A VOZ DA
PROFECIA – Neumoel Stina
79 CRISTO A FONTE DE CONSOLAÇÃO
82 TRÊS ANJOS E TRÊS MENSAGENS
87 O PODER QUE TRANSFORMA VIDAS
92 OS DEZ MANDAMENTOS DA BOA SAÚDE
96 CONSIDERAÇÕES SOBRE O CASAMENTO
99 O QUE DEUS QUER COM O CASAMENTO
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POR QUÊ SOFREMOS?
Neumoel Stina
Não faz muito tempo visitei uma
senhora em seu lar, que segurando a mão de seu esposo, pronunciou suas últimas
palavras nesta vida. Poucos meses antes, ela fora acometida de câncer e em
menos de um ano, a doença a venceu e muito cedo, foi para o descanso. Toda a
família sofreu muito, e ainda sente saudade de alguém que foi muito especial.
Com certeza em todas as famílias
o sofrimento se faz presente.
Por quê temos que sofrer?
Por quê acontecem tantas tragédias
e sofrimentos?
Talvez porque alguns só conseguem
encontrar a Deus mediante sofrimentos, lágrimas e perdas.
Porém, a mais confortadora
promessa é que “todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o Seu
propósito”. Romanos 8:28.
Muitos tem questionado a Deus
quando defrontados por realidades negativas, mas é importante sabermos que Deus
não é o autor do sofrimento. Deus jamais desejou que houvesse tristeza,
lágrimas e morte.
Jesus explicou isto em Mateus
13:24-30 onde compara nosso mundo a um campo onde um homem semeou a boa
semente. Naquela noite um inimigo semeou ervas daninhas. Mais tarde, quando as
plantas cresceram notou-se a presença das ervas más. Os servos do proprietário
indagaram sobre a qualidade das sementes, mas o homem, seguro de si,
esclareceu: “Um inimigo fez isto”.
Com esta parábola Jesus Cristo
descreveu o que aconteceu ao nosso mundo.
A terra era perfeita e linda ao
sair das mãos do Criador. Mas alguém tentou destruir, as belas obras de Deus,
semeando muitas sementes más, e obteve êxito no que fez.
Então surgem algumas perguntas:
Quem é este inimigo? De onde ele
veio? Por quê ele tem inimizade para com Deus? Por
quê Deus não o eliminou?
A Bíblia diz que este inimigo
surgiu no próprio céu e que foi expulso de lá por causa do que fizera. A Bíblia
afirma: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e
Satanás, o sedutor de todo o mundo”. Apocalipse 12:9.
Aqui o inimigo é identificado
como diabo e satanás. Já em Isaías 14:12 ele é chamado de Lúcifer, ou anjo de
luz que era seu nome original.
Como Lúcifer veio à existência?
Deus o criou. Mas Deus não o criou como um demônio. A Bíblia esclarece:
“Perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado, até que se
achou iniquidade em ti”. Ezequiel 28:15. Deus o criou perfeito, mas Lúcifer
escolheu o mau caminho e tornou-se em diabo.
O que então conduziu este ser
perfeito à rebelião? Egoísmo, egocentrismo! Ele desejou uma posição mais
elevada do que possuía. Isaías explica este mistério da origem do mal: “Tu
dizias no teu coração, eu subirei ao céu,... eu exaltarei o meu trono e ... me
assentarei,... eu serei semelhante ao Altíssimo”. Isaías 14:13-14. Lúcifer não
estava satisfeito com todas as vantagens que Deus lhe dera. Ele cobiçou posição
mais elevada; invejando a Jesus Cristo. Ele desejou ser semelhante ao
Altíssimo. Esqueceu-se que era apenas uma criatura e Jesus o Criador.
Como Lúcifer agiu?
Ele planejou, conspirou e
executou seu plano. Em primeiro lugar ele pretendeu ter maior sabedoria que o
próprio Deus, e por implicação, que seria um governador melhor do que Deus.
Orgulhoso de seus talentos e sabedoria sentiu-se capaz de maiores
responsabilidades. Ezequiel diz: “Elevou-se o teu coração por causa da tua
formosura, corrompeste a tua sabedoria, pecaste...”. Ezequiel 28:16-17
Em sua rebelião contra Deus, ele
seduziu a terça parte dos milhões de anjos das hostes celestes, e houve guerra
no céu. Deus poderia ter destruído a Lúcifer com apenas uma palavra, mas isto
levaria milhões e milhões de seres criados, à dúvida.
Por guerrear contra Deus, ele não
mais poderia permanecer no céu. A Bíblia afirma que ele “foi expulso e com ele
os seus anjos”. Apocalipse 12:9
Infelizmente, para nós, seres
humanos, ele fez deste planeta, o seu lar. Durante seis mil anos os habitantes
da terra temos uma manifestação dos princípios do seu governo. Seis mil anos de
tragédias, sofrimentos e morte. Seis mil anos tentando destruir o homem,
separando-o de Deus.
Embora seus ataques nunca tenham
cessado, ele tem reservado para estes últimos dias do final da história,
terríveis investidas, especialmente contra o povo de Deus, que procura fazer a
vontade do Senhor. Diz o texto sagrado: “Irou-se o dragão contra a mulher, e
foi pelejar com os restantes de sua descendência, os que guardam os mandamentos
de Deus”. Apocalipse 12:17.
Amigo querido, se você tem se
esforçado em guardar os mandamentos de Deus e fazer a vontade divina, pode ter
certeza: você também enfrentará os ataques do inimigo nestes últimos dias.
Talvez neste momento você esteja
perguntando: Como poderei vencer um inimigo tão poderoso e tão astuto?
A resposta é simples: você e eu
podemos vencê-lo do mesmo jeito que Cristo o venceu.
Nas tentações que o diabo lhe
fez, Jesus venceu pelo método “Está escrito”. A Palavra de Deus e Seus ensinos
faziam parte da vida de Cristo.
Dentro de muito pouco tempo, Deus
colocará fim a esta rebelião do inimigo. Chegará o tempo em que, como diz o
profeta Ezequiel. “Satanás será reduzido a cinzas e não mais existirá. Ezequiel
28:18-19. Em Apocalipse 20:10 lemos que o diabo será destruído pelo fogo do
último dia.
E completando este recado de Deus
para Seus filhos sofredores, a Bíblia diz: “A angústia não se levantará outra
vez”. Naum 1:9.
O usurpador do governo da terra
será destruído, e as consequências nefastas do seu reino desaparecerão. Não
haverá mais sofrimento pois “Deus lhes enxugará dos olhos toda a lágrima, e a
morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, por que as
primeiras coisas passaram”. Apocalipse 21:4
Como será maravilhoso este Mundo
feito novo! Para ser governado por um Deus de amor. Quão maravilhoso será
estarmos livres do sofrimento, da angústia, da dor e da morte.
E isto se dará muito em breve,
quando Jesus regressar.
Você gostaria de estar pronto
para o dia em que Deus fará novas todas as coisas?
Quando Deus terminar com o
sofrimento e com a dor?
Hoje Jesus está lhe chamando para
uma nova vida, um novo reino.
Amigo querido, se você está
cansado de sofrer ouça a voz de Jesus dizendo: “Vinde a Mim, todos os que
estais cansados e eu vos aliviarei”... Mateus 11:28.
77
BÊNÇÃOS DO SOFRIMENTO
Neumoel Stina
Vivemos na terra de um inimigo,
Satanás, que o Senhor Jesus Cristo chama “o príncipe deste mundo”. (João 16:11)
E enquanto esse inimigo estiver em ação,
haverá sofrimento para todos os homens.
Falando de sofrimento, façamos claro, aqui, que o autor do
sofrimento é Satanás e não Deus. Satanás é o autor das doenças. Quando
Jesus curou a mulher que por dezoito
anos andara encurvada, “sem de modo algum poder indireitar-se”,
falou dela como uma filha de Abraão “a quem Satanás trazia presa”. Lucas 13:16
Quando lemos os dois primeiros
capítulos do livro de Jó, podemos ver ali que Satanás provocou as calamidades
que o feriram. O fogo que caiu do céu e queimou suas ovelhas, o vento que fez
desabar a casa em que estavam seus filhos, matando-os, poderiam parecer atos de
Deus, mas na realidade Satanás era o seu autor.
É certo também que com muita
frequência nós mesmos somos culpados da doença e até da morte prematura, por
não observarmos a leis que Deus deu para a preservação da saúde.
Ao paralítico que curou junto ao
tanque de Betesda, Jesus disse: “. . .não peques mais
( não violes mais as leis de Deus, morais e físicas), para que não te suceda
coisa pior”. João 5:14
Que os maus sofram, é coisa fácil
de entender. Mas que os bons também sofram, muitas vezes mais que os maus, é
difícil de entender.
Porque o justo sofre? Porque
sofre o homem que teme a Deus? Não tem o Pai celeste poder para proteger os que
O amam? Sabemos que tem.
Mas, por estranho que pareça, os
sofrimentos e aflições são parte do plano de Deus para Seus filhos. Na sua
sabedoria Ele permite a aflição a fim de nos aprimorar o caráter e nos preparar
para o Lar de glória que tem para nós.
No que diz respeito ao
sofrimento, o próprio Senhor Jesus Cristo não foi exceção. Com efeito, Cristo é
chamado “o Príncipe dos sofredores”. “Era desprezado”, profetizou Isaías, “e o
mais rejeitado entre os homens; homem de
dores e que sabe o que é padecer; e como um de quem os homens escondem o rosto,
era desprezado, e dele não fizemos caso. Certamente ele tomou sobre si as
nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por
aflito, ferido de Deus, e oprimido”. Isaías 53: 3 e 4
Cristo foi hostilizado por Seus
irmãos mais velhos que Ele; foi
perseguido pelos líderes religiosos durante o Seu ministério. Foi
maltratado, no Seu julgamento, como nenhum outro homem foi. E por fim derramou
a sua alma na morte para nos prover a salvação.
Assim como Cristo passou por
provações, também seus seguidores devem passar pelo fogo das tribulações. Disse
Jesus: “No mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo.” João
16:33
Passar por aflições é pois parte
da escola de Deus para os Seus filhos. Mas, ao enfrentá-las, devemos ter em
mente que elas são instrumentos do Seu amor. “Filho meu, não menosprezes a
correção que vem do Senhor, nem desmaies quando por Ele fores repreendido,
porque o Senhor corrige a quem ama, e açoita a todo filho a que recebe.”
Hebreus 12:6
O apóstolo Paulo foi outro
exemplo de homem que muito sofreu. Na verdade, logo ao chamá-lo para ser o
apóstolo dos gentios, Cristo disse: “. . .eu lhe mostrarei quanto lhe importa
sofrer pelo meu nome”. Atos 9:16
Quais benefícios nos vem do
sofrimento?
1. Primeiro: o sofrimento nos
conserva humildes, dependentes de Deus. “e para que não me ensoberbecesse com a
grandeza das revelações, foi-me posto um espinho na carne, mensageiro de
Satanás, para me esbofetear, a fim de que não me exalte.” II Coríntios 12:7
Paulo assim escreveu,
referindo-se ao “espinho na carne” como
sendo uma provável doença nos olhos, resultante da visão que ele tivera quando
a caminho de Damasco. Mesmo pedindo para Deus o curar, não foi atendido. E Deus
lhe respondeu “A minha graça te basta” II Coríntios 12.9
2. Segundo: As aflições por que
passamos fazem-nos conhecer o nosso próprio coração. Elas nos revelam pontos
negativos do nosso caráter, revelam os nossos defeitos. Então pelo apego ao
Salvador, podemos vencê-los dessa maneira crescendo em graça, aproximando-nos
cada vez mais do alvo a nós proposto: “. . .sede vós perfeitos como perfeito é
o vosso pai celeste.” Mateus 5:48.
3. Terceiro: As provações que nos
sobrevêm fortalecem-nos a fé. “. . .para que o valor da nossa fé, uma vez
confirmado, muito mais precioso do o outro perecível, mesmo apurado por fogo, redunde em louvor, glória e honra na revelação de
Jesus Cristo”. I Pedro1:7
4: Quarto: O sofrimento nos
aproxima de Deus, firma-nos em Cristo. leva-nos a melhor entender os caminhos
do Senhor, mais apreciar o Seu caráter; e a mais amá-Lo. Após a noite de
aflição Jó poderia dizer a Deus: “Eu te conhecia só de ouvir, mas agora os meus
olhos te vêem”. Jó 42:5
Deus permite as aflições. Permite
que Seus filhos sofram. Mas permite, para o nosso bem, e está conosco na
tribulação. “Quando passares pelas águas
eu serei contigo, quando pelos rios, eles não te submergirão; quando
passares pelo fogo, não te queimarás, nem a chama arderá em ti.” Isaías 43:2
Talvez você hoje, esteja passando
por tremenda aflição, e não entenda porque Deus está permitindo este sofrimento. É necessário então exercitar
a fé na bondade e na sabedoria do Pai celeste.
É necessário lembrar que Ele visa
o nosso bem presente, e o nosso bem eterno. Lembrar também que Ele está conosco
na prova.
E passada a prova, entenderemos
melhor os altos desígnios do fiel Salvador. Confiemos nEle,
demonstrando o nosso amor.
Depositemos nEle nossa
confiança, nossa fé.
Eu quero hoje reafirmar minha fé em Deus. E você amado ouvinte
gostaria de firmar sua fé na pessoa de Jesus?
78
QUEM É O MEU PRÓXIMO?
Neumoel Stina
Quem é o nosso próximo? A quem
realmente devemos nos importar e demonstrar o nosso amor cristão?
Jesus quando aqui andou contou
uma parábola muito impressionante, para mostrar quem é o próximo.
Esta parábola está relatada em
Lucas 10:25-35. Nós conhecemos bem a história: Um homem viajava de Jerusalém
para Jericó; ou poderia ser, viajava de São Paulo para Santos, ou Rio de
Janeiro à Nova Friburgo; no caminho ele foi assaltado por marginais que além de
roubarem todos seus pertences, o maltrataram cruelmente, abandonando-o muito
ferido, quase à morte.
Jesus contou esta história ao um
doutor, “Intérprete da Lei” (V.25) a quem demonstrava que o único caminho para
a vida eterna era o: “Amar a Deus em primeiro lugar e amar o próximo como a si
mesmo. A isto o doutor perguntou, “E quem é o meu próximo?”
Na história do Bom Samaritano, os
indivíduos não são idendificados pelos nomes, mas
caracterizados pelas funções e ações. O homem assaltado é um anônimo: talvez um
viajante, um desempregado em busca de trabalho; quem sabe um bóia-fria.
Enfim, é alguém carente,
desprotegido, marginalizado, sem amigos, sem dinheiro, sem família - sem
ninguém - a sós no mundo, como milhões de
outros por aí. Lá está ele:
jogado à beira da estrada, caído na sarjeta abandonado.
Entram em cena, então aqueles que
tinham a solução do problemas às mãos: Um sacerdote e um levita. Diz a Palavra
de Deus: “Casualmente descia um
Sacerdote por aquele mesmo caminho.” (V.31)
Você perguntaria: Será que o
sacerdote parou para ajudá-lo? Não! A Bíblia fala que numa atitude de completo
“desamor” o sacerdote passou de lado, ou seja tentou ignorar aquela situação;
procurou não envolver-se nem se incomodar com o pobre miserável.
Quem sabe o sacerdote havia
trabalhado todo fim de semana; estava cansado e saudoso do lar. Queria ter o
seu merecido repouso e ficar me paz, às sós. E afinal de contas o que tinha
acontecido com aquele estranho não era da sua conta.
A história continua: “Semelhantemente
um levita descia por aquele mesmo caminho, e vendo-o também passou de largo.
(v.32)
O sacerdote nem sequer olhou para
o ferido viajante. O levita, quem sabe, preocupado pois poderia ser um parente
ou amigo seu, deteve-se por um instante,
olhou-o, e como não o reconhecesse, passou de largo.
E lá estava o moribundo, quase a
morrer. Será que ninguém se preocuparia com ele? Será que ninguém se importava?
Será que ninguém tinha amor para dar?
Neste momento apareceu um
estranho, um “inimigo” , ou seja um samaritano, um estrangeiro. Ora, durante
cerca de 800 anos os judeus não se davam com os samaritanos, porque em 722, Salmanezer ou Sargão II, reis da Assíria tomara Samaria e
substituíram seus habitantes por bailônios e sírios,
que trouxeram suas tradições, crenças religiosas contrárias às dos judeus.
Os samaritanos eram inimigos,
para os judeus , um foco purulento incrustado no seu território. Eram
considerados como cães.
Mas, vejamos: lá estava o
moribundo; ele sentiu que alguém parou, desceu da montaria e se aproximou dele.
Quem seria? Oh, impossível! Era um samaritano!
E o samaritano compadeceu-se dele, curou-lhe as feridas aplicando óleo e
vinho; e colocou-o em cima do seu próprio animal e o levou para uma hospedaria
e tratou dele. No dia seguinte tirou dois denários e os entregou ao hospedeiro,
dizendo: cuida deste e, se alguma coisa gastares a mais, e to
indenizarei quando voltar.
Finalmente alguém viu o drama do
homem abandonado; alguém sentiu por ele; alguém se envolveu, alguém ajudou. Por
estranho que pareça, quem ajudou era um ser rejeitado, um inimigo, um cão.
Ao Jesus terminar o relato
perguntou ao doutor da lei: “Qual deste três parece ter sido o próximo do
homem. . .” V.36. O homem respondeu sem titubiar,
“Aquele que usou de misericórdia para
com ele.” V.37 sua resposta estava correta.
Aqui estão algumas verdades para
nós:
1. Muitos se dizem religiosos,
cristãos, mas não desejam nenhum comprometimento com os probelams
dos outros. Isto é negação de religião, isto é negar a Cristo.
2. Muitos julgam que devam ajudar aos seus
familiares, seus parentes, colegas e amigos, e nada mais. O seu círculo de amor
é muito limitado, sua atuação muito restrita.
3. Na concepção cristã, o nosso
próximo não está limitado à nossa família, nossas amizades, nossa raça. Nosso próximo é todo
aquele que necessita de auxílio e quem podemos ajudar.
A Bíblia nos diz: “Amarás o
Senhor teu Deus de todo o teu coração, de todas as tuas forças e todo o teu entendimento;
e amarás o teu próximo como a ti mesmo.” Lucas 10:27
Quando Jesus terminou de contar
esta história do bom Samaritano, disse para o doutor da lei: “Vai e procede tu
de igual modo, e mais, . . . faze isto e viverás.” Lucas 10:37-38.
Nesta parábola contada por Jesus,
se você fosse um dos integrantes, quem seria você? O sacerdote? O levita? Ou o
bom samaritano?
Agora olhe ao seu redor: Veja
quantos necessitados, abandonados e
carentes estão à beira da estrada, destruídos pelo pecado assaltados pelo mal.
Veja quanta ruína e tragédia!
então reaja: Ajude alguém hoje! faça o bem a alguém; diga uma palavra de
conforto; levante um caído, anime-o, ponha seu amor em prática.
