ESTÁ ESCRITO – Alejandro Bullón
02 TERIA CORAGEM DE NÃO AMÁ-LO
04 É POSSÍVEL CONVIVER COM UM LOBO
05 AMIGOS DEFENDEM SEUS AMIGOS
07 COMO ALIMENTAR A NOVA NATUREZA
1
PERDIDO
DENTRO DA IGREJA
Pr.
Alejandro Bullón
Entrou na
sala sem bater e jogou-se na cadeira em frente da minha mesa. Suava. Era
evidente que estava nervoso.
– Pastor, estou perdido! – disse sem
rodeios. Apenas três palavras. Seria desnecessário dizer mais para descrever a
tragédia de uma alma em conflito. Podia aceitar essa declaração de qualquer
outra pessoa, não daquele rapaz. Eu o conhecia muito bem: era um jovem
exemplar, um fiel membro da igreja. Mas estava ali, com os olhos lacrimejantes
repetindo:
– Pode crer, pastor, estou perdido! Sou
cristão de berço. Todo mundo acha que sou um bom membro da igreja. Meus pais
acreditam que sou um filho maravilhoso. Os membros da igreja acham que sou um
jovem consagrado. Eles até me nomearam Diretor dos Jovens. Muitas vezes ouço os
pais dizendo a seus filhos: "Gostaria que você fosse como aquele
rapaz!" Todos acham que sou um modelo de cristão, mas não é verdade
Pastor, eu sou uma miséria. Acabo de fazer algo horrível e não é a primeira
vez. Fiquei desesperado, angustiado como das outras vezes. Tive vontade até de
morrer. Eu não sou o que todos pensam que sou.
Tentei dizer alguma coisa, mas ele cortou:
– Eu não quero ser assim Pastor, eu quero
ser um cristão de verdade, mas não consigo. Tenho lutado tantas vezes,
tenho me esforçado, mas sempre acabo derrotado.
Doeu-me ver assim aquele jovem.
– O senhor está desapontado comigo, não
está? – perguntou depois, com ansiedade.
Desapontado? Eu tinha era um nó na garganta.
Procurei esconder minha tristeza, minha dor, porque na realidade o drama não
era só daquele jovem.
Eu sabia que muitos jovens de minha igreja também vivem essa triste realidade.
"Pastor, estou perdido!" Perdido? Sim, perdido dentro da igreja.
É possível estar perdido dentro da igreja?
Infelizmente é, sim. Existem os que, como no caso desse jovem, estão perdidos
fazendo coisas erradas enquanto ninguém vê, mas existe outra classe de
perdidos: aqueles que fazem tudo direito, cumprem aparentemente tudo que a
igreja pede, vivem preocupados com detalhes de regulamentos e normas, mas estão
igualmente perdidos.
Há um texto bíblico que fala do jovem rico.
"E, pondo-se a caminho, correu para ele um homem, o qual se ajoelhou
diante dele, lhe perguntou: Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna? E
Jesus lhe disse: Por que me chamas bom? ninguém há bom senão um, que é Deus. Tu
sabes os mandamentos: Não adulterarás; não matarás; não furtarás; não dirás
falsos testemunhos; não defraudarás alguém; honra a teu pai e a tua mãe. Ele porém, respondendo lhe disse: Mestre, tudo isso guardei
desde a minha mocidade. E Jesus olhou para ele, o amou e lhe disse: Falta-te
uma coisa: vai, vende tudo quanto tens, e dá-os aos pobres, e terás um tesouro
no céu; e vem, segue-me. Mas ele, pesaroso desta palavra, retirou-se triste;
porque possuia muitas propriedades." S.Marcos 10:17 a 22
O jovem rico era um rapaz como qualquer
jovem da igreja de hoje. Era membro de uma congregação cujos líderes se
preocupavam muito com normas, leis e regulamentos. "Não pode fazer
isto". "Não pode fazer aquilo". "Fazer isto é pecado".
"Fazer aquilo também é pecado". Aquele jovem cresceu tendo um
conceito errado de Deus. Imaginava-O sentado no Seu trono de justiça, ditando
regras, com o rosto sério e uma vara na mão, pronto para castigar o
desobediente. Desde pequeno seus pais e os líderes da igreja exigiram o fiel
cumprimento de todas as normas. Eram líderes preocupados com a imagem da
igreja. O que realmente importava para eles era que as pessoas cumprissem as
normas, que fossem bons membros de igreja e nada mais. O jovem rico aprendeu
desse modo a cumprir todas as normas e leis. Aparentemente era um jovem
bem-comportado, ativo na igreja, participava das programações e cultos, podia
ser apontado como exemplo para outros, mas alguma coisa estava errada lá no
fundo: não era feliz, tinha a sensação de que estava perdido apesar de cumprir
tudo. Certo dia anunciaram a chegada de Jesus à sua cidade. A história está
registrada no capítulo 10 de São Marcos. Os líderes da igreja, ainda preocupados somente com
o cumprimento rígido das leis, foram os primeiros a sair ao encontro de Jesus.
O registro sagrado narra assim: "E, aproximando-se dele os fariseus,
perguntaram-lhe, tentando-o: É lícito ao homem repudiar sua mulher?"
(Marcos 10:2) Você percebe a inqüietude daqueles
líderes? Sua grande preocupação era apenas com os detalhes.
Seria possível que hoje os líderes também
caiam no mesmo erro? "É pecado cortar o cabelo?" "É pecado orar
assentado?" "É pecado ter um pátio de recreações ao lado do
templo?" "É pecado ir à praia?"
O Senhor Jesus não se deteve muito tempo a
discutir com eles. Dirigiu-Se aonde estava um grupo de
crianças, colocou-as no colo, com amor acariciou-lhes
a cabecinha e beijou-lhes os rostinhos inocentes. O jovem rico ficou emocionado
ao ver aquele quadro. Ele nunca poderia imaginar que Jesus fosse capaz de
beijar e fazer um carinho. Não era essa a imagem que ele tinha aprendido acerca
do Filho de Deus. Pela primeira vez na vida teve vontade de abrir o coração a
alguém. Correu quando Jesus já estava saindo da cidade, ajoelhou-se perante Ele
e disse: "...Bom Mestre, que farei para herdar a vida eterna?"
(Marcos 10:17) Ele estava dizendo na realidade: "Bom Mestre, que farei
para ser salvo? Eu sinto que estou perdido. Não tenho certeza da salvação."
Por quê? Acaso não era um bom membro da
igreja? Não cumpria
todas as normas? Ah! meu caro, cumprir mandamentos nunca foi
sinônimo de salvação. Ser um bom membro de igreja não quer dizer estar salvo.
É, de algum modo, possível obedecer a tudo e
estar completamente perdido. Perdido, dentro da igreja!
O Senhor Jesus tentou levar o jovem do
conhecido ao desconhecido. O jovem conhecia a letra da lei, as normas, os
regulamentos e Jesus lhe disse: "Tu sabes os mandamentos..." (Marcos
10:19)
Este foi um tratamento de choque. "Ele,
porém, respondendo, lhe disse: Mestre, tudo isso guardei desde a minha
mocidade." (Marcos 10:20) ...Mas a angústia não
desaparece, o desespero aumenta, a sensação de estar perdido é cada vez
maior". Jesus olhou para ele com ternura e o amou.
Sabe? Jesus também ama você. Não importa se
você é pobre ou rico, se é preto ou branco, se é feio ou bonito. Ele o ama. Ele
o compreende. Isso é o que diz a Bíblia. Você é a coisa mais importante para
Deus, não importa o momento que esteja vivendo. Você, com suas lutas, com seus
fracassos, com seus conflitos, com suas dúvidas e incertezas; você com suas
deformações de caráter, com seu temperamento irascível, é objeto de todo amor e
carinho de Deus. Pode ser que em algum momento de sua vida você sinta que
ninguém gosta de você, que seus pais não o compreendem, que seus professores
não apreciam seu valor, que a vida lhe negou as oportunidades que deu a outros,
que o mundo inteiro não o aceita. Pode até ser que você não goste de você
mesmo. Tudo isso pode, de algum modo, ser verdade, mas Deus gosta de você, Ele
o compreende. Neste momento, tenha certeza de que Ele está bem perto de você,
pronto a ajudá-lo, a socorrê-lo, a valorizá-lo.
Lá na Judéia, além do Jordão, séculos atrás,
Cristo olhou com amor o jovem rico. Viu seus conflitos internos, suas lutas,
suas angústias. Viu sua desesperada situação: perdido dentro da igreja, perdido
cumprindo todos os mandamentos, perdido obedecendo a todas as normas.
"Sabe qual é seu problema, filho?" – disse Jesus – "apenas um:
você não Me ama. Em seu coração não há lugar para Mim, em seu coração só há
lugar para o dinheiro.
Você está disposto a guardar mandamentos, mas você não Me ama, e enquanto não Me amar Eu não aceito
nada de você. Não adianta guardar mandamentos, cumprir normas, obedecer regulamentos; se você não Me amar, nada disso tem
sentido e você continuará com essa horrível sensação, com esse vazio na alma.
Vamos fazer uma coisa, Meu querido filho, você agora
vai para casa, tira do coração o amor às coisas deste mundo, coloca-Me como o
centro de sua vida, então venha e siga-Me". A Bíblia diz que o jovem,
"...pesaroso desta palavra, retirou-se triste..." (Marcos 10:22)
Que tragédia! Estava mais pronto a guardar
mandamentos do que amar o Senhor Jesus. Por quê? Talvez porque é mais fácil
aparentar que se é bom do que entregar o coração a Deus.
É possível que você esteja pensando:
"Felizmente eu não tenho riquezas". Pode ser. Mas, às vezes, não
precisamos ter riquezas para destronar Jesus do coração. Seria possível você
amar mais um artista de televisão do que Jesus. Um esporte, uma namorada, uma
profissão, os estudos, coisas até boas, mas que podem ocupar o lugar de Cristo
no seu coração. Pode ser até que você ame mais a sua igreja, a doutrina da sua
igreja, o nome da sua igreja, do que o Senhor Jesus.
Pergunto: Qual deveria ser a nossa primeira
preocupação, amar a Jesus ou guardar normas? Às vezes, estamos mais preocupados
que os jovens obedeçam às normas e não que amem a Jesus. O interesse de Jesus é
diferente: "Dá-Me, filho Meu, o teu coração", diz Ele enquanto bate à
porta do coração humano.
Há algo que nunca deveríamos esquecer: é
possível de alguma maneira cumprir normas sem amar Jesus, mas é impossível amar
Jesus e deixar de cumprir as normas. Então, qual deveria ser o nosso primeiro
interesse, o nosso grande objetivo? Se o ser humano amar a Jesus com todo seu
coração, será incapaz de fazer algo que magoe o seu Redentor. Sua vida, em conseqüência, será uma vida de obediência.
Sabe qual é o nosso grande drama na vida
espiritual? Sabe por que não somos felizes na igreja? Falta amor por Cristo.
Estamos na igreja porque gostamos dela, a sua doutrina nos convenceu, o pastor
fez um apelo irrecusável. Estamos na igreja porque nossos pais querem, ou
então, para agradar aos filhos ou a esposa, ou simplesmente porque todo ser
humano tem que ter uma religião, mas não porque amamos a Jesus a ponto de
dizer: "Eu não posso viver sem Ti".
– Pastor – disse-me uma velhinha certo dia –
tenho quase 60 anos de casada. Pode perguntar a meu marido e ele dirá que
sempre fui uma esposa perfeita. Fiz tudo o que uma boa esposa deve fazer, agi
sempre do modo certo, mas, nunca fui feliz.
– Por quê? – perguntei.
– Eu não amo meu marido, Pastor. – Foi a
resposta.
– Mas, então, por quê
se casou?
A velhinha emocionou-se ao dizer:
– Nos meus tempos de mocinha a gente não
escolhia marido. Eram os pais que escolhiam marido para a gente. Um dia meu pai
disse: 'Filha, daqui a dois meses você vai casar com o
filho do meu compadre'. O enxoval foi preparado. A festa ficou pronta e,
faltando dois dias para o casamento, conheci meu noivo. Não gostei. Nunca
consegui gostar, mas casei, porque tinha que obedecer.
Fui uma esposa perfeita, mas nunca fui feliz.
Como ser feliz ao lado de alguém que não se
ama? O batismo é uma espécie de casamento com Cristo. Muitos cristãos talvez
pudessem dizer: "Senhor, estou na igreja, batizado há cinco anos, ou dez,
ou quinze anos. Nesse tempo todo, de alguma maneira, cumpri o que a igreja pede. Mas nunca fui feliz." Por quê? Porque não é possível ser feliz ao
lado de alguém que não se ama. Conviver
ao lado de alguém que se ama já é uma tarefa desafiante, imaginem quando não há
amor. Nunca poderemos ser felizes estando na igreja porque nascemos nela, ou
por causa da pressão social, religiosa ou familiar. Todos os motivos só têm
algum sentido quando o grande motivo é o amor por Cristo. Se não for assim, a
vida cristã se tornará um "inferno", um fardo horrível para se
carregar. Fazer as coisas só porque estamos batizados, só porque temos que
cumprir as normas de uma igreja que assumimos, só para agradar aos homens é a
pior coisa que pode acontecer. Sempre estaremos pensando em sair, abandonar
tudo, ou então, quando ninguém vê, estaremos fazendo as coisas erradas.
Todas as normas da igreja, todas as coisas
que tenhamos que abandonar, tudo que tenhamos que aprender terá algum
significado unicamente quando o amor de Cristo constranger nosso ser. A nossa
primeira oração não devia ser: "Senhor, ajuda-me a guardar Teus
mandamentos", mas, "Senhor, ajuda-me a amar-Te com todo meu
ser".
O jovem rico partiu triste e não voltou
mais. Estava pronto a ser um bom membro de igreja, mas não a entregar o coração
ao Mestre.
Alguma vez você já se perguntou porque está na igreja? Você acha que Cristo veio a este
mundo para que as igrejas cristãs estivessem cheias de pessoas tentando
portar-se bem ou Ele veio para que as pessoas fossem realizadas e felizes?
Neste momento, embora você não possa vê-Lo, Jesus está aí perto de você com os braços abertos
dizendo: "Venha a mim, Filho."
Está você triste? Venha a Jesus. Ele confortará sua alma cansada.
Sente-se só? Venha a Jesus. Ele preencherá seu coração de tal maneira que não
sentirá mais o frio da solidão. O peso da culpa de algum erro passado o
atormenta? Venha a Jesus. Ele morreu para pagar o preço de seus erros e está
disposto a dar-lhe hoje a oportunidade de começar uma nova experiência. Não
importa quem é você ou como você viva. Não importa seu presente, nem seu
passado. Não importa suas virtudes ou defeitos; suas vitórias ou derrotas.
Venha a Jesus e lembre-se: Você é a coisa mais linda que Ele tem neste mundo.
Ele o ama e deseja fazer parte de sua vida. Está você disposto a abrir-lhe o
coração?
Oração
Querido
Pai, olha para mim neste momento. Por favor, vem ao meu encontro e torna-Te um Deus real em minha vida.
Vive comigo como um amigo pessoal. Tira de minha vida
os temores, os preconceitos e as dúvidas e que eu possa encontrar em Ti a paz
que meu coração precisa. Em nome de Jesus. Amém.
22/05/1994
2
TERIA
CORAGEM DE NÃO AMÁ-LO?
Pr.
Alejandro Bullón
Anos atrás, na faculdade onde estudei, fui testemunha de uma bonita história de amor. Um dos rapazes mais feios do seminário
casou-se com uma das moças mais lindas.
Ela era uma das moças que chegaram naquele
ano. Os rapazes mais charmosos, mais bonitos, mais espertos e comunicativos
foram desfilando um a um tentando conquistá-la, sem sucesso.
Um dia um colega procurou-me e disse:
– Estou com problemas.
– O que foi?
– Estou amando.
– Parabéns! Isso é fabuloso, isso não é um
problema.
– Espere um minuto – disse ele – estou
falando daquela garota.
Cortei o sorriso e murmurei:
– Bom, nesse caso, acho que é um problema.
Você sabe, os rapazes mais charmosos e bonitos do colégio nada
conseguiram. Você acha que ela vai olhar
para você?
– Eu sei – disse o rapaz triste – eu sei
disso, mas o que posso fazer se eu a amo?
Os meses foram passando e o amor foi
crescendo em silêncio no coração do rapaz.
Na metade do ano, de repente, correram
boatos de que ela abandonaria a faculdade porque não conseguia pagar as
mensalidades.
O nosso amigo apresentou-se ao gerente da
universidade e ofereceu-se para pagar as contas da moça com o estipêndio que
ele tinha ganhado vendendo livros. Naturalmente, isto significava para ele a
perda de um ano de estudos.
O gerente tentou dissuadi-lo da idéia. Mas não conseguiu. "O dinheiro é meu e eu quero
pagar as contas dela. E por favor, não gostaria que ela ficasse sabendo quem
pagou."
Assim ele abandonou o colégio naquele ano
para vender mais livros e continuar estudando no ano seguinte.
Alguns meses depois recebi dele uma carta
comovente:
– Você diz que não vale a pena o sacrifício
que estou fazendo, que ela nunca olhará para mim, o que você não sabe é que eu
a amo e não posso permitir que ela perca um ano de estudos. Eu a amo. Não
importa se ela nunca olhará para mim. Eu sou feliz fazendo isto por ela.
No ano seguinte ele retornou à faculdade.
Seu amor estava mais maduro. Tinha certeza do que sentia e um dia criou coragem
e falou com ela. Abriu o coração e declarou seus sentimentos. Foi um momento
triste. Ela não só recusou a proposta como o tratou mal.
Alguém procurou a moça e disse para ela:
– Olha, você tem o direito de dizer não,
mas podia ter sido mais delicada com ele. Não precisava magoá-lo. É verdade que
ele é um garoto simples, quase insignificante, sem qualquer atributo físico,
inexpressivo, mas ele ama você de tal modo que no ano passado perdeu um ano de
estudos para que você não precisasse abandonar a faculdade, e tudo isso sem
querer que você soubesse, sem esperar nada, apenas porque ama você".
A moça ficou chocada. Chorou. Perguntou ao
gerente se era verdade e, ao ter a confirmação de tudo, sentiu-se ferida e
humilhada.
Meses depois o rapaz anunciou:
– Estou namorando com ela.
Todo mundo começou a pensar: "É por
pena", "por compaixão". Mas um dia ela disse uma coisa muito
bonita:
– Quando descobri o que ele tinha feito por
mim, senti-me magoada, chateada, ofendida. Mas a
medida que o tempo foi passando, comecei a pensar com mais calma e perguntei
pra mim: "Será que neste mundo poderei achar um rapaz que me ame tanto, a
ponto de sacrificar, em silêncio, um ano de seus estudos sem esperar nada, sem
querer nem mesmo que eu soubesse do sacrifício que ele estava fazendo?" Aí
cheguei a uma conclusão: "Como
teria coragem de não amar alguém que me ama tanto?"
Essa frase merece ser emoldurada em ouro:
"Como teria coragem de não amar alguém que me ama tanto?"
Observe isso que a Bíblia diz:
"Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas
dores levou sobre si; e nós o reputamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido.
Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades: o castigo que nos traz a paz estava sobre ele,
e pelas suas pisaduras fomos sarados. Todos nós andávamos desgarrados como
ovelhas; cada um se desviava pelo seu caminho: mas o Senhor fez cair sobre ele
a iniqüidade de nós todos. Ele foi oprimido, mas não
abriu a sua boca: como um cordeiro foi levado ao matadouro, e, como a ovelha
muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a sua boca". (Isaías
53:4-7)
Quando Isaías registrou estas palavras,
parece que ele duvidava que as pessoas entendessem a profundidade do amor de
Deus. Por isso começa o capítulo 53 perguntando: "Quem deu crédito a nossa
pregação?"
O que realmente aconteceu na cruz do
Calvário? Por que Jesus, o Rei do Universo, aceitou pacientemente ser levado
como uma ovelha ao matadouro? Que mistério é esse? No dia em que compreendermos o que
realmente aconteceu naquela tarde que o Senhor Jesus morreu na cruz do
Calvário, sem dúvida, também perguntaremos: como teria coragem de não amar
alguém que me ama tanto?
Mas o que aconteceu lá?
Voltemos nossos olhos ao Jardim do Éden.
Quando criou o ser humano, Deus deu-lhe uma ordem: "...De toda a árvore do
jardim comerás livremente, mas da árvore da ciência do bem e do mal, dela não
comerás; porque no dia em que dela comeres, certamente morrerás". (Gênesis
2:16 e 17)
Nesta ordem estava envolvido o princípio de
retribuição. Noutras palavras, a obediência merece a vida e a desobediência
merece a morte. O homem pecou. Todos nós pecamos e em conseqüência,
a nossa recompensa devia ser a morte. Tínhamos que morrer. "Porque o
salário do pecado é a morte..." (Romanos 6:23) Mas acontece que o ser
humano não quer morrer. Ele pede perdão. "Pai, perdoa-me" – ele
clama. Sabe o que ele está querendo dizer? "Pai, eu pequei, mereço morrer,
mas por favor, não quero morrer".
Esta súplica do homem cria um conflito para
Deus porque Ele é Deus e Sua palavra não muda. Se o homem pecou, tem que
morrer, mas Deus ama o ser humano, não quer permitir que o homem morra. O que
fazer? Se existiu pecado tem que existir morte, "Sem derramamento de
sangue não há remissão".
O homem não quer morrer, então alguém tem
que morrer. Alguém tem que pagar o preço do pecado no lugar do ser humano. É aí
que aparece a figura majestosa do Filho. Ele diz: "Pai, o homem merece a
morte porque pecou, mas antes de cumprir a sentença quero ir à Terra como homem
e viver como ele; quero assumir sua natureza, experimentar seus conflitos, suas
tristezas, suas alegrias e tentações". Foi por isso que Cristo veio a este
mundo, como uma criança.
Ele não apenas parecia homem. Ele era um
homem de verdade. Como você e como eu. Teve as mesmas lutas que você tem,
sentiu-Se às vezes sozinho e incompreendido como você. Experimentou suas
tentações e é por isso, e não simplesmente porque é Deus, que Ele está mais
pronto a amá-lo e compreendê-lo do que a julgá-lo e condená-lo.
O Senhor Jesus viveu neste mundo 33 anos. A
Bíblia diz que: "... em tudo foi tentado, mas sem pecado". (Hebreus
4:15)
Ora, se Ele viveu neste mundo como homem, e
como homem foi tentado e não pecou, pelo princípio de retribuição Ele merece a
vida.
Agora vamos imaginar um diálogo entre
Cristo e seu Pai.
– Pai – disse Cristo depois de ter vivido
neste mundo – Eu vivi na Terra, como um ser humano e fui tentado em tudo mas não pequei. Como ser humano eu ganhei o direito à
vida. O homem, pelo contrário, pecou e merece a morte. Agora, Pai, o princípio
de retribuição não impede que haja uma troca. Sendo assim, a morte que o homem
merece, quero morrê-la Eu e a vida que Eu mereço
porque não pequei, quero oferecê-la ao homem.
Foi isso o que aconteceu lá na cruz do
Calvário. Uma troca de amor. Alguém morreu em nosso lugar. Alguém morreu para
nos salvar. Uns dias antes da morte
de Cristo, a polícia de Jerusalém prendeu um marginal chamado Barrabás. O delinqüente foi julgado e condenado a pena de morte. Devia
ser cravado numa cruz. Esta era uma morte cruel. Ninguém morre por causa de
feridas nas mãos e nos pés. A
morte por crucificação é lenta e cruel. O sangue vai se acabando
gota a gota. As vezes o marginal ficava cravado vários dias. O sol de dia e o
frio a noite, a fome, a sede e a perda paulatina de sangue iam acabando pouco a
pouco com sua vida.
Depois do julgamento e da condenação de
Barrabás, as autoridades chamaram um carpinteiro para preparar a cruz que seria
dele. Ali estava o delinqüente e ali estava sua cruz,
preparada especialmente para ele, com suas medidas, com seu nome. Mas naquele dia os judeus prenderam Jesus.
Ele também foi julgado e condenado. A história conta que um homem chamado
Pilatos, tentando defendê-lo, apresentou perante o povo Cristo e Barrabás e
disse: "...Qual quereis que vos solte? Barrabás ou Jesus, chamado Cristo? ...
E eles disseram: Barrabás. Disse-lhes Pilatos: Que farei então com Jesus,
chamado Cristo? Disseram-lhe todos: Seja crucificado." (Mateus 27:17, 21 e
22)
Acho que se alguém entendeu alguma vez na
plenitude do sentido a expressão, "Cristo morreu em meu lugar", foi
Barrabás. Ele não podia acreditar. Talvez beliscasse sua pele para saber se
realmente estava acordado. Ele, o marginal, o homem mau, estava livre. E aquele
Jesus, manso e simples, que só viveu semeando amor, devolvendo saúde aos
doentes e vida aos mortos estava ali para morrer em seu lugar. Eu imagino que
Barrabás pensou: "Eu nunca terei palavras para agradecer a Cristo por ter
aparecido. Se Ele não tivesse vindo, eu estaria condenado
irremediavelmente".
Já não havia mais tempo para chamar o
carpinteiro e preparar uma cruz para Cristo. Além do mais, ali havia uma cruz
vaga, apesar de ter as medidas de outro, o nome de outro, e de ter sido
preparada para outro... Naquela tarde, meu amigo, quando Cristo subiu o monte
do Calvário carregando uma pesada cruz – eu gostaria que você entendesse bem
isto – aquela tarde triste, Jesus estava carregando uma cruz alheia, porque
nunca ninguém preparou uma cruz para Cristo. Sabe por quê? Simplesmente porque
Ele não merecia uma cruz. Aquela tarde Cristo estava carregando minha cruz. Era
eu quem merecia morrer, mas Ele me amou, me amou tanto que decidiu morrer em
meu lugar e assim me oferecer o direito à vida.
Finalmente os homens chegaram lá no topo da
montanha. Deitaram a cruz no chão e com enormes pregos atravessaram as mãos e
os pés de Jesus. A cruz foi levantada e com o peso do corpo Suas carnes se
rasgaram. Um soldado tinha lhe colocado na fronte uma
coroa de espinhos. O sangue escorria lentamente pelo rosto. Um outro soldado
lhe feriu o lado com uma lança. Ali estava o Deus-homem morrendo por amor. O
sol ocultou seu rosto para não ver a miséria dos homens, o Céu chorou numa torrente
de chuva. Até as aves dos céus e as bestas do campo corriam de um lado para
outro sentindo em sua irracionalidade que alguma coisa estranha estava
acontecendo. Só o homem, a mais bela e inteligente das criaturas, parecia
ignorar que naquele instante seu destino eterno estava em jogo.
Horas depois, quando os judeus voltaram
para casa, lá naquela montanha solitária, em meio a dois ladrões, pendia
agonizante o maravilhoso Jesus, que estava entregando Sua vida pela humanidade.
Alguma vez você se deteve a pensar no
significado daquele ato de amor?
Não foi um louco suicida que morreu na
cruz. Não foi um revolucionário social que pagou por sua ousadia. Era um Deus
feito homem e como homem tinha medo de morrer. Possuia
o instinto de conservação. Ele tinha tanto medo de morrer que, na noite
anterior, no Getsêmani, disse a Seu Pai: "... Pai, se é possível, passe de
mim este cálice; todavia, não seja como eu quero, mas como tu queres."
(Mateus 26:39)
E eu tenho certeza que
Deus disse:
– Ainda está em tempo de voltar atrás, Meu
Filho.
A vida de toda a humanidade estava em Suas
mãos. Ele tinha medo de morrer, mas Seu amor era maior do que o medo, maior do
que a vida. Como abandonar o homem no mundo de desespero e de morte? É isso que
talvez eu nunca consiga entender: "Por que Ele me amou tanto? Você entende
o significado de sua vida?" Você é a coisa mais importante que Cristo tem.
Ele o ama de tal maneira que mesmo tendo medo da morte, aceitou-a para vê-lo
feliz. Não apenas para vê-lo tornar-se membro de uma igreja, mas para vê-lo realizado
e feliz.
O homem pecou e merece morrer. Mas diz a
Deus:
– Pai, perdoa-me.
Em outras palavras:
– Eu não quero morrer.
– Filho, Eu não posso mudar uma lei:
"O salário do pecado é a morte". Não tem outra saída – disse Deus.
– Pai, perdoa-me, por favor, perdoa-me –
continua clamando o homem em seu desespero.
O Pastor H.M.S. Richards conta uma pequena
história de quando era garoto.
Ele diz que gostava de pular a cerca e
colher as maçãs do vizinho. Um dia a mãe o chamou e mostrando-lhe uma vara
verde, disse:
– Você está vendo esta vara verde?
– Sim, mãe.
– Se você colher mais uma maçã do vizinho,
vou castigá-lo cinco vezes com esta vara, entendeu?
– Sim, mãe.
Os dias passaram. As maçãs estavam cada dia
mais vermelhas e o menino não conseguiu resistir à tentação. Pulou a cerca e
comeu maçãs até ficar satisfeito. O que ele não podia esperar era que ao voltar
para casa a mãe estivesse esperando-o com a vara verde na mão. Tremeu. Sabia o
que iria acontecer. Quase sem pensar suplicou:
– Mãe, me perdoe.
– Não, filho – disse a mãe – eu fiz uma
promessa e terei que cumpri-la.
– Mãe, por favor, eu prometo que nunca mais
tornarei a fazer isso.
– Não posso filho, você terá que receber o
castigo.
– Por favor mãe, por favor – continuou
suplicando com olhos lacrimejantes.
Que mãe pode ficar insensível vendo o filho
amado suplicando perdão?
Ela tomou entre as suas, as mãos do filho e
perguntou:
– Você não quer receber o castigo?
– Não, mãe.
– Então, só existe uma saída meu filho.
– Qual é?
A mãe estendeu a vara para ele e
disse:
– Segura a vara meu filho. Em lugar de eu
castigar você com esta vara você vai me castigar. O castigo tem que se cumprir,
porque a falta existiu. Você não quer receber o castigo, mas eu o amo tanto que
estou disposta a receber o castigo por você.
"Até aquele momento eu tinha chorado
com os olhos – contou Richards – naquele momento eu comecei a chorar com o
coração. Como teria coragem de bater na minha mãe por um erro que eu havia
cometido?"
Você entendeu a mensagem?
É isso que acontece entre Deus e nós
quando, depois de pecar, suplicamos perdão.
Ele olha com amor para nós e diz:
– Filho, você pecou e merece a morte, mas
você não quer morrer. Então, só resta uma saída, Meu
filho.
– Qual é? – perguntamos ansiosos.
– Em lugar de você morrer pelo pecado que cometeu, estou
disposto a sofrer a conseqüência de seu erro –
responde Ele com sua voz mansa.
Richards não teve coragem de castigar sua
mãe por um erro que ele tinha cometido. Mas nós tivemos coragem de crucificar o
Senhor Jesus na cruz do calvário. Continuamos crucificando-O cada dia com as
nossas atitudes. E Ele não diz nada. Como um cordeiro é levado ao matadouro e
como ovelha muda diante dos seus tosquiadores, não abre a boca, não reclama,
não exige direitos, não pensa em justiça. Apenas morre, morre lentamente
consumido pelas chamas de um amor misterioso, incompreensível, infinito.
Não, eu nunca terei palavras para agradecer
o que Ele fez por mim. Eu nunca poderei entender a plenitude de Seu amor por
mim. Mas ao levantar os olhos para a montanha solitária e ver pendurado na cruz
um Deus de amor, meu coração se enternece e exclamo como a garota da faculdade:
"Como teria coragem de não amar alguém que me ama tanto?"
E quanto a você? Correrá agora aos braços
de Jesus dizendo: "Senhor, porque me amas tanto?
Estou aqui e te entrego a minha vida, ou o que resta dela. Te entrego meu
coração manchado de egoísmo. Toma-o, Senhor, e transforma-o."
VIA
DOLOROSA
Letra e
Música: Billy Sprague e Niles
Borop
Tradução:
Valdecir Lima
Pela via
dolorosa em Jerusalém chegou,
certo
Homem carregando uma cruz.
Multidões
queriam ver,
o Homem
condenado a morrer.
Ele
estava tão ferido e sangrava sem parar,
coroado
com espinhos Ele foi.
E em dor
podia ouvir,
o
escárnio dos que O punham p'ra morrer.
Pela via
dolorosa,
que é a
estrada do horror,
qual
ovelha veio Cristo,
Rei
Senhor.
Ele foi
quem escolheu
dar a
vida por ti e por mim,
pela via
dolorosa,
meu Jesus
sofreu assim.
Ele
estava tão ferido e sangrava sem parar,
coroado
com espinhos Ele foi.
E em dor
podia ouvir,
o
escárnio dos que O punham p'ra morrer.
Pela via
dolorosa,
que é a
estrada do horror,
qual
ovelha veio Cristo,
Rei
Senhor.
Ele foi
quem escolheu
dar a
vida por ti e por mim;
pela via dolorosa,
meu Jesus
sofreu assim.
Jesus se
entregou,
mostrou
Seu amor,
morreu
numa cruz em Jerusalém.
Pela via
dolorosa,
que é a
estrada do horror,
qual
ovelha veio Cristo,
Rei
Senhor.
Ele foi
quem escolheu
dar a
vida por ti e por mim;
pela via dolorosa,
meu Jesus
sofreu assim.
Oração
Querido
Pai, neste momento estou lhe abrindo meu coração porque quero dizer:
"Muito obrigado por Teu sacrifício." Abençoe minha vida. Em nome de
Jesus. Amém.
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3
MILAGRES
NÃO SE EXPLICAM
Pr.
Alejandro Bullón
No
capítulo 3 de São João achamos a história de um homem que não conseguia ser
feliz apesar de estar na igreja e ter abundante conhecimento bíblico.
Esse homem cumpria aparentemente todas as
normas, esforçava-se para ser um bom membro de igreja, tinha até um cargo de
liderança, mas alguma coisa estava errada com ele. Experimentava uma sensação
de vazio na alma, faltava em sua vida alguma coisa. O pior de tudo é que ele
nem sabia definir o que!
A Palavra de Deus nos faz o seguinte
relato: "E havia entre os fariseus um homem, chamado Nicodemos, príncipe dos judeus.
Este foi ter de noite com Jesus, e disse-lhe: Rabi, bem sabemos que és Mestre,
vindo de Deus: porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se Deus não
for com ele. Jesus respondeu, e disse-lhe: Na verdade, na verdade te digo que
aquele que não nascer de novo, não pode ver o reino de Deus". (S. João
3:1- 3)
É possível que Nicodemos costumasse ficar
acordado até as altas horas da noite, sem conseguir dormir. Muitas vezes,
deitado na cama, talvez se perguntasse:
– Meu Deus, o que está faltando? Devolvo
meus dízimos, guardo o sábado, faço trabalho missionário, canto no coral da
igreja, mas sinto que alguma coisa está errada dentro de mim; tenho a impressão
de que de nada adianta todo o meu esforço. O que está acontecendo comigo?
Foi talvez numa dessas noites que ele se
levantou e procurou Jesus. Sabia onde achá-lo. Seu problema não era falta de
conhecimento. A tragédia de Nicodemos estava no fato de nunca ter tido um
encontro pessoal com Cristo.
Amparado pelas sombras da noite, dirigiu-se
ao lugar que Jesus estava. No fundo, ele tinha vergonha de que os outros o
vissem procurando ajuda. Afinal, ele era um líder. Os homens supõem que líderes
devem ajudar e não serem ajudados.
Você percebe o drama desse homem? Cheio de
teoria, cheio de doutrina, cheio de profecias, sozinho, precisando de ajuda,
angustiado, porém impedido, por causa do seu "status", de correr aos
pés de Cristo dizendo:
– Senhor, estou perdido! Ajuda-me, por
favor.
Não foi difícil para Nicodemos achar Jesus.
Cristo estava no Monte das Oliveiras. Seus olhares se encontraram. Era o
encontro da paz e do desespero; da calma e da angústia; da plenitude e do
vazio; da certeza e da incerteza. Os olhos de Cristo olhavam na alma, viam o
coração e irradiavam amor, paz e perdão.
Nicodemos tentou abrir o coração, contar
suas tristezas, falar de seus fracassos, da confusão toda que o inquietava, mas
não conseguiu. Seu orgulho falou mais alto: "...Rabi, bem sabemos que és
Mestre, vindo de Deus: porque ninguém pode fazer estes sinais que tu fazes, se
Deus não for com ele." (João 3:2)
Jesus fixou os olhos em Nicodemos e viu
através deles uma alma angustiada. Não era de profecias que ele estava
precisando, não era de teologia, nem de doutrina: "Jesus
porém respondeu, e disse-lhe: na verdade, na verdade te digo que aquele que não
nascer de novo, não pode ver o reino de Deus." (João 3:3)
Em outras palavras:
– Você precisa se converter. Este é seu
problema e enquanto você não experimentar o novo nascimento não adianta estar
na Igreja, conhecer a doutrina, nem ter um cargo de liderança. Nada substitui a
experiência da conversão.
Aquela declaração foi como uma bofetada no
rosto de Nicodemos: "Disse-lhe Nicodemos: como pode um homem nascer, sendo
velho? Porventura pode tornar a entrar no ventre de sua mãe, e nascer"?
(João 3:4)
E Cristo, com um ar de tristeza nos olhos
disse:
– Pare com isso, Meu
filho. Você entendeu perfeitamente o que Eu quis
dizer. Estou falando de conversão porque este é o ponto de partida de uma vida
feliz. Você vive angustiado e triste porque sua cabeça está cheia de doutrinas,
leis, normas e regulamentos. Você se sente frustado
porque sempre tentou fazer as coisas da maneira certa e nunca conseguiu. Hoje,
querido filho, quero transformar seu ser completamente, e você, em lugar de
aceitar, tenta se esconder atrás do preconceito e da ironia?
A história de Nicodemos fica sem conclusão
no capítulo três de João, porque, naquela noite, ele não aceitou o convite de
Cristo. Era duro demais reconhecer que ele, Nicodemos, o teólogo, o líder, o
bom membro de igreja, não era convertido. Nicodemos retirou-se triste e
frustrado como veio.
Você acreditaria se eu dissesse que o
problema de Nicodemos é também o nosso? Corremos o risco de pensar que, porque
estamos na Igreja, batizados, estamos convertidos. Mas não é sempre assim. Não podemos confundir conversão, com
convicção. Ambas as palavras soam parecidas, mas têm significados completamente
diferentes. A primeira tem que ver com o coração e a vida, a segunda limita-se
apenas ao que vai na cabeça.
Um dia desses, alguém nos dá uma série de
estudos bíblicos. Aceitamos as doutrinas da Palavra de Deus e finalmente
decidimos nos batizar. Aí ao sair do tanque batismal pensamos: "Agora
estou convertido".
Convertido? Talvez não seja assim. Estamos
convencidos da doutrina, com certeza, mas estar
convencido não significa estar convertido. E aí começa toda a confusão.
Passamos pela vida como Nicodemos, cheios de teoria e de doutrina, muitas
vezes, sabendo tudo isso desde a meninice, porque nascemos num lar cristão, mas
vivemos com essa permanente sensação de vazio, de impotência e de fracasso.
Queremos amar a Deus e não conseguimos.
Vamos tentar entender melhor este assunto
da conversão. Para isso temos que relembrar o Éden. Lá encontraremos Adão e
Eva, recém-saídos das mãos do Criador. Eles eram seres perfeitos, tinham sido
criados assim, sem propensão para o pecado, com capacidade de obedecer. Eles se
deleitavam na obediência. Obedecer para eles era tão fácil como para você é
respirar. Não precisavam se esforçar para isso. Tinham uma natureza perfeita.
O problema começou quando eles pecaram,
porque nesse instante, eles perderam sua natureza perfeita e adquiriram uma
natureza estranha, incapaz de obedecer e que se deleita nas coisas erradas da
vida. Chamaremos isso de natureza pecaminosa.
Com essa natureza pecaminosa o homem não
consegue mais obedecer. Agora, o que para ele fica simples como respirar são a
desobediência e o pecado.
Infelizmente quando nascemos, viemos a este
mundo com essa natureza e com ela é impossível obedecer. É isso o que a Bíblia
diz: "Pode o etíope mudar a sua pele, ou o leopardo as suas manchas? Nesse
caso também vós podereis fazer o bem, sendo ensinados a fazer o mal".
(Jeremias 13:23)
"Enganoso é o coração, mais do que
todas as coisas, e perverso: quem o conhecerá?" (Jeremias 17:9)
– Pastor – você deve estar se perguntando –
isso quer dizer que eu nunca conseguirei obedecer?
– Do jeito que você nasceu – respondo – com
essa natureza que recebeu de seus pais, não.
Foi isto o que Cristo quis dizer a
Nicodemos quando falou: "Se alguém não nascer de novo, não pode ver o
reino de Deus".
Para ilustrar este assunto imaginemos que
um dia um lobo comece a observar a vida das ovelhas e depois de um certo tempo
chegue à conclusão de que o melhor modo de vida é a vida das ovelhas e decida
juntar-se a elas. Para isso, coloca uma pele de ovelha em cima e passa a
conviver com elas.
Como você acha que ele se sentirá quando
chegar a hora de comer e as ovelhas comerem com prazer o capim verde? Você acha
que ele se deleitará comendo capim?
Suponhamos também que ele seja um lobo
honesto e não queira voltar atrás na decisão que tomou, você acha que cinco ou
dez anos depois ele finalmente aprenderá a gostar de capim? Não, claro que não,
porque ele é lobo, com paladar de lobo e com a natureza de lobo.
Continuemos imaginando a vida de um lobo em
meio às ovelhas. A princípio talvez ele se esforce para viver exatamente como
as ovelhas vivem, embora tudo isso seja contrário à sua natureza. Mas o tempo
vai passando, o estusiasmo da decisão que tomou vai
diminuindo e finalmente, depois de um ou dois anos, esse lobo não consegue mais
ficar amarrado a um tipo de vida alheio à sua natureza. Aí, um dia, quando as
ovelhas estão dormindo, ele se levanta em silêncio e vai embora.
Longe do rebanho, tira a pele de ovelha e
vive como lobo, come como lobo, enfim, faz tudo que os lobos fazem. Depois de
ter dado rédea solta a seus instintos e gostos de lobo, ele retorna, coloca
novamente a pele de ovelha e no sábado está com as ovelhas, como se nada
tivesse acontecido. Nada? Infelizmente, aconteceu sim, e ele sabe disso e ele
chora em silêncio por isso.
Um dia, não conseguindo suportar mais esse
tipo de vida, clama do fundo de seu coração:
– Ó Deus, Tu sabes que quero ser ovelha de
verdade, mas Tu conheces minha verdadeira natureza, sou um lobo, nasci lobo,
não tenho culpa de ter nascido assim. Mas, ó Deus, por favor, não quero ser
mais lobo, quero me tornar uma ovelha de verdade. Faze alguma coisa por mim.
E Deus faz o milagre da transformação. Com
um toque milagroso, converte esse lobo numa ovelha de verdade, com coração de
ovelha, com paladar de ovelha, com mente de ovelha.
É justamente isso o que Deus está
prometendo: "Então espalharei sobre vós, e ficareis purificados: de todas
as vossas imundícias e de todos os vossos ídolos vos purificarei. E vos darei
um coração novo, e porei dentro de vós um espírito novo; e tirarei o coração de
pedra da vossa carne, e vos darei um coração de carne". (Ezequiel 36:25 e
26)
Pedro disse: "Pelas quais eles nos tem
dado grandíssimas e preciosas promessas, para que por elas fiqueis
participantes da natureza divina, havendo escapado da corrupção, que pela
concupiscência há no mundo". (II Pedro 1:4)
Entendeu meu amigo? Deus está prometendo
nos dar uma nova natureza, a natureza de Cristo, que se deleita na obediência.
Um novo ser, você compreende? Um ser capaz de amar um ser que queira obedecer,
um ser que se deleite em fazer a vontade de Deus. Não é uma promessa
maravilhosa? Ninguém vê, porém, o milagre acontece porque a promessa não é
humana, é divina.
Desenvolvi o primeiro ano de meu ministério
numa favela, em Lima, no Peru. Era um morro habitado por gente necessitada e
carente, em sua maioria. Certo dia, andando pelos estreitos caminhos daquele
morro, fui surpreendido por um cachorro que começou a latir. Inexperiente,
cometi a imprudência de correr e em poucos segundos não era só um, mas um bando
de cachorros corria atrás de mim. Assustado tive que empurrar a porta de uma
casa e me esconder dos cães enfurecidos.
Mas, quando percebi onde estava, preferi que os cachorros me pegassem lá
fora.
Era um quarto escuro e pouco ventilado,
iluminado por duas velas grandes no centro de uma mesa. Havia um cheiro
horrível. Em cima da mesa podia-se ver uma pequena montanha de cinzas de
cigarro e folhas de coca. Em torno da mesa, mulheres bêbadas e no chão,
garrafas vazias de bebidas alcoólicas.
Em fração de segundos, me vi rodeado pelas
mulheres. Pedi desculpas. Expliquei que tinha entrado por causa dos cachorros,
mas de nada adiantou. Tive que ser de certo modo, mal educado,
e à força consegui sair.
Alguns dias depois, uma daquelas mulheres
abordou-me na rua:
– Foi você que entrou em casa outro dia
perseguido pelos cachorros?
– Sim – disse – e pedi desculpas mais uma
vez.
– Desculpas? – surpreendeu-se – não senhor,
acho que nós é que temos que nos desculpar.
Expliquei para ela que eu era pastor e que
estava pregando todas as noites, no salão na parte alta do morro e convidei-a
para assistir as nossas conferências.
Aquela noite, para minha surpresa, ela
esteve lá. Tinha bebido bastante e dormiu durante a pregação. Ela retornou
todas as outras noites, sempre bêbada, dormia enquanto eu pregava.
Um dia, ela me procurou:
– Pastor – disse, angustiada e cheirando a
álcool – preciso falar com o senhor. Minha vida é uma tragédia. O senhor pode
pensar que eu não entendo nada do que fala porque sempre estou bêbada, mas
infelizmente, entendo tudo pastor, e estou desesperada.
Olhei para ela com simpatia. Era fácil ver
no rosto, nos olhos, nas lágrimas que resistiam em sair, a tragédia de uma vida
sem Cristo. Ela era uma alcoólatra
inveterada.
– Pastor – ela continuou – eu tive uma
família bonita, um marido honesto e trabalhador e filhos maravilhosos. Não
vivíamos na abundância, mas nunca faltou o pão de cada dia, até que fiquei
viciada na bebida. Não sei como aconteceu. Cheguei a um ponto em que a bebida
era o mais importante em minha vida. Às vezes meu marido chegava à noite
cansado de trabalhar e me achava bêbada, os filhos com fome e abandonados. Esse
foi o início da desgraça. Ele começou a me bater, mas nem assim eu parava de
beber. A vida em casa tornou-se insuportável. Um dia, enquanto ele estava no
trabalho, tive a coragem de pegar minhas roupas e abandonar o lar, o marido e
os filhos, o menor dos quais tinha apenas dois anos. Aí, vim morar neste morro
onde, para sobreviver, me entreguei a uma vida de promiscuidade e abandono.
Doía muito ver como o pecado arruína
completamente a vida de uma pessoa e a leva muitas vezes a cometer coisas que a
própria pessoa não entende depois.
– Todo este tempo em que estive assistindo
às conferências – seguiu falando a mulher – tenho sentido que minha vida não
pode continuar assim; tenho que parar de beber. Mas pastor, quando estou
lúcida, lembro de meus filhos, de meu marido e a angústia toma conta de mim,
então, para esquecer torno a beber e assim minha vida entrou num círculo
vicioso.
A promessa de Deus é que "Ele nos
libertará das concupiscências deste mundo". "Ele nos manterá sem
queda". "Ele nos dará uma nova natureza". "Ele transformará
o nosso ser". E foi isso o que aconteceu com aquela mulher. Desde o fundo
do poço de desespero e culpabilidade, desde as profundezas das sombras de
miséria e angústia,
ela clamou a Deus: "Ó Senhor transforma meu ser, muda o rumo de minha
vida, liberta-me da escravidão do vício que me domina, dá-me uma nova
natureza". E Deus a ouviu. Ninguém viu, mas o poder de Deus criou uma nova criatura.
Ela largou a bebida, mas passou a conviver
com a tristeza do abandono do marido e dos filhos. Era uma realidade lacerante
e fazia sangrar o coração. Doía vê-la sofrendo e foi por isso que procurei seu
marido.
Homem bom, aquele. Levantava-se toda manhã
de madrugada, preparava a comida para os filhos e rumava para o trabalho. O
garoto mais velho de doze anos, esquentava depois os alimentos para os irmãos
mais novos. O homem retornava para casa
à noite, cansado e ainda tinha que arrumar a casa e lavar a roupa. Era uma vida
sacrificada.
Foi difícil falar alguma coisa vendo um
quadro semelhante. Finalmente, após algumas visitas, disse para ele que vinha
em nome da esposa. Ele mudou de atitude. Quase cuspindo fogo pelos olhos,
disse:
– Não me fale dessa mulher, ela arruinou
minha vida e a vida dos meus filhos, aliás, ela acabou com a nossa vida porque
o que nós vivemos hoje não é mais vida.
Os dias foram passando e com o tempo
tornamo-nos amigos. Falei para ele que a esposa que o abandonara tinha morrido,
que hoje aquela era outra mulher, que não bebia mais e que sofria por ter
abandonado a família.
O Espírito de Deus consegue coisas que para
o homem são impossíveis. Meses depois, ele aceitou ver a esposa. Marcamos o
encontro. Aquela noite orei a Deus e pedi que fizesse mais um milagre na vida
dessa mulher, que tocasse o coração daquele homem, que reconstruísse aquele lar
desfeito pelo pecado.
Existem momentos que marcam a vida para
sempre. Aquele foi um desses momentos na minha vida. Lá estava o marido,
rodeado dos filhos. A mulher aproximou-se e caiu aos pés deles.
– Perdoem-me – disse ela chorando – perdoem-me, eu não
mereço, mas por favor me perdoem. Já perdi todos os direitos que tinha, não sou
ninguém, apenas quero que me permitam cuidar de vocês. Serei uma serva, nunca
reclamarei de nada, só quero ficar perto e cuidar de vocês e fazer tudo o que
deixei de fazer...
Foram momentos dramáticos e emotivos. No
silêncio do coração continuei orando. De repente o homem levantou a mulher e
perguntou:
– Você não bebe mais?
– Não. Há meses que Cristo tirou a bebida
de mim.
