A VOZ DA PROFECIA – MONTANO
DE BARROS
55-O ESPÍRITO SANTO NO CORAÇÃO
56-FÉ ARREPENDIMENTO E CONFISSÃO
Na carta de Paulo aos Gálatas, capítulo 6:7, lemos: “de
Deus não se zomba; pois aquilo que o homem semear, isso também ceifará.”
A lei da semeadura e da colheita é uma lei universal que
tem atravessado e permanecido ao longo da história humana. Existe desde o
começo do mundo. Se Adão e Eva tivessem semeado obediência, confiança e
fidelidade à Palavra de Deus, colheriam vida eterna. Se semeassem a
desobediência e desconfiança, colheriam a morte. Tristemente Adão e Erva
desobedeceram a Deus e pecaram. E tendo pecado, estavam destinados a viver uma
vida cheia de dores e sofrimentos e por fim a morte. Essa condição eles
passariam para todos os seus descendentes, e foi assim que aconteceu. O mesmo
seria verdade, caso tivessem obedecido. Seus descendentes estariam livres para
sempre do pecado e do tentador.
Antes mesmo de criar a Terra, Deus sabia da possibilidade
do homem se tornar pecador. A Trindade, reunida em conselho, fez o plano para a
salvação dos seres humanos, caso viessem a pecar. O pecado traria, como
conseqüência a morte. E Jesus, o Filho de Deus, se apresentou para morrer em
lugar do homem pecador.
Vindo revestido de humanidade, Jesus pagou com Sua
própria vida o preço terrível do pecado. Descrevendo o desprendimento de
Cristo, o apóstolo Paulo assim se expressa: “Tenho em vós o mesmo sentimento
que houve também em Cristo Jesus; pois Ele subsistindo em forma de Deus, não
julgou como usurpação ser igual a Deus; antes a Si mesmo se esvaziou, assumindo
a forma de servo, tornando-Se em semelhança de homens; e reconhecido em figura
humana, a Si mesmo se humilhou, tornando-Se obediente até a morte e morte de
cruz” (Filipenses 2:5-8).
Amigo ouvinte, Jesus se tornou o servo sofredor das
profecias do Antigo Testamento. Sofreu as dores da humanidade. A morte na cruz
do calvário estabeleceu para sempre a garantia de perdão e vida a todos aqueles
que aceitam a Cristo como Salvador.
A morte de Jesus foi expiatória e vicária. Foi expiatória
porque eliminou a culpa que o pecado de Adão e Eva impôs a humanidade. A vida
santa, justa e sem pecado de Cristo, O habilitou a ser o sacrifício expiatório,
para livrar a humanidade da culpa e da mancha do pecado. A morte de Jesus é
vicária pelo fato de ser em substituição aos pecados dos que deveriam morrer. O
sacrifício de Jesus substituiu a eliminação da humanidade pelo fato de Jesus
suportar sobre Si os pecados de todos. O profeta Isaías, descrevendo o
sofrimento do Messias, escreveu: “Ele foi ferido pelas nossas transgressões e
moído por nossas iniqüidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e
pelas Suas pisaduras fomos sarados... mas o Senhor fez cair sobre Ele a
iniqüidade de todos nós... porquanto derramou a Sua alma na morte e levou sobre
Si o pecado de muitos” (Isaías 53:5,6 e
12).
Esses versos de Isaías nos ajudam a compreender o efeito
viário, ou seja, de substituição da morte de Cristo. Os pecados e as culpas que
nos mancharam podem ser transferidos para Aquele que suportou os pecados da
humanidade e nos torna puros e perdoados. Antes de Jesus vir a esta Terra, esse
processo foi realizado nas cerimônias em que morria o inocente cordeirinho para
quem eram transferidos os pecados do pecador arrependido.
Talvez você pergunte agora: “Mas, pastor, porque foi
necessário que Jesus morresse?” Ao criar
Adão e Eva, Deus os dotou com uma para o bem e com a capacidade natural de
obedecer. Ao caírem na armadilha de Satanás, a natureza humana se corrompeu e
perdeu a capacidade natural de obedecer a Deus. Além disso, o homem não possuía
poder em si mesmo para eliminar a culpa e as conseqüências que o pecado trouxe
a toda a raça.
A justiça divina previa a morte como resultado natural do
pecado. Este não é um ato de vingança da parte de Deus, mas um fato natural.
Compreendendo que só existe vida na Fonte de vida, que é Deus, e que o pecado é
separação de Deus, ao ter pecado, o homem perdeu também a vida.
Ilustrando este aspecto, é como desconectar da rede
elétrica qualquer aparelho eletrodoméstico. A única condição para o seu
funcionamento é estar ligado à rede, a fonte de energia.
Da mesma maneira, o homem só poderia conservar a vida que
Deus lhe havia dado enquanto permanecesse ligado a Fonte de Vida que é o
próprio Deus. O pecado desconectou o homem de Deus, e por isso, veio a morte e
esta passou a todos os seres.
A única maneira de tornar ligar o homem a Deus era se
Alguém viesse e pudesse vencer onde Adão e Eva haviam falhado. Quem conseguisse
essa vitória, estaria em condições de pagar o preço pelo pecado de Adão e de
toda a humanidade. Foi aí que Jesus se ofereceu para vir salvar o homem.
Ao viver uma vida santa, irrepreensível, sem pecado,
Jesus mostrou como Adão poderia ter
obedecido às leis de Deus. Com Sua vida justa, Jesus satisfez a justiça divina
que pede obediência às leis eternas. Uma etapa havia sido vencida. A outra
etapa seria o pagamento do preço do pecado de Adão e Eva e de toda a
humanidade. Este preço era a própria vida. Jesus então morreu, satisfazendo a
justiça eterna que seria a morte como conseqüência do pecado.
A morte de Cristo satisfez a justiça de Deus. O preço do pecado estava
pago. Da mesma maneira como Adão e Eva haviam pecado e todos se tornaram
pecadores, pela morte de Cristo, todos agora tem direito à vida.
Amigo ouvinte, o amor de Deus deve ser amplamente
exaltado pois se Sua justiça pedia a morte do pecador, Seu amor faz todas as
provisões necessárias para dar esperança de vida a todos quantos crêem no Seu
Nome.
Desta maneira, era necessário que Alguém pagasse com a
vida pelo pecado. O homem condenado a morrer, não poderia reverter esta
situação. Portanto, era necessário que Cristo, pois foi Ele que se dispôs,
morresse para que o homem pudesse viver para sempre na companhia de Deus
novamente.
Esta ampla provisão de vida feita por Deus em Cristo está
a sua disposição agora.
Desde o momento em que Jesus foi colocado no sepulcro de
José, as horas se escoavam lentamente. No primeiro dia da semana, pouco antes do
amanhecer, Cristo continuava prisioneiro em Seu estreito sepulcro. A grande
pedra posta à entrada do túmulo estava em seu lugar, bem como o selo romano e a
guarda sentinela.
Estavam também ali vigias invisíveis. Hostes de anjos
maus se achavam reunidas em torno daquele lugar. Houvesse sido possível, o
príncipe das trevas teria mantido fechado para sempre o túmulo que guardava o
Filho de Deus. Uma hoste celeste, porém, circundava o sepulcro. Anjos
magníficos em poder O guardavam, esperando o momento de saudar o Príncipe da
vida.
E o evangelista relata: “E eis que houve um grande
terremoto, porque um anjo do Senhor, descendo do céu, chegou. E o seu aspecto
era como um relâmpago, e o seu vestido branco como a neve” (Mateus 28:2 e 3).
Vestido com a armadura de Deus este anjo deixou as cortes
celestiais. Os brilhantes raios da glória divina o precediam, iluminando o
caminho. Ao chegar ao sepulcro, os bravos soldados são agora como indefesos
cativos aprisionados sem espada nem lança. O rosto que contemplam não é um
guerreiro mortal; é a face do mais poderoso dos anjos das hostes do Senhor. É o
mesmo que nas colinas de Belém proclamara o nascimento de Cristo.
A Terra treme à Sua aproximação. Os soldados o vêem
removendo a pedra como se fosse um cascalho o ouvem-no proclamar: “Filho de
Deus, ressurgi! Teu Pai te chama!” Vêem Jesus sair do sepulcro e ouvem-No
proclamar sobre o túmulo aberto: “Eu Sou a ressurreição e a vida”. Ao ressurgir Ele em majestade e glória, a
hoste angelical se prostra perante o Redentor em adoração, saudando-O com hinos
de louvor.
Um terremoto assinalara a hora em que Jesus depusera a
vida. Mateus afirma que o “véu do templo se rasgou de alto a baixo, e tremeu a
Terra, e fenderam-se as pedras. E abriram-se os sepulcros e muitos corpos de
santos que dormiam foram ressuscitados. E saindo dos sepulcros, depois da
ressurreição dEle, entraram na cidade Santa e apareceram a muitos” (Mateus
27:51 a 53).
Agora, ao ressurgir, outro terremoto indicou o movimento
em que retomou Sua vida em triunfo. Aquele que venceu a morte e a sepultura,
saiu do túmulo como vencedor por entre o cambalear da Terra.
Ao morrer Jesus, tinham os soldados visto a terra envolta
em trevas ao meio-dia; ao ressurgir, porém, viram o resplendor dos anjos
iluminando a noite. Que contraste espetacular! Cristo
saiu do sepulcro glorificado, e a guarda romana O contemplou. Seus olhos
fixaram-se no rosto dAquele a quem, há tão pouco, haviam ridicularizado e
zombado. Neste Ser glorificado, viram o prisioneiro que tinham contemplado no
tribunal, para quem haviam tecido uma coroa de espinhos. Era o mesmo que pouco
antes, estivera sem resistência em presença de Pilatos e Herodes; Aquele que
fora pregado na cruz e deposto no sepulcro de José. O decreto do céu, libera o
cativo. Montanhas amontoadas sobre montanhas em cima de Seu túmulo não poderiam
impedi-Lo de sair.
Quando foi ouvida no túmulo de Cristo a voz do poderoso
anjo, dizendo: “Teu Pai te chama!”o Salvador saiu do sepulcro pela vida que
havia em Si mesmo. Provou-se serem verdadeiras as Suas palavras: “Dou a Minha
vida para tornar a tomá-la... Tenho poder para a dar, e poder para tornar a
tomá-la” (João 10:17 e 18).
Sobre o arrebentado sepulcro de José, Cristo proclamara
triunfante: “Eu Sou a ressurreição e a vida”.
Estas palavras só poderiam ser pronunciadas pela divindade. Todos os
seres criados vivem pela vontade de Deus. Do mais elevado anjo ao mais humilde
ser humano, todos são providos da Fonte da vida. Unicamente Aquele que era Um
com Deus podia quebrar as algemas da morte.
Cristo ressurgiu dos mortos como um símbolo dos que
dormem. Sua ressurreição é o tipo e a garantia da ressurreição de todos os
justos mortos. Foi por isso que Paulo, no finalzinho da primeira carta aos
tessalonicenses, escreveu: “Porque se cremos que Jesus morreu e ressuscitou,
assim também aos que em Jesus dormem Deus os tornará a trazer com Ele” (4:14).
O terremoto por ocasião da morte de Cristo, abriu o sepulcro
de muitos mortos que haviam colaborado com Deus e à custa da própria vida
tinham testemunhado da verdade. Agora eram testemunhas dAquele que os
ressuscitara dos mortos.
Durante Seu ministério, Jesus ressuscitara mortos. Fizera
reviver o filho da viúva de Naim, a filha do líder Jairo, e também o amigo
Lázaro. Estes, embora houvessem sido ressuscitados, estavam ainda sujeitos à
morte.
Porém, estes que ressurgiram saíram da sepultura para a
vida eterna com Cristo. Eles entraram na cidade e apareceram a muitos
declarando: “Jesus ressurgiu dos mortos e nós ressurgimos com Ele.” Assim foi
imortalizada a sagrada verdade da ressurreição.
Para os que crêem em Jesus, Ele é a ressurreição e a
vida. Em nosso Salvador é restaurada a vida que se perdeu mediante o pecado.
Ele possui vida em Si mesmo para vivificar a todos quantos O recebem. Cristo se
acha revestido de poder para conceder a imortalidade. Ele veio para que
tivéssemos vida em abundância (João 10:10).
A voz que bradou da cruz: “Está consumado”, foi ouvida
entre os mortos. Ela penetrou as paredes dos sepulcros, ordenando aos que
dormiam que despertasse. Assim será quando a voz de Cristo for ouvida no Céu.
Ela penetrará as sepulturas e abrirá os túmulos, e os mortos em Cristo
ressuscitarão.
Na morte e ressurreição do Salvador, apenas algumas
sepulturas foram abertas. Mas, na Segunda vinda, todos os que Lhe forem fiéis
ouvirão a Sua voz, saindo para uma vida gloriosa, imortal. O mesmo poder que
levantou a Cristo dentre os mortos, erguerá Seus filhos para uma vida sem
pecado, sem dor, sem morte.
Após a ressurreição de Jesus, os discípulos ficaram
confusos, temerosos e um tanto desorientados. Se reuniram no Cenáculo, o mesmo
aposento usado para a celebração da última páscoa. Ali, aguardavam as horas
passarem para ver o que iria acontecer com eles.
O evangelho de João, no capítulo 19, versos
Os outros evangelistas apresentam alguns lances mais
desse período que, de acordo com o livro de Atos, capítulo 1:3, foi de 40 dias.
Esse curto espaço de tempo Jesus usou especialmente para confirmar a fé dos
discípulos mais chegados e lhes passar instruções especiais quanto ao que
deveriam fazer após Sua partida.
E foi assim que Se achando a um passo de voltar ao Seu
trono celestial, Jesus deu novamente aos discípulos a grande comissão
evangélica, registrada por Mateus, no capítulo 16:15: “Ide por todo mundo,
pregai o evangelho a toda criatura.”