79
CRISTO, A FONTE DE CONSOLAÇÃO
Neumoel Stina
Onde achar consolação na
tristeza? A resposta é: No Senhor Jesus Cristo! Ele é o Príncipe dos
sofredores, e é por isso o supremo Consolador. A Bíblia diz: que Ele “como nós
em tudo foi tentado, mas sem pecado”. Hebreus 4:15
Coloquemos nossas preocupações de
lado e reflitamos por alguns momentos, no que Cristo é para nós, nas tristezas
da vida:
* Em primeiro lugar, consideremos
a tristeza que nos advem quando perdemos alguma
coisa, quando os negócios fracassam, quando perdemos nossas propriedades, ou o
conforto a que sempre estivemos costumados.
É aí que as palavras de Cristo
assumem sentido especial: “Olhai e guardai-vos da avareza, porque a vida de um
homem não consiste na abundância das coisas que possui.” Lucas 12:15
Quando sofremos perdas materiais,
podemos estar certos de que Deus sabe o que se passa conosco; e que, se
confiarmos nEle, algum dia e de alguma maneira o bem
nos advirá, e a vida sorrirá de novo.
“Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem
daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo o seu propósito.”
Romanos 8.28
* Cristo é o nosso Consolador quando perdemos a saúde. Muitos há
que necessitam de ânimo na doença. Alguns necessitam de ânimo mais que qualquer
outra coisa. A Escritura diz: “O coração alegre é bom remédio.” Provérbios
17:22
Podemos ir a Cristo e obter
auxílio na doença , pois Ele é o grande Médico. Enquanto esteve aqui na terra,
Jesus aparentemente gastou mais tempo curando os doentes do que pregando a Sua
doutrina.
Alguns, Ele curou com uma
palavra, outros com um toque, outros foram instruídos a usar certos meios que
proviam a cura. Alguns foram curados instantaneamente, outros começaram a
melhorar imediatamente.
Cristo andou pôr toda parte
fazendo o bem e curando os doentes, cumprindo assim a profecia de que Ele
tomaria sobre Si as enfermidades do homem e carregaria com suas doenças. (Mateus 8:17)
Ao vir pois a doença,
coloquemo-nos nas mãos de Jesus, pela oração, busquemos Sua ajuda, Sua cura.
Devemos também fazer o que
podemos para observar as leis de saúde, pois o nosso corpo é o templo do
Espírito Santo. (I Correntios 6:19). Devemos abandonar os hábitos que nos
prejudiquem fisicamente como: o álcool, o fumo, e alimentos gordurosos.
Não é negar a fé, buscar a ajuda
de um bom profissional quando doentes, mas, necessitamos lembar que toda a
verdadeira cura vem de Deus.
* Cristo é nossa consolação na
tristeza decorrente da falta de paz e segurança no mundo. Muitos olham a
guerra, os perigos do submundo do crime, a violência nas grande
cidades, e perdem a esperança, perdem a coragem.
Milhares se preocupam a ponto de
adoecerem: “Desfalecendo os homens de medo pela expectação das coisas que sobrevêm ao mundo:” Lucas
21:26
O que crê nas Escrituras, vê nas
presentes condições do mundo sinais da breve volta de Jesus. Há conforto para
ele nas palavras do Senhor: “Quando, porém, estas coisas começarem a acontecer,
exultai e levantai as vossas cabeças; porque
a vossa redenção se aproxima.” Lucas 21:28
Não importa o que venha, se a
guerra, se a fome, se a perda de todas a coisas, até da própria vida, estamos
nas mãos de Deus. Nenhum verdadeiro mal nos poderá sobrevir se estivermos nas
mãos do Senhor..
* Cristo é o conforto para os que
sentem tristeza pelo pecado. Muitos que caem em tentação e pecado descobrem depois que são olhados com
desprezo pelos seus amigos.
Isto os desanima e os leva a
pensar que não poderão mais ser felizes. Mas, Cristo, tem consolação para todos
os que se acham aflitos pelos pecados passados.
A Bíblia nos diz: “Ele não veio
para chamar os justos, mas os pecadores, ao arrependimento.” Mateus 9:13. E “se
confessarmos os nossos pecados, Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados,
e para nos purificar de toda a injustiça.” I João 1:9
Se nossos pecados estão
perdoados, e eles estão, se na verdade os confessamos, não devemos nos
preocupar com eles. Os pecados que confessamos
acham-se sob o sangue, na cruz do Calvário, tão longe de nós quanto as
trevas estão longe do sol.
* Outra ocasião em que
necessitamos do conforto de Cristo é quando perdemos nossos entes queridos e
uma grande ferida se forma em nosso coração. Essa tremenda dor vem, em algum
tempo, a cada família.
Quando isso acontece, nos oprime,
sentimos saudade do toque de uma mão que desapareceu, de uma voz que está em
silêncio. É quando somos despojados dos entes queridos que a consolação de
Cristo significa para nós mais do que tudo o que existe no mundo.
Cristo compreende as nossas tristezas. E nos dá a promessa:
“Como quem recebe de sua mãe conforto, assim Eu vos confortarei.” Isaías 66:13
Querido ouvinte, se ao longo da
estrada da vida, você foi assaltado pela
adversidade ou sofreu uma grande perda, não desanime, não olhe para trás, olhe
para o futuro, ao lar eterno, que Jesus quer dar a você e a mim também.
Desse maravilhoso lar que está escrito: “ As
coisas que olho não viu, e o ouvido não ouviu, e não subiram ao coração do
homem , são as que Deus preparou para os que o amam.” I Coríntios 2:9
Creia, é nesse Lar de Glória que
encontraremos a total felicidade, que será viver para sempre ao lado dos nossos
queridos, sem medo, sem problemas financeiros e acima de tudo a maior
felicidade que será ver Cristo sempre ao nosso lado.
Amigo querido, neste mundo temos
muitas lutas. Jesus prometeu estar conosco aqui nos ajudando. Eu sei que Ele
está agora bem do Seu lado. Mas um dia Ele virá e nos levará para o Lar Eterno
onde não haverá mais tristezas.
80
OS MILAGRES DE CRISTO
Neumoel Stina
Os verdadeiros milagres são de
Deus, não pertencem ao homem. Um milagre é uma exibição do poder divino de
maneira incomum e extraordinária.
Jesus Cristo certa vez alimentou
mais de cinco mil pessoas multiplicando cinco pães e dois peixes. Todos se
maravilharam da Sua obra. Mas, todos os dias Deus alimenta milhões com os
frutos da terra, e ninguém se maravilha.
Por um processo abreviado, Cristo
transformou água em vinho, e também nesse caso todos se maravilharam. Mas,
diariamente Deus faz vinho de maneira usual, nos vinhedos, em quantidades quase
ilimitadas, e ninguém se admira.
O milagre divino, quando quer que
seja operado, sempre é para curar, para salvar e chamar atenção para o poder divino.
Os milagres de Cristo eram dessa
natureza. Destinavam-se a chamar a atenção para o Seu ministério, e provar que
Ele era o esperado Messias. A vinda de Cristo havia sido predita pelos
profetas, séculos antes.
Os milagres que Ele operou eram
evidências da Sua divindade, e para ser acreditado como sendo o Enviado de
Deus.
Deus prometeu a vinda de Cristo
ao mundo. Ele devia vir como Filho de Deus, com poder divino.
Ao Jesus vir a esta terra, não
veio para fundar uma religião, mas para cumprir as profecias do Antigo
Testamento e as revelações já recebidas
pelo povo de Deus.
Os discípulos de Cristo, que
testemunharam Seus milagres, não fizeram desses milagres a base de sua fé.
Alguém poderá querer refutar esta afirmação citando João 2:23 “Muitos, vendo os
sinais que fazia, creram no seu nome.” Mas a Bíblia declara a seguir: “Mas o
mesmo Jesus não confiava neles porque a todos conhecia. . .ele bem sabia o que
havia no homem”. Versos 24-25
Em outras palavras: Ele recusava
reconhecer tais discípulos. O verdadeiro discipulado baseia-se nas Escrituras
Sagradas, e começa com o novo nascimento. “Sendo de novo gerados, não de
semente corruptível, mas da incorruptível, pela palavra de Deus.” I Pedro 1:23
Era natural que a doença, a dor e
a morte deixassem de existir na presença de Cristo, porque Ele é o Filho de
Deus, o Príncipe da vida, “o qual andou fazendo bem, e curando a todos os
oprimidos do diabo.” Atos 10:38
Foi por isso que Ele operou
milagres. Alguns incrédulos falam como se o Senhor fizesse milagres para
silenciar a descrença. Mas, a verdade é justamente o oposto.
A Bíblia nos declara: “E não fez
ali muitas maravilhas por causa da incredulidade deles.” Mateus 13:58.
Cristo enfrentou todo desafio
chamando a atenção de Seus oponentes para as Escrituras Sagradas, nas quais
estava predita a Sua vinda e a Sua obra.
Os milagres não foram dados para
provar os ensinos de Cristo, mas para acreditá-Lo como Ensinador da verdade. Os
seus milagres eram da natureza que o povo de Israel devia esperar fossem
operados pelo Messias.
No seu sermão do Pentecostes,
Pedro disse: “Varões israelitas, escutai estas palavras: Jesus Nazareno, varão
aprovado por Deus entre vós com maravilhas, prodígios e sinais, que Deus por
ele fez no meio de vós, como vós mesmo bem sabeis; vós matastes, crucificando-o”
Atos 2:22 e 23
Os milagres eram para testemunhar
da Sua divindade, da Sua qualidade de Messias. Em João 7:31 nos diz: “E muitos
da multidão, creram nele, e diziam: Quando Cristo vier, fará ainda mais sinais
do que os que este tem feito?”
Os milagres de Jesus não eram
apenas maravilhas: Eles eram maravilhas de cura, de bênção, e de ajuda. Os
homens que viram as Suas obras disseram: “Tudo faz bem; faz ouvir os surdos e
falar os mudos”. Marcos 7:37 e Mateus 4:23
assim relata: “E percorria Jesus toda a Galiléia
ensinando nas suas sinagogas e pregando o evangelho do reino, e curando todas
as enfermidades e moléstias entre o povo”.
Pelos seus milagres o Salvador
procurava ensinar fé no poder de Deus, não só para sarar o corpo, mas também a
alma.
Certa vez, quando alguns de Seus
críticos o condenaram por dizer a um paralítico: “Os teus pecados te são
perdoados”.
Jesus lhes disse: “Ora, para que
saibais que o Filho do homem tem sobre a terra poder para perdoar pecados, -
disse ao paralítico - a ti te digo:
Levanta-te, toma a tua cama, e vai para tua casa.” Lucas 5:24
O poder que perdoa pecados é o
mesmo que pode criar e curar. O efeito dos milagres do Senhor era atrair os
homens para Deus.
Podemos depender totalmente de
Cristo. Ele cuidará de nós. Com segurança podemos confiar-nos a Ele para a vida
presente e para a eternidade.
Aos que confiam nEle, Jesus diz: “Eu sou a ressurreição e vida; quem crê em
mim, ainda que esteja morto viverá; e todo aquele que vive; e crê em mim, nunca
morrerá.” João 11:25 e 26.
Os milagres de Cristo o
identificaram como o Filho de Deus. E na manhã da ressurreição, a manhã do dia
final, o Seu poder de operar milagres introduzir-nos-á no lar celestial.
Creiamos em Cristo como o Filho
de Deus. Como o nosso Salvador pessoal.
O mesmo Cristo que operou
milagres no passado, é o mesmo que pode operar milagres na sua e na minha vida.
É só aceitar o convite de Cristo:
“Vinde a mim todos os que estais cansados e oprimidos que eu vos aliviarei.”
Quando descansarmos nos braços dEle nós sentiremos o verdadeiro milagre de Cristo em nossa
vida.
81
CRISTO É MARAVILHOSO!
Neumoel Stina
“Eis aqui um moço que nasceu numa
obscura vila, filho de uma camponesa. Ele cresceu noutra vila. Trabalhou numa
oficina de carpinteiro até a idade de trinta anos, e então, por três anos, foi
pregador itinerante.
Ele não escreveu livro, não
ocupou um cargo oficial, não possuiu casa, não teve família. O moço nunca
frequentou escola superior, jamais colocou o pé numa grande cidade.
Nunca Se afastou mais de
Os Seus amigos O abandonaram. Ele
foi entregue ao Seus inimigos. Foi escarnecido e julgado. Então foi crucificado
entre dois salteadores. Enquanto agonizava, Seus executores lançaram sortes
pela posse da única propriedade que Ele teve na terra - a Sua túnica.
Morto, Ele foi colocado numa
sepultura emprestada, por compaixão de um amigo. Dezenove longos séculos se
passaram, e hoje Ele é a figura central
da raça, o líder da coluna do progresso.
Estou inteiramente com a verdade
dizendo que todos os exércitos que marcharam
sobre a terra, todas as esquadras já construídas, todos os parlamentos
já constituídos, todos os reis que já reinaram - todos juntos não afetaram a
vida de qualquer pessoa na terra como esta vida solitária tem afetado.”
Não sabemos quem escreveu estas
palavras sobre o Senhor Jesus Cristo, mas sabemos que elas são verdadeiras. Com
efeito, a verdade a respeito de Cristo vai além disto.
Ele era o Verbo de Deus feito
carne. (João 1:14). Ele é o Filho de Deus. (Lucas1:35). O Seu nome foi dado por
instrução de um anjo de Deus, antes do Seu nascimento: “Este será grande, e
será chamado filho do Altíssimo; e o Senhor Deus lhe dará o trono de Davi, seu
pai, e reinará eternamente na casa de Jacó, e o seu reino não terá fim.” Lucas
1:32 e 33
Dia após dia, mês após mês, ano
após ano o Seu nome cresceu em significação. Contudo, ao Jesus morrer como
criminoso, a obra da Sua vida parece não ter objetivo, e as Suas reivindicações
parecem falsas. Em suma, pareceu que Ele fracassou. Mas lá estava a profecia:
“O seu nome será Maravilhoso”. Isaías 9:6
Com o passar do tempo veio uma
mudança. O Seu nome foi difundido. A Sua influência estendeu mais e mais, até
os confins da terra. E Cristo ficou sendo a figura central da raça humana.
O Seu nome é Maravilhoso - Jesus,
nosso Salvador. Enche-nos de admiração, Sua morte, Sua ressurreição, Sua
ascensão, o Seu ministério como nosso advogado no céu, e a Sua segunda vida em glória.
A manifestação do Filho de Deus
em carne foi o cumprimento da primeira promessa feita por Deus ao homem. Lemos
em Gênesis: “E porei inimizade entre ti e a mulher e entre a tua semente e sua
semente; esta lhe ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o
calcanhar.”
Mediante a semente a mulher Deus
traria vitória e redenção. Ele destruiria as obras do Diabo. Falando do
nascimento do Cristo, o anjo disse: “Eis que a virgem conceberá e dará a luz um filho, e chamar-lo-ão
pelo nome de Emanuel, que traduzido é: Deus conosco.” Mateus 1:23
A seguir, pensemos na vida de
Cristo, a única vida sem pecado vivida na terra. O Senhor Jesus Cristo desafiou
os Seus inimigos com as palavras: “Quem dentre vós me convence do pecado? João
8:46.
Pilatos, governador e juiz,
disse: “Não acho culpa alguma neste homem”. Lucas 23:4. Judas o traidor,
confessou: “Pequei, traindo sangue inocente” Mateus 27:4
Sua vida era uma vida de poder.
Ele curou os doentes com um palavra ou com um toque. Ressuscitou os mortos.
Controlou a natureza. Até mesmo o vento e o mar lhe obedeciam. Cristo
multiplicou uns pouco pães para alimentar milhares de pessoas. Ele falou à água
e ela se converteu em vinho.
A influência de Cristo
estendeu-se até os confins da terra. Seu
nascimento foi maravilhoso, a Sua vida foi maravilhosa, e maravilhosa foi
também sua morte. A Morte de Cristo foi diferente da morte de todos os homens .
Ela foi uma morte expiatória,
substitui, um sacrifício feito uma vez para sempre. (Hebreus 10:10) Ele morreu
como o Cordeiro de Deus.
Antes de morrer sofreu escárnio,
foi chicoteado, colocaram nEle uma coroa de espinhos
e sua cruz foi projetada sobre uma
solitária colina. A morte de Cristo, pois cumpriu as profecias que O indicavam
como Redentor do mundo.
Ao terceiro dia ressuscitou dos
mortos. Disse Ele: “Dou a minha vida para tornar a tomá-la”. João 10:17 Eram
verdadeiras as palavras do Senhor junto ao túmulo de Lázaro: “Eu sou a
ressurreição e a vida.” João 11:25 Ele predissera que ressuscitaria ao terceiro
dia. De fato ressuscitou e mostrou-Se aos discípulos.
Cristo foi maravilhoso na Sua
ressurreição. Quarenta dias após aquele grande acontecimento. Ele subiu ao céu.
Conduzindo os discípulos ao Monte das Oliveiras, o Senhor lhes deu instrução e
os abençoou.
“E aconteceu que, abençoando-os
Ele, se apartou deles e foi elevado ao céu” Lucas 24:51. “Tendo subido ao céu, assentou-se à direita
de Deus”. Marcos 16.19. Porque Se acha
Ele no céu o que significa isso para nós?
Hebreus 9:24 responde a esta
pergunta: “Para comparecer por nós perante a face de Deus”. Cristo agora
comparece por nós, perante Deus. Ele está intercedendo por nós.
Jesus será maravilhoso em Sua
volta. Disse Ele: “E, se eu for, e vos preparar lugar, virei outra vez, e vos
levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver estejais vós também,” João
14:3
Cristo prometeu voltar trazendo
com Ele todos os santos anjos. Aquele que foi o Bebê, o incansável Servo das
necessidades do homem, o Salvador crucificado, o Redentor ressuscitado, o nosso
Sumo Sacerdote e Mediador, por fim será o nosso Rei com poder e glória.
E porque Cristo é o Maravilhoso
elo de ligação entre o céu e a terra, a mais abençoada experiência que podemos ter é humilhar-nos diante dEle
e aceitar o Seu amor, o Seu sacrifício expiatório; e recebê-Lo como Salvador e seguí-lo na vida até aquela vasta e maravilhosa eternidade
que prometeu aos O amam.
82
TRÊS ANJOS E TRÊS MENSAGENS
Neumoel Stina
Os cristãos tem uma grande
esperança. Seus sonhos e realizações se concentram na breve Volta de Jesus.
A segunda vinda de Cristo a este
mundo para nos libertar do pecado e nos levar para o novo lar é o grande sonho
da vida de todos os filhos de Deus.
Você acredita que estamos vivendo
os últimos dias da história do mundo?
Você crê que Jesus voltará em
breve?
Se estamos vivendo os últimos
dias e Jesus em breve virá, que mensagens tem Deus nestes últimos dias para
seus filhos deste desgastado planeta?
Em Apocalipse 14:6-12, há três
mensagens especiais de Deus para os habitantes deste mundo. Mas seriam estas as
advertências finais de Deus à terra? Podemos afirmar que sim, pois no mesmo
texto em Apocalipse 14:14, a Bíblia descreve a volta de Jesus. João viu em
visão “uma nuvem branca e sentado sobre a nuvem, um semelhante ao filho do
homem tendo na cabeça uma coroa de ouro, e na mão uma foice afiada”. Este verso
descreve Jesus regressando como “Rei dos reis”, “Senhor dos Senhores” e também como “Justo juiz”.
Analisemos as três mensagens.
Antes porém é bom lembrar que, o
livro de Apocalipse é um livro cheio de símbolos. Os três anjos representam os
mensageiros divinos, encarregados de advertir o mundo antes do retorno de
Cristo. São os cristãos sinceros, os representantes de Cristo na terra, a quem
foi dada a ordem de Mateus 28:18-20: “Ide portanto e pregai”
.
Nenhum texto na Bíblia afirma que
o evangelho seria pregado por anjos. Esta responsabilidade Jesus conferiu aos
seus discípulos, os seus seguidores.
Que mensagem é dada pelo primeiro
anjo?
“Vi outro anjo voando pelo meio
do céu, tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a
terra, e a cada nação, e tribo e língua e povo, dizendo com grande voz: Temei a
Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que
fez o céu e a terra, e o mar e as fontes das águas”. Apocalipse 14:6-7.
A mensagem do primeiro anjo
representa a “mensagem da pregação do evangelho eterno”, associada à
advertência da chegada do juízo. O apelo é para que os habitantes de toda a
terra retornem a Deus, e Lhe prestem adoração, porque só Ele é digno.
Desde que em 1.859 Charles Darwim publicou seu livro sobre a Evolução, a crença em
Deus como Criador de todas as coisas, tem sido abandonada e o evolucionismo
inundou o mundo científico e até mesmo o mundo cristão.
O apelo do primeiro anjo é para
que os filhos de Deus rejeitem a evolução e adorem a Deus como o Criador, aquEle que é a fonte de toda a vida e que deu origem a
todas as coisas.
Esta mensagem deve ser pregada no
mundo inteiro, a todos quantos habitam sobre a terra.
Enquanto o evolucionismo tenta
apagar do mundo a idéia de um Deus Criador, o
primeiro anjo chama a tenção dos habitantes do planeta para a adoração do Deus,
que criou todas as coisas.
Por quê a necessidade de pregar
uma mensagem chamando os homens para a adoração do Deus Criador?
Porque o homem virou as costas
para Deus. Abandonando o Senhor e desrespeitando as sua
leis. Se o homem tivesse guardado os mandamentos de Deus em todos os tempos,
não teríamos nos esquecido que Deus é o Criador de todas as coisas.
Em Êxodo 20 encontramos a
declaração de que Deus criou todas as coisas em seis dias e no sétimo dia
descansou. Se o dia de repouso tivesse sido guardado e observado pelos cristãos
desde os dias de Cristo até agora, não teríamos tido a mínima idéia do surgimento do ateísmo, e do evolucionismo, mas
abandonando os mandamentos de Deus, o homem abandonou o próprio Deus.
A mensagem do primeiro anjo diz
que devemos adorar a Deus, obedecer suas leis e seus mandamentos porque haverá
um juízo, no qual cada um prestará contas de sua obediência ou desobediência.
Daremos nós ouvido à mensagem do primeiro anjo?
Vamos agora à mensagem do segundo
anjo:
Em Apocalipse 14:8 lemos: “caiu,
caiu a grande Babilônia que tem dado a beber a todas as nações do vinho da
fúria de sua prostituição”.
Neste verso temos que usar o
princípio da interpretação profética, pois, Babilônia, a cidade, não existia
mais há muitos séculos.
O nome Babilônia aqui, representa
o poder apóstata que, em nome de Deus e procurando usurpar o poder de Deus,
tem, durante séculos ensinado doutrinas aparentemente cristãs - cheias de
apostasias, de ensinos pagãos que não tem base bíblica. A palavra babilônia vem
de “Babel” que quer dizer confusão. A mensagem ensinada pelo segundo anjo é que
todos os sistemas religiosos falsos, que ensinam doutrinas não bíblicas - que
ensinam heresias - vão cair.
E mais, “o vinho de sua
prostituição” refere-se claramente à adulteração da verdadeira religião cristã,
a religião de Jesus.
Sendo que Babilônia representa
toda forma de culto que não se harmoniza com a Bíblia e sua mensagem simples e
verdadeira, é nosso dever escolher agora, abandonar Babilônia, deixar o erro e
unir-nos a Deus e ao seu povo remanescente.
Deus está hoje fazendo um apelo
aos Seus filhos, que ainda estão praticando alguma forma falsa ou desvirtuada
de culto: “Sai dela povo meu”. Apocalipse 18:4. Isto é: sair de Babilônia, sair
da confusão.
Ouviremos nós a mensagem do
segundo anjo?
E concluindo, vejamos agora a
mensagem do terceiro anjo:
Em Apocalipse 14:9-12 encontramos
esta mensagem, cujo resumo é: “Se alguém adorar a besta e a sua imagem, e
receber o seu sinal na fronte ou na mão, também este beberá do vinho da ira de
Deus...”.
A Bíblia fala da misericórdia de
Deus: “Porque Deus enviou Seu filho ao mundo, não para condenar o mundo mas que
o mundo fosse salvo por ele”. João 3:17. Em Ezequiel 18:23 lemos que “O Senhor
não tem prazer na morte do ímpio”. Pelo contrário, Deus se alegra quando o
ímpio se arrepende e se converte. Mas a condenação divina é que “A luz que é
Cristo, veio ao mundo, mas os homens amaram mais as trevas do que a luz”. João
3:19.
Isto é terrível, porque Deus
enviou a Verdade personificada ao mundo. Enviou a verdadeira Luz que ilumina,
mas os homens amaram mais Babilônia com todas as suas trevas e erros espirituais.
Deus declara que no fim do tempo
haverá aqui na terra apenas duas classes:
Uma - Os que adoram a besta, os
que estão em Babilônia, que rejeitam a luz do céu.
A outra - Os que seguem, servem e
obedecem a Jesus Cristo, guardando os Seus mandamentos. Isto é: o fiel
remanescente de Deus.
O povo de Deus dos últimos dias é
descrito em Apocalipse 14:12 como os que tem “a perseverança dos santos,
guardam os mandamentos de Deus e tem a fé de Jesus”. Apocalipse 12:17 declara
que Satanás está irado com todos os seguidores de Cristo, que guardam os
mandamentos de Deus.
O terceiro anjo declara que Deus
castigará os que insistirem em permanecer
no erro, aliados à Babilônia e adorando a besta. Haverá punição para os
desobedientes.
Por outro lado haverá recompensa
para os que guardam os mandamentos de Deus.
Atenderemos nós estas mensagens?
Ficaremos do lado de Deus, custe
o que custar?
Amado ouvinte:
Só há segurança em confiarmos em
Deus.
Se permanecermos do lado de
Jesus, Ele nos livrará das horas mais difíceis que os filhos de Deus terão que
passar.
Diga agora a Jesus que quer estar
do lado dEle, enquanto você ouve esta
linda mensagem cantada. E então quando Cristo regressar você também poderá
saudar o nosso Jesus.
83
AS TRÊS FASES DO JUIZO
Pr.
Neumoel Stina
Muitos de nossos amigos ouvintes
tem escrito perguntando sobre o julgamento. Trata-se de um assunto muito
significativo, e no programa de hoje vamos falar sobre As Três Fases do Juízo.
As três fases são: Investigativa, Judicativa e Executiva. Cada fase é marcada
por um grande acontecimento.
Para que possamos compreender o
assunto do juízo, precisamos começar com a profecia de Daniel 8 porque o juízo
está relacionado com a purificação do Santuário. E a Bíblia diz: “E até 2.300
tardes e manhãs e o santuário será purificado”. Daniel 8:14
Para saber quando começou a
purificação do santuário, precisamos saber quando terminaram as 2.300 tardes e
manhãs. Em Ezequiel 4:6-
Em Daniel 9:23-27, encontramos o
fio da meada. O período começa com a ordem para reedificar e restaurar
Jerusalém. Em Esdras 6:14, encontramos o decreto, que está transcrito na
íntegra em Esdras 7:11-28. O decreto é composto de 3 editos: 537AC, por Ciro;
520AC, por Dario e 457AC por Artaxerxes.
Sendo que devemos começar a
contagem a partir de 457AC, e setenta semanas são 490 anos, pelo princípio dia
- ano, chegaremos até o ano 34 da nossa era. Ficam faltando para 2.300 anos,
1.8l0 anos, e somados ao ano 34, chegaremos ao ano 1.844 da nossa era.
Quando Jesus morreu, na cruz do
Calvário, o véu do santuário terrestre se rasgou de alto a baixo, simbolizando
a extinção do santuário terrestre.
O santuário da terra era uma
cópia do modelo que está no Céu. Êxodo 25:40; Hebreus 9:23-24 e11:1-5
Apenas para solidificar a idéia do juízo, alguns textos:
Atos 17:30-31 “Deus tem um dia
para julgar o mundo...”.
Daniel 7:9-10 “Assentou-se o
juízo e abriram-se os livros...”.
Malaquias 3:16 “Há um memorial
diante de Deus...”.
Eclesiástes 12:14 “Deus há de trazer a juízo
toda obra...”.
A Primeira Fase do Juízo se chama
Investigativa ou Pré-advento:
Apocalipse 14:6-7 diz: Chegou a
hora do juízo.
Guilherme Miller pregou a vinda
do juízo como sendo a Volta de Jesus. Ele pregou desde 1.831 até 1.844.
Em I Pedro 4:16-
Assistido por anjos celestiais
nosso Sumo Sacerdote, Jesus Cristo, entra no lugar santíssimo do santuário
celestial. Comparece à presença de Deus o Pai, para fazer expiação por todos os
que creram no Seu nome.
O Juízo é baseado no que está
escrito nos livros.
Há vários livros: O livro da
vida, o livro memorial e também o livro dos pecados.
Quando alguém tem pecados para os
quais não houve arrependimento e confissão, o nome do culpado é omitido do
livro da vida.
O Juízo é executado com precisão:
“Assim como os traços fisionômicos são reproduzidos com precisão infalível
sobre a polida chapa fotográfica, assim o caráter é fielmente delineado nos
livros dos céus”. G.C. 490.
O Juízo investigativo termina
pouco antes de Jesus voltar à terra, em Sua segunda Vinda. Quando isto
acontecer todos os casos estarão decididos.
A Segunda Fase do Juízo se chama
Determinativa ou Judicativa
Em Apocalipse 20:1-
Conforme I Coríntios 6:2-3, os
santos, resgatados por Jesus, por ocasião da Segunda Vinda, participam do
juízo.
Durante os mil anos, entre a
ressurreição dos justos e a ressurreição dos ímpios, ocorre esta fase do
julgamento.
Enquanto os santos estão nos céus
com Jesus, participando do juízo, os ímpios estão mortos na terra.
Os ímpios ressuscitarão no final
do milênio para receberem a condenação.
A Terceira Fase do Juízo se chama
Executiva ou Conclusiva
Em Malaquias 4:1-
Em Apocalipse 20:9 diz que desceu
fogo dos céus e os consumiu.
No final dos mil anos ocorre a
segunda grande ressurreição. Os ímpios ressuscitarão dos mortos comparecendo
perante Deus para a execução do juízo escrito.
Quando se abrem os livros, o
olhar de Jesus incide sobre cada ímpio, e cada um se torna cônscio de seus
pecados.
Ali estão muitos que pertenceram
a raça de grande longevidade, de grande intelecto, reis generais, guerreiros
orgulhosos, ambiciosos, aqueles que participaram na morte de Jesus, também
aqueles que em todos os tempos se exaltaram acima de Deus, e muitos outros.
Diante de todos os fatos do
grande conflito, o Universo inteiro, inclusive os rebeldes exclamam: “Justos e
verdadeiros são os Teus caminhos, Ó Rei das nações”.
Os ímpios recebem sua recompensa
na terra. Serão como a palha.
Quando todos os ímpios forem
destruídos, inclusive o diabo, estará para sempre terminada a história da obra
de ruína causada por Satanás.
Quando tudo aqui terminar, e esta
terra renovada se tornar a morada dos salvos, onde você pretende estar?
Talvez você possa estar pensando:
Bem, acho que estou perdido.
Eu desejo animar você agora com
estas lindas promessas da Palavra de Deus:
“Se confessarmos os nossos
pecados Ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda
injustiça”. I João 1:9
Em João 3:18 Jesus disse: “O que
crê em mim não é julgado”.
“Filhinhos, estas coisas vos
escrevi para que não pequeis, todavia se alguém pecar, temos um advogado junto
ao Pai, Jesus Cristo” I João 2:1.
Amigo ouvinte: Logo tudo
passará. Se nos apegarmos firmemente a
Jesus, estaremos livres da condenação. Nem precisamos nos preocupar com o
juízo.
Jesus é o nosso Libertador, nosso
Advogado e Salvador. Louvado seja o nome de Jesus.
Se você quiser, pode se apegar a
Jesus, ir com Ele para o céu, passar mil anos com Ele e depois de tudo poderá
dizer:
“O grande conflito terminou, pecado e
pecadores não mais existem. O Universo inteiro está purificado... desde o
minúsculo átomo até o maior dos mundos, todas as coisas, animadas e inanimadas,
em sua serena beleza e perfeito gozo, declaram que Deus é amor”. G.C.684.
E então por toda eternidade gozar
das alegrias que Deus preparou para os que O amam.
Talvez você esteja apreensivo, ou
com medo do juízo, mas pode ser que Jesus quer abençoar você.
84
EXISTE MESMO INFERNO?
Neumoel Stina
A crença popular ensina que
quando uma pessoa morre, se foi boa, vai para o Paraíso; se foi má, vai para o
Inferno.
Há também uma doutrina chamada
purgatório, que existe em conexão com a doutrina do inferno.
Mas o que a Bíblia ensina sobre
este assunto?
Se estudarmos a Bíblia com
cuidado, vamos descobrir que ao Jesus voltar a esta terra, “os mortos ouvirão a
Sua voz e sairão: os que tiverem feito o bem, para a ressurreição da vida; e os
que tiverem praticado o mal, para a ressurreição do juízo”. João 5:28-29.
A Bíblia também ensina que quando
Jesus voltar, Ele se assentará no Seu trono para julgar o mundo “com justiça”.
Seria possível harmonizar as
doutrinas da Volta de Jesus e da Ressurreição, com a doutrina do inferno?
Se quando alguém morre, vai ou
paraíso, ou para o inferno ou mesmo para o purgatório, qual seria a importância
ou o significado da ressurreição e mesmo de um julgamento por ocasião da Volta
de Jesus?
A Bíblia afirma que quando Jesus
voltar, Ele mesmo vai separar os bons dos maus, o trigo do joio, as ovelhas dos
cabritos. (Mateus 25:31-33)
A Bíblia ensina enfaticamente em
Apocalipse 22:12 que somente quando Jesus regressar é que cada um receberá a
recompensa segundo as suas obras.
Ao tratarmos deste assunto
controvertido, queremos lembrar outra vez aos nossos queridos amigos, ouvintes,
que somente a Palavra de Deus pode esclarecer e dizer a verdade. O que fugir
disso é conjectura humana.
Vejamos um pouco da história:
Dante Alighieri, que viveu na
Idade Média, de
Com esta obra, Dante abalou o
pensamento teológico da época.
Infelizmente, o Inferno de Dante,
estava baseado nos ensinos pagãos de Platão e Virgílio.
Os escritos de Dante
influenciaram até mesmo o cristianismo, pois as características principais do
Inferno, segundo a concepção hindu, persa, egípcia, grega e cristã, são
essencialmente as mesmas.
O Inferno tem sido descrito como
a morada dos espíritos malignos, o lugar da vingança divina, onde não há
misericórdia e cujo sofrimento é sem fim.
Então nós perguntamos: Como
harmonizar todas estas idéias com o ensino da Bíblia
que diz que Deus é amor? Se você é um pai, admitiria a idéia
de castigar um filho incessantemente? Com certeza que não! Será que Deus seria
mais severo que um pai terrestre?
Há na Bíblia 4 expressões que são
traduzidas por Inferno. São elas: Sheol do hebraico,
e Geena, Hades e Tártaro do grego.
Analisemos brevemente estas 4
palavras usadas e traduzidas por Inferno, e então vejamos na Bíblia, as suas
aplicações:
A palavra Sheol
às vezes é traduzida por sepultura, como no Salmo 16:10. “Não deixarás a minha
alma na sepultura”. Sheol
Também a palavra Hades significa
sepultura, ou morte. Aparece 11 vezes no Novo Testamento. “Onde está ó morte a
tua vitória?. Hades I Coríntios
15:55
A palavra Geena também significa
“lugar de queimar”. Ocorre 12 vezes no Novo Testamento e é a forma grega de
“Vale de Hinon”.
O vale de Hinon,
ao sul de Jerusalém, foi o local onde o povo de Israel ofereceu sacrifícios
humanos, de criancinhas, ao “deus” Moloque. Deus determinou que aquele vale
seria chamado de “vale da matança” Jeremias 7:32.
Mais tarde o vale de Hinon tornou-se o local da queima de lixo e de cadáveres.
Por isso o fogo e a fumaça existiam ali constantemente, e o que o fogo não
destruía, os vermes consumiam. Era símbolo de destruição. Geena
A última das 4 palavras
traduzidas por Inferno, é Tártato. Significa prisão,
ou profundo abismo, e refere-se aos anjos caídos do céu, quando Lúcifer se
rebelou contra Cristo e foi expulso de lá. Apocalipse 12:9. Acha-se uma vez
mais na Bíblia, em II Pedro 2:4. Tártaro
A Palavra de Deus ensina que
quando os seres humanos morrem, todos vão para o Sheol
ou Hades, sepultura, quer sejam bons, quer sejam maus, justos ou injustos,
salvos ou perdidos. Eles dormem o sono inconsciente da morte, e aguardam a
volta de Jesus para o juízo final, bem como a recompensa que cabe a cada um. O
Salmo 89:48 pergunta: “Que homem há, que viva, e não veja a morte?. e Salomão
confirma: “O mesmo sucede ao justo e ao perverso”. Eclesiástes
9:2.
Sim amigos, bons e maus, justos e
injustos, todos os que morreram estão na sepultura e aguardam o dia final.
Talvez isso possa surpreendê-lo,
mas atualmente não existe em lugar nenhum, um inferno de fogo, queimando
pecadores, como também não há almas libertas do corpo. Quando as pessoas morrem
elas vão para a sepultura, para o sono da morte; ninguém vai ao Paraíso, ao
Purgatório ou ao Inferno.
Exatamente agora, não existe
nenhum Inferno, mas haverá sim, um Inferno, no futuro e será aqui mesmo na
terra. Isso é o que a Bíblia ensina. Foi Satanás quem inventou o chamado
Inferno de Fogo, para desvirtuar o caráter e a imagem de Deus. A fim de que as
pessoas pensem que Deus é vingativo, cruel, queimando os ímpios por toda a
eternidade. Seria isto amor? Seria isto justo?
Desde o princípio tem sido parte
da obra do enganador distorcer o caráter divino, levando criaturas a terem ódio
do Criador.
Graças a Deus, não existe ninguém
queimando num Inferno. O Senhor não tem prazer na morte do ímpio. Deus mesmo
afirma: “Tão certo como eu vivo, diz o Senhor Deus: não tenho prazer na morte
do ímpio, mas que o ímpio se converta do seu mau caminho e viva”. Ezequiel
33:11.
Por ocasião da Segunda Vinda de
Cristo, os justos mortos ressuscitarão.
I Tessalonisenses
4:16. E Então receberão a recompensa.
Somente quando Jesus regressar é
que os justos serão levados ao Paraíso. Lá reinarão com Cristo por mil anos e
julgarão os ímpios, para comprovar a justiça de Deus. Apocalipse 20:4 e I
Coríntios 6:2-3.
Após mil anos no céu, Jesus
Cristo e os santos retornarão à terra. Naquela ocasião Jesus Cristo dará a
recompensa aos ímpios. A Palavra de Deus afirma que quando os ímpios quiserem
destruir a Cidade Santa e derrotar a Cristo e os salvos, então “descerá fogo do
céu e os consumirá”. Apocalipse 20:9.
Nessa mesma ocasião, o diabo, a
morte e o inferno (sepultura), também serão destruídos para sempre, pois serão
lançados no lago de fogo e enxofre. Apocalipse 20:10 e 14.
Este fogo eterno - o inferno de
Deus - destruirá tudo, e eliminará todo o mal: desde Satanás, o causador do
pecado, até o último dos pecadores. Diz a Bíblia que quando esta terra for
incendiada pelos fogos do inferno, no dia final, “todos os soberbos e todos os
que cometem perversidade, serão como a palha... não sobrará nem raiz e nem
ramos”. Malaquias 4:1-3
A atitude de Deus ao destruir os
ímpios é chamada na Bíblia de “o ato estranho de Deus”. Isaías 28:21. Pois a
destruição é contrária ao caráter de Deus, pois “Deus é amor”. I João 4:8
Um dia Deus destruirá os ímpios
num inferno de fogo, aqui nesta terra. Mas, somente depois de julgá-los pois
Deus é amor e justiça..
O ensino bíblico de que o inferno
de fogo será somente depois do juízo final, é coerente com o caráter justo de
Deus, e se harmoniza perfeitamente com as promessas da segunda vinda de Cristo
e da ressurreição dos mortos.
Amados ouvintes: a idéia de um fogo de tormento eterno tem levado milhões a
servirem a Deus por medo. Deus, no entanto, deseja serviço simples, franco e
sincero. Em amor Ele nos salvou. Em amor Ele cuida de nós.
Se O amarmos e O servirmos de
coração, não precisaremos temer os fogos do inferno, pois poderemos ter a
certeza de alcançar a vitória final, a vida eterna.
E esta vitória é o resultado da
bênção de Deus. O meu desejo é que o Senhor o abençoe também.
85
VIDA ETERNA EM JESUS
Neumoel Stina
Quando João, o discípulo amado
escreveu o seu livro, cerca de 30 anos depois que os demais evangelhos foram
escritos, uma perigosa heresia deitava raízes entre os cristãos.
Era o Gnosticismo, ensino que desvirtuava
a verdade central do evangelho - a doutrina referente à pessoa de Cristo, e
assim removia o fundamento da esperança
de vida.
O evangelho de João é um esforço
para reafirmar as verdades concernentes a Cristo - a Sua divindade, a Sua
verdadeira humanidade, a Sua vida perfeita, o Seu sacrifício expiatório, a Sua
ressurreição, e a Sua promessa de voltar ao mundo. Tudo isto foi feito a fim de
que tivéssemos base para ter esperança.
Em seu livro João declarou:
“Estes sinais. . . foram registrados para que creiais que Jesus é o Cristo, o Filho de Deus, e para que,
crendo, tenhais vida em seu nome.” João 20:31.
O apóstolo emprega a palavra vida
43 vezes, em expressões tais como “a vida estava nele”, Cristo; “vim para que
tenham vida”; “eu sou o pão da vida”; “não quereis vir a mim para terdes vida”
A nota tônica do livro de João é
que Cristo veio para dar vida ao homem. Ele veio dar vida não apenas no sentido
de livrar da perdição, mas também no sentido específico da palavra: Dar vida a
quem estava condenado a perdê-la.
Por que esta ênfase do apóstolo
ao ensino de que Cristo veio para dar vida? E que Ele é a nossa esperança de
vida? Porque pelo pecado o homem perdeu o direito á
vida. Pois “o salário do pecado é a
morte.” Romanos 6:23.
Ao criar o homem foi o propósito
de Deus conferir-lhe vida imortal. Mas o Senhor não dotou o homem com
imortalidade logo ao criá-lo.
Adão, e sua mulher Eva, deveriam
ser primeiro provados. Eles eram seres livres e deveriam demonstrar se seriam obedientes ou não, aos princípios
divinos.
O ponto da prova é mencionado em
Gênesis 2:15-17: ”E tomou o Senhor Deus o homem, e o pôs no jardim do Éden para
o lavrar e o guardar. E ordenou o Senhor Deus ao homem, dizendo: De toda a
árvore do jardim comerás livremente; mas da árvore da ciência do bem e do mal,
dela não comerás; porque no dia em que dela comerdes, certamente morrerás.”
O fruto da árvore da ciência do
bem e do mal evidentemente não produzia mal algum, de si mesmo. O que
acarretava o mal era a desobediência ao mandato divino.
Se o homem fosse imortal, não
seria ameaçado com a morte. Imortal que dizer não sujeito à morte..
Nossos primeiros pais falharam na
prova. Desobedeceram a Deus. Depois de pecarem Deus não lhes permitiu comer da
árvore da vida. Essa árvore tinha a virtude de perpetuar a vida.
Transmitindo a seus descendentes
a natureza pecaminosa, nossos primeiros pais nos legaram também a sentença de
morte. A Escritura diz: “Portanto, assim como por um só homem entrou o pecado
no mundo, e pelo pecado a morte, assim também a morte passou a todos os
homens, porque todos pecaram.” Romanos
5:12
Como pecadores não temos
esperança de vida além dos setenta ou poucos
anos mais que aqui vivemos. O salmista Davi assim escreveu: “Porque o
homem, são seus dias como a erva; como a flor do campo, assim floresce, pois,
passando por ela o vento logo se vai, e
o seu lugar não conhece mais.” Salmo 103: 15 e 16.
Foi para restituir a vida ao
homem, o direito de viver para sempre, que Cristo veio ao mundo. “O ladrão vem
somente para roubar, matar e destruir; eu porém, vim para que tenham vida e a
tenham em abundância.” João 10:10.
E ainda: Eu sou o pão vivo que
desceu do céu; se alguém dele comer, viverá eternamente.” João 6.51
Cristo traz a imortalidade
mediante o evangelho. O apóstolo Paulo fala da graça “manifestada agora pelo
aparecimento de nosso Salvador Jesus Cristo o qual não só destruiu a morte,
como trouxe à luz a vida e a imortalidade mediante o evangelho.” II Timóteo
1.10
É aceitando o Evangelho- arrependendo-nos, confessando e abandonando o pecado,
entregando a vida ao salvador, obedecendo À Sua palavra, que nos ligamos ao
Doador da vida e temos a promessa da imortalidade.
Na volta de Cristo à esta terra é
que será conferida a imortalidade aos que pela graça de Deus se tornarem dignos
dela. O Salvador voltará com poder e glória, para buscar o Seu povo. “E se eu
for, e vos preparar lugar, voltarei e vos recebereis para mim mesmo, para que
onde eu estou estejais vós também.” João 14:3
Quando Jesus aparecer nas nuvens
dos céus, Ele fará ressurgir os mortos que dormiram no Senhor. Aqui nesta
terra, mesmo os que recebem a Cristo no coração continuam sujeitos à morte. Mas
esta morte não será eterna. Ela é um estado transitório. “Quem crê em mim”
disse Jesus, ainda que morra viverá.” João 11:25
Ao erguer o Seu povo do túmulo,
no dia final, o divino Salvador lhes conferirá imortalidade.
Ele dará vida imortal a todos os
remidos, aos que provaram a morte e foram ressuscitados, e aos que estiverem
vivos naquele dia.
Descendo ao nível do homem e
dando a Sua vida em expiação pelas transgressões do homem, Cristo proveu cura
para a doença que traz a morte eterna, a doença do pecado.
Cristo salva do pecado e dá-nos
vida, vida imortal.
Aceite o que ele comprou com o
Seu próprio sangue. A Vida Eterna. Aceite hoje o Salvador Jesus Cristo. “Deus nos deu a vida eterna; e esta
vida está no Seu Filho. Aquele que tem o Filho tem a vida, aquele que não tem o
Filho de Deus não tem a vida.” I João 5:11-12
86
A PALAVRA DE DEUS
Neumoel Stina
O que vem à sua mente quando você
ouve a expressão palavra de Deus? Vejamos como aconteceu no princípio: “Disse
Deus: Haja luz e houve luz. Disse também
Deus: ajuntem-se as águas debaixo dos céus num só lugar, e apareça a porção
seca. E assim se fez. Disse mais: haja luzeiros no firmamento...E assim se
fez.” Gênesis1:3, 9, 14 e 15. Se você ler todo o capítulo 1 de Gênesis, você
vai perceber que o instrumento que Deus usou para criar o mundo foi Sua
Palavra. Deus falou e logo tudo apareceu.
Não tinha luz na terra e Deus
falou e a terra foi iluminada. O que não existia passou a existir. Assim foi
com as águas, com a terra, com o firmamento, com o sol, com a lua, com as
estrelas, com as plantas e árvores, com os animais e toda a criação de Deus.
Deus falou e as coisas aconteceram. Deus disse e tudo se fez de forma bela,
plena e com perfeição. O próprio Deus afirmou após cada ato criador, que o que fizera era bom.
Deus deve ter pensado antes de
falar. Deve ter imaginado detalhes, formas, cores e planejado de forma
minuciosa tudo o que deveria passar a existir pelo poder de Sua palavra. Ele
deve ter pensado com carinho e satisfação em tudo aquilo que Ele criaria. Você
consegue ver o ar de satisfação na face de Deus depois de ver as coisas que Ele
projetou prontas, se movendo, existindo?
Teriam os anjos batido palmas e o
universo inteiro se admirado do bom
gosto, sabedoria, e o poder do grande artista e arquiteto, o supremo Deus?
Veja o que diz o livro de Jaó, capítulo
39, no verso 7. Na Bíblia na linguagem de hoje este texto foi traduzido assim:
“Na manhã da criação as estrelas cantavam em coro, e os servidores celestiais
soltavam gritos de alegria. Certamente ecoou nos pensamentos e lábios dos seres criados: “Bendita Palavra
de Deus”.
Depois de criar todas as coisas
por Sua palavra, Deus usaria esta mesma palavra para Se revelar ao homem.
Tornar-se conhecido, ser íntimo do homem. No princípio Deus falava face a face
com Adão. Você já imaginou o que a conversa de Deus com Adão produzia de bem
estar na existência do primeiro homem?
Isto não é difícil de se
imaginar, porque você, assim como eu, já deve ter tido determinadas conversas
com amigos ou parentes, aquelas conversas gostosas que mais parecem um fonte de vida e ânimo, do
que qualquer outra coisa.
Assim deveria ser entre Adão e
Deus. Era uma conversa, uma comunhão vivificante. Ouvir Deus falando, conversar
e estar com Ele deveria ser a melhor parte do dia de Adão e Eva.
O diabo veio com o pincel do
pecado e borrou todo o quadro perfeito que Deus havia criado. Por causa disto,
a palavra de Deus não pode mais chegar ao homem livremente. Houve uma barreira
na comunicação Deus - homem.
A partir de então Deus se
comunicaria de forma especial, através de pessoas escolhidas, para serem
porta-vozes de Deus, e eles são chamados de profetas.
Quarenta profetas que ao longo de
aproximadamente 1600 anos escreveram o
que conhecemos como a Palavra de
Deus, a Bíblia.
O apóstolo Paulo afirmou em II
Tim. 3:16 que “toda a escritura é inspirada por Deus”. A palavra traduzida por
inspirada, vem do grego theopneustos que significa literalmente
“proveniente do fôlego de Deus”.
Foi Deus quem inspirou os
pensamentos dos profetas e eles com suas próprias palavras, estilos e
expressões comunicaram as verdades divinas aos homens. Pedro diz que
“Homens santos falaram da parte de Deus
movidos pelo Espírito Santo” (II Ped 1:21). Os
escritores bíblicos indicaram que o Espírito Santo foi a fonte de suas
revelações.
Davi declarou: “O Espírito do
Senhor fala por intermédio, e a Sua palavra esta na
minha língua” (II Sam. 23:2). Paulo escreveu: “Ora, o Espírito afirma
expressamente que, nos últimos tempos, alguns
deixarão a fé” (I Tim 4:1). A conclusão que se chega é que Deus é o
autor da Bíblia e a Bíblia é a Palavra de Deus.
Quando você entra em contato com
a Bíblia é como se você tivesse ao seu lado um divino e amorável conselheiro
para orientar e ajudar em todos os seus caminhos. Paulo ainda diz: “Pois tudo o
que outrora foi escrito, para o nosso ensino foi escrito, a fim de que, pela
paciência, e pela consolação das Escrituras, tenhamos esperança” (Rom 15:4).
Consolo, esperança, ensino e salvação são resultantes do contato com a palavra
de Deus.
Quando você olhar para a Bíblia
busque enxergar mais do que papel e tinta. Ela é a palavra de Deus e pode criar em você um mundo
de harmonia interior, coloridos, pela paz, bondade, amor, fidelidade,
humildade, domínio próprio.
O mesmo Deus que disse:
“Haja luz e houve luz”, pode fazer
ascender uma luz na sua vida onde hoje é só escuridão. A palavra de Deus tem
poder para trazer a existência o que não existe. A palavra de Deus pode transformar
qualquer situação.
Moffat, o grande missionário da África,
gostava de contar uma história como prova de que a Palavra de Deus tem poder
para transformar. Um africano estava triste e de cabeça baixa e Moffat então perguntou se alguém havia morrido: - Ninguém
morreu, disse o homem. É que o nosso cachorro comeu uma página da Bíblia. Moffat então disse: - isto é tão sério? Eu lhe arranjo
outra folha igual. mas o homem exclamou: - oh, eu não me preocupo com a Bíblia,
mas porque agora nosso cachorro não vai mais avançar em ninguém e nem vai lutar
com os chacais. Ele vai ficar tão manso como o povo que crê neste livro. Todos
os nossos guerreiros se tornaram tão pacíficos como as mulheres por causa da
influência da Bíblia, e agora o meu cachorro está estragado.
Esse africano de forma até
simplória demonstrou o quanto ele cria no que a Palavra de Deus é capaz de
fazer.
Deus pensou em você quando
inspirou os profetas a escreverem Sua palavra. Na Bíblia há uma mensagem
personalizada para você. Através dela Deus quer suprir as suas necessidades
mais profundas. O que é mais fácil para Deus, falar e fazer o sol e a lua aparecerem
do nada e pendurá-los no firmamento ou através de Sua Palavra escrita fazer-nos
novas criaturas?
Que você e eu creiamos também na
existência e poder da Palavra de Deus e nos aproximemos dela cada dia para que
Deus com seu poder Criador, faça dentro de nós novos homens e novas mulheres e
possa olhar para nossa vida com satisfação
e dizer: Esta minha obra da criação é muito boa.
87
O PODER QUE TRANSFORMA VIDAS
Neumoel Stina
O poder da Palavra de Deus, ao
longo dos tempos, tem transformado muitas vidas. Vidas, que aos nossos olhos,
nunca poderiam ser salvas.
Quando a mensagem da Palavra de
Deus é buscada, preenche os mais profundos anseios espirituais. Traz paz,
alegria e gozo ao coração. O profeta Jeremias em seu livro no capítulo 15 e no
versículo 16, assim escreveu: “Achadas
as tuas palavras, logo as comi; e as tuas palavras foram gozo e alegria
para o meu coração. . .”
Foi exatamente essa a experiência que viveu Pedro Valdo. Ele
era um rico comerciante vivendo na cidade de Lion na França por volta do ano
1170. Dono de uma grande fortuna e possuidor de muitos bens, no entanto sentia-se
vazio e infeliz.
Depois de buscar vários caminhos,
por fim alguém lhe recomendou que lesse a Bíblia. Sendo rico e influente,
conseguiu adquirir um exemplar das Sagradas Escrituras. Naqueles dias, só os
sacerdotes tinham esse privilégio.
Ao ler as páginas sagradas
encontrou o que há tanto tempo procurava. Tamanha foi a alegria e felicidade
que sentiu, que tomou uma decisão drástica. Colocou todos os seu bens à venda,
separou apenas o suficiente para sua família viver dignamente e o restante dos
recursos dedicou para a divulgação da Bíblia.
Contratou várias pessoas que
copiavam à mão (pois naquele tempo não havia imprensa) as porções dos
Evangelhos e estas eram distribuídas gratuitamente a todos quantos desejassem.
Posteriormente, os seguidores de
Pedro Valdo, tornaram-se grandemente numerosos. Eles foram chamados de
Valdenses, e também foram grandes defensores da Bíblia durante o amargo período
da Inquisição.
Defenderam a Palavra de Deus pagando para isso um preço que envolveu dor,
martírio, perseguição e morte. Porém, milhares e milhares de pessoas tiveram, a
exemplo de Pedro Valdo, suas ansiedades aliviadas e encontraram gozo e alegria
de viver.
Paulo escrevendo aos Efésios no
capítulo 6 e versículo 17 define a Palavra de Deus como sendo a “espada do
espírito”. De posse desta espada, um monge chamado Martinho Lutero, lutou
contra os erros, superstições e intolerâncias reinantes na Igreja Cristã.
Surgia vitorioso o movimento da Reforma.
Lutero resgatou o verdadeiro
lugar da Bíblia, que estava acorrentada nos baús dos mosteiros. Empunhando esta
espada flamejante, trouxe luz a muitos que estavam encarcerados nas trevas.
Usando esta mesma espada, Jesus,
quando tentando no deserto, venceu o diabo respondendo: “Está Escrito”,
apontando assim para o poder da Espada do Espírito. Como na vida de Jesus e
Lutero, a Palavra de Deus, será uma arma poderosa para nos dar a vitória nas
lutas desta vida.
Encontramos no Salmo 119 e verso
130 que “A revelação da Palavra de Deus esclarece, e dá entendimento aos
simples.”
Em 1787, o rei Jorge III, da
Inglaterra enviou o navio Bounty (Bâunti)
à ilha de Taiti, no Sul do Pacífico para buscar mudas de frutas.
Chisthiam Tletcher
e outros companheiros que haviam se
apaixonado pelas taitianas, e se amotinaram, tomaram o navio e colocaram o
comandante junto com os seus fiéis num barco a vaguear pelo oceano.
Estes homen
voltando ao Taiti, tomaram 10 mulheres e sairam à
procura de um lugar seguro. Encontraram uma ilha que não estava nas rotas
conhecidas, e ali se estabeleceram. Logo que chegaram queimaram o navio e
começaram vida nova.
Não demorou muito e um dos
marinheiros conseguiu extrair álcool de uma planta nativa. Não tardou para que
a convivência deles se tornasse num cenário sangrento de lutas, brigas e
mortes.
Passados 5 anos, todos os homens,
exceto 2, estavam mortos. Um deles veio
a falecer vítima de asma. Restaram as 10 mulheres, 23 crianças e Smith o
último marinheiro.
Pensando na triste vida que
haviam levado, Smith lembrou-se de em um baú tirado do navio, havia uma Bíblia.
Lendo-a diariamente, Smith começou a experimentar uma completa transformação.
Arrependido, começou ensinar as
mulheres e as crianças a ler e escrever, e também as preciosas lições do
Evangelho e todos experimentaram a mesma transformação sentida por Smith.
Hoje , passados tantos anos, os quase 100 habitantes da ilha
são cristãos. O precioso exemplar do Livro de Deus que transformou a ilha de um
inferno num paraíso, pode também comunicar a cada um de nós sabedoria e entendimento,
para vivermos uma vida feliz e cheia de significado.
Outro benefício que nos traz a
Palavra de Deus é a comunicação do dom da fé. Paulo assim expressou: “E a fé
vem pelo ouvir e o ouvir pela palavra de Deus.” - Romanos 10:17.
Se queremos desfrutar de uma fé
genuína, firme, inabalável, precisamos conhecer a Bíblia, e o Deus que ela nos
revela.
A leitura da Bíblia preenche
nossas necessidades espirituais. Ela
traz gozo e alegria para o coração. Dá significado à existência e nos faz
pessoas felizes.
A Palavra de Deus comunica
sabedoria e entendimento. Isto não se refere apenas às questões espirituais, mas a todos aspectos
da existência.
Mas acima de tudo, ela nos transmite fé, sem o
que é impossível conhecermos a Deus. É esta fé que nos torna possuidores do
maior tesouro que um ser humano pode obter.
Amigo, tome a decisão de separar
um tempo cada dia para a leitura e estudo da Palavra de Deus. Faça desta
prática um compromisso diário e você sentirá as bênçãos do Senhor sendo
derramadas em sua vida.
88
COMO ESTUDAR A BÍBLIA
Neumoel Stina
Deus nos fala pelo santo Livro. A
Bíblia nos apresenta Deus. O Seu plano de salvação é exposto na Bíblia com
clareza. O caminho que devemos trilhar nos é revelado.
A Santa Bíblia é pois uma carta de Deus a nós
dirigida. E o Seu divino Autor espera que a conheçamos.
“O primeiro e mais elevado dever de todo ser
racional é aprender das Escrituras o que é a verdade, e então andar na luz,
animando outros a lhe seguirem o exemplo.” (CS, pág. 648) EWG
Cada indivíduo deve estudar o
grande Livro por si mesmo, pois “cada um de nós dará contas de si mesmo a
Deus.” Romanos 14:12. Importantes quanto possam ser os guias religioso e mesmo a Igreja, não são eles que responderão
por nós.
O
papel da igreja e dos líderes
religiosos, é tornar conhecido o que o Livro diz e levar pecadores a Cristo. A
base da fé é a Palavra de Deus. No dia do juízo os destinos de todos serão
decididos pelo que a Bíblia diz.
Deus a todos possibilitou
conhecer o Seu Livro, pois coloca-o ao alcance de todos. Centenas de milhões de
exemplares das Escrituras são produzidos em cerca de 1.600 línguas e dialetos.
Nesta palestra consideraremos
algumas regras que devem ser observadas no estudo da Bíblia. Também alguns
métodos que podem ser seguidos nesse estudo.
Quanto às regras, ou normas de
interpretação, aqui estão as principais:
Primeira - O
estudo das Escrituras deve ser feito com oração. Há uma dimensão espiritual na
mensagem do Livro. E esta só pode ser discernida espiritualmente. Antes pois de
abrir a Bíblia devemos pedir, com humildade, a iluminação do Céu. Então o
Espírito Santo nos abrirá a mente para lhe entendermos o ensino. “. . . mas . .
. o Espírito Santo”, disse Jesus, “a quem o Pai enviará em meu nome, esse vos
ensinará todas as coisas. . .” João 14:26
Segunda - Para
compreendermos bem as Escrituras, devemos ter a disposição de praticar seus
ensinos, de seguir a luz delas recebida. O Salvador ensinou: “Se alguém quiser
fazer a vontade dele, conhecerá a respeito da doutrina, se ela é de Deus, ou se
eu falo por mim mesmo.” João 7:17
Terceira - Cada
ponto das Escrituras deve ser interpretado em harmonia com o conjunto de ensino
do Livro. Devidamente compreendido, um ensino não contradiz o outro. Com certa
frequência encontramos declarações que podem ter vários sentidos. Devemos dar,
a cada uma, o sentido que se harmonize com os demais sentidos.
Quarta - O Santo Livro deve ser o seu próprio
interprete. Daí a necessidade de comparar um trecho com outro. Nas palavras do
apóstolo Paulo, aprendemos: “Disto também falamos, não em palavras ensinadas
pelo espírito, comparando as coisas espirituais com espirituais.” I Coríntios
2:13
Quinta - Devemos
dar sentido literal às declarações do Livro Sagrado, a não ser que haja clara
indicação de serem elas simbólicas, ou figurativas. As parábolas de Jesus estão
entre os trechos figurativos. Mas, em geral elas são introduzidas como tais. As parábolas, como também as profecias
simbólicas, das quais temos bom número em Daniel e Apocalipse, devem ter a
interpretação que lhes dão as próprias Escrituras.
As demais porções do Livro devem,
geralmente, ser tomadas ao pé da letra. Resumindo, devemos permitir que o
próprio Sagrado Livro se explique a si mesmo, e mais importante ainda, devemos
pedir a iluminação do céu.
Como ajuda neste mais importante
dos estudos, é recomendável ter um dicionário bíblico, também uma chave
bíblica. A Sociedade Bíblica do Brasil publicou uma Chave Bíblica que muito
facilita a localização dos textos sobre um dado assunto.
Há uma série de cinco livros que
cobrem toda a História Sagrada, desde a
criação até o futuro reino de Deus. Eles são um comentário da Bíblia; de alto
valor para sua devida compreensão.
Seus títulos: Patriarcas e Profetas, Profetas e Reis, O
Desejado de Todas as Nações, Atos dos Apóstolos e O Grande Conflito. Para o
estudo das parábolas recomendamos o livro Parábolas
de Jesus. Todos estes seis livros podem ser adquiridos da Casa Publicadora
Brasileira, Caixa Postal 34, Tatuí, São Paulo, CEP 18270.000
Para o estudo da Bíblia por
tópicos recomendamos o livro Estudos
Bíblicos, no qual são tratados duzentos importantes tópicos, com textos das
Escrituras e ainda cerca de 4.000 perguntas sobre assuntos religiosos. O livro Estudos Bíblicos pode também ser adquirido da Casa Publicadora
Brasileira.
Prezado ouvinte: A Bíblia é o
maior tesouro. Explorando-a encontraremos ricas e preciosas jóias.
Dela aprenderemos muitos assuntos. Veremos que apesar ter sido escrita à muito
tempo, ela é um livro atual.
Em suas palavras encontramos
orientações e alívio. Apresentam também teologia, doutrina, verdade, apelo e
tem uma vitalidade que será sempre nova e recriadora até os finais dos tempos.
Mas, o mais importante é que a
Bíblia nos mostra um Deus de amor que enviou o Seu único Filho para resgatar a
humanidade, de um mundo literalmente perdido.
Deixe Deus falar ao seu coração
através da Santa Bíblia.
89
O DOM DE PROFECIA
Neumoel Stina
No princípio, antes que o pecado
entrasse em nosso mundo, Deus falava face a face com Adão e Eva. (Gên.
1:26-31), dando-lhes sabedoria e comunicando Sua vontade.
Mas, após a entrada do pecado,
essa comunicação direta não mais seria possível. Pois Adão e Eva teriam sido
destruídos pela santa presença de Deus.
Entretanto, Deus continuou a Se
comunicar de modo geral com a família humana. Dentre os meios utilizados
estavam a Natureza, relacionamento pessoal,
providências e Seu Espírito.
Uma comunicação mais direta e
específica, porém se fazia necessária, especialmente para ampliar a compreensão
da humanidade quanto ao caráter de Deus e o plano de salvação.
Por isso, Deus selecionou pessoas
consagradas em cuja mente o Espírito Santo pudesse operar de modo especial para
e transmitir a verdade a outros.
Antigo e Novo Testamentos ensinam
que o dom profético foi concedido a homens e mulheres.
Dentre as mulheres destacam-se
Míriam, Débora, Hulda, Ana, e as quatro filhas de Filipe. (Êxo.
15.20; Juízes 4:4; II Reis 22:14; Lucas 2:36; Atos 21:8 e 9)
Quando as Escrituras dizem:
“Homens (santos) falaram da parte de
Deus movidos pelo Espírito Santo” II Pedro 1:21, se referem aos homens e às
mulheres, que usados por Deus transmitiram as mensagens.
Às vezes esses “Homens santos”,
ou profetas, como eram geralmente chamados, transmitiam as mensagens de Deus
oralmente. Outras vezes as mensagens eram escritas, reforçando assim o seu
impacto e propiciando-lhes circulação mais ampla.
Pela providência divina essas
mensagens escritas foram preservadas, constituindo-se as Sagradas Escrituras, e
através dos séculos tem sido utilizadas por Deus para falar ao coração humano e
levá-lo a fazer Sua vontade.
Ao estudarem a Palavra, homens e
mulheres têm reconhecido suas credenciais divinas e têm aceito seu testemunho.
E o mesmo Espírito que inspirou os profetas bíblicos, ao escreverem, tem movido
o coração dos leitores a fim de convencê-los do pecado e transformar sua vida.
Quanto à função das Escrituras, o
apóstolo Paulo escreveu a Timóteo, seu jovem amigo na fé: “Desde a infância
sabes as Sagradas letras que podem tornar-te sábio para a salvação pela fé em
Cristo Jesus. Toda a Escritura é inspirada por Deus e útil para o ensino, para
a repreensão, para a correção, para a educação na justiça.” II Tim 3:15 e 16
Este texto deixa claro que a Bíblia contém todo o conhecimento e
conselho que a pessoa necessita a fim de encontrar o caminho da salvação e nele
andar. A Bíblia oferece uma revelação infalível da vontade de Deus.
Mas a necessidade de Deus Se
comunicar com a família humana não acabou quando a Bíblia foi concluída. Em suas cartas às
igrejas de Corínto e Éfeso o apóstolo Paulo mencionou
os “Profetas” como um dos importantes dons do Espírito. Ele os colocou quase no
início de sua lista, logo após os apóstolos. (I Coríntios 12:28; Efésios 4.11)
A idéia
corrente de alguns cristãos, de que a obra dos profetas terminou nos tempos do
Novo Testamento, não tem fundamento bíblico.
Ao aproximar-se o fim da história
humana, e intensificar-se o grande conflito entre Cristo e Satanás, os ataques
do inimigo contra o povo de Deus se tornarão mais severos (Apoc
12:17), e seus enganos mais persuasivos (Mat 24:24),
e por essa razão os dons do Espírito, inclusive o dom profético, serão mais necessários.
A Bíblia deixa claro que o dom
profético estará presente na verdadeira igreja de Deus, nos últimos dias.
João, o revelador, declara que os
membros da igreja remanescente “guardam os mandamentos de Deus e sustentam o testemunho de Jesus” (Apoc. 12.17)
O “testemunho de Jesus” é definido em Apocalipse 19:10 como
sendo o “Espírito de Profecia”. Jesus testemunha à igreja por intermédio da
profecia.
Hoje como no passado, toda comunicação
de Deus é preciosa . A mensagem bíblica ainda é oportuna: “Não apagueis o
Espírito. Não desprezeis as profecias.” I Tess 5:19 e 20. “Crede no Senhor
vosso Deus, e estareis seguros; crede nos Seus profetas, e prosperareis”. II
Crônicas 20:20
Que ao nos apegarmos dia a dia a
Jesus, o nosso coração esteja preparado, para quando vierem os dias de
conflito, nós saibamos discernir o verdadeiro dom profético que vem da parte de
Deus.
O grande segredo é seguir a Jesus
Cristo. E seguir a Jesus Cristo é estar em suas mãos. É confiar no Senhor, é louvar ao Senhor.
90
PROMESSAS DE LIBERTAÇÃO
Neumoel Stina
O Messias havia sido por longo
tempo anunciado, profetizado e aguardado. Ao longo dos séculos que antecederam
o nascimento de nosso Senhor Jesus, Deus enviou profetas para ensinarem,
advertirem e conduzirem Seu povo nos caminhos verdadeiros. Da boca desses
profetas saiam palavras de muita esperança e conforto, que animavam o coração
daqueles que criam em Deus.
Isaías foi um profeta que
transmitiu algumas dessas lindas e preciosas promessas de libertação. Ele
escreveu: “Eis que a virgem conceberá e dará a luz a
um filho e lhe chamarão Emanuel.” Isaías 7:14
Emanuel significa “Deus conosco”.
O nascimento virginal de Jesus nesta terra, não tinha outro significado a não
ser Deus, assumindo a forma humana para estar conosco.
No capítulo 9 do livro de Isaías
e versículo 6 lemos: “Porque um menino nos nasceu, um filho se nos deu, o
governo está sobre Seus ombros; e o Seu nome será Maravilhoso Conselheiro, Deus
Forte, Pai da Eternidade, Príncipe da Paz”. Como grande libertador, Jesus
haveria de trazer paz a todos os que andavam oprimidos pelo pecado.
E sobre aqueles que aceitassem a
salvação e o perdão do Libertador nos é dito: “Assim voltarão os resgatados do
Senhor e virão a Sião com júbilo e perpétua alegria lhes coroará as cabeças;
gozo e alegria alcançarão e deles fugirão a dor e gemido”. Isaías 51:11
Este verso nos faz pensar numa
cena que é muito comum em nossos dias; assistir pela TV pessoas e famílias
envolvidas com sequestro e resgate de alguém muito especial. Paga-se o preço
estipulado e a pessoa é posta em liberdade. Momentos de emoção, e profunda
alegria marcam o reencontro com a família e os amigos.
Este fato, hoje tão corriqueiro,
é uma ilustracão do que Deus deseja operar em nosso
favor. Um inimigo nos raptou e um preço foi estabelecido.
Jesus se ofereceu a pagar com Sua
própria vida o preço do nosso resgate. Seu sangue inocente, a Sua vida pura,
foram suficientes para pagar o alto preço que o pecado impôs. Deus espera que
haja um reencontro feliz, cheio de alegria, daquele que foi resgatado com seu
Libertador.
Num dos mais encantadores salmos,
Davi conclui sua linda poesia dirigindo-se ao Senhor como “sua rocha e seu
Libertador”. Salmo 19:14. A afirmação de Jesus
ser Salvador, Libertador, Redentor, é encontrada em toda a Bíblia.
Estamos falando em libertador e
libertação, porque há escravizador e escravo. Deus criou o homem para ser livre
e exercer a faculdade da livre escolha.
Satanás com sua astúcia enganou
Adão e Eva, que se tornaram escravos do pecado. Esta condição passou a todos os descendentes da humanidade.
E sob o estado de pecaminosidade, o homem é nada mais do que um servo do pecado
e de Satanás.
Mas Deus não criou a Terra e o
homem para estarem debaixo do domínio
escravizador do diabo. Mesmo o homem tendo pecado e mesmo o pecado tendo passado a todos
quantos nasceram neste mundo, Deus formulou um plano para libertação.
Mas até que Jesus viesse cumprir
esse plano, muitos séculos se passaram. Porém a promessa deveria permanecer
vívida na mente de todos aqueles que esperassem a libertação de seus pecados.
Para isso o Senhor Deus
estabeleceu um sistema através do qual, os homens se lembrariam que eram
pecadores e que por isso deveriam morrer. Mas acima de tudo, esse sistema
apontaria para a misericórdia de Deus.
Em seu grande amor Deus
providenciou um substituto para morrer em lugar do pecador e assim sua
esperança de continuar vivendo era reafirmada.
Esse esquema é conhecido como sistema sacrifical.
Deus determinou que até que
Cristo viesse a este mundo, um cordeirinho sem mancha deveria morrer todas as
vezes que alguém pecasse. Isto era uma constante lembrança da terrível
consequência do pecado e ao mesmo tempo apontava para Jesus, que haveria de vir
e morrer, pagando com sua vida justa e pura, sem pecado, o preço exigido para a
salvação da raça humana.
A assim aconteceu! Durante anos,
séculos e milênios, milhares e milhares de inocentes cordeiros foram imolados,
até que Jesus, o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, foi sacrificado.
Ele pagou o preço de nossos pecados e pode nos livrar, nos libertar
completamente.
Jesus é o grande libertador.
Mas, como entender esta
libertação?
É muito simples:
Morrendo por nós na cruz, Jesus nos libertou da penalidade do pecado.
O pecado trouxe a pesada sentença
de morte para a humanidade. Jesus nos libertou dessa condenação, dessa
penalidade, dando-nos novamente a garantia de uma vida eterna.
Vivendo em nosso coração, Jesus
nos liberta do poder do pecado. “Porque a palavra da cruz é loucura para os que se
perdem, mas para nós, que somos salvos é o poder de Deus.” I Coríntios 1:18.
E ao Jesus voltar nas nuvens dos céus, Ele nos libertará da presença do
pecado. E diz a
Palavra do Senhor: “E Deus limpará dos seus olhos toda a lágrima; e já não
haverá mais morte, nem pranto, nem clamor, nem dor; porque as primeiras coisas
são passadas.” Apocalipse 21:4.
O melhor de tudo é que esta
libertação nos é oferecida gratuitamente.
Quando aceitamos o sacrifício de
Jesus no Calvário, no mesmo instante somos libertos da penalidade do pecado. “Porque o salário do pecado é a morte, mas o
dom gratuito de Deus é vida eterna em Cristo Jesus nosso Senhor”, Romanos 6:23
Enquanto estivermos ligados a
Jesus pela fé, Ele nos livra do poder
do pecado, pois a Palavra do Senhor diz: “E lhe porás o nome de Jesus, porque
Ele salvará o seu povo dos pecados deles”. Mateus 1:21
E, finalmente, quando Jesus
regressar para libertar definitivamente Seu povo, Ele nos levará para o Lar
Eterno e então seremos para sempre libertos da presença do pecado, pois a Palavra de Deus completa dizendo: “E
assim estaremos para sempre com o Senhor”. I Tessalonicenses 4:17
Você gostaria neste momento de
abrir seu coração e aceitar Jesus como seu Salvador pessoal e pedir a Deus que
através do Espírito Santo, Jesus habite em você a fim de que ao Jesus regressar
você também possa ir com Ele para o Céu e ser para sempre liberto do pecado?
Olhe para Jesus agora, entregue a ele o seu coração e sinta-se
liberto em Jesus. Foi por você que Ele morreu. . .
Jesus é o amigo poderoso para lhe
tornar vencedor.
91
O VIVER SAUDÁVEL
Neumoel Stina
A Bíblia registra a vida de
muitos personagens. Ela não omite os fracassos para supervalorizar as virtudes.
Antes, apresenta as pessoas como elas viveram.
Paulo na carta aos Romanos nos
diz: “Tudo o que dantes foi escrito para o nosso ensino foi escrito”. Romanos
15:4. Portanto, é interessante
estudarmos a vida dessas pessoas.
Daniel foi um verdadeiro seguidor
dos princípios divinos. Sua história tem servido de inspiração para um número
incontável de pessoas, que como ele, desejavam servir ao Senhor.
Assim que o Reino de Judá foi
conquistado por Nabucodonozor , rei da Babilônia,
muitos dentre o povo de Deus, foram levados em cativeiro. Alguns destes
acalentavam em seu coração que jamais haveriam de se corromper com os costumes
e práticas do lugar onde passaram a viver. Entre estes estavam Daniel e seus
três companheiros.
Nabucodonozor deu ordem aos seus auxiliares,
que tomassem alguns jovens, filhos de Israel, que fossem da linhagem real e
nobre, de boa aparência e capacitados. Estes deveriam ser instruídos em toda
sabedoria e ciência dos caldeus para servirem no palácio do grande rei.
Assim que chegaram ao Palácio,
Daniel e seus companheiros tiveram de enfrentar uma prova decisiva. Parte da
comida que lhes era dada para comer, era oferecida aos ídolos.
Ingerir tal alimentação
significava prestar homenagem aos ídolos, resultando na negação da fé que
haviam abraçado desde o berço. Era uma
situação bem especial.
Diz a Bíblia no livro do profeta
Daniel 1:8: “E Daniel assentou no seu coração não se contaminar com a porção do
manjar do rei, nem com o vinho que ele bebia”.
Daniel conhecia as leis do corpo
humano, e sabia muito bem o que convinha para sua melhor saúde. Centenas de
anos mais tarde, Paulo enviaria a seguinte mensagem aos cristãos de Corínto: “Ou não sabeis que o vosso corpo é o Templo do
Espírito Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós
mesmos? I Coríntios 6:19
Daniel e seus companheiros não
tiveram vergonha ou medo de apresentarem suas convicções quanto ao cuidado de
seu corpo. Quantas vezes as pessoas se tornam viciadas no uso do fumo ou de
bebida alcoólica, por não saberem
resistir a primeira tragada ou o primeiro gole. O mesmo pode acontecer também
com relação a drogas mais fortes.
Muitos ainda, por orgulho, não
aguentam a gozação daqueles que oferecem, e acabam cedendo.
A história ainda continua
dizendo-nos que depois de determinado tempo, o próprio rei chamou a todos para
examiná-los. E Daniel 1:20 registra que “em toda a matéria de sabedoria e
inteligência sobre que o rei lhes fez perguntas, os achou dez vezes mais inteligentes
do que todos os magos e astrólogos de todo o seu reino.”
Aí está o resultado de ser fiel
aos ensinamentos do Senhor. São muitas as oportunidades em que a Bíblia
apresenta a advertência contra a glutonaria e bebedeira.
O próprio Jesus advertiu: “Não
aconteça que os vossos corações se carreguem de glutonaria, de embriaguez e dos
cuidados da vida e venha sobre vós de improviso aquele dia”. Lucas 21:34.
O apóstolo Paulo ainda recomenda:
“Portanto quer comais , quer bebais, ou façais outra coisa qualquer, fazei tudo
para a glória de Deus”. I Coríntios 10:31. Aí está o desafio para todos nós.
Tudo o que viermos a fazer deve ser feito para glória do Senhor Deus.
Além da alimentação adequada e
balanceada, há outros fatores que contribuem para garantir o bem estar geral
das pessoas. Uma vida equilibrada, envolve a prática de hábitos regulares.
Tudo aquilo que é feito em
demasia é prejudicial. Um bom remédio, ou um remédio certo, se não for tomado
na dose recomendada pode ser fatal.
Saber tirar equilibrado proveito
das maravilhas que Deus colocou à nossa disposição, como ar puro e a luz solar
são fatores que contribuem positivamente para a nossa saúde .
Para possuir bom sangue é preciso
respirar corretamente. Plena e profunda respiração de ar puro enchendo bem os
pulmões de oxigênio, purifica o sangue.
E este por sua vez, como uma
corrente vitalizadora, circulará de maneira saudável por todo o organismo.
Uma boa respiração acalma os
nervos, estimula o apetite e contribue para um melhor
funcionamento dos órgãos disgestivos, conduzindo a um
sono profundo e reparador.
A água é outro elemento da
natureza que traz em si grandes benefícios à nossa saúde. Sendo o nosso corpo
constituído em sua maior parte de água, necessitamos dela para viver.
Usada tanto interna como
externamente a água purifica e refrigera. Isso nos leva a pensar também no
valor do asseio e da higiene. A limpeza deve ser parte integrante da nossa vida
no tocante ao corpo, as roupas, e o lar onde vivemos. Tudo deve ser um reflexo
do nosso caráter.
Também deve haver um equilíbro entre as horas que dedicamos ao trabalho e as
horas que necessitamos para o repouso. É
pelo repouso que as energias do corpo são repostas.
Muitos negligenciam o valor das
horas necessárias para dormir e descansar e pagarão por isto um preço demasiado
alto.
Completando esta série de
recomendações para um viver mais saudável, lembramos a todos que muitas
enfermidades tem sua origem na mente. Uma consciência culpada, um coração
intranquilo, o espírito amargo, mau humorado e
triste, são poderosos agentes geradores de enfermidades.
Para tudo isto, Jesus ofereceu um
único substituto chamado “Paz”. A paz que Cristo oferece é a doce certeza da
direção de Deus em nossa vida. Haja o que houver, se tivermos um rumo a seguir,
uma direção a tomar, jamais nos desesperaremos. “A minha paz voz dou, disse
Ele.”
Os sentimentos negativos darão
lugar a coisas positivas o que resultará em benefício para a nossa boa e
completa saúde.
92
OS DEZ MANDAMENTOS DA BOA SAÚDE
Neumoel Stina
O mundo moderno vive buscando
caminhos para encontrar a saúde.
Muitos de nossos ouvintes tem-nos
escrito preocupados com sua saúde física; alguns solicitam que oremos em seu
favor; outros nos pedem conselhos sobre o regime alimentar saudável e
equilibrado, bem como conselhos gerais sobre saúde.
No programa de hoje vamos
apresentar dez regras para se ter boa saúde.
Todos queremos ter saúde e também
desejamos boa saúde aos nossos queridos.
João, o discípulo amado, em sua
terceira carta, no verso 2, assim escreveu ao seu amigo Gaio: “Amado, acima de
tudo faço votos por tua prosperidade e saúde, assim como é próspera a tua alma”.
O apóstolo equiparou o seu desejo
de bem-estar espiritual com o bem estar físico. Os gregos possuíam um lema que
dizia: “Mente sadia em corpo sadio”.
Com os grandes avanços da
tecnologia na ciência médica, ficou mais que provado, que há um íntimo
relacionamento entre o bem estar físico e mental e vice-versa; em outras
palavras: se a mente vai bem, a tendência é que o corpo também esteja bem; por
conseguinte, um corpo sadio será morada apropriada para uma mente sadia.
Foi Jesus quem disse: “Eu vim
para que tenham vida e a tenham em abundância”. João 10.10. O propósito do
Salvador é que tenhamos vida feliz, não apenas no aspecto espiritual, mas
físico também.
As Escrituras afirmam que o nosso
corpo é o templo do Espírito Santo; em outras palavras, nosso corpo foi
designado para hospedar o Espírito de Deus, o Representante de Cristo na terra.
Lemos em I Coríntios 3:16 e 6:19, o seguinte: “Acaso não sabeis que o vosso
corpo é templo do Espírito Santo, que habita em vós da parte de Deus, e que não
sois de vós mesmos?”
Sendo que o próprio Deus deseja
habitar em nós, com a presença do Seu Espírito, que é a terceira pessoa da
trindade, deveríamos nos preocupar em tratar bem do nosso corpo e mantê-lo da
melhor forma possível.
A seguir vamos passar os dez
mandamentos da boa saúde:
Primeiro mandamento: Respirar Ar
Puro. Nos
grandes centros urbanos, com milhares de fábricas e automóveis o ar se tornou
poluído e perigoso. Há gases venenosos em suspensão na atmosfera - em tão
grandes quantidades, que às vezes torna a vida na cidade desaconselhável.
Mas onde encontrar o ar puro?
Junto à natureza, nas florestas, ou no interior, longe de áreas industriais.
Vamos ressaltar duas coisas: a) A
fumaça do cigarro, ou o alcatrão, tem efeito tão prejudicial ou até mais que o
monóxido de carbono exalado pela descarga dos veículos; b) Não basta penas
procurar o ar puro, é preciso saber respirar corretamente para que o sangue
seja devidamente oxigenado e revivificado.
Segundo mandamento: Luz Solar. Vivendo em apartamentos,
trabalhando em fábricas e escritórios fechados, ou estudando, milhões não
recebem os benefícios da exposição aos raios solares.
O sol é poderoso purificador,
mata os germes, faz com que o sangue circule pela periferia do corpo, combate o
raquitismo, ajuda no crescimento dos bebês, e ajuda a fixar vitaminas no
organismo.
O melhor período para exposição
ao sol são as primeiras horas da manhã. Por outro lado a exposição direta e
demorada ao sol, especialmente nas horas centrais do dia, é prejudicial à
saúde.
Terceiro mandamento: Abstinência. Uma vida de equilíbrio e sem
excessos, é muito necessária. Estimulantes como o chá, o café e o álcool causam
sérios problemas. Estimulam o organismo dando falsa sensação de bem-estar
enquanto o corpo é desgastado.
Embora poucos saibam, quase todos
os refrigerantes contém cafeína, que estimula o sistema nervoso aumentando a
secreção ácida do estômago.
Quarto mandamento: Exercício
Físico. Muitos
problemas de saúde surgem como consequência do trabalho sedentário. A falta de
exercício predispõe o organismo a uma série de males como a obesidade, por
exemplo.
Quase todos os tipos de
exercícios físicos são recomendáveis, mas é importante ressaltar que devem ser
praticados com equilíbrio e moderação, sempre sob orientação e supervisão
médica, especialmente se a pessoa já atingiu 40 anos de idade.
Os exercícios regulares ajudam a
manter a forma, estimulam a circulação, tonificam os músculos e ampliam o
prazer da vida. Uma boa caminhada diariamente é uma boa sugestão.
Quinto mandamento: Regime
Alimentar Equilibrado. Não é tanto a quantidade que é importante, mas a qualidade dos
alimentos e sua utilização com equilíbrio. Nosso organismo, necessita receber
de modo bem distribuído, dosagem correta de proteínas, vitaminas, carboidratos,
gorduras e sais minerais. Para qualquer caso de dieta especial a recomendação é
procurar um médico.
Os alimentos estão divididos em 3
grandes grupos:
a) Construtores, b) Reguladores,
e c) Energéticos.
Os alimentos construtores são os
que desenvolvem os ossos, músculos, sangue, pele e demais órgãos. São
encontrados na carne bovina, no peixe, no fígado, no feijão, na lentilha, na
ervilha, no amendoim e no feijão soja, bem como nos ovos, no leite e derivados
como coalhada, iogurte, queijo, etc.
Os alimentos reguladores são os
que mantém o organismo em bom funcionamento e são encontrados: a) nas verduras
cruas como agrião, cenoura, alface, repolho, rabanete, salsão, acelga, salsa, e
cebolinha. b) nos legumes e hortaliças cozidos: cenoura, couve, espinafre,
beringela, brócolis, abóbora, couve-flor, vagem, ervilha, repolho e cebola. c)
nas frutas em geral como limão, abacaxi, tangerina, caju, laranja, maçã, mamão,
manga, melão, caqui, pêssego, uva, melancia, figo, pera, banana e abacate.
Os alimentos energéticos são os
que dão energia e calor. São encontrados a)
nos cereais como milho, trigo, aveia, centeio, cevada, arroz, b) nos
tubérculos como: batatas, cará, inhame, mandioca, batata-doce, c) nas gorduras,
como: manteiga, óleo, margarina, d) no mel,
no melado e no açúcar.
O equilíbrio no uso dos alimentos
é fator essencial na manutenção da boa saúde.
Sexto mandamento: Uso de Água. A água deve ser tão pura como o
ar; deve-se ingerir diariamente de
Sétimo mandamento: Higiene
Pessoal. Deve-se
dar toda atenção ao cuidado externo do corpo, tanto no que diz respeito à
aparência quanto à saúde. O vestuário deve ser sempre limpo e confortável; o
banho diário é indispensável, bem como a higiene bucal. Uma pessoa asseada é
saudável, e mais: é respeitada.
Oitavo mandamento: Repouso. O repouso do sono é
indispensável. Deve-se separar religiosamente 8 horas para dormir, cada noite.
É durante o sono que o corpo se recupera e que as células nervosas se
recondicionam. Dormir cedo e levantar cedo é uma prática muito saudável.
Nono mandamento: Descanso. Há pessoas que procuram ganhar a
vida em poucos meses. Trabalham desordenadamente, sem parar. Isto destrói o
organismo. É necessário tomar tempo para dormir diariamente, tempo para
recreação no descanso semanal e tempo para descansar nas férias anuais. Devemos
viver de modo equilibrado, tendo tempo para trabalhar, pensar, sorrir e
recrear.
Décimo mandamento: Confiança em
Deus. Na vida
moderna há muitas tensões e preocupações, muitas angústias e falta de paz. As
preocupações desnecessárias envenenam a mente e enfraquecem o corpo. A única
solução é confiar em Deus. Aquele que nos criou suprirá todas as nossas
necessidades. Se confiarmos nEle, Ele tudo fará por
nós. E se O colocarmos em primeiro lugar na nossa vida, Ele promete
conceder-nos tudo o que carecemos.
Lembremo-nos do que disse Jesus:
“Buscai pois em primeiro lugar o Seu reino e a Sua justiça e todas as outras
coisas vos serão acrescentadas”. Mateus 6:33.
93
DONS ESPIRITUAIS
Neumoel Stina
As palavras que Jesus pronunciou
antes de subir ao Céu, causaram profunda impressão no coração dos discípulos. A
ordem que Ele deixou foi: “Ide por todo o mundo e pregai o evangelho a toda a
criatura.” Marcos 16:15
Esta seria uma tarefa impossível
para um grupo tão pequeno de pessoas. Porém Jesus prometeu que eles receberiam
poder do Espírito Santo para levar avante essa bandeira.
Em seguida a ascensão de Cristo
ao Céu, os discípulos gastaram a maior parte de seu tempo em oração. Harmonia e
humildade ocuparam o lugar da discórdia e inveja.
Sua íntima comunhão com
Cristo e a unidade resultante eram a
preparação necessária para o recebimento do Espírito Santo.
Assim como Jesus recebera a dotação especial do Espírito Santo
para realizar Seu ministério, os discípulos receberam o batismo do Espírito
Santo a fim de serem habilitados a testemunhar. E os
resultados foram magníficos. O que parecia impossível tornou-se realidade
Da mesma maneira que os discípulos
foram capacitados a realizar a tarefa
que lhes foi designada, o mesmo Espírito hoje distribui seus dons à Igreja com
um objetivo específico, que nas palavras do apóstolo Paulo, deve ser
proveitoso.
Paulo ressaltou também a
importância deste assunto, dizendo que acerca dos “dons espirituais não queria que os irmãos fossem
ignorantes” I Coríntios 12.1. Portanto, o que é necessário saber sobre esse tema tão importante para os cristãos?
A resposta a esta pergunta
encontra-se nas explicações de Paulo aos Coríntios. Veja o que a Bíblia
declara: “A manifestação do Espírito Santo é concedida a cada um visando um fim
específico” I Coríntios 12:7
Nenhum dom do Espírito é dado para benefício da pessoa que
o recebe. Os dons são concedidos para
alcançar um determinado objetivo. Em Efésios 4:12 encontramos alguma coisa mais,
que nos ajuda a compreender isso. Lemos
assim: “Com vistas ao aperfeiçoamento dos santos para o desempenho do Seu
serviço, para edificação do corpo de Cristo.”
Assim, a primeira razão pela qual
são dados os dons espirituais é para edificação da Igreja do Senhor. A
utilização dos diversos dons na igreja e na pregação da mensagem de Deus ao
mundo, faz com que a obra possa ser levada avante.
Em Efésios 4, os versos de
Isto nos faz pensar que não
existe um dom que esteja acima ou que seja melhor do que outro. Jamais devemos
exaltar um dom em detrimento de outro. Todos eles são necessários e importantes
para Deus e Sua Igreja.
Na sequência o apóstolo enumera
alguns dons e conclui essa parte dizendo o que encontramos no verso11: “Mas um
só e o mesmo Espírito realiza todas estas coisas, distribuindo-as como lhe
apraz, a cada um, individualmente”.
Temos aqui mais um ponto
interessante. O próprio Espírito Santo é que reparte os dons a cada um como lhe
apraz. Isto significa que todos aqueles que estão em Jesus recebem do Espírito
Santo algum dom para edificação da igreja.
Durante seu ministério, já quase
no final de sua jornada, Jesus contou uma parábola onde um homem ao ausentar-se
de seu país chamou alguns de seus empregados e lhes deu alguns bens.
Isto se encontra no Evangelho de
Mateus 25:14 a 30. E a um deu cinco talentos a outros dois, e a outro um, a
cada um segundo a sua própria capacidade e então ausentou-se. Isto é partiu.
E o relato diz que os dois
empregados que receberam cinco e dois talentos saíram a negociar e ganharam
outro tanto. Mas o que recebeu um só, foi e
o enterrou.
Depois de muito tempo voltou
aquele senhor e fez o ajuste de contas. Os dois primeiros foram agraciados com
o reconhecimento do patrão. Mas aquele que enterrou o seu talento foi
considerado inútil e banido da presença do seu senhor.
Esta parábola ensina algumas
lições interessantes. O senhor que partiu para bem longe representa Cristo. Os
três servos representam os muitos seguidores de Jesus.
De igual modo, todos aqueles que
aceitam a Jesus como seu Salvador pessoal são capacitados pelo Espírito Santo
com algum dom, algum talento.
Por mais humilde e simples que
seja uma pessoa, ela é muito preciosa à vista de Deus. Os homens podem
desprezá-la mas o Senhor de todos nós, a honra dando-lhe dons e talentos
segundo Sua vontade. Ninguém deve desprezar a si mesmo, pois fazendo assim está
desonrando ao seu Senhor.
Todos os filhos de Deus são de
imenso valor para Ele. É importante também que utilizemos os dons que temos
recebido de Deus para glória do Seu nome e edificação de Sua Igreja.
Assim fazendo, aquilo que
recebemos se multiplicará. Ocorrerá um desenvolvimento, um crescimento na nossa
vida.
Permita Deus, que todos os que
nos ouvem, possam ser úteis para promover a Sua vontade, segundo a capacidade
que receberam, e quando vier nosso
Senhor possam ser achados fiéis na utilização de seus dons e talentos.
Que ao Jesus voltar, todos
possamos ouvir dEle: “ Bem está servo bom e fiel,
entra no gozo do Teu Senhor”.
94
PECADO IMPERDOÁVEL
Neumoel Stina
Você acredita que existe pecado
que não pode ser perdoado?
Há milhões de pessoas no mundo
que cometeram o pecado imperdoável e milhões
mais, preocupadas porque não sabem se já cometeram esse pecado.
O pecado imperdoável é cometido
contra o Espírito Santo. Foi Jesus que explicou: “Todo o pecado e blasfêmia
serão perdoados aos homens; mas a blasfêmia contra o Espírito Santo não será
perdoada.” Mateus 12:31 E no verso 32
Ele acrescentou “. . . se alguém falar contra o Espírito Santo, não lhe
será isto perdoado, nem neste mundo, nem no porvir.”
Muitos tem idéias
estranhas quanto ao que vem a ser pecado contra o Espírito Santo. Alguns pensam
ser o suicídio; outros que seja praguejar ou amaldiçoar.
Há centenas de ministros
ensinando que o pecado contra o Espírito Santo é não reconhecer que as “línguas
estranhas” por eles faladas, sejam autênticas e do Espírito Santo. Muitos ainda
pensam que este pecado seja o roubar ou o adulterar.
Notemos que Jesus afirmou, “todo
o pecado e blasfêmia serão perdoados ao homem.” Isto está em harmonia com
Isaías 1.18 onde o Senhor promete apagar, limpar e perdoar nossos pecados mesmo
que sejam tão sujos ou vermelhos como o carmesim ou a escarlate.
Em I João 1:9 nos é feita a
promessa de que “se confessarmos nossos
pecados”, Deus na Sua fidelidade e justiça nos perdoa todos os
pecados e nos purifica. Não importa quão terrível tenha sido o nosso pecado,
Deus está disposto a nos perdoar.
Jesus esclareceu que o pecado imperdoável é
cometido contra o Espírito Santo.
Que pecado é este que Deus não possa perdoar?
Como é cometido?
A Bíblia declara que o pecado
contra o Espírito Santo não é um tipo de erro, mas a “recusa persistente em abandonar o pecado conhecido, e obedecer a Deus.”
Assim sendo, o pecado contra o
Espírito Santo não é um tipo particular de pecado como praguejar, matar ou
suicidar-se, mas é uma condição pecaminosa à qual a pessoa chega por recusar-se
a atender aos rogos do Espírito Santo.
Como pode uma pessoa atingir tal
condição, da qual não possa mais arrepender-se?
Muitos pensam, especialmente os jovens, que devem aproveitar a vida
agora, e quando velhos, dedicar-se então à religião.
O que estas pessoas desconhecem é que ninguém jamais poderá obter
a Salvação e o perdão de seus pecados sem o legítimo arrependimento.
O arrependimento de que fala a
Bíblia é uma obra do Espírito Santo na vida. Esta obra produz mudança radical
nos hábitos do pecador que se faz disposto a cumprir a vontade de Deus.
A Bíblia afirma em Atos 5:31 que
Deus “exaltou a Jesus para ser o Salvador, para dar arrependimento e perdão dos
pecados”. Como vemos a ação de arrepender-se, não surge por acaso, da vontade
do homem, mas é causada pela ação de Deus.
Jesus prometeu que quando o
Espírito Santo viesse, o Consolador, “Ele convenceria o mundo do pecado.” João
16.8. Quando alguém aceita, atenta e segue os rogos do Espírito Santo, este então alcança o arrependimento que vem
de Deus.
E, quando arrependido, recebe o
perdão de Deus. E tendo recebido perdão divino, recebe com ele também a
salvação. Mas, pelo contrário, se alguém rejeita os apelos do Espírito Santo e
não atenta à Voz de Deus, jamais pode ser perdoado e salvo.
A Bíblia nos orienta, “E não
entristeçais o Espírito de Deus, no qual fostes selados para o dia de
redenção.” Efésios 4:30. Como o Espírito Santo age em nossa vida, guiando-nos,
orientando-nos, mostrando-nos a vontade de Deus, a nossa reação para com sua
atuação vai decidir diretamente nossa
sorte eterna.
Assim, se nós seguirmos as
instruções do Espírito Santo, contidas na Bíblia, seremos selados para a
salvação. “Porque todos quantos são guiados pelo Espírito Santo, estes são
filhos de Deus.” Romanos 8:14
Em Marcos 9:43-46 Jesus nos
ensinou que se nossa mão, ou nosso pé ou nossos olhos nos fizerem tropeçar e
cair em pecado, seria melhor eliminar estes membros do que perder a salvação.
Jesus não ensinou que deveríamos
mutilar nosso corpo. O que Jesus ensinou foi que devemos vigiar nossos
costumes, gostos, tendências e impedir que nossos membros estejam nos afastando
de Deus e nos levando ao pecado e à perdição.
Quando o Espírito Santo fala à
nossa mente, devemos educar nossa vontade a fazer o que Ele nos pede que
façamos.
É muito melhor sabermos
disciplinar nossa vontade pecaminosa e seguirmos a orientação de Deus para
termos a salvação do que seguirmos nosso próprio caminho rumo à morte.
Como saber que ainda não
cometemos este pecado? Se ainda ouvimos
a Voz de Deus nos orientando e nos chamando de volta ao caminho do Senhor; e se
sentimos tristeza pelos pecados cometidos, isto é prova de que Deus está
falando ao nosso coração e tentando salvar-nos.
É a certeza de que não cometemos
o pecado imperdoável, contra o Espírito Santo.
O conselho divino é: “Hoje, se
ouvirdes a Sua Voz, não endureçais o vosso coração.” Hebreus 3:15
Se agora você está sentindo
necessidade de Deus. Abra seu coração e Deus o perdoará.
95
O ESPÍRITO SANTO
Neumoel Stina
Era uma noite escura em
Jerusalém. Um pequeno grupo de homens estava reunido no segundo andar da casa,
num aposento chamado cenáculo.
Surpreendentemente o Senhor
cobriu a roupa com uma toalha e começou a lavar os pés dos discípulos. Depois
partiu o pão e distribuiu o vinho, puro caldo espremido de uva, ambos sem
fermento para simbolizarem o seu corpo e o seu sangue imaculados.
Um clima de silêncio, reflexão e
solenidade invadia o coração de todos. Judas já havia se retirado. Uma sensação
diferente pairava no ar. O coração opresso do Senhor tinha muito amor para cada
ser humano. Um misto de apreensão e saudade enchia a sala. Todos estavam
calados.
Quebrando o silêncio, Jesus abriu
outra vez os Seus lábios e pronunciou uma inspiradora promessa, para confortar
aqueles tristes corações.
Soaram, carismaticamente,
aquelas inesquecíveis palavras do Senhor: “ Não se turbe o vosso coração.
Credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu pai há muitas moradas. Se
não fosse assim, eu vo-lo teria dito. Vou
preparar-vos lugar. E quando eu for, eu vos preparar lugar, virei outra vez e
vos levarei para mim mesmo, para que onde eu estiver, estejais vós também.”
João 14:1-3.
“Se me amais, guardareis o meus
mandamentos.” João 14:15.
Eu rogarei ao Pai, e Ele vos dará
outro Consolador, para que fique convosco para sempre. Mas, aquele Consolador,
o Espírito Santo, que o Pai enviará em
meu nome, esse vos ensinará todas as coisas, e vos fará lembrar de tudo
que vos tenho dito.” João 14:16 e 26.
O Espírito Santo veio consolar os
discípulos de Cristo, que ficaram sozinhos após Sua partida. Mas, isso não é
tudo. Ele veio consolar também a todos os crentes através dos séculos até o
fim.
Ele veio confortar você e a mim.
Ele é o verdadeiro Vigário, Substituo e Representante de Jesus Cristo na Terra.
É mencionado 260 vezes nas
páginas do Novo Testamento. Mas, também há lindas referências no Antigo
Testamento. Na verdade, Ele desempenhou relevante papel no Gênesis, no
princípio da humanidade, na criação de todas as coisas. Gênesis 1:1 e 2.
No Capítulo 3 do Gênesis,
encontramos o Espírito Santo se comunicando com o ser humano antes do dilúvio.
No Livro de Juízes, vemos o
Espírito Santo assessorando a vários filhos de Deus: Sansão, a quem deu uma
força incomum, Josué, Gideão, Davi. O Espírito Santo faz a diferença na vida
das pessoas.
Quando Davi cometeu um sério
pecado, sentiu uma tremenda solidão. Estava vazio. Andava triste, caiu em
enorme depressão.
Foi aí que pediu clemência,
arrependeu-se das faltas cometidas e implorou a volta do Espírito Santo em sua
vida.
Na verdade. Deus não queria
abandonar Davi. E não o abandonou. Eram muito amigos. Esta experiência ensina
uma lição maravilhosa do grande amor de Deus, sempre pronto a perdoar.
A presença do Espírito de Deus é
absolutamente essencial para que a pessoa seja vitoriosa, e tenha poder para
testemunhar e honrar a Deus. Deus quer se manifestar na vida de cada filho Seu,
através do Espírito Santo.
Quando Jesus foi batizado no Rio
Jordão, o Espírito Santo veio sobre Ele em forma de uma pomba. Naquele momento
Jesus foi ungido com o Espírito de poder. De igual maneira o Pai Celestial
deseja revestir a Seus filhos, com ricas dotações da graça divina, para que
seja em tudo vencedores e possam glorificar o Salvador.
O santos apóstolos foram
aprendendo e cresciam em conhecimento. E suas vidas foram assimilando os
ensinos sagrados. Quando se viram sem a presença magnífica de Jesus, levaram um
enorme golpe, mas Ele enviou o Espírito Santo e aqueles homens frágeis e tímidos,
tornaram-se verdadeiros gigantes espirituais.
A Bíblia, inspirada por Deus, diz
que nos últimos dias da história deste mundo, haverá nova manifestação
extremamente poderosa da presença do Espírito Santo. Os filhos de Deus
receberão o poder do Céu para testemunhar.
A descida do Espírito Santo nos tempos
apostólicos, é considerada como a Chuva Temporã. E na fase final da história do
mundo, Deus derramará o Seu Poder para que a obra da pregação possa ser
concluída. Essa manifestação final do Espírito Santo é chamada de Chuva
Serôdia.
A Palavra de Deus nos anima a que
busquemos ardentemente o Espírito Santo. “Pedi ao Senhor chuva no tempo da
chuva serôdia, ao Senhor que faz os relâmpagos. E ele dará chuvas abundantes.”
Zacarias 10:1.
Deus prometeu: “E acontecerá,
depois, que derramarei o meu Espírito sobre toda a carne. . .” Joel 2:28
Vamos pedir que o Senhor
transforme o nosso deserto e faça dele um jardim florido, um pomar com lindas e
deliciosas frutas, através da operação do Espírito Santo.
Precisamos dessa presença
divinal, desse orvalho sobre nós . Precisamos dar adeus à nossa mediocridade, à
nossa fragilidade e às nossas limitações.
Vem Senhor encher nossas vidas da
Tua infinita graça, do teu maravilhoso poder! Que respiremos o perfume divinal,
trazido até nós pelo teu bom e excelso Espírito! Vem Precioso Espírito,
transformar os nossos espinhos em flores vivas e eternas!
Desejo deixar você meu amado
ouvinte, uma mensagem que possa confortar seu coração.
O Espírito Santo é o Consolador
divino, enviado por Deus para habitar conosco. Sua presença em nossa vida é
como um Fogo que destrói o pecado. Se permitirmos Sua atuação na nossa vida,
Ele nos purificará de todo o pecado.
Deixemos Espírito de Deus conduzir nossas vidas. Ele
nos purificará de todo o pecado e nos preparará para enfrentarmos as últimas
lutas desta vida e no final nos levará
ao encontro com Jesus.
96
CONSIDERAÇÕES
SOBRE O CASAMENTO
Neumoel Stina
O que é o casamento? Quem
estabeleceu o casamento?
Hoje faremos algumas
considerações que podem contribuir para um melhor relacionamento entre os
casais.
O Título da palestra de hoje é:
CONSIDERAÇÕES SOBRE O CASAMENTO.
Vamos começar do princípio - da
origem do casamento. Isto nos faz lembrar do primeiro casal - Adão e Eva. Eles
foram os primeiros a serem unidos pelos laços do matrimonio. O relatório dessa
união está em Gênesis 2.
Era o sexto dia daquela semana
admirável da criação. A Bíblia nos diz:
‘Havendo, pois, o Senhor Deus, formado da terra todos os animais do campo, e
todas as aves dos céus, trouxe-os ao homem, para ver como este lhes chamaria; e
o nome que o homem desse a todos os seres viventes, esse seria o nome deles.
Deu nome o homem a todos os animais domésticos, às
aves dos céus, e todos os animais selváticos; para o homem, todavia, não se
achava uma auxiliadora que lhe fosse idônea. Então o Senhor Deus fez cair pesado
sono sobre o homem, e este adormeceu: tomou uma das suas costelas, e fechou o
lugar com carne. E a costela que o Senhor Deus tomara ao homem, transformou-a
numa mulher a trouxe. E disse o homem:
Esta, afinal, é osso dos meus ossos e carne da mina carne; chamar-se-á mulher,
porquanto do homem, foi tomada. Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à
sua mulher, tornando-se uma só carne.” Gênesis 2:19-24
Esta é uma história
maravilhosamente simples. De onde veio o primeiro homem? Deus o fez. De onde
veio a primeira mulher? Deus a fez do homem.
Quando Adão deu o nome aos
animais, ele viu que todos os animais tinham uma companheira. Mas, não havia
nenhuma companheira igual a ele. Daí as palavras de Deus: “Não é bom que o
homem esteja só; far-lhe-ei uma auxiliadora que lhe seja idônea”. Gênesis 2:18
Não era plano de Deus que o homem
fosse um ser solitário, mas um ser social. A única maneira de ter felicidade
completa é partilhando a felicidade com outros. Sem companheirismo a vida perde
metade de seu encanto.
Mesmo a comunhão com os anjos não
teria satisfeito o desejo natural de simpatia e companheirismo de nosso
primeiro pai. Adão necessitava de alguém
do seu nível, com a mesma natureza dele, capaz de dar e receber amor. O
amor é a suprema necessidade do coração humano. Sem ele não há felicidade
verdadeira.
A Bíblia nos diz, que Deus fez
uma companheira para Adão. O relatório diz que Eva foi criada de uma costela de
Adão. Isto significa que ela não devia dominar o homem, tampouco ser maltratada
por ele, como inferior; mas, estar ao seu lado como igual, e ser objeto do seu
amor e proteção.
Ao ser unido à Eva, Adão declarou
que ela era osso dos seus ossos e carne da sua carne. “Ela era a sua segunda
pessoa”. “Ou sua outra metade”.
Este relatório da criação de Eva
sugere a íntima e terna união que deve existir no casamento.
Em Efésios 5, nos versos 29 e 31,
nos lemos: “Porque ninguém jamais odiou a sua própria carne, antes a alimenta e
dela cuida. . . Eis por que deixará o homem a seu pai e a sua mãe, e se unirá à
sua mulher, e se tornarão os dois uma só carne.”
Deus é o Autor do casamento. Ele
mesmo oficiou o primeiro casamento da história. Não admira que o apóstolo Paulo
escrevesse: “Digno de honra entre todos seja o matrimônio”. Hebreus13:4. O
casamento foi um dos primeiro e melhores dons de Deus ao homem.
Apenas as instituições sagradas
que vieram do jardim do Éden; apenas duas instituições sobre as quais a bênção
de Deus foi posta no princípio do mundo e sobre as quais ainda hoje repousa, a
despeito dos pecados do homem. Essas instituições são o casamento e o sábado
como dia de repouso.
Quando se reconhece no
casamento, que ele é realmente uma
bênção de Deus; quando se reconhecem os princípios divinos com ele
relacionados, o casamento é de fato uma bênção. Ele preserva a pureza e a
felicidade. Provê as necessidades
sociais. Eleva a natureza física, a intelectual e a moral.
O casamento faz o lar. O primeiro
casamento e o primeiro lar tiveram origem no Paraíso, onde o lar foi o Céu na
Terra.
E isto, é o que o lar deve ser no
plano de Deus: um pequeno céu na terra. Mas, frequentemente o oposto é a
verdade!
Uma razão por que tantos
casamentos modernos fracassam e trazem contendas, recriminações, amarguras,
tristezas e mágoas, é o fato de que Deus não está neles. Todos aqueles que querem um casamento feliz,
Deus tem que habitar entre eles.
Um escocês foi trabalhar numa
fazenda cujo dono não cria em Deus. Embora o fazendeiro pagasse muito bem os
seus empregados, o homem ficou poucos dias no trabalho.
Ao lhe ser perguntado, por um
vizinho, por que deixara o trabalho, ele respondeu: “Não havia telhado na
casa”. O sentido da estranha reposta era que na casa do fazendeiro não se orava
a Deus. Portanto, pensava ele, não podia haver paz naquela casa, nem conforto ,
nem confiança.
O segredo de um casamento bem
sucedido, é ter o telhado da oração em casa. Os casais que oram juntos,
geralmente permanecem juntos e quando surgem desentendimentos, são removidos
sem demora.
Aos casais que me ouvem, aos
futuros casais, sigam alguns conselhos: Orem juntos, trabalhem juntos, brinquem
juntos, não permitam que o sol se ponha antes que vocês peçam desculpas, depois
de algum desentendimento.
Nunca deixem de declarar o amor
que sentem um pelo outro. Este é um grande segredo para um casamento feliz.
Hoje, há uma grande ignorância
com respeito à moralidade bíblica,
principalmente entre os jovens; sim, mesmo entre os jovens cristãos. O
casamento seria muito ajudado se o marido e a mulher lessem a Bíblia juntos
cada dia.
Fazendo assim, o amor reascende
diariamente a sua chama. Faz com que reine a confiança, a devoção mútua. Pela
presença do amor, faz com que o lar aqui
seja um pequeno céu na Terra.
97
O CASAMENTO E A FAMÍLIA
Neumoel Stina
Você está enfrentando problemas no seu casamento?
Sente que seu casamento está
desgastado? E por isso sua família sofre?
Acredita que o divórcio é a
solução? O tema do programa de hoje é: O Casamento e a Família.
A despeito do fato de que a
maioria dos casais em seu dia de núpcias tenciona ter um casamento duradouro, o
divórcio está aumentando, e alguns matrimônios fracassam antes que as despesas
da cerimônia tenham sido liquidadas, ou pouco depois disso.
Apesar das esperanças e sonhos
compartilhados pelos pais ao trazerem seus preciosos rebentos do hospital, 70
por cento dizem que não teriam filhos se
pudessem voltar atrás no tempo (baseado em respostas de dez mil pais que
responderam a uma pergunta da colunista Ana Landers).
Embora sempre nos choquemos com o
desmoronamento de lares, as evidências de crianças negligenciadas ou vítimas de
abuso paternos, o desrespeito das crianças para com os pais e a falta de
comunicação entre os membros de uma família, dificilmente ainda nos
surpreendem. Estamos bem cientes do fato de que a família como instituição está
com sérias dificuldades.
Conselheiros matrimoniais,
ministros, educadores, psicólogos, e outros procuram prover soluções a
problemas domésticos, mas seus melhores conselhos não são suficientes para
solucionar os problemas. Nunca solucionaremos os problemas da família enquanto
não dermos atenção aos princípios estabelecidos por Deus em Sua Santa Palavra.
O primeiro matrimônio, celebrado
por Deus no Éden, deveria ser um modelo para matrimônios nas gerações
seguintes. Devido À necessidade que Adão tinha de companhia, Deus criou Eva
(Gênesis 2:18).
Quando Adão viu Eva, reconheceu
que ela deveria atentar às suas necessidades, e sentiu uma profunda
responsabilidade de render às necessidades dela. Disse ele: “Esta, afinal, é
osso dos meus ossos e carne de minha carne; chamar-se-á varoa, portanto do varão
foi tomada. Por isso deixa o homem pai e mãe, e se une à sua mulher,
tornando-se os dois uma só carne.” Gênesis 2:23-24
Esta idéia
de unidade é reiterada pelo apostolo Paulo em Efésios, onde ele destaca que o
amor, o cuidado e a preocupação entre marido e esposa, devem ser moldados,
seguindo o exemplo de Cristo por sua igreja. (Efésios 5:21-33)
Em II Coríntios 6, no
verso 14, Paulo menciona um importante princípio conjugal. Os crentes
não devem ligar-se em jugo desigual com os descrentes; em outras palavras, os
parceiros matrimoniais devem compartilhar uma fé comum.
A experiência tem demonstrado que
este princípio é válido, pois casamentos entre crentes e descrentes quase
sempre resultam em tensão adicional, sofrimentos por parte de ambos os
parceiros, transigência de normas e filhos
confusos.
No plano de Deus, o lar deve ser
um dos mais permanentes e estáveis elementos da sociedade.
Para reassegurar isto, em Seu
ministério Jesus afirmou que a única razão válida para o divórcio é a
infidelidade, e que uma pessoa que se divorcia por outras razões e depois casa
novamente é culpada de adultério. (Lucas 16:18; Marcos 10:11 e 12; Mateus 5.31
e 32; 19:1-9).
O que devem então fazer as
pessoas que mesmo não tendo base bíblica para o divórcio se divorciam? Paulo
aconselha: “Que a mulher não se separe do marido (se, porém, ela vier a
separar-se, que não se case, ou que se reconcilie com seu marido): e que o marido não se aparte de
sua mulher”. I Coríntios 7:10 e 11.
Ao convidar a Cristo para ser o
terceiro membro da associação conjugal, marido e esposa se capacitarão a tornar
sua vida conjunta mais compensadora e suave.
Uma oração matrimonial, escrita
por um marido, ilustra belamente este ponto: “Para que eu possa aproximar-me dela, atrai-me para mais perto de Ti
Senhor, do que dela; para que eu possa conhecê-la, faze-me conhecer a Ti mais
do que a ela; para que eu possa amá-la com o perfeito amor de um coração
perfeitamente sadio, inspira-me a amar a Ti mais do que a ela e acima de tudo.
Amém!”
A Bíblia realça a
responsabilidade dos pais para instruir os filhos a conhecerem ao Senhor e compreenderem
Sua mandamentos. (Deuteronômio 6:5-9)
Os pais são instados a criá-los
“na disciplina e admoestação do Senhor”. Efésios 6:4. Ao virem a confiar e amar
seus pais, tendo-os como ternos guardiões, os filhos podem aprender a amar Deus e nEle confiar
como sendo seu Pai celestial.
Os filhos são admoestados a
obedecer aos pais que obedecem ao Senhor e a honrá-los. ( Êxodo 20:12; Efésios
6: 2 e 3)
A importância e as oportunidades
da vida do lar, são ressaltadas na vida de Jesus. Aquele que veio a este mundo
para ser nosso exemplo e nosso Mestre, passou trinta anos como membro de uma
família em Nazaré.
A missão do lar estende-se para além do círculo dos seus membros. O lar
cristão deve ser uma lição prática que ponha em relevo a excelência dos
princípios verdadeiros da vida
Quando pais e filhos abrem o
coração às influências do Espírito Santo, harmonia e amor prevalecerão no lar.
Esta crescente proximidade de uns
com os outros e com Deus testificará do poder da mensagem final do evangelho
para criar o tipo de unidade pela qual Cristo orou.
Que Deus possa abençoar a sua e a minha família.
Que o céu se faça presente no seu e no meu lar.
98
COMO MANTER SEU CASAMENTO
Neumoel Stina
Ao Deus oficiou o casamento dos
nossos primeiros pais, Deus estabeleceu
o Seu plano para todos os casamentos. “. . .deixa o homem pai e mãe”, disse
Ele, “e se une à sua mulher, tornando-se os dois uma só carne”. Gênesis 2:24.
A união do casamento seria a mais
íntima de todas as relações humanas. Por
ela, o marido e a mulher tornam-se uma só carne. Isto implica amor, profundo
amor de um para com o outro. O apóstolo
Paulo diz: “Quem ama a sua esposa, a si mesmo se ama”. Efésios 5:28 e 29.
O casamento é uma união de amor.
Foi instituído para satisfazer o profundo anelo, implantado na alma pelo Deus
de amor, o anelo de dar e receber amor.
O amor é o oposto do egoísmo. O
egoísmo pensa em si mesmo, busca os próprios interesses, busca só receber.
Alguns se casam por motivos egoístas,
querem a sua vontade e o seu prazer satisfeitos, só sua conveniência atendida.
Não admira que o casamento,
contrariando o plano de Deus, termina em divórcio, para imenso mal dos cônjuges
e também dos filhos.
Mas, o amor pensa nos outros. Ele
dá em vez de receber. Procura o bem de outros em vez do bem próprio. A
felicidade do semelhante, em vez da sua.
O amor conjugal deve ser nutrido,
fortalecido. Ele deve crescer sempre. A sua chama deve tornar-se cada vez mais
viva. E isto não vem por acaso. Requer planejamento, requer incessante esforço
através da vida íntima.
Alguém disse acertadamente que a
vida conjugal é uma escola na qual nunca graduamos.
Aqui estão cinco fatores de
fortalecimento do amor conjugal:
1. Em primeiro lugar, está o
reconhecimento da posição de cada um dos cônjuges no lar. No plano de Deus o
marido é o cabeça da família. Deve ser honrado como tal pela esposa e pelos
filhos.
Mas, a esposa é a rainha do lar
“. . .deve estar ao lado do marido como sua igual, partilhando todas as
responsabilidades da vida, tendo o devido respeito àquele que escolheu para
companheiro de sua existência”.
2. Em segundo lugar então temos a fidelidade
mútua. O casamento é uma união sagrada e requer estrita fidelidade do marido à
esposa, e da esposa ao marido. O mandamento divino ordena: “Não adulterarás”.
Êxodo 20:14. Essa total dedicação de um ao outro gera confiança e nutre o amor.
Inversamente, a infidelidade, seja do homem, seja da mulher, suscita ciúme e
ressentimento.
3. Em terceiro lugar, deve haver
esforço de adaptação mútua. Passados os
primeiros dias, após o casamento, e iniciada a vida real, começam a aparecer as
fraquezas de ambos.
O marido vê na esposa pontos
negativos com que talvez não sonhasse; e a esposa vê no esposo o mesmo. Todos
temos defeitos. Que fazer então? Um diligente esforço de adaptação deve ser
feito por ambos.
Deve cada um procurar vencer o
que desagrada o outro. Devem aprender a relevar as faltas, e a perdoarem os erros que ambos
venham a cometer.
Se é verdade que o convívio do
lar expõe fraquezas e defeitos, também é fato que expõe as virtudes até então
desconhecidas ao companheiro da vida. É privilégio de cada um procurar ver no
outro as boas qualidades. E não apenas vê-las, mas também, apreciá-las para as
fortalecer.
É necessário perdoar, fazer
concessão e manter intactos e cada vez mais fortes os laços que unem os dois
corações. Comunicação, cooperação, concessão constituem palavras de grande
importância para os casados.
O amor não pode existir por muito
tempo sem se exprimir. Marido e Mulher não devem permitir que o coração daquele com quem se
acha ligado, pereça à mingua de bondade e simpatia.
Um presente de quando em quando é
uma demonstração de amor correspondido pelo outro lado com afeto mais profundo.
Nisto não é necessário gastar o salário do mês. Até uma bonita flor, se dada
com sinceridade, produz seu efeito.
Alguém disse que o amor da esposa
floresce com uma flor. E o tempo de fazê-lo é enquanto ela vive. De nada
valerá, depois de sua morte, encher o seu caixão de flores, e amontoar coroas
sobre o seu túmulo.
5. O Quinto fator: é talvez o importante dar a
Deus o primeiro lugar na vida. O verdadeiro casamento é um triângulo formado
pelo marido, pela esposa e por Deus.
Quanto melhor o nosso relacionamento
com Deus, tanto melhor será o nosso relacionamento com o companheiro da vida.
Deus deve ser o centro da nossa
vida, o Objeto do nosso supremo amor. A sua vontade deve vir primeiro, e deve
ser feita com alegria. Então, da divina Fonte de toda boa dádiva, receberão,
marido e mulher, aquele amor desinteressado e puro, que une, que enobrece, que
faz feliz e bela a vida conjugal.
Amigos queridos:
Eu quero terminar dizendo que só
é possível manter o casamento, se colocar-mos a Jesus
em primeiro lugar.
Porque Jesus é o idealizador do
casamento, e só Ele pode nos tornar verdadeiramente felizes.
Se Jesus for o primeiro seremos
felizes e viveremos, venceremos. Deixe Jesus ocupar o trono do seu viver.
99
O QUE DEUS QUER COM O CASAMENTO
Neumoel Stina
O que é um lar? Onde você vive
pode ser chamado de lar? Que idéia você tem sobre o
seu lar? Você gostaria que seu lar fosse diferente?
LAR! Palavra doce de ouvir.
LAR! Lugar onde os pequenos se
tornam grandes e os grandes pequenos.
LAR! Onde as ofensas são
perdoadas e os ressentimentos deixados de lado.
LAR! Lugar onde o bem é ensinado
e o mal repelido
LAR! Lugar onde os filhos são o
tesouro dos pais, e os pais a riqueza dos
filhos.
LAR! Lugar onde alimentamos nosso
corpo e enriquecemos nossa alma.
ENFIM: o lar é o lugar onde todo
o mal é afastado e o céu representado.
Infelizmente isto não é verdade
em todos os lares.
A palestra de hoje tem como
título: O QUE DEUS QUER COM O CASAMENTO.
É lamentável, mas em grande parte
pode-se dizer que o lar deixou de ser um lugar de calma e paz, para ser um
lugar de desentendimentos. Deixou de ser o local mais esperado por pais e
filhos ao final de um dia e de ser a fortaleza do mundo, para tornar-se um
lugar de perversão moral.
Dois amiguinhos estavam
conversando sobre os pais, quando um deles disse: “Eu ouvi dizer que papai e mamãe se casaram
num juiz de paz.” E a outra criança
disse: “Ih! eu acho que meus pais se casaram no Ministério da Guerra.”
Em Gênesis 2:18 lemos: “Disse
mais o Senhor Deus: Não é bom que o
homem esteja só: far-lhe-ei uma companheira que lhe seja idônea.”
Deus tem propósitos divinos para
o casamento. Deus quer que marido e mulher sejam companheiros e amigos nesse
relacionamento chamado casamento, nesse lugar chamado lar.
Em alguns casamentos, há muita
disputa entre marido e mulher. Cada um fala de seus direitos que alegam ter, e
não fazem nenhuma menção às obrigações.
Tanto um como o outro, já se
esqueceram de várias atribuições que lhes foram deixadas por Deus, muito embora
as funções do homem e as atividades da mulher tenham sido claramente definidas.
Um não deve querer sobrepor ao
outro no casamento. As posições não são de superioridade ou inferioridade, mas
sim, de diferença de responsabilidade.
A amizade no casamento é muito
importante. Marido e mulher devem ser francos, leais e sinceros um para com o
outro. Devem conversar de uma forma educada, civilizada sobre todos os assuntos que tenham a ver com
a preservação e fortalecimento do lar. O casal deve ser e agir como amigos.
Deus quer que marido e mulher
desenvolvam amor um para com o outro para que possam ser felizes.
Um relacionamento entre homem e
mulher pode passar por vários estágios:
1º Simpatia
- que é um sentimento puro mas sem responsabilidade ou compromissos.
2º Atração
- é um sentimento mais constante e procura compromissos.
3º Paixão - é
o desejo quase que exclusivamente carnal.
4º Amor - Sentimento
puro, nobre e forte, que resiste todas as provas
Quando duas pessoas chegam ao casamento o que se espera é que
haja amor e que o amor os tenha unido.
Num casamento normal o que se
espera é que com o passar dos anos a qualidade do amor seja superior, mais
nobre e mais forte.
Na Bíblia lemos: “O amor jamais
acaba”. I Coríntios 13:8
Mas, para que isto aconteça, os
cônjuges devem expressar amor, em palavras, atos e sorrisos.
“Uma casa que tenha amor, onde o
amor é expresso em palavras, olhares e ações, é um lugar onde os anjos gostam
de manifestar sua presença. O amor deve ser visto no olhar e nas maneiras e
ouvido nos tons da voz.” Lar Adventista, pg. 109
Deus quer que o casamento seja a
glória, para o Seu nome e uma bênção para a humanidade.
O vínculo de família é o mais
íntimo, o mais terno e sagrado de todos na Terra. Foi designado a ser uma bênção à humanidade.
E assim o é sempre que se entre
para o pacto matrimonial inteligentemente, no temor de Deus, e tomando em
devida consideração às suas
responsabilidades
Quando Dietrich Bonhoeffer (Ditrich Bonrofer) estava encerrado na prisão nazista, escreveu um
sermão de casamento de uma sobrinha sua. Entre as muitas verdades que escreveu,
aqui está uma delas:
“O casamento é maior do que o
amor que vocês tem um pelo outro. Ele tem em si grande dignidade e força por
ser a ordenança santa através da qual Deus planejou perpetuação da raça humana, até o fim dos
tempos.
No amor que os une, vocês vêem a si mesmos no mundo, mas ao se casarem tornam-se um
elo na cadeia das gerações que Deus faz aparecer e partir para a Sua glória chamando-as para Seu reino.
Em seu amor, vocês vêem apenas o “sétimo céu” da sua felicidade, mas no
casamento recebem uma posição de responsabilidade perante o mundo e a raça
humana. Seu amor é propriedade particular, mas o casamento não pertence apenas
a vocês; é um símbolo social, uma função de responsabilidade:” A Família
do Cristão, 11 Larry Christenson
Os filósofos neoplatônicos
encaravam o casamento com uma dureza sombria, como sendo contrário à natureza
espiritual do homem.
No tempo de Jesus, os essênios,
membros da seita religiosa mais rigorosa de então, viam o casamento como um impecílio na preparação do indivíduo para o reino de Deus.
A família cristã porém, é formada
para ser a imagem exata do futuro reino de Deus. E Deus deseja que nossas famílias sejam símbolos da família do céu.
Só em Cristo é que se pode com
segurança entrar para a aliança matrimonial. O amor humano deve derivar do amor
divino os seu laços mais íntimos. Só onde Cristo reina é que pode haver afeição
profunda, verdadeira e altruísta.
Que o nosso casamento seja agradável a Deus e que perdure. Que o nosso
lar seja uma extensão do Lar que Deus planejou para nós.
100
O PERDÃO DIVINO
Neumoel Stina
A mensagem do perdão é uma das
mais lindas e atraentes das mensagens da Palavra de Deus. No livro do profeta
Isaías , lemos: “Vinde e arrazoemos diz
o Senhor; ainda que os vossos pecados sejam como escalarte
eles se tornarão brancos como a neve; ainda que sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã.” Isaías 1.18
O perdão divino vai muito além do
que simplesmente declarar alguém inocente. O perdão de Deus não só remove a
condenação, como oferece poder para que o pecador não continue na prática do
pecado.
O perdão tem a haver com a
transformação do interior. O perdão não é somente necessário para eliminar a
culpa por estarmos manchados pelo carmesim ou pela escarlata.
O perdão de Deus, vai além. Ele
transforma o pecado negro, à semelhança da cor da neve ou da lã, simbolizando
pureza.
Na triste experiência de Davi,
rei de Israel, ao cometer uma sucessão de pecados iniciados no adultério com Bate Seba, foi ele despertado pelo profeta Natã.
Reconhecendo seu pecado, o
inspirado rei escreveu o Salmo 51. Nele encontramos três pedidos específicos
que nos ajudam a entender a extensão dos efeitos do perdão de Deus em nossa
vida.
Nos versos 1 e 2, Davi pede a
Deus respeitosamente perdão e purificação. Interessantes estes pedidos. Na
primeira carta de João 1:9 nós lemos que Deus é fiel para nos perdoar e nos
purificar.
No evangelho de João 19:34 lemos que “um dos soldados feriu a Jesus no
lado com uma lança, e logo saiu sangue e água”.
O sangue é o símbolo do perdão e a água e o símbolo da purificação.
Com a morte de Cristo, não só é
perdoado todo o pecado, mas também é purificado aquele que o praticou. Davi
rogava a Deus por perdão e purificação.
O terceiro pedido que encontramos
na oração de Davi ele implora: “Cria em
mim ó Deus um coração puro e renova em mim um espírito reto”. Salmo 51:10 .
Davi rogava por transformação interior.
O perdão isenta da condenação.
Jesus já pagou o preço e sofreu a sentença! A purificação limpa a sujeira
deixada naqueles que se envolvem com o pecado. E a transformação interior, como
resultado da atuação do Espírito Santo na vida humana, capacita o indivíduo a
viver segundo a vontade de Deus reclamada nas Escrituras.
Alguns julgam que para reclamar a
bênção do perdão divino devem primeiro demonstrar que estão reformados. Mas
isto não é assim! Jesus aprecia que nos acheguemos a Ele, tais como somos, pecadores e
desamparados.
Podemos ir a ele com todas as
nossas fraquezas, leviandade e
pecaminosidade. É seu prazer nos receber em Seus braços de amor, perdoar nossos
pecados e purificar-nos de toda a impureza.
Aqui é onde milhares de pessoas
erram. Não crêem que Jesus lhes perdoa. Mas devemos
saber que é privilégio de todos os que quiserem receber o perdão de Deus, que basta apenas aproximarem-se dEle.
Deus não trata conosco da mesma
maneira em que homens finitos tratam uns com os outros. Seus pensamentos são
pensamentos de misericórdia, amor, e terna compaixão.
Veja que promessa maravilhosa:
“Deixe o ímpio o seu caminho, e o homem mau os seus pensamentos, e se converta
ao Senhor, que se compadecerá dele, torne para o vosso Deus, porque grandioso é
em perdoar.” Isaías 55:7. Deus é
grandioso em perdoar.
Satanás está pronto para tirar de nós toda centelha
de esperança e todo raio de luz. Mas não devemos consentir com suas
insinuações. Não devemos dar ouvidos ao
tentador, mas devemos lembrar que Jesus morreu para que pudéssemos viver.
Saías registra outra promessa
encantadora: “Desfaço as tuas transgressões como a névoa, e os teus pecados
como a nuvem,” Isaías 44:22
Temos um Pai Celeste que é
compassivo e está ansioso para nos perdoar.
Ao aceitarmos o convite de Deus,
e nos aproximarmos dEle como somos e estamos, Seu
infinito dom de amor nos oferece perdão, purificação e a transformação nos
habilita a viver perdoados, purificados e em plena harmonia com Seus
princípios.
Toda essa ampla provisão é feita para que não
venhamos a cair no pecado e nos afastar de Deus. Nesta nova trajetória, se
alguém cair, Jesus está pronto a socorrer, estendendo Sua mão para firmar e
fortalecer.
“Quanto está longe o oriente do
ocidente, assim Deus afasta de nós as nossas transgressões.” Salmo 103:12. Que
maravilha!!
Só o cristianismo dentre todas as
religiões oferece o conforto do perdão.
Só o cristianismo, porque, só Jesus, sendo Deus feito homem, morreu pela
humanidade.
Nos outros sistemas religiosos,
cada um paga pelos seus erros. Mas conosco, é diferente. Deus “lança nossos pecados nas profundezas do mar”
Miquéias 7.19, e nos oferece uma vida renovada pelo Seu amor e pelo Seu poder.
Não importa por onde temos
cuidado. Mesmo tendo pregado os pregos nas mãos do Salvador.
O importante hoje é pedir a Deus
perdão.