ESTÁ ESCRITO – Mark Finley
11 OS ÚLTIMOS MINUTOS DA HISTÓRIA
16 TÚNEL ESCURO E LUZ BRILHANTE
20 UMA VIDA ESCRITA POR ANTECIPAÇÃO
21 AULAS PARTICULARES COM DEUS
23 POR QUE MILHÕES NÃO SÃO CRISTÃS
25 QUANDO A VERDADE VAI E NÓS NÃO
1
A
FACADA COVARDE
Mark
Finley
Às nove horas e dois minutos da
manhã de quarta-feira, dia 19 de Abril de 1995 aconteceu uma tragédia! Um carro
contendo uma bomba de 2 toneladas devastou em segundos o prédio federal Alfred
P. Murrah de nove andares no centro da cidade de Oklahoma. O saldo da
catástrofe, além dos escombros, foi a morte de 167 pessoas, sendo que 25 eram
crianças. Centenas ficaram feridas.
Subitamente a faca do terrorismo foi
enfiada no coração dos Estados Unidos. Muitas pessoas começaram a perguntar:
"Será que nosso mundo será o mesmo depois de tudo isto?"
Mark Finley:
"O ataque terrorista na cidade de
Oklahoma afetou profundamente os americanos, desde o Presidente até o cidadão
que acompanhou tudo pela televisão. Fomos testemunhas do pior bombardeio nos
Estados Unidos em 75 anos.
O aço retorcido, o concreto desmoronando
indicam que o terrorismo bateu na nossa porta. Ele está bem perto, e é pessoal.
Ele destrói o senso de segurança e nos faz indagar onde podemos estar seguros.
Dedicadas equipes de resgate de todo o país
trabalharam febrilmente 24 horas nos escombros. Mas existia pouca esperança de
encontrar mais sobreviventes. Os feridos eram levados para os hospitais. Muitos
levarão longo tempo para se recuperar. Alguns ficarão mutilados para sempre. O
mais terrível disso tudo é que entre os mortos, tinham várias crianças. Que
coisa triste! Havia crianças numa creche do segundo andar do edifício; estavam
acabando de guardar seus brinquedos, quando a bomba explodiu bem embaixo delas
e lhes tirou a vida.
Um membro da cruz vermelha que correu para
o prédio para ajudar, disse:
– Enquanto ajudávamos as pessoas na rua,
podíamos escutar as crianças chorando como um silvo no vento. Parecia uma
punhalada em nosso coração. Não conseguíamos vê-las. Apenas escutávamos as suas
vozes".
Um médico cuja a roupa cirúrgica azul ainda
estava manchada com sangue, disse aos repórteres: “Eu estive no Vietnã e eu
nunca imaginei que veria algo semelhante novamente. Mas isto foi pior. Foi
horroroso, foi terrível”.
Você deve ter ouvido falar do bombeiro que
carregou uma criança ferida, do edifício devastado. Chris Fields explicou com
tristeza que aquele nenê de um ano não sobreviveu ao percurso até o hospital:
– Eu chequei os sinais vitais. Tentei
sentir o pulso, tentei sentir a respiração, ver se eu podia escutar, escutar ou
sentir sua respiração mas não havia nenhum sinal de vida.
Houve muitas outras cenas, cenas que as
pessoas nunca se esquecerão. Logo após a explosão, um policial aposentado se
apressou para ver o que tinha acontecido. Ele tirou seu velho distintivo e
começou a trabalhar colocando as pessoas longe do edifício. Uma mulher agitada
correu até ele gritando:
– Meu bebê! Meu bebê! Meu bebê está na
creche.
O policial respondeu:
– Eu não posso deixá-la entrar.
E a mulher soluçou e disse:
– Ontem foi seu aniversário.
Que diferença 24 horas podem fazer, amigo?
Um dia, a criança está soprando as velas do bolo de aniversário. No dia
seguinte, ela está entre as ruínas de um edifício devastado, porque algum
terrorista louco, aparentemente um terrorista americano, tinha alguma coisa a
dizer.
Como lidar com uma tragédia assim? Como
absorver tamanha perda sem sentido?
Em primeiro lugar nos sentimos chocados, é
claro. Não parece ser possível que este ato de barbarismo esteja acontecendo em
1995. E como isto pôde acontecer bem no coração da América?
Junto com nosso choque, também sentimos
raiva, algumas vezes sentimos uma raiva profunda para com aqueles que fazem
tais coisas.
Mas as pessoas que mais sofrem no momento,
é claro, são as vítimas e os familiares das vítimas. Mães e pais têm perdido a
coisa mais preciosa que eles possuem neste mundo, os filhos. Crianças têm
perdido seus pais. Maridos e esposas têm perdido um ao outro. E nada pode ser
pior do que a espera por uma notícia sobre seus entes queridos!
A América fez uma pausa, uma reunião de
oração em favor dos feridos e enlutados pela tragédia. Billy Graham conduziu a
reunião de oração no Ginásio da cidade de Oklahoma. O Presidente Clinton e sua
esposa estiveram entre os mais de 9.000 presentes.
Os entes queridos daqueles que foram
feridos ou mortos, ficarão por muito tempo em estado de choque. Eles terão dias
difíceis pela frente, dias cheios de pesar, questionamentos, e às vezes
sentimento de desepero.
Alejandro Bullón:
Sempre que acontece uma tragédia como esta,
surgem perguntas inquietantes como: "Onde estava Deus quando isto ocorreu?
Por que Deus deixou que isto acontecesse"?
O que posso responder com segurança é que
Ele está sofrendo; Ele está triste; Ele está machucado muito mais do que
possamos imaginar.
Quero que você leia um trecho da Bíblia que
se encontra no livro de Isaías, capítulo 53. Gostaria de lembrar-lhe que Jesus
veio a esta Terra para mostrar como é Deus. Enquanto esteve entre nós, Jesus
demonstrou como é o carater de Deus. "Certamente Ele tomou sobre si as
nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por
aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas
transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz
estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados". (Isaías 53:4,5)
Veja Seu amor e compaixão! O Senhor do
Universo foi "traspassado" e "moído". Estas palavras
aconteceram literalmente com os sofrimentos de Jesus na cruz. Mas o que isto
mostra sobre Deus?
Estas foram as dores do Pai Celestial que
teve que ficar olhando Seu único Filho ser traspassado e moído numa cruz. Ele
teve que ficar olhando Seu Filho ser espancado, martirizado e crucificado. Ele
teve que ficar vendo Seu Filho amado morrer agonizando num monte chamado
Calvário.
É este o Deus que promete estar conosco no
meio das tragédias. É Ele quem promete tomar as nossas dores. Você compreende
porque Ele pode sentir empatia por nós? Ele passou como ninguém pelo sofrimento
e dor, no meio da maior tragédia do Universo, a crucificação de Jesus Cristo.
Por isso, Ele realmente compreende nossas maiores catástrofes. Ele sabe
pessoalmente, o que é perda e tragédia. O mais bonito de tudo é que Deus pode
nos curar completamente porque Ele, Ele mesmo foi completamente curado.
Em algum ponto do processo de recuperação
de uma tragédia, geralmente ajuda, ter uma visão mais ampla da situação. Depois
que passa o choque, mesmo que você ainda esteja sentindo dor e revolta, você
precisa achar sentido e significado nisto tudo. Não temos respostas definitivas
e satisfatórias porque certas pessoas foram salvas e outras morreram, na
catástrofe em Oklahoma. Mas posso mostrar-lhes um quadro que nos ajudará a
colocar as coisas em seus devidos lugares.
Vou lhe dizer algo muito importante para
você guardar em seu coração: estas tragédias não acontecem pela vontade de
Deus. Elas são atos covardes, atos maus. As Escrituras nos ajudam a ver que
elas formam parte de um quadro bem mais amplo. Elas são parte das convulsões
finais da história deste mundo; elas são sinais de que Jesus Cristo logo vai
voltar e nos dar um novo mundo.
Por esta razão, enquanto tropeçamos
perplexos em meio a estes choques e catástrofes, podemos ter esperança em meio
às tragédias. As bombas dos terroristas não serão a palavra final para este
planeta. Elas são sinais que apontam para o real clímax da história. Deus terá
a palavra final, meu amigo. Deus é quem vai ter a palavra final. Na Sua segunda
vinda, Jesus promete eliminar para sempre todas as tragédias humanas. Isto não
é uma promessa maravilhosa?
Isto mostra que o quadro é mais amplo. Não
podemos nos ater a um fato isolado. Existe um significado maior. Mesmo se tudo
o que sentimos agora é revolta, dor e tristeza; mesmo que tudo que possamos ver
é um horizonte escuro; estes são os sinais de um novo mundo que está chegando.
Um novo dia está nascendo no qual as crianças nunca, nunca mais vão viver com
medo.
Mark Finley:
O que as pessoas experimentam depois de uma
terrível explosão, é um sentimento de insegurança e vulnerabilidade. Estamos
acostumados a ver devastação e revolta através da televisão. Parece que só
acontecem em outros lugares, bem, longe de nós. Fome em algum lugar no Oriente
Médio. Uma guerra civil assassina em algum lugar da África. Conflitos étnicos
sangrentos em algum lugar do sul europeu.
Por muito tempo, as bombas explodiram em
outras terras. Mas agora, pouco tempo depois da explosão do World Trade Center,
uma bomba explodiu bem na cidade de Oklahoma. Nós olhamos para o edifício
destruído e corpos queimados sendo carregados, e entendemos que isto está
acontecendo, edifícios estão sendo explodidos aqui mesmo no coração da América.
Parece que os terroristas podem atacar
qualquer lugar. A qualquer hora. Se você não está livre de tais ataques em
Oklahoma, onde se sentirá seguro, amigo?
É assim que nos sentimos. Inseguros.
Vulneráveis. Queremos que estes fanáticos, que estes terroristas cruéis sejam
eles quem for, afastem-se de alguma forma, para que não nos machuquem. O
governo está fazendo o seu melhor para encontrar a pessoa que cometeu este
terrível crime. Temos que encarar o terrorismo e a anarquia de frente não
importa onde nem quando.
Amigo, permita-me fazer uma sugestão: para
que nos sintamos seguros novamente, precisamos fazer mais do que chamar a
polícia. Esta é uma questão muito séria, um importante desafio.
Afinal de contas, tragédias ocorrem todos
os dias. Vivemos num mundo onde acidentes acontecem. Eles ocorrem enquanto
dirigimos. Eles acontecem no trabalho. Eles vêm a nós através de uma doença
repentina. Tragédias ocorrem ao nosso redor e simplesmente não existe uma
maneira de nos isolarmos delas. E nem de nos assegurarmos contra, contra todo
infortúnio, calamidade. Somos vulneráveis como seres humanos; vulneráveis à
enfermidade, doença, sofrimento, pesar e morte. Isto é a vida.
Nós podemos ter segurança no meio destas
terríveis catástrofes. Podemos ter confiança e paz, tranqüilidade e segurança
em Cristo Jesus.
Alejandro Bullón:
Amigo, leia o que o profeta Isaías tem para
nos dizer em Isaías capítulo 26, versos 3 e 4. Leia a palavra de esperança que
nos dá o profeta Isaías. Esperança de que podemos ter confiança e paz num mundo
cheio de tragédias e catástrofes. "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz
aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti. Confiai no Senhor
perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna". (Isaías 26:3,4)
Confiar no Senhor para sempre, porque o
Senhor é uma Rocha Eterna!
Como podemos ter perfeita paz num mundo
cheio de catástrofes e tragédias como o nosso? Confiando no Deus que permanece
para sempre. Como ter segurança quando a terra treme debaixo de nós? Colocando
nossos pés sobre a Rocha Eterna.
Tenho visto isto acontecer diversas vezes.
Gente sem segurança, agarra-se com Deus e descobre o que é segurança e paz na
Rocha Eterna, a Rocha que não muda, que permanece para sempre. Você pode
confiar em Jesus.
Pessoas emocionalmente vulneráveis, acham
refúgio nEle. Este é o Senhor que os Salmos celebram como a Rocha Eterna. Ele é
o nosso castelo, nossa fortaleza, um alicerce sólido para sustentar nossa vida.
Deus é a Rocha Eterna. Ele não muda. A
Bíblia nos diz que Sua justiça dura para sempre. Ele é um lugar de esperança
para todos os que O aceitam como Senhor. NEle podemos encontrar segurança.
Amigo, quando as tragédias tiram nosso
senso de segurança, precisamos nos lembrar quem realmente segura nossas vidas
em Suas mãos. Precisamos nos lembrar que só existe uma fonte final de
segurança, uma eterna fonte de segurança para este mundo."Porque Deus amou
ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele
crê não pereça, mas tenha a vida eterna".(São João 3:16)
Jesus não é apenas uma Rocha Eterna, Ele é
a certeza de vida eterna para todo aquele que crer, acreditar e confiar que Ele
pode nos dar vida. Isto é maravilhoso! Num mundo onde parece que a morte
triunfa, Jesus nos garante vida. Vida abundante. Vida eterna!
Amigo, sinta o cuidado de Deus por você.
Ele quer colocar Seus braços sobre você que está sofrendo. Jesus, a fonte da
vida, quer lhe segurar bem perto do coração. Ele quer enxugar todas as suas
lágrimas. Aceite-O agora, neste momento.
JESUS, TU ÉS A MINHA VIDA
Letra e Música: Williams Costa Jr
Jesus, Tu és a minha vida.
Jesus, Tu és o meu cantar.
Tu és a estrada mais bonita,
por onde devo caminhar.
Jesus, Tu és a primavera
que faz a vida florescer.
Tu és a chama da alegria
que faz brilhar todo meu ser.
Jesus, Tu és a melodia,
a voz, o canto, a emocão.
Tu és a força que me inspira
a dar louvor na provação.
Jesus Tu és a esperança
que faz vibrar meu coração.
Jesus, Tu és a energia
que move a vida do cristão.
Jesus, Tu és o meu caminho,
verdade, vida e salvação.
Jesus, Tu és a minha glória,
motivo de minha adoração,
Jesus, Tu és meu Pai querido
a quem dedico meu viver.
Tu és, pra sempre a minha vida,
Jesus,
és vida de meu ser.
Jesus, Tu és a minha vida!
Gravado por Sonete no LP nº 800
da Gravadora Bompastor
ORAÇÃO
Querido Senhor, precisamos de Ti
especialmente agora. Há tanta gente machucada emocional e fisicamente. Por
favor, coloca Teus braços de amor sobre nós. Por favor, dê a cada uma destas
pessoas o senso de que Tu as estás segurando. Deixe-as saber quão profundamente
Tu compreendes suas dores e quão profundamente Tu te envolves com nossos
problemas. Muito obrigado por nos receberes como estamos. Em nome de Jesus.
Amém.
09/07/1995
2
A CRUZ E O KREMLIN
Mark Finley
Durante os frios
dias de março de 1992, os cidadãos de Moscou cruzaram aos milhares os muros do
antigo Kremlin. Atravessando velhas pontes, entraram através dos maciços e
protegidos portões. Famílias, idosos com seus agasalhos e muitos jovens
passaram pela famosa Catedral Ortodoxa de São Patrício, dirigindo-se ao grande
e moderno edifício que serviu de palco para o centro político do Kremlin por
longos anos.
O povo de Moscou
lotou a Sala do Congresso do Partido Comunista, o lugar onde seus líderes se
reuniam para governar a União Soviética. Em pouco tempo, 6.500 pessoas ocuparam
todos os assentos disponíveis. Eles aguardaram para ouvir um homem que iria
pisar sobre a mesma plataforma onde Brezhnev, Andropov e Gorbachev tinham
falado para a nação e o mundo.
Quando você entra
no Kremlin, é imediatamente impressionado por sua magnificência e esplendor.
Você vê o antigo Palácio Imperial, cinco majestosas catedrais e diversos
edifícios do governo. O auditório principal é o magnificente Prédio do
Congresso do Partido Comunista. Catorze escadas rolantes levam os visitantes
para o salão principal e às galerias. Sessões de balé, teatro e cinema
estiveram em cartaz no Kremlin. Mas este lugar funcionou principalmente como local
de reuniões do Partido Comunista e do Governo Soviético.
Contudo, através
de uma série de miraculosas providências de Deus, fui convidado para conduzir
uma série evangelística neste lugar. É difícil descrever a emoção que eu senti
ao me preparar para entrar na plataforma e proclamar as verdades bíblicas, no
mesmo lugar onde uma ideologia ateística fora exaltada por tanto tempo.
Mikhail Kulakov,
líder da Igreja Adventista na antiga União Soviética, disse-me que anos atrás
nossos irmãos tinham medo até mesmo de andar ao redor do Kremlin, de tão
ameaçados e intimidados que foram pela KGB.
E então, com
lágrimas nos olhos e uma voz trêmula, o pastor Kulakov disse:
— E pensar que
hoje, nós podemos fazer uma reunião evangelística dentro do Prédio do
Congresso. É realmente inacreditável!
Amigo, para que
você tenha uma idéia da fome espiritual daquelas pessoas, deixe-me falar da
surpreendente resposta à venda de ingressos para as reuniões. Pode lhe parecer
muito estranho o fato de se vender ingressos para reuniões evangelísticas. Eu
também estranhei muito! Mas foi uma exigência da administração do Kremlin como,
"a única maneira de controlar as multidões".
Os funcionários
do Kremlin venderam ingressos em bilheterias espalhadas pela cidade de Moscou.
Duas semanas antes da primeira noite de reunião, todos os ingressos disponíveis
tinham sido vendidos. As pessoas pagaram cinco rublos por onze noites das
séries evangelísticas. Os administradores reservaram quinhentos ingressos para
serem vendidos na entrada a cada noite.
As pessoas
começavam a fazer fila para comprar ingressos às 8 horas da manhã. Ficavam na
fila por quatro horas, e então vinham e ficavam na fila para assistir às séries
evangelísticas que começavam às 15 horas. Algumas pessoas nos disseram que
estavam dispostas a ficar na fila durante sete horas só para ouvir a Palavra de
Deus.
Também ouvimos
que embora o preço dos ingressos fosse originalmente 5 rublos para as 11
sessões, cambistas compraram muitos ingressos e quando estes acabaram, passaram
a vendê-los por 100 rublos, chegando até 500 rublos por um pacote de ingressos.
Vamos explicar o
que isso significa. Um pastor Adventista ganhava em média 900 rublos por mês.
Isto correspondia a duas semanas de salário nos Estados Unidos, ou
aproximadamente 1.200 dólares por um pacote de ingressos.
Deus é muito
grande! A liberdade foi suprimida por muito tempo e a propaganda ateísta
sufocou o povo por tanto tempo e tirou seus direitos e oportunidades de
conhecer a Palavra de Deus. Agora estavam dispostos a pagar qualquer preço para
ouvir, conhecer e entender a Palavra de Deus.
As pessoas que
ficavam em fila por horas a fim de conseguir ingressos para as reuniões eram
evidência de uma atuação miraculosa do Espírito de Deus. O Comunismo ofereceu
pão e casa para o povo, mas desprezou suas necessidades espirituais. Certamente
existe uma fome em todo ser humano que não pode ser preenchida a não ser pela
presença de Jesus Cristo.
Isso foi o que eu
senti quando comecei a comunicar as verdades da Palavra de Deus no Salão do
Congresso. Os ouvintes respondiam com aplausos calorosos durante as
apresentações. Líderes políticos, cientistas, educadores, sociólogos, médicos,
pesquisadores, economistas e empresários estavam presentes. Era realmente um
perfil da sociedade de Moscou. Essas pessoas estavam muito interessadas em
ouvir as boas novas. Eu senti que o Espírito Santo estava realizando grandes
coisas, coisas históricas naquele auditório. E como sempre, Ele estava tocando
uma pessoa de cada vez, um rosto de cada vez.
Veja o que uma
dessas pessoas, Inna Belyanskya, disse em seu testemunho por Cristo:
— É sem dúvida
uma vida nova o que eu estou tendo agora. Eu sinto que até mesmo o sol, o céu,
são diferentes. Até mesmo a neve este ano foi diferente. E nós sobrevivemos a
um inverno terrível. Os preços subiram... e eu chego na loja e não consigo
comprar nada; apenas vejo pessoas. Mas ainda assim tenho paz no meu coração e
sei que tudo vai acabar bem. Deus nos ajudará a sobreviver.
Um casal idoso
disse:
— Olha, isto um
dia foi o Palácio do Comunismo, agora é o Palácio de Deus!
Que testemunho
bonito do que Deus está realizando no Kremlin! Mas o Palácio do Comunismo não
se tornaria o Palácio de Deus sem um desafio. Este desafio veio na forma de uma
grande demonstração, que foi direcionada, pelo menos em parte, contra a invasão
do evangelho na sede do ateísmo.
Na noite em que
as reuniões começaram, descobrimos que havia uma grande demonstração contra
nossas reuniões do lado de fora dos portões do Kremlin. Isto me deixou
frustado; eu me perguntava por que as pessoas estariam fazendo isso e quem
estaria participando.
Descobri que
diversos antigos participantes do Partido Comunista, que antigamente usaram
este Salão do Congresso do Kremlin para seus encontros, planejaram uma grande
manifestação para 17 de março. A passeata ia acontecer naquele dia. Estavam
esperando dezenas de milhares de pessoas nas ruas.
Mas quando nossas
reuniões começaram alguns dias antes, muitos desses comunistas deixaram claras
suas intenções de querer o salão de volta, e eles planejaram se reunir na praça
do Kremlin e então marchar da praça para o auditório.
O único obstáculo
entre eles e a conclusão de seus objetivos de se reunirem no auditório, eram as
reuniões evangelísticas dos Adventistas do Sétimo Dia. De fato, as reuniões se
tornaram a razão da controvérsia. A primeira página do Jornal Izvestia, um dos
maiores da antiga União Soviética dizia: "Os deputados do povo, o Partido
Comunista, desejam voltar ao seu antigo auditório, mas as reuniões
evangelísticas dos Adventistas do Sétimo Dia sobre a Bíblia os impedem de fazer
isso."
A agitação
política, mais a tensão no ar e os problemas com os manifestantes nos
preocupavam. Conseguiria o nosso povo passar pelos manifestantes naquela
primeira noite? Teriam eles condições de vir até o salão quando as reuniões
começassem na noite de abertura?
As reuniões
começaram com o salão completamente lotado, as pessoas enfrentaram
corajosamente as manifestações e vieram para as reuniões. Tal a fome em seus
corações, tal o desejo de conhecer Jesus.
Naquela noite no
auditório, nós celebramos juntos a proteção de Deus.
Mais tarde,
equipes de televisão dos canais 1 e 2, as principais redes russas, quiseram me
entrevistar a respeito da manifestação dos comunistas nas ruas. Eles me
informaram que os manifestantes tinham sido agressivos com algumas pessoas que
se dirigiam para as reuniões. Eles me perguntaram:
— Como você reage
às manifestações dos comunistas contra você, que estão ocorrendo agora?
Minha resposta
foi que não importava o que os manifestantes tivessem contra nós, estávamos lá
apenas para partilhar o amor de Cristo com aquela comunidade. Eles têm o
direito de se manifestar, mas eu sugiro que eles levem a sério a mudança no
país. Eles deveriam apresentar um plano para mudança. Nós acreditamos que isto
só acontece através do poder do Cristo Vivo.
Logo após a
entrevista, eu me reuni com alguns pastores russos e perguntei sobre a
situação.
Um amigo meu,
pastor Michael Kaminsky me contou o seguinte:
— Pastor, eu
estive nas ruas. Estive ajudando nosso povo a vir para as reuniões. Mas
provavelmente a coisa mais séria, que aconteceu hoje foi que alguns marchavam
com sua foto numa moldura preta. Você sabe o que significa isto?
Eu não estava
muito certo. Então ele continuou:
— Isso significa
morte para a pessoa cuja foto está naquela moldura.
Bem, eu tenho que
admitir que realmente senti por um momento um aperto no estômago e um bolo na
garganta. Então me lembrei de um texto bíblico que é realmente animador para
mim. "No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo.
Ora, o medo produz tormento..." (I João 4:18) Eu começei a pensar: "Se Deus o
enviou para a Rússia, não é preciso ter medo. E se Ele não o enviou, então é
melhor você voltar para casa. Não foi Deus que planejou essas séries
evangelísticas no Kremlin? E se Deus cuidou de Daniel na Babilônia e José no
Egito, Ele pode cuidar de você aqui em Moscou."
Mas havia outra
preocupação bem diferente: dois amigos pessoais, líderes da Igreja Adventista,
foram avisados por oficiais soviéticos de altas patentes, que a manifestação
programada para 17 de março poderia provocar derramamento de sangue nas ruas. A
preocupação aumentou, não pela nossa segurança pessoal, mas pela segurança das
pessoas que estariam tentando chegar às nossas reuniões. Ninguém realmente
sabia o que iria acontecer.
Eu tinha que
tomar uma decisão muito difícil. Se as pessoas que viessem às reuniões se
encontrassem com os manifestantes e houvesse violência, eu me sentiria
pessoalmente responsável. Mas se nos calássemos e o salão não fosse ocupado, em
que situação ficariam os responsáveis pelo Kremlin? Esses homens tinham atrás
de si as forças democráticas do país; eles já tinham dito aos comunistas que
eles não poderiam usar o Salão do Congresso porque nós o alugamos.
Após orar sobre o
assunto, decidi que faria uma consulta à direção do Kremlin e solicitaria a
opinião deles. Era o início da tarde de segunda-feira quando eu cheguei ao
Kremlin. Os guardas me reconheceram, abriram os portões e me deixaram passar.
Entrando no escritório fui direto ao ponto.
— Senhor, diante
do fato de que haverá uma grande manifestação amanhã, e de que alguns oficiais
públicos estão prevendo um banho de sangue, seria realmente sensato termos um
encontro evangelístico no Kremlin amanhã à noite? Estou pensando em cancelar a
reunião. O senhor acha que as pessoas correm perigo?
O administrador
me respondeu imediatamente:
— O general
reponsável pela segurança do Kremlin me assegurou que vocês não correm
absolutamente nenhum perigo. As tropas estarão nas ruas. Elas separarão os
manifestantes de qualquer um de seus participantes. Diga ao seu pessoal para
tomar o metrô até o portão Trotsky e nossos soldados certamente os manterão em
segurança.
E assim a decisão
foi tomada: as reuniões aconteceriam. Iria ser uma vitória para a causa de
Deus. Eu saí daquele escritório comemorando. Meu coração estava leve e eu disse
para mim mesmo: "Como Deus confunde o inimigo! O Exército Soviético está
controlando os manifestantes comunistas a fim de que doze mil pessoas possam
vir e ouvir a pregação da Bíblia dentro do Kremlin. Isso realmente é milagre!
Os Comunistas mantidos do lado de fora dos muros, e nós dentro dos muros do
Kremlin, protegidos pelo exército a fim de que pudéssemos pregar o evangelho de
Jesus".
Como nosso Deus é
grande! Que cumprimento da Palavra de Deus. Veja estas palavras do antigo
profeta, que ecoam tão nitidamente hoje: "Vede entre as nações, olhai,
maravilhai-vos, e desvanecei, porque realizo em vossos dias obra tal, que vós
não crereis, quando vos for contada." (Habacuque 1:5)
Amigo, Deus está
realizando uma obra maravilhosa em nossos dias. Decidi pedir ao Senhor que
enviasse anjos para proteger as pessoas que viriam às reuniões e todo o nosso
grupo. Na reunião seguinte, não houve manifestação nem passeata. Milhares e
milhares continuaram assistindo às reuniões.
A semana foi
passando e nós soubemos que 17 de março, o dia da grande manisfestação, poderia
ser um momento significativo da História. Os comunistas tinham planejado uma
grande manifestação que continuaria se desenvolvendo por 6 meses. Eles
esperavam ajuntar pelo menos 100 mil pessoas nas ruas. Eles esperavam que essa
demonstração de força desestabilizasse o governo de Yeltsin. Mas a
manisfestação fracassou e, graças a Deus, as reuniões evangelísticas continuaram
firmes.
Um incidente que
ocorreu na noite seguinte mostra claramente que uma nova força tinha se
desencadeado no coração do Kremlin. Meu colega, Doutor Walter Thompson, estava
fazendo uma apresentação sobre como parar de fumar, quando um homem da frente
do auditório levantou-se e começou a falar alto em russo. Eu me voltei para meu
tradutor, e perguntei:
— Peter, o que
está acontecendo? O que esse homem está dizendo?"
Peter explicou
que o homem estava exigindo uma declaração pública com respeito à manifestação
comunista planejada para 17 de março.
Ao microfone, o
Doutor Thompson hesitou. E eu sussurrei:
— Walt, continue
com a apresentação, você está com o microfone, ignore esse homem.
Mas o homem não
podia ser ignorado. Logo ele estava gritando:
— A vontade do
povo, a vontade do povo, a vontade do povo. Em outras palavras, é a vontade do
povo que vocês façam uma declaração pública apoiando o comunismo.
A essa altura
minha mente estava um turbilhão. Silenciosamente perguntei a Deus o que
deveríamos fazer. Então, espontaneamente, um grande coro de vozes começou como
uma onda gigante por todo o auditório. Seis mil pessoas começaram a
gritar: — Pra fora com ele, pra
fora com ele, pra fora com ele.
Eu fiquei mudo.
Quatro diáconos fortes desceram aquele corredor, puseram seus braços ao redor
do comunista solitário na multidão e o escoltaram para fora.
Mas que ironia!
Ele estava gritando sobre a vontade do povo, e o povo expressou a sua vontade.
O povo o expulsou. A vontade daquelas pessoas não era materialismo irreligioso,
ou qualquer outra ideologia. A vontade daquelas pessoas tinha sido tocada pelo
Espírito de Deus. Elas desejavam conhecer Jesus. Elas estavam dispostas a
permanecer em fila por horas para ouvir a proclamação das Escrituras. O Palácio
do Comunismo se tornou de fato o Palácio de Deus. Seu Espírito derrotou toda
oposição.
Eu nunca vou me
esquecer dos batismos que foram realizados após a série de estudos. Por causa
do grande número de pessoas que seriam batizadas, tivemos que planejar batismos
em três dias diferentes, em três lugares diferentes. Nesse batismo foram
necessários 45 ônibus para transportar 1400 candidatos para os locais de
batismo.
Cerca de 300 a
400 pessoas dedicaram a vida para Cristo em cada um desses locais. As pessoas
mal conseguiam se amontoar ao redor das piscinas onde as cerimônias eram
realizadas. Vinte e dois pastores desceram ao mesmo tempo nas águas batismais e
acolheram os cidadãos de Moscou na família de Deus no "nome do Pai, do
Filho e do Espírito Santo".
Amigo, as
manifestações comunistas acabaram. As filas que se formavam na tumba de Lênin,
se acabaram. As pessoas formam filas para reuniões evangelísticas; formam filas
para conseguir Bíblias; para freqüentar a igreja; formam filas para entrar em
ônibus e formam filas para serem batizadas. A mensagem de Cristo triunfou na
sede do marxismo e do ateísmo.
Quando participei
de um dos seviços batismais, o tradutor
era um jovem pastor chamado Leonid. Leonid, eu descobri, era na verdade neto de
um dos fundadores da KGB. Um homem que ajudou a criar a terrível polícia
secreta, agora tinha um neto nos ajudando a expressar palavras de salvação para
aqueles que aguardavam nas águas.
Num dado momento,
eu notei que Leonid estava com lágrimas nos olhos, fitando uma mulher, uma
poetisa judia chamada Tatyana, que estava sendo batizada. Leonid tinha gasto
muitas semanas estudando a Bíblia com essa mulher e instruindo-a na verdade e
na fé. Quando ela saiu das águas ele estava tomado pela emoção. Ele me pediu
desculpas e disse:
— Eu não posso
mais traduzir para você; tenho que ir cumprimentá-la; tenho que ir e expressar
o meu agradecimento a Deus pelo seu batismo.
Então eu fiquei
só, no meio de 350 candidatos, enquanto Leonid foi até Tatyana. A água ainda
estava escorrendo da vestidura batismal daquela mulher, mas em amor cristão ele
a abraçou calorosamente e expressou alegria e gratidão por sua entrega.
Eu disse pra mim
mesmo: onde mais isso poderia acontecer? Que outro poder conseguiria realizar
tal coisa? O neto de um dos fundadores da KGB, a KGB que tinha perseguido
cruelmente judeus e dissidentes, está unido em espírito e em coração com essa
mulher judia.
No centro de
Moscou, no lugar onde antes havia uma estátua de Féliks Dzerzhinsky, um
ex-chefe da KGB, e que manifestantes da democracia puseram abaixo algum tempo
atrás, agora, naquela plataforma junto a uma movimentada rua, uma cruz de
madeira foi fincada em lugar da estátua. A cruz de Cristo em lugar do terror do
passado. Hoje, quando olhamos para o Kremlin e contemplamos as abóbadas das
magnificentes catedrais, a velha história se torna revolucionária mais uma vez.
Aquelas abóbadas têm cruzes em seu topo. Elas testemunham do triunfo final do
Cristo crucificado, ressurreto e prestes a vir. Elas dão um silencioso e
poderoso testemunho de que Ele está vivo no coração das pessoas. Graças a Deus!
Após décadas de Comunismo a cruz ainda se eleva acima do Kremlin!
ORAÇÃO
Pai celestial, eu Te agradeço pelo incrível privilégio de
partilhar as boas novas no Kremlin. Jesus Cristo é de fato o Salvador do mundo.
Eu oro para que Ele se torne hoje o nosso Salvador. Ele está transformando a
vida de cidadãos em Moscou. Que Ele nos transforme também. Faça-nos parte de
Seu grande movimento do Espírito. Em nome de Jesus, amém.
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3
NO MEIO DO INFERNO
Mark Finley
Não era um
trabalho para fracos ou medrosos. Centenas de poços de petróleo em
chamas no deserto do Kuwait tinham que ser apagados de alguma maneira.
Necessitava-se de homens que desafiassem o tremendo calor e levantassem um
barril de dinamite sobre o explosivo petróleo.
Um extraordinário
time de especialistas em incêndios petrolíferos, chamado “loucos de botas”
assumiu alguns dos mais perigosos poços. Sua aventura foi descrita como “seis
dias no inferno”. Descobriremos agora, o que significou ir para o meio do
inferno, e o que isso nos ensina sobre o último grande incêndio da Terra.
Os cidadãos
Kuwaitianos que acordaram cedo na manhã de 23 de fevereiro de 1991 foram
saudados por uma vista assustadora e horripilante. Parecia que o deserto tinha
explodido. Nuvens de fogo saltavam do chão e densos montes de fumaça preta
infestavam o céu.
Mais tarde o
mundo saberia que nesse dia, ao amanhecer, o Exército Iraquiano tinha começado
a incendiar os vastos campos de petróleo do Kuwait. Quase 90 por cento dos
poços produtivos daquele País se transformaram em estrondosos maçaricos.
Sessenta milhões de barris de petróleo estavam se perdendo por dia.
Este foi o tiro
de despedida de Sadan Hussein para uma terra cuja conquista ele não pôde
manter. Ele parecia estar dizendo que se não podia explorar os campos de
petróleo do Kuwait, ninguém mais iria fazê-lo.
O resultado foi
um dos piores desastres ecológicos causados pelo homem nos tempos modernos.
Fora a destruição da natureza viva pela tempestade de fogo do Kuwait, a fumaça
dessa tormenta poluiu o ar de grande parte do Planeta, alcançando até mesmo as
Ilhas do Havaí.
Toda guerra
produz sua quota de horror e loucura. Mas esse ato pareceu particularmente sem
sentido e devastador. Enquanto o mundo assistia, a maioria das pessoas se
sentia ultrajada com os horizontes negros do Kuwait e se perguntavam: por quê?
Por que uma pessoa faria tal coisa, mesmo às pessoas que odeia?
Porém, havia
alguma coisa estranhamente familiar nesse panorama apocalíptico. Para algumas
pessoas, isso tornou real certas imagens que permaneciam por muito tempo em sua
imaginação.
Veja o quadro em
Apocalipse. Falando daquele que segue e adora o anticristo, João escreve: “...
E será atormentado com fogo e enxofre... A fumaça do seu tormento sobe pelos
séculos dos séculos...” (Apocalipse 14:10 e 11).
Mais adiante no
livro do Apocalipse, quando João descreve o incêndio da ímpia Babilônia, ele
usa a mesma frase: “... E a sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos”
(Apocalipse 19:3).
O incêndio dos
poços de petróleo do Kuwait proporcionou uma estrondosa pré-estréia do último
incêndio na Terra. Mas isso levanta uma pergunta importante. Se o inferno do
Kuwait foi um desastre tão intolerável, que ninguém em são juízo queria que
continuasse, que será o fogo do inferno? Que será a fumaça que sobe pelos
séculos dos séculos? Será um inferno eterno a solução de Deus para o ímpio? O
que acontecerá no final dos tempos?
O capítulo 20 de
Apocalipse descreve a última tentativa de satanás para derrotar o governo de
Deus. A Cidade Santa desce dos céus. Satanás lidera a multidão de perdidos para
atacar a cidade. Os justos salvos estão seguros dentro da cidade com Jesus.
Agora preste
atenção nisto: “Marcharam então pela superfície da terra e sitiaram o
acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os
consumiu" (Apocalipse 20:9).
Aqui, amigo,
estão dois pontos-chave: Primeiro, o fogo do inferno virá do céu no final dos
tempos. De acordo com Hebreus: "... Nosso Deus é fogo consumidor. (Hebreus
12:29).
O caráter justo
de um Deus-Todo-Poderoso consome o pecado no final dos tempos.
O segundo ponto
vital é este: o fogo que os “devora” destruirá totalmente ou aniquilará os
ímpios. A Bíblia usa o verbo "devorar”. Poderia um Deus de amor queimar
pecadores no inferno, deleitando-se com sua agonia por milhões e milhões de
anos? Certamente não!
É neste ponto que
o fogo desce dos céus e os devora; então o diabo é jogado dentro do lago de
fogo.
Os perdidos são
lançados dentro do lago de fogo, que será “a segunda morte”.
Agora, é possível
imaginar que existe um lago de fogo em algum lugar no espaço. Mas a explicação
clara da Escritura é que o lago de fogo existirá aqui mesmo nesta Terra no
final dos tempos. É aqui que a batalha final é travada; é aqui que o fogo dos
céus ataca e devora; é aqui que os mortos são trazidos a julgamento.
Não temos
indicação de nenhum outro lugar de destruição a não ser na Terra. Não há menção
alguma em nenhum outro lugar na Bíblia.
Vamos avançar
agora para o próximo capítulo. Em Apocalipse capítulo 21, verso 1, nos diz:
"Vi um novo céu e nova terra;... Pois a primeira terra passou..."