Esta comissão Jesus havia transmitido aos Seus discípulos
quando juntos haviam estado no cenáculo. Um maior número de Seus seguidores
deveria ouvir isso também. A reunião aconteceu na Galiléia. Paulo, em primeira
aos Coríntios, capítulo 15:6 diz que desta vez Cristo foi visto por mais de 500
irmãos. Para essa reunião, o próprio Cristo, antes de Sua morte, designara o
tempo e o lugar (Mateus 26:32). O anjo no sepulcro, relembrara os discípulos de
Sua promessa de os encontrar na Galiléia (Marcos 16:7). Essa notícia se
espalhara entre os seguidores do Mestre e com vivo interesse aguardavam esse
encontro. Vindos de várias direções, dirigiram-se ao lugar da reunião.
Reunidos em pequenos grupos na encosta da montanha, buscavam
saber tudo quanto era possível dos que tinham estado com Jesus após a
ressurreição. Os onze discípulos testemunhavam do que haviam visto e ouvido.
Tomé lhes contava a história de sua incredulidade e dizia como suas dúvidas
haviam se dissipado.
Então achou-Se Jesus no meio deles. Em Suas mãos e pés
divisaram os sinais da crucifixão. Seu semblante irradiava uma glória especial.
Esta foi a única entrevista com muitos crentes, depois de Sua crucifixão.
As palavras de Cristo na encosta da montanha foram o
anúncio de que Seu sacrifício em favor do homem era pleno, completo. As
condições para expiação haviam sido cumpridas. Concluíra a obra para qual viera
ao mundo. E agora se achava no caminho de volta ao trono celeste. E, então,
revestido de ilimitada autoridade repetiu a todos a comissão dada aos 11
discípulos: “Portanto, ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do
Pai, e do Filho e do Espírito Santo; ensinando-as a guardar todas as coisas que
Eu vos tenho mandado; e eis que Eu estou convosco todos os dias, até a
consumação dos séculos” (Mateus 28:19 e 20).
Atos 1:6 a 8 confirma que antes de deixar Seus discípulos
Cristo declarou positivamente a natureza do Seu reino. Disse-lhes não ter sido
Seu desígnio estabelecer no mundo um reino temporal, mas sim espiritual. Não
haveria de governar como rei terrestre no trono de Davi. Cristo lhes mostrou
que tudo quanto havia acontecido fora predito nas Escrituras através dos
ensinos dos santos profetas.
Jesus ordenou, então, que os discípulos iniciassem a obra
em Jerusalém. Mas não deveriam parar por aí. Deveriam espalhar as boas notícias
de salvação em todos os lugares, até os confins da Terra. Prometeu que
receberiam o poder do Espírito Santo para que pudessem fazer, em nome de Jesus,
os mesmos sinais e maravilhas.
Depois dessa grande reunião, Jesus estava pronto para as
despedidas. Os discípulos já não relacionavam mais a Jesus com a cruz e o
sepulcro. Para eles, Cristo era agora um Salvador vivo.
Como local de Sua ascensão, Jesus escolheu o Monte das
Oliveiras, tantas vezes consagrado por Sua presença. Com os discípulos, foi
para lá. Com as mãos estendidas, em posição de bênção, subiu lentamente dentre
eles.
Lucas narrou assim a ascensão de Jesus: “E quando dizia
isto, vendo-O eles, foi elevado às alturas e uma nuvem O recebeu, ocultando-O,
a seus olhos. E estando com os olhos fitos no Céu, enquanto Ele subia, eis que
junto deles se puseram dois homens de branco, os quais lhes disseram: Varões galileus, porque estais olhando para o
céu? Esse Jesus, que dentre vós foi recebido em cima no céu, há de vir assim
como para o Céu O vistes ir” (Atos 1:9 a
11).
Cristo subiu aos Céus na forma humana. Os discípulos
viram a nuvem ocultá-Lo. O mesmo Jesus que andara e falara e orara com eles.
Aquele que partira com eles o pão e que há pouco havia subido ao Monte, esse
mesmo Jesus fora agora partilhar do trono do Pai.
Os discípulos voltaram para Jerusalém e já não mais se
lamentavam, antes sim, estavam cheios de louvor e gratidão a Deus. Com regozijo
contavam a maravilhosa história da ressurreição de Cristo e de Sua ascensão ao
Céu. Não tinham mais qualquer desconfiança do futuro. Sabiam que Jesus estava
no céu e que continuariam a ser objetivo de Seu compassivo interesse.
Ao Jesus retornar ao Céu, Ele conservou Sua forma humana.
Em Suas mãos e pés permanecem o sinal do Seu sofrimento. Este é um laço que
jamais se partirá. Foi por isso que
disse: “... Eu subo para Meu Pai e vosso Pai, Meu Deus e vosso Deus” (João
20:17). A família no Céu e a família na Terra, são uma só. Para nosso bem subiu
nosso Senhor, para nosso bem Ele vive! E, muito breve, voltará segunda vez!
A Bíblia não deixa
dúvidas de que Jesus voltou para o Céu, para junto do Pai, cerca de 40 dias
depois da ressurreição. Na carta aos Hebreus, capítulo 4, versículos
Jesus subiu ao Céu para cumprir um papel fundamental no
plano divino para a salvação da humanidade. O sacrifício de nosso Senhor foi
completo e suficiente. No entanto, é preciso que Jesus aplique os benefícios de
Sua morte em favor do ser humano. O Espírito Santo, a terceira pessoa da
Trindade, assumiu o lugar de Cristo aqui na Terra junto aos homens. É o
Espírito Santo que move o coração da humanidade para aceitar a salvação.
Tudo o que Jesus fez durante a Sua vida terrestre, Seu
sofrimento, Sua morte e ressurreição, Sua ascensão gloriosa e Seu ministério em
favor da humanidade junto ao trono do Pai, não terá validade se o indivíduo não
O aceitar como Salvador.
A cada ser humano compete a solene decisão de escolher
seu caminho. Não basta conhecer a Jesus no sentido de saber que Ele existe. Não
adianta declarar-se cristão e leva-Lo em uma gravura ou imagem. É necessário,
isto sim, que O aceitemos, e recebamos em nossa vida os méritos de Seu
sacrifício e de Sua intercessão.
Esta decisão é individual. O marido não pode escolher
pela esposa. Os pais, não podem obrigar seus filhos a seguirem uma direção. Uma
pessoa não pode forçar seu melhor amigo. Podemos falar e contar de nossa
experiência; podemos motivar os outros; mas a escolhe cabe a cada um.
Amigo ouvinte, Jesus neste momento está intercedendo por
você e por mim. Jamais Ele cessa de apresentar diante do trono de Deus cada
caso que Lhe é entregue. Em Hebreus 7:25 nós lemos que Jesus “pode salvar
perfeitamente os que por Ele se achegam a Deus, vivendo sempre para interceder
por eles.” Esta é a certeza que o Senhor
nos oferece. Não há caso que Ele não possa resolver.
Muitas pessoas pensam que não há mais solução para sua
vida. Envolveram-se em tantos problemas, que parece impossível uma saída, uma
resposta. Mas, não há pecado que não possa ser perdoado, exceto o pecado de não
se desejar o perdão. Jesus nos afirma que está continuamente, em qualquer
lugar, sob quaisquer circunstâncias, Ele sempre – esta é a palavra, SEMPRE,
intercederá por você, se este for o teu desejo.
Quando nos apropriamos da graça de Cristo, os efeitos de
Sua mediação sobre a nossa vida envolve não só o recebimento do perdão para os
nossos pecados, mas também poder para viver uma vida sem pecados.
Ao Jesus apresentar diante do Pai os méritos de Sua vida
santa, sem pecado, e as marcas de Seu sacrifício, Deus nos aceita da mesma
maneira como aceitou Seu Filho. Somos considerados pelo Pai, da mesma maneira
como o Pai considera o Filho. Isto significa que Deus olha para nós como se
estivesse olhando para Jesus. Ele então vê nossos pecados e fraquezas para nos
condenar. Mas vê alguém por quem Seu Filho deu a vida, alguém que necessita da
salvação.
E há ainda uma coisa maravilhosa nisso tudo. Jesus é o
nosso intercessor. O homem necessita recorrer a outros seres humanos para se
aproximar de Deus. Paulo, escrevendo a Timóteo afirma: “Porque há um só Deus e
um só Mediador entre Deus e os homens, a saber, Jesus Cristo, homem” (2:5).
Isto significa que não dependemos da atuação de quaisquer
outros seres humanos para sermos recebidos por Deus e obtermos dEle perdão e
aceitação.
Quando pecou, o homem ficou separado de Deus. Quando veio
Jesus, e deu Sua vida por nós, e então voltou ao Céu, Ele se tornou como uma
ponte cobrindo o abismo aberto pelo pecado. O caminho para Deus só pode ser
trilhado através de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Um dos mais lindos versos dos evangelhos se encontra em
João 14:6. Jesus, respondendo a pergunta de Tomé para saber o caminho para onde
ia Jesus:
“Eu Sou o caminho, a verdade e a vida. Ninguém vem ao Pai
senão por Mim.”
Nessa resposta, o Senhor estabeleceu uma das máximas do
cristianismo. Jesus é o caminho! Ele é o elo de ligação entre a humanidade e a
divindade. Não há outro meio. Milhares de pessoas buscam por diferentes
maneiras encontrar um estado de felicidade, de bem-estar, de paz. Mas isto só
pode ser encontrado e perpetuado no reatar das ligações com Deus. E para fazer
esse religamento, nós precisamos aceitar o que Jesus fez por nós.
É interessante notar que esse é o próprio sentido e
significado da religião. Religião quer dizer religamento. Refazer uma ligação
que foi cortada ou interrompida. E o único que pode religar o homem a Deus é
Jesus, nosso Amigo e Salvador.
Quando aceitamos voltar para Jesus pelo único caminho que
nos leva de volta a Ele, Jesus, temos também certeza de encontrar a verdade.
Quantas pessoas vivem iludidas por mentiras e falsidades. Gastam uma vida
inteira crendo e confiando em enganos. Outros gastam sua vida filosofando
acerca do que é a verdade e onde encontrá-la. Quando aceitamos a Jesus, quando
cremos que Ele é o Caminho que nos conduz para Deus, podemos estar certos
também, que Ele nos guiará para a verdade. A verdade não é uma teoria, não é
algo abstrato, filosófico. A verdade é Jesus.
É interessante como as coisas se ligam naturalmente.
Quando aceitamos ao Senhor, Ele nos guia por um Caminho verdadeiro que nos
conduz à vida. Isto significa que, seguindo os passos de Jesus, tal como está
na Bíblia, trilharemos por um caminho verdadeiro, que dá significado e sentido
a vida!
Todos sabemos que as Escrituras falam de Deus, o Pai
celestial, do Filho, Jesus Cristo e também do Espírito Santo. Quem quer que leia
a Bíblia do princípio ao fim sabe que o Espírito Santo é introduzido já no
primeiro capítulo do divino livro. Sabemos que o Espírito Santo falou pelos
profetas do Velho Testamento. Na verdade, todos os livros da Bíblia Sagrada
foram escritos por homens de Deus “movidos pelo Espírito Santo” (II Pedro
1:21).
Antes de voltar para o Céu, Jesus disse aos Seus
discípulos que não os deixaria sós, mas iria enviar “outro Consolador... o
Espírito da verdade” (João 14:16 e 17). Esta foi a grande promessa de enviar o
Espírito Santo para assumir a liderança da igreja. E quando viesse o
Consolador, Ele testificaria de Cristo (João 15:26). O Espírito Santo está
sempre operando no sentido de chamar a atenção dos homens para Jesus, para a
grande oferta sacrifical e expiatória que Ele fez na cruz do Calvário.
Que é o Espírito Santo para nós pessoalmente? Para que
melhor entendamos a Sua obra em nossa vida, as Escrituras usam diversos
emblemas ou símbolos do Espírito. A água é um deles (João 7:37 a 39). A água
lava e refrigera. Ela é absolutamente necessária à vida e Deus nos dá em
abundância. Assim é o Espírito Santo. O fogo é outro símbolo (Atos 2:2-4;
Mateus 3:11). O fogo purifica, aquece, ilumina.
Também o vento é símbolo do Espírito Santo (João 3:8). O
vento é poderoso e vivificante. Outro símbolo do espírito é o óleo, que cura e
refrigera (Isaías 61:1; Lucas 4:18). Também chuva e orvalho que fertilizam e
refrescam (Deuteronômio 32:2; Miquéias 5:7). Também a pomba é símbolo do
Espírito Santo, por ser dócil, mansa, inofensiva (Lucas 3:33).
Vamos destacar um pouco mais a água como símbolo do
Espírito, segundo lemos em João 7:37 a 39. Jesus assistia a uma das três
grandes festas dos judeus em Jerusalém, a Festa dos Tabernáculos. Em cada um
dos dias dessa festa, aos primeiros raios da aurora e em meio ao som de
trombetas, um sacerdote trazia ao templo uma ânfora com água da fonte de Gion.
Erguendo alto o vaso, ele o conduzia ao templo e derramava numa bacia de prata,
junto ao altar do holocausto, de onde ela corria, através de canos de drenagem,
para o ribeiro de Cedrom. “Essa representação de água consagrada representava a
fonte que, a mando de Deus, brotara da rocha para saciar a sede dos filhos de
Israel no deserto. Então, irrompiam os júbilos acentos: ‘Eis que o Senhor Jeová
é a minha força e o meu cântico’; ‘com alegria tirareis águas das fontes da
salvação’.” (Isaías 12:2 e 3 – DTN, p. 336).
No último dia dessa festa, quando se realizava essa
cerimônia, Jesus chamou a atenção do povo para o fato de que trazia para eles a
água da vida. Lemos: “... levantou-Se Jesus e exclamou: Se alguém tem sede,
venha a Mim e beba. Quem crer em Mim, como diz a Escritura, do seu interior
fluirão rios de água viva. Isto Ele disse com respeito ao Espírito que haviam
de receber os que nEle cressem” (João 7:37-39).
Note: “Quem crer em Mim... do seu interior fluirão rios
de água viva”. Cremos nós, realmente, em Jesus?
Se cremos, então devemos mostrar a obra do Espírito em nós, expressa num
reto viver e fluindo em bênçãos para os outros.
