A VOZ DA PROFECIA – Neumoel Stina
52 O HOMEM ESCOLHEU SEU CAMINHO
64 RESOLVENDO O ENIGMA DA MORTE
66 RECONHECENDO QUE SOMOS CARENTES
69 À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS
72 FÉ ARREPENDIMENTO E CONFISSÃO
74 HUMILDADE CAMINHO DA GLÓRIA
51
A VOZ DE AMOR
Neumoel Stina
Quando a Trindade organizou o
plano da criação deste mundo, um fato interessantíssimo marcou a reunião.
Aparentemente ali ficou decidido que Jesus seria o agente direto da Criação.
Ele deve ter insistido com o Pai
para que o fizesse. Mas o Pai deve ter dito: Faça você Filho. Provavelmente o
filho tenha dito ao Espírito Santo: Faça Você. O Espírito disse Você fala e Eu
vou ajudar, vou pairar sobre as águas,
fico ao Seu lado.
Cada ordem dada por Jesus
Cristo produzia exatamente como Ele
queria e o Pai também estava ao Seu lado e O aplaudia testemunhando: Muito bem
Filho, eis que está muito bom.
Em Hebreus 1:2 ha uma clara informação bíblica confirmando a Jesus como o
Agente da Criação, referindo-se ao Filho a quem o Pai constituiu herdeiro de todas as coisas, pelo qual também fez o universo.
A princípio Deus Se comunicava
pessoalmente com o homem. Depois que o pecado desmanchou a beleza, a harmonia e
a felicidade, o Senhor não abandonou o ser humano, mas fez provisões para
salvá-lo daquela desgraça.
No momento mais pungente e
triste, quando Adão e Eva, expulsos do belíssimo Jardim do Éden, quando já
pensavam que estavam perdidos para sempre, Deus em Sua infinita misericórdia
enviou-lhes uma Profecia para lhes trazer o alento de uma esperança. A promessa
de que poderiam outra vez sonhar com a felicidade que haviam perdido.
Essa Profecia garantia aos
mortais pecadores a esperança da vida registrada em Gênesis 3:15. O Redentor
que fora o próprio Agente da Criação viria morrer em lugar do ser humano,
esmagando a cabeça da serpente chamada Satanás.
A serpente entretanto antes de
ser esmagada feriria o calcanhar que a pisava. A Profecia estava preconizando a
morte de Nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo, que nos trouxe a promessa da
Salvação.
A Profecia e o amor de Deus
revelam aos sofredores que um dia as coisas irão mudar. Haverá então, uma
virada total e completa.
Há vários exemplos desse amor de
Deus em toda a Escritura Sagrada. Quando Hagar escrava de Abraão, também foi
expulsa de casa junto com o pequeno Ismael, veio a Voz do Senhor predizendo que
o menino não iria morrer mas Deus faria dele um grande povo. Gênesis 21:18
Assim, Deus Se aproxima dos sofredores,
dos discriminados e sofridos, trazendo-lhes ânimo e esperança.
Quando José estava preso
injustamente no Egito, a Voz de Deus
também o sustentou. Quando enfrentava os
dias sombrios nas masmorras da penitenciária egípcia, a previsão de Deus que
Ele iria dar uma virada em sua vida, encheu o rapaz com ânimo para enfrentar as
durezas do cárcere.
O
Senhor cumpriu o que havia profetizado e José se tornou a segunda pessoa
mais importante do Egito, reverenciado até pelos irmãos que o tinham
espezinhado e vendido.
Amigos, a Voz de Deus não falha.
Tudo o que está na Santa Bíblia é uma
segurança fundamental para que em nossas
fragilidades humanas não fiquemos confusos e perdidos à margem da História, sem
saber as coisas que estão ocorrendo e o seu significado.
Amigo, você pode até estar
combatendo contra Deus, mas o Seu amor é capaz de lhe transformar.
Saulo é um exemplo clássico.
Pertencia a uma igreja grande, antiga, tradicional e combatia ferozmente a
iniciante igreja cristã. Chegou a compor a equipe de assassinos que pretendia
aniquilar a chamada seita dos nazarenos.
Estava a ponto de matar por
motivos religiosos equivocados. E Deus
em vez de matá-lo, vingando-se dele, decidiu dar-lhe uma chance. Enviou uma
Voz, a Voz de Cristo na estrada de Damasco.
“Ele respondeu: Quem és
Senhor? Eu sou Jesus a quem tu
persegues, mas levanta-te e entra na cidade, onde te dirão o que te convém
fazer.” Atos 9:5, 6.
E quando os fiéis reclamaram com
o Senhor de que ele era um elemento perigoso, inimigo da igreja, o Senhor mais
uma vez em Seu grande amor, usou Sua Voz, dizendo: “Recebe-o porque este e para
mim um instrumento escolhido para levar o Meu Nome perante os gentios e os reis
da terra, bem como perante os filhos de Israel.” Atos 9:15
Amigo, Deus tem um amor muito
grande por você. Não importa como esteja vivendo. Pode até estar combatendo a
Sua Igreja. O importante é que o amor de Deus é incondicional e já decidiu
dar-lhe essa oportunidade de rever a sua vida e dar-lhe justamente a bênção de
que está precisando.
Filho, abra os seus ouvidos à Voz
de Deus. Diga como Paulo: Senhor que
queres que eu faca? Não duvide e com toda certeza as
mesmas bênçãos virão para ajudá-lo a ser transformado por Seu poder.
E um dia você também vai chegar
ao Lar Celestial.
52
O HOMEM ESCOLHEU SEU CAMINHO
Neumoel Stina
Quando Deus criou o homem, Deus o
criou como um ser livre. A capacidade de escolha foi concedida à humanidade a
fim de que o homem pudesse desenvolver o seu caráter.
Se não fosse assim, o homem seria
como uma máquina, um robô. Possuindo livre arbítrio, nossos primeiros pais
tiveram a oportunidade de exercer a faculdade da escolha, quanto a aceitarem e
obedecerem o plano de Deus, ou não.
A vida de Adão e Eva não era
ociosa no Paraíso. Diz o relato bíblico que “Deus pôs o homem no Jardim do Éden para o lavrar e
guardar.” Gênesis 2:15.
Os animais também receberam nomes
dados pôr Adão. Assim eles estavam envolvidos com as atividades normais da
vida, e viviam felizes no seu relacionamento mútuo, bem como no seu
relacionamento com Deus.
Deus deu orientações a respeito da escolha. A
Bíblia nos diz: “De toda árvore do
jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não
comerás; porque no dia em que dela comerdes, certamente morrerás.” Gênesis 2:16
e 17.
Esta orientação nos indica que Deus se
comunicava diretamente, face a face, com Adão e Eva. Serve-nos de base também
para concluir que o Senhor tomava tempo para instruir pessoalmente o santo par.
Não erramos em afirmar que Deus
lhes contou a história da rebelião ocorrida no Céu e que eles não estavam
livres da presença do tentador. Mas, se desejassem, poderiam seguir fiéis e leais ao Criador. Enquanto quisessem, seriam felizes e
permaneceriam livres das consequências
do pecado.
As Escrituras Sagradas nos trazem
o triste registro de como Adão e Eva cederam as insinuações de Satanás. Está
relatado no livro de Gênesis, capítulo 3, nos versos de
Muitas pessoas incrédulas tem
zombado da maneira como a Bíblia trata e apresenta esse assunto. Ele é muito
mais abrangente do que o simples comer um fruto proibido.
Percebemos em todos os
aspectos a perfeita harmonia de caráter
de um Deus que é plenamente Santo e plenamente justo.
Sendo o homem livre, e existindo
o pecado, era necessário que Adão e Eva, por sua própria escolha, manifestassem
o desejo de serem fiéis a Deus ou não. Houvesse Deus estabelecido uma prova
difícil e todos o julgariam tirano e arbitrário.
Escolhendo Deus uma única árvore,
num lugar onde havia tantas outras e com tanta variedade de frutos, mostrou Sua
bondade, simpatia e misericórdia para com o par inocente.
E muito mais do que ter comido um
fruto, Adão e Eva, com esta atitude, revelaram acreditar mais na palavras da
serpente, que até então não havia falado, do que nas palavras de Deus.
O problema central da queda do
homem foi a desconfiança, a falta de fé nas orientações de Deus. A serpente,
que foi usada como médium por Satanás, apresentou-lhes uma outra versão dos
resultados de se comer daquele fruto.
E entre crer na palavra do
Criador, e crer nas palavras da serpente, Adão e Eva escolheram as palavras da
serpente. Que tragédia!
Deus disse que haveriam de
morrer. Satanás afirmou que não morreriam. Adão e Eva não morreram imediatamnete. Mas tão logo pecaram iniciou-se um processo
de morte na natureza humana e em toda a criação.
O pecado trouxe separação entre
Deus e o homem. O profeta Isaías
menciona que são os nossos pecados que fazem separação entre nós e nosso
Deus. Isaías 59:2.
Sendo o homem criado perfeito,
puro santo, sem nenhuma inclinação para o mal, esta natureza foi manchada e
corrompida. Após o pecado, o homem passou a ter uma natureza dividida entre o
bem e o mal.
Perdeu a capacidade natural de
fazer o bem e obedecer a Deus embora tenha restado algo em si da imagem de Deus
com que foi criado. A natureza do homem tornou-se má, egoísta, sem capacidade
de resistir ao mal por si só. Sua vontade e desejos tornaram-se pecaminosos.
Quando Deus criou o homem,
deu-lhe amplo domínio sobre toda a natureza. Gênesis 1:26. Após o pecado, o
homem perdeu esse domínio.
Satanás levando o homem ao pecado, usurpou-lhe esse
direito. Em II Coríntios 4:4, lemos que Satanás é chamado o deus deste século.
Na própria natureza vemos a realidade da existência do bem e do
mal. Nela vemos simetria, beleza, encantamentos
mil. Mas vemos também a destruição que o pecado impôs à perfeição criada
por Deus.
O apóstolo Paulo define este
assunto muito bem, na carta aos Romanos 8:22 - “Porque sabemos que toda criação
geme e está com dores de parto até agora.”
Mas a pior de todas as
consequências do pecado é a morte. Disse
Deus: “No suor do teu rosto comerás o teu pão, até que te tornes à terra;
porque dela foste formada, porquanto és pó, e em pó te tornarás.” Gênesis 3:19
O apóstolo Paulo confirmou esta
sentença quando afirmou - “O salário do pecado é a morte” Romanos 6:23. Deus é
o autor e o doador da vida. Pelo poder que emana de Deus todos os seres vivos
são conservados com vida. Quando o homem pecou, automaticamente ficou separado
de Deus e naquele mesmo momento começou a morrer.
Todos nós nos tornamos pecadores
também. Muitas pessoas pensam que pecadores são aqueles que praticam pecados ou
más ações. Isto está certo, mas não revela a outra face do assunto.
Paulo na mesma carta aos Romanos
diz o seguinte: “Portanto, assim como por meio de um só homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os homens
porque todos pecaram.” Romanos 5:12
Deus em seu infinito amor
arquitetou um plano maravilhoso. Certamente que o salário do pecado é a morte.
Mas, Jesus o dom da vida, veio ao mundo para que pudéssemos ter novamente a vida que Deus planejou para
cada ser humano.
O sacrifício de Cristo na cruz do
Calvário possibilitou nossa entrada para a eternidade. Ainda que venhamos a
morrer nesta vida, temos a promessa da ressurreição. Basta simplesmente aceitar
a Jesus como Salvador. E um dia, longe de todo mal, viveremos eternamente ao
lado de nosso Criador.
54
JESUS, NOSSO MEDIADOR
Neumoel Stina
Quando o pecado entrou no mundo,
as flores começaram a murchar, as folhas
cairam das árvores, e muitas outras mudanças
aconteceram. Começava o processo doloroso da morte e isso causou uma tristeza
profunda no coração de Adão e Eva.
Um sentimento de angústia e
desespero ia tomando conta do jovem casal. Mas, Deus lhes apresentou um plano
belíssimo que restauraria a felicidade recém perdida.
Em vez de morrer o pecador,
morria em seu lugar um cordeiro inocente, que iria tipificar o Cordeiro de Deus
que tira o pecado do mundo.
Deus havia dito que se o homem
pecasse certamente morreria. O que Ele não contou é que Alguém pessoalmente
morreria para que o homem voltasse a ter a esperança da vida.
Assim o Grande Cordeiro de Deus
morreu no lugar da humanidade. Ressuscitou, subiu de volta ao Céu para aplicar
os benefícios da salvação a todos os que O aceitarem.
Ele Se torna o nosso Sacerdote
Mediador, entre as carências humanas e a Justiça Divina. Só que Deus o Pai
organizou este plano da redenção de tal
forma que o Seu Infinito Amor se
cumprisse em nós, sem manchar a Sua imaculada Justiça.
Assim meu querido ouvinte, Jesus,
O Senhor Justiça Nossa é o nosso competente Mediador, diante da gloriosa
Justiça de Deus. Que maravilhosa consolação. Somos representados no Céu. Nós
temos um Amigo na corte.
Como disse o apóstolo Paulo:
“Deus deseja que todos os homens sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento
da verdade. Porquanto, há um só Deus e um só Mediador entre Deus e os homens,
Cristo Jesus, homem.” I Timóteo 2:4, 5.
Assim, a santa justiça de Deus é
respeitada, e a nossa pecaminosidade socorrida. O Justo morre em nosso lugar.
Ele nos perdoa e nos justifica. É o Cordeiro e é também o Sumo Sacerdote. Desta
forma, o grande Amor de Deus fica satisfeito, sem que ninguém possa acusá-lo de
injustiça!
Bendito seja esse Maravilhoso
Deus que elaborou um plano com tanta misericórdia e tão correto perante todo o
Universo! Maravilha!
É por isso que nós podemos confessar
os nossos pecados e obter perdão imediato, quando pedimos em nome de Jesus.
Como diz a Bíblia: “Fiel é a Palavra e digna de toda aceitação, que Cristo
Jesus veio ao mundo para salvar os pecadores.” I Tim.1:15
Por isso a Bíblia diz que a
salvação e a libertação do pecado e da morte só são possíveis mediante Jesus
Cristo:
“E não há salvação em nenhum
outro. Porque abaixo do céu não existe nenhum outro nome, dado entre os homens,
pelo qual importa que sejamos salvos.” Atos 4:12
O nosso Salvador morreu não
apenas para nos livrar da nossa velha vida de
pecados, mas para nos erguer a
uma vida nova de obediência e fé. Este é o privilégio de todos aqueles que crêem e aceitam o Sacerdote Mediador.
Hoje nós O vemos pela fé, mas um
dia O veremos face a face. Que
esperança, que paz, que maravilhosa confiança nos dá, sabermos que o nosso Sumo Sacerdote está vivo
lá no Céu, sempre se lembrando de nós, representando-nos e cuidando de
nós.
Meu querido ouvinte. Desde o dia
em que eu O aceitei, isso foi uma enorme benção em minha vida. A Bíblia diz que Jesus morreu por mim, Ele
vive por mim no Céu agora e um dia Ele
virá para que eu esteja com Ele onde Ele
está.
Meu filho querido, porque sofrer
neste mundo de pecado, sozinho, sem esperança, lutando com suas próprias forças
insuficientes, frágeis? Entregue a Ele todos os seus problemas e
preocupações. Ele está lá no Céu olhando
para você agora. Você não está só.
Quando os problemas aumentarem e
as lutas da vida ameaçarem feio para o seu lado, saiba que o Senhor está perto
de você e lhe dará o auxílio exato...as forças necessárias para você superar
esses duros momentos. Olhe pela fé, e verá quanto carinho e amor Ele tem pra
dar, e a sua vida será uma benção ainda maior.
Venha receber mais bênçãos que
Ele lhe preparou. Venha estudar o Livro de Deus e você vai sentir aquela
Presença Maravilhosa ao Seu lado, ministrando constantemente por você.
55
O BATISMO
Neumoel Stina
O que representa o batismo?
Precisamos realmente passar pelas águas do batismo? No programa de hoje,
tiraremos algumas dúvidas quanto a este
assunto.
O batismo conhecido pelos cristão
de hoje deriva de João Batista, que foi enviado para preparar o caminho do
Salvador.
Veja o que diz a Palavra do Senhor: “Apareceu
João Batista no deserto, pregando batismo de arrependimento para remissão de
pecados. Saíam a ter com ele toda a província da Judéia e todos os habitantes
de Jerusalém; e, confessando os seus pecados, eram batizados por ele no rio
Jordão” Marcos 1:4 e 5
Mesmo havendo antecedentes no
Antigo Testamento, os quais João Batista certamente conhecia - lavagens,
purificações, rituais, e a história de Naamã - ele
ensinava que o batismo traria purificação espiritual, mais do que um mero
ritual ou purificação física. Ele pedia ao povo que revelasse por seu batismo
que haviam se arrependido.
O passo que ele lhes pedia para
tomarem era uma dramática tomada de posição, e aqueles por ele batizados sem
dúvida não davam tal passo levianamente.
O chamado de João para o batismo
indicava que uma drástica mudança era necessária para preparar o povo para a
vinda de Jesus.
Quando Jesus desceu ao rio Jordão
e pediu a João para batizá-lo (Mateus
3:13-15), ele depôs Seu selo de aprovação sobre a missão de João Batista e
assinalou o começo de Sua própria missão para salvar a humanidade.