– É inacreditável – completou o marido
emocionado. – Quando o pastor falou que você não bebia mais, eu não acreditei,
quis conferir com meus próprios olhos, mas é verdade, você não bebe mais. Você
diz que Cristo foi que tirou a bebida de você? Então eu quero conhecer o Cristo
que foi capaz de fazer esse milagre.
Meses depois tive a alegria de ver
batizados aquele homem, sua mulher e o filho mais velho
de doze anos.
Como Deus transforma? Não sei. Mas eu sei
que Ele é capaz de mudar. Ao longo de meu ministério tenho visto muitas vidas
transformadas. Marginais, jovens viciados em drogas, bêbados, homens e mulheres
que pareciam não ter mais esperança de recuperação. E se Deus foi capaz de
transformar todos eles, não poderá também transformar nosso ser?
– Pastor – você dirá – eu não sou um
marginal, bêbado ou drogado!
Eu sei. Mas Nicodemos também não era assim,
e Cristo disse para ele:
– Você tem que nascer de novo, você precisa
que Eu mude sua vida, você precisa de uma nova natureza".
Isso não é maravilhoso? O milagre da
conversão pode acontecer. Com você, comigo, com qualquer um que O aceitar. Deus
quer fazer um milagre em você: o milagre da conversão.
Espero que você diga em seu coração:
– Senhor, eu aceito o milagre!
UM
MILAGRE SENHOR
Letra e
Música: Dan Burgess
Tradução:
Eliezér Prates
Não
consigo entender o que Tu vês em mim.
Oh!
Senhor, eu não sou o que devia ser,
mas só
Tu, com amor, me limpas de meu mal
e este
amor é que me ajuda a seguir.
Um
milagre, Senhor!
Um
milagre eu sou!
Um
milagre, Senhor, tens feito em mim.
'Té findar meu viver dar-Te-ei meu louvor.
Um
milagre, Senhor, tens feito em mim.
Em
caminhos de perdição andava eu,
mas, com
amor, Tu traçaste um plano para mim.
Respondeste
minha oração de fé, Senhor.
Desde
então só a Ti, só a Ti pertenço eu.
ORAÇÃO
Pai
querido, vim a este mundo carregando uma natureza pecaminosa que me arrasta
para o mal e por isso preciso que operes em mim o milagre da transformação.
Senhor, ouve o clamor silencioso de meu coração que se abre a Ti. Em nome de
Jesus. Amém.
4
É
POSSÍVEL CONVIVER COM UM LOBO?
Pr.
Alejandro Bullón
No
capítulo 7 da epístola aos Romanos, encontramos o grito desesperado de um homem
que não conseguia viver a altura dos princípios que conhecia. Por vezes sentia
como que se dentro dele existissem duas pessoas que lutavam entre si para
assumir o controle de sua vida. Em repetidas ocasiões ele pensou que talvez não
estivesse convertido.
Vem então a pergunta: Por que depois da
conversão dá a impressão de que a luta espiritual aumenta? Por que pessoas
convertidas, sentem vontade de praticar o mal? É possível harmonizar o que
sabemos que devemos fazer com aquilo que realmente desejamos praticar?
Veja o drama de Paulo descrito na carta que
escreveu aos Romanos: "Porque o que faço não o aprovo, pois o que quero isso não
faço, mas o que aborreço isso faço. E,
se faço o que não quero, consinto com a lei, que é boa. De maneira que agora já
não sou eu que faço
isto, mas o pecado que habita em mim.
Porque eu sei que em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum: e com
efeito o querer está em mim, mas não
consigo realizar o bem. Porque não faço
o bem que quero, mas o mal
que não quero esse faço. Ora, se eu faço o que não quero, já o não faço eu, mas o pecado
que habita em mim. Acho então esta lei
em mim: que, quando
quero fazer o bem, o mal está comigo.
Porque, segundo o homem interior, tenho prazer na lei de Deus. Mas vejo nos meus membros outra lei que
batalha contra a lei do meu
entendimento, e me prende debaixo da lei do pecado que está nos meus membros. Miserável homem que
eu sou! quem me livrará do corpo desta
morte?" (Romanos 7:15-24)
– Pastor, eu acho que não estou
convertido. Constantemente sinto vontade
de pecar. A minha vida
é um permanente conflito. Quero servir a Jesus, mas ao mesmo tempo sinto
vontade de fazer coisas erradas. Tem
solução para mim?
A pergunta veio de um rapaz simples de 20 anos, lá do sertão
de Pernambuco, embora pudesse ter
saído dos lábios de um empresário bem-sucedido dirigindo seu carro importado,
último modelo, na Avenida Paulista. O problema é o mesmo para homens e mulheres,
jovens e adultos, ricos e pobres.
Por alguma razão, temos a idéia de que no momento da conversão a nossa luta
acaba e que a partir desse momento não
pecaremos mais; seremos perfeitos, no
sentido de ser exemplo de vida para outros. Mas por que é que a partir do momento que nos entregamos a Cristo a nossa luta se torna maior e o
conflito aumenta?
Antes de mais nada temos que entender o que acontece no
momento da conversão. Muitos têm a idéia de que
na hora da conversão Deus tira de nós a natureza pecaminosa e a joga fora
para sempre, colocando em substituição a
nova natureza que gosta de obedecer e amar. Isto não é completamente verdade.
Seria maravilhoso se
fosse assim, já que nunca mais teríamos vontade de pecar. A fonte
da "concupiscência e das paixões deste mundo" não existiria mais. Em conseqüência, nossa vida seria como a de Adão e Eva antes
da queda.
Infelizmente não é assim que sucedem as coisas. Ao converter-nos, Deus coloca dentro de nós uma nova natureza, a natureza de Cristo.
Mas o que acontece com a velha natureza pecaminosa, a natureza de lobo? Ela não
sai, como muitos imaginam. Ela fica ali, agonizante. – Aquela parte que em cada um de vocês gosta de pecar, foi esmagada e mortalmente ferida – afirma
o apóstolo.
E agora? Agora, depois da conversão
passamos a ser pessoas com duas naturezas: a natureza de Cristo, nova,
recém-implantada e a velha natureza pecaminosa, "esmagada e mortalmente
ferida" que continua dentro de nós.
O ideal seria que a velha natureza permanecesse
sempre "mortalmente ferida". Mas essa situação não é definitiva; é
circunstancial. Na primeira oportunidade que receber alimento, ela
ressuscitará; e se continuar sendo alimentada, ela recuperará completamente as
forças e lutará para expulsar de nossa vida a nova natureza.
É por isso que depois da conversão a luta
aumenta. Existe muito mais conflito num homem depois de sua conversão do que
antes dela. Você está surpreso? Tente entender o que estou dizendo. Depois de
aceitar a Jesus você pode esperar maior luta em seu coração, um conflito
interno, que muitas vezes o levará ao desespero, se você não parar a fim de
entender o problema.
Mas o assunto é simples. O homem sem Cristo
tem uma só natureza, a natureza com que nasceu e essa natureza faz as coisas
erradas na hora que deseja. Não existe ninguém para se opor. Não existe luta,
não há conflito. Mas você agora entregou sua vida a Cristo, você experimentou o
milagre da conversão, você tem agora uma nova natureza e ela se opõe à velha
natureza.
Você entende por que a vida do homem
inconverso pode parecer mais leve? Ele só tem uma natureza e ela assume o
controle da vida, não tem oposição. Mas logo depois da conversão, quando o
homem pensa que a velha natureza foi embora, descobre que ela continua dentro e
o conflito começa. Ele tem duas naturezas e as duas estão lutando.
O apóstolo Paulo teve um momento em sua
vida em que chegou à beira da loucura! Vamos ler novamente o que ele diz na sua
carta aos cristãos de Roma: "Porque o que faço não o aprovo, pois o que
quero isso não faço, mas o que aborreço isso faço." (Romanos 7:15)
– Isto mostra que de fato já não sou eu
quem faz isso, mas o pecado que vive em mim... eu sei que é isto que acontece
comigo... dentro de mim – disse Paulo – sei que gosto da Lei de Deus, mas vejo
uma lei diferente que age em meu corpo, uma lei que luta contra aquela que
minha mente aprova.
Entende, meu amigo? Duas naturezas, duas
forças lutando dentro do apóstolo Paulo. Um conflito que o levou ao desespero,
porque no verso seguinte ele clama: "Miserável homem que sou! quem me
livrará do corpo desta morte?" (Romanos 7:24)
– Que situação terrível esta
em que estou! Quem é que me livrará da minha escravidão a esta mortífera
natureza interior?
Agora eu pergunto: no
momento em que Paulo escreveu a carta aos Romanos ele estava ou não
convertido? Claro que estava. Ele tinha sido convertido quando se encontrou com
Jesus lá na estrada de Damasco. Porém, aqui está a experiência de um homem
convertido sentindo dentro de si o conflito que produz a luta das duas
naturezas.
Não se preocupe meu amigo por causa da
tensão e do conflito que você sente após sua conversão. Duas naturezas,
entende? Duas. Você e eu somos homens com duas naturezas e elas não gostam uma
da outra.
O apóstolo Paulo um dia conseguiu entender
este conflito e aí ele escreveu: "Porque os que são segundo a carne
inclinam-se para as coisas da carne; mas os que são segundo o espírito para as
coisas do espírito. Porque a inclinação da carne é morte; mas a inclinação do
espírito é vida e paz. Porquanto a inclinação da carne é inimizade contra Deus,
pois não é sujeita à lei de Deus, nem, em verdade, o pode ser. Portanto, os que
estão na carne não podem agradar a Deus. Vós, porém, não estais na carne, mas
no espírito, se é que o Espírito de Deus habita em vós. Mas, se alguém não tem
o Espírito de Cristo, esse tal não é dele." (Romanos 8:5-9)
– Pastor – você dirá – quer dizer que toda
minha vida vai ser uma vida de conflito?
Não necessariamente, não precisa ser assim;
e isso vai depender de sua decisão. As duas naturezas estão em luta mas, finalmente, uma delas vencerá. Uma delas assumirá
o controle completo de sua vida. Uma delas sobreviverá e a outra morrerá. Qual
delas será a vitoriosa? Isso também vai depender de sua decisão.
Vamos ilustrar o assunto desta maneira.
Suponhamos que na arena de um circo estão soltas duas feras envolvidas numa
luta de morte. Os empresários do circo pegam as duas feras e as colocam em
jaulas separadas. Uma delas é fartamente alimentada. Recebe comida e água em
abundância. A outra é deixada no esquecimento quase total. Vez por outra alguém
dá para ela apenas um bocado de alimento, o suficiente para não morrer. Quando
o momento do confronto chegar, qual delas vencerá? Você tem alguma dúvida? Você
sabe que vai vencer a que for melhor alimentada, não
sabe?
É isso o que acontece na luta das naturezas por obter o
controle da nossa vida. Só uma delas assumirá finalmente, por completo, o
domínio do território e sem dúvida será a que for melhor
alimentada.
Ocorre que os seres humanos, geralmente,
alimentam mais a natureza pecaminosa e esta é a causa de nosso fracasso
constante, mesmo depois de nossa entrega a Cristo. Deus realizou em nós o
milagre da conversão, implantou em nosso coração a nova natureza, mas nós não
cuidamos dela, não a alimentamos e em conseqüência a
velha natureza está sempre tomando o controle de nossa vida.
Como é que se alimentam as naturezas?
Através dos cinco sentidos. Tudo o que entra em nossa mente através dos
sentidos é alimento para uma ou para outra natureza. Especialmente aquilo que
vem através da visão e da audição. Este é o motivo porque precisamos ser cuidadosos na
escolha dos programas que assistimos, dos filmes que vemos, das revistas e
livros que lemos, das conversas das quais participamos e das músicas que
ouvimos.
É verdade que enquanto estivermos neste
mundo, mesmo sem querer, estaremos sempre filtrando comida para a natureza má.
Não posso evitar ouvir uma música que inspire sentimentos negativos enquanto
estou num ônibus ou no local de trabalho, por força das circunstâncias. Não
posso também evitar que apareça uma imagem negativa enquanto leio ou assisto ao
noticiário. É impossível deixar de ouvir conversas pouco edificantes na escola
ou na rua. Mas posso evitar colocar voluntariamente esse tipo de
"alimento" em minha mente. É inevitável que vez por outra passem
"migalhas" para a natureza má. Posso evitar que entre para ela
"filé mignon". Posso evitar alimentá-la consciente e voluntariamente.
Na realidade a nossa vitória e em conseqüência, a nossa felicidade na vida cristã, dependem
de certo modo de aprendermos a conviver com ambas as naturezas. De que maneira?
Alimentando a natureza de Cristo e matando de fome a outra. É isso que São
Paulo diz quando afirma: "E os que são de Cristo crucificaram a carne com
as suas paixões e concupiscências." (Gálatas 5:24)
Nos tempos de Cristo, quando um homem era
crucificado, era declarado legalmente executado e morto, mas na realidade
continuava vivo na cruz, sofrendo e agonizando. Às vezes os parentes ou amigos
vinham à noite escondidos e resgatavam o corpo do executado, cuidavam dele e o
homem tornava a viver e muitas vezes voltava à sua vida de delinqüência
e crime.
O que São Paulo está querendo dizer é que
temos que manter nossa velha natureza pregada na cruz. Não podemos deixar que
ela desça e muito menos devemos cuidar dela ou alimentá-la.
– Bem, pastor – você dirá – até quando
terei de conviver com essa luta das naturezas?
Enquanto estivermos neste mundo, não há
modo de nos livrarmos dela completamente, embora possamos tornar a luta mais
leve, deixando de alimentar a natureza má. Podemos manter a natureza má
"mortalmente ferida e agonizante", mas jogá-la fora de nosso ser, não
é possível.
Mas, graças a Deus, existe uma promessa
maravilhosa. O apóstolo São Paulo diz: "Eis aqui vos digo um mistério: Na
verdade, nem todos dormiremos, mas todos seremos transformados, num momento, num abrir e fechar de olhos, ante a última trombeta; porque
a trombeta soará, e os mortos ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos
transformados. Porque convém que isto que é corruptível se revista da
incorruptibilidade, e que isto que é mortal se revista da imortalidade. E,
quando isto que é corruptível se revestir da incorruptibilidade, e isto que é
mortal se revestir da imortalidade, então cumprir-se-á a palavra que está
escrita: Tragada foi a morte na vitória. (I Coríntios 15:51-54)
Isto não é maravilhoso? Um novo corpo. Sem
natureza pecaminosa. Finalmente Deus arrancará a velha natureza de nós e a
jogará fora, para sempre. Aí sim, não haverá mais luta, mais conflito interior,
mais vontade de pecar. Tornaremos a ser homens com uma só natureza, a natureza
de Cristo, perfeita e que se deleita em amar, obedecer e andar nos caminhos de
Deus. Enquanto esse dia não chegar, vamos aprender a conviver com a velha
natureza, matando-a de fome, desnutrindo-a, asfixiando-a e alimentando constantemente
a nova natureza.
Esse foi o segredo que o apostólo Paulo descobriu um dia, alguns anos depois, quando
escreveu aos Filipenses dizendo: "Quanto ao mais, irmãos, tudo o que é
verdadeiro, tudo o que é honesto, tudo o que é justo, tudo o que é puro, tudo o
que é amável, tudo o que é de boa fama, se há alguma virtude, e se há algum
louvor, nisso pensai." (Filipenses 4:8)
Ele está falando do alimento da nova
natureza, você percebe? Ele tinha descoberto finalmente o segredo da vida
vitoriosa. Ele não alimentava mais a velha natureza. A natureza de Cristo tinha
assumido agora o controle de sua vida: "Já estou crucificado com Cristo; e
vivo, não mais eu, mas Cristo vive em mim; e a vida que agora vivo na carne
vivo-a na fé do Filho de Deus, o qual me amou, e se entregou a si mesmo por
mim." (Gálatas 2:20)
A medida que os
anos passaram, a natureza velha de São Paulo ficou cada vez mais fraca, de tal
modo que quando chegou o momento de sua morte ele exclamou: "Combati o bom
combate, acabei a carreira, guardei a fé. Desde agora, a coroa da justiça me
está guardada, a qual o Senhor, justo juiz, me dará naquele dia; e não somente
a mim, mas também a todos os que amarem a sua vinda." (II Timóteo 4:7 e 8)
Ah! meu querido amigo como é bom ver o
final da vida de São Paulo!
– Venci – diz ele – consegui,
alcancei. Emociono-me ao
pensar em tais palavras. Sabe por quê? Porque isso quer dizer que eu também
posso vencer. Também posso ser um vitorioso. É isso mesmo meu amigo. Você e eu
também podemos ser vencedores.
Cristo garantiu a nossa vitória na cruz.
Ele está bem pertinho de você nas horas de luta. Nos momentos em que você acha
que todo mundo o abandonou, que você nunca conseguirá, que você é um fracasso
completo. Lembre-se de que Ele está aí, amando-o, perdoando-o, sustentando-o.
Conheci José Luís em Santa Cruz de La Sierra, na Bolívia. Tinha sido engenheiro de vôo, falava quatro línguas e possuía uma cultura
extraordinária. Pertencia a uma notável família da sociedade daquele lugar, mas
acabou se envolvendo com drogas. Abandonou o emprego, a família, virou um trapo
humano, dormindo nos sepulcros do cemitério.
Foi ali que o Evangelho o alcançou. De
repente ele viu um raio de esperança. Talvez Jesus pudesse fazer algo para
tirá-lo daquela desesperadora situação. Ele ergueu os olhos em direção à cruz e
clamou por socorro e o Senhor Jesus correu ao seu encontro.
Quando o conheci, estava numa escola de
recuperação para drogados.
– Pastor – ele me disse – preciso
agarrar-me cada dia a Jesus. Eu o busco cada manhã em oração. Coloco em minha
mente o alimento necessário para minha nova natureza e tenho certeza que Jesus finalmente me dará a vitória completa.
Hoje, José Luís está completamente
reintegrado à sua família e à vida profissional e continua colocando, cada dia
em sua vida, o alimento necessário para manter viva e robusta a natureza de
Cristo.
Essa pode ser sua experiência. Deus o
ajudará a manter cada dia viva a nova natureza de Jesus.
QUERO TER
JESUS NA MINHA VIDA
Letra:
Valdecir Lima
Música:
Lineu Soares
Quero ter
Jesus na minha vida
para que
meus atos sejam puros.
Quero ter
o amor que vem de Cristo
a guiar
meus passos inseguros.
Só Jesus
mostrou com Sua vida
que Ele
tem poder e amor pra dar,
nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Quero ter
Jesus na minha vida
como um
Pai, guiando os meus passos.
Quero a
paz que vem da liberdade,
que
encontro apenas em Seus braços.
Só Jesus
mostrou com Sua vida
que Ele
tem poder e amor pra dar,
nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Quero ter
Jesus na minha vida
Gravado
por Sonete no EELP-0194 do Ministério "Está Escrito"
Oração
Pai
querido, estou cansado de lutar e venho a Ti em busca de ajuda. Ajuda-me a
alimentar a natureza de Cristo através das coisas que ouço e vejo. Ajuda-me a
matar de fome a velha e pecaminosa natureza. Finalmente, dá-me a vitória em
Cristo. Em Teu nome. Amém.
5
AMIGOS
DEFENDEM SEUS AMIGOS
Pr.
Alejandro Bullón
Quando o inimigo de Jesus tenta destruir
uma vida, ele direciona todos seus esforços para a conquista da mente humana,
porque ela significa a vontade. O território de nossa
mente é o campo de batalha. Se ele conquista a nossa mente, conquista também
nossa vida. Por isso, ele fará de tudo para capturá-la. Usará drogas, álcool,
cigarro, promiscuidade, teorias, filosofias. O método não importa, também não
importa o preço, o que importa é nos vencer, derrotar e arruinar.
Você pode perceber que a luta não é fácil e
que há momentos na vida em que você se sentirá como uma plantinha em meio ao
deserto tentando resistir a um furacão que o levará para a destruição. O que
fazer? Deus tem alguma solução?
O apóstolo Paulo nos escreveu em Efésios,
capítulo 6, versos
Segundo a promessa que o apóstolo Paulo
traz neste texto, podemos ser revestidos do poder de Deus. Mas a luta na vida
espiritual não cessará porque nosso inimigo é um inimigo astuto, persistente e
traiçoeiro. Nunca mostra o rosto. Ele se disfarça, se esconde e usa como
instrumento para chegar ao controle de nossa vida algo muito sutil chamado
tentação.
O que é tentação? É todo esforço que o
inimigo faz para levar-nos a pecar. Mas tentação não é pecado. Ninguém precisa
se sentir um pecador pelo fato de experimentar a tentação. Se você está deitado na cama e de súbito aparece um pensamento
pecaminoso em sua mente, você não precisa pensar que está perdido e se condenar
pelo fato de um pensamento negativo aparecer por um ou dois segundos. Martinho
Lutero tem uma ilustração muito simples a respeito: "Você não pode impedir
que os passarinhos voem em cima de sua cabeça, mas você pode impedir que eles
façam seu ninho nela."
Existem muitos tipos de tentação. Na
realidade Satanás tem uma fábrica delas. Uma fábrica onde são elaboradas
tentações personalizadas, uma especialmente preparada para cada indivíduo. Isso
acontece porque o inimigo conhece muito bem o lado fraco de cada ser humano.
Para um será o álcool, para outro a inveja, para outro as drogas, para outro a
deturpação do sexo. Enfim, a nossa luta é contra um ser inteligente. Ele
conhece as nossas origens, o ambiente que crescemos, a herança que recebemos de
nossos pais. E através desse conhecimento fará de tudo para nos enganar. Ele se
esconderá atrás de uma música sensual, atrás de uma mulher bonita, de um rapaz
maravilhoso, de uma teoria fascinante. Ele se vestirá de luz, se for preciso.
Para os propósitos dele, vale tudo. O fim justifica os meios.
Mas tudo que ele fizer para enganar você é
apenas tentação, e tentação não é pecado. O inimigo nunca poderá vencer, a
menos que conte com a colaboração do ser humano. Aí ele pode fazer o que
quiser. Pode rodear a nossa vida de tentações. Dinheiro, glória, fama, prazer,
luzes. O que quiser. Mas tudo não passa de tentação. Ele não pode obrigar-nos a
pecar. Se cairmos é porque aceitamos cair. É porque cedemos voluntariamente aos
feitiços da tentação. Por maior que seja a pressão exercida sobre a alma, a transgressão
é o nosso próprio ato. Satanás ataca nossos pontos fracos, mas não precisamos
ser vencidos. Por mais severo ou inesperado que seja o ataque, Deus proveu
auxílio e em Sua força podemos vencer.
Podemos ilustrar a diferença entre tentação
e pecado com o telefone: o telefone pode chamar (a tentação é o telefone
chamando). O pecado acontece se você atender. Se você não atender, não existe
pecado. Mas o telefone continua chamando. Incomoda? Claro que incomoda, mas não
passa de simples tentação.
Consideremos agora alguns conselhos que
podem ser úteis ao enfrentarmos a tentação: "quando a tentação vier,
procure pensar em outra coisa". Já explicamos que a luta é para ocupar o
território da mente, então coloque em sua mente promessas bíblicas. Há uma lei
física que diz: "um espaço vazio só pode ser ocupado por um corpo ao mesmo
tempo". O espaço é a nossa mente. Ela nunca pode estar em branco, a não
ser quando estamos dormindo. Toda vez que a tentação vier, peça socorro divino,
relembre um salmo, cante um hino, repita o verso da meditação daquele dia,
coloque pensamentos e promessas bíblicas em sua mente. De acordo com a lei
física, a tentação não terá vez.
O que não podemos é permitir que o
pensamento negativo, chamado de tentação, permaneça em nossa mente mais de dois
segundos. Não devemos acariciá-lo, não devemos deleitar-nos com ele, porque aí
a tentação vira pecado. Primeiro em forma de desejo pecaminoso, que depois nos
levará ao ato pecaminoso, e se repetido pode conduzir-nos ao vício.
Outro conselho que devemos lembrar é que:
"o período crítico da tentação não dura mais de 3 minutos". Toda
tentação tem um processo. Começa aos poucos e vai batendo cada vez mais forte à
porta da cidadela de nossa mente. Há um momento que parece que não vai dar para
resistir. Mas toda tentação chega ao ponto máximo de sua intensidade num
período de 3 minutos. Lembra do exemplo do telefone? Ele toca, toca e se você
não atender, ele pára de tocar.
O bom de tudo é que após passar a investida
da tentação, você pode ficar muito mais forte. Cada vez que somos tentados,
vencemos ou fracassamos, conquistamos ou somos conquistados. A resposta que
dermos à tentação pode deixar-nos mais fortes ou mais fracos. Se nos
entregarmos nos braços de Cristo e vencermos, estaremos melhor preparados para
a próxima tentação. Se pelo contrário lutarmos sozinhos e fracassarmos,
estaremos mais fracos e vulneráveis quando vier a próxima tentação.
E agora o conselho mais importante de
todos: "não olhe para você, por favor olhe para Cristo". Isto é
básico porque o resultado final dependerá de quem ocupa os nossos pensamentos.
Olhar para nós só trará fracasso e frustração. Aí está a tragédia da
humanidade. O mundo diz: "olhe para você, descubra seu potencial,
concentre-se para conseguir a força mental, descubra a si mesmo, explore sua
energia interna."
Mas dentro de nós, querido amigo, só existe
angústia, vazio, desequilíbrio e muitas vezes desespero. Deus tem um caminho
melhor. Ele pede que você olhe para Cristo, que é um caminho simples, porém
seguro.
Conta-se a história de certo faquir da
Índia, que um dia chegou a uma pequena vila declarando que podia fabricar ouro.
As pessoas correram para ver o estranho visitante. O homem colocou num prato
grande um pouco de água, algumas gotas de tinta e começou a mexer o prato em
círculos, repetindo algumas palavras mágicas. Num momento em que a atenção do
público estava distraída, o faquir deixou escorregar da manga um pedaço de ouro
dentro do prato, e depois tirou a água da vasilha e mostrou a todos o pedaço de
ouro. Todo mundo olhava incrédulo.
Um comerciante esperto da cidade quis
comprar a fórmula por 500 dólares e o faquir vendeu. Só que disse o seguinte
para o comprador:
– Você não pode pensar no macaco de rosto
vermelho quando mexer o prato, porque se você pensar nele o ouro nunca
aparecerá.
O comerciante prometeu que "lembraria
sempre que devia esquecer o macaco" mas quanto mais se esforçava por
esquecer, tanto mais forte ficava em sua mente a imagem do macaco de
rosto vermelho. E ele jamais conseguiu o ambicionado ouro.
Não lhe parece familiar este fato? Quanto
mais queremos esquecer nossos erros, quando mais queremos jogar fora a
tentação, mais firme ele fica. Amigo querido, olhe para Cristo, que Ele ocupe o
território completo de sua mente através de promessas bíblicas.
Tenho uma experiência que marcou minha vida
de garoto. Devia ter seis ou sete anos de idade naquela época. Na escola todas
as crianças tinham mais ou menos a minha idade. Só havia dois rapazes grandes,
de dezesseis anos. Um deles era muito mau, batia nas
crianças e tirava as coisas delas à força.
Minha mãe costumava me dar 20 centavos para
o lanche. Com 20 centavos naquele tempo dava para comprar um sorvete de morango
e ainda restava troco para comprar amendoim. Tenho a impressão de que cada dia
eu me levantava com uma ansiedade tremenda de ir para a escola por causa do
sorvete e do amendoim e não por causa da aprendizagem. Um sorvete era a maior
alegria que um garoto de seis anos podia ter.
Um dia, no caminho da escola, aquele rapaz
mau saiu ao meu encontro e me pediu a moeda. Resisti, mas ele me dobrou o braço
e à força tirou a minha moedinha.
Depois ele disse:
– Você está vendo aquele homem sem braço?
Lá no bairro havia um rapaz que não tinha
um braço.
– Sabe por que não tem braço? Eu cortei o
braço dele. E se você contar para sua mãe ou para a professora que tirei sua
moeda, corto também seu braço.
Foi aí que a minha tragédia começou. Dia
após dia eu entregava a moedinha para ele. Isso causava uma revolta dentro de
mim. O pior de tudo era que não podia avisar ninguém, porque não queria perder
o braço. Tornei-me uma criança triste, chorava à noite sozinho. Não tinha mais
motivação para ir à escola. Às vezes, na hora do recreio, aquele rapaz mau
comprava um sorvete e com meu dinheiro tomava esse sorvete perto de mim,
zombando de mim e me fazendo sofrer. O que podia fazer uma criança de seis anos
contra um rapaz de dezesseis?
Certo dia, na hora do recreio, eu estava
contemplando as crianças brincando, quando aquele rapaz mau bateu numa delas.
Naquele momento apareceu o outro rapaz grande da escola e deu-lhe um tapa. E
para minha surpresa o rapaz mau não teve coragem de enfrentá-lo. Naquele
momento uma idéia brilhou na minha mente. Procurei o
outro rapaz e disse:
– Você gostaria de ganhar 10 centavos todo
dia?
E contei a história para ele. O rapaz
prometeu me proteger. Combinamos que no dia seguinte ele me esperaria no lugar
onde o rapaz mau me aguardava diariamente.
Aquela noite quase não dormi.
"Amanhã", pensava, "será meu grande dia. Nunca mais ninguém vai
me tirar a moeda".
No dia seguinte levantei-me cedo. Recebi a
moeda de minha mãe e me dirigi para escola. Lá, no lugar de sempre, o rapaz
perverso estava me aguardando. Dessa vez não olhei para ele. Segui meu caminho,
mas ele me alcançou e me pediu a moedinha.
– Nunca mais, ouviu? Nunca mais vou lhe
entregar a moeda – disse olhando para os olhos dele desafiadoramente.
Meu inimigo quase não podia acreditar no
que estava ouvindo. Começou a me dobrar o braço. Mas, naquele instante, do
outro lado da rua saiu meu amigo e nós dois demos uma surra nesse grandão.
Você achou engraçado? Eu também acho isso
engraçado, mas tremo pensando nas horas de angústia e de impotência que uma
criança de seis anos viveu.
Nós somos a criança e o diabo é aquele
rapaz de dezesseis anos. Às vezes ele vem e nos tira, não a ilusão de um
sorvete, mas a alegria da vida. Derruba nossos castelos, nossos sonhos,
estraçalha nossos planos. Rouba-nos os valores morais, o respeito próprio,
arranca de nós a paz, o equilíbrio interno e ri, ri porque se considera
vitorioso. Sua gargalhada é como uma bofetada no rosto de Cristo.
Às vezes brinca conosco, como o gato com o
rato. Deixa-nos sair um pouco, quando pensamos que estamos livres, ele nos traz
de novo com força para nos ferir, machucar e humilhar.
Por quê? Por que tem que ser assim? Do
outro lado da rua, lá na montanha solitária foi pendurado um Deus-homem não só
para nos dar perdão, mas também para nos dar poder. Quando Ele morreu, o
inimigo pensou que tinha vencido, mas ao terceiro dia, Jesus ressuscitou das
entranhas da terra completamente
vitorioso. E hoje vive. Vive para dar poder.
Por favor querido amigo, olhe para a tumba
vazia. Olhe para o Céu e veja o gigante da História disposto a vencer em seu
favor. Cristo venceu! Venceu Seu inimigo no deserto. Venceu-o na cruz. Venceu-o
na morte. Só resta vencer em nosso coração. E aí a decisão é nossa. Ele não
pode vencer em nosso coração se não permitirmos.
Nosso inimigo é um inimigo vencido. E está
lutando desesperadamente tentando vencer. A Bíblia diz: "Sede sóbrios;
vigiai; porque o diabo, vosso adversário, anda em derredor, bramando como leão,
buscando a quem possa tragar. (I Pedro 5:8). Como leão buscando a quem devorar
sabendo que tem pouco tempo porque ele reconhece que está vencido.
Conta uma lenda antiga que um guerreiro
estava lutando na batalha com a cabeça decepada, mas estava tão envolvido na
luta que mesmo sem cabeça estava matando muita gente, até que alguém olhou para
ele e disse:
– Você está sem cabeça. Você está
morto. Aí o guerreiro caiu e parou
de lutar.
Estamos lutando contra um inimigo sem
cabeça. Cristo já o venceu. Justamente por isso ninguém tem o direito de estar
derrotado para sempre. Ninguém tem o direito de pensar que já é tarde demais
para começar de novo.
Clame a Deus agora mesmo e reclame dEle a promessa de perdão e de poder. Ele sabe que as
inclinações de seu coração são fortes e o ajudará na hora da tentação.
DEUS
SABE, DEUS OUVE, DEUS VÊ
Letra:
Valdecir Lima
Música:
Flávio Santos
Você que
se sente pequeno,
dirija
seus olhos a Deus.
Não deixe
que sombras o envolvam,
entregue
sua vida a Deus.
Deus sabe
o que vai dentro d'alma,
Deus ouve
a oração suplicante,
Deus vê
sua angústia e o acalma,
Deus faz
de você um gigante.
Deus sabe
o que vai dentro d'alma
Deus ouve
a oração suplicante,
Deus vê
sua angústia e o acalma,
Deus
sabe, Deus ouve, Deus vê.
Se a vida
levou os castelos,
que em
sonhos você construiu,
não dê
por vencidos seus planos,
entregue
seus planos a Deus.
Gravado
por Sonete no LP 800 da Gravadora Bompastor
Oração
Pai
querido, não permita que eu fique com a sensação de fracasso na vida. Cristo
derrotou o inimigo para que eu pudesse conhecer o maravilhoso sabor da vitória.
Não importa a tentação; não importa o tempo que permaneci escravo do pecado.
Posso ser vitorioso. Agradeço por isso em nome de Jesus. Amém.
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Telefone
(021) 284-9090
Fax (021)
254-7165
6
É
POSSÍVEL SER PERFEITO?
Pr. Alejandro Bullón
Conheci Ricardo em Vitória (ES). Ele me
procurou no hotel uma noite depois de eu ter pregado o tema da luta das
naturezas:
– Pastor, acho que Deus é de certa maneira
injusto, pedindo de nós perfeição. Ele sabe que nascemos com natureza
pecaminosa e que isso nos leva constantemente a errar. Já fiz tantas coisas
erradas na vida! Não há maneira de eu ser perfeito.
O que você, meu amigo, entende por
perfeição? Pode alguém que já errou muito no passado chegar a ser perfeito?
"E andou Enoque com Deus; e não se viu
mais; porquanto Deus para si o tomou." (Gênesis 5:24)
Você não acha que se Deus decide levar
alguém para o Céu, deve ser porque esse alguém é perfeito? Mas qual é o motivo
por que Deus levou Enoque consigo? A Bíblia diz que: "Ele andou com
Deus."
Analisemos agora o caso de Noé. As
Escrituras afirmam que: "...Noé era varão justo e reto em suas
gerações..." (Gênesis 6:9) "Noé era homem justo e íntegro entre seus
contemporâneos." Não seria maravilhoso se um dia Deus dissesse de você:
"este é um rapaz justo e íntegro." Ou: "esta é uma moça
íntegra." Não é isto que você gostaria de ser? Mas por que Noé foi
considerado um homem justo e íntegro? A Bíblia afirma: "Noé andava com
Deus."
Lembra-se de Abraão? Ele é chamado "o
Pai da Fé". Você sabia que um dia Deus Se apresentou a ele e disse-lhe:
"...Eu sou o Deus Todo-poderoso, anda na minha presença e sê
perfeito." (Gênesis 17:1) Percebeu? Tudo que Deus esperava de Abraão era
que ele andasse com Deus. O resultado disso seria uma vida de perfeição.
O que dizer de Davi? A Bíblia afirma que:
"... achei a Davi filho de Jessé, varão conforme o meu coração..."
(Atos 13:22)
Ah! se um dia Deus pudesse dizer isso de
nós! O que mais poderíamos esperar? Mas, por que foi que Davi tornou-se "o
homem conforme o coração de Deus"? Qual era a maior obsessão da vida de
Davi? Nos Salmos 116 encontramos: "Andarei perante a face do Senhor, na
terra dos viventes." (Salmo 116:9)
Você percebeu que existe uma frase que é
denominador comum na vida de todos os homens mencionados? "Andou com
Deus". Todos eles foram perfeitos porque andaram com Deus. Existia um
relacionamento maravilhoso de amor entre Deus e eles. Em sua experiência,
tinham chegado ao ponto de não conseguirem mais viver separados de Deus. Por
isso Deus os considerou perfeitos, santos, justos, íntegros e retos.
O interessante é que há sempre alguma coisa
curiosa na vida de todos eles: Noé um dia ficou embriagado a tal ponto que
tirou a roupa e ficou nu, dando um vexame para toda sua família. Você já fez
isso alguma vez? Noé fez e Deus diz que ele "era justo e íntegro entre
seus contemporâneos".
Abraão um dia foi tão covarde que teve medo
de dizer que Sara era sua mulher e afirmando que era sua irmã, quase empurrou
Faraó ao adultério. Os resultados teriam sido terríveis se Deus aquela noite
não interviesse milagrosamente. Atitude covarde a de Abraão. Mas, sabem o que
Deus diz dele? "Abraão era perfeito". O apóstolo São Paulo até o
chama de "o pai da fé".
E o que dizer de Davi? Um dia ele caiu
fundo no pecado. Mergulhou nas águas turvas do assassinato, da intriga e do
adultério. Você já fez isso alguma vez?
Nunca? Davi fez, e sabe o que a Bíblia diz dele? Que Davi era um homem
"conforme o coração de Deus".
Há alguma coisa maravilhosa que Deus está
querendo nos dizer através da experiência de todos esses homens. Algo grandioso
que revolucionará nossa vida e nos mostrará um horizonte infinito de esperança.
Para os seres humanos, uma pessoa é
perfeita, santa, justa, íntegra, quando nunca comete nenhum erro, quando faz
tudo certinho, quando cumpre todas as normas, leis e regulamentos.
Para Deus, uma pessoa é perfeita quando se
dispõe a andar com Ele, quando faz de Cristo o mais importante da vida. Quando
compreende tudo o que Cristo fez na cruz por ele e clama por um novo coração
capaz de amar, quando sente dor por todo o sofrimento que causou a Cristo com
seus erros passados. Para Deus uma pessoa é perfeita quando olha para a cruz e
se apaixona por Cristo a ponto de dizer:
– Ó Senhor Jesus, eu Te amo. Eu Te amo
tanto que sem Ti a vida não tem sentido. Ajuda-me, por favor a andar Contigo!
Nesse instante, o maravilhoso Deus de amor
derrama lágrimas de alegria e segura a fraca mão do homem com Sua mão poderosa.
E no instante daquele toque, o passado fica apagado para sempre, não importa se
fomos bêbados ou covardes, adúlteros ou assassinos, tudo fica enterrado. Porque
naquele momento passamos a ocupar o lugar de Cristo. Ele nos oferece Seus
méritos, Sua vida vitoriosa, Seu caráter perfeito e ao mesmo tempo toma sobre
Si os nossos pecados e sofre a punição que merecemos por causa deles.
A partir desse momento começa a mais
extraordinária e bela das experiências: a experiência maravilhosa de andar com
Cristo.
Naturalmente o amor é básico nesta
experiência, porque não se pode conviver e ser feliz com uma pessoa que não
amamos.
A nossa tragédia, às vezes, consiste em que
avaliamos a perfeição de acordo com nossa capacidade de obedecer às normas, com
nossa capacidade de viver de acordo com o que a Igreja espera de nós, viver de
acordo com os regulamentos de um código moral, enquanto Deus avalia a nossa
perfeição em razão do tipo de relacionamento que temos com Ele, porque sabe que
o resultado de uma vida de comunhão com Ele será naturalmente uma vida de
obediência a seus princípios.
Mas se quisermos andar com Jesus,
descobriremos imediatamente que existem muitas coisas de que Ele gosta e nós
não gostamos. Existem também coisas das quais Ele não gosta e nós gostamos. O
que fazer numa circunstância semelhante? Estamos frente a um impasse. O que
fazer? Aqui novamente entra o amor como a solução para o problema.
Quando garoto eu não gostava de mamão. Era uma fruta que
não apresentava nenhum atrativo para mim. Um dia até experimentei um pedaço,
mas não gostei. Acontece que um dia conheci uma garota extraordinária que hoje
é a minha esposa. Comecei a gostar dela e depois de um tempo de namoro nos
casamos. Nunca esquecerei o primeiro café da manhã que ela preparou em casa. Ao
sair do quarto achei a mesa toda decorada com um arranjo especial e lá no
centro da mesa estava um enorme mamão. Do lado da mesa estava ela com um brilho
de expectativa nos olhos, como se perguntasse para si própria: "Será que
ele vai gostar?" Ocupamos nosso lugar em torno da mesa e depois de pedir a
bênção ela partiu o mamão e colocou a metade para mim e a metade para ela.
Olhei para a fruta, para ela e outra vez para a fruta. Tive vontade de dizer:
"Obrigado, querida, eu não gosto de mamão", mas não consegui. Eu
amava essa garota. Não tinha coragem de desapontá-la. Peguei a fruta
gentilmente e praticamente a engoli.
No dia seguinte, ao sair do quarto, fiquei
paralisado. Lá no centro da mesa havia novamente um mamão. Olhei para minha
esposa e afirmei:
– Parece que você gosta muito de mamão, não
é mesmo?
E ela, com a maior naturalidade do mundo,
respondeu:
– Para mim praticamente não existe café da
manhã sem mamão, querido.
Em fração de segundos imaginei minha vida
toda engolindo mamão. Mas ao olhar para o rosto de minha esposa e ver um
sorriso de satisfação, senti uma alegria íntima no coração. Eu amava minha
esposa. O que podia significar o fato de comer mamão, comparado com a alegria
de vê-la feliz?
Entende amigo o que estou querendo dizer? O
dia que nos apaixonamos por Cristo, o dia que chegamos a amá-Lo com todo nosso coração, a coisa que mais
vamos desejar será vê-Lo sorrir. Sem dúvida haverá coisas que O deixarão feliz
e que, com a nossa natureza pecaminosa não vamos gostar de fazer. Não acredito
que perder o gosto por coisas que estávamos acostumados a fazer ou aprender a
fazer coisas que não gostávamos de realizar seja fácil. Haverá um preço que
teremos de pagar e planos que teremos que esquecer. Muitas vezes isso exigirá
esforço, sacrifício e sofrimento, mas tudo isso terá sentido, se o fizermos por
amor à pessoa de Jesus.
O profeta Miquéias explicou um dia a
maneira certa de andar com Deus: "Ele te declarou, ó homem, o que é bom; e
o que é que o Senhor pede de ti, senão que pratiques a justiça, que ames a
beneficência, e que andes humildemente com o teu Deus?" (Miquéias 6:8)
Você percebe que a questão não é
simplesmente andar com Deus. O importante é andar "humildemente" com
Ele. É Ele quem dirige. É Ele quem mostra o caminho. É Ele quem diz como as
coisas serão melhores para ambos. Eu O amo e aceito Seu conselho porque Ele
sabe o que é bom para mim. Não sou eu quem dirige a caminhada, não sou eu quem
deve levar Deus por onde acho que devo ir. Apenas seguro a Sua mão e vou. Ele é
meu Pai, meu Amigo, meu Irmão, Ele é meu princípio, meu fim, Ele é tudo. Eu
apenas me abandono em Seus braços de amor e vou por onde Ele quer e faço o que
Ele disser. Afinal de contas, Ele conhece o caminho e o que mais quer é que eu
seja feliz.
Tudo isto tem sentido, unicamente quando
existe amor. A vida toda é motivada pelo amor de Cristo. Se não existir um
relacionamento de amor entre Cristo e nós a vida torna-se vazia, oca. O
cristianismo vira um fardo, uma pesada carga de proibições e deveres. Podemos
carregá-lo um, dois ou vinte anos, mas, um dia chegamos ao limite e o largamos
ou então nos tornamos zumbis, homens sem vida, máquinas que carregam o fardo
das obrigações, que cumprem, que obedecem, porém máquinas, sem alegria, sem
entusiasmo, incapazes de saber o que é felicidade.
Por aí, um dia, numa roda de amigos, alguém
nos pergunta:
– Por que você não bebe?
E quase com vergonha respondemos:
– Porque minha religião me proíbe, é norma
de minha Igreja.
A vida toda, às vezes, é levada desse
jeito. É a religião, é a igreja o que importa. E Cristo? Onde fica nisso tudo
Cristo? O que será que Ele está sentindo? Importa-nos se Ele está sorrindo ou
está chorando? Você já pensou nEle como uma pessoa
que ama, que sorri, que pode ficar magoado, e que até pode chorar?
Vamos analisar o caso de uma pessoa que vai
comprar uma peça de roupa, por exemplo: Ela percorre as lojas, olha as
vitrines, até que acha uma roupa que seja adequada ao seu orçamento. Como faz
ela para comprar essa roupa? Experimenta, olha no espelho, observa se fica bem
nela, se combina com sua cor, com seu corpo, e finalmente, paga e leva a roupa
para casa. Podemos dizer que isso é andar com Deus?
Numa ocasião saí com minha esposa para
comprar sapatos. Depois de observar vários pares chegou um momento de indecisão
para ela. Havia dois pares dos quais ela gostava. Experimentou um, depois o
outro. De repente, olhou para mim e perguntou:
– De qual você gosta?
– Olha – respondi – não importa muito de
qual eu gosto. Quem vai usar o sapato é você, então leve o que você achar que é
melhor.
– Não – continuou ela – eu quero que você
escolha para mim.
– Mas por quê?
– Porque eu gosto de você e me sentirei
feliz usando os sapatos que você escolher para mim.
Aquilo me emocionou tanto que acabamos
levando os dois pares.
É justamente isso que tem que acontecer em
nosso relacionamento com Cristo. Ele tem que ser tão amado e tão real para nós
que cheguemos ao ponto, antes de comprar uma roupa, olhar para Ele e perguntar:
– Senhor, Tu gostas? Ó
Senhor Jesus, eu Te amo tanto que serei feliz usando a roupa que Tu escolheres
para mim.
Andar com Deus é tê-lo presente em nosso
dia a dia. Consultá-Lo antes de tomar uma decisão, antes de iniciar um namoro,
antes de empreender algum negócio, antes de entrar em algum lugar, antes de
sair para algum programa.
Nossa vida não se limita a uma igreja. Não
é uma religião que determina os nossos atos. Fazemos ou deixamos de fazer,
comemos ou deixamos de comer, vestimos ou deixamos de vestir por amor a Cristo.
Se vemos um sorriso em Seu rosto, vamos em frente. Se, pelo contrário,
percebemos um ar de tristeza em Seu olhar, ou duas lágrimas rolando por Sua
face é hora de parar, não porque a igreja proíbe, mas porque amamos a Jesus e
não temos coragem de vê-Lo sofrer.
É possível ser perfeito? Se você acha que
ser perfeito significa nunca cometer um erro, não, claro que não é possível.
Mas graças a Deus que o conceito bíblico de perfeição é completamente
diferente. Para Deus ser perfeito é "andar com Ele", como andou
Enoque, como Noé, como Abraão, como Davi.
Você já viu um pai levando o seu garoto de
4 anos pela mão? Os passos do pai são compridos e a criança não consegue
manter o ritmo do pai, mas ela segura o
braço poderoso e vai em frente. Pode de repente tropeçar, pode talvez
escorregar, mas enquanto sua mãozinha segurar o braço do pai, ela não cai. Qual
é o segredo para não ficar jogada no chão? O braço do Pai. Ele é o seu
sustento, é a única garantia de que um dia chegará lá, apesar das possíveis
quedas ou tropeços da vida.
Foi por isso que Enoque, Noé, Abraão e Davi
foram perfeitos. Enoque segurou o braço do Pai, andou com Ele e não temos
notícias de que tenha caído alguma vez. Já os três últimos andaram com Deus,
escorregaram na vida, tropeçaram, mas seguraram o braço do Pai e não ficaram
caídos; continuaram a caminhada. E Deus os considerou tão perfeitos quanto
Enoque.
Você errou alguma vez em sua vida? Não
precisa viver atormentado por isso. Olhe para a Cruz de Cristo. Ele já pagou
pelo erro que você cometeu. Ele lhe perdoa e o aceita. Você está ferido? A
queda foi tão grande que não restam mais forças para estender a mão pedindo
ajuda? Não se preocupe. Apenas olhe. Olhe lá na montanha um Deus de amor
morrendo lentamente. Por que você acha que Ele sofreu tanto? Foi por amor a
você. Foi porque você vale muito para Ele.
– Pastor, – você dirá – não é verdade. Ele
não pode me perdoar. O senhor fala isso porque não me conhece.
Você tem razão. Eu não conheço você, mas eu
conheço o amor de Cristo. Um dia experimentei a revolta, o vazio e o desespero
da alma e Ele me amou, me perdoou e me aceitou. Por isso posso lhe dizer:
"Olhe para Cristo, Aquele que é poderoso para vos guardar de tropeços e
para vos apresentar com exultação,
imaculados diante da Sua glória".
Abra seu coração a Jesus, imaginando o
seguinte: quando um pai vê o seu filhinho que está dando os primeiros passos
cair, o pai não corre e castiga a criancinha porque caiu. O pai corre desejoso
de ajudá-la a levantar-se. Porque para um pai, a coisa mais linda é ver seu
filho aprendendo a andar.
Deus é nosso Pai de amor. Está pronto a
levantar-nos, ajudar-nos para um dia chegarmos a perfeição.
ORAÇÃO
Querido
Pai, obrigado pela esperança que me dás,
apesar do triste passado que eu possa ter vivido. Essa mensagem mostrou que a vida começa no momento de minha
entrega a Ti. Obrigado de todo coração. Em nome de Jesus. Amém
7
COMO
ALIMENTAR A NOVA NATUREZA
Pr.
Alejandro Bullón
Logo após
Seu batismo, Cristo foi levado pelo Espírito ao deserto. Na solidão do deserto
Jesus pronunciou palavras que permanecerão para sempre como a chave para um
vida poderosa e feliz. Ele falou do único alimento capaz de satisfazer a fome
do coração humano: "Então foi conduzido Jesus pelo Espírito ao deserto,
para ser tentado pelo diabo. E, tendo jejuado quarenta dias e quarenta noites,
depois teve fome; E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de
Deus, manda que estas pedras se tornem em pães. Ele, porém, respondendo, disse:
Está escrito: Nem só de pão viverá o homem, mas de toda a palavra que sai da
boca de Deus. (S. Mateus 4:1-4)
"Pastor", você deve estar
pensando, "já sei, o senhor vai falar do estudo da Bíblia. Eu sei que devo
estudá-la, mas não tenho vontade, não sinto prazer na sua leitura".