Numa das viagens de Jesus da Judéia para a Galiléia, o
Salvador parou junto ao poço de Jacó, na província de Samaria. Esse poço ainda
existe e é uma atração turística da Palestina. Enquanto aí estava, cansado do
caminho e sedento – isso aconteceu aproximadamente ao meio-dia – uma mulher que
não tinha uma vida moral limpa se aproximou do poço para tirar água. Jesus
pediu à mulher que Lhe desse de beber. Ela se recusou atender e perguntou:
“Como, sendo Tu judeu, pedes de beber a mim que sou mulher samaritana...?” Os judeus, naquele tempo, não se comunicavam
com os samaritanos. Mas Jesus não respondeu a pergunta da mulher, mas disse:
“Se conheceres o dom de Deus e quem é o que te pede: Dá-Me de beber, tu Lhe
pedirias, e Ele te daria água viva” (João 4:10).
“Senhor”,
respondeu a mulher, “Tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo;
onde, pois, tens água viva?” Apontando
para o poço, de cuja água muitas gerações beberam, mitigando a sede, Jesus
disse: “Quem beber desta água tornará a ter sede; aquele, porém, que beber da
água que Eu lhe der, nunca mais terá sede, para sempre; pelo contrário, a água
que Eu lhe der será nEle uma fonte a jorrar para a vida eterna.” (versos 13 e 14).
O Salvador continuou falando com essa mulher e deu para
ela a água celestial, a água viva. De tal maneira lhe satisfez os anseios da
alma, que ela deixou o seu cântaro junto ao poço e foi à cidade contar o que
lhe acontecera.
Como resultado do seu relatório, a maioria dos habitantes
da cidade saiu e foi ter com Jesus. Muitos deles se converteram.
E você, amigo ouvinte, já bebeu dessa água viva? Já
experimentou? Tens no coração o Espírito Santo?
As coisas desta vida não satisfazem plenamente. Você
sempre sentirá sede novamente. Por isso é preciso que bebamos da água celestial
dada por Cristo, o Espírito Santo.
O Espírito Santo viria para iluminar, para guiar à
verdade contida na Bíblia, para convencer do pecado, para levar o pecador a
Cristo. No que crê em Cristo Ele cria nova natureza, que se alegra na justiça.
Porque a norma da justiça, do reto viver, está contida no divino livro, o
Espírito Santo sempre leva às Escrituras, nos leva a viver os ensinos da
Bíblia. Ele nos leva a aborrecer o que degrada, e amar o que edifica, o que
aproxima de Deus. Em todo o tempo e em todo o lugar o Espírito Santo nos fala ao
entendimento, mostrando o que é certo e o que é errado, segundo o ensino das
Escrituras.
Permita que o Espírito Santo ocupe completamente sua vida
e passe a ser uma fonte que jorre para a vida eterna.
Temos estudado em nossos programas a atitude de Deus em
relação à humanidade. Vimos como o Senhor está empenhado na salvação do ser
humano. Temos também constantemente enfatizado que o homem foi criado com
liberdade de escolha e, portanto, é livre para aceitar ou não o plano divino da
redenção.
No programa de hoje quero falar sobre a resposta positiva
que podemos dar a Deus. Hebreus 11:6, diz: “Ora, sem fé é impossível agradar a
Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que Ele
existe e que é galardoador dos que o buscam.”
Portanto, o primeiro ingrediente da resposta humana é fé.
O próprio capítulo 11 de Hebreus provê alguns conceitos do que possa ser a fé.
Todavia não estamos interessados tanto em definições quanto em compreender como
é que a fé atua.
O apóstolo Paulo, escrevendo aos Efésios 2:8, assim se
expressou: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e isto não vem de
vós; é dom de Deus.” Ligando essa declaração com Gálatas 5:22 onde a fé é
incluída como fruto do Espírito compreendemos claramente que o homem não pode
por si mesmo crer e confiar em Deus.
A salvação da humanidade é um ato da graça divina. Deus
tomou todas as providências para assegurar aos seres humanos a certeza da
salvação. Cabe ao homem aceitá-la ou rejeitá-la. Porém, embora Deus não force
as decisões de Seus filhos, o Espírito Santo atua no coração humano
convencendo-o do pecado, da justiça e do juízo (João 16:8).
Muitas vezes os homens ficam convencidos de sua condição
pecaminosa e para aceitar a salvação necessitam fé para crer e confiar em Deus.
A única coisa que o homem precisa, a fé, não vem de si mesmo. É dom de Deus. É
fruto do Espírito. O Espírito Santo concede o dom da fé, para todos aqueles que
desejam crer e aceitar o plano da redenção.
O mérito não está no homem. O homem não é salvo pela fé.
A graça de Deus é que salva a humanidade. A fé é o elemento que habilita o
homem a receber em sua vida os benefícios da salvação. Então se inicia uma
experiência especial. Muitos acreditam que a experiência da fé, a experiência
religiosa, não passa de algo emotivo, sentimental. Quando sentem está tudo
bem!! Mas a Bíblia não diz que é assim!
Paulo escreveu a cerca do arrependimento. “Porque a
tristeza segundo Deus opera arrependimento para salvação da qual ninguém se
arrende; mas a tristeza do mundo opera a morte” (II Coríntios 7:10).
Há uma diferença clara e básica entre a tristeza segundo
Deus e a tristeza do mundo. E essa diferença é que uma opera a salvação e a
outra opera a morte.
A tristeza segundo Deus que opera arrependimento para a
salvação, não é apenas um sentimento. Esta palavra arrependimento, é muito mais
abrangente do que mudar apenas de maneira de se sentir. Você faz alguma coisa
errada. Alguém lhe diz que você errou. Você então fica triste por ter errado.
Isso não é arrependimento. O verdadeiro arrependimento não envolve apenas
mudança sentimental. É mais amplo, profundo.
O arrependimento genuíno envolve mudança de rumo. Mudança
na direção que se está seguindo. Veja a diferença. Você faz alguma coisa
errada. Alguém lhe diz que você errou. Você então fica triste por ter errado e
muda de atitude. Isto faz a diferença. A tristeza segundo Deus, faz com que
você não só fique triste pelos seus erros, mas faz com que você mude de rumo,
colocando-se num caminho em que não vai mais errar.
Há dois exemplos na Bíblia que ilustram muito bem esse
fato. São exemplos de Pedro e de Judas. Os dois eram discípulos de Jesus. Judas
traiu o Mestre. Mateus registra a reação de Judas diante do erro. Lemos no
capítulo 27:3 a 5: “Então Judas, que o traíra, vendo que fora condenado, trouxe
arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes dos sacerdotes e aos
anciãos dizendo: Pequei traindo sangue inocente. Eles porém disseram: Que nos
importa? Isso é contigo. E ele atirando para o Templo as moedas de prata,
retirou-se e foi se enforcar. O que Judas experimentou? Verdadeiro
arrependimento? Não. Judas sentiu
remorso pelo que havia feito. Mas não estava arrependido. A tristeza que ele
sentiu foi para a morte. Judas sentia remorso pelos resultados de suas ações.
Mas não estava arrependido do que havia feito; se tivesse oportunidade,
repetiria a ação.
Vejamos agora o exemplo de Pedro. Como Judas, ele era um
discípulo de Nosso Senhor. E, como Judas, errou negando o seu Mestre. Mateus
26:74 e 75 registra a reação de Pedro: “Então começou ele a praguejar e a
jurar, dizendo: Não conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. E
lembrou-se Pedro das palavras de Jesus, que lhe dissera: antes que o galo
cante, três vezes me negarás. E saindo dali, chorou amargamente.”
O choro de amargura de Pedro não revelava apenas tristeza
pelo que havia feito. Seu amargurado pranto era o desabafo e o reconhecimento
de que havia pecado e que necessitava mudar o rumo de sua vida. E Jesus vendo a
sinceridade desse seu amigo, deixou um recado especial para ele, transmitido
pelo anjo às mulheres que foram ao sepulcro: “Mas ide, dizei a seus discípulos
e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como Ele
vos disse” (Marcos 16:7). O livro de
Atos dos apóstolos contém a narrativa da mudança que aconteceu na vida desse
discípulo. De um homem impulsivo e inconstante, Pedro se tornou num pregador
corajoso e destemido. Experimentou o verdadeiro arrependido. Mudou o rumo de
sua vida.
Já a confissão é o terceiro passo. Quando o indivíduo vê
quão longe , quão errado, quão distante está de realizar a vontade de Deus, e
decide viver segundo o plano divino, ele confessa a Deus todos os seus pecados
e falhas. Lemos em I João 1:9 “Se confessarmos os nossos pecados”. Esta é a condição para recebermos o perdão de
Deus. A confissão envolve o relacionamento com Deus e com o próximo. Devemos
confessar nossas culpas e pecados a Deus, contra quem pecamos, e ao próximo que
ofendemos, ou contra quem erramos.
Assim procedendo, rogando a bênção do perdão de Deus, temos
a promessa e a garantia: “Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos
purificar de toda injustiça”.
Que o Senhor Deus possa nos iluminar para que nossa
compreensão se abra e possamos exercer fé, experimentar o verdadeiro
arrependimento e confessar nossas culpas a Deus e esperar na doce certeza de
Seu perdão.
As palavras que Jesus pronunciou antes de subir ao Céu,
causaram profunda impressão no coração e mente dos discípulos. A ordem que Ele
deixou foi: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a criatura”
(Marcos 16:15).
Esta seria uma tarefa impossível para um grupo tão
pequeno de pessoas. Porém, Jesus prometeu que eles receberiam poder do Espírito
Santo para levar avante essa bandeira.
Em seguida a ascensão de Cristo ao Céu, os discípulos
gastaram a maior parte de seu tempo em oração. Harmonia e humildade ocuparam o
lugar da discórdia e da inveja. Sua íntima comunhão com Cristo e a unidade
resultante eram a preparação necessária para o recebimento do Espírito Santo.
Assim como Jesus recebera dotação especial do Espírito
Santo para realizar Seu ministério, os discípulos receberam o batismo do
Espírito Santo a fim de serem habilitados a testemunhar. E os resultados foram
magníficos. O que parecia impossível se tornou realidade.
Da mesma maneira que os discípulos foram capacitados a
realizar a tarefa que lhes foi designada, o mesmo Espírito Santo hoje distribui
Seus dons à igreja com um objetivo específico, que no dizer do apóstolo Paulo,
deve ser proveitoso.
Paulo ressaltou também a importância deste assunto,
dizendo que acerca dos “dons espirituais não queria que os irmãos fossem
ignorantes” (I Coríntios 12:1). Portanto, o que é necessário saber sobre esse
tema tão importante para os cristãos?
A resposta a essa pergunta se encontra nas explicações de
Paulo aos Coríntios que estão em sua primeira carta a essa igreja, no capítulo
12. Lemos no verso sete: “A manifestação
do Espírito é concedida a cada um visando um fim específico.” Nenhum dom do Espírito é dado para benefício
da pessoa que o recebe. Os dons são concedidos para alcançar um determinado
objetivo. Em Efésios 4:12 encontramos alguma coisa mais que nos ajuda a
compreender isso. Lemos: “com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho
do Seu serviço, para edificação do corpo de Cristo.”
Assim, a primeira razão pela qual são dados os dons
espirituais é para edificação da igreja do Senhor. A utilização dos diversos
dons na igreja e na pregação da mensagem de Deus ao mundo faz com que a obra
possa ser levada avante.
Os versos
Isto nos faz pensar que não existe um dom que esteja
acima ou que seja melhor do que o outro. Jamais devemos exaltar um dom em
diminuição de outro. Todos eles são necessários e importantes para Deus e Sua
igreja.
Na seqüência, o apóstolo enumera alguns dons e conclui
essa parte dizendo o que encontramos no verso 11: “Mas um só e o mesmo Espírito
realiza todas estas coisas, distribuindo-as como lhe apraz, a cada um,
individualmente.”
Temos aqui mais um ponto interessante. O próprio Espírito
Santo é que reparte os dons a cada um como lhe apraz. Isto significa que todos
aqueles que estão em Jesus recebem do Espírito Santo algum dom para edificação
da igreja. Durante Seu ministério, já quase no final de Sua jornada, Jesus
contou uma parábola onde um homem ao se ausentar de seu país chamou alguns de
seus empregados e lhes deu alguns bens. Isto está no evangelho de Mateus, 25:14
a 30. E a um deu cinco talentos e a outro dois, e a outro um, a cada um segundo
a sua própria capacidade e então se ausentou.
O relato diz que os dois empregados que receberam cinco e dois talentos
saíram a negociar e ganharam outro tanto. Mas o que recebeu um só, foi e
enterrou. Depois de muito tempo voltou aquele senhor e fez o acerto de contas.
Os dois primeiros foram agradecidos com o reconhecimento do padrão. Mas aquele
que enterrou o seu talento foi considerado inútil e banido da presença de seu
senhor.
Esta parábola nos ensina algumas lições interessantes. O
patrão que partiu para bem longe representa Cristo. Os três servos representam
os muitos seguidores de Jesus. De igual modo, todos aqueles que aceitam a Jesus
como seu Salvador são capacitados pelo Espírito Santo com algum dom, algum
talento.
Por mais humilde e simples que seja uma pessoa, ela é
muito preciosa à vista de Deus. Os homens podem desprezá-la mas o Senhor de
todos nós a honra dando-lhe dons e talentos segundo Sua vontade.
Ninguém deve desprezar a si mesmo, pois fazendo assim
está desonrando o Senhor Deus. Todos os filhos do Pai celestial são de imenso
valor para Ele. Por isso é importante que utilizemos os dons que temos recebido
de Deus para glória do Seu nome e edificação da Sua igreja. Assim fazendo,
aquilo que recebemos se multiplicará. Ocorrerá um desenvolvimento, um
crescimento na nossa vida.
Infelizmente ainda acontece hoje o caso daquele empregado
que recebeu um só talento e o enterrou. Mas, amigo ouvinte, não importa quanto
nós recebemos e o quanto estamos fazendo. Mais importante que isto são os
motivos com os quais realizamos as tarefas para Deus. Aqueles que tem recebido
um só talento não devem sentar e chorar por isso. Pelo contrário, devem fazer
sua parte da melhor forma possível, pois são úteis e preciosos para Deus como
aqueles que receberam mais talentos.
