivo que o jovem rico: nossas posses 2:1 nos dominam. Controlam nossa vida, constituem nosso Deus, lugar que somente Deus pode ocupar em nosso viver.

* Teremos coragem de entregar nossa saúde, nosso carro, casa, dinheiro, amigos, programas de TV, pensamentos egoístas, maus sentimentos e até laços de amizade se Cristo nos pedir?

* O que significa "vender tudo o que possuímos"?

* Algumas pessoas diriam que o preço desse tesouro ara abusivo. Mas os personagens das parábolas foram muito mais felizes depois de encontrá-lo, do que antes. Mencione alguns exemplos das recompensas que podemos Ter hoje.

* Quanto vale Deus para você?

 

PENSE NISTO

 

1.   Eu odiaria minha própria alma se descobrisse que ela não ama a Deus. Agostinho.

2.   Nosso amor pelo Senhor não merece nem mesmo ser mencionado, mas Seu amor por nós nunca será suficientemente exaltado. Matthew Henry.

3.   O amor é a única coisa com que podemos pagar a Deus na mesma moeda... Não podemos pagá-lo tintim por tintim, mas devemos amá-lo generosamente. Thomas Watson.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-194 - A PÉROLA DE GRANDE PREÇO

O reino dos Céus é também semelhante a um que negocia e procura boas pérolas; e tendo achado uma pérola de grande valor, vendeu tudo o que possuía, e a comprou. S. Mateus 13:45 e 46.

Antes da Segunda Guerra Mundial o governo norte-americano mandou uma expedição marítima apanhar espécimes marinhos, na costa das ilhas Filipinas. Contrataram pessoas do local, para mergulharem. Um guarda ficou cuidando de que nenhum mergulhador permanecesse mais de três minutos. Um dia soou o alarme. Um mergulhador demorara demais. Quando voltou à tona o mergulhador que descera para socorrer o companheiro, ficou tão assustado que não podia falar. Então foram mandados dois outros que voltaram imediatamente, informando que o primeiro tinha metido os braços entre os tentáculos de enorme molusco. Prendeu-se um cabo em volta da concha e um guindaste a trouxe à superfície, juntamente com o mergulhador. O homem, porém, estava morto. Visto como muitos mergulhadores perdem a vida por amor às pérolas, o cadáver teve de ser levado perante o magistrado local, que ordenou que a concha fosse limpa em sua presença. Encontraram uma enorme pérola oblonga e irregular, não do tamanho normal, mas do peso de cerca de meia arroba! O magistrado maometano, alegando ter ela semelhança com a cabeça do profeta Maomé, declarou-a um objeto sagrado, que tinha que ficar com ele. Cerca de dois anos após, o jovem encarregado das operações científicas voltou ao mesmo lugar, como soldado americano. Soube então que o filho único do magistrado estava enfermo de malária, e desenganado pelo curandeiro. Ofereceu-se para cuidar do rapaz. Em desespero de causa, o magistrado concordou. Depois de vários dias, passada a crise, o soldado comunicou ao chefe que o filho recobraria a saúde. Imediatamente o magistrado foi para casa, voltando com a enorme pérola que fora encontrada no tempo da expedição, e deu-a ao soldado em recompensa por lhe haver salvado o filho. Hoje a pérola encontra-se num museu dos Estados Unidos. Como o mercador que vendeu tudo que tinha, para adquirir a Pérola de Grande Preço, Jesus - os mergulhadores muitas vezes dão a vida por amor às pérolas terrenas. Quanto melhor não é darmos hoje a vida ao serviço de Deus.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil



 

6

SERÁ QUE O PROBLEMA NÃO SOU EU?

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

O JOIO. Mateus 13.24-30. Vivendo com impostores.

- Esta parábola só foi registrada por Mateus.

 

INTERPRETAÇÃO

 

semeador: Jesus! Semente: o evangelho! campo: mundo, a Igreja! trigo: fiéis seguidores de Cristo! joio: representantes de Satanás na Igreja! o inimigo: Satanás.

- Semeou boa semente: Ele semeou uma boa semente, o evangelho. Não foi culpa Sua a presença do joio no meio da Igreja.

- Seu campo: é verdade que no mundo hoje há tanto o joio como o trigo, isto é gente boa e presença do joio no meio da Igreja. Gente má. Mas isto já é de se esperar. Mas aqui, Cristo se refere especialmente à Sua Igreja, o campo de Deus.

- Dormiram os homens: o inimigo não pode ser visto pelos olhos mortais. Somente é visto o resultado de seu trabalho assim como só pode ser visto o resultado e não a pessoa do Espírito Santo transformando as pessoas.

- Seu inimigo: todo o bem que há neste mundo procede de Deus, assim como todo o mal é produto da semente semeada pelo diabo no coração dos homens. Satanás luta ardentemente contra Deus, buscando alcançar o máximo de território possível entre os humanos.

- Semeou: Satanás semeou o joio no meio do trigo que já havia sido semeado. É provável que na Palestina, esse tipo de estratégia fosse muito usado entre inimigos vizinhos, como forma de vingança.

- Joio: alcança uns 60 cm de altura e somente quando amadurecem seus grãos de cor escura pode-se distinguir facilmente os cereais. Suas sementes são venenosas e ao serem ingeridas podem causar vertigens e até convulsões. Em alguns casos o envenenamento pelo joio tem produzido a morte.

- Deu fruto: por suas obras. Os conhecereis. Mateus 7.20.

- Os servos: Jesus não explicou que representavam. Talvez não tivesse importância para sua lição.

- Não arranquem o joio: o caráter das 2 classes de pessoas representadas pelo trigo e pelo joio ainda não estava totalmente maduro, e seria desastroso fazer o que propunham os servos. Não era ainda possível arrancar o joio sem prejudicar o trigo.

- Do mesmo modo Jesus permitiu que Judas fosse introduzido no grupo de discípulos, e que com eles andasse. Se assim não fosse feito, os discípulos iriam desconfiar da capacidade de Cristo, bem como não veriam o caráter de Judas ser desenvolvido- ladrão e traidor. Se Cristo também tivesse repreendido abertamente a Judas, ele usaria isto para justificar sua posterior traição ara com Seu Mestre.

- Crescer juntamente: as duas classes de pessoas que Jesus apresentou estarão juntas na Igreja até o fim do mundo. O trabalho de juntar e queimar o joio somente será feito pelos anjos e após o milênio, e não pelos servos deste tempo. Através dos séculos, e até hoje, muitos zelosos cristãos tem crido que é seu dever juntar e queimar, ou perseguir de algum modo, a todos aqueles que ele considera como herege. Cristo não deu esta função a nenhum de nós. Isto não quer dizer que a Igreja não deve tomar nenhuma medida com aquelas pessoas cuja vida e ensinamentos mostram o fruto do mal. Mas a natureza de tais medidas a Bíblia deixa bem clara: Mateus 18.15-20, Romanos 16.17, Tito 3.10-11.

- Jesus também não diz nada a respeito do dano que a presença do joio traria trigo. 

 

LIÇÕES

 

1.   Nem todos os que professam seguir a Jesus em verdade são o que a primeira vista parecem ser.

2.   Não devemos nos surpreender de encontrarmos joio no meio da Igreja.

3.   Os maus podem ser conhecidos por seus frutos.

4.   Se ainda não são claramente identificáveis é porque os santos ainda não estão suficientemente maduros para que seja feita uma comparação entre as 2 classes de pessoas.

5.   Não temos o direito de fiscalizar a Igreja para Deus. Nunca podemos rotular alguém de joio e eliminá-la do seio da Igreja, a menos que sua própria conduta o elimine do rol dos santos.

6.   Tanto justos como injustos receberão seu galardão, conforme suas obras.

 

PENSE NISTO

 

üHipócrita é o homem que faz com que sua luz brilhe de tal forma diante dos outros que eles não possam saber o que está acontecendo por trás dela! Anônimo.

üDeus não levará em conta casca, enquanto dermos ao diabo o grão. Thomas Brooks.

üUma ferida aberta pode estar escondida debaixo de um manto de púrpura. S Charnock.

üUm homem pode Ter uma língua de anjo e um coração de demônio. John Flavel.

üA marca do hipócrita é ser cristão em toda parte, menos em casa. R M Cheyene.

üCaiar a bomba não torna a água pura. D L Moody.

üUma prostituta maquilada é menos perigosa do que um hipócrita disfarçado. W Secker.

üO hipócrita é estrábico, pois olha mais para sua própria glória do que para a de Deus. T Watson.

üUma maçã podre revela a si mesma em um dia de vento. W Jenkyn.

üA história humana é o triste resultado de todos os homens procurarem seu próprio interesse. Jullo Cortazar.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil



 

7

SHEK-UP EM QUALQUER IDADE

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

O SEMEADOR. Mateus 13. 1-23.

 

- A situação: Fora um dia bastante atarefado. Tanto que Jesus não teve tempo nem para comer ou descansar. Ele saiu, possivelmente da casa de Pedro, e foi para o mar, onde haveria mais espaço para pregar a todos. Sentou-se no barco, pois assim os rabinos costumavam fazer quando ensinavam. Ali, de Seu púlpito flutuante, Jesus podia ver ao longe os agricultores lançando as sementes para o segundo plantio do ano. Era um cenário perfeito para ilustrar suas verdades. É bem provável que há poucas semanas atrás houvesse feito o sermão do monte. Era o final do ano 29 D.C. tempo frenético de semeadura do trigo de inverno. Por esta ocasião, Jesus apresentou pelo menos 10 de suas 44 parábolas registradas nos Evangelhos.

- O ponto focal da parábola do semeador não é o semeador nem a semente mas os campos onde a semente caiu, como foi recepcionada esta preciosa dádiva e que efeito ao crescimento dela deu cada campo. Lembre-se: a semente, bem como a qualidade de semear do semeador foram as mesmas para os 4 campos. (isto mostra que a minha recepção da verdade não pode depender nem da semente nem da capacidade do pregador ou evangelista que me fala de Jesus. Minha aceitação- o que irei fazer com o que recebo- determinará o destino da semente e de minha vida).

- Jesus apresentou esta parábola porque as pessoas não entendiam Sua missão, nem Seu ministério. Estavam cegados. Ele mostrou que não havia vindo para subjugar os romanos, mas para semear neles, judeus (que se achavam muito justos) a verdade do Céu, a transformação de caráter.

- Na multidão não havia dúvidas de que cada pessoa estava representada por um dos quatro tipos de solo. Todos pareciam estar interessados em conseguir a salvação, mas Ele sabia que não era bem assim. Nesta parábola, Ele levou à reflexão as várias classes de pessoas que o haviam questionado ou dEle duvidado pouco antes.

 

INTERPRETAÇÃO

 

1)   Semeador: Deus, ou os que o representam! a semente: o evangelho/ o solo: o coração humano (meu coração) /

2)   Beira do caminho: ouvem superficialmente, mas não aceitam.

3)   Pedregoso: aceitam o evangelho, mas seu egoísmo faz morrer as impressões do ES.

4)   Espinheiro: aceitam, tornam-se cristãos, mas suas "coisas" tomam o lugar de Jesus.

5)   Fértil: aceita o evangelho, e o rega pela comunhão com Jesus.

6)   Saiu a semear: no Oriente, os agricultores habitam perto das vilas como forma de proteção contra os bandos de ladrões. De manhãzinha, quando clareia o dia, saem a semear, partindo das vilas, chegando até seus campos, para voltar no final do dia para casa. Da mesma forma, Cristo veio a este mundo dar testemunho da verdade, a lançar em nosso coração a semente de Seu reino. Porém, a palavra falada (o evangelho pregado por Ele e por todos os seus discípulos em todas as épocas) não sobrevive no coração sem Sua graça.

Mas quando há comunhão, quando Ele vive na alma, Sua palavra cresce, transformando a pessoa e todo seu viver, levando-a à medida plena da estatura de Cristo.

 

1- Beira do caminho

 

As plantações da palestina frequentemente consistiam em longas e estreitas tiras de terreno apertadas entre caminhos ou trilhas. Esses caminhos eram de terra batida pela passagem de inúmeros viajantes. Os agricultores utilizavam um dos seguintes métodos para semear:

- Lançar a semente, enquanto caminhando pelos campos, com um saco de sementes ao ombro. Se houvesse um pouco de vento, fatalmente uma parte da semente cairia nas beiras do caminho. 2- Outro método era prender o saco de sementes às costas de um jumento, fazer um pequeno orifício no fundo desse saco e caminhar com o animal pelos campos até que a semente tivesse escoado para os sulcos da terra. Uma parte da semente também cairia no solo duro pisado pelo animal, em suas idas e vindas.

- Muitas pessoas são alcançadas pelo evangelho desta forma: meio que por acaso, sem muito planejamento. De qualquer forma, são alcançadas.

- Ouvem, mas não compreendem. É claro que a semente que caía em tal solo nunca penetrava nele e jamais germinava. Ficavam ali algumas horas, dias ou até semanas, até que apareciam as aves. Elas comiam, sem nenhuma dificuldade tais sementes.

- Tais pessoas ouvem o evangelho, mas para elas ele não faz sentido, não tem importância, entra por 1 ouvido e sai pelo outro. Não percebem sua necessidade de Jesus.

Não prestam atenção ao que ouvem dos pregadores ou impresso pelo Espírito Santo em sua mente. Aí, vem Satanás, e leva sua única esperança de salvação. São fáceis presas para Ele, e difíceis de serem alcançadas do Deus. Não querem Deus.

 

2- Rochoso

 

Consiste em pedras ou lajes que se situam pouco abaixo da superfície.

- Recebem o evangelho com boa disposição, decidem servir ao Senhor, seguir a verdade que conheceram e até aceitam o batismo com muita alegria. Mas falham quando descobrem o preço do discipulado. Considerando só o lado bom, os benefícios da religião, jamais conseguem ir mais além do que a dureza da cruz, seus perigos ou os sacrifícios que a cruz demanda. Desanimam-se ao verem que é necessário não só ser batizado com água, mas também com fogo! Isto mostra quanto amam a si mesmos e quando apenas apreciam a Jesus.

- Possuem pouca profundidade. Tem uma aceitação superficial do evangelho. Este comoveu suas emoções, e até raciocinaram com rapidez, mas as emoções se passaram tão rapidamente como começaram. A pedra do egoísmo impediu a reforma da vida.

- Quando o calor da aflição ou a tentação se abate sobre elas, quando Deus lhes pede para interromper sua vida acomodada e encarar uma tarefa incômoda, ou desistir de um hábito acalentado, morre a frágil plantinha do evangelho.

- EX: os que seguiam a Jesus por onde Ele ia, mas o rejeitaram quando lhes recriminou. João 6.

41-66. Estes haviam apenas saudado o poder que possuía Jesus para operar milagres.

Estavam ansiosos de ser libertados de doenças e sofrimentos. Não se poderiam, porém, coadunar com sua vida de abnegação. Eram hipócritas espirituais.

- São as pessoas que adoram serem bem tratadas, elogios, lisonjas, bons programas e suas necessidades serem satisfeitas. Mas quando a verdade é pregada, condenando seus pecados, volvem as costas e não mais andam com Jesus. Suas convicções baseiam-se mais nos gostos do que nos princípios. O evangelho foi atraente, mas não conseguiu transformá-los.

- São pessoas capazes, mas que, pela falta de atenção, deixam de aprender a mensagem.

- Iludidos pelos sorrisos ou pelas carrancas do mundo, eles determinam o seu próprio fim.

 

3- Espinhoso

 

Houve uma progressão, pois agora a plantinha não somente é semeada, ou nasce, mas cresce bastante.

- Os espinhos são parte do resultado do pecado, e hoje a Palestina tem cerca de 200 tipos de plantas espinhosas, incluindo os "Espinhos de Cristo". Note Jeremias 4.3. Para Israel, os espinhos eram os falsos deuses. Que falsos deuses estão sufocando a mensagem do evangelho em sua vida hoje?

- Este tipo de pessoa vai mais longe que os outros 2 tipos; começa bem, passa pela conversão, toma-se membro ativo da igreja. Mas posteriormente, os espinhos- a preocupação com as aflições e dificuldades cotidianas mina sua experiência cristã. Eles se tomam tão ocupados com a sobrevivência, suas obrigações, planos de vida e prazeres ou passatempos que não prosseguem estudando a Palavra de Deus, ou orando. Em geral, é o que ocorre com que recebe estudos bíblicos; no começo não vê a hora em que pode ler a Bíblia, ou que chegue logo os dias de culto na igreja. Depois de algum tempo, fenece, deixando de ler a Bíblia, orar, pregar e mesmo de cultuar.

- Note que nem sempre estes espinhos são coisas ruins. Podem ser coisas louváveis até, mas que não deixam de sufocar nossa relação com Jesus. (o trabalho missionário, o ministério, as coisas da igreja- isto pode estar tomando conta de nossa relação com Ele. Lembre-se:

apenas sua presença poderá fazer crescer a planta).

- Vamos dizer que seu egoísmo é menor do que o do solo rochoso, mas continua muito maior do que seu amor por Jesus.

- O que eu penso, preciso, quero e desejo continua sendo o centro de sua vida.

- Os interesses seculares, as atividades da vida- tudo que se interponha entre nós e Jesus, faz murchar o crescimento do evangelho em nós, bem como dos frutos do Espírito.

- Sem relação com Ele- oração Bíblia e testemunho- a planta morre.

 

4- Fértil

 

Isto não significa que o coração do homem seja naturalmente bom antes que a semente do evangelho faça sua transformação nele. Deus é o grande motivado de tudo que há de bom em nós. Fil. 2.13. O terreno é bom porque cedeu às impressões do Espírito Santo (foi arado por Ele) e aceitou a semente.

- Deu fruto: este se refere aos frutos do ES- Gálatas 5.22-23. Sempre serão encontrados, a olhos humanos ou olhos espirituais os frutos da relação entre Cristo e um ser humano.

Quando Deus anda com um homem, algo acontece. Neste campo houve uma resposta permanente e efetiva.

- Prova-se aqui que o êxito da vida cristã não depende das circunstâncias ao redor do cristão, mas a despeito dela, depende de sua resposta aos convites do Evangelho.