O verso 2,
descreve a nova Jerusalém descendo do céu..." (Apocalipse 21:2).
João nos conta:
“... Eis o tabernáculo de Deus com os homens”..." (Apocalipse 21:3).
Então ouvimos a
maravilhosa promessa no verso 4. Falando de Deus, João escreve uma de minhas
passagens favoritas da Bíblia: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a
morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as
primeiras coisas passaram”. (Apocalipse 21:4)
Qque palavras de
esperança! Elas se referem à vida na Nova Terra. Não haverá morte nem dor. As
primeiras coisas passaram.
Bem, você se
lembra que o capítulo anterior descreveu
um lago de fogo sobre a Terra. Isso apresenta um enorme problema. Se a fumaça
de tormento continua se elevando, por séculos e séculos, ainda existirá uma
grande quantidade de lamento, choro e dor. As primeiras coisas definitivamente
não terão passado. Como a promessa de Deus será cumprida?
Para simplificar,
você não pode ter céu e inferno no mesmo lugar. Então, algumas pessoas
perguntam se você pode ter céu e inferno no mesmo Universo.
Como resolveremos
este conflito? Para responder essa pergunta, vamos olhar atentamente aquela
onda de incêndios no deserto do Kuwait.
O time de
especialistas em incêndios de petróleo, “loucos de botas” foi designado para o
poço 360, um especialmente perigoso. As nuvens de fumaça que saíam dele eram do
tamanho de vários campos de futebol.
Um bombeiro
sondou o poço a alguma distância, tentando ter uma noção da boca do poço.
Aquilo retumbava como um trem de carga; ele podia sentir o intenso calor
através das solas de suas botas.
O problema era
chegar perto o suficiente para trabalhar no poço com longas varas, sem ser
queimado. Duzentos mil litros de água do mar tiveram de ser bombeados para um
fosso nas redondezas. Duas maciças bombas lançavam água no local à razão de 30
mil litros por minuto.
Isso fez muito
pouco efeito contra a parede de chamas, isso servia apenas como uma proteção
para os homens. Cada pessoa tinha que beber 3 galões de água gelada durante o
turno. Do contrário eles seriam mortos por desidratação do calor abrasador.
Todos tinham que
usar capacetes de metal; você sabe, o de plástico teria simplesmente derretido
em suas cabeças. Os homens, manobrando a maquinaria para o local, tinham que
trabalhar atrás de imensos escudos de metal contra o calor. Um homem notou que
uma ripa de madeira largada no chão pegou fogo imediatamente como um palito de
fósforo.
Finalmente, o
grupo foi capaz de colocar um barril de aço de 200 litros, carregado com
bananas de dinamite, sobre a boca do poço. A dinamite causou uma explosão e
criou um imenso vácuo. Pedaços de metal voaram para dentro do turbilhão. Mas a
explosão absorveu todo oxigênio e sufocou o fogo. O poço trezentos e sessenta
deixou de ser um inferno.
Ainda existia
grande perigo. A menor faísca ou brasa vagueando poderia juntar-se ao gás,
causando um fogo instântaneo que consumiria a todos. Os homens tiveram que
baixar uma nova tampa para a cobertura da boca do poço com muito, muito
cuidado, a cada centímetro. O menor deslize poderia começar um novo inferno.
Felizmente, a
última porca foi colocada sem problema, e o jorro de petróleo parou. Limpando a
fuligem e óleo do rosto, um homem comentou, “eu tenho um conselho a dar.
Coloquem uma cruz branca sobre esta coisa e deixem um poço morto descansar”.
Esses homens que
enfrentaram os incêndios no Kuwait têm algo para nos contar sobre olhar para
dentro de um inferno. Significa uma destruição total e completa. Eles viram o
que restou daqueles que pereceram em fogo intenso: não sobra muita coisa,
apenas alguns fragmentos de ossos fundidos ao metal. Eles sabiam que chegar
perto de um inferno intenso, significa ser consumido.
Agora, quero lhe
perguntar algo: o que irá acontecer com aqueles que serão jogados dentro de um
lago de fogo? Quanto tempo eles realmente sobreviverão? Não é verdade que
quanto maior o fogo, mais rápida a morte?
Para torturar
alguém por muito tempo você precisa de uma chama muito pequena, não um grande
incêndio. Poderia a Bíblia estar tentando dizer algo chamando a isso de lago de
fogo e associando-o com a segunda morte?
Mas se os ímpios
irão perecer, que dizer daquela fumaça de tormento que sobe por séculos e
séculos?
Vamos ver outros
versos na Bíblia que iluminam isso: "... Jesus obteve “eterna redenção”
por nós" (Hebreus 9:12). E Hebreus 6:2 fala de “juízo eterno”.
Bem, sabemos que
o grande ato de redenção de Cristo aconteceu num período específico. E sabemos
que o juízo final acontece num período específico, isto é, não continuará para
sempre e sempre e sempre. Mas eles continuam sendo citados como “eterna
redenção” e “juízo eterno”. Por quê? Porque os resultados da redenção e os
resultados do juízo serão eternos.
É a mesma coisa
com “castigo eterno”. O que exatamente é eterno a respeito do fogo e do
tormento? Não são as consequências que são eternas? O resultado final é morte
eterna, a segunda morte.
Agora, você pode
achar interessante descobrir que temos ensinamentos bíblicos explícitos para
este ponto de vista.
Primeiro, vamos
ver um verso no pequeno livro de Judas. O autor descreve a iniqüidade daqueles
que moravam em Sodoma e Gomorra, e declara: “... São postas para exemplo do
fogo eterno, sofrendo punição” (Judas 7)
Então, temos
novamente a frase: “fogo eterno”. Mas espere um momento, amigo, Sodoma e
Gomorra não continuam queimando. Aquele “fogo eterno” terminou há muito tempo.
Os registros bíblicos sugerem que aquele fogo desceu do céu e transformou
rapidamente aquelas duas cidades em cinzas.
Mas temos
afirmações ainda mais claras sobre o destino do ímpio. Ouça o apóstolo Pedro:
“...Os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra têm sido
entesourados para fogo, estando reservado para o dia do juízo e destruição dos
homens ímpios” ( II Pedro 3:7).
Para Pedro, o
fogo no final do mundo significava a destruição, aniquilação dos homens ímpios.
E o apóstolo
Paulo concorda. Ele disse isto a respeito daqueles que se tornaram inimigos da
cruz de Cristo. Filipenses capítulo 3, verso 19: “O destino deles é a
perdição...”
Bem, os eruditos
nos dizem que a palavra grega, traduzida como “perdição”, é a palavra mais
forte que pode ser usada significando completa perda de existência.
Jesus mesmo
advertiu: “... Larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a
perdição...” (Mateus 7:13).
Agora, por favor
entenda isto. Em toda a Bíblia existe um quadro dominante do destino do ímpio.
A morte. Profetas e apóstolos se unem para reforçar o quadro: os ímpios, eles
afirmam, morrerão, irão perecer, serão queimados, serão completamente
consumidos, se tornarão cinzas, será como se nunca tivessem existido. Essas são
as palavras usadas para descrever seu destino.
Amigo, a
Escritura é clara. O salário do pecado é a morte, e não vida eterna no inferno.
Não é certo supor que o corpo é destruído no inferno, mas que a alma continua
sofrendo. Jesus mesmo discordaria. Em Mateus 10, verso 28, Ele advertiu: “...
Aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”.
Isto é claro o
suficiente, não é?
Mas novamente,
vamos ser honestos. Tomadas separadas, aquelas imagens em Apocalipse sobre
tormento e fumaça subindo por séculos podem dar a entender uma idéia de inferno
que continua eternamente.
Temos uma escolha
básica quanto à informação que a Bíblia nos dá. Podemos usar as várias
declarações sobre a morte e destruição dos ímpios para compreender as imagens
vívidas do Apocalipse. Ou podemos isolar as vívidas imagens do Apocalipse,
pegá-las fora do contexto e desenvolver nossa própria interpretação das
Escrituras. Este certamente é um perigoso caminho para se seguir.
Na interpretação
da Bíblia, passagens literais devem sempre ter primazia sobre passagens
simbólicas. Isto é, declarações claras e diretas nos ajudam a interpretar
declarações alegóricas ou simbólicas e não o contrário.
Nas Escrituras,
como mencionei, temos várias declarações explícitas sobre o destino dos ímpios.
A Bíblia diz que eles morrerão, que perecerão, que serão queimados, que serão
completamente consumidos, que se tornarão cinzas. E como temos visto, o Novo
Testamento usa coerentemente a palavra “destruição” para descrever seu fim.
Muitos eruditos
evangélicos importantes, estudiosos como John Stott estão reavaliando toda a
questão do inferno.
Stott concluiu
que as Escrituras ensinam que os pecadores são destruídos para sempre, não que
o processo de destruição continuará para sempre. Eles são consumidos, queimados
e aniquilados.
Muitos outros
eruditos evangélicos estão concordando com o Dr. Stott.
Certamente eu
acredito que a Bíblia ensina que um dia existirá um novo mundo, um mundo onde o
horrível vestígio do pecado não mais subsistirá. Inferno e sepultura desaparecerão para sempre, consumidos na
fumaça que queima o ímpio em cinzas. E das cinzas do velho mundo, Deus criará
um glorioso novo mundo.
Agora, as
passagens que descrevem a fumaça de tormento subindo por séculos ocorrem no
Livro do Apocalipse cheio de símbolos. Dos muitos eventos descritos nesse
Livro, poucos são tomados literalmente. Bestas subindo do mar, o dragão que
trava guerra contra a mulher. Essas imagens são obviamente simbólicas. É uma
característica da literatura apocalíptica.
O lago de fogo em
si está sempre associado com criaturas simbólicas: o dragão e a besta que são
lançados dentro dele.
Por favor não me
entenda mal. Certamente o inferno será muito, muito real. Não será apenas algum
estado psicológico da mente. A Bíblia descreve chamas muito reais no fim do
mundo.
Mas não faria
sentido jogar fora as declarações explícitas das Escrituras com respeito à
morte do ímpio para nos ajudar a ver o que finalmente irá acontecer no lago de
fogo. Se fosse assim teríamos que admitir que a morte e a destruição têm um
significado completamente diferente.
Essas imagens
vívidas sobre um fogo eterno e a fumaça de tormento sem fim são metáforas que
enfatizam a quase inconcebível tragédia dos perdidos. Pense nisto: estar
separado de Deus pra sempre e sempre e sempre. Não desfrutar das alegrias
eternas dos redimidos. Desaparecer, sem esperança de nunca poder voltar. Isso é
uma tragédia pertubadora. E assim as cenas do Apocalipse se tornam claras para
nós.
Um inferno que
destrói os ímpios, e não um que os mantém vivos para sempre. Esta é a melhor
maneira de juntar toda a evidência bíblica. E ainda mais, esta é a única idéia
que reforça o quadro de um Deus de amor apresentado pela Bíblia.
Os incêndios dos
poços de petróleo no deserto do Kuwait nos ensinam algo valioso. Para muitas
pessoas, aquele pequeno ponto na Terra pode não ter sido muito importante. Mas
quando o inferno chegou e a fumaça começou a subir, todo mundo notou. Ele
afetou o meio-ambiente por milhares de quilômetros ao redor. E todos nós
sabemos que esse desastre ecológico tinha de ser detido. Certamente o fogo
tinha de ser apagado o mais rápido possível.
Eu não acredito
que aqueles que encontrarão um lar com Deus na Nova Terra serão menos
sensíveis. Ninguém será capaz de descansar se continuar existindo tormento
incessante em algum lugar do Universo de Deus. O fogo do inferno tem de ser
apagado; ele tem de ser apagado a qualquer preço.
Você sabe, isso é
parte do heroísmo de Cristo na cruz. Ele sofreu a segunda morte em nosso lugar;
ele enfrentou o fogo do inferno. Cristo teve que tampar sozinho o poço que
lançava óleo negro sulfuroso, o poço de pecado que estava destruindo a
humanidade. Ele teve que absorver aquela chama mortal em Seu próprio corpo.
Jesus
experimentou a agonia do inferno para que pudéssemos viver para sempre com Ele.
Esta é a melhor notícia de todas. Aqueles que colocam sua fé em Cristo não
serão tocados pelas chamas do inferno final.
Deus tem um plano
para purificar o Universo do pecado, completa, irrevogável e eternamente. Ele
enxugará toda lágrima e terminará com o sofrimento.
Tenho certeza que
você quer estar entre aqueles que desfrutarão da Nova Terra com Deus e não
serão consumidos na velha Terra com satanás. Você pode ter certeza de que é
parte do grande plano de Deus.
SEU PODER
Letra e Música: Arinei B. Oliveira
Posso ver os sinais de Sua vinda,
Posso ouvir o som de Sua voz
a dizer Eu te amo filho
vem pra mim Eu não posso mais viver semTi
Seu amor me faz feliz
Mas quando penso que Cristo está vindo
E olho então pra dentro de mim
Vejo o mal que me faz sofrer
mas Jesus me dá poder
Por Seu sangue e Sua graça em meu viver
Tenho forças pra vencer
Eu vejo...
Hoje eu salvo estou pois meu Jesus
libertou-me lá na cruz.
ORAÇÃO
Querido Pai Celeste, eu Te agradeço muito porque darás um
fim definitivo ao pecado e ao sofrimento. Agradeço também por nos contar
exatamente como podemos escapar do inferno final. Nós aceitamos de coração o
livramento que Jesus tem proporcionado tão heroicamente. Nós aceitamos Seu
sacrifício por nossa culpa. Depositamos nossa fé nele como nosso Salvador.
Mantém-nos juntos de Ti, até aquele dia quando vieres para tornar novas todas
as coisas. Em nome de Jesus. Amém.
4
VOZES DO ALÉM
Mark Finley
No final da
década de 1920
os britânicos estavam numa
corrida para conseguir o que parecia ser um magnífico novo mundo de viagens
transatlânticas - os dirigíveis para passageiros. Lindbergh cruzou o Atlântico
comprimido na apertada cabine de seu minúsculo avião. Ninguém levava a sério
esses aviões mais-pesados-que-o-ar quando se tratava de viagens de longa
distância.
Os dirigíveis
pareciam ser a única esperança. Então Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha
começaram a competir na construção da melhor aeronave. Eles se baseavam nos
Zepelins alemães que bombardearam Londres na Primeira Guerra Mundial.
Os britânicos
acreditavam que tinham uma vantagem. O R101 e sua aeronave irmã o R100, seriam
as maiores embarcações desse tipo no mundo. Cada uma se esticava por incríveis
240 metros de comprimento - tão longas quanto dois campos de futebol! Eles
sonhavam com um novo Império Britânico no ar. De Londres, esses luxuosos hotéis
aéreos alcançariam a Índia em cinco dias, e o Canadá em três.
Assim, haviam
grandes expectativas na Inglaterra quando o R101 decolou de seu ancoradouro às
7:30 da noite de 4 de outubro de 1930. Seu maciço corpo prateado deslizou pelo
céu de Londres, e então cruzou o Canal da Mancha em direção a Paris.
Mas alguma coisa
não estava indo bem. O dirigível parecia estar voando muito baixo. Talvez o
altímetro não estivesse funcionando corretamente. Ele pegou ventos fortes sobre
a França. Às 2:05 da manhã, o R101 colidiu contra uma montanha a poucas milhas
da cidade de Beauvais e explodiu. 54 pessoas pereceram.
Bem, não foi
somente uma dolorosa tragédia humana, mas foi também um constrangimento
nacional para a Inglaterra. O governo formou imediatamente uma Comissão de
Inquérito para investigar o desastre. A Comissão examinou minuciosamente
toda evidência, mas não conseguiu
apontar alguma razão específica sobre a causa do acidente. Os que podiam
fornecer provas, estavam todos mortos.
Outras pessoas,
no entanto, conseguiam ser muito específicas, com informações bem acuradas
sobre o fatídico vôo do R101. Eram pessoas que pareciam estar por dentro de
detalhes desse projeto ultra-secreto. Elas alegavam que suas fontes eram nada
menos que alguns tripulantes que haviam morrido no desastre.
Quem eram essas
pessoas? Místicos religiosos? Sensacionalistas? Ignorantes ou tolos? O que
torna a história mais interessante é que elas eram precisamente o oposto.
Havia o Major
Oliver Villiers, um oficial muito inteligente e capacitado, do Ministério da
Aeronáutica; Ian Coster, um cético jornalista australiano; e Harry Price, um
bem-sucedido empresário que estava tentando testar cientificamente as
pretensões dos espiritualistas. Esses homens estavam presentes quando uma
médium chamada Eileen Garrett começou a transmitir mensagens supostamente dos
tripulantes do R101. Os três não estavam completamente preparados para ouvir
acuradas informações em uma sessão espírita, mas eles resolveram tomar nota de
tudo que foi dito e contrataram um perito em taquigrafia.
Em algumas dessas
sessões espíritas, o Major Villiers foi capaz de interrogar uma voz que
pretendia ser a do Tenente Irwin, o finado capitão do R101. A voz era
aparentemente muito parecida. Ela descreveu como os movimentos dos enormes
bolsões de gás dentro do dirigível causaram um vazamento nas válvulas. Então
uma viga da dianteira cedeu, causando um rasgão na cobertura. Finalmente o
motor explodiu e com o escapamento do gás a nave se incendiou.
Durante muitas
sessões, as vozes que falavam através de Eileen Garrett fizeram declarações que
estarreceram aqueles homens céticos que ali escutavam. Uma delas disse que o
dirigível tinha quase arranhado os telhados de uma cidade do norte da França
chamada Achy. Esta cidade não existia em nenhum mapa comum. Mas Harry Price
acabou localizando-a num mapa ferroviário de larga escala. Realmente Achy
ficava perto do local do acidente.
O senhor Price
tornou pública uma transcrição das sessões espíritas. O oficial Will Charlton,
que foi chefe de suprimentos para o R101, pediu para vê-la. Ele examinou
cuidadosamente os documentos e encontrou mais de 40 referências a detalhes
altamente técnicos e confidenciais.
Charlton concluiu
que a suposição de que qualquer um dos leigos presentes à sessão pudesse ter
inventado essas informações técnicas era um “grotesco absurdo.” Além disso,
dois homens da Inteligência da Força Aérea Real visitaram a médium Sra.
Garrett, para tentar descobrir como ela adquiriu toda essa informação secreta.
Muitas pessoas se
acostumaram a olhar médiuns, cartomantes e leitores de bolas de cristal como
charlatões divertidos. Acham que eles oferecem uma diversão inofensiva para os
tolos. Na verdade, existem bem poucos charlatões sentados atrás de bolas de
cristal e muito menos brincalhões batucando sobre mesas nas sessões espíritas.
Mas o que você
pensa de uma pessoa como Eileen Garrett? Como pôde alguém que não tinha ligação
com ninguém daquele vôo fatídico surgir com todas essas informações? Certamente
para aqueles presentes pareceu que os tripulantes estavam falando através dela.
Certamente pareceu assim também para o Major Villiers, que conhecia os homens.
Você sabe, de
longe é fácil ser cético ou não crer no espiritualismo. Mas outra coisa é
duvidar quando o fenômeno é próximo e pessoal. Por exemplo, o que você faria se
a voz de um querido seu já morto viesse através de um médium? O que você faria
se essa voz revelasse informação que ninguém mais soubesse? Foi exatamente isto
que aconteceu com Emile Hichliffe em outro incidente envolvendo a médium Sra.
Garrett. O esposo da Sra. Hichliffe faleceu em 1928 numa tentativa de cruzar o
Atlântico de avião - de leste a oeste. Alguns anos depois esse homem parecia
falar com sua esposa através de Eileen Garrett em sessões espiritas. Ele
conversava sobre coisas que somente os dois sabiam. Ele até revelava em que
lugar da casa certos itens estavam escondidos. E a Sra. Hichliffe sempre os
encontrava.
O que você faria
se fosse a voz de seu esposo ou esposa? O que você faria se fosse o seu esposo
que tivesse falecido no desastre do R101?
A impressionante
história do R101 está documentada em um livro chamado, “Os Aviadores Que Não
Morreram.” Este título parece apontar para uma conclusão óbvia. Se essas vozes
revelaram informações que somente os tripulantes sabiam, então eles ainda
estavam falando. Eles não estavam mortos.
A prova concreta
apresentada pelas sessões espíritas do R101 têm convencido muitas pessoas que
de fato existe vida depois da morte, e que falecidos podem continuar a se
comunicar conosco. Até mesmo cristãos acabaram acreditando nisso.
Mas existe um
problema enorme, gigantesco. Existe uma coisa que contradiz aquilo que parece
ser uma prova concreta. E esta é o testemunho das Escrituras. Deixe-me mostrar
umas poucas declarações bíblicas que são muito diretas, francas e duras sobre o
assunto.
O profeta não
deixa dúvida alguma sobre o que consiste a natureza da vida após a morte:
“Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem cousa
nenhuma...” (Eclesiastes 9:5).
Aquelas vozes
falando por meio de Eileen Garrett pareciam saber muita coisa. Mas as
Escrituras dizem que os mortos não sabem nada. O salmista ecoa outro pensamento
em Salmos: “Pois na morte não há recordação de Ti; no sepulcro quem Te dará
louvor?” (Salmo 6:5)
Os mortos não
louvam a Deus; eles não se lembram dEle. Eles nada sabem. Aquelas vozes na
sessão espírita da Sra. Garrett pareciam se recordar de um incrível número de
detalhes. Mas as Escrituras dizem que na sepultura o quadro está em branco. Não
existe lembrança.
Você pode estar
pensando, “Espere aí, pastor; você vem citando textos do Velho Testamento e no
Velho Testamento eles não tinham uma idéia bem clara sobre a vida eterna.
Bem, vamos ao
Novo Testamento. Você sabe o que nós vamos achar lá? A mesma verdade expressa.
A morte é tipicamente comparada a um sono, um sono que só é interrompido pela
ressurreição final. Jesus Se refere ao sono da morte em mais de cinqüenta
versos. Jesus fica sabendo que seu amigo Lázaro está muito doente e é convocado
para ir e curá-lo. O Mestre diz para Seus discípulos as palavras de João:
“...Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe pois,
os discípulos: “Senhor, se dorme, estará salvo”. Jesus, porém, falara com
respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do
sono” (João 11:11 a 13).
Como nós sabemos
dos relatos evangélicos, Jesus, acordando Lázaro do sono, foi de fato uma
ressurreição da morte. Então, o que significa chamar a morte de sono? Significa
no mínimo que os mortos não têm consciências, eles estão adormecidos, e não
flutuando; calados, e não contando segredos.
O que dizer então
sobre a alma humana? Será que a alma não continua vivendo em algum estado
intermediário?
Bem, o Novo
Testamento fala sobre a alma do homem de várias maneiras. A alma humana se
entristece, se angustia, ama, e se fala dela como salva, perdida e destruída.
Mas aqui está um fato extraordinário: nenhuma vez a alma humana é descrita nas
Escrituras como imortal. O mesmo pode ser dito sobre “espírito imortal.” A
Bíblia fala do espírito de sabedoria, do espírito de bondade. Ela está
familiarizada com espíritos imundos, espíritos fervorosos e espíritos renovados.
Mas desconhece completamente o espírito humano como sendo eterno.
As Escrituras
falam eloqüentemente de Deus como o único imortal; ela fala também sobre
concerto eterno, reino eterno, evangelho eterno. A Bíblia celebra o poder e os
propósitos eternos de Deus; ela enaltece a Palavra que habita para sempre, um
trono eternamente estabelecido, e a glória divina para todo o sempre. Mas
nenhuma dessas palavras jamais é aplicada para alma humana. No Novo Testamento,
a imortalidade humana é associada somente com a segunda vinda de Cristo quando
os mortais “serão revestidos de imortalidade.”
A esperança que
irradia das suas páginas, é a esperança de reencontrarmos na ressurreição final
os queridos que morreram. Podemos confiantemente entregá-los à guarda do Pai
até aquele dia. Eles estão adormecidos, descansando, esperando o dia quando
Cristo irá chamá-los da sepultura.
O que dizer então
sobre as vozes do dirigível? De um lado, as evidências das sessões espíritas do
R101 são difíceis de refutar. Aqueles tripulantes mortos certamente pareciam
estar abrindo o coração. Por outro lado, as Escrituras nos apresentam
consistentemente o quadro da morte como um sono, como uma perda de consciência,
como um vazio.
Eu acredito que
existe uma maneira de harmonizar todos esses fatos. Existe uma maneira de
montarmos um quadro consistente e coerente do que acontece nas sessões
espíritas, e o que realmente acontece além do túmulo.
A primeira parte
do nosso quadro vem de algo que uma das vozes disse na sessão da Sra.Garrett.
Após ficar muito emocionada ao descrever o acidente fatal, a voz fez uma pausa,
e então disse: “Diga a eles que a morte não existe, mas vida eterna. A vida
aqui é apenas uma viagem, uma mudança para condições diferentes.”
Primeiramente
isto soa como um atraente encorajamento religioso. Mas note a falsidade da
declaração: “A morte não existe.” Você se lembra de uma voz nas Escrituras que
exprimiu essa mesma idéia?
Isso aconteceu no
terceiro capítulo de Gênesis. Eva estava cogitando se o comer da árvore
proibida significava morte certa, como Deus tinha advertido. Então uma voz disse: “É certo que não
morrereis.”
Essa voz, sem
dúvida, pertencia à serpente, Satanás. A primeira mentira do diabo foi a
promessa de que os seres humanos não morreriam. E desde então ele continua
divulgando essa idéia.
A voz que falava
através da Sra.Garrett é repetida muitas vezes nas sessões e encontros
espiritualistas. Se existe uma mensagem que sai clara e objetiva é esta: “A
morte não existe, ela foi vencida.” E mais importante ainda, esta promessa é
sempre separada de qualquer condição moral. Por exemplo, não é Jesus quem vence
a morte pela sua ressurreição. Esta não é a esperança oferecida. É
simplesmente: a morte não existe. Em outras palavras, o espiritualismo oferece
um atalho para a vida eterna. Ele promete vida eterna sem Cristo, sem a cruz.
Agora você percebe por que essas vozes que falam através de médiuns soam como a
voz da serpente?
Bem, veja o que a
Bíblia tem a dizer sobre aqueles que tentam se comunicar com os mortos. Ela
deixa claro o perigo de se comunicar com os mortos: “Não se achará entre ti
quem faça passar... nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem
feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os
mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor ...”
(Deuteronômio 18:10 a 12)
Comunicação
espírita é “detestável ao Senhor”. No livro de Levítico, é dito que os médiuns
corrompem o povo de Deus. Claramente,
isso não é apenas uma questão de charlatões inofensivos. A Bíblia não vê as
sessões espíritas como uma tolice ou um engano, simplesmente. Ela as vê como um
perigo moral. Por quê? Porque aquelas vozes ecoam a voz da
serpente.
E a mensagem que
o Senhor deu a Eva é a mesma mensagem dada para nós: fique longe; não se
aproxime. O profeta Isaías é muito claro: “Quando vos disserem: Consultai os
necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o
povo ao seu Deus? A favor dos vivos se
consultarão os mortos?” (Isaías 8:19)
Duas coisas se
colocam em oposição nesses versos: consultar a Deus e consultar médiuns e
espiritualistas. Elas não são a mesma coisa. Elas são o oposto. Ouvir a voz da
serpente não tornará mais clara a voz de Deus. Se Satanás está por trás do
aspecto sobrenatural do espiritualismo; se é ele o ventríloquo falando através
daquelas vozes, então nosso quadro se completa, os fatos se encaixam.
Satanás e seus
anjos maus podem ter acesso a todo tipo de informação desconhecida para o
restante de nós. Eles seriam capazes de revelar detalhes íntimos da vida das
pessoas. Eu tenho certeza de que eles estão envolvidos em muitas tragédias no
nosso mundo, e sabem bastante sobre como elas acontecem.
Pode ser difícil
acreditar que existem todos esses seres caídos atuando em volta do planeta;
pode parecer uma superstição medieval. Mas, por favor, veja estas palavras do
livro de Apocalipse. Foi mostrado a João, o Revelador, um vislumbre do conflito
no Céu que resultou na expulsão de Satanás: “E foi expulso o grande dragão, a
antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim,
foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos” (Apocalipse 12:9).
Forças do mal
estão operando em nosso mundo. Seres humanos são levados a atos de crueldade
que pertubam nossa mente. A maldade neste planeta é maior do que a vida; é
incompreensível, é diabólica.
Sim, anjos caídos
estão trabalhando em nosso mundo. A evidência é clara de que eles estão
operando nessas vozes vindas das sepulturas. Sabendo disso, vemos uma saída
para nosso dilema. Não temos mais que conjeturar se os mortos estão realmente
mortos, se a visão bíblica da morte como um sono é verdadeira. Não é preciso
ficar tentando explicar as informações que fluem da boca dos médiuns, que para
todo mundo parecem ter vindo de um ente querido falecido.
Elas são as vozes
de demônios, vozes de seres sobrenaturais com informações confidenciais. Isto é
o que as pessoas estão ouvindo. Não são mortos que estão falando, mas a
serpente, o ventríloquo-mestre. O conhecimento disso também, deveria nos ajudar
a levar a sério essas advertências bíblicas. Existe um perigo moral em
consultar os espíritas e médiuns. Não devemos nos aproximar deles. Se estamos
ouvindo essas vozes, não estamos ouvindo a voz do Senhor.
Você sabe, em
nossa secularizada época, toda esta conversa sobre comunicação com os mortos
pode parecer um inofensivo ar quente, pode parecer curiosa e fascinante como um
antigo dirigível deslizando pelo céu uma maneira exótica de ir daqui - a terra
dos vivos, para lá - a terra dos mortos.
Bem, aqueles
primeiros dirigíveis pareciam perfeitamente seguros e inofensivos para as
pessoas na década de 1920. Aviões cortando o ar pareciam muito mais perigosos.
Mas aqueles magníficos balões, tão elegantes, tão imponentes! Poucos
observadores acreditavam que os gases sustentando aqueles dirigíveis ofereciam
alguma ameaça. Afinal, era apenas ar quente.
Mas numa noite
fatídica, a época dos dirigíveis de repente teve um final explosivo. O
dirigível alemão, Hindenburg estava se preparando para atracar na Base Aérea da
Marinha em Lakehurst, Nova Jersey. O locutor, Herb Morrison descreveu o que
aconteceu: "Ele está praticamente
parado. Agora eles jogaram cordas para fora do nariz da aeronave e elas
estão sendo seguradas lá embaixo por vários homens. Está começando a chover de
novo, a chuva tinha parado um pouquinho. Os motores na traseira da aeronave estão
funcionando apenas o suficiente para mantê-las... ele está pegando fogo. Ele
está colidindo. É um terrível desastre. Oh não, saia do caminho por favor. Ele
está queimando, irrompendo em chamas e está caindo no ancoradouro e todo mundo
está apavorado. Esta é uma das piores catástrofes do mundo. Oh, as chamas
alcançam de 120 a 150 metros de altura. É uma cena horrível! O dirigível está
colidindo no chão. Eu não acredito no que estou vendo. Na realidade, é apenas
uma massa de destroços esfumaçados e todas aquelas pessoas mortas.
Desculpem-me, sinceramente, eu mal consigo respirar. Estou indo para onde não
consigo olhar. Isto é terrível. Escutem, eu vou ter que parar por um minuto
porque perdi a voz. Esta é a pior coisa que já presenciei.”
Sim, amigo, todo
aquele ar quente provou ser incrivelmente letal. Comunicar-se com os mortos é
tão letal quanto isso. Você pode ser tentado a participar de sessões
mediúnicas. Mas, por favor, lembre-se de que você está brincando com fogo. É a
voz da serpente que você estará ouvindo. Sim, a morte é uma grande tragédia.
Mas o espiritualismo não é a resposta.
Existe apenas um
indivíduo que pode falar honestamente com você sobre vida eterna - Jesus
Cristo. O único que deu a vida por você, que pagou o preço pelos nossos pecados
e que foi ressuscitado da sepultura. Somente Cristo tem as chaves da vida
eterna. E precisamos ouvir Sua voz. Ele pode nos conduzir à vida eterna e nós
podemos confiar aos Seus cuidados nossos queridos mortos. Jesus Cristo é a
Pessoa que pode nos trazer de volta da sepultura.
ORAÇÃO
Pai, às vezes a morte de um ente querido parece muito
dolorosa. A morte vem como um terrível fim. E nós queremos desesperadamente
esquivar-nos, desviar-nos, encontrar uma saída. Ajuda-nos a firmar nossa fé em
Ti, e em Ti somente. O crucificado e ressurreto Senhor, Jesus Cristo nosso
Salvador. Guarda-nos e a nossos queridos seguros em Teus braços para
sempre. Amém.
5
FIEL ATÉ A MORTE
Mark Finley
As cinzas se foram, mas o local do decreto permanece. Esta
rotunda na Praça Vermelha é uma testemunha silenciosa de sua fé. Milhões
assistiram a paradas militares aqui na Praça Vermelha, não se dando conta que
foi aqui que um homem desafiou o Estado e foi queimado por causa de sua fé.
Sua história de
fé foi repetida inúmeras vezes durante o reinado de terror do Comunismo. Sua
coragem testemunha para nós. Ele tinha uma fé que permaneceu até a morte.
Através dos
séculos, fiéis cristãos soviéticos têm tido uma fé que desafia a razão. Eles
eram corajosos diante da morte. Muitos deles foram martirizados por sua fé.
Os turistas vêm
aqui para ver a tumba de Lênin, para ver a Catedral de São Basílio, para fazer
compras nas lojas de departamentos e para olhar o Kremlin.
Muitas vezes eles
esquecem esta rotunda na Praça Vermelha. Com frequência passam direto por ela,
não percebendo seu significado. Este era um lugar de execução.
Construída em
1546, foi aqui que decretos políticos foram ordenados. Foi aqui que os
representantes dos czares anunciaram aumento de impostos, guerra e paz. Foi
daqui que tropas foram enviadas para batalha.
Mas foi aqui
também, em 1546, que Constantine Kuritzyn foi sentenciado à morte. Após a sentença, Kuritzyn foi levado e colocado em
uma gaiola de madeira. E aqui na Praça Vermelha, multidões se ajuntaram ao
redor de Kuritzyn e de um número de outros inimigos Políticos do Estado. Eles
foram golpeados com tomates e ovos e então Kuritzyn, em 1546, foi queimado
naquela gaiola.
O que levou a
execução de Kuritzyn neste local? O que causou sua morte? Kuritzyn havia sido o
Secretário de Estado sob os Czares na Idade Média. Mas ele começou a sentir um
vazio em sua vida, ele percebeu que estava faltando algo.
Então Kuritzyn
começou a estudar a Bíblia. E estudando a Bíblia, ele desenvolveu uma profunda
fé em Jesus Cristo. Esta fé continuou a crescer. Kuritzyn leu textos como este:
“se me amais, guardareis os meus mandamentos”. (João 14:15)
Kuritzyn percebeu
que o amor a Deus leva à obediência. Kuritzyn concluiu que se ele amava a Deus
verdadeiramente, ele precisava obedecê-Lo. Então Kuritzyn começou a estudar os
dez mandamentos.
E foi assim, que
dentro do Kremlin, secretamente ao anoitecer, ele começou a abrir sua Bíblia.
Ele leu o livro de Êxodo. Ele estava ansioso para saber a vontade de Deus para
sua vida e ele sentiu naquelas tábuas, tábuas de pedra escritas pelos dedos de
Deus, que existia um código eterno de conduta. Ele percebeu que o código
celestial de moralidade estava escrito ali.
E então, no
Kremlin, Kuritzyn começou a estudar. Quando ele leu Êxodo capítulo 20, ele
chegou ao quarto mandamento. Isto o surpreendeu. Isto o espantou.
“Lembra-te do dia
de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra.
Mas o sétimo dia é o sábado do senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem
tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu
animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque em seis dias fez o
senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia
descansou: por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou”. (Êxodo
20:8-11)
Quando Kuritzyn
leu este mandamento, “Lembra-te do dia de sábado”, ele se encheu de
perplexidade e confusão. A igreja mais popular de então, a Igreja Ortodoxa, é
claro, seguia a tradição romana de guarda do domingo.
Kuritzyn não
conhecia nenhum outro guardador do sábado em todo o Império. E perguntava:
lealdade a Jesus Cristo implica que eu, pessoalmente, guarde o sábado? Como
pode o Secretário de Estado guardar o sábado dos dez mandamentos? Como eu
conseguiria fazer isto dentro do Kremlin?
E quanto mais
estudava, mais Kuritzyn se convencia que seu Senhor o estava chamando para
fazer exatamente isto - guardar o sábado bíblico. Enquanto ele lia o Novo
Testamento, buscando mais informações sobre o sábado bíblico, ele lia passagens
como esta: “Indo para nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na
sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler”. (Lucas 4:16)
Kuritzyn começou
a perceber que era costume de Cristo guardar o sábado bíblico. Que o costume
deste Cristo era o de guardar o sábado. Ele percebeu que na segunda, terça,
quarta, quinta e sexta Jesus estava trabalhando na carpintaria em Nazaré.
Mas no sábado, do
pôr-do-sol de sexta ao pôr-do-sol de sábado, Jesus descansava. E se o descanso
do sábado era bom para Jesus, o Criador, era certamente bom o suficiente para o
Secretário de Estado, Kuritzyn.
Kuritzyn continou
se aprofundando nos ensinos do Novo Testamento. Ele começou a estudar o livro
de Atos. Ele queria saber se existia qualquer evidência no Novo Testamento que
Cristo ou os discípulos mudaram o sábado bíblico.
Quando ele leu o
livro de Atos, ele ficou fascinado ao perceber em Atos capítulo 13, versos 42 a
44, que o apóstolo Paulo não apenas guardou o sábado, mas ensinou a uma cidade
inteira a fazê-lo. Kuritzyn leu estas palavras: “Ao saírem eles, rogaram-lhes
que no sábado seguinte lhes falassem essas mesmas palavras". (Atos 13:42)
Então Kuritzyn
pensou: o sábado não é meramente judeu, porque se fosse os gentios não teriam
pedido para que a Palavra de Deus fosse pregada a eles no sábado seguinte.
O verso 44 diz:
“No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a Palavra de Deus”.
(Atos 13:44)
Constantine
Kuritzyne, o Secretário de Estado da Rússia tomou uma importante decisão em
1546. Esta decisão foi a de ser fiel a Deus.
Corajosos russos
através dos séculos têm tomado a mesma decisão. Eles têm estado dispostos a
serem os únicos, dispostos a manter as
convicções de sua fé. Dispostos a desafiar as forças políticas e religiosas por
aquilo que acreditam.