Na segunda parte do capítulo 12, de I Coríntios, Paulo
fala nesse assunto. Ele usa dos versos 12 ao 31 para mostrar que todos os
filhos de Deus tem a mesma importância. Usando a comparação do corpo humano,
que possui membros grandes e pequenos, com múltiplas funções ou uma só função,
o apóstolo afirma serem eles todos necessários. O corpo é o mesmo. E se cada
membro cumprir seu papel, o corpo será sadio.
Permita Deus que você, amigo ouvinte, possa ser também
útil para promover a vontade do Pai celeste, segundo a capacidade que recebeu.
E, quando vier nosso Senhor possa ser achado fiel na utilização de seus dons e
talentos.
A Bíblia registra a vida de muitos personagens. Ela não omite
os fracassos para supervalorizar as virtudes. Antes, apresenta as pessoas como
elas viveram. E, como se expressou o apóstolo Paulo, “tudo o que foi escrito
para o nosso ensino foi escrito” (Romanos 15:4).
Hoje quero falar sobre um dos grandes personagens da
Bíblia: Daniel. Um verdadeiro seguidor dos princípios divinos. Sua história tem
servido de inspiração para um número incontável de pessoas que, como ele,
desejam servir ao Senhor.
Assim que o reino de Judá foi conquistado por
Nabucodonosor, rei de Babilônia, foram levados em cativeiro muitos dentre o
povo de Deus que jamais haveriam de se corromper com os costumes e práticas do
lugar onde viveriam. Entre estes estavam Daniel e três amigos.
Nabucodonosor deu ordem a seus auxiliares que fossem
escolhidos jovens de linhagem real, nobres, de boa aparência e inteligentes.
Estes deveriam ser instruídos em toda a sabedoria e ciência dos caldeus para
servirem no palácio do rei.
Assim que chegaram ao palácio, Daniel e seus companheiros
tiverem de enfrentar uma prova decisiva. Parte da comida que recebiam para
comer era oferecida aos ídolos. Ingerir tal alimentação significava prestar
homenagens aos ídolos, resultando na negação da fé que haviam abraçado desde o
berço. Era uma situação delicada.
A Bíblia conta o que aconteceu: “E Daniel assentou no seu
coração não se contaminar com a porção do manjar do rei, nem com o vinho que
ele bebia” (Daniel 1:8). Daniel conhecia as leis do corpo humano e sabia muito
bem o que convinha para ter melhor saúde. Centenas de anos mais tarde, Paulo
enviaria aos cristãos de Corinto o seguinte recado: “ou não sabeis que o vosso
corpo é o templo do Espírito que habita em vós, proveniente de Deus, e que não
sois de vós mesmos?” (I Coríntios 6:19)
Deus deixou através de Moisés muitas orientações
relativas a alimentação. O que deve ser comido e o que deve ser evitado.
Encontramos essas orientações no livro de Levítico. Já no capítulo 7:22 a 27
temos a recomendação de não comermos sangue nem gordura de animal. No capítulo
11 encontramos uma relação específica das carnes que são recomendáveis e outras
tantas que Deus orienta Seus filhos a não usar. É interessante também que toda
ordem divina é acompanhada por uma bênção. Em Êxodo 23:25 encontramos a seguinte
promessa: “E servireis ao Senhor vosso Deus e Ele abençoará o vosso pão e a
vossa água; e eu tirarei do meio de ti as enfermidades.”
A promessa divina de tirar as enfermidades, como
resultado de servir ao Senhor, era conhecida por Daniel. Por isso, pediu ao
oficial do rei que fizesse uma experiência de 10 dias onde ele e os
companheiros comeriam legumes e beberiam água (Daniel 1:12 a 15).
Daniel e seus companheiros não tiveram vergonha ou medo
de apresentarem suas convicções quanto ao cuidado de seu corpo. Quantas vezes
as pessoas se tornam viciadas no uso do fumo ou de bebida alcoólica porque não
souberam ou não puderam resistir a primeira tragada ou ao primeiro gole. Muitos
ainda, por orgulho, não agüentam a gozação daqueles que oferecem e, acabam
cedendo.
A história de Daniel apresenta o resultado da fidelidade.
O rei chamou os jovens hebreus, lhes fez perguntas sobre vários assuntos e os
achou dez vezes mais inteligentes do que todos os magos e astrólogos que havia
em todo o seu reino (Daniel 1:20).
Amigo ouvinte, aqui está o resultado de ser fiel aos
ensinamentos de Deus. São muitas as oportunidades em que a Bíblia apresenta a
advertência contra a glutonaria e a bebedeira. O próprio Jesus advertiu sobre
isso em Lucas 21:34.
O apóstolo Paulo recomenda: “Portanto, quer comais, quer
bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo para a glória de Deus” (I
Coríntios 10:31). Aí está o desafio para todos nós. Tudo o que viermos a fazer
deve ser feito para glória do Senhor Deus.
Além da alimentação adequada e balanceada, há outros
fatores que contribuem para garantir o bem estar geral das pessoas. Uma vida
equilibrada envolve a prática de hábitos regulares. Tudo aquilo que é feito em
demasia é prejudicial. Um bom remédio, ou um remédio certo, se não for tomado
na dose recomendada pode ser fatal.
Saber tirar equilibrado proveito das maravilhas que Deus
colocou a nossa disposição, como o ar puro e a luz solar são fatores que
contribuem positivamente para a nossa saúde. Também a água é outro elemento da
natureza que traz em si grandes benefícios. Usada tanto interna como
externamente purifica e refrigera.
Também deve haver equilíbrio entre as horas que dedicamos
ao trabalho e as horas que necessitamos para repouso. É pelo repouso que as
energias do corpo são repostas.
Complementando esta série de recomendações para um viver
mais saudável,m lembramos que muitas enfermidades se originam na mente. Uma
consciência culpada, um coração intranqüilizado pelo remorso, sentimento de
ciúme, ódio, inveja e vingança e um espírito amargo, mau humorado, triste, são
poderosos agentes de enfermidades. O
melhor remédio para tudo isso é a paz que só Jesus pode dar. Haja o que houver,
se tivermos um rumo a seguir, uma direção a tomar, jamais nos desesperaremos.
Os sentimentos negativos dão lugar a coisas positivas o que resultará em
benefício para a nossa boa e completa saúde.
Quando Deus oficiou o casamento de nossos primeiros pais,
Adão e Eva, estabeleceu um plano para todos os casais. Gênesis 2:24 conta: “... deixa o homem pai e
mãe e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne.” A união do casamento seria a mais íntima de
todas as relações humanas. Por ela, marido e mulher se tornam uma só carne.
“Porque ninguém”, argumenta Paulo, “jamais odiou a sua própria carne, antes a
alimenta e dela cuida”. E , escreveu mais: “Quem ama a sua esposa, a si mesmo
se ama” (Efésios 5:28 e 29).
O casamento é uma união de amor. Foi instituído para
satisfazer o profundo anelo implantado na alma pelo Deus de amor – o desejo de
dar e receber amor.
O amor é oposto ao egoísmo. O egoísmo pensa em si mesmo,
busca os seus próprios interesses, busca só receber. Infelizmente muitos casam
por motivos egoístas: querem só a sua vontade e o seu prazer satisfeitos. Por
isso, casamentos desse tipo nunca são felizes e acabam rapidamente.
O amor conjugal deve ser nutrido, fortalecido. Ele deve
crescer sempre. A sua chama deve se tornar cada vez mais viva. E isto não vem
por acaso. Requer planejamento, requer esforço – incessante esforço através da
vida íntima. Alguém disse acertadamente que a vida conjugal é uma escola na
qual nunca nos graduamos.
No programa de hoje quero apresentar algumas dicas para
manter o casamento. A primeira delas é o reconhecimento de cada um dos cônjuges
no lar. No plano de Deus o marido é o chefe da família. Deve ser honrado como
tal pela esposa e pelos filhos. Mas a esposa é a rainha do lar. E deve estar ao
lado do marido na direção do lar.
Uma segunda dica para manter o casamento é a fidelidade
mútua. O casamento é uma união sagrada e requer estrita fidelidade do marido à
mulher, e da esposa ao marido. A ordem é clara: “Não adulterarás” (Êxodo
20:14). Essa total dedicação de um ao outro gera confiança e nutre o amor.
Inversamente, a infidelidade, seja do homem, seja da mulher, suscita ciúme,
ressentimento.
Já a terceira dica é o esforço de adaptação mútua.
Passados os primeiros dias após o casamento, e iniciada a vida real, começam a
aparecer as fraquezas de ambos. O marido vê na mulher pontos negativos com que
talvez não sonhasse; e a esposa também vê no marido defeitos que não
imaginava... Aí é preciso compreensão, apoio e a busca para valorizar as
qualidades, ajudando na superação dos pontos negativos.
A quarta dica para manter o casamento é a expressão do
amor. Na vida conjugal o amor deve ser expresso por palavras – palavras de
apreço pelos esforços do marido, da mulher; palavras em que o amor mútuo é
assegurado. Alguns pensam que o companheiro da vida sabe que é amado e não é
preciso dizer para o outro. Outros julgam que a expressão de amor é uma
demonstração de fraqueza.
O amor deve ser expresso por atos, aliviando cada qual o
dardo do outro. As primeiras atenções, dispensadas com tão grande satisfação na
fase do namoro e noivado, deveriam continuar após o casamento. Se a noiva ou
namorada merecia atenção, muito mais digna disso é a esposa.
Um
presente de vez em quando é uma demonstração de amor correspondido pelo outro
lado com um afeto mais profundo. Nisso não é necessário gastar o salário do
mês. Até uma bonita flor, se dada com sinceridade, produz o seu efeito. Alguém
disse que o amor da esposa floresce como uma flor. E o tempo de fazer isso é
enquanto ela vive. De nada valerá, depois da morte, encher o seu caixão de flores e amontoar coroas
sobre o seu túmulo.
Uma quinta dica para manter o casamento é dar a Deus um lugar na vida do casal. O
verdadeiro triângulo amoroso é formado pelo marido, pela esposa e por Deus.
Quanto melhor o nosso relacionamento com Deus, tanto melhor será o nosso
relacionamento com o companheiro da vida.
Deus deve ser o centro da nossa vida, o Objeto de nosso
supremo amor. A vontade dEle deve vir em primeiro lugar e deve ser feita com
alegria. Então, da divina fonte de toda boa dádiva, receberão, marido e mulher,
aquele amor desinteressado e puro, que une, que enobrece, que faz feliz e bela
a vida conjugal.
No capítulo intitulado “O Segredo de Um Matrimônio
Feliz”, do livro “A Ciência do Bom Viver”, lemos: “Só em Cristo é que se pode
com segurança entrar para a aliança matrimonial. O amor humano deve fazer
derivar do amor divino os seus laços mais íntimos. Só onde Cristo reina é que
pode haver afeição profunda, verdadeira e altruísta.”
Amigo ouvinte, Deus instituiu o casamento para que fosse uma
bênção. Aqueles que preenchem essas condições possuirão o precioso bem de uma
união conjugal venturosa.
Se estou falando neste momento a um casal que não é
feliz, gostaria de dizer, terminando: embora possam surgir dificuldades,
perplexidades, nem o marido nem a mulher devem abrigar o pensamento de que sua
união é um erro ou uma decepção. Que cada um resolva ser para o outro tudo que
é possível. Continuem, relembrem as primeiras atenções e gestos de carinho. Que
um anime o outro nas lutas da vida. Procure cada um promover a felicidade do
outro. Haja amor mútuo e muita paciência. Então, o casamento, em vez de ser o
fim do amor, será como que seu começo. O calor da verdadeira amizade, o amor
que liga coração a coração, é uma amostra das alegrias do céu.
A Voz da Profecia mantém uma escola radiopostal com
milhares de alunos em todo o Brasil que estudam a Bíblia e, com freqüência,
enviam suas perguntas sobre os mais diferentes assuntos da Palavra de Deus.
No programa de hoje quero responder uma seleção das
principais perguntas que temos recebido.
Comecemos por esta pergunta: “O hipnotismo é coisa
aprovada por Deus?”
Por um processo especial o hipnotizador leva a pessoa que
a ele se submete a uma condição semelhante à do sono. E nessa condição a pessoa
hipnotizada fica à mercê das sugestões que partem do hipnotizador. O Dr.
Bernardo Teitel, psiquiatra norte-americano, adverte que a pessoa hipnotizada
pode ser levada à prática de crimes e também a colapso mental nervoso. Outro
conhecedor do assunto confirma a possibilidade de a hipnose causar doença
mental nervosa. E também que ela pode levar a pessoa à prática de crimes como
forjar cheques e testamentos. Pode também instigar ao suicídio e promover
homicídio.
É perigoso – muito perigoso! – confiar o controle da
mente a quem que seja senão a Deus. Os que permitem a um ser humano controlar
sua mente, em última análise podem estar permitindo que ela seja controlada por
satanás. Quando Jesus mostrou aos discípulos que era necessário que Ele
sofresse muitas coisas e fosse morto, Pedro o chamou à parte e O reprovou,
dizendo: “Tem compaixão de Ti, Senhor; isto de modo algum te acontecerá”. Você
lembra qual foi a resposta de Jesus? “Arreda! Satanás; tu és para mim pedra de
tropeço!” (Mateus 16:21 a 23). Perceba
que Pedro era um porta-voz do diabo ao procurar dissuadir Cristo de cumprir Sua
missão em favor da raça pecadora.
Evidentemente, o hipnotismo não é aprovado por Deus. E
nada devemos ter com ele.
Vamos a uma outra pergunta: “Em Atos 26:23, lemos que o
Senhor Jesus Cristo foi o primeiro a ressuscitar dos mortos. Como harmonizar
isto com o fato de que Moisés foi ressuscitado antes dEle?”
De fato, Moisés foi ressuscitado antes de Cristo. A
Bíblia relata que ele morreu no Monte Nebo ou Pisga, em frente de Jericó, e foi
por Deus sepultado (Deuteronômio 34:1-6). Mas algum tempo depois Moisés foi
ressuscitado e levado para o céu. Na carta do apóstolo Judas lemos que o
arcanjo Miguel, que vários textos mostram ser Deus Filho, veio para ressuscitar
Moisés e Satanás contendeu com Ele, querendo reter na prisão da morte aquele
servo do Senhor.
