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Descrição gerada automaticamente

 

PARE, OUÇA E APRENDA

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho

 

 

GÊNESIS 5.21-24

 

QUEM FOI ENOQUE?

 

Seu nome significa "consagrado a Deus". Certamente teve pais

piedosos que consagraram a Deus.

 

1. Era um filho de Jarede. Gênesis. 5:18. – lugar dentro da família.

2. Enoque foi o sétimo a partir de Adão. Judas. 14. – boa linhagem.

3. Teve uma fé viva em Deus. Hebreus. 11:5. -decidiu ser fiel.

4. Pela fé, possuiu o agrado de Deus. Hebreus. 11:5. - aceitou a graça.

5. Testemunhou da salvação obtida. Judas. 14. – viveu para pregar.

6. Andou em comunhão com Deus. Gênesis. 5:22. - viveu o presente.

7. Foi o primeiro a profetizar a vinda de Jesus. – olhou para o futuro.

8. Foi o primeiro a ser trasladado por Deus. Hebreus. 11:5. – recebeu a salvação eterna.

 

MAS QUAL FOI O PONTO DA VIRADA NA VIDA DESSE HOMEM SANTO?

 

1. Certamente teve muitos filhos. Gênesis. 5:21,22.

2. Em famílias assim existem muitas dificuldades, mesmo assim Enoque andava com Deus. Gênesis. 5:22; Salmo 16:8.

3. Quando lhe nasceu MATUSALÉM, ele passou a entender na relação com esse filho a profundidade do amor de Deus por ele. Assim ele intensificou sua relação com deus de uma tal maneira que um dia Deus o trasladou!

 

“De Enoque está escrito que ele viveu sessenta e cinco anos, e gerou um filho. Depois disso andou com Deus trezentos anos. Durante aqueles primeiros anos, Enoque amara e temera a Deus, e guardara os Seus mandamentos. Fora um dos da linhagem santa, dos preservadores da verdadeira fé, pais da semente prometida. Dos lábios de Adão aprendera ele a triste narrativa da queda, e a história animadora da graça de Deus, conforme se vê na promessa; e confiou no Redentor vindouro. Mas depois do nascimento de seu primeiro filho, Enoque alcançou uma experiência mais elevada; foi levado a uma relação mais íntima com Deus. Compreendeu mais amplamente suas obrigações e responsabilidade como filho de Deus. E, quando viu o amor do filho para com o pai, sua confiança singela em sua proteção; quando sentiu a ternura profunda e compassiva de seu próprio coração por aquele filho primogênito, aprendeu uma lição preciosa do maravilhoso amor de Deus para com os homens no dom de Seu Filho, e a confiança que os filhos de Deus podem depositar em seu Pai celestial. O infinito, insondável amor de Deus, mediante Cristo, tornou-se o assunto de suas meditações dia e noite; e com todo o fervor de sua alma procurou revelar aquele amor ao povo entre o qual vivia.” Patriarcas e Profetas, 84

POR OUVIR SEU FILHO, sua vida foi transformada, santificada, aprofundada em significado!

 

ILUSTRAÇÃO

 

– Não te precipites com o menino, disse Maria a seu marido, ouvindo-o exortar asperamente o filho a que se não demorasse pela rua quando tornasse da escola.

– Desejo apenas ser obedecido, retorquiu o marido e, voltando-se para o menino, disse: Agora vá para a escola e, quando voltarem, vem diretamente para casa; do contrário eu te ensinarei.

Carlos despediu-se enxugando as lágrimas que ocultamente lhe deslizavam pelas faces. Era um belo garoto de nove anos de idade, cheio de vida, e, portanto, naturalmente disposto a toda sorte de desenvoltura. O pai, porém, parecia antes inclinado a olvidar que os meninos são meninos e que seria fora do natural, em um tal rapaz, não ser desembaraçado e esperto.

Teve, porém, de aprender à sua custa. Durante a tarde os seus negócios o embaraçaram um pouco, pelo que volveu à casa um tanto indisposto. Ele não era mau; cansava-se, porém, facilmente quando as coisas não corriam conforme os seus desejos. Muito exato e pontual em tudo, não lhe suportava que outros não o fossem também.

Sentado ao fogão da sala, sua fisionomia revelava mau humor, que ainda mais se acentuou quando sua mulher lhe anunciou que Carlos voltara da escola todo molhado e coberto de lama.

– Onde está ele?, perguntou severamente o pai.

– Na cozinha, volveu a mãe; ele teme entrar, porquanto a empregada o avisou de que estavas em casa.

– Não admira que receie entrar, pois ainda ontem o exortei a não ir tão perto do rio. Manda-o entrar.

Carlos entrou, tiritando de frio. Um olhar do pai bastou para o convencer do que o aguardava.

– Não disse para você não ir tão perto do rio? Amanhã mostrarei a você o que penso deste procedimento, mas de um modo que você não esquecerá tão facilmente.

– Mas papai, disse o menino, permita-me que explique ao senhor como foi?...

– Não quero ouvir, vá para a cama!

– Desejo somente dizer ao senhor, papai, que...

– Já disse: cale-se! e com um gesto significativo acrescentou: Você vá para a cama ou se arrependerá.

O menino obedeceu vagarosamente, recolhendo-se ao quarto sem haver jantado. Quando Carlos deixou a sala, disse a mãe, comovida:

– Eu acho que você devia ter escutado o que Carlos tinha a dizer. Você sabe que no mais ele sempre tem sido bom filho, e que, se comete alguma travessura, é mais por inadvertência do que acintosamente.

– Bem, mas ele devia obedecer-me, visto como lhe proibi terminantemente de ir tão perto do rio.

Entretanto, parecia que uma nuvem sombria pairava sobre aquela habitação, em geral risonha e alegre. Quando os dois esposos se recolheram, o pai sentiu-se impelido a espreitar para dentro do quarto em que Carlos dormia.

Aproximando-se cautelosamente do leito e interceptando com a mão a luz da vela, fixou longamente o rosto do menino que ressonava tranqüilo. Intimamente se arrependia de sua atitude, embora procurasse reprimir esse sentimento dizendo de si para si que a consciência do dever o aconselhava a ser firme. Falando depois com a esposa, prometeu ouvir primeiro o que Carlos tinha a lhe dizer, antes de recorrer à medida extrema.

Essa ocasião, porém, não veio. No dia seguinte, ao acordar, notaram com surpresa que o menino tinha sida acometido de uma inflamação cerebral, de que não mais conseguiu restabelecer-se. A despeito de todos os desvelos e do desejo ardente com que estavam os pais de que Carlos os tornasse a reconhecer, o infeliz menino faleceu algum dias depois.

Quando a notícia da morte de Carlos alcançou a escola, um dos colegas íntimos do menino veio ter com sua família.

– Eu estava com ele quando entrou na água.

Deveras?, inquiriu o pai. E você pode me dizer como foi?

– Sim. Dois meninos estavam pescando, quando, não sei como, um deles escorregou e caiu. Carlos, sem hesitar, atirou o boné, lançando-se após o rapaz, conseguindo, com dificuldade, arrastá-lo para fora do rio. Ele e eu o pusemos na margem. Carlos me pediu que nada dissesse, porque lhe haviam proibido de ir perto do rio, Pelo caminho sempre repetia: "Que dirá meu pai quando me vir assim? Porém, eu não podia proceder de outra maneira, devia salvar Tomé."

– Meu pobre e desventurado filho!, exclamou o pai. Era isto que me desejava contar, recusando-me a ouvi-lo. Deus me perdoe!

Lágrimas lhe rolaram pelas faces e ainda muitos anos depois o aspecto dos brinquedos e dos livros de Carlos lhe pungia o coração, o que podia ter evitado, se tivesse ouvido o filho antes de o condenar. – Pérolas Esparsas.

 

Fonte: Mil Ilustrações Selecionadas - Prof. D. Peixoto da Silva

Mil Esboços Bíblicos – Georg Brinke – Editora Esperança, 3ª. Edição

 

APELO

Ouça seus filhos. Use a relação paterna para aprender mais de Deus.

 

 

Pr. Marcelo Augusto de Carvalho - 2021 – São Paulo - Brasil