- Como o semeador foi impressionado com o resultado de seu plantio, todos nós ficamos impressionados com as transformações que ocorrem na vida de quem recebe Jesus. E os outros também. Um bêbado que destruía seu corpo, sua vida e seu lar, um patrão egoísta que massacrava seus empregados, um pai autoritário que frustrava seus filhos, um jovem que estava a ponto de acabar com seu futuro pelas filosofias de vida que possuía, colhe imenso resultado quando aceita o evangelho e suas diretrizes. Que transformação!

* Como você recebe a mensagem da Bíblia. e dos profetas? Que caso é o seu coração?

* Lembre-se: estes campos não foram aplicados a pessoas que viviam no mundo (pagãos perdidos), mas a religiosos que seguiam todas as rígidas leis dos fariseus. Isto nos mostra que para Deus, ainda nos falta muito, na verdade a essência, para que nos tornemos verdadeiros súditos de seu reino: ainda não aceitamos Sua pessoa, apesar de fazermos tudo o que Ele deseja!

 

PENSE NISTO

 

1-   Tenho mais medo do meu coração do que do papa e de todos os cardeais. Martinho Lutero

2-   Somente deus vê o coração e somente o coração vê a Deus. Thomas Manton

3-   O coração é um triângulo que só a Trindade pode preencher. Thomas Watson

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

8

SÓ DEPENDE DE VOCÊ

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

A REDE. Mateus 13.47-50.

 

- Uma rede: que se arrasta. Era uma rede larga, na qual se punham pesos e boias. Era levada ao mar adentro e arrastada em forma de semicírculo até a costa.

- Representa o esforço dos pescadores de homens para ganharem outros para Cristo.

- O mar: este tipo de rede só pode ser usada em águas profundas. Representa o mundo.

- Toda classe: a rede do evangelho recolhe todo tipo de gente: homens e mulheres que atuam por diferentes motivos, e que tem atitudes e personalidades diferentes. Jesus não fazia acepção de pessoas pois recebia todos os que vinham a Ele.

- Selecionam os bons: o processo de separação do bom e do mal se realiza depois que a rede foi recolhida com todos os peixes que conseguiu pegar.

 

- Lição de Cristo: o caráter de uma pessoa neste mundo é o que determina seu futuro eterno.

- Não basta ser alcançado pelo Evangelho. Muita gente o é, até os maus! Não é a rede, o barco ou o pescador que dá qualidade ao peixe!

- Para mensurar o caráter, Deus toma em conta se a pessoa tem vivido em harmonia com toda a luz que recebeu, se tem cooperado, segundo seu conhecimento e capacidade, com os instrumentos divinos para aperfeiçoar seu caráter à semelhança do de Jesus.

- O mal: peixe podre, inadequado para o consumo. Deus fará uma separação final entre justos e injustos, baseada no caráter de cada um.

- Qual é a qualidade do seu caráter? Você passaria no crivo dEle se hoje viesse?

 

PENSE NISTO

 

üO fruto do Espírito Santo não é emocionalismo nem ortodoxia; é caráter. G B Duncan.

üVocê pode vender seu caráter, mas jamais poderá comprá-lo. A C Lee.

üO caráter é formado por muitos atos. Mas pode ser perdido apenas por um simples ato. Bob Jones.

üAquilo que o homem admira indica o seu caráter. George Betts.

üA vida de uma pessoa tinge-se da cor de sua imaginação. Marco Aurélio.

üO caráter de um homem é medido exatamente por suas reações diante das injustiças da vida. Anônimo.

üReputação é o que os homens pensam que você é; caráter é o que Deus sabe que você é. Anônimo.

üO que és aos olhos de Deus, é o que tu verdadeiramente és. Thomas à Kempis.

üA felicidade não é a finalidade da vida, mas sim o caráter. Henry Beecher.

üO Senhor conhece pelo nome aqueles que são seus, mas nós os reconhecemos pelo caráter. Matthew Henry.

üA reputação de muitos homens não conheceria seu caráter se o encontrasse na rua. Elbert Hubbard.

üA abundância material sem caráter é o caminho mais certo para a destruição. Thomas Jefferson.

üCaráter é o que o homem é no escuro. D L Moody.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

9

O DIA EM QUE ME CONFUNDIRAM COM DEUS

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

O DEVEDOR QUE NÃO PERDOOU. Mateus 18. 21-35. Quantidade X Qualidade.

 

O conceito do perdão é fundamental no cristianismo. Sem ele, não haveria religião. O crescer na graça é que leva o cristão a perdoar à pessoa que o oprime, apesar das ofensas.

 

O QUE É PERDÃO?

 

- As palavras gregas e hebraicas originalmente usadas na Bíblia dão a seguinte ideia: libertar um ofensor de sua culpa e restaurar o relacionamento pessoal existente antes de ter havido a ofensa.

- Todos pecamos contra Deus, Rom 3.23. Por isto estamos condenados à morte, a menos que nos arrependamos, Rom 6.23, Atos 3.19. Quando pedimos perdão, pelo amor de Deus o obtemos e assim é restaurada a adequada relação com Deus.

- Deus não é obrigado a perdoar o pecador, mas Seu gracioso caráter O impele a ir nessa direção, desde que o perdão seja desejado e solicitado. Êxodo 34.6-7. O pedido deve ser sincero, senão a dádiva não é feita. Não podemos abusar da graça divina.

- Quantas vezes devo perdoar? Os versos de 15 a 20 de Mateus 18 contêm instruções sobre conflitos e incompreensões. Talvez tudo isto tenha despertado em Pedro o desejo de fazer sua famosa pergunta a Cristo.

- 7 vezes? Pensa-se que os fariseus fizeram uma interpretação equivocada de Amós 1.3 para entenderem que uma pessoa deveria perdoar até 3 vezes seu ofensor. Mas como Jesus estava ensinando que a verdadeira justiça vai além da dos fariseus, e pelo fato de o 7 ser considerado o número da perfeição pelos hebreus, Pedro considerou que sua proposta de 7 era mais adequada. Era um bom aluno!

- A pergunta de Pedro reflete a nossa tendência de regulamentar a conduta religiosa. (quanto posso, quanto não posso, o que devo etc.)

- A resposta de Cristo, porém, mostra que no Reino de Deus é inútil "contabilizar" as desfeitas e favores que recebemos dos outros.

- O perdão não é uma questão de matemática ou de leis, mas de atitude. Quem nutre a ideia de que no futuro não irá mais perdoar, está longe de chegar ao verdadeiro perdão, mesmo que desde agora mantenha as aparências. Quando uma pessoa possui o espírito do perdão, estará disposta a perdoar uma alma arrependida, pela oitava vez orno se fosse a primeira, ou pela 491 a vez, como se fosse a oitava. O verdadeiro perdão não é limitado por números; além disso, não é o ato que vale, mas o espírito que está por detrás do ato.

 

O REI QUE PERDOOU

 

- Uma parábola: Jesus respondeu sua pergunta com uma parábola, como geralmente fazia.

- Um rei: representa Jesus Cristo.

- Ajustando as contas: todos nós, um dia, seremos chamados diante de Deus para explicarmos nossa vida diante dele. O que fizemos com o que Ele nos deu?

- Servos: funcionários do rei.

- Um que devia...: somente um funcionário de elevada hierarquia e de extrema confiança poderia estar devendo tanto como devia este servo.

- 10 mil talentos: equivaleria a 340 mil kg de prata, o que lhe permitiria empregar 10 mil trabalhadores durante uns 20 anos.

- Não podia pagar: poderia ser preso, ou vendido por seu credor como escravo, junto com sua família. Foi o que ocorreu. Todos nós também estamos tão devedores para com Deus como aquele servo. Nossa dívida é impagável. Merecíamos ser vendidos como escravos para Satanás, ou sermos mortos para sempre.

- Prostrou-se: pediu clemência, mesmo sem merecer. Baseou seu pedido na misericórdia de seu senhor. A única coisa que nos resta é rogarmos pela misericórdia de nosso Deus. Mas só o faremos se O conhecemos pessoalmente. Milhares de pessoas não se voltam para Deus porque reconhecem pecadoras demais, mas acham que Ele jamais as perdoará. Não conhecem quão bondoso Ele é porque nunca andaram com Ele.

- O rei o perdoou de sua dívida: incrível! Que rei terrestre faria isto? A dívida, como já vimos representa o registro de nosso pecados computados contra nós.

- Perdoou sabendo que mesmo prometendo, o servo jamais conseguiria pagar-lhe tal dívida algum dia. Ele devia mais do que o orçamento da província na qual vivia. Teria que trabalhar mais de 60 milhões de dias para pagá-lo. Mesmo assim, o rei perdoou-lhe totalmente.

- encontrou um devedor seu: um de seus subordinados. Encontrou-o talvez por casualidade.

- 100 denários: em si a dívida era de certa importância- pois 1 denário dava para pagar o trabalho de 1 homem por 1 dia de serviço. Portanto o homem devia 3 meses e 10 dias de serviço a seu chefe. Mas em comparação com a primeira dívida esta era imensamente insignificante! - não o perdoou: o credor sem piedade era implacável em sua demanda, e exigia que fosse pago imediatamente. O devedor fez como ele: não disse que daria o cano, mas que pagaria sua dívida. E esta poderia ser bem mais facilmente paga. Mas seu egoísmo, que lhe impedia de ver a magnitude de sua própria dívida e apreciar a grandeza da misericórdia dada a ele, levou-o a ser desumano com seu conservo.

- Lançou-o na prisão até que fosse pago: não houve misericórdia alguma. Prendeu o devedor. Mas como preso poderia o pobre homem pagá-lo?

 

* Será que às vezes, quando alguém nos deve algo, nós não o colocamos em nossas prisões- discriminação, desprezo, humilhação, fofoca, fechamos as portas para solução dos problemas- impedindo que esta alma concerte sua vida?

- Os servos entristeceram-se muito: os conservos acostumaram-se a protegerem-se mutuamente ocultando do rei os pequenos erros de seus colegas. Mas desta vez não puderam reprimir-se de delatar um ato tão desumano.

- Seu senhor o chamou: Deus jamais deixará de chamar-nos para pedir contas do amor, da compaixão e da justiça que Ele espera que expressemos por nossos irmãos, amigos e próximos.

- Incrível é que o rei podia tolerar com paciência e amor a dívida pessoal para com ele. E veja que tal dívida era imensa, impagável. Mas jamais poderia tolerar tamanho desprezo mostrado por alguém tão amplamente perdoado. A injustiça contra seus súditos provocou uma indignação que uma dívida de milhões não conseguiu produzir.

- Assim também: o que se nega a perdoar os outros, pode perder a esperança de ser perdoado por Deus.

- nosso perdão ao próximo deve ser baseado, igual e de impulso e motivo semelhante ao perdão que Cristo nos deu quando fomos a Ele.

- De todo coração: a falha na pergunta de Pedro era que o perdão ao qual ele se referia não provinha do coração, mas era um perdão legal, rotineiro, instituído, obrigatório, baseado na tentativa de alcançar a salvação, pelas boas obras.

 

LIÇÕES

 

1.   Quem é o maior no reino dos céus? Aquele que de todo coração medita na misericórdia que Deus lhe concedeu, e procura reparti-Ia com seu próximo através do perdão.

2.   O que determina a natureza de qualquer ação é o que a motiva. Se as ações são realizadas com o propósito de alcançar a estima dos homens, ou as bençãos do céu, perdem todo o seu valor para Deus.

3.   Perdoar momentaneamente não é tão difícil. Mas continuar perdoando a mesma ofensa cada vez que volta à lembrança- esta é a verdadeira batalha. Se dissermos que perdoamos alguém mas continuamos mostrando ressentimento por ela, perdoamos de coração?

4.   Portanto, o perdão não é uma questão de quantas vezes mas de como o fazemos.

5.   O espírito de perdão não é a condição para que Deus nos conceda o perdão, mas a condição para que possamos receber. Os dons de Deus só podem fluir sobre nós enquanto formos canais para comunicá-los a outros.

6.   A sensação de Ter ofendido e o desejo retaliador de punir o ofensor é um veneno que interfere em toda a existência e permeia inconscientemente toda a sua atitude para com os semelhantes e para com Deus. E impossível erguer uma barreira de ódio que interrompa a comunicação de coração com um só indivíduo. Essa barreira bloqueia toda a alma.

7.   Não perdoar ao próximo é extremamente ofensivo a Deus. Versos 35. Afinal de contas, pedir a Ele o que não damos aos homens é insultá-Lo.

8.   A parábola enfatiza a urgência e o dever de perdoar, e as terríveis consequências de deixar de cumpri-lo.

9.   A parábola também ensina que o julgamento de Deus pretende verificar se as pessoas merecem o perdão divino, se as pessoas reagiram corretamente ao Dom do perdão, e descobrir com que frequência as pessoas perdoaram aqueles que as ofenderam.

10.            Apelo: "Suportem-se uns aos outros e perdoem as queixas que tiverem uns contra os outros. Perdoem como o Senhor lhes perdoou". Colo 3.13, NVI.

 

PENSE NISTO

 

üQuem não sabe desculpar os outros ainda não se conhece a si próprio. Marquês de Maricá.

üA pessoa que sabe que é susceptível à queda estará mais pronta a perdoar as ofensas de seus semelhantes. Alexander Auld.

üTodo homem deve Ter um cemitério de tamanho justo onde possa enterrar as falhas de seus amigos. H W Beecher.

üTodos dizem que perdoar é uma ideia agradável até terem algo para perdoar. C S Lewis.

üAqueles que dizem que perdoam mas não podem esquecer, simplesmente enterram a machadinha, deixando o cabo de fora para usá-la da próxima vez. D L Moody.

üSe você tem algo a perdoar, perdoe rapidamente. Perdão tardio é muito pouco melhor do que ausência de perdão. A W Pinero.

üOs pecados são perdoados de tal forma como se jamais tivessem sido cometidos. T Adams.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil



 

10

QUANDO SER SEGUNDO NÃO TEM IMPORTÂNCIA

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

OBREIROS DA VINHA. Mateus 20.1-16.

 

- Por que? Foi a conversa de Jesus com o jovem rico, e o resultante discussão com os discípulos que levou à apresentação desta parábola. Ela ilustra Mateus 19.30.

- Dirigida aos discípulos respondendo Mateus 19.27.

- Eles haviam deixado tudo para seguir a Jesus, e esperavam por isto receber uma recompensa. Jesus lhes assegurou que teriam uma recompensa (28-30), mas também lhes advertiu que não deviam pensar que simplesmente por serem os primeiros a seguí-Lo, poderiam então esperar receber maiores recompensas e honras que outros súditos do reino.

- Jesus expõe o trato de Deus para com os que lhe dedicam seu serviço e explica a base sobre qual mérito serão recompensados.

- A parábola ensina que não receberiam nem mais nem menos que os outros, porque os cidadãos do reino são iguais no sentido de que todos são pecadores redimidos.

INTERPRETAÇÃO

 

- Dono de casa: Deus.

- Madrugada: logo ao amanhecer.

- Assalariar: os trabalhadores reuniam-se na praça do mercado central, donde aguardavam quem lhes oferecesse trabalho.

- Sua vinha: Israel. Isa. 5.1-7.

- 1 denário: moeda de prata que pesava uns 3,89 g. Esse era o pagamento normal pelo serviço de 1 dia, feito de sol a sol.

- Terceira hora: 9 h da manhã.

- Darei o que lhes seja justo: o que seria justo em relação ao trabalho que era deles se esperava. O proprietário não combinou o salário com nenhum dos que foram contratados depois da primeira convocação. Os obreiros não perguntaram nada e se foram a trabalhar, confiando na promessa e na justiça do proprietário.

- Hora sexta e nona: meio dia e 3 h da tarde (15 h).

- Hora undécima: 5 h da tarde (17 h). Os que foram trabalhar a esta hora não trabalharam senão pouco tempo até que anoiteceu, e ainda o fizeram na parte mais agradável do dia.

- Porque aqui desocupados? Estes homens não haviam estado na praça nos momentos em que os outros trabalhadores haviam sido contratados. Por isto, não haviam rejeitado o convite bondoso do proprietário para seu trabalho. - ao cair da tarde: na hora em que o sol se põe.

- Paga-lhes o salário: segundo o AT, o empregador deveria pagar o trabalhador sempre no final do dia, e nunca no final do mês, a fim de evitar que os patrões deixassem de pagar ou arrolassem por períodos infindáveis suas dívidas para com seus trabalhadores.

- Começando pelos últimos: não era este o costume, mas este procedimento é necessário para fazer ressaltar a lição da parábola. Se fosse seguida a ordem natural, os que se acharam injustiçados não apresentariam suas queixas como o fizeram.

- Os primeiros: representam os que esperam e pretendem receber um trato preferencial porque consideram que fizeram maiores sacrifícios do que outros, e foram mais diligentes em seus serviços para com Deus. Também representam os judeus, que haviam recebido o primeiro convite de Deus para trabalhar em Sua vinha.

- Murmuravam: possivelmente referia-se aos discípulos, que aceitaram trabalhar para Cristo com um espírito meio egoísta.

- Os igualaste a nós: depois de terem visto a generosidade do proprietário para com os outros obreiros, os que haviam sido contratados primeiro naturalmente creram que mereciam mais. Se os que haviam trabalhado apenas 1 hora haviam recebido 1 denárío, eles deviam receber de 2 denários para cima. Esperavam receber mais, mas não entendiam sobre que base havia ocorrido o pagamento.

- Fadiga e o calor do dia: o calor forte do sol e do vento que soprava do deserto oriental.

- Amigo: o proprietário responde de forma amável. Explica que seu ato deve-se somente à sua generosidade e nada tem que ver com o que mereciam em justiça.

- Não combinaste comigo? O proprietário pagara-lhes o que haviam combinado.

- Não me é lícito? O proprietário não se refere a nenhuma lei, senão à sua escolha própria diante da necessidade de pagamento, em virtude do que ele tem a oferecer aos seus trabalhadores. Poderia fazer o que desejava com o que era seu.

- O que quero? Os últimos trabalhadores compreendiam que não mereciam o salário de todo um dia, e foram-se agradecidos ao senhor da vinha por sua generosidade.

- Os que se queixaram não haviam realizado mais trabalho do que haviam combinado, portanto não tinham direito de esperarem nenhuma recompensa especial.