Constantine
Kuritzyn pagou aqui neste exato lugar com sua vida por sua crença.
E o que me diz,
amigo? É a sua convicção tão profunda? É a sua convicção tão sólida? Jesus diz:
“Se me amais, guardareis os meus mandamentos”. Você O ama o suficiente para
tomar a decisão que Constantine Kuritzyn tomou? O amor a Cristo enche todo o
seu ser? É Cristo a coisa mais central e importante em sua vida?
Você sabe que há
pessoas que estão muito preocupadas com o que elas podem perder se elas tomarem
uma decisão firme e sólida por Cristo. Mas existe algo pior do que perder sua
vida, e é, perder sua alma.
A bíblia diz:
"Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua
alma?..." (S. Mateus 16:26)
Tal fé como a de
Constantine Kuritzyn está florescendo e
prosperando hoje, na antiga União Soviética. O sangue de seus mártires está
clamando do solo. Deus está honrando sua fé e a sua coragem.
A União Soviética
se abriu. Milhares estão vindo às séries de conferência. Eles não ficam mais em
filas à tumba de Lênin. Não se apressam mais para comprar o “Manifesto do
Comunismo”. Não mais se apossam dos escritos de Lênin.
Milhares estão
almejando receber Bíblias. Eles estão ansiosos para seguir a Deus, ansiosos
para estudar Sua Palavra; ansiosos para assumir o mesmo compromisso que
Constantine Kuritzyn assumiu.
E você também
pode fazê-lo. No fundo de cada coração existe o desejo de adorar. E mesmo
durante todos aqueles anos de ideologia comunista, o conceito de que o homem
precisa de Deus, o desejo por adorar não foi arrancado do coração humano.
Permita-me
repartir com você a história de Anatole Stefanovich e sua fé e coragem.
Anatole
Stefavovich sabia que estava sendo vigiado pela Polícia secreta, mas como
Constantine Kuritzyn, também havia dentro de seu coração o imenso desejo de
adorar a Deus.
A Bíblia diz no
livro de Apocalipse: “Tu és digno Senhor, de receber a glória, a honra e o
poder, porque todas as coisas tu criaste”... (Apocalipse 4:11)
Anatole percebeu
que Deus era digno de receber sua adoração. E assim apesar do fato de saber que
ele estava sendo vigiado, ele veio naquela sexta à noite para o culto sabático
quando o sábado começou.
Logo, foram
ouvidos fortes passos pelos corredores daquela pequena igreja. Membros da KGB
entraram e levaram cativo o coral.
Anatole
Stefanovich foi sentenciado à prisão, por causa de sua firme fé, confiança e
coragem em Deus porque ele não deixaria sua consciência ser violada.
Aprisionamento, tortura e morte eram comuns na antiga União Soviética.
Em 1929 quando
Stalin assumiu, mais de 3.000 Adventistas foram aprisionados por causa do que
criam. Cento e setenta e nove pastores foram enviados para Sibéria e cento e
setenta e cinco jamais retornaram. Que coragem! Que fé! E Deus nos convida a
ter esta mesma coragem para representá-Lo hoje.
A tumba do
soldado desconhecido comemora aqueles soldados russos que morreram defendendo a
terra natal. Eles acreditaram na ideologia ou filosofia da Rússia. E por isso
eles estavam dispostos a dar sua vida.
Anatole
Stefanovich e Constantine Kuritzyn também estavam dispostos a dar sua vida por
algo que eles acreditavam.
A “chama eterna”
comemora a fé e coragem daqueles soldados russos. Mas Deus tem uma chama eterna
da verdade em Sua palavra. Ezequiel diz: "Também lhes dei os meus sábados,
para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor
que os santifica”. (Ezequiel 20:12)
“Santificai os
meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu
sou o senhor vosso Deus”. (Ezequiel 20:20)
Uma chama eterna,
um sinal eterno, uma chama de verdade que queimaria através dos séculos
iluminando. O sábado foi dado por Deus quando Ele criou o mundo.
A Bíblia diz que
Deus abençoou o sábado, que Ele o santificou, que Ele descansou nele, que era
um sinal do Deus Criador para Seu povo. O sábado era um sinal de lealdade.
Conforme o povo de Deus através dos séculos guardava o sábado bíblico, o
coração batia com o coração de Deus. A mente era uma com a mente de Deus. Havia
um senso de propriedade. O sábado é o sinal de propriedade de Deus.
Quando os homens
e as mulheres guardam o sábado bíblico, eles estão dizendo, “Deus, tu me
criastes, me modelastes, me fizestes, Deus, eu não evoluí. Eu creio em Ti. Eu
coloco minha segurança em Ti. Eu coloco minha confiança em Ti”.
Sim amigo, o
sábado é este tipo de sinal. É um sinal de verdade eterna, e russos através da
História têm estado prontos a colocar sua fé em Deus e guardar o sábado
bíblico.
Eu me lembro de
Peter Kulakov. Peter Kulakov, primeiro, foi aprisionado por 10 anos por pregar
a verdade bíblica sobre o sábado.
Um dia, a polícia
invadiu sua casa e o prendeu por adorar a Deus no sábado, por guardar este
sinal.
E hoje é
absolutamente inacreditável e surpreendente que o centro de rádio “voz da
esperança” está a dois kilômetros daquela prisão que o pastor Kulakov, pai, foi
aprisionado por 10 anos por pregar a verdade sabática. Entretanto a “voz da
esperança” é nossa estação de rádio irradiando a mensagem de Deus para milhares
na antiga União Soviética; Peter Kulakov, Júnior, o neto de Kulakov, primeiro,
transmite esta mensagem para as massas e milhões na antiga União Soviética.
Que mudança, que
abertura na sociedade de hoje. A eterna chama da verdade está queimando
brilhantemente. Embora milhões tenham dado suas vidas por causa da fé, a
Palavra de Deus está triunfando na Antiga Rússia.
Você consegue
aprisionar o corpo de um homem, mas você não consegue aprisionar a sua alma.
Você pode colocar um homem na cadeia, mas você não consegue impedir suas
orações de subirem além da cela da prisão, para Deus.
Através dos
séculos, as orações de cristãos fiéis têm ascendido da antiga União Soviética e
daqui, durante os últimos 70 anos, cristãos aprisionados buscaram a Deus. Em
seus joelhos eles oravam pelo dia em que as portas da oportunidade se abririam.
Eles oravam pelo
dia que seus compatriotas seriam capazes de ouvir livremente a Palavra de Deus.
Eles oravam pelo dia que a verdade avançaria com poder em seu País natal.
E isto está
acontecendo hoje, amigo. Você sabe, a fé tem uma maneira de se espalhar. De
fato, no começo do cristianismo, cristãos estavam sendo martirizados por sua
fé, eles estavam sendo jogados aos leões, eles estavam sendo queimados na
fogueira, eles estavam sendo cruelmente torturados.
Tertuliano, um
cristão daquela época escreveu: “o sangue dos mártires é a semente do
evangelho”. É verdade, quanto mais você tenta reprimir a fé, mais aquele desejo
inato por adoração desabrocha, floresce e cresce.
Eu estava
conversando com um amigo, um dos antigos líderes na União Soviética. Ele foi um
grande cristão, um homem de integridade, um homem honesto, um homem que tinha
uma enorme, imensa fé em Deus, o Deus da Bíblia.
Ele mesmo, esteve
aprisionado na Sibéria por muitos, muitos anos. E eu coloquei minha mão no
ombro deste experiente líder cristão e disse: “Irmão, existe fé em Deus na
Sibéria?” Lágrimas brotaram em seus olhos e começaram a rolar pelo seu rosto
cansado.
E ele disse:
“Mark, Mark, se existe fé em Deus na Sibéria? Na realidade, existem centenas e
milhares de igrejas e grupos de cristãos e unidades individuais de famílias
cristãs na Sibéria”.
E eu disse: “Bem,
como eles chegaram lá? Eu pensei que este era o lugar onde todos os
prisioneiros políticos era enviados”.
Ele disse:
“Durante a época de Stalin, muitos de nós fomos apreendidos e muitos de nós
fomos enviados para Sibéria. Mas o que você pensa que fizemos lá, ficamos
calados? Nós abrimos nossas Bíblias. Nós partilhamos nossa fé e como resultado
disto, existem milhares de crentes na Sibéria hoje”.
Não se pode negar
a inclinação e desejos, anseios íntimos para a adoração. Você não consegue
negar a percepção de que os seres humanos são criaturas e eles anseiam por
adorar Seu criador. E o sábado é um símbolo de que encontramos abrigo. De que
encontramos um lugar de descanso. De que acreditamos no Deus que nos criou, que
nos moldou, e que pertencemos a Ele.
Muitas pessoas me
perguntam: “Pastor, faz realmente alguma diferença qual dia você guarda”? Fez
diferença para Constantine Kuritzyn. Ele deu a vida pelo sábado e pelo Senhor
do sábado.
Fez diferença
para Anatole Stefanovich. Ele estava disposto a ser aprisionado pelo sábado e
pelo Senhor do sábado. Isto fez diferença para Peter Kulakov, primeiro. Ele
estava disposto a passar 10 anos na prisão pelo sábado e pelo Senhor do sábado.
Amigo, faz
diferença sim. Não é uma questão de opinião. Não é uma questão da idéia de um
homem contra a idéia de outro homem.
Deus escreveu nas
tábuas de pedra com Seu próprio dedo, estas palavras: “Lembra-te do dia de
sábado, para o santificar”. O sábado é um monumento eterno. É uma chama sempre
queimando. O sábado é parte da lei dos dez mandamentos. Deus os escreveu sobre
tábuas de pedra para que nunca fossem arrancados. Ele não os escreveu na areia
para serem apagados. Ele não os escreveu no pergaminho para se corroerem. Mas
Deus os escreveu sobre tábuas de pedra para permanecerem para sempre.
Esses monumentos
na Rússia estão resistindo. Monumentos antigos, de muitos séculos, proclamam
suas mensagens. Mas porém, o sábado de Deus é da época da criação. Refere-se ao
início do tempo. Volta ao dia em que Deus criou o mundo e ao Deus que nos criou
ao Deus que nos formou. O Deus que nos modelou, que nos fez para adorá-Lo.
Séculos de
ateísmo não conseguiram negar o desejo inato do ser humano para adoração. E
amigo, o Deus que nos fez para adoração, o Deus que nos criou para conhecê-Lo,
instituiu Seu sábado. Ele te convida a ter a coragem para guardá-lo. Ele te
convida a ter a fé para segui-lo. Ele te convida, amigo, não importa o preço, a
confiar nEle.
Homens e mulheres
hoje perdem uma grande bênção não guardando o sábado. Homens e mulheres hoje
perderão muito do que Deus tem reservado para eles. Deus tem as mais ricas
bênçãos reservadas para você, amigo. Deus quer que você tenha a sensação de que
você é um com Ele. Que o seu coração bata com o dEle, que a sua mente se una à
dEle. Ele quer encher a sua vida com força, coragem e esperança a cada sábado
bíblico.
Por que não
decidir agora, que você irá segui-Lo, que irá obedecê-Lo. Que o amor o levará a
obedecer aos Seus mandamentos. Por que não tomar esta decisão como aqueles
homens e mulheres fiéis através dos séculos na antiga União Soviética.
DO SANTO SÁBADO TU ÉS SENHOR
Letra e Música: D. A. R. Aufranc
Horas benditas, santas e felizes
São as que passo junto a TI meu Deus
Mestre amado, Criador Divino,
Do santo sábado, Tu és,
Tu és o Senhor.
Gravado por Alessandra Samadello no ABLP 555001 da
Gravadora ABBO
ORAÇÃO
Pai celestial, nós Te agradecemos pela herança do passado.
Nós Te agradecemos por aqueles que estão dispostos a derramar seu sangue para
seguir a Tua verdade. Pai, como eles, dá-nos coragem, dá-nos forças para
tomarmos a decisão de seguir-Te e nós Te agradecemos porque assim o farás. Em
nome de Jesus. Amém.
6
O ESTRANHO RETORNO
Pr. Mark Finley
O jovem aventureiro deixou seus amigos maravilhados com
histórias de uma terra incrível. Ele tinha viajado para uma cidade cheia de
prata e ouro. Tinha visto pedras pretas que queimavam (carvão), e tecido que
nunca pegava fogo, mesmo quando jogado ao fogo (asbestos), ele falava de
serpentes enormes, de 10 passos de comprimento, com mandíbulas largas o
suficiente para engolir um homem (crocodilos), castanhas do tamanho da cabeça
de um homem, cheias de leite branco (coco), e uma substância jorrando do solo,
que mantinha lampiões acesos (petróleo). Mas ninguém jamais ouvira falar de
tais coisas. Seus amigos pensaram que as longas jornadas o haviam deixado
maluco. Mas ele tinha simplesmente visto demais para ser acreditado. Veneza.
Este nome inspira uma série de lembranças e imagens românticas. Entre suas
obras primas de arte, seus labirintos de canais com suas gôndolas, os
visitantes podem ser levados para um outro mundo mais exótico. Veneza é uma das
melhores opções para os entediados com a otina do dia-a-dia. Você poderia então
pensar que esse lugar, em especial, seria receptivo para as novas sobre terras
encantadas e reinos fantásticos. Você pensaria que, dentre todas as pessoas, os
venezianos, certamente, acolheriam descobertas espantosas. Mas este não foi o
caso. Setecentos anos atrás, os cidadãos desse lugar receberam o mais famoso
viajante do mundo com fria descrença. Marco Pólo, junto com seu pai e seu tio,
retomaram para casa, no porto de Veneza, em 1292. Eles haviam estado no Império
de Cathay e visto o grande Kublai Khan. Marco, especialmente, tinha viajado por
toda a China. Ele tinha visitado a Índia, Birmânia, Tibete e a Indochina. Ele
tinha muito para contar. Mas ninguém acreditava nele. Ninguém nem mesmo
reconheceu os três viajantes. Quando eles chegaram finalmente a sua própria
casa, seus servos se recusaram a deixar que os três esfarrapados e fadigados
estranhos entrassem. Ah, se Veneza apenas soubesse das maravilhas que Marco
Pólo poderia revelar! Toda a cidade teria saído para o cais a fim de receber
seu navio. A noticia de seu retomo teria se espelhado pelas ruas. Teria havido
muitos discursos, paradas, proclamações e celebrações em sua honra. Ao
contrário, houve somente surpresa, descrença... e a pergunta, "Quem são
esses impostores, que alegam pertencer à eminente família Pólo?" Você
sabia que a Bíblia descreve um outro retomo que para muitas pessoas será
semelhante, tragicamente semelhante? Jesus Cristo fez uma longa jornada para
uma terra distante. E Ele prometeu retomar algum dia. Mas Ele nos conta que Seu
retomo será uma completa surpresa para muitos. Ouça estas advertências que o
apóstolo Paulo nos dá: "pois vós mesmos estais inteirados com precisão de
que o dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e
segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vem a dor do parto
à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão" (I Tessalonicenses
5:2 e 3). Paulo diz aqui que a Segunda Vinda do Cristo será "como um
ladrão de noite." Em certo sentido, este evento será inesperado e pegará
as pessoas de surpresa, além de trazer todo o choque traumático das repentinas
dores de parto. Mas, vamos ver outra descrição da Segunda Vinda de Cristo. Esta
é totalmente diferente. Jesus esta advertindo Seus seguidores sobre o surgimento
de falsos Cristos, operando milagres antes de Sua vinda. E ele diz:
"Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto! Não saiais: Ei-lo
no interior da casa! Não acrediteis. Porque assim como o relâmpago sai do
oriente e se mostra ate no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do
homem" (Mateus 24:26 o 27). Aqui Jesus diz claramente que Sua Segunda
Vinda não será um assunto encoberto e secreto, apesar do ensinamento popular
ser o contrário. Seu espetacular aparecimento não como em algum deserto isolado
ou no interior da casa. Não, Jesus nos conta que a Segunda Vinda será um
espetáculo público iluminando os céus do leste a oeste. Todo olho irá se fixar
na gloriosa cena, diz o livro do Apocalipse. Agora, esse quadro da vinda do
Cristo é bem diferente da metáfora do Paulo sobre um ladrão de noite. E até
mesmo Jesus, em Mateus 24, também usa o quadro de um ladrão arrombando
inesperadamente uma casa, para descrever Sua vinda. Então temos dois quadros na
Bíblia: Um espetáculo púb1ico nos céus, e um ladrão que se aproxima de noite.
Como podem ambos descrever o mesmo evento? Será que podemos juntar os dois
quadros? Eu acredito que sim. Para entender como, vamos voltar para Marco Pólo
e seu retorno à Veneza. Quando os servos de Marco Pólo escutaram uma batida à
porta e foram abri-la, o último rosto na terra que eles esperavam ver era o de
seu patrão. Poderia ser o açougueiro ou o padeiro. Quem sabe, o padre da
vizinhança, um vendedor. Mas não Marco, seu pai e o tio. Isso era impossível!
Por quê? Eles estiveram fora por 25 anos! A família tinha considerado Marco
Pólo e os demais há muito tempo mortos. Os Pólo haviam feito outras viagens e
retornado, mas nenhuma tão longe. Um quarto de século tinha passado. O Marco
Pólo que saiu do casa como um jovem do dezessete anos era agora um homem de
meia idade. Ninguém o reconheceu. É óbvio que quando esse estranho à porta
alegou ser o seu senhor, os servos zombaram. Eles tomaram os Pólo por
impostores tentando trapacear a família, ladrões na noite e se recusaram a
deixá-los entrar. Bem, com certeza, Marco Pólo havia desembarcado de seu navio
em plena luz do dia. Ele e seus companheiros tinham andado pelas ruas de Veneza
para todo olho ver. Não houve nada oculto ou escondido sobre e seu retorno. Mas
para os servos, Marco parecia ser uma pessoa que tentava furtivamente enganar
todo mundo. Ele bem que poderia também ter sido um ladrão de noite. Agora, como
todos sabemos, já se passou muito tempo desde que Jesus partiu. E eu temo que
um grande número de pessoas O tenham dado por morto. Relatos de Suas atividades
em um longínquo lugar parecem soar apenas como rumores. Jesus, para eles,
parece simplesmente ter desaparecido da face da Terra. E então a fé desmorona.
A esperança se vai. E Jesus Cristo desaparece do quadro da vida. E não é
somente o ateu ou incrédulo que tem esse problema. Jesus é colocado dentro do
um "arquivo morto" por muitos outros, de maneiras mais sutis. Mesmo
em algumas igrejas, a esperança da volta do Jesus interferindo na história
humana mais uma vez, praticamente desapareceu. A Segunda Vinda não é encarada
como um evento histórico concreto. Em vez disso, às vezes escutamos as pessoas
falarem, "a Segunda Vinda do Cristo é algo que acontece no coração
humano." Em outras palavras, é uma experiência subjetiva, mística. É
verdade que o Espírito Santo realiza muitas coisas no coração humano. É verdade
que o Reino dos Céus tem que se enraizar primeiro no coração humano. Mas as
Escrituras apresentam claramente a Segunda Vinda como um evento muito real que
acontece fora de nós. Quando Cristo vier, Ele não somente aquecerá nossos
corações, Ele também resplandecerá pelos céus. "E todo o olho o
verá", diz a Bíblia. A Segunda Vinda não será apenas um produto de
imaginações religiosas. Não será um evento secreto, escondido. Não será uma
revelação para poucos ou uma Nova Era para os iniciados. Lembra-se do aviso do
Cristo em Mateus 24, sobre ir atrás de algum suposto Messias no deserto ou no
interior da casa? "Não acrediteis", disse Jesus. Ele quer que entendamos
com antecedência que surgirão falsos Cristos, indivíduos com poderes milagrosos
ou psíquicos que alegarão ter uma nova mensagem, uma nova revelação. Eles
tentarão enganar "os próprios eleitos," disse Jesus. Por isso é tão
importante que nunca limitemos Cristo a alguma experiência subjetiva. Nunca
devemos limitá-Lo meramente a uma escala humana. Ele é o Senhor que governa nos
Céus. E brevemente toda humanidade ficará face a face com o Cristo Vivo. Pense
de novo no grande retorno do Cristo. Esse evento é descrito nas Escrituras como
um relâmpago cortando os céus. Jesus esclareceu ainda mais este assunto quando
declarou que as pessoas no final do mundo veriam: "... O Filho do homem
vindo numa nuvem, com poder e grande glória' (Lucas 21:27). Jesus irrompendo dos
céus. Que espetáculo! E que choque! Você percebe como a volta de Jesus pode ser
visível como um relâmpago cortando os céus e também, para outros, surpreendente
como um ladrão arrombando sua casa à noite? Ela será uma grande surpresa para
aqueles que reduziram Cristo a um simples ideal. Muitas pessoas estão bem
confortáveis fazendo de Jesus parte de suas experiências, algo em seus
corações. Isso parece bem confortável! Mas Jesus como Senhor de todos,
resplandecendo através dos céus?! Que choque! Amigo, precisamos ficar face a
face com o Cristo que habita em nossos corações e nos Céus, um Deus pessoal e
que reina como Senhor de todos. Nossa idéia de Cristo é geralmente muito
restrita. Ele se torna muito pequeno, muito pouco. E então falhamos em
compreender as maravilhas do Seu reino. Existia outra razão pela qual os
cidadãos de Veneza ficaram chocados com o retorno de Marco Pólo e demoraram a
acreditar em suas histórias. Todas as coisas que Ele falava pareciam
fantásticas demais para ser verdade. Marco Pólo contou aos incrédulos
venezianos sobre as exóticas cidades chamadas Hangchow e Pequim. Ele descreveu
uma civilização muito mais avançada do que a de Veneza no século treze.
Hangchow, disse Marco, era tão bonita que um homem poderia imaginar que
estivesse vendo o paraíso. A cidade tinha rodovias panorâmicas, parques
públicos, marinas, canais com centenas de pontes em arco, algumas tão altas que
navios com grandes mastros podiam passar sob elas. Hangchow já contava com
sistemas de esgoto subterrâneo, brigadas de polícia e incêndio e um serviço
postal. Durante anos, Marco Pólo serviu ao grande Kublai Khan. Ele descreveu os
magnificantes palácios de mármore desse imperador, cheios de entalhes dourados
e tesouros de arte. O Khan governava no meio de mais riquezas e esplendores do
que os venezianos podiam imaginar. E assim eles achavam as histórias de Marco
difíceis de acreditar. Era tudo muito fantástico para ser verdade. Alguns até
perguntavam se Marco teria enlouquecido. Querido, as pessoas hoje tem um
problema semelhante com as histórias que Cristo contou. Sua descrição das
mansões que Ele está preparando nos Céus para nós, Suas parábolas sobre um
glorioso lar com o Rei dos Reis parecem realmente muito fantásticas para ser
verdade. Os ensinamentos morais de Cristo a maioria de nós consegue aceitar com
facilidade. Pelo menos reconhecemos que Ele foi um homem bom com coisas boas
para dizer. A maioria está pronta para escutar quando Ele fala sobre amor,
humildade e justiça. Mas quando Jesus fala sobre a vinda de um reino glorioso,
isto é mais difícil de crer. Existem pessoas que tentam dividir a Cristo. Elas
querem separar o professor moral do Messias proclamando um reino sobrenatural.
Tentam tirar do quadro do evangelho passagens que apontam para o mundo futuro.
Mas, uma grande surpresa os aguarda. Quando Cristo irromper através dos céus,
será como um grande choque. Então o reino da glória se tornará inevitavelmente
real. E o Jesus que alguns tem diminuindo por conveniência será
incomensuravelmente. Bem, hoje tentei apenas explicar porque o grande
espetáculo da vida de Jesus também será parecido com a vinda de um ladrão de
noite. Mas deixe-me explicar algo mais. Existem seguidores sinceros que não
compreendem este símbolo "ladrão de noite". Eles usaram isso de maneira
muito prejudicial. Usaram isso para aterrorizar fiéis a se comportarem melhor.
"Cristo está vindo como um ladrão de noite", advertem eles. "Não
deixe que Ele te pegue fazendo alguma coisa errada". É como se nosso
destino eterno dependesse do que estivéssemos fazendo naquele segundo, quando
Cristo aparece nos céus. Se formos pegos cantando um hino, ótimo, o Céu é
nosso. Se você for apanhado gritando com os vizinhos, que pena! Desse modo, o
símbolo de "ladrão de noite" é visto como uma motivação para fazer
sempre o certo, porque nós nunca sabemos quando Cristo pode aparecer e nosso
destino ser selado. Esse modo de pensar torna Cristo um tanto arbitrário e
vingativo, você não acha? É como se Ele estivesse tentando aparecer e nos
condenar o erro quando menos esperamos. Fico feliz porque a Bíblia pinta um
quadro muito diferente de Deus. E estou contente porque o apóstolo Paulo
explicou claramente o que ele quis dizer em I Tessalonicenses, ao descrever o
"dia do Senhor" vindo como um "ladrão de noite". Logo após
essa passagem, Paulo ainda diz: "Mas, vós, irmãos, não estais em trevas,
para que esse dia com ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois
filhos da luz, e filhos do dia..." (I Tessalonicenses 4:4 e 5). Paulo, é
claro, estava falando para seus fiéis companheiros em Cristo. E ele está
dizendo que, para eles, a Segunda Vinda de Cristo não será como um ladrão
furtivo à noite. Eles não precisam ter tanto medo. Eles são filhos e filhas de
Jesus, a luz do mundo. Ficarão surpresos quando Ele aparecer resplandecendo de
glória nos céus. Ele tem sido sempre Senhor supremo, amado não só no coração
mas também nos Céus. Amigo, eu estou aguardando ansiosamente aquele maravilhoso
dia do regresso de Cristo. Estou aguardando o dia quando todos os que crêem no
Cristo Vivo estarão congregados como uma alegre família. Eu sei que estamos
esperando por muito tempo. Sei que às vezes parece bom demais para ser verdade.
Cristo rompendo desse céu azul acima, às vezes é bem difícil de imaginar. Mas
ouça, se é difícil colocar nossa fé naquele grande e abençoado evento no
futuro, veja as bênçãos especiais da vida hoje... as pétalas de uma rosa, o
primeiro sorriso de um bebê ou um impressionante pôr-do-sol são evidências
muito positivas de algo ainda maior à frente. Se é difícil acreditar na
gloriosa dádiva do Céu, olhe agora mesmo para as dádivas de Cristo... o amor,
poder e graça que Ele concede ao ser humano, a maneira como Ele nos transforma.
Essas coisas ajudam a levantar a nossa fé. Deixe-me contar como Marco Pólo
finalmente convenceu o povo de Veneza de que ele tinha realmente vindo dos
maravilhosos reinos de Kublai Khan. Marco convidou seus incrédulos amigos e
familiares para um grande banquete. Ele, seu pai e seu tio apareceram na mesa
de jantar em elegantes mantos de cetim vermelho. E deixaram seus convidados
maravilhados. Entre um prato e outro, os magníficos mantos de veludo vermelho e
rosado. Estes eram presentes do grande Kublai Khan. Finalmente, Marco e os
outros dois vestiram os surrados trajes que usaram em sua chegada a Veneza.
Então os três desembainharam suas facas e abriram as costuras de suas roupas.
Derramou-se um rio de jóias; diamantes, rubis, esmeraldas e safiras. Enquanto
os convidados olhavam estupefatos, Marco empilhou as jóias na mesa do banquete.
Finalmente todos acreditaram. Isso foi evidência convincente das alegações de
Marco. Quem, a não ser o Imperador de Cathay, poderia ter provido tantas
riquezas? Amigo, nós também estamos convidados para um maravilhoso banquete, um
banquete de boas-vindas no céu. Em mais de uma parábola, Cristo descreve uma
grande festa de casamento na qual nós iremos finalmente celebrar nossa completa
união com Ele. Como diz o livro do Apocalipse: "...bem-aventurados aqueles
que são chamados à ceia das bodas do cordeiro..." (Apocalipse 19:9) Cristo
está preparando esta maravilhosa ceia das bodas para nós. Ele almeja essa
grande reunião. Ele está ansioso para invadir a história humana pela última
vez. Está você também ansioso por Sua vinda? Não ponha Jesus em algum
"arquivo morto". Não O despreze. Ele é o Deus que ilumina o
mundo." Será tarde demais para declarar nossa fé quando as montanhas
estiverem tremendo, os mares se agitando e os fundamentos se desintegrando ao
nosso redor. Será tarde demais quando o Rei da Glória for o centro de todas as
atenções neste planeta. Nós precisamos declarar nossa lealdade agora.
Precisamos colocar nossa fé no Cristo Vivo hoje. Precisamos estar prontos para
o maior de todos os regressos.
SEU PODER Letra e Música: Arinei B. Oliveira Posso ver os
sinais de Sua vinda, Posso ouvir o som de Sua voz a dizer: "Eu te amo
filho, vem a mim; Eu não posso mais viver sem ti; Teu amor me faz feliz".
Mas quando penso que Cristo está vindo E olho então pra dentro de mim Vejo o
mal que me faz sofrer, Mas Jesus me dá poder; Por Seu sangue e Sua graça em meu
viver Tenho forças pra vencer. Eu vejo o mal que me faz sofrer Mas Jesus me dá
poder; Por Seu sangue e Sua graça em meu viver Tenho forças pra vencer. Hoje eu
salvo estou, pois meu Jesus Libertou-me lá na cruz. Gravado por Alessandra
Samadello no ABLP 5550055 da Gravadora ABBO
Meu Pai, obrigado porque não precisamos ser surpreendidos
com a vinda de Seu Filho. Este evento dramático não precisa ser como um ladrão
nos surpreendendo de noite. Que Cristo permaneça bem vivo em nossos corações. E
que possamos reconhecê-Lo também como o Senhor Vivo nos Céus. Mantenha nossa
esperança firmemente ligada ao Seu maravilhoso retorno. Em nome de Jesus. Amém
7
SE DEUS É TÃO BOM
Pr. Mark Finley
Sob o sol quente do deserto da Arábia Saudita, a voz de um
capelão soa através de filas e mais filas de soldados em uniforme de
camuflagem. "A morte nunca é justa", disse ele. Ao seu lado, em cima
de uma mesa, há um capacete e um par de botas de combate que representam o
homem que eles vieram prantear. Mais tarde, um pouco antes do toque de
recolher, o primeiro sargento fez a chamada. Quando chegou num nome, ele chamou
três vezes, "Cabo Riggs? Cabo Riggs? Cabo Riggs?" Mas não houve resposta.
O bravo soldado que havia sobrevivido a sete meses de "Escudo no
Deserto" e "Tempestade no Deserto", viveu menos de 24 horas
depois de voltar para casa em Detroit. Ele fora assassinado na rua, a sangue
frio, ceifado na plenitude da vida. "A morte nunca é justa", disse o
capelão. E suas palavras deixaram muitos se perguntando - por quê? Se Deus está
governando dos céus, por que então tantas coisas parecem tão injustas aqui na
Terra? O cabo do exército Anthony Riggs era muito estimado entre os homens da
Bateria Delta, que haviam sido designados para abater mísseis Scud sobre o
deserto da Arábia. Ele era amigável e muito trabalhador. Seus amigos o chamavam
de "Lâmpada Elétrica". Seu batalhão disparou mais mísseis Patriot do
que qualquer outro no cenário saudita e recebeu crédito por 20 acertos. Anthony
se preparou bem para a ação. Na noite do ataque mais pesado dos mísseis Scud,
um oficial superior o viu de pé no topo de um lançador, gritando para os homens
que estavam embaixo ajudando-o a recarregar: "Vamos! Mexam-se"!
"Lâmpada Elétrica" não sabia o que era correr para o abrigo. Ele
tinha uma dose especial de confiança. Em uma de suas cartas para casa ele
escreveu, "De maneira alguma eu morrerei neste país. Com a graça do Senhor
e Sua orientação, eu voltarei a andar em solo americano." Para Anthony,
confiar em Deus não era apenas um reflexo na dificuldade. Ele fizera parte de
um grupo vocal evangélico nos Estados Unidos. E seu pastor se lembrava dele
como um homem afetuoso e gentil. Ele disse que Anthony era o tipo de pessoa que
enfrentava seus desafios encarando-os alegremente". Bem, Anthony Riggs
sobreviveu à guerra, e foi bem-vindo ao país como um de seus heróis. Um dia
após a noite de seu regresso, ele começou a carregar uma perua alugada com os
pertences de sua esposa. Traficantes de drogas haviam se mudado para sua
vizinhança, no nordeste de Detroit. Anthony planejava levar sua esposa e a
enteada Amber para um lugar melhor nos subúrbios. Naquela noite ele brincou com
Amber e depois tirou um cochilo. Por volta de duas da manhã, ele estava
tentando recuperar o tempo e resolveu levar a última carga para a perua. Um
pouco depois cinco tiros foram ouvidos. Um vizinho correu para fora e o
encontrou estatelado no chão com a cabeça contra a calçada. Anthony Riggs
tentou respirar, tossiu e então morreu na escuridão. A polícia isolou o local
na entrada da rua Conley. Foi um ato trágico, sem sentido. Ali estava um homem
que havia lutado bravamente nos campos de batalha; ele havia sobrevivido à
chuva de mísseis Scud que caíam à noite. Ele havia demonstrado ser um jovem
responsável, trabalhador, com um futuro brilhante. Ele parecia ser um cristão
sincero. E muitas pessoas perguntavam, por que ele, dentre todos? Por que
Anthony Riggs? Parecia não haver uma boa resposta para aqueles tiros disparados
na escuridão. E há tantos outros que se vão e que nos deixam com a mesma
pergunta: por quê? Vemos crianças sendo consumidas pela leucemia e perguntamos:
por quê? Vemos famílias temendo por suas vidas por causa de pais alcoólatras e
perguntamos: por quê? Vemos corrupção, fome, opressão, e nos indagamos: Se Deus
é bom, por que este mundo é tão mau? Se Deus ama realmente Seus filhos, por que
tantos sofrem terrivelmente? Gostaria de partilhar com você uma resposta muito
importante para essa pergunta. Não é a resposta completa, mas faz sentido, e é
algo que geralmente é omitido. Eu acredito que uma certa parábola que Jesus
contou nos ajudará a compreender a origem dos infortúnios do homem. O Mestre
falou sobre um campo que foi lavrado e preparado perfeitamente para a
semeadura. E Ele descreve um homem bom que plantou a semente no campo e
esperava uma colheita abundante. Mas algum tempo depois um servo descobriu que
joio inútil havia aparecido junto ao trigo, e levantou a seguinte
pergunta:"...Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem,
pois, o joio"? (Mateus 13:27) Amigo, esta é a pergunta que todo ser humano
enfrenta em algum momento na vida. Se Deus é bom, se Ele criou este mundo para
florescer para Seus filhos, por que vemos tantas tragédias? Na parábola, Jesus
diz que o patrão teve uma resposta simples. Ele disse, "Um inimigo fez
isso". De onde vem o sofrimento? De onde vêm a doença, a tristeza e a
angústia? A resposta de Jesus é: "Elas não apareceram por causa do dono do
campo, ele plantou boa semente. Ele não semeou doença e sofrimento e morte. Foi
um inimigo, um inimigo de Deus e do homem que veio durante a noite e espalhou
sua semente da destruição. A Bíblia claramente identifica esse inimigo como
Satanás, um ser que se rebelou contra Deus e desencadeou todo o problema do
pecado. Nas Escrituras, o diabo não é apenas uma figura de contos de fada, que
voa ao redor com um garfo. Ele é um ser bem real, que causa tragédias bem
reais. Mas como foi que tudo começou? Na realidade, o profeta Ezequiel nos dá
uma visão da queda de Satanás ao descrever um certo rei arrogante. O capítulo
28 de Ezequiel fala de um ser que era "o sinete da perfeição, cheio de
sabedoria". Ele fora ordenado "o querubim da guarda" que andava
no brilho das pedras "no monte santo de Deus". Mas alguma coisa
aconteceu com esse poderoso anjo conhecido como Lúcifer. Veja o que aconteceu:
"Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua
sabedoria por causa do teu resplendor..." (Ezequiel 28:18). O orgulho fez
Lúcifer tropeçar no céu. Por quê? Foi Deus responsável por algum defeito em seu
caráter? Não. Ezequiel se refere a esse anjo como "perfeito eras nos teus
caminhos, desde o dia em que foste criado". O que Deus fez foi criar seres
com a capacidade de escolha. Deus não queria seres angelicais que LHE
obedecessem só porque eram forçados a isto. Ele não queria robôs marchando pelo
céu com as cabeças erguidas e ombros para trás, dirigidos por algum centro de
controle cósmico. Deus queria que a adoração fosse livre, vinda de corações
amorosos, de inteligências que apreciassem Seu caráter. Aqui está o problema.
Se os indivíduos realmente têm o direito de escolha, então eles podem fazer
escolhas erradas. Eles podem decidir não amar a Deus. E foi justamente o que
Lúcifer fez. Ele se encheu de orgulho, começou a invejar o poder de Deus, e
instigou uma rebelião. O profeta Isaías nos conta sobre os trágicos resultados:
"Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado
por terra... Tu dizias no teu coração: "Eu subirei ao céu; acima das
estrelas de Deus... e serei semelhante ao Altíssimo" (Isaías 14:12-14).
Lúcifer foi expulso do céu porque ele foi pego pelo eu, eu, eu. Ele não estava
satisfeito com a privilegiada função que lhe foi concedida nas cortes celestes.
Ele queria usurpar o lugar do Altíssimo. Lúcifer fez escolhas erradas. Ele teve
a liberdade para fazer isso. Deus não é responsável pelo pecado, do mesmo modo
que não é responsável pela embriaguez, por ter criado as uvas. Isto no entanto nos
leva a outra pergunta. "Se Deus é amor, se Ele sabia que Satanás iria
trazer tanta miséria para o Universo, por que Ele não o destruiu no começo? Por
que Ele não o matou como nós mataríamos uma mosca"? Bem, o fato é que Deus
poderia ter destruído Lúcifer assim que ele começou a ter pensamentos
invejosos. Ele poderia ter cortado a rebelião pela raiz. Mas pense por um
momento o que isso teria significado para todos os outros anjos. Uma analogia
com o governo pode nos ajudar a compreender. Imagine que o presidente dos
Estados Unidos, sentado em seu escritório oval em Washington, tenha sido
acusado por um poderoso membro de seu gabinete de ser injusto, arbitrário e
ditatorial. Ele alega que, na verdade, o presidente não tem em mente os
interesses dos cidadãos, mas está usando o cargo para promover seus próprios
interesses. E então, como o presidente deveria responder se as acusações são
falsas? Será que ele deveria chamar o esquadrão antiterrorista da CIA para
prender o membro de seu gabinete? Isso limparia seu nome? E se ele ordenasse às
unidades da Guarda Nacional que cercassem o homem em sua casa? Isso resolveria
o problema? Certamente você já entendeu. A reputação e credibilidade de Deus
estavam em jogo quando Satanás proferiu seu arrogante desafio. A questão
levantada era: É Deus realmente justo? É Seu caminho realmente o melhor?