Moisés, porém foi ressuscitado. Quando Jesus Se
transfigurou diante de alguns dos discípulos, Moisés e Elias apareceram e
falaram com Ele (Mateus 17:1 a 4).
Em que sentido, pois, foi a ressurreição de Cristo a
primeira?
No original grego a palavra traduzida por “primeiro” em
Atos 26:23, é “prôtos”, que tem o sentido de primeiro no que respeita a
qualidade, a importância. Neste caso, a
palavra prôtos evidentemente se refere à ressurreição de Cristo como a primeira
em importância. Foi porque Cristo ressuscitou, vencendo o poder da morte, que
Moisés pôde ser ressuscitado. Porque Cristo ressuscitou, nós também temos a
esperança da ressurreição. Na primeira carta aos Coríntios, capítulo 15, versos
17, 20 e 23 o apóstolo Paulo escreveu: “... se Cristo não ressuscitou, é vã a
vossa fé... mas de fato Cristo ressuscitou, sendo Ele ainda primícias dos que
dormem... Cada um, porém, por sua própria ordem: Cristo, as primícias; depois
os que são de Cristo, na sua vida”.
Uma terceira pergunta que recebemos com freqüência de
nossos ouvintes: “Quando começa e quando termina o dia, do ponto de vista
bíblico?”
Em Levítico 23:27 e 32 o autor sagrado diz, falando do
dia da expiação: “Sábado de descanso solene vos será; então afligireis as
vossas almas; aos nove do mês, duma
tarde a outra tarde, celebrareis o vosso sábado”. Desde o começo do mundo a Bíblia conta os
dias de uma tarde até outra tarde, ou seja, de um pôr-do-sol ao outro. Lemos em
Gênesis 1:5 “Chamou Deus à luz dia, e às trevas, noite. Houve tarde (a parte
escura) e manhã (a parte clara), o dia primeiro.” Assim, o dia bíblico deve ser
contado do pôr-do-sol ao pôr-do-sol. Isto deve ser tomado em conta em se
tratando da observância do dia de repouso.
Os babilônios também contavam o dia do pôr-do-sol ao
pôr-do-sol. Os egípcios o faziam do nascer do sol. E os romanos da meia-noite à
meia-noite.
E, uma última carta que quero responder no programa de
hoje: “Reconheço que sou pecador e me sinto por isto muito indigno. Há
esperança de salvação para mim?”
É exatamente para os que sentem o peso do pecado e se
sentem indignos do favor de Deus que há esperança. Na parábola do fariseu e do
publicano, registrada em Lucas 18, Jesus contou a história de dois homens.
Foram ao templo orar. Um reconhecia a sua condição. O outro não. Aquele que se
considerava justo não foi aceito por Deus. Mas o que reconhecia os seus pecados
e se sentia indigno, esse foi atendido por Deus e justificado.
Amigo ouvinte, Cristo só pode salvar quem reconhece ser
pecador. Ele veio para curar os quebrantados de coração, para proclamar
liberdade aos escravos, a dar vista aos cegos; a colocar em liberdade os
oprimidos. Não necessitam de médico os que estão sãos. Precisamos conhecer
nossa verdadeira condição, do contrário não sentiremos nossa carência do
auxílio de Cristo. Precisamos compreender nosso perigo, senão não correremos ao
refúgio. Precisamos sentir a dor de nossas feridas, senão não desejaremos a cura.
Saiba que, se vamos ao Salvador sentindo o nosso pecado e
arrependidos dele, Cristo nos recebe e com o Seu toque divino nos perdoa e nos
faz aceitáveis diante de Deus. Experimente essa experiência em sua vida, agora.
Deus é amor! Amor maravilhosamente revelado e transmitido.
Amor nem sempre compreendido pelos seres humanos em face de tanta desgraça e
destruição. Amor tão infinito que moveu Deus a dar “Seu filho unigênito para
que todo aquele que nEle crê não pereça mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Necessitamos conhecer esse amor, conhecer esse Deus. Para
isso, precisamos saber como Deus se revela e o que Ele tem revelado à
humanidade. O grande propósito dessa revelação é demonstrar com clareza quem é
Deus, Seu caráter, Sua pessoa, Seus planos. Quando conhecemos isto então
poderemos aceitar o convite para sermos Seus amigos. Ele diz: “Com amor eterno
te amei, por isso com bondade te atraí” (Jeremias 31:3). Deus seja nos atrair
para Ele pela força de Seu grande amor.
Mas, como podemos conhecer a Deus? Uma das maneiras de conhecermos a Deus é
através da Natureza. Davi, o grande salmista, disse: “Os céus proclamam a
glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos” (Salmo 19:1).
Podemos ver Deus na Natureza. Ele é retratado no lindo
pôr-do-sol, no grandioso oceano, na calma de um riacho, no vôo tranqüilo dos
passarinhos.
Podemos pensar nEle ao contemplarmos o céu pontilhado de
estrelas, os campos verdejantes e as lindas flores. Através da Natureza podemos
aprender muito sobre o amor de Deus.
A revelação que a Natureza nos dá de Deus é muito
importante. Suas obras maravilhosas nos fazem lembrar do amor e cuidado que Ele
tem por doas as criaturas. E, mais: nos lembra também o fato de que Ele é o
Criador e nós somos Seus filhos.
No entanto, a revelação da natureza não é completa. Há em
toda parte evidências dos efeitos do mal. As flores secam, o calor excessivo
maltrata, o rigor do inverno castiga, os animais sofrem e até nos cenários mais
perfeitos vemos sinais de destruição. Mas, mesmo assim, podemos reconhecer a
existência de um Deus que criou todas as coisas.
Deus também é revelado em Sua Palavra, a Bíblia. Através
das Escrituras Sagradas podemos conhecer o caráter de um Deus que é
misericórdia, bondade, justiça, paciência. Nas páginas do Livro de Deus vemos
Sua vontade expressa em palavras e o desejo que Ele tem de que todos sejamos
salvos.
Todavia, com nossa mente limitada, é possível que na
própria Bíblia não consigamos obter uma completa compreensão de Deus, Seu
caráter, e de como realmente Ele é. Mas, há uma revelação perfeita e completa.
Jesus Cristo é essa revelação!
Os discípulos não compreendiam bem a Deus e nem O
conheciam direito. Porém, queriam conhecer. Então se aproximaram de Jesus e
Felipe, um dos doze, disse: “Senhor, mostra-nos o Pai, e isso nos basta.” E,
Jesus, respondeu dizendo: “Felipe, há tanto tempo estou convosco e não Me
tendes conhecido? Quem vê a Mim, vê o Pai”
(João 14:8 e 9).
A missão de Jesus foi vir e dar ao mundo que estava em
completo desacordo com Deus, a fim de demonstrar como o Pai é realmente e
estabelecer a comunhão da humanidade com a divindade. Portanto, o melhor meio
de conhecer a Deus é conhecer a Jesus. Ele disse: “Se vós me tivésseis
conhecido, conheceríeis também a Meu Pai” (João 14:7).
Muitos pintam a Deus num quadro de severidade, como um
juiz tirano pronto a castigar e praticar vingança. E a Jesus enquadram numa
tela que retrata mansidão, bondade, misericórdia. Mas nosso Senhor demonstrou
que essa é uma teoria falha. Ele deixou claro que na tarefa de “buscar e salvar
o que se havia perdido” não estava sozinho. Nesta missão, tudo o que Ele fez e
falou, foi em harmonias e em conjunto com o Pai. O próprio Cristo afirmou: “Em
verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de Si mesmo, senão
somente aquilo que vir fazer o Pai, porque tudo o que Este fizer, o Filho
também semelhantemente o faz” (João 5:19). Logo, por conseqüência, essa
diferença entre Deus e Jesus não existe.
O fato é que, no coração, tanto de Deus como de Jesus, a
misericórdia é igual à justiça. Na cruz nós vemos e compreendemos perfeitamente
a união desses dois atributos divinos. O apóstolo Paulo complementa dizendo que
“Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo” (II Coríntios 5:19).
Sim, amigo ouvinte, Jesus é a revelação completa e
perfeita de Deus pois Ele mesmo é plenamente Deus e, por isso, o Único que pode
apresentar-nos ao Pai como realmente Ele é.
Diante de tudo isso, cabe a pergunta: precisamos
realmente conhecer a Deus e o que Ele tem revelado de Si mesmo? Essa é uma
pergunta importante. Jesus disse que
“vida eterna é conhecer a Deus e a Cristo” (João 17:3).
Se realmente algumas pessoas pensam que tudo nesta vida
acaba por aqui mesmo, talvez rejeitem qualquer conhecimento de Deus e de Jesus.
Tenho certeza de que você que me ouve não pensa assim. Sei que lá no fundo do
coração, você sente que o homem foi feito para uma vida superior e que tudo não
termina num buraco frio e escuro de qualquer cemitério, então você e eu
precisamos conhecer a Deus e a Jesus.
Este conhecimento é a diferença entre a vida e a morte. E
Deus quer que tenhamos vida e vida em abundância. Deus não tem prazer na morte
de ímpios e pecadores, antes quer que todos cheguem ao arrependimento; por isso
veio Jesus, a revelação perfeita, demonstrar em palavras e atos este desejo do
Pai celestial que tudo ama e cuida de Seus filhos. Aceitaremos seu convite para
conhecermos Sua revelação? O desejo da
equipe do programa “A Voz da Profecia” é que você possa compreender o grande
valor desta oferta de amor e que possa aceitá-la para conhecer a Deus e Seu
grande amor por todos nós.
Bíblia, Escrituras Sagradas, Livro do Senhor, Palavra de
Deus – estes são alguns títulos dados para a carta que Deus deixou aos homens
contendo declarações de Sua infinita sabedoria para o bem estar do ser humano.
Foi somente por volta de 1.500 anos antes do nascimento
de Jesus que a Bíblia começou a ser escrita. E desde Moisés, que escreveu os
primeiros livros, até João, que escreveu o último livro, se passaram 1.600
anos. Portanto, esse foi o período para a Bíblia ficar completa, 1.600 anos!
E,apesar de ter sido escrita durante um período tão
longo, a Bíblia possui uma unidade e harmonia presente e visível em todas as
suas páginas. Outro fator interessante além do tempo é que a Bíblia foi escrita
por cerca de 40 homens de diferentes lugares e de costumes e culturas
diferenciados, mas mesmo assim ela mantém um padrão incontestável. E isto só
foi possível porque um poder maior, fora e acima do homem esteve na direção.
Este poder provém de Deus.
Na segunda carta que Paulo escreveu a Timóteo, capítulo
3:16, lemos: “Toda escritura é inspirada por Deus e é útil para o ensino, para
a repreensão, para a correção, para educação na justiça.” A primeira parte
deste verso enfatiza que toda Escritura é inspirada por Deus. O que significa
esta declaração? O que significa o fato de a Bíblia ter sido inspirada por
Deus?
Antes de mais nada aponta para o verdadeiro autor da
Bíblia – Deus! Nenhum dos 40 escritores bíblicos indicaram ou sequer deram a
entender que houvesse outro autor das Escrituras a não ser o próprio Deus.
A inspiração bíblica consiste no fato de que o Senhor
Deus comunicou Suas verdades à mente de homens escolhidos, os quais expressaram
estas mesmas verdades em suas próprias palavras.
Fica claro, portanto, que a inspiração não atuou nas
palavras que o profeta escreveu, mas na mente do profeta. Desta maneira, sob a
influência do Espírito Santo, os profetas escreveram com suas próprias palavras
e raciocínio o conteúdo da mensagem.
A Bíblia é, pois, a verdade divina expressa em linguagem
humana. É a vontade divina combinada com a expressão humana de tal maneira que
as declarações de homens inspirados são a Palavra de Deus.
Diante disso, vale lembrar que a inspiração é de TODA a
escritura. Isto significa que tudo aquilo que a Bíblia contém é a Palavra de
Deus inspirada. Ou aceitamos assim ou rejeitamos. Nesse assunto, não há um meio
termo em que algumas partes são consideradas inspiradas e outras porções não. O
mesmo Deus de ontem, hoje e sempre inspirou a todos os que escreveram a Bíblia,
e tudo o que foi escrito e preservado é a mensagem de Deus para nós.
Por questões didáticas, para facilitar nosso estudo e
compreensão, as Escrituras foram divididas em Antigo Testamento e Novo
Testamento.
O Antigo não significa algo velho, ultrapassado, sem
utilidade. Esta expressão indica apenas que tais mensagens foram escritas ANTES
do nascimento de Jesus. O Novo Testamento não quer dizer atual, moderno,
revolucionário. Mas significa que ele foi produzido após o nascimento de Nosso
Senhor.
Tanto o antigo quanto o novo testamento constituem a
revelação da vontade de Deus para nós. Eles não são contraditórios. Suas
verdades se complementam. Os profetas nos tempos do Velho Testamento falaram de
um Deus que seria plenamente compreendido quando Ele próprio se juntasse à
humanidade. Era o Messias, predito e anunciado. Já os apóstolos do Novo
Testamento dão claro testemunho do Deus feito homem, Jesus, que veio para
cumprir as promessas e profecias e dar clara demonstração do amor de Deus e de
Seu desejo para a humanidade.
Um exemplo bem claro do que estamos falando pode ser
encontrado no evangelho de Lucas, capítulo 24:13 a 25. Nesse texto nós encontramos
a história de dois discípulos que voltavam para Emaús logo após os
acontecimentos que haviam levado Jesus à cruz e a sepultura. O verso 14 diz que
iam conversando a respeito de todas as coisas que haviam acontecido quando o
próprio Jesus Se aproximou deles e sem ser reconhecido começou a conversar. A
conversa prosseguiu caminho afora e registra no verso 27 que Jesus “começando
por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a Seu próprio
respeito constava em todas as Escrituras.”
Este fato bíblico só confirma o que dissemos. As
Escrituras do Velho Testamento apontavam para Jesus que havia de vir para a
salvação da humanidade.
Elas contém a revelação de um Deus de amor cheio de boa
vontade para com os seres humanos. O Novo Testamento, por sua vez, relata a
vinda de Jesus e como Ele nos revelou o verdadeiro caráter do Pai e nos encheu
de esperança na certeza de que um breve ai voltar para buscar Seus filhos
fiéis.
Voltemos ao texto de II Timóteo 3:16. Aqui encontramos o
propósito porque Deus nos deixou Sua palavra: “É útil para o ensino, para a
repreensão, para a correção, para educação na justiça”. Esse princípio da Palavra de Deus é
confirmado pelo próprio apóstolo Paulo na carta que escreveu aos Romanos,
capítulo 15:4: “Tudo pois quanto outrora foi escrito, para o nosso ensino foi
escrito, a fim de que pela paciência, e pela consolação das Escrituras,
tenhamos esperança.”
Todos, indistintamente, podemos experimentar os
benefícios que a Bíblia oferece. Ninguém é demasiado rico ou forte que dela não
necessite. Não há nenhum ser, por mais fraco ou pobre que não possa ser
satisfeito por suas mensagens de conforto.
O salmista escreveu: “Lâmpada para os meus pés é a Tua
Palavra, e luz para os meus caminhos” (Salmo 119:105). A palavra de Deus
ilumina nossa vida de tal maneira que não precisamos sofrer tateando nas trevas
da ignorância. Há luz para nos auxiliar e sobretudo para nos apontar o caminho
de uma vida feliz e esperançosa e responder nossas inquietudes e preencher
nossas necessidades.
Leia. Estude a Palavra de Deus. Você será feliz.
Ao longo dos tempos, o poder da palavra de Deus tem
transformado vidas e influenciado o curso da História.
Quando buscada, a mensagem da Palavra divina preenche os
mais profundos anseios espirituais. Sobre isso, escreveu o profeta Jeremias no
capítulo 15, versículo 16: “Achadas as Tuas palavras, logo as comi; e as Tuas
palavras foram gozo e alegria para o meu coração...”
Foi exatamente essa a experiência que viveu Pedro Valdo.
Ele era um rico comerciante na cidade de Lion, na França, por volta do ano
1.170. Dono de uma grande fortuna e possuidor de muitos bens, no entanto
sentido-se vazio e infeliz.
Depois de buscar vários caminhos recebeu a sugestão de
ler a Bíblia. Sendo rico e influente, conseguiu comprar uma exemplar das
Sagradas Escrituras. Naqueles dias, só os sacerdotes tinham esse privilégio.
Ao ler as páginas sagradas encontrou o que há tanto tempo
procurava. Tamanha foi a alegria e felicidade que sentiu, que tomou uma decisão
drástica. Colocou todos os seus bens à venda, separou apenas o suficiente para
sua família viver dignamente e o restante dos recursos dedicou para a
divulgação da Bíblia.
Pedro Valdo contratou várias pessoas que passaram a
copiar à mão as porções dos evangelhos e estas eram distribuídas gratuitamente
a todos quantos desejassem. Posteriormente, os seguidores de Pedro Valdo se
tornaram num povo conhecido como Valdenses. Eles foram grandes defensores da
Bíblia durante o amargo período da Inquisição. Defenderam a palavra de Deus
pagando para isso um preço que envolveu dor, martírio, perseguição e morte.
Porém, milhares e milhares de pessoas tiveram, a exemplo de Pedro Valdo, suas
ansiedades aliviadas e encontraram gozo e alegria no viver.
Paulo escrevendo aos Efésios, no capítulo 6, versículo
17, define a palavra de Deus como sendo a espada do Espírito. De posse dessa
espada, um monge, chamado Martinho Lutero, lutou contra os erros, superstições
e intolerância reinantes na igreja dominante daquela época. Surgia vitorioso o
movimento da Reforma. Lutero resgatou o verdadeiro lugar da Bíblia, que estava
acorrentada nos baús dos mosteiros. Empunhando essa espada flamejante, trouxe
luz a muitos que estavam encarcerados.
Usando essa mesma espada, Jesus, quanto tentado no
deserto, venceu o diabo respondendo: “Está escrito”, apontando assim para o
poder da Palavra, a Espada do Espírito. Como na vida de Jesus e Lutero, a
Palavra de Deus será uma arma poderosa para nos dar a vitória nas lutas dessa
vida.
Em 1787, o rei Jorge Terceiro, da Inglaterra, enviou o
navio Bounty à ilha de Taiti, no sul do Pacífico, para buscar mudas de
fruta-pão. Christiam Tletcher e outros companheiros ficaram apaixonados pelas
taitianas e se amotinaram. Tomaram o navio e colocaram o comandante junto com
outros marinheiros num barco a vaguear sobre o oceano.
Voltando ao Taiti, tomaram 10 mulheres e saíram à procura
de um lugar seguro. Encontraram uma ilha que não estava nas rotas conhecidas e
ali se estabeleceram. Logo que chegaram, queimaram o navio e começaram a nova
vida. Não demorou muito e um dos marinheiros conseguiu extrair álcool de uma
planta nativa. Como resultado logo a convivência deles se tornou num cenário
sangrento de lutas, briga e morte. Passados 5 anos, todos os homens, exceto
dois, estavam mortos. Um deles veio a morrer de asma. Restaram as 10 mulheres,
23 crianças e Smith, o último marinheiro. Pensando na triste vida que haviam
levado, Smith se lembrou de que num dos baús, tirado do navio, havia uma
Bíblia. Lendo-a diariamente, Smith começou a experimentar uma completa
transformação. Arrependido, começou a
ensinar aos demais leitura e também as preciosas lições do evangelho. Todos
experimentaram a mesma transformação sentida por Smith. Hoje, passados tantos
anos, todos os habitantes da ilha de Pitcairn são professos cristãos.
Amigo ouvinte, o precioso exemplar do Livro de Deus que
transformou a ilha de um inferno num paraíso, pode também comunicar a cada um
de nós sabedoria e entendimento, para vivermos uma vida feliz e cheia de
significado.
George Muller, missionário dedicado a diminuir o
sofrimento da humanidade, chegou a cuidar de duzentas crianças órfãs e
abandonadas. Jamais saiu para pedir dinheiro ou comida. No entanto, ganhou
terrenos, construiu pavilhões e nunca faltou alimento para seus filhos. Algumas
vezes Muller teve que ir para a cama sem ter a provisão para o dia seguinte.
Interrogado se conseguia dormir em tais circunstâncias, respondeu: “Sempre!”
Qual seria o segredo de uma fé tão vigorosa?
Muller respondia levantando a sua Bíblia, dizendo: “Tenho
lido este livro inteiro cem vezes. Conheço o Livro e o Deus do Livro.”
Citei aqui uns poucos exemplos, porém, o mais importante
é que você também possa experimentar os benefícios que a leitura e o estudo da
Palavra de Deus trazem à vida. Citei também que a leitura da Bíblia preenche as
nossas necessidades espirituais. Ela traz gozo e alegria para o coração. Dá
significado à existência e os faz pessoas felizes.
Mencionei também que as Escrituras são comparadas a uma
espada viva que nos defenderá das tentações da mesma maneira como Jesus foi
libertado das tentações de satanás. Ele nos dará uma experiência vitoriosa e
nos conduzirá a um crescimento na vida cristã.
Disse também que a Palavra de Deus comunica sabedoria e
entendimento. Isto não se refere apenas às questões espirituais, mas a todos os
aspectos da existência. Mas, acima de tudo, ela nos transmite fé, sem o que é
impossível conhecermos a Deus. É esta fé que nos torna possuidores do maior
tesouro que um ser humano pode conseguir.
Amigo ouvinte, tome a decisão de separar um tempo cada
dia para leitura e estudo da Palavra de Deus. Faça desta boa prática um
compromisso diário e você sentirá as bênçãos do Senhor sendo derramadas em sua
vida. Dê a Deus o primeiro lugar.
As perguntas de Jesus: “Que está escrito na lei? Como interpretas?”
dirigidas a alguém que quis saber o caminho da salvação mostram ser o plano de
Deus que conheçamos o sagrado Livro. A mesma idéia está implícita na
declaração, também dEle, feita a membros da seita dos saduceus: “Errais, não
conhecendo as Escrituras” (Mateus 22:29). Temos também o exemplo dos crentes de
Beréia, na Macedônia, que examinavam as Escrituras todos os dias para ver se as
coisas ensinadas pelos apóstolos eram de fato assim (Atos 17:11).
Amigo ouvinte, Deus nos fala pelo Santo Livro. Se faz
conhecido de nós por meio dele. É na Bíblia que encontramos o plano de
salvação. O caminho que devemos trilhar está revelado nas páginas sagradas.
No programa de hoje quero apresentar algumas regras ou
normas de interpretação para entendermos a Bíblia. A primeira delas: o estudo
das Escrituras deve ser feito com oração. Há uma dimensão espiritual na
mensagem do Livro. E esta só pode ser discernida espiritualmente. Antes de
abrirmos a Bíblia devemos pedir, com humildade, a iluminação do céu. Então o
Espírito Santo nos abrirá a mente para entendermos o que está escrito.
Para compreendermos as Escrituras devemos também ter
disposição de praticar seus ensinos, de seguir a luz que recebemos da Palavra
do Senhor.
O próprio Cristo ensinou: “Se alguém quiser fazer a
vontade dEle, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus ou se falo por
Mim mesmo” (João 7:17).
Outra regra é que um assunto das Escrituras deve ser
interpretado em harmonia com o conjunto de ensino do Livro. Devidamente
compreendido, um ensino não contradiz o outro. Com certa freqüência encontramos
declarações que podem ter vários sentidos. Devemos dar, a cada uma, o sentido
que se harmonize com os demais ensinos.
Ao determinar qual seja o sentido de um trecho ou porção
da Bíblia, devemos levar em conta o seu contexto. Devemos pesquisar sobre o que
trata o autor nesse trecho. E devemos também situar nossa interpretação dentro
dos limites estabelecidos pelo autor do texto em consideração.
Também não podemos esquecer que o Santo Livro deve ser
seu próprio intérprete. Daí a necessidade de comparar um trecho com outro. Nas
palavras de Paulo, devemos conferir “as coisas espirituais com espirituais” (I
Coríntios 2:13). E, segundo o profeta Isaías, “... é preceito sobre preceito,
preceito e mais preceito; regra sobre regra, regra e mais regra; um pouco aqui,
um pouco ali” (Isaías 28:10).
Também devemos dar sentido literal às declarações da Bíblia, a não ser que haja
clara indicação de serem elas simbólicas, ou figurativas. As parábolas de Jesus
estão entre os trechos figurativos. As parábolas, como também as profecias
simbólicas em Daniel e Apocalipse, devem ter a interpretação que lhes dão as
próprias Escrituras.
Quero falar agora um pouquinho sobre os métodos de estudo
da Bíblia. Há vários métodos que podem ser seguidos: o de estudar por livro, o
de estudar por capítulo, por versículo, por palavra. Também estudar por
tópicos. O estudo por capítulos é interessante e proveitoso. Uma sugestão ao
ler um capítulo é fazer as seguintes perguntas: Qual é o principal assunto
desse capítulo? Qual é a principal lição? Qual é o melhor de seus versículos?
Quais são as principais pessoas nele consideradas? O que ensina quanto a Cristo?
Há nele qualquer exemplo que eu deva imitar? Há nele algum erro que eu deva
evitar? Há algum dever para eu cumprir? Alguma promessa para eu reclamar?
Alguma prece que eu faça eco?
Outra dica para entendermos a Bíblia é ter um dicionário
bíblico ou uma chave bíblica. Facilita a localização de textos e também o
significado de alguns nomes ou assuntos.
Amigo ouvinte, a Bíblia é como uma rica mina do mais
precioso metal. Se a explorarmos vamos encontrar a história da origem do mundo
e do homem – a única histórica verdadeira. Vamos compreender como entrou o
pecado no mundo e a história do dilúvio. Vem depois o relatório de como Deus
escolheu Israel e o tirou do Egito. Vamos encontrar também os tesouros dos
Salmos, os Provérbios de Salomão, as grandes cadeias proféticas de Daniel,
complementadas pelas do Apocalipse, nas quais foi revelada a história e o futuro
do mundo.
No Novo Testamento encontramos a maravilhosa história do
nascimento de Cristo, a Sua morte e ressurreição, bem como Seus grandes
ensinos.
Também o surgimento da igreja cristã e as conquistas
desta no primeiro século. Também temos as preciosas cartas dos apóstolos.
Ao estudarmos a Bíblia veremos que todo o Livro dá
destaque a dois ensinos: primeiro, o de que somos pecadores e como tais temos
sobre nós uma sentença de morte. Em segundo lugar, a verdade que transforma as
nossas trevas em luz, a saber: Deus é poderoso e misericordioso Salvador. No
dizer do versículo que tem sido chamado “o evangelho em resumo”, “Deus amou o
mundo de tal maneira que deu o Seu Filho unigênito, para que todo o que nEle
crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (João 3:16).
Pastor Montano de Barros
A existência de um mundo invisível aos olhos humanos se
acha claramente revelada nas Escrituras Sagradas. Há uma tendência moderna e
crescente para incredulidade na existência de espíritos maus. E os santos anjos
são considerados por muitos como espíritos de homens que já morreram.
No entanto, a Palavra de Deus nos apresenta provas
inquestionáveis de que os anjos se constituem numa classe de criaturas
superiores e diferente da humanidade. Em Hebreus 1:14, encontramos a seguinte
definição dos anjos: “Não são todos eles espíritos ministradores, enviados a
servir em favor daqueles que hão de herdar a salvação?” Os anjos, portanto, são
seres espirituais. Embora não possamos compreender com totalidade o que isto
significa, ao pesquisarmos a Bíblia, suas atividades e características, podemos
ter uma idéia do que possa ser um anjo.
Os anjos são criaturas. Na primeira carta de Paulo a
Timóteo, capítulo seis, versículo 15, nos é dito que somente Deus tem a
imortalidade. Logo, os anjos não possuem vida em si mesmos, mas são seres
criados. Criaturas trazidas a existência antes de ser citado nosso mundo,
embora a Bíblia não nos revele quando.
Os anjos não são seres humanos. Salmo 8:4 e 5, afirma que
embora os homens tenham sido criados e cobertos de glória e honra, foram
formados um pouco menores do que os anjos. Fica claro, portanto, que os anjos
não são seres humanos.
Algumas características dos anjos: são seres dotados de
grande poder; ministram a favor dos seres humanos. Quanto ao número de anjos, a
Bíblia diz que são milhões e milhares de milhares (Apocalipse 5:11).
Seria interessante acompanharmos as atividades de um anjo
por um dia. Não compreendemos plenamente tudo o que estes seres realizam. E o
melhor que podemos fazer é juntar os relatos bíblicos que falam das suas
atividades e compor um quadro onde podemos ver os anjos em ação. Feito isso, o
resultado é confortador encorajador, pois revela um profundo interesse de Deus
para com Seus filhos. Eles cumprem as
ordens de Deus (Salmo 103:20). Os anjos serviram a Jesus em Sua vida terrestre
(Mateus 4:11 e Lucas 22:43). Protegem e livram o povo de Deus. Salmo 34:7 diz
que “o anjo do Senhor se acampa ao redor dos que temem a Deus e os livra”. No
Salmo 91:11 encontramos outra promessa maravilhosa: “Porque a Seus anjos dará
ordem a teu respeito para te guardarem em todos os teus caminhos”. Que pensamentos maravilhosos! Saber que não
estamos sozinhos! Ter a certeza de que um anjo nos acompanha nos momentos em
que mais necessitamos de amparo e proteção!
Os anjos também conservam um registro de todas as ações
humanas. Daniel, no capítulo7, versículo 10, registra uma cena relativa ao
juízo que Deus exerce para com os habitantes da Terra. Descreve a existência de
livros onde estão anotadas todas as nossas ações.
Eles anotam com impressionante exatidão todas as
atividades dos filhos dos homens. Todo empenho positivo, todo esforço no
sentido do bem, seja em palavras ou atos é registrado nos livros do céu.
Igualmente preciso, é o registro que contém as más palavras, os atos egoístas,
as ações pecaminosas.
Desta maneira, tudo aquilo que realizamos ou deixamos de
realizar, se acha registrado nos livros celestiais. E quando Deus trouxer à luz
todas as obras para serem julgadas, os livros serão abertos, e tudo o que
estiver ali registrado testemunhará para a vida ou para a morte.
Outra boa notícia da Bíblia sobre os anjos é que eles
acompanharão Jesus em Sua volta. Quando Jesus retornar a esta terra, para dar a
cada um a recompensa segundo suas obras, virá na companhia de todos os Seus
anjos. Mateus 24:31 e 25:31 falam a esse respeito.
Caberá aos anjos ajuntar os escolhidos de Deus, os salvos
de todos os tempos, para que possam encontrar o Senhor nos ares e receber o
prêmio da vida eterna.
Nessa oportunidade, acontecerá uma das mais comoventes e
emocionantes cenas. Os anjos devolverão aos pais os seus pequeninos que um dia
morreram. Agora são devolvidos cheios de vida e em perfeito estado. Você, prezado ouvinte, que já teve que sofrer
a dor aguda da perda de um filhinho, não se desespere. Prepare-se e permaneça
fiel a Deus e esta promessa se cumprirá em sua vida. O profeta Zacarias, no
capítulo 8:5 escreveu que as ruas da Nova Jerusalém “se encherão de meninos e
meninas, que nelas brincarão.”
Outro lance de grande emoção será poder conhecer o nosso
anjo da guarda. Desde o dia que fomos gerados, Deus destacou um anjo para nos
acompanhar. De quantos perigos nos terá livrado! Quantas tentações suportadas
com sua ajuda! Aquele que vigiou os
passos e cobriu nossa cabeça nos momentos de dificuldade e que esteve ao lado
no vale da sombra da morte, assinala o lugar da sepultura e será o primeiro a
nos saudar na manhã da ressurreição!
Que fortes emoções despertarão conhecer face a face este
querido amigo de todas as horas, o nosso anjo da guarda. Quantas horas
passaremos em sua companhia, aprendendo do amor e cuidado de Deus e revelando
os mistérios de nossa própria vida até então para nós desconhecidos.
Louve a Deus pela existência dos anjos, colocados para
proteger cada um de nós.
O Senhor Jesus Cristo acabava de anunciar o Seu retorno
ao Céu e também o propósito de voltar à Terra segunda vez, para buscar Seus
filhos. Falando aos discípulos, afirmou: “E vós sabeis o caminho para onde eu
vou”. Então Tomé, sempre tardio para entender e tardio para crer, observou:
“Senhor, não sabemos para onde vais; como saber o caminho?” Tomé devia saber.
Jesus acabara de falar sobre isso. Mas o Mestre não quis deixar o discípulo
envergonhado pela falta de atenção e, acrescenta: “Eu Sou o caminho, e a
verdade, e a vida; ninguém vem ao Pai senão por Mim.” (João 14:1-6).
Amigo ouvinte, quando não sabemos, quando não entendemos,
devemos dizer ou perguntar a Deus. Tomé fez isso. Ele devia saber para o
Salvador ia, mas idéias preconcebidas o impediram de entender. Tomé, porém, era
sincero. Pediu esclarecimentos e Jesus deu. A Bíblia diz: “Se, porém, algum de
vós necessita de sabedoria, peça-a a Deus, que a todos dá liberalmente, e nada
nega; peça-a a Deus, e ser-lhe-á concedida” (Tiago 1:5).
Na resposta de Cristo a Tomé vemos uma indireta indicação
de que há no coração do homem um anelo por Deus. Todos nós, na verdade, temos
consciência de estar mais ou menos distanciados do celeste Pai, pelo pecado. E
lá no fundo do coração, temos o desejo de nos aproximar dEle, de nos
relacionarmos com Ele, de alcançarmos Seu favor, de estarmos seguros nEle.
Aos que querem ir a Deus, Jesus diz: “Eu sou o caminho”.
Ele é a ligação entre o céu e a terra. Com a Sua humanidade Ele toca a terra,
com a Sua divindade, toca o céu. Jesus Cristo é a mística escada do sonho de
Jacó, pela qual Deus chega até nós e nós até Deus.
As palavras de Jesus: “Eu Sou o Caminho, e a verdade e a
vida” evidentemente constituem um só pensamento. O ponto principal é a
declaração: “Eu sou o caminho”. As
outras duas: “Eu sou... a verdade” e “Eu sou... a vida”, nos dão o porquê de
Ele ser o caminho.
Primeiramente, por ser Jesus a verdade, Ele é o Caminho para
o conhecimento de Deus. Deus Se revela pela natureza e pelas Escrituras. Mas de
modo especial pelo Senhor Jesus Cristo. O apóstolo Paulo diz que em Cristo
“habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Colossenses 2:9). A
Bíblia também declara que Ele é “a expressão exata do Seu ser”, isto é, a
expressa imagem de Deus (Hebreus 1:3). E Jesus mesmo disse: “Quem vê a Mim, vê
o Pai” (João 14:9). Jesus Cristo não era mero comunicador da verdade, mero
porta-voz dela. Ele próprio era a verdade a respeito de Deus.
A outra frase complementar “Eu Sou... a vida” aponta
Jesus como Espírito vivificador, que
comunica vida. As Escrituras falam do homem como espiritualmente morto em
pecado (Efésios 2:1). De nada vale abrir
um caminho para Deus, pela revelação de Deus, para homens que estão mortos.
Jesus declara: “Eu Sou... a vida”- a fonte da vida. “A
vida estava nEle”, diz João, “e a vida era a luz dos homens” (João 1:4). Jesus
possuía vida original, não emprestada.
Por isso pôde dizer aos judeus, logo após curar o
paralítico que estava junto ao poço de Betesda: “Em verdade, em verdade vos
digo que vem a hora, e já chegou, em que os mortos ouvirão a voz do Filho de
Deus; e os que a ouvirem viverão” (João 5:25).
Por incrível que pareça, a vida de Cristo foi posta ao
nosso alcance pela Sua morte. Usando uma ilustração da natureza, Jesus disse:
“Se o grão de trigo, caindo na terra, não morrer, fica ele só; mas se morrer,
produz muito fruto” (João 12:24). Houvesse Jesus preferido preferir preservar
Sua vida, teria ficado só. Mas porque deu a vida pelos pecadores, possibilitou
vasta colheita de homens e mulheres para a vida eterna.
Pela morte de Jesus, Ele expiou – pagou a culpa – de
nossos pecados, sofreu a pena deles e pôs a vida ao nosso alcance. Pedro
escreveu: “Pois também Cristo morreu, uma única vez, pelos pecados, o justo
pelos injustos, para conduzir-vos a Deus” (I Pedro 3:18).
Amigo ouvinte, Cristo é o caminho para o mundo, para a
raça humana. Os técnicos pedem conhecimento para resolver os problemas da
humanidade. O conhecimento tem dobrado,
quase de ano para ano, mas dobram também os problemas. O conhecimento adquirido
pelo mundo é da natureza errada, que não
reconhece a Deus, não tem lugar para Cristo. E Cristo é o caminho.
Governos e empresas privadas criaram grandes riquezas em
países da Europa e América. Mas não encontraram remédio para a escalada do
crime e da corrupção moral. O remédio, o caminho é Cristo.
O homem busca as mais diferentes formas de resolver seus
problemas, preencher o vazio do coração. Mas não adianta. O vazio continua
grande. E, por incrível que pareça, o tamanho desse vazio só pode ser
preenchido por Jesus.
É isso que está acontecendo com você? Nada o satisfaz? Os problemas aumentam em
lugar de serem resolvidos?
Vá a Jesus agora. Em Cristo terás Deus como Ele é. E
terás a vida de Deus – perfeita, justa, feliz, eterna. Vida que nos une a Deus,
que nos qualifica para a atmosfera do céu.
“... Por que estais olhando para as alturas?” Estas palavras dos anjos de Deus aos onze apóstolos,
por ocasião da ascensão de Cristo, descrevem a atitude do povo de Deus em todos
os tempos. Os discípulos tinham os olhos no Céu porque ali penetrava o Senhor
que aguardariam. A segunda vinda de Cristo e o reino que Ele virá fundar eram a
sua esperança. Essa foi a esperança dos filhos de Deus nos tempos do Velho
Testamento. Enoque, Jó e o rei Davi contemplaram o grande dia e se consolaram
nele. Isaías escreveu: “Naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em
quem esperávamos, e Ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos, na
sua salvação exultaremos e nos alegraremos” (Isaías 25:9). O apóstolo Paulo, no
Novo Testamento, chama a segunda vinda de Cristo de “a bendita esperança” (Tito
2:13). E da sua prisão em Roma, esperando a sentença de morte, escreveu sua
última carta expressando a certeza de que o supremo bem da vida eterna lhe
seria concedido “naquele dia” – o dia em que Jesus voltar (II Timóteo 4:8).
A esperança da volta de Cristo foi igualmente preciosa
aos cristãos dos primeiros séculos. Ela foi incorporada nos grandes credos
produzidos nos primeiros cinco séculos da era cristã – o Credo dos apóstolos, o
Credo de Nicéia e o Credo de Atanásio. O fato de que esses credos são chamados
ecumênicos, porque aceitos por quase toda a cristandade, mostra que a esperança
da segunda vinda é preciosa aos corações dos cristãos em geral.
Mas, se a esperança da segunda vinda de Cristo recebeu
tão grande ênfase nos primeiros séculos da existência da igreja, por que lhe
damos tão pouco destaque hoje? Temos nós outro sol que ilumina o futuro?
A doutrina da volta de Cristo e do Seu reino tem um
sólido fundamento. Ela é um dos mais claros ensinos das Escrituras. Só no Novo
Testamento é mencionada mais de trezentas vezes e, em toda a Bíblia, cerca de
duas mil e quinhentas vezes.
A volta de Jesus é a nota tônica, principal da Bíblia.
Quão clara e consoladora é a promessa do próprio Senhor, feita um pouco antes
da Sua volta para o céu: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede
também em mim. Na casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu
vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar, voltarei e vos receberei para
mim mesmo, para que onde eu estou estejais vós também” (João 14:1-3).
Na Sua primeira vinda o Filho de Deus Se manifestou como
frágil criança. Ele era a Divindade descendo ao nível do homem para poder
erguer o homem. Na Sua segunda vinda Ele Se manifestará como Rei dos reis e
Senhor dos senhores. A majestade divina que Ele então ocultou, para poder
tratar com o homem, será manifestada quando voltar. A Sua glória será vista.
“Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; todos os povos da terra se
lamentarão e verão o Filho do homem vindo sobre as nuvens do Céu com poder e
muita glória” (Mateus 24:30). A segunda vinda de Jesus será o mais glorioso e o
mais tremendo acontecimento da História. Ninguém na Terra deixará de Vê-Lo. O
apóstolo João escreveu: “Eis que vem com as nuvens, e todo olho o verá”
(Apocalipse 1:7).
Mas por que a segunda vinda de Cristo assim preciosa aos
cristãos? Porque só ao voltar o Senhor terminará Ele a obra que começou em prol
do homem. A Sua primeira vinda trouxe um bem espiritual de valor inestimável:
ela pôs ao alcance do homem pecador o perdão de Deus e a libertação da tirania
do pecado. Deu-nos também uma esperança gloriosa. Mas os filhos de Deus
continuem em terra inimiga, sujeitos às injustiças de um mundo hostil ao bem,
sujeitos à dor, ao sofrimento e à morte. É ao voltar Jesus que a plenitude dos
bens do céu serão dada aos salvos.
Na volta de Cristo o reino do Mal será destruído. A
manifestação do Senhor em glória e majestade corresponderá ao ato do arremesso
da pedra referida na profecia de Daniel, capítulo dois. Como a pedra esmiuçou a
estátua simbólica do mundo, a segunda vinda de Cristo, iniciando o reino de
Deus, destruirá os reinos do pecado. Pedro escreveu: “Mas o dia do Senhor, virá
como o ladrão de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os
elementos, ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se
queimarão” (II Pedro 3:10). Os males do mundo não continuarão para sempre. Eles
terão fim quando Jesus voltar.
Na segunda vinda de Cristo os justos mortos
ressuscitarão. Através da largura e comprimento da Terra soará a voz do Doador
da vida, ordenando: “... despertai... os que habitais no pó” (Isaías 26:19). E os filhos de Deus de todos
os tempos se erguerão das tumbas para a vida imortal. Que dia aquele, amigo
ouvinte! Quem de nós não chora algum ente querido? Mas o cristão tem esperança. O Salvador virá
para reclamar os Seus. Paulo escreveu: “Não queremos, porém, irmãos, que sejais
ignorantes com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os
demais, que não tem esperança...