- Porque eu sou bom? Os obreiros haviam acusado o proprietário de favorecer a alguns, e por implicação, de prejudicar a eles. Mas ali não se tratava de uma questão de justiça ou injustiça, mas de generosidade. O proprietário havia tratado a todos justamente, e por isto poderia ir além, mostrando generosidade para alguns.

- Jesus ensinou que o favor divino não se pode comprar, como os rabinos ensinavam.

- Os obreiros cristãos não tem feito um trato com Deus.

- Se Deus tratasse os homens sobre a base da justiça perfeita, estrita, nenhum de nós poderia estar em condições de receber suas incomparáveis e generosas bençãos, e nem o céu e a eternidade.

- À vista do céu, não existe valor especial para o conhecimento adquirido, a hierarquia, o talento, o tempo de serviço, a quantidade de trabalho, nem os resultados visíveis da obra realizada. Deus toma em conta o espírito voluntário com o qual se empreendem as tarefas designadas, e a fidelidade com a qual são realizadas.

- Faça seu melhor, onde você estiver!

 

PENSE NISTO

 

üA suficiência dos meus méritos está em saber que meus méritos não são suficientes. Agostinho.

üA humildade é um véu necessário a todas as outras virtudes. W Gurnall.

üÉ melhor ser um verme humilde do que um anjo orgulhoso. W Jenkyn.

üHumildade é fazer um justo juízo acerca de si próprio. Anônimo.

üA humildade é o ornamento dos anjos e a deformação dos demônios. W Jenkyn.

üHumildade é aquela virtude que, quando você percebe que a tem, já a perdeu. Andrew Murray.

üHumildade é arrepender-se do orgulho. Nehemiah Rogers.

üNão há limite para o bem que um homem pode fazer, se ele não se importar com quem recebe os louvores. Anônimo.

üAquele que tem outras virtudes sem humildade é como a pessoa que carrega, em dia de vento, pó precioso em uma caixa sem tampa. Anônimo.

üMuitas pessoas ficariam seminuas, se vestissem apenas sua humildade. Anônimo.

üOs que conhecem a Deus serão humildes. Os que conhecem a si próprios não podem ser orgulhosos. John Flavel.

üNossa vida não é digna de ser vivida senão quando um ideal a enobrece. José Ingenieros.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 

11

CAPATAZ INCAPAZ

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

LAVRADORES MAUS. Mateus 21.33-43. Quanto vale seu orgulho? Nossa posição ideal: aos pés de Deus.

 

INTERPRETAÇÃO

 

- Cena: dirigida aos principais dirigentes de Israel, pronunciada no templo, na Terça-feira da semana da paixão.

- Pai de família: Deus.

- Uma vinha: Israel. Perto de onde Jesus estava pregando, à entrada do templo, havia uma magnífica e grande vide, lavrada em ouro e prata, que representava Israel.

- Cercou-a: os princípios da lei de Deus. A obediência a tais protege nossa vida contra toda iniquidade.

- Lagar: são cavados na rocha viva, para que os frutos da vide pudessem ser amassados.

- Arrendou-a: o aluguel de um campo poderia ser pago em dinheiro ou com uma porção da própria produção conseguida.

- Lavradores: os sacerdotes.

- Seus servos: os profetas. Os sacerdotes haviam sido designados como cuidadores da vinha do Senhor e os profetas eram os representantes escolhidos de Deus- seus servos.

- Seus frutos: mandou pedir sua parte na colheita.

- Israel deveria produzir os frutos de caráter para assim revelar ao mundo os princípios do reino dos céus. Revelado em suas vidas, logo as demais nações vizinhas, imitando-os, revelariam também estas características do Criador.

- Israel falhou no acordo. Na verdade, as outras nações nunca tiveram um exemplo vivo de fidelidade à Jeová. Os judeus consideravam os pagãos imensos pecadores, mas esta era a visão que Deus tinha deles mesmos. Eram piores do que os ímpios porque não viviam a luz que receberam. Na verdade, eles eram muito culpados pela imensa depravação moral do mundo. Eles eram os causadores da impiedade pela omissão na pregação evangélica.

 

* Hoje nos assustamos com a condição moral do mundo. Isto não acontece por nossa culpa?

Temos vivido e pregado o evangelho como deveríamos? Será que os ímpios não são assim por nossa causa? - tomando seus servos: mataram o primeiro grupo, e alguns do segundo grupo.

- Jesus falou claramente da forma como os judeus trataram seus servos, os profetas. Eles não só negaram-se a pagar o dono da terra (serem cristãos autênticos, e pregarem o evangelho aos vizinhos), mas também mataram os profetas, seus servos, e ainda agiram como se fossem donos legítimos da vinha.

- Por último mandou o filho: ao não aceitarem Jesus como o Messias, rejeitaram então o último oferecimento da misericórdia de Deus por eles.

- Nesta passagem Jesus não reconhece nenhuma outra chance para Israel no futuro. Se rejeitassem a Cristo, como estavam já fazendo, deixariam de ser Seu povo.

- Este é o herdeiro: Jesus é o herdeiro de todas as coisas, e somos coerdeiros com Ele.

- Matemo-lo: neste exato momento o Sinédrio estava buscando um meio para matarem a Jesus. Várias vezes haviam reunindo-se fariseus e sacerdotes durante os meses passados, e até no Sábado anterior, e naquela manhã com este fim.

- Quando vier o senhor: os arrendatários não respeitavam a nada, a não ser o senhor da vinha.

- Responderam: dará morte horrível a estes miseráveis. Os sacerdotes e fariseus confessaram sua culpa e escreveram ou ditaram sua própria sentença. - o apelo de Cristo a eles: caiam sobre a pedra de esquina.

- Nunca lestes? Entre os espias enviados haviam escribas, cujo dever era estudar e ensinar as Escrituras.

- Pedra: os rabinos reconheciam que esta passagem referia-se ao Messias.

- Angular: nela se apoiam os muros que se unem em ângulo. É a mais importante do edifício. Jesus é esta pedra.

- Vos será tirado: no breve futuro, Israel deixaria de ser o meio principal de Deus para salvar o mundo. Não teriam mais o privilégio de serem o povo escolhido do Senhor.

- Entregue a um povo: a Igreja Cristã.

- Cai sobre esta pedra: submete-se a Cristo. Isto era o que precisavam os dirigentes judaicos, mas se negavam a fazê-lo.

- Quando renegamos nosso orgulho, ficamos aparentemente no fundo do poço para o conceito do mundo, mas no momento mais glorioso de nossa vida, segundo o conceito do Céu. Começamos agora realmente a viver. Assim podemos realmente produzir os frutos que são direito Seu.

- Sobre quem ela cair: como castigo. Este estava para cair sobre Israel e seus líderes, perversos, impenitentes, essencialmente orgulhosos.

- Reduzido a pó: era o que ocorreria com o templo de Jerusalém, a cidade amada dos judeus, com sua orgulhosa e arrogante religião de salvação pelas obras, e com seu orgulho por serem o povo escolhido por Jeová.

 

* Quando não aceitamos a Jesus, nosso orgulho constitui nossa perdição. Nossa vida como um todo- planos, caráter, dinheiro, status, fama, posição, saúde, família, emprego- mais cedo ou mais tarde se reduzem em pó. Além da perdição eterna.

- Entenderam: a aplicação era tão clara que nem precisava explicação.

- Buscassem prendê-lo: os dirigentes judaicos entendiam que Jesus estava desafiando sua autoridade. Com muita dificuldade puderam-se conter para que não levassem a cabo seus malévolos planos naquele momento mesmo. (imagine- desafiando sua autoridade - Deus estava ali. Poderiam ser eles maiores do que o grande "Eu sou"?).

- Temiam o povo: a popularidade Jesus o favorecia. Em cada debate entre Cristo e os fariseus e escribas o povo sentia cada vez menos respeito por aqueles e cada vez mais amor e consideração por este novo Mestre.

 

* Será que meu orgulho (meus planos pessoais para com minha vida, minha Igreja, meu mundo) não tem sido mais valorizados do que os planos de Deus para com tudo que se relaciona comigo? O que valorizo mais: o direto "Assim diz o Senhor" ou o " Eu acho melhor assim"?

 

* Será que meu orgulho hoje não tem também destruído alguns dos servos de Deus- o pastor, os anciãos, os humildes irmãos de igreja, meus filhos, minha mulher?

 

PENSE NISTO

 

üNão pretendas que as coisas sejam como desejas. Deseja-as como são. Epicleto.

üEngolir o orgulho raramente produz indigestão. Anônimo.

üÉ a humildade que faz homens serem como anjos. Agostinho.

üOs altivos cumes das colinas deixam a chuva esvair-se; os humildes vales são ricamente regados. Agostinho.

üDeus pensa mais no homem que pensa menos em si. J Blanchard.

üSe você lançar-se aos pés de Cristo, ele irá tomá-lo em seus braços. W Bridge.

üSe aprendêssemos a humildade, ela poderia poupar-nos da humilhação. Vance Havner.

üAs melhores amizades de Deus são homens humildes. R Leighton.

üTodos os tronos de Deus são alcançados descendo-se as escadas. G C Morgan.

üA melhor maneira de veres a luz divina é apagar tua própria vela. Francis Quarles.

üA maneira correta de crescer é crescer menos a teus próprios olhos T Watson.

üAs partes mais baixas da terra são quentes e férteis; as montanhas imponentes são frias e estéreis. Spiros Zodhiates.

üSe você conhecer hebraico, grego e latim, não os coloque onde Pilatos os colocou; sobre a cabeça de Cristo; coloque-os aos pés dele. Anônimo.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

12

O PECADO QUE EU AINDA AMO

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

OS DOIS FILHOS. Mateus 21. 28-33. Vivendo uma grande mentira!

 

Quando o sim significa não. Quando o não significa sim.

- Por que contou? Respondendo à pergunta dos fariseus: Mateus 21.23.

- Era um referência a coisas que haviam ocorrido naquela semana, incluindo a entrada triunfal em Jerusalém, a Segunda purificação do templo, as curas feitas ali dentro do recinto sagrado, e a utilização de ambientes do mesmo templo para ensinar.

- Incrível é que muitas pessoas insistem em professar a Jesus ao mesmo tempo que continuam a questionar Sua autoridade!

 

INTERPRETAÇÃO

 

- Representações: o pai: Deus/ o filho que disse- Vou, mas não foi- fariseus/ o outro filho: os outros pecadores, como prostitutas, publicanos e demais.

- Vai trabalhar na vinha: este é o mandado de Deus a todos os homens. Ninguém está isento.

 

PRIMEIRO

 

- Vou, mas não foi: este filho desafiou abertamente a autoridade do pai. Estava disposto a gozar os privilégios de ser filho, mas não estava disposto a levar as responsabilidades que um filho deve cumprir.

- Ele apresentava-se com fiel e obediente, mas o tempo mostrou que sua pretensão não era real. Não tinha verdadeiro amor pelo pai. Ele era mentiroso e não sabia. Assim os fariseus orgulhavam-se de sua santidade; porém, quando provados, foram achados em falta. Não amavam a Deus nem aos homens. Na prática negavam a obediência. Viviam uma mentira!

- Mesmo depois de terem 3 anos e meio de evidências de que Jesus era o Messias, os fariseus e escribas perseveraram em sua rebelião contra Ele.

- E não aceitaram o pronto convite de Cristo aos pecadores. Isto era uma ofensa a eles. Não estavam dispostos a trabalharem pelo Mestre, lado a lado com pessoas como Zaqueu, Maria Madalena e outros mais.

- Quando as pessoas estão ocupadas salvando a si mesmas, não tem tempo nem interesse em ajudar a salvar os outros. Por isto Deus odeia tanto a justificação pelas obras.

 

SEGUNDO

 

- O orgulho é difícil de morrer, mas esse filho admitiu seu erro sem tentar se desculpar.

Então ele foi. Talvez não tenha conseguido fazer muita coisa, pois sua antiga indolência deve Ter afetado sua habilidade e capacidade. Mas ele fez seu melhor e Deus levou em conta sua tentativa de fazer algo.

- Vencer o orgulho é indício de algumas virtudes muito importantes:

1.   Reflexão

2.   Humildade

3.   Vontade de admitir o erro

4.   Desejo de fazer o melhor.

- Jesus mostrou que para os coletores de impostos, as prostitutas e todos os excluídos da sociedade havia mais esperanças do que para aqueles que se escondiam atrás do orgulho.

- Assim era porque os pecadores declarados reconheciam sua extrema necessidade, e agradeciam a Cristo por dar-lhes um lugar em Seu reino. Já os escribas e fariseus, satisfeitos consigo mesmos, estavam endurecidos ao evangelho.

 

LIÇÕES

 

Aqueles que não compreenderam o evangelho não podem ser testemunhas do evangelho. Nosso alvo dever ser primeiro aprender do evangelho, converter-se nele, ser adequadamente treinado para testemunhar, e aprender a depender e a obedecer totalmente a Deus para que possamos serví-Lo corretamente em Sua causa.

 

- EGW: Muito se tem perdido para a causa devido ao trabalho imperfeito de homens, dotados de aptidões, mas que não receberam o devido preparo. Empenharam-se numa obra cujo manejo não entendiam, e em resultado, pouco chegaram a realizar. Apoderaram-se de algumas ideias, procurando assenhorar-se de alguns discursos, e aí findou seu progresso.

Sentiram-se aptos para ensinar, quando mal se haviam tomado senhores do a b c no conhecimento da verdade". OE 78.

 

- Paulo ficou 3 anos na Arábia aprendendo com o Senhor. Moisés fez o mesmo durante 40 anos em Midiã. Não foram para uma Universidade a fim de aprenderem métodos humanos para o sucesso, mas como Deus age e deseja que trabalhemos para Ele. Seremos nós diferentes? - E reconfortante que Atos 6.7 mostra que muitos sacerdotes obedeciam à fé depois do Pentecostes.

 

PENSE NISTO

 

·        O louvor que mais prezamos é justamente aquele que menos merecemos. Marquês de Maricá.

·        A falsa humildade é puro orgulho. Pascal.

·        Um homem cheio de si é sempre vazio. Charles Regismanset.

·        É mais importante merecer os aplausos dos homens que obtê-los. Thomas Guthrie.

·        A maioria de nós tem um apetite exageradamente grande por louvor. J Blanchard.

·        Uma alma orgulhosa não se satisfaz com coisa alguma. T Brooks.

·        É difícil estar em posição elevada e não Ter estima elevada por si mesmo. W Jenkyn.

·        O orgulho não apenas afasta o coração de Deus, também levanta-o contra Deus. T Manton.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

13

SEM ROUPAS PARA A FESTA

Marcelo Augusto de Carvalho

TOPO

 

Mateus 22.1-14

 

- Cena: pronunciada nos átrios do templo, na Terça-feira da semana da paixão. - festa das bodas: os prazeres de uma festa era entre os judeus um símbolo conhecido dos privilégios e dos gozos do reino messiânico. No Oriente Médio uma festa tal podia durar vários dias.

- Seu filho: Jesus.

- Enviou seus servos: os convidados já haviam recebido o convite para a festa. Foi mandado servos para reforçarem o convite feito e já aceito.

- A chamar: o primeiro convite havia sido dado aos judeus pelos profetas do antigo testamento. O chamado da parábola, que para eles já não era mais o primeiro convite e sim o reforço, foi dado por João Batista, por Jesus e seus discípulos.

- Os convidados: os judeus. 

- Não quiseram vir: a rejeição do Evangelho por parte dos judeus, e de forma especial por seus dirigentes. Tanto que nesta ocasião estes últimos já haviam, tomado providências p8!a que outros não aceitassem o convite de Jesus, e planejavam mata-Lo, o que ocorreu 3 dias depois.

- Voltou a enviar: o rei está ansioso de que seus convidados venham à festa. Apesar da imensa humilhação pela qual passou, está disposto a perdoar a rudez de seus convidados e a perdoar seus insultos. Ele poderia forçá-los a assistir a festa se quisesse fazê-lo, mas desejou motivá-los.

- Deus poderia obrigar os homens a aceitarem o convite evangélico, mas não o faz. Cada pessoa pode aceitá-lo ou rejeitá-lo, segundo sua vontade de escolha.

- Outros servos: o segundo convite foi feito aos judeus pelos discípulos, depois da crucifixão de Jesus e ascendeu ao Céu.

- Banquete: refere-se ao almoço, ao meio-dia.

- Não se importaram, e se foram: nem sequer apresentaram desculpas.

- Outros: os que não se haviam conformado somente com não prestar atenção ao convite.

- Agarraram os servos: primeiras perseguições aos cristãos. Atos 8.1-4.

- Os mataram: quando os judeus perseguiram a igreja cristã primitiva, Estevão foi seu primeiro mártir e Tiago, o primeiro dos discípulos vítima também deste ódio dos judeus para com Jesus.

- Enviando suas tropas: pequenos grupos de soldados.

- Incendiou a cidade: destruição da cidade de Jerusalém efetuada pelos romanos no ano 70 d. c.

- Pronta a festa, mas não eram dignos: não aceitáveis aos olhos de Deus.

- Reuniram maus e bons: a sala da festa representa a igreja na Terra.

- Ide, pois: o terceiro convite representa o convite evangélico aos gentios.

- Entrou o rei: para ver se tudo ia bem e especialmente para observar quem eram os convidados que seus servos haviam trazido. Esta inspeção representa a obra divina do juízo investigativo.

- Veste nupcial: um salão de festa repleto de convidados devidamente vestidos era uma honra para o rei e para a festa. Quem assim não estivesse introduziria uma nota dissonante nas festividades.

- O vestido simboliza a justiça de Cristo. Obtida pela misericórdia de Deus. Rejeitá-lo significa rejeitar o único que poderia tornar-nos em filhos e filhas de Deus.

 

* Semelhante àqueles convidados, nenhum de nós temos roupa apropriada para aparecermos diante de Deus. Somente seremos aceitos ante Ele se usarmos a vida de Cristo sobre nosso errado viver, e confiarmos somente nestes méritos para alcançarmos nossa salvação.