Eliminar a oposição não teria sido a resposta a esse desafio. Em vez disso,
Deus escolheu um caminho melhor. Ele permitiria que o pecado existisse no
Universo por um período de tempo. Quando fosse completamente demonstrado que
rebelião contra Ele não traz felicidade, mas sim doença e desastre, quando todo
o Universo visse que os caminhos de Deus trazem alegria e os caminhos de
Lúcifer trazem morte, então, e somente então, Deus destruiria finalmente todo o
mal. Assim, foi permitido a Lúcifer executar seu plano alternativo. Mas isso
levanta uma outra pergunta. Como o planeta Terra foi envolvido? Foi ele
simplesmente criado como um depósito de lixo para Satanás? Foram os seres
humanos sentenciados a sofrer sob seu domínio? O livro de Gênesis nos conta que
tudo era "bom" quando Deus criou este mundo, e isso incluia os
primeiros seres humanos. Tudo era perfeito no Éden. Mas Deus criou seres
humanos como livres agentes morais, exatamente como Ele havia dado aos anjos a
liberdade de escolha. Eles poderiam escolher obedecer a Deus ou desviar-se
dEle. Quando Eva passeava por perto da árvore proibida do Conhecimento do Bem e
do Mal, Satanás, disfarçado em uma serpente, teve a oportunidade de espalhar
suas mentiras. Eva contou a ele que Deus disse que ela morreria se comesse da
árvore. E Satanás respondeu: "... É certo que não morrereis. Porque Deus
sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus,
sereis conhecedores do bem e do mal" (Gênesis 3:4 e 5). Satanás estava
dizendo essencialmente: "Você terá muito mais felicidade se me seguir.
Deus está restringindo sua liberdade. Ele está te segurando, Ele está te
amarrando." Tragicamente, Eva e seu esposo, Adão, aceitaram essa mentira.
E hoje nós podemos ver os resultados dessa mentira por todos os lados. A
alternativa de Satanás não é nada parecida com a propaganda que a Serpente fez
no Éden. Vivemos num planeta em rebelião, num planeta cheio de pecado e morte.
Após Adão e Eva comerem da árvore proibida, eles ficaram cheios de culpa e
ansiedade. Quando Deus veio procurá-los no Jardim, eles se esconderam da Sua
face. Desde então estamos correndo e nos escondendo. O pecado produz alienação
entre o homem e Deus. As sementes da primeira guerra foram plantadas no coração
dos pais da raça humana quando eles pecaram. A razão de existir abuso no lar, a
razão da violência nas ruas, a razão de existir tanta hostilidade neste mundo é
porque o pecado contaminou o coração humano. O homem alienado de Deus, é também
alienado de seu próximo. A alternativa de Satanás, em resumo, produz morte.
Todas as sepulturas que nós vemos são um testemunho e um testamento de sua
grande mentira, "Certamente não morrereis". Pecado causa morte
física, morte emocional e morte espiritual. Mas Deus simplesmente não nos
abandonou à morte porque a raça humana se rebelou contra Ele. Não, amigo, desde
o princípio, quando o pecado entrou em nosso mundo, Ele tinha um plano, Ele nos
mostrou uma saída. Deus deu essa mensagem de advertência à serpente. Veja:
"Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu
descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar"
(Gênesis 3:15). Amigo, a promessa de Deus é que nós não precisamos continuar
sendo derrotados pela Serpente, por Satanás. Ele colocará inimizade entre nós e
o inimigo. Nós podemos escapar de seu controle. Como isto pôde acontecer? Como
isso aconteceria? Isso aconteceria através da descendência da mulher, Jesus
Cristo, o Prometido. Ele viria e esmagaria a cabeça da serpente na cruz; Ele
destruiria o poder tirânico de Satanás. Se você alguma vez se perguntou,
"Por que Deus não faz alguma coisa a respeito da doença, do pecado, e do
sofrimento em nosso mundo?" A resposta é: Ele fez alguma coisa; Ele deu
tudo na dádiva de Seu Filho. Jesus pode nos dar a capacidade para viver
vitoriosamente, mesmo num mundo dominado pelo pecado. Permita-me dar-lhe um
maravilhoso exemplo de como isto acontece. No início falamos da tragédia de
Anthony Riggs. E eu gostaria de encerrar com o triunfo de John McCain. Ele
esteve também envolvido numa guerra, como piloto no Vietnã. Ele passou cinco
anos e meio como prisioneiro de guerra em Hanói, onde ele e muitos outros
pilotos suportaram terrível sofrimento. Mas houve um dia, e esse homem lembra
claramente, quando eles foram capazes de superar todo aquele abuso e
isolamento. Era véspera do Natal de 1971. Alguns dias antes, McCain conseguira
uma Bíblia por apenas alguns momentos. Ele copiou apressadamente o quanto pôde
de passagens bíblicas sobre a história de Natal, antes de um guarda se
aproximar e tomar o livro. Agora, naquela noite especial, os homens decidiram
ter o seu próprio culto de Natal. Eles começaram com o "Pai Nosso" e
depois cantaram cânticos de Natal. McCain lia uma parte do evangelho de Lucas
entre cada hino. Os homens estavam nervosos. Eles lembraram a ocasião, quase um
ano atrás, quando os soldados invadiram o culto religioso secreto deles e
começaram a bater nos três homens que estavam dirigindo as orações. Eles foram
arrastados para o confinamento solitário. O restante foi trancado em celas de
um metro por um metro e meio durante onze meses, apenas por terem lido uma
passagem bíblica. Mas mesmo assim os prisioneiros queriam cantar naquela
véspera de Natal. Então eles começaram: "Chegai-vos, ó crentes, vinde
jubilosos". Eles cantavam um pouco mais alto que um sussurro, e olhavam
ansiosamente para as grades da janela. Amontoados embaixo de uma lâmpada, eles
pareciam mais uma congregação infeliz. Esses homens que outrora haviam sido
oficiais magnificamente preparados, agora pareciam desolados e arruinados. Eles
tremiam no úmido ar noturno. Muitos tremiam de febre. Alguns estavam
permanentemente encurvados como resultado das torturas; outros se apoiavam em muletas
improvisadas. Mas eles continuavam cantando e cantando. "Sigamos a estrela
nos céus de Belém. Eis que é nascido Cristo Rei dos anjos..." Enquanto o
culto prosseguia, os prisioneiros se encorajavam, e suas vozes se erguiam mais
e mais altas até que eles encheram as celas com "Glória ao Rei que vos
nasceu", e "Soou em meio à noite azul". Alguns dos homens
estavam muito doentes para se levantar. Mas outros os levaram para uma
plataforma e colocaram cobertores sobre os seus ombros trêmulos. Todos queriam
participar dos cânticos que os fizeram se sentir cheios de alegria e
triunfantes. Quando eles chegaram em "Tudo é Paz", lágrimas rolaram
de seus rostos sem barbear. Como John McCain escreveu: "De repente nós
voltamos 2 mil anos e estávamos distantes, em uma vila chamada Belém. E nem
guerra, tortura ou aprisionamento... tinham diminuído a esperança nascida
naquela noite feliz tanto tempo atrás." Amigo, tente imaginar o quanto
estas palavras maravilhosas significaram para aqueles homens. Enquanto os prisioneiros
daquela cela no norte do Vietnã cantavam com emoção o último verso: "Dorme
sem temor, nosso Salvador" eles se deram conta de que uma transformação
havia ocorrido. John McCain expressou desta forma: "Nós esquecemos os
ferimentos, a fome e a dor. Elevamos orações de agradecimento pelo bebê Jesus,
pelas nossas famílias e lares... Houve um sentimento intenso, sem igual, como
se nossos fardos tivessem sido levantados. Num lugar designado a transformar
homens em animais violentos, nós nos unimos uns aos outros, partilhando o
conforto que tivemos. Que palavras de conforto podemos partilhar com este mundo
coberto com tanto joio trágico? Nós podemos cantar um cântico de triunfo.
Podemos elevar uma canção de desafio contra o inimigo. Podemos erguer um louvor
ao nosso Deus que uniu nossas vidas à Sua. Ele veio a este mundo e sofreu
conosco. E nós triunfaremos com Ele um dia. Sim, cheios de alegria e
triunfantes, mesmo em meio a tristezas e preocupações. Este é nosso privilégio.
Uma vida assim é nosso privilégio quando colocamos nossa fé no Único Rei dos
Reis, nascido naquela "Noite de Paz" na pequena cidade de Belém. Ao
dar ao Salvador o controle de nossa vida, nós superaremos o sofrimento, as
tragédias, as tristezas deste mundo e também cantaremos cânticos de triunfo.
Você gostaria de, em meio ao seu sofrimento, abrir o coração para Cristo?
ORAÇÃO Pai, muitas vezes ficamos perplexos com a crueldade
e a casualidade da vida em nosso mundo. Algumas vezes somos tentados a Te
culpar. Mas ajuda-nos agora a compreender quem realmente é o responsável, e
ajuda-nos a ficar longe do inimigo que tem plantado todo esse joio. Nós
aceitamos o Teu Filho como Salvador e Senhor. Deste dia em diante confiaremos
no nome de Jesus. Amém
8
ALGUÉM ESTÁ OUVINDO?
Pr. Mark Finley
No aniversário dos 500 anos do descobrimento do Novo Mundo
por Colombo, a NASA iniciou uma nova era de descobrimentos. Precisamente às 15
horas de 12 de outubro de 92, um astrônomo em Porto Rico ligou o maior
radiotelescópio da Terra. Esta concavidade de alumínio com mais ou menos 300
metros, suspensa sobre um profundo desfiladeiro, começou a procurar por
civilizações avançadas em outras partes da Via Láctea. No mesmo momento, outro
cientista no Deserto de Mojave ligou a estação de rastreamento do Radiotelescópio
Goldstone. Essas duas concavidades, trabalhando juntas, estão sintonizando seus
ouvidos eletrônicos para algum sinal válido, algo diferente do costumeiro ruído
do Universo, algo diga: "Estamos aqui, vamos conversar". É um projeto
grandioso. A NASA esta investindo 100 milhões de dólares ao longo de 10 anos.
Os radiotelescópios estarão ajustados para freqüências do final do espectro de
microondas. Estes são os "canais silenciosos" do espaço que tem o
mínimo de interferência. Os cientistas supõe que extraterrestres tentando se
comunicar através das galáxias, serão inteligentes o bastante para transmitir
nessas freqüências. Afinal de conta, essa é a única maneira de ser ouvido acima
do ruído cósmico das estrelas. Como será que a comunidade científica conseguiu
persuadir o Congresso a financiar esse enorme projeto? Por uma razão: a
esperança de ouvir uma voz respondendo, a esperança de um eco inteligente em
algum lugar deste imenso Universo. Toda esta complexa variação de alta
tecnologia esta sintonizada no espaço apenas para a possibilidade, de se
escutar uma voz na escuridão. Sabe, amigo, com os ouvidos eletrônicos se
esforçando tanto para escutar algum fraco sinal no espaço, muitos de nós,
podemos estar perdendo a mais importante de todas as vozes extraterrestres.
Podemos estar surdos para os mais audíveis sinais já dirigidos a nós. Veja a
mensagem enviada a nós, nas Escrituras, pelo profeta Jeremias: "Assim diz
o Senhor que faz estas cousas, o Senhor que as forma para as estabelecer...
Invoca-me e te responderei; anunciar-te-ei cousas grandes e ocultas, que não
sabes"(Jeremias 33: 2 e 3). Muito antes de alguém ter sonhado
radiotelescópio, Jeremias assegurou a seus contemporânios que o Criador já
estava na linha. Aquele que fez a Terra estava ansioso para se comunicar. Ele
estava ansioso para nos instruir com Sua inquestionável sabedoria. A ironia é
que, enquanto gastamos milhões com a remota possibilidade de manter contato com
ETs, ignoramos a "tranqüila e suave voz" sussurrando em nosso ouvido.
O Criador do Universo quer conversar, mas estamos muito ocupados classificando
os diversos ruídos cósmicos. Estamos nos esforçando para captar uma faísca de
inteligência em algum lugar no espaço, mas ignoramos o Senhor que bate à porta
do nosso coração. Por que será que a oração não parece sequer tão interessante
quanto os sinais do espaço? Por que será, amigo, que conversar com Deus pela fé
não parece tão significativo quanto verificar freqüências de rádio por
telescópio? O Todo Poderoso de fato nos assegura que, através da oração,
podemos conhecê-Lo intimamente, podemos ter um encontro face a face. Leia a
promessa deixada a nós no livro de Salmos: "Perto está o Senhor de todos
os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade"(Salmos 145:18).
Deus se aproxima de todos, de todos que invocam o Seu nome. Esta é a promessa.
Este é o potencial incrível da oração. Mas para a maioria das pessoas é mais
parecido com um tiro no escuro. A face de Deus não parece tão próxima assim,
quando eles oram. Eles não experimentam um senso a satisfatório de intimidade.
Por quê? Por que tantos fracassam em alcançar algum indício de inteligência
celestial, quando sintonizam na freqüência divina? Por que as orações parecem
não fazer nenhum sentido? Permita-me partilhar com você uma razão muito
importante. Muitas vezes buscamos sinceramente a Deus apenas quando estamos com
problemas. Infelizmente a oração é vista como último recurso, algo muito
apropriado quando não temos outra saída. Fazemos o que podemos da nossa vida, e
então, quando não temos outra alternativa, pedimos intervenção divina, isto é,
quando tudo fracassa, nós oramos. Muitas pessoas fazem como o marinheiro
descrente que, enquanto o seu navio era sacudido no mar, implorou: "Oh,
Senhor, eu não tenho pedido nada pelos últimos 15 anos, e se Tu nos salvares
desta tempestade, eu Te prometo, Deus, que não vou Te incomodar por outros 15
anos." É claro, que é uma boa idéia orar quando ocorre uma calamidade. O
problema é que quando as coisas estão indo bem, oramos muito pouco, se oramos;
mas quando as coisas vão mal, oramos pelos problemas. Se dobramos nossos
joelhos apenas para escapar de uma situação difícil, então amigo, realmente
estamos perdendo a melhor parte da oração. De acordo com os versos que lemos,
oração é comunicação; oração é compreender a mente e o coração de Deus. Isso
exige tempo; isso requer um diálogo contínuo. Pergunte a si mesmo: quanto tempo
de qualidade eu tenho gastado com Deus? Se a oração é apenas um pedido
ocasional de socorro, então não somos tão diferentes daqueles astrônomos
explorando o Espaço, imenso, por algum sinal de inteligência. Eles esperam que
com um pouco de sorte, descubram algo. Muitas pessoas estão clamando a um Deus
distante, a um Deus em algum lugar lá em cima. E eles se perguntam se alguém está
realmente escutando. Afinal de contas, quais são as chances deste pequeno ponto
do planeta, neste canto do mundo, receber uma mensagem do centro nervoso do
Universo? Do ponto de vista humano, a tarefa estonteante. Os radiotelescópios
da NASA esmiuçam um trilhão de sinais antes de achar um que valha a pena ser
investigado. Depois de anos de pesquisa, temos um punhado de sinais
inexplicáveis. Mas esses "ruídos" interessantes nunca, jamais se
repetiram. É como se o ET desligasse o telefone antes de conseguirmos entrar na
linha. Além disso existe o problema da distância. Mesmo que algum
extraterrestre enviasse algum sinal inteligível , levaria anos-luz para que
este sinal chegasse até aqui. E se decidíssemos responder, levaria outros
tantos anos-luz para isso. O melhor que nós podemos esperar, de acordo com um
astrônomo, são "apenas longos monólogos cruzando um pelo outro eternamente
no correio interestrelar". Tentar se comunicar com ET é realmente um tiro
no escuro. Mensagens enviadas para o Espaço são consumidas pelas distâncias
infinitas do Universo. Mas este não é o objetivo de Deus com a oração. Nosso
Pai Celestial quer que façamos mais do que apenas enviar pedidos de socorro nas
ocasiões em que a nossa vida está caindo em pedaços. Ele quer um diálogo. Ele
não é apenas um Soberano sentado em Seu trono em alguma galáxia anos-luz
distante. Ele é também um companheiro muito presente. O que promete vir para
perto de nós quando oramos. Se você quer realmente conhecer a Deus através da
oração, comece por abaixar o tom da voz. Transforme súplicas de desespero em
uma conversação amigável. Compreenda que Deus está bem ao lado escutando. E
mais do que qualquer coisa quer ensinar-lhe, para que você possa realmente
conhecê-Lo. Existe algo muito simples que você pode fazer para impedir que sua
mente divague durante a oração. É algo que tenho feito regularmente e que tem
melhorado minha própria vida de oração. Isso tornou minha oração realmente
significativa para mim. É orar em voz alto. Ore apenas em voz alta. Oração secreta
não significa necessariamente oração silenciosa. Jesus orou em voz alta em mais
de uma ocasião. Agora, não se preocupe que algum demônio irá ficar escutando. O
diabo foge ao som de uma oração fervorosa. Deus nos cerca de anjos. Quando
oramos em voz alta, nos tornamos mais conscientes do que estamos falando para
Deus; colocamos mais energia no que estamos expressando. Experimente! O simples
fato de proferir a oração em voz alta, ajuda muito a manter a mente
concentrada. Existe mais uma coisa que podemos fazer: usar as Escrituras em
oração. Utilize a Bíblia como um assunto para oração. Por exemplo, leie e
medite sobre um salmo, e então repita algumas de suas expressões, como o seu
próprio louvor a Deus. Você pode pegar um verso que o impressione, um verso significativo
para você, até uma palavra-chave de um verso, e concentrar-se nela como seu
apelo a Deus. Usar as Escrituras na oração nos dá maior sensação de um diálogo
com Deus. Vou lhe dar um outro exemplo prático de como transformar súplicas
ocasionais de desespero em um diálogo significativo. Uma senhora que chamarei
de Yolanda tinha muitas razões para se desesperar. Seu esposo a estava tratando
muito mal, isto é, quando ele aparecia em casa. Ele tinha o hábito de se
envolver com outras mulheres e esse seu mal comportamento deixava Yolanda
emocionalmente instável. Um dia alegre outro triste. Porém, ele era até
bastante amoroso como pai, e seus dois filhos realmente o amavam. Algumas vezes
ele era gentil com Yolanda. Nessas ocasiões ela achava sinceramente que as
coisas estavam mudando. Mas então ele se tornava verbalmente abusivo e voltava
mais uma vez para a namorada. Tragicamente, embora Yolanda achasse seu
casamento insuportável, a alternativa de viver sozinha parecia ainda pior.
Constantemente ela choramingava histórias de mais um desapontamento. Com tudo,
não tinha forças para se divorciar do marido, pois acreditava que não haveria
outro. E assim, ela simplesmente continuava clamando na escuridão. Ela lançava
suas orações contra essa situação insolúvel, suplicando que Deus mudasse seu
esposo. E Deus parecia terrivelmente distante. A chance de ter uma solução para
seu problema parecia tão irreal quanto a de ser comunicar com um ET da
imensidão do Espaço. Felizmente, entretanto, Yolanda conheceu um casal cristão.
Eles começaram a falar sobre a proximidade de Deus e sobre Seu desejo de um
relacionamento pessoal com ela. Eles ajudaram Yolanda a transformar suas
súplicas desesperadas em orações mais calmas e confiantes. O primeiro passo foi
fazer com que Yolanda focalizasse o passo que ela precisava tomar. Como ela
escaparia daquela instabilidade emocional constante? O casal encorajou Yolanda
a focalizar mais as suas orações no amor e aceitação de Deus estabelecendo uma
vida devocional constante. E então somente quando se tornou mais forte
emocionalmente é que ela pôde ter uma influência significativa sobre o marido.
Bom, de certo modo, Yolanda aceitava passivamente a infidelidade de Tim por
manter sua casa e coração sempre abertos para ele, da mesma forma que famílias
de alcoólatras se tornaram co-responsáveis por estar sempre pagando as contas,
carregando-os para casa e dando desculpas no trabalho. Mas orientando seus
passos à frente, nos objetivos, Yolanda pôde experimentar uma vida de oração
mais saudável e mais efetiva . O casal cristão notou que quando Yolanda
compreendeu e levou a sério o seu relacionamento pessoal com Deus, a sua
instabilidade emocional teve uma melhora; ela não era mais tão vulnerável. Sim
pequenos avanços. O milagre ainda não ocorrera totalmente. Porém, o mais
importante é que Yolanda está andando ao invés de somente esperar; ela está
conversando com Deus, um Deus perto dela, aquele Deus que tem soluções para os
problemas; ela não está apenas atirando sinais para dentro da escuridão. Existe
um quadro preciso da oração que você obtém lendo as cartas do Novo Testamento.
Um quadro muito otimista e esperançoso. Os apóstolos derramam suas orações.
Oração é uma corrente abundante, uma enchente, não um esguicho ou um pingo. A
vida ativa que levavam era impedida pelo oração. Veja o conselho de Paulo ao
Efésios: "Com toda a oração e súplica, orando em todo tempo no
espírito" (Efésios 6:18). Qual é o modelo de Paulo para a oração bem
sucedida? Existe alguma fórmula secreta que ele revela? De modo algum. Ele
simplesmente diz, ore! Ore em todas as ocasiões. Faça todo tipo de oração, ore
sobre todas as coisas. Ore sobre suas tristezas, suas alegrias, seus desafios,
seus anseios, seus sucessos. Comunique-se! Tenha um diálogo ativo com a mais
alta inteligência do Universo. Entretanto, existe uma qualidade que se destaca
na oração do Novo Testamento. As companheiras gêmeas mais comuns da oração
perseverante são a alegria e o agradecimento. A maioria das orações do apóstolo
Paulo, por exemplo, fluía numa corrente de regozijo: "Não cesso de dar
graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações" (Efésios 1:16).
Agradecimento, um ingrediente de uma vida de oração vibrante. Veja este outro:
"Fazendo sempre, com alegria, súplica por todos vós, em todas as minhas
orações" (Filipenses 1:4). Alegria, outra qualidade da oração no
ministério de Paulo. "Damos sempre graças a Deus, Pai... quando oramos por
vós" (Colossenses 1:3). A corrente de oração que transborda das epístolas
é cheia de vigor, uma fonte de alegria que brota do coração. Você sabe por quê?
Porque este é o tipo de oração que tem alicerces. Lamentação, não. Nossa
tendência é o desespero quando as petições estão direcionadas para as coisas
negativas que tentamos evitar. Mas o que Deus mais quer que façamos é focalizar
uma meta positiva. Por natureza, Deus tem as soluções. Ele queria que Yolanda,
olhasse para uma coisa além do seu marido infiel. Ele queria que ela
focalizasse num relacionamento melhor, ao seu alcance. As orações, mesmo as
súplicas por ajuda, especialmente essas, precisam de um medida de alegria e
agradecimento. Precisamos olhar para o que Deus pode fazer por nós agora, como
podemos crescer em nossa situação presente. Precisamos olhar para a suficiência
de Deus mais do que para a nossa insuficiência. Sua capacidade precisa ocupar
nossa mente, mais do que a nossa incapacidade. Uma melhor notável chamada
Darlene Rose nos mostra a diferença que esse tipo de oração pode fazer na vida
prática, mesmo nas piores circunstâncias. Três longos anos de cativeiro tinham
esgotado as prisioneiras da prisão de Kampili. Esse era um famoso campo de
prisão para mulheres que os japoneses construíram após a conquista das Ilhas
Celebes. A Segunda Guerra Mundial se arrastava cansativamente. As prisioneiras
eram ameaçadas tanto pela fome como pelos bombardeios. A maioria estava
apática, e muitas estavam completamente desmoralizadas. Mas uma prisioneira
tinha um recurso secreto. Darlene Rose, uma ex-missionária na Nova Guiné,
mantinha um saudável diálogo com o Pai Celestial. E ela regia as crises se
colocando na ofensiva através da oração. Darlene conversava com Deus sobre o
Sr. Yamaji. Ele era o rude comandante do campo que batia cruelmente nas
prisioneiras quando se irritava. Um dia, quando esteve diante dele em seu
escritório, ela pôde dizer algumas palavras sobre o Onipotente Criador que
morrera até mesmo por ele. Para seu espanto, ela viu lágrimas começarem a rolar
pela face dele. Ele entrou apressadamente numa sala ao lado e fechou a porta.
Darlene, mais uma vez, orou silenciosamente enquanto ouvia o comandante
chorando. Depois disso o Sr, Yamaji mostrou bondade e até tentou melhorar as
condições do campo para todos. Darlene poderia facilmente ter fixado sua
atenção no interminável infortúnio da prisão em suas orações: "Por favor,
nos tire daqui; termine esta guerra horrível!" - ela poderia ter orado.
Ela poderia ter enviado sinais desesperados para a escuridão. Isto seria muito
aceitável diante das circunstâncias. Mas Deus poderia ter parecido muito
distante durante aqueles anos em Kampili, vindo algum dia para libertá-las, mas
não aqui, não hoje, não amanhã, nem na próxima semana. Ela poderia ter caído
naquela situação familiar: sempre clamando, nunca tendo resposta. Em vez disso
Darlene se concentrou no que Deus poderia fazer imediatamente lá naquele campo.
O que se destaca daquele tempo, são atos de providência dessa mulher, que
iluminaram a longa noite como o brilho de um foguete. Darlene orou por forças
para perseverar quando a ameaçadora Polícia secreta a levou para a prisão. Uma
noite ela não pôde deixar de orar sobre o irresistível desejo de comer banana.
Ela tinha visto alguém surrupiar algumas para outra prisioneira. "Senhor,
apenas uma banana", ela orou. Um pouco depois Darlene agradeceu contritamente
com o seu mingau de arroz. Mas na manhã seguinte, um guarda, inexplicavelmente,
entrou em sua cela e largou um cacho grande de bananas aos seus pés. Darlene
contou lentamente noventa e duas preciosas frutas. Ela sentiu o Todo Poderoso
bem perto de sua cela. Esta foi uma manifestação maravilhosamente generosa.
Deus era real e presente para Darlene Deibler Rose em um lugar onde Ele poderia
ter parecido angustiosamente distante. Ela O encontrou naquele momento e lugar
porque ela O procurou. Darlene ansiava pelo fim da guerra tão fervorosamente
quanto qualquer um, mas se recusava a limitar suas esperanças e orações àquele
dia de libertação final. Essa era uma mulher que podia olhar para as estrelas
numa noite em que estava num abrigo anti-aéreo, e se alegrar porque o Criador
dos céus se relacionava com ela. Darlene escreveu estas palavras: "Oh, a
maravilha de Seu amor por mim e a consideração pessoal por mim, como pessoa,
foram irresistíveis." Amigo, tem você encontrado um Deus que está tão
perto? Tem você experimentado algum gesto de bondade do Pai Celestial? Por que
não começar agora um diálogo significativo? Deus está ansioso para "lhe
contar grande e inescrutáveis coisas". Ele está ansioso para ser a
tranqüila e suave voz junto ao seu coração, mas para isso você tem que fazer um
investimento sério em comunicação. Receber sinais do céu não é uma questão de
sorte; não acontece de você sintonizar por acaso no canal divino. Você precisa
deixar Deus criar um canal em seu coração. Precisa investir tempo em oração pessoal.
MAIS SEMELHANTE A JESUS Letra e Música: Williams Costa Jr
Mais semelhante a Jesus é o que mais eu desejo na vida. Mais semelhante a Jesus
é a vontade sincera nascida em meu ser. Mais semelhante a Jesus é o ponto de
minha partida; para ter nesta vida alegria e poder quero ser mais semelhante a
Jesus. Mais semelhante a Jesus é a mensagem cantada e vivida. Mais semelhante a
Jesus é a vontade incontida de sempre louvar. Mais semelhante a Jesus é o alvo
de minha corrida; para ter nesta vida alegria e poder quero ser mais semelhante
a Jesus. Mais semelhante a Jesus é a minha comida e bebida. Mais semelhante a
Jesus é a vontade acolhida no meu coração. Mais semelhante a Jesus é a certeza
da luta vencida; para ter nesta vida alegria e poder quero ser mais semelhante
a Jesus. Gravado por Sonete do Ministério Está Escrito
ORAÇÃO Querido Pai, muito obrigado por se aproximar de nós,
por descer até aqui na pessoa de Teu Filho, Jesus Cristo. Através do Teu
sacrifício o caminho agora está aberto. Podemos agora nos achegar a Ti como
crianças a um Pai. Ajude-nos a tomar o compromisso, de ter realmente um diálogo
contigo. Ajude-nos a nos aplicar-nos em oração. E obrigado pelas coisas
maravilhosas que farás em nossa vida como resultado. Em nome de Jesus. Amém
9
SAUDADES DO LAR
Pr. Mark Finley
Após 15 anos de buscas pelo Faraó que estava faltando no
Vale dos Reis, Howard Carter estava a ponto de desistir de tudo. O ano era
1922. O arqueólogo tinha investido boa parte da vida escavando nas proximidades
dos monumentos e tumbas que outros já haviam escavado antes. Trinta e três
túmulos reais haviam sido descobertos no Vale. Mas todos haviam sido pilhados
por ladrões. Os especialistas concluíram que todos os segredos desse local,
onde eram sepultados os Faraós, já haviam sido descobertos. Mas não Howard
Carter. Ele insistia que a tumba de um jovem Faraó chamado Tutancâmon tinha que
estar ali, em algum lugar. Ele havia encontrado um cálice, pedaços de folhas de
ouro e jarros de barro. Todos contendo o nome de Tutancâmon. Todas as suas
escavações, no entanto, não haviam dado em nada. E o patrocinador de Carter,
Lorde Carnavon, declarava agora que não poderia mais financiar as expedições do
arqueólogo. Desesperado, Carter implorou por mais uma chance. Se não
encontrasse o túmulo, disse, ele mesmo pagaria pelo trabalho. Lorde Carnarvon
concordou em dar-lhe apenas mais uma oportunidade. No início de novembro, os
homens de Carter descobriram uma escada. A escada levava a uma porta.
Examinando-a, Carter notou o selo do deus Chacal. "Foi um momento emocionante",
ele escreveu mais tarde, para um explorador, "naquele Vale de
indescritível silêncio". Aquele selo era afixado em túmulos reais. E ainda
não havia sido quebrado. Carter enviou um telegrama ao seu patrocinador,
convidando-o a vir até o local. Quando Lorde Carnarvon chegou na manhã
seguinte, Carter cortou um pedaço da porta. Era 26 de novembro de 1922, o dia
mais incrível de toda a sua vida. Ele acendeu uma vela e examinou o interior um
instante. "Por um momento", Carter escreveu, "fiquei mudo e
estupefato". Ele viu animais estranhos, estátuas e ouro. O brilho do ouro
por toda a parte. Naquele instante, o arqueólogo se sentiu transportado a outra
época e outro lugar, completamente diferentes de tudo que já havia conhecido.
Lorde Carnarvon mal podia suportar o suspense. E perguntou: "Howard,
Howard, pode ver alguma coisa?" E Carter, tentando descrever a maior
descoberta arqueológica da História, apenas disse: "Sim, coisas
maravilhosas!" Até aquele momento ninguém havia imaginado a deslumbrante
arte ou glória real que estavam escondidas sob a areia. Esfinges de deuses e
deusas, jóias e baús e vasos de marfim, móveis dourados e, o mais formidável de
tudo: o sarcófago de Tutancâmon, uma série de estátuas douradas feitas
artesanalmente para se encaixarem uma dentro da outra. Elas revelam a máscara
mortuária, feita de ouro batido. Finalmente, o mundo estava vendo as feições do
Faraó-menino que reinou apenas nove anos, e morreu em circunstâncias
misteriosas, em 1350 a.C. Ao todo, mais de 5.000 tesouros foram encontrados
nesse túmulo. Carter demorou nove anos para remover e transferir tudo para o
Museu Egípcio do Cairo. E isso deixou todos com uma pergunta: por que todos
esses preciosos ítens haviam sido enterrados com Tutacâmon? Enterrados na
escuridão, selados numa câmara onde o olho humano não podia vê-los. Qual a
razão disso? Vamos contrastar o destino desse Faraó-menino com outro, outro
Faraó do Egito, cerca de 200 anos antes. Durante o tempo em que Tutmés Primeiro
reinava no Egito, dois escravos hebreus: Anrão e Joquebede, tiveram um filho.
Esse era o bebê Moisés, que foi colocado numa cesta sobre o Rio Nilo, por uma
mãe desesperada. A filha do Faraó encontrou a criança e a adotou, mas permitiu
que sua verdadeira mãe o criasse. Durante cerca de 12 anos, Joquebede ensinou
Moisés a obedecer e a confiar no Deus do céu; ela incutiu nele um senso do
chamado divino. Então o garoto foi levado de seu humilde lar para o palácio
real para tornar-se, oficialmente, o filho da princesa. Tutmés decidiu torná-lo
seu neto adotivo. Decidiu fazer dele seu sucessor no trono. Fez questão de que
o menino fosse devidamente educado para assumir sua alta posição. Moisés
recebeu o melhor treinamento civil e militar que a côrte de Faraó podia
oferecer. Todos os passos o levaram à glória do trono egípcio. O Egito era
então o centro do mundo civilizado; toda a sua riqueza e influência e poder
estariam a seus pés. Era tudo, tudo seu, se ele apenas prestasse culto a Aton e
Osíris, em lugar do Deus do céu. O palácio do Faraó seria seu lar. O Vale dos
Reis seria o local de seu descanso final. Seu corpo também seria enterrado com
os melhores tesouros da Terra. Mas nenhuma pá de arqueólogo jamais escavou a
tumba de Moisés. E nenhuma expedição jamais faria isto porque essa tumba nunca
foi construída. Moisés tomou uma das decisões mais críticas da História. Isso
está registrado em Hebreus:: "Pela fé, Moisés, quando já homem feito,
recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto
com o povo de Deus, a usufruir prazeres transitórios do pecado".(Hebreus
11:24 e 25) Moisés identificou-se com os sofredores hebreus, os escravos. Sua
causa tornou-se a dele. E assim Deus o usou para conduzir uma nação inteira à
liberdade, e à Terra Prometida. Moisés viu além de palácios, além das carruagens
douradas, ricas jóias e móveis de marfim. Ele não queria ser envolto em ouro.
Moisés escolheu algo diferente: tornar-se o filho do Rei dos Reis, o Deus do
céu e serví-Lo. Muitos anos mais tarde, Moisés morreu sozinho no topo do Monte
Nebo, após olhar para a Terra Prometida, na qual jamais entraria. Sem fanfarra
real, sem funeral pomposo, sem um túmulo glorioso. Será que foi uma boa troca?
Uma vida de lutas com o errante povo de Israel ao invés de riquezas e do poder
do trono do Egito? Um fim aparentemente insignificante, em vez de um lugar no
Vale dos Reis? Para responder essa pergunta, voltemos à primeira questão que
levantamos. Voltemos à tumba de Tutancâmon. Por que os egípcios selaram todos
esses tesouros com o Faraó morto? A resposta envolve sua idéia de como
preparar-se para depois da morte. Os antigos acreditavam que poderiam
providenciar para que o falecido tivesse à sua disposição os acessórios que lhe
permitiriam continuar vivendo da mesma forma como haviam vivido nesta vida.
Acreditavam que os Faraós tinham que ir de primeira classe em sua jornada desta
vida ao misterioso mundo dos mortos. É por isso que o túmulo de Tutancâmon
estava cheio de belos móveis, utensílios esculpidos com requinte, baús
elaborados e vasos cheios de óleo. Os Faraós faziam tudo que estava ao seu
alcance para tornar a imortalidade um acontecimento luxuoso. E eles tinham
muito poder. Moisés não tinha poder. Ninguém esculpiou à mão uma máscara
mortuária para ele. Mas vamos descobrir qual foi seu destino final. O que a Bíblia
diz a respeito da sabedoria da escolha de Moisés? Podemos esclarecer isso a
partir do pequeno livro de Judas, um antes do Apocalipse. "Mas até o
Arcanjo Miguel, quando disputava com o Diabo a respeito do corpo de Moisés não
se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele, mas disse o Senhor te
repreenda." Isso está no verso 9. Depois que Moisés morreu, nosso Senhor,
preste atenção nisso, discutiu com Satanás sobre a ressurreição do corpo de
Moisés. Bem, é claro que Satanás queria que Moisés ficasse preso em sua tumba.
Como um tipo de todos aqueles que serão ressuscitados quando Jesus voltar,
nosso Senhor ressuscitou Moisés da morte. A Bíblia não está falando de um
espírito desencarnado ou da alma imortal de Moisés. Ele foi literalmente,
físicamente ressuscitado dos mortos, assim como nós seremos quando Jesus
voltar. Vamos avançar no tempo e viajar através dos séculos. Vamos até o topo
de uma certa montanha da judéia: o Monte da Transfiguração. Jesus foi
transfigurado diante de três de seus discípulos. Sua roupa se tornou um branco
ofuscante; seu rosto parecia brilhar como o sol. Então, duas pessoas apareceram
ao seu lado: Moisés e Elias. O primeiro, Moisés, ressuscitara da morte; e o
outro, Elias, foi transladado ao céu sem ver a morte. Moisés é um tipo daqueles
que ressuscitarão fisicamente quando Jesus voltar. Elias representa aqueles que
serão trasladados sem ver a morte. E ali estavam eles, conversando com o amigo
Jesus, dando-lhe coragem. Essa breve cena demonstra o notável destino de
Moisés. Aparentemente, nosso Pai celestial não pôde resistir em levar Moisés
para o céu antes da hora - antes do momento em que diz a Bíblia - todos os
justos serão levados para o céu com Cristo , em sua segunda vinda. Sendo assim,
qual foi o destino que Moisés encontrou ao fim de sua longa e dura jornada?
Encontrou uma Terra Prometida melhor. Encontrou-se face a face com Jesus
Cristo, na casa de Seu Pai. Sim, eu diria que Moisés fez uma boa troca, o que
você acha? Eu preferiria conversar com Jesus do que estar deitado num sarcófago
dourado, não importa quantas jóias de ouro houvesse ao meu redor. Preferiria
caminhar na casa de meu Pai do que estar deitado entre as riquezas dos faraós.