Conquanto não necessitasse ser
purificado do pecado, como os demais, Jesus demonstrou que compreendia os
sentimentos de impureza e incapacidade comuns aos seres humanos.
Por seu batismo Ele indentificou-Se com o pecador em sua necessidade da justiça
divina e estabeleceu um exemplo a ser seguido pelos que se tornariam cristãos.
O pecador arrependido
identifica-se com Jesus mediante o ritual do batismo. Pela vida sem pecado
que Ele viveu, e por Sua morte em favor
dos pecadores, Jesus tornou sua justiça disponível a todos.
E, ao passar por uma simbólica
morte para o pecado, sepultamento nas águas batismais, e ressurreição para uma
nova vida em Jesus, um crente demonstra sua aceitação dessa justiça.
Para o cristão hoje, o batismo é
uma confissão pública de fé em Deus e
aceitação de Jesus como Salvador pessoal. (Atos 2:37 e 38; 16: 30-33)
Os candidatos para o batismo
devem ser integralmente instruídos na fé cristã e devem ter o entendimento
tanto prático quanto teórico da mesma. Por essa razão, o batismo infantil não é
apropriado.
Os jovens devem ser batizados
somente quando são suficientemente maduros para compreender o significado do
passo que estão dando. Isto é quando compreendem que Jesus é o Salvador pessoal.
A Bíblia ensina o batismo por
imersão, e uma das razões para essa crença, é que em Romanos e Colossenses,
Paulo compara o rito com a morte, sepultamento e ressurreição de Cristo.
(Romanos 6:1-6; Colossenses 2:12 e 13)
As ocorrências neotestamentárias
que apoiam o batismo por imersão incluem o batismo de Jesus e o batismo do etíope por Filipe, onde se
descreve ao descer à água e sair dela. (Mateus 3:16; Atos 8:38 e 39)
A própria palavra batismo deriva
da palavra grega baptisma, que significa imergir ou
mergulhar.
O batismo segue-se ao
arrependimento pelo pecado, sua confissão e afastamento dele. Envolve crer que
Cristo nos perdoou e que uma nova vida em Cristo, mediante o poder do Espírito
Santo, é a melhor forma de vida.
Além de levar o cristão a uma
relação mais rica e íntima com Deus, o batismo o põe num novo relacionamento
com a igreja de Cristo sobre a terra, e o leva também a participar de um grupo
de crentes conhecidos pelo amor que
sentem por Deus e uns pelos outros.
É a porta de entrada à comunhão
da igreja, bem como a porta do discipulado.
O batismo é um passo que não deve ser dado
levianamente, pois é um passo indicando dramática mudança na vida de uma
pessoa.
Assim, como o batismo de água nos
dias de João Batista preparava o povo para a vinda de Jesus, o batismo pela
água e pelo Espírito, hoje, ajuda a preparar os amados de Jesus para a Sua
segunda vinda.
Deus nos ajude a tomarmos a
decisão de ficarmos do lado dEle e assim nos tornarmos vitoriosos em Cristo Jesus.
Vivemos num mundo onde há muita
dor e aflição.
Mas, sabemos que Cristo ama a
todas as pessoas. Permita Deus que nos tornemos como Cristo.
Ser como Cristo não é apenas uma
desafio. É uma vitória do poder de Deus na nossa vida.
56
O SACRÍFICIO DE JESUS
Neumoel Stina
Antes mesmo de criar a Terra,
Deus sabia da possibilidade de o homem tornar-se pecador. A Trindade reunida em
conselho, fez o plano para a salvação dos seres humanos, caso viessem pecar. O
pecado traz como consequência a morte.
Jesus, o Filho de Deus, segunda
pessoa da trindade se apresentou para morrer em lugar do homem pecador.
Vindo revestido de humanidade,
Jesus pagaria com Sua própria vida o preço terrível do pecado. Descrevendo o
desprendimento de Cristo, o apóstolo Paulo assim expressa: “Tende em vós o mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus; pois
Ele subsistindo em forma de Deus, não julgou como usurpação ser igual a
Deus; antes a si mesmo se esvaziou,
assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens; e reconhecido
em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte, e
morte de cruz”. Filipenses 2:5 a 8.
Assim Jesus, tornou-se o servo
sofredor, das profecias do Antigo Testamento, e sofreu as dores da humanidade.
Sua morte na cruz do Calvário, estabeleceu para sempre a garantida de perdão e
vida a todos aqueles que O aceitassem como Salvador.
A morte de Jesus foi expiatória,
vicária. Vamos compreender bem o que isto significa. Quando mencionamos que a
morte de Jesus foi expiatória, significa que Sua morte eliminou a culpa que o
pecado de Adão e Eva impôs à humanidade, bem como as suas terríveis
consequências.
A morte de Jesus é expiatória
pelo fato de haver com Seu sangue, purificado o homem da mancha do pecado. Um
sacrifício assim só seria aceito de Alguém que vivesse em plena conformidade
com a vontade e as leis de Deus.
A vida santa, justa e sem pecado de Cristo, o habilitou a
ser o sacrifício expiatório, para livrar a humanidade da culpa e da mancha do
pecado. A morte é vicária pelo fato de ser em substituição aos pecados dos que deveriam
morrer.
O sacrifício de Cristo substituiu
a eliminação da humanidade, pelo fato de Jesus suportar sobre si os pecados de
todos. O profeta descrevendo o sofrimento do Messias escreveu: “Ele foi ferido
pelas transgressões e moído por nossas iniquidades: o castigo que nos traz a
paz estava sobre Ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados. . . mas o Senhor
fez cair sobre Ele a iniquidade de todos nós. . . porquanto derramou a Sua alma
na morte e levou sobre Si o pecado de muitos.” Isaías 53:5, 6, 12.
Estes versos de Isaías nos ajudam
a compreender o efeito vicário, ou seja,
de substituição. Os pecados e culpas que nos mancharam podem ser transferidos
para Aquele que suportou os pecados da humanidade e nos torna puros e
perdoados.
Antes de Jesus vir a esta Terra,
este processo foi realizado nas cerimônias em que morria o inocente cordeirinho
para quem eram transferidos os pecados do pecador arrependido.
Alguém poderá perguntar: Por que
foi necessário que Jesus morresse? Ao
criar Adão e Eva, Deus os dotou com uma tendência para o bem e com a capacidade
natural de obedecer.
Ao caírem na armadilha de
Satanás, a natureza humana se corrompeu e perdeu a capacidade natural de
obedecer a Deus. Além disso, o homem não possuía poder em si mesmo para
eliminar a culpa e as consequências que o pecado trouxe a toda raça.
A justiça divina previa a morte
como resultado natural do pecado. Este não é um ato de vingança da parte de
Deus, mas um fato natural. Compreendendo que o pecado é separação de Deus, ao
ter pecado, o homem perdeu também a vida. Porque a vida só existe em Deus.
O homem só poderia conservar a
vida que Deus lhe havia dado enquanto permanecesse ligado a Fonte de Vida que é o próprio Deus.
O pecado desconectou o homem de Deus, e
por isso veio a morte e esta passou a todos os seres
viventes.
A única maneira de tornar ligar o
homem a Deus, era se Alguém viesse e pudesse vencer onde Adão e Eva haviam falhado.
Quem conseguisse essa vitória, estaria em condições de pagar o
preço pelo pecado de Adão e toda a humanidade. Jesus se ofereceu para salvar o
homem.
Ao viver sua vida santa,
irrepreensível, e sem pecado, Jesus demostrou que teria sido possível a Adão
ter obedecido às leis de Deus. Com Sua vida justa, Jesus satisfez a justiça
divina que pede obediência às leis eternas.
A primeira etapa havia sido
vencida. A outra etapa seria o pagamento do preço do pecado de Adão e Eva e de
toda humanidade. Este preço era a própria vida. Jesus então morreu,
satisfazendo a justiça eterna que seria a morte como consequência do pecado.
Sua morte na cruz satisfez a
justiça de Deus. O preço estava pago. Da mesma maneira como pelo pecado de Adão e Eva, todos se tornaram
pecadores, pela morte Cristo, todos agora tem direito a vida.
O amor de Deus deve ser
amplamente exaltado pois se Sua justiça pedia a morte do pecador, Seu amor fez
todas as provisões necessários para dar esperança de vida a todos quantos
cressem no Seu nome.
Desta maneira era necessário que
Alguém pagasse com a vida pelo pecado. O homem condenado a morrer, não poderia
reverter esta situação. Portanto era necessário que Cristo, pois foi Ele que se
dispôs, morresse para que o homem pudesse viver para sempre na companhia de
Deus novamente.
Abra o seu coração para este tão
grande amor, e, aceite o sacrifício de Jesus.
57
UM DEUS QUE SE REVELA
Neumoel Stina
Deus é amor! Amor
maravilhosamente revelado e transmitido. Amor nem sempre compreendido pelos
seres humanos em face de tanta desgraça e destruição.
Amor tão infinito que moveu Deus
a dar “Seu filho unigênito para todo aquele que nEle
crê não pereça mas tenha a vida eterna.” João 3.16
Necessitamos conhecer esse amor,
conhecer esse Deus. Para isso precisamos saber como Deus Se revela e o que Ele
tem revelado à humanidade.
O grande propósito desta
revelação é demonstrar com clareza quem é Deus, Seu caráter, Sua pessoa, Seus
planos. Quando conhecermos. Tudo isso, então poderemos aceitar o convite para
sermos Seus amigos. Ele diz: “Com amor eterno te amei, por isso com bondade te
atraí.” Jeremias 31:3 Deus deseja nos
atrair para Ele pela força de Seu grande amor.
Eu disse que necessitamos
conhecer a Deus. Mas como podemos conhecê-Lo? Uma das maneiras de conhecermos
Deus é através da Natureza. Davi, o grande salmista, disse: “Os céus proclamam
a glória de Deus e o firmamento anuncia as obras de Suas mãos.” Salmos 19:1
Podemos ver a Deus na Natureza.
Ele é retratado no lindo pôr do sol, no grandioso oceano, na calma de um
riacho, no vôo tranquilo dos passarinhos.
Podemos pensar nEle ao contemplarmos o céu pontilhado de estrelas, os
campos verdejantes e as lindas flores. Através da Natureza podemos aprender
algo sobre o amor de Deus.
A revelação que a Natureza nos dá
de Deus é muito importante. Suas obras maravilhosas, fazem-nos lembrar do amor
e cuidado que Ele tem por todas as criaturas. E mais, lembra-nos também o fato
de que Ele é o Criador e nós Seus filhos.
No entanto, a revelação pela
natureza não é completa. Há em toda parte evidências dos efeitos do mal. As
flores secam, o calor excessivo maltrata, o rigor do inverno castiga, os
animais sofrem e até nos cenários mais perfeitos vemos sinais de destruição.
Mas, mesmo assim, podemos
reconhecer a existência de um Deus que criou todas as coisas.
Deus é revelado também na Sua Palavra, a Bíblia.
Através das Escrituras Sagradas podemos conhecer o caráter de um Deus que é
misericórdia, bondade, justiça e paciência.
Nas páginas do livro de Deus
vemos Sua vontade expressa em palavras e o Seu desejo manifesto de que todos os
filhos dos homens sejam salvos.
Todavia, com nossa mente
limitada, é possível que na própria Bíblia não consigamos obter uma completa
compreensão de Deus, Seu caráter, e de como realmente Ele é.
Mas, há uma revelação perfeita e
completa. Jesus Cristo é essa revelação! A missão de Jesus foi vir a um mundo
que estava em completo desacordo com Deus, a fim de demonstrar como o Pai é
realmente e restabelecer a comunhão da humanidade com a divindade.
Portanto o melhor meio de
conhecer a Deus, é conhecer a Jesus. Ele disse: “Se vós me tivésseis conhecido,
conheceríeis também Meu Pai.” João 14.7
Muitos pintam a Deus num quadro
de severidade, como um juiz tirano pronto a castigar e praticar vingança. E a
Jesus enquadram numa tela que retrata mansidão, bondade, misericórdia.
Mas nosso Senhor demonstrou que
essa é um teoria falha. Ele deixou claro que na
tarefa de “buscar e salvar o que se havia perdido” não estava sozinho. Nesta
missão, tudo o que Ele fez e falou, foi em harmonia e em conjunto com o Pai.
O próprio Cristo afirmou: “Em
verdade, em verdade vos digo que o Filho nada pode fazer de si mesmo, senão
somente aquilo que vir fazer o Pai, porque tudo o que este fizer, o filho
também semelhantemente o faz.” João 5:19
Logo, por consequência, essa diferença entre Deus e Jesus não existe.
O fato é que, no coração, tanto
de Deus como de Jesus, a misericórdia é igual à justiça. Na cruz nós vemos e
compreendemos perfeitamente a união desses dois atributos divinos.
O apóstolo Paulo complementa
dizendo que “Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo.” II Coríntios 5.19
Sim, Jesus é a revelação completa
e perfeita de Deus pois ele mesmo é plenamente Deus e por isso, o único que
pode apresentar-nos o Pai como realmente Ele é.
Bom, diante disso, cabe a pergunta:
precisamos realmente conhecer a Deus e que Ele tem revelado de Si mesmo? Esta é uma pergunta importante. Jesus disse
que “vida eterna é conhecer a Deus e a Cristo” João 17:3
Se realmente algumas pessoas
pensam que tudo nesta vida acaba por aqui mesmo, talvez rejeitem qualquer
conhecimento de Deus e de Jesus. Tenho certeza de que você que me ouve não
pensa assim.
Sei que lá no fundo do coração,
você sente que o homem foi feito para uma vida superior e que tudo não termina
num buraco frio e escuro de qualquer cemitério. Então você e eu precisamos
conhecer a Deus e a Jesus.
Este conhecimento é a diferença
entre a vida e a morte. E Deus quer que tenhamos vida e vida em abundância.
Deus não tem prazer na morte de ímpios e pecadores. Antes quer que todos
cheguem ao arrependimento; por isso Jesus, a revelação perfeita, demonstra em
palavras e atos este desejo do Pai celestial que tanto ama e cuida de Seus
filhos.
Que aceitemos o convite para
conhecermos a revelação de Deus e também que nosso coração aceite o maravilhoso
Jesus como nosso Salvador e Redentor.
58
A TRINDADE
Neumoel Stina
O cristianismo se distingue pela
crença geral num Deus triúno - um só Deus verdadeiro
e vivente (Deut. 6:4) existindo numa unidade de três
Pessoas distintas e coeternas: Pai, Filho e Espírito Santo, cujos atributos
são: imortalidade, onipotência, onisciência, onipresença dentre outros.
A Divindade é infinita e além da
compreensão humana, mas conhecida na proporção em que o Deus Triuno decidiu revelar-Se.
Os membros da Divindade têm-Se
revelado pelas obras de Suas mãos na Natureza, por meio de operações
providenciais, na palavra escrita - a Bíblia - e na palavra que vive - Jesus
Cristo. As Escrituras ensinam que o único Deus, existe com três pessoas distintas,
da Trindade: Deus o pai, Deus o filho e Deus o Espírito Santo.
Vejamos alguns textos:
1) Deus, o Pai - “Para nós há um só Deus, o Pai, de quem são todas as
coisas”. I Cor 8:6. “Um só Deus e Pai, de todos, o qual é sobre todos, age por
meio de todos e está em todos.” Efés 4:6
2) Deus, o Filho - “Portanto nEle habita
corporalmente toda a plenitude da Divindade.” Col 2:9
“Aguardando a bendita esperança e a manifestação da glória do nosso grande Deus
e Salvador Jesus Cristo.” Tito 2:13
3) Deus, o Espírito Santo - “Então disse Pedro: Ananias, por quê
encheu Satanás teu coração, para que mentisses ao Espírito Santo. . .? .
. . Não mentistes aos homens, mas a Deus.”
Atos 5:3 e 4
“Deus no-lo
revelou pelo Espírito. . . porque, qual dos homens sabe as coisas do homem, se
não o próprio espírito que nele está? Assim também as coisas de Deus, ninguém
as conhece, senão o Espírito de Deus.” I
Cor 2:10 e 11
As Pessoas da Divindade são tão distintas que podem falar uma com a
outra, amar uma a outra e agir em relação uma com a
outra. Cada uma delas tem também uma obra especial a desempenhar, mesmo quando
cooperam juntas em tais atividades como a
criação e a redenção.
A declaração bíblica de que “Deus
é amor” (I João 4:8) aplica-se com igual acerto a cada Pessoa da Divindade.
Com efeito, isso de Deus ser amor
desde a eternidade, pressupõe mais de uma Pessoa na Divindade. Se Deus fosse
apenas uma Pessoa na eternidade, Seu amor ter-se-ia restringindo ao amor a Si
mesmo.
Embora nenhuma passagem bíblica
isolada explique formalmente a doutrina da Trindade, ela é considerada como um
fato pelos escritores da Bíblia e é mencionada diversas vezes.
É insinuada em Gênesis 1, onde
Deus e o Espírito de Deus são retratados como estando a agir na Criação. O Novo
Testamento torna claro que Cristo também participou na Criação, sendo de fato o
verdadeiro Criador. (João 1:3; Col 1:16 e 17; Hebreus
1:1-3)
Também importante é o texto de
Mateus 28:19 onde aparece o batismo em “nome do Pai e do Filho e do Espírito
Santo”. Aqui a doutrina da Trindade parece ser apresentada de tal modo que lhe
seja dada forte ênfase como ponto de fé.
No batismo de Cristo a realidade
da Divindade triúna, foi evidenciada no aparecimento
das três Pessoas ao mesmo tempo. Mateus 3:16 e 17 apresenta a Jesus, Deus, o Filho - Jesus- sendo batizado.
E o Espírito de Deus,
manifestou-se na forma de uma pomba descendo sobre Ele. Ao mesmo tempo,
ouviu-se a voz de Deus, o Pai, proclamando: “Este é o meu Filho amado, em quem
me comprazo.”
E Lucas 1:35 inclui todas as três
Pessoas da Divindade na comunicação do anjo a Maria , de que o Céu a escolhera
para ser a mãe do Messias.
O Espírito Santo desceria sobre
ela. O poder do Altíssimo a envolveria com a sua sombra. E o Filho de Deus
nasceria dela.
Jesus reconheceu a distinção
entre as Pessoas da Divindade ao declarar: “Quando. . . vier o Consolador, que
eu vos enviarei da parte do Pai, o Espírito da verdade, que dEle
procede, Esse dará testemunho de mim.” João 15.26
A chamada bênção apostólica de
Paulo, também reforça este ensino. Numa oração a Cristo em busca da graça, ao
Pai em busca do amor, e ao Espírito Santo em busca da comunhão, o apóstolo
Paulo inclue as três Pessoas da Divindade: “A graça
do Senhor Jesus Cristo, e o amor de Deus, e a comunhão do Espírito Santo sejam
com todos vós.” II Cor 13:13
Todos quantos consagram a Deus
alma, corpo e espírito, estarão constantemente
recebendo nova dotação de poder físico e mental.
As inesgotáveis provisões do Céu
acham-se à sua disposição. Cristo lhes dá o alento de Seu próprio
espírito, vida de Sua própria vida.
O Espírito Santo desenvolve Suas
mais elevadas energias para operarem no coração e na mente. A graça divina amplia-lhes e multiplica-lhes as faculdades, e toda a
perfeição divina da natureza lhes acode em auxílio na obra de salvar almas.
Mediante a cooperação com Cristo,
são completos nEle e , em sua fraqueza humana,
habilitados a realizar feitos na Onipotência.
O mais importante é o amor
inexplicável que a Trindade tem pelo ser humano.
Que possamos meditar em tão
grande amor e agradecidos nos apegarmos diariamente nesta verdade, que é Deus.
Amados ouvintes: Não devemos
ficar preocupados com as coisas desta vida aqui: Deus tem o poder Deus triúno que tem o poder sobre todas as coisas.
59
AS ESCRITURAS SAGRADAS
Neumoel Stina
O Deus da Bíblia é um Deus que Se
revela a nós. Ele não nos deixa sozinhos em nosso estado de desamparo,
afastados dEle devido ao pecado.
Aproxima-Se de nós, mostrando-nos
Seu caráter, revelando Sua vontade, oferecendo-nos a salvação que providenciou.
Ele é o Deus que fala. “ Havendo
Deus, outrora, falado muitas vezes, e de muitas maneiras, aos pais, pelos
profetas, nestes últimos nos falou pelo Filho a quem constituiu herdeiro de
todas as coisas, pelo qual também fez o Universo.” Hebreus 1:1 e 2
As Escrituras Sagradas,
abrangendo os dois Testamentos, Antigo e Novo, são o vivo relato da fala de
Deus. São mais do que a história de encontros divinos extraídos do passado,
mais do que momentos comemorativos, da fé de gerações anteriores - são a Palavra
de Deus.
Foi Deus, o Espírito Santo, quem
primeiro trouxe a luz da Palavra, influindo sobre a mente dos escritores da
Bíblia. (II Pedro 1:20 e 21)
O mesmo Espírito que age por meio das Escrituras, hoje em dia dirigi-Se a nós pessoalmente, convidando-nos a voltar para
Deus, convencendo-nos do pecado, iluminando-nos a mente e insistindo em nosso
coração: “Hoje se ouvirdes a Sua voz,
não endureçais os vossos corações.” Hebreus 3:7 e 8.
Visto que Deus é o Autor das
Escrituras, elas são vivas e inalteráveis.
Assim como Jesus, o Filho de
Deus, se fez carne (João 1:14), as Escrituras constituem uma singular fusão da
divindade e da humanidade.
Deus não ditou as Escrituras, nem
as deu para nós numa linguagem extraterrena. Antes, influiu sobre as pessoas com uma variedade de
antecedentes, pessoas que eram muito instruídas ou pouco instruídas, pessoas que eram de sangue real ou de estirpe comum.
Estes homens foram realmente
inspirados. Deus moveu-lhes a mente, inspirando-os com Sua mensagem para a
humanidade; eles então expressavam as idéias divinas em suas próprias palavras.
Assim a Bíblia é ao mesmo tempo
completamente humana e mais do que humana. Deus fala por meio de suas palavras,
pensamentos, figuras e histórias humanas. Embora a Bíblia tenha muitos
escritores, tem um só Autor.
As Escrituras têm autoridade.
Devemos crer no que elas ensinam e praticar o que mandam. Toda a opinião humana
deve ser submetida à prova pela Escritura. Elas são, em todas as suas partes, a
verdade infalível.
As Escrituras podem tornar-nos
sábios “para a salvação pela fé em Cristo Jesus” II Timóteo 3:15 São infalíveis na exposição do plano de Deus para a redenção da
humanidade perdida. Tanto no Antigo como no Novo Testamento, esse plano é o
mesmo, centralizando-se em Jesus Cristo.
Deus não muda. “Jesus Cristo é o
mesmo ontem, hoje e eternamente”. Hebreus 13:8
A revelação de Seu caráter nas Escrituras é inalterável. Visto que Seu
meio de salvar homens e mulheres perdidos é um só, a descrição que as
Escrituras fazem desse meio nunca poderá ser suplantada.
Num mundo de mudanças e
alterações de valores cambiantes e conflitantes pretensões de verdade, a
Palavra de Deus continua sendo a norma infalível.
“Lâmpada para os nossos pés e luz para nossos
caminhos” Salmos 119:105, assim é a Palavra de Deus para nós.
A Bíblia nos diz como viver dia a
dia, Livra-nos das areias movediças do erro. Guia-nos através dos perigos dos
últimos tempos. Lembra-nos de que somos filhos e filhas do Deus vivo, criados
por Ele, amados por Ele, aceitos por Ele em Jesus Cristo e destinados a viver
eternamente com Ele.
Nela Encontramos a Jesus, a
Palavra que se fez carne, nosso Salvador e Senhor. Alimentando-nos dela,
somos “regenerados ” (I Pedro 1:23) e
transformados diariamente na Sua imagem. (II Coríntios 3:18)
Assim as Escrituras são nossa
luz, nosso alimento, nosso refúgio. Como guiaram o povo de Deus em todos os
séculos, ainda constituem o “gozo e alegria” de nosso coração (Jeremias 15:16),
nosso consolo na aflição, nosso conselho na prosperidade e nossa esperança de
vida eterna.
Ao começarmos o estudo das
Escrituras, devemos lembrar-nos de seu caráter singular. Os meios comuns de
investigação são inadequados; necessitamos da orientação do Espírito Santo.
As coisas espirituais se
discernem espiritualmente (I Coríntios 2.11-14). Precisamos ser submissos às
Escrituras como a Palavra de Deus, dispostos a receber a instrução que Deus tem
para nós. “Quem tem ouvidos, ouça o que o Espírito diz ás igrejas.” Apocalipse
2:7.
O Convite de Deus a todos os
homens e mulheres é:” Oh! provai, e vede que o Senhor é bom.” Salmos 34:8.
A todo aquele que abre a Bíblia
com o coração anelante, Deus se revela como seu Autor. As Escrituras Sagradas
são dotadas de Sua vida; Ele, o Deus que fala, ainda está falando hoje.
Deixe o amoroso Deus falar ao seu
coração através de Sua Santa Palavra. Com certeza, você sentirá a paz que ele
quer que Seus filhos sintam.
Pode ser até que você pense que o
amor de Deus seja uma coisa qualquer.
Mas se você pensar que Deus amou
tanto que deu Seu filho, você vai descobrir que o amor de Deus é sem igual.
Saiba que o amor de Deus nunca
passará porque Deus é eterno, E sua Palavra é fiel e nunca falhará.
60
O SÁBADO
Neumoel Stina
Você acredita que o ser humano
precisa de um dia de repouso? Acredita também que Deus instituiu um dia para
que o homem pudesse descansar?
O sábado, o sétimo dia da semana,
é o dia de repouso. Segundo a Bíblia é o memorial da atividade criadora de
Deus, quando o amorável Criador fez o mundo em seis dias e descansou no sétimo.
(Gênesis 2:1-3)
É também o sinal de nossa
redenção em Cristo Jesus. (Hebreus 4:9). Lembramo-nos que Aquele que fez
originalmente todas as coisas e as declarou muito boas (Gênesis 1:31),
trouxe-nos do reino do pecado para Seu próprio reino (Col. 1:13) e um dia fará
novas todas as coisas (Apoc. 21:3). Portanto o sábado
é a lembrança da criança e da Redenção.
O quarto mandamento da Lei de
Deus, ordena-nos lembrar “do dia de sábado, para o santificar. Seis dias
trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu
Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem teu
servo, nem tua serva, nem o teu animal, nem o teu forasteiro das tuas portas
para dentro.” Êxodo 20:8-10
Esta lei divina é imutável em
suas exigências. O sábado foi instituído antes de o homem pecar, e continuará
na Nova Terra. (Isaías 66:23).
Quando seguimos a Cristo e zelosamente
buscamos obedecer a Sua vontade, o mandamento do sábado não é pesado.
Cristo o Senhor do sábado habita
em nós por Seu Santo Espírito, escrevendo os requisitos de Sua eterna lei sobre
as tábuas de carne de nosso coração. (Hebreus 8:10 e 11)
Em vez de ser um dia de tristeza
e restrição, o sábado é “deleitoso e santo dia do Senhor, digno de honra.”
(Isaías 58:13). É um símbolo de nossa liberdade em Cristo.
Ao ter Ele nos libertado do
domínio do eu e do mal, alegremente entramos em Seu dia de descanso. O sábado é
um dia santificado. A bênção de Deus repousa sobre ele numa maneira que o
coloca de parte dos outros seis dias.
É um dia em que nos afastamos dos
trabalhos, preocupações e atividades comuns, para nos dedicarmos à festa espiritual
que Deus nos preparou. Descansamos nEle, reunido-nos para o culto (Hebreus 10:25), edificando-nos
uns aos outros em comunhão (verso 24), e ministrando àqueles em necessidades,
de acordo com o exemplo de Jesus. (João 5:1-17)
Assim, no sábado, Deus nos dá um
antegozo de nossa eterna habitação com Ele. Aprendemos qual o espírito dos
remidos de todas as eras quando nos reunimos em torno do trono celestial e
cantamos louvores pela salvação em Jesus Cristo. (Hebreus 12:18-24)
Embora o sábado fosse reiterado a
Israel nos dez mandamentos dados no Sinai, foi intencionado por Deus para ser
uma bênção para todas as nações.
Em Marcos 2:27 lemos: “O sábado
foi estabelecido por causa do homem”.
O sábado é um sinal do poder
criador e redentor; ele indica a Deus como a fonte da vida e do saber; lembra a
primitiva glória do homem, e assim testifica do propósito de Deus em criar-nos
de novo à Sua própria imagem.
O sábado e a família foram,
instituídos no Éden, e no propósito de Deus acham-se indissoluvelmente ligados
um ao outro.
Neste dia mais do que qualquer
outro, é-nos possível viver a vida da Éden. Devemos, no dia de sábado, meditar
nas obras e maravilhas do poder de Deus.
Visto que o sábado é a memória do
poder criador, é o dia em que de preferência a todos os outros, devemos
familiarizar-nos com Deus mediante Suas obras.
No dia de sábado devemos meditar
na natureza, tirar lições preciosas da Palavra de Deus, e guardá-las no
profundo de nosso coração.
Ao Deus criar um dia de repouso,
seu propósito era de fazer-nos felizes ao esquecermos das preocupações da semana e dar assim um descanso à mente e
ao corpo. Sua intenção era ver a família reunida e feliz no deleite do sábado.
Na última mensagem divina de
advertência à humanidade, simbolizada pelos três anjos de Apocalipse 14:6-12,
homens e mulheres são chamados novamente a reconhecer a Deus como Criador de
todas as coisas, e ao mesmo tempo o chamado é também para que guardem os Seus
mandamentos.
Desta maneira, no tempo do fim
o sábado surge com maior significado ao
tornar-se um teste específico de lealdade para com Deus numa época de difundida
apostasia. (Apoc. 13:8 e Apoc.
14:15)
Assim como a trajetória do sol
através dos céus assinala os dias da semana e mostrando cada sétimo dia, como o
sábado, o dia designado por Deus para repouso e adoração, também o pôr do sol
marca os limites do sábado. A Palavra de Deus diz: “Duma tarde a outra tarde,
celebreis o vosso sábado ”. Levíticos 23:32
Por ocasião da Criação, Deus pôs de parte o sábado e o abençoou. Gênesis 2:1-3. Agora Ele
nos separa como Seu povo - e nos abençoa , (I Pedro 2:9 e 10).
Semana após semana, ao
celebrarmos o sábado, somos assegurados que o santo dia é um sinal entre Deus e
nós, para que possamos saber que Deus é o Senhor que nos santifica.
Talvez tenhamos até dificuldade
de entender o que o sábado é o dia do Senhor.
Outras vezes até somos levados
por tudo que ouvimos das pessoas
Mas, há uma fonte que é
infalível. Esta fonte é a Palavra de Deus.
Na Bíblia encontramos um único
dia de repouso. Este dia é o sábado.
Confie naquilo que Deus mandou
escrever.
Você também sentirá que o sábado
é um dia deleitoso, digno de honra e ao repousar no Senhor receberá as bênçãos
que Deus prometeu.
61
A
NOVA TERRA
Neumoel Stina
Se pudéssemos penetrar o futuro e
contemplar a linda pátria do amanhã, vibraríamos de emoção! E se formos fiéis
ao Senhor, nós a veremos um dia.
As Escrituras muito têm a dizer
dessa Pátria melhor, especialmente da cidade que está no céu e que há de vir, a
capital do maravilhoso mundo novo de Deus.
Alguns lêem
a seu respeito e dizem: Não pode ser real. A terra em que vivemos é que é real,
nós homens somos reais.
Com certeza a Palavra de Deus é
real. Numa de suas visões o apóstolo João contemplo a cidade que há de vir. Ele
escreveu: “Vi também a cidade santa, a
nova Jerusalém, descendo do céu, da parte de Deus, ataviada como noiva adornada
para seu esposo. Então ouvi a grande voz que vinha do trono dizendo: Eis o
tabernáculo de Deus com os homens, Deus habitará com eles. Eles serão povos de
Deus e Deus mesmo estará com eles. E lhes enxugará dos olhos toda a lágrima, e a morte já não existirá, já não
haverá luto, nem pranto, nem dor,
porque as primeiras cousas passaram.” Apocalipse 21:2-4
A cidade não é apenas chamada de
a Nova Jerusalém, mas também o Tabernáculo de Deus.
Nosso planeta, que foi o teatro
da queda do homem, torna-se o local da cidade de Deus. esta terra, que foi
regada com o sangue de Cristo, goza tanto da presença de Deus que se diz ser habitada por Ele. E Deus “enxugará dos olhos toda
lágrima”. Deus fará isto removendo a causa das lágrimas.
A respeito do tamanho da cidade-
ela é suficientemente grande? Será capaz de acomodar milhões de salvos? A
Bíblia nos diz: “Aquele que falava
comigo tinha por medida uma vara de ouro, para medir a cidade, as suas portas e
a sua muralha. A cidade é quadrangular, de comprimento e largura iguais. E
mediu a cidade com a vara até doze mil estádios. O seu comprimento, largura e
altura são iguais. Mediu também a sua muralha, cento e quarenta e quatro
côvados, medida de homem, isto é, anjo. A estrutura da muralha é de jaspe;
também a cidade é de ouro puro, semelhante a vidro límpido.” Apocalipse
21:15-18
Doze mil estádios se cada estádio a
As doze grandes portas, de
pérola, devem ser unicamente para
beleza, porque nunca se fecham. Tal como a graça e a misericórdia de Deus, elas
se abrem para todas as direções da rosa dos ventos e permanecem abertas para
sempre.
Mas, ninguém jamais entrará
por aquelas portas de pérola sem antes
haver passado pela estreita porta do arrependimento. Só os obedientes, mediante
a abundante graça de Cristo, ali entrarão. Verdadeiramente podemos dizer como
João, ao ver os remidos entrarem no céu: “Bem aventurados aqueles que guardam o
seus mandamentos, para que tenham poder na árvore da vida, e possam entrar na
cidade pelas portas. “Apocalipse 22:14
É impossível para nós, agora ,
termos mais que um vislumbre da glória dessa cidade. Temos de esperar para
vê-la. Mas o quadro acha-se nas Escrituras e o podemos ler mesmo assim.