O que não tinha o vestido das bodas representa os falsos cristãos, que pensam que sua justiça (bons atos, capacidade, bons planos e excelente intenções) são suficientes para serem salvos por Deus. Na verdade, este convidado apenas se interessa no privilégio de participar do banquete. Olvida que a festa é feita em honra do rei e seu filho.

Para Deus, não importa quão bem estejamos vestidos para sua festa (quão boa tem sido nossa vida). Ele jamais nos aceitará no Céu se não estivermos usando os méritos e o caráter de Cristo sobre nossas vergonhosas hipócritas roupas.

Querer salvar-se a si mesmo é a maior ofensa que podemos fazer a Deus.

- Amigo: o rei usou de tato e simpatia para com o infame convidado, e deu-lhe ampla oportunidade para explicar sua atitude. O rei estava disposto a perdoá-lo se a falta do vestido apropriado fosse de sua parte (talvez os servos tivessem esquecido dele, não providenciando um vestido especial para ele).

- Emudeceu: era culpado. Se não teria se defendido. Seu erro havia sido intencional, premeditado, por decisão própria. Talvez tenha achado que o vestido que usava era melhor que o oferecido, ou que esta era uma questão sem importância.

- Amarrai-o: os seres humanos acabam excluídos do reino dos céus devido às suas próprias escolhas erradas. Todo aquele que deseja salvar a si mesmo, na verdade, acaba apenas condenando-se.

- Lançai-o nas trevas: separação eterna de Deus, aniquilação total para todo sempre.

- Muitos são chamados: o convite evangélico é feito a todos os que estão dispostos a aceitá-lo.

- Poucos escolhidos: em comparação, poucos estiveram dispostos a aceitar a generosa chamada à festa. São poucos os que trilham o caminho da salvação, mas muitos os que escolhem andar pelo caminho largo, que os levará à perdição.

 

LIÇÕES

 

1.   Não existe caminho pior do que servir a Deus para comprar desta forma a salvação. Do mesmo modo quando busca-se viver corretamente para então apresentar diante dEle motivos obrigatórios que o levarão a nos salvar. Este é um grande insulto a Deus devido ao fato dEle Ter feito tudo para que fossemos salvos gratuitamente, já que nunca poderemos comprar a salvação pelo que temos por que ela é muito cara e não possuímos valores para isto.

2.   O princípio de que o homem se pode salvar por suas próprias obras, e que jaz à base de toda religião pagã, tomara-se também o princípio da religião judaica. Satanás o implantara. Onde quer que seja mantido, os homens não tem barreira contra o pecado.

 

* Temos nós confiado inteiramente no amor de Deus por nós quando oramos pedindo uma benção, e mesmo quando pleiteamos por nossa salvação, ou estamos sempre procurando fazer coisas boas para que Deus nos considere "bonzinhos" e nos dê assim o que desejamos ou necessitamos?

 

PENSE NISTO

 

üDeus nunca salva um espectador. Robert Brown.

üNenhum pecador jamais foi salvo por ter dado o coração a Jesus. Não somos salvos por termos dado, mas sim pelo que Deus deu. A. W. Pink

üA essência do pecado é a arrogância; a essência da salvação é a submissão. Alan Redparth

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 

14

SEM NOÇÃO DO TEMPO

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

MORDOMO INFIEL. Mateus 24. 45-51.

 

- Sobre sua casa: aplica-se especialmente aos dirigentes religiosos e espirituais da família da fé, cujo dever é suprir as necessidades de seus membros, e quem, por preceito exemplo, devem dar testemunho se sua fé na breve volta de Jesus.

- Alimento a tempo: o pastor tem o dever de alimentar a Igreja de Deus, e dar a ela o exemplo de vigilância e preparação.

- Deus pedirá conta a ele de sua igreja. Corresponde-lhe cumprir fielmente a responsabilidade que lhe foi confiada.

- Todos os seus bens: se for fiel no pouco, Deus lhe confiará maiores responsabilidades.

 

EXEMPLO: José na casa de Potifar. No Egito.

Em casa: o melhor filho dos 12.

Com Potifar: o melhor escravo por 10 anos

Com a tentadora: fiel depois de muitos convites, fiel ao patrão.

No Egito: foi fiel à Deus não seguindo a religião egípcia, e mesmo escravo guardava o sábado.

No calabouço: o melhor prisioneiro, sem reclamar das injustiças!

No trono: o melhor governante, fiel, prestativo, prudente, bom negociador, e muito esperto!

 

Segredo do sucesso: Como poderia eu fazer tamanho mal na presença do meu Deus?

1.   Tinha a real consciência de viver na presença de Deus.

2.   Tudo o que fazia realizava-o a Deus!

 

Mas o mordomo da parábola...

- Mas se disser consigo mesmo: talvez não admita abertamente que crê que seu senhor irá demorar, sua vida demonstrará sua crença real. Nunca atuará como se o senhor está perto de chegar.

- Tarda em vir: este servo não é um ateu ou pagão, que nega a realidade do retorno de Jesus. Pretende crer. Até aceitou a responsabilidade de alimentar o povo de Deus, e de ajudá-lo a prepararem-se para o retorno de Cristo. Mas falta convicção às suas palavras.

Não tem fervor. Sua vida e obra proclama que não crê que logo virá Jesus. No momento de crise, não se põe entre os mortos e vivos como o fez Arão. Não insta a tempo e fora de tempo. Nem repreende nem exorta. Mas bem adapta sua mensagem aos fins egoístas do povo. Olvida que a mensagem da volta de Cristo tem por objetivo arrancar os homens de seus interesses mundanos, e levá-los a amarem as coisas celestiais.

- Espancar seus companheiros: ocupa-se em alimentar-se a si mesmo-vive apenas para seus projetos, interesses e preocupações, e esquece por completo sua real missão e as necessidades da igreja. Ler Ezequiel 34.2-10

- Castigá-lo-á: literalmente "arrancar os dedos". Esta era uma foram terrível e vergonhosa de morrer. Em vez de decapitar a pessoa, fazia-a em pedaços a golpes de espada.

- Junto com os hipócritas: morrerá junto com os hipócritas pois tem vivido como eles.

 

- Temos nós noção do tempo em que vivemos: o FIM DO TEMPO DO FIM? Ele logo chegará. Como estaremos diante do Senhor?

 

PENSE NISTO

 

üA presença permanente da velha natureza garante que na vida cristã não há vitória sem vigilância. J Blanchard.

üMuitos santos, por não terem conservado rédeas curtas em relação a algum defeito que pensavam haver domado, foram lançados para fora da sela. W Gurnall.

üNossos inimigos cercam-nos de todos os lados; assim também deve ser a nossa armadura. W Gurnall.

üA melhor maneira de não falhar nunca é temer sempre. W Jenkyn.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-090 - A FIEL ALICE

Jesus Cristo ontem e hoje é o mesmo, e o será para sempre. Hebreus 13:8.

Alice, uma elefanta de circo, vindo da índia, podia merecer confiança. Por 110 anos esta fiel elefanta fez seus números de circo sem se fazer de rogada. Na abertura do espetáculo, começavam com a Grande Parada. A banda tocava música animada enquanto os artistas e animais marchavam ao redor do picadeiro. Os elefantes, vestindo veludo brilhante ou ornamentos de cetim, cada um tendo uma bela moça montada na cabeça ou numa sela, andavam compassadamente ao som da música. Belos cavalos, com vestes brilhantes, saracoteavam orgulhosamente. De repente, em meio de toda esta magnificência, o povo gritava. Uma pequena menina escorregara de perto de seus pais, e caíra no picadeiro. Correndo exatamente para o caminho dos enormes elefantes, parecia que nada poderia salvá-la de ser esmagada pelas patas deles. De repente, um dos elefantes avançou, ergueu a garotinha com sua tromba, andando ao lado da arena. A mãe desvairada estendeu os braços enquanto o animal depositava a pequenina nos braços maternos. Era Alice, a elefanta, o animal mais hábil e digno de confiança que havia no circo. A multidão aplaudiu, maravilhada, o gesto do animal, mas o diretor do circo não se surpreendeu. Alice sempre fazia a coisa certa. Sempre que o circo se mudava de um lugar para outro, as jaulas dos grandes animais tinham de ser guindadas até os vagões ferroviários. Os vagões pesados eram carregados pelos elefantes. Alice jamais precisou que lhe dissessem o que fazer. De fato, ela dirigia os outros elefantes de modo que fizessem corretamente seus números circenses. Certa vez as rodas dianteiras de um furgão do circo rolaram para fora do carro-plataforma. 0 furgão estava precariamente dependurado no ar, pronto a cair a qualquer momento. Alice, sem uma palavra de quem quer que fosse, viu o problema e rapidamente com a tromba içou o veículo fazendo-o voltar ao carro plataforma. Para estarmos no Céu, cumpre-nos ser semelhantes a Jesus, dignos de confiança, igualmente todos os dias. Pode-se confiar em você a fazer a coisa certa na ocasião certa, mesmo que ninguém esteja olhando para você ou dirigindo? Se Alice por 110 anos pôde fazê-lo, certamente você pode fazer hoje com a ajuda de Jesus.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

15

A ÚNICA CHANCE PARA SUA PROMOÇÃO

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

OVELHAS E BODES. Mateus 25.35-40. Como devemos esperá-Lo?

 

INTERPRETAÇÃO

 

- Cena: 24.1-3. Foi proferida para reforçar a ideia das parábolas que falavam da Segunda vinda de Cristo: Como devemos esperá-Lo? - esta foi a última parábola que Jesus proferiu antes de Sua morte, na Terça-feira para os discípulos.

- Nela Ele apresenta muito claramente o juízo final, e traduz em termos muito práticos sobre como será feito o juízo divino sobre toda a humanidade.

- Venha em Sua glória: em Sua primeira vinda, Ele estabeleceu o reino da graça, mas virá outra vez para estabelecer para sempre o reino da glória.

- então se assentará: na qualidade de Rei. (os reis tinham também a função de juízes).

- Trono de Sua glória: Cristo estava em Seu trono de Glória antes de Sua encarnação. Por Sua ascensão, foi novamente entronizado, como Sacerdote e Rei. Ao completar o juízo investigativo, receberá definitivamente Seu reino. Sua coroação como Rei do universo será

após o milênio, na presença de seus súditos e dos que se negaram a fazer parte deste governo.

- Apartará: o juízo é uma realidade. Deus é 100% misericórdia como 100% justiça.

- Como aparta o pastor: Jesus comparou-se repetidas vezes com um pastor de ovelhas, e a seu povo com um rebanho delas.

- Ovelhas: em geral, as ovelhas palestinas eram brancas, e as cabras eram negras. Era comum 1 pastor só cuidar de cabras e ovelhas juntas.

- Direita: representa honra e benção.

- Esquerda: representava honra inferior, mas neste caso uma severa rejeição.

- Benditos: na presença de Deus há plenitude de gozo e delícias mil. Sal. 16.11.

- Herança: pelo pecado perdemos a herança original, o domínio do Éden e de nosso planeta.

- Preparado para vós: não agora, mas como no plano original. Finalmente será cumprida com êxito a vontade de Deus para com este planeta, assim como no céu.

- Destes de comer: A GRANDE PROVA FINAL, O SELO DE DEUS não inclui só o Sábado, mas tem que ver com o grau no qual se tem aplicado os princípios da verdadeira religião na vida diária, especialmente em relação com os interesses e as necessidades dos outros.

- Me hospedaste: brindou-me com hospitalidade em vez por obrigação e sem qualquer opção me acolheste. Foi com muito prazer e muita honra que o fizeste.

- Mas quando te vimos?: O espírito e a prática do serviço abnegado haviam se convertido de tal modo em hábito nos justos que responderam automaticamente às necessidades de seus próximos. Não é necessário fazer campanha, imploração ou mesmo ameaça.

- A MIM: Cristo se identifica tanto com Seus escolhidos que qualquer coisa que nos afeta, afeta a Ele também.

- Ao Ter em conta as necessidades dos outros, refletimos este mesmo aspecto do caráter divino.

- A maior evidência do amor de Deus é aquele amor que nos leva a carregarmos uns as cargas dos outros. Assim cumprimos a Lei de Cristo. Gálatas 6.2. Estas são as obras de Deus. João 8.44.

- Fogo eterno: destruirá para sempre os injustos.

- Para o diabo: o fim do diabo e seus anjos já está decidido- perecer no fogo do dia final.

Todos os que seguem seu exemplo de rebelião com ele perecerão.

 

- Quando te vimos? Não haviam aprendido a grande verdade de que o genuíno amor de Deus se revela no amor pelos filhos de Deus que sofrem. A verdadeira religião compreende mais do que aceitar passivamente certos dogmas.

 

LIÇÕES

 

1.   Junto com a tarefa tão importante de pilhar o evangelho deve haver um esforço para satisfazer as necessidades básicas das pessoas (água, alimento, roupas, saúde e relacionamento humano. Este é o selo de Deus em seus filhos. Mateus 5.9.

2.   Na parábola, os que ajudaram não estavam ansiosos por obter o favor de Deus, mas motivados pelo amor ao próximo. A pergunta de todos era: "Senhor, quando foi que te vimos? Eles não queriam mais nada. Já possuíam tudo que precisavam: a salvação e a paz. E também já eram benevolentes. Era-lhes algo natural ajudar os outros.

3.   Os perdidos queriam dizer na verdade o seguinte: "Senhor, se soubéssemos que eras TU em vez daquele mendigo, claro que teríamos ajudado!" Eram imensos hipócritas. Justificados por suas obras.

4.   Como posso encontrar coragem e incentivo para perguntar sinceramente: "Como posso ajudá-lo?"

5.   Precisamos servir aos outros de forma desinteressada. Deus também espera que aprendamos como ajudar os outros de forma apropriada. Mas isto só aprenderemos fazendo. Não saber como ajudar não pode ser usado como desculpa para não ajudar, ou para esquivar-se da necessidade.

6.   A separação final será tão exata que o santo mais insignificante não se perderá na multidão de perdidos, nem o mais aceitável pecador na multidão de santos, mas cada qual irá para seu próprio lugar.

7.   A importância de servir aos outros enquanto aguardamos Jesus é salientada pela recompensa obtida ou pelo castigo, no caso da omissão. Essa recompensa ou castigo é um resultado natural. Jamais deveria ser a motivação para o serviço.

 

PENSE NISTO

 

üO amor precisa amar, ainda que não ganhe nada com isso. Roger Forster.

üA medida do nosso amor pelos outros pode ser em grande parte determinada pela frequência e intensidade de nossas orações em favor deles. A W Pink.

üO amor é o uniforme de Cristo. C.H.Spurgeon.

üOs anjos nunca serão reis. Sempre serão servos. Andrew Bonar.

üSe 2 anjos fossem enviados do céu para executar uma ordem divina, um para dirigir um império e outro para varrer uma rua do mesmo império, nenhum deles sentiria qualquer  inclinação para trocar de serviço. John Newton.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

16

APROVEITE A RIQUEZA QUE VOCÊ JÁ TEM

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

Mateus 25.14-30 - OS TALENTOS

 

Ser transformado por cristo e crescer na graça significa tornar-se membro ativo na sociedade, atraindo outros para o Salvador pelo uso de nossos talentos.

 

INTERPRETAÇÃO

 

- Representação: homem: Jesus/ servos: discípulos (nós)/ talentos: capacidades para fazer Sua obra.

- Ausentando-se: Jesus foi para o Céu.

- Servos cuidarem de seus bens: pertencemos a Cristo (servos dEle) em virtude de sermos criaturas suas e por sua graça redentora. Pertencemos a Ele, assim tudo o que é dEle é nosso também. Por isto confiou-nos o cuidado de Seus bens.

- Cuidado dos bens: o senhor tinha 2 objetivos: aumentar seus bens, e provar seus servos antes de confiar-lhes maiores responsabilidades. Cristo confiou-nos a obra do evangelismo para fazer crescer Seu reino entre os homens, como também para preparar-nos para maiores responsabilidades.

- A distribuição dos talentos: foi baseada no que o senhor já conhecia sobre os servos. Se Deus nos dá hoje uma pequena responsabilidade, é porque Ele sabe que ainda não temos condições para ocupar as maiores. Não adianta achar que Ele está errado! - talentos: a prata que havia em 1 talento correspondia a 34 kg, e isto representava o que um trabalhador comum receberia por 20 anos de trabalho. Isto cada talento. Vemos portanto que aquele que recebeu 1 talento não recebeu pouca coisa. Sua responsabilidade, mesmo que menor do que a de seus companheiros, era grande também.

- Capacidade: o senhor deu a eles o que ele achava que era prudente, segundo sua capacidade, bem como suficiente para incentivar sua inteligência e habilidade, proporcionando-lhes oportunidade de adquirirem experiência. E exigiu deles fidelidade no desempenho da tarefa.

- Logo se foi: destaca aqui a diligência dos 2 primeiros servos que, vendo a partida de seu senhor, logo se puseram a trabalhar por ele, como ele pedira-lhes.

- Guardou na terra: esta era a forma mais segura de se guardar dinheiro num tempo onde não haviam cofres, bancos ou carros forte.

- Dobraram suas quantias: é muito difícil de encontrarmos um negócio que renda o dobro do capital que investimos. Isto nos mostra que os 2 servos arriscaram muito por seu senhor, assim tiveram ótimo resultado. Com certeza o senhor não estava mais interessado na produção dos talentos mas sim na capacidade dos servos em serem diligentes no serviço, pois estas virtudes eles desejava usar no futuro em outros negócios.

- Ajustou contas: Deus certamente cobrará de nós o que fizemos e se o fizemos com as capacidades que Ele nos confiou. - muito bem: a aprovação do senhor foi baseada não no quanto ganharam os servos mas na fidelidade de cada um deles à sua obra.

- Sobre o muito te colocarei: seu juízo e o ato de seguir princípios corretos em relação ao pouco, garantiram-lhes sucesso, aprovação do senhor, e deram-lhes capacidade para trabalharem com maiores responsabilidades.

- Gozo do teu senhor: refere-se às bençãos cristãs desta vida, como a recompensa da vida futura.

 

O SERVO NEGLIGENTE

 

- Te conhecia: ele admite abertamente que não havia atuado por ignorância ou falta de capacidade. O havia feito conscientemente. Na verdade, seu problema era que ele não conhecia verdadeiramente seu senhor.