Em primeiro lugar, meu amigo, não encare a
leitura da Bíblia como um dever. Olhe para a Palavra de Deus como uma carta de
amor. O que faz um jovem quando recebe uma carta da namorada? Ele pensa:
"Oh! que chato, não tenho vontade de ler esta carta, estou cansado, mas
vou dar uma olhada nela por disciplina?" Acho que não é isso que acontece.
Acontece justamente o contrário. Ele recebe a carta com expectativa, abre-a
depressa e devora com ansiedade cada uma das palavras. E o que mais? Joga-a
fora? Não. Guarda-a no bolso. Dois minutos depois tira a carta do bolso, torna
a lê-la e guarda-a novamente. Não espera passar cinco minutos, procura-a de
novo e a lê com a mesma ansiedade da primeira vez. Faz isso muitas vezes. De
repente, já não precisa ler, decorou-a completamente. Mas mesmo assim, continua
lendo-a.
Onde está o segredo? Por que tanta
ansiedade para ler a carta? Por que não se cansa de fazê-lo? A palavra chave é
"amor". O jovem ama a pessoa que escreveu a carta.
A Bíblia, meu amigo, não é um código de
normas e proibições. Não é um compêndio de histórias de um povo errante. Ela
não é um volume de medidas, nomes e cores. Não é um livro de animais estranhos
e simbolismos proféticos. A Bíblia é a mais linda carta de amor que já foi
escrita. É a história de um amor louco e incompreendido. É a história de um
amor que não se cansa de esperar. É uma declaração de amor escrita com a tinta
vermelha do sangue do Cordeiro. Desde o Gênesis até o Apocalipse há um fio
vermelho atravessando cada uma de suas páginas. É o sangue de Jesus gritando
desde o Calvário:
– Filho, Eu amo você, você é a coisa mais
linda que Eu tenho.
Na Bíblia você pode achar também a história
da vida de outros homens semelhantes a você. Homens que experimentaram
conflitos e tentações. Homens que às vezes caíram e escorregaram. Homens e
mulheres que lutaram contra seus temperamentos, complexos e paixões, mas que
venceram. Através dessas histórias, Deus está dizendo a você:
– Filho, você também conseguirá, não
desanime, olhe para a frente e continue.
Ler a Bíblia é uma maneira de alimentar a
nova natureza e manter comunhão com Jesus. Mas também, como em muitas outras
coisas, o grande inimigo da vida cristã é o formalismo.
A leitura mecânica da Bíblia não tem muito
valor como alimento da nova natureza. A leitura da Bíblia
tem que ser um momento de companheirismo e diálogo com o seu Autor. Você lê um versículo
e medita nele. Trata de aplicar a mensagem desse verso a sua vida. Pergunta a
você mesmo: "O que este verso está querendo falar para mim?" Depois
disso fale para Deus o que você acha de tudo isso. Conte-lhe como está indo sua
vida comparada a mensagem que você acaba de ler. Não tenha pressa. Trate de
"saborear" cada minuto de seu diálogo com Jesus. Não veja isso como
um dever ou como uma carga pesada para carregar, e sim como o encontro com as
maravilhosas promessas de Deus para você.
Outra idéia
interessante para aprender a gostar do estudo da Bíblia é ler a Sagrada
Escritura na primeira pessoa do singular. Cada vez que você achar a palavra
nós, substitua-a pela palavra eu. Coloque sua vida nas páginas da Bíblia. Faça
de conta que Deus está falando a você particularmente, não para a humanidade em
geral.
Por exemplo, no verso de Romanos 8:31, que
diz: "Que diremos pois a estas coisas? Se Deus é por nós, quem será contra
nós?" Você pode ler: Que direi pois, se Tu, ó querido Pai, és comigo, quem
será contra mim? Aí você pode contar a Deus que coisa ou quem você acha que
está contra você, pode falar de seus temores, de suas dúvidas, de suas
incertezas e terminar dizendo que apesar disso tudo, você acredita que se Deus
está com você nada poderá amedrontá-lo.
O outro meio que Deus nos deixou para
alimentar a nova natureza e manter comunhão com Jesus é a oração.
Um dia desses recebi a carta de um jovem
que terminava assim: "afinal de contas, parece mesmo que meu caso não tem
solução. Sei que a oração me ajudaria a resolver o problema, mas não tenho
vontade de orar. O pior de tudo é que quando oro, acabo tudo o que tinha para
dizer em dois minutos. Dá a impressão de que minha oração não passa do
teto".
Já sentiu algo parecido alguma vez? A
verdade é que, em todos estes anos trabalhando com jovens, descobri que o
problema do jovem não é o fato de não saber que precisa orar. Todo mundo sabe
que é necessário orar e que a oração é o alimento da nova natureza. Todo mundo
sabe que o poder vem através da oração. A angústia do jovem está expressa na
carta da qual falei: "Pastor, não tenho vontade de orar. Sei que tenho que
orar mas não consigo."
O que fazer? É preciso entender, em
primeiro lugar, em que consiste a oração: "Orar é o ato de abrir o coração
a Deus como a um amigo". Segundo esta declaração, orar, nada mais é do que
conversar com um amigo.
Amigos gostam de conversar. É o que eles
mais fazem. Se alguém não tem vontade de conversar com seu amigo não é porque
ignore o fato de que amigos precisam conversar. O problema está no
relacionamento com o amigo. Alguma coisa está errada. Alguma barreira foi
criada. A amizade está abalada e a solução não consiste em ler livros ou ouvir
sermões que mostrem o dever de conversar com um amigo. É preciso que lhe
ensinem como resolver o problema com o amigo, que se ajudem para que a amizade
torne a ser como era antes. Uma vez que o problema tenha sido resolvido, o
diálogo com o amigo virá espontaneamente.
Em segundo lugar é necessário saber que a
base de uma conversação entre amigos deve estar fundamentada na sinceridade.
Num relacionamento de amigos verdadeiros não há lugar para fingimento ou
hipocrisia. Descobrir que alguém é hipócrita com você, dói. Mas descobrir que
alguém que você ama muito está sendo hipócrita com você, dói muito mais.
Cristo nos ama e o que Ele espera em nosso
relacionamento é, acima de tudo, sinceridade. É isso que Ele disse no Sermão do
Monte: "E, orando, não useis de vãs repetições, como os gentios, que
pensam que por muito falarem serão ouvidos." (Mateus 6:7)
A palavra grega traduzida para "usar
vãs repetições" é batalogeo e é usada geralmente
para expressar o que faz o papagaio ou o bêbado, ou seja, falar por falar,
falar sem pensar no que se está dizendo, falar pelo mero fato de falar.
O que o Senhor Jesus está querendo nos
dizer é que quando conversamos com Ele temos que fazê-lo na base da
sinceridade, sentindo realmente o que estamos falando. Ele está pedindo que a
nossa oração saia do coração e não simplesmente da boca.
Quando o meu filho mais novo tinha cinco
anos, ele não gostava de comer verduras. Chamava de "planta" a tudo
que era da cor verde. Dizia que não gostava de planta.
Um dia, na hora do almoço, a mesa estava
cheia de coisas verdes. Imediatamente o sorriso desapareceu-lhe
do rosto. Pedimos-lhe que fizesse a oração e ele orou assim: "Pai, estou
chateado. Só tem 'planta' para comer".
Sabe como talvez ele teria orado se fosse
grande? Teria agradecido a "gostosa refeição que estava à mesa".
Aí está o nosso problema. Não somos
sinceros. Falamos sempre a mesma coisa porque estamos acostumados a falar
assim. Quando levantamos pela manhã agradecemos a Deus a "boa noite de
repouso". Podemos ter virado na cama a noite toda ou podemos ter acordado
com dor nas costas, mas agradecemos a "boa noite de repouso".
Temos quase de cor uma oração para as
manhãs e outra para as noites. Sempre o mesmo assunto. Podemos estar sem a
mínima vontade de orar, mas nos ajoelhamos por disciplina e repetimos a oração
costumeira que geralmente não dura mais de dois minutos. E ao deitarmos,
experimentamos a estranha sensação de que a nossa oração não passou do teto.
Por que não encarar a oração como a
maravilhosa experiência de conversar com Jesus Cristo, em lugar de considerá-la
o nosso dever de cada dia?
Você tem amigos? O que fala com eles? Fala
sempre a mesma coisa ou muda o assunto do diálogo cada dia? Já pensou na
possibilidade de bater um "papo à toa" com Cristo? Conversar com Ele
simplesmente pelo prazer de conversar? Orar sem pedir nada, apenas para contar
coisas, contar segredos, abrir o coração e relatar para Ele tudo o que fez
durante o dia, mesmo que pareçam coisas sem importância?
O dia em que descobrirmos a alegria de
falar assim com Deus, teremos descoberto o segredo de uma vida poderosa. E
andar com Deus é isso.
"Mas pastor", você dirá, "eu não sinto vontade de
conversar com Deus". Então, conte isso para Ele. Fale que não tem vontade
de orar, pergunte-lhe porquê está acontecendo isso, porque é que, mesmo sabendo
que deve orar, você não tem vontade de fazê-lo. Vai acontecer um milagre, tenha
certeza. De repente, sem querer você vai se descobrir conversando com Deus, não
um minuto nem cinco, mas vinte ou trinta. E o mais importante, aquela sensação
de que sua oração não passava do teto vai desaparecer, e em seu lugar você vai
experimentar a maravilhosa experiência que é conversar com Jesus Cristo como se
conversasse com um amigo.
Outra coisa que seria bom lembrar é que não
devemos procurar a Deus unicamente para assuntos espirituais. Temos que
permitir que Ele participe de nossa vida diária, de nosso namoro, de nosso
trabalho, dos deveres para casa que recebemos na escola, daquilo que vai dentro
do coração e não teríamos coragem de contar para ninguém.
Às vezes cometemos algo errado durante o
dia e ao chegar a noite repetimos o de sempre: "Deus perdoa meus
pecados". Quanto tempo é necessário para repetir essa frase? Mas, como
seria se em lugar de dizer simplesmente "perdoa meus pecados",
contássemos para Ele o que foi que aconteceu? Detalhes, entende? Por que não
contar a luta que travamos antes de ceder à tentação, como nos sentimos depois,
que lições podemos ter tirado de tudo, que aspecto de nossa vida precisamos que
Ele restaure, enfim, tanta coisa...
Utilizemos o tempo que seja necessário. Não
precisamos ter pressa porque não estamos cumprindo um "penoso dever",
estamos apenas conversando com o mais compassivo e maravilhoso amigo que um ser
humano pode ter.
Contam que na guerra do Vietnã acharam nas
mãos de um soldado morto um papel escrito nos momentos da agonia. Dizia mais ou
menos assim: "Ó Deus, eu nunca falei contigo. Hoje, pela primeira vez, ao
ouvir o barulho das armas, ao ver os cadáveres dos meus companheiros, ao sentir
que daqui a pouco eu também morrerei, tenho vontade de falar. Pena, que seja
tarde demais".
Não será que, como aquele soldado, talvez
tenhamos que dizer: "Ó Deus, eu nunca falei contigo, porque o que eu fazia
não era orar, era simplesmente repetir uma oração sem sentido, costumeira e
monótona". Só que ainda há tempo para que final da sua história seja
diferente. Basta que você diga agora mesmo: "mas hoje eu quero falar de
verdade, abrir-Te o coração e sentir que és meu amigo."
Faça de Jesus não apenas seu Salvador, mas
também seu amigo de todas as horas. Converse com Ele; sinta sempre o calor que
emana dos braços de Jesus.
SÓ JESUS
Letra: Shawn Craig
Música: Don Koch
Tradução: Domingos Silva
A Cristo rendo toda a glória,
pois tenho sido nEle um
vencedor.
Sou ricamente abençoado,
só confio em Seu poder e em Seu amor.
Oh, incontáveis as conquistas,
riquezas são pra mim!
Mas nenhuma se compara
com a graça da salvação.
Em meu Jesus vou confiar
pois minha glória
é o poder que vem da cruz.
E nas vitórias vou
sempre me lembrar de quem
Vem me amparar,
vem me inspirar
É só Jesus.
A Cristo rendo toda glória
pois somente Ele é o Redentor.
Só um Deus tão amoroso
pode me fazer um vencedor.
Não, não quero outra honra
que conhecê-Lo mais.
E eu abro mão de tudo
pela glória do meu Senhor.
Gravado
por Sonete no EELP-0194 do Ministério "Está Escrito"
Oração
Pai, como
é bom abrir o coração a Ti e sentir que minha oração não vai se perder no
espaço, porque Tu estás aqui bem pertinho, me ouvindo sempre, com os braços
abertos. Obrigado Pai, porque em Ti posso descansar seguro. Obrigado porque
nunca me deixas só. Em nome de Jesus. Amém.
8
CONHECER
JESUS É TUDO
Pr. Alejandro Bullón
A pergunta do jovem rico: "O que farei
para herdar a vida eterna?", é a
pergunta que palpita no coração da humanidade. O homem foi criado para viver. O
que ele mais quer é viver. A vida pode ser a mais miserável das vidas, mas
quando chega a hora da morte o homem se agarra com desespero à vida.
A morte é um intruso na experiência humana
e por isso não é aceita. O maior desejo do homem é viver. Para ter vida ele é
capaz de fazer qualquer coisa, pagar qualquer preço, realizar qualquer
sacrifício. "O que farei para herdar a vida eterna?", é o grito
desesperado do coração humano.
"E a vida eterna é esta: que te
conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste." (São João 17:3)
Você vê? O segredo da vida eterna não
consiste apenas no conhecimento de um corpo de doutrinas ou na aceitação de uma
determinada Igreja. O segredo é o conhecimento de uma pessoa: a pessoa
maravilhosa que é Jesus Cristo. O verdadeiro cristianismo é um relacionamento
de duas pessoas: o ser humano e Cristo. O que mais importa em nossa experiência
espiritual não é o que cremos mas em quem cremos.
A razão para acreditar que o verdadeiro
cristianismo é o relacionamento pessoal entre Cristo e o homem é que a justiça
e o pecado só podem existir entre
pessoas. Uma estrela, um gato, uma mesa ou uma pedra não podem pecar ou ser
justos. Só as pessoas pecam. Por isto o pecado, mais do que a violação da lei,
é a interrupção do relacionamento de amor entre Cristo e o ser humano.
Esta é a verdadeira tragédia do pecado.
Quando peco, estou ferindo meu Jesus, ferindo a mim mesmo e trazendo separação
entre ambos.
A maldade do pecado do Éden está melhor
revelada no fato de Adão se esconder de Deus e não propriamente no comer do
fruto proibido. O pior do pecado é isso: o ser humano que outrora corria e se
jogava nos braços do Pai amante, depois de pecar, escondeu-se de medo e causou
profundo sofrimento ao coração de Deus.
O Pai não estava triste porque alguém comeu
uma fruta, Ele estava sofrendo por causa da separação.
Isto nos leva à conclusão de que a salvação
e a vida eterna nada mais são do que uma reconciliação ou um novo
relacionamento pessoal com o Senhor da salvação. Somos salvos, quando cremos em
Jesus, quando amamos a pessoa de Jesus, não apenas Seu nome, nem Suas
doutrinas, nem apenas Sua Igreja.
Não podemos, porém, amar uma pessoa sem
conhecê-la, por isso o inimigo fará todo o possível para nos distanciar mais e
mais de Deus, ou então para aproximar-nos dEle com
uma idéia errada do Pai. O inimigo não quer que
conheçamos Jesus ou, na pior das hipóteses, quer que O conheçamos com a imagem
de um Deus tirano, ditador, preocupado mais com Suas normas do que com Seus
filhos.
Com essa imagem de Deus que não inspira
amor, inspira medo; não inspira desejo de servi-Lo, gera a obrigação de
servi-Lo, o inimigo procura nos levar a uma religião triste, um cristianismo
formal. É o medo do castigo que nos leva a obedecer. O inimigo fica feliz com
isso. Conseguiu o que queria. Se não conseguiu levar-nos para longe do Pai, ao
menos trouxe-nos para perto dEle pelos motivos
errados.
Conhecer Jesus é Tudo, sabe por quê? Porque
ao conhecê-lo como na realidade Ele é, ao conhecer o que Ele fez por nós na
Cruz do Calvário, ao saber o quanto Ele nos amou e nos ama apesar de nossas
atitudes ou de nossa rebeldia, não teremos outro caminho senão apaixonar-nos
por Ele, amá-Lo com todas as forças de nosso ser. E porque O amamos,
desejaremos ser como Ele é, viver como Ele quer. Vamos querer ver sempre um
sorriso de felicidade em Seu rosto e conseqüentemente,
deixaremos de fazer tudo aquilo que O deixa triste e faremos tudo aquilo que O
deixa feliz.
Conhecer Jesus é tudo porque a salvação não
provém do esforço humano, ela é um presente de Deus e esse presente é a pessoa
de Jesus Cristo. A salvação não vem de Jesus Cristo. A salvação é Jesus Cristo.
Aceitar a salvação é aceitar a Jesus Cristo. Conhecer Jesus é ter a salvação e,
portanto, ter a vida eterna.
Quando São João fala de "Conhecer
Jesus" não está falando apenas de um conhecimento teórico. João vivia numa
época em que predominava o pensamento helenístico. Os gregos endeusavam o
conhecimento teórico. Para um grego dizer que conhecia uma flor, ele ia à
biblioteca, estudava tudo o que as enciclopédias e livros falassem sobre a
flor, e dizia: "Conheço a flor". João não. Para ele dizer que
conhecia a flor, além de ler os livros, ele ia ao campo, tocava a flor, sentia
a flor, cheirava a flor, acariciva-a e então dizia:
"Conheço a flor".
Conhecer, para os gregos que viviam no
tempo de João, era acumular conhecimento teórico. Conhecer, para o discípulo
amado, era uma experiência de vida. O conhecimento teórico pode ajudar enquanto
as coisas andam bem. O conhecimento experimental é, por sua vez, a única
solução para os momentos de crise.
A maioria dos discípulos limitavam-se a
ouvir as palavras de Jesus. João ia mais além: ficava perto do Mestre e
reclinava a cabeça no coração de Jesus.
A diferença revelou-se na crise. Quando os judeus prenderam Jesus e O levaram
ao Calvário, todo mundo O abandonou. O único que ficou perto foi aquele que não
se contentou em ouvir Jesus, nem apenas saber acerca dEle,
e sim o que procurou um conhecimento experimental.
"E a vida eterna é esta: que te
conheçam, a ti só, por único Deus verdadeiro, e a Jesus Cristo, a quem
enviaste." (São João 17:3)
Simples como a flor, como uma criança, como
um sorriso, como todas as coisas de Deus. Nós, os seres humanos é que às vezes
complicamos as coisas, as tornamos difíceis e roubamo-lhes
a beleza natural.
Pessoalmente, levei anos para entender algo
tão simples. A minha experiência cristã quando jovem foi uma experiência
asfixiante, mas Deus me ajudou a descobrir Jesus como uma pessoa e não
simplesmente como uma teoria.
Corria o ano de 1972. Eu era missionário
entre os índios da tribo Campa, que moram nas margens do rio Perené, na Amazônia de meu país. Naquela manhã de
sexta-feira, saí de casa com o objetivo de visitar uma aldeia localizada a duas
horas de caminho através da floresta. Não soube precisar em que momento perdi a
trilha. Esforcei-me para achá-la, mas toda tentativa acabava me desorientando
mais. Os minutos e as horas foram passando e então as nuvens escuras apareceram
anunciando a tormenta.
A chuva chegou junto com a noite,
implacável. Assentei-me no chão, debaixo de uma árvore, e vi passar o tempo,
rogando a Deus que me ajudasse a sair daquela situação difícil. Não sei quanto
tempo fiquei desse jeito, mas quando notei que a chuva tinha diminuído,
reiniciei a caminhada em meio à escuridão e o barro. Estava completamente
molhado, cansado, faminto e a esta altura, quase desesperado. "Você não
pode parar, vai ter que continuar". Repetia. "Você vai conseguir.
Daqui a pouco você achará a aldeia, não pode é ficar aqui parado."
Mas algo me dizia que tudo era inútil, que
o melhor seria ficar ali e esperar a luz do novo dia. Ficar ali? Molhado como
estava? Sozinho? E se alguma fera aparecesse? Era a primeira vez que me
acontecia uma coisa assim. Eu não conhecia a selva. Tinha chegado da capital
havia poucos meses. Senti que o medo estava tomando conta de mim e corri. Corri
como um louco, como se alguém estivesse me perseguindo. A chuva molhava meu
rosto, dificultando a visão, se é que se podia enxergar alguma coisa naquela
escuridão.
Foi aí que escorreguei e caí floresta
abaixo, cinco ou seis metros talvez. Estava cheio de lama. Não existia mais
trilha. Só a escuridão e a música, que naquele momento para mim parecia
infernal, que a chuva produzia ao entrar em contato com as folhas e o chão.
Eu não queria aceitar, mas estava perdido,
completamente perdido. Tentei sair do buraco em que me achava. Segurei-me numa
planta, mas esta desprendeu-se e tornei a cair na lama. Agarrei-me a um pequeno
galho. Uma dor violenta obrigou-me a soltá-lo e acabei novamente na lama, com a
mão cheia de espinhos. Tudo o que fazia era inútil, meus pés escorregavam na
terra molhada e acabava sempre lá embaixo, no buraco e na lama.
Fiquei algum tempo meditando em silêncio e
descobri a tragédia de minha vida. Olhando para trás vi que minha vida na
igreja tinha sido como aquela noite. A vida toda tentando sair do buraco, a
vida toda tentando viver à altura dos elevados princípios de minha igreja,
cumprir os mandamentos e regulamentos e acabando sempre na mesma situação. Eu
estava perdido em meio à igreja, com todas as suas doutrinas na cabeça.
Cumprindo, de certo modo, todas as suas normas, eu estava perdido. E o pior de
tudo: fazia dois anos que eu era um pastor.
Como num filme, minha vida toda começou a
desfilar ante meus olhos. No pequeno local onde congregava quando era criança,
havia um lugar especial em cima do púlpito para os Dez Mandamentos num quadro
dourado. Era dever de todos saber de cor os mandamentos e guardá-los fielmente.
Desde pequeno aprendi as normas da igreja.
Não pode isto, não pode aquilo. Fazer isto está errado, fazer aquilo outro
também está errado.
– Ó Deus, – perguntava-me muitas vezes –
como é possível viver assim?
E em meu coração de adolescente sentia um
estranho conflito. Sabia tudo que devia e não devia fazer, mas não conseguia
viver à altura dessas normas e isto me tornava infeliz. Só Deus sabe quantas
vezes deitei-me na cama, sozinho, e ruminei meu desespero.
Atormentava-me a idéia
de um Deus sempre zangado, sempre pronto a me castigar, esperando sempre de mim
o cumprimento de todas as Suas normas.
Formei-me na Faculdade de Teologia aos 21
anos. Mas em lugar de ser feliz, sentia-me mais angustiado e perguntava:
"Deus! O que acontece comigo? Por que esta sensação de que sempre estou
errado, de que nada está certo?".
A resposta não vinha, mas o conflito
aumentava. "Agora você é um pastor" – repetia para mim – "você
tem que ser um exemplo para a Igreja. Se alguém tem que cumprir todas as normas
ao pé da letra é você".
Como foram tristes os primeiros anos de meu
ministério! Não que eu fosse um grande pecador. Meus pecados poderiam ser
chamados de "suportáveis". Eram "pequenos erros". Mas eu
sabia que para Deus não havia classificação de pecados, e isso me angustiva. O pior de tudo era que eu conhecia a doutrina de
Cristo. Sabia de cor todas as doutrinas da Igreja. Sabia os mandamentos de cor,
centenas de versos de cor. Pregava de Jesus e voltava para casa triste. Sempre
com aquela sensação de que alguma coisa estava errada. Deitava e levantava cada
dia com as normas e os princípios na cabeça. Andava sempre pensando no que
devia ou não fazer. A angústia não desaparecia. Deus foi muito bom comigo
porque, apesar de tudo, deu-me muitas pessoas para Jesus nesses dois primeiros
anos de ministério.
Aquela noite, lá no interior da mata,
molhado e cheio de lama, entendi, pela primeira vez, o que acontecia comigo. Eu
estava perdido em meio duma amazônia de doutrinas,
normas, leis e teologias. Perdido em meio a Igreja!
Olhei para um lado e para o outro. Onde
estava o Jesus do qual pregava? Estava lá, distante, atrás das nuvens. Na minha
cabeça só haviam teorias, normas e doutrinas. Tive vontade de chorar como uma
criança, porque me sentia sozinho. Eu conhecia um nome, não uma pessoa, eu
amava uma Igreja e não o maravilhoso Senhor dessa Igreja, eu tinha comigo
normas e regulamentos, mas não tinha Jesus e naquela hora não precisava de
normas, não precisava de doutrinas, nem de uma Igreja, precisava de uma pessoa.
Chorei aquela noite a tragédia de ter
vivido sempre só, tentando sair do buraco e achar a trilha certa, mas acabando
sempre na mesma situação, na lama e na desgraça.
A chuva estava passando "Um
milagre" – disse em meu coração – "preciso de um milagre. Só um
milagre poderá tirar-me daqui". E comecei a gritar com todas as forças de
meu ser. Na selva, quando alguém está perdido tem que gritar. Se alguém ouvir
seu grito, gritará por sua vez e assim ambos poderão se ajudar.
De repente, pareceu-me ouvir uma voz
distante. Gritei. Minha voz perdeu-se na imensidão da floresta e o vento me
trouxe a resposta. Alguém estava gritando ao longe. Alguém estava lá. Continuei
gritando e o grito foi se aproximando. Cada vez mais e mais. Pude perceber os
passos e depois ver a silhueta de alguém. Ao chegar perto de mim, vi seu rosto.
Era um índio. Estendeu-me o braço, segurou minha mão e puxou-me. Era uma mão
forte, cheia de calos. Puxou-me com firmeza até chegar lá em cima:
– Quem é você? – perguntei.
Não respondeu.
– Como você se chama?
Silêncio.
– De onde você veio?
A mesma resposta.
Segurou-me o braço e começou a caminhar.
Seus passos eram firmes. Em momento nenhum respondeu minhas perguntas.
Andamos em silêncio algum tempo até
chegarmos a certo ponto. Lá embaixo havia luz. Era o lugar que eu estava
procurando. Estava a salvo.
Na manhã seguinte desci até uma pequena
cachoeira para me lavar. Ajoelhei-me ouvindo a música da água ao cair e o canto
dos pássaros. Pela primeira vez senti que não estava mais sozinho. Então orei:
"Senhor Jesus, agora sei que não és uma doutrina, és uma pessoa
maravilhosa. Como fui capaz de andar sozinho a vida toda? Ó
Senhor, agora entendo porque não era feliz. Estava faltando Tu. Quero amar-Te
Senhor. Quero segurar sempre Teu braço poderoso. Sei que sem Ti estou perdido.
Quero daqui para frente estar preocupado só em segurar Tua mão de amigo, quero
sentir-Te a meu lado. Saber que não estás somente lá nos Céus, mas aqui,
comigo. Hoje entendo o que estava faltando. Estava faltando Tu, Jesus
querido".
Desde aquele dia comecei a encarar a vida
cristã não como uma pesada carga de normas, proibições e regulamentos, mas como
a maravilhosa experiência de caminhar lado a lado com Jesus. As doutrinas
começaram a ter vida para mim. Tudo o que antes era opaco e sem cor começou a
adquirir o maravilhoso brilho da felicidade. Aquele índio me ensinou uma lição
que precisava aprender. Talvez a maior lição de minha vida. Sozinho estaria
sempre perdido, sempre angustiado, sempre infeliz. Precisava da ajuda de um amigo
que conhecesse o caminho melhor do que eu. E achei esse amigo em Jesus.
Poderia você abrir o coração a Jesus neste
momento? Você não está só. Talvez ao longo dos anos essa sensação de carregar
um vazio interior o acompanhou, mesmo você fazendo parte de uma igreja cristã.
Por quê? Simplesmente porque Jesus nunca passou de ser um nome ou uma doutrina
bonita. Mas neste momento Ele quer tornar-se para você uma pessoa real. Ele o
convida a viver a mais linda experiência de amor. Está você disposto a
aceitá-lo? Lembre-se: Conhecer Jesus é tudo.
Oração
Pai
querido, o segredo da vida eterna está em conhecer-Te. Por isso, estou aqui,
suplicando: vem cá, Senhor, fica comigo. Participa do meu dia-a-dia e dá
sentido a minha vida. Em nome de Jesus. Amém.
9
DO
DESESPERO Á ESPERANÇA
Pr.
Alejandro Bullón
Um jovem
perguntou-me com os olhos cheios de emoção:
– Pastor, se Deus me perdoou porque não me
devolve a saúde?
Esse jovem estava vivendo os momentos
dramáticos da fase terminal da AIDS e buscava a Jesus em desespero.
Minha pergunta é: pode Deus perdoar alguém
que O procura só porque já não sabe mais para onde ir? E o fato de Deus perdoar
significa também a cura do mal?
Em São Lucas encontramos o seguinte relato:
"E, quando chegaram ao lugar chamado a Caveira, ali o crucificaram, e aos
malfeitores, um à direita e outro à esquerda... E um dos malfeitores que
estavam pendurados blasfemava dele, dizendo: Se tu és o Cristo, salva-te a ti
mesmo, e a nós. Respondendo, porém, o outro, repreendia-o, dizendo: Tu nem
ainda temes a Deus, estando na mesma condenação? E nós, na verdade, com
justiça, porque recebemos o que os nossos feitos mereciam; mas este nenhum mal
fez. E disse a Jesus: Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino. E
disse-lhe Jesus: Em verdade te digo hoje que estarás comigo no
Paraíso." (São Lucas 23:33, 39-43)
Da cidade de Jerusalém saíam dois caminhos:
um deles descia para Jericó e o outro subia para o Monte do Calvário. No
primeiro caminho, os marginais, ladrões e delinqüentes
viviam sua vida errada, amparados pelas sombras da noite. Matavam, violentavam,
roubavam e abusavam das pessoas. Tinham a impressão de que nunca, ninguém, iria
descobrir o que estavam fazendo.
Naquele caminho que descia para Jerusalém,
estes homens viviam sua vida depravada, sem rédeas e sem normas. Argumentavam,
discutiam e tentavam justificar as suas atitudes. Viviam desesperados e vazios,
mas continuavam fazendo tudo aquilo tentando de alguma maneira encontrar um
sentido para a vida.
O que eles esqueciam era que, um dia, como
resultado de terem descido tão baixo, teriam que subir o Monte do Calvário. E
lá, no topo da montanha, teriam que pagar o preço das suas atitudes erradas.
No Brasil, não existe a pena de morte. Mas
naquela ocasião e naquela terra, existia, e não era executada numa câmara de
gás, numa cadeira elétrica ou por fuzilamento. Era executada pela crucificação.
Hoje é difícil entendermos o significado
deste tipo de morte. Não era uma morte simples. Os homens faziam uma cruz e
cravavam o corpo do marginal nessa cruz. Depois a levantavam e com o peso do
corpo as carnes do delinqüente se rasgavam.
Ninguém morre por causa de duas feridas que
lhe fazem nas mãos e nos pés. As mãos e os pés não são pontos vitais do corpo
humano. Se ao menos os pregos fossem colocados no coração, talvez o marginal
morresse imediatamente. Mas os pregos eram colocados nas mãos e nos pés. O
marginal não morria, ele era levantado na cruz, e dependendo da resistência
física, podia ficar pendurado nessa cruz um, dois ou mais dias.
De dia, o sol implacável queimava suas
carnes; de noite, o frio castigava seu corpo. A lei permitia que só lhe dessem
de beber um pouco de vinagre. Este pobre marginal ia perdendo seu sangue gota a
gota, ia perdendo sua vida lentamente. Ele não morria de repente. Era pendurado
ali, para que tivesse tempo suficiente para lembrar de sua vida passada, e se
arrepender de todo o mal que tinha causado à vítimas inocentes.
Chegava um momento em que o pobre marginal
pedia aos soldados:
– Por favor, me matem, não me deixem mais
aqui. Quero morrer. Por favor, me dêem um golpe
fatal.
Mas a lei não permitia. O homem tinha que
morrer lentamente. A morte de cruz, era uma morte cruel. Era a vingança da
sociedade contra homens que tinham abusado dela. Todo mundo concordava que
aqueles homens mereciam morrer ali, daquela maneira.
Quero que você imagine o monte do Calvário.
Lá no topo deste monte estão três cruzes. Na cruz do meio, está supostamente o
pior deles: "Jesus". Os outros dois ao lado estão ali porque
transgrediram a lei de Roma. O do meio, Jesus, está ali porque transgrediu a
lei dos Judeus. Os dois ao lado estão ali porque quebraram a lei de Deus, o do
meio, Jesus, está ali simplesmente porque quebrou a tradição dos homens. O
moralismo barato nunca poderá entender qual é a diferença entre a lei de Deus e
a tradição dos homens.
Ali estava Jesus pendurado no meio de dois
ladrões. Amigo querido, precisamos entender esta atitude de Jesus. As últimas
horas de Sua vida Ele passou entre dois malfeitores, dois pecadores, dois
homens sem esperança, dois marginais. Sabe por quê? Porque Jesus veio a este
mundo para salvar o pecador; veio a este mundo para buscar aqueles que não têm
mais esperança, aqueles que não têm mais para onde ir, aqueles que não têm mais
o que fazer com sua vida, aqueles a quem seus pais olham e pensam que para eles
não há mais remédio, aqueles a quem a sociedade olha e diz que já não têm mais
saída, nem recuperação. Ele veio a este mundo, e durante toda a sua vida,
procurou esse tipo de pessoas.
Um dia, quando Jesus chegou à Jerusalém,
era um dia de festa, Ele foi ao pórtico do templo, perto do tanque de Betesda. Ali estavam os pobres pecadores lamentando a
triste conseqüência física de seu erro. Jesus sempre
sabia onde encontrá-los. Isto não é reconfortante e alentador para alguém que
viveu uma vida tortuosa no passado e não consegue ver-se livre do tormento da
culpa? Jesus veio para morrer justamente pelos homens que têm uma história
negra. Jesus morreu para devolver-lhes a dignidade e a paz.
Quero que você imagine a montanha do
Calvário neste momento. Observe três reações diferentes dos homens ali
presentes. Um foi incrédulo e criticou Jesus. O outro aceitou a Jesus e se
arrependeu da vida passada. E a multidão simplesmente olhava. Foi indiferente.
Hoje também existem estes três tipos de
pessoas: aquelas que carregam no coração um sentimento de incredulidade e
crítica para tudo que tem a ver com Cristo e com a religião. Existem outras
pessoas que têm uma atitude de reconhecimento, de aceitação, de arrependimento
e entrega a Cristo. E também existem pessoas que permanecem indiferentes ou na
melhor das hipóteses, que ficam simplesmente olhando para ver o que vai
acontecer.
Quero meditar na atitude do primeiro
marginal. Aquele que olhou para Cristo e disse: "... Se tu és o Cristo,
salva-te a ti mesmo, e a nós" (Lucas 23:39).
"Se tu és o Cristo". Você já
percebeu que enquanto Cristo acreditava nos homens, estes sempre duvidavam dEle? O diabo no deserto disse a Jesus: "... Se tu és
o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães" (Mateus 4:3).
O povo disse: "... Aos outros salvou,
salve-se a si mesmo, se este é o Cristo, o escolhido de Deus" (Lucas
23:35).
E aquele marginal, na agonia, olha para
Jesus com incredulidade e diz: "... Se tu és o Cristo, salva-te a ti
mesmo, e a nós" (Lucas 23:39).
Mentes conturbadas, arrasadas pela dúvida,
reclamando uma demonstração de poder:
– Eu acreditarei em Deus, se Ele fizer
isto. Eu entregarei a minha vida a Jesus, se Ele fizer aquilo...
Todo mundo queria uma demonstração de
poder. Mas, para quê uma demonstração de poder, se
tanta demonstração de amor não tinha sido capaz de cativar estas mentes?
O ladrão que pediu provas a Deus na cruz do
Calvário, é o símbolo de muitos de nós que estamos morrendo neste mundo,
consumidos pelo sol da incredulidade, arrasados pelo vento gelado de nossas
dúvidas. Sabemos que estamos indo a caminho da morte. Sabemos que a vida está
fugindo de nossas mãos, mas queremos provas, queremos racionalizar:
– Se Tu és o Filho de Deus... por que há
crianças pobres? Se Tu és o Filho de Deus, por que meu pai morreu? Se Tu és o
Filho de Deus, por que perdi o emprego? Se Tu és o Filho de Deus por que há
ricos muito ricos, e pobres muito pobres?
Como se Deus tivesse que resolver o que
nós, os homens, temos que resolver aqui nesta Terra. Como se Deus estivesse lá
no céu com uma vara mágica tendo que compensar nossa irresponsabilidade nesta
Terra.
Ah, querido, mentes arrasadas pela dúvida,
reclamando uma demonstração de poder!
Mas então aparece o outro ladrão, e
recrimina seu companheiro, dizendo:
– Eu não entendo você. Está aí morrendo, e
não quer aceitar a Jesus. Você e eu temos razão de morrer, porque somos maus,
nós vivemos uma vida errada, nós fizemos tudo errado, desperdiçamos nossa vida,
arruinamos nossa juventude, nos deixamos arrastar pela nova moral, vivemos sem
valores, sem princípios. Fizemos de nossa vida o que nos deu vontade. Você e eu
temos razão de morrer. Mas olha para esse homem, Ele não fez mal a ninguém.
Ah, querido, o único delito de Jesus foi
acreditar no ser humano. Ele nunca fez mal a ninguém. O único delito do qual
Ele podia ser acusado, era de ter amado o ser humano; de ter restaurado
prostitutas, ladrões e marginais; de ter curado leprosos; de ter devolvido a vista aos cegos... de que mais podiam acusá-Lo?
Mas sabe por que mataram a Jesus? Aquele
povo vivia sua vida moral à sua maneira. Aqueles homens tentaram ganhar a
salvação por sua boa conduta, por seu comportamento correto, porque não faziam
isto, ou aquilo. Seguiam suas normas milimetricamente. Agora Jesus vinha e
oferecia a salvação a uma prostituta, que vendia seu corpo na rua; a um
marginal que, mesmo pendurado na cruz, poderia ser salvo se conseguisse apenas
crer. Aos leprosos, aos viciados, aos escravizados na miséria deste mundo.
Aquele povo, que se esforçava para ganhar a salvação com seu bom comportamento,
não podia entender isso:
– Como é que eu, que me esforço para não
matar, não fumar, não roubar, vou me salvar juntamente com este homem que viveu
pecando toda a sua vida? Isso não é justo. Só porque se arrependeu no último
minuto é salvo? E eu que vivi toda a minha vida esforçando-me para obedecer,
será que terei a mesma sorte que ele?
Ah, era duro demais para eles entenderem.
Jesus veio para abalar os alicerces de um
povo que fundamentava sua salvação em suas boas obras, em sua boa conduta, em
seu bom comportamento. Jesus veio ensinar a este mundo que a salvação não
depende do que você faz, a salvação depende de Jesus. Ele veio ensinar que não
é sua conduta que vai salvá-lo. Veio dizer que você tem que ir a Ele como está,
porque Ele o ama, o recebe, e vivendo em você, pode transformar sua vida e
levá-lo a viver uma vida de obediência, como resultado de sua comunhão com Ele.
Quero que saiba algo muito importante. Se
estiver vivendo uma vida errada, 'Deus o ama muito'. Não porque você vive uma
vida errada. Deus o ama apesar de você viver uma vida errada. Não estou dizendo
que Deus está contente com a vida errada que você vive. Não estou dizendo que
Deus aceita a vida errada que você vive. Não estou dizendo que Deus se sente
feliz quando os homens vivem sem leis e sem normas, arruinando sua vida. Claro
que não. Mas Deus não deixa de amá-lo por isso.
Ele não veio somente para perdoar seus
pecados, Ele veio para transformar sua vida. Não veio simplesmente para
livrá-lo de seu passado, veio para fazer de você, nesta vida, um homem
vitorioso, para dar-lhe um presente limpo e um futuro maravilhoso de salvação.
Então, você não tem o direito de ficar triste, sentindo que não tem esperança
de vitória.
Não importa como você está vivendo. Não
importa quem você é. Não importa quantas vezes tentou sair dessa situação sem
conseguir. A mensagem de hoje é que Cristo tem poder para transformar sua vida.
Nos últimos minutos de sua vida, Jesus
conseguiu conquistar o coração do bom ladrão. Ali, pendurado na cruz, aquele
homem disse: "Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino" (Lucas 23:42).
"Lembra-te de mim". O que havia
para lembrar na vida daquele homem? Que passado tinha que valesse a pena ser
lembrado? Uma vida de marginalidade, de violência, uma vida de escravidão.
Não era a primeira vez que aquele homem
estava vendo Jesus. Talvez o ladrão tivesse visto Jesus pela primeira vez
quando Cristo estava iniciando seu ministério, ou talvez em outras ocasiões.
Ele sentiu muitas vezes o apelo divino, mas estava tão cheio das coisas desta
vida que não teve tempo para aceitar Jesus. Continuou vivendo como se a vida
nunca fosse acabar. O que ele não sabia
era que essa vida terminaria levando-o ao topo da montanha, para ser pregado
como um animal selvagem, numa cruz.
Mas agora, no último momento da vida, ele
vê Jesus sofrendo, e diz:
– Senhor, eu creio em Ti, apesar de estares
morrendo.
Este homem não precisou de uma demonstração
de poder. Ah, querido, muitos foram atraídos pelo Cristo que multiplicou pães,
pelo Cristo que abriu o Mar Vermelho ou pelo Cristo dos milagres. Mas este
homem acreditou num Cristo que estava morrendo, num Cristo em agonia. Este
homem foi conquistado pelo amor, não pelo poder.
"Lembra-te de mim". O que havia
no passado deste homem que valesse a pena ser lembrado? Mas, embora não tivesse
um bom passado, ele tinha um presente, e neste presente, se agarrou a Deus com
toda as suas forças e disse:
– Senhor, não Te soltarei se não me
abençoares.
Querido, vou dizer algo que merece ser
lembrado. Talvez seu passado não seja um passado do qual você sinta orgulho.
Talvez seu passado esteja cheio de coisas erradas, das quais você se
envergonha. Talvez, deitado na cama, muitas vezes você tem dito a Deus:
– Senhor livra-me do meu passado.
Então ouça isto: ninguém vai se perder por
causa do passado. Se um dia nos perdemos vai ser porque não aproveitamos o
presente.
O ladrão na cruz tinha um passado
tormentoso, não havia nada que valesse a pena ser lembrado. Mas ele tinha um
presente, e neste presente ele aproveitou a sua oportunidade.
Enquanto o outro zombava, pedia provas,
criticava e condenava, este ladrão, que não tinha nenhum passado do qual se
orgulhar, se agarrou desesperadamente no Cristo que sofria e disse:
"Senhor, lembra-te de mim, quando entrares no teu reino" (Lucas 23:42).
Que grande dia aquele para o ladrão! De
manhã estava com medo da morte; ao meio dia vieram tirá-lo da prisão.
Fizeram-no carregar sua cruz e levaram-no até o topo da montanha. Quando chegou
a tarde, lá estava ele pendurado, condenado a uma
morte miserável, com um passado terrível, sem nenhum futuro, com um presente
que não significava muita coisa... Mas ali, na hora da morte, encontrou Jesus a
seu lado. Bastou dizer:
– Senhor, eu creio em Ti.
E agarrando-se naquele momento no braço
poderoso de Jesus, pôde garantir um futuro maravilhoso para quando Ele voltar.
Quem sabe, você pode estar pensando:
"Quer dizer que eu posso continuar vivendo uma vida errada, e no último
momento posso me arrepender e aceitar o Salvador?" Sim, pode fazer isso.
Só que talvez não seja um bom negócio.
Aquele ladrão se arrependeu e foi salvo por
Cristo na cruz, mas teve que morrer. Ele receberá a vida eterna quando Cristo
voltar. Mas, por que ser salvo para morrer, se você pode ser salvo para
continuar vivendo nesta vida? Aí está a chave do problema.
Certa ocasião, estava preparando-me para a
pregação quando uma mãe me apresentou o seu filho de dezoito anos, e me disse:
– Pastor, fale alguma coisa para ele. Meu
filho está condenado à morte, está na fase terminal da AIDS.
E ele, com lágrimas nos olhos, me
perguntou:
– Pastor, Deus está me castigando não está?
Eu o abracei e disse:
– Não filho, Deus não está castigando você.
Você está sofrendo as conseqüências do seu erro. Mas
Deus o ama, e se você se arrependeu, Deus já o perdoou.
E ele continuou perguntando:
– Se Deus me perdoou, por que Ele não me
cura?
– Filho, – respondi, – há leis da natureza
que precisam seguir seu curso. Se eu soltar meu relógio, ele vai cair e
quebrar, porque existe a lei da gravidade. Você quebrou leis da natureza e está
sofrendo as conseqüências do seu erro. Mas Deus o
ama, Ele o perdoou, e você está salvo em Cristo.
Ali estava o ladrão na cruz. O seu passado
foi perdoado. Mas ele teve que morrer.
A minha pergunta é: por que não vir a Jesus
quando podemos lhe entregar nossa juventude? Por que não acreditar que Ele pode
nos transformar? Não há ninguém por quem Jesus não possa fazer alguma coisa.
Se você é um homem que acha que não vale
nada, venha a Ele. Se você é um bom cidadão cheio de qualidades, mas que lá no
fundo do coração sente aquele vazio que dói, venha também a Ele. Se você é um
homem que não tem nada de riquezas nesta Terra, venha a Ele. Se você é um homem
que tem muitas riquezas, venha a Ele. Se você não tem cultura, venha a Ele. Se
você tem muita cultura, também venha a Ele.
A pouco tempo conversei com uma pessoa que
chegava da Alemanha. Ela trazia seu quinto doutorado. Cinco títulos doutorais.
Os anos passam e ela não pára de estudar. Esta
mulher, com um ar de tristeza nos olhos, me dizia:
– Pastor, eu não sou feliz. Eu não tenho
paz.
A cultura é boa meu amigo, mas a cultura
não pode ocupar o lugar que só Cristo pode ocupar.
Eu conheço gente que possui muitos recursos
materiais e diz:
– Pastor, ore por mim, eu não tenho paz.
O dinheiro é útil, mas só Cristo pode dar
sentido ao dinheiro.
Eu conheço gente que tem tudo, mas não é
feliz. Porque tudo pode ser útil na vida, mas só Cristo pode dar sentido à
existência.
Esta é sua grande oportunidade de aceitar
Jesus. Abra seu coração.
ORAÇÃO
Querido Pai,
como é maravilhoso saber que és
capaz de transformar vidas. Como é bom saber que nunca é tarde para dizer sim.
Neste momento quero que a esperança volte a brilhar em minha vida. Por favor,
Pai, abençoa-me e fortaleça-me em minhas necessidades. Em nome de Jesus. Amém
10
DO VAZIO Á PLENITUDE
Pr. Alejandro Bullón
Em nossos
dias, geralmente os pregadores, vão aonde estão as multidões. Com João Batista
acontecia o contrário, as multidões iam aonde ele estava. Seguiam-no desejosas
de ouvir a sua mensagem.
Qual era
o segredo do êxito na pregação de João ?
Que poder possuía aquele homem que era capaz de cativar a atenção de multidões?
Observe o que a Bíblia nos diz: No dia seguinte João estava outra vez ali, e
dois dos seus discípulos; E, vendo passar a Jesus, disse: Eis aqui o Cordeiro
de Deus. E os dois discípulos ouviram-no dizer isto, e seguiram a Jesus.E Jesus, voltando-se e vendo que eles o seguiam,
disse-lhes: Que buscais? E eles disseram: Rabi (que, traduzido, quer dizer
Mestre), onde moras?Ele lhes disse: Vinde, e vede.
Foram, viram onde morava, e ficaram com ele aquele dia; e era já quase a hora décima.Era André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que
ouviram aquilo de João, e o haviam seguido disse-lhe: Achamos o Messias (que,
traduzido, é o Cristo).E levou-o a Jesus. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu
és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que
quer dizer Pedro). (Jo. 1:35 - 42 )
Você
percebeu, meu amigo, qual era o segredo de João ? Ele exaltava o Cordeiro. E
quando o Cordeiro é exaltado não existem preconceitos humanos ou argumentos,
nem medos, nem temores ..... Jesus tem algo especial. Jesus tem uma capacidade
estranha de atrair as pessoas, de derrubar as barreiras, de quebrar
preconceitos e de acabar com os
argumentos.
Os
discípulos de João, começaram a seguir o cordeiro e quando Jesus viu que os
discípulos o seguiam . Perguntou-lhes ‘Que quereis , que buscais ?
Ah ,
querido , neste momento , embora não
possamos vê - Lo o senhor
Jesus está presente e faz a mesma pergunta ; “Por que você está aqui ? O que
você quer ? O que você procura ? E sabe por que Jesus pergunta isso ? Por que
nós seres humanos , temos às vezes , interesses muito egoístas para segui - Lo. Nós , seres humanos , seguimos a Jesus , porque
estamos muitas vezes precisando de um milagre para uma sanidade física porque
estamos desempregados ou porque precisamos de uma benção especial
O
interesse do ser humano sempre foi ; “Senhor , onde moras ? Para onde queres
levar - nos ?”Mas você nunca deve se
esquecer que quando Jesus esteve nesta Terra disse : As raposas têm covis, e as
aves do céu têm ninhos, mas o Filho do homem não tem onde reclinar a cabeça.
Mat. 8 :20.
Sem
dúvida , Jesus levou os discípulos aonde Ele morava . Jesus não tinha casa .
Jesus não tinha uma mansão com piscina , não tinha 4 carros na garagem .
Felizes os seres humanos que , hoje ,
podem ter tudo isto .Não se sinta envergonhado por ter uma boa casa . Não pense que você é menos cristão , só
porque tem um bom emprego ou um bom salário . Não pense que você ama menos a
Deus , por ter as bençãos de Deus . Mas muito cuidado , amigo , Jesus nunca
prometeu necessariamente , bençãos materiais para os seres humanos.
É verdade
que a Bíblia diz : Preparas uma mesa perante mim na presença dos meus inimigos,
unges a minha cabeça com óleo, o meu cálice transborda. “Sal. 23 : 5 “
Mas nesse
mesmo Sal. 23 , há outra parte que diz : Ainda que eu andasse pelo vale da
sombra da morte, não temeria mal algum, porque tu estás comigo; a tua vara e o
teu cajado me consolam. Sal. “23 : 4 “.