Não há necessidade de luz do sol
na cidade. A Bíblia afirma: “A cidade não precisa nem do sol, nem da lua, para
lhe darem claridade, pois a glória de Deus a iluminou, e o Cordeiro é a sua
lâmpada. As nações andarão mediante a sua luz, e os reis da terra lhe trazem a
sua glória. As suas portas nunca jamais se fecharão de dia, porque nela não
haverá noite.” Apocalipse 21:23-25
Não há noite na cidade. Nela não
será necessário descanso nem sono.
Pensai no tempo que gastamos dormindo.
Lá está a Árvore da Vida, junto
ao rio: “Então me mostrou o rio da água da vida, brilhante como cristal, saindo
do trono de Deus e do Cordeiro.
No meio de sua praça, de uma a outra margem do rio, está a árvore da vida, produzindo
doze frutos, dando seu fruto de mês em mês, e as folhas são para a cura dos
povos.” Apocalipse 22:1 e 2
Desde o Gênesis até o Apocalipse
lemos de uma só árvore da vida. Os homens terão novamente acesso a ela, e
cumprir-se-ão as palavras do profeta: “Pois como os dia da árvore são os dias
do meu povo.” Isaías 65:22
Manando do trono de Deus, corre
através da cidade o rio da vida. Que de mais majestoso que o deslizar das águas de um grande rio!
Que emoção será para os salvos verem pela primeira vez o grande rio deslizando
para o horizonte - o rio da vida.
Essa cidade está agora no céu,
onde Jesus nos foi preparar lugar. Para ela serão levados os salvos quando
Jesus voltar. O Salvador orou para que todos os que O amam possam estar com Ele
onde Ele está (João 17.24), e essa oração será atendida.
A Nova Jerusalém descerá para
esta terra, afinal, para ser aqui a capital de um novo mundo. Esta é a cidade
com que os homens tem sonhado, a cidade que há de vir. Ela não é uma miragem
existe agora mesmo, e um dia estará aqui.
Nós, você e eu, podemos ter uma
casa nessa cidade. É só querermos. O convite é para todos: “O Espírito, e a
noiva dizem: Vem. Aquele que ouve diga: Vem. Aquele que tem sede, venha, e quem
quiser beba de graça a água da vida.” Apocalipse 22:17
Não quer você, prezado ouvinte, beber
do rio da vida na cidade de Deus? Então tome a água da vida aqui. Toma-a agora,
aceitando ao Senhor Jesus Cristo como Teu Salvador pessoal, e obedecendo ao
ensino do evangelho.
Basta entregar o coração à Cristo
e dedicar a vida à Ele em obediência e amor.
Fazendo assim teremos um lugar
com Cristo na Nova Terra, na Santa Cidade que há de vir.
Esta é a doce esperança do
cristão.
62
NO PRINCÍPIO DEUS
Neumoel Stina
No Princípio Deus - esta é a
primeira doutrina da Bíblia. Sem ela não existe verdade, não existe religião,
esperança e nem vida.
“No princípio criou Deus os Céus
e a terra”. Gênesis 1:1
Só o fato de estarmos aqui, e de
haver boas coisas ao nosso redor como o ar, a água, a luz, uma árvore
frutífera, nos obriga a admitir a existência de um Criador.
O universo é um plano muito bem
elaborado com perfeição matemática. A Criação por acaso, é uma idéia absurda. Na criação se observa um propósito, um
desígnio.
Seria ridículo alguém supor a
fabricação de uma máquina, um automóvel ou um computador simplesmente por
acaso. Até um relógio com dezenas de pecinhas delicadas, não poderia ser feito,
nem montado por um deslocamento baseado em coincidências.
Seria realmente ridículo imaginar
todas as partes se encontrado e se ajustando perfeitamente sem a presença e a
ação de um mestre relojoeiro.
Alguém já ouviu falar que um
grande incêndio ou erupção de um vulcão tenham construído um avião a jato ou um
helicóptero, ou esteja escrito um livro, ou composto uma sinfonia?
Ateus e céticos continuam
insistindo e elaborando estórias desse tipo. Querem entretanto, provas da
Criação. Mas quais deles poderiam provar a não existência de Deus? O ateu ou
descrente podem expressar suas dúvidas e insinuações, mas jamais teriam capacidade
para provar as suas alegações.
É fácil falar como o astronauta
russo que olhando para a linda figura do globo a distância disse: Deus não
existe porque eu não o vi. Mas os grandes cientistas cristãos, e criacionistas vêem a Deus toda vez que se aprofundam na Ciência vendo as
evidências nas obras criadas.
O universo é um sistema
perfeitamente sincronizado. Funciona como uma máquina que trabalha corretamente
no cronograma. Os astrônomos podem prever com exatidão que semana será lua
cheia em junho de 2001. Sabem exatamente o momento da volta dos cometas, os
eclipses do sol, ano, mês, dia, hora e segundos.
Os movimentos do universo são
precisos e exatos. Que evidência maravilhosa de um Ser Sábio e Capaz!
Olhe para o sol queimando a
milhares de graus mandando energia equivalente a 1 milhão de HP através de 130
milhões de quilômetros. Enquanto as muitas teorias não chegam a uma conclusão
sobre a origem do calor do sol, ele continua brilhando e abençoando o mundo.
Examine o grão de areia com
poderosas lentes microscópicas. Ele é feito de milhões de moléculas, átomos e
elétrons como satélites do vasto sistema solar.
Quando Napoleão Bonaparte com sua esquadra desceu o
Mediterrâneo em direção do Egito, seus oficiais discutiam teorias artísticas,
sob um esplendoroso céu estrelado.
Napoleão cansou-se daquelas
conversas, apontando para o céu, disse: Seus argumentos parecem habilidosos,
senhores, mas Quem criou tudo isso? Houve um grande silêncio enquanto Napoleão
se recolhia para o descanso.
Os Céus declaram a glória de Deus
e o firmamento anuncia a obra das suas mãos. Um dia faz declaração a outro dia,
e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem nem palavras, e
deles não se ouve nenhum som.” Salmo 19:1-3
Assim, Deus revela-Se a si mesmo
também nas Escrituras Sagradas: “Eu fiz a Terra, e criei nela o homem.” Isaías
45:12
Deus é pois o Ser maravilhoso que
tudo criou. foi Ele que os deu existência. E porque dele nos separamos, pelo
pecado, o Pai celeste, movido pelo amor, proveu-nos salvação em Seu Filho,
Jesus Cristo.
E mesmo quando o homem deixou os
caminhos da justiça, o amor de Deus por esse mundo sempre esteve acima de tudo.
Só pode haver felicidade e paz
quando cremos no poder e no amor de Deus. Hoje o materialismo está roubando o
sentido da vida. Uma vida sem Deus, não
é vida, pois não há esperança e sobrevem o
desespero.
Quando sentimos a presença de
Deus em nossa vida, sentimos paz, esperança e certeza de Salvação.
O mesmo Deus que no princípio
criou todas as coisas, e as criou para que pudéssemos, ser felizes. Este Deus que nos criou à Sua imagem, enviou o Seu único Filho para a
salvação do homem perdido.
Com isso, Deus nos proporcionou a
oportunidade de vida eterna em Cristo Jesus.
Com certeza hoje você quer mudar,
quer começar a viver, receber perdão, harmonia, paz e força interior. . . mas
lembre-se das primeiras palavras das Escrituras: NO PRINCÍPIO DEUS.
Aquele que acalmou a tempestade
te abençoe,
Aquele que transformou a água em
vinho, esteja ao seu lado.
Aquele que alimentou mais de
5.000 pessoas com apenas 5 pães e 2 peixes,
Aquele que curou os enfermos e
ressuscitou os mortos,
Aquele que criou os mundos no
espaço e pôs o orvalho no veludo da pétala não se esquece de você.
Ele o ama meu querido ouvinte.
Ele é o princípio de todas as
coisas e quer ser o princípio de sua felicidade, o princípio de sua vida, vida
eterna.
63
O INIMIGO DE CRISTO
Neumoel Stina
Você acredita na existência do
diabo? Será que existe mesmo o anjo mau?
Há algum tempo apareceu nos
principais jornais do mundo, a foto de uma igreja no campo, com o pequeno
cemitério todo desarrumado e as cruzes nos túmulos derrubadas. A notícia dizia
que a figura de Cristo estava com a face para baixo, um dos castiçais
cortado, e outros objetos queimados. Não se sabe se essa igreja foi violada
intencionalmente ou depredada por ladrões.
Mas o fato é que desde a Idade
Média vem crescendo o número de adeptos de uma seita que odeia a Cristo e
pretende adorar a Satanás.
Talvez alguns possam perguntar:
Satanás de fato existe? O que a Bíblia diz sobre ele?
É claro que a superstição
medieval o retrata como um monstro hediondo, de expressão assustadora, com
chifres, um grande garfo na mão, e respirando forte no meio das chamas. Tudo isso não tem base nas Escrituras. Esse
quadro grotesco, produto imaginário, pode até servir aos propósitos do
enganador.
Realmente a Bíblia declara a
existência de um ser com personalidade, chamado Satanás, o diabo. Existem ao
redor de 40 nomes atribuídos a ele, tais como Abadon
(Apoc 9:11), o acusador dos nossos irmãos (12:10),
vosso adversário (I Pedro 5:8), Belzebú (Mat 12:24), o pai da mentira (João 8:44), Belial (II
Cor.6:15), dragão (Apoc. 20:2), assassino (João
8:44), o poder das trevas (Col.1:13), o príncipe deste mundo (João 14:30), a
antiga serpente (Apoc 20:2), o maligno (Jó 1:9) e
assim por diante.
A Bíblia o descreve como um ser
pessoal, inteligente, bonito, capaz de aparecer ao ser humano com uma aparência
completamente diferente do seu caráter. O apóstolo Paulo diz que ele pode aparecer com a semelhança de um anjo de luz. (II Coríntios
11:14). Mas no fundo é um lobo que ataca as ovelhas (João 10:12)
Por isso o seu nome, Satanás,
significa adversário, e diabo que é uma palavra grega traduzida como caluniador.
Mas o nome original era Lúcifer,
aquele que brilha como a estrela da manhã. Entretanto, desde a sua queda, foi
expulso de céu e conseguiu arrastar para o seu lado um terço dos anjos (Apoc. 12:9) O profeta Isaías afirma que foi o orgulho que
causou a sua queda.
“Tu dizias no teu coração: Eu
subirei ao céu... serei semelhante ao altíssimo”. Isaías 14:13-14.
Será que o diabo deseja ser
adorado? Nesses versos lidos fica claro que sim. Com isso, ele com certeza,
deseja ter a sua igreja e até usurpar o lugar de Deus em outras igrejas.
Quando Jesus iniciou o Seu
ministério, Satanás veio a Ele com três grandes tentações. Na última delas, o
diabo o transportou a uma alta montanha e mostrando-lhe os reinos do mundo,
disse-lhe: Tudo isso te darei se prostrado me adorares. Então Jesus lhe ordenou:
“Retira-te Satanás, porque esta escrito: Ao Senhor
teu Deus adorarás, e só a ele darás culto. Mediante essas palavras o diabo o
deixou e eis que vieram anjos, e o serviam.” Mateus 4:8-11.
Mas existe o perigo das pessoas
servirem ao “deus deste mundo” sem se
aperceberem disso. As vezes colocam um ídolo, um pecado acariciado acima do
amor a Deus. Qualquer coisa que se instala entre nós é Deus e o nosso ídolo e
se torna uma armadilha de Satanás para que o sirvamos no lugar de Deus.
Nesse sentido o deus deste mundo
tem milhões de adoradores em todo o mundo. Podem ser pessoas simples ou grandes
culturas, não importa. Pode até haver uma teologia sofisticada, doutrinas
sociológicas ou filosóficas para fundamentarem o que contraria a Santa Palavra
de Deus. Mesmo assim, estão prestando
obediência e culto ao poder
contrário.
Em nossa própria força, nos é
impossível escapar aos clamores de nossa natureza caída. Satanás nos tenta de
acordo com nossas fraquezas. Cristo sabia que o inimigo viria a toda criatura
humana, para se aproveitar da fraqueza hereditária, por suas falsas insinuações, e enredar a todos cuja confiança não se firma
em Deus.
E passando pelo terreno que
devemos atravessar, nosso Senhor nos preparou o caminho para a vitória. Não é
da vontade de Deus, que fiquemos em desvantagem no conflito com Satanás. Deus
não quer que fiquemos intimidados nem desfalecidos pelos assaltos da serpente. Jesus disse: “Tende bom ânimo, Eu venci o
mundo.” João 16:33
Entretanto, não devemos perder o
ânimo quando assaltados pela tentação. Devemos sempre nos lembrar que Jesus
saiu vitorioso, e quando depositamos toda confiança nEle,
adquirimos forças que emana de um Poder Superior, que ultrapassa qualquer força
maligna.
Graças a Deus, pelo sacrifício de
Jesus Cristo, o Filho de Deus, Ele redimiu aqueles que desejam escapar do poder
do tirano. Lemos em João 12:31: “Chegou o momento de ser julgado este mundo, e
agora o seu príncipe será expulso.”
Não importam as aflições e lutas
que o tenham envolvido. Vivemos ainda em um
mundo que sofre as consequências do pecado. Mas, agora sabemos que Jesus
Cristo comprou a nossa vitória e a nossa salvação.
Agora já estamos cientes de que o inimigo de Cristo foi derrotado. E em
Jesus somos mais que vencedores. O Senhor é capaz também de neutralizar e
destruir os ídolos que nos separam dele.
Deixe que o Senhor Deus reproduza
em você a vitória que Ele conquistou lá na cruz do Calvário. Hoje Ele diz em
João 16:33: “Estas coisas vos tenho dito para que tenhais paz em Mim. No mundo
tereis aflições, mas tende bom ânimo, Eu venci o mundo.”
Se nos apegarmos firmemente a
Jesus, Ele nos livrará de Satanás.
Ao nos agarrarmos ao Senhor
Jesus, estaremos dando as costas ao inimigo. Vamos agoira pedir a Deus forças prá nos afastarmos do tentador.
Que o Senhor Jesus nos tome agora
pela mão e nos conduza perto do lar.
64
RESOLVENDO O ENIGMA DA MORTE
Neumoel Stina
Desde o princípio da história, a
partir da entrada do pecado no mundo, a morte
se tornou um doloroso mistério O
homem já tentou resolver esse enigma e não conseguiu. Alguns foram
longe nessa busca chegando até a negar a sua existência. Os antigos
egípcios embalsamavam as pessoas ilustres acreditando na sobrevivência, isto é:
na vida após a morte.
Mas para Deus a morte nunca foi
segredo, nem mistério. Tanto que Ele a descreve nas páginas das Escrituras Sagradas.
No princípio deste mundo, Deus criou todas as coisas através de Jesus Cristo
(Efésios 3:9) e a humanidade se tornou dependente dEle
em tudo, incluindo a vida. I João 5:12.
Quando o homem pecou, perdeu o
direito de viver, porque “o salário do
pecado é a morte”. Mas o mesmo texto declara que Jesus abriu novamente a porta.
“porque o dom gratuito de Deus é vida eterna em Cristo Jesus, nosso Senhor”.
Romanos 6:23
Foi Ele quem aboliu a morte e trouxe as promessas da vida e da
imortalidade. Mediante a fé em Jesus, o homem pode sonhar outra vez com a
eternidade.
“Porque Deus amou o mundo de tal
maneira que deu o Seu Filho Unigênito para que todo aquele que nele crê não
pereça mas tenha a vida eterna.” João 3:16.
Mas há uma série de perguntas
sobre este interessante tema. Por exemplo: O homem é imortal? O homem possui imortalidade? A única vez em
que a palavra imortal é usada na Bíblia, refere-se a Deus:
O apóstolo Paulo assim escreveu: “Assim, ao Rei eterno,
imortal, invisível, Deus único, honra e glória pêlos
séculos dos séculos. Amém.” I Timóteo 1:17
A palavra imortalidade aparece na
Bíblia, apenas 5 vezes (I Tim 6:15,16; Rom 2:7; II Tim 1:10; I Cor.
15:51-54) Em I Cor 15:51-54, também
descobrimos que o homem receberá a imortalidade na ressurreição dos justos, em
conexão com a segunda vinda de Cristo.
O mesmo apóstolo Paulo descreve a
cena mencionando a voz do arcanjo, a trombeta de Deus, e o grande grito de
vitória no momento em que Jesus está descendo, quando os justos mortos
ressuscitam e os vivos são transformados. I Tess 4:13-17. Em I Cor 15 ele declara que todos seremos
transformados, em um momento, num abrir e fechar de
olhos. E que o corruptível se tornará incorruptível e o mortal se revestirá de
imortalidade.
Portanto a Escritura confirma que
por enquanto somos mortais e que
receberemos a imortalidade na vinda de nosso Senhor Jesus Cristo.
Voltemos ao começo de tudo:
Quando Deus criou o homem soprou em suas narinas o fôlego da vida (Gên 2:7). A pessoa ao morrer, o pó volta à terra, como era,
e o espírito volta a Deus que o deu. (Eclesiastes 12:7)
Esse fôlego que volta a Deus é
mencionado 1.700 vezes na Bíblia. E o que indica? Em nenhuma vez afirma que ele seja consciente
fora do corpo.
O salmista Davi confirma dizendo
que “ao morrer o homem, também morrem os seus pensamentos.” Salmo 139:14. “Nem louvam ao Senhor” Salmo115:17. Salomão
no livro de Eclesiastes 9:5 é claro em dizer que os mortos não sabem coisa
nenhuma. E o livro de Jó também confirma
isso: cap.14:21
O grande Martinho Lutero,
referindo-se a esse texto disse: “Esta é outra passagem que prova que o morto
não sente nada....ele fica ali no túmulo sem saber que se passaram dias ou
anos, e quando ressuscitar vai parecer
que dormiu por apenas um momento. Jesus sabiamente comparou a morte com o
sono.” João 11:11-14.
As pretensas comunicações com os
mortos estão proibidas na Bíblia,
conforme Deuteronômio 18:9-12, porque os mortos não tem consciência de
nada, e o que aparece são manifestações
de anjos rebeldes que se uniram a Satanás, e não seres humanos. embora o
diabo consiga imitar muito bem os mortos, esses que aparecem não passam de
anjos enganadores.
Amigos, a nossa esperança de vida
após a morte, está única e exclusivamente na ressurreição dos justos, por
ocasião da volta de Jesus Cristo. Paulo diz: “Se não existe ressurreição
estamos perdidos. I Cor.15:16-19.
Mas a promessa de Deus e clara:
“Não vos maravilheis disto, porque vem a hora em que todos os que se acham nos
túmulos ouvirão a sua voz e sairão. Os que tiverem feito o bem, para a
ressurreição da vida; e os que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do
Juízo.” João 5:28,29.
Essa é a única porta pela qual devemos aguardar o
encontro com todos os nossos queridos que faleceram. Graças a Deus essa
esperança conforta o nosso coração. Pois a nossa pátria está nos céus, de onde
aguardamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo.
“E o testemunho é este, que Deus
nos deu a vida eterna, e esta vida esta em Seu Filho.
Aquele que tem o Filho tem a vida. Aquele que não tem o Filho de Deus não tem a
vida.” I João 5: 11.12.
Louvado seja o Senhor pelas
promessas que não falham. Ele diz: “Porque Eu vivo, vós também vivereis.” João
14:19.
Amigo, em breve o Senhor enxugará
as lágrimas da nossa saudade. Venha agora mesmo para os braços do Pai. Venha
para a Vida.
Jesus é aquele que resolve todos
os nossos problemas, inclusive nos livra da morte pela ressurreição.
65
A RESSURREIÇÃO DE JESUS
Neumoel Stina
O que você e eu sentimos quando
alguém da família morre?
Não é verdade que uma dor imensa
toma conta do coração?
Este era o sentimento dos
discípulos quando Jesus morreu.
O coração dos que amavam a Jesus,
estava machucado. Eles haviam presenciado a morte dAquele
que só fez o bem.
Desde o momento em que Jesus foi
colocado no sepulcro de José, as horas se escovam lentamente. No dia seguinte
da semana, domingo, pouco antes do amanhecer, Cristo continuava prisioneiro em
Seu estreito sepulcro.
A grande pedra posta a entrada do
túmulo estava em seu lugar, bem como o selo romano e a guarda sentinela.
Estavam também ali vigias invisíveis. Hostes de anjos maus se achavam reunidas
em torno daquele lugar.
Houvesse sido possível, o
príncipe das trevas teria mantido fechado para sempre o túmulo que guardava o
Filho de Deus. Uma hoste celeste, porém, circundava o sepulcro. Anjos
magníficos em poder aguardavam,
esperando o momento de saudar o Príncipe da Vida.
A Bíblia nos diz: “Eis que houve
um grande terremoto, porque um anjo de Senhor, descendo do céu, chegou. E o seu aspecto era como um
relâmpago, e o seu vestido branco como a neve.” Mateus 28: 2 e 3
Os bravos soldados que guardavam
o sepulcro, agora se tornaram indefesos com a presença gloriosa do anjo. O
rosto que agora contemplam não é de um guerreiro mortal; é a face do mais
poderoso anjos das hostes do Senhor. É o mesmo que nas colinas de Belém proclamara
o nascimento de Cristo.
A terra treme à sua aproximação.
Os soldados o vêem removendo a pedra como se fosse um
cascalho e ouvem-no exclamar: “Filho de Deus, ressurgi! Teu Pai te chama. Vêem Jesus sair do sepulcro e ouvem-No proclamar sobre o
túmulo aberto: “Eu sou a ressurreição e vida”.
Ao ressurgir Jesus, em majestade
e glória, a haste angelical, se prostra perante o Redentor em adoração,
saudando-O com hinos de louvor.
Um terremoto assinalara a hora em
que Jesus morreu. A Bíblia nos diz: “O véu do templo se rasgou de alto a baixo, e tremeu a Terra, e fenderam-se as
pedras. A abriram-se os sepulcros e muitos corpos de santos que dormiam foram
ressuscitados. E saindo dos sepulcros, depois da ressurreição dEle, entraram na cidade Santa e apareceram a muitos.” Mateus 27:51-53
Agora, ao ressurgir, outro
terremoto indicou o movimento em que retomou Sua vida em triunfo. Aquele que venceu a morte, e
a sepultura, saiu do túmulo como vencedor por entre o cambalear da Terra.
Quando foi ouvida no túmulo de
Cristo a voz do poderosos anjo, dizendo: “teu Pai Te chama” o Salvador saiu do
sepulcro pela vida que havia em si mesmo.
Provou-se serem verdadeiras, as
Suas palavras: “Dou a minha vida par tornar a tomá-la. . . Tenho poder para a
dar, e poder para tornar a tomá-la” João 10:17, 18.
Sobre o fendido sepulcro de José,
Cristo proclamara triunfante: “Eu Sou a ressurreição e vida.” Estas palavras só
poderiam ser pronunciadas pela Divindade.
Quando Cristo ressurgiu, trouxe
do sepulcro uma multidão de cativos. O terremoto, por ocasião de Sua morte,
abrira-lhes o sepulcro e , ao Jesus
ressuscitar, essa multidão ressurgiu
juntamente. Eram os que haviam colaborado com Deus, e que à custa da própria
vida tinham dado testemunho da verdade. Agora deviam ser testemunha dAquele que os ressuscitara dos mortos.
Em realidade, todos os seres
criados vivem pela vontade de Deus. Do mais elevado anjo ao mais humilde ser
humano, todos são providos da Fonte da Vida. Unicamente Aquele que era Um com
Deus podia quebrar as algemas da morte.
Cristo ressurgiu dos mortos como
um símbolo dos que dormem. Sua ressurreição é o tipo e a garantia da
ressurreição de todos os justos mortos.
Encerrando uma de suas cartas
assim se expressou o apóstolo Paulo: Porque se cremos que Jesus morreu e
ressuscitou, assim também aos que em Jesus dormem, Deus os tornará a trazer com
Ele.” I Tessalonicenses 4:14
Para o crente, Cristo é a
ressurreição e a vida. Em nosso Salvador é restaurada a vida que se perdera
mediante o pecado; pois Ele possui vida em Si mesmo, para vivificar a quem
crer. Acha-se investido do poder de dar imortalidade.
A vida que Ele depôs na
humanidade, retoma, e dá à humanidade. Disse Jesus: “Eu vim para que tenham
vida, e a tenham em abundância” João 10:10, “Aquele que beber da água que Eu lhe der nunca terá
sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte
para a vida eterna”. João 4:14
A voz que bradou da cruz:
“Está consumado”, foi ouvida entre os
mortos. Penetrou as paredes dos sepulcros, ordenando aos que dormiam que
despertassem.
Assim será quando a voz de Cristo
for ouvida do céu. Ela penetrará as sepulturas e abrirá os túmulos, e os mortos
em Cristo ressurgirão.
Na ressurreição do Salvador,
algumas tumbas foram abertas, mas em Sua segunda vinda todos os queridos mortos
Lhe ouvirão a voz, saindo para uma vida gloriosa imortal.
O mesmo poder que levantou a
Cristo dentre os mortos, erguerá sua igreja, glorificando-a com Ele.
Muitos de nós já perdemos pessoas
queridas. O pai, a mãe, um filho, uma filha, parentes e amigos. A dor da
separação é algo inexplicável.
Podemos com certeza, encher o
nosso coração de esperança, porque Cristo prometeu, que quando regressasse à
esta Terra, que os mortos que descansaram no Senhor, ressurgiriam do pó, para a
Vida eterna.
Abraçemos esta
Bendita Esperança.
Eu tenho muitas pessoas que quero
encontrar quando Jesus voltar, e você?
A certeza está na ressurreição de
Jesus e nas suas promessas.
Apegue-se a Jesus, Ele é o Senhor
da Ressurreição.
66
RECONHECENDO QUE SOMOS CARENTES
Neumoel Stina
Uma das coisas mais difíceis para
o ser humano é reconhecer as suas limitações e achar que pode viver sem
interferências de outros em sua vida. Em certo sentido isso é normal quando passamos
da infância para a adolescência.
Nessa fase da vida, nós queremos
nos despregar de todo tipo de ajuda, dos conselhos e orientações da velha
geração, considerados quadrados, ultrapassados e ranzinzas.
Alguns se acostumam com essas características
próprias da adolescência e não crescem, não atingem a maturidade e se tornam
excêntricos, auto-suficientes e até um pouco
antipáticos.
Na vida religiosa ocorrem
fenômenos parecidos. São pessoas que, presas a um raciocínio infantil desconhecem a realidade da vida. Acham que
podem viver muito bem como estão e se precisarem mudar algum dia, podem fazê-lo
sem a ajuda de alguém.
Então vem a pergunta: Pode
realmente a pessoa mudar quando quiser e se transformar sem interferência ou
ajuda externa? Especialmente no aspecto
religioso isso se torna impossível porque não só as informações, mas também o
poder são supridos por Deus.
O Senhor Jesus foi muito claro
nesse sentido quando disse as palavras que estão escritas em João 15:5: “Sem
Mim nada podeis fazer.”
O profeta Jeremias lança a
pergunta: “Pode acaso o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas?
Então, nesse caso, vocês poderiam fazer o bem, estando acostumados a fazer o mal.” Jeremias 13:23
O orgulho humano é que impede que
as pessoas reconheçam que são carentes. As pessoas cultas, ricas e poderosas
tem mais dificuldade em reconhecer que são dependentes, inclusive de Deus, mas este não é um problema
só dos ricos.
Alguns se esquecem até que o
Criador é quem mantém a respiração das pessoas, e conserva o seu coração
pulsando.
A grande verdade é que ninguém
jamais irá a Jesus até que admita a sua incapacidade de salvar-se a si mesmo.
Somos como aquele homem da história, que tinha um
carro cuja buzina não funcionava. Levou-o então a uma oficina para o devido
reparo. estava chovendo, e quando se aproximou da entrada da oficina, viu que a
porta estava fechada, com o seguinte anuncio: Para ser antendido,
buzine.
Amigo, na vida entramos em um
círculo vicioso e nos debatemos usando apenas forças humanas, quando na
realidade precisamos de uma ajuda externa, superior, que nos conduza a uma
saída dos nossos labirintos.
Se quisermos realmene
encontrar a saída, encontrar o caminho, precisamos fazer uma entrega da nossa
vontade à Deus. A origem da palavra
entrega é dar-se por vencido.
Nunca sairemos do beco, enquanto
não desistirmos da idéia de que podemos fazer alguma
coisa para melhorar a nossa condição antes de procurar a Deus.
Temos que ir a Cristo como estamos.
Do jeito que somos. Precisamos reconhecer que somos carentes. Através dos
nossos esforços simplesmente, nunca nos tornaremos pessoas melhores.
O nosso grande problema é que
queremos abandonar as coisas, em vez de abandonar o nosso eu. A grande verdade é que separados do Senhor
nunca chegaremos aonde pretendemos.
Até para fazermos a nossa entrega
precisamos da ajuda de Deus. Essa entrega foi descrita muito bem pelo grande
apóstolo Paulo como sendo a crucifixão.
Ele diz:“ O nosso velho homem deve ser crucificado com Ele.” Romanos 6:6.
Você não pode crucificar a si
mesmo. Outra pessoa terá que fazê-lo. Nas Escrituras a cruz é usada como símbolo de rendição: “Se
alguém quiser vir após Mim, a si mesmo se negue, tome a sua cruz e siga-me.”
Lucas 9:23
A cruz é usada como símbolo de
que não podemos entregar-nos a nós mesmos. Devemos permitir que Deus realize
essa obra por nós.
O ladrão arrependido é o maior
exemplo de alguém que reconheceu suas carências.
A Bíblia nos relata este fato da
seguinte maneira: “Um dos malfeitores
crucificados blasfemava contra ele, dizendo: Não és tu o Cristo? Salva-te a ti
mesmo e a nós também. Respondendo-lhe, porém, o outro, repreendeu-o dizendo:
nem ao menos temes a Deus, estando sob igual sentença?
Nós, na verdade, com justiça porque recebemos o castigo que os nossos
atos merecem; mas este nenhum mal fez.
E acrescentou: Jesus, lembra-te de mim quando vieres no teu reino. Jesus
lhe respondeu: em verdade te digo hoje,
estarás comigo na paraíso.”
Lucas 23: 39-43
Prezado ouvinte, por que sofrer
sozinho na estrada? Entregue a Jesus o seu coração. Deixe que o Seu poder
proteja você.
Jesus é o seu Herói. Ele venceu o
inimigo lá no Calvário e oferece a você a vitória hoje. Reconheça apenas que
precisa de Jesus.
Se até, agora você resistiu
entregar-se, troque o comando imediatamente e assista a manifestação excelsa do
Poder de Deus em sua vida.
Talvez até você seja membro da
Igreja. Mas, mesmo assim esteja agarrado a algum passado, ou algum hábito e
sinta necessidade de se entregar totalmente ao Senhor.
Eu quero dizer a você que Jesus
está lhe chamando. Se você sente que faltam forças, deixe Jesus tomar a sua
mão.
67
COMO SUPERAR A DEPRESSÃO
Neumoel Stina
Como surge a depressão? Quais os
sintomas? Você imagina que tem
depressão? Se esse fantasma o assusta, a Voz da Profecia garante a você que é
possível superá-lo.
A depressão se parece com uma
sensação de desapontamento. Parece uma sombra, uma nuvem densa em cima da sua
cabeça. Você se levanta cansado e tudo o que faz exige bastante esforço.
Tudo fica mais difícil. Aí você
quase não sai, não aceita convites, prefere isolar-se cada vez mais.
Você tenta não entregar-se,
procura combater esse gigante, mas volta a sentir um desânimo que suga toda a
energia restante.
Parece que uma escuridão o
cerca por todos os lados e você começa a
descer ao poço sem fundo da depressão.
Os psicólogos afirmam que a
depressão aflige a pessoa mais do que
qualquer outra doença. E se houver alguma outra enfermidade, tal doença na
presença da depressão galopa na direção errada.
A depressão nos ronda muito mais
do que imaginamos. Especialmente nas cidades grandes. A selva de concreto se
tornou tão cruel conosco, não só pelas
ofensas, mas também por nos ignorar e depois nos agredir com o espectro do
medo.
Esses dias fiquei surpreendido ao
saber que 46% da população de São Paulo já teve algum tipo de atendimento
psicológico. O fato mais perturbador segundo os profissionais é que os casos
não tratados de depressão atingem números alarmantes.
A depressão pode estar ligada a
alguma perda que tivemos. De um parente, a perda do namorado, da auto-estima, a perda
de um emprego ou o medo de perdê-lo. Também pode estar ligada a uma
reação de desapontamento, uma frustração grave e dolorida. Geralmente são
ferimentos emocionais.
Comumente as pessoas estacionam
em um clima negativo, descrito pelos especialistas como baixo astral. Elas
conseguem viver, mas tudo ao redor fica
sombrio e se sentem “pra baixo”.
Às vezes foi um insulto, uma
rejeição, uma injustiça sofrida, multiplicados pela tristeza e pela raiva.
A chave para a depressão está em
nossa reação a ela, nossa atitude para com essas coisas ruins que cruzam nosso
caminho.
A depressão se desenvolve no
cérebro. Se quisermos atacar de frente a depressão, temos que eliminar hábitos
errados de pensar. Isso não é fácil, mas através da graça de Deus se torna
possível.
Foi exatamente isso que aconteceu
com o apóstolo Paulo quando escreveu a carta aos Filipenses. Estava preso
dentro de um calabouço romano, escuro e úmido.
Com certeza era uma forte razão para um grande desapontamento
e tristeza.
O ativo e incansável batalhador
do Evangelho, estava agora confinado entre paredes geladas de pedra. Dali
escreve uma carta de ânimo aos filhos na fé. Filipenses começa e termina
invocando a graça divina sobre todos eles.
Paulo não deixou seus pensamentos
afundarem na escuridão das circunstâncias. Não permitiu que a ansiedade, o
ressentimento e a raiva o dominassem.
Paulo colocou sua situacão depressiva nas mãos de Deus. Ele apontou seu
problema na direção do Céu e
quando fez isso, começou a ver a luz
iluminando a masmorra fria e insalubre. Ele viu que a graça de Deus
podia fazer coisas positivas por ele. Que era capaz de reverter os seus problemas, mágoas e tristezas. E
ainda conseguiu escrever estas palavras, que estão registradas em sua carta aos
Filipenses:
“As coisas que me aconteceram
contribuíram para o progresso do Evangelho”. Filipenses 1:12.
“Dou graças ao meu Deus quando me
lembro de vós.” Filipenses 1:3
“Regozijai-vos sempre no Senhor.
Outra vez digo, regozijai-vos.” Fil. 4:4
“Posso todas as coisas naquele
que me fortalece.” Filip 4:13
“Esquecendo-me das coisas que
para traz ficam, prossigo para o alvo.” Filipenses 3:13 e 14
Na cela solitária poderia
relembrar o passado e abominar o presente, mas resolveu acreditar no futuro.
Decidiu ser alegre e agradecer.
Reverteu todo o quadro da
depressão e mergulhou nas promessas divinas a ponto sentir-se feliz mesmo ali
onde estava.
Conseguiu desfocar o problema
pungente, para enaltecer as vitórias do Evangelho: “Com isto me regozijo, disse ele, sim, sempre
me regozijarei.” Filipenses 1:18
Como então podemos superar a
depressão?
Além de procurar um médico,
porque depressão é doença, a fé é um elemento fundamental no processo da cura
da depressão e muitas vezes o fator decisivo. É preciso confiar em Deus e
pensar positivamente.
Um cardiologista chamado para uma
emergência, antes de sair indicou uma paciente aos seus assistentes dizendo:
“esta moça é portadora de TS.”
Como ela não sabia que TS era a
sigla da sua doença, imaginou logo que TS era o código das palavras em inglês:
Terminal State = estado terminal. Deprimida pensou
que seus dias estavam contados e morreu em poucos dias na UTI do hospital.
O reverso também ocorre. Um
senhor com o coração enfraquecido, estava em situação gravíssima. Normalmente o
coração tem dois sons apenas. Mas este era um caso de falência do músculo
cardíaco, e surgiu um terceiro som denominado “ritmo de galope”, estágio
terminal da doença. O cardiologista disse aos alunos: “agora vocês vão assistir
a um bom galope.” Mas o incrível aconteceu. O paciente em duas semanas recebeu
alta completamente curado.
Ele havia entendido que o bom
galope seria a reabilitação que ele teria. Imediatamente quando ouviu a
expressão, a esperança estimulou sua mente e o processo de cura e restauração
foi iniciado para a sua imensa alegria.
Amigo, mediante a confiança em
Deus, você pode superar todos os seus problemas. Inclusive a depressão. E
deixar aos cuidados divinos toda e qualquer dificuldade que esteja
enfrentando. Deixe suas preocupações e fardos aos cuidados do Salvador Jesus,
que disse: “Venham a Mim todos os cansados e oprimidos e Eu os aliviarei.”
Mateus 11:28
Se você acreditar em Jesus,
começará em você o milagre da cura e da restauração.
68
A CRIAÇÃO
Neumoel Stina
Quando abrimos a Bíblia para ler
o primeiro versículo encontramos: “No princípio criou Deus os céus e a terra”
Gênesis 1:1.
O testemunho bíblico acerca da
criação é grandioso. Há numerosas expressões que enaltecem o poder criador de
Deus desde o Gênesis até o Apocalipse.
No livro dos Salmos lemos da
excelência da criação descrita numa das mais lindas poesias bíblicas: “Os céus proclamam a glória de Deus e o
firmamento anuncia as obras das Suas mãos. Um dia faz declaração ao outro dia,
e uma noite mostra sabedoria a outra noite. Não há linguagem, nem há palavras,
e deles não se ouve nenhum som; no entanto por toda a terra se faz ouvir a Sua
voz, e Suas palavras até aos confins do mundo.” Salmo 19:1-4
Ao relembrarmos as coisas que
Deus criou nos enchemos de admiração do Seu excelso poder. No Salmo 33:6 lemos:
“Pela palavra do Senhor foram feitos os céus, e todo o exército deles pelo
espírito da Sua boca.”
Quando a terra saiu das mãos do
Seu criador era extraordinariamente bela. A superfície era variada, contendo
montanhas, colinas, e planícies, entrecortadas por grandes rios e formosos
lagos.
Graciosos arbustos e delicadas
flores encantavam a vista por todos os lados. As árvores eram majestosas e o ar
era puro e saudável. Muitos peixes, aves e animais davam vida ao lindo cenário.
Depois da Terra, Deus trouxe a
existência o homem. A ele foi dado domínio sobre tudo que seus olhos poderiam
contemplar. E o próprio Deus deu a Adão uma companheira.
Eva foi criada de uma costela
tirada do lado de Adão, significando que não deveria dominar, como se fosse a
cabeça, nem ser pisada sob os pés como se fosse inferior, mas estar a seu lado
como igual, sendo amada e protegida por ele.
O próprio Deus celebrou o
primeiro casamento. Esta foi uma das primeiras dádivas de Deus ao homem. E
ainda hoje quando os princípios divinos são obedecidos e seguidos nesta
relação, o casamento é uma bênção para a humanidade.
Tudo o que Deus havia feito era a
perfeição da beleza e nada parecia faltar. Contudo, o Criador deu mais uma demonstração de Seu
amor, preparando um jardim especialmente para o lar de Adão e Eva.
Uma famosa escritora, descreveu
assim o Jardim do Éden: “Neste jardim havia árvores de toda variedade, muitas
delas carregadas com lindos frutos. Havia lindas trepadeiras apresentando um
graciosíssimo aspecto com seus ramos prendendo e colorindo o ambiente com
variados tons. Era o trabalho de Adão e Eva moldar os ramos da trepadeira de
maneira a formar caramanchéis, fazendo assim para si,
com as árvores vivas, abrigos cobertos com folhagens e frutos.
Havia ainda perfumadas flores de
toda cor e bem no meio do jardim a árvore da vida sobrepujando todas as demais.
Seu fruto reluzia e tinha a propriedade de perpetuar a vida.” Patriarcas e Profetas, pág 30
A criação estava completa. Diz a
Palavra de Deus: “Assim, pois, foram
acabados os céus e a terra e todo o seu exército.” Gênesis 2:1 “Viu Deus tudo quanto fizera, e eis que era
muito bom.” Gênesis 1:31
No entanto, Deus achou que um
repouso era essencial ao homem, mesmo no Paraíso. Ele necessitava por de lado seus próprios interesses e ocupações durante um dia dentre os sete, para que
pudesse de maneira mais ampla contemplar as obras de Deus e meditar em Seu
poder e bondade.
Precisava de um sábado, de um
descanso, para lembrar-se de Deus e manifestar-lhe gratidão por tudo quanto
desfrutava e por tudo quanto recebera das mãos do Criador.
Foi assim que Deus criou o sétimo
dia completando a Sua obra. Diz o texto sagrado: “E havendo Deus terminado no
dia sétimo a sua obra, que fizera, descansou
nesse dia de toda a sua obra que tinha feito. E abençoou Deus o dia
sétimo e o santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador,
fizera.” Gênesis 2:2 e 3
Semelhantemente ao sábado e ao casamento, a semana
originou-se na criação e tem sido preservada através dos séculos. O próprio
Deus estabeleceu a primeira semana como modelo a ser seguido.
E esta primeira semana foi
constituída de 7 dias literais, ou seja, dias de 24 horas cada. Seis dias foram
usados na criação. O sétimo dia, Deus nele descansou e o abençoou separando-o como um dia especial
para o homem.
Há um esforço no sentido de
explicar a obra da criação como resultante de causas naturais. E também uma
tentativa de fazer a Bíblia parecer oposta à Ciência.
Mas lembremo-nos: Deus é o
fundamento de todas as coisas. Toda verdadeira ciência está em harmonia com
Suas obras. A ciência desvenda maravillhas à nossa
vista; explora novas profundidades; mas nada traz de suas comprovadas pesquisas
que esteja em conflito com a revelação divina.
Pelo contrário, aqueles que tomam
a Palavra escrita, como seu conselheiro, encontrarão na ciência um auxílio para
compreender a Deus.
Nenhuma mente finita pode
compreender completamente a existência, o poder, a sabedoria, ou as obras do
Ser infinito. Todavia as obras da criação testificam do poder da grandeza de
Deus.
O que nós precisamos realmente é
olhar para a Palavra de Deus, e confiar na Criação.
Deus é o Criador e o que está
revelado em Sua Palavra é a verdade. A Semana da Criação mostra todas as obras
criadas por Deus incluindo o ser humano e também o sábado do sétimo dia, como
dia de repouso.
Um dia Deus vai restaurar o
Jardim do Éden, há tanto tempo perdido. E você também pode fazer parte da
restauração de todas as coisas.
Basta apenas aceitar o plano de
Deus em Jesus.
Você já parou para ver um por-de-sol, não é maravilhoso? Cada dia o artista pinta um quadro diferente
para nós. Ele é o Criador.
69
À IMAGEM E SEMELHANÇA DE DEUS
Neumoel Stina
Você já pensou na criação do
homem e da mulher? Entre as maravilhas que Deus criou está o ser humano. Na
verdade o homem é a obra prima da criação.
Lemos em Gênesis 1:26 e 27:
“Também disse Deus: Façamos o homem à nossa imagem, conforme a nossa
semelhança. . . Criou Deus, pois, o homem à Sua imagem, à imagem de Deus o
criou; homem e mulher os criou.”
Aí está a origem da raça humana.
O homem não veio à existência através de um processo, evoluindo de formas
inferiores até chegar ao que é hoje.
A Palavra de Deus confirma ao
longo de suas páginas essa declaração. Na genealogia de Jesus no evangelho de
Lucas encontramos no capítulo 3 e versículo 38 que na mais remota linhagem,
Adão o pai da humanidade, veio de Deus.
Davi, num de seus Salmos exalta a
dignidade de Deus como Criador e menciona: “Que é o homem, que dele te lembres?
E o filho do homem para que o visites? Fizeste-o no entanto, por um pouco menor
do que os anjos e de glória e honra o coroaste.” Salmo 8: 4 e 5.
Aí está o claro testemunho de que
o ser humano foi formado pelo Criador. E ao sair de Suas poderosas mãos, o
homem era perfeito. Seu rosto comunicava saúde, luz e vida. Sem ter
experimentado o pecado mantinha uma esfera de beleza, pureza e santidade.
Verdadeiramente refletia à imagem
do seu Criador. Mas em que sentido o homem possui a imagem de Deus? Ou ainda, em que se manifesta a imagem divina
no homem?
Devemos enfatizar que ter sido
criado à imagem e semelhança de Deus, não significa igualdade pura.
O
homem foi formado à imagem de Deus nos aspectos: físico, espiritual e
intelectual. Mas, acima de qualquer raciocínio ou conclusão precipitada,
queremos afirmar que tudo o que podemos e devemos saber acerca de Deus está
contido nas Escrituras Sagradas.
Há muitos que vivem especulando
acerca de assuntos que a Bíblia não revela e acabam por perder a fé, o amor e a
esperança. Desanimam na vida cristã.
A Bíblia nos diz: “As coisas
encobertas pertencem ao Senhor, nosso Deus, porém as reveladas nos pertencem, a
nós e a nossos filhos, para sempre.” Deuteronômio 29:29.
O aspecto fundamental neste
assunto não é ficar especulando acerca da forma física e espiritual ou acerca
da capacidade mental de Deus.
Mas o ponto principal, bem
diferente da especulação, é que o Senhor formou o homem para viver em Sua
companhia. Nisto consiste a base do tema da criação do homem à imagem e
semelhança de Deus.
O ato da criação da raça humana é
uma manifestação do amor de Deus. Entre outras coisas isto pode ser comprovado
pela capacidade de escolher, ou seja, o livre arbítrio com que foi criado o
homem.
O Senhor desejou que a família da
Terra fosse uma extensão da família celestial. Todavia, não impediu que o homem
escolhesse esse ou outro caminho diferente.
Aí está a grande diferença entre
os seres humanos e as demais criaturas viventes. Os animais são irracionais.
Não pensam. Não raciocinam, nem possuem capacidade de escolha. O homem pode
fazer tudo isso e muito mais
Podemos ver nas páginas das
Escrituras Sagradas muitos exemplos de Deus desejando estar em companhia dos
homens. Concluímos que o Senhor visitava, pela viração do dia o Jardim do Éden,
só para desfrutar do companheirismo de Adão e Eva. Gênesis 3:8
Pouco depois, lemos a história de
Abraão. É um dos mais lindos e emocionantes relatos históricos da Bíblia. No
desenrolar dos fatos vemos como Abraão buscou um relacionamento contínuo com
Deus.
E, por outro lado, vemos como
Deus buscou acompanhar e abençoar este Seu servo. Em várias oportunidades, o
apóstolo Paulo exaltou a confiante fé de Abraão em Deus.
Abraão, além de ser chamado de o
Pai da Fé, é também chamado de O Amigo de Deus. “E creu Abraão em Deus, e isso
lhe foi imputado como justiça; e: Foi
chamado o amigo de Deus.” Tiago 2:23
Que definição maravilhosa,
Abraão, o amigo de Deus. Isso traduz na experiência viva, o propósito para qual
o homem foi feito à imagem e semelhança
de Deus - ser amigo e companheiro do Seu Criador.
No entanto, o exemplo maior de
companheirismo com os homens foi dado por Deus quando Jesus Cristo veio estar
entre nós assumindo a natureza humana.
“Ele andou por toda a parte parte fazendo o bem.” Atos 10:38. Embora Jesus tivesse momentos reservados para
sua comunhão íntima com o Pai, o maior tempo de sua missão foi gasto com as
pessoas, ensinando, curando, aliviando a dor e o peso dos sofredores.
Mesmo sem o seu brilho original,
o homem ainda reflete a imagem de Deus. Possuímos uma consciência moral, um
senso do certo ou errado, bem ou mal. E isto pode se tornar dia a dia mais
sensível se cultivarmos um relacionamento saudável com Deus através do estudo
de Sua Palavra e pela oração.
Por outro lado, o que restou no
ser humano da imagem de Deus, poderá ser completamente anulado se dermos vazão aos maus impulsos da
nossa natureza. Fazendo assim, dia a dia, apagaremos a semelhança com Deus.
Lembremos pois, que o propósito
de Deus ao criar o homem à sua imagem e semelhança foi de estabelecer com a
família humana, amizade e companheirismo.
Porque somos livres, podemos
escolher um caminho de íntimo contato com Deus.
E Ele, sem dúvida, se agradará disto, e um dia, seremos levados para
estar sempre em Sua doce e eterna companhia.
Que Deus maravilhoso.
70
A PROPOSTA DIVINA DE VIDA
Neumoel Stina
Na Bíblia encontramos a mais
trágica de todas as consequências do
pecado: “Porque o salário do pecado é a morte.” Que tristeza seria se esta
fosse a única declaração que a Bíblia traz sobre o assunto.
Felizmente não é assim. Paulo
então conclui: “mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, por Cristo Jesus
nosso Senhor” Romanos 6:23.
Há um conforto no coração do
homem com esta mensagem. Nós fomos feitos para a vida. E não aceitamos a morte.
Todas as vezes que vamos a um
cemitério sepultar um amigo, uma criança, ou alguém da família, despertam-se em
nós os piores sentimentos. Isto acontece porque dentro de cada um de nós,
existe uma vontade muito forte de viver. A divindade possuía um plano de
salvação, mesmo antes do pecado.
Desta maneira, quando Adão e Eva
pecaram, Deus vetou-lhes o acesso à árvore da vida, mas abriu-lhes um caminho
de esperança e salvação. Naquele mesmo dia, Deus prometeu-lhes que viria alguém
nascido de mulher para pagar o alto preço que o pecado exigia: a morte.
Quando falamos em morte, não nos
referimos a simples morte física. Fazemos referência ao fato em si e sobre tudo
o que isso representa: a pior e mais amarga de todas as separações.
A condição humana após o pecado
era viver uma existência sujeita a todos os transtornos que o pecado trouxe:
dor, sofrimento, angústia, injustiça, dissensões e depois, morrer, sem ter
nenhuma esperança de algo superior. Esta
seria a história se não fosse a proposta divina.
O desejo de vida no homem é tão
forte que a maioria das pessoa acredita no prolongamento da vida após a morte.
Surgiram várias teorias que defendem o fato de o ser humano possuir uma alma
imortal.
A primeira mentira proferida por
Satanás continua igual, ainda engana milhões
de pessoas da mesma forma como Eva foi enganada.
No entanto, não é isso que a
Palavra de Deus nos ensina. O triste fato é que tendo escolhido o pecado, o
homem tornou-se mortal.
Por outro lado, o amor de Deus
não poderia permitir que a humanidade ficasse escrava do pecado para
sempre. Para isso alguém precisaria pagar o preço do pecado. É aí que entra a
proposta divina.
A Bíblia nos diz: “Porque Deus
amou o mundo de tal maneira que deu o Seu Filho Unigênito, para que todo aquele
que nele crê, não pereça, mas tenha a vida eterna. Porque Deus enviou o seu
Filho ao mundo não para que condenasse o mundo, mas para que o mundo fosse
salvo por Ele. Quem crê nEle não é condenado, mas
quem não crê, já está condenado; porquanto não crê no nome do Unigênito Filho
de Deus.” João 3:16 a 18.
O amor de Deus é algo tão
maravilhoso e extraordinário que só poderá ser compreendido plenamente na
eternidade.
Passaram-se milhares de anos
desde o momento em que Deus foi ao Jardim do Éden na tarde daquele dia e então
sua voz soou: “Adão, onde estás?”
Gênesis 3:9.
Nesta procura divina vemos o resumo do Evangelho. O
homem pecou e se escondeu de Deus. O Senhor no entanto foi em busca daqueles
que se haviam perdido.
Ao nascer Jesus neste mundo,
segundo a primeira promessa de Gênesis 3:15, Deus veio em pessoa se aproximar
da humanidade pecadora. Aqui viveu Jesus identificado com as coisas dos homens.
Cresceu, trabalhou, sofreu.
Conheceu as dificuldades e problemas que todos nós enfrentamos. Suportou provas
e tentações. Mas resistiu a tudo e a todas as coisas, e não foi achado nEle pecado algum.
Em seu ministério de 3 anos e
meio, Jesus se identificou com os pobres, miseráveis e sofredores deste mundo.
Dedicou seu tempo aliviando a carga daqueles que padeciam as tristes
consequências do pecado.
Ao findar Sua missão, Jesus
enfrentou a morte. Morte é separação. Eternamente em companhia de Deus o Pai e
de Deus, o Espírito Santo, Jesus temeu não suportar a dor horrível da
separação. Na noite de Sua extrema agonia, Ele orou: “Pai, se possível passa de
mim este cálice, todavia não seja como eu quero, mas como Tu queres.” Mateus
26:39.
Jesus foi condenado e crucificado. Por Sua vida
justa, Jesus adquiriu o direito de pagar o preço que o pecado impôs. Com Sua morte, derramando seu sangue
inocente, Jesus pagou o preço requerido pelo pecado de Adão e Eva.
No momento de Sua morte, Jesus
assumiu a culpa de todos os pecados que haviam sido cometidos e a culpa de
todos os pecados que haveriam de ser praticados ainda.
Como Jesus é plenamente Deus e tornou-se plenamente homem, Ele era o único
que poderia morrer e tornar a viver por Seu próprio poder. Lemos em João 10: 17
e 18: “Por isto o Pai me ama, porque dou a minha vida para tornar a tomá-la.
Ninguém a tira de mim, mas eu de mim mesmo a dou; tenho poder para dar e poder
para tornar a tomá-la”.
Quando Jesus ressuscitou, obteve a confirmação de que seu
sacrifício havia sido aceito para pagar
o preço do pecado, e tornou-se o Salvador da humanidade. Ele subiu ao céu e o Espírito
Santo veio para atuar no coração dos homens a fim de que estes aceitem a
proposta de vida que Deus lhes está fazendo.
Deus está propondo a vida eterna
a todos quantos desejarem. É uma oferta para todos, é para você e para mim. Não
importa nossa cor, raça, religião ou profissão. Se somos ricos ou pobres.
O que Ele quer é que aceitemos
esta proposta de vida. Simplesmente aceitar. Deus fez tudo o que era necessário
para que tivéssemos vida. Jesus pagou totalmente o preço que o pecado exigiu.
Ele pode perfeitamente dar vida a todos os que aceitarem Sua oferta de amor.
Eu sinto em meu coração que a
cruz do Calvário é a maior dádiva que recebemos de Deus.
Que amor maravilhoso. É
impossível recusar a proposta do Senhor,
e por outro lado sentirmos vontade de contar esta
linda história - a história da Cruz.
71
SÓ UMA COISA TE FALTA
Neumoel Stina
A Bíblia relata uma história
impressionante de um jovem rico que procurou a Jesus.
Este episódio se encontra no livro de Marcos 10:17:22. Vejamos o que
diz: “E pondo-se Jesus a caminho, correu um homem ao seu encontro e,
ajoelhando-se, perguntou: Bom Mestre, que farei (de bom) para herdar a vida eterna?
Respondeu-lhe Jesus: Porque me chamas bom? Ninguém é bom, senão um só, que é
Deus. Sabes os mandamentos: Não matarás, não adulterarás, não furtarás, não
dirás falso testemunho, não defraudarás ninguém, honra teu pai e a tua mãe.
Então ele respondeu: Mestre, tudo isto tenho observado desde a minha juventude.
Mas, Jesus fitando-o, o amou, e disse: Só uma coisa te falta: Vai, vende tudo o
que tens, dá-o aos pobres, e terás um tesouro no Céu; então vem e segue-me.
Ele, porém, contrariado, com esta palavra, retirou-se triste, porque era dono de
muitas propriedades.”
O jovem rico era um dos
dirigentes da sinagoga. Era rico e tinha uma posição de grande
responsabilidade. Era sincero, simples e cortês.
Ele vira Jesus abençoar as
criancinhas que lhe eram trazidas; vira o Mestre segurar os pequenos em Seus
braços. Em seu coração brotou a chama do amor pelo Senhor Jesus, e desejou ser
discípulo dEle.
Tão impressionado estava com
Cristo, que ao Jesus sair a caminho ele correu atrás dEle
e lançando-se aos Seus pés, fez-lhe com
sinceridade esta pergunta, tão importante para ele e para todo ser humano, “Bom
Mestre, que farei (de bom) para herdar a vida eterna? (Marcos 10:17)
Homem importante que era, não se
preocupou com sua reputação diante dos outros, correu atrás de Jesus e ajoelhou-se diante dEle,
pois buscava inteligentemente algo que muito desejava e, sabia que, somente
Deus lhe poderia dar.
Que desejava ele, realmente, ao
chamar Jesus de Bom Mestre? Sabia ele que Jesus
era o Filho de Deus?
O jovem rico procurava viver uma
vida irrepreensível. É muito difícil encontrar uma pessoa rica, que não tenha
sido tentada a cair em pecado por causa
de sua riqueza.
O jovem rico havia controlado as
paixões de sua juventude. Mesmo sendo rico soubera controlar-se: Sua vida não
podia ser repreendida. É certo que a moralidade não nos salva, mas é um bem
precioso, e indica a quem servimos e a
quem amamos.
Quando Jesus lhe disse: “Se queres herdar a vida (eterna)
guarda os mandamentos”, o jovem retrucou: “Tudo isto tenho guardado desde a
minha juventude” Ele estimava muito sua própria justiça, sua moralidade.
Tudo quanto a lei de Moisés
exigia , ele procurava fazer. Ele não supunha que houvesse alguma falta em sua
vida; mas não estava satisfeito!
O jovem rico sentia falta de
algo. A pior coisa que pode acontecer a um cristão é sentir-se seguro de si; é
não sentir falta de nada. Esta é a triste condição da igreja de Laodicéia: “Rico sou e de nada tenho falta.” Apocalipse
3.17
Jesus olhando o jovem rico o amou. Jesus o amou,
não por causa de sua riqueza, não por ele ser inteligente ou tê-lo chamado de
Bom Mestre, nem tão pouco por que ele guardara todos os mandamentos, mas porque via nele um potencial magnífico e
maravilhoso para o futuro de Sua obra.
Amou-o porque viu que ele
desejava ardentemente a vida eterna e queria fazer a vontade de Deus. Jesus o
amou porque desejava fazê-lo um
discípulo especial, que alcançasse excelência
de caráter e representasse a Deus de modo mais perfeito.
Jesus continuava olhando com amor
para ele. Era isto mesmo que ele dissera! Faltava-lhe uma única coisa: Vencer o
egoísmo. Ele necessitava possuir o amor de Deus em seu coração.
Sem o amor de Deus toda
obediência, toda moralidade e toda religião não são verdadeiras. Para receber o
amor de Deus ele deveria renunciar ao amor pelo próprio eu.
Jesus estava testando o jovem
rico. Deu-lhe a oportunidade de escolher entre os tesouros terrestres e os
tesouros celestiais. Mas para seguir a Cristo, para ter um tesouro no Céu, ele
deveria renunciar ao próprio eu, tomar sua cruz de resignação, abnegação,
renúncia e também de serviço e fazer a vontade de Deus.
Não sabemos quanto tempo Jesus esperou por uma resposta,
ou quanto tempo o jovem rico levou para tomar sua decisão. Ele compreendeu o
que significavam as palavras de Cristo.
Ele pensou na sua posição, era um
dos honrados membros do concílio judaico, assim sendo, as perspectivas do
futuro eram brilhantes e muito promissoras.
Ele desejava os tesouros do céu,
mas desejava também as riquezas temporais que lhe dariam vantagens
excepcionais. E, pesaroso, tomou a decisão: “retirou-se triste, porque era
riquíssimo”. Lucas 18:23 Que tristeza! Que tragédia!
Ele amou mais a riquezas, do que
ao Senhor que lhe dera muitos bens para que ele se tornasse um fiel
administrador deles, para servirem de bênção aos necessitados. Mas, ele falhou. Que lástima, que pena!
Jesus ofereceu ao jovem rico um modelo de conduta,
que todo cristão necessita seguir: é a obediência, não meramente à letra da
Lei, mas a obediência do amor!
Sim, a única obediência que Deus
aprova é a obediência da renúncia ao eu, a obediência da sujeição de nossa
vontade à Sua vontade.
Podemos, portanto, resumir o
ensino de Jesus ao jovem rico como “renunciar a si mesmo.” Esta é a essência do
cristianismo, o verdadeiro amor, que tudo faz para o bem do próximo, porque
deriva do caráter de Deus.
Deus é amor, e todos os Seus
filhos demostrarão em sua vida este mesmo amor.
Jesus diz hoje: “só uma coisa te
falta”. Ele deseja que o coloquemos em primeiro lugar na nossa vida e que Sua
vontade seja soberana em nossa mente.
Deus nos abençoe ao tomarmos a decisão de dar o primeiro lugar
à Cristo em nosso coração.
72
FÉ, ARREPENDIMENTO, E CONFISSÃO
Neumoel Stina
Na palestra de hoje queremos
abordar sobre a resposta positiva que podemos
dar a Deus. Iniciamos com a leitura do texto de Hebreus 11:6 - “Ora, sem
fé é impossível agradar a Deus; porque é necessário que aquele que se aproxima
de Deus creia que Ele existe e que é galardoador dos que O buscam”.
1. Portanto o primeiro
ingrediente da resposta humana é a fé. O próprio capítulo 11 da carta aos
Hebreus nos primeiros versículos provê alguns conceitos do que possa ser a fé.
Todavia não estamos interessados tanto em definições quanto em compreender como
é que a fé atua.
O apóstolo Paulo escrevendo aos
Efésios, assim se expressou: “Porque pela graça sois salvos, por meio da fé; e
isto não vem de vós; é dom de Deus” Efésios 2:8.
Ligando esta declaração com
Gálatas 5:22 onde a fé é incluída como fruto do Espírito, compreendemos
claramente que o homem não pode de si mesmo crer e confiar em Deus. A salvação
da humanidade é um ato da graça divina. Deus tomou todas as providências para
assegurar aos seres humanos a certeza da salvação.
Cabe ao homem aceitá-la ou
rejeitá-la. Porém, embora Deus não force as decisões dos Seus Filhos, o
Espírito Santo atua no coração dos homens convencendo-os do pecado, da justiça
e do juízo: João 16:8
Muitas vezes os homens ficam
convencidos da sua condição pecaminosa e para aceitar a salvação
necessitam de fé, para crer e confiar em
Deus. A única coisa que o homem precisa, é a fé, e a fé não vem de si mesmo. É
dom de Deus.
O Espírito Santo concede o dom da
fé, para todos aqueles que desejam crer e aceitar o plano da redenção. O mérito
não está no homem. O homem não é salvo pela fé. A graça de Deus é que salva a
humanidade.
A fé é o elemento que habilita o
homem a receber em sua vida os benefícios da salvação.
2. O Segundo elemento da
resposta é o arrependimento: Paulo escreveu acerca do arrependimento. Diz
ele: “Porque a tristeza segundo Deus, opera arrependimento para a salvação, que
a ninguém traz pesar, mas a tristeza do mundo opera a morte.” II Coríntios 7:10
Há uma diferença clara e básica entre a tristeza segundo Deus
e a tristeza do mundo. E essa diferença é que uma opera a salvação, e a outra opera a morte.
A tristeza segundo Deus, que opera arrependimento para a salvação, não
é apenas um sentimento. O verdadeiro arrependimento não envolve apenas
mudança sentimental. É mais amplo, mais profundo.
O arrependimento genuíno envolve
mudança de rumo. Mudança na direção que se está seguindo. Veja a diferença:
Você faz alguma coisa errada.
Alguém lhe diz que você errou. Você fica triste por ter errado e muda de
atitude. Isto faz a diferença.
A tristeza segundo Deus, faz com
que você não só fique triste pelos seus erros, mas faz com que você mude de
rumo, fazendo com que você se coloque num caminho em que não vai mais errar.
Há dois exemplos na Bíblia que
ilustram bem este fato. São os exemplos de Pedro e Judas. Os dois eram
discípulos de Jesus. Judas traiu o Mestre. Mateus registra a reação de Judas em
face ao seu erro.
“Então Judas, que o traíra, vendo
que fora condenado, trouxe arrependido, as trinta moedas de prata aos príncipes
dos sacerdotes e aos anciãos, dizendo: Pequei traindo sangue inocente. Eles
porém disseram: que nos importa? Isso é contigo. E ele atirando para o templo
as moedas de prata, retirou-se e foi-se enforcar.” Mateus 27:3-5
O que Judas experimentou? Foi o
verdadeiro arrependimento? Não, Judas sentiu remorso pelo que havia feito. Mas,
não estava arrependido. A tristeza que ele sentiu foi para a morte. Judas
sentia remorso pelos resultados de suas ações.
E como foi o arrependimento de
Pedro. Vejamos o que a Bíblia nos diz: “Então começou ele a praguejar e a jurar dizendo: Não
conheço esse homem. E imediatamente o galo cantou. E lembrou-se Pedro das
palavras de Jesus, que lhe dissera: Antes que o galo cante, 3 vezes me negarás.
E saindo dali chorou amargamente.” Mateus 26:74 e75
O choro de amargura de Pedro não
revelava apenas tristeza pelo que havia feito. Seu amargurado pranto era o
desabafo e o reconhecimento de que havia pecado e necessitava mudar o rumo de
sua vida.
Jesus viu sinceridade em seu
amigo Pedro, deixou um recado especial para ele, transmitido pelo anjo às
mulheres que foram ao sepulcro:
“Mas ide, dizei a seus discípulos e a Pedro, que ele vai adiante de vós para a Galiléia; ali o vereis, como ele vos disse”. Marcos 16.7
De um homem impulsivo e
inconstante, Pedro tornou-se um pregador corajoso e destemido. Experimentara o
verdadeiro arrependimento. Ocorrera uma mudança no rumo de sua vida.
“Se confessarmos nossos pecados.”
Esta é condição para recebermos o perdão de Deus. A confissão envolve o
relacionamento com Deus e com o próximo. Devemos confessar nossas culpas e
pecados a Deus, contra quem pecamos, e o próximo que ofendemos, ou contra quem
erramos.
Assim procedendo, rogamos a
bênção do perdão de Deus. E a promessa é
dada: “Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça”.
Que o Senhor nos ilumine para que
nossa compreensão se abra e possamos exercer a fé, experimentar o verdadeiro
arrependimento e confessar nossas culpas a Deus e esperar, na doce certeza de
seu perdão.
Amigo querido: Se você for a
Jesus agora ele nunca deixará você. E estando em Jesus você será leal, fiel e
viverá dia a dia sonhando com o céu.
Saiba que mesmo que todos o
abandonarem Jesus nunca o deixará.
73
O BATISMO BÍBLICO
Neumoel Stina
Respondendo a muitos ouvintes que
nos escrevem perguntando sobre a doutrina bíblica do batismo, que tem sido um
assunto muito discutido ultimamente, vamos hoje tratar deste tema e verificar o
que o Novo Testamento ensina sobre o verdadeiro batismo.
Quando João Wesley - fundador do
Metodismo - esteve na América do Norte em 1.937, foi julgado por um tribunal
religioso, de 44 pessoas, porque se negara a oficiar a cerimônia de batismo, a
não ser que fosse por imersão.
O grande homem de Deus foi
condenado pelo Juri.
Por quê? - Porque só admitia batizar por imersão!
O batismo como é administrado
hoje em muitos lugares, perdeu o seu significado. Refiro-me ao batismo por
aspersão.
No Novo Testamento o batismo é
uma ordenança que acompanha a conversão. Quando praticado por aspersão e em
crianças recém-nascidas, perde o seu significado original, pois o candidato
inconsciente do que se passou jamais lembrará o fato.
A verdade é que o batismo foi
instituído por nosso Senhor Jesus Cristo e somente na Bíblia Sagrada
encontramos os princípios que determinam como, quando e a quem deve ser
administrado.
Em Marcos 16:16 está escrito:
“Quem crer e for batizado será salvo; aquele porém que não crer será
condenado”.
Notemos que o texto diz: “quem
crer”, isto é: ter fé, e isto precede o batismo.
Assim perguntamos: No que pode
crer uma criancinha recém-nascida?
Há cinco passos que devem ser
seguidos antes de o batismo ser realizado.
Em primeiro lugar: A pessoa a ser
batizada deve ser ensinada
sobre a verdade da Palavra de Deus. Deve ser doutrinada para conhecer a Deus e
Seu plano de salvação.
Em Mateus 28:18-20, Jesus ordenou
aos discípulos: “Ide, portanto, e fazei discípulos de todas as nações”. Outra
versão diz: “Ide, portanto, e ensinai todas as nações”. O texto prossegue
dizendo: “Ensinando-os a guardar todas as coisas que vos tenho ordenado”.
Segundo: O ensino do evangelho
deve produzir fé no coração
da pessoa que deseja ser batizada. O Evangelho diz: “Quem crer”, isto é: - quem
tiver fé na Palavra de Deus - “e for batizado, esse será salvo”. Marcos 16:16.
Terceiro: Após ser ensinada na
Palavra de Deus, e possuir fé na verdade do Evangelho, a pessoa necessita arrepender-se e ser batizada,
como lemos em Atos 2:38: “Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado...”.
Quarto: A pessoa a ser batizada
deve estar disposta a morrer para o
pecado; jamais viver para o pecado ou em pecado voluntário. O apóstolo
Paulo falando da experiência espiritual do batismo diz: “Assim também vós,
considerai-vos mortos para o pecado, mas vivos para Deus em Cristo Jesus”.
Romanos 6:11.
Quinto: A pessoa deve estar
pronta a viver para Deus,
conforme o próprio texto de Romanos 6:11 que acabamos de ler.
O que poderíamos dizer sobre os
apóstolos e o batismo?
Conforme lemos em Atos 2:38
“Arrependei-vos e cada um de vós seja batizado no nome de Jesus Cristo, para
remissão de pecados, e recebereis o dom do Espírito Santo”. Devemos considerar
quatro fatos:
1) O batismo é uma experiência
individual.
2) O batismo deve ser em nome de
Jesus.
3) O batismo deve ser para a
remissão de pecados.
4) Como resultado Deus concede o
dom do Espírito Santo.
O Espírito Santo é o
representante de Cristo na terra e age diretamente em nossa mente, em nossa consciência,
movendo-nos a abandonar nossos pecados e levando-nos a buscar a justiça de
Cristo. O Espírito Santo é o Agente de Deus na nossa conversão.
O batismo é uma ordenança de
purificação ou limpeza. Foi estabelecido para remissão dos pecados. O batismo
significa a lavagem e a purificação dos nossos pecados. A Saulo de Tarso foi
dito: “Levanta-te, recebe o batismo e lava os teus pecados”. Atos 22:16.
Em Tito 3:5, o apóstolo Paulo
chama o batismo de “O lavar regenerador... do Espírito Santo”.
O batismo é também um memorial.
Em Romanos 6 o batismo é colocado como um memorial da morte, sepultamento e
ressurreição de Jesus. O texto diz: “Todos os que fomos batizados em Cristo
Jesus, fomos batizados na Sua morte”. Romanos 6:4 e 5.
O batismo significa ainda, nova
vida. Este é o ponto alto da “remissão dos pecados” e da regeneração. Viver uma
vida nova, totalmente diferente daquela vivida antes de encontrar o Salvador
Jesus.
O mesmo texto de Romanos 6, diz
que assim como fomos sepultados com Cristo na Sua morte, pelo batismo, do mesmo
modo que Cristo ressuscitou dos mortos para glória do Pai, assim nós também
devemos andar em novidade de vida.
Somente o batismo por imersão
pode representar corretamente esses três passos: Morte, Sepultamento e
Ressurreição.
Na nova vida o Senhor Jesus nos
guia pela Sua Palavra e pelo Seu Espírito. O velho homem é deixado nas águas
batismais e de lá nasce um novo homem segundo Deus.
Isto é representado pela imersão
total na água. Mas é bom lembrar que o batismo é um símbolo. O batismo não
salva, não livra das tentações e do pecado, não nos torna melhores.
O batismo simboliza união com
Cristo.
O que o Novo Testamento tem a
dizer sobre o batismo?
Os exemplos bíblicos sobre o
batismo nos mostram que o verdadeiro batismo deve ser administrado por completa
imersão para significar morte, sepultamento e ressurreição.
João Batista batizava em ENOM
porque “ali havia muita água” João 3:23.
Quando Jesus foi batizado a
Bíblia usa a seguinte expressão: “Saiu logo da água”. Para sair da água, tem
que estar na água.
Felipe ao batizar o Eunuco,
desceu com ele à água. O texto diz que após o batismo ambos saíram da água.
Atos 8:36-39.
Jesus disse a Nicodemos: “Quem
não nascer da água e do Espírito, não pode entrar no Reino de Deus”. João 3:5.
Para dar-nos o exemplo e para que
soubéssemos como deveríamos fazer, o próprio Jesus foi batizado. O relato de
Seu batismo está em Mateus 3:13-17.
Ele não necessitava ser batizado,
pois Jesus nunca cometeu pecado. Ele o fez para identificar-se com o pecador.
Dando os passos que nós devemos dar.
Toda a Sua vida de sofrimento e
perseverança bem como o Seu batismo, são o mais elevado exemplo deixado para
que O imitemos.
O batismo bíblico representa
nossa união com Cristo em uma nova vida. É a porta de ingresso para a família
de Deus. Não é apenas um dever, é um privilégio.
Prezado amigo ouvinte: Você já
passou pelo batismo como Jesus?
Já sentiu a alegria de obter
completa vitória sobre o pecado?
Siga os passos de Jesus e
receberá as bênçãos prometidas.
74
HUMILDADE, CAMINHO DA GLÓRIA
Neumoel Stina
Muitos de nós consideramos a
humildade como virtude válida e necessária, mas difícil de ser obtida.
Conta-se a história de um monge
que reconhecia que outras ordens monásticas eram mais eruditas que a sua, mas, dizia
ele: quando se trata de humildade, “nossa ordem é o máximo”. Seria o mesmo que
dizer “Eu me orgulho de minha humildade.” Não é isto que desejamos focalizar
hoje.
A Bíblia afirma que a chave para
o crescimento cristão e o desenvolvimento espiritual é possuir um coração
humilde. O apóstolo Pedro recomenda:
“. . cingi-vos todos de
humildade, porque Deus resiste aos soberbos, contudo aos humildes, concede sua
graça.” I Pedro 5:5
Como alcançar e possuir
humildade, se a tendência de nossa natureza humana é contrária à ela? Vamos
encontrar resposta para esta indagação nas palavras de Paulo, escritas aos
Filipenses, capítulo 2:5: “Tende em vós os mesmo sentimento que houve também em Cristo Jesus.”
O apóstolo recomenda que devemos
ser revestidos pela humildade de Cristo, e não da nossa. “Os pensamentos,
motivos e desejos do cristão, devem ser os pensamentos, motivos e desejos que enchiam o sagrado
coração de Jesus. Devemos lutar por
imitá-Lo, por reproduzir Sua imagem não somente na aparência externa, mas
sobretudo no íntimo de nossa vida”.
É necessário, portanto que Jesus
se torne para nós, tanto o Modelo, como o Caminho. A Bíblia declara: “Cristo sofreu deixando-nos
exemplo para seguirmos os seus passos.” I Pedro 2:21.
Em Filipenses 2:5-8, nós lemos: “Tende em vós
o mesmo sentimento que houve em Cristo Jesus, pois ele, subsistindo na forma de
Deus, não julgou como usurpação o ser igual a Deus; antes as si mesmo se
esvaziou, assumindo a forma de servo, tornando-se em semelhança de homens: e,
reconhecido em figura humana, a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até
a morte, e morte de Cruz.”
Jesus possui - eternamente - todos os atributos da
divindade, a saber, Onipotência, Onisciência e Onipresença.
Ao falarmos em humildade, muitas
vezes pensamos no nosso status, em nossas posses, capacidades, títulos etc.
Mas, tudo se torna em nada diante da posição e capacidade de Jesus.
Mas apesar de Sua grandeza e
glória; de Seu poder e Seu status, Jesus nos deixou o exemplo da humildade.
Jesus não julgou por usurpação ser igual a Deus, em outras palavras, não exigiu
Seus privilégios como um igual a Deus.
É interessante notar que Jesus
não defendeu a Si próprio e Sua popularidade - Ele se humilhou.
Jesus esvaziou-se a Si mesmo, assumindo forma de
servo. Jesus deixou claro: “. . .O Filho do homem não veio para ser servido mas
para servir e dar a sua vida em resgate por muitos.” Mateus 20:28
O que é mais importante para nós
hoje, no lar, no trabalho, na igreja ou na sociedade? É crescer, ser
importante, ser reconhecido? Desejamos ser mais apreciados, ter mais poder e
influência? Somo capazes de medir nosso êxito em termos de servir aos outros e
ser-lhes úteis? Realizamos coisas em favor dos outros sem esperar recompensas?
O espírito de Cristo foi,
esvaziar-se e assumir igualdade como os necessitados e sofredores para serví-los em todo o tempo; e, o mesmo Jesus deve ser o
nosso exemplo ainda hoje.
Deus tem muitas criaturas
poderosas que O servem no Universo. Jesus poderia ter escolhido servir como
Querubim ou Serafim. Mas, Ele escolheu assumir
a forma humana com todas suas limitações e restrições: cansaço, dor
sofrimento.
A Bíblia afirma que “em tudo” Ele
Se fez semelhante a nós, para partilhar todas nossas dores, fraquezas,
tentações e sofrimentos, a fim de se tornar nosso misericordioso
“Sumo-Sacerdote”. Isto lemos em Hebreus 4:15
Que maravilha! Deus se tornou
homem, para viver como homem a fim de poder compreender e ajudar aos
homens! Por isso devemos entregar a
Jesus o nosso dia-a-dia com todos os nossos problemas, preocupações e
perplexidades, porque Ele pode nos ajudar.
Ao mesmo tempo, para servir e
ajudar a outros, devemos imitar a Jesus, humilhando-nos pela Sua graça.
A Escritura afirma, que além de
Se humilhar Ele tornou-se “obediente”
(V.8). A palavra obediência, no pensar de muitos, deveria ser eliminada
do dicionário e do uso.
Desobediência, insubordinação,
desafio e confronto são termos que representam a realidade atual do mundo.
Poucos, no entanto, param para refletir que, apesar de independentes, emancipados, mesmo não desejando, todos somos
obedientes às autoridades.
Se não obedecemos às autoridades constituídas,
do lar, escola, política ou da
religiosidade, então obedecemos às nossas paixões e vontades pecaminosas que
nos levarão à ruína.
Assim como Cristo soube escolher
a quem daria Sua lealdade, devemos nós humildemente decidir obedecer à Suprema
vontade de Deus.
Devemos imitar a Cristo. Se O
imitarmos, também receberemos a recompensa como Ele recebeu.
Em Filipenses 2:9-11 lemos que
como consequência de Sua humildade,
“. . .Deus o exaltou
sobremaneira, e lhe deu um nome que está acima de todo o nome, para que ao nome
de Jesus se dobre todo o joelho, nos céus e na terra e debaixo da terra, e toda
língua confesse que Jesus Cristo é o Senhor.”
A humildade de Jesus O exaltou
sobre todo e qualquer nome no universo. E em breve Ele será coroado como “Rei
dos Reis e Senhor dos Senhores.” Apocalipse 19:16
Que nesta época de tanto orgulho
e egoísmo, Deus nos auxilie a encontrarmos o caminho da verdadeira grandeza
cristã, no Modelo Cristo, em Sua sublime humildade. Que assim seja conosco!
Amigo querido: O maior exemplo de
humildade é a Cruz do Calvário.
75
IMITADORES DE CRISTO
Neumoel Stina
O Senhor Jesus é o nosso perfeito
modelo. A Escritura nos diz: “Foi Ele tentado em todas as coisas, mas sem
pecado”. Hebreus 4:15. Sendo assim, Sua
vida pura, santa e imaculada, se constitui no único padrão digno de ser
imitado.
Em sua primeira carta, João nos
adverte: “Aquele que diz que permanece nEle, esse
deve também andar assim como Ele andou”. I João 2.6.
Aceitar a Jesus como Salvador
pessoal, receber o perdão dos pecados e ser batizado é uma parte no processo da
experiência cristã. Após o batismo se inicia uma nova vida. O apóstolo Paulo
afirma que “Se alguém está em Cristo é nova criatura” II Coríntios 5:17.
Estando em Cristo, a pessoa passa
a seguir a vontade divina. Isso provoca uma mudança no comportamento e também
no relacionamento com as outras pessoas.
O verdadeiro cristão não é aquele
que diz ter aceitado a Jesus. O cristão de verdade é aquele que vive uma vida
semelhante à vida de Jesus. O próprio Cristo afirma isto ao dizer: “Assim, pois
pelos seus frutos os conhecereis. Nem todo o que me
diz: Senhor, Senhor! entrará no reino dos Céus, mas aquele que faz a vontade de
meu Pai.” Mateus 7.20 e 21.
Estas palavras de Jesus nos
ajudam a compreender que o cristianismo de fato, é aquele que acontece na
prática. E isto vem como resultado da aceitação verdadeira de Cristo como
Salvador pessoal.
Ora, se ser cristão é viver como
Jesus viveu, resta saber como foi que Ele viveu e então seguir os Seus passos,
ou como lemos a princípio, andar como Ele andou.
Jesus, desde a Sua infância,
colocou a Deus, o Pai, em primeiro lugar. Tudo o que Ele fez e realizou aqui na
Terra, foi resultado de seu contato com Deus, o Pai.
Nos preciosos ensinamentos do
Sermão da Montanha, o Senhor nos orientou: “Buscai em primeiro lugar o reino de Deus e Sua
justiça, e todas as demais coisas vos serão acrescentadas”. Mateus 6:33
Não devemos levar uma vida
preocupada e ansiosa com os aspectos materiais, de tal maneira que se tornem
uma obsessão em nosso viver. Há muitas pessoas que só pensam em trabalhar,
ganhar, comprar e gastar.
Jesus ensinou por palavras e atos que a vida é
muito mais do que isso. Embora o trabalho e as coisas materiais sejam
necessárias. Deus deve ocupar o primeiro lugar na vida dos cristãos.
Quando fizermos isso, todas as
demais coisas nos serão dadas. Isso não elimina a necessidade do trabalho. Jesus foi muito trabalhador. O
trabalho foi dado para ser uma bênção na vida do ser humano.
Portanto, o princípio de buscar a
Deus em primeiro lugar, só coloca um equilíbrio entre as coisas materiais e
espirituais.
Jesus foi um filho obediente e um
irmão amigo. Lucas em seu evangelho registra no capítulo 2:51 que “Jesus desceu
com seus pais (José e Maria) para Nazaré, e era-lhes submisso”.
Esta pequena, porém, importante
declaração, nos ajuda a compreender que Jesus, mesmo sendo Deus conosco, foi
fiel e leal à família.
O livro de Atos, registra no
capítulo 10:38, a seguinte declaração do apóstolo Pedro: “Que Deus ungiu a
Jesus de Nazaré com o Espírito Santo e poder, o qual andou por toda a parte,
fazendo o bem”. Foi exatamente isto que caracterizou a vida de Jesus - fazer o
bem à humanidade.
Assim devemos também, os filhos
de Deus proceder. É necessário que busquemos a Deus, que amemos nossos
familiares, mas é muito importante agir com honestidade, bondade e carinho para
com os semelhantes. Assim fazia Jesus.
Tanta coisa poderia ser
acrescentada aqui, mas eu incluiria, apenas o texto de Filipenses 2:8, o qual
menciona, que Jesus “a si mesmo se humilhou, tornando-se obediente até a morte,
e morte de cruz”.
Humildade e obediência são duas
características aqui mencionadas. O verdadeiro cristianismo, elimina o orgulho,
o egoísmo, o sentimento de superioridade, e dá lugar a um espírito humilde,
onde cada pessoa, independente de sua condição social
e cultural é vista como filho de Deus.
O cristão fiel é também fiel na
obediência. Obediência não é somente seguir ordens, mas é fazê-lo com respeito.
Assim, obediência e respeito são
devidos a Deus, aos pais, aos mais velhos e às autoridades. Proceder assim, é
andar como Jesus andou.
A Bíblia nos diz: “Se alguém não
tem o Espírito de Cristo, esse tal não é dEle”.
Romanos 8:9. É muito importante termos a certeza de que somos de Jesus, e que
Seu Espírito habita em nós.
Já mencionamos a princípio, que pelos nossos frutos somos
conhecidos. E Paulo afirma na carta aos Gálatas 5:22 quais são as características do Fruto do Espírito. Lemos ali: “mas o fruto do
Espírito é: amor, alegria, paz, paciência, benevolência, bondade, fé mansidão e
domínio próprio.”
Isto nos leva a concluir que
aqueles que são de Jesus, possuem Seu Espírito. E este se manifesta num caráter
que pode ser visto nesses nove
predicados especiais. Assim deve ser a
vida do cristão.
Em primeiro lugar uma vida de
amor. Amor a Deus e ao próximo. O cristão deve ter um viver marcado pela
alegria e a paz de ter sido salvo e perdoado por Jesus. Esta alegria e paz se estendem àqueles com
quem o cristão convive.
A paciência, a bondade e os atos
de benevolência se tornam integrantes do caráter do cristão sincero. A vida
cristã ajuda o cristão a conter seu mau gênio e ser manso para com todos e em
qualquer circunstância. A vida cristã é acima de tudo uma vida de fé e
confiança em Deus.
Assim vive o cristão verdadeiro.
Assim andou Jesus, deixando essas pegadas
para que pudéssemos seguí-Lo.
Permita Deus, que todos nós,
sejamos imitadores de Nosso Senhor Jesus,
e onde quer que estejamos, o brilho de nossa vida ilumine àqueles que
estão ao nosso redor.
Que possamos andar como Jesus
andou.