Moisés viu pela fé que toda a fascinação deste mundo não é nada comparada à
imensidão das riquezas de Deus na eternidade. Ele foi um dos grandes homens da
fé celebrados no livro de Hebreus, cujos olhos estavam firmemente fixados na
cidade com fundamentos, cujo Arquiteto e Construtor é Deus. O Apóstolo João
descreve essa cidade celestial no livro de Apocalipse. O que ele viu em visão
era tão impressionante que ele usou todas as metáforas, todas as comparações
possíveis para expressar sua glória. Chamou-a de noiva adereçada para seu
marido. Seus portais pareciam pérolas gigantes, todas as suas ruas eram de
ouro. O Rio das Vida fluía pelo meio dela, claro como cristal, ladeado pela
Árvore da Vida, que tem doze diferentes frutos para a cura dos povos. Este é o
lugar que Moisés esperava ver, um lugar onde toda a tristeza e toda lágrima
será enxugada. As muitas mansões que nosso Pai preparou para os vivos, não os
mortos, estão lá. O profeta Isaías profetizou sobre uma Terra onde os cegos
verão, onde o deserto dará flor e o leão e a ovelha se deitarão juntos. É um
lugar onde não haverá doença, nem crimes, nem morte, nem exaustão ao fim de
cada semana. Em seu magnífico Sermão da Montanha, Jesus declarou:
"Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra." (Mateus 5:5) O
Apóstolo Pedro acrescenta: "Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos
novos céus e nova terra, nos quais habita justiça." (II Pedro 3:13) O céu
não é um mundo de contos de fadas, não é um mundo de seres etéreos como
fantasmas e espíritos. O céu é um lugar real, amigo. Deus criou a Terra para
ser habitada por seres santos, saudáveis e felizes. De acordo com a Bíblia, a
Terra será recriada de acordo com seu esplendor edênico. Tornar-se-á um lar
perfeito para os salvos. Mas alguns têm se perguntado: o que faremos num mundo
perfeito? A maioria de nossas atividades hoje na Terra gira em torno de lidar
com problemas que não existirão lá. Será que vamos apenas passar o tempo
ociosamente, tocando harpas douradas? Sabe, amigo, precisamos nos livrar dessa
idéia de um delicado grupo de nuvens como sendo o céu. Sabe, essa idéia de um
lugar etéreo, bem acima e além do céu azul. A cidade celestial, a nova
Jerusalém, o centro de controle cósmico do Universo, o nervo central de milhões
de mundos, na verdade, tornar-se-á a capital do planeta Terra. Em Apocalipse,
João a viu descendo do céu. João viu uma nova e perfeita `Terra, onde o pecado
não mais existe, pois o primeiro céu e a primeira Terra já passaram. A Terra
será completamente renovada, e voltará ao seu perfeito estado, num novo Éden.
Será uma gloriosa nova fronteira a ser explorada. Como nos manteremos ocupados?
A verdade é que na Nova Terra teremos liberdade para viver a vida como foi
originalmente planejada para ser vivida. Temos tantos empecilhos agora,
gastamos tanta energia em ressentimentos, ansiedade e culpa. Às vezes, apenas
andamos em círculos. Mas, na Terra recriada finalmente seremos livres.
Finalmente poderemos liberar nossa criatividade e tornar realidade nossos
sonhos. Você já se pegou projetando a casa dos seus sonhos? Lembra-se de quão
animado ficou? Lembra-se de quão empolgado se sentiu? Você imaginou um
escritório aconchegante no segundo andar, ou uma reluzente piscina no jardim.
Com uma economia instável e as pressões financeiras pela sobrevivência, uma
casa dos sonhos pode parecer algo impossível. Você pode estar morando num apartamento
alugado numa cidade grande. Possuir uma casa pode realmente parecer algo além
de seu alcance. Isaías nos diz que a Nova Terra será um lugar onde esses planos
impossíveis poderão se tornar realidade. Ouça o que está escrito : "Eles
edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto...
Os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos."
(Isaías 65:21 e 22) Vários anos atrás, nossa família vivia em Sterling,
Massachusetts. Cada ano plantávamos uma grande horta. Uma das grandes alegrias
de minha vida era voltar de minhas campanhas evangelísticas nas grandes
cidades, e trabalhar na minha horta. Nenhuma comida era mais gostosa que os
vegetais da minha horta. A vagem, os tomates, o milho, os morangos e as amoras,
eram de dar água na boca. Na gloriosa Nova Terra poderemos comer alimentos
plantados em nossa horta. Imagine que delícia para o paladar! Brotos e mudas
perfeitos, solo perfeito, clima perfeito e plantas perfeitas. Mal posso esperar
por essa festa gastronômica! Nossas mãos e nossa mente foram projetadas por
Deus para construir e criar e trabalhar por nossos sonhos. Imortalidade não é
imobilidade. Estaremos produzindo coisas inconcebíveis para nós agora. Mas
pense em outra dimensão da vida na cidade celestial. Pense em todas às vezes
que você teve que se despedir, todas as vezes que você disse: "Se apenas
tivéssemos mais tempo juntos". Uma das maiores alegrias do céu serão as
outras pessoas. Há tantas coisas que nos mantém separados na Terra agora, tantas
que nos obrigam a nos relacionar apenas superficialmente. Mas na Nova Terra
todas as barreiras cairão. Poderemos desenvolver relacionamentos intensos e
profundos com uma infinita variedade de amigos. Sabe, vou adorar conversar com
Moisés. Gostaria de perguntar-lhe como foi caminhar através do Mar Vermelho.
Ou: "Moisés, como foi subir o Monte Sinai no meio dos relâmpagos e da
fumaça? " Eu gostaria de conhecer Davi e Daniel. Você pode imaginar passar
uma tarde com Pedro ou João e ouvi-los contar sobre o dia em que Lázaro saiu do
túmulo? Como evangelista gostaria de falar com alguns dos grandes homens de
Deus como John Wesley ou Tiago White e ouvir suas histórias. Tenho certeza de
que há pessoas que você gostaria de ver também. Talvez um filho ou uma filha
que foi levado pela morte. E você mal pode esperar para abraçá-los novamente.
Amigo, o céu tem a ver com reunião. Tem a ver com encontrar-se com alguém,
ficar junto com alguém de maneira que nem pensávamos ser possível. Tem a ver
com maravilhosos e estimulantes relacionamentos. E a maior, a mais emocionante
reunião de todas, será o dia em que caminharmos até Jesus Cristo, quando
finalmente O virmos face a face, para conversar com Aquele cuja presença é tão
brilhante que faz com que o sol seja desnecessário na Nova Terra. E juntar
nossas vozes num enorme coral de glorioso louvor. Sabe, é emocionante demais
até para se imaginar. Já me imaginei encontrando Jesus no céu. Gentilmente, Ele
coloca Sua mão marcada em meu ombro. Toda a lembrança do pecado foi eliminada,
exceto uma: as marcas dos pregos em Suas mãos. Seus olhos compassivos e
compreensivos revelam que Ele sabe tudo a meu respeito e me ama assim mesmo.
Aquele que me conhece tão bem, me ama mais que qualquer outro. Com as palavras
mais ternas e compassivas, Ele pergunta: "Podemos passar algum tempo
juntos?" "Mas, Senhor, tens tempo?" Ele sorri: "Isto é a
Eternidade! " Meu coração bate forte pela expectativa desse momento. O
Criador do Universo, o Redentor dos mundos quer passar tempo comigo. Enquanto
caminhamos pelo trilho gramado e cercado de árvores, cruzando um riacho de
águas cristalinas, Jesus diz gentilmente: "Abaixe-se, Mark, beba um pouco
desta água da Vida. Esta água do rio da Árvore da Vida , que flui do trono de
Deus, é revigorante, tem vida, realmente." Ele me leva até a Árvore da
Vida e coloca seu fruto em minhas mãos. Ao comê-lo com o corpo e a mente, tenho
uma distinta sensação de saúde. Nunca me senti tão bem! Passando pelos campos
cheios de magníficas flores, Jesus simplesmente pergunta: "Posso fazer mais
alguma coisa por você?" Minha vida inteira é dedicada a fazê-lo feliz! Ele
me chama por um nome especial, carinhoso e conhecido apenas por nós dois. É
nosso pequeno segredo. Ele satisfaz todos os meus desejos. Preenche todas as
minhas necessidades. Nunca antes estive na presença de alguém tão dedicado à
minha felicidade. Nunca me senti tão aceito, tão seguro, tão amado. Ele estende
as mãos marcadas pelos cravos, dizendo gentilmente, com lágrimas nos olhos:
"Se algum dia duvidar de meu amor, lembre-se destas mãos." Tudo que
posso fazer é cair aos seus pés e adorá-Lo. Seu amor me constrange para sempre.
Tudo que posso fazer é curvar-me diante Dele, cantando: "Digno, digno é o
Cordeiro que foi morto, de receber a sabedoria, a glória e a honra para
sempre." Como você poderia virar as costas a Alguém que o ama tanto? Como
você poderia afastar-se Dele? Ele anseia caminhar com você por toda a
eternidade. Ele anseia revelar os mistérios de Seu amor. Anseia abraçá-lo e
fazê-lo sentir-se seguro para sempre. Isso não é um sonho. Isso não é um conto
de fadas. É a realidade, hoje, agora. Neste momento, convido você a sentir a
segurança desse amor para sempre. Logo chegará a época em que esse outro tempo
e outro lugar chegarão a este planeta num resplendor de glória. A descoberta
que Howard Carter fez do túmulo de Tutancâmon é apenas uma sombra daquilo que
vai acontecer a nós. Olhando por aquele buraco na porta, ele ficou estupefato
pelas coisas maravilhosas ... o brilho do ouro espalhado pelo lugar. De
repente, outro mundo surgiu ao alcance de suas mãos. Imagine como será ver o
céu, o próprio Jesus Cristo, descendo a este planeta no dia de Sua segunda
vinda. Quero fazer parte dessa grande reunião. Quero que o propósito de minha
vida seja aquela eterna glória que suplantará todas as minhas dificuldades
atuais. Quero colocar minha vida nas mãos de Jesus Cristo, o Salvador, hoje,
para que possa vê-lo face a face amanhã.
ORAÇÃO: Querido Pai, Te agradecemos por nos dar vislumbres
do céu. Te agradecemos porque nosso destino pode ser muito mais do que
acessórios de ouro num túmulo esquecido. Queremos estar entre aqueles que
viverão uma vida feliz e gloriosa com Jesus Cristo, para sempre, na Nova
Jerusalém. Suplicamos em Teu precioso nome. Amém
10
COMO CURAR NOSSAS MÁGOAS
Pr. Mark Finley
Quase todas as noites, Lizzie, a garotinha que um dia se
tornaria parte da família Wallenda, tinha que estender os braços na frente de
seu pai. Quando ele voltava para casa do trabalho, cada um dos seis irmãos,
também estendiam seus braços. Eles todos ficavam em fila para receber a
punição. O pai batia nos braços deles com seu cinto até que cada um começasse a
chorar. Ele simplesmente presumia que eles haviam feito alguma coisa errada
naquele dia e que mereciam uma surra. Quando Lizzie cresceu, as surras se
transformaram em espancamentos mais severos. Se sua mãe alguma vez tentasse
interferir, ela seria trancada no quarto por vários dias. Numa ocasião, o órgão
do serviço social tentou socorrer as crianças. Elas foram distribuídas entre
diversas famílias. Lizzie foi passando de uma casa para outra, até que
finalmente decidiu fugir desta situação. Desde então ela teve que fazer o
melhor que podia por si mesma nas ruas, seu único consolo vinha do álcool e da
maconha. Lizzie, em resumo, foi um caso clássico de alguém sem oportunidades na
vida. Sem chance de ter uma vida emocional saudável - ela havia sido muito
abusada, muito cedo. Sem chance de fazer algo de si mesma. Como você
desenvolveria um senso de auto-estima enquanto é arrastado de um lar adotivo
para outro? Não existe chance de absorver valores positivos - você consegue
apenas aprender a sobreviver nas ruas. Contudo, de algum modo, essa menina
superou a adversidade. Alguns anos depois, você encontra Lizzie transformada em
Angel Wallenda, a equilibrista que se apresenta para grandes platéias com seu
esposo, Steven. Steven Wallenda era membro da família mais famosa de
equilibristas circenses. Quando ele conheceu Lizzie, ele foi imediatamente
cativado por sua afetuosa e amigável personalidade. Ela havia passado por tanta
coisa, e ainda olhava para tudo com otimismo. Steven a via como um presente que
Deus tinha colocado em sua vida. Depois do casamento, os dois começaram a
praticar juntos números de equilibrismo. Lizzie, agora Angel Wallenda, pareça
ter nascido para aquilo. Ela se superava, muito rapidamente, numa arte que
requeria física, coragem, graça, e nervos de aço. Steven e Angel começaram a se
apresentar em importantes eventos de circo e em especiais de televisão. Aquela
menina que era espancada em casa por um pai cruel, mantinha a cabeça erguida, e
se movia calma e firmemente sobre o cabo. E ela fazia mais. Angel também
demonstrou extraordinária estabilidade emocional. Quando o câncer ameaçou sua
carreira e sua vida, ela não se desesperou. Ela lutou, e se mostrou como uma
fonte de energia para seu esposo. Quando parte de sua perna teve que ser
amputada, ela não desistiu. Lutou para realizar o impossível. Angel se tornou a
única pessoa na história - você acredita? - a se equilibrar sobre um cabo com
um membro artificial! Apesar de todas as provações, Angel se tornou a adorável
mãe de um saudável, amorável garotinho. Amigos e familiares se maravilhavam
continuamente com sua graça mesmo sob pressão. Ela foi uma inspiração para
pessoas por todo o país que haviam experimentado a tragédia em suas vidas. Seu
esposo Steven a descreve desta forma: "Ela dá e se dá. Esta é sua
natureza. É a sua beleza. Ele me lembra aquela passagem da Bíblia de Filipenses
4:7. - Ela realmente tema "paz de Deus que excede a todo
entendimento."(Filipenses 4:17) Como aquela criança maltratada se
transformou na graciosa Angel? Como uma criança sem oportunidades, se
transformou num grande sucesso? E aqueles entre nós que estão carregando suas
cicatrizes do passado, aqueles entre nós que se sentem prejudicados pelas
feridas da infância, também perguntam: - qual é o segredo? Como superar as
tragédias em nossa vida? Parte da resposta, temos que admitir, é simplesmente
que Angel Wallenda era um ser humano com uma incrível capacidade de recuperação.
Ela possuía uma firme determinação que poucas pessoas possuem hoje. Mas isso
ainda não é tudo. Angel também adotou certas atitudes que todos nós podemos
imitar. Ela teve uma certa perspectiva que nós todos podemos adotar. Em algum
lugar, no início de sua vida, Angel decidiu que ela aprenderia com as coisas
que tinham lhe acontecido. Ela não iria ser destruída pelos infortúnios; iria
aprender com eles - faria deles uma ferramenta de ensino. A colega de quarto de
Angel no hospital notou que, enquanto ambas eram submetidas ao tratamento,
Angel possuía uma experiência que ela simplesmente não tinha. Ela disse:
"Havia algo poderoso sobre a maneira como Angel insistia que o câncer não
iria arruinar sua vida - que ela a aproveitaria ao máximo. E você via, sua companheira
disse, que ela falava seriamente." Quando perguntada sobre sua trágica
infância, Angel respondia assim: "Isto me tornou mais forte. Se minha vida
tivesse sido fácil, eu sei que não superaria o que está ma acontecendo
agora". Infelizmente, a maioria de nós, em vez de aprender com as
cicatrizes, nosso instinto natural é enterra-las, coloca-las bem lá no fundo.
Queremos desesperadamente escapar da dor e então tentamos negar o que
aconteceu. Quem sabe, se fingirmos que o papai não fez nada, os sentimentos
ruins irão embora. Mas é claro, quanto mais profundo tentamos enterrar a
cicatriz, maia a empurramos para dentro, mais amplamente ela se espalha e é
absorvida dentro de nós. Todos os jogos de faz-de-contas acabam cobrando um
preço de nossos sentimentos. Não conseguimos nos livrar das cicatrizes negando
o que aconteceu. A estranha verdade é que a única maneira de se livrar das
cicatrizes é encara-las de frente. Sim, algo feito, trágico, aconteceu. Algo
terrivelmente injusto. Não foi nossa culpa. Precisamos expressar sentimentos
reais sobre ferimentos reais. Em 7 de maio, de 1824, um talentoso compositor
regia a primeira execução de sua nona sinfonia num teatro de Viena. O auditório
estava cheio e a recepção foi entusiástica. Esse homem parecia colocar muita
emoção em sua música, de uma maneira apaixonante e heróica. Ao final de um
movimento a audiência rompeu-se em estrondoso aplauso. Mas o maestro
simplesmente continuou lá, de costas para a platéia, tranqüilamente virando as
páginas de sua partitura. Finalmente, uma cantora no palco teve que puxa-lo
pela manga e apontar-lhe a platéia. Foi somente então que Ludwig Beethoven,
completamente surdo, virou-se e curvou-se graciosamente. Ele não podia ouvir
nada dos aplausos. Ele não podia ouvir nenhuma nota do que estava regendo. Mas
toda a sinfonia estava lá, em sua cabeça, e ele lhe dava uma dramática e
gloriosa expressão. Beethoven tinha boas razões para apreciar aquela noite
inesquecível. De certa forma ele tinha estado compondo contra seu passado,
transformando feiúra e desapontamento em algo bonito. Talvez ele se lembrasse
de uma cena de anos atrás. Era meia-noite; um garotinho encontrava-se em sono
profundo na casa dos Beethoven. Seu pai chegou cambaleante de uma taberna com
um colega de bebida e asperamente sacudiu Ludwig e o acordou. O pai exigiu que
ele tocasse piano para seu convidado. E então, de bom grado e limpando as
lágrimas da face, o garoto foi até ao piano e começou a tocar - por horas. O
pai de Ludwig sabia ser áspero e até cruel com seu filho. Um colega de infância
de Ludwig recorda que seu pai muitas vezes usou de surras para forçá-lo a tocar
piano. Alguns acreditam que a surdez de Beethoven pode ser o resultado, pelo
menos em parte, do abuso que ele recebeu quando criança. Então, havia muita
raiva e ressentimento dentro deste talentoso indivíduo enquanto ele crescia.
Mas felizmente ele encontrou uma forma de expressa-los positivamente. Ele
superou a prisão de sua surdez. A música de Beethoven não é apenas doçura e
leveza. É também, clamor e anseio. Mas ele expressou o mais profundo do seu
íntimo; transformou tudo isto num dom, um dom que emocionou profundamente
aquela platéia em Viena. Você sabe, o apóstolo Paulo também tinha marcas em seu
próprio passado que ele poderia ter tentado esconder. Ele não se orgulhava de
muitas coisas que haviam acontecido em sua vida. Mas ele decidiu ser franco
sobre isso; ele se recusou a negar as marcas. Você pode sentir esta honestidade
aqui em II Coríntios capítulo 6, versos 11 e 13, estas páginas, estas passagens
simplesmente transpiram honestidade, ele diz: "Para vós outros, ó
Coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Ora, como
justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós." (II
Coríntios 6: 11 e 13) As palavras do apóstolo Paulo são claras. O primeiro
passo ao lidar com um passado doloroso é abrir o coração - em vez de se fechar
firmemente ao redor do ferimento. Às vezes, em lugar de tentar enterrar as
cicatrizes, tentamos manobrar para que outros as assumam. É claro que temos a
quem culpar na maioria das cicatrizes do passado. Mas freqüentemente eles já
estão fora de cena. Nunca tivemos uma chance para confrontá-los, para perguntar
por quê? Talvez nunca tivemos a oportunidade de qualquer reconciliação com
eles. E então toda esta situação inacabada nos impele a culpar o presente.
Algumas pessoas estão sempre fazendo o papel de vítima; elas se sentem
desamparadas e mal compreendidas. Querem que outras pessoas assumam a culpa por
elas. E então se tornam dependentes destas outras pessoas para tentar conseguir
que elas cuidem de suas necessidades. E, infelizmente, elas sempre tentam fazer
as outras pessoas se sentirem culpadas por não satisfazerem suas necessidades.
Existem outras maneiras de manipular; muitas outras maneiras de brincar de
vítima. As injustiças do passado tendem a nos tornar injustos no presente. Nós
nos tornamos involuntariamente descorteses. Culpamos outras pessoas pelos
nossos sentimentos, em vez de assumir a responsabilidade por eles. Nos tornamos
muito dependentes; lutamos arduamente para fazer os outros se sentirem em
dívida conosco. Mas, isto não nos traz nenhum bem. O problema continua sem
solução. Toda a manipulação do mundo apenas nos traz de volta ao problema. As
cicatrizes permanecem. Não podemos forçar outras pessoas a assumi-las. O que
podemos fazer? Só uma coisa: transformar as cicatrizes em algo positivo. O
único meio de se livrar dos ferimentos é se desfazendo deles. Permita-me
sugerir uma alternativa prática para a manipulação dos outros. Ela é chamada -
perdão. Agora, perdão é uma palavra muito difícil para as pessoas que têm sido
abusadas e traumatizadas por alguém. Elas estão muito feridas, e o ofensor
raramente está arrependido. Como perdoar alguém que arruinou toda a sua vida?
Bem, de fato, o ato de perdoar é um importante passo em evitar que esta pessoa,
arruíne o resto de sua vida. A lembrança do abuso continua perseguindo porque
você tem alimentado isto com muita raiva e amargura através dos anos. Bem, a
raiva faz sentido quando você sofre abuso. Na realidade, é uma reação
apropriada ao abuso. Como temos dito, desabafar sobre a dor do passado é
saudável. Mas, algum dia, teremos que assumir a responsabilidade sobre como
continuaremos a reagir aos traumas do passado. Vamos ficar continuamente
remoendo isto, ou vamos transformar este passado negativo em algo mais
positivo? Primeiro, teremos que confessar nossa raiva para Deus e receber Seu
perdão. Não nós não somos responsáveis pela injustiça feita contra nós, mas
sim, somos responsáveis pelo modo como reagimos continuamente a ela. E então,
precisamos expressar a Deus perdão para o ofensor. Perdão não significa dizer
que o ofensor agiu certo. Não significa justificar as ações dele ou dela. O que
o perdão significa é isto: libertar o indivíduo da nossa condenação. Decidimos
que não iremos mais carregar um fardo de ressentimento e condenação por toda
parte. Vamos entregá-lo a Deus. Ouça estas maravilhosas palavras do apóstolo
Paulo em Efésios capítulo 4, verso 32. Pessoalmente, tenho visto Deus usar
estas palavras para transformar o rancor na vida das pessoas. Ouça Efésios 4,
verso 32: "Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos,
perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou."
(Efésios 4:32) Como podemos perdoar o ofensor? Somente expressando o perdão que
Deus nos dá pregado na cruz orando: "Pai, perdoa-lhe, porque não sabem o
que fazem". O perdão nos liberta do fardo da condenação. Entregamos o
ofensor nas mãos de Deus. Impedimos que o ofensor destrua o resto de nossa
vida. Uma mulher de 48 anos, eu a chamarei de Janice, viu seu mundo arruinado
no dia de seu divórcio. Depois de 20 anos de casamento, seu marido a deixou por
uma mulher 20 anos mais nova. Ela perdeu tudo, incluindo sua casa com todas
suas preciosas lembranças - seus filhos, família. O tempo passava, Janice via
crescendo sua amargura e desespero. Mas, ela começou a ler a Bíblia. Ela estava
procurando respostas para sua própria vida e encontrou esta passagem em Efésios
que nós acabamos de mencionar. Ela decidiu colocá-la em prática. Janice se
ajoelhou e disse a Deus que estava perdoando seu esposo, libertando-o de sua
condenação. Pouco tempo depois disso, ela foi ao casamento de seu filho. Seu
ex-marido havia planejado encontrar com ela antes do ensaio do casamento -
sabendo que poderia ser um fim de semana muito difícil. Ele achava que
precisavam conversar. No sábado, na noite do encontro, Janice chegou cedo na
igreja, sentou num dos bancos e orou. Aquilo seria uma prova, mas ela reafirmou
sua promessa de perdoar e se livrar do rancor. Então ela escutou a porta dos
fundos da igreja se abrir, e passos vindo pelo corredor. Janice levantou e
virou-se. Ali, vindo pelo corredor, estava seu ex-marido de 48 anos com sua
nova esposa de 28 anos, uma mulher muito bonita. Este era o momento que Janice
havia temido. Mas agora, havia algo em seu coração, mais forte que o rancor. Ao
se encontrarem, Janice colocou a mão no ombro de seu esposo e disse:
"John, eu quero que você saiba que eu fiquei muito magoada e irada com o
que aconteceu com o nosso casamento, mas eu o perdôo". E virou-se para a
nova esposa dele e disse: "Eu tenho pedido a Deus para perdoar o meu
rancor, e perdôo você". Então Janice disse aos dois: "Eu quero que
vocês saibam que eu farei o que eu puder para fazer deste, um fim de semana
maravilhoso". Então ela voltou e se assentou no banco, tendo finalmente
encontrado a paz. Você percebe, somente Cristo pode nos dar este tipo de paz. E
somente o perdão pode nos libertar de um passado doloroso. É muito melhor ter
alguma coisa para dar, do que algo negativo a que se apegar. Só existe somente
uma maneira de se livrar dessas velhas, dolorosas marcas e cicatrizes, meus
amigos: é se desfazendo delas. Não podemos nos esconder de um passado doloroso;
não podemos negar um passado doloroso. Não podemos manipular os outros para
assumi-lo. Mas podemos transformá-lo em uma dádiva; podemos nos desfazer dele.
Existe um verso familiar em Romanos, capítulo 8, que os cristãos mencionam
muitas e muitas vezes quando estão enfrentando dificuldades. Eu acho que tem um
significado especial para aqueles que estão tentando lidar com os ferimentos do
passado. É assim que a Bíblia viva traduz romanos 8, verso 28: "E sabemos
que tudo quanto nos acontece está operando para o nosso próprio bem, se amarmos
a Deus e estivermos nos ajustando aos planos Dele". (Romanos 8:28) Deus
pode fazer com que todas as coisas contribuam para o bem. Podemos também dizer:
Deus faz com que todas as coisas operem para uma dádiva. Ele pode nos ajudar a
criar algo proveitoso, algo positivo do sombrio e triste passado. Ele pode nos
ajudar a achar aquela viçosa margarida no meio do lamaçal. Existe uma razão
específica porque Deus é especialista neste tipo de trabalho. Ele passou por
isto. Deus se dispôs a sofrer o pior que pudesse existir a fim de nos oferecer
a maior dádiva. Ouça a descrição de Paulo sobre o grande ato de Jesus na cruz,
em Efésios 5, verso 2: "E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se
entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma
suave". (Efésios 5:2) Paul está falando sobre um horrível instrumento de
tortura e humilhação: a cruz romana. Ele está se referindo àquele dia sombrio
quando um homem inocente foi açoitado impiedosamente, e zombado enquanto o
sangue corria em suas costas. Ele está se referindo à ocasião em que o cordeiro
de Deus foi levado ao massacre por homens cruéis e insensíveis. Falar sobre
injustiça? Falar sobre as feridas e cicatrizes? Pense no que poderia estar se
passando na mente de Jesus enquanto Ele pendia na cruz. Pense nas vozes que
ecoavam em sua mente. Judas cumprimentando-o, traindo-o com um beijo. Seus três
discípulos mais chegados dormindo enquanto ele agonizava no Getsêmani. Todos
eles fugindo dentro da noite enquanto ele era preso. A voz de Pedro no pátio
negando até mesmo que tivesse conhecido Jesus. As estridentes e frenéticas
expressões da multidão gritando, "Crucifica-o! Crucifica-o!" o som da
água respingando enquanto Pilatos lavava as mãos declarando: "Estou inocente
do sangue deste justo". A zombaria dos sacerdotes rodeando o local da
execução. Jesus poderia ter ficado amargurado com seu sofrimento. Ninguém
parecia compreender. Ninguém apreciava seu infinito sacrifício. Mas,
milagrosamente, Jesus não foi derrotado pela situação. Ele não se envolveu na
dor. Em vez disto Ele a transformou numa dádiva. Paulo nos conta que Jesus
"deu a si mesmo por nós". Ninguém tirou-lhe a vida. Ele a deu
livremente. E como resultado, aquela cena de horror e matança se transformou
numa "oferta e sacrifício perfumados para Deus". Se tornou a dádiva
suprema. Deus faz com que dádivas inestimáveis apareçam onde menos esperamos. E
o Cristo que transformou a cruz de um instrumento de horror em um instrumento
de salvação pode ajudá-lo . Ele pode transformar suas cicatrizes em algo
positivo, algo que você possa dar. Ele passou por isto. Ele tornou isto
possível. Amigo, você tem fingido sobre seu passado? Ficar negando a verdade,
requer muita energia. Você tem tentado forçar outros a manipulando os outros de
diversas maneiras? Jesus tem uma saída, uma sugestão simples para você.
Livre-se de suas cicatrizes se desfazendo delas. A dor pode lhe dar uma empatia
especial para com aqueles que estão em dificuldade. Você pode usá-la para
ajudar as pessoas. Sua tragédia pode lhe dar discernimento, energia para
contribuir de maneira positiva. Jesus pode ajudá-lo a encontrar este dom.
Deixe-o começar a trabalhar em sua vida agora mesmo. Abra o coração para ele.
Abra todos os cantos escuros; todos os segredos do passado. Seu infortúnio está
seguro com ele. Leve-os a ele agora mesmo, aos pés da cruz.
ORAÇÃO Querido pai, nos achegamos a Ti, neste momento, com
a carga do passado. Estamos sobrecarregados de todas as formas, mas queremos
colocar tudo aos pés do Salvador que transformou crucifixão em vida eterna.
Confessamos nossa necessidade; confessamos o modo pecaminoso com que tentamos
lidar com nossos problemas. Te agradecemos por Teu generoso perdão e graça.
Obrigado por Teu espírito criador. Agora, faça todas as coisas trabalharem
juntas para o bem, em uma dádiva e ajudá-nos a crescer com esta dádiva. Em nome
de Jesus, amém
11
OS ÚLTIMOS MINUTOS DA HISTÓRIA
Pr. Mark Finley
O Fim começará bem discretamente, com apenas uma nuvem do
tamanho da mão humana, aparecendo no céu, vindo da direção do Órion. Ocorrerá
muita comoção na Terra. De fato, todas as nações serão sacudidas pelas pragas
devastadoras e pelos conflitos mortais. Os últimos momentos da história da
Terra, porém, realmente começarão com uma nuvem pequena. A primeira coisa que
os seres humanos sentirão, será apenas curiosidade. Alguém, num navio, em alto
mar, examinando o horizonte, notará algo: "O que há de estranho com aquela
nuvem? Ela parece mais densa e brilhante do que as outras lá no céu."
Alguém procurando um lugar para aterrissar, verá a nuvem. Outra pessoa, apenas
olhando para o céu, num devaneio, também a verá. A princípio, eles ficarão
somente curiosos: "O que há com aquela nuvem estranha?" Mas, de
repente, seus olhos se assustarão! A nuvem parece mover-se! Está aumentando.
Parece estar dirigindo-se ao planeta Terra. Em pouco tempo, mais e mais pessoas
estão olhando para o céu. Elas estão apontando e estão extasiadas! Agora é
muito mais do que curiosidade o que sentem. É um pressentimento estranho.
Sentem um frio na boca do estômago. As pessoas já viram muitos fenômenos
estranhos antes na Terra. Elas sabem sobre as "Luzes do Norte",
chuvas de meteoros e cometas brilhantes. Mas agora é diferente. Será um OVNI?
Será alguma arma militar secreta? O acontecimento se espalha como fogo. Uma
jovem mãe que embala o seu bebê para dormir, atende um telefonema do seu
marido, que está no escritório: "Você já ouviu? você já a viu?" diz
ele. Ela corre até a janela da sala e observa. Sim, ela está lá! Ela abraça o
seu filho com força, bem junto ao peito. Um motorista de táxi aperta a buzina
sem parar porque o trânsito tinha parado de repente. As pessoas saíam dos seus
carros bem no meio da rua. Finalmente, o próprio motorista de táxi abre a porta
e está a ponto de explodir com desaforos, quando ele vê todos apontando, e ele
mesmo, olha para cima. Fica paralisado, boquiaberto. Crianças na escola, no
pátio, param as brincadeiras e ficam estarrecidas. Os trabalhadores nas
construções repousam suas ferramentas e olham para o céu. Mais e mais pessoas
correm para a rua, esvaziando restaurantes, teatros e "shoppings".
Esta nuvem continua aumentando e ficando mais brilhante e maior. As pessoas não
conseguem desgrudar os olhos dela. O que é isto que todos vêem? Eles estão
assistindo ao cumprimento da promessa que Jesus fez. Jesus disse a todos os
seus seguidores que, logo após a grande tribulação daqueles dias, tudo isto
ocorrerá. Veja a própria descrição de Jesus para o final dos tempos:
"Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da
terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens dos céu,
com poder e grande glória." (Mateus 24:30) Aquela nuvem no céu torna-se
cada vez maior porque Jesus está retornando à Terra. Nesta ocasião Ele está
retornando, não como um humilde carpinteiro, não como um mestre galileu, mas
como o Rei dos Reis e Senhor dos senhores. Aquela nuvem no céu torna-se cada
vez mais brilhante porque desta vez Cristo está vindo com poder e grande
glória. Desta vez, cada ser humano no planeta testemunhará Sua vinda. O
apóstolo João nos assegura: "Eis que vem com as nuvens e todo olho o
verá..." (Apocalipse 1:7) Durante aqueles primeiros momentos, quando a
nuvem se aproximar da Terra, mais e mais pessoas pararão o que estão fazendo;
mais e mais pessoas erguerão os olhos; mais e mais pessoas serão paralisadas
pela visão, até que toda a humanidade esteja olhando. Jesus disse que Sua volta
será como um relâmpago que vem do este e brilha em todo o lugar nos céus até o
oeste. Em outras palavras, circulará todo o globo. Nós temos uma amostra de
como será este evento quando algo como Olimpíadas acontece, ou a Copa do Mundo
de futebol. Bilhões de pessoas sentam-se ansiosas em frente ao aparelho de TV
enquanto os campeonatos se desenrolam, via satélite. É como se o mundo inteiro
estivesse ligado num único sistema de comunicação. Bem, a segunda vinda de
Cristo é Deus vindo para que vivamos, através de Seu próprio sistema de
satélite. Ele projeta a Si próprio em volta do mundo inteiro, e cada indivíduo
encontra-se a olhar fixamente para os céus. Primeiro havia apenas curiosidade.
Depois, um pressentimento estranho. Mas, à medida que a nuvem se aproxima, as
pessoas prendem a respiração, a pulsação aumenta. Olhando para este espetáculo
nos céus, as pessoas começam a ver os anjos em volta das margens da nuvem.
Dando voltas voando. Milhares deles, formando um contraste brilhante do branco
contra o azul do céu. No centro deste redemoinho existe Alguém, tão brilhante
que ofusca. Nesse instante, um momento decisivo, apresenta-se para os moradores
do Planeta Terra. Agora, que está claro que o próprio Deus em pessoa, está com
o propósito de visitar-nos, a humanidade divide-se em dois grandes grupos. Até
aquele momento, quase todos sentiam a mesma emoção, movidos pela curiosidade,
com um pressentimento, chocados pelo reconhecimento. Mas, enquanto a glória
deste Rei que retorna, se espalha por todo o mundo, alguns sentem uma alegria
indescritível e outros, um inimaginável terror! Alguns rostos, que estão
fascinados por este brilho solar resplandecente nos céus, empalidecem; outros
começam a tremer; os joelhos se dobram. Eles estão horrorizados porque, em
instantes, sabem que passaram a vida fugindo daquela santa presença. Eles se
desviaram dos Seus apelos. Eles O ignoraram de várias maneiras. E agora,
perceberam que é muito tarde! É muito tarde para dizer: "Sim". É
muito tarde para corresponder ao divino amor. Em algum lugar, um jovem deixa
cair a pasta e desmaia na calçada. Ele viveu toda a vida numa faixa de corrida.
Ele conseguiu ganhar seu primeiro milhão de real antes dos trinta e cinco anos.
Mas agora, ele que não investiu absolutamente nada na área vital que mais
importa, ele que não dedicou a Deus nenhum tempo desde que abandonou a escola
dominical, à medida que esta nuvem ofuscante desce do céu para a Terra, parece
esmagar este jovem. Ele desmaia porque, de repente, descobre tudo o que ele vai
perder e é muito para suportar. Muitos receberão o aparecimento de Jesus em
toda a Sua majestade como uma surpresa terrível. Eles começarão a correr, de um
lado para o outro como loucos, tentando esconder-se desta luz que cega. O
apóstolo João descreve a reação deste grupo em visão. Ele nos conta a história
em Apocalipse 6:15 a 17. Esta é, na verdade, uma das passagens mais marcantes e
impressionantes em toda a Bíblia porque descreve o que os povos farão. Ela diz:
"...esconderam-se nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos
montes e aos rochedos: caí sobre nós, e escondei-nos dos rosto daquele que está
assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da
sua ira; e quem poderá subsistir?" Os corações culpados fazem as pessoas
temerosas. Suas próprias faltas as acusam. Elas tentam fugir de Deus. Porém,
como não há lugar onde se esconder, elas desejam que as rochas caiam em cima
delas e esmaguem suas vidas. As emoções dominantes torna-as suicidas. É melhor
acabar com tudo, do que encarar este Rei em Seu trono. E suas orações
desesperadas são atendidas. Os perversos, diz a Bíblia, serão destruídos
"com o brilho de Sua volta." Seu terror insuportável termina em
morte. Isto é o que um grupo de pessoas vai experimentar durante os minutos
finais da história da Terra. Mas, outro grupo experimenta algo totalmente
diferente. Em algum lugar, em frente a um edifício simples de apartamento, uma
jovem mãe agarra seu bebê e o ergue nos braços e diz: "Olha, Johnny, Ele
está vindo! Está realmente acontecendo! Jesus está voltando!" Esta mulher
carrega em seus braços as cicatrizes de muitos anos de uso de drogas. Mas, há
também uma fé crescente dentro desta jovem. Em seu desespero, ela corre para
Aquele que realmente se preocupa. Ela colocou toda a sua vida miserável nas
mãos de Jesus Cristo. Ela aceitou-O sem reservas, como seu Salvador. Ela não
tinha nada para oferecer a Ele mas entregou tudo que possuía. E agora, lá está
Ele, acima dela nos céus. Naquele instante ela percebeu que estava sendo salva.