Se você
decide seguir a Jesus , poderá muitas
vezes pisar em espinhos , atravessar o vale de sombra e de morte , mas nunca
estará desamparado . Deus estará sempre
com você . Ele abrirá as portas . Ele mostrará uma saída . Você nunca estará
sozinho. Esta é a maravilhosa promessa
que Deus faz para você e para mim . O texto Bíblico continua dizendo que
aqueles discípulos , seguiram a Jesus e ficaram o dia todo com Jesus . Aqui há
uma grande verdade : aqueles que se aproximam de Jesus , simplesmente porque entenderam
que a vida não será vida sem Ele , com toda a certeza não permanecerão só um
dia com Jesus , permanecerão a vida toda com Ele .
E este é
, com certeza , o segredo para que uma pessoa que conheçe
a Jesus , nunca o abandone .Você pode abandonar uma igreja , uma religião , uma
doutrina , um grupo de amigos e de irmãos . Mas você nunca poderá abandonar o
Senhor Jesus , se realmente se apaixonou por Ele . Se você realmente entendeu
que a vida não pode ter sentido sem Ele . Voltemos ao verso bíblico : Era
André, irmão de Simão Pedro, um dos dois que ouviram aquilo de João, e o haviam
seguido.Este achou primeiro a seu irmão Simão, e
disse-lhe: Achamos o Messias (que, traduzido, é o Cristo).Jo
1 :40 , 41 .
Por favor
meu amigo , quero que compreenda muito bem o que vou dizer agora : André foi um
dos que descobriu Jesus e se apaixonou por Ele . Ele decidiu seguir a Jesus , e
foi com Ele para casa . Seguramente , ele viu que Jesus não tinha seu Reino neste mundo , não morava numa mansão . Quem segue a Jesus ,
muitas vezes , tem que andar na contramão da vida , tem que ser caçoado e às
vezes até humilhado e injustiçado . Mas apesar disto , André decidiu seguir a
Jesus . E agora perceba a primeira coisa
que André fez . Ele procurou seu irmão Pedro , que não era só seu irmão
, era colega de trabalho , ambos eram pescadores .
Talvez
você já se entregou a Jesus . Quer que esta experiência que você está vivendo
agora com Cristo não desapareça ?Quer que
esta experiência com Jesus continue crescendo cada dia ? Então faça o
que André fez : procure imediatamente um amigo conte para esse amigo o que
Jesus significa em sua vida , consiga uma Bíblia e comece a estudar a Palavra
de Deus com alguém que ainda não conhece . Comece a mostrar Jesus a seus amigos
. Vou lhe dizer uma coisa : enquanto você mostrar Jesus a alguém que não O
conhece , você vai estar crescendo em seu relacionamento com Jesus . Se você
recebe a palavra de Deus e a guarda somente para você , em poucos dias não terá mais vontade
de estudar a Bíblia , nem de orar , nem de procurar Jesus .
Existem
pessoas que estão na igreja a vinte ou 30 anos e se sentem um cadáver na vida
espiritual . Quer que lhes diga o por que ? Essas pessoas não estão contando
para outros do amor de Jesus . Se você não contar para alguém da maravilhosa
experiência que teve com Cristo , estará condenado à morte espiritual . Tem
muita gente no meio da igreja morrendo espiritualmente , porque não participa
da missão. Não testifica. Não conta para outros o que Jesus fez por eles . É
por isto que André , quando se apaixonou por Cristo procurou imediatamente ,
transmitir a boa nova que chegara à sua vida .
Você não
precisa bater à porta de desconhecidos . Você tem amigos , tem vizinhos , tem
colegas de trabalho , tem parentes . Conte para eles o que Jesus fez por você .
Convide alguém e conte a ele como a palavra de Deus o alimentou , como Jesus
colocou a paz em seu coração e transformou sua vida . Este é o segredo para uma
vida espiritual robusta .
André
pegou João pela mão e o levou a Jesus . E, olhando Jesus para ele, disse: Tu és
Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que
quer dizer Pedro) ( Jo . 1 : 42 )
Tu és
Francisco , tu és Roberto , és Luísa . Tu
és Rosa , és Maria . És Aparecida . Eu sei quanto você recebe por mês para poder viver . Eu sei quantos filhos
você tem . Conheço as tristezas de seu coração . Não há nada que você possa me
ocultar , conheço as lutas que você está enfrentando. Sei que você tem de
cumprir um compromisso financeiro e ainda não conseguiu o dinheiro. Sei que
está querendo comprar um carro novo e não pode. Sei que está desempregado, que
está preocupado com seu filho. Sei que seu lar está desintegrando e você está
pensando em separação. Sei que está com medo de fazer aquele exame porque
suspeita que está com câncer. Você tem medo da morte, do futuro. Eu conheço
você muito bem.” É o que Jesus diz.
Jesus
olhou para Pedro e disse: “Eu sei quem és tu.” Não há ninguém neste mundo que
possa dizer: ‘O Senhor não é capaz de entender os meus problemas”. Ele entende
os seus problemas sim. Não há uma lágrima que queira brotar de seus olhos que o
Senhor Jesus não conheça. Não há dúvida em seu coração que Jesus não
compreenda. Ele sabe que você está ouvindo esta mensagem porque tem interesse
em conhecê-Lo e se comprometer com Ele, ou se está ouvindo só por curiosidade.
Ele conhece tudo. Sabe se você é ateu, se é incrédulo, sabe se lá no fundo do
coração você não tem paz. Ele conhece tudo. Não há nada que o homem possa
ocultar dos olhos de Deus. “Eu sei que tu és Simão” disse Jesus. Mas Ele não
conhece somente o presente, Ele sabe também o seu passado. Percebe o que disse
para Simão ? Tu és Simão, filho de João. E, olhando Jesus para ele, disse: Tu
és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas (que
quer dizer Pedro) (Jo.
1: 42) Em outras palavras, conheço as tuas raízes, as tuas origens, conheço o
ambiente social em que você cresceu, filho de João. Conheço os teus traumas que
carrega desde a infância. Conheço os
complexos que você traz. Sei que você é assim como é; que esse é teu caráter.
Mas sei porque você é assim já que conheço também os seus pais, seus avós, seus
bisavós.
Estava
pregando em uma grande cidade da América do Sul, e durante a semana um rapaz me
procurou. Abraçou-me forte e me disse: “Pastor, por favor, me ajude. O senhor
tem que me ajudar”. Quando perguntei o que acontecia com ele, sua resposta foi:
“Tenho em meu corpo tendências das quais tenho vergonha. Eu não sou
homossexual, mas não sou porque conheço a
Palavra de Deus. Mas carrego dentro de mim uma tendência terrível para o
mal. Ah, Pastor, eu não quero ser assim, me ajoelho e clamo a Deus para Ele
tirar esta coisa que existe dentro de
mim. Não sou capaz de amar uma menina. Sinto-me atraído por pessoas do
meu próprio sexo. Eu sei que estou errado Pastor, vivo angustiado. Por favor me
ajude! Eu não quero me desligar de Jesus, não quero errar. Por favor me ajude.”
Meu amigo
olhe para Jesus que está dizendo: “Filho, se você não entende o seu caráter; se
você não compreende as raízes de seu próprio coração; se você não é capaz de
entender porque carrega esses traumas e machuca as pessoas que ama para depois
se arrepender e chorar, quero que saiba que Eu sei porque você é assim. Desde o
ventre de sua mãe Eu já o conhecia. Sei que tendências carrega em sua vida. Sei
que você é filho de “João”. Eu conheço seus ancestrais, a herança genética que
carrega, conheço todo o seu passado. Sei que quando era criança alguém abusou
de você e é por isso que hoje, mesmo tendo passado muito tempo não consegue ser
feliz. Eu sei que seu padrasto fazia você sentir-se inferior dizendo que você
não prestava para nada. E hoje você é um adulto que não consegue tirar isto da
cabeça, do seu inconsciente, é por isso que quando você inicia uma carreira não
termina; inicia um casamento, fracassa; porque aí dentro de sua mente você
carrega aquela sentença que ouviu muitas vezes desde criança: “Eu não sirvo
para nada.”
Como é
bom saber que Jesus é capaz de entender nossas raízes. Porque conhece não
somente nosso presente, mas também o nosso passado. Mas quer saber o mais
bonito de tudo ? Jesus olhou para Simão e disse: “Eu sei que tu és Simão”
conheço o teu presente, “sei que tu és filho de João”, conheço o teu passado,
mas sei que serás chamado Cefas E, olhando Jesus para
ele, disse: Tu és Simão, filho de Jonas; tu serás chamado Cefas
(que quer dizer Pedro) Jo. 1: 42
Em outra
palavras: conheço também o teu futuro, tu serás chamado “Cefas”,
que quer dizer Pedro. Não importa quem é você, não importa quão longe tenha
ido, quão baixo tenha caído, ou quão terrível seja o seu temperamento. Não
importa que traumas você carregue em sua mente , não importa o seu passado, se
você foi um drogado, uma prostituta, um homossexual, assassino, ladrão; seu
passado não importa Jesus disse para Simão: “Tu serás chamado Pedro”. “Eu quero
mostrar para ti” disse Jesus, todo o futuro maravilhoso que preparo para ti .
“Tu mudarás de nome”, e , biblicamente, o nome era o caráter da pessoa, na
Bíblia se colocava o nome numa pessoa segundo o seu caráter. Então quando Jesus
disse para Simão ‘não serás mais Simão, serás Pedro, estava dizendo: ‘Vou
transformar a sua vida, vou mudar o teu caráter que tem lhe trazido tantos
problemas. Eu sou capaz , disse Jesus, de transformar a tua vida. Olha para o
futuro que Eu tenho preparado para você ! Você não nasceu para andar neste
mundo carregando complexos e traumas. Você não nasceu para andar nesta vida
sofrendo, sentindo-se perdido e sem esperança. Há esperança para mim e para
você. Sabe porquê ? Porque Jesus morreu na cruz do Calvário, porque Ele pagou o
preço dos nossos pecados . Na cruz há esperança, meu amigo ! Não existe nada
que Jesus não possa transformar, não há nada que Jesus não possa mudar,
complexos que não possa tirar, nem traumas que Ele não possa arrancar.
Pergunto:
Está sofrendo ? Está porventura carregando a tristeza de uma vida castigada
pelo pecado ? Está desesperado por algum motivo ? Esconde uma lágrima que
ninguém conhece, que só Jesus sabe ? Está com o coração partido, sangrando por
dentro ? Ouça isto : “Jesus sabe quem é você “. Ele conhece o seu passado e já
apagou na cruz do Calvário. Agora em seu presente Ele quer operar as grandes
obras de vitória. Você não viverá eternamente neste mundo cheio de miséria, dor
, morte e de enfermidades. A noite deste mundo , queridos, durará pouco, logo logo, sairá o Sol da aurora eterna. Jesus virá procurar
você, Seu filho amado e o levará para viver num país maravilhoso.
.
11
DO
PRECONCEITO À SALVAÇÃO
Pr.
Alejandro Bullón
Imagine
junto comigo um marginal que agride física e sexualmente uma mulher e depois a
mata. Você acha que existe salvação para uma pessoa de sentimentos tão
endurecidos? Você conhece alguém que já desceu tão baixo na vida que as
possibilidades de recuperação são completamente remotas? Quer saber o que diz a
Bíblia a respeito?
No livro de São João lemos o seguinte:
"Deixou a Judéia, e foi outra vez para a Galiléia.
E era-lhe necessário passar por Samaria."
(João 4: 3 e 4)
A Judéia ficava ao sul, a Galiléia na parte norte, e entre ambas estava localizada
Samaria. Qualquer pessoa que quisesse fazer esse trajeto deveria ir em linha
reta.
Os judeus tinham uma atitude estranha.
Desviavam-se para o lado oeste, atravessavam o rio Jordão e subiam pelo
deserto. Quando percebiam que já tinham passado Samaria, saiam do deserto e
entravam na Galiléia. Com isso, andavam vários
quilômetros a mais.
Por que faziam isso? Por que gastavam tanto
tempo e energia andando pelo deserto?
A razão era simples: não queriam passar
pela terra maldita dos samaritanos. Na opinião deles, o povo de Samaria não era
digno da salvação. Numa ocasião um discípulo sugeriu que seria bom que caísse
fogo do céu e consumisse aquela gente.
Na opinião dos judeus, os samaritanos eram
pessoas que tinham brincado demais com as oportunidades divinas, tinham
endurecido tanto o coração que para eles já não restava esperança de salvação.
Mas o texto diz que era necessário que
Jesus fosse a Samaria, porque para Ele não existe gente sem esperança, para Ele
não existe caso perdido.
Nós, os seres humanos, perdemos as
esperanças facilmente. Com freqüência, sou procurado
por pais aflitos expressando a tragédia de seus filhos:
– Pastor, já fiz de tudo para ajudar meu
filho. São anos de escravidão nas garras do vício. A droga tem acabado com
todos os seus sonhos, ideais e valores. Acho que para ele já não há mais
solução.
Existem esposas que perderam a alegria da
vida porque o esposo tem sido infiel aos votos matrimoniais muitas vezes. De
nada adianta as promessas e decisões que o marido toma. Na opinião da esposa,
já não existe mais esperança de recuperação para esse homem.
Devemos ser cuidadosos ao rotular as
pessoas pensando que não existe saída para elas, porque para Jesus não existe
um caso perdido. Por isso, era necessário que Ele fosse para Samaria.
Naquela região, especificamente na cidade
de Siquém, vivia uma mulher, que na opinião dos
samaritanos, não tinha mais recuperação. Jesus a conhecia muito bem; conhecia o
vazio do coração daquela mulher. Tinha ouvido seu clamor silencioso nas noites
intermináveis de insônia que vivia atormentada pelo peso da culpa. Por isso
era-lhe necessário passar por Samaria. Jesus nunca permanece indiferente diante
das necessidades do ser humano.
O mundo cristão conhece a mulher samaritana
como a pecadora que andava roubando o marido de todas as mulheres da cidade.
Mas poucos se detiveram a pensar nas raízes do problema daquela mulher.
Ela não tinha nascido adúltera. Era uma
mulher sonhadora que desde jovem experimentara o vazio do coração humano. Era
uma mulher sincera a procura de um sentido para a vida. Andou por muitos
caminhos, alguns deles escabrosos, a procura de algo concreto, mas tudo o que
achava, depois de tanto esforço, durava pouco tempo.
Casara-se muito jovem pensando que o
casamento preencheria aquela sensação horrível de vazio que doía dentro do
coração, mas o casamento não durou muito. Outra pessoa em seu lugar abandonaria
esse caminho. Ela não. Ela não se dava por vencida facilmente.
Tentou de novo outros casamentos. Também
não deram certo. A história bíblica diz que ela tentou 5 vezes, mas o fim de
todas essas tentativas foi o fracasso. A samaritana continuava sendo uma mulher
vazia. Os minutos de alegria lhe escapavam como areia por entre os dedos.
O fato de passar de mão em mão pelos homens
da cidade, era o grito desesperado de seu coração procurando um sentido para a
sua existência.
Pensemos um pouco na situação desta mulher.
Todos os dias ela acordava, corria ao banheiro procurando água e encontrava o
cântaro vazio, apesar de tê-lo enchido no dia anterior. Então pegava o cântaro
vazio e dirigia-se ao poço de Jacó para buscar mais água. Essa água só lhe
duraria 24 horas. No dia seguinte ela teria que retornar ao poço. Essa rotina
era massacrante em sua vida: sempre procurando alguma coisa e o que achava
durava pouco tempo. Não era uma simples leviandade que a levara a ter a fama de
adúltera inveterada.
Amigo querido, é perigoso julgar as pessoas
simplesmente pelos seus atos. Você pode ver um bêbado jogado na sarjeta e
pensar que é um pobre homem sem força de vontade, mas não se apresse a
condená-lo. Você não conhece os motivos que o levaram a essa situação.
– Como? – você diz, – a Bíblia não ensina
que as pessoas são conhecidas pelos seus frutos?
É verdade, mas é verdade também que
precisamos entendê-las pelas raízes.
O que leva um jovem a usar drogas? Sem
dúvida nenhuma, a droga é uma fuga, e quando a pessoa fica viciada é fácil cair
no crime para sustentar o vício. Mas qual foi o início de tudo isso? O que essa
pessoa buscava nas sensações alucinantes dos efeitos passageiros da droga?
Você já foi traído alguma vez? Não condene
o amigo que o traiu. Tente entendê-lo. O que o levou a traição? Que complexos
esconde esse pobre homem por trás de sua atitude covarde?
Todos temos uma herança genética, cultural,
social e familiar que de alguma forma influi em nossos atos. Todos temos
motivações inconscientes que nos assustariam se as entendêssemos completamente.
Então, por favor, sejamos misericordiosos com a samaritana. Vamos tentar
compreendê-la antes de condená-la.
Naquele dia, a samaritana saiu de casa com
o cântaro nos ombros para cumprir a rotina da sua vida. Mas aquele dia seria
diferente; Jesus seria a diferença. Ele sempre é a diferença entre o fracasso e
o sucesso, entre as trevas e a luz, entre o desespero e a esperança, entre o
vazio e a plenitude.
O texto bíblico diz que Jesus estava
sentado perto do poço, cansado da viagem.
Como? Jesus era Deus. Deus não se cansa.
Mas na pessoa de Jesus, Deus se fez homem para poder alcançar o pobre homem
condenado à morte. Emociona-me pensar em Jesus cansado. Pergunto-me às vezes, o
que Ele viu em mim para deixar a glória celeste e se fazer homem para me
buscar? Nunca O entenderei! Mas o que teria sido de você e de mim se Ele não
tivesse vindo nos buscar?
O encontro com Jesus mostrou àquela mulher
que além de vazia por dentro, era um ser humano cheio de preconceitos.
Nunca saberemos na realidade quem somos até
que nos encontremos face a face com Jesus. Separados dEle,
seremos incapazes de conhecer a nós mesmos. Separados dEle,
seremos vítimas fáceis do complexo de superioridade ou de inferioridade. Jesus
é o único capaz de mostrar-nos uma imagem equilibrada de nós mesmos.
Analisemos o encontro. É Jesus que inicia o
diálogo. A iniciativa da salvação sempre é divina. Não é o homem que quer ser
salvo; é Deus que quer salvar o homem. A nossa aceitação é simplesmente a
resposta ao trabalho que o Espírito está realizando em nosso coração. A
iniciativa da salvação sempre é divina. "... Dá-me de beber." (João 4:7)
Por que o Rei do universo, o Criador do Céu
e da Terra, o Dono de todas as fontes das águas, pede de beber?
"Se eu tivesse fome, não to diria, pois meu é o mundo e a sua plenitude."
(Salmo 50:12) Diz Davi. Por que então Ele pediu água a samaritana?
Aqui, há algo que precisamos compreender.
Deus nunca nos pede algo porque precisa do ser humano. Ele pede porque tem algo
maior para nos oferecer.
"Dá-me, filho meu, o teu
coração..." (Provérbios 23:26) Para quê Deus
precisa deste coração egoísta que temos? Ele pede porque tem algo maior para
nos oferecer. Não esqueça disso!
Voltemos aos preconceitos da samaritana.
Ela não sabia que era preconceituosa. Seus preconceitos se revelaram na
presença de Jesus: "... Como, sendo tu judeu, me pedes de beber a mim, que
sou mulher samaritana? (porque os judeus não se comunicam com os
samaritanos)" (João 4:9)
Pobre mulher! Durante toda sua vida tinha
carregado um vazio interior em seu coração. Tentando preencher esse vazio,
tinha andado por caminhos estranhos, tinha se machucado e machucado muita
gente. Tinha descido a um poço de angústia e desespero. Sua vida não tinha
brilho, nem alegria, nem maiores perspectivas. Tudo era uma grande rotina que a
asfixiava.
Agora estava ali, diante de sua grande
oportunidade. Jesus tinha deixado tudo de lado e dirigido-se
a Siquém para transformar sua vida, mas o preconceito
quase põe tudo a perder.
O preconceito tem trazido tanta dor a nossa
vida! Não feche seus ouvidos à Palavra de Deus simplesmente porque nasceu
"samaritano". Não permita que tradições e preconceitos o impeçam de
analisar por você mesmo o plano que Deus deixou para você na Sua Palavra.
Quer ver outro preconceito da samaritana?
"... Senhor, tu não tens com que a tirar, e o poço é fundo; onde pois tens
a água viva?" (João 4:11)
Não havia lógica na promessa de Jesus. Do
ponto de vista humano, a mulher estava certa. O poço era fundo e Jesus não
tinha corda e nem balde para tirar a água. Como podia oferecer algo que
humanamente era impossível conseguir?
É pensando deste modo que muita gente
sincera hoje fica carregando dentro de si a sede permanente da insatisfação:
– Como pode Jesus resolver o meu problema?
Dê-me uma explicação lógica. Explique-me como isso se encaixa nos princípios da
psicologia. Apresente-me argumentos razoáveis; não me diga que tenho
simplesmente que acreditar.
A resposta de Jesus não apresentou nenhum
argumento que satisfizesse a curiosidade lógica da samaritana. Ele se limitou a
falar dos benefícios daquilo que estava oferecendo. "... Qualquer que
beber desta água tornará a ter sede; mas aquele que beber da água que eu lhe
der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte d'água
que salte para a vida eterna." (João 4:13 e 14)
Era disso que ela estava precisando. Uma
água cujos efeitos não acabassem nunca. Estava cansada de soluções passageiras.
Precisava de algo duradouro. Em sua vida tinha tentado analisar as coisas
logicamente, sempre tinha aceitado um argumento depois de raciocinar muito em
torno dele, mas de que tinha servido? Quanto tempo tinham durado suas soluções
lógicas? Por que não dar àquEle estranho um voto de
confiança? "... Senhor, dá-me dessa água, para que não mais tenha sede, e
não venha aqui tirá-la." (João
4:15)
Mas agora Jesus a confronta com o seu
passado. Ela não podia continuar fugindo dele e fingindo que estava tudo bem.
Por mais doloroso que fosse, devia reconhecer quem era. O médico só pode curar
alguém que reconhece que está doente e que quer ser curado. "Disse-lhe
Jesus: Vai, chama o teu marido, e vem cá. A mulher respondeu, e disse: Não
tenho marido. Disse-lhe Jesus: Disseste bem: Não tenho marido; Porque tiveste
cinco maridos, e o que agora tens não é teu marido; isto disseste com
verdade." (João 4:16-18)
Será que Jesus gosta de atormentar uma
pessoa lembrando-a de seu passado? Não, claro que não. Mas Ele sabe que para
curar uma ferida, é preciso limpá-la, embora isso possa doer. Não existe
presente sadio sem um passado limpo. Não é ignorando o passado e fingindo que
nunca existiu que poderemos construir um presente sadio. É preciso reconhecer o
passado, a culpa e os erros para então levá-los a Jesus. Nada de explicações.
Ninguém precisa justificar seus erros. Erros precisam ser perdoados e
corrigidos, não explicados.
Conheci um jovem aparentemente fracassado
na vida. Iniciara vários cursos universitários e não concluira
nenhum deles. Tinha fracassado em dois casamentos e os filhos não queriam ficar
com ele. Não conseguia manter-se empregado e qualquer empreendimento próprio
terminava em falência.
Quando o conheci, ficou muito tempo
tentando explicar seu insucesso. Jogava a culpa nas ex-esposas, dizia que os
filhos não queriam vê-lo porque "elas faziam a cabeça das crianças".
Queixava-se da falta de oportunidade, criticava os ex-patrões,
jogava a culpa no governo por causa da
situação que o país vivia e que não lhe permitia prosperar em seus
empreendimentos. Enfim, todo mundo era culpado. O fato de estar experimentando
drogas era seu grito de protesto contra a família e a sociedade.
Gastamos muito tempo conversando. Tentei
confrontá-lo carinhosamente com sua própria realidade. Nada mudaria se ele não
limpasse a ferida infeccionada. Teria que limpar o passado purulento, mas antes
era preciso reconhecer que o passado existia e estava cheio de erros.
Chorou, chorou porque doía sem dúvida. Mas
caiu aos pés de Jesus e clamou:
– Senhor, dá-me de beber desta água para
que nunca mais tenha sede.
E o Senhor abriu os braços e o recebeu.
O tempo passou. Hoje as coisas são
diferentes. Reconstruiu o lar com uma das ex-esposas, é um pai querido, um
esposo feliz e um profissional realizado.
Esse Jesus maravilhoso está neste momento
perto de você com os braços abertos. Não permita que seus preconceitos o
impeçam de abrir o coração e dizer:
– Senhor, dá-me dessa água para que nunca
mais tenha sede.
Se você já correu muito por essa vida,
procurando um sentido para sua existência, experimente Jesus. Com Ele, a
cultura, o dinheiro, o poder e a fama ganham maior brilho. Tudo se encaixa,
tudo tem razão de ser.
Abra o coração e aceite a Jesus.
AO AMADO
Letra:
Guilherme Kerr
Música:
Sérgio Pimenta
Ao Amado
de minh'alma cantarei.
Fica bem
cantar louvores a Jesus.
Como sóis
de intensidade em plena luz,
tal a
glória do Amado eu cantarei.
Ele é meu
Amado, meu Salvador
Senhor da
Vida e preferido meu.
Ele é luz
que arde em resplendor.
É aquele
que a Bíblia diz ser Deus.
Autor da
vida, Cristo, meu Senhor.
Amado
meu, pra sempre, Amado meu.
É Jesus
razão maior de eu viver
De
existir, de conhecer e prosseguir
sem
jamais desanimar frente ao porvir;
de lutar,
cansar, mas nunca esmorecer.
Gravado
por Sonete no EELP - 0194 do Ministério "Está Escrito"
Oração
Pai
querido, esse hino é o clamor silencioso de meu coração. Estou abrindo o
coração a Jesus. Tu conheces a minha história. Por favor, responda esta petição
sincera. Amém.
Caso você
queira aprofundar o seu conhecimento da Bíblia,
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Telefone
(021) 284-9090
Fax (021)
254-7165
12
DA CULPA AO PERDÃO
Pr. Alejandro Bullón
Alguma vez você já se sentiu
rejeitado, condenado e sem direito a se aproximar de Jesus? Alguma vez você já
sentiu que apesar de todos os bens materiais que conseguiu na vida continua
havendo uma sensação de vazio lá dentro do seu coração que não o deixa ser
feliz? Então sua vida tem muito a ver com a história de Zaqueu.
Vamos ver o que podemos
aprender com a história de Zaqueu: "E, tendo Jesus entrado em Jericó, ia
passando. E eis que havia ali um varão chamado Zaqueu; e era este um chefe dos
publicanos, e era rico. E procurava ver quem era Jesus, e não podia, por causa
da multidão, pois era de pequena estatura. E, correndo adiante, subiu a uma
figueira brava para o ver; porque havia de passar por ali. E, quando Jesus
chegou àquele lugar, olhando para cima, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce
depressa, porque hoje me convêm pousar em tua casa" (Lucas 19:1-5).
Zaqueu é apresentado na Bíblia
como o símbolo do homem pecador. A história diz que Zaqueu era rico. Homens
ricos geralmente usam roupas finas e caras. É interessante notar que às vezes,
o pecador é simbolizado na Bíblia por um homem pobre, mal vestido ou quase nu,
como no caso do filho pródigo, que voltou para casa vestindo trapos de
imundícia e cheirando a porcos. Como na história de Maria Madalena, que foi
arrastada pelos cabelos, seminua; ou como no caso do cego de nascença que
ficava na porta do templo pedindo esmolas.
Já outras vezes, o pecador é
simbolizado por um homem rico e bem vestido, como no caso de Naamã, o capitão do exército sírio, que por trás das suas
vestes finas e condecorações gloriosas, escondia a miséria de uma lepra
consumindo sua vida.
Este também era o caso de
Zaqueu, que aparentemente tinha tudo para ser feliz: usava roupas finas, seus
filhos talvez estudassem em escolas particulares de primeira classe, morava
numa das mansões da cidade de Jericó, mas não era feliz. Sentia-se rejeitado
pela sociedade e atormentado pela própria consciência.
Por que o pecador às vezes é
simbolizado por um homem pobre e quase nu, e outras por alguém rico e bem
vestido? O que Deus está querendo nos dizer?
Sabe, o que Ele está dizendo é
que perante Seus olhos, todos os seres humanos são pecadores, com apenas uma
diferença: uns são flagrados em seu erro, e seu pecado é descoberto e exposto
para vergonha pública. Dedos acusadores levantam-se muitas vezes para
apontá-los e condená-los; estão nus. Outros, perante os olhos divinos, são tão
pecadores como os primeiros, mas a lepra do pecado está oculta embaixo de uma
vestimenta brilhante. Podem passar pela vida sem que nunca ninguém descubra seu
erro. Estão vestindo roupas finas, mas infelizes, desprezados, vazios por
dentro, como Zaqueu.
Esses dois grupos precisam de
Jesus. Precisam entender que aos olhos da igreja e da sociedade podem ser
diferentes, mas são iguais aos olhos de Deus.
Zaqueu procurava ver
"quem era Jesus". Estava certo. Vivia uma vida de pecado, usava para
proveito próprio a posição que o governo tinha lhe confiado, mas estava certo
em sua busca. Cristianismo não é moralismo. A primeira preocupação não deveria
ser o que farei ou o que não farei e sim quem
é Jesus, a quem amarei e a quem servirei?
No caminho de Damasco a
primeira pergunta de São Paulo não foi: "Que queres que eu faça?",
mas sim, "Quem és, Senhor?"
Cristianismo nunca foi apenas
o cumprimento dos quês da igreja, mas
acima de tudo fidelidade ao Quem, àquEle que nos
achou, nos amou, nos perdoou, e nos transformou.
Zaqueu estava certo. Procurava saber quem era Jesus, mas não podia, por
causa da "multidão". Qual era a grande dificuldade? Sua pequena
estatura? Seu peso? Sua raça? Sua posição social? O que fazia sentir-se
indigno? Sua pouca ou muita instrução? Não, isso nunca foi problema para chegar
a Jesus. Era a multidão que não lhe permitia aproximar-se do único capaz de preencher-lhe o coração e transformar-lhe a vida.
Você já percebeu que durante o
ministério de Cristo na Terra, as multidões sempre atrapalharam a obra da
redenção? Lembra do paralítico que um dia precisava desesperadamente de Jesus
para ser curado, mas não podia chegar perto dEle por
causa da multidão? Os amigos tiveram que fazer um buraco no teto para que
pudesse chegar ao Salvador.
Já leu a história da mulher
com fluxo de sangue que teve que abrir caminho em meio à multidão para poder
tocar o manto de Cristo?
Consegue imaginar o cego que
precisava de visão, clamando em alta voz: "... Jesus, Filho de Davi, tem
misericórdia de mim!" (Lucas 18:38)
As multidões ordenaram-lhe guardar silêncio, mas ele continuou gritando.
As multidões sempre se
consideraram fiscais da salvação. "Você não, porque é leproso."
"Você sim, passe adiante." "Você espere, está imundo; primeiro
tome um banho, está cheirando mal, para chegar perto de Jesus."
Certo dia a multidão queria
impedir que as crianças se aproximassem do Mestre. Então a voz doce de Jesus
disse: "... Deixai vir os meninos a mim, e não os impeçais; porque dos
tais é o reino de Deus" (Marcos 10:14).
Multidões! Deus tenha
misericórdia das multidões que andam com uma vara de medir a fé e dizer quem é
digno e quem não é. Que Deus nos ajude a mostrar ao mundo quem é Jesus. Que
Deus nos ensine a tomar a mão dos que se sentem derrotados, tristes, frustrados
e rejeitados. Que nos mostre como segurar o braço dos que pensam que nunca
conseguirão. Que nos ajude a amá-los, a compreendê-los, a levá-los a Jesus.
Zaqueu sentia-se indigno e
pecador. Porém, a multidão o fez sentir-se mais indigno e pecador ainda. Então
o homem rico de Jericó pensou que o melhor seria ficar de fora e limitar-se a
olhar a Jesus de longe. Foi aí que caiu no erro de muitos hoje, que pensam que
cristianismo é seguir a Jesus de longe.
Cristianismo, meu amigo, é um
relacionamento diário e permanente com Jesus. Não importa se a multidão
dificulta sua aproximação dEle. Faça como o
paralítico, que entrou pelo teto, ou como a mulher com o fluxo de sangue, que
abriu espaço entre a multidão, ou então clame como o cego: "Jesus, Filho
de Davi, tem misericórdia de mim!" Mas não fique em cima da árvore. Não
existem desculpas para ficar longe, na passividade de um sicômoro ou na
indiferença de quem vê Jesus passar. Cristianismo é compromisso com Jesus, é
envolvimento com Sua igreja, é a participação de Sua missão. Cristianismo nunca
foi contemplar Jesus comodamente de um sicômoro, enquanto se ruminam mágoas e
ressentimentos e se é consumido por lembranças tristes que a multidão imprimiu
dolorosamente em sua vida. Não, cristianismo é chegar perto de Jesus, apesar da
multidão.
Jesus atravessava a cidade
seguido pela multidão, e lá estava Zaqueu em cima de um sicômoro. Por que será
que os homens estão sempre plantando árvores para ficar em cima vendo Jesus
passar? Zaqueu estava em cima de um sicômoro. Mas podia ter sido uma árvore de
preconceitos, temores ou dúvidas. Quem sabe uma árvore de mágoas,
ressentimentos ou simplesmente de orgulho e incredulidade. Tanto faz.
De repente, Jesus parou e, em
meio de tanta gente, olhou para Zaqueu: "... Zaqueu, desce depressa,
porque hoje me convêm pousar em tua casa" (Lucas 19:5).
Tenho tentado muitas vezes
imaginar aquela cena. Imagino Zaqueu olhando de um lado para outro,
desconcertado, querendo que Jesus estivesse falando com ele, mas com medo de
receber uma resposta negativa ao perguntar:
— É comigo, Senhor? Não está equivocado? Eu sou Zaqueu, um ladrão, um
homem injusto. É comigo que vai jantar esta noite?
Você já pensou, meu amigo, que
naquele dia havia milhares de pessoas junto a Jesus? Centenas de homens e
mulheres que lutavam um contra o outro por um lugar especial perto de Jesus?
Cada um sentindo-se com mais direito do que o outro, e de repente o Mestre olha
para quem não esperava nada, para quem se sentia indigno, insignificante,
perdido entre os galhos de um sicômoro, e o chama pelo nome:
"Zaqueu"?
Assim são as coisas com Jesus.
Para Ele não existem multidões, existem pessoas. Para Ele você não é apenas um
produto ou um número na estatística. Você
é gente. Ele se preocupa com você, com seus sentimentos, com seus
sonhos, alegrias e tristezas. Ele chora com sua dor e se alegra com seus
sorrisos. Você é tão importante para Ele que um dia Ele deixou tudo e veio a
este mundo para buscá-lo. Ele sabe seu nome, onde você mora, conhece suas
ansiedades, sabe que você pode estar tentando ser um homem resistente ao apelo
divino, dizendo para si: "Eu só quero vê-lo de longe." Mas na
realidade você é um homem solitário e sincero que precisa dEle
como todo ser humano.
— É comigo, Senhor? — você
pergunta.
— Sim, é com você, Henrique,
Isaura, Francisco, Aparecida, é com você mesmo.
— Mas, Senhor! Eu fumo, bebo,
tenho uma vida irregular, eu sou indigno.
— Não importa, é com você. É
por você que Eu vim, Eu o amo não pelo que você faz ou deixa de fazer, mas pelo
que você é: um ser humano maravilhoso, apenas isso Nunca terei palavras para
agradecer a Deus, porque um dia, entre bilhões de seres humanos, o Senhor Jesus
Se deteve no caminho da vida e olhou para mim. Não me achou em cima de uma
árvore. Achou-me atrás de um púlpito, com uma régua na mão para medir o
"cristianismo" da minha igreja sem medo de apontar o pecado
"pelo nome", pregando sobre o amor de Deus sem jamais tê-lo
experimentado, vestindo a imagem de um jovem pastor muito preocupado em
descobrir os "pecados ocultos", para levar à igreja a reforma.
E o Senhor Jesus, com sua voz
mansa disse: — Filho, desce dessa
árvore de apóstolo da reforma. Quero ficar com você, quero que Me conheça de
verdade e compreenda que as coisas não são assim como você pensa. Quero que
saiba que não é com o regulamento numa mão e a vara na outra que se reformam as
vidas.
A maneira como Jesus tratou a
Zaqueu é a maneira como Ele quer levar Sua igreja ao reavivamento e à reforma
completa.
Veja que Jesus não olhou para
Zaqueu e disse:
— Zaqueu, você é um ladrão. O
que você faz é uma vergonha. Estou disposto a lhe dar o privilégio de Me
hospedar, mas antes quero que você confesse publicamente que é ladrão, e que
devolva o dinheiro que roubou dos outros.
Eu imagino que era isso que a
multidão esperava. Mas Jesus não fez nada disso. Havia algo de maravilhoso com
Ele. Os pecadores se sentiam amados na Sua presença. Quer dizer que Ele apoiava
a vida errada dos homens? Não. Claro que não. A conduta deles é que mudava. Mas
Ele nunca os fazia sentir mais pecadores do que já eram. Não precisava
agredi-los para inspirar neles o desejo de mudança de vida.
E agora vejamos a atitude de
Zaqueu. O que foi que ele fez? Será que ele desceu do sicômoro e disse para
Jesus:
— Obrigado, Senhor, por
lembrar-te de mim. Eu nunca poderei agradecer-te pelo fato de olhares para mim
em meio de tanta gente. Agora fica um pouco aqui. Deixa-me ir e arrumar a casa.
As coisas não estão bem por lá. Deixa-me fazer uma faxina completa e preparar
uma refeição gostosa, então voltarei e iremos juntos.
Foi isso que Zaqueu falou?
Não. Por que não? Porque se pudéssemos deixar Jesus aguardando para primeiro
limpar a casa não precisaríamos dEle.
Aqui está envolvido o
maravilhoso princípio da justificação, que é pela fé, e da santificação, que
também é pela fé. É Ele que limpa a vida. É Ele que coloca as coisas em ordem.
É Ele que corrige, que conserta, que purifica. Por favor, nunca cometamos a
tolice de agradecer a Deus pelo perdão e depois, sozinhos, tentemos colocar a
vida em ordem.
Que foi que Zaqueu fez? Acho
que ele colocou sua mão na mão de Jesus. Era um homem solitário, rejeitado pela
sociedade e que precisava que alguém lhe restaurasse o senso de humanidade. Ali
estava uma mão estendida com amor, e ele agarrou-se a ela, apesar de ser um
publicano, um ladrão, um pecador.
A multidão não ficou contente
com a atitude de Jesus. "Ah!", pensaram no coração, "Ele parecia
ser o Messias, mas em lugar de condenar os pecadores, recebe-os, junta-Se a
eles e não os repreende".
Você já pensou que enquanto
Jesus esteve na Terra nunca condenou os derrotados, os marginais, os ladrões ou
as prostitutas? As poucas vezes que Ele condenou alguém, foram aqueles que
achavam que estava tudo bem com eles, aqueles que se consideravam os guardiões
da fé, a norma de vida de seus semelhantes.
Graças a Deus porque Jesus
veio a este mundo buscar os perdidos, os derrotados, os cansados de lutar sem
nunca conseguir. Se você é um deles, alegre-se e louve o nome do Senhor, porque
foi por você que Ele veio.
Ele o está procurando, não
importa onde você esteja, onde se escondeu, ou para onde fugiu. Um dia a voz de
Jesus o alcançará e o chamará pelo seu nome, e talvez isso esteja acontecendo
neste momento.
Você está tremendo em cima do
sicômoro da vida, sente-se rejeitado, triste, frustrado? Sente que nunca vai
conseguir? Ouça a voz do Mestre dizendo:
— Filho, Eu amo você. Desça
daí, quero ficar com você, quero entrar em sua vida e colocar cada coisa em seu
lugar. Quero limpar o que tem que ser limpo, consertar o que tem de ser
consertado.
Olhe agora para Zaqueu.
Nenhuma palavra. Apenas caminhavam juntos, de mãos dadas, e aquele laço de amor
penetrou na vida daquele publicano. Enquanto caminhavam juntos, a vida de
Jesus, Seu poder, Sua vitória, transmitiu-se para o pobre homem, gerando nele o
desejo de mudar de vida. Depois Zaqueu levantou-se e disse: "... Senhor,
eis que eu dou aos pobres metade dos meus bens; e, se nalguma coisa tenho
defraudado alguém, o restituo quadruplicado" (Lucas 19:8).
Este é o resultado inevitável
de estar em Jesus e andar com Ele. É impossível andar com Jesus e conviver com
o pecado ao mesmo tempo. Essas coisas não combinam.
Que dia extraordinário aquele!
No início, Zaqueu não passava de um homem solitário, frustrado e vazio, apesar
de sua invejável posição social e financeira. No fim do dia era um homem feliz,
completo, transformado em Cristo.
Zaqueu conhecia os dois lados
da vida. O desespero e a esperança, o vazio e a plenitude, a tristeza e a
alegria, a condenação e o perdão, a derrota e a vitória. Certamente Zaqueu
podia dizer: "Jesus, Tu és a Minha Vida".
JESUS, TU ÉS A MINHA VIDA
Letra e Música: Costa Junior
Jesus, Tu és a minha vida.
Jesus, Tu és o meu cantar.
Tu és a estrada mais bonita,
por onde eu devo caminhar.
Jesus, Tu és a primavera
que faz a vida florescer.
Tu és a chama da alegria
que faz brilhar todo o meu ser.
Jesus, Tu és a melodia,
a voz, o canto, a emoção.
Tu és a força que me inspira
a dar louvor na provação.
Jesus, Tu és a esperança
que faz vibrar meu coração.
Jesus, Tu és a energia.
Que move a vida do cristão.
Jesus, Tu és o meu caminho.
Verdade, vida e salvação.
Jesus, Tu és a minha glória,
motivo de minha adoração.
Jesus, Tu és meu Pai querido
a quem dedico meu viver.
Tu és pra sempre a minha vida.
Jesus, és vida de meu ser.
Jesus, Tu és a minha vida!
Gravado por Sonete no LP nº 800 da Gravadora Bompastor
ORAÇÃO
Senhor, muito obrigado. Obrigado porque um dia me achou em cima da
árvore que plantei para permanecer indiferente a Ti. Obrigado porque neste
momento posso ouvir Tua voz me chamando pessoalmente. Estou respondendo ao Teu
chamado. Abençoa-me sempre. Em nome de Jesus. Amém.
13
QUEREMOS
VER JESUS
Pr.
Alejandro Bullón
Aonde vão as pessoas quando querem conhecer
a Jesus? Qual é a glória que o cristianismo oferece? Por que as pessoas apesar
de entenderem e sentirem que só Cristo é capaz de preencher o vazio do coração
humano, têm medo de se comprometer com Ele?
"No dia seguinte, ouvindo uma grande
multidão, que viera à festa, que Jesus vinha a Jerusalém, tomaram ramos de
palmeiras, e saíram-lhe ao encontro, e clamavam: Hosana; Bendito o rei de
Israel que vem em nome do Senhor... Ora havia alguns gregos, entre os que
tinham subido a adorar no dia da festa. Estes, pois, dirigiram-se a Filipe, que
era de Betsaida da Galiléia,
e rogaram-lhe, dizendo: Senhor, queríamos ver a Jesus... E Jesus lhes
respondeu, dizendo: É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser
glorificado... Agora é o juízo deste mundo, agora será expulso o príncipe deste
mundo. E eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim mesmo... E,
ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam nele... Apesar de
tudo, até muitos dos principais creram nele, mas não o confessavam por causa
dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga. Porque amavam mais a glória
dos homens, do que a glória de Deus" (João 12:12,13,20,21,23,31,32,37,42,e
43).
Havia uma grande festa em Jerusalém, era a
época da páscoa. Multidões chegavam de todos os cantos da Terra. Mas aquela
festa espiritual tinha perdido completamente sua razão de ser. Tinha virado uma
grande reunião de negócios, um grande encontro social, uma simples oportunidade
de conhecer novos amigos e nada mais. Só que desta vez havia uma diferença:
Jesus estaria presente; e quando Jesus está presente, tudo sai da rotina.
Naquela grande festa, onde chegavam homens
de todos os cantos, chegaram também uns gregos, estes vinham de uma terra
distante. Os gregos tinham uma religião pagã e cheia de idolatria. Eles criaram
muitos deuses para si. Endeusavam até o conhecimento humano e a cultura. Mas
parece que tudo isso não os satisfazia. A multidão de deuses que tinham não
preenchia o vazio do coração. Isto os levava de uma religião à outra, buscando
respostas para as inquietudes íntimas. Foi assim que acharam a religião Judaica,
mas parece que esta também não preencheu o vazio que
carregavam.
Olhe para os gregos: tinham deixado sua
religião pagã e idólatra, e vindo para a igreja do Deus verdadeiro. Mas aquela
igreja também estava perdida, confusa no meio de uma montanha de ritos, normas
e detalhes. Tinha perdido de vista o Cordeiro de Deus que tira o pecado do
mundo.
Jesus tinha vindo a este mundo para dar
sentido a religião e mostrar o Pai. Mas os membros da igreja de Deus não
conseguiam enxergar a Cristo. Estavam mais preocupados com os detalhes das
leis, das normas, das cerimônias e dos ritos. E Jesus, a personificação da lei,
estava ali, mas eles não conseguiam enxergá-Lo. A Bíblia diz: "Veio para o
que era seu, e os seus não o receberam" (João 1:11).
Agora estavam ali os gregos, que tinham
subido a Jerusalém buscando algo concreto e descobriram que tudo era oco por
dentro, não passava de casca. O que fazer? Aonde ir? O relato bíblico diz que
eles procuraram os discípulos e lhes suplicavam:
– Queremos ver Jesus.
Aqui está uma verdade que precisamos gravar
no coração: quando as pessoas querem encontrar a Jesus, elas não vão à Bíblia;
elas geralmente procuram um discípulo de Jesus. E é aí, na maneira como os
cristãos compram ou vendem, trabalham e se comportam que essas pessoas
encontram a Jesus.
Os homens estão procurando a Jesus. Este
mundo precisa de Jesus. E nós, os cristãos, somos o melhor argumento que Cristo
tem para convencer as pessoas de que o cristianismo funciona.
Aqueles gregos queriam conhecer Jesus.
Foram a Filipe e disseram:
– Mostra-nos a Jesus. Queremos ver a Jesus.
Este mundo está caindo aos pedaços. Os
seres humanos estão vendo seus filhos aprisionados em meio às drogas, ao álcool
e à promiscuidade sexual. Os lares estão sendo divididos, corações estão
sangrando. O ser humano não confia mais no ser humano. O povo não confia mais
nos líderes. Os filhos não confiam mais nos pais. Este mundo, querido, está de
cabeça para baixo. Há pessoas sinceras que sofrem, que buscam desesperadamente
um sentido para a vida. Os que precisam de Jesus não são apenas os viciados em
drogas, ou os amarrados por traumas e complexos. Bons cidadãos, que pagam seus
impostos, pais de família maravilhosos, também chegam a noite e não podem
dormir, sentem que alguma coisa está faltando em seu coração. E muitas vezes se
perguntam: "eu não faço mal a ninguém. Eu cumpro tudo. Sou um bom marido.
Sou uma boa esposa. Sou um bom pai. Sou um bom membro da igreja. Por que,
quando deito à noite, sinto como que estivesse faltando alguma coisa? O quê é que está acontecendo?
Ah querido, os seres humanos, em todo o
mundo, estão precisando desesperadamente de Jesus. Os ateus estão percebendo
que é Jesus que está faltando em sua vida. Milhares deles na Rússia estão
aceitando a Jesus e unindo-se a igreja de Deus nesta Terra.
O mundo está maduro. As pessoas estão indo
à morte ou enlouquecendo porque não têm um sentido para a vida. Somente Cristo
é o sentido da existência da raça humana. Por isso as pessoas estão procurando
os cristãos e dizendo:
– Fale-me de Jesus, queremos ver Jesus.
Como eu gostaria que você neste momento já
tivesse encontrado a Jesus! É possível que você já tenha encontrado uma igreja
cristã. Eu não estou muito preocupado com o fato de você já ter achado uma
igreja em sua vida. Como eu gostaria que você tivesse encontrado Jesus. Não
apenas uma igreja, mas Jesus como pessoa. Sei que milhares de pessoas têm um
clamor silencioso no coração: "quero ver a Jesus! Mostre-me a Jesus".
Meu amigo, não sei que palavras usar para
levá-lo a Jesus, para mostrar-lhe que Ele é a única saída para os conflitos
existenciais, para mostrar-lhe que Ele é o único capaz de dar sentido ao
cristianismo. Não sei que palavras usar para pedir que "por favor, esqueça
um pouco do formalismo", "não se preocupe tanto com detalhes externos
e formas", "descubra a Cristo como uma pessoa real e viva com Ele uma
vida de comunhão, e como um fruto maduro dessa comunhão os detalhes externos
aparecerão em sua vida".
Entremos agora num outro aspecto do texto
bíblico. Quando André e Filipe levaram os gregos à Jesus, Ele disse: "...É
chegada a hora em que o Filho do homem há de ser glorificado" (João 12:23).
Aqui Jesus está mostrando aos gregos o
caminho do cristianismo. Jesus tomou os gregos e os levou a enxergar o momento
da cruz. "... É chegada a hora em que o Filho do homem há de ser
glorificado" (João 12:23).
Que maneira de ser glorificado! Pregado
numa cruz. Jesus estava querendo mostrar aos gregos e a nós hoje que a glória
de Deus é diferente da glória dos homens.
A glória dos homens é nutrida pelos
aplausos, a glória de Deus é alimentada por sofrimento e lágrimas. A glória dos
homens é o bem estar, mas a glória de Deus é a morte.
Como é que Jesus ia ser glorificado? Hoje o
nome de Jesus é enaltecido em todos os países. Multidões curvam a cabeça diante
de Jesus. Milhões de pessoas se ajoelham
diante dEle. Mas não foi sempre assim. Para que a
glória de Deus chegasse, primeiro viria o sofrimento, o Calvário e a morte. E o
que Jesus está querendo nos ensinar é que Ele nos oferece a vida eterna, uma
vida de paz e alegria que nunca terminará. Mas antes, nesta vida, você terá que
aceitar a coroa de espinhos, as lágrimas, o sofrimento e a cruz. Você será
crucificado pelos preconceitos deste mundo.
Quer seguir a Jesus? Estou falando de
seguir de verdade e não simplesmente de vestir a camiseta de uma religião. Quer
fazê-lo? Terá que passar pelo vale da sombra e da morte. Seus amigos o
rejeitarão, seus familiares o abandonarão. Os seres mais queridos, em quem você
mais confiava, virarão as costas para você. Quer seguir a Jesus? A glória de
Deus tem um preço. Jesus levou os gregos para verem os sofrimentos futuros que
eles iriam sofrer se quisessem seguir a Jesus.
Depois, novamente Jesus dirige a atenção
dos discípulos para a cruz e diz: "Agora é o juízo deste mundo; agora será
expulso o príncipe deste mundo" (João 12:31).
Sabe o que Jesus estava querendo dizer? Que
lá no Calvário foi decretada a derrota do inimigo de Deus.
No Calvário, quando Jesus morreu, o inimigo
pensava que tinha vencido. Quando Jesus foi tirado da cruz e o seu corpo foi
enterrado, a gargalhada do inimigo ecoou no universo. Satanás pensou que tinha
vencido.
Mas ao terceiro dia Jesus ressuscitou,
emergiu da morte e com sua ressurreição deu o golpe mortal no coração de
Lúcifer.
Sabe o que Jesus está dizendo? Duas coisas:
nesta vida os homens podem crucificar seus sonhos, sua imagem ou seu nome. Mas
por quanto tempo? Um ou dois dias talvez, mas ao terceiro dia seu nome será
limpado diante do universo todo e sua imagem será restaurada. O triunfo do
inimigo não é um triunfo permanente.
Ele pode levá-lo ao vale da sombra e da
morte, mas por quanto tempo? Hoje e amanhã talvez, mas ao terceiro dia você
ressuscitará vitorioso.
O que Deus está querendo dizer é que se
você decide segui-Lo, o inimigo pode dificultar as coisas para você, mas por
quanto tempo? Hoje e amanhã talvez, mas ao terceiro dia as dificuldades
desaparecerão.
Quando Cristo morreu na cruz e foi
enterrado, parecia que todo seu ministério havia fracassado, três anos de
ministério para quê? Para acabar sepultado numa tumba? O inimigo lançou sua
gargalhada sinistra, mas ao terceiro dia Jesus ressuscitou e o inimigo entendeu
que estava derrotado para sempre.
Para terminar, veja a conclusão do capítulo
12: "E, ainda que tinha feito tantos sinais diante deles, não criam
nele... Apesar de tudo, até muitos dos principais creram nele, mas não o
confessavam por causa dos fariseus, para não serem expulsos da sinagoga. Porque
amavam mais a glória dos homens do que a glória de Deus." (João
12:37,42,43).
Os seres humanos se dividiam em três
grandes grupos naquela ocasião. O primeiro, aquele no qual estavam os gregos,
correu a Jesus e disse:
– Senhor, Te confessamos como nosso
Salvador, abrimos nosso coração e Te entregamos nossa vida.
O segundo grupo era o dos incrédulos que
dizia:
– Não me fale de crentes, não me fale de
religião. Não me fale de Bíblia.
Pessoas como estas estão sofrendo, com uma
vida arruinada, vazios, ocos por dentro, mas não querem que falemos de Deus:
– Esse negócio de crente é para gente
ignorante.
Estão aí em meio do desespero, da loucura,
à beira do suicídio muitas vezes, mas não querem saber nada de Deus.
Assim eram os incrédulos naquele tempo,
aqueles que diante dos milagres de Deus, não eram capazes de se render.
Ali estava Jesus, em pessoa, ressuscitando
mortos, andando em cima da água, acalmando a tempestade, levantando
paralíticos, devolvendo a vista aos cegos, curando leprosos, multiplicando pães
e peixes. Mas diante de todas essas evidências, estes homens permaneciam
incrédulos.
Hoje também existem homens assim. Não há
nada que possamos humanamente fazer para que abram o coração a Jesus. Não há
argumento. Não pense que eu vou apresentar algum argumento para convencê-lo. Se
Jesus não é capaz de entrar em seu coração e de derreter o gelo da sua
indiferença, não será nenhum pastor e muito menos um argumento que conseguirá
fazê-lo.
Mas naquela ocasião havia um terceiro grupo
de pessoas. Aqueles que creram em Jesus, mas creram somente em seu coração, não
tiveram coragem de sair da arquibancada, não tiveram coragem de sair da cadeira
e ir lá para a frente. E a Bíblia explica porquê: porque pertenciam a uma
determinada igreja, eram líderes, tinham medo de ser expulsos, medo da rejeição
da família, dos amigos, da sociedade, medo de perder o seu status social.
Precisavam
de Jesus, sabiam que a única solução para eles era Jesus, mas tinham medo,
"amavam mais a glória deste mundo do que a glória de Deus", diz a
Bíblia.
Talvez neste momento você está tremendo aí
em seu coração, sabe que precisa de Jesus mas não tem coragem de aceitá-Lo. O
que dirão seus amigos? Será que você tem coragem de pegar a sua Bíblia e ir
para a Igreja no próximo sábado? Sentir-se-ia com vergonha? Pensarão as pessoas
que você virou crente? Dirão que está sendo enganado por alguns espertos?
Ah meu amigo, ao longo da história sempre
houveram três grupos de pessoas. Aqueles sinceros que sentindo a necessidade de
Jesus correm imediatamente para os Seus braços. Aqueles incrédulos que sofrem
sem Cristo, mas não querem aceitar, não querem acreditar em nada. E aqueles que
crêem, mas têm vergonha de aceitar a Jesus; precisam dEle, mas têm medo de confessar o seu nome diante dos
homens, têm medo de serem expulsos de sua igreja, expulsos da sinagoga.
Em qual dos grupos está você?
Pois é amigo, seguir a Jesus nunca foi
fácil. Você deve estar tremendo aí porque às vezes a gente acredita a vida toda
em algo, de repente, sem querer, se encontra com Jesus no meio do caminho. A
gente sabe que Ele bate à porta do coração. Sente que tem que dizer sim. E se
vê tão pequeno, tão incapaz, tão impotente.
Espero que o Espírito de Deus o ajude a
abrir seu coração a Jesus e dizer: "Senhor, tomo a Tua Palavra como o meu
guia e estou pronto a seguir-Te até o fim."
Eu Te
Seguirei
Letra e
música: Costa Jr
Eu Te
seguirei, Jesus.
Eu Te
seguirei, Senhor.
Mesmo que
eu enfrente sofrimento,
eu Te
seguirei, Jesus.
Tu
mudaste toda a minha vida.
Fui
gerada em novo nascimento.
Onde
posso ir, se não for contigo?!
Tu és meu
Senhor e Rei.
Eu Te
seguirei, Jesus.
Eu Te
seguirei, Senhor.
Mesmo que
eu enfrente sofrimento,
eu Te
seguirei, Jesus.
Tudo que
não quero, isso faço.
Não
existe bem nenhum em mim.
Como
conseguir ser vitoriosa?
Só por
Teu poder, meu Deus.
Eu Te
seguirei, Jesus.
Eu Te
seguirei, Senhor.
Mesmo que
eu enfrente sofrimento,
eu Te
seguirei,
eu Te
seguirei,
eu Te
seguirei, Senhor.
Mesmo que
eu enfrente sofrimento,
eu Te
seguirei, Senhor.
Gravado
por Sonete no EELP0194 do Ministério "Está Escrito"
ORAÇÃO
Pai
querido, Teus caminhos as vezes são difíceis e cheios de espinhos, mas um dia
conquistastes meu coração e por isso estou disposto a Te seguir. Ouve este meu
clamor silencioso. Em nome de Jesus, amém.
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Telefone
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Fax (021)
254-7165
14
O
SEGREDO DA ORAÇÃO
Pr.
Alejandro Bullón
Alguma
vez você já se perguntou o que é a oração? Será que Deus responde as nossas
orações simplesmente para que não continuemos a incomodá-Lo? E por que às vezes
parece que Ele não ouve nossas petições? Precisamos compreender este assunto
para que a oração se torne uma arma poderosa em nossas mãos.
"E, levantando-se dali, foi para os
termos de Tiro e de Sidom, e, entrando numa casa, não
queria que alguém o soubesse, mas não pôde esconder-se; porque uma mulher, cuja
filha tinha um espírito imundo, ouvindo falar dele, foi, e lançou-se aos seus
pés. E esta mulher era grega, siro-fenícia de nação, e rogava-lhe que
expulsasse de sua filha o demônio. Mas Jesus disse-lhe: Deixa primeiro saciar
os filhos; porque não convém tomar o pão dos filhos e lançá-lo aos
cachorrinhos. Ela, porém, respondeu e disse-lhe: Sim, Senhor; mas também os
cachorrinhos comem, debaixo da mesa, as migalhas dos filhos. Então ele
disse-lhe: Por essa palavra, vai; o demônio já saiu de tua filha. E, indo ela
para sua casa, achou a filha deitada sobre a cama, e que o demônio já tinha
saído" (Marcos 7:24-30).
Esta passagem bíblica apresenta o drama de
uma pobre mãe que não sabia mais o que fazer com sua filha. A menina estava
possuída por um espírito imundo. O inimigo fazia o que queria com a vida
daquela jovem. Ele a conduzia por caminhos estranhos, tortuosos, escabrosos.
Arruinava a sua vida lentamente, jogava por terra seus valores e princípios. A
jovem era uma pobre escrava de Satanás.
Tenho a impressão de que mais de um pai
carrega a tristeza de ver seu filho caminhando para a morte, como uma pobre
vítima e escravo do inimigo, transitando pelo caminho das drogas, dos vícios e
da incredulidade.
Esse texto mostra o drama de uma pobre mãe
que não sabia mais o que fazer para ajudar a sua filha. Esta menina era vítima
da possessão demoníaca.
Meus amigos, o demônio existe; é uma
pessoa. Foi um príncipe no reino dos Céus, foi um anjo de luz maravilhoso,
diretor dos corais celestiais. A Bíblia afirma que misteriosamente este anjo
deu lugar ao egoísmo em seu coração e o egoísmo é a raiz de todos os pecados.
Revoltou-se então contra Deus e tentou ocupar o lugar de Jesus, que era adorado
pelo Universo inteiro. Houve uma batalha lá no Céu. Jesus e seus anjos lutaram
contra o dragão, mas o dragão foi vencido, foi expulso do Céu e trouxe consigo
a terça parte dos anjos.
O diabo e seus anjos são seres reais,
existem, andam por aí tentando arruinar as pessoas, tomando posse das pessoas e
trazendo aflição aos corações.
É preciso que entendamos este assunto de
possessão demoníaca. Quando uma pessoa grita, chora, esperneia, cai no chão, é
porque além de ser possuída pelo inimigo é fraca mental, física e
emocionalmente. Mas é um grande erro pensar que os únicos possuídos pelo
inimigo são aqueles que gritam, choram e caem no chão. Aliás, eles são poucos.
A grande maioria não grita, não esperneia, não faz escândalo. A grande maioria
das pessoas possuídas nem sequer percebem sua situação.
Como saber se uma pessoa é possuída pelo
inimigo? É muito simples. Quando Jesus esteve nesta Terra disse: "Quem não
é comigo, é contra Mim..." (Mateus 12:30).
Segundo esta declaração, se não estamos
vivendo uma vida de comunhão diária e permanente com Cristo, de maneira natural
passamos a ser instrumentos nas mãos do inimigo. A única maneira de não estar
possuído pelo inimigo é estar possuído por Cristo. São Paulo afirma: "Já
estou crucificado com Cristo; e vivo, não mais eu, mas Cristo vive em
mim..." (Gálatas 2:20).
Quando Cristo me possui, Ele estabelece o
Seu trono em meu coração. Seu espírito santifica a minha vontade e controla a
minha vida. E se eu estou sobre o controle divino, com certeza, não estou sobre
o controle do inimigo.
Na vida espiritual não existe terreno
neutro. Ninguém pode ficar em cima do muro. "Quem não é comigo", diz
Jesus, "é contra mim". Isto é solene. O ser humano não precisa
necessariamente abrir o coração ao inimigo. Não
aceitar Jesus já é uma decisão em favor do diabo.
Na Bíblia achamos dois casos típicos de
possessão demoníaca. A jovem do nosso texto é o caso de alguém, que além de ser
possuído, é fraco mental, física e emocionalmente. Por isso o diabo a fazia estremecer e cair no chão.
Mas na Bíblia encontramos o caso de um
homem que foi possuído pelo inimigo, mas não gritou, nem caiu no chão: São
Pedro. Jesus olhou para ele e disse: " ... Sai de mim Satanás..."
(Mateus 16:23).
Naquele momento Pedro estava fisicamente
perto, mas espiritualmente longe de Jesus. Ao não pertencer a seu Senhor,
naturalmente pertencia ao inimigo, mas não caiu no chão, não gritou, não fez
escândalo, porque nem todos os possuídos pelo inimigo fazem escândalos. Aliás,
a experiência de Pedro nos prova uma outra coisa. Minutos antes Pedro tinha
feito uma declaração extraordinária e Jesus olhando para ele disse: " ...
Pedro, isto não te revelou carne nem sangue mas você falou por revelação do
Espírito Santo" (Mateus 16:17). Um tempo depois, Jesus olhou para esse
mesmo Pedro e disse: " ... Sai de mim, Satanás..." (Mateus 16:23). O
que fica bem claro é que o fato de hoje estar bem com Jesus não é garantia de
que amanhã continuaremos assim.
É por isso que às vezes temos na igreja a
tragédia de perder um Ministro de Deus. É por isso que às vezes temos a
tragédia de perder um pastor que pregou o evangelho com força e com poder.
Quando ele pregava, e levava muitas pessoas a Cristo, estava possuído pelo
Espírito de Deus; vivia uma vida de comunhão com Jesus. Mas o fato de você
estar hoje bem com Jesus não é garantia de que amanhã também estará. Não é, uma
vez salvo, para sempre salvo. Nossa única segurança é Jesus. Temos que depender
dEle diariamente.
Pedro, num momento fazia uma declaração
inspirada pelo Espírito de Deus, no momento seguinte era um pobre instrumento
nas mãos do inimigo. Mas o fato de um dia ter sido usado pelo inimigo, não quer
dizer, também, que estivesse perdido para sempre. Porque quando percebeu sua
situação e voltou os olhos para Jesus, foi novamente um instrumento nas mãos de
Deus.
Que coisa maravilhosa! Os braços de Jesus
sempre estão abertos esperando você. Não importa quão longe está, nem quão
fundo tenha caído. Ele o levantará, o transformará e fará de você um novo
homem.
Se neste momento você se sente escravizado,
não precisa desesperar-se. Se perceber que está longe de Deus, da igreja, de
sua família, não precisa pensar que tudo acabou. Há esperança. Jesus o ama. Ele
acredita em você. Ele sempre esperou que chegasse este momento do confronto
consigo mesmo.
Mas não pense que as pessoas possuídas pelo
inimigo fazem sempre coisas grotescas. Eu posso fazer coisas muito boas, ser um
cidadão maravilhoso, fazer até obras de caridade, obras maravilhosas, pregar o
bem, ajudar as pessoas, realizar obras de filantropia, mas isso não quer dizer
que eu estou possuído por Cristo e que estou servindo a Ele. Posso até falar de
Jesus, posso até tremer diante do nome de Cristo.
Olhe o que Tiago diz: "Tu crês que há
um só Deus; fazes bem. também os demônios o crêem e
estremecem" (Tiago 2:19). Está vendo? Não basta crer em Jesus. Temos que
viver uma vida de comunhão com Ele. Temos que ajustar a nossa vida aos
ensinamentos divinos. Eu tenho que abrir a palavra de Deus e obedecê-la. Muito
cuidado porque homens de maneiras polidas e de conduta impecável, podem não
passar de pobres instrumentos nas mãos do inimigo. Não basta crer, não basta
fazer as coisas boas, temos que viver uma vida diária de comunhão com Cristo.
Evidentemente a jovem de nosso texto não
tinha uma vida de comunhão com Cristo e em conseqüência,
era dominada pelo inimigo. Agora encontramos o quadro de uma mãe que não sabe o
que fazer para libertar a sua filha. Esta mulher ouviu falar de Jesus. Era
grega, de origem siro-fenícia. A religião dos gregos, era a religião do
racionalismo. Os gregos não acreditavam em nada se não pudessem tocar e ver.
Mas aqui estava uma pobre mulher que precisava de uma ajuda que requeria fé em
algo que racionalmente parecia não ter sentido. Nenhum dos seus deuses gregos
tinha poder para libertar sua filha. Por isso procurou a Jesus, mas antes,
precisava aprender uma lição: a vida cristã é, de certa maneira, uma vida
ilógica.
Se você quer seguir a Jesus, muitas vezes
vai ser incompreendido. Sabe por quê? Porque Jesus muitas vezes faz coisas
"loucas", aos olhos dos homens. Um dia Jesus tinha que alimentar uma
multidão de quinze mil pessoas. Ele só tinha cinco pães e dois peixes. Com isso
Ele tinha que alimentar uma multidão. Uma loucura! Mas essas coisas loucas de
Deus, são sabedoria para os que crêem.
Outra vez, Ele apareceu andando sobre as
águas do mar. Podia até ter aparecido num barco. Era uma loucura andar sobre as
águas do mar. Mas as coisas loucas de Deus são sabedoria para os que crêem. Então não se assuste quando, ao abrir a Bíblia,
encontrar um Deus que pede para você viver uma vida ilógica. Não fique com medo. Na opinião dos homens, as coisas de Deus
são incompreensíveis.
Na maneira de pensar e viver daquela pobre
mulher não havia lugar para a fé. Tinha aprendido a racionalizar tudo. Existem
hoje pessoas morrendo por falta de Cristo, mas para acreditar nEle querem analisá-lo num laboratório. A família está se
desintegrando; a vida interior está em pedaços; não têm paz; há um vazio que os
consome por dentro, mas se recusam a crer em Deus porque não conseguem
entendê-Lo como uma questão aritmética onde dois mais dois é igual a quatro.
Amigo, Deus é Deus. Se você pudesse
entendê-lo Ele deixaria de ser Deus. Você tem que crer. A vida cristã é uma
vida de confiança, de fé. Você tem que se abandonar nos braços de Jesus. Ele
não falhou com ninguém. Você não será a primeira pessoa com quem Ele vai
falhar. Milhares e milhares de homens tem ido a Jesus como estavam, tem
acreditado no Seu poder, tem confiado nEle. E tem
voltado vitoriosos. Você não será o único em cuja vida o cristianismo não dará
resultado. Mas pelo caminho da lógica e do raciocínio, você não chegará a
nenhum ponto. Você terá que acreditar, terá que jogar-se na escuridão sabendo
que braços poderosos estarão esperando por você lá em baixo. Isso chama-se fé.
Mas como você pode ter fé se não conhecer a
Jesus? Você nunca terá fé se não abrir a Palavra de Deus para saber que na
história do mundo houveram homens que no momento do desespero resolveram
confiar e não ficaram desapontados. Deus sempre respondeu a oração e a
confiança deles.
Voltemos ao texto bíblico. Há aqui uma
oração sincera. "Senhor", disse a mulher, "por favor, tira o
espírito imundo que está dominando minha filha."
O que é a oração? Orar é abrir o coração a
Deus, como a um amigo. Compreendeu? Orar é abrir o coração. Em Apocalipse o
Senhor Jesus diz: "Eis que estou à porta, e bato: se alguém ouvir a minha
voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa, e com ele cearei, e ele
comigo" (Apocalipse 3:20).
Jesus está tocando a porta do seu coração.
Neste momento Ele está batendo e é preciso que você saiba algo: Jesus é a vida.
Você precisa de vida? Abra o seu coração a Jesus. Jesus é a saúde. Você precisa
de saúde? Abra o coração a Jesus. Ele é a maior bênção espiritual, material, ou
de qualquer outro tipo que você precise. Abra o coração a Jesus e deixe-O
entrar em sua vida. Jesus é poder para converter. Você precisa que alguém em
sua família seja convertido? Abra o coração a Jesus. O que está faltando em sua
vida? Qual é o milagre que você está precisando?
Quando você ora, você abre o coração a
Jesus, mas isto pode ir contra nosso conceito tradicional de oração, porque
você talvez pensasse que orar era ajoelhar-se e dizer: "Senhor me abençoa,
me abençoa, me abençoa". Mas o que Jesus está dizendo é que Ele já
abençoou você, já o curou, já lhe deu o emprego que você estava procurando, já
trouxe seu filho de volta, Ele já transformou o coração duro de seu marido, já
reestruturou seu lar, já lhe deu o que estava pedindo. Agora Ele está à porta
de seu coração querendo entrar, trazendo consigo todas as bênçãos. Você não tem
que orar para pedir, você precisa orar para agradecer pelas coisas que ele já
fez. Orar não é pedir, orar é abrir o coração e deixar que Jesus entre trazendo
todas as suas respostas.
Este conceito de oração não deveria ser
novidade para nós, está na Bíblia. Quer que eu lhe mostre? Aquela mulher chegou
a Jesus dizendo:
– Senhor, tira o espírito da minha filha.
E Jesus pareceu não atendê-la; foi para o
outro lado. A pobre mulher foi atrás dele:
– Senhor, tira o espírito da minha filha.
Jesus parecia não prestar atenção e a
coitada mulher insistindo:
– Senhor, te peço por favor, me ajuda,
liberta minha filha.
E Jesus, olhando para ela, diz:
– Não é justo que eu jogue o pão dos filhos
para os cachorrinhos.
E a mulher exercita a sua fé e diz:
– Senhor, até os cachorrinhos tem direito
de comer das migalhas que caem da mesa.
"Pastor" – você pode pensar –
"o senhor não está sendo claro. Esta mulher não estava pedindo?" Não.
Ela pensava que pedia. Jesus não respondeu sua oração no início justamente para
conscientizá-la de que ela não estava pedindo. Ela estava acreditando. Se ela
estivesse pedindo, teria ido embora porque Jesus não prestava atenção nela. Ele
aparentemente a ofendeu, dizendo que não era justo que Ele a abençoasse. Você
aceitaria que alguém o comparasse com um "cachorrinho"? Mas a mulher
disse:
– Senhor, até os cachorrinhos recebem as
migalhas.
Ela estava provando que acreditava no poder
transformador de Jesus, e quando o Senhor Jesus viu a fé dela disse:
– Por essa palavra, vai; o demônio já saiu
de tua filha.
Meu amigo, quando a mulher estava ajoelhada
clamando:
– Senhor liberta minha filha.
Jesus já tinha libertado sua filha a muito
tempo, e tudo que faltava para a bênção se materializar era ela crer. Quando
ela provou que acreditava, Jesus disse:
– Basta, agora volte para casa. Sua filha
já está livre a muito tempo.
O texto bíblico diz que quando a mulher
entrou em casa, sua filha estava ali deitada na cama e feliz.
Compreendeu essa maravilhosa mensagem?
Então me responda: seu filho está fora da igreja a muito tempo? Você tem orado
e chorado por ele? Tem suplicado e pedido, mas parece que nada acontece? Comece
hoje a acreditar que a bênção já lhe foi concedida. Feche os olhos; imagine seu
filho pregando na igreja, imagine-o cantando, sendo um diretor de jovens. Não fique pensando que Deus responde a oração de todo mundo,
menos a sua. Feche os olhos e sonhe, sonhe com a resposta de Deus.
Qual é a resposta que você precisa em sua
vida? Feche os olhos; veja a bênção em suas mãos. Acredite na resposta divina,
e aceite-a como Deus a dá e não como você gostaria de recebê-la.
QUERO TER
JESUS NA MINHA VIDA
Letra:
Valdecir Lima
Música:
Lineu Soares
Quero ter
Jesus na minha vida
para que
meus atos sejam puros.
Quero ter
o amor que vem de Cristo
a guiar
meus passos inseguros.
Só Jesus
mostrou com Sua vida
que Ele
tem poder e amor pra dar,
nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Quero ter
Jesus na minha vida
como um
Pai, guiando os meus passos.
Quero a
paz que vem da liberdade,
que
encontro apenas em Seus braços.
Nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Quero ter
Jesus na minha vida.
Gravado
por Sonete no EELP 0194 do Ministério "Está Escrito
ORAÇÃO
Querido
Pai, obrigado porque fizeste da oração um meio de comunicação contigo e
obrigado pela certeza que me dás de que as minhas orações são respondidas muito
antes de brotarem de meus lábios. Vem neste momento e faze-me sentir a Tua
presença em minha vida. Em nome de Jesus, amém.
15
UM
NOVO DIA PARA JAIRO
Pr.
Alejandro Bullón
Por que
às vezes as orações demoram a ser respondidas? Por que em algumas
circunstâncias da vida Deus parece insensível às nossas necessidades? Existe
algo que precisamos aprender por trás das longas horas de espera e da aparente
indiferença de Deus?
"E, passando Jesus outra vez num barco
para a outra banda, ajuntou-se a ele uma grande multidão; e ele estava junto do
mar. E, eis que chegou um dos principais da sinagoga, por nome Jairo, e,
vendo-o, prostrou-se aos seus pés. E rogava-lhe muito dizendo: Minha filha está
moribunda; rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos para que sare, e viva. E
foi com ele, e seguia-o uma grande multidão, que o apertava... Estando ele
ainda falando, chegaram alguns dos principais da sinagoga, a quem disseram: A
tua filha está morta; para que enfadas mais o Mestre? E Jesus, tendo ouvido
estas palavras, disse ao principal da sinagoga: Não temas, crê somente"
(Marcos 5:21 a 24 e 35, 36).
Esse texto apresenta Jairo, chefe da
Sinagoga. Homem culto, poderoso e com muitos títulos universitários. Jairo era
um profissional inteligente, famoso, admirado e rico.
Aparentemente tinha tudo que o homem precisa para ser feliz. Qualquer um
que olhasse Jairo andando na rua, pensaria que ele era muito feliz. Roupas
finas, carro do ano, uma casa no melhor bairro da cidade, um bom emprego, uma
empresa próspera, uma boa família. respeito, consideração, nome. Jairo era o
protótipo do homem de sucesso. Mas Jairo não era feliz. Havia algo que o
incomodava e machucava seu coração.
Nossa sociedade nos ensinou a esconder
nossos verdadeiros sentimentos. Podemos estar vivendo um drama terrível, mas
não temos coragem de contá-lo a ninguém.
Outro dia no Maracanãzinho, um
universitário me procurou e disse:
– Pastor, estou condenado à morte, carrego
em meu sangue o vírus da AIDS; vou morrer e não tenho coragem de contar para
ninguém; não falei sequer para a minha família.
E eu perguntei:
– Por que? Sua família vai apoiá-lo, vai
ficar do seu lado.
E ele disse:
– Não, pastor. Tenho medo que todo mundo me
rejeite, tenho medo de ficar sozinho, de morrer abandonado, largado à sorte.
Não tenho coragem de contar para ninguém.
Ah, meu amigo, esta sociedade cheia de
preconceitos nos ensina a esconder nossos verdadeiros sentimentos.
Aqui, no Brasil, temos uma maneira
interessante de nos cumprimentar. Saímos para a rua carregando nossos problemas
e quando alguém nos pergunta:
– Tudo bem?
Respondemos sem pensar:
– Tudo bom!
Nada está bom. Estamos desempregados; nosso
lar está caindo aos pedaços; nossa empresa está falindo; nosso filho está
mergulhado na promiscuidade, nas drogas... Mas quando alguém nos pergunta:
– Tudo bem?
Levantamos a mão e respondemos:
– Tudo bom!
Se Jairo tivesse vivido no Brasil, e se lhe
perguntássemos:
– Jairo, tudo bem?
Ele responderia:
– Tudo bom!
Mas ele tinha um problema terrível. Por
trás das roupas finas, da aparência bonita, do nome poderoso, do dinheiro e da
sua mansão, Jairo trazia um problema: uma filha enferma.
Como ele tinha dinheiro, ele havia
procurado os melhores médicos, os melhores especialistas, os melhores
hospitais; até que um dia um médico disse:
– Jairo, por favor, não gaste mais
dinheiro. A sua filha não tem mais cura; está condenada à morte. Ela tem
somente dois meses de vida.
Se hoje um médico viesse a mim e dissesse:
– Sua mãe está condenada à morte.
Eu ficaria muito triste, mas com certeza,
me conformaria. Porque, afinal de contas, a minha mãe, com quase 70 anos, já
viveu tudo que tinha direito de viver. Mas se esta noite um médico viesse, e me
dissesse:
– Pastor, esse seu garoto bonito de 18 anos
só viverá mais 2 meses.
Sinceramente não sei se aceitaria com a
mesma resignação.
Você perdeu um filho que tinha apenas 15
anos? Perdeu a sua esposa? Perdeu seu
marido? Você tem um ente querido à beira da morte? Um ente querido que está no
hospital desenganado pela ciência médica? Então você talvez possa compreender
como Jairo se sentia
Meu amigo, eu não posso entender o seu
problema. Por mais que eu me esforce em fazê-lo, não posso. Somente Deus pode
entendê-lo.
O famoso chefe da sinagoga voltou triste
para casa. Sua filha não tinha mais cura. Mas, naqueles dias Jesus andava por
aquelas terras e Jairo ouviu dizer que leprosos, com a carne caindo aos
pedaços, eram levados a Jesus e eram curados. Cegos eram levados a Jesus e eles
enxergavam. Paralíticos, que tinham vivido a vida toda rastejando no chão, eram
levados a Jesus e imediatamente começavam a andar. Prostitutas eram levadas a
Jesus; Ele as olhava com amor, lhes restaurava e lhes devolvia a dignidade. Ladrões,
marginais, eram levados a Jesus; Ele acreditava neles e os transformava.
Jairo, em seu coração começou a acalentar a
esperança: "talvez Jesus consiga fazer alguma coisa por minha filha".
Só que Jairo tinha um problema. Sabe qual era? Ele era culto, inteligente,
rico, poderoso e famoso. Você pode dizer:
– Pastor, isso não é problema.
Não deveria ser, mas infelizmente tudo isso
às vezes torna-se um problema. Explico: Jairo precisava que Jesus operasse um
milagre na vida de sua filha, mas não podia correr atrás de Jesus. Sabe por
quê? Os que seguiam a Jesus eram prostitutas, marginais, ladrões, cegos,
paralíticos, leprosos, bêbados, viciados, homossexuais, gente perdida, gente
que não prestava, gente rejeitada pela sociedade, gente pobre, miserável,
inculta, gente que só podia ter nesta vida um pouco de esperança. Eram esses os
que corriam atrás de Jesus. Como ele, o grande Jairo, o doutor em teologia, o
grande empresário, o líder político e religioso, famoso, cujo nome aparecia nas
manchetes dos jornais, rico, inteligente
podia se juntar com a plebe, procurando ajuda?
Ah! meu amigo, esse também pode ser o
problema de muita gente hoje. Tudo bem que pessoas simples procurem Jesus, mas
um doutor em filosofia? Que a plebe siga a Jesus, tudo bem, mas como um homem
rico e poderoso pode acreditar que Jesus seja capaz de fazer um milagre em sua
vida? Esta é a tragédia do poder e do dinheiro.
Existem hoje homens vazios, que choram e
sangram por dentro, mas não tem coragem de pedir ajuda. Ficam noites inteiras
se virando na cama de um lado para outro sem dormir. Precisam de Jesus como
qualquer pobre ser humano, mas temem o que os outros vão dizer.
Um dia, você e eu teremos que tirar a
máscara de homens duros, que nunca choram, que nunca se emocionam, que só
seguem a razão.
Você se considera um homem duro? "Não
sinto nada", pode estar pensando, mas lá no fundo está sentindo; as
lágrimas estão querendo cair de seus olhos, mas nossa sociedade nos ensinou a
colocar uma máscara de dureza, de insensibilidade. Queremos mostrar que somos
fortes para que ninguém nos machuque. Só que por dentro vivemos machucados.
Precisamos de auxílio, de ajuda, de salvação, mas não temos coragem de pedir
ajuda.
Pobre Jairo, enquanto pôde, resistiu;
enquanto as forças conseguiram, rejeitou. Mas no momento em que sua filhinha
começou a entrar em coma, ele não agüentou mais e
deixou de lado o seu orgulho, seu poder, sua fama e sua cultura. Sua filha
estava morrendo. Não podia mais ficar na insensibilidade; tinha que
entregar-se; tinha que render-se; tinha que se humilhar aos pés do único capaz
de resolver os problemas humanos. O texto bíblico diz: "E rogava-lhe muito
dizendo: Minha filha está moribunda, rogo-te que venhas e lhe imponhas as mãos
para que sare, e viva" (Marcos 5:23).
Você pode pensar: "Que grande momento
para Jairo! Finalmente reconheceu que precisava da ajuda de Jesus". É
verdade. Ele reconheceu que precisava da ajuda de Jesus, mas ainda tinha outro
problema. Ele era chefe da Sinagoga e gostava de mandar em todo mundo; pensava
que os líderes tinham que mandar.
Medite comigo na atitude de Jairo; Ele caiu
aos pés de Jesus, e não disse:
– Senhor, minha filhinha está morrendo. Por
favor, ajuda-me. Tu que és Deus sabes o que é melhor para mim. Aqui estou
rendido aos Teus pés. Esta seria a
atitude correta de um cristão. Mas Jairo caiu de joelhos diante de Jesus e
tentou dizer a Ele como é que deveria agir. Ele disse isso, através de atos e
não de palavras:
– Senhor, preciso da Tua ajuda. Mas, como
sou líder, sei como é que as coisas devem ser. Você agora vai se levantar, vai
vir comigo, entrará no quarto da minha filha, colocará a mão sobre a cabeçinha dela e minha filha será curada.
Você viu? Um líder humano habituado a
liderar todo mundo, queria liderar até Jesus.
Nós também fazemos a mesma coisa hoje.
Precisamos desesperadamente de Jesus mas não temos humildade suficiente para
aceitar o plano dEle para nossa vida. Na Bíblia está
escrito que devemos fazer tudo o que Jesus quer; mas veja o que fazemos: vamos
às Sagradas Escrituras e dizemos assim: "Aqui diz branco, e realmente está
escrito branco. Mas não é branco, é azul. Aqui diz vermelho, mas vermelho foi
no velho testamento, hoje não é mais vermelho, é verde".
Você já pensou alguma vez por que com uma
só Bíblia existem tantas igrejas? Quer saber por quê? Porque continuamos
fazendo o que Jairo fez; nos ajoelhamos para abrir a Palavra de Deus, mas não
queremos obedecê-la. Queremos dirigir a Deus. Não queremos dizer: 'Senhor,
leva-me por onde Tu sabes que é o melhor caminho para mim.' Não fazemos isso.
Agarramos a Bíblia, lemos o que está escrito e imediatamente queremos corrigir.
"Sim, está escrito, mas não é assim não, é desta outra maneira. Está
escrito, mas isso foi antigamente para Israel, hoje, para nós não é desse
jeito". É por isso que cada dia aparecem novas igrejas. Nós, os seres
humanos, não queremos obedecer o que está escrito. Mas, se a Bíblia diz que é
de dia, então é de dia, não é de noite. Não é o que a igreja diz, não é o que o
pastor diz. É o que está escrito na Bíblia.
Por que somos assim? Pedimos ajuda de Deus,
nos ajoelhamos diante dEle, mas queremos que Ele faça
as coisas como nós queremos e não como Ele acha que é melhor.
Jesus podia olhar para Jairo e dizer:
– Vai embora daqui. Quem você acha que é?
Só porque você se ajoelhou pensa que pode mandar em mim?
Só que Jesus não faz isso. Jesus tentou
ajudar a Jairo e vai tentar ajudar-nos também. Mas olhe a maneira como Ele faz
as coisas: foi com Jairo, sem discutir. Imagino que Jairo estava com pressa.
Quando saiu da casa sua filhinha tinha entrado em coma. Mas Jesus parecia não
ter pressa. Enquanto andava, atendia as necessidades dos que encontrava em seu
caminho. Jairo não podia entender e começava a ficar desesperado:
– Senhor, Tu não entendes meu problema,
todas essas pessoas podem esperar, mas a minha filha está morrendo.
Você acha que Jesus não entendia o problema
de Jairo? Claro que entendia. Não há nada que você possa ter em sua vida que
Jesus não compreenda. Não há nenhum problema que você possa estar vivendo que
Jesus não conheça. Quando Ele demora a responder sua oração, é porque Ele está
querendo ensinar alguma outra lição. Jairo tinha que aprender que o homem não
pode dirigir a Deus. Tinha que aprender que o homem tem que colocar sua vida
nas mãos de Deus, e ser dirigido por Ele. Foi por isso que Jesus demorou e enquanto
isso a filha de Jairo morreu.
Então chegaram os servos da casa de Jairo
dizendo:
– Jairo não molestes mais o Mestre, a tua
filha já morreu.
Foi aí que Jairo se entregou. Aquele homem
que estava querendo dirigir a Deus; que estava querendo dizer a Deus como é que
as coisas tinham que ser; aquele homem orgulhoso que não estava disposto a
seguir humildemente o que a palavra de Deus diz, quando lhe disseram que a
filha morreu, aquele homem se entregou, se rendeu, se abandonou. E só então,
quando ele parou de querer mandar, Jesus se aproximou dele e disse:
– Jairo, vamos para casa.
E eu imagino que Jairo com lágrimas nos
olhos disse:
– Senhor Jesus, agora não, não preciso mais
de ti. Quando eu te pedi, Tu não quiseste ouvir a minha voz, agora não, agora
não quero mais. Minha filha já morreu.
E Jesus hoje talvez diria:
– Filho, agora é que eu posso fazer alguma
coisa por você. Enquanto você estava abrindo a Minha Palavra, e querendo
corrigi-la, Eu não podia fazer nada por você. Mas agora que você abre a Bíblia
e é suficientemente humilde para seguir o que está escrito, agora sim, posso
fazer algo por você.
Veja meu amigo, até aquele momento era
Jairo que estava tomando Jesus pela mão e querendo levá-lo. A partir desse
momento foi Jesus que tomou Jairo pela mão, e o levou por onde Jesus quis.
Isto é cristianismo. Cristianismo não é
tomar Jesus e levar Jesus por onde a gente quer, cristianismo não é acomodar a
Bíblia a nossa maneira de pensar. Cristianismo é acomodar a nossa vida e a
nossa maneira de pensar ao que está escrito na Bíblia. Esta é, talvez, a maior
lição que o cristão tem que aprender, e se para isto Deus tiver que demorar sua
resposta aos nossos clamores, Ele o fará. Se para aprender esta grande lição,
tivermos que chorar, não é problema, Deus vai permitir que choremos; se tivermos
que falir em nossos negócios, não é problema, Ele vai permitir que cheguemos lá
no fundo do poço, a fim de que lá, nos lembremos que o cristianismo não é
dirigir a Deus, mas ser dirigido por Ele.
Jairo aprendeu a lição com dor, mas que
grande dia foi aquele! Ele saiu de casa procurando uma cura, Jesus demorou um
pouco, mas tinha para ele uma ressurreição. O que Deus tem para nós sempre é
maior do que estamos pedindo.
Está você esperando um favor de Deus e tem
a impressão de que Deus está demorando? Sabe por quê? Talvez porque você ainda
tenha que aprender a grande lição da vida. E sabe por que mais? Porque Deus tem
preparado para você algo maior.
Meu amigo, Jesus entrou na casa de Jairo, e
onde Jesus entra, entra o poder e a vitória. Jesus é Deus todo poderoso, e não
há nada que Deus não possa fazer. Ao lado de Jesus não há lugar para o temor. A
morte não tem poder diante dEle, a enfermidade não
pode prevalecer, os vícios, as drogas, a miséria desta vida não têm forças
diante dEle. Jesus é o gigante da história.
Quer você abrir seu coração a Deus neste
momento? Quer fazê-lo com humildade disposto a seguir o plano divino, apesar
dele não combinar com o que você gostaria que fosse? Você está disposto a
obedecê-Lo? Está disposto a abrir Sua Palavra e obedecê-la sem tentar colocar
suas opiniões humanas? Sente-se só e precisa do companheirismo de Jesus? Tem
medo do futuro e precisa que Jesus o ajude a enfrentar a vida sem temor? Está
seu lar morrendo como estava a filha de Jairo? Então por favor, esta é a sua
oportunidade. Abra seu coração. Deixe Jesus entrar e tudo ressuscitará, porque
Ele é a ressurreição e a vida.
QUERO TER
JESUS NA MINHA VIDA
Letra:
Valdecir Lima
Música:
Lineu Soares
Quero ter
Jesus na minha vida
para que
meus atos sejam puros.
Quero ter
o amor que vem de Cristo
a guiar
meus passos inseguros.
Só Jesus
mostrou com Sua vida
que Ele
tem poder e amor pra dar,
nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Quero ter
Jesus na minha vida
como um
Pai, guiando os meus passos.
Quero a
paz que vem da liberdade,
que
encontro apenas em Seus braços.
Só Jesus
mostrou com Sua vida
que Ele
tem poder e amor pra dar,
nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Nosso ser
depende da Sua graça,
com Jesus
vivemos para amar.
Quero ter
Jesus na minha vida.
Gravado
por Sonete no LP EE0194 do Ministério "Está Escrito"
ORAÇÃO
Querido
Pai que estás nos Céus, estou sentindo o toque maravilhoso de Teu santo
Espírito. Por favor, responde o clamor silencioso de meu coração. Quero sentir
o amor, a misericórdia e o perdão que Jesus oferece. Em Seu nome pedimos, amém.
Caso você
queira aprofundar o seu conhecimento da Bíblia,
solicite
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16
ENCHEI AS VASILHAS
Pr.
Alejandro Bullón
A família
está passando por uma das maiores crises de sua história. Nos Estados Unidos,
de cada 100 casamentos, 60 terminam em divórcio e 35 não se separam por falta
de coragem. Dos 5 casamentos que se salvam, 3 são suportáveis e somente 2 são
verdadeiramente felizes.
Qual é a razão destes números alarmantes?
"E, ao terceiro dia, fizeram-se umas
bodas em Caná da Galiléia, e estava ali a mãe de
Jesus. E foi também convidado Jesus e os seus discípulos para as bodas. E,
faltando o vinho, a mãe de Jesus lhe disse: Não tem vinho. Disse-lhe Jesus:
Mulher, que tenho eu contigo? ainda não é chegada a minha hora. Sua mãe disse aos
serventes: Fazei tudo quanto ele vos disser. E estavam ali postas seis talhas
de pedra, para as purificações dos judeus e em cada uma cabiam dois ou três
almudes. Disse-lhes Jesus: Enchei d'água essas talhas. E encheram-nas até em
cima. E disse-lhes: Tirai agora, e levai ao mestre-sala. E levaram. E, logo que
o mestre-sala provou a água feita vinho (não sabendo donde viera, se bem que o
sabiam os serventes que tinham tirado a água), chamou o mestre-sala ao
esposo". (S. João 2:1 a 9)
Nos países latinos, a realidade não deve
ser muito diferente da realidade americana. Talvez, aqui, na América Latina,
esses 60% que acabam em divórcio diminuam um pouco, e os 35% que não se separam
porque não têm coragem, aumentam.
Por que será que a grande maioria dos
casais fracassa?
Às vezes o fracasso não se torna público;
as feridas não são mostradas à sociedade, aos amigos ou à igreja. Mas a vida
entra numa rotina asfixiante levando ao desespero. Por quê?
Existem outros aspectos interessantes que
merecem ser mencionados. Esses 100 casais chegam ao casamento desejando muito
ser felizes. Desses casais, a grande maioria chega ao altar se amando muito,
mas acaba na separação ou na infelicidade.
Esses dados provam que para ser feliz no
casamento, não basta apenas querer ser feliz, ou apenas amar muito o noivo ou a
noiva, porque se dependesse desses itens, a grande maioria dos casamentos daria
certo.
Então, por que os lares não são felizes?
Quem sabe, você que está fazendo esta
leitura é uma senhora que a muitos anos atrás, desfilou pelo corredor da igreja
vestida de branco, carregando muitos sonhos. Já se passaram cinco, dez, quinze
anos desde aquele dia. E hoje eu pergunto:
– Onde estão os sonhos? Onde estão os
castelos que você construiu?
Ou talvez você está com o seu casamento à
beira do colapso. A sociedade, os filhos e a igreja não sabem... somente vocês
dois, marido e mulher, conhecem a situação. Quando se uniram no altar, vocês o
fizeram com amor, desejando de todo coração ser felizes. O que aconteceu?
Analisemos S. João 2:1 a 9. Aquele casal de
noivos em Caná da Galiléia teve a brilhante idéia de convidar Jesus para o seu casamento. Felizes
aqueles que hoje têm certeza de que Jesus está presente em sua família.
Quer dizer que se Jesus está presente na
nossa vida, nunca teremos dificuldades?
Lembre-se: aquele casal convidou Jesus para
estar em seu casamento. Mas a Bíblia diz que, de repente, o vinho acabou. O
vinho simboliza gozo, alegria, felicidade. E tudo isso acabou naquela festa.
Será que nos lares onde Jesus está presente também podem haver momentos
turbulentos?
Às vezes corremos o perigo de usar a Bíblia
com demagogia.
Eu poderia lhe dizer agora: Se você
acreditar em Jesus, nunca terá problemas; se entregar a vida a Jesus nunca
ficará doente; se decidir seguir a Jesus nunca terá dificuldades financeiras.
Mas não. Não é isso que a Bíblia afirma. Ela diz que Jesus pode estar presente
no casamento, e mesmo assim, podem haver dificuldades e problemas.
Talvez você esteja se perguntando: Qual é,
então, a vantagem de ter Cristo?
Eu lhe respondo:
– O sofrimento na vida daqueles que não têm
Jesus é como a ferida purulenta; é como a gangrena que vai devorando, levando à
loucura, ao desespero, e finalmente à morte.
O sofrimento na vida dos que têm comunhão
com Cristo, é como a ferida limpa que doe, sangra, mas sara. E com o tempo só
restam cicatrizes.
Você pode estar atravessando o vale de
sombras de doença, de enfermidade e de tribulação. Talvez você esteja com o
coração ferido. Então, quero lhe dizer em nome de Jesus que você pode sofrer,
mas o sofrimento não durará a vida toda.
Uma coisa é sofrer com Cristo. Outra é
sofrer sozinho. Sozinho você se desespera, fica louco e pode até chegar ao
suicídio. Com Cristo, você pode chorar, pode sangrar, mas sente um braço
poderoso sustentando sua vida.
Deus não prometeu que Seus filhos nunca
teriam dificuldades neste mundo. Ele prometeu que Seus filhos nunca estariam
sozinhos.
Jesus estava no casamento em Caná da Galiléia, mas mesmo assim aconteceu algo desagradável na
festa. As pessoas cometeram um erro. Elas podiam ter ir ao Mestre e dizer-lhe:
– Senhor, ajuda-nos. O vinho acabou.
Mas em lugar de procurar Jesus, pediram
ajuda à Sua mãe, a santa virgem Maria.
Querido, precisamos ter em mente que quando
Jesus está presente em nossa vida, somos capazes de enxergar a luz em meio às
trevas.
Vou tratar agora de um assunto muito
delicado: a Santa Virgem Maria.
Como todos sabemos, o inimigo é muito
astuto. Ele não quer cristãos equilibrados. Ele quer nos levar ao fanatismo ou
ao liberalismo. Isto é certo com relação a qualquer assunto da Bíblia.
Vejam, o inimigo leva muitos cristãos que
têm a Bíblia nas mãos, a pensar do seguinte modo: A virgem Maria não é
importante. Ela foi uma mulher como qualquer outra. Não temos que ficar
reverenciando-a; não temos que falar muito dela, porque isso é idolatria.
Meu amigo, se um cristão, com a Bíblia
aberta, diz isso, ele não sabe o que está dizendo. Porque a virgem Maria foi um
ser humano sim, mas não foi um ser humano comum. Ela foi uma mulher com uma
experiência maravilhosa com Deus. Ela foi uma mulher de vida piedosa, exemplar.
Hoje, a figura da virgem Maria se levanta
como um exemplo de vida, de entrega e de comunhão com Deus. Por isso, ela
merece todo o nosso respeito e a nossa reverência. Merece que a amemos e que
ensinemos mais da vida maravilhosa que viveu. Mas como já disse, o inimigo não
quer pessoas equilibradas. Ele tanto leva os cristãos ao extremo de serem
desrespeitosos com ela, como as engana e as leva para outro extremo.
Existe muita gente sincera e maravilhosa
que pensa assim: A virgem Maria é a nossa salvadora. Temos que ir a ela porque
talvez ela possa nos salvar, possa resolver nossos problemas. Estamos passando
por dificuldades? Vamos nos ajoelhar perante ela... ela pode resolver nossos
problemas.
Estas pessoas agem desse modo com toda a
sinceridade. No momento de desespero, procuram a ajuda da santa virgem Maria. E
os cristãos do outro extremo olham para elas com olhos acusadores e dizem:
– Vocês são idólatras. Adoram um ser
humano.
Eles ignoram a sinceridade com que estas
pessoas estão procurando chegar a Deus.
No casamento de Caná da Galiléia,
as pessoas tinham Jesus presente, mas em lugar de ir a Ele, foram à virgem
Maria, e ela, com todo carinho lhes disse:
– Filhos, eu não posso resolver esse
problema, mas conheço a única pessoa que pode fazer isso para vocês. E os levou
a Jesus. Se hoje ela estivesse viva, com certeza faria a mesma coisa.
A Bíblia afirma que a virgem Maria, por
mais extraordinária e piedosa que tenha sido, precisava de um Salvador. Veja
uma de suas orações: "A minha alma engrandece ao Senhor, e o meu espírito
se alegra em Deus meu Salvador". (S. Lucas 1:46 e 47)
Essa é a oração literal da virgem
Maria; escrita e registrada na Palavra
de Deus. Se ela precisava de um salvador era porque ela era um ser humano e não
tinha condições de salvar ninguém.
Tudo bem, você pode estar me dizendo:
– Pastor, eu não a tenho como minha
salvadora. Ela só é a minha intercessora, minha intermediária, minha mediadora.
"Porque há um só Deus, e um só
Mediador entre Deus e os homens, Jesus Cristo homem". (I Timóteo 2:5)
Isso é o que diz a Bíblia. É só Jesus
Cristo e mais ninguém. É por isso que quando os homens no casamento de Caná
foram à Maria pedindo ajuda, ela, com o maior carinho, os levou a Jesus. Jesus
era o único capaz de resolver problemas.
Se a santa virgem Maria (a quem amo e
respeito muito, porque quando Deus escolheu uma mulher para gerar Seu Filho
neste mundo escolheu essa piedosa mulher), estivesse viva e hoje pudesse falar;
quando uma pessoa fosse a ela pedindo ajuda, ela a abraçaria, e lhe daria
talvez um beijo de amor e com carinho lhe diria:
– Filho, eu agradeço pela sinceridade de
coração com que você vem a mim, mas não posso fazer o que você me pede. Eu
também sou um ser humano. Eu também preciso de um Salvador. Jesus é o único
mediador entre você e o Pai.
Voltemos agora ao casamento de Caná da Galiléia e vejamos o que Maria disse aos homens:
– Vocês querem que o problema da falta de
vinho seja resolvido? Então, façam tudo o que Ele vos mandar.
Esta é a declaração mais bonita que a santa
virgem Maria nos deixou. Se Ele mandar você ir para a direita, vá para a
direita; se Ele disser para ir para a esquerda, vá para a esquerda. Por favor,
não tente mudar o que Ele mandou. Cumpra o que Ele ordenou.
Nós, os seres humanos, não temos humildade
suficiente para ir à Bíblia e fazer o que Ele nos manda. Estamos sempre
tentando corrigir a Deus e tendemos a interpretar e colocar as nossas opiniões.
Quando o que está escrito combina com o que cremos, aí está tudo bem. Porém,
quando não encaixa com a nossa maneira de ser e de viver, então tratamos de
fazer algumas modificações que nos são convenientes.
Mas a virgem Maria diz:
– Não faça isso. Se você não quiser criar
problemas para você mesmo, faça tudo o que Ele ordenou.
Sabe por que a virgem Maria deu este
conselho? Porque muitas vezes as coisas que Deus nos pede parecem loucura.
Em Caná da Galiléia
os homens se dispuseram a obedecer a Jesus. E sabe o que aconteceu? Jesus lhes
disse:
– Enchei essas vasilhas d'água!
Os homens olharam para Jesus e disseram:
– Senhor, Tu não estás entendendo nosso
problema. O nosso problema não é a falta de água, e sim de vinho! Mas a virgem
Maria tinha dito: "fazei tudo o que Ele vos mandar".
Deus muitas vezes vai nos pedir coisas que
parecem incoerentes e loucura aos nossos olhos. Encher as vasilhas d'água, para
quê? Não precisamos d'água, precisamos de vinho. Mas não discuta com Deus. Se
Deus mandou encher as vasilhas d'água, obedeça. Deus conhece o seu problema e
quer solucioná-lo.
Os homens, meio incrédulos, encheram as
vasilhas.
Então Jesus lhes disse:
– Podem servir.
Eles olharam as vasilhas e lá dentro havia
água.
Novamente Jesus lhes disse:
– Sirvam.
E eles pensaram: "Senhor, Te
obedecemos até aqui, mas não vamos continuar. Servir água em lugar de vinho é a
maior humilhação que um anfitrião pode passar".
Sabe, nós, os seres humanos, somos muito
imediatistas. Queremos ver os resultados logo. E com Deus, às vezes, as coisas
não funcionam desta maneira.
Um dia, um capitão leproso buscou a ajuda
de Deus.
E o profeta lhe disse:
– Vai ao Rio Jordão, e mergulhe sete
vezes. Ele perguntou:
– Não há rios melhores em minha cidade?
Mas o servo lhe disse:
– Meu senhor, se Ele tivesse pedido coisas
mais difíceis, não terias feito? O que custa obedecer a ordem do profeta? Por
que não entras na água?
E ele entrou uma vez e nada aconteceu.
Entrou duas, três, quatro, cinco, seis vezes e nada aconteceu. Naamã já estava saindo do rio dizendo:
– Não, isto é tolice. Como eu, um homem
culto, com títulos acadêmicos, vou entrar nessa de crentes, de acreditar que a
água vai me curar? Não, eu não entro. Acreditei mas não aconteceu nada. Vou
embora.
E o servo lhe disse:
– Meu senhor, por favor. Você já entrou
seis vezes. O que custa entrar mais uma vez?
Naamã entrou, e a Bíblia diz que quando ele saiu da
água, sua carne estava completamente curada, terna como a pele de um bebê.
Assim são as coisas com Deus. Você não pode
aceitar Jesus esperando que seus problemas acabem imediatamente.
Voltemos a Caná da Galiléia.
Talvez
você não esteja entendendo a magnitude do problema daquele casal.
Naquele tempo, se um casal fizesse uma
festa de casamento e acabasse o vinho, esta seria a maior vergonha que uma
pessoa poderia passar na vida.
Esta história, é a história de um casal à
beira da desgraça, e um milagre divino transformou a água em vinho e resolveu o
problema.
Eu pergunto:
– Aquele Jesus que teve poder para
transformar a água em vinho, não tinha poder para encher as vasilhas? Claro que
tinha.
Por que então ordenou que enchessem as
vasilhas d'água?
Aqui está a participação humana. Deus não
pode forçar ninguém. Ele pode transformar sua vida e fazer milagres. O que Ele
não pode fazer é entrar em seu coração sem a sua licença.
Você tem que abrir o coração a Ele. Você
tem que encher a vasilha d'água.
Para Deus, não importa a distância que você
está dEle. Não importa o tamanho do seu problema. Não
importa quão baixo você caiu.
O milagre é com Deus. A decisão é com você.
Ao longo da minha vida tenho visto
marginais, prostitutas, homossexuais, ateus, agnósticos caindo aos pés de
Cristo. Hoje, são homens e mulheres transformados pelo poder de Deus.
Não há nada que Deus não possa fazer. Não
há água que Ele não possa transformar em vinho. O Cristo de Caná da Galiléia vive, e está perto de você embora não possa vê-lo.
Jesus está chegando; está batendo à porta
de seu coração. Mas Ele não pode entrar sem que você diga sim. Não existe outra
maneira de você receber o grande milagre da transformação a não ser pela sua
decisão a favor de Cristo.
Se você sente que seus sonhos estão caindo,
deixe que Jesus os reconstrua. Se você sente que deve abrir o coração a Jesus,
não espere mais. Dê a Ele uma oportunidade. Entregue-se a Jesus e deixe-O
consertar as coisas erradas em sua vida.
MAIS
SEMELHANTE A JESUS
Letra e
Música: Wiliams Costa Jr
Mais
semelhante a Jesus
é o que
mais eu desejo na vida.
Mais
semelhante a Jesus
é a
vontade sincera nascida em meu ser.
Mais
semelhante a Jesus
é o ponto de minha partida;
para ter
nesta vida alegria e poder
quero ser
mais semelhante a Jesus.
Mais
semelhante a Jesus
é a mensagem
cantada e vivida.
Mais
semelhante a Jesus
é a
vontade incontida de sempre louvar.
Mais
semelhante a Jesus
é o alvo de minha
corrida;
para ter
nesta vida alegria e poder
quero ser
mais semelhante a Jesus.
Mais
semelhante a Jesus
é a minha
comida e bebida.
Mais
semelhante a Jesus
é a
vontade acolhida no meu coração.
Mais
semelhante a Jesus
é a
certeza da luta vencida;
para ter
nesta vida alegria e poder
quero ser
mais semelhante a Jesus.
ORAÇÃO
Querido
Pai, nesse momento ouça o clamor silencioso de milhares de corações; corações
que se abrem a Ti. Entre nessas vidas. Transforme o que tem que ser
transformado. Em nome de Jesus. Amém.
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17
AMOR
OU ÓDIO?
Pr.
Alejandro Bullón
Alguma
vez o perturbou a idéia de um Deus cruel e
sanguinário que ordenava matar mulheres e crianças no Velho Testamento? Como harmonizar a mensagem de amor do
Novo Testamento com o Deus guerreiro da primeira parte da Bíblia?
"Assim diz o Senhor dos Exércitos: Eu
me recordei do que fez Amaleque a Israel, como se lhe
opôs no caminho, quando subia do Egito. Vai, pois, agora e fere a Amaleque, e destrói totalmente a tudo o que tiver, e não
lhe perdoes; porém matarás desde o homem até à mulher, desde os meninos até aos
de mama, desde os bois até às ovelhas, e desde os camelos até aos
jumentos". (I Samuel 15:2 e 3)
Caro leitor, o texto acima contém uma das ordens mais estranhas da
Bíblia. É sempre dificil entender este assunto. Esta
ordem foi dada à Israel, quando conquistou a terra de Canaã: "Entre e mate
tudo o que encontrar em seu caminho. Mate homens, mulheres, crianças, animais,
e joge fogo em cima de tudo. Não deixe nada
vivo". Ai daquele que se atrevesse a desobedecer!
Um homem chamado Acã
escondeu uns vasos de prata e uns mantos muito bonitos porque considerava estas
coisas muito valiosas para serem queimadas. E Deus mandou que fosse apedrejado.
Houve também um rei que tentou desobedecer. Seu nome era Saul. Ele poupou a
vida do rei cananeu e levou o gado gordo sob a alegação de que o gado seria
oferecido em sacrifício a Deus. E o Senhor respondeu: "Eu não quero
sacrifício, eu quero obediência". E o rei Saul foi rejeitado do trono e
teve um futuro triste.
Deus não admitia que o homem o
desobedecesse e a ordem era muito estranha, sanguinária e cruel. Como matar
mulheres, crianças e animais? Se ao menos a ordem fosse para matar os soldados
até que poderia ser compreensível. Mas por que matar crianças e mulheres? Por
que queimar e destruir tudo?
Tem muita gente sincera que não acredita
num Deus de amor, porque não consegue entender alguns aparentes mistérios da
Bíblia. Mas este assunto pode ser entendido embora não seja muito simples.
Primeiramente temos que entender três
coisas: 1. Todo aquele que se separa de Deus, perde a vida porque a vida está
em Deus. 2. Aquele que perde a vida por separar-se de Deus, pode continuar
respirando, andando, comendo e trabalhando, mas o que ele vive não é mais vida,
é uma loucura, é algo que não tem sentido. E como vive sem Deus, claro, ele dá
rédea solta aos seus instintos e acaba se depravando, se degenerando e se
arruinando sozinho. 3. Embora o homem que se afasta de Deus viva uma vida
rebelde e suicida, Deus tem muita paciência com ele, mas um dia esse homem,
chega ao ponto em que é melhor para ele parar de respirar, porque morto já
estava desde o momento em que se separou de Deus.
Vamos tentar entender estes três assuntos.
Primeiro, o que é a vida?
A vida é um período de mais ou menos 80
anos durante o qual o coração bate e o pulmão respira. Eu lhe pergunto: Você
que está fazendo esta leitura está vivo?
Biologicamente sim, mas espiritualmente,
depende. Depende de quê? De sua comunhão coma vida. Mas o que é a vida?
Quando Jesus esteve aqui nesta terra Ele
respondeu: "... Eu sou o caminho, e a verdade e a vida..." (João
14:6)
Em outra ocasião Ele disse: "... Eu
sou a ressurreição e a vida..." (João 11:25)
E São João acrescenta: "Aquele que crê
no Filho tem a vida eterna; mas aquele que não crê no Filho não verá a
vida..." (João 3:36)
A vida meu amigo, é uma pessoa: a vida é
Jesus. E somente vivem na plenitude da Palavra os que vivem uma vida de
comunhão com Ele. No momento em que o homem se separa da pessoa vida que é
Jesus, ele pode continuar respirando, andando, movimentando-se, mas já não
vive, está morto. Porque a vida que o homem vive sem Jesus é uma caricatura de
vida, é um arremedo de vida, é um inferno.
O segundo ponto que precisamos entender é
que aquele povo Cananeu tinha se afastado do Deus da vida e portanto já não
tinha mais vida, apenas existia. Tirando Deus de sua existência, esses homens
carregavam um vazio interior terrível e para preenchê-lo davam rédea solta aos
seus instintos chegando à depravação em busca da satisfação dos sentidos.
Quer ver como vivia esse povo?: "Mas
o Senhor falou a Moisés dizendo: fala
aos filhos de Israel, e dize-lhes: Eu sou o Senhor vosso Deus. Não fareis
segundo as obras da terra do Egito, em que habitastes, nem fareis segundo as
obras da terra de Canaã, para a qual eu vos levo, nem andareis nos seus
estatutos". (Levítico 18:1 a 3)
Mas o que fazia aquele povo, que Israel não
devia imitá-lo? Quais eram os seus costumes? Todo o capítulo 18 de Levíticos
fala do que os cananeus faziam.
O povo Cananeu era um povo sem rédeas, sem
valores morais, um povo desesperado. Sem Deus era lógico, não tinha vida, então
tentou dar sentido à sua existência experimentando de tudo. Nada o satisfazia.
O povo vivia louco e desesperado. Homens deitavam-se com homens; mulheres com
mulheres; pais com filhos; homens com animais. Não havia mais o que inventar.
Os cananeus não sabiam para onde ir, não tinham paz, não eram felizes porque
uma vida sem Cristo não pode ter sentido.
O terceiro ponto é que embora aquele povo
de Canaã não quisesse saber nada de Deus, Deus ainda teve muita paciência com
ele.
Um dia, Abraão foi a Deus e lhe disse:
"Senhor, tu me prometeste a terra de Canaã. Entrega-me-a
já, agora! E Deus respondeu: Não Abraão, você não vai entrar ainda".
"Por que não"? E veja a resposta que Deus lhe dá: "E tu irás a
teus pais em paz; em boa velhice serás sepultado. E na quarta geração tornarás
para cá, porque a medida da injustiça dos amorreus não está ainda cheia".
(Gênesis 15:15 e 16)
Passaram-se cem anos. Abraão morreu e o
povo Cananeu continuou se afundando na miséria, no pecado e na depravação.
Então, os filhos de Abraão reclamaram a terra prometida e a resposta divina
seguiu sendo: "Ainda não se encheu a medida da iniqüidade
dos amorreus".
Passaram dois séculos. Aquele povo já não
tinha mais o que inventar e Deus disse: "Ainda não se encheu a medida da iniqüidade dos amorreus".
Quatrocentos anos depois, a resposta divina
continou sendo: "Ainda não". O povo de
Israel reclamava: "Como é que não se encheu a medida da iniqüidade deste povo? Olha para ele, olha o que esse povo
faz, como vive". E Deus com lágrimas nos olhos responde: Filhos, eu amo
vocês. Mas por favor, eu também amo este povo. Eu gosto dele e quero salvá-lo.
Deus disse em Sua palavra: "... não
tenho prazer na morte do ímpio, mas em que o ímpio se converta do seu caminho e
viva..." (Ezequiel 33:11)
Amigo querido, para continuarmos analisando
este assunto precisamos entender que embora Deus seja paciente com o pecador, o
homem infelizmente sofre as consequências das suas decisões erradas. Foi assim
que depois de 430 anos de espera, de súplica e de lágrimas, que aquele povo
chegou ao fundo do abismo. O melhor para ele era que parasse de respirar,
porque morto já estava desde o momento em que se separou de Deus. E aquele povo
parou de respirar a fio de espada.
Hoje, com a cultura de nosso tempo, aquela
morte nos parece horrorosa, sangrenta e cruel. Claro, hoje, vivemos no século da câmara
de gás, da cadeira elétrica. Mas aqueles eram tempos de sangue e guerra. Os
povos viviam se agredindo e cortando a cabeça uns aos outros. Deus permitiu que
esse povo de Canaã parasse de respirar com a morte mais natural e humana que
podia haver naquela época, mas que hoje parece grotesco.
A morte das crianças, a mim muito me faz
sentir mal, mas compreendo que nossos filhos carregam as tendências que
deixamos para eles como herança genética. Quando vejo o Deus de misericórdia
que Ele sempre foi, entendo que Ele recolheu aquelas crianças porque em Seu
infinito amor sabia que elas seguiriam a mesma linha de conduta de seus pais.
Há muita gente que hoje se deleita em
pensar apenas no momento trágico da morte dos cananeus, mas não pensa nem um
pouquinho nos séculos e séculos em que Deus dizia: "Ainda não se encheu a iniqüidade desse povo. Ainda espero nele, ainda acredito.
Mesmo que ele não queira mais nada comigo e me cuspa no rosto e jogue meus
ensinamentos no lixo, Eu gosto dele e o amo".
Por que será que nos lembramos apenas da
morte daqueles homens e não da paciência divina? Acho que às vezes somos muito
injustos com Deus.
Quando um médico observa um paciente com
gangrena e decide amputar-lhe o braço, me diga: é
porque o médico é cruel e sanguinário? Mau e
perverso? Ou é porque o médico sabe que essa é a única saída?
Às vezes, amigo, para salvar um corpo temos
que amputar um braço. Apesar do braço valer muito, ele está podre e tem que ser
amputado se quisermos salvar o resto do corpo.
Na raça humana, aquele braço de Canaã
estava podre; era um povo gangrenado. Tinha que ser amputado e o foi com amor e
carinho. Esta era a única maneira de salvar o resto do corpo. De outra maneira,
a humanidade toda ficaria depravada e esqueceria completamente de Deus.
Mas agora venha comigo ao Novo Testamento.
O que acontece com Deus? Mudou? Se tornou bonzinho? Como aquele jovem ateu na
Universidade me dizia um dia: Deus se
arrependeu de todo aquele sangue que derramou no Velho Testamento, e agora vem
derramar Seu próprio sangue na cruz?
Muito cuidado querido. Em Deus não existe
mudança nem sombra de variação. Ele é o mesmo ontem, hoje e pelos séculos.
Quer ver Jesus no Novo Testamento? "E
vi o céu aberto, e eis um cavalo branco; e o que estava assentado sobre ele
chama-se Fiel e Verdadeiro; e julga e peleja com justiça. E os seus olhos eram
como chama de fogo; e sobre a sua cabeça havia muitos diademas; e tinha um nome
escrito, que ninguém sabia senão ele mesmo. E estava vestido de uma veste
salpicada de sangue..." (Apocalipse 19:11 a 13)
O que significa este sangue? Você acha que
é o sangue que Jesus derramou na cruz do Calvário para nos salvar? Não, não é.
Quer saber o que significa o sangue que salpica os vestidos de Cristo quando
Ele voltar? Vamos então ler a passagem onde mostra o significado desse sangue.
O profeta pergunta: "Quem é este, que
vem de Edom, com vestidos tintos de Bozra? Este que é glorioso em sua vestidura, que marcha com
a sua grande força? Eu, que falo em justiça, poderoso para salvar. Por que está
vermelha a tua vestidura? E os teus vestidos como o daquele que pisa no lagar?
Eu sozinho pisei no lagar, e dos povos ninguém houve comigo; e os pisei na
minha ira, e os esmaguei no meu furor; e o seu sangue salpicou os meus
vestidos, e manchei toda a minha vestidura". (Isaías 63:1 a 3)
Ah, meu amigo, eu tremo quando leio isto.
Pessoalmente, não gosto de causar medo nas pessoas. Eu acho que o
arrependimento por medo não é autêntico. As pessoas têm que ser atraídas pelo
amor de Deus. Mas não posso deixar de pregar o que está escrito na Palavra de
Deus. Quando Cristo voltar Suas vestiduras serão manchadas de sangue, e esse
sangue não é o sangue que Ele derramou na cruz do Calvário. Esse sangue será a
vida de todas as pessoas que rejeitaram a Deus.
Hoje, estamos vivendo na época em que o
povo de Israel continua perguntando: "Senhor, quando nos darás a terra
prometida"?
E Jesus responde: "Ainda não".
"Por que não"?
"Porque ainda não se encheu a medida
da iniqüidade dos homens".
Muitas vezes perguntamos: "Senhor,
quando é que voltarás e nos levarás para a terra prometida"?
E Pedro responde: "O Senhor não
retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam,
senão que todos venham a arrepender-se". (II Pedro 3:9)
Hoje, a resposta de Jesus continua sendo:
"Ainda não se encheu a medida da iniqüidade das
pessoas".
Podemos argumentar impacientes: "Como
não? Olhe a violência, a miséria, a fome. Olhe os filhos rebeldes contra os
seus pais, os pais sem coração abandonando seus filhos. Olhe a boca do lixo em
São Paulo, no Rio de Janeiro. Olhe as ruas centrais das grandes cidades do
Brasil. Olhe Nova Iorque, Paris, Miami. Vai me dizer que ainda não se encheu a
medida da iniqüidade desse povo?
E Deus diz: "Para você, tudo isso pode
ser horrível, mas Eu amo este povo, amo os homossexuais, as prostitutas, os
marginais, enfim, amo todos eles. Todos são valiosos para Mim. Dei a Minha vida
por eles. Ele são a coisa mais linda que tenho. Não quero deixar de salvá-los.
Vou continuar esperando-os.
E o tempo vai passando, e vamos a Deus e
lhe dizemos: "Senhor, olha Tua Palavra, todos os sinais já foram
cumpridos, quando é que Jesus vai voltar? E Jesus responde: "Não, ainda
espero que meus filhos voltem a mim. Ainda acredito neles".
Querido amigo, é preciso que você saiba:
Não importa quem seja você. Por favor não me diga quem é, não me diga como
vive. Não importa onde você está, nem quão longe você viva de Deus. Não importa
quão baixo você tenha caído, nem quão atado à miséria desta vida você possa
estar. Acredite, querido, Deus o ama muito e nunca estará feliz, se você não
retornar a Ele.
Agora, neste momento Ele está te esperando
com os braços abertos. Lembre-se: não há nada que Deus não possa fazer por você
se você lhe der uma chance.
A
EXCELÊNCIA DO AMOR
Letra:
Mário Jorge Lima
Música:
Costa Jr.
Inda que
eu fale
o mais
perfeito linguajar
que os
santos anjos
hoje
falam lá no Céu;
se da ciência
desse mundo
eu tudo,
tudo conhecer;
se da
cultura e do saber,
a minha
vida eu completar;
mas se
não tiver
pulsando
forte dentro em mim
o amor
que pode
um coraçào modificar,
serei
somente um forte som,
desafinado
em cada tom,
ferindo a
quem
de mim se
aproximar
O amor
que vem de Deus
se
preocupa em ajudar.
É a emoçào maior
que o
homem pode conhecer;
suporta o
desamor
e ainda
sabe esperar
Razão da
própria vida,
é a
essência do viver.
É forte,
é verdadeiro,
não
procura o próprio bem.
O amor
jamais oprime,
não
conhece a irritação.
É puro, é
confiante
e é até
maior que a fé.
É o dom
que deu a vida
e trouxe
ao homem salvação
Se eu
conhecer
as
profecias muito bem
e se eu
for pródigo
em meus
bens distribuir;
se alguma
causa me mover
a dar a
vida pra morrer,
por essa
causa se eu nela,
de
verdade, acreditar;
mas, se
porventura
o meu
viver não demonstrar
que
existe amor
em tudo
aquilo que eu fizer,
tudo isso
nada valerá,
pois só o
amor é que é capaz
de dar
sentido
ao bem
que eu praticar.
ORAÇÃO
Pai
querido, obrigado por Teu amor, pela misericórdia e paciência com que estendes
Teus braços em direção aos Teus filhos. Abra os Teus ouvidos para o clamor de
cada pessoa. Tem milhares abrindo o coração a Ti. Responda a petição de cada
coração. Em nome de Jesus. Amém.
18
UMA
FONTE NO DESERTO
Pr.
Alejandro Bullón
Um pai me
abraçou desesperado e colocou um papelzinho em meu bolso. Era um pedido de
oração em favor do filho que estava preso por tráfico de drogas. No papelzinho
estava a história de um garoto que cresceu na igreja, recebendo todo o carinho
e a orientação dos pais que conheciam Jesus, mas que por essas coisas da vida
fez decisões erradas e escolheu o caminho dos vícios e do crime. O clamor do
pai era: pode Deus fazer alguma coisa por meu filho?
"E consumida a água do odre, lançou o
menino debaixo de uma das árvores. E foi-se, e assentou-se em frente,
afastando-se a distância de um tiro de arco; porque dizia: Que não veja eu
morrer o menino. E assentou-se em frente, e levantou a sua voz, e chorou. E
ouviu Deus a voz do menino, e bradou o anjo de Deus a Hagar desde os céus, e
disse-lhe: Que tens, Hagar? Não temas, porque Deus ouviu a voz do rapaz desde o
lugar onde está. Ergue-te, levanta o moço, e pega-lhe pela mão, porque dele
farei uma grande nação" (Gênesis 21:
Era um dia de muita alegria na família de
Abraão. Naqueles tempos uma grande festa era realizada quando o menino era
desmamado e não quando ele fazia o primeiro ano, como costumamos fazer em
nossos dias. Isto podia acontecer aos 6 ou 7 anos de idade. Naquele tempo não
havia muita pressa em desmamar uma criança. Talvez por isso as pessoas vivessem
tanto tempo. Está provado que o leite materno é um alimento insubstituível.
Quando o filho, naquela época, era
desmamado, o pai fazia uma grande festa e convidava seus amigos. Abraão era um
homem rico e não poupou dinheiro para preparar o banquete. Mas em toda grande
festa, onde tudo pode ser alegria, sempre aparece alguém que acha que é muito
esperto, que pensa que nunca será descoberto, alguém que quer jogar seu veneno
para trazer tristeza, alguém que acha que pode fazer todo mundo de bobo. O que
este tipo de pessoa não sabe é que tudo que se planta, se colhe. A Bíblia diz:
"... porque tudo o que o homem semear, isso também ceifará" (Gálatas
6:7).
É uma lei da vida. A vida poderia ser uma
grande festa, no bom sentido da palavra. A vida poderia ser abundante e cheia
de significado; a juventude poderia crescer e chegar a horizontes impensados;
nossos filhos poderiam crescer e chegar a alturas nunca imaginadas; poderiam se
desenvolver sadios, sendo motivo de orgulho para este país, para a sociedade, e
para a família. Mas por algum motivo, sempre há alguém que acha que é muito
esperto, que quer brincar com a vida, caçoar dos valores, modificar as leis da
natureza e levar levianamente os valores espirituais e morais que Deus deixou
estabelecidos para uma convivência sadia entre os seres humanos. Sempre aparece
alguém que pensa que aquilo que é plantando não será colhido. Esse era o caso
de Ismael.
Quando todo mundo podia estar feliz, Ismael
começou a caçoar de seu irmãozinho, pensando que nunca ninguém o descobriria.
Você está brincando com a promiscuidade do
sexo, pensando que nunca ninguém descobrirá? Você é um adolescente que está
brincando com o cigarro, com o álcool ou com as drogas, pensando que ninguém o
descobrirá? Será que você está brincando com os valores da família? A esperteza
pode durar muito tempo, mas não pode durar todo o tempo. Você pode brincar com
a sua saúde hoje e amanhã, mas depois de amanhã verá o triste resultado de ter
caçoado da sua saúde.
Amigo querido, Deus nos deu liberdade e
podemos transformar a liberdade que Deus nos deu em nossa grande tragédia. Deus
nos criou diferentes dos animais. Criou aos animais com instintos, os animais
são pobres escravos de seus instintos. O ser humano foi criado com liberdade. E
é por isso que se você oferece um cigarro para um ser irracional ele não
aceita, ele não tem liberdade, ele tem instintos, é um pobre escravo de seus
instintos. Mas se você me oferecer um cigarro talvez eu o fume, embora a fumaça
me afogue, e eu comece a tossir e me asfixiar. Tenho liberdade e por isso posso
forçar a minha natureza. Meu pulmão não foi criado para respirar fumaça, mas
usando a liberdade que Deus me deu, posso colocar fumaça dentro dele. Só que
cinco anos depois começo a tossir, vou para o médico, e o médico me dá um
diagnóstico:
–
Você está condenado a morte, um câncer pulmonar está devorando sua vida.
Então imediatamente começo a pensar, caio
de joelhos e digo:
– Senhor, por favor não me castigue.
Pense um pouco meu amigo: Deus está me
castigando por que fumei? Não. Deus não castiga ninguém. Não existe esse
Deus-monstro e castigador que muitos imaginam. Quando eu vou para a palavra de
Deus eu encontro um Deus de amor, um Deus dizendo que não quer a morte do
ímpio. Mas Deus estabeleceu princípios preservadores da vida que temos que
respeitar.
Se tivesse neste momento na minha mão um
microfone de cristal muito valioso, e não quisesse que ele se quebrasse, teria
que respeitar a lei da gravidade. Que diz essa lei? Que todo objeto será
atraído ao centro da terra. E se o meu microfone é um microfone de um milhão de
dólares, feito de um cristal finíssimo, uma obra artesanal, uma raridade no
mundo e eu não quero que se quebre, tenho que respeitar a lei da gravidade.
Agora, se, usando a minha liberdade, eu soltar o microfone, ele vai cair, vai
se estraçalhar, e não é justo que eu olhe para Deus e diga que Ele está me
castigando porque eu soltei o microfone.
Deus não castiga ninguém. O ser humano
recebe sozinho a conseqüências de suas atitudes. Deus
estabeleceu leis físicas, morais e espirituais, para proteger a vida e isto não
é arbitrariedade de Deus.
Quando você entra num zoológico, por
exemplo, e vê na jaula dos leões uma placa que diz: "Não coloque a mão
nesta jaula", não é porque o administrador do zoológico seja um tirano ou
um homem radical. Não é porque a mente do administrador seja uma mente
quadrada. Mas você é livre, e se você quiser, pode enfiar a mão na jaula dos
leões. Só que depois, quando o leão devorar a sua mão, não é justo que você vá
ao administrador do zoológico e diga que ele tem a culpa, ou que ele está lhe
castigando porque você desobedeceu a ordem.
Amigo querido, Deus estabeleceu princípios
espirituais, morais e físicos, para proteger a vida, para proteger a
convivência entre os seres humanos, e nos deu liberdade. Eu posso usar mal essa
liberdade, posso caçoar dessas leis. Mas a única pessoa que vai se dar mal sou
eu. E não é justo que depois eu olhe para Deus e diga que ele está me
castigando por isso.
Não se pode brincar com o que Deus
estabeleceu. Ismael pensava que nunca seria descoberto, mas Sara o viu, e
Ismael teve que sair de casa. Sem dúvida Ismael pediu perdão a seu pai. E a
Bíblia diz que Abraão amava a seu filho, e o abraçou chorando e disse:
– Filho, eu te perdôo,
mas você tem que sair de casa.
– Mas então você não me perdoou?
– Te perdoei filho, mas você tem que sair
de casa.
Esta história vem desde o Jardim do Éden
quando Adão e Eva transgrediram um princípio estabelecido para a preservar da
vida. Deus lhes disse que eles teriam que sair do jardim e eles se ajoelharam e
disseram:
– Deus, por favor, perdoa-nos.
E Deus disse:
– Filhos, vocês já estão perdoados.
– Então podemos ficar?
– Não, não podem ficar, vocês têm que sair.
– Mas então não nos perdoou?
– Perdoei filhos, mas vocês têm que sair.
Há pouco tempo um jovem, na fase terminal
da AIDS, me perguntou se Deus estava lhe castigando por ter vivido uma vida
desregrada. Eu lhe disse que não, que Deus o amava muito, mas que tinha
estabelecido princípios que deviam ser respeitados. Deus não pode mudar as leis
que estabeleceu.
Ismael teve que sair de casa e o texto
bíblico diz que isto pareceu muito doloroso a Abraão, por causa de seu filho.
Deus ama muito o ser humano. Às vezes,
usando mal a liberdade que temos podemos nos machucar. E você acha que Deus
fica olhando e pensando: "Você está vendo o que fez?" Não, Ele não
faz isso. Ele fica sofrendo porque não era esse o sonho que Deus tinha para o
ser humano. Mas infelizmente Deus tem que respeitar a liberdade que Ele mesmo
entregou para o homem.
A história bíblica diz que Hagar foi
andando pelo deserto da vida, levando seu filho e um cântaro de água. De
repente a água acabou e ela estava no meio do deserto. Hagar não era uma mulher
sem iniciativa. Seguramente correu, procurou uma palmeira, tentou encontrar a
água, escavou a terra, correu de um lado para o outro, mas os recursos humanos
se esgotaram, não havia mais água e o filho começou a morrer no deserto. O sol
queimava, a areia estava quente, não havia água. Então, diz o texto bíblico,
Hagar chegou ao desespero. Levou seu filho e deitou-o debaixo de um arbusto,
colocou-se a uma distância como a de um tiro de um arco,
– Eu não quero ver o momento em que meu
filho der o último suspiro.
É preciso destacar uma lição hoje. Nós
todos estamos andando no deserto desta vida. Talvez seu filho está morrendo no
deserto da vida. Você como pai já tentou de tudo, já falou com amor, com
energia, já chorou, já suplicou, já aconselhou, já foi firme, soltou a corda,
esticou a corda, apelou a um pastor, procurou um conselheiro, enfim, já fez de
tudo, e aparentemente seu filho não tem mais remédio. Você pode estar
perguntando:
– O que mais posso fazer para ajudar meu
filho? Desde pequeno o instruí no caminho do Senhor, o levei para uma escola da
igreja. Ele foi educado recebendo as instruções da palavra de Deus. Demos tudo:
carinho, amor, educação, alimentação, tempo, assistência, amizade. Mas o meu
filho está se perdendo, o que mais posso fazer por ele? Não tenho mais para
onde ir. Não sei mais o que fazer, não sei como salvá-lo.
Talvez seu problema não seja seu filho.
Talvez seu lar é que está caindo aos pedaços. Você já não sabe mais o que fazer
para reestruturar sua família. Ela está se desfazendo. Talvez você e a sua
esposa já pensaram no divórcio, porque pensam que a única saída é a separação,
e só não o fizeram ainda por causa dos filhos, da pressão da sociedade, da
pressão financeira, por causa da família ou por causa da igreja, mas entre
vocês não existe mais nada, a vida se tornou um inferno. O lar está morto, está
agonizando. Você já perdeu todas as
esperanças, já caiu de joelhos, e disse ao Senhor:
– Oh, Senhor, eu não posso mais fazer nada,
está tudo perdido. Já lutei, pedi ajuda, corri, tentei uma vez, e outra vez, já
não posso fazer mais nada.
Talvez neste momento, seu problema não seja
seu lar, talvez seu problema seja a saúde. Você não sabe mais para onde ir.
Você já se entregou ao abandono.
Talvez seu problema não seja a saúde, seja
a sua vida espiritual. Você já tentou muitas vezes, quantas vezes prometeu
mudar; nunca conseguiu cumprir as suas promessas, prometeu a sua família, a
você mesmo, mas não adianta, sua promessa dura 10 dias, um mês no máximo. Você
se sente um pobre escravo de vícios, hábitos, ou quem sabe desse temperamento
que já lhe causou tantos problemas, esse temperamento que arruinou sua família,
arruinou seu trabalho, seu futuro. Você poderia ser alguém grande nesta vida,
mas não conseguiu nada por causa desse temperamento. Você não sabe mais para
onde ir. Não sabe mais como encontrar uma solução para seu problema.
Você já se sentou debaixo de um arbusto, e
falou:
– Meu Deus, eu tenho que me conformar com
esse caráter, tenho que me conformar com essa situação. Este meu problema não
tem saída.
Você, neste momento, está porventura
vivendo um momento difícil financeiramente, no aspecto pessoal, no trabalho,
nos estudos? Você já tentou de tudo, já não sabe o que fazer? Então quero que
você dirija seus olhos para o deserto e veja aquela mulher chorando e dizendo:
– Não quero ver quando o menino morrer.
De repente, enquanto ela chorava, ouviu do
céu uma voz que lhe dizia:
– Hagar, por que você está chorando?
– Ah Senhor, estou chorando porque não posso fazer nada para salvar meu filho. Não
posso fazer nada para sair desta situação. Sinto-me uma coitada na vida. Tudo
dá errado pra mim. Todo mundo me rejeita. Ninguém gosta de mim. Estou perdida
neste deserto, não sei para onde ir. Não tenho valores, perdi a auto estima, me
sinto muito mal, não tenho forças para levantar-me, nem para sair.
E a voz diz:
– Hagar, pare de chorar, levante o menino,
segure-o pela mão, porque Eu prometo uma coisa, escuta bem Hagar: Eu sou o Deus
todo poderoso, e Eu prometo que esse garoto que você pensa que não tem mais
saída, desse garoto que você pensa que só merece a morte, eu farei um grande
homem. Não fique chorando, pensando que está tudo perdido. Talvez você não
enxergou o que vou lhe mostrar. Agora, Hagar, em lugar de chorar, olhe para lá.
E Hagar levantou os olhos, e enxugou as
lágrimas, e sabe o que viu lá? Uma fonte de água. Ela estava chorando, pensando
que tudo estava perdido, quando perto dela havia uma fonte de água.
O texto bíblico diz que Hagar encheu o odre
de água, correu e deu ao menino antes dele morrer, e o menino viveu, e cresceu,
e se fez um grande homem, pai de uma grande nação.
Sabe o que está Deus nos dizendo hoje?
"Não existe caso que esteja perdido para mim. Eu sou o Deus todo
poderoso," diz Ele. Você pode ter lutado com suas próprias forças, você
pode ter feito tudo a sua maneira. Pode ter se esforçado por suas próprias
forças. Mas eu lhe digo uma coisa: neste momento Deus pode fazer de seu filho
um grande homem. Pode fazer de seu casamento que está caindo aos pedaços, uma
família feliz. Pode fazer de sua vida sem futuro, e sem esperanças, uma vida de
perspectivas ilimitadas. Deus pode ressuscitar seus sonhos, pode ressuscitar
seus valores, seus princípios, sua auto imagem.
Não há nada impossível para Deus. Mas aí
está a fonte de água, você tem que correr a ela, tem que banhar-se nela. Cristo
é a solução. Ele um dia foi levantado na cruz do Calvário. Das suas mãos e de
seus pés não brotou água, brotou sangue, e é neste sangue que você tem que ser
banhado. É aos pés da cruz que você tem que receber esse poder. É aí, aos pés
da cruz que os problemas desaparecem. Ou então, se os problemas não
desapareceram, você não tem mais medo deles. Aos pés da cruz, nos braços de
Jesus que os valores são trazidos de volta para a vida, é a Seu lado que você
encontra a solução.
CONHECER
O AMOR DE JESUS
(People Need the Lord)
Letra e
Música: Greg Nelson e Phill McHugh
Letra em
Português: Valdecir Lima e Costa Jr.
Estou
cansada de encontrar
as
pessoas sem sorrir,
caminhando
em meio à dor
e sem
rumo aqui.
Vão
vivendo sem sentir
o amor de
Deus.
A tristeza
e solidão
são
caminhos seus.
Coro
Conhecer
Jesus
é viver o
amor.
Ele é paz
na aflição,
Ele é
salvação.
Conhecer
Jesus
é viver o
amor.
Ele é
fonte de poder
que me
faz viver.
Cristo é
luz na escuridão
deste
mundo tão cruel,
Ele é paz
ao coração
e nos
mostra o Céu.
Cristo
sempre vai estar
onde está
a dor.
Todos
devem conhecer
este
grande amor.
Conhecer
Jesus
é viver o
amor.
Ele é paz
na aflição,
Ele é
salvação.
Conhecer
Jesus
é viver o
amor.
Ele é
fonte de poder
que me
faz viver.
ORAÇÃO
Querido
Pai, Te agradeço porque em meio do deserto desta vida posso encontrar a fonte
salvadora da graça de Cristo. Neste momento, responde ao clamor silencioso de
meu coração. Em nome de Jesus, amém
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Fax (021)
254-7165
19
TIRAI
A PEDRA
Alejandro Bullón
Alguma
vez você quis saber por que os filhos de Deus sofrem enfermidades, acidentes e também morrem? O que acontece quando o homem morre? Existe
vida após a morte?
O nosso texto está baseado no capítulo 11
de São João. Vejamos o que está escrito: "Mandaram, pois, as irmãs de
Lázaro, dizer a Jesus: Senhor, está enfermo aquele a quem amas". (São João
11:3)
Amigo, podem as pessoas a quem Jesus ama
ficar doentes? Podem as pessoas que vivem uma vida de comunhão com Cristo serem
também atingidas pela dor e até pela morte? É bíblico dizer que se você está
doente Jesus não está com você?
Numa ocasião, Paulo, falando de um problema
físico que carregava, disse: "Por causa disto três vezes pedi ao Senhor
que o afastasse de mim. Então Ele me disse: A minha graça te basta, porque o
poder se aperfeiçoa na fraqueza... (II Coríntios 12:8 e 9)
Paulo teve que conviver o resto da vida com
aquele problema físico. E isso quer dizer que Deus não estava com ele? E
Lázaro, não era amado por Jesus? Por que então ficou doente?
Há algo que devemos entender com relação à
doença: nenhuma enfermidade tem origem em Deus e não é uma maldição divina como
alguns pensam.
Certa ocasião eu estava me preparando para
a pregação, quando uma senhora entrou toda chorosa, acompanhada de seu filho de
19 anos e me disse:
– Pastor, por favor, fale alguma coisa para
meu filho. Ele está entrando na fase terminal da AIDS, só lhe resta poucas
semanas de vida. Por favor, diga algo que o anime.
E eu pensei: o que dizer para um jovem de
19 anos que ainda não desabrochou para a vida e já está morrendo? Para um
garoto que vive atormentado pelo complexo de culpa porque sabe que está indo
para a morte como resultado de ter quebrado alguns princípios da vida? Então eu
apenas o abracei. Assim, ele encostou a cabeça em meu ombro e chorando disse:
– Pastor, estou sofrendo a maldição de
Deus, não é? Deus está me castigando pela vida errada que vivi, não é?
Eu o apertei bem forte e disse:
– Filho, Deus não está lhe castigando. Você
é a coisa mais linda que Deus tem. Apesar de não conseguir vê-Lo, Ele está
perto de você, está aí do seu lado, sofrendo, chorando.
Meu amigo, eu não encontro na Bíblia um
Deus castigador que olha para o filho que se desviou de Seus caminhos e diz:
Você foi rebelde aos Meus ensinamentos, não foi? Então sofra e morra por causa
de sua desobediência. Sim, a Bíblia me ensina que Deus é amor; que Ele sofre,
espera, suplica e vai atrás do homem. A Bíblia também me ensina que Deus
estabeleceu leis para proteger a vida. Quero que entenda bem. Deus estabeleceu
leis físicas preservadoras da vida. Por exemplo: A lei da gravidade. Segundo
esta lei, todo objeto será atraído para a terra. Suponhamos que eu tenha um
objeto de cristal. É muito valioso. Se eu não quero que ele estrague, tenho que
respeitar o princípio físico estabelecido por Deus. Se eu estiver com ele na
mão, e por algum motivo eu desobedecer a lei e soltá-lo, com certeza ele cairá
e se fará em pedaços.
Aí, seria justo levantar os olhos ao céu e
dizer que Deus está me castigando porque desobedeci a lei da gravidade? É
castigo divino ou resultado natural da desobediência de um princípio
preservador da vida?
Precisamos entender que não existe maldição
divina. Deus estabeleceu princípios preservadores da vida que devem ser
respeitados para assim se obter uma vida abundante e feliz.
Às vezes, por não respeitarmos as leis,
criamos tremendos problemas; mas mesmo estando em meio deles, Jesus está ao
nosso lado dizendo: Filho, eu não queria que você sofresse desta maneira. Eu o
criei para ser feliz. No momento da dor, da tristeza, quero que segure Minha
mão, quero que saiba que eu não estou lhe condenando. Eu estou com você. Se
Deus, em Seu infinito amor acha que deve operar um milagre, Ele pode fazê-lo.
Eu já vi muitos deles. Já vi homens desenganados pela ciência médica renascerem
novamente. Já vi homens completamente perdidos para este mundo serem
restaurados por Deus. Ele pode operar milagres, só que a Bíblia não ensina que
os milagres são uma coisa geral que têm que acontecer com todo mundo. O milagre
é uma prerrogativa divina, depende de Deus; não de nós.
Por que nós, os filhos de Deus, ficamos
doentes? Muitas vezes porque transgridimos leis
físicas, outras, por questões hereditárias. Às vezes, são consequências do
ambiente poluído em que vivemos; outras, pelo ritmo de vida que levamos. Numa
cidade grande como qualquer capital brasileira, é normal você acordar às 5 da
manhã e ir para o trabalho; almoçar uma marmita fria; voltar para casa e só
chegar às 10 da noite e daí comer uma comida fria. No dia seguinte, você segue
a mesma rotina. Esse ritmo de vida é diferente da vida de um homem do campo.
Então, nem sempre a doença vem por ter quebrado leis físicas voluntariamente.
Mas quando Deus permite que Seus filhos sejam atingidos pela doença, Ele
compensa essa situação para glória de Seu nome e crescimento espiritual de Seus
filhos. Às vezes, Ele se aproveita de uma situação crítica, para acordar-nos.
Meu pai não quis saber nada de Jesus
durante 34 anos. Rejeitou, correu, fugiu de Jesus. Um dia, descobriu que estava
com um câncer terrível. Passava noites e noites gritando de dor e aí, prostrado
na cama, no leito, à beira da morte, entre gritos de dor e lágrimas, descobriu
que estava fugindo de Deus, caiu de joelhos e aceitou Jesus. Deus aproveitou
aquele momento de dor e fez com que meu pai tomasse consciência de sua
necessidade espiritual.
Por que será que nós, os homens, somos tão
duros com Deus? Seria justo dizer que Deus castigou meu pai com um câncer,
porque ele não queria aceitá-Lo?
Voltemos ao relato bíblico. A história diz
que Lázaro morreu e que Jesus demorou dois dias para ir ter com ele. Alguma vez
você já pediu a Deus alguma bênção e parece que Deus demorou atender sua
oração? Maria e Marta estavam chorando, orando, jejuando e fazendo vigília,
porém, Jesus não chegou a tempo e Lázaro morreu.
Amigo, quando aparentemente Deus demora em
responder nossas orações é porque Ele tem algo maior para nos oferecer. As
irmãs de Lázaro estavam pedindo somente uma cura, mas Jesus tinha preparado
para Lázaro uma ressurreição. Sempre é assim: o que Deus tem para nós é maior
do que esperamos dEle.
O registro bíblico diz que assim que Jesus
chegou, Marta lhe disse: "Senhor, se tivesses estado aqui, meu irmão não
teria morrido". Sabe o que estava por trás desta lamentação? Marta estava
dizendo: "Agora é tarde, já não precisamos mais de Ti".
Meu amigo, nunca diga isto a Jesus. Seja
paciente. Se você está passando por dificuldades e se sente cansado de orar sem
obter resposta alguma, por favor, espere um pouco mais. Deus tem algum plano
maravilhoso para você. Se você ainda não se casou e o seu sonho é encontrar um
rapaz ou uma moça para formar um lar feliz, tenha um pouco de paciência. Não
corra, não se adiante nos planos divinos. Se seu sonho ainda não se realizou,
espere um pouco mais. Dê uma chance a Deus. Os planos dEle
são sempre maiores que os nossos planos.
Continuando a leitura do texto bíblico,
Jesus disse aos Seus discípulos: Vamos porque Lázaro está dormindo e vou
acordá-lo do sono. Os discípulos olharam para Ele e disseram-lhe: Mas Senhor,
se está dormindo, acordará. E Jesus disse: Vocês não entenderam. Lázaro está
morto. Aí sim, os discípulos ficaram intrigados: Mas Senhor, Lázaro está
dormindo ou está morto?
Você sabia que o assunto morte tem criado
muita confusão entre os filhos de Deus? Vamos falar um pouco dela. O que
acontece quando o homem morre? Acredito que, como povo cristão, só temos uma
fonte segura de informação: a Palavra de Deus. Não quero apresentar aqui
conjecturas humanas, apenas quero mostrar a você o que está escrito.
Para entender o que acontece quando o homem
morre temos que entender o que aconteceu quando o homem foi criado.
Acompanhe-me por um momento ao jardim do Éden. A Bíblia diz: "Então formou
o Senhor Deus ao homem do pó da terra, e lhe soprou nas narinas o fôlego de
vida, e o homem passou a ser alma vivente". (Gênesis 2:7)
Aí estava o barro. Barro não é gente, não é
vida. Barro é simplesmente barro. Não pensa, não sente, não odeia e nem ama. O
barro é barro, mas Deus vem e coloca em suas narinas o sopro de vida. O sopro
também não é gente, não tem sentimento, não odeia, não ama, não fica magoado.
Sopro é sopro. É ar. Mas quando o sopro se juntou com o barro, então sim,
apareceu o homem vivo. A Bíblia o chama de alma vivente. Alma, do ponto de
vista bíblico não é um espírito. Espírito é o sopro de vida. Alma é a pessoa
viva, que anda, que trabalha, que sente, que ama, que odeia.
Minha pergunta é: o que acontece quando o
homem morre? Vou deixar que a Bíblia responda: " ... e o pó volte à terra,
como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu". (Eclesiastes 12:7)
Muito bem, o corpo, diz a Bíblia, volta
para a terra de onde veio. E o sopro, que nós chamamos de espírito, volta para
Deus que o deu. Quando Deus criou o homem, Deus fez esta operação: assopra.
Quando o homem morre Deus faz tudo o contrário: respira. O sopro volta para
Deus e o corpo volta para o pó de onde veio. Depois de 5, 10, 15 anos, você
abre o caixão e só encontra pó, terra. O homem saiu da terra, foi feito da
terra, volta para a terra e o sopro de vida volta para Deus.
Agora vem outra pergunta: Existem espíritos
que sofrem vagueando por aí? A Bíblia disse que não: "Porque os vivos
sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem cousa nenhuma, nem tão pouco
terão eles recompensa, porque a sua memória jaz no esquecimento. Amor, ódio e
inveja para eles já pereceram; para sempre não têm eles parte em cousa alguma
do que se faz debaixo do sol". (Eclesiastes 9:5 e 6)
Entendeu? Isto que acabo de ler é a Palavra
escrita de Deus. Não é palavra de homem.
Não é o que o pastor Bullón imagina. Isto é o que
está escrito na Bíblia. Os vivos, sabem que vão morrer, mas os mortos não sabem
nada. O dia em que eles morrerem, acabou seu ódio, seu amor, já não pensam, já
não sentem, já não vivem, já não existem.
– Pastor, você me dirá , mas eu ouvi falar
dos espíritos, eu até conversei numa sessão espírita com o espírito de meu
pai".
Bom, você tem que confrontar essa
declaração com a Palavra de Deus e ela afirma que você não falou com o espírito
de seu pai, porque o dia que o seu pai morreu, seu corpo foi para a terra e o
sopro voltou para Deus.
Você pode dizer: "Pastor, mas eu o
ouvi, eu o vi". Não, você não viu o espírito de seu pai porque não existe
o espírito dele. Você falou com um espírito sim, mas foi com um espírito
maligno. Porque a Bíblia afirma em Apocalipse que: "E foi expulso o grande
dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o
mundo, sim, foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos".
(Apocalipse 12:9)
Qual é o trabalho desses anjos hoje?
Enganar-nos como o chefe deles nos engana. É o que
fazem. Se disfarçam de espíritos de pessoas vivas ou mortas e conseguem seu
objetivo. Se você acredita que há vida após a morte, porque então preocupar-se
em estar salvo ou perdido? Afinal de contas, você terá outra oportunidade.
A Bíblia ensina que quando o homem morre,
fica inconsciente. Seu corpo volta à terra como era e o sopro volta a Deus que
o deu. Até quando isso? Até a segunda vinda de Cristo. São Paulo em I
Tessalonicenses diz: "Não queremos, porém, irmãos, que sejais ignorantes
com respeito aos que dormem, para não vos entristecerdes como os demais, que
não têm esperança. Pois se cremos que Jesus morreu e ressuscitou, assim também
Deus, mediante Jesus, trará juntamente em sua companhia os que dormem...
Porquanto o Senhor mesmo, dada a sua palavra de ordem, ouvida a voz do arcanjo,
e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os mortos em Cristo
ressuscitarão primeiro..." (I Tessalonicenses 4:13, 14 e 16)
Que grande notícia! Você que perdeu seu
pai, um filho querido com 16 anos, um amigo maravilhoso. Tenha fé em Jesus.
Eles estão dormindo. Quando Cristo voltar, então devolverá o sopro de vida para
cada corpo, mesmo no pó da terra. E os que morreram em Cristo ressuscitarão
para encontrar seu Salvador voltando em glória e majestade. Neste dia você
poderá abraçar seu pai, sua mãe, seu filho.
Você conhece o fim da história. Jesus foi
ao sepulcro. As irmãs disseram: Senhor, não podemos retirar a pedra porque ele
já está morto há 4 dias e cheira mal. Jesus insiste: Retirem a pedra.
Amigo, por que será que Jesus não escolheu
ressuscitar um morto quentinho de duas horas apenas, e escolheu um morto que já
cheirava mal? Sabe por quê? Porque se Ele tivesse ressuscitado um morto de duas
horas, algum incrédulo podia dizer: Não, não estava morto. Estava com
catalepsia. Por isso Jesus esperou que o cadáver entrasse em putrefação, por
amor aos incrédulos, para mostrar-lhes que o poder de Deus está acima da
incredulidade humana.
Hoje, Jesus está dizendo a você que para
Ele não importa como sua vida está. Não importa se você já se sente podre,
cheirando mal moralmente, espiritualmente. Ele diz que se você é um cadáver que
está há muitos anos fora da igreja, longe de Jesus, não importa. Ele foi capaz
de ressuscitar Lázaro e pode ressuscitar você também. Este é o desafio de Deus.
Quem é aquele que pensa que Ele não pode
fazer algo em sua vida? Não existe nada impossível para Jesus. "Retirem a
pedra", disse Ele; e quando os homens obedeceram-No, Jesus disse:
"Lázaro, vem para fora".
Um grande pregador do século passado disse
que Jesus teve que dizer Lázaro vem para fora, porque se Ele não mencionasse o
nome de Lázaro, todos os mortos do mundo ressuscitariam, tal era o poder de
Jesus.
Amigo, o Jesus que teve poder para
ressuscitar Lázaro, não tinha poder para retirar a pedra? Por que disse aos
homens: retirem a pedra?
Amigo, Jesus tem poder para transformar
vidas, mas Ele nunca vai entrar num coração se o homem não retirar a pedra. É
você quem tem que tomar a decisão. Jesus pode entrar em sua vida e corrigir
qualquer coisa, sarar qualquer ferida e ressuscitar seus sonhos. Se sua família
está se desintegrando, se seus ideais estão morrendo, esta é a oportunidade de
Cristo. Ele pode entrar em sua vida e ressuscitar tudo, mas Ele não pode
retirar a pedra. É você quem tem que abrir o coração.
O
PRIMEIRO LUGAR
Letra e
Música: Edilson Nogueira
Minha
vida mudou
quando
Cristo ocupou
o
primeiro lugar em meu ser.
Nada mais
me faltou;
grande
paz inundou
todo o
meu coração.
Minha dor
lhe entreguei,
meu
pecado contei,
e Seu
sangue minh'alma lavou.
Tudo
agora mudou
pois
Jesus ocupou
o
primeiro lugar em meu ser.
Teu viver
vai mudar
quando
Cristo ocupar
o
primeiro lugar em teu ser.
Nada vai
te faltar;
grande
paz vai encher
todo o
teu coração.
Leva pois
a Jesus
tua dor,
teu pesar,
teu
pecado Ele vai perdoar.
Tudo pode
mudar
se Jesus
ocupar
o
primeiro lugar em Teu ser.
ORAÇÃO
Senhor,
neste momento nos colocamos submissos a Ti para que com o Teu poder, nos
ressuscites dessa mornidão. Nos conceda a força necessária para retirar a
grande pedra do nosso coração, que é a presunção de achar que sem Ti podemos
viver. Dê-nos o Teu amor e a Tua paciência para que possamos aceitar a Tua
vontade para a nossa vida. Em nome de Jesus, amém.
20
UMA
CARTA DE AMOR
Alejandro Bullón
Você já tem uma Bíblia? Que base temos para
afirmar que este livro é a Palavra de Deus? Não poderia ter sido escrita por
homens espertos para enganar os crédulos? Por que em lugar de deixar um livro
escrito, Deus não se comunica pessoalmente com Seus filhos?
O texto para a mensagem é: "Quando
ouviram a voz do Senhor Deus, que andava no jardim pela viração do dia,
esconderam-se da presença do Senhor Deus, o homem e sua mulher, por entre as
árvores do jardim. E chamou o Senhor Deus ao homem, e lhe perguntou: Onde
estás? Ele respondeu: Ouvi a tua voz no jardim, e, porque estava nu, tive medo
e me escondi". (Gênesis 3:8-10)
Esta é talvez uma das passagens mais
tristes da Bíblia porque mostra o início da tragédia humana. Deus tinha criado
o homem para viver com Ele num clima de companheirismo, de amor e de comunhão,
mas parece que o homem não entendeu o propósito da vida.
Cristianismo, meu amigo, é o companheirismo com Jesus. A vida cristã é uma
vida de comunhão com Cristo. É por isso que somos chamados cristãos. Cristão
vem da palavra Cristo. Cristianismo não é simplesmente pertencer a uma igreja,
nem viver desesperado apenas para cumprir determinadas normas, regulamentos e
leis. Cristianismo não é viver preocupado só em portar-se bem. Cristianismo em
primeiro lugar e acima de tudo, é viver uma vida de companheirismo, de comunhão
e de amor com Cristo. A obediência, o bom comportamento, a boa conduta, o
pertencer a uma igreja, tudo isso será resultado do cristianismo.
A passagem bíblica do início expressa a
tragédia da humanidade. Ela mostra Satanás colocando-se entre o Criador e a
criatura, e semeando a dúvida e a desconfiança. Quando Deus criou o mundo, Ele
conversava com Seus filhos face a face. Podia abraçá-los, beijá-los e andar de
mãos dadas com eles. Era uma vida de comunhão maravilhosa. Mas o inimigo
apareceu e separou o homem de Deus, o filho do Pai, a criatura do Criador. O
texto bíblico diz que quando Deus visitou o jardim naquela tarde, o filho, que
em outros tempos corria para Seus braços e O abraçava com amor, desta vez
correu e se escondeu da presença dEle.
Essa é a tragédia do pecado. Amigo querido,
Deus nos criou para viver uma vida de companheirismo com Ele. Se vivêssemos
cada dia com Ele, nosso lar não estaria caindo aos pedaços, nossos filhos não
estariam abandonando o lar, não viveríamos escravizados, amarrados a vícios, a
pensamentos e sentimentos que não conseguimos deixar e que nos prejudicam. Não
andaríamos atormentados pelo complexo de culpa, não nos sentiríamos sozinhos,
abandonados, rejeitados. Não andaríamos pela vida sentindo que ninguém nos dá
uma oportunidade. Não sentiríamos vontade de chorar, não sentiríamos angústia
no coração porque Jesus nos preencheria.
Mas o inimigo separou o homem de Deus e
quando o Pai visitou o jardim, Adão e Eva tiveram que se esconder. Não
conseguiam mais olhar nos olhos do Pai. À medida que o tempo foi passando, o
homem só conseguia ouvir a voz de Deus, já não podia mais vê-Lo. E com o passar
do tempo, o pobre ser humano começou a ter medo até de ouvir a voz de Deus.
Foi isso o que aconteceu no Sinai quando
Deus quis se comunicar com o Seu povo. Os filhos de Israel correram até Moisés
e lhe suplicaram: "Disseram a Moisés: Fala-nos tu, e te ouviremos; porém
não fale Deus conosco, para que não morramos". (Êxodo 20:19)
A partir desse momento o povo já nem sequer
podia ouvir a voz do Pai. Que tragédia! Era algo terrível para Deus. Será que
Ele teria que ficar em silêncio para sempre? Não, Deus não pode ficar sem
comunicar-se com Seus filhos.
Foi por isso que Deus teve que fazer algo
interessante. Ele escolheu determinados homens que viviam uma vida maravilhosa
de comunhão com Ele, confiou-lhes a Sua Palavra e revelou-lhes Sua mensagem de
amor para a raça humana. Esses santos homens de Deus escreveram os sonhos, as
visões e as mensagens dadas por Deus e nos deixaram na forma deste livro que
chamamos a "Sagrada Escritura", ou a "Santa Bíblia", ou a
"Palavra de Deus", ou "Escrito Sagrado".
Mas existem hoje, muitos homens sinceros
que se perguntam: "Por que tenho que acreditar que a Bíblia é a Palavra de
Deus? Não poderia ter sido um grupo de gente esperta que escreveu este livro a
fim de enganar os ingênuos? Que provas, que argumentos, que base temos para
aceitar que a Bíblia é a Palavra de Deus"?
Talvez você, meu amigo, seja uma dessas
pessoas sinceras que já ouviu tantas vezes falar da Bíblia, mas nunca pegou uma
delas nas suas mãos, nunca a abriu nem a leu porque tem preconceitos. Talvez
você pense que este é um livro de mitologias, fábulas, lendas e histórias. Que
base tenho eu para afirmar que este livro é a Palavra de Deus?
O primeiro argumento que tenho é a
declaração dos próprios escritores bíblicos. Cada vez que eles começam a
escrever, dizem assim: "Palavra de Deus que veio a mim".
"Palavra de Deus que veio ao profeta Isaías". "Palavra de Deus
que veio ao profeta Jeremias". Eles afirmam que falaram porque foram
inspirados por Deus. O apóstolo Paulo na epístola a Timóteo disse: "Toda
Escritura é inspirada por Deus..." (II Timóteo 3:16)
O apóstolo São Pedro disse: "...
sabendo, primeiramente, isto, que nenhuma profecia da Escritura provém de
particular elucidação; porque nunca jamais qualquer profecia foi dada por
vontade humana, entretanto homens (santos) falaram da parte de Deus movidos
pelo Espírito Santo". (II Pedro 1:20,21)
Você pode estar pensando: "Pastor,
esse não é um bom argumento. Eu também posso escrever um livro e colocar:
Palavra de Deus que veio a mim em sonhos e visões e só por isso o senhor vai
acreditar"? Muito bem. Este não é o único motivo que me leva a aceitar a
Bíblia como a Palavra de Deus.
O segundo argumento é o argumento da
própria ciência. A ciência prova que este livro é a Palavra de Deus. Como?
Preste atenção: durante anos a ciência acreditou que a Terra era plana. Antes
de Cristóvão Colombo descobrir que a Terra era redonda, a ciência dizia que a
Terra era plana, e que os barcos no mar desapareciam porque chegavam ao fim da
Terra e caíam num precipício. Acredito que alguns de vocês estudaram isso. A
ciência dizia: a Terra é plana, mas a Bíblia já estava escrita naquela época. E
sabe o que a Bíblia diz em Isaías? "Ele é o que está assentado sobre a
redondeza da terra, cujos moradores são como gafanhotos; é ele quem estende os
céus como cortina, e os desenrola como tenda para neles habitar..."
(Isaías 40:22)
A Bíblia diz que a Terra era redonda e a
ciência afirmava que não. Mas em 12 de outubro de 1492, Cristóvão Colombo
chegou à América e provou para o mundo que a Terra era redonda. A Bíblia tinha
razão.
Quer outro fato? Durante anos, a ciência
dizia que a Terra era sustentada por colunas. Outros afirmavam que era
carregada por Hércules. E existiam também os que acreditavam que a Terra era
sustentada por uma tartaruga e os terremotos aconteciam cada vez que a
tartaruga dava um passo. Mas a Bíblia já estava escrita e a Bíblia diz o
seguinte no livro de Jó: "Ele estende o norte sobre o vazio e faz pairar a
terra sobre o nada". (Jó 26:7)
A Bíblia tinha razão mais uma vez. A terra
está suspensa no nada.
E o que dizer das profecias bíblicas que se
cumpriram? Os seres humanos hoje têm várias teorias em relação ao fim do mundo.
Existem os que acham que o mundo vai acabar com a explosão demográfica e que
vai chegar um momento em que a produção não vai ser suficiente para atender as
necessidades da população e talvez os homens tenham que se devorar uns aos
outros para poder sobreviver.
Outros acham que o mundo vai acabar por
causa da poluição. O homem não cuida do planeta em que vive, polui tudo e um
dia vai envenenar a atmosfera, a terra, a água. Dessa maneira, o mundo entrará
num caos e acabará. Há ainda os que
acreditam que o mundo acabará com a terceira guerra mundial. Algo como uma
bomba atômica ou uma guerra nuclear. Outros voltam
sua atenção para o espaço, pensando que tudo se acabará quando a Terra bater
contra um outro planeta sem rumo. Enfim, cada ser humano tem a sua própria idéia em relação ao fim do mundo.
Eu, pessoalmente, olho para o futuro e
sorrio. Não me apavoro com a poluição, nem com a bomba atômica, nem com os
flagelos. Não me assusto com a fome que pode vir quando a população crescer
muito. Não temo o futuro porque tenho a Palavra de Deus.
Quando a ciência dizia que a Terra era
plana, a Bíblia afirmava que era redonda; e o tempo provou que a Bíblia tinha
razão. Quando a ciência dizia que a Terra era sustentada por algo, a Bíblia
dizia que estava suspensa no espaço e o tempo provou que a Bíblia tinha razão.
Por que teria que me preocupar com relação ao futuro, se na Bíblia está
descrita a história do mundo desde o seu início até o seu fim?
Hoje, por exemplo, um país pode querer
dominar o mundo e estabelecer um novo império universal, mas a Bíblia diz que
isso não vai acontecer. A Palavra de Deus mostra que levantou-se o Império
Babilônico e caiu, veio depois o Império Medo-Persa e caiu, apareceu o Império
Grego e caiu, levantou-se, finalmente, o Império Romano e caiu, e a profecia
aponta que nunca mais se levantará outro império. Não importa o país que queira dominar
o mundo, a Bíblia mostra o futuro. Suas profecias cumpriram-se maravilhosamente.
Aliás, estão se cumprindo.
Você acha que as greves, a luta entre o
capital e o trabalho apareceram por acaso? Está tudo profetizado na Bíblia.
Você acha que essas chacinas que estão acontecendo no Rio e em outras partes do
mundo são coisas novas? Estão profetizadas na Bíblia. Você acha que pestes como
a AIDS são novidades? Até isso está profetizado na Bíblia. Você quer conhecer
maiores detalhes? Consiga uma Bíblia e comece a estudá-la. Deus descreve tudo
em Sua Palavra.
Talvez você esteja pensando:
"Nostradamus também tem profecias que se cumprem". E é verdade, mas
eu não acredito na Bíblia como a Palavra de Deus só porque as profecias se
cumprem. Tenho mais um motivo: sua unidade. Moisés escreveu o primeiro livro,
João escreveu o último. Entre João e Moisés há 15 séculos de separação. Moisés
não conheceu João; Mateus não conheceu Davi; Jonas não conheceu Elias; São
Lucas não conheceu Oséias.
Muitos escritores da Bíblia não se
conheceram, mas se você pega a Bíblia e começa a lê-la desde a primeira até a
última página, sentirá que os 40 autores combinaram assim: "Eu escrevo até
aqui e você continua". Não são 66 livros e 40 escritores diferentes. Dá a
impressão de ser um só livro, escrito por um mesmo autor do princípio ao fim.
Quer um exemplo? Pois então, eu abro a
Bíblia na primeira página, encontro a história da criação de Deus. Um mundo
perfeito. Na segunda página posso ler a história de como o pecado entrou no
mundo. Agora vou para penúltima página da Bíblia e encontro a descrição do fim
do pecado, e na última página a descrição de um mundo novamente perfeito. Só
que Moisés e João não se conheceram. Houve 1500 anos de separação entre eles.
Como é que combinaram para escrever a mesma coisa?
Entre a primeira e a última página está
registrada a história da humanidade, as nossas necessidades, traumas e
complexos. Homens bíblicos são apresentados com suas paixões e sua
personalidade, para que cada um de nós encontrasse neles a nossa imagem e
sentisse que Deus está falando a nós e que não escreveu somente para os homens
da antigüidade. Acredito que este livro é a Palavra
de Deus porque há uma mente divina inspirando a todos os escritores bíblicos.
Mas o grande motivo que me leva a aceitar a
Bíblia como a Palavra de Deus é o seu poder transformador.
Ao longo de minha vida tenho conhecido
ladrões, assassinos, viciados, incrédulos, ateus, prostitutas, homossexuais,
gente que, na opinião da sociedade, não tem recuperação; gente perdida, gente
acabada, lares desfeitos, bêbados que maltratavam a esposa e filhos, filhos
desobedientes que faziam os pais sofrer. Imagine a pior espécie de ser
humano... Pois é, conheço gente desse tipo que um dia encontrou a Palavra de
Deus, começou a ler a Bíblia e foi transformada.
Você pode ler qualquer livro e conseguirá
informações e conhecimentos teóricos, mas você não pode ler a Bíblia sem
experimentar o poder transformador de Deus, porque quando você vai à Bíblia,
você não se confronta com homens, e sim com Deus. É Deus que fala a você, o
toma, o despe, investiga minuciosamente o seu coração; é Deus que mergulha em
sua intimidade e você só tem duas opções: ou se rende ou foge. Mas fugir para
onde? Ele diz em Sua Palavra: "Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha
cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da alvorada e me
detenho nos confins dos mares: ainda lá me haverá de guiar a tua mão e a tua
destra me susterá". (Salmo 139:8 a 10)
Você não pode fugir de Deus. Ele vai
alcançá-lo e transformá-lo. Esse poder transformador da Bíblia é para mim o
maior argumento de sua origem divina.
Meu amigo, este livro, mais do que a
Palavra de Deus, é a declaração do Seu amor pelo ser humano.
Neste momento, embora não possa vê-Lo, Ele
está perto de você, conhece a história de sua vida. Sabe se você neste momento
está sofrendo, ferido, ou atormentado pelo complexo de culpa. Conhece os seus
problemas familiares, financeiros, existenciais ou de saúde. Sabe se você tem
medo do futuro, da morte ou se você se sente sozinho nesta vida.
Há momentos nos quais você não sabe para
onde ir? Há momentos nos quais você se sente tão indefeso, tão amarrado, tão
impotente, tão incapaz, tão triste que não sabe o que fazer? Há momentos em que
você se deita na cama angustiado e não sabe o que fazer? Você acha que Deus é
indiferente a tudo isso? Acha que Deus o criou e o deixou perdido no espaço?
Não, Deus se interessa por você. Às vezes
somos nós que não queremos ouvir a Sua voz. Corremos como loucos por esta vida.
Experimentamos de tudo, até as coisas que sabemos que vão nos fazer mal e
trarão dor à nossa vida. O ser humano tem um fascínio pelo desconhecido. Se
alguém nos diz que não devemos fazer, aí é que queremos fazer. É próprio de
nossa natureza. E você acha que Deus é indiferente a tudo que acontece conosco?
Não, meu amigo. Ele quer falar com você. O
problema é que o único meio que Ele tem para se comunicar com você é a Bíblia.
É através deste livro que Ele quer chegar ao seu coração. É por isso que você
tem que ler este livro. Não pode crer? Então caia de joelhos diante de Deus e
fale: "Senhor, ajuda-me a crer. Os argumentos que acabei de ler não me
convencem, mas Senhor, sinto-me vazio, sinto que falta algo em minha vida.
Quero crer e não consigo. Faça um milagre. Dá-me a capacidade de acreditar,
porque preciso encontrar a saída para a minha vida e sozinho estou perdido,
necessito de Ti".
Ele ouvirá seu clamor e responderá. Tenha
certeza disso.
ABRE,
SENHOR, OS OLHOS MEUS
Letra e
Música: Clara H. scott
Abre,
Senhor, os olhos meus
Ao
esplendor da Tua luz;
Dá-me o
poder de me libertar,
E de
seguir e amar Jesus.
Em
contrição espero em Ti,
Mostra-me,
pois, o Teu querer;
Abre,
Senhor, os olhos meus,
Eu quero
ver.
ORAÇÃO
Querido
Pai, Te agradecemos porque o Senhor nos deu uma linda carta de amor que revela
o Teu caráter, a Tua bondade, a Tua misericórdia e os Teus conselhos. Muito
obrigado porque esta carta conta lindas histórias que nos permitem aprender com
o passado e ter esperança no futuro. Pedimos que nos dê sabedoria para
entendê-la completamente e forças para viver de acordo com o que ela nos
ensina. Em nome de Jesus. Amém.
21
FÉ:
A DIFERENÇA
Pr.
Alejandro Bullón
Começou
sua vida rastejando e pedindo esmolas. Cresceu e viveu assim durante muito
tempo. Mas algo aconteceu num momento de sua vida porque no fim dela o achamos
entrando no templo por seus próprios pés, louvando o nome de Deus. O que foi
que aconteceu com esse homem? Qual o mistério de sua transformação?
Observe esse texto: "E Pedro e João
subiam juntos ao templo à hora da oração, a nona. E era trazido um varão que
desde o ventre de sua mãe era coxo, o qual todos os dias punham à porta do
templo, chamada Formosa, para pedir esmola aos que entravam... (Atos 3: 1 e 2).
Há duas partes marcantes na vida deste
homem: ele começa paralítico, incapaz de realizar qualquer coisa, rastejando
como uma serpente, arrastando seu corpo morto. Olhando para as alturas, mas
sentindo-se incapaz de chegar lá. Um começo muito triste... pedia esmolas e
vivia da caridade das pessoas. Mas a última parte de sua vida é um capítulo
glorioso. Ele entra no templo andando com seus próprios pés, cantando e
louvando o nome de Deus.
Vamos imaginar duas ilhas. Uma delas
representa o primeiro capítulo da vida deste homem: miséria, desgraça,
tragédia, incapacidade, impotência e pobreza.
A outra representa o segundo capítulo: um
homem andando com seus próprios pés, com a cabeça levantada, entrando no
templo, louvando e cantando hinos para Deus.
Entre essas duas ilhas há um mar, um mar
que todos temos que atravessar um dia.
Vamos analisar o texto bíblico. Ele começa
dizendo: "E Pedro e João subiam juntos ao templo à hora da
oração..." Atos 3:1
Pedro era um homem intrépido, prático,
realista, enquanto João era um sonhador, idealista e romântico. Duas
personalidades diferentes, indo ao templo para adorar juntos. O Espírito de
Deus tinha sido capaz de unir dois corações diferentes e fazê-los louvar em
unidade de espírito. Essa é uma das vantagens do cristianismo.
Aqui está o primeiro pensamento que
apresenta o texto: o plano de Deus não é uniformizar seus filhos. Ele não quer
que os cristãos se tornem um grupo de soldadinhos de chumbo, todos
uniformizados, agindo da mesma maneira, fazendo as mesmas coisas, andando do
mesmo jeito, falando as mesmas palavras. Não, o cristianismo não destrói a
personalidade de ninguém. Jesus respeita a individualidade dos seres humanos.
Cristo quer unidade, mas dentro dela, diversidade de dons, de talentos, de
personalidades, de culturas, de usos e de costumes.
Você é carpinteiro? Há um lugar para você
na família de Deus. É um estadista? Um pedreiro? Um homem prático e realizador?
Um idealista e sonhador? Há também um lugar para você na família de Deus. Meu
amigo, não existe ninguém que não tenha recebido pelo menos um talento de Deus.
E você pode colocar esse talento a serviço de sua família, da sociedade, de seu
país, da humanidade e da igreja de Deus nesta Terra.
Pedro e João subiam juntos ao templo para
orar. Eram companheiros de oração. Quando Pedro se dirigia ao templo, passava
na casa de João e dizia:
– João, estou indo ao templo. Você não quer
vir comigo?
Aqui encontramos outra lição do texto:
procure um companheiro de oração. Busque um irmão, um amigo e ore com ele. Se
em seu carro há lugar para mais um, convide alguém que não tem carro e mora
perto de sua casa para ir ao templo com você. Deus está nos apresentando aqui a
responsabilidade que temos de cuidar uns dos outros na vida espiritual. Não
somos ilhas, não devemos tentar viver uma maravilhosa experiência espiritual
com Cristo do tipo: Ele, eu e mais ninguém. Devo me preocupar em levar João,
Felipe e Maria comigo.
A história bíblica continua dizendo que
quando Pedro e João estavam entrando na porta do Templo encontraram um homem
que tinha nascido e vivido paralítico toda a sua vida. Não havia esperança de
recuperação para ele. A ciência médica não tinha remédio para seu caso. Ninguém
podia fazer mais nada. Era um homem de aproximadamente 40 anos. Devia ter feito
tudo para se recuperar, mas as suas esperanças morreram lentamente. E naquele
tempo a sociedade não se preocupava em criar facilidades para os deficientes
físicos. Não existiam oportunidades de trabalho para eles e em conseqüência, aquele homem só poderia dedicar-se a pedir
esmolas.
Mas parece que este homem era muito
inteligente. Ele não ia pedir esmolas lá na rua do centro da cidade, ele ia ao
templo. Sabe por quê? No centro da cidade seguramente ele encontraria uma
quantidade bem maior de pessoas, mas ele supunha que se existiam pessoas
sensíveis às necessidades humanas, deviam ser as que entravam num templo. E ele
não estava errado.
Se nós, que nos
chamamos cristãos, não formos capazes de sentir dor pelas pessoas que sofrem,
quem o será? Se nós cristãos não formos capazes de nos organizar para tentar
ajudar as autoridades a resolver o problema do sofrimento, da miséria, da fome,
das crianças de rua, quem o fará? Podemos louvar o nome de Deus em sã
consciência sem prestar atenção à mão estendida de um necessitado?
O coxo de nossa história colocou-se na
porta do templo, e estendeu a mão. Esperava uma moeda. Ele pensava que sua
grande necessidade era dinheiro, por isso estendia a mão para pedir esmolas.
Nós seres humanos nem sempre sabemos
identificar nossas verdadeiras necessidades. O ser humano do século 20 sabe que
alguma coisa está faltando dentro de seu coração. Há um vazio existencial que
está enlouquecendo o homem moderno. O homem deita à noite na cama e sente
vontade de chorar, não consegue dormir, porque experimenta dentro de si uma
angústia muito grande. Uma espécie de complexo de culpa, como se estivesse
devendo alguma coisa a alguém. Constantemente se pergunta: "O que acontece
comigo? Não mato, não roubo, não adultero, não faço nada de mau, respeito meus
próximos, sou um bom cidadão, um bom pai de família, um bom marido... por que
sinto este vazio? Por que sinto medo do futuro? Por que às vezes me dá vontade
de chorar, de buscar alguma coisa que nem sequer sei identificar o que é?"
Os psicólogos chamam isso de crise existencial. O ser humano sabe que lhe falta
alguma coisa, o problema é que não sabe identificar o quê. Então ele estende a
mão, como este coxo, tentando agarrar coisas.
Há pessoas hoje que, como o coxo, pensam
que o que lhes falta é dinheiro. "Se eu pudesse ter todo o dinheiro do
mundo", pensam, "poderia comprar uma casa boa, viajar por outros
países e ser muito feliz". Mas isto não é verdade. O dinheiro é útil, sim,
e você não deve sentir-se culpado por ganhar dinheiro trabalhando honestamente.
Não pense que para ser um bom cristão você tem que ser pobre.
Muito cuidado com o conceito de
cristianismo que o leva a pensar que não tem que se preocupar com dinheiro
porque ele não vale nada. Cristianismo não é pobreza. Cristianismo é
prosperidade. Não tenha medo de lutar para crescer na vida. Aquele mendigo
levantou a mão esperando receber dinheiro. Se o discípulo lhe desse uma moeda,
seguramente esse paralítico louvaria o nome de Deus e diria:
– Senhor, te agradeço pelas bênçãos que me
deste.
Mas Pedro sabia que não era de dinheiro que
o paralítico precisava. Seu verdadeiro problema era outro.
Talvez você esteja esperando que Deus o
cure daquele câncer que está devorando a sua vida. Mas vou dizer algo que vai
contra tudo o que muitos cristãos estão pregando hoje. "Se você tiver
fé", é o que dizem, "você será curado". "Se hoje estiver
desempregado e tiver fé, amanhã conseguirá emprego. Se você carrega um câncer e
vier esta noite aqui, será curado", é o que afirmam. Mas o que é que a
Bíblia ensina?
Paulo foi um dia a Deus e lhe disse:
– Senhor, tira este aguilhão da minha
carne.
Ele carregava um problema de saúde na sua
vida e pediu que o Senhor o curasse, mas sabe qual é a resposta que recebeu de
Deus? "... A minha graça te basta, porque o meu poder se aperfeiçoa na
fraqueza..." (II Coríntios 12:9).
Paulo teve que carregar aquela doença toda
a sua vida. E por favor, não me diga que ele não tinha fé. Isso prova que a fé
não serve somente para que as coisas aconteçam como você quer. A fé serve para
que os milagres aconteçam do jeito que Deus quer. As irmãs de Lázaro mandaram
um dia emissários a Jesus dizendo:
"Vem e cura nosso irmão". Mas Jesus demorou e Lázaro morreu. Dias
depois Ele apareceu na casa de Marta e Maria e não trazia apenas uma cura,
trazia uma ressurreição, porque o que Deus tem para nós sempre é melhor do que
nós esperamos. O mendigo de nossa história levantou a mão pedindo apenas
dinheiro, mas Deus tinha para ele uma cura.
Lembra de Jairo? Ele pediu apenas uma cura
para sua filha, mas Deus tinha para ela uma ressurreição. A minha pergunta é:
Você está pedindo algo a Deus? Tem a impressão de que Ele não está respondendo
sua oração? Por favor, não pense que Deus deixou de amá-lo. Não tenha um
conceito tão minúsculo de Deus. Não pense que porque as coisas não estão saindo
do jeito que você quer, Ele se esqueceu de você. A fé não é somente para que as
coisas sejam como você quer. A fé é para que as coisas aconteçam como Deus, em
sua infinita sabedoria, sabe que devem acontecer. E o que Deus faz, embora você
no início não compreenda, sempre é o melhor pra você.
Quando Pedro disse ao paralítico que não
tinha ouro nem prata, seguramente o deficiente ficou desanimado, mas cinco
segundos depois entendeu o que estava pedindo. Descobriu que era muito pouco o
que pedia. Deus tinha algo melhor para ele.
Meu amigo, você, de alguma maneira, se
sente um paralítico na vida espiritual? Faz muito tempo você carrega na vida
uma sensação de vazio? Faz muito tempo você estende a mão atrás do dinheiro, do
poder, da fama, da glória, da cultura ou do prazer tentando de alguma maneira
preencher o vazio de seu coração? É preciso que você saiba que você saiu das
mãos do Criador e nunca será feliz enquanto não retornar a Ele. No dia em que
você se encontrar com Jesus e abrir o coração dizendo: "Senhor Jesus, eu
preciso de Ti; não compreendo, não entendo muita coisa, mas preciso de Ti. Não
creio, não tenho capacidade de crer, mas preciso de Ti. Opera, por favor, um
milagre na minha vida, ajuda-me a crer." Nesse dia o Senhor Jesus vai
operar um milagre; entrará em sua vida e transformará tudo.
Há muitos anos atrás eu era pastor numa
favela muito perigosa. Se um dia vocês forem a Lima, capital de meu país,
perguntem onde fica o morro São Pedro. É uma favela perigosa. Lá habita muita
gente boa, mas também é um ninho de marginais e traficantes de drogas. Quando a
polícia entra, tem que ir em grupo para se proteger.
No primeiro ano de meu ministério fui
pastor ali. Um dia, enquanto estava descendo aquela favela, dois rapazes me
agarraram. Um deles botou uma faca em meu peito e o outro segurou meus braços.
Tiraram meu dinheiro, o relógio e a caneta que tinha. Eu tremia. Pedi para
eles, por favor, que não me fizessem nada. Deus tocou o coração daqueles
marginais porque eles tiraram tudo de mim, mas não me fizeram mal. Fiquei
paralisado quando eles fugiram, fiquei tremendo. Mas continuei meu trabalho
naquele lugar. Em pouco tempo deveria começar uma campanha evangelística.
Deveria pregar 90 noites seguidas.
Na primeira noite vi entre o público um
rapaz que olhava insistentemente para mim. Cada vez que olhava para ele, ele
olhava para o outro lado. Estava sempre olhando para mim mas escondido. Quando
eu olhava pra ele, se abaixava. O rosto dele ficou marcado por este detalhe.
Na noite seguinte ele não voltou. A outra
noite também não. Mas eu comecei a visitar aqueles lares e foi assim que, um
dia, cheguei na casa daquele rapaz. Quando ele me viu se escondeu. Sua mãe veio
à porta e disse:
– Ele não está.
Eu disse:
– Senhora, eu acabo de vê-lo. Chame-o. Eu
sou o pastor que está pregando aqui no salão.
E ele saiu, mal encarado. Estava sem
camisa, cheio de tatuagens e cicatrizes. Olhou para mim e disse:
– O que você quer?
– Estamos com saudades de você, – respondi
– você não voltou mais ao nosso salão.
Começamos a conversar e de repente fiquei paralisado porque esse rapaz
me confessou que ele era um daqueles que colocara a faca em meu peito e me
tirara o relógio e o dinheiro. Depois ele acrescentou:
– Pensei que você tinha me reconhecido na
primeira noite que eu estive no salão.
Falei:
– Não, quando você me assaltou estava
escuro e eu não reconheci você, mas agora que está confessando que me roubou,
cadê meu dinheiro, meu relógio?
Ele olhou para mim e disse:
– Eu não tenho mais nada.
Retruquei:
– Mas você tem que me devolver.
Ele ficou em silêncio, e eu disse:
– Vamos fazer um trato. Vou pregar 90
noites seguidas. Se você assistir todas as noites, até o fim da campanha, a
dívida está paga. Agora, se você não assistir, tem que me devolver tudo.
Foi assim que ele começou a aparecer no
salão. Às vezes aparecia na metade, às vezes no fim. Ficava lá trás, fazendo
questão que eu olhasse pra ele como dizendo: "Olha, estou aqui, estou
pagando minha dívida". Ele não mostrava interesse no evangelho. Mas
querido amigo, quer saber de algo? Você pode fugir de Deus um dia, dois dias,
uma ou duas semanas, pode fugir de Deus um ano, dois, cinco anos, mas você não
pode fugir de Deus a vida toda. Um dia Ele o alcança. Um dia, quando você não
tiver mais pra onde ir, quando chegar um momento em sua vida que você não
souber mais o que fazer, quando sentir que precisa dEle,
naquele dia, pode cair de joelhos e Ele estará pronto para abraçar você. Sempre
é assim. Jesus ama você e em silêncio segue e persegue todos os seus caminhos,
até que um dia você lhe entrega a vida.
E um dia Deus pegou aquele rapaz. Sua vida
cheia de marginalidade, violência e vícios foi inteiramente transformada. Parou
de roubar, de usar drogas e começou a trabalhar honestamente.
Então entendi que há muita gente neste
mundo esperando uma oportunidade de nós. Tem gente que vive como vive e é o que
é porque nunca ninguém lhe estendeu uma mão. Quando alguém deu uma oportunidade
a Jorge Roberto, ele se agarrou a ela e saiu dessa vida. E quando chegou
dezembro eu tive a alegria de levá-lo até o tanque do batismo e ele foi
batizado em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo.
Um ano depois, eu fui levado para a
Amazônia de meu país para trabalhar como missionário entre os índios da tribo
Campa. Quando voltei de férias os irmãos me deram a notícia:
– Seu amigo Jorge Roberto está morto.
– O que aconteceu com ele?
– Um sábado de manhã naquele morro, depois
do culto, ele estava na rua despedindo-se dos irmãos quando três ex-capangas, numa operação de queima de arquivo, deram sete
facadas nele. Ninguém foi capaz de fazer nada. Tudo foi tão rápido! Jorge
Roberto caiu. O sangue começou a brotar de seu corpo, de diferentes lugares. Os
irmãos correram para socorrê-lo, mas ele disse: "Não, não me toquem. Eu
acho que vou morrer". Os irmãos colocaram o corpo dele num carro e o
levaram para o primeiro hospital. O diácono que estava segurando a cabeça dele
no colo me contou que antes de chegar ao hospital ele disse: "Faça um
favor pra mim? "Pois não, Jorge." "Procure o pastor Bullón e fale para ele que a gente se encontra lá no Céu
quando Cristo voltar".
Querido amigo, um dia eu terei a alegria de
rever a Jorge Roberto. Mas eu pergunto: Se Deus foi capaz de transformar aquela
vida, não será capaz de transformar a sua? Que pode haver em seu coração que
Deus não possa transformar?
Você está esperando receber uma bênção?
Deus tem algo maior pra você. Mas você precisa dar o grande salto da fé;
precisa abrir o coração a Jesus, precisa dizer: "Oh Senhor, não posso mais
continuar desse jeito. Levanta-me da paralisia espiritual. Preciso experimentar
uma nova vida, conhecer novos valores, ter novos ideais."
UM
MILAGRE SENHOR
Letra e
música: Dan Burgess
Tradução:
Eliezér Prates
Não
consigo entender o quê Tu vês em mim.
Oh
Senhor, eu não sou o que devia ser,
mas só
Tu, com amor, me limpas de meu mal
e este
amor é que me ajuda a seguir.
Um
milagre, Senhor!
Um
milagre eu sou!
Um
milagre, Senhor, tens feito em mim.
'Té findar meu viver dar-Te-ei meu louvor.
Um
milagre, Senhor, tens feito em mim.
Em
caminhos de perdição andava eu,
mas, com
amor, Tu traçaste um plano para mim.
Respondeste
minha oração de fé, Senhor.
Desde
então só a Ti, só a Ti pertenço eu.
ORAÇÃO
Obrigado
Pai querido porque podes chegar até mim, mesmo eu estando perdido nos valores
mesquinhos de minha visão humana das coisas, me transformar com amor e me
mostrar a perspectiva de uma vida sem fim. Amém.
22
VOCÊ
TEM SANGUE REAL?
Pr.
Alejandro Bullón
O que fazer quando a lembrança do passado
não nos deixa ser feliz? Aonde ir quando temos vergonha de nossas origens
porque elas de certo modo são grotescas? Pode uma vida ser restaurada quando a
própria pessoa chega a conclusão de que não há mais
saída para ela?
Observem esse texto: "Judá gerou de
Tamar a Perez e a Zerá; Perez gerou a Esrom; Esrom, a Arão; Arão gerou
a Aminadabe; Aminadabe, a Nassom; Nassom, a Salmom; Salmom gerou de Raabe a Boaz; este, de Rute gerou
a Obede; e Obede a Jessé;
Jessé gerou ao rei Davi; e o rei Davi, a Salomão, da que fora mulher de
Urias" (Mateus 1:3-6).
Você pode estar se perguntando: que
mensagem pode sair de um texto aparentemente tão árido como este?
Em primeiro lugar, precisamos saber que o
capítulo um de São Mateus apresenta a árvore genealógica de Jesus.
Se você tivesse que fazer a sua árvore
genealógica, tentaria talvez colocar as pessoas mais ilustres. Tentaria
encontrar alguma pessoa de renome, algum herói nacional, alguma pessoa da
realeza. Ninguém gostaria de colocar em sua árvore genealógica pessoas de má
reputação ou de origem vergonhosa.
Os judeus, especialmente os fariseus,
tinham uma oração muito curiosa que dizia:
– Senhor, agradeço porque não nasci
escravo, nem gentil e nem mulher.
Um judeu nunca colocaria na sua árvore
genealógica o nome de uma mulher. Muito menos se esta tivesse má reputação. Mas
na genealogia de Cristo, são mencionadas quatro mulheres. Tamar é a primeira, Raabe a segunda e Rute, a terceira. O nome da quarta não é
mencionado, mas se fala de Davi, que teve um filho chamado Salomão, que nasceu
da que fora mulher de Urias. Bateseba era o nome da
esposa de Urias.
Analisemos um pouco a vida destas mulheres.
A história da primeira, Tamar, está no capítulo 38 do livro de Gênesis. Tamar
era nora de Judá, um dos filhos de Jacó. Ela casou com o filho mais velho de
Judá chamado Er, um homem que não temia a Deus.
Andava pelos seus próprios caminhos e morreu cedo, deixando Tamar viúva.
Naqueles tempos existia uma lei em Israel:
quando alguém deixava uma viúva jovem e sem filhos, o irmão devia casar com a
viúva para dar descendência ao falecido. Foi assim que Tamar casou com Onam. Outro homem que não temia a Deus e que andando por
seus próprios caminhos também morreu cedo.
Tamar ficou viúva pela segunda vez, jovem e
sem filhos. E a lei civil de seus tempos dizia que ela devia casar com o
terceiro irmão. Mas o irmão era muito novo ainda. Seu nome era Selá. Então Judá prometeu a sua nora que quando Selá crescesse se cumpriria a lei. Mas Selá
cresceu e Judá não o deu em casamento a Tamar. Diante disto, ela sentiu-se injustiçada, ferida e machucada.
Seus direitos estavam sendo desrespeitados.
Tamar era daquele tipo de mulher que fazia
valer os seus direitos e para defendê-los não media conseqüências.
Um dia, disfarçou-se de prostituta, ficou na entrada da cidade e enganando seu
próprio sogro, deitou-se com ele e ficou grávida.
Segundo a lei, ela devia ser condenada à
morte, mas jogou na cara do sogro a grande injustiça que ele tinha cometido com
ela. Judá ficou perplexo, derrotado e sem argumentos. Tamar fizera justiça com
suas próprias mãos. Foi ferida e injustiçada. Partiu para a luta e venceu, mas
ficou carregando o sentimento de culpa. Fez justiça com suas próprias mãos, mas
caiu na promiscuidade. Fez justiça, mas essa justiça tinha um sabor muito
amargo e doloroso. Depois de vencer, descobriu que não tinha valido a pena descer
tão baixo para conquistar seus direitos.
Tamar é símbolo do ser humano que quando se
sente machucado e ferido não pensa duas vezes para machucar a quem o feriu.
Um dia desses fui procurado por uma senhora
atormentada pelo complexo de culpa. Chorava desesperada. Não conseguia dormir.
O martelo da culpa batia em seu coração de dia e de noite e gritava:
"culpada, pecadora, não existe salvação para você". Em desespero
contou-me seu drama:
– Pastor, nunca pensei em fazer o que fiz.
Fui para o motel com o primeiro homem que encontrei na rua, só porque descobri
que meu marido estava me traindo. Parti para a luta, para dar o troco, para
fazê-lo sentir o que eu estava sentindo.
Coitada! Caiu na miséria e agora o martelo
da culpa batia em seu coração a cada instante e ela não encontrava paz, não
podia dormir. Sentia-se perdida. Tinha medo do futuro, das conseqüências
do seu erro. Tinha vergonha de olhar no rosto de seus filhos, de olhar-se no
espelho, de ir para a igreja. Os irmãos cantavam e ela se sentia que sua boca
não tinha direito de entoar um hino de louvor a Deus. A sua consciência
gritava: culpada, pecadora, adúltera!
Um dia Tamar se sentiu mais ou menos como
essa mulher, caiu diante de Deus e disse:
– Senhor, não valeu a pena ter feito
justiça com minhas próprias mãos. Não compensou ter caído no pecado, tentando
golpear aquele que estava sendo injusto comigo. Eu me machuquei. Não valeu a
pena, Senhor, sinto-me perdida, atormentada pela culpa. Por favor, tem
compaixão de mim.
E querido, Deus ouviu a oração daquela
mulher. Abriu-lhe os braços e disse:
– Filha, não me importa o seu passado.
Aqui estão meus braços abertos, volte para mim.
E Tamar voltou aos braços de Deus e sentiu
o beijo da paz, o abraço da reconciliação. E quando Deus perdoa, Ele esquece o
passado. E no livro da genealogia de Cristo o nome de Tamar está escrito,
porque ela não tinha mais passado, ela nasceu quando voltou para Deus.
É isso que Jesus está dizendo pra você. Não
importa onde você foi; nem quão baixo você caiu; não importa o que você fez;
pode ter errado, mas se você voltar, passa a fazer parte da família de Deus;
seu nome integra a árvore genealógica de Jesus. Não é maravilhoso?
A segunda mulher mencionada na genealogia
de Jesus é Raabe, a prostituta de Jericó. Lá na
entrada de Jericó, Raabe vendia seu corpo por um
punhado de dinheiro. Pensava que a sua grande necessidade era o dinheiro e não
pensou duas vezes para vender seu corpo. Mas Raabe
simboliza muito mais do que uma pessoa que entrega seu corpo por dinheiro.
Prostituição não é somente vender o corpo
por dinheiro. É também vender os princípios por cultura; os valores por status,
o respeito próprio por uma profissão, ou por um emprego.
A história bíblica diz que Raabe sentia-se completamente perdida. Tinha medo do
futuro. Sabia que o povo de Israel estava vindo. Sabia que o Deus de Israel
acompanhava seu povo, que a destruição estava chegando para Jericó. Vivia
apavorada, não tinha paz. Tinha medo do futuro, da morte, da destruição, do
inferno. Não podia dormir. A sua a sua consciência a atormentava. Conseguira
dinheiro, mas a que preço?
Será que hoje você está conseguindo tudo
que sempre sonhou? A pergunta é: a que preço? Seu negócio está crescendo? A que
preço? Está alcançando a posição que você queria alcançar? A que preço? Quando
chega a noite você tem medo do futuro, tem medo de que Cristo volte a qualquer
momento porque você não está preparado? Tem medo de que a morte o surpreenda?
Medo de ficar enfermo, de sofrer um acidente, tem medo de subir em um avião?
Não está preparado para enfrentar a morte? Então me diga, de que vale a cultura?
O dinheiro? O poder? De que vale tudo que conseguiu se não tem paz no coração?
De que vale o que conquistou na vida se quando chega a noite não pode dormir
com a consciência tranqüila?
Um dia, chegaram a Jericó dois homens
enviados pelo povo de Deus. Raabe viu que esta era a
sua oportunidade. Apesar de que não passava de uma prostituta que vendia seu
corpo por dinheiro, se agarrou ao único fio de esperança; o fio escarlate que
foi pendurado na sua janela e que simbolizava a graça maravilhosa de Cristo. Raabe pensou: não importa como estou, nem como vivo. Talvez
Deus sinta misericórdia de mim. E agarrou-se ao fio vermelho da misericórdia de
Jesus. A destruição chegou. Jericó foi queimada, mas a destruição não tocou a
casa de Raabe. Ela foi poupada da morte.
E você sabe como são as coisas. Quando Deus
perdoa, Ele esquece completamente o passado. E é por isso que Deus não teve
vergonha de colocar o nome de Raabe na árvore
genealógica de Jesus. Eu não estou falando da prostituta de Jericó. Ela não
existe mais, estou me referindo a Raabe, a mulher
perdoada, transformada pelo poder de Deus.
A terceira mulher mencionada na árvore
genealógica de Jesus é Rute. Você não poderá ver algo errado na vida de Rute,
mas as suas raízes são vergonhosas. Explico: Rute foi descendente da tribo de
Moabe... Sabe quem foi Moabe? Vou contar-lhe a história.
Deus ia destruir Sodoma e Gomorra. Ló, sua
esposa e suas duas filhas saíram antes que a destruição chegasse. A esposa de
Ló olhou lá de cima para a cidade e a Bíblia diz que ela foi transformada numa
estátua de sal.
Ló e suas filhas conseguiram chegar no topo
da montanha e lá se esconderam numa cova. As filhas de Ló pensaram que todos os
homens do mundo tinham sido destruídos e que elas não teriam mais descendência.
Então, deram origem a um capítulo vergonhoso da humanidade. Embebedaram seu pai
Ló e cometeram incesto com ele. O fruto deste relacionamento imoral foi Moabe,
o pai dos moabitas e Rute foi uma das filhas da tribo de Moabe. Rute, a
moabita.
Não encontramos na Bíblia que Rute tivesse
feito alguma coisa errada como Raabe ou Tamar. Mas
encontramos em Rute uma origem incestuosa. Ela vinha de raízes imorais. Rute
era a típica pessoa que sentia vergonha de seus antepassados.
Pergunto: você nunca conheceu o seu pai
porque foi fruto de uma aventura pecaminosa e não fruto do amor que uniu duas
pessoas? Isso tem incomodado sua vida? Tem lhe atormentado? Tem lhe criado
traumas? Você olha e todo mundo tem pai e você nunca conheceu o covarde que não
teve coragem de assumir você! Isso lhe dói?
Então olhe para Rute, porque se alguém
devia ter vergonha de seus antepassados, era ela. Mas um dia chegou a sua vida
um homem temente a Deus. E a vida deste jovem foi a inspiração que Rute
precisava para sair da vida de idolatria do povo moabita.
Aqui está o exemplo de um rapaz que em
lugar de contagiar-se com a idolatria dos moabitas, levou Rute ao conhecimento
do Deus eterno. Infelizmente esse rapaz morreu. E a mãe, Noemi, decidiu voltar
para sua terra. Foi então que encontramos Rute diante da maior decisão de sua
vida. Ficou por um instante olhando para a sua cidade, suas tradições, seus
costumes, seus pais, seus amigos, seus avós, seus bisavós, sua igreja, seu
povo. E de outro lado, Noemi, que ia embora para a terra do Deus verdadeiro,
para a família de Deus, para a igreja de Deus, o povo das verdades bíblicas.
Rute ficou indecisa. O que devia fazer? Era muito difícil, mas decidiu deixar
sua cidade e partir para a terra do Deus Eterno.
Ah, meu querido amigo, todos nós alguma vez
temos que tomar a grande decisão. E ela não é fácil não porque toda mudança
envolve dor e sofrimento. Muitas vezes você tem que abandonar tradições, tudo
aquilo em que você acreditou durante anos e anos, aquilo em que seus pais e
seus avós acreditaram. Muitas vezes você receberá a contradição de seus amigos
e a rejeição da família. Outras vezes, será caçoado pelos seus princípios e
pelas verdades bíblicas que você começa a aceitar. Todos nós, um dia, teremos que
nos confrontar com as verdades da Bíblia e teremos que tomar nossa decisão.
Você quer aceitar a Jesus agora? Se o
fizer, Deus fará com você o que fez com Rute. Não importa a sua origem, não
importa a sua raça, o lugar onde você nasceu, ou o nome da sua família. Não
interessa se você é pobre ou rico, você
passa a fazer parte da família de Cristo. Ele declara o seu nome diante do
mundo. Não tem vergonha de você. Porque quando Deus aceita, Ele transforma. Não
há mais passado que o atormente, não existe mais origem vergonhosa que o
traumatize. Você é livre de complexos, de traumas, da incapacidade de perdoar,
do ódio que você sente por aquela pessoa, enfim, livre de tudo. Você faz parte
da família de Deus. Que coisa extraordinária!
A última mulher que é mencionada na
genealogia de Cristo é Bateseba, a mulher de Urias.
Um dia, o rei começou a cobiçar Bateseba. Apesar dela
ser uma mulher casada, o rei começou a aproximar-se dela e pressioná-la. Você
sabe como são as coisas... Talvez, no início, Bateseba
revoltou-se com a idéia de ser infiel a seu marido,
mas com o tempo passou a sentir-se lisonjeada. Poucas mulheres seriam capazes
de despertar a atenção do rei.
Alguma vez você já foi pressionada pelo seu
chefe e de repente caiu? E agora tenta se justificar dizendo: "eu não tive
culpa, é que se eu não cedesse, perderia o emprego; ou não conseguiria aquela
mudança de status; ou se eu não cedesse, não poderia ingressar na faculdade;
não conseguiria aquela carreira". Tive que ceder porque a pressão era
muito grande?
Bom, Bateseba é a
típica mulher que se sentiu pressionada pelo chefe, mas por favor não pense que
ela caiu por causa da pressão. Talvez, imperceptivelmente, mas ela entrou no
jogo. Houve uma mistura de desejo pecaminoso e pressão que acabou em pecado. Um
pecado que trouxe dor à sua família. Ficou grávida do rei e com tristeza viu
como o rei mandou matar seu marido. Sofreu as conseqüências
de seu erro. Sentiu-se miserável, acabada, sem perdão. Sentiu que não havia
esperança para ela. Seu primeiro filho ficou doente e ela pensava: é a conseqüência de meu erro.
Há porventura em sua vida um homem e filhos
inocentes que estão sofrendo vergonha pelo seu pecado? E você não sabe aonde
ir. E sua vida transformou-se numa noite que não acaba?
Então veja, Bateseba
descobriu um dia o perdão de Deus e caiu aos Seus pés, não justificou o seu
pecado. Não disse: "Deus, caí porque o chefe pressionava e
pressionava". Não! Ela reconheceu, como Davi, seu erro:
– Senhor, sou a única culpada. Não
necessito explicar, não necessito justificar. Só preciso ser perdoada e estou
aqui. Sou uma pecadora, por favor, me perdoe.
E Deus abriu os braços e a recebeu. E amigo
querido, quando Deus perdoa, Ele esquece. Nunca mais se lembra do passado. E na
árvore genealógica de Cristo, Deus não tem vergonha de colocar o nome de Bateseba.
Que grande amor! Enquanto as pessoas
daquele tempo teriam vergonha de colocar o nome de uma mulher na sua árvore
genealógica, Deus coloca quatro mulheres na família de Jesus. E não são quatro
fontes de virtude. Três delas conheceram o outro lado da vida. E uma delas
vivia atormentada pela sua origem. Nascera do incesto.
Neste momento Jesus se dirige a você e diz:
"Filho, não me importa quem é você, não importa como você viveu, não me
importa como você pode estar agora nem os traumas que você carrega, não importa
os complexos que podem estar deturpando o seu caráter, não importa quão infeliz
você se sinta, nem quão sozinho ou perdido você possa estar, não importa quão
atormentado pelo complexo de culpa você viva ou quanto medo do inferno, do
juízo final e da condenação você tenha. Neste momento você pode vir a
mim".
Amigo querido, Jesus está com os braços
abertos esperando você. E lembre-se: quando Deus perdoa Ele esquece e
transforma. Por isso, o receberá. Não tenha vergonha de declarar ao mundo que
você ama a Jesus porque Ele também não terá vergonha de declarar diante do
universo que você é parte da família de Deus.
Abra seu coração a Jesus.
MAIS
SEMELHANTE A JESUS
Letra e
Música: Williams Costa Junior
Mais
semelhante a Jesus
é o que
mais eu desejo na vida.
Mais
semelhante a Jesus
é a
vontade sincera nascida em meu ser.
Mais
semelhante a Jesus
é o ponto de minha partida;
para ter
nesta vida alegria e poder
quero ser
mais semelhante a Jesus.
Mais
semelhante a Jesus
é a
mensagem cantada e vivida.
Mais
semelhante a Jesus
é a
vontade incontida de sempre louvar.
Mais
semelhante a Jesus
é o alvo de minha
corrida;
para ter
nesta vida alegria e poder
quero ser
mais semelhante a Jesus.
Mais
semelhante a Jesus
é a minha
comida e bebida.Mais semelhante a Jesus
é a
vontade acolhida no meu coração.
Mais
semelhante a Jesus
é a
certeza da luta vencida;
para ter
nesta vida alegria e poder
quero ser
mais semelhante a Jesus.
Gravado
por Sonete no LP EE0194 do Ministério "Está Escrito"
ORAÇÃO
Pai
querido, aceita-me como sou e me transforma pelo Teu poder. Apaga meu passado e
mostra-me as belezas de um futuro sem fim. Em nome de Jesus. Amém.
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Telefone
(021) 284-9090
Fax (021)
254-7165
23
SENHOR,
QUEM ÉS TU?
Pr.
Alejandro Bullón
Pode um homem que perseguiu e torturou
cristãos tornar-se também um cristão? O que faz com que o perseguidor dê
meia-volta em sua vida e passe a ser perseguido? Existe esperança para alguém
que blasfema o nome de Deus e odeia os que seguem a Jesus?
"Saulo, respirando ainda ameaças e
morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao sumo sacerdote, e lhe pediu
cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que, caso achasse alguns que eram
do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse presos para Jerusalém.
Seguindo ele estrada fora, ao aproximar-se de Damasco, subitamente uma luz do
céu brilhou ao seu redor, e, caindo por terra, ouviu uma voz que lhe dizia:
Saulo, Saulo, por que me persegues? Ele perguntou: Senhor, quem és Tu? E a
resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues; mas, levanta-te, e entra na
cidade, onde te dirão o que te convém fazer". (Atos 9:1 a 6)
Esta é a história de Saulo de Tarso. O seu
nome é encontrado pela primeira vez na Bíblia na ocasião do apedrejamento de
Estevão, em Atos 7.
Naquele tempo, Saulo era um jovem cheio de
força e vigor, e quando os judeus colocaram a capa ensangüentada
de Estevão em suas mãos, ele sentiu o chamado do Espírito Santo, mas fechou a
porta de seu coração. E se existe algo claro na Bíblia, é o fato de que Jesus
pode chamá-lo, mas nunca vai derrubar a porta do seu coração para entrar. Você
terá que abri-la. Jesus pode suplicar, pode mostrar que você precisa dEle, pode fazer-lhe sentir que você chegou ao fim da
linha, mas nunca vai forçá-lo a aceitar.
Aquele manto manchado de sangue
praticamente gritava. Era a voz do Espírito Santo. Mas Saulo de Tarso fechou
seu coração. Teve medo. Medo da voz de Deus. Medo de uma nova verdade que
chegava à sua vida, porque tinha sido criado aos pés dos maiores teólogos de
seu tempo.
Gamaliel, o
grande mestre da sinagoga, tinha sido seu professor. Saulo de Tarso vinha de
uma família tradicional. Seus pais tinham crido nas mesmas coisas que seus avós
e seus bisavós. Saulo abrigava todas as esperanças da família, da sociedade e
da igreja. Será que ele deveria render-se a uma nova verdade?
Toda nova verdade provoca medo. E quando
alguém fica com medo, a reação instintiva é atacar. Por isso, Saulo começou a
atacar e perseguir o povo de Deus. O texto bíblico nos diz que: "Saulo,
respirando ainda ameaças e morte contra os discípulos do Senhor, dirigiu-se ao
sumo sacerdote, e lhe pediu cartas para as sinagogas de Damasco, a fim de que,
caso achasse alguns que eram do Caminho, assim homens como mulheres, os levasse
presos para Jerusalém". (Atos 9: 1 e 2)
Amigo, você está se defrontando com alguma
nova verdade? Algum amigo está estudando a Bíblia com você? Pela primeira vez
seus olhos estão se deparando com a Palavra escrita de Deus e de repente você
sente que as verdades bíblicas que começa a conhecer estão aparentemente contra
tudo aquilo que você acreditou até hoje? Estão contra a tradição dos seus pais,
de sua igreja, de seus avós? Você está com medo?
Qual é a atitude do homem frente a uma nova
verdade? Ele a aceita ou a rejeita. Ninguém pode permanecer neutro. Saulo não
conseguiu abrir o coração, então perseguiu. Mas ele era um homem sincero.
Acreditava naquilo que ouvira desde pequeno. Colocara no coração tudo o que lhe
fora ensinado e raciocinava desta maneira: "Como podem meus bisavós, meus
avós, meus pais, meus líderes religiosos estarem errados? Não pode ser. Este
grupo pequeno de homens insignificantes, um bando de pescadores, não pode estar
com a razão".
Mas a profecia bíblica estava diante de
seus olhos. A verdade era clara e contundente. Era uma luta entre a tradição e
a verdade; entre a família e a verdade; entre os amigos e a verdade. Com toda
sinceridade Saulo acreditou na tradição de seus pais e com toda sinceridade
perseguiu.
Mas, sinceridade nunca foi sinônimo de
estar certo. E a sinceridade deixa de existir no momento em que a luz chega à
sua vida. A sinceridade termina quando você conhece a Palavra escrita de Deus e
a rejeita.
De maneira suave e delicada, o Espírito de
Deus mostrou a verdade a Saulo, mas ele não quis entender. O tempo passou, e
ele continuou perseguindo os cristãos.
Um dia, quando estava a caminho de Damasco,
Jesus decidiu chamá-lo de maneira mais drástica. Apareceu-lhe no caminho em
forma de um resplendor luminoso e Saulo, caindo, beijou a terra, comeu pó,
machucou-se, sangrou, ficou em trevas, desconcertado, confuso, perdido em meio
à loucura de seus preconceitos. Tentou abrir os olhos e não enxergava nada e em
sua impotência clamou: Senhor, quem és Tu?
Meu amigo, a minha pergunta para você é:
Será que Deus terá que permitir que você beije o chão, coma o pó da terra,
desça ao fundo do poço, sangre, fique cego, fique à beira da loucura, para
entender pela primeira vez que está fugindo de Cristo? Será que você tem que
enfrentar o seu caminho de Damasco para entender que chegou a hora de abrir o
coração a Jesus?
Mas por que chegar lá se podemos abrir o
coração a Deus quando tudo vai bem, quando, num momento cálido como este, a voz
de Deus chega mansamente até você?
A história bíblica registra que o
perseguidor perguntou:
– Senhor, quem és Tu?
Saulo estava certo. Seu primeiro passo na
vida cristã estava correto. A sua primeira pergunta não foi: "Senhor, que
queres que eu faça"? mas, "Senhor, quem és Tu"? Sabe por que
amigo? Porque cristianismo não é somente fazer. Cristianismo é descobrir em
primeiro lugar quem é Jesus, apaixonar-se por Ele, amá-Lo com todo o coração,
viver uma vida de comunhão com esse maravilhoso quem. Só depois que Jesus
reproduzir Seu caráter em nossa vida, aprenderemos a fazer as coisas que devem
ser feitas, os quês do cristianismo.
Amigo querido, não tenha medo de tornar-se
um cristão. Não pense no cristianismo como uma coleção de normas e proibições.
Sua primeira inquietude não pode ser o que deve ou o que não deve fazer. Esse
tipo de cristianismo só trará angústia e desespero à sua vida.
Se você quer se tornar um cristão de
verdade, pense na vida cristã como uma experiência de amor com Jesus. Você não
precisa ter medo de Jesus, não precisa ter medo de entregar-se a Ele, de
caminhar com Ele. Viva com Jesus e deixe que Ele reproduza Seu caráter em você.
Existe gente sincera apavorada por um tipo
de cristianismo terrorista. Essas pessoas pensam: "Não posso tomar minha
decisão porque não terei forças para viver o que os cristãos ensinam".
"Não posso tomar a decisão porque ainda estou vivendo uma vida
errada".
Sabe, amigo, você tem que ir a Jesus como
está. Ele espera você com os braços abertos. Leve seus traumas, seus complexos,
sua vida passada, seus fracassos, suas derrotas. Vá a Jesus levando sua
incapacidade, sua impotência. NEle você será
completo. Ele receberá você do jeito que você estiver, o abraçará, o amará, o
limpará, arrancará de sua vida os trapos de imundícia e o cobrirá com Seu manto
de justiça. Ele transformará seu caráter, esse caráter que já lhe criou tantos
problemas, que arruinou a vida de sua família, que trouxe infelicidade ao lar,
que atormentou a esposa e os filhos.
Por favor, querido, leve tudo a Jesus.
Apaixone-se por Ele. Descubra o quem. Entregue-Lhe a vida e então você ouvirá a
resposta que Saulo também ouviu: "E ele perguntou: Senhor, quem és tu? E a
resposta foi: Eu sou Jesus, a quem tu persegues". (Atos 9:5)
Foi então que Saulo descobriu que não
estava perseguindo um grupo de homens, mas sim o Senhor Jesus.
Será que neste momento, você está lutando
em seu coração? Você é prisioneiro de preconceitos, dúvidas e temores? Está
inventando perguntas nas quais você mesmo não acredita, mas as inventa só para
se defender, para se proteger, para esconder a sua fragilidade? Lá no fundo,
você não é feliz, precisa de Jesus. Quer aceitá-Lo, mas tem medo, foge e
persegue.
Você que está lendo esta mensagem, pode ser
um marido, cuja esposa, durante anos e anos tem orado, suplicado e convidado
você a conhecer a Jesus, e hoje, pela primeira vez, você aceitou ler algo a
respeito de Jesus e está tremendo em seu coração. Saiba de algo: Você não tem
lutado todo este tempo contra a esposa, nem contra o filho. Você tem lutado
contra Jesus. A sua guerra não é contra a igreja; a sua guerra é contra Jesus.
E esta é sua grande oportunidade. Talvez este momento seja o seu caminho de Damasco.
Veja a instrução de Jesus a Saulo:
"... mas, levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão o que te convém
fazer". (Atos 9:6)
Talvez agora você entenda como funciona a
vida cristã. Primeiro, você descobre o quem do cristianismo e se apaixona por
Ele. Vai a Ele como está, O aceita, entrega-lhe a vida, abre-lhe o coração e
deixa que o Espírito Santo viva em você. E depois, depois que você se encontrou
com Jesus, vem a ordem: "mas, levanta-te, e entra na cidade, onde te dirão
o que te convém fazer".
Amigo, uma vez que você se tornou cristão,
seus olhos se abrirão para entender a Palavra de Deus e você terá que acomodar
sua vida aos ensinamentos divinos. Por favor, nunca tente acomodar a Palavra de
Deus à sua maneira de pensar. Você tem que ir à Bíblia despojado de
preconceitos. Não importa no que você acredita, importa o que está escrito na
Palavra de Deus. Não importa como seus avós pensavam; importa o que está
escrito na Palavra de Deus. Não importa o que sua igreja pensa; importa o que
está escrito na Palavra de Deus.
Agora que você se tornou cristão,
levante-se, vá a Palavra de Deus e aí lhe será dito o que tem que fazer. Eu
pergunto: "Você já teve uma experiência maravilhosa com Jesus"? Já se
encontrou com Jesus? Glória a Deus por isso! Mas vem a outra pergunta:
"Você já se levantou"? "Já foi à Palavra de Deus"? Você já
sabe o que lhe cumpre fazer?
A vida cristã, amigo, não é somente ir a
Jesus e ser perdoado para depois continuar vivendo na mediocriade
do pecado. Vida cristã é ir a Jesus, ser perdoado, e ao mesmo tempo ser
transformado para uma vida vitoriosa.
Ao longo da História, o cristão sempre
correu um grande perigo: tornar-se um cristão de nome, de fachada e de emoção.
"Oh, Senhor, eu louvo o Teu nome, canto hinos para Ti, glória a Deus,
aleluia, sou salvo pela graça de Cristo". E continua vivendo como vivia
antes, amarrado à vida passada, aos fracassos e às derrotas.
Não, querido, salvação é perdão, mas ao
mesmo tempo é transformação. Jesus o salva para não continuar vivendo no
fracasso. Jesus o salva para uma vida de obediência. Obediência a quê?
Levante-se, vá para a Bíblia. Ali será dito o que lhe convém fazer. É por isso
que não pode existir um cristão sem Bíblia. Você precisa adquirir a Palavra de
Deus e estudá-la sem preconceitos, deixando que o Espírito Santo ilumine a sua
mente.
O relato bíblico continua dizendo que:
"Os seus companheiros de viagem, pararam emudecidos, ouvindo a voz, não
vendo, contudo, ninguém". (Atos 9:7)
Que coisa extraordinária! Saulo teve um
encontro com Jesus a caminho de Damasco. Mas os homens que estavam com ele não
podiam ver ninguém. Ninguém pode entender o que acontece no coração de uma vida
transformada. É por isso, que às vezes, seus queridos o machucam, caçoam da sua
fé e riem daquilo que você acredita. Eles não conseguem ver o Cristo que
apareceu em seu caminho. Eles não conseguem enxergar o Cristo que você
enxergou, não podem entender a paz que hoje você sente por ter aceitado a
Jesus.
Por favor, perdoe aqueles que dão risada de
sua nova fé, aqueles que o rejeitam, que o chamam de louco e fanático. Eles não
conseguem ver. Um dia, talvez, eles também terão seu caminho de Damasco, cairão
em terra, beijarão o chão, ficarão cegos e entenderão que estão fugindo de
Cristo. Mas por enquanto, perdoe-os e ore por eles.
Vamos entrar na parte final do texto. Deus
se apresenta a Ananias em visão e lhe diz: "Dispõe, te, e vai à rua que se
chama Direita e, na casa de Judas, procura por Saulo, apelidado de Tarso; pois
ele está orando, e viu entrar um homem, chamado Ananias, e impor-lhe as mãos,
para que recuperasse a vista. Ananias, porém, respondeu: Senhor, de muitos
tenho ouvido a respeito desse homem, quantos males tem feito aos teus santos em
Jerusalém; e para qual aqui trouxe autorização dos principais sacerdotes para prender
a todos os que invocam o teu nome. Mas o Senhor lhe disse: Vai, porque este é
para mim um instrumento escolhido para levar o meu nome perante os gentios
e reis, bem como perante os filhos de
Israel". (Atos 9:11-15)
Amigo querido, você entendeu o que Deus
está querendo dizer? Você é um vaso escolhido nas mãos de Deus. Há um trabalho
maravilhoso que você terá que fazer pela causa de Deus. Hoje, talvez, você não
consiga entender, mas a sua influência, o seu poder, a sua capacidade, o seu
talento serão usados para a glória de Deus, para a término da pregação do
evangelho neste mundo.
Não se esconda no preconceito, no medo, nos
temores, nas dúvidas, não diga: "Não posso tomar minha decisão hoje. Eu
quero conhecer mais".
Por favor, aproveite que Jesus está falando
ao seu coração com voz mansa. Não espere cair em terra para entender que é a
voz de Jesus que você está rejeitando. Você é um vaso escolhido. Deus precisa
de seus talentos e de seu trabalho para levar o evangelho a outros.
Que grande dia aquele para Saulo! De manhã,
saiu respirando ameaças e morte, perseguindo cristãos porque no fundo tinha
medo da nova verdade que eles pregavam. No caminho de Damasco, Deus permitiu
que ele beijasse o chão. Na impotência da confusão e das trevas entendeu que
estava lutando com Jesus e clamou: "Senhor, quem és Tu"? "Eu sou
Jesus. Agora levanta-te e vai e te será dito o que deves fazer e como deves
viver. E lembre-se: Você é um vaso escolhido para Mim".
Qual será a sua resposta hoje? Ficará na
indecisão ou correrá aos braços de Jesus? O Senhor só pode chamá-lo. Ele não
pode derrubar a porta de seu coração e entrar à força.
Então... Qual será sua resposta?
SÓ JESUS
Letra:
Shawn Craig
Música:
Don Koch
Tradução:
Domingos Silva
A Cristo
rendo toda a glória,
pois
tenho sido nEle um vencedor.
Sou
ricamente abençoado,
só confio
em Seu poder e em Seu amor.
Oh,
incontáveis as conquistas,
riquezas
são pra mim!
Mas
nenhuma se compara
com a
graça da salvação.
Em meu
Jesus vou confiar
pois
minha glória é o poder que vem da cruz.
E nas
vitórias vou sempre me lembrar de quem
Vem me
amparar, vem me inspirar
É só
Jesus.
A Cristo
rendo toda glória
pois
somente Ele é o Redentor.
Só um
Deus tão amoroso
pode me
fazer um vencedor.
Não, não
quero outra honra
que
conhecê-Lo mais.
E eu abro
mão de tudo
pela
glória do meu Senhor.
Em meu
Jesus vou confiar
pois
minha glória é o poder que vem da cruz.
E nas
vitórias vou sempre me lembrar de quem
Vem me
amparar, vem me inspirar
Em meu
Jesus vou confiar
pois
minha glória é o poder que vem da cruz.
E nas
vitórias vou sempre me lembrar de quem
Vem me
amparar, vem me inspirar
É só
Jesus.
Vem me
amparar, vem me inspirar,
É só
Jesus.
Gravado
por Sonete no EELP nº - 0194 do Ministério Está Escrito
ORAÇÃO
Pai
querido, Tu tens caminhos misteriosos para levar-nos a descobrir o Teu amor.
Neste momento vem e toca cada coração com a voz suave de Teu Santo Espírito.
Que cada leitore seja capaz de responder entregando a
vida a Deus. Em nome de Jesus. Amém.
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Está
Escrito
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(021) 567-3336
Fax (021)
264-1252
24
ACHADO
NA ESTRADA
Pr.
Alejandro Bullón
Pode um homem ser realizado
profissionalmente e no entanto sentir-se vazio e frustrado? Crescimento
profissional é sinônimo de crescimento interior? Para aonde ir quando tudo que
conquistamos na vida parece não ter muito sentido, e sentimos na boca o gosto
amargo da ansiedade?
"E o anjo do Senhor falou a Filipe,
dizendo: Levanta-te e vai para a banda do sul, ao caminho que desce de
Jerusalém para Gaza, que está deserta. E levantou-se, e foi, e eis que um homem
etíope, eunuco, mordomo-mor de Candace, rainha dos
etíopes, o qual era superintendente de todos os seus tesouros e tinha ido à
Jerusalém para adoração". (Atos 8:26 e 27)
O protagonista deste texto bíblico é
eunuco. Um eunuco era um homem privado de sua masculinidade. Quase sempre se
dedicava ao humilhante trabalho de cuidar das mulheres que formavam o harém do
Rei. Mas, no texto que acabamos de ler, o eunuco é apresentado como o principal
administrador dos tesouros do reino de Candace. Em
outras palavras, ele conseguiu chegar no topo de sua carreira profissional.
Era próspero financeiramente, tinha um bom
salário, mas, faltava-lhe alguma coisa no coração. Ele sentia um grande vazio e
isso o incomodava. Quando chegava a noite não conseguia dormir. Sabe por quê?
Porque por ser um eunuco estava condenado a não ter descendentes. Não teria
geração. Sua vida terminaria com ele mesmo.
O futuro de um eunuco era incerto ou talvez
certo demais: uma curta existência nesta Terra e nada mais. Quando ele morresse
não teria filhos nem netos para contar sua história. Seu futuro era negro, sem
perspectivas. Tudo isso o atormentava, o angustiava demais. Todas essas
inquietudes fazia-o sentir que tudo que conseguira na vida não tinha muito
sentido.
Você, caro amigo, que lutou muito e
conseguiu alguma coisa na vida, também sente que isso não lhe satisfaz? Você
que se casou pensando que o casamento o realizaria; hoje tem uma boa família,
uma boa esposa, filhos, lá no fundo também carrega um vazio? Tem medo do
futuro, da morte?
Alguma vez você se perguntou para que serve
a vida? Você se levanta pela manhã, vai para o trabalho, volta à tarde cansado,
toma um banho, janta e no dia seguinte repete a mesma rotina e assim passam-se
os seus dias. Isso é vida?
Quando o ser humano se sente vazio, ele vai
a qualquer lugar à procura de solução para seus problemas. Se dispõe a bater em
qualquer porta, em qualquer tipo de filosofia. Não importam as dificuldades. O
homem nunca fica de braços cruzados deixando ser devorado pela angústia. Por
isso, quando o etíope soube que havia uma festa espiritual na cidade de
Jerusalém, dirigiu-se para lá. Precisava de solução para suas inquietudes.
E você? Quais são as suas inquietudes? Há
coisas que o incomodam? Você vive em busca de respostas para suas dúvidas e
questionamentos? Você já se perguntou de onde você vem e para aonde vai? Qual é
o seu futuro? O que lhe reserva o amanhã?
Talvez, você então consiga compreender o
etíope. Ele também queria respostas para suas perguntas e por isso foi até
Jerusalém. Continuando a leitura do
texto percebemos que aquele homem foi à Jerusalém, mas não encontrou as
respostas que procurava. Aquela igreja estava perdida e confusa em meio a
tantos detalhes da religiosidade. Centímetro para cá, milímetro para lá,
vírgula aqui, ponto ali, não pode isto, não pode aquilo... Ela se preocupava
apenas com a aparência. Os detalhes do sacrifício do Cordeiro, da oferta e das
cerimônias ocupavam tanto a atenção destas pessoas, que elas tinham perdido de
vista a essência da vida: Cristo.
Esse homem angustiado, vazio, triste, desesperado, teve o trabalho de deixar Gaza,
subir à Jerusalém para participar, ouvir, ver, tentar entender, mas
infelizmente não encontrou nada e voltou para sua terra tão vazio quanto tinha
ido.
Querido, Deus colocou em meus ombros a
responsabilidade de mostrar-lhe a Palavra divina. Suplico a Ele que ao você
acabar a leitura, não a faça sem as respostas que precisa.
Veja novamente o que diz este verso:
"E o anjo do Senhor falou a Filipe, dizendo: Levanta-te e vai para a banda
do sul, ao caminho que desce de Jerusalém para Gaza, que está deserta".
(Atos 8:26)
Ah, meu amigo, isto é maravilhoso! Jesus
sabe quem é você. Ele conhecia até o caminho por onde viajava o etíope. Ele
conhece a história de sua vida, as inquietudes de seu coração e com certeza não
o deixará sem respostas.
Lá no deserto, Deus levantou Filipe para
ajudar o etíope a encontrar as respostas para sua vida e esse mesmo Deus o
guiará até você achar as respostas que
você necessita.
O texto bíblico continua relatando que
Filipe, tomando a passagem que o etíope estava lendo, mostrou-lhe Jesus ao
longo de toda a Escritura; mostrou-lhe em cada página, em cada capítulo, em
cada versículo.
Amigo, Filipe agiu muito certo. Quero lhe
dar um conselho: muito cuidado ao querer atráves da
Bíblia levar pessoas a descobrirem unicamente doutrinas sem vida. Muito cuidado
ao levar as pessoas a descobrirem unicamente medidas, roupa e comida. Por
favor, tente levá-las a Jesus a partir de seus próprios questionamentos.
Mostre-lhes Jesus em cada página da Bíblia, em cada doutrina da Bíblia, em cada
princípio da Santa Lei de Deus. Banhe o ensinamento bíblico no sangue do
Cordeiro. Molhe-o na misericórdia e na graça de Cristo. É Jesus quem conquista
os corações. É Ele quem derruba os preconceitos, quem transforma vidas.
O eunuco voltava de Jerusalém triste,
vazio, cheio de preconceitos, medos e temores. Mas no deserto se encontrou com
Filipe quem lhe mostrou a Palavra de Deus e o levou até Jesus. Mostrou-lhe
também a doutrina bíblica banhada no sangue do Cordeiro. E ali mesmo entregou
sua vida a Cristo.
Sabe de onde eu tiro essa idéia? Da Bíblia. Ela diz que quando eles chegaram num
lugar onde havia muita água, o Etíope, que já tinha recebido o estudo do
batismo centralizado em Cristo, olhou para Filipe e disse: "Eis aqui água;
que impede que eu seja batizado?" (Atos 8:36)
E o texto afirma que ambos desceram à água.
Filipe e o eunuco. E Felipe o batizou.
Quero lhe fazer uma pergunta: Você já
aceitou Jesus como seu Salvador? Se já, responda-me outra: Já foi batizado?
Talvez dirá: "sim, quando ainda pequenino".
Querido, agora vou entrar num assunto
delicado, mas quero discuti-lo com todo o respeito, amor e carinho que você
merece. Toda nova verdade provoca medo. E talvez hoje, de alguma maneira, você
se sinta assim. Mas, diante de uma nova verdade ou você cai de joelhos diante
de Jesus e lhe diz: "Senhor, ajuda-me a despojar-me dos preconceitos e
analisar esta verdade," ou então você fica na indiferença e ataca. Porém,
sei que você é sincero e está lendo este folheto à procura de respostas. Por
isso vou tentar não dar nenhuma explicação pessoal e sim deixar que você leia
tudo na Palavra de Deus.
Você sabe quais são as características de
um batismo verdadeiro?
Vamos ler o que está escrito na Bíblia:
"Portanto ide, ensinai todas as nações, batizando-as em nome do Pai, e do
Filho e do Espírito Santo". (S. Mateus 28:19)
Então, a primeira característica de um
batismo bíblico, autêntico e verdadeiro é que a pessoa deve se tornar uma
discípula antes de ser batizada.
Leia agora outro texto bíblico: "Quem
crer e for batizado será salvo..." (Marcos 16:16)
"Quem crer e for batizado será
salvo", é a segunda característica de um batismo autêntico, isto é, a
pessoa tem que crer. Então me responda: Pode um nenenzinho
de seis meses crer em algo?
Veja agora o que diz em Atos: "E,
ouvindo eles isto, compungiram-se em seu coração, e perguntaram a Pedro e aos
demais apóstolos: Que faremos, varões irmãos? E disse-lhes Pedro:
Arrependei-vos, e cada um de vós seja batizado em nome de Jesus Cristo, para
perdão dos pecados; e recebereis o dom do Espírito Santo". (Atos 2:37 e
38)
Arrependei-vos e depois batizai-vos, é a
terceira característica para que um batismo seja bíblico e verdadeiro.
E há ainda uma quarta característica. A
Bíblia afirma que: "E mandou parar
o carro, e desceram ambos à água, tanto Filipe como o eunuco, e o
batizou". (Atos 8:38)
Quando Jesus foi batizado, a Bíblia diz:
"E sendo Jesus batizado, saiu logo da água..." (Mateus 3:16)
Ou seja, o batismo em sua forma tem uma
característica: tem que ser feito por imersão. A pessoa tem que mergulhar na
água. Por quê? S. Paulo explica: "Ou não sabei que todos quanto fomos
batizados em Jesus Cristo fomos batizados na sua morte? De sorte que fomos
sepultados com ele pelo batismo na morte; para que como Cristo ressuscitou dos
mortos, pela glória do Pai, assim andemos nós também em novidade de vida".
(Romanos 6:3 e 4)
Somos batizados em sua morte para que como
Ele ressuscitou assim nós também nos levantemos da água para andar numa vida
nova. A forma não é apenas forma, existe aqui um simbolismo profundo que tem a
ver com a morte e ressurreição de Jesus.
Então, o batismo para ser verdadeiro tem
que ter três características na sua essência e uma na sua forma: Primeira, a
pessoa tem que ter a capacidade de ser feita discípula. Segunda, tem que ter
capacidade de crer. Terceira, tem que ter capacidade de arrepender-se. E
finalmente, a quarta, a pessoa tem que ser batizada por imersão, isto é,
mergulhar na água.
O batismo é um símbolo da morte e
ressurreição de Jesus, e assim como Ele foi sepultado na terra, é preciso que o
ser humano seja sepultado na água.
Talvez agora você esteja pensando: "o
que acontece se o meu batismo não teve essas características"? Permita-me
então fazer uma pequena ilustração. Tenho uma nota de cem dólares. Algumas
vezes já me deram nota falsa e eu saí perdendo. Um dólar falso tem valor para
mim enquanto eu não sei que é falso. No entanto, assim que eu descubro que é
falso, já não posso mais usá-lo. Por isso aprendi as características de uma
nota verdadeira. Quer saber se um dólar é falso ou verdadeiro? Faça o seguinte:
esfregue a nota num papel branco. Se a tinta sair, ela é verdadeira. Se não
sair, é falsa. Ou então passe o dedo. Se o papel é áspero, é verdadeira. Se é
liso, é falsa.
Agora pense. Se você recebe uma nota e após
verificar as características, elas não conferem. Que valor tem essa nota?
Talvez agora você tenha a resposta para a
sua pergunta. Existe um só batismo bíblico, autêntico e verdadeiro. Esse é o
batismo que você acaba de ver descrito na Bíblia.
Falo isto com amor e carinho porque talvez
isto crie sofrimento em seu coração. Durante toda sua vida você foi sincero e
acreditou que foi batizado e de repente, hoje, descobre que não foi. Isso pode
até lhe machucar, mas por outro lado não posso esconder de você a maravilhosa
verdade bíblica.
Você acredita em Jesus? Ele foi a resposta
para suas inquietudes? Então me diga: deseja o grande passo do batismo? Quem
sabe você ainda não está batizado porque considera desnecessário. Você me
pergunta: "eu já acredito em Jesus, Ele me salvou, eu tenho fé na graça de
Jesus, não basta?"
O que você acharia de um jovem que se
aproxima de uma garota e diz a ela:
– Eu gosto de você, você é linda,
maravilhosa, eu a amo e seria capaz de qualquer coisa por você.
A garota acredita, olha para ele sorrindo e
diz:
– Então, vamos nos casar?
Aí ele dá um passo para trás e
responde: – Não, casamento não. Eu a
amo, faria tudo por você, mas casamento não.
Amigo, que tipo de amor é esse?
Na experiência espiritual, o batismo é como
o casamento. Você encontra Jesus e se apaixona por Ele. Então reúne a igreja,
coloca flores e diante de todos, você confessa publicamente que O ama e que
quer viver o resto de sua vida para Ele.
Há um lugar para você na família de Deus. O
Senhor Jesus está convidando você a integrar-se ao povo de Deus e declarar
publicamente o seu amor por Ele. Se você não foi batizado num batismo bíblico,
hoje Deus abriu os seus olhos e você enxergou a verdade, então tem que ir e
correr aos braços dEle e dizer: "Senhor, chegou
a hora, te entrego minha vida. A partir de hoje quero pertencer à Tua igreja
nesta Terra".
EU TE
SEGUIREI, JESUS
Letra e
Música: Williams Costa Jr.
Eu Te
seguirei, Jesus.
Eu Te
seguirei, Senhor.
Mesmo que
eu enfrente sofrimento,
eu Te
seguirei, Jesus.
Tu
mudaste toda a minha vida,
fui
gerada em novo nascimento.
Onde
posso ir, se não for contigo?!
Tu és meu
Senhor e Rei.
Eu Te
seguirei, Jesus.
Eu Te
seguirei, Senhor.
Mesmo que
eu enfrente sofrimento,
eu Te
seguirei, Jesus.
Tudo que
não quero isso faço.
Não
existe bem nenhum em mim.
Como
conseguir ser vitoriosa?
Só por
Teu poder, meu Deus.
Eu Te
seguirei, Jesus.
Eu Te
seguirei, Senhor.
Mesmo que
eu enfrente sofrimento,
eu Te
seguirei, Jesus.
Gravado
por Sonete no EELP nº 0194 do Ministério Está Escrito
ORAÇÃO
Obrigado,
querido Pai, porque és capaz de preencher o vazio do coração humano e dar
sentido à nossa existência. Tire todas as dúvidas e temores do nosso coração e
dá-nos sabedoria para entender a Tua Palavra, pois queremos seguir o caminho de
verdade. Encha nossa vida de paz, felicidade e confiança no Teu grande amor. Em
nome de Jesus, amém.
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queira aprofundar o seu conhecimento da Bíblia,
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25
PERDIDOS
E ACHADOS
Pr.
Alejandro Bullón
Por que no mundo existem tantas filosofias
e maneiras de pensar? Por que tantas tentativas de encontrar solução para os
problemas do homem? O que fazer quando o esforço humano falha e nada do que se
faz dá certo? Aonde se deve ir? A quem se deve buscar?
O texto para a mensagem está no evangelho
segundo São Lucas. Vejamos o que está escrito: "Qual, dentre vós, é o
homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto as
noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la? Achando-a,
põe-na sobre os ombros, cheio de júbilo. E, indo para casa, reúne os amigos e
vizinhos, dizendo-lhes: Alegrai-vos comigo, porque já achei a minha ovelha
perdida. Digo-vos, que assim haverá maior júbilo no céu por um pecador que se
arrepende, do que por noventa e nove justos que não necessitam de
arrependimento. Ou qual é a mulher que, tendo dez dracmas, se perder uma, não
acende a candeia, varre a casa e a procura diligentemente até encontrá-la? E,
tendo-a achado, reúne as amigas e vizinhas, dizendo: Alegrai-vos comigo, porque
achei a dracma que eu tinha perdido. Eu vos afirmo que, de igual modo, há
júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende. (S. Lucas 15:4
a 10)
No capítulo 15 do evangelho de São Lucas
estão registradas 3 parábolas. As duas primeiras são: a da moeda e a da ovelha.
Essas duas mostram aspectos diferentes de um mesmo tema: a busca amorosa de
Deus ao homem extraviado.
Vamos analisar somente estas duas
parábolas.
Primeiro: A Parábola da moeda perdida. A
moeda é um objeto de metal, sem sentimento, sem razão, sem noção das coisas.
Uma moeda perdida não sabe e nem sente que está perdida e por isso não acha que
precisa de salvação. Ela não tem consciência da sua triste situação.
A moeda tem valor extrínseco, ou seja, o
valor não está nela, e sim no seu dono. Quando a moeda se perde, ela também
perde seu valor. Ela só brilha quando está nas mãos de seu dono. Jogada no
chão, a moeda não tem muito valor. Perde o sentido do existir. Ela pode até
brilhar por um tempo, mas logo o brilho se deteriora. A ferrugem começa a tomar
conta dela e finalmente acaba enterrada e esquecida.
A moeda perdida é o símbolo das pessoas que
hoje estão perdidas, mas não têm consciência da sua situação. Para elas,
aparentemente tudo está bem, mas na verdade está tudo errado. Elas se recusam a
aceitar que estão perdidas e insistem em dizer que está tudo bem. Carregam um
vazio que dói, que perturba, que incomoda e que não as deixam ser felizes.
Essas pessoas pensam que o que dá
significado à vida é o brilho que elas têm. Concentram sua atenção nos seus
talentos, na sua capacidade. Podem ser grandes artistas, grandes profissionais,
homens que brilham, mas não têm paz.
Quando chega à noite e se deitam, sentem
que falta alguma coisa. Sentem como se estivessem devendo algo, mas não querem
reconhecer que precisam de Deus. Pensam que Deus, como me disse um ateu, é uma idéia inventada por pessoas fracas, que não existe. E então
tentam sorrir e mostrar ao mundo que não precisam dEle.
Não reconhecem que são incapazes de vencer pelas próprias forças. Não aceitam
derramar uma lágrima em público porque para elas, lágrima é sinônimo de
fraqueza, de covardia. Só que sofrem, se angustiam e são infelizes.
Outro dia recebi uma carta de um
telespectador e nela estava escrito o seguinte: "Admiro a sua capacidade
de crer. Eu não consigo crer, não posso crer nas coisas que você ensina; são
muito simplórias. Esse negócio de que Cristo vai voltar e que vai nos levar
para morar numas mansões celestiais... eu não consigo crer. Não cabe em minha
mente. Sei que não sou feliz, que preciso acreditar, mas não consigo".
Será que você que está lendo esta mensagem
também não consegue crer? Você é sincero, mas é racional e em sua cabeça não
cabe Deus, não encaixa a idéia de que um dia Cristo
vai voltar a esta Terra e vai levar seus filhos para o Céu? Sua mente não
aceita isso?
Mas, se alguém pudesse provar no
laboratório que existe a segunda vinda de Cristo e que existe uma terra melhor
que Jesus está preparando para você, você com certeza aceitaria, não é mesmo?
Mas infelizmente ninguém pode lhe provar que isso existe na lente de um
microscópio ou na mesa de um laboratório e por isso você não aceita.
A realidade é que você não é feliz. Há uma
coisa aí dentro de você que o perturba. Você sempre está a
procura de algo racional que o convença, então, permita-me fazer um trato com
você.
Vamos dizer que você tenha 50% de chance de
estar certo ao afirmar que não existe Deus, segunda vinda de Jesus nem mansões
celestiais. E eu também tenho 50% de chance de estar certo ao dizer que Deus
existe, que Cristo vai voltar a esta Terra e que existem mansões celestiais
para onde Cristo vai nos levar.
Sendo assim, no laboratório eu não consigo
provar que estou certo, mas você também não consegue provar. Então, cada um de
nós tem 50% de chance de estar certo. Agora preste atenção no que vou dizer.
Muito bem. Começamos a viver. Quanto tempo
você acha que vai durar nossa vida nesta Terra? Quem sabe 80 ou 90 anos. Pois
bem, vivemos juntos e quando chegamos ao final dela descobrimos que era você
quem estava certo. Não existia Deus, nem vinda de Cristo, nem mansões
celestiais, não existia nada. Você estava com a razão. Se não existia nada, o
que eu perdi? Nada.
Agora, suponhamos que vivemos e chegamos ao
final de tudo. Descobrimos que Deus existia e que além de voltar, ia nos levar
para morar nas mansões celestiais. Eu tinha razão. Só que você não aceitou. E
aí não seria terrível?
Então, até por uma questão de
probabilidade, você não acha que vale a pena acreditar que existe um Deus e que
esse vazio que você sente no coração é porque um dia você saiu das mãos de Deus
e não quer retornar aos braços dEle?
Por que teimar em dizer: "Está tudo
bem comigo". Não preciso de Deus. Posso lutar sozinho. Posso resolver os
meus problemas sozinho, quando na verdade, você sabe que pode ter tudo o que
quiser, mas nada terá sentido.
Um dia, você e eu, acredite ou não,
enfrentaremos momentos difíceis. Por muitas vezes chegarão momentos turbulentos
à nossa família, à nossa vida pessoal, financeira ou física. E eu lhe pergunto:
Aonde você irá quando a noite escura chegar? Aonde você irá quando sua família
começar a se desmoronar?
A parábola da moeda perdida nos mostra que
neste mundo existem pessoas enferrujadas, enterradas, perdidas, mas ainda assim
teimam em querer mostrar que está tudo bem.
Há alguns anos, conversei com uma garota
que nasceu e cresceu na igreja. Um dia, ela ingressou na faculdade e começou a
aprender muitas coisas que desde então ignorava.
Meu amigo, não tenha medo de estudar. Faça
uma faculdade, faça um mestrado, faça um doutorado. Não tema o progresso. O
cristianismo não amputa a capacidade de crescer, de se desenvolver.
Mas esta garota um dia olhou para seus pais
e os achou crédulos demais. De repente, sentiu que uma universitária não podia
crer em coisas tão simples como as que seus pais, que não tinham muita
instrução, criam. E um dia disse a eles:
– Deus não existe. Tudo é mentira. Vocês
acreditam nessas coisas porque vocês não têm muita instrução. Mas eu, eu fui
para a faculdade e agora sou uma mulher culta e na minha cabeça racional não há
lugar para Deus.
Os pais, em desespero, me procuraram e
pediram para eu conversar com ela.
Sabe o que ela me disse?:
– Pastor, eu aceito a sua maneira de
pensar, mas o senhor não pode provar que Deus existe assim como eu existo. O
senhor pode me tocar, estou aqui. Mas já tocou Deus? Já deu a mão a Ele? Por
que acredita nEle?
E depois acrescentou
– Minha vida na igreja é uma etapa
superada. Hoje sou livre e verdadeiramente feliz.
Havia lágrimas nos olhos daquela moça.
Lágrimas que ela não aceitava, mas que estavam ali a incomodando. Não existe
Deus. Não preciso de Deus. Não preciso de cristianismo. Não preciso de igreja.
Mas as lágrimas insistiam em sair. Tudo é mentira, tudo é assunto de gente
crédula, ingênua! – Pastor, eu sou
feliz, disse quase gritando.
– Ora, se você é feliz não precisa gritar
assim. Você simplesmente é feliz e o mundo todo verá a sua alegria e perceberá
que tem paz. Não haverá noites de insônia, não haverá esse vazio que incomoda,
não haverá momentos de angústia nem a busca desesperada de coisas materiais. Se
você é feliz, não precisa provar para ninguém que é. Pois bem, amigo, a moeda perdida
simboliza todos os homens e mulheres que não aceitam nem reconhecem que estão
perdidos.
A parábola da ovelha perdida simboliza
outro tipo de pessoa. A ovelha sabe que está perdida, sente que está perdida e
se angustia. É interessante essa experiência. Enquanto o sol brilha, ela não se
sente perdida. Pelo contrário, ela até desfruta da sua liberdade, correndo de
um lado para o outro. Mas quando o sol começa a se esconder, as nuvens negras a
chegar e as trevas começam a envolver a Terra, então, a ovelhinha, começa a
sentir medo e percebe que está perdida. A louca corrida pelos campos verdejantes
agora não a satisfaz mais. Ela precisa do calor do seu pastor. Sente que está
perdida e tenta encontrar o caminho de volta. Experimenta uma trilha e se
machuca. Então, experimenta outra e bate a cabecinha. Em vão experimenta de
tudo. Então começa a gritar em desespero. Tem consciência de seu estado de
perdição, mas não conhece o caminho de volta.
A ovelha perdida simboliza as pessoas que
estão perdidas, sabem que estão perdidas e se angustiam. Sabem que precisam de
Deus, que precisam de uma solução para seu problema, mas não conhecem o caminho
de volta.
Amigo, você pode ter largado Jesus quando o
sol estava brilhando em sua vida. E infelizmente agora, as trevas começaram a
chegar, o vento gelado da noite fria começou a bater em seu rosto e você passou
a perceber que precisa de Jesus, mas não sabe como achá-Lo, não sabe onde
encontrá-Lo, nem conhece o caminho. Você sabe que tem alguma coisa errada, mas
não sabe o que é. Já experimentou de tudo: uma igreja, uma religião, outra
religião, uma filosofia, outra filosofia. Alguém lhe disse:
– Você não precisa de Deus. Você precisa
tirar a sua energia interna. Deus está dentro de você. Concentre-se, tire a
energia da terra, do sol, da pirâmide, do cristal. Concentre-se! Coma só
vegetais e coloque-se em atitude de meditação na direção do sol e receba sua
energia. A solução está dentro de você.
Porém, você já fez isso, já colocou um
cristal no peito, já colocou uma pirâmide no dedo, já consultou o horóscopo, os
astros, já ficou olhando para o sol para ver se a energia do sol despertava sua
força interior, já abraçou uma árvore enorme para ver se a energia da árvore
passava para você. Enfim, já fez de tudo, mas o vazio continua; as noites
continuam sendo intermináveis; a família continua se despedaçando.
Onde está a solução? Qual é o caminho?
Talvez você esteja perdido e não conhece o caminho de volta. Chora em silêncio.
Às vezes você pode pensar que ninguém compreende seu pranto, que ninguém
conhece sua dor ou sabe a angústia que toma conta de seu coração. Isso é
mentira. O seu pastor conhece e sabe de tudo: aquela lágrima que você esconde,
aquela dor que bate à porta do seu coração. Nada passa por alto diante de
Jesus. Ele olha para você com amor. Deixa as 99 e vem à sua procura porque a
ama. Não importa sua raça ou nacionalidade, se é rico ou se é pobre, se é bom
ou se é mau. O Senhor Jesus está procurando você, ou melhor, sempre o procurou.
Desde o jardim do Éden, o ser humano só
anda fugindo. A voz de Deus ecoou: Adão, onde estás?
E desde aquele dia Ele está chamando:
Filho, onde está você? Maria, Rosa, João. Onde está você? Não, Jesus não se
esqueceu de você. Ele está interessado em seus problemas. Ele quer encontrá-lo,
mas você tem que se deixar encontrar, tem que parar de correr de um lado para
outro e dizer:
– Senhor, estou aqui. Estou cansado, não
tenho mais forças. Nada deu certo. Tudo falhou, Senhor. Quero ser encontrado
por Ti. Aqui estou.
EU ACHEI
Letra e
Música: Kurt Frederic Kaiser
Eu achei,
sim eu achei
Alegria
que jamais sentiQuando aceitei e me entreguei
Foi meu
dia mais feliz.
Eu achei,
sim eu achei
Gozo e
calma na vida em Jesus
Que nos
deu Sua luz, que morreu na cruz
Foi meu
dia mais feliz.
Já tive
pesares
Já fui
infeliz
Mas tenho
vida nova
Com Jesus
no meu coração
Eu achei,
sim eu achei
Alegria
que jamais senti
Quando
aceitei e me entreguei
Foi meu
dia mais feliz
Foi meu
dia mais feliz
Foi meu
dia mais feliz.
ORAÇÃO
Pai
querido, tenha compaixão de todos nós. Muitos são os que estão perdidos sem
saber para aonde ir. Neste momento, há muita gente que não conhece o caminho de
volta para casa. Outros conhecem o caminho, e no entanto, a vida os têm deixado
confusos. Agora, olha para estas pessoas, estenda a Tua mão salvadora, segura
esses braços e leva-nos a todos pelos caminhos da vida de vitória em vitória ao
Teu lado. Em nome de Jesus. Amém.
Caso você
queira aprofundar o seu conhecimento da Bíblia,