- Duro: acusação completamente injusta. O senhor havia mostrado-se:

ü amável- mostrou interesse pelos servos que ficavam,

ü confiante: deixou-os tomando conta do que era seu,

ü perspicaz: conhecendo a capacidade e limitação de cada um, deu e cobrou conforme poderiam produzir,

ü razoável: foi pronto em aceitar o que quer que os servos podiam fazer, tanto que não estipulou alvos, nem cobrou injustamente,

ü generoso: recompensou a fidelidade com a mesma medida.

- Ceifas onde não semeaste: ele pensou apenas no proveito material, não tomando em conta a recompensa intangível que receberia por seu serviço- sua aptidão para maiores responsabilidade.

- Às vezes não queremos trabalhar para Deus porque tal serviço não resultará em bens que desejamos, como status, dinheiro, fama ou prazeres). Jonas.

- Tive medo: ele havia aceitado o talento, e ao fazê-lo havia prometido que faria algo com ele.

Temia que se fracassasse não somente deixaria de ganhar os interesses que tinha de seu talento, mas também poderia perder o capital. Supunha que qualquer ganho seria para seu senhor e que qualquer perda ele deveria pagar ao patrão. Não estava dispostos a aceitar a,  responsabilidade confiada, e se lhe fossem oferecidas maiores responsabilidades, agiria da mesma forma como o fez.

- O Senhor disse: sabia sim: suas próprias palavras e argumentos o condenaram.

- Devias: do conhecimento que tinha da responsabilidade ele não podia escapar. Ele também jamais poderia dizer que não tinha capacidade para sua tarefa pois seu patrão o julgou muito capaz.

- Banqueiros: se não desejava usar o talentos, que desse aos banqueiros. Pelo menos o Dom não seria perdido. Se não desejamos usar os dons que recebemos, que não atrapalhemos a causa do Senhor.

- Tirai dele o talento: o castigo por não servir era a perda de futuras oportunidades para o serviço. As oportunidades não aproveitadas pronto se perdem e muitas jamais aparecem de novo.

- Daí a outro: dons e tarefas não usados e realizadas por uma pessoa não lhe são eterno capital. Podem ser-lhe retiradas e dadas a quem deseja trabalhar pelo Senhor. Ele pode fazer isto pois é o dono da obra.

- Ao que tem acrescerá; não tem, perderá: os talentos são concedidos na expectativa de que sejam ampliados. Se não são usados, quem os tem perde. Mas quem os aproveita ao máximo, mesmo diante de oportunidade limitadas, terá cada vez caminho aberto para crescer e desenvolver.

- Expulsai-o: no dia final, quem houver se esquivado das oportunidades e escapado das responsabilidades que o Senhor lhes houver dado nesta vida, com certeza serão excluídos da comunhão eterna com Deus.

 

LIÇÕES

 

1.   Cristo mostrou por esta parábola como devemos aguardar Sua vinda. O tempo não deve ser gasto em vigilância ociosa, mas em trabalho diligente. A maior responsabilidade do cristão é a salvação de outros. Esperar por Cristo, como vigiar contra o mal inclui preparação pessoal como trabalho missionário.

2.   A todos deu Ele talentos.

3.   Repartiu estes talentos conforme a capacidade de cada servo Seu. Ele conhece cada um, e sabe quanto podemos render para Sua causa. Não há como dizermos: "Nada posso fazer pelo Senhor".

4.   Embora Deus nos dê liberdade no uso de nosso dons, Ele requer contas do que realizamos com eles.

5.   A reação do senhor ao que cada servo fez com seus talentos demonstra-nos que Deus é imparcial. Ele não condenou o homem que tinha somente 2 talentos por Ter menos.

6.   Congratulou-se com o que tinha 5 como com o que tinha 2, por terem sido fiéis. Note que a recompensa foi a mesma para ambos. Ou seja, Deus não nos vê meramente à luz do que podemos fazer, mas o que temos ou não feito dentro de nossas possibilidades.

7.   O que Ele condena é a recusa de arriscar tudo pelo Seu reino. E muitas vezes não o fazemos porque não vemos vantagens que tanto ansiamos.

8.   Nosso relacionamento com Cristo determinará se usaremos, como, onde e para que nossos talentos. O servo não confiava no poder, na direção a cada passo, nem na misericórdia de seu senhor, caso falhasse ao tentar tudo e fracassar. VOCÊ CONHECE A SEU SENHOR?

 

- Quais são os dons que Deus nos dá? Todos nascemos com talentos (capacidades inatas com as quais nascemos). Mas Deus concede algo mais aos que nascem de novo nEle: os dons espirituais (capacidades usadas unicamente para abençoar o mundo e edificar a igreja). E só podem ser usados para estes fins). A lista dos dons podemos encontrá-Ia em I Cor 12.

E cada um de nós recebeu pelo menos 1 destes talentos.

 

- O que poderia representar aquele 1 talento recebido pelo servo infiel? Sem dúvida nossa influência pessoal. Este Dom todos possuem, e dele ninguém pode escapar. Nossas palavras, atos, traje, procedimento, até a expressão fisionômica tem sua influência. Da impressão assim feita dependem consequências eternas para o bem ou para o mal, que ninguém jamais pode computar. PJ 339.

 

* Você já pensou no que irá fazer daqui por diante com seus dons?

 

PENSE NISTO

 

1.   Deus pode fazer pouco com os que amam suas vidas ou reputações. C T Studd.

2.   Não são os grandes talentos que Deus abençoa, mas a grande semelhança com Cristo. Robert Cheyene.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

17

NASCI PARA SER GRANDE

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

O GRÃO DE MOSTARDA. Marcos 4. 30-32.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1992-340 - A Grande Coruja

A grande coruja cinzenta, medindo de 0,66 m a 1,00 m é considerada a maior coruja norte-americana. A despeito de sua aparência, no entanto, seu corpo não é maior do que o de uma galinha. A razão é que suas penas são mais grossas e penugentas do que as de muitos outros pássaros, o que lhes dá aparência de enorme. A grande coruja cinzenta é um pássaro raro que vive nas densas florestas do norte de Minnesota e em Ontário, no Canadá. Seu alimento principal consiste em esquilos e ratos, mas alimenta-se também de insetos, répteis e pássaros. Durante o verão um naturalista estava visitando seus irmãos que possuíam uma grande coruja cinzenta como criatura de estimação. Agora, observando a coruja, finalmente a encontrou banhando-se na água estagnada de uma irrigação. Ele vira a coruja antes e sabia que ela apreciava ser acariciada na cabeça. Em seu contato com o animal ele jamais havia compreendido seu tamanho real. Agora, não estava preparado para ver o pássaro que viu, molhado e sujo, ao lado da água. Ali estava a ave, a maior de sua espécie, agora com pouco mais de 35 centímetros de altura e quinze de corpo. Era a mesma ave, e o naturalista estava chocado com o tamanho tão pequeno da ave que dificilmente acreditou ser ela aquela coruja de estimação que havia conhecido. A grande coruja cinzenta não deve ser condenada por sua aparência enganosa, mas ilustra muito bem nosso texto. É fácil julgar pelas aparências exteriores. Há pessoas que, quando você as encontra pela primeira vez, parecem grandes e importantes. Quando, porém, você consegue conhecê-las melhor, compreende que não são assim tão grandes. Como a grande coruja cinzenta, que, quando você a vê descobre que a aparência é das penas, há também garotos e garotas que ostentam grandeza que não possuem. Naturalmente, há o outro lado da moeda. Há pessoas que aparentam pouca importância ou escassos talentos e que são na realidade muito capazes e importantes. O que nos leva à conclusão de que devemos respeitar as pessoas pelo que elas são, o que é exatamente o que Jesus fez.

 

INTERPRETAÇÃO

 

- A mostarda: o reino de Cristo no coração das pessoas.

- A mostarda: Ele deve Ter se referido à mostarda escura, cuja semente mede cerca de 1 milímetro de diâmetro. Ao se tomar uma planta adulta, pode chegar a 4 m de altura e ostentar galhos de mais de 3 cm de diâmetro. Suas flores amarelas produzem sementinhas negras, muito apreciadas pelos passarinhos.

- Ela não é a menor semente que existe, mas talvez a menor que o público de Jesus conhecia. Tanto que os judeus se referiam a uma gota de sangue como se parecendo com uma semente de mostarda. Se estivessem discutindo a respeito de uma pequena infração à lei cerimonial, os rabinos poderiam logo dizer que a questão era menor que uma semente de mostarda. Portanto, a frase de Jesus era usual.

- Seu uso: as mulheres, algumas vezes cozinhavam as sementes de mostarda. No verão, costumavam preparar as folhas tenras para comer. Quando as sementes ficavam maduras, serviam para preparar temperos. Outro uso era para emplastros, para diminuir a dor. O óleo extraído das sementes funcionava como laxante.

- Lição: os judeus desprezavam a multidão heterogênea que se comprimia para ouvir a Jesus; e faziam pouco caso especialmente dos iletrados camponeses e pescadores que, como os discípulos, se assentavam com Ele. Chegaram à conclusão de que Jesus não podia ser o Messias e que Seu reino jamais podia ser concretizado, se fosse constituído por este povo. Jesus mostrou como os ímpios viam Seu reino. A árvore representa o triunfo do evangelho proclamado em todo o mundo. Ele mostrou que os súditos de Seu reino poderiam parecer insignificantes, mas que isto não seria para sempre. Seu reino não dependia da força ou capacidade humana, pois era dirigido por Seu poder!

- Esperança: O grupo dos discípulos mais chegados a Cristo era bem restrito, em comparação com as dimensões do trabalho que estava sendo iniciado. Tinham que lutar contra enormes desvantagens como: pertenciam à classe mais baixa da escala social, tinham muitas rixas entre si, eram poucos diante de tantos inimigos, tinham muitas limitações pessoais. Mas Seu líder lhes assegurou sucesso!

- A árvore: o evangelho deve representar um lugar de refúgio para todas as pessoas, independentemente da cor, raça, língua ou grau de instrução.

 

* Os seres humanos não podem organizar, controlar ou predizer o crescimento do reino de Deus, segundo os critérios humanos. Assim sendo, qual é o objetivo e proveito de estabelecer alvos e metas para o crescimento da Igreja?

* Será que os nossos alvos como dirigentes da Igreja são os mesmos que os de Deus?

* Algumas vezes o semeador prejudica a colheita esmagando as plantinhas novas com os pés. Examine os seguintes esforços mal sucedidos dos discípulos para fazer progredir o reino de Cristo. Marcos 8. 31-33,9.14-35, Mateus 19.13-14, Lucas 9. 12-56. Compare-os com o sucesso dos discípulos registrado em Lucas 9. 1-10.

PENSE NISTO

 

Todos os exércitos que já marcharam, todos os navios já construídos, todos os parlamentos já estabelecidos, e todos os reis que já reinaram, postos juntos, não afetaram a vida da humanidade na terra com tanto poder quanto aquela vida solitária. Anônimo.

Os anjos nunca serão reis. Sempre serão servos. Andrew Bonar.

 

* Muitas pessoas trabalham para o reino de Deus em relativa obscuridade, com resultados insignificantes. Discuta a diferença entre o seu trabalho e o de obreiros bem conceituados, aparentemente bem sucedidos.

* Qual é o mínimo que Deus requer para o sucesso?

* Deus já te fez grande e vitorioso. Viva sua vitória. Viva seu caminho. Não se compare a ninguém!

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

18

ONDE SEMPRE SOU ATENDIDO

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

A oração é um elemento fundamental em sua vida?

O AMIGO IMPORTUNO. Lucas 11.5-8.

 

INTERPRETAÇÃO

 

1.   Durante o verão, as pessoas viajavam à noite. Isso explica o surgimento da necessidade à noite. Seu amigo, que acabava de chegar, apareceu de forma inesperada e inevitável.

2.   Ele foi pedir ao vizinho não para si, mas para um amigo, um necessitado.

3.   A hospitalidade era um dever sagrado. Mas como o pão só era assado de manhã e na quantidade necessária para 1 dia, o amigo não teve condição de atender o pedido. Essa era, portanto, uma situação muito delicada.

4.   As portas ficavam geralmente abertas durante o dia. Mas quando o dono da casa as fechava, à noite, significava que não queria ser incomodado. Era então, uma atitude muito deselegante bater a uma porta fechada, a não ser que fosse um caso muito especial.

5.   As casas eram geralmente divididas em duas áreas, sendo que numa delas ficava o fogão a lenha, e ao redor dele a família dormia em esteiras. Portanto, se uma pessoa se levantasse, perturbaria as demais. Essa é a razão por que o amigo disse que não podia se levantar.

 

- Cristo não está dizendo que temos que importunar a Deus para conseguir uma benção.

Ensina por contraste. "Se essa pessoa, quando irritada, pode dar tudo o que você pede, quanto mais lhe dará nosso Pai celestial?".

- Cristo está dizendo: Persevere na oração.

- Também ensina qual o tipo de pedido pelo qual devemos insistir: em favor de outras pessoas e no estabelecimento de Seu reino.

- Tudo o que pedirdes: isto se o Espírito Santo dirigiu nosso pedido.

- Quanto mais dEle tivermos, mais nossos pedidos estarão de acordo com Sua vontade.

 

LIÇÕES

 

1.   Devemos perseverar na oração. O Reino de Deus não se faz de súditos superficiais.

2.   "O pequeno valor que damos à oração é evidente pelo tempo que dedicamos à ela". A inconstância na oração não agrada a Deus. O que é inconstante na oração realmente nada espera do Senhor. Tiago 1.6-7.

3.   A oração não consiste em convencer a Deus que aceite nosso pedido, mas descobrir Sua vontade acerca de tal assunto. Só Ele conhece verdadeiramente nossa real necessidade. Muitas vezes pensamos que necessitam de algo, mas isto não é verdade. Também desconhecemos do que precisamos. Para isto serve a oração: colocar nossa vontade em harmonia com a vontade de Deus. A oração é o meio divino para educar nossos desejos. A oração não serve para provar a Deus mas para transformar nossa vida!

4.   Ele pode responder sim, não, ou espere um pouco. Mas esta é a visão que temos de Sua resposta porque Ele sempre responde SIM, não às nossas palavras mas às nossas necessidade. As vezes Ele demora a responder como desejamos porque ainda não aceitamos meramente Sua vontade para nossa vida. Ainda é necessária uma transformação de nossos planos. Lembra-se de JAIRO? Se nos parece que Ele demora, deveríamos nos perguntar se a dificuldade não está conosco.

5.   O ato de pedir, buscar, bater persistentemente, revelar-nos-á a vontade de Deus. Sua vontade não é um fardo a ser levado, mas a opção mais feliz possível para nossa vida.

6.   Cuidado: se você não quer saber e nem seguir a direção de Deus não ore. Se você orar estará pedindo não só a opinião dEle sobre o assunto mas estará entregando sua vida para que Ele, resolva seus problemas como desejar!

 

PENSE NISTO

 

·   As verdadeiras orações são como pombos-correios: elas não podem deixar de ir para o céu, pois é do céu que procedem; elas estão apenas voltando para o lugar de onde vieram. C H Spurgeon.

·   Deus não presta atenção à pompa das palavras ou à variedade de expressões, mas à sinceridade e à devoção do coração. A chave abre a porta não porque é dourada, mas porque se encaixa na fechadura. Anônimo.

·   Deus não conta o tempo nem a quantidade de suas orações; ele as pesa. Thomas Boston.

·   O verdadeiro segredo da oração é a oração em segredo. J Blanchard.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

19

A MELHOR MANEIRA DE ESPERÁ-LO

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

O SERVO VIGILANTE. AQUI VAMOS NÓS! Luas 12.35-40. Como devemos esperar a vinda de Cristo?

 

INTERPRETAÇÃO

 

- Cena: apesar de Jesus estar falando aos discípulos, havia uma verdadeira multidão de milhares de pessoas em volta dEle. Com esta parábola pode-se dizer que foi a primeira vez que EIe ensinou publicamente sobre Sua Segunda vinda O fim de Seu ministério terreno já se divisa. Portanto, Ele procura preparar Seus discípulos Sua ascensão e Seu retorno com poder e glória.

- Cingindo: Ele começa a parábola pela lição que deseja ensinar. “Cingindo” – Maneira como os homens juntavam suas roupas e as prendiam através de um cinto para que tivessem mais liberdade de movimentos. – Acesas vossas candeias: lamparina a óleo. O pavio era aceso numa ponta e tinha a outra mergulhada no óleo, o qual tinha de ser suprido, de tempos em tempos, ou então a luz se apagava.

- Aguardam: não esperam ociosamente, mas em vigilância e diligente preparação.

- Os servos estavam esperando que seu senhor regressasse de uma festa de casamento. Essa festa consistia de apenas um banquete, mas se a família fosse rica podia durar vários dias.

Quando o senhor saiu para a festa deve Ter ficado ausente por muitos dias. Por causa da incerteza quanto ao momento certo do retomo, um servo poderia negligenciar suas responsabilidades normais e se tornar desatento. Nesse caso, seria considerado servo infiel.

O que se esperava do servo era que cumprisse com diligência as suas

Responsabilidades apesar da ausência de seu senhor e da incerteza quanto ao tempo exato do seu retorno.

- Uma das responsabilidades era esperar, junto à porta, para abri-la imediatamente à chegada do senhor. Como muitas pessoas evitavam viajar à noite, o servo podia raciocinar que, uma vez posto o sol, podia relaxar.

- Segunda vigília: aproximadamente entre as 9 da noite (21h) até à meia-noite (24h).

- Terceira vigília: da meia noite até às 3 h da madrugada.

- Vigiar a casa: a pessoa a quem fora confiada a casa, providenciava o necessário para satisfazer as necessidades materiais dos que foram colocados aos seus cuidados, como também era responsável por protege-los. Por isto, tinha a obrigação de manter servos juntos à porta em todo o tempo. E se Imaginasse que algum assaltante estava para atacar, deveria defender a porta com guardas extras.

 

Lições:

1.   Cristo nos confiou o cuidado de seus filhos, nosso próximo. Cuidar do nosso próximo, procurar fazer avançar o Evangelho e defender Seus interesses é a ÚNICA maneira correta e segura de esperarmos a vinda de nosso Senhor.

2.   estar preparado para a volta de Jesus é mais do que simplesmente evitar o mal. E também construir o reino dos céus.

3.   nossas ações refletem o que cremos a respeito de nosso Mestre de Suas palavras, ordens e advertências.

4.   esperar por Ele não se encaixa na forma como geralmente esperamos alguém para um compromisso- de braços cruzados. Jesus encoraja a fidelidade nas tarefas rotineiras, aparentemente sem importância para nosso Ingresso no Céu. Tem sido você fiel às suas tarefas rotineiras na igreja, no lar e no trabalho?

5.   A volta de Jesus é certa. Estar preparado é a melhor maneira de ocupar o nosso tempo.

6.   Se Jesus não voltar na próxima semana, no próximo mês ou ano, não teremos desperdiçado nosso tempo.

7.   Jesus dirige essa parábola àqueles que acreditam equivocadamente que aquilo que cremos é mais importante do que aquilo que fazemos. Fé e ação são 2 lados da mesma moeda.

 

A pergunta da parábola então é: o que temos feito enquanto esperamos nosso Senhor? O que temos feito para esperar corretamente Sua vinda?

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-158 - "Não Abandonem o Navio!"

"Venho sem demora. Conserva o que tens, para que ninguém tome a tua coroa." Apocalipse 3.11.

O capitão James Lawrence estava morrendo no navio de guerra americano, Chesapeak. Momentos antes, primeiro de junho, ano de 1813, ele tinha sido ferido por uma bala vinda do navio britânico Shannon. Os cansados marinheiros procuraram tornar tão confortável quanto possível a cama improvisada no chão de madeira grosseira do navio. Reunindo suas derradeiras forças, o capitão Lawrence ergueu os olhos para a face dos homens e disse: "Não abandonem o navio!" Aquelas palavras eletrizaram os marinheiros e Ihes deram coragem para prosseguir na luta. Elas se tornaram a senha da armada dos Estados Unidos, levando coragem a corações debilitados por tantas batalhas. Quando os homens podiam ter fugido covardemente do fogo inimigo, ficaram firmes em seus postos de dever ante as palavras: "Não abandonem o navio!" Durante a II Guerra Mundial um grupo de soldados ficou separado do corpo principal da tropa. Cercados pelo inimigo, sem alimento e sem água, alguns acharam que deviam render-se. Foi então que um avião sobrevoou o campo lançando pacotes de alimentos e cantis de água. Num dos pacotes podia ler-se uma parte daquela mensagem do capitão Lawrence: "Não abandonem o navio!" Eles ficaram firmes em sua posição e poucos dias depois foram resgatados. Muitas vezes a vitória está apenas ao virar a esquina da derrota. O sucesso é o outro lado do fracasso. E quando a batalha vai mais acesa que se necessita permanecer firme. A vitória virá. "De que adianta tentar?" Satanás sopra no ouvido da pessoa. "A derrota é certa. Não está vendo que eu vou vencer? Veja quão pequena é sua igreja. Você não pode esperar alcançar a vitória. Abandone o seu navio. Fique do meu lado. Aqui é onde está a certeza da vitória." Uma vez a Sra. White teve um sonho a respeito de um homem sob semelhante tentação. Parecia-lhe a ela, irmã White, que o homem estava num navio de pequeno porte o qual estava sendo acossado pelo inimigo e batido pelas ondas. Ele disse: "Vou abandonar este navio, pois de outro modo não sobreviverei." Mas o capitão lhe disse: "Você não deve abandonar o navio. Ele chegará a salvo ao porto." No verso de hoje Jesus está falando: "Não abandone o navio! Permaneça na igreja. Conserve sua fé. Eu estou a caminho. Resista! Lute! A vitória será sua!" What Happen When, pág. 172

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

20

ACHAMOS SEU CORAÇÃO

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

ONDE ESTÁ O SEU TESOURO? Lucas 12. 13-34.

 

INTERPRETAÇÃO

 

- De acordo com a lei mosaica, o primogênito recebia 2 porções da herança de seu pai e os demais irmãos ganhavam uma parte cada. Possivelmente, neste caso, era um desses irmãos mais novos que estava apelando a Jesus e objetando que o irmão mais velho recebesse porção dobrada, de acordo com a Lei.

- O rico insensato, depois de Ter sido imensamente abençoado, conseguindo uma farta colheita, perguntou: "Que farei"? Ótima pergunta. Mas deu uma desastrosa resposta:

"Construirei maiores celeiros". Assim tornou-se escravo de sua própria ganância. Col. 3.5.

- Note com que frequência usou ele as palavras eu e meu. Primeiro: ele achava que toda sua riqueza vinha como resultado de sua capacidade e esforço. Esquecia-se que ele plantava, mas quem fazia a planta crescer era Deus. Só que a ingratidão tornará o coração do néscio entenebrecido. Se persiste neste pensamento, acaba por eliminar completamente a Deus de seu pensamento, e irá viver para sua felicidade material e seu prazer físico.

- Segundo: seu problema é que o amor-próprio o impedia de cumprir o primeiro mandamento: Amarás a teu Deus de todo o teu coração, e em consequência o levava a transgredir também o segundo: Amarás a teu próximo ajudando-lhe como você se ajuda.

- Em vez de utilizar sua abundância para alimentar as viúvas, órfãos e outros necessitados, ele usou tudo para gratificar seus desejos. Pensava que sua fortuna fora conseguida apenas para satisfazer seus desejos egoístas.

- A base da idolatria é o egoísmo. Não dá para escondermos nosso ídolo maior. Onde está nossa maior valorização, para aí irão o melhor de nossas forças, amor e devoção.

- Se Deus não ocupa o trono de nosso viver, com certeza não teremos tempo, disposição, amor, prazer e desejo de servi-lo e adorá-lo.

- O coração do rico ficou sufocado dentro dos celeiros, mas murchando por falta da Luz de Jesus.

 

* Suas ações demonstram o quanto você ama ou está distante de Jesus?

* Você poderia dizer com convicção que seu tesouro está enterrado em sua relação com Jesus?

* O que faz você com sua fortuna? Com seu salário mínimo? Como responde à pergunta: "Que farei", ao ver quantas bençãos Deus derramou sobre sua vida?

* Que posses orientam sua vida e causam alguma dificuldade no relacionamento com Deus?

* Esse desvencilhar que Deus pede significa perder a tal posse ou controlar-se para utilizá-la convenientemente?

* Por esta parábola, Cristo condenou a riqueza ou nossa atitude em relação a ela?

* Será que você ama aos outros como a si mesmo? Quando vê os necessitados, você os trata como trataria a si mesmo se estivesse naquelas situações? Se você estivesse com fome, com frio, descalço, daria a si mesmo um sapato furado, sem sola, daria a si mesmo um prato daquela sopa que ninguém quis e que sua mulher há pouco quase jogou fora? Daria a si mesmo aquela camisa toda furadinha, que não dá mais para usar mesmo?

- Amo de verdade a Jesus? Ele é meu tesouro? Amo as pessoas como tanto amo a mim mesmo?

 

ONDE ESTÁ SEU CORAÇÃO AGORA?

 

üA alma do homem é infinita naquilo que cobiça. Bem Jonson.

üCuidado com o início da cobiça, pois você não sabe onde ela terminará. Thomas Manton.

üPode-se cobiçar quando se tem pouco, muito ou suficiente, pois a cobiça vem do coração e não das circunst6ancias da vida. Charles Ryrie.

üA cobiça está no começo e no fim do alfabeto do diabo- o primeiro defeito que aparece na natureza corrupta e o último que morre. Robert South.

üNão há melhor antídoto contra cobiçar aquilo que é dos outros do que satisfazer-se com o que é seu. Thomas Watson.

üA coceira da cobiça faz com que o homem meta a unha em tudo o que é dos outros. Thomas Watson.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1983-125 - O Grande Gastador

"Porque a vida de um homem não consiste na abundância dos bens que ele possui." Lucas 12.15.

Você gostaria de ter uma renda de 140.000 dólares por semana? Isto lhe daria 14 dólares por minuto. William Randolf Hearst, o pai, ganhava dinheiro nesta base. Ele era o proprietário de jornal mais rico do mundo. Nascido em 29 de abril de 1863, filho de um rico proprietário de mina, William herdou mais de 16 milhões de dólares. Então trabalhou duro durante mais 60 anos para aumentar ainda mais o seu patrimônio! Era muito importante que ele tivesse tanto dinheiro, pois era um grande gastador. Comprou um quarto de milhão de acres na Califórnia, para aí construir quatro castelos dispendiosos. Seus limites no lado do oceano se estendiam por uns 80 quilômetros ao longo da costa do Pacífico. Aqui ele colocou rebanhos de zebras, búfalos, girafas e cangurus. Coletou milhares de pássaros exóticos. Havia leões, tigres e elefantes em seu zoológico particular. Hearst adquiriu quantidades de tesouros de arte em todo o mundo. Comprou até castelos inteiros. Cada pedra era rotulada, acondicionada, e enviada de navio para a América onde tudo era reconstruído em seu patrimônio. Coletou coisas que iam desde relógios cuco a múmias egípcias, de modo que teve de possuir uma enorme casa para conter tudo isto e no mínimo 20 empregados para tomar conta. Quando ele queria alguma coisa, conseguia-a. Uma vez ele pagou 22 mil dólares para que fosse mudada uma árvore que bloqueava sua visão do mar; preferiu isto a cortá-Ia simplesmente. Mas havia alguma coisa que seu dinheiro não podia comprar como saúde, felicidade, e a própria vida. Tão preocupado vivia o Hearst com respeito à morte que a ninguém era permitido falar nela em sua presença. Se ele tivesse podido comprar a vida ao preço de um milhão por ano, poderia estar vivo ainda hoje. Mas ele morreu em 1951 e voltou ao pó, do mesmo modo como sucede a todos os homens, ricos ou pobres. Como você pode ver, dinheiro não é tudo. A vida representa mais do que carros, iates, aeroplanos, e belas casas. Representa mais do que dinheiro em cheques ou altas rendas semanais. Ponha sua atenção em Jesus e no serviço para Ele. Somente um correto relacionamento com Deus pode dar-lhe real satisfação e tornar sua vida digna de ser vivida. Somente Ele pode dar a você as coisas que o dinheiro não pode comprar. Só Ele pode dar-lhe vida, vida eterna, vida que nunca se acaba.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

21

O QUE FAZER COM UMA ÁRVORE QUE SÓ DA FOLHA?

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

A FIGUEIRA. Lucas 13.6-9. Vivendo uma grande mentira. VIVENDO EM COMUNIDADE – IGREJA.

 

INTERPRETAÇÃO

 

- A relação entre a misericórdia e a justiça divina.

- A paciência de Deus frente a necessidade que tem o homem de arrepender-se oportunamente.

- Uma figueira: representa a cada pessoa, e num sentido especial a nação judaica. - 3 anos: o dono da vinha havia a havia plantado logicamente esperando que produzisse  fruto. Se isto não acontecesse, iria cortá-la. Calculou que ela produziria, tardiamente, em 3 anos. Pacientemente esperou sua demora, dando-lhe ampla oportunidade para que produzisse seus frutos, se é que um dia iria produzir.

- Veja que ele esperou demais. O normal seria esperar 1 anos, correspondente a 1 safra.

Isto seria o bastante. Mas ele andou 3 milhas a mais com ela.

Ti ocupa espaço: além de não produzir frutos, a figueira ocupava espaço do terreno que poderia ser muito bem ocupado por uma figueira produtiva.

- A nação judaica havia chegado ao ponto em que não somente era inútil no cumprimento do papel que Deus lhe havia confiado, mas também havia se tomado um obstáculo na pregação aos perdidos, como também negavam tais verdades a eles.

- Deixa-a ainda 1 ano: os 3 anos podem se referir aos 3 anos do ministério de Jesus. O ano que transcorria agora era o quarto ano, ano da graça para eles. Mateus 4.12. Restavam poucos meses para a crucifixão de Jesus. Lucas 13.1.

- A misericórdia de Deus seguia esperando e exortando a nação judaica para que arrependesse e aceitasse a Jesus como o Messias. Mas junto com a misericórdia estava a advertência de que esta oportunidade seria a última.

- Vou cavar e adubá-la: o agricultor havia dedicado tanto cuidado àquela figueira como às demais árvores que possuía. Mas neste último intento por ajudá-la para que produzisse fruto, fez mais, muito mais do que fizera antes.

 

LIÇÃO

 

1.   Deus nos dá um tempo para que permitamos mostrar ao mundo os frutos do ES, Gálatas 5.22-25. Mas se não aparecem os frutos, Ele ainda nos dá algum tempo para pensarmos melhor e nos entregarmos à ação do ES. Faz de tudo por nós. Mas Sua paciência tem limite.

2.   Se não há total entrega a Ele, um dia somos cortados de Sua comunhão.

3.   Ele não permite que fiquemos na Sua Igreja, vivendo uma vida hipócrita, aparente, por muito tempo. UM dia nossas ações e motivos são revelados ao Universo, e somos declarados injustos.

4.   Aproveitemos o dia de Hoje para serví-LO.

 

PENSE NISTO

 

üO caráter de um homem é medido exatamente por suas reações diante das injustiças da vida. Anônimo.

üReputação é o que os homens pensam que você é; caráter é o que Deus sabe que você é. Anônimo.

üO que és aos olhos de Deus, é o que tu verdadeiramente és. Thomas à Kempis.

üA felicidade não é a finalidade da vida, mas sim o caráter. Henry Beecher.

üO fruto do Espírito não é entusiasmo nem ortodoxia; é caráter. G B Duncan.

üO Senhor conhece pelo nome aqueles que são seus, mas nós os reconhecemos pelo caráter. Matthew Henry.

üA reputação de muitos homens não conheceria seu caráter se o encontrasse na rua. Elbert Hubbard.

üA abundância material sem caráter é o caminho mais certo para a destruição. Thomas Jefferson.

üCaráter é o que o homem é no escuro. D L Moody.

üO maior brilho de inteligência é de valor incalculavelmente mais baixo do que a menor fagulha de caridade. William Nevins.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1977-142 - OS PEQUENOS HIPÓCRITAS

Acautelai-vos do fermento dos fariseus, que é a hipocrisia. S. Lucas 12:1.

Em lugar nenhum do mundo você se sente mais seguro do que em seu próprio lar. Contudo você pode estar cercado por um inimigo silencioso que age no escuro, deixando poucos vestígios ou indícios, até que seja tarde demais. Sua casa pode ser o lar secreto de milhões de pequeninos insetos que têm estado a roer e perfurar a madeira, por cinco ou dez anos, sem deixarem uma, partícula de serragem. Então um dia ocorre um estalo, e o soalho parece afundar. Este é o trabalho das térmitas, que vivem em subterrâneos na terra úmida. Vicejantes na celulose, nos caibros e tábuas, jamais se expõem ao ar livre ou à luz. O instinto as conduz através da terra para as madeiras que ainda estão no chão ou tocando-o. Constroem um montículo de pouco mais de metro acima do solo de modo a poderem atingir os alicerces da casa ou algumas vigas de madeira. O que faz todo o mundo odiar as hipócritas térmitas, bem como os cupins, é que quase sempre param de roer e perfurar a madeira pouco antes que esta se enfraqueça o bastante para estalar. Deixam uma casquilha fina de madeira ou verniz, de maneira que tudo parece perfeito quando visto de fora. Esta é a traição. Se essa camadinha de madeira se quebra, o que resta facilmente se desmorona e se pulveriza. Há pessoas, também, que na superfície parecem boas, pois toda a sua maldade é feita sob capa. Chegará, porém, um tempo em que a punhalada de tentação perfura o verniz da hipócrita bondade, e a casquilha vazia e soez fica aberta. Dificilmente há na Terra um lugar livre de cupins ou térmitas. O prejuízo anual que causam foi estimado em milhões de dólares. Somente um especialista que conheça os hábitos destes destruidores bem-organizados pode tornar seguro seu lar. Eles inspecionam todas as possíveis entradas, removem toda madeira que toca o chão, lacram as aberturas, põem, blindagens sobre os alicerces, e depois envenenam o solo a uma profundidade de alguns metros. Contudo, num ano ou menos, ele terá de repetir todas estas medidas. A hipocrisia é difícil de desmascarar, quer nas térmitas, quer nas pessoas. 'Unicamente uma rigorosa inspeção diária no coração com o auxílio do especialista Jesus, livrará você do inimigo. Ele adverte a que nos acautelemos da hipocrisia.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

22

ACEITANDO O CONVITE

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

A GRANDE CEIA. Lucas 14.16-24.

O que tem mais valor para você?

 

INTERPRETAÇÃO

 

- Cena: apresentada na casa de um fariseu. Os principais do povo tentavam prendê-Lo.

- Uma grande ceia: Ele descreve aqui as abundantes bençãos do reino dos céus mediante o símbolo de um banquete.

- Jesus não contradisse o que o fariseu afirmou, mas pôs em dúvida a sinceridade de sua declaração. O fariseu era na verdade, um dos que rejeitavam o convite divino para aceitar a Jesus como Salvador.

- Convidou a muitos: o primeiro convite foi estendido aos judeus através de todo o Antigo Testamento. Esta cena refere-se aos repetidos convites de Deus a Israel, feitos por meio de seus profetas.

- Enviou seu servo: Jesus. Era costume que o anfitrião enviasse um servo para recordar os convidados sobre o evento, e isto acontecia bem próximo à celebração. Este ato recordava o convidado, e permitia-o preparar-se, se ainda não o tivesse feito, e ajudá-lo a chegar a tempo para as celebrações.

- Todos, a uma: é bem provável que foram bem mais de 3 convidados para a festa. Mas Jesus enumerou estas 3 desculpas como exemplo do que o servo ouviu por onde foi.

- Começaram: cada convidado apresentou seu próprio pretexto, mas nenhum tinha uma razão aceitável. Em cada caso, a verdadeira razão era que o convidado tinha mais interesse em alguma outra coisa do que em ir assistir a festa. Também denotam falta de apreço para com a hospitalidade e a amizade do que oferecia a festa.

- Em todos os tempos, os que rejeitam o convite para a festa das bodas celestes dão mais valor aos interesses temporais do que às coisas eternas. Mateus 6.33.

 

DESCULPAS

 

1.   Comprei uma fazenda: débil escusa. Já havia comprado a fazenda. Ao comprá-la já a havia examinado cuidadosamente antes de fechar o negócio.

2.   5 juntas de boi: também já havia feito a compra. Talvez quisesse assegurar-se de que havia feito uma boa aquisição. Mas poderia muito bem Ter postergado esta comprovação se desejava realmente assistir a festa.

3.   Não posso ir: foi mais descortês do que os outros. Os outros haviam pedido desculpas por não irem. Mas este simplesmente disse que não queria ir. A festa não possuía nada que lhe interessasse. Esta escusa talvez tenha sido baseada no direito que os homens que se casavam, no primeiro ano de matrimônio estavam isentos de certos deveres civis e militares. Mas isto não o excluía das relações sociais normais. Era tudo um pretexto.

 

A REAÇÃO DO DONO DA CASA

 

- Irado o dono da casa: no primeiro momento, todos os convidados haviam aceito o convite. Devido a isto, ele havia feito os preparativos para a festa, o que lhe consumira horas de trabalho e muito dinheiro. Mas parece haver agora uma conspiração para envergonhá-lo.

- Deus, que prepara uma grande festa celestial, que custou a vida de Seu amado filho, sentir-se muito triste quando não aceitamos o convite para estamos lá. Tudo Ele fez por nós; o mínimo que podemos fazer diante de Seu convite é aceitar o que Ele nos Ter proporcionado (Suas bençãos, planos, direção e companheirismo). Daremos pouca importância a Seu convite? - sai depressa: é claro que o dono da festa não deseja que seus comestíveis se percam.

- Ruas e becos: manda seu servo buscar outros convidados, então. O primeiro convite evangélico foi dado aos judeus. Os principais cidadãos que rejeitaram o convite- eram os dirigentes dos judeus, a aristocracia religiosa de Israel.

 

OPORTUNIDADE AOS OUTROS

 

- Depois desta rejeição, o anfitrião esqueceu-se de seus amigos preferidos e saiu a convidar os desconhecidos da cidade- desprezados pela sociedade. Por residirem na mesma cidade, estes representam outros judeus- publicanos, prostitutas e pecadores, a quem os religiosos consideravam párias da sociedade. Mas estes tinham fome e sede do evangelho.

- Pobres e aleijados: os judeus supunham que os que sofriam dificuldades financeiras ou físicas não gozavam do favor divino. Por isto eram tão desprezados pelo povo. Mas Jesus nega aqui esta ideia, afirmando que não deveriam ser desprezados por seus próximos, nem mesmo quando seus sofrimentos fossem resultado de seus pecados ou conduta imprudente.

- Ainda há lugar: o anfitrião desejava que todos os lugares fossem preenchidos. O mesmo ocorre na festa evangélica. Deus não criou a Terra em vão (Isa 45.18), mas para que fosse habitada como eterno lugar de uma raça humana feliz. O pecado tem adiado por um tempo o cumprimento deste propósito, mas finalmente ele ocorrerá. A cada indivíduo que nasce renovada. neste mundo é oferecida a oportunidade de participar da festa evangélica e viver para sempre na Terra renovada.

- A oportunidade rejeitada por uns é aceita por outros.

- Caminhos e atalhos: os judeus foram os primeiros convidados não porque Deus os amasse mais do que os outros, ou fossem mais dignos, mas para que compartilhassem com outros os sagrados privilégios que lhes tem sido dados.

- Muitas vezes Jesus se relacionou com publicanos e pecadores, para consternação dos dirigentes judaicos. Trabalhou fervorosamente pelos caminhos e valados da Galileia. Mas quando os galileus O rejeitaram na primavera (março-maio) do ano 30 d. c. Ele pregou repetidas vezes de novo a judeus e samaritanos. Mas todo Seu esforço resultou no apedrejamento de Estevão.

- Assim Ele enviou seus discípulos às regiões não judias, pagãs. Foram a todos os gentios do mundo todo.

- Força-os: Jesus quis destacar que era necessário usar muita persuasão para convencer os convidados devido a urgência do convite. Isto deveria ser feito pela força da graça divina, do amor que nos constrange. I Cor. 5.4.

- Encha minha casa: Ele não encontrou um número suficiente de pessoas para encher sua casa. (a sala de festa).

- Nenhum daqueles: o céu jamais exclui arbitrariamente alguém. O anfitrião simplesmente anulou o convite original, diante da atitude dos convidados. Agora sua casa estava cheia, e não havia mais lugar.

- No reino dos céus sempre haverá lugar para todos.

 

A SITUAÇÃO REAL

 

- Jesus não ensinou que as riquezas terrestre são incompatíveis com o reino dos céus, mas e que o amor desmedido por elas desqualifica uma pessoa para entrar no reino. Priva-a do desejo pelas coisas celestiais. Ninguém pode servir a dois senhores. Quem dedica seus melhores esforços para acumular riquezas terrestres e gozar prazeres mundanos, perde seu desejo de ir para o céu. E quando se pede a tais pessoas que compartilhem sua riqueza acumulada, partem tristes para seu lar.  (o jovem rico).

- O que é mais importante para você?

 

PENSE NISTO

 

üAquele que se entrega a Deus nunca será abandonado por Ele. Anônimo.

üSe você se colocar aos pés de Cristo, Ele o tomará em Seus braços. W Bridge.

üNão se ganha nada brigando com Deus. W Gurnall.

üSe você não se render a Cristo, terá de render-se ao caos. E S Jones.

üPermita que Deus tome conta de sua vida; Ele pode fazer mais com ela do que você. D L Moody.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

23

O ÚNICO TIPO DE CRISTIANISMO QUE VALE ALGUMA COISA

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

TORRES INCONCLUSAS. Lucas 14.25-35.

 

- A multidão tanto apertou a Jesus que Ele parou e se voltou para ela. Ele percorria Seu caminho para Jerusalém e para a cruz. Era o começo do ano 31 D.C. A maioria das pessoas O seguia achando que Ele estava em vias de estabelecer um império terrestre.

Assim entendemos que muitos O seguiam com intenções sinceras, mas a maioria o fazia por curiosidade ou por motivos egoístas. Na verdade, muitos deles eram um verdadeiro estorvo à Sua causa. Jesus então aconselhou-os a pensarem seriamente no que estavam fazendo. Ele afirmou que quem desejasse segui-Lo, deveria Ter uma lealdade tal a ponto

- Se alguém: Ele expôs os 4 grandes princípios do discipulado: de renunciar às mais apreciadas posses.

 

 

INTERPRETAÇÃO

 

1-   Ser discípulo significa também cada um levar sua cruz.

2-   O custo de ser um discípulo deve ser calculado cuidadosamente.

3-   Que todas as ambições pessoais e possessões terrenas devem ser colocadas sobre o altar do sacrifício.

4-   Que o espírito de sacrifício deve ser permanente. - aborrecer: amar menos. Se amamos alguma coisa ou alguém mais do que amamos a Cristo, não podemos ser seus discípulos. O preço do discipulado inclui tudo o que a pessoa possui: planos, ambições, amigos, parentes, posses, riquezas- qualquer coisa que possa interferir no servir ao reino dos Céus.

- Não pode ser meu discípulo: não é que não queira sê-lo, mas que não pode. É impossível seguir a Cristo se Ele não for o primeiro em nossa vida.

- Levar sua cruz: os ouvintes sabiam o que era uma crucifixão, pois segundo Josefo, tal castigo havia sido introduzido nos tempos de Antíoco Epifânio, 2 séculos antes de Cristo.

- Esta parábola adverte contra a tendência de tomar levianamente as responsabilidades de ser discípulo de Cristo.

- A torre poderia ser uma referência às altas estruturas construídas nos vinhedos, para que os vigias pudessem ver a aproximação de possíveis ladrões, na hora da colheita. Ou as torres de Herodes, que adorava construí-las. Muitos o imitavam, mas por não terem dinheiro suficiente, bem como planejamentos mal elaborados, suas imitações ficavam inconclusas . Não tem sentido começar algo que não se pode completar. Um projeto destes absorvia tempo e energia sem nenhuma recompensa apropriada. O custo de ser um cristão tem de incluir a completa e final rendição de nossa vontade a Cristo. Quem não estiver disposto a faze-Io, nem deve começar a seguí-Lo.

* Está você disposto a pagar o preço do discipulado, ou é mais um gatuno, aproveitador de circunstâncias?

 

PENSE NISTO

 

1.   Se seu cristianismo é confortável, está comprometido. Não existe cristianismo fácil. J. Blanchard.

2.   O ideal cristão não foi testado e reprovado. Ele foi considerado difícil pelos medíocres e por isso permaneceu sem ser experimentado. G.K. Chesterton.

3.   Algumas vezes Deus precisa derrubar-nos de costas para que olhemos para cima. Anônimo.

4.   A face de Cristo precisa estar muito próxima da nossa, quando os espinhos de sua coroa de sofrimento pressionam nossa testa e nos ferem. Anônimo.

5.   Algumas vezes vemos mais através de uma lágrima do que de um telescópio. Anônimo.

6.   Deus sussurra a nós na saúde e prosperidade, mas, sendo maus ouvintes, deixamos de ouvir a voz de Deus. Então Ele gira o botão do amplificador por meio do sofrimento. Aí ouvimos o ribombar de Sua voz. C S Lewis.

7.   O verdadeiro problema não está na razão por que algumas pessoas piedosas sofrem, mas por que algumas não sofrem. C S Lewis.

8.   Não há nada que o corpo não sofra que não seja de proveito para a alma. G Meredith.

9.   Bons homens geralmente são grandes sofredores. W Plumer.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1988-019 - Cortez

O amor do dinheiro é a raiz de todos os males. I Timóteo 6.10 Quando Montezuma, rei dos astecas, ouviu falar a respeito de Cortez e sua frota de navios velozes, pensou que os espanhóis fossem deuses. Por esse motivo, enviou seus capitães com dádivas de ouro, turquesa e obsidiana (espécie de pedra de origem vulcânica). - É só isso que vocês têm para oferecer? - perguntou Cortez com desdém. Quando Montezuma soube que Cortez estava marchando em direção a sua cidade com um exército e "cachorros de ferro que cospem fogo", enviou mensageiros a Cortez com grandes dádivas de ouro, esperando acalmá-lo. - Levem esses presentes e não voltem mais - ordenou Montezuma. O ouro apenas despertara a cobiça dos espanhóis por riquezas. Eles foram avante, direto para a capital asteca. Montezuma foi levado cativo e forçado a abrir as casas de seus tesouros em troca de sua vida. Os espanhóis, contudo, ainda não ficaram satisfeitos. - Encham de ouro estes três compartimentos - ordenou Cortez. De todas as partes do império jorrou ouro para a cidade. Mas ainda não era suficiente. Os homens de Cortez foram aos templos e derribaram seus ídolos em busca de ouro. Eles o arrancavam do corpo das pessoas. Seguiu-se uma batalha sangrenta, na qual Montezuma e milhares de nativos foram mortos. O amor do ouro fez com que Cortez e seus homens se portassem como homens maus, não demonstrando nenhuma consideração pela vida humana. A ambição é coisa terrível. Ela torna as pessoas de hoje em dia tão cruéis como nos dias de Cortez. Talvez vocês conheçam alguma pessoa ambiciosa na escola. Ela sempre quer ser a primeira da fila. Quer sempre ser o líder. Quando joga bola ou pula corda, não quer dar a vez para os outros. Sem se importar como os outros se sintam, ela sempre quer ter sua vontade satisfeita. É possível ser tão egoísta com respeito a bicicletas sujas e consertadas como acerca de coisas maiores, como carros de corrida e aviões. Podemos saber se uma coisa está errada, quando ela se torna mais importante do que as pessoas. Peçamos a Jesus que remova o nosso egoísmo, nosso amor às coisas, e nos faça mais semelhantes a Ele, desejosos de partilhar, de pensar nos outros em lugar de pensar em nós mesmos.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

25

QUEM REALMENTE ESTÁ POR BAIXO

Marcelo Augusto de Carvalho

TOPO

O RICO E LÁZARO. Lucas 16.19-31.

 

- Para quem? Especificamente aos fariseus. Mas é claro que o público de Jesus também era formado de: discípulos, publicanos, pecadores, e urna grande multidão que o ouvia.

- Os fariseus presentes se recusaram a aceitar os ensinos de Jesus acerca da mordomia e O ridicularizaram. Jesus então destacou que eram honrados pelos homens, mas Deus lia o coração de cada um deles, e sabia de suas reais intenções. Haviam tido luz suficiente, por muito tempo haviam desfrutado do ensino da lei e dos profetas, e desde o ministério de João a luz adicional do Evangelho lhes havia sido dada.

 

INTERPRETAÇÃO

 

- Um homem rico: todos os que utilizam mal as oportunidades da vida. Em sentido coletivo representa a nação judaica que, corno o rico, estava cometendo um erro fatal.

- Tal rico se equivocou ao pensar que a salvação se baseava em ser descendente de Abraão e não na preparação individual.

- Púrpura: usava um manto exterior de grande preço. A cor púrpura era a cor da realeza.

- Linho fino: era o tecido do luxo.

- Lázaro: significa "Deus tem ajudado". O nome corresponde bem com a condição espiritual do tal homem. Esta é a única vez em que se registra que Jesus tenha dado nome a algum dos personagens de suas parábolas. Poucas semanas mais tarde Jesus ressuscitou Lázaro de Betânia, mas não há relação entre estas duas pessoas.

- Fechando a porta: o rico teve muitas oportunidades para socorrer a Lázaro, mas não o fez. Não tratou mal ao desventurado que, sem dúvida supunha o rico, estava sofrendo o castigo de Deus. Sua atitude foi simplesmente similar à de Caim. Gen. 4.9. Não maltratou a Lázaro, mas não foi misericordioso com ele.

- Este rico, corno a nação judaica, não estava fazendo nenhum bem positivo, e por isto era culpado de um grande mal. Apropriara-se das vantagens que o céu lhe havia concedido usando-as apenas para seu próprio prazer e benefício.

- Não basta deixar de pecar, ou de não maltratar os outros. Nossa justiça tem que exceder a dos fariseus. Não somente ternos de evitar o mal, mas acima de tudo vivermos o bem.

- Jazia à porta: era inválido e não podia locomover-se por si mesmo.

- Coberto de chagas: os judeus criam que todas as pessoas com defeitos físicos, doenças ou problemas mentais e espirituais assim estavam por serem grandes pecadores. Deus havia tirado deles Sua proteção, e não desfrutavam mais de Sua misericórdia. Por isto, hipocritamente, considerando-se "o dedo de Deus" eles também menosprezavam os doentes e aflitos.

- Desejava alimentar-se: sua necessidade era grande, e o rico podia facilmente supri-Ia.

- Não há nada que sugira que Lázaro queixou-se de Deus devido à sua grande miséria e sofrimento. Corno Jó, suportou sua extrema situação com paciência e valor.

- As migalhas que caiam: os restos de comida. O rico nunca fez esforço algum para alimentar a Lázaro.

- Cães lambiam suas úlceras: o relato não diz se isto aliviava sua contínua dor ou o incomodava, o que é mais provável a Segunda situação. Se assim era, esta seria a culminação da angústia do pobre sofredor. Provavelmente não podia evitar que os cães, famintos, o lambessem buscando alimentar-se.

 

- Um foi para o céu, e o outro para o inferno: é claro que devemos entender a parábola no contexto geral das Escritura: Eclesiastes 9.5-10 diz claramente qual é o destino dos que morrem.

Jesus apenas usou uma ideia do seu tempo para Ilustrar uma verdade: o que estamos fazendo com as oportunidades da vida hoje?

- Seio de Abraão: expressão hebraica que equivale a "paraíso". Na antiga literatura hebraica algumas vezes aparece Abraão dando as boas-vindas aos que chegam ao paraíso, da mesma foram como hoje muitos pensam fazer Pedro no Céu.

- Abraão era o pai dos judeus, e estes na prática haviam buscado sua salvação em Abraão antes que em Deus. Criam que por serem filhos naturais de Abraão, já estavam salvos.

- Pai Abraão: o rico se dirige a Abraão como se fora Deus. Vai a ele tal como um filho pede socorro a seu pai.

- manda Lázaro: o rico supõe que, a seu mandado, Lázaro deve ser enviado ao inferno, o qual equivaleria, em certo sentido, a continuar a relação que havia ocorrido com ele na terra.

- E tu em tormentos: a recompensa de cada um foi diferente proporcional ao que cada um fez em face as situações da vida e as suas possibilidades de aplicarem bem seus recursos.

- O castigo dos ímpios não será depois da morte, nem a recompensa dos justos virá após serem sepultados. Tudo isto ocorrerá plenamente depois do milênio.

- Recebeste: o rico havia recebido em vida todos os bens que pudera desejar. Mas não preparou-se para a vida futura. Aplicou de forma inversa o princípio de Mateus 6.33. Havia buscado primeiramente todas estas coisas- as coisas terrenas, esperando que Deus lhe desse o céu burlando Sua lei de seleção aos candidatos ao céu.

- O rico já havia recebido em vida toda a recompensa que buscava. Mas sua conta no céu mostrava que estava em bancarrota espiritual.

- Na verdade, foi castigado não por possuir riquezas, mas por usá-las mal. Gastou-as egoisticamente. Não usou-as a serviço de Deus e de seu próximo, mas apenas para satisfazer-se.

- Ousou pensar que não era responsável pela riqueza que possuía, muito menos pela forma como a usava.

- Lázaro, igualmente males: assim como o rico não foi castigado porque era rico, Lázaro foi recebido no céu não porque havia sido pobre na Terra. O que determina o destino eterno é o caráter moral, e não as possessões materiais.

- E além de tudo isso: a resposta de Abraão foi: não seria correto conceder-lhe sua petição.

A condição do mundo vindouro havia impossibilitado concede-Ia. Ele estava despreparado para viver no ambiente celeste.

- Abismo: representa a enorme diferença de caráter moral entre o rico e Lázaro. Este abismo entre os dois realça também que depois da morte ninguém pode modificar o caráter. Será demasiado tarde.

- Tal abismo havia sido formado nesta vida, por não haver o rico usado devidamente as oportunidades que se lhe haviam apresentado para desenvolver um caráter correto.

- Eu te Imploro: o rico insinua que não recebeu uma advertência clara da sorte que o esperava ao morrer.

- A Moisés e os profetas: as Escrituras do AT. Jesus destacou mais uma vez que as Escrituras são a regra de fé para uma vida correta, como uma guia segura para a salvação.

- Ouçam-nos: a Bíblia era a guia e a fonte de advertência para todos, inclusive para o rico.

Havia sido advertido por ela. Mas preferiu viver como desejava. Se lhe houvesse sido dado luz adicional com respeito a sua situação, também haveria rejeitado a mensagem de advertência, como o fez com o que já conhecia.

- Não, pai Abraão: o rico não aceita a decisão de Abraão. Insinua que sabe mais que ele. É evidente que não havia aceitado que o ANTIGO TESTAMENTO era uma evidência convincente, e duvida que seus 5 irmãos pudessem aceitá-la.

- Os que dão pouca importância às mensagens do Antigo Testamento fariam bem em prestar atenção à sorte do rico desta parábola.

- Se alguém for Ter com eles: a evidência adicional que o rico exigia, refletia os diversos pedidos dos escribas e dos fariseus para que Jesus lhes mostrasse um sinal. A vida, os ensinamentos e as obras de Jesus eram uma evidência convincente de Sua divindade para todos os aqueles que tinham motivos sinceros. Mas o tipo de evidência que Jesus oferecia não era o que eles procuravam nem desejavam: a fé nEle.

- Se não ouvem: os que não se deixam impressionar pelos claros ensinos da verdade eterna que se encontram nas Escrituras, não receberão uma impressão mais favorável nem pelo maior de todos os milagres. Tanto que, pouco depois de apresentar esta parábola, Jesus realizou Seu maior milagre- ressuscitou a Lázaro. Este milagre apenas levou os líderes judaicos a levarem seus malévolos planos com mais determinação e seriedade, culminando com a morte de Jesus. E também elaboraram planos para matarem a Lázaro, para protegerem suas não mentiras contra Cristo.

- Persuadir: de que deveriam arrepender-se. A ressurreição de Lázaro foi o que na verdade os impulsionou definitivamente a tramarem a morte de Jesus.

 

LIÇÕES

 

1.   A maneira como usamos as oportunidades desta vida determinará o nosso destino futuro.

2.   As bençãos divinas, sejam elas por saúde, dinheiro, espirituais ou de quaisquer outras formas, devem ser utilizadas para o serviço de Deus e para o bem do próximo, e nunca apenas para proveito próprio. Somos apenas mordomos de Deus.

3.   O Céu será um lugar cheio de surpresas. Quem passava pela casa do rico, imaginava que o rico seria salvo pois era bem sucedido por sua fidelidade a Deus, e que Lázaro estaria perdido pois sua situação física mostrava que era um grande pecador. Deus possui uma escala de valores muito diferente da nossa. E quer queiramos ou não, seremos julgados pelo que Ele acha, e não pelo que nós pensamos a respeito da salvação.

4.   Não existe privilégios espirituais. Deus trata a todos igualmente em relação à salvação.

5.   O caráter à semelhança de Cristo é o único passaporte que nos levará para o Céu.

6.   Nenhuma luz adicional da expressa vontade de Deus será dada a nós se ainda não somos obedientes àquilo que já nos revelou.

 

PENSE NISTO

 

üO homem é aquele que mais se ilude consigo próprio. W. R. Alger

üUma boa opinião acerca de si mesmo é a ruína de toda virtude. Edward Marbury

üPreocupar-se coma pobreza é tão fatal à fertilidade espiritual quanto cobiçar a riqueza. A. W. Pink

üO amor precisa amar ainda que não ganhe nada com isto! Roger Forster

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil



 

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DE OLHO NA GRANA

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

SERVOS INUTEIS. Lucas 17.7-10. Somos mercenários? Nossa relação com Ele é por amor ou por interesse nas bençãos e na salvação?

 

INTERPRETAÇÃO

 

- A casa do amo estava provavelmente na aldeia, e suas terras, pouca distância. Os servos geralmente iam pela manhã trabalhar nos campos, regressando a noite.

- Logo: passe imediatamente para a mesa.

- Servos inúteis: não merecem nenhum elogio especial. O amo tem recebido o que eles fazem, mas nada mais digno de menção. Fazem apenas o que manda o dever. Nunca vão além. Não honram seu senhor com algo especial. Trabalham por seu salário, e isto é tudo o  que ele pode esperar deles.

- Jesus tinha direito a esperar muito de seus discípulos. O mesmo ocorre para conosco.

 Quando fazemos nosso melhor para Ele, isto não significa que Ele fica em dívida para conosco. Estaremos sempre em eterna dívida para com Ele pelo muito que já nos fez. Mas isto é o mínimo que Ele deve esperar de nós.

- Paulo refletiu muito bem este espírito de serviço em sua vida. Dizia ele que todo sofrimento que suportamos por Jesus não é nada que nos deva levar a gloriarmos diante dEle. Nosso serviço deve ser motivado por um profundo sentimento de obrigação de servir o Mestre, como resultado de sentirmos Seu imenso amor por nós.

- Se fazemos por Cristo apenas o que Ele nos pede, não passamos de mercenários. Nada mais.

* Tem você sofrido com alegria por Ele ou reclama, rebela-se e até tem abandonado a Igreja e a religião por isto?

* É prazer para você ler a Bíblia, orar, pregar, amar o próximo, perdoar os que lhe devem, cuidar dos inimigos, fazer o que Ele manda? Ou é um imenso sacrifício?

* Leiamos Isaías 53 – O que Ele fez por nós.

* O que Ele espera que nada nos separe dEle – Romanos 8. 35-39.

 

PENSE NISTO

 

üGanhamos a vida pelo que recebemos. Vivemos a vida pelo que damos. Duane Hulse.

üO mundo propicia o suficiente para a necessidade de cada homem, mas não para a ganância de todos eles. M. Gandhi.

üEnquanto os outros vícios envelhecem à medida que o homem avança em anos, a avareza é o único que rejuvenesce. Jerônimo.

üA avareza cresce com a pilha de dinheiro. Juvenal.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1992-265 - Uma Erva Contra Moscas

Então a cobiça, depois de haver concebido... gera a morte. S. Tiago 1:15.

Muito antes de existir pulverizadores de insetos e papéis pega moscas, os índios já haviam resolvido esse problema. Eles conheciam uma erva venenosa, de aparência comum, que crescia em lugares desérticos e dava cabo das moscas. Essa erva pertence à família das Solanáceas e floresce de julho a setembro no leste dos Estados Unidos. Atinge em média, de 1,5 a 2 m de altura, sendo muito raro chegar a 4 m. Produz dezenas de flores azuis-claros em forma de sino com mais ou menos 3 cm de largura. Cada flor produz uma vagem contendo aproximadamente 800 sementinhas. Embora essa erva contra moscas seja uma planta nativa da América do Sul, foi cultivada pelos índios muito antes que os colonos europeus chegassem ao Novo Mundo. Os pioneiros aprenderam com os índios a apanhar as hastes verdes e folhas dessa planta, colocá-las em uma caçarola e reduzi-las a uma pasta. Adicionavam então um pouco de creme ou leite doce. A caçarola era então colocada em um lugar onde as moscas pudessem encontrá-Ia. Há pouco tempo, um naturalista testou esse método já esquecido, e os resultados foram espantosos. Deixando uma caçarola com essa mistura pegajosa em lugar bem visível, ele ficou observando o que aconteceria. Dentro em pouco, várias moscas pousaram nas proximidades e caminharam até aquela substância. Enquanto provavam o preparado, mais moscas foram chegando. Mais ou menos cinco minutos após terem ingerido o veneno, as moscas foram embora da caçarola e começaram a comportar-se de modo extravagante. Portavam-se como se estivessem sofrendo dores do estômago e começavam a perder o movimento das pernas. Uma a uma, as moscas foram caindo de lado, esperneando no ar e morrendo. Enquanto isso, verdadeiros enxames de moscas continuavam a chegar. Não se sabe como a notícia chegou a elas, o fato é que continuavam afluindo para participar daquele manjar mortífero. Na ânsia de alcançar a erva pastosa, as recém-chegadas pisoteavam as próprias companheiras mortas ou moribundas, como se nada tivesse importância. Em menos de duas horas, todas as moscas estavam mortas e parecia não haver mais nenhuma viva pelas redondezas. As moscas ilustram muito bem a verdade contida no texto de hoje.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil


 


 

27

JUSTIÇA A TODO PREÇO

Marcelo Augusto de Carvalho

 

TOPO

 

O JUIZ INIQUO. Lucas 18.1-8.

 

INTERPRETAÇÃO

 

- Para quem? Para os discípulos.

- Cena: foi provavelmente no mês de março do ano 31 D.C., pouco tempo depois da ressurreição de Lázaro, e poucas semanas antes de Sua morte, que Jesus contou esta parábola. Local: na Peréia.

- A parábola da viúva e do juiz se aplica especificamente à experiência do povo de Deus nos últimos dias. Diante dos grandes enganos e das perseguições que haverá, somente a oração perseverante poderá trazer segurança e força aos crentes.

- A insistência da viúva para obter justiça contra seu adversário corresponde à oração pela vindicação.

Jesus quer nos ensinar que não devemos deixar de orar mesmo quando se demoram as respostas às nossas orações.

- Em uma cidade, certo juiz: Cristo foi muito cuidadoso ao usar o caso de forma impessoal, assegurando-se de que os ouvintes nunca identificariam os personagens da história. Seus inimigos usariam qualquer oportunidade para acusá-Lo de debilitar a confiança do povo no governo estabelecido.

- Não temia a Deus: fazia o que achava desejava. Não demonstrava amor por Deus nem ao próximo. Tão pouco respeitava a Lei de Deus.

- Uma viúva: no antigo Oriente a viúva era a mais desvalida de todas as pessoas da sociedade, principalmente se não tivesse filhos, que poderiam defender seus direitos. Ela não tinha ninguém, nada. Tão pouco dispunha de recursos para subornar o endurecido juiz, nem algo que pudesse oferecer a quem lutasse por seus direitos. O salmista diz que Deus é o defensor das viúvas. Sal. 68.5.

- Julga minha causa: o esposo havia deixado para ela uma propriedade, quem sabe hipotecada, mas alguém se negava a devolvê-la no tempo estipulado pela lei. Lev. 25. A

viúva, sem ninguém para defender seus direitos, dependia totalmente do sentido de justiça e misericórdia do juiz. Mas ele não era nem justo nem misericordioso. Ele refletia Satanás.

- Depois disto: a persistência da viúva o cansou.

- Ela me molesta: a persistência era a única arma que a viúva possuía à sua disposição.

Sua grande necessidade não despertou o sentido de justiça o de misericórdia do juiz, mas sua persistência provocou a impaciência do magistrado.

- Em um instante, e com pouco esforço ele poderia ter resolvido o caso, mas não o fez até que viu que era mais fácil fazê-lo do que relevar a questão.

- Julgarei sua causa: não por um sentido de justiça nem por simpatia pela situação difícil da viúva, mas para evitar mais inconvenientes. Ele tanto não respeitava a lei como era completamente indiferente ao sofrimento e à opressão.

- Não fará Deus justiça? Vemos o agudo contraste entre o caráter daquele injusto juiz e o

caráter de um Deus justo e misericordioso. Se o juiz finalmente ouviu a mulher por motivos egoístas, quanto mais responderá Deus aos que lhe apresentam suas petições.

- Se a persistência tem êxito com um juiz injusto, não há dúvida que a mesma virtude não passará desapercebida e sem recompensa diante de um Deus tão justo como o nosso.

 

LIÇÕES

 

- Esta parábola nos ensina que Deus vela por Seus filhos. Aconteça o que acontecer, Ele está por dentro de nossas aflições, e mais cedo ou mais tarde, dentro de Seu cronograma, Ele agirá em favor de Seus filhos por justiça.

- Também aprendemos que ninguém deve oprimir alguém, principalmente um filho de Deus. Quem magoar um cristão, tê-lo-á feito ao próprio Criador, e toda Sua ira santa cairá sobre este transgressor. As 7 trombetas foram tocadas sobre o Império Romano porque este reino massacrou durante séculos os fiéis cristãos. Deus reduziu este poderoso governo em ruínas. As 7 pragas cairão sobre os ímpios de todo o mundo nos últimos dias da história da Terra pelo mesmo motivo. Portanto, é bom que cada um de nós cuide para não ajustiçarmos um servo de Deus, pois Ele tomará tal causa em Suas mãos, para defender o oprimido. E diante dEle, quem pode subsistir?

- Demorando em defendê-los: às vezes parece-nos que Deus demora em responder às nossas orações. Mas, na verdade, está Ele atuando, com presteza, no sentido de acionar forças que Ele considera que convém aos eleitos, e tais forças podem estar atuando muito tempo antes de vermos seus resultados.

- Além disso, Ele pode estar demorando para que os perseguidores de Seu povo tenham tempo e oportunidade de arrependimento. Ele ama tanto a Seu povo como Seus inimigos.

- Acima de tudo, essa aparente demora nos ajuda a perceber nossa total dependência de Cristo. Ele usa este tempo para purificar nosso caráter e nos preparar para receber as bençãos da vitória.

- Se não queremos tanto o que estamos pedindo, a ponto de sermos persistentes, não queremos muito. A persistência mostrará se desejamos ou não as bençãos que pedimos.

- Você já reparou que as grandes bençãos que Deus concedeu a Seu povo só vieram depois de muita persistente e fervorosa oração? Isaque, Esaú, Jacó, Samuel, Sansão, e tantos outros filhos pedidos a Deus só nasceram depois que seus pais passaram anos pedindo esta graça.

Por que houve tanta demora? Deus precisava prepará-los para receberem tão grande missão que estava à sua frente.

- Deus nunca demora, nem deixa de nos responder. O problema é que na maioria das vezes estamos tão longe dEle que não sabemos qual é Seu plano para com nossa vida. Por isto nos desesperamos. Muitas vezes até marcamos um horário, data ou situação para que Ele atue. E se não o faz, O renegamos para sempre. Lembre-se que Deus não usa nosso relógio. Ele sempre atua como necessitamos e não como desejamos. Nada sabemos e nada conhecemos. Nossa vontade é má. Se Ele agisse baseado no que pedimos, Ele acabaria nos destruindo.

- Esperar- Salmo 37.7- sempre foi esta a marca dos cristãos verdadeiros. Davi esperou que Deus cumprisse Sua promessa em torna-lo rei dos 15 aos 33 anos. (18 anos). José esperou que Deus cumprisse Seu plano de salvar sua família dos 17 aos 39 anos. (22 anos). Jesus aguardou ser aclamado por JB como o Messias dos 12 aos 30 anos. (18 anos). Será diferente conosco?

* Cada uma das parábolas indica um relacionamento. Qual é a diferença entre pedir alguma coisa a um amigo ou parente e fazê-lo a um estranho?

* Sendo Deus nosso pai, quais são as implicações quando não obtemos o que pedimos?

* Qual a relação entre sentimentos e fé? Fé é pensamento positivo ou confiança?

 

PENSE NISTO

 

1.   As verdadeiras orações são como pombos-correios: elas não podem deixar de ir para o céu, pois é do céu que procedem; elas estão apenas voltando para o lugar de onde vieram. C H Spurgeon.

2.   Falar com os homens sobre Deus é uma grande coisa, mas falar a deus sobre os homens é algo ainda maior. E M Bounds.

3.   Aquele que deseja algo de Deus precisa aproximar-se dele de mãos vazias. R Cunningham.

4.   A oração é uma reunião de cúpula na sala do trono do universo. R A Herring.

5.   O grande segredo de esperar corretamente em Deus é ser levado a uma total impotência. A Murray.

6.   O propósito da oração não é fornecer a Deus o conhecimento das coisas de que precisamos, mas confessar-lhe nosso sentimento de necessidade. A W Pink.

 

INSPIRAÇÃO JUVENIL 1992-280-Sobreviventes Da Perseguição

Em tudo somos atribulados, porém, não angustiados; perplexos, porém não desanimados; perseguidos, porém não desamparados; abatidos, porém não destruídos. II Coríntios 4:8 e 9.

O racoon é um animal norte-americano, do mesmo gênero que o guaxinim. Poucos animais têm sido tão perseguidos como ele. Talvez nem mesmo o coelho. Mas, apesar da perseguição que este animalzinho mimoso tem sofrido, continua a fazer parte da fauna norte-americana. Segundo se diz, é um dos mais inteligentes animais do mundo. Talvez seja essa uma das razões de ele ter sobrevivido à fúria dos caçadores. Antigamente se acreditava que os racoons lavavam o alimento antes de comê-lo. Agora sabemos que eles na verdade o umedecem para mais facilmente mastigá-lo e engoli-lo. Os racoons comem mais frutas e vegetais do que carne, empanturrando-se de morangos, amoras, sementes, grãos de cereais e nozes que porventura existam. Acima de tudo, porém, o que os racoons mais apreciam são os lagostins. Alimentam-se ainda de mariscos e outras criaturas aquáticas. E têm sido condenados e caçados por gostarem também do sabor de carne de galinha. E por causa de sua pelagem durável e quente, no entanto, que os racoons têm sido talvez os animais mais caçados nos Estados Unidos. Em tempos primitivos, as peles eram importantes artigos de comércio. Às vezes, os salários de funcionários públicos eram pagos com peles de racoons. Caçar racoons é um esporte e tanto, pois quando é acossado, ele corre em círculos, dá viradas, atravessa riachos e dispara com leveza ao longo dos topos das cercas, para evitar ser seguido. Tendo sorte, um racoon poderá atingir sete anos de idade ou mais, em seu ambiente natural. Muitos, no entanto, não têm tanta sorte. Através dos séculos, os cristãos têm sido em muitas ocasiões, perseguidos e maltratados. Porque muitos fizeram o supremo sacrifício de dar a vida por sua fé, o cristianismo conseguiu sobreviver. Devido à firmeza de sua fé em Cristo, os cristãos perseguidos não se desanimaram e não ficaram desamparados.

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho 1998 São Paulo SP Brasil

 

 

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