Ela sabia que a eternidade chegara momentos antes. Ela começou a imaginar como
seria a vida no céu e aquilo era demais! Lágrimas caíam de seus olhos e ela
soluçava incontrolavelmente. Ela não podia conter esta imensa alegria. Em outro
lugar, um casal de idosos está sentado num banco da praça e achegam-se um ao
outro, olhando para o céu. Eles tentam falar, mas não podem; Eles apenas ficam
balançando a cabeça maravilhados. Sentem o vínculo inexplicável da fé que
partilham. Lembram-se dos tempos de dificuldades financeiras e doenças, do
tempo em que os filhos se afastaram da fé. Lembram-se da morte da filha
querida. Aquela tragédia pareceu tirar a face de Deus da vida deles. Levou um
bom tempo para recuperarem-se deste duro golpe. Mas, finalmente, eles não
poderiam deixar acabar a fé. Eles deveriam confiar em Seu Deus. Eles tinham que
deixar a vida deles em Suas mãos. Agora, finalmente, o dia de glória havia
chegado. Naquele instante, o casal de cabelos prateados sabia que todas as
provações, todas as necessidades, não eram nada comparadas a este momento de
encontrar o Rei do Universo. Voltou à mente deles as palavras do apóstolo
Paulo: "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um
peso eterno de glória mui excelente." (II Coríntios 4:17) Agora aquela
glória eternal irrompe no céu em torno do casal idoso. Toda a alegria deles faz
com que todos os seus problemas pareçam leves e momentâneos. Na verdade, como
escreveu o apóstolo Pedro sobre os crentes recebendo a salvação, diz que eles
"são cheios de uma alegria gloriosa e inexprimível". (I Pedro 1:8)
Este casal faz parte de um grupo de pessoas que estão ansiosas para encontrar
Jesus. Elas sabem que são fracas e pecadoras, mas sabem também, que serão
perdoadas. Sabem que serão aceitas pela graça de Jesus Cristo. Milhares de anos
atrás, o profeta Isaías antecipou este grande evento e descreveu as emoções dos
crentes sinceros. Ele escreveu estas palavras de esperança e encorajamento,
descrevendo as muitas emoções daqueles que olharão para os céus e verão Jesus
quando Ele voltar: "E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em
quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos: na
sua salvação gozaremos e nos alegraremos." (Isaías 25:9) Eles esperaram
tanto tempo, e agora, finalmente, os mais profundos e ternos sonhos são
realizados no grande espetáculo do amado Senhor que desceu rapidamente em
direção à Terra. Mas, justamente quando os fiéis acham que não possuem bastante
alegria dentro deles, algo acontece, algo maravilhoso. Em outro lugar, num
pequeno cemitério familiar numa pradaria de ventos fortes, a terra se abre. As
flores que uma mãe saudosa colocou na tumba são jogadas fora. Um pequeno caixão
se abre e uma voz de bebê começa a chorar. Instantaneamente, um anjo parte do
céu e pega a criança nos braços. Em outro momento, ela está ao lado da mãe, que
está contemplativa num silêncio aturdido, olhando o céu. Ela fita a criança por
segundos. A última vez que ela olhou para aquele rosto, ele estava pálido e
cheio de dor. A respiração tornara-se pequenos espasmos enquanto lutava uma
batalha perdida contra a doença mortal. Mas agora, a criança está balbuciando;
sua pele está normal e rosada novamente; seus olhos brilham enquanto olha para
o rosto de sua mãe. Tremendo violentamente, esta mulher toma a criança e a
aperta junto de si, feliz demais para falar. Quando ela se vira para agradecer
ao anjo, ele já voou para outra missão. Em outro lugar, num cemitério
municipal, um jovem casal encontra-se em pé junto ao túmulo aberto. A princípio
estão completamente desorientados pela luz brilhante em volta deles. Eles não
têm a menor idéia como chegaram ali. A última coisa que lembram é de um grande
caminhão bem em frente deles na auto-estrada. Eles estavam em lua-de-mel.
Sobreviveram ao acidente? Não, amigos, aqueles nomes no túmulo eram deles.
Então olharam para o céus e prenderam a respiração. O homem e a mulher
aproximam-se um do outro enquanto admiram o céu. É isto! Jesus está chegando!
Foi a Ele a quem eles se dedicaram em seu casamento. E agora, todo o planeta é
iluminado pela Sua presença. Eles então sabem que nunca, nunca mais, serão
separados novamente. Terão a eternidade para crescer em seu amor. Nos últimos
minutos da história da Terra, este planeta será sacudido por incontáveis
ressurreições. Em toda parte ouviremos os gritos de reconhecimento, os entes
queridos separados pela tragédia, caindo nos braços um dos outros. Paulo
ansiava por este momento. Ele afirmou aos crentes em I Tessalonissenses 4:16,
que Jesus Cristo voltaria, com certeza. Paulo disse: "Porque o mesmo
Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de
Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro." Agora,
realmente parece aos crentes, que a alegria deles não conhece limites. Na
verdade, eles nem podem contê-la. Abraçam os seus queridos que uma vez foram
arrancados de seu convívio, pela morte. Porém, algo mais acontece, o mais
maravilhoso evento de todos. Os cristãos percebem que seus pés não estão mais
pisando a terra. Eles estão subindo para assistir a este acontecimento nos
céus. Muitas das reuniões de júbilo, acontecem em pleno ar. As famílias se
abraçando em seu caminho para encontrar Jesus. Finalmente, a face do Salvador
realmente se aproxima e parece tomar todo o céu. As vozes alegres dos crentes
juntam-se ao som das trombetas e o chamado dos anjos ecoando nas nuvens. Paulo
descreve este momento. Ele escreveu que, após os mortos em Cristo subirem, veja
o que acontecerá: "Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente
com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre
com o Senhor." (I Tessalonissenses 4:17) Subindo para encontrar o Senhor
dos senhores, o Príncipe da Paz, o Maravilhoso Conselheiro, o Bom Pastor.
Subindo para encontrar o Criador de toda vida do Universo. Subindo para
encontrar o destino eterno com Jesus. Que alegria inexprimível! Os crentes
terão que ser transformados radicalmente a fim de desfrutar tudo isto. Eles
serão mudados num piscar de olhos, como dizem as escrituras, quando a carne
mortal se revestirá de imortalidade, quando mentes e corpos fracos e destruídos
serão refeitos, perfeitamente restaurados. A última reunião com Jesus Cristo
será justo acima da superfície da Terra. Estes serão os últimos momentos, os
últimos segundos da história humana. É quando a eternidade começa para os que
crêem. Onde você estará durante os últimos minutos da história da Terra? O que
você vai experimentar? O que você sentirá? Será um terror inimaginável ou uma
alegria indescritível? Você pode estar indiferente a Deus neste momento. Você
pode achar que fé não é importante. Porém, breve, um dia, ela fará a grande
diferença no mundo. Logo, ela vai dividir a humanidade repentina e eternamente
em dois grupos. Um grupo experimentará a segunda vinda de Cristo com surpresa e
terror. O outro grupo experimentará esta vinda como uma libertação, um
cumprimento de tudo em que este grupo acreditou. Um grupo estará orando para as
rochas caírem sobre eles. O outro estará exultante clamando: "Este é o
nosso Deus por quem esperávamos." Por favor, não rejeite este encontro com
Jesus até que seja tarde. Por favor, não espere até vê-Lo surgindo dos céus.
Faça um compromisso com Jesus agora. Abra o seu coração agora mesmo. Pergunte a
Jesus neste exato momento: "Há alguma coisa em minha vida que esteja entre
mim e Ti? Senhor, eu quero cair de joelhos agora mesmo e confessá-la."
ETERNO LAR Letra: Mônica E Wesley Vieira Música: Wesley
Vieira Jesus Cristo prometeu Que um dia vai voltar E levar os Seus fiéis ao
lar. Sim, eu sei, não vai tardar, Esse dia vai chegar. Meu Jesus em glória aqui
virá. Coro Com poder virá resgatar os Seus E em glória enfim reinará pra sempre
Quero cada vez ter o Seu amor E preparado estar Para ir com Cristo ao Eterno
Lar. Esse mundo traz a mim Muita angústia e aflição E me afasta do Seu grande
amor Mas Jesus é tão gentil Me aceita como sou Sei que um lugar no céu terei.
Subirei ao céu com muitos anjos E ao lado de Jesus vou viver Quero cada vez
mais ter o Seu amor E preparado estar Para ir com Cristo ao Eterno Lar Gravado
por Rogério Reis no MMCD-5208 da "A Voz da Profecia"
ORAÇÃO Pai, eu agradeço porque planejaste um final
maravilhoso para a história da humanidade. Eu te agradeço porque planejaste que
os últimos minutos sejam incrivelmente felizes. Nós queremos ser parte do grupo
que subirá aos céus para encontrar-Te. Assim, nós dobramos os joelhos diante de
Ti. Somos seres humanos pecadores que necessitam de um Salvador. Nós aceitamos
o sacrifício que Cristo fez por nós. Nós Te aceitamos como Senhor de nossa
vida. Conserva-nos em Tuas mãos, Te pedimos em nome de Jesus. Amém
12
ELE ME LIBERTA DO ÓDIO
Pr. Mark Finley
João foi criado às margens norte do Mar da Galiléia, num
pequeno vilarejo de pescadores chamado Betsaida. Após a conversão de João a
Cristo, ele e os discípulos de Jesus, dirigiram-se ao sul, para Jerusalém
através de Samaria. João ficou encarregado de arranjar um lugar para dormir
naquela cidade e ele pareceu satisfeito com o encargo. Ele era o mais jovem dos
doze homens que Jesus escolheu para serem seus apóstolos. Apesar disto,
demonstrou qualidades de liderança. João, acompanhado de seu irmão Tiago, seguiu
por uma montanha rochosa em direção à cidade num dia claro, determinado a
deixar o Mestre orgulhoso dele. Na verdade, arranjar acomodação era um pouco
difícil, porque Samaria era um lugar que os judeus evitavam. Muito sangue fôra
derramado entre judeus e samaritanos muito antes de João ter nascido. De fato,
a maioria das pessoas em viagem do Mar da Galiléia para Jerusalém, como Jesus
estava fazendo, evitava a terra de Samaria. Eles faziam um desvio, através de
Peréia. Jesus havia parado uma vez em Samaria, numa fonte bem fora da cidade de
Sicar. Ele pediu água a uma mulher, naquela fonte. Começaram a conversar e a
mulher correu a contar a seus amigos sobre Aquele Homem maravilhoso. No final,
muitos moradores de Sicar vieram a acreditar em Jesus como o Messias. Aquele
encontro ficou na mente de João. Mais tarde ele escreveria sobre isto em
detalhes. Agora, enquanto caminhava através do portão da cidade, João pensava
que algo similar podia acontecer nesta visita. João e Tiago procuram
hospedagem. Eles disseram que um grande Professor chamado Jesus iria passar a
noite ali. No Oriente Médio o costume manda que a hospitalidade sempre seja
demonstrada a estranhos. A princípio, os samaritanos tentaram ser amáveis. Mas,
então, ouviram que Jesus, na verdade, ia a Jerusalém celebrar a grande festa no
Templo. Os samaritanos cruzaram literalmente os braços e agiram
escarnecedoramente. Disseram que não tinham abrigo para alguém com intenções de
honrar seus rivais religiosos em Jerusalém. João tentou persuadí-los. Eles sabiam
quem era este Jesus? Eles ouviram das grandes maravilhas que Ele fez? Os
samaritanos não voltaram atrás. Assim, João e Tiago tiveram que deixar a
cidade, voltar para as montanhas e encontrar Jesus. Enquanto João caminhava,
tornava-se mais e mais zangado. Ele revia aqueles rostos teimosos dos
samaritanos, balançando negativamente a cabeça. João não era acostumado a ser
insultado. Ele cresceu num lar confortável em Betsaida. Seu pai possuia um
próspero comércio de peixes lá na Galiléia com barcos, redes, grandes safras de
peixes e muitos criados contratados. A mãe dele era uma mulher de posses. A
família tinha ligações com o Sumo Sacerdote em Jerusalém. Quem estes miseráveis
samaritanos pensavam que eram? O que realmente irritava João era o fato de que
eles recusaram dar abrigo ao seu Mestre. Alguns dias antes disto, João estava
no topo de uma montanha com Jesus e O observava com respeito. Cristo tornara-Se
uma figura deslumbrante e divina, diante dos seus olhos. Moisés e Elias
apareceram dos céus para honrar a Cristo. João viu seu Mestre brilhar como o
sol. Agora, estes samaritanos mesquinhos achavam que sua vila desprezível era
boa demais para ele. Inacreditável! No momento que João encontrou Jesus, sua
indignação estava no auge. João e seu irmão Tiago explicaram rapidamente a
situação. Então, os olhos de João fitaram o Monte Carmelo logo atrás deles, o
lugar onde Elias implorou que descesse fogo do céu, enviado por Deus, o lugar
onde os profetas de Baal fracassaram. Cheio de zelo, João explodiu com estas
palavras, gravadas em Lucas 9:54: "Senhor, queres que peçamos que desça
fogo do céu e os consuma, como Elias também o fez?" João queria demonstrar
a sua lealdade. Ele desejava que aqueles que desonraram a Cristo fossem
destruídos. Mas Jesus olhava muito além. Ele contemplou por um momento o
amontoado de casas quase invisíveis pela poeira. Então, virou-se para João e
disse: "Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não
veio para destruir vidas, mas para salvá-las..." (Lucas 9:55) Então Jesus
sugeriu que tentassem a próxima vila. O Mestre de João o conhecia muito mais do
que o próprio João. Quando Ele chamou João e Tiago para ficar entre os doze,
deu a eles um apelido. Chamou-os de "Filhos do Trovão". Estes jovens
homens tinham sangue muito quente. Eram muito entusiasmados, prontos a servir.
Jesus viu o potencial deles, mas também sabia, muito mais claramente do que
eles, que o fogo pode queimar em duas direções diferentes. Ali em pé, olhando
para o vilarejo samaritano, Jesus apontou em duas direções. Ele não veio para
destruir as vidas humanas, mas para salvá-las. Vocês sabem, o zelo pela verdade
e a paixão pelas causas justas, pode levar-nos a destruir aqueles que
consideramos nossos inimigos, ou nos leva a diminuí-los. João não era capaz de
ver esta distinção. Ele não sabia que espécie de espírito o guiava. Ele achava
que era o espírito da lealdade e do fervor. Não via o furor cego, a raiva
destrutiva dentro dele. João era um homem muito cuidadoso e sincero. João era
também um jovem muito irritável. Este era um desafio que Jesus lançara a um dos
Seus discípulos. É um desafio que muitas pessoas têm que lidar em sua própria
vida. A maioria do que parece ser indignação justa, hoje em dia, esconde uma
boa parcela de ira. As pessoas usam as brigas religiosas com seus inimigos,
para encobrir suas batalhas pessoais com a raiva. As pessoas do mundo fazem a
mesma coisa de diferentes maneiras, em sua vida. Nós vemos indivíduos passando
a vida toda lutando contra algo. Às vezes contra a poluição ou contra os maus
tratos aos animais. A intenção pode ser boa, mas, toda a sua atitude é dominada
pelo ódio e pela ira. Empregadores e gerentes podem ser pegos pela mesma
armadilha também. Eles consideram necessário ser agressivos; acham que devem
continuar impelindo as pessoas para fazer algo. Porém, é o ódio que os
estimula. É a raiva que os impulsiona e isso têm que ser liberado, de alguma
forma. Da mesma maneira, ser zeloso não é problema. Possuir zelo por uma causa,
também não é problema. É viver a vida baseada em ódio, que é destrutivo.
Religião baseada em ódio é talvez muito mais destrutiva. Mágoas acontecem a
todos nós nesta vida. Mágoas podem ocorrer desde a infância. Coisas ruins podem
acontecer enquanto vamos à escola. Os amigos podem trair-nos, os cônjuges podem
trair-se mutuamente e algumas vezes estas coisas ruins ficam arraigadas em nós
e não podemos esquecer, não podemos perdoar. A ferida não cicatriza e o ódio
começa a desenvolver-se apesar de desejarmos muitíssimo mudar aquele
acontecimento ruim. Desejamos mesmo! Não podemos, porém, mudar o passado.
Então, nosso ódio continua aumentando de várias formas. Direcionamos este ódio
contra certas pessoas, como se fossem inimigas porque, lá no fundo, nós estamos
odiando algo que outra pessoa, nossos pais, amigos, um patrão, um colega fez
contra nós. Estamos clamando para que fogo do céu caia em algum lugar, porque
bem no íntimo nós estamos magoados. Que podemos fazer com esta espécie de ódio?
Como podemos substituí-lo? Como evitar que a indignação se torne ódio? Bem,
vamos ver como Cristo lidava com este jovem irado. Alguma coisa notável
aconteceu a João, o "filho do Trovão". Vamos voltar alguns meses
antes daquele incidente entre João e os Samaritanos não hospitaleiros. A cena:
um salão em qualquer lugar em Jerusalém, fôra reservado para a ceia da Páscoa
que Cristo queria celebrar com os doze apóstolos. Enquanto eles se reuniam
cercados pelas sombras do entardecer, estes homens sentiam que algo
significante estava para acontecer. Subindo as escadas para o salão superior,
eles começaram a falar sobre o Reino que Cristo prometeu estabalecer. Então
seus olhos pousaram na pequena mesa onde a ceia da Páscoa estava servida. Eles
olharam para as almofadas arrumadas em volta dos três lados da mesa onde podiam
reclinar-se. Era uma cena formal de Páscoa. Quem sentaria onde? Quem teria a
posição próxima a Cristo? A natureza humana é assim. Todos os doze sentiam-se
altamente qualificados. Todos tinham absorvido os ensinamentos de Cristo. Todos
presenciaram milagres em Seu nome. Todos proclamaram as Boas Novas no nome
Dele. João não era o único altamente qualificado neste grupo. Ali, em pé,
embaraçados, estes homens encontravam-se discutindo sobre quem deveria sentar e
onde. Eles não tinham como evitar isto. Os doze tinham passado longo tempo
juntos, o bastante para adquirir rancores e ressentimentos. Ao final, Judas fez
uma manobra para ficar ao lado de Cristo. Afinal de contas, como sempre
lembrava, ele era o tesoureiro. João, reclinou-se do outro lado. Os outros, vagarosamente,
espalharam-se em volta da mesa e olhavam interrogativos, para Judas e João. Era
tempo de celebrar a Páscoa, o memorial da grande libertação divina de Israel do
povo Egípcio. Mas, o clima naquele salão parecia muito pesado aquela noite.
Parecia que todas as palavras de ressentimento que os discípulos haviam
emudecido estavam ali, no ar. De repente, Cristo levantou-se e caminhou até uma
bacia. A princípio, os discípuos pensavam que era o momento do ritual de
lava-mãos que fazia parte da ceia de Páscoa. Mas, então, Jesus tirou Sua
vestimenta, pegou uma toalha e cingiu-a ao Seu cinto. Colocou água dentro da
bacia e voltou para junto dos Seus discípulos. Ajoelhando-se, tirou a sandália
de um dos homens e sem dizer uma palavra, começou a lavar os pés daquele homem.
Ele lavou o pó e a lama das ruas de Jerusalém. Em seguida, Jesus dirigiu-se ao
segundo homem, e ao próximo. João olhava para a cena admirado. Ali estava
Jesus, fazendo as vezes de um escravo, numa tarefa subalterna. Mas, na verdade,
a lavagem de pés, não era uma tarefa humilde, não era uma atitude comum. Para
João, era algo muito glorioso. Ele fitava as mãos de Jesus enquanto lavava,
secava os pés deles e passava de um discípulo para o outro. Estas eram Mãos
inesquecíveis. Ele já as havia visto trabalhando antes. Ele já vira estas Mãos
pegarem as mãos pálidas e sem vida de uma criança, enquanto a família chorava e
lamentava em volta dela. Ele viu quando as Mãos de Jesus levantaram a criança
do seu leito de morte. João vira aquelas Mãos tocarem um paralítico que estava
sem esperança, no poço de Betesda. Ele vira o homem levantar e sair andando.
João viu aquelas Mãos erguidas em oração diante de uma multidão faminta de
cinco mil pessoas. Ele viu aquelas Mãos transformarem alguns pedaços de pão em
uma refeição que satisfez a todos. Ele viu também as Mãos que se ergueram, para
defender uma mulher pega em adultério, contra homens prontos a atirar pedras.
João viu aquelas Mãos tocarem os olhos de um homem cego de nascença e produzir
visão onde não havia nenhuma. Ele tinha visto aquelas Mãos acenarem para
Lázaro, Seu amigo, que havia estado em um túmulo por quatro dias e Lázaro
respondeu. João vira também aquelas Mãos fazerem muito mais durante o tempo que
passou com Jesus e tudo isto surgiu em sua mente enquanto olhava Jesus lavar os
pés empoeirados dos Seus discípulos. Aquelas Mãos eram poderosas. Eram Mãos
onipotentes, mas, acima de tudo, eram Mãos cheias de amor. Elas abençoavam tudo
que tocavam. Elas vieram para salvar, não para destruir. Finalmente, Jesus
chegou até João e desamarrou as suas sandálias. Naquele momento, não importava
quem estava sentado onde, em volta daquela mesa. Não importava quem seria o
mais honrado no Reino dos Céus. Este amor incrível era o que importava!
Enquanto Jesus lavava os pés de João, ele, o "Filho do Trovão" sentia
seu ódio ser lavado ao mesmo tempo. O amor de Jesus finalmente ultrapassara
tudo. O amor de Cristo era mais forte do que qualquer ferida, que todo o ódio,
que todo o zelo exagerado. Voltemos às margens do Mar da Galiléia. Anos mais
tarde, João se lembraria deste momento crucial, em sua vida. Ele lembraria
quanto isto siginificou para ele. É desta maneira que ele próprio descreve em
João 13: 3 a 5: "Sabendo Jesus que o Pai tudo confiara às suas mãos e que
ele viera de Deus e voltava para Deus, levantou da ceia, tirou a vestimenta e
tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois deitou água na bacia e passou a
lavar os pés aos discípulos". Jesus praticava um trabalho servil sabendo
que Ele tinha vindo de Deus e que voltava para Deus. Jesus merecia ser exaltado
ao lugar mais alto nos céus. Mas, Ele havia ocupado o lugar mais baixo na
Terra. João estava deslumbrado pelo gracioso ato do Mestre. Finalmente, ele
descobriu algo para substituir sua religião de ódio. Era amor, puro e simples.
Toda a vida de Jesus era representada por aquele belo ato naquele salão. Como
cristão, quando eu participo do lava-pés em minha igreja, sinto o amor fluindo
do meu coração novamente. Amigos, Jesus tem uma solução para aquela religião que
é baseada no ódio, para aqueles cuja vida é motivada pelo ódio. Você próprio
não pode fazer muito para eliminar este ódio, nem mesmo evitar que
acontecimentos ruins surjam. Há sempre mais mágoa no final. Somente o amor pode
destruir nosso ódio. Somente o amor pode curar nossas feridas. Nós nunca, nunca
poderemos mudar o passado, mas, podemos ser amados no presente. Veja como isto
acontece: João foi transformado no final porque experimentou três anos e meio
de convivência com Jesus. Nós também podemos conviver com Cristo, através de
Sua Palavra. Nós podemos passar um tempo com Ele, em Sua Palavra. Eu encontrei
certas passagens das Escrituras muito adequadas para lidar com o meu ódio.
Lendo as epístolas de João e meditando no maravilhoso amor que Cristo enfatiza,
fui ajudado a retirar o ódio do meu próprio coração. Jesus é capaz de encher
nosso coração com Seu amor. Ele deseja que Lhe entreguemos a vida de maneira
que lave nossa alma. Jesus pode nos libertar do ódio. Ele fez isto por João.
Ele transformou o temperamental "Filho do Trovão". No final da vida
de João o encontramos encarcerado na Ilha de Patmos, prisioneiro da fé. Ele
sabia que provavelmente morreria sozinho, separado dos cristãos que muito
significavam para ele. Mas João não sentia ódio naquela Ilha. Ele não clamava
que fogo caísse dos céus sobre os soldados romanos que o guardavam. Ele também
não se angustiava porque não ocupava nenhuma posição de destaque no Reino, no
final de sua vida. Não, em vez disto, João escrevia. Ele enviava cartas, e elas
são as mais belas cartas de amor que este mundo já viu. João ainda era
tempestuoso, ainda tinha sangue quente e ainda possuía muita paixão e zelo.
Mas, agora, era amor que ele demonstrava. Era o amor que o compelia. João
transformou-se no "Apóstolo do Amor". Ele escreveu: "Meus
filhinhos"; e aos que crêem, ele chama de "amados". Várias vezes
ele roga: "Amem uns aos outros"; "um amor profundo e
verdadeiro"; "no amor não há medo"; "porque Ele nos amou
primeiro." (I João) Você já experimentou esta espécie de amor gracioso que
transformou este "Filho do Trovão"? Ou você está preso ao ódio? Nós
podemos substituir a dor e a mágoa de diversas maneiras. Mas há uma única
solução: somente o amor pode nos libertar do ódio.
MINHA ORAÇÃO Letra e música: Hélio Góis Inclina, ó Deus, os
Teu ouvidos e ouve a minha petição: guarda a minha alma, ensina-me o caminho,
volta para mim o Teu olhar. Pois Tu, ó Deus, És meu amigo e cuida do meu
coração; sabes como vivo e até o que não digo Vem, ó Deus ouvir minha oração.
Pois Tu, Senhor, És bom e pronto a perdoar, humilde em Tua magestade e no Teu
amor eu posso confiar. Olha prá mim, Senhor, na minha insegurança; constrói em
volta Tua fortaleza e livra-me das perigosas trevas. Amém. Gravado por Viviane
no CDPB1001 pela PLAYBLECK
Oração Querido Pai, nós vimos a Ti porque o ódio está nos
destruindo. Porque tudo que tentamos fazer não preenche o vazio dentro de nós.
Precisamos das Mãos que curaram o paralítico e o cego. Nós Precisamos das Mãos
que ressuscitaram mortos. Confessamos nossas necessidades e imploramos perdão e
libertamento neste momento. Nós pedimos que Jesus, o Salvador, coloque agora,
as Mãos sobre nós. Por favor, derrama em nosso coração o Teu amor. No Nome do
Mestre que lavou os pés dos discípulos. Amém
13
MAIS QUE PELE E OSSO
Pr. Mark Finley
Há uma historinha infantil que diz o seguinte: "Certa
vez, tentei fazer parte daquela igreja respeitável, de gente rica, que fica ali
adiante. O pastor e eu conversamos, e ele tentou desanimar-me com todo o tipo
de desculpas. Percebi que eu não era bem vindo, então disse-lhe: - Pastor, vou
orar e pensar se devo ou não pertencer a esta igreja. Deus me dirá o que devo
fazer. No dia seguinte, o pastor me perguntou, meio nervoso: - E então, Deus
lhe enviou alguma mensagem? - Enviou sim senhor - respondi. - Deus me disse que
não adiantava tentar. Ele disse: 'Eu mesmo estou tentando entrar na mesma
igreja há dez anos, e ainda não consegui." É lamentável quando as igrejas
são identificadas pelo que excluem. Quando os esforços concentram-se em deixar
de fora as pessoas indesejáveis, logo se descobre que não há quase ninguém
dentro. Este não é apenas um problema de preconceito contra certas raças ou
classes sociais. Aplica-se a idéias e também à verdade. Às vezes, nós cristãos,
em nossos esforços para defender a verdade para impedir que a mesma seja
contaminada, descobrimos que ela escapa por entre os nossos dedos. Talvez você
já tenha ouvido a seguinte expressão a respeito de alguém teimoso: "Seria
necessário uma cirurgia para colocar esta nova idéia na cabeça dele."
Infelizmente, isto às vezes acontece nas igrejas. Podemos chegar ao ponto de
estar com todas as janelas bem fechadas para manter o erro do lado de fora,
mas, com elas fechadas, não entra luz. Freqüentemente fazemos a pergunta:
"Por que tantas denominações?" Muitas vezes, certas igrejas enfatizam
o que o Novo Testamento não enfatiza. Sabemos que as instituições com o tempo,
têm a tendência a deteriorar-se. Hoje vamos olhar para o problema da verdade:
quando ela avança, e nós não. Vamos começar dando uma olhada em como a igreja
deveria ser. Paulo nos dá uma ilustração em sua primeira carta a um jovem
pastor chamado Timóteo. Ele estava escrevendo sobre "a casa de Deus"
e descreveu-a da seguinte maneira, em primeiro Timóteo 3:15: ".... a igreja
do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade." É óbvio que uma das funções
vitais da igreja é servir como guardiã da verdade de Deus. Há um tema no Novo
Testamento que pode surpreender pessoas religiosas: é o da "verdade
progressiva," ou "conhecimento progressivo." Paulo, por exemplo,
orando pelos colossenses, pede fervorosamente para que estes cristãos continuem
a crescer. Veja suas palavras: "... que transbordeis de pleno conhecimento
da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; a fim de
viverdes de modo digno do Senhor... crescendo no pleno conhecimento de
Deus." (Colossenses 1:10) Paulo ora para que os crentes cresçam em
sabedoria, desenvolvam-se no entendimento da verdade. Ele fala de nos
revestirmos do "novo homem que se refaz para o pleno conhecimento,"
em Colossenses 3:10. Ele ora para que o amor dos filipenses "aumente mais
e mais em pleno conhecimento e toda a percepção." (Filipenses 1:9) O
apóstolo Pedro amplia o mesmo assunto. Ele também exorta os cristãos: "...
crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo." (II Pedro 3: 18) O apóstolo também diz em II Pedro 1:5: "...
associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento." De que
forma a igreja funciona como um baluarte da verdade? Ampliando conhecimentos.
Crescendo em entendimento. É isto que o Novo Testamento todo exorta os cristãos
a fazerem. Se ficarmos parados, a verdade escapa por nossos dedos. Só poderemos
preservar a verdade se a buscarmos constantemente. Deixe-me dar um exemplo de um
cristão que fez isso, pois era alguém que gostava muito de aprender: Dwight L.
Moody. O pastor Moody, um dos mais destacados evangelistas da idade moderna,
tinha uma constante avidez de aprender mais, progredir, crescer. Durante uma
longa turnê evangelística, Moody estava viajando de trem com um cantor chamado
Towner. Um bêbado, que tinha um dos olhos gravemente machucado, reconheceu
Moody, e começou a cantar hinos aos berros. O evangelista não queria lidar com
o homem, e disse a Towner: - Vamos sair daqui. Mas o cantor evangelista lhe
disse que os outros vagões estavam lotados. Então o cobrador do trem chegou
perto deles. Moody, ainda irritado, parou-o e apontou para o bêbado. O cobrador
foi até lá e gentilmente silenciou o homem. Limpou o olho ferido, fez um
curativo e depois levou-o de volta a um banco onde pudesse dormir. Depois de
refletir sobre isso durante alguns minutos, Moody disse a seu companheiro:
"Esta foi uma tremenda repreensão para mim." De acordo com ele, o
cobrador havia agido como o Bom Samaritano e ele agira como o indiferente
fariseu. Durante o resto daquela turnê, Moody contou esta história contra si
mesmo em seus sermões. Mesmo quando se tornou uma celebridade, Moody manteve-se
aberto ao aprendizado; queria continuar aprendendo. Um amigo certa vez disse:
"Moody parece carregar uma pequena biblioteca com ele; onde arranja tempo
para ler, eu não entendo." Uma das frases favoritas de Moody era:
"Precisamos crescer ou dar de cara com o muro." Embora Moody fosse um
poderoso pregador, muitas vezes apresentava um orador, saía da plataforma e
sentava-se aos pés do homem com a Bíblia aberta, tomando notas. Dwight Moody é
um exemplo de suscetibilidade ao ensino. Alguém que tinha vontade de aprender,
crescer, descobrir mais e mais sobre as verdades de Deus. Creio que uma igreja
saudável pode ser definida como um movimento em prol da verdade de Deus. Você
sabia que através de toda a História, mesmo nas épocas mais sombrias, sempre
houve pessoas que continuaram abertas às verdades de Deus, que insistiram em
crescer no conhecimento de Jesus Cristo, em vez de fecharem-se em suas
tradições? Isto encaixa-se na idéia escriturística do "remanescente."
Quando Israel e Judá foram levados ao cativeiro, aparentemente todo o povo de
Deus havia sucumbido à idolatria. Mas, havia um remanescente fiel, um grupo que
voltou com Esdras e Neemias para reconstruir o templo em Jerusalém. Como diz
Ageu no capítulo um, verso 12: "... e todo o resto do povo atendeu à voz
do Senhor seu Deus..." Eles permaneceram abertos ao chamado de Deus. Nos
dias do Novo Testamento, a maioria dos judeus rejeitou a Jesus como o Messias;
permaneceram presos às suas tradições. Mas nem todos. Em Romanos 11, Paulo fala
dos judeus no verso cinco: "... no tempo de hoje, sobrevive um
remanescente segundo a eleição da graça." Deus sempre teve um
remanescente; um povo remanescente que permaneceu fiel, atendendo ao chamado de
Deus. Pessoas que apegaram-se à verdade, procurando aprender novos fatos. Deus
sempre teve um remanescente, mesmo nas eras mais sombrias. Vejamos, por
exemplo, John Wycliffe e seus seguidores, no século onze. Ele foi além da
ignorância e superstições da maioria dos sacerdotes, e apegou-se à Bíblia, e
somente à Bíblia, como o padrão da verdade. John Wycliffe deu um corajoso passo
na direção da verdade. John Hus deu outro passo no século seguinte. Ele
afastou-se do fanatismo e intolerância de sua época afirmando que cada
indivíduo devia lealdade apenas à Palavra de Deus e não às tradições dos
homens. Martinho Lutero deu vários outros passos adiante. Ele buscou e passou a
seguir a verdade da justificação pela fé, num tempo em que as penitências e
indulgências a haviam esmagado. Ele proclamou a salvação somente pela graça,
somente pela fé em Jesus. Mais tarde, o movimento Anabatista ressaltou outras
verdades: devoção a Cristo, o batismo dos crentes por imersão e a liberdade de
consciência. No século dezoito, John Wesley superou o formalismo morto da
igreja de seus dias e redescobriu a verdade da santidade pessoal, da vida de
serviço. A igreja avançou novamente. Deus sempre teve um povo remanescente: um
povo que apegou-se e defendeu a verdade buscando obter mais conhecimento. Nós
fomos beneficiados por estas descobertas. Hoje, você e eu pisamos no chão
assentado por cristãos que pesquisaram a Bíblia quando isto era perigoso.
Muitas vezes não damos o devido valor à verdades que custaram sangue, suor e
lágrimas. Um dos fazendeiros vizinhos de Ralph Waldo Emmerson estava olhando a
estante de livros dele, certo dia. Emmerson ofereceu-se para emprestar-lhe um
livro de Platão. O homem levou o livro, embora nunca tivesse ouvido falar
naquele tal de Platão. Quando o devolveu, Emmerson perguntou: - Você gostou do
livro? - Gostei muito - respondeu o vizinho. - Este Platão tem muitas das
minhas idéias. A maioria de nós não tem consciência do quanto devemos àqueles
que vieram antes de nós, especialmente em relação às verdades bíblicas. Mas é
exatamente aqui que está o problema; aqui está a grande razão porque há tantas
denominações. Em vez de imitar os heróis da fé em seu espírito de descoberta,
nós nos acomodamos em torno de suas descobertas e as transformamos numa
fortaleza doutrinária. Alguns acomodaram-se ao redor das idéias de John Hus ou
Martinho Lutero. Outros ao redor das descobertas de Calvino, ou Wesley. Todos
estes homens fizeram descobertas maravilhosas na Palavra de Deus. Mas não
descobriram tudo. Lutero estava disposto a usar o Estado para impor sua própria
religião. Calvino foi quase tão intolerante quanto seus inimigos religiosos.
Sabe qual é o problema? Depois que você se acomoda, depois que constrói uma
fortaleza ao redor de suas posições doutrinárias, é difícil seguir adiante. É
difícil arrancar as raízes. Quando a verdade de Deus avança, muitas pessoas
ficam para trás. Eles estão tão preocupados em preservar a quantidade limitada
de verdade que têm, que não conseguem ver a verdade maior que Deus deseja que
eles vejam. Amigos, a igreja de Deus deve ser baluarte e guardiã da verdade.
Ela existe para ajudar as pessoas a crescerem em graça e conhecimento do Senhor
Jesus Cristo. Muitas igrejas de hoje estão simplesmente marcando o local de uma
grande descoberta do passado. Não estão continuando a crescer no presente.
Acabam identificando-se por aquilo que excluem. A igreja não deve ser um museu,
mas um centro de aprendizado. Deixe-me dar um exemplo do notável poder de uma
descoberta. Helen Keller cresceu em seu próprio mundo, presa à ele pela
cegueira e surdez. Ela tornou-se uma criança "selvagem", quase
incontrolável, cheia de vontades. Um dia, enquanto Helen estava brincando com
uma nova boneca, sua sofrida e esforçada tutora, Anne Sullivan, colocou o
brinquedo em seu colo e fez com a mão os sinais da palavra
"b-o-n-e-c-a" na mão de Helen repetidamente. Mas Helen não entendeu.
Enquanto a professora tentava fazer um elo entre aquele objeto e os sinais que
fazia em sua mão, a garota foi ficando agitada. Finalmente jogou a boneca no
chão, fazendo-a em pedacinhos. Mais tarde, Helen escreveu: "No mundo
silencioso e escuro em que eu vivia, não havia sentimentos de ternura."
Ela não sentia tristeza nem arrependimento. Mais tarde, a Srta. Sullivan levou
a indisciplinada menina para caminhar até o poço. Alguém estava tirando água.