Porquanto o Senhor mesmo, dada a Sua palavra de ordem,
ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro” (I Tessalonicenses 4:13 e 16). E
acrescenta: “Consolai-vos, uns aos outros com estas palavras” (versículo 18). A
ressurreição dos mortos é o consolo do Céu para o mal da perda de entes
queridos. Ela é a esperança que temos diante da morte.
Na segunda vinda de Cristo os justos vivos serão
transformados. “Nem todos dormiremos”, escreveu Paulo, “mas transformados
seremos todos, num momento, num abrir e fechar de olhos, ao ressoar da última
trombeta. A trombeta soará, os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós
seremos transformados” (I Coríntios 15:51 e 52). Subitamente os filhos de Deus que não
provaram a morte verão desaparecer os seus defeitos físicos. “Então se abrirão
os olhos dos cegos, e se desimpedirão os ouvidos dos surdos; os coxos saltarão
como cervos, e a língua dos mudos cantará” (Isaías 35:5 e 6).
Amigo ouvinte, o dia de Jesus voltar está chegando. Está
você preparado para esse grande encontro?
Quão amargo seria perder o bem
dos bens – a bem-aventurança eterna! Receba a Jesus em teu coração e tenha
certeza que “todo aquele que nEle crê, não perece, mas tem a vida eterna” (João
3:16).
Sabemos, pela Bíblia, que Jesus voltará em breve a este
planeta para buscar os salvos de todos os tempos e implantar Seu reino.
No programa de hoje quero falar sobre esse reino. Onde
será ele estabelecido? Que espécie de súditos terá? Que condições existirão
nele?
Vale lembrar, porém, que o que quer que cheguemos a saber
do reino celeste, o que quer que a seu respeito imaginemos, ele será tremenda
surpresa. A Bíblia garante: “Nem olhos viram, nem ouvidos ouviram, nem jamais
penetrou em coração humano o que Deus tem preparado para aqueles que O amam” (I
Coríntios 2:9). Estas palavras se referem às bênçãos especiais que Deus nos
quer dar na presente vida; mas também ao futuro que Ele vai criar – ao amanhã
de Deus.
Mas, onde será o reino de Deus estabelecido? A Bíblia
ensina que será fundado nesta Terra. Deus fez a Terra para ser habitada, para
ser um reino de justiça. Satanás introduziu o pecado e temporariamente frustrou
o intento divino. Mas o plano do Céu será por fim executado. Foi com isso em
mente que Jesus disse: “Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra”
(Mateus 5:5).
O programa de Deus para o mundo arruinado pela ação do
Mal está contido nas palavras: “Eis que faço novas todas as coisas” (Apocalipse
21:5). O planeta em que vivemos será renovado. Sofrerá a ação do fogo
purificador. O apóstolo Pedro escreveu: “Mas o dia do Senhor virá como ladrão
de noite; no qual os céus passarão com grande estrondo, e os elementos,
ardendo, se desfarão, e a terra, e as obras que nela há, se queimarão” (II
Pedro 3:10). O fogo de Deus destruirá tudo o que nasceu do pecado: os pecadores
não arrependidos, as obras do homem, os animais bravios e os animais venenosos,
os germes causadores de doenças, as plantas tóxicas, os espinhos e abrolhos.
Purificada a Terra das obras do Mal, Deus lhes dará outra
vez a beleza e as condições que ela teve a princípio.
Que espécie de súditos terá o reino celestial? O plano de
Deus de fazer novas todas as coisas envolve a criação de uma nova raça – de
novos homens e mulheres, novos no sentido de qualidade.
Os habitantes desse novo mundo serão novos no sentido
físico. “Os mortos ressuscitarão incorruptíveis”, escreveu o apóstolo Paulo em
I aos Coríntios 15:52. Eles se erguerão das tumbas com corpos sem defeito,
imortais. Quanto aos que estiverem vivos quando o Salvador voltar, dos salvos,
a Escritura diz que serão transformados, “num momento, num abrir e fechar de
olhos”. Desaparecerão os sinais da velhice nos idosos, desaparecerão todos os
defeitos físicos (Isaías 35:5 e 6). Sobre o novo corpo que Deus vai lhes dar a
doença não terá poder. “E morador nenhum dirá: estou enfermo” (Isaías 33:24).
Eles terão corpos imortais, assim “a morte já não existirá, já não haverá luto,
nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram” (Apocalipse 21:4).
Que mundo esse, que Deus vai criar! Não mais portas
trancadas, não mais firmas reconhecidas, não mais violência, não mais
injustiças, não mais guerras! “Não se fará mal nem dano algum em todo o meu
santo monte, porque a terra se encherá do conhecimento do Senhor, como as águas
cobrem o mar” (Isaías 11:9).
E o que farão os salvos?
Alguns imaginam os herdeiros do reino sentados sobre nuvens rosadas,
tocando harpa incessantemente. Se isso fosse verdade, morar nesse lugar seria
algo muito cansativo. Mas a verdade é outra. Na Nova Terra, como aqui,
atividade física, intelectual e espiritual existirão, sim. “Eles edificarão
casas, e nelas habitarão; plantarão vinhas, e comerão o seu fruto. Não
edificarão para que outros habitem; não plantarão para que outros comam; porque
a longevidade do meu povo será como a da árvore, e os meus eleitos desfrutarão
de todo obras das suas próprias mãos” (Isaías 65:21 e 22). Haverá oportunidade
de estudarmos o mundo natural, com suas inumeráveis maravilhas. E haverá o
crescimento e cultivo espiritual, pelo contato com o próprio Rei do Universo.
“de uma lua nova à outra (de mês em mês), e de um sábado a outro
(semanalmente), virá toda a carne a adorar perante Mim, diz o Senhor” (Isaías
66:23).
No amanhã de Deus haverá crescimento constante da mente e
da alma. “... os mais grandiosos empreendimentos poderão ser levados avante,
alcançadas as mais elevadas aspirações, as mais altas ambições realizadas; e
surgirão ainda novas alturas a atingir, novas maravilhas a admirar, novas
verdades a compreender, novos objetivos a aguçar as faculdades do espírito, da
alma e do corpo.” (GC, p. 730).
Um outro detalhe importante desse novo reino de Deus será
a alegria eterna que jamais desaparecerá (Isaías 35:10). “Assim como o
conhecimento é progressivo, também o amor, a reverência e a felicidade
aumentarão. Quanto mais aprendem os homens de Deus, mais Lhe admiram o caráter.
Ao Jesus revelar aos salvos as riquezas da redenção e os estupendos feitos do
grande conflito com Satanás, a alma dos resgatados vibrará com mais fervorosa
devoção, e com mais arrebatadora alegria dedilharão as harpas de ouro; e milhares
de milhares, e milhões de milhões de vozes se unem para avolumar o potente coro
de louvor. ‘E ouvi a toda a criatura que está no Céu, e na Terra, e debaixo da
Terra, e que está no mar, e a todas as
coisas que neles há, dizer: Ao que está assentado sobre o trono, e ao
Cordeiro, sejam dadas ações de graças, honra, e glória e poder para todo o
sempre’ Apocalipse 5:13” (e CG p. 730 e 731).
Amigo ouvinte, há um lugar para você nesse reino. Jesus
morreu para que estejas lá. Não desapontes o divino Amigo. Lembre que há
alegria no céu por um pecador que se arrepende e toma a decisão de se preparar
para o reino glorioso do Messias.
O
Senhor Jesus Cristo esteve aqui há vinte séculos. Cumprindo profecias do Velho Testamento,
Ele nasceu em Belém da Judéia, cresceu como qualquer outro menino, até se
tornar Homem; trouxe bênçãos a milhares, pelo Seu ministério. E antes, como
também depois da crucifixão e ressurreição, declarou que voltará.
Que
tesouro espiritual nós temos nas palavras que Ele proferiu, já sob a sombra da
cruz: “Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em Mim. Na
casa de Meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, Eu
vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E
quando Eu for, e vos preparar lugar, voltarei e vos levarei para Mim mesmo,
para que onde eu estou estejais vós também” (João 14:1-3).
Jesus
falou da Sua volta nos Seus sermões e também nas Suas
parábolas. Uma delas, a das dez virgens, relatada em Mateus 25:1-13: “Dez
virgens pegaram suas candeia e saíram para se
encontrar com o noivo. Cinco delas eram insensatas, e cinco eram prudentes. As
insensatas pegaram suas candeias, mas não levaram óleo. As prudentes, porém,
levaram óleo em vasilhas, junto com suas candeias. O noivo demorou a chegar, e
todas ficaram com sono e adormeceram. À meia-noite, ouviu-se um grito: O noivo
se aproxima! Saiam para encontra-lo!”
Então
todas as virgens acordaram e prepararam suas candeias. As insensatas disseram
às prudentes: Dêem-nos um pouco do seu óleo, pois as
nossas candeias estão se apagando! Elas responderam: Não, pois pode ser que não
haja suficiente para nós e para vocês. Vão comprar óleo para vocês. E saindo
para comprar o óleo, chegou o noivo. As virgens que estavam preparadas entraram
com ele para o banquete nupcial. E a porta foi fechada. Mais tarde vieram
também as outras e disseram: Senhor, Senhor! Abra a porta para nós! Mas ele
respondeu: A verdade é que não as conheço!
Portanto, vigiem, porque não sabem o dia nem a hora!”
Esta
história contada por Jesus deve nos fazer pensar. Ela focaliza a preparação
pessoal para a volta de Cristo. Revela que essa volta será aparentemente
retardada. Proclama a necessidade de recebermos o Espírito Santo, a fim de
estar preparados para a Segunda vinda. Nas Escrituras, o azeite, ou óleo é com freqüência empregado como símbolo do Espírito Santo. As
cinco virgens prudentes tinham um suprimento de azeite e as outras não tinham.
Na hora mais escura da noite ouviu-se o grito: “Eis o noivo!”, mas as virgens
néscias não tinham azeite. As suas lâmpadas se apagaram e não lhes foi dado ter
parte na recepção do noivo.
Que
lição para nós nesta hora mais escura da História! A mensagem da volta de
Cristo soa em todas as partes da Terra. Mas só aqueles cujas lâmpadas estiverem
acesas, só os que forem fortes na fé, só os que estiverem cheios de esperança e
confiança, virtudes recebidas do Espírito Santo, estarão preparados para aquele
dia.
Note
que nessa parábola só as que estava preparadas tiveram permissão de entrar na
festa, e quando entraram fechou-se a porta. As outras vieram e quiseram entrar,
mas a entrada lhes foi recusada. A porta estava fechada. E fez-se a grande
separação.
“E
fechou-se a porta”. Pense, amigo ouvinte, nessas palavras: “E fechou-se a
porta”. A porta está aberta agora, mas será fechada um dia.
Passemos
agora a outra parábola de Jesus. “Mas a respeito daquele dia ou da hora ninguém
sabe; nem os anjos no céu, nem o Filho, senão somente o Pai. Estai de
sobreaviso, vigiai; porque não sabeis quando será o tempo. É como se um homem,
ausentando-se do país, deixa a sua casa, dá autoridade aos seus servos, a cada
um a sua obrigação, e ao porteiro ordena que vigie.
Vigiai, pois, porque não sabeis quando virá o dono da casa; se à tarde, se à
meia-noite, se ao cantar do galo, se pela manhã. Para que, vindo ele
inesperadamente, não vos ache dormindo. O que, porém, vos digo, digo a todos:
Vigiai!” (Marcos 13:32 a 37).
Novamente
temos outra afirmação de que Jesus voltará. O Salvador saiu do mundo como
alguém que empreende uma longa viagem. Deu autoridade aos Seus servos para
fazerem a Sua obra na Terra. A cada pessoa deu a sua tarefa particular. Todos,
consequentemente, temos a responsabilidade de trabalhar para ele. Perceba que
um dos mais importantes mandamentos que o Senhor nos deu ao partir foi o de
vigiarmos, de estarmos alerta, pois não sabemos quando Ele virá. Devemos, pois,
estar sempre preparados, para não sermos achados dormindo. O grande ensino
desta parábola é que devemos estar em atitude de vigilância. Manter a
expectativa constante! Ele voltará!
Amigo
ouvinte, nós necessitamos esta gloriosa verdade, a bem-aventurada esperança da
segunda vinda de Cristo. A vida não é completa sem ela. Se estamos vigiando, se
estamos preparados, veremos “o Filho do homem vir nas nuvens, com poder e
glória” (Marcos 13:26).
A
rainha Vitória, que ocupou o trono da Inglaterra por mais de 60 anos, era uma
cristã fervorosa. Ela amava não apenas a cruz de Cristo, mas também a gloriosa
promessa de Jesus de voltar ao mundo. Certa ocasião, ela ouviu um de seus
capelães pregar sobre a vinda de Cristo. A rainha ouviu o sermão com vivo
interesse e, após o culto, disse ao pregador: “Gostaria que Jesus viesse
durante a minha vida!” “Por que vossa
Majestade tem esse desejo?”, indagou o capelão. Com lábios trêmulos e o rosto
iluminado por profunda emoção, ela respondeu: “Oh, quanto gostaria de depor
minha coroa a Seus pés!”
Amigo
ouvinte, todos nós cristãos deveríamos pensar na volta do Senhor. Deveríamos
desejar vê-Lo vir, e desejar pôr a Seus pés o que temos, dando-Lhe graças pelo
que fez por nós. Deveríamos vigiar, sim e aguardar Jesus.
Como
os filhos e a mãe anelam a volta do pai e marido ausente, como se alegram
quando ele chega, como correm ao seu encontro para o abraçar, assim deveríamos
nós estar esperando, vigiando, anelando a volta do Senhor, observando os sinais
dos tempos e como que olhando pela janela do mundo. Então, ao raiar a manhã e o
céu do nascente resplandecer com a radiante glória do
Seu aparecimento, poderemos exultar de alegria e sair ao Seu encontro. “Naquele
dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e Ele nos
salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos; na Sua salvação exultaremos e
nos alegraremos” (Isaías
25:9).