Colocando a mão de Helen sob a fria corrente de água, a tutora soletrou
"água" na palma da outra mão. De repente, a mente de Helen captou o
processo. Mais tarde Helen descreveu isto: "O mistério da linguagem me foi
revelado. Soube naquele momento que 'água' era aquela maravilhosa corrente fria
que fluía sobre minha mão. Aquela palavra viva acordou minha alma, trazendo-lhe
luz, esperança e alegria, e a libertou!" Helen agora estava ansiosa para
aprender. Ao voltar para casa, ela começou a tocar tudo. Tudo parecia estar
cheio de vida. Foi então que tocou a boneca quebrada. Ela escreveu: "Meus olhos
encheram-se de lágrimas, pois percebi o que havia feito, e, pela primeira vez
senti arrependimento e tristeza... Naquela noite pela primeira vez desejei que
chegasse um novo dia." A alma desta criança "selvagem", presa em
seu próprio mundo de trevas, acordou pela descoberta da palavra viva. Amigo,
você já foi despertado por alguma nova verdade? Você está disposto a abrir sua
mente às novas verdades da palavra de Deus? Está disposto a seguir a verdade
divina, deixando de lado as tradições dos homens? Lembrem-se que Deus sempre
teve Seu remanescente; sempre houve crentes que lutaram pela verdade, buscando
novas verdades. Acredito que existam homens e mulheres assim hoje. Um dos
lampejos que o Apocalipse nos dá sobre o futuro encontra-se em Apocalipse
12:17. Lá vemos que o dragão, que é Satanás, estava irado com a mulher, que é a
igreja, e foi fazer guerra com o remanescente de sua descendência. Portanto,
Deus terá Seu remanescente até o fim. O Apocalipse continua a nos dar idéias
sobre como será a igreja remanescente. Aqui estão algumas pistas. Em Apocalipse
14, vemos uma descrição da proclamação final de Deus ao mundo. Um anjo voa pelo
céu. Em Apocalipse 14:6 e 7, o apóstolo João descreve a mensagem final de Deus
à humanidade, nas seguintes palavras: "... tendo um evangelho eterno para
pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo e língua e
povo." Esta é a grande missão que foi dada à igreja; a igreja de Cristo
deve alcançar cada pessoa com o evangelho de Jesus Cristo. Portanto, eis aí a
descrição do trabalho da igreja: a verdadeira igreja de Cristo será missionária
e evangelística. Agora ouça o que este anjo proclama em alta voz no verso sete:
"... Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e
adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas."
Há um senso de urgência aqui, amigo. O anjo convoca toda a humanidade a adorar
a Deus porque a hora de Seu juízo chegou. Aqui está uma mensagem para os
últimos dias. A igreja de Cristo, Seu remanescente, enfatizará Seu breve
retorno. Estará concentrada na pregação da Segunda Vinda de Cristo. Acredito
que esta seja uma das características da igreja remanescente de hoje. Ela não
apenas oferece adoração como uma opção agradável. Proclama a urgência de
prestar a Deus nossa lealdade incondicional, porque todos estamos sujeitos à
Sua autoridade, Seu juízo. Ele voltará em breve! Vamos analisar outro indício.
Já mencionamos um verso de Apocalipse que fala de Satanás fazendo guerra contra
a mulher, e o remanescente de sua descendência. A última parte do verso, em
Apocalipse 12:17, descreve o próprio remanescente. Eis o que diz: "... o
restante (ou remanescente) da sua descendência, os que guardam os mandamentos
de Deus e têm o testemunho de Jesus." A verdadeira igreja de Deus, o
remanescente, guardará Seus mandamentos. Os mandamentos de Deus não saíram de
moda. São princípios eternos e imutáveis de Seu governo. Revelam claramente o
padrão eterno de justiça. Certamente não foram dados apenas para os judeus. O
próprio Jesus disse: "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos."
(João 14:15). As leis de Deus não se tornam irrelevantes. Precisam apenas ser
redescobertas. O espírito de descoberta, que move o povo remanescente, os leva
a uma profunda apreciação dos princípios de Deus e a um desejo de aplicá-los
mais e mais às suas vidas. O remanescente guarda os mandamentos de Deus, e têm
o testemunho de Jesus Cristo. Sua fé está baseada em Jesus Cristo, Sua vida e
morte e ressurreição. Portanto, aqui temos um pequeno resumo da verdadeira
igreja de Deus nos últimos dias. Ela proclama o evangelho eterno no momento do
juízo de Deus. Ela luta para guardar todos os mandamentos de Deus. É guiada
pelo testemunho de Jesus, que o Apocalipse define como o Espírito de Profecia.
Há um movimento assim hoje? É óbvio que existem muitos cristãos ávidos por
conhecimento em quase todas as denominações. Igrejas discutindo entre si sobre
qual é a verdadeira igreja de Deus não é uma cena muito atraente. Depois da
apostasia da Idade Média, o Espírito Santo começou gradualmente a revelar a luz
da verdade a Seus fiéis seguidores. Verdades, que há muito estavam perdidas,
foram redescobertas. Verdades eternas como a autoridade da Escritura, salvação
apenas através de Cristo, a Segunda Vinda de Jesus, obediência à Sua lei, o
sábado, batismo por imersão, os fatos a respeito da vida e da morte. Com o
tempo, o cristianismo tornou-se complacente. O espírito de descoberta havia
desaparecido. Mas a percepção de que Jesus Cristo logo invadiria a História,
acordou milhares de pessoas de seu sono. Batistas, metodistas, católicos,
episcopais e até mesmo muitos não cristãos foram despertados por esta nova
esperança. Começaram a estudar a Bíblia como se fosse um livro novo e fizeram
emocionantes descobertas sobre a amplitude das verdades de Deus. Todas as
verdades, desde a Criação ao Apocalipse, da vida saudável ao estado dos mortos,
do descanso sabático ao trabalho do Espírito Santo. Estas pessoas queriam
construir sua fé sobre as grandes verdades descobertas por homens de visão. A
verdade de Deus estava avançando, transformando completamente igrejas inteiras
que queriam marchar com esta verdade. Você pode se perguntar: "Onde está o
remanescente de Deus hoje? Será que Deus tem um movimento construído sobre a
plataforma da verdade, construída pelos grandes homens e mulheres de fé da
História? Existe uma igreja hoje, cujas paredes tenham sido levantadas por
homens e mulheres de eras passadas, com os tijolos doutrinários da fé? Existe
um movimento que levanta bem alto a tocha da verdade?" Acredito que sim!
Como adventista do sétimo dia, acredito que a Igreja Adventista encaixa-se no
simbolismo do povo remanescente de Deus no livro de Apocalipse. É uma igreja
profundamente ligada a Cristo e Sua verdade e que leva homens e mulheres que
amam a Jesus de volta à guarda de todos os mandamentos de Deus e que
preparam-se para Sua breve volta. Nenhuma denominação é perfeita. Nenhuma
igreja pode declarar que não precisa mais "crescer em graça e
conhecimento." Os adventistas também podem fechar as janelas e construir
uma fortaleza ao redor de suas posições doutrinárias, assim como os outros. Mas
eu gostaria de lhe propor um compromisso hoje. Pela graça de Deus, quero
apegar-me à verdade de Deus e buscar mais verdades. Quero fazer parte de um movimento,
não apenas uma denominação ou igreja. Você gostaria de juntar-se a mim neste
compromisso? Você gostaria de continuar a crescer em graça e conhecimento,
continuar desenvolvendo-se com a Palavra de Deus, continuar seguindo os
princípios da Escritura, onde quer que eles o levem? Este é o tipo de
remanescente que Deus quer ter hoje. Este é o tipo de povo que fará com que a
História alcance seu clímax. Este é o tipo e fé que triunfará em todo o tipo de
adversidade. Vamos nos unir agora, e dar mais um passo adiante para descobrir
por nós mesmos as verdades de Deus.
ORAÇÃO: Pai, Tu podes ver nosso coração agora e sabes que
passos precisamos dar. Há verdades que precisamos compreender mais
profundamente, princípios que precisamos aplicar à nossa vida diária. Por
favor, não permita que nós simplesmente nos acomodemos ao redor de qualquer
fortaleza doutrinária dentro da qual nascemos. Ajuda-nos a sermos flexíveis em
Tuas mãos. Ajuda-nos agora a apegarmo-nos à verdade, buscando-a cada vez mais.
Em nome de Jesus, Amém
14
AS DUAS TUMBAS
Pr. Mark Finley
Imagine que você é um dos discípulos de Cristo que, na
manhã daquele domingo histórico, tivesse escutado rumores absurdos de uma
ressurreição. Imagine que você tenha ido ao lugar aonde eles O sepultaram. O
que você observaria, esquadrinhando ansiosamente dentro daquela tumba escavada
na pedra? Você teria visto alguma evidência de que o impossível tivesse
realmente acontecido? Confúcio alegava saber o caminho da ordem e harmonia
entre o céu e a terra. Buda alegava mostrar o caminho para transcender o sofrimento
humano. Bahai alegava que suas verdades sintetizavam todos os credos do mundo
em um. Tem surgido muitos líderes religiosos na história, e muitas pretensões
sobre como achar paz, a verdade final e salvação. Um líder religioso fez uma
alegação mais extraordinária do que a de qualquer outro. Na realidade, apenas
um alegou ter ressuscitado literalmente dentre os mortos. Somente uma religião
reivindica uma tumba vazia como seu fundamento. Por isto é que a ressurreição
de Jesus Cristo tem sido uma das crenças mais controversas de toda a história.
Não é apenas uma questão do que você sente em seu coração. Não é apenas uma
questão de simbolismo religioso ou mito. É uma questão de ter acontecido ou
não. É uma questão de evidência histórica. No mundo hiper-científico de hoje
estamos inclinados a duvidar de qualquer tipo de alegação religiosa,
especialmente as sobrenaturais. Na realidade não vemos ninguém levantando do
túmulo em nossos dias. Tudo que sabemos sobre anatomia e fisiologia
simplesmente nos diz que isto não pode acontecer. Obviamente, a idéia da
ressurreição de Cristo tem causado um enorme impacto no mundo. Então o que
dizer sobre isto? Existe alguma maneira de saber o que realmente ocorreu
durante as primeiras horas daquele domingo depois da crucifixão? Isto aconteceu
a tanto tempo. É apenas uma questão de fé? Nós simplesmente acreditamos que
Jesus levantou dentre os mortos porque é isto o que a religião cristã afirma?
Bem, hoje eu gostaria de falar sobre algumas evidências sólidas que apoiam a
fé. Você verá que a ressurreição é, na verdade, a melhor explicação para aquilo
que sabemos ter ocorrido logo após a morte de Cristo. A ressurreição explica
certas evidências que nenhuma outra teoria consegue explicar. No final do
programa de hoje você descobrirá que este evento sobrenatural não é tão
incrível assim. E você verá novas evidências arqueológicas surpreendentes que
apoiam as reivindicações dos primeiros cristãos. Vamos começar com os fatos que
virtualmente todos eruditos concordam. Mesmo os críticos que não aceitam a
Bíblia como a Palavra de Deus, têm concluído que a veracidade destes fatos é
indiscutível. 1. Depois da crucifixão, Jesus morreu e foi sepultado numa tumba.
2. A morte de Jesus trouxe desespero e desânimo aos Seus discípulos. 3. Os
discípulos acreditavam ter presenciado aparecimentos literais do Jesus
ressurreto. 4. Como resultado, os discípulos foram transformados de tímidos
descrentes em audaciosos proclamadores. 5. A mensagem da ressurreição foi
proclamada em Jerusalém, aonde Jesus havia morrido. 6. A Igreja nasceu e
cresceu dramaticamente. 7. Paulo e Tiago, irmãos de Jesus, dois incrédulos,
foram convertidos após verem o que eles acreditaram ser o Jesus ressurreto.
Mais uma vez, estas não são apenas declarações de fé. Estes são fatos básicos
que todos concordam. E estes são os fatos que precisam ser explicados. Por que
e como estas sete coisas aconteceram? Se Jesus realmente levantou da sepultura,
então todos os sete eventos são perfeitamente compreensíveis. Vamos dizer que
Jesus não levantou da sepultura. Nós temos que sugerir alguma outra explicação
para o fenômeno da fé dos discípulos e do crescimento da Igreja. Aqui estão
algumas das teorias que foram experimentadas: Digamos que os discípulos
conseguiram roubar o corpo de Cristo. Esta teoria foi popularizada no livro,
"A Conspiração da Páscoa". Isto explicaria porque a tumba foi
encontrada vazia; e explicaria como os discípulos podiam proclamar que Cristo
tinha ressurgido com a certeza que nenhum de seus inimigos seria capaz de
apresentar o corpo. Bem, a Conspiração da Páscoa vai direto contra a guarda
romana postada na tumba de Cristo. Imagine o que tem que acontecer se esta
teoria está correta. Os discípulos, logo após experimentarem completo desespero
sobre a perda de seu Mestre e a destruição de toda sua esperança, reuniram-se e
decidiram roubar o corpo e engenhar uma enorme mentira. Eles de alguma forma
passaram furtivamente pela guarda romana. (Não se esqueça que estes eram
soldados disciplinados que sabiam que pagariam com sua vida se qualquer coisa
acontecesse durante seu turno). Os discípulos fazem desaparecer o corpo de
Cristo. Então eles prosseguem proclamando a toda Jerusalém, e ao mundo, que
Cristo ressuscitou. Eles continuam proclamando esta mentira apesar de privação,
labuta e perseguição. Finalmente eles entregam sua vida por isto. Eu acho que
não. A Conspiração da Páscoa desintegra-se assim que a analisamos de perto.
Caiu em pedaços quando foi experimentada pela primeira vez pelos Fariseus e
Saduceus. Lembremos que eles subornaram alguns dos guardas romanos e
disseram-lhes para falar que os discípulos de Cristo tinham roubado o corpo
enquanto eles dormiam. Enquanto eles dormiam? Se eles estavam dormindo, como
eles souberam que foram os discípulos que levaram o corpo? Bem, que tal outra
explicação alternativa. Que tal a Teoria da Alucinação? Vamos dizer que Cristo
se apresentando para Seus discípulos depois da Sua morte era na verdade algum
tipo de ilusão. Eles queriam tanto vê-Lo, que imaginaram terem-No visto. Como
se espera, esta teoria esbarra num fato simples: números. Cristo não apareceu
apenas para isolados indivíduos depois de Sua morte; Ele apareceu para grupos
de pessoas. Ele entrou numa sala aonde os discípulos estavam amontoados com
medo e em desespero. Um Cristo ressurreto era a última coisa que eles esperavam
ver. Tomé, o único discípulo ausente na manifestação, recusou acreditar mesmo
após os outros afirmarem que eles tinham visto e conversado com Jesus. Mas
Jesus fez isto outra vez. Ele visitou os homens que tinham passado três anos
com Ele. Ele conversou com eles face a face. Ele comeu com eles. Ele deixou
Tomé, o incrédulo, tocar as feridas de Suas mãos, mas, isso não é tudo. Jesus
apareceu para outros grupos. Quinhentas pessoas ao todo, viram Cristo vivo após
Sua crucifixão. Agora, uma pessoa profundamente pertubada, pode de fato ter
algum tipo de alucinação que é muito real para ela. E uma variedade de
indivíduos, em diferentes estados de sugestão, terem vários tipos de
alucinações. Mas numa coisa os especialistas concordam: várias pessoas não
podem ter a mesma alucinação, ao mesmo tempo. Mesmo os céticos na ressurreição
reconhecem isto. Um grupo de pessoas pode olhar para cima no céu e ver algum
tipo de estranha luz brilhante e todos concluírem que é um OVNI. Elas podem
escutar barulhos estranhos numa casa ou ver movimentos incomuns e concluir que
elas viram um fantasma. Mas isto não é alucinação. Isto é apenas uma maneira de
interpretar uma informação ambígua. Além disso, como nós notamos, as aparições
de Cristo pós ressurreição são encontros detalhados. As pessoas interagem com
Cristo. Em uma ocasião o Cristo ressurreto até preparou desjejum para Seus
discípulos às margens do mar da Galiléia. Isto é uma alucinação e tanto. Bem,
quando nós olhamos cuidadosamente às evidências, a teoria da alucinação
simplesmente desaba. Os relatos dos testemunhos de vários grupos se interando
com o Cristo ressurreto esmagam esta teoria. As tentativas clássicas de
invalidar a ressurreição têm sido uma a uma desacreditadas. Hoje, não existe
nenhuma teoria naturalista clara para os céticos se apegarem. Um brilhante
jovem jornalista inglês, uma vez decidiu provar que a história da ressurreição
de Cristo era apenas um mito. Franck Morrison descreveu sua busca nestas
palavras: "Eu queria pegar esta 'Última Fase'da vida de Jesus, com todo o
Seu drama vibrante e ágil... e podar o excesso desta crença primitiva."
Morrison começou investigando todos os relatos da ressurreição de um ponto de
vista jornalístico. O que soava verdadeiro? Que fatos se encaixavam? Quais que
não? Conforme ele examinava as primeiras evidências, percebeu seu ponto de
vista cético se transformando radicalmente. Morrison escreveu: "Coisas
emergiram daquela velha história universal que anteriormente eu acharia ser impossível."
Ele foi capturado pelo que ele chamou de "lógica irresistível" da
história. Aos poucos, este jornalista chegou a conclusão que somente Cristo, de
fato, levantando da sepultura, responderia todas as perguntas. Nenhuma outra
teoria explicava os fatos. E ele continuou a escrever suas descobertas no
bestseller: "Quem Moveu a Pedra?" A evidência que os eruditos têm
reunido para a ressurreição tem se solidificado como a grande pedra que
bloqueava a entrada da tumba. A arqueóloga, Kathryn Kenyon, calcula que aquela
pedra pesava de 5 a 6 toneladas e a evidência é extremamente sólida. Então, as
pessoas que ainda insistem em descrer deste extraordinário evento têm assumido
uma posição confortável de distância. Elas dizem, de fato: "Bem, o evento
citado ocorreu a muito tempo. Quem sabe realmente o que aconteceu? Quem sabe se
os registros dos evangelhos são precisos ou não?" Talvez esta idéia da
ressurreição evoluiu gradualmente entre os primeiros crentes. Eles podiam ter
olhado para atrás e reinterpretado as coisas que aconteceram. Talvez os
discípulos em algum ponto começaram a conversar sobre o que deveria ter
acontecido em vez do que realmente aconteceu?" De início, esta linha de
argumento realmente incorre em petição de princípio. Nós já mostramos que os
eruditos hoje aceitam certos fatos como demonstráveis, conhecíveis. E todos
estes fatos somente fazem sentido se Cristo realmente ressuscitou da sepultura.
Então, não é justo recuar dos fatos, depois de termos visto aonde eles nos
levam, e dizer, "Bem, não podemos realmente saber o que aconteceu. Talvez
Jesus não ressuscitou, talvez isto foi apenas uma história." Vamos
analisar de perto esta teoria, a idéia de que a ressurreição foi parte de um
mito que se infiltrou gradualmente na igreja primitiva. Afinal de contas, isto
faz algum sentido a primeira vista. Daniel Boone se tornou um super-herói
porque as pessoas continuaram contando histórias sobre ele geração após
geração. Nós todos estamos familiarizados com grandes homens e mulheres que se
tornaram verdadeiras lendas após morrerem. Talvez tenha ocorrido desta forma
com Jesus. Ele era um homem bom, um grande homem, mas Seus seguidores
ultimamente O tornaram em um super-homem que desafiou até a própria morte. Será
este o caso? Seria esta a história? Vamos ver. Aqui estão algumas notícias
fascinantes. Esta teoria esbarra em várias extraordinárias inscrições
descobertas numa tumba, na estrada para Belém. Alguns anos atrás, o Professor
E. L. Sukenik, um arqueólogo judeu, começou a escavar uma tumba cristã nas
áridas montanhas calcárias ao redor de Belém. Foi encontrado na tumba várias
caixas de pedra chamadas ossuários aonde os ossos do morto eram colocados. Ele
encontrou marcas nestes ossuários que o levou a alegar ter encontrado as mais
antigas evidências do Cristianismo jamais descobertas. Em todos os quatro lados
de uma das caixas, Sukenik achou grosseiros desenhos de cruzes feitas a carvão.
Ele também encontrou várias inscrições em Grego nos ossuários. O que fez esta
descoberta particularmente importante foi a idade da tumba. Cacos de cerâmica
encontrados dentro dela são de um tipo conhecido como Herodiano. E também foi
descoberta uma moeda datada. Ela havia sido cunhada por Agripa I no ano 41 D.C.
e nenhuma moeda ou cerâmica de uma origem posterior foi encontrada. Então nós
temos evidências da fé Cristã nos anos 40 D.C., cerca de dez anos após a
crucifixão de Cristo em 31 D.C. Agora, chegamos na descoberta realmente
estarrecedora. Dois ossuários tinham inscrições com o nome Jesus. Estes não
eram os nomes das pessoas dentro do ossuário; eles eram na verdade declarações
de fé, palavras de dedicação. Em uma, o nome de Jesus foi seguido das letras
gregas "iou". Agora, gnósticos e pagãos em geral usam frequentemente
esta palavra para denotar Deus. É uma versão abreviada de Jeová. Então o que
nós temos numa tumba dos anos 40 D.C. é uma inscrição dizendo: Jesus Jeová ou
Jesus é Deus. O outro ossuário que carrega o nome de Jesus tem as letras gregas
"aloth", que em hebraico significa "o ascendido". Isto mesmo,
"aloth", o ascendido. Você está começando a compreender o significado
disto? Jesus, o ascendido. Amigo, dentro de poucos anos após a morte de Jesus
você tem pessoas sepultando seus mortos com declarações de fé cinzeladas na
pedra: Jesus é Deus. Jesus, o ascendido, aquele que subiu. Isto é o que estas
inscrições na pedra proclamam alto e claro. As pessoas acreditaram na divindade
e ressurreição de Jesus logo após Sua crucifixão. Você sabe o que isto faz com
a teoria da Distância, a teoria do Mito, a idéia de que a ressurreição de
Cristo foi uma lenda que de alguma forma surgiu na história da Igreja? Isto as
sepulta. As pessoas estavam proclamando a ressurreição de Cristo em quarenta e
poucos anos D.C., enquanto milhares, que tinham conhecido e visto Jesus, ainda
estavam entre elas. Se Jesus, o Salvador Ressurreto, foi um mito, foi o
primeiro e único mito instantâneo do mundo. À parte destas descobertas
estarrecedoras dentro daquela tumba Cristã, nós temos outra evidência
convincente. Por favor, veja cuidadosamente estas palavras em I Coríntios 15:3
a 6: "Antes de tudo vos entreguei o que também recebi; que Cristo morreu
pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou
ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas, e, depois, aos
doze. Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a
maioria sobrevive até agora..." Você percebeu o significado disto? Ele
apareceu para Cefas, os doze e mais de 500 dos irmãos que estavam vivos. Aqui
está uma declaração bem clara sobre a ressurreição de Cristo e Suas aparições.
E o que faz isto especialmente valioso é que eruditos agora concordam que I
Coríntios é um dos documentos mais antigos do Novo Testamento. Ele foi escrito
por volta dos anos 50 D.C. Note que Paulo está dando sua declaração com base em
"o que eu recebi". Isto é parte da crença Cristã primitiva, da
primeira declaração de fé. Até mesmo eruditos críticos concordam que ela
originou-se antes que Paulo escrevesse esta carta; eles geralmente a colocam
nos anos 30 D.C. Em outras palavras, a proclamação da ressurreição foi
formalizada em um credo nos anos 30 D.C. Então, aonde isto nos coloca? Isto nos
manda, amigo, de volta aos eventos originais. Testemunhas não estão
disseminando as novas que Jesus tem ressurgido dos mortos, séculos depois, nem
mesmo décadas depois, mas logo após o evento em si. Simplesmente não existe
tempo para o mito da ressurreição crescer. Você quer pregar o último prego no
caixão da teoria do Mito? É este. As pessoas que tinham visto Cristo após Seu
sepultamento estavam proclamando Sua ressurreição logo depois em Jerusalém e,
ninguém pôde fazê-los calar. Ninguém podia fazê-los calar apresentando o corpo
de Cristo. Uma a uma, as teorias que tentam anular a ressurrição, têm sido
destruídas até mesmo eruditos céticos têm descartado a teoria da Conspiração da
Páscoa, a teoria da Alucinação. E agora, a única teoria que restava era a vaga
idéia de que a ressurreição cresceu como parte da lenda Cristo e, tem sido
sepultada pela sólida evidência do que os primeiros discípulos proclamaram.
Acredite ou não, mesmo hoje em nossa cética e hiper-científica era, a
ressurreição de Jesus Cristo está em solo mais firme e sólido do que nunca
dantes. Para todos que olham cuidadosamente para a evidência, ela é tudo, menos
inevitável. É um fato histórico. Este fato distingue Cristo de todos os outros
líderes religiosos, de todas as grandes figuras da história. Durante a
Revolução Francesa, um campeão do novo ateísmo estava debatendo com um bispo
Cristão. Ele disse desdenhosamente, "A religião Cristã, o que é? Seria
fácil começar uma religião como esta." "Oh, sim", o bispo
respondeu, "alguém teria apenas que ser crucificado e ressuscitar no
terceiro dia." O fundador do Cristianismo está vivo. Que mensagem Sua
tumba vazia proclama das mensagens de todos os outros grandes monumentos do
mundo. Eu fiquei profundamente impressionado por este fato durante a minha
recente visita a Moscow para a Cruzada do Kremlin, quando visitei a tumba de
Lênin aonde costumava ser a Praça Vermelha. Por décadas, milhares de pessoas
ficavam em fila e esperavam para entrar na tumba de Lênin, alguns deles
esperavam por cinco ou seis horas. Para eles, Lênin era um deus adorado; mas,
hoje, as filas se foram; hoje, poucas pessoas vêm ver a tumba de Lênin, apenas
alguns turistas; você pode entrar sem ter que esperar. Existe uma tumba
diferente em uma cidade diferente. Esta tumba não está em Moscow; esta tumba
não contém o corpo do seu fundador. Esta tumba está vazia, porque Jesus Cristo
está vivo. E hoje, em Moscow, milhares ficam em outras filas para ouvirem o
evangelho, em filas, para conhecerem este Cristo que está vivo, porque um líder
morto não pode salvar ninguém. É somente o líder vivo, o Salvador Vivo, Jesus
Cristo que pode salvar completamente. Cada um de nós tem uma decisão a fazer
sobre este Cristo. Ele não é apenas uma interessante lição de história; Ele não
é apenas uma teoria religiosa atraente. Ele é o Deus Onipotente confrontando-os
na carne, demonstrando que Ele tem poder sobre a vida e a morte. Então, temos
que decidir o que vamos fazer com nossa vida. Temos que decidir se podemos
confiar completamente e incondicionalmente neste Cristo. Você tem se
familiarizado com este Salvador vivo, Jesus Cristo? Você O conhece como uma
companhia presente ou como apenas um grande professor de moral de um distante
passado. Você pode começar um relacionamento pessoal e significativo com Ele
neste momento. Você pode tomar o primeiro passo numa jornada maravilhosa com o
Cristo Vivo, deixando para trás esta tumba vazia, aqui em Jerusalém. Ore
enquanto você toma esta importante decisão de aceitar o Senhor e Salvador,
Jesus Cristo como seu Senhor.
ORAÇÃO Pai Celestial, obrigado por nos conceder o dom de
Seu Filho. Obrigado por nos dar todas estas evidências maravilhosas e
específicas que Jesus realmente conquistou a morte como Salvador e Senhor. Nós
O aceitamos, neste momento, em nossa vida. Obrigado por perdoar nossos pecados
e obrigado por nos aceitar em Sua família. Ajuda-nos agora a desfrutar
completamente um relacionamento genuíno com o Ressurgido Senhor, Jesus Cristo.
Amém
15
O DESAFIO DO APOCALIPSE
Pr. Mark Finley
Recentemente, milhões de telespectadores, nos Estados
Unidos, foram levados a uma jornada misteriosa pelos labirintos das profecias e
especulações mediúnicas. Este programa, em horário nobre, foi repetido e depois
seguido por outro programa similar que foi ao ar em outro canal. Ouvimos
profetas que disseram ser capazes de prever o futuro através do tempo e durante
cerca de duas horas, falaram sobre profecias antigas, mostrando indivíduos que
diziam ter traçado uma linha do tempo entre as câmaras e trilhas que cruzam o
interior da grande pirâmide do Egito. Eles dizem que esta linha do tempo marca
dois grandes períodos de tribulação que correspondem, exatamente, às datas das
duas grandes guerras mundiais. O desenho da pirâmide foi chamado de "a
mais profunda profecia do mundo." O programa também mostrou o profeta
medieval Nostradamus olhando para o seu misterioso espelho negro, sua
"porta para o futuro". Diz?se que foi possível a este homem prever a
ascenção de Adolf Hitler ? o segundo anticristo ? com a "cruz invertida".
Diz?se também que Nostradamus previu o assassinato de John Kennedy, o
"grande homem atingido por um raio." Vimos também um profeta da Nova
Era, chamado Gordon Michael Scallion que diz ter previsto o furacão 'Andrew' e
o grande terremoto de Los Angeles. Ele acredita ter tido visões do futuro na
tela do seu computador. O programa continuou atingindo um clímax surpreendente!
Todos estes profetas, e vários outros, apontam para um acontecimento devastador
e apocalíptico por volta do ano 2000. Todos eles apontam para um fim
catastrófico do mundo. Todas estas profecias ocultas entram em choque com um
tipo diferente de profecia; uma visão bem diferente do fim do mundo. No dia 2
de março de 1994, a América conheceu, de forma dramática, através de um programa
de televisão, os médiuns e suas profecias. Nunca antes, que eu saiba, um grande
canal de TV havia feito um especial de duas horas, no horário nobre, sobre este
assunto. E talvez, nunca antes, tanto barulho tenha sido feito com tão poucas
provas. A seqüência de abertura do programa foi precedida de um aviso
declarando que o programa não faria uma avaliação objetiva da profecia
mediúnica. Mas, a maneira como o programa apresentou osmédiuns ? como precisos
adivinhadores do futuro ? foi surpreendente e desconcertante. Durante todo o
programa um fato extraordinário foi ignorado: a inconsistência da documentação
histórica da profecia mediúnica como um todo. Hoje eu gostaria de focalizar uma
coisa em especial: a visão que estas pessoas nos dão do fim do mundo. Porque
esta é a grande diferença entre duas contrastantes visões do Apocalipse ou do
fim. Vamos analisar isto. Aqueles que viram a linha do tempo da grande Pirâmide
dizem o seguinte: um buraco aberto aparece no chão de uma câmara subterrânea
que indica o ano 2000. Eles dizem que isto simboliza um evento cataclísmico no
fim deste século. Nostradamos predisse que dois terços do mundo seriam
destruídos por uma praga. Edgar Cayce predisse que os pólos seriam trocados,
revertendo os campos magnéticos da Terra, mudando o clima de tal forma, que
países frios se tornariam tropicais e vice?versa. As costas se tornariam
oceanos. O profeta da Nova Era, Gordon Michael Scallion, prediz que o sol irá
mudar de direção e toda vida será destruída à medida que os oceanos se deformam
e massas de terra se movimentam. Os grandes lagos se tornarão um só, e a nova
costa oeste dos Estados Unidos será em Nebraska. Em outras palavras, todos
parecem estar vendo um desastre cósmico que nos aguarda. E o programa de
televisão sugeriu que isto pode acontecer por volta do ano 2000. Agora vamos
olhar para outra fonte de profecia. Uma que tem uma documentação histórica
muito melhor do que todos os médiuns juntos. Como mostramos em outros
programas, a profecia Bíblica é algo que podemos testar objetivamente. Podemos
saber que suas predições foram escritas centenas, e às vezes, milhares de anos
antes dos eventos preditos. Alguns dos cumprimentos da profecia Bíblica foram
espetaculares! Da ascenção do Messias a detalhes específicos da morte de Jesus;
da sucessão dos impérios mundiais da Babilônia, Medo?Pérsia, Grécia e Roma.
Portanto, faz sentido analisar esta profecia. Faz sentido testar sua
credibilidade e confiabilidade. É uma fonte escrita da perspectiva de um Deus
que tudo vê. E o livro que mais focaliza o fim dos tempos, é o Apocalipse do
apóstolo João. O que o Apocalipse diz sobre o fim do mundo? Bem, à primeira
vista pode parecer que não há muita diferença entre o Apocalipse e as profecias
dos médiuns. O apóstolo João também prevê cataclismos no fim do tempo. O
Apocalipse nos fala de um grande terremoto, estrelas que caem, o sol que
escurece, gafanhotos que ferroam como escorpiões, pragas terríveis e devastação
geral. Portanto, o Apocalipse realmente alerta sobre desastres no fim do mundo.
Aliás, a maioria das profecias mediúnicas sobre o cataclismo final, toma
emprestadas as imagens deste livro. Há uma grande diferença. E aqui os dois
tipos de profecias se colidem. Quando médiuns e ocultistas olham para o livro
do Apocalipse, não enxergam a verdade. Não podem entender a mais importante
peça do quebra?cabeças. Toda a fumaça e fogo e desastres do Apocalipse formam
um fundo, um cenário, para o drama principal. O apóstolo João joga estes
elementos sombrios apenas para ressaltar a trama central, a personagem central.
O Apocalipse não fala sobre desastres, fala sobre Jesus Cristo. Sobre Aquele
que vai voltar outra vez. Este é o evento que sobressai de todos os símbolos,
ilustrações e cenas do livro. Sem Jesus Cristo o Apocalipse não tem significado
algum. Suas profecias não têm sentido. Leia o primeiro capítulo e veja o que
você acha: "Eis que vem com as nuvens", isto é, Cristo vem nas
nuvens, "e todo olho o verá." (Apocalipse 1:7) No fim do mundo, para
onde todos olharão? Para Jesus Cristo, descendo dos céus. Este é o centro das
atenções. E é por isso que a força da Escritura, a força do seu livro final, o
Apocalipse, está em sentido contrário de todas as profecias mediúnicas e
ocultas. Elas deixam de fora aquilo que mais importa: Jesus Cristo! Falar sobre
a Terra desintegrando?se e o céu caindo, sem falar em Jesus, é apontar para a
visão errada, para a direção errada. É falar em algo sem sentido. Agora,
sejamos honestos: os adivinhos da Nova Era, nem os médiuns não são os únicos
que têm uma visão distorcida do fim. Muitos cristãos se perdem entre as
desgraças e pragas e criaturas monstruosas. Eles se preocupam tanto em
sequenciar os eventos do fim, que perdem de vista o que realmente importa.
Ficam assustados e têm medo dos eventos que virão em breve. Deixe?me dizer
novamente: sem Jesus Cristo, o Apocalipse não tem significado, e todas as suas
profecias ficam sem sentido. Muitos aceitam o fato de que Jesus deveria ser o
tema central. Mas você pode se perguntar: se Jesus Cristo realmente está no
centro de todas estas cenas apocalípticas, elas podem, às vezes, parecer
bastante sombrias e medonhas? Como você pode explicar isto, Mark? Deixe?me
levá?lo de volta a alguns dos pontos mais conhecidos do livro de Apocalipse,
sob um novo ponto de vista. As primeiras palavras em Apocalipse são:
"Revelação de Jesus Cristo". Por isso, o livro de João também é
chamado de "Revelação". É uma revelação feita por Jesus, e a respeito
de Jesus. Alguns versículos mais à frente, para que não haja dúvida sobre o que
está no centro deste livro, João apresenta Jesus Cristo como... Vejamos
Apocalipse 1:5 e 6: "...A fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o
soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou
dos nossos pecados... Seja a glória e o domínio pelos séculos dos
séculos..." João continua focalizando Cristo como o Alfa e o Ômega, o
início e o fim. Ele apresenta Cristo como uma figura gloriosa caminhando entre
candelabros de ouro, como o Mestre batendo à porta de nosso coração, o Cordeiro
Sacrifical de Deus. No capítulo cinco, seres celestiais prostam?se diante Dele
e proclamam em Apocalipse 5:12 e 13: "... Digno é o Cordeiro que foi
morto... E ao Cordeiro seja o louvor, e a honra e a glória, e o domínio pelos
séculos dos séculos." Em seguida, no Apocalipse vemos a Cristo como o
menino que nasceu e reinará sobre todas as nações. Apocalipse 12:1 a 5 descreve
esta cena. No capítulo quatorze o Cordeiro de Deus reaparece. Ele fala com a
voz de muitas águas e milhares de remidos rodeiam o Trono. No próximo capítulo,
outra cena de adoração: crentes fiéis de pé sobre o que parece ser um mar de
vidro, cantam o cântico do Cordeiro, dizendo: "Grandes e admiráveis são as
tuas obras... Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó rei das
nações!" (Apocalipse 15:3) Outra série de cenas apocalípticas se seguem e
então, Jesus aparece mais uma vez, vindo dos céus, num cavalo branco liderando
as hostes celestiais. O Apocalipse termina com a visão do Céu e da Nova
Jerusalém, com o Cordeiro de Deus no centro. Você está começando a compreender?
Talvez você sempre pensou que o livro de Apocalipse fosse uma porção de
símbolos complicado, ou a visão apavorante de um holocausto. Mas isto não é
verdade. O Apocalipse põe o foco em Jesus e o mantém Nele. Se você não tem Jesus
no fim do mundo, você não tem nada. Qualquer série de profecias, qualquer visão
do fim dos tempos, que não focalize Cristo, está totalmente errada. Está sem o
principal. É por isto que o Apocalipse desafia os médiuns. É por isto que os
dois tipos de profecias se colidem. Por favor, lembre?se: a catástrofe é o pano
de fundo. E devo dizer?lhe, amigo, que certamente haverá catástrofe. A Bíblia
prevê ítens como a "Marca da Besta", as sete últimas pragas e o tempo
da provação. Mas, qualquer enfoque na catástrofe que deixa de fora Jesus
Cristo, está errado! dEstas catástrofes servem apenas para ressaltar a glória
de Cristo. E o que Cristo está fazendo no livro de Apocalipse? Ele está
voltando, voltando à Terra. Está liderando as hostes celestiais. É um
conquistador, um juiz, o Salvador. Três vezes, no último capítulo de
Apocalipse, Jesus declara: "Eis que venho." Apocalipse é uma promessa
maravilhosa, nunca esqueça disto. O acontecimento principal é a volta de Jesus.
É o que dá sentido a tudo isto. O artista e cartunista Thomas Nast costumava
fazer uma interessante apresentação em exibições públicas. Ele pegava uma tela
larga, de um metro e oitenta por sessenta centímetros, e a colocava num
cavalete diante do público. Então, ele pintava rapidamente um cenário com campinas
verdes e gado, campos de grãos, uma casa de fazenda, céu claro, nuvens brancas.
Uma cena alegre e saudável. Quando ele acabava, o público aplaudia. Em seguida,
Nast começava a pincelar algumas cores mais escuras, como se estivesse dando os
últimos retoques. Mas logo suas pinceladas se tornavam descuidadas. Ele
manchava o céu claro, os campos e as campinas. Riscos escuros de tinta
escondiam a pintura toda. Parecia algo irado e abstrato. Nast então declarava:
"Está terminada!" O público não sabia o que fazer. Deviam aplaudir ou
chorar? Mas então, Nast pedia a alguns assistentes para colocar a tela em
posição vertical. E, de repente, ali estava a pintura de uma linda cachoeira
caindo sobre rochas escuras, cercada de plantas e árvores. Era uma cena de rara
beleza. A visão do fim do mundo pode parecer bastante assustadora. Pode parecer
caótica. Todas aquelas desgraças, trombetas anunciando condenação, as pragas
devastando a terra. O fim do mundo pode parecer como uma escura série de
nuvens, como pinceladas sombrias na tela. Jesus, porém, coloca a pintura na
posição correta. Ele põe o planeta todo na posição correta. E lá está Ele, o
Alfa e o Ômega, a Estrela da Manhã, o Líder dos Exércitos Celestiais, vindo
para resgatar os Seus. Isto é o que torna a visão do fim gloriosa e promissora.
Não para todos, não para todos. Há outra razão que faz o grande constraste
entre as profecias encontradas no Apocalipse e as profecias dos médiuns. Há
outra coisa que os médiuns omitem, que é uma importante peça do quebra?cabeças.
Ouçam esta mensagem final, que é dada por um anjo que voa sobre a Terra
declarando: "Temei a Deus e dai?lhe glória, pois é chegada a hora do seu
juízo." (Apocalipse 14:7) A hora do Seu juízo chegou. O julgamento final.
Isto é algo que definitivamente não faz parte do vocabulário mediúnico. Nenhum
dos médiuns ou ocultista fala do grande cataclismo que vêem no fim do nosso
século, em termos morais. Não é um grande momento, de verdade, para indivíduos
moralmente responsáveis. É apenas um desastre que acontecerá. De fato, a
mentalidade da Nova Era tem mais ou menos apagado a idéia do julgamento como um
todo. 'Afinal de contas, cada um de nós tem sua própria verdade', dizem eles.
'Somos nosso próprio deus. Todos nós somos divinos. Quem nos julgará?' Apocalipse
desafia este tipo de pensamento em termos bem graves. Para o apóstolo João, a
verdade é que Deus é o Juiz do Universo. Verdade não é algo que pensamos, mas
algo que Deus revela. Não é algo que inventamos à nossa maneira. É a
perspectiva de Deus sobre o que é certo e o que é errado, que importa e não a
nossa. É isto que importa agora, e será vital no fim. Não, a Segunda Vinda de
Cristo não será um evento glorioso para todos. Para alguns será o terror
absoluto. No capítulo seis, João vê pessoas que correm e clamam para que as
pedras e montanhas caiam sobre eles. Isto pode parecer hediondo. Pode parecer
um evento terrível, e você diz: 'Lá vem o medo de novo'. Temos que
contrabalançar as cenas amendontradoras descritas no Apocalipse com a visão de
um Deus amoroso. Jesus vem para salvar e redimir, e estende Sua mão de amor.
Este mesmo Cristo vem para julgar o pecado e extingui?lo do Universo para
sempre! Apocalipse 6:15 a 17 diz: "...Se esconderam nas cavernas e nos
penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos rochedos: 'caí sobre nós, e
escondei?nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro,
porque chegou o grande dia da ira deles e quem é que pode suster?se? " No
fim do mundo, algumas pessoas preferirão que rochas caiam sobre elas a
encontrarem?se com Cristo face a face. Que trágico! Deram as costas a Jesus
durante a vida e agora têm medo de encará?Lo na morte. O Apocalipse não fala
sobre um cataclismo indiferente. Não é sobre as forças cegas na natureza
destruindo a Terra. Fala a respeito de onde vamos passar a eternidade, onde
estaremos para sempre, amigo.Tudo depende do que fazemos em relação à figura
central do Apocalipse. Tudo depende do que fazemos em relação a Jesus. Hoje, os
seguidores de uma mulher chamada Elizabeth Clair, profetiza, estão cavando
abrigos contra bombas como preparativo para o fim. Aliás, estão tentando
construir seu próprio mundo seguro, embaixo da terra. Eles têm uma provisão de
comida para sete anos, lá embaixo. Estas pessoas pensam que estão preparadas,
pensam que estão prontas. Pensam que vão sobreviver ao Armagedon. Não é assim
que nosso destino será decidido! O apóstolo João tem uma sugestão diferente.
Ele identifica os sobreviventes do fim dos tempos da seguinte forma, em
Apocalipse 7:14: "São estes os que vêm da grande tribulação. Lavaram suas
vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro." Como podemos
"passar" pela grande tribulação? Como sobreviveremos ao Armagedon?
Pelo sangue do Cordeiro! A nossa salvação não depende da força de nossos
abrigos contra bombas; depende de nosso relacionamento com o Cordeiro de Deus.
Lavar nossas vestes e fazê?las brancas no Sangue do Cordeiro. É uma maneira
simbólica de dizer que devemos aceitar o perdão que Jesus Cristo oferece
através de seu sacrifício na cruz. É uma forma de dizer que a justiça do
Cordeiro pode nos cobrir como uma roupa branca e sem marcas. É uma maneira de
dizer que o poder de Jesus Cristo entrou em nossa vida que nos tornamos
vencedores sobre Satanás, pelo poder de Cristo. Meu amigo, Jesus estende a mão
para você hoje. Jesus apela a você hoje. Ele diz: "Meu filho, vem a mim
hoje e abra seu coração para mim. Eu quero ser seu Senhor e seu Salvador para
que você possa suportar o fim dos tempos." O Apocalipse pode ser um evento
glorioso para você, ao invés de algo atemorizante. É a nossa resposta ao Deus
vivo. O início e o fim, o Rei dos Reis, o Cordeiro de Deus, que fará toda a
diferença no fim. É com Jesus Cristo que precisamos estar prontos a encontrar.
Ele está no centro desta cena. Ele é o centro desta cena. Ele é o centro do
Apocalipse. Ele precisa ser o centro de nossa vida agora. Precisamos adorá?Lo
de todo o coração agora, para podermos adorá?Lo então, no Céu. Depois de Seu
maravilhoso resgate necessitamos caminhar em sua verdade. Agora, para caminhar
em Sua gloriosa luz na Nova Jerusalém. O Apocalipse não apenas desafia os
médiuns, desafia a cada um de nós. Qual é a sua posição? Se Jesus viesse bater
à porta do seu coração hoje, como você responderia?
ORAÇÃO: Querido Pai, obrigado por nos ter dado uma
revelação tão inspiradora de Jesus Cristo. Obrigado por aclarar nossa visão do
fim dos tempos. Precisamos muito da Personagem Central no centro de nossa vida.
Precisamos de Seu perdão e do Seu poder. Ajuda?nos agora a participar na
adoração do Cordeiro de Deus. Ajuda?nos para que possamos dizer alegremente, do
fundo do coração: "Digno é o Cordeiro que foi morto. Com Seu sangue Tu nos
remiste. Honra e glória sejam dadas a Ti, para sempre e sempre!" Amém
16
TÚNEL ESCURO E LUZ BRILHANTE
Pr. Mark Finley
Quando Grace chegou ao hospital, estava tremendo de febre e
sentindo muita dor. Seus órgãos pareciam estar se desfazendo, e ela estava
entrando em choque séptico. Assim que perdeu a consciência, ela ouviu uma voz
gritando: "Não consigo verificar a pressão arterial!" Então, logo em
seguida, Grace sentiu como se estivesse deixando o próprio corpo, e deixando
também a dor. Ela parecia estar flutuando no teto, assistindo aos médicos e
enfermeiras tentando freneticamente salvar-lhe a vida. Grace olhou na direção
do que parecia uma parede de nuvens, parcialmente transparente. Formava um
túnel. Ela descreveu a experiência nas seguintes palavras: "Comecei a
sentir a mais incrível, quente, dourada, e amorosa sensação... Eu estava numa
luz... Havia a presença da luz, da sabedoria... A sabedoria me amava e ao mesmo
tempo sabia tudo a meu respeito. Tudo que eu tinha feito e sentido na vida
estava lá para que eu visse. Eu queria continuar adentrando a luz e ficar lá
para sempre, mas me foi mostrado que deveria voltar e cuidar de meus dois
filhos." Com esse pensamento, Grace sentiu que estava de volta ao corpo,
de volta a toda dor. Sentiu-se irada por ter sido arrancada da mais maravilhosa
paz em todo o Universo. A experiência de Grace no limiar da morte, e muitas outras
como essa, foram contadas numa recente edição da Revista Life, num artigo de
Verlyn Klinkenborg. A experiência do limiar da morte tornou-se um tópico muito
falado ultimamente. Um dos primeiros livros sobre o assunto, "Vida Após a
Vida", vendeu a fábula de 7 milhões de cópias e fez nascer um tipo de
indústria. Alguns anos atrás, apenas alguns indivíduos da área científica
estavam interessados nesse assunto. Agora, dúzias de médicos, psicólogos,
biólogos e antropólogos estão fazendo pesquisas sobre isso. Há também a
"Revista dos Estudos do Limiar da Morte" e uma Associação
Internacional para estudos sobre o assunto. Pesquisas estimam que
aproximadamente 8 milhões de americanos já tiveram experiências no limiar da
morte. O que devemos entender de tudo isso? O que exatamente acontece com
pessoas que parecem fazer viagens incríveis no momento que antecede a morte?
São apenas alucinações? É o início de uma jornada rumo ao céu e na direção de
Deus? Ou há algo oculto, demoníaco até, envolvido nesses espíritos flutuantes
de um mundo de sombras? Bem, certamente eu não sou um "expert" sobre
o que acontece fisiológicamente com seres humanos, num momento de morte, mas
creio que todos nós podemos fazer alguns julgamentos de bom senso, com base em
evidências genéricas. Primeiro, temos que nos lembrar de uma coisa sobre todas
as pessoas que relatam experiências do limiar da morte: nenhuma delas morreu de
verdade. Os médicos nos explicam: você não está morto no minuto que pára de
respirar. Você morre quando um certo número de células do cérebro morrem, e já
não há a menor chance de revivê-lo. Segundo, muitas das experiências no limiar
da morte se assemelham a alucinações. A mente pode nos pregar peças incríveis.
Especialmente num momento de trauma. Isso está bem documentado na literatura
médica. Nosso cérebro pode levar-nos a jornadas vívidas a lugares muito reais,
bem como lugares irreais. Aqui há uma importante evidência. A Bíblia não ensina
que seres humanos têm almas imortais, que deixam o corpo no momento da morte.
Aliás, as Escrituras afirmam, claramente, que receberemos a imortalidade
somente após a segunda vinda de Jesus Cristo. O apóstolo Paulo descreve este
evento em I Tessalonicenses 4:16. Paulo afirma: "Porquanto o Senhor
mesmo... descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Está
claro. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Paulo disse claramente aos
coríntios: "Que este ser corruptível se revista da incorruptibilidade, e
que este ser mortal se revista da imortalidade." (I Cor. 15:53) A Bíblia
ensina repetidamente que a morte é como um sono completamente sem consciência,
um sono do qual se acordará apenas na volta de Cristo. Portanto, amigo, há uma
possibilidade que podemos descartar logo de início: a idéia de que as pessoas
que se aproximam da morte estão sendo levadas por Deus para o céu, que Ele está
puxando, de alguma forma misteriosa, a alma que saiu do corpo para ser levada
ao lar, no paraíso. Deixe-me ser bem franco com você. Vamos questionar com
sinceridade. Quem desenvolveria um plano contrário ao ensino bíblico sobre a
morte, que premia todos os que morrem com o jubiloso êxtase da eternidade, não
importa o que tenham feito na terra? Como poderiam os Hitlers, um Charles
Manson, os abusadores de crianças, os assassinos, os reis da pornografia e os
chefes da máfia, sentirem-se aceitos na presença de um ser eterno de luz?
Poderiam essas experiências no limiar da morte ser um jogo do inimigo para
sugerir sutilmente que não faz muita diferença como você vive? As escrituras
dizem claramente em Hebreus 9:27 : "E, assim como aos homens está ordenado
morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo." Você notou? Depois disto o
julgamento, morte e julgamento. Seria possível que as poderosas forças do
oculto estejam envolvidas nas experiências do limiar da morte? Por quê? Não há
nenhuma menção sobre conversão, nenhuma menção, amigo, sobre um salvador, nada
sobre salvação, cruz ou redenção. Além de ser contrárias às Escrituras, as
experiências no limiar da morte simplesmente não fazem sentido. A palavra de Deus
deixa claro que não há salvação sem Jesus Cristo. Afinal, Deus não erra. Ele
não comete erros. Deus, por exemplo, não achou que Grace iria morrer, e por
isso, começou a levar sua alma com Ele para o céu, e, quando a equipe médica
conseguiu revivê-la, disse: "Ôpa, cometi um erro, é melhor colocar a alma
de volta no corpo dela." Deus não se engana com a escolha do momento. Ele
sabe exatamente quando vamos morrer. A Bíblia elimina a viagem da alma. Mas
sabem de uma coisa? Nos dá algo muito melhor. Ela nos mostra uma clara e
específica descrição da vida após a morte. Experiências no limiar da morte
geralmente são como sonhos embaçados... A Bíblia nos dá algo muito real. É mais
que uma janela; é uma descrição do próprio cenário. Algumas paisagens do céu
podem surpreendê-lo; são bem diferentes do que é visto nas experiências no
limiar da morte. Para determinar um contraste entre a esperança bíblica e a
imaginação humana, vamos seguir uma típica jornada ao limiar da morte, para ver
até onde nos leva. A primeira coisa que muitas pessoas relatam é a sensação de
sair do próprio corpo e flutuar acima de tudo. Em outras palavras, se tornam um
espírito desencarnado. Não sei como você se sente em relação a uma existência
desencarnada, mas a mim isso nunca atraiu. Você gostaria de passar a eternidade
como algo assim, um fantasma flutuando pelos céus, por entre as nuvens? Na
minha opinião, se você não tem corpo, é apenas um tipo de mente no espaço, não
está realmente lá. Você deixou aquilo que Deus realmente planejou. Geralmente,
o cenário da vida após a morte tem uma grande dose de irreal. Não são pessoas
reais que as experiências no limiar da morte descrevem. Parece mais um mundo
sombrio de espíritos. Não é vida após a morte, mas semi-morte após a morte. A
Bíblia apresenta um cenário totalmente diferente. Lá está escrito que, após a
ressurreição, teremos corpos muito reais. Isso me parece muito melhor. Sabe,
fico contente que estejamos fora daquela situação e de volta à vida real. Vamos
ler uma passagem que fala com detalhes sobre esse assunto. Está em I Coríntios
15, capítulo que o apóstolo Paulo usou para descrever a natureza da
ressurreição. No verso 37, Paulo compara a morte e a ressurreição a diferentes
sementes plantadas no solo, que darão diversos tipos de grãos, vários tipos de
"corpos". Ele diz que os homens têm um tipo de carne, diferente dos
peixes e das aves. Diz também, que existem corpos terrestres e corpos celestes.
A implicação aqui, em I Coríntios 15, é a de que um ser celestial é mais
glorioso do que o que temos aqui na terra. Mas é muito, muito real. Veja o que
dizem os versos 42 a 44: "Pois assim também é a ressurreição dos mortos.
Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção... Semeia-se em
fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo
espiritual..." (ICor. 15:42-44) Note a ênfase bíblica - ênfase num corpo
real. Ao comentar a ressurreição de Cristo, o apóstolo Paulo afirma claramente:
"Nosso corpo humilhado será transfigurado em corpo glorioso." (Filipenses
3:21) Sem dúvida, o corpo glorioso de Cristo era real. Seus discípulos o
reconheceram. Ele andou, falou e até comeu com eles. A Bíblia não nos descreve,
uma vida após a morte, de espíritos desencarnados flutuando. Ela nos mostra um
mundo de pessoas reais, com corpos reais, mais fortes, mais bonitos, mais
gloriosos do que os que temos agora. Isto não é apenas um sonho; é verdade. É o
que a Bíblia nos mostra. Vamos agora voltar à segunda parte de uma típica
jornada ao limiar da morte. Muitas pessoas relatam ter passado por um longo,
escuro ou enfumaçado túnel. Raramente há algum cenário que se possa distinguir
no caminho; não há um sentido de localização. É uma viagem vaga através do
espaço. Uma mulher que teve um colapso na calçada e quase morreu, relatou a
seguinte sensação: "Encontrei-me cercada por um material denso, quente,
enfumaçado e cinza. Na fumaça, eu podia ver alguns focos de luz penetrante, e
outros de insondável escuridão." Gostaria de dizer que, seja lá o que esse
túnel enfumaçado possa representar, a Bíblia nos oferece uma descrição bem
melhor da vida após a morte; uma que não está fora de foco. O que vemos no
conceito de vida após a morte da Bíblia? João nos revela em Apocalipse 21:2:
"Vi também a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, que descia do céu da parte de
Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo." O que o discípulo
de Jesus Cristo viu do outro lado da morte? Muito mais que um túnel. Ele viu
uma cidade inteira descendo em nossa direção, brilhando tanto quanto uma noiva
no dia de seu casamento, uma cidade preparada para que vivamos nela. Essa
cidade é tão maravilhosa que, tentando descrevê-la, João simplesmente exclamou:
Suas ruas são de ouro puro, seus portais de pérolas, e a glória de Deus brilha
tão intensamente, que lá não existe noite. A Bíblia nos dá muito mais que uma
jornada através da fumaça, amigo. Ela nos oferece um lugar, um lar. Gosto muito
da certeza que Jesus deu a Seus discípulos logo após Sua crucifixão. Em João
14:2, lemos: "Na casa de meu pai há muitas moradas... Pois vou
preparar-vos lugar." Jesus está preparando um lugar para nós. Pessoas
reais, com corpos reais, usufruindo um lugar real, um verdadeiro lar no céu.
Você está começando a ver a diferença entre sonhos humanos e a realidade? Vamos
para o estágio final da maioria das experiências no limiar da morte. Quando
sentem que estão passando por um longo e nebuloso túnel, as pessoas vêem uma
luz do outro lado. A luz se aproxima, às vezes, as envolvem completamente. Um
soldado ferido no Vietnã, viu uma luz resplandescente permear a sala onde uma
equipe médica estava tentando revivê-lo. Uma mulher do Kansas relatou: "De
repente, houve uma explosão abaixo de mim, e pude ver uma luz bem ao longe...
Nem o sol é tão brilhante... A luz encheu o local e eu fiquei bem no centro."
Essas experiências podem ser muito significativas para as pessoas envolvidas.
Podem até dar-lhes uma sensação do amor de Deus. Eu gostaria de sugerir que a
Escritura, novamente, oferece algo melhor. Nos mostra a realidade. Quando
estudamos a vida após a morte, na Bíblia, vemos muito mais do que uma luz
cintilante: vemos um rosto; o glorioso rosto de Jesus Cristo. Esta é a
verdadeira motivação, o sentimento de expectativa que aparece em todo o
Testamento. Essa é a grande esperança que animou os primeiros cristãos: um
encontro face a face com o Cristo vivo. Ninguém escreveu palavras mais
emocionantes do que as de João, ao descrever aqueles que vêm perante o trono de
Deus nos céus. Ele diz: "Eles verão a sua face." (Apocalipse 22:4) É
isso que aguarda aqueles que foram amigos de Cristo nesta vida. Paulo, em seu
clássico capítulo sobre o amor cristão, escreve eloqüentemente, o seguinte:
"Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a
face..." (I Cor. 13:12) Eis o motivo de esperança. Uma maravilhosa
esperança para esta vida. É mais do que olhar através do vidro escuro; é mais
que uma janela nebulosa; é mais que um sonho, é a realidade: Um encontro face a
face com Jesus Cristo. Experiências no limiar da morte podem oferecer sugestões
perturbadoras sobre uma outra vida. Mas lembre-se, a Bíblia não apenas insinua
uma jornada, mostra um cenário; não sugere uma semi-morte após a morte, mas
proclama vida em abundância após a morte; não um espírito desencarnado, mas um
corpo de verdade; não um túnel obscuro, mas uma cidade resplandescente para
morar; não uma luz brilhante, mas uma face gloriosa para amar e desfrutar para
sempre. Será que a esperança do novo testamento faz diferença? Creio que faz
toda a diferença. Isto se tornou muito claro para mim durante uma recente
viagem à Rússia para reuniões no estádio olímpico de Moscou. Lá conheci uma
mulher que chamarei de Tânia. Tânia me contou um pouco sobre sua família. Anos
antes, seus pais tinham emigrado para a China e enriqueceram com a indústria do
chá. Depois de um certo tempo, eles decidiram voltar à Rússia, e estabeleceram
seu negócio no Casaquistão. Logo que o negócio começou a florescer, Stalin
iniciou seus expurgos da elite e dos ricos. Quando Tânia tinha 17 anos, seu pai
foi levado pela polícia secreta e levou um tiro na cabeça. Você pode imaginar
seu horror ao descobrir que o pai estava morto. Mais tarde, durante a Segunda
Guerra Mundial, seu irmão, a irmã e o marido, todos morreram. No espaço de 2
anos, ela perdeu todos os que lhe eram mais caros. Tânia teve que lutar contra
a depressão sozinha. Passou a freqüentar uma escola de inglês e finalmente se
tornou fluente na língua inglesa. Perto do fim da Segunda Guerra Mundial, os
russos precisavam de tradutores no exército. Então ela se tornou tradutora para
um dos generais americanos. Tânia tinha vindo de uma família judia ortodoxa;
lutava com sua fé e tinha pouco interesse em religião por causa dos horrores da
guerra. Através dos anos, ela havia se saído bem sozinha, avançando nas áreas:
educacional e diplomática. Sentia sempre que algo estava faltando em sua vida.
Não conseguia se conformar com todo o sofrimento que sua família tinha
experimentado. Não podia aceitar a fatalidade e crueldade de suas mortes. Um
dia, alguém na rua lhe deu um folheto que anunciava um evento evangelístico.
Ela foi às reuniões, e, lá aceitou a Cristo como seu salvador e encontrou nova
paz e significado em sua vida. Tânia se sentia feliz como uma cristã, mas ainda
sentia que algo estava faltando. Por que um Deus amoroso permitiria tanto
sofrimento? O que realmente acontece quando se morre? Nem todas as peças do
quebra-cabeça se encaixavam. Até que um dia, ela passou pelo estádio olímpico
de Moscou. Recebeu um folheto e viu uma grande placa que dizia: "O caminho
bíblico para uma nova vida." Resolveu então ir às reuniões. Tânia esteve
lá noite após noite. Estava lá na noite em que falei da breve volta de Jesus.
Pouco depois de ter apresentado esta mensagem, ela veio a mim e disse:
"Pastor, fiquei muito comovida esta noite." E começou a me mostrar
fotos de sua família, e a contar sobre suas trágicas mortes. Agora, ela não
tinha um coração partido. Seu rosto estava radiante ao exclamar: "Posso
ter a esperança de vê-los outra vez." Tânia não estava apenas esperando
uma experiência fora do corpo. Não estava esperando uma viagem através de um
túnel escuro ou um vislumbre de uma brilhante, mas vaga forma de luz. Ela
esperava uma reunião face a face com pessoas reais, num lugar real. Estava
esperando o dia específico em que Jesus Cristo virá nas nuvens, o dia em que
Jesus vai mudar a história mais uma vez e levar seus seguidores para o lugar
que preparou no céu. Tânia estava esperando essa grande reunião. E estava entre
as 700 pessoas que entregaram-se a Cristo batizando-se num dia inesquecível em
Moscou. Você não quer ter essa certeza em sua vida? Não quer ter a esperança de
uma reunião face a face com a família, entes queridos, amigos e Jesus Cristo?
Não quer aproveitar o enorme estoque de amor que o Salvador tem para lhe dar?
Amigo, agora mesmo, Deus tem mais para lhe dar do que uma vaga jornada através
de um túnel místico que leva a um ser de luz irreal, num lugar irreal. Deus tem
muito para lhe dar: o céu,a eternidade, uma cidade real, um mundo real, um
corpo real, um salvador real; que é Jesus Cristo. Ele espera por você e quer
que esteja lá, com Ele, por toda a eternidade. Por ter tocado nossos corações e
nos levado para mais perto do Salvador que amamos, e queremos ver. Deus quer
que você, amigo, tenha uma visão bem clara, do que aguarda seus filhos do outro
lado do túmulo. Ele não nos deixou adivinhar ou fazer o melhor possível com
nossos sonhos. Ele nos mostrou a verdade. Eu o convido a aceitar esta esperança
agora, reconhecendo o Senhor Jesus Cristo como salvador. Está sua vida nas mãos
Dele? Se está, seu futuro também está nas mãos Dele. Vamos assegurar nosso
futuro com Cristo. Seu futuro pode estar assegurado, amigo, seu futuro pode
estar nas mãos de Deus. Não há motivo para temer a morte. Não há motivo para
temer com o pensamento do que pode acontecer depois do túmulo. A morte é apenas
um sono para aqueles que aguardam a ressurreição, para encontrar Cristo face a
face. Você gostaria de colocar sua vida nas mãos de Jesus, agora?
CRISTO VEM PREPARA-TE Letra e Música: Ênio Monteiro de
Souza Amigo, que estás fazendo? De que maneira estás vivendo? Procuras a vida
eterna Ou estás buscando a perdição? Amigo, este é o momento De tu fazeres teu
julgamento; Faze o balanço de tua vida, Conhece a tua posição. CORO Cristo está
voltando; O grande dia já vai chegar. Estás preparado para encontrá-lo, Ou vais
fugir por não poderes Lhe enfrentar o ohar? Cristo vem, já decidiste? Será seu
dia alegre ou triste? Faze a grande escolha de tua vida, Deixa teus sonhos vãos
Recebe a salvação! Final Cristo vem prepara-te! Gravado por Viviane no CD
PB1001 da "Play Black"
ORAÇÃO Querido Pai, te agradecemos por nos ter dado uma
esperança viva em Jesus Cristo. Obrigado por nos mostrar claramente o que
existe após a morte. Aceitamos a Jesus Cristo, aquele que morreu na cruz por
nós, como nosso salvador. Aceitamos a Cristo, Aquele que ressurgiu dos mortos
por nós, como Senhor. Queremos colocar nossa vida em Tuas mãos de hoje em
diante. No nome precioso e maravilhoso de Jesus. Amém.
17
O INFERNO TEM FIM?
Pr. Mark Finley
O assunto inferno voltou à baila. Depois de muitos anos de
silêncio embaraçoso sobre essa questão, cristãos conservadores estão tentando
demonstrar que o inferno é bem real, e eterno. Um livro de suspense, de Paul
Thigpen, chamado "Gehenna" causou sensação. Conta a angustiante
jornada de um homem pelos vários estágios do inferno. O sr. Thigpen descreve,
entre outras coisas, um grande juiz demoníaco, imagine, cujo assento judicial
parece uma cadeira elétrica. Quando os amaldiçoados vêm a ele e confessam seus
pecados, ele ruge de felicidade e os joga num abismo, então eles explodem no
ar. O livro também mostra um "lago dos inocentes", onde bebês
abortados bóiam. Cada um estende a mãozinha, apontando através da água
cristalina, e para o fundo transparente do lago, aquela pessoa, que provocou
sua morte, encolhida na escuridão abaixo. Você sabe o que costuma acontecer
quando as pessoas tentam visualizar o inferno? Eles acabam tornando-o menos
real. Você sabe por quê? Porque é quase impossível imaginar tormento eterno. Um
pastor estava pregando à sua congregação sobre os tormentos do inferno. Ele
dissertou eloqüentemente sobre o "choro e ranger de dentes". Naquele
momento, uma velhinha falou com voz estridente: "Mas pastor, não tenho
dentes!" O pastor encarou-a firmemente e proclamou: "senhora, os
dentes serão providenciados." Podemos tentar descrever o inferno de forma
que faça sentido, tentamos até providenciar dentaduras para o ranger de dentes,
no entanto, algo está errado nesta cena. Veja uma opinião do século 19 sobre
esse assunto. No tratado chamado "a visão do inferno", é declarado:
"a pequena criança está no forno quente. Ouça como grita para sair; veja
como se vira e se contorce no fogo. Bate sua cabeça contra o teto do forno.
Bate seus pezinhos no chão." Ou então, esta declaração de um famoso
pregador: "seu coração desfaleceria se você soubesse que depois de milhões
e milhões de anos, seu tormento não estaria mais próximo do fim do que quando
começou, e você nunca, nunca, nunca seria libertado!" Sim, amigo, este é
um pensamento esmagador. Tanto é que a maioria das pessoas, ou tenta
esquecê-lo, e desiste da religião como um todo, ou perde a cabeça. Simplesmente
não podemos entender o inferno eterno. É tão grotesco, tão indescritivelmente
cruel, que parece irreal. Há ainda outro desafio com o qual os cristãos se
deparam ao tentar visualizar o inferno. Isto é, para muitas pessoas, isso não
faz nenhum sentido. Parece, na realidade, tremendamente injusto. Eles dizem o
seguinte: por que deveriam indivíduos que pecaram por 70 anos sersentenciados
por um Deus santo a uma eternidade de tormentos? Você percebe o problema? A
penalidade parece fora de proporção para o crime. Até nossos mais cruéis e
tirânicos juízes na terra não condenam ninguém a uma vida de tortura. As
pessoas têm tentado responder a essa objeção. Alguns teólogos têm dito que já
que Deus é eternamente santo e eternamente justo, então faz sentido que a
sentença aos condenados seja o tormento eterno. Que tipo de jogo de palavras é
esse? Não me parece muito convincente, o que você acha? Justiça eterna não
exige tormento eterno, assim como pastos verdes não exigem vacas verdes. Outros
defensores explicam da seguinte forma: os que estão no inferno, à medida que
queimam nas chamas, gritam e blasfemam contra Deus. Isto é, continuam pecando.
Portanto, é claro que sua sentença continua. Eles têm que continuar pagando por
suas contínuas faltas. Bem, esse pensamento também não é muito confortador. Ele
traz à mente um pai abusivo que continua batendo e espancando seu filho, porque
este, não pára de chorar enquanto o pai o espanca. No entanto, com Deus, este
círculo vicioso continuaria para sempre. O tema do inferno enfrenta alguns
duros obstáculos. É tão cruel e grotesco, e tão feio, que é impossível
harmonizar com o caráter de um Deus amoroso. Para todos os padrões humanos,
parece ser completamente injusto. Então deveríamos simplesmente descartar a
idéia da destruição dos ímpios? Deveríamos passar por alto as partes da
escritura que se referem às chamas do inferno? Não, creio que não devemos. Há
um modo de tornar o inferno bem real hoje. E isto é simples dando a ele um fim.
Tenho uma razão para afirmar isto. E aqui está o porquê de poder afirmar isso
como alguém que aceita a autoridade da palavra de Deus. Se você crê na Bíblia
literalmente, você não pode acreditar num inferno eterno. Muitos, lendo este
relato podem ter suposto que precisam acreditar no tormento eterno porque devem
crer na Bíblia literalmente. Mas eu gostaria de demonstrar agora mesmo que o
oposto é verdade. Vamos ler alguns textos. Vamos começar com o próprio Jesus.
Ele é a única autoridade neste assunto de vida após a morte, e na questão da
destruição dos ímpios. Veja o que Jesus diz em Mateus 10:28. Aqui, Cristo
revela claramente a questão da vida, morte e inferno. Vamos tentar entender
literalmente as palavras de Jesus. Ele diz: "Não temais os que matam o
corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no
inferno tanto a alma como o corpo." Aí está. De acordo com Jesus, o que acontece
no inferno? Alma e corpo são ambos destruídos. Não adianta imaginar que, embora
um mero corpo humano fosse consumido rapidamente no fogo e enxofre, a alma do
ímpio continuaria sofrendo eternamente. Não, a alma, o fôlego de vida, é
destruída. No sermão da montanha, quando Jesus falou sobre o destino da
humanidade no fim dos tempos, Ele disse que a porta estreita leva à vida, e
largo é o caminho que leva à destruição. (Mateus 7:13,14). No mais conhecido
verso da Bíblia, João 3:16, Jesus explica que Deus deu Seu Filho unigênito para
que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Dois destinos
são contrastados. Vida eterna e morte. Se analisarmos estas passagens
literalmente o que devemos concluir? Que o inferno resulta na morte dos ímpios.
Isto é, na verdade, o que as Escrituras afirmam de forma bastante clara. Os
ímpios morrerão; serão queimados, totalmente consumidos, se tornarão cinzas,
serão devorados. O apóstolo Pedro falou do dia do julgamento e do dia da
destruição dos "homens ímpios", II Pedro 3:7. O apóstolo Paulo
escreveu sobre aqueles que se tornaram inimigos de Cristo: "Seu destino é
a destruição." Filipenses 3:18. Intelectuais nos dizem que a palavra grega
traduzida por destruição é a mais forte palavra que poderia ser usada para
significar a completa perda da existência. Sabe, às vezes nossa maneira de
encarar afirmativas das Escrituras me lembram pessoas que chegam a uma placa de
trânsito. Aquela grande placa octogonal vermelha com a palavra "pare",
é lida de muitas formas. Algumas pessoas acham que significa
"reduza." Outros a interpretam "olhe para os dois lados e depois
pise fundo." Outros ainda parecem pensar que 'pare' significa "olhe
para ver se tem um guarda, e então continue." Porém, é claro que algumas
vezes um desses guardas de trânsito acaba nos parando e nos dando uma multa que
nos lembra que 'pare', significa 'pare' mesmo. Podemos supor que todas as
passagens bíblicas sobre a morte dos ímpios não devem ser entendidas
literalmente. Podemos supor que a morte não significa realmente morte, e
destruição não significa realmente destruição. Podemos ler aquelas palavras
"tormento eterno". Se vamos entender a Bíblia literalmente, amigo,
não podemos acreditar em tormento eterno no inferno. O inferno tem um fim, uma
grande placa que diz "pare", acaba com a morte dos ímpios. Alguns de
vocês podem estar pensando: "mas não há passagens bíblicas que falam
literalmente do sofrimento eterno no inferno?" Vamos analisar isso. Aqui
está um dos textos mais usados: Marcos: 9:47,48. Jesus está dizendo que se sua
mão ou pé ou seus olhos fizerem com que você peque, seria melhor cortar fora um
desses membros, do que ir para o fogo do inferno. Essa advertência é feita três
vezes. O que essas passagens querem dizer? Por que às vezes parecem tão
confusas? Bem, se estiverem fora do contexto da Bíblia, elas certamente
parecerão confusas. Marcos 9:47,48 diz: "... seres lançado no inferno,
onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga." O que significa um fogo
que não se apaga? Muitos cristãos tomam estas palavras como uma descrição do
tormento eterno. Eles imaginam um verme da consciência, atormentando os ímpios
para sempre. Imaginam um fogo que não se apaga porque continua consumindo os
perdidos para todo o sempre. O que o texto quer dizer literalmente? Você sabia
que Jesus estava citando versos do livro de Isaías? Ele está se referindo à
cena grotesca que o profeta descreve em Isaías 66:24: "Eles sairão, e
verão os cadáveres dos homens que revaricaram contra mim; porque o seu verme
nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará..." O que está sendo descrito
aqui? A condição de corpos sem vida, cadáveres. Ninguém está se contorcendo em
agonia. Vermes, larvas estão destruindo carne morta; o fogo está consumindo os
corpos. E qual é o sentido da passagem? Completa e total destruição. O verme
não morre, o fogo não é apagado, até que tenham feito seu trabalho e nada
sobre. Isto é o que a passagem descreve literalmente. Não fala de pessoas
gritando em agonia e queimando no inferno. O texto concorda com todos os outros
que dizem que os ímpios pereceram, foram destruídos. É preciso muita imaginação
para supor que este verme realmente significa algo vivo dentro de uma pessoa,
que não morre, mas continua sofrendo para sempre. No entanto, esta suposição é
tão difundida que muitas pessoas a consideram um ensinamento bíblico. Isso me
lembra a história que circulou, não faz muito tempo, sobre cientistas que
cavaram um buraco muito fundo na Sibéria. Talvez você tenha lido esta história.
Dizia-se que o buraco adentrava 14 quilômetros pelo interior da crosta
terrestre. Dizia-se que chegava a um lugar onde a temperatura era de 1.100
graus centígrados. Os homens introduziram microfones naquela fenda e ouviram
vozes humanas gritando, supostamente as pessoas atormentadas no inferno. Alguns
insistiam que uma revista científica da Finlândia tinha documentado a
descoberta. Bem, o documento nunca existiu. Era só o resultado de uma
imaginação fértil. Obviamente a história era apenas um boato. Mas, sabe, acabou
criando vida própria. E muitos, muitos crentes têm repetido isso como verdade
bíblica. Amigo, um boato não se torna verdade só porque é repetido vez após
vez. Temos que descobrir o que a Bíblia diz, literalmente. Alguns de vocês
estão pensando, "um momento, o que dizer sobre aquele 'choro e ranger de
dentes'?" Jesus não usa a frase punição eterna? Mark, como você vai
explicar isto?" Bem, as expressões "choro e ranger de dentes" e
"punição eterna" estão na Bíblia. Jesus as usou. Sim, haverá "choro
e ranger de dentes", verdadeira angústia e horror, para aqueles que forem
lançados nas "trevas exteriores". Quando Cristo vier em glória e os
ímpios perceberem que não estarão desfrutando a eternidade com seu Deus, sua
angústia será indescritível. Meu argumento é que Jesus não diz que o
"choro e ranger de dentes" vai durar para sempre. Sim, Ele fala de
punição eterna, ou ruína eterna. Mas essa frase sozinha não contradiz sua idéia
de destruição dos ímpios. Note, a punição eterna é final. Um castigo que dura
para sempre. Castigo eterno seria um estado de punição que continuaria para
sempre. Se você é sentenciado à morte eterna, ou seja, se nunca mais voltará a
viver, esta será uma sentença eterna. Temos alguns textos, no entanto, que nos
dizem claramente que o fogo eterno do inferno resultará em total aniquilação.
Em II Pedro 2:6, o apóstolo fala do Deus que: "... reduzindo a cinzas as
cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como
exemplo a quantos venham a viver impiamente." Parece que o destino de
Sodoma e Gomorra é um exemplo do destino dos maus no fim dos tempos. Estão
essas cidades ainda em chamas? Estão os ímpios cidadãos de Sodoma e Gomorra
sendo atormentados ainda? Claro que não, seria ridículo pensar isto. Talvez eu
esteja insistindo demais nesse texto. Vamos ler o verso 7 de Judas; aqui o
escritor nos fala que Sodoma e Gomorra: "... são postas para exemplo do
fogo eterno, sofrendo punição." Sodoma e Gomorra. Fogo eterno. Qual foi o
resultado disso? Aniquilação total dos habitantes. Eles pereceram. Isto é o que
devemos concluir sobre o inferno, se entendemos a Bíblia literalmente. Agora,
vamos averiguar uma última evidência. Ela se encontra no livro do Apocalipse.
Aqui está aparentemente a maior prova a favor do tormento eterno. Duas
passagens em Apocalipse falam sobre o lago de fogo. Apocalipse 14 descreve
aqueles que adoram a besta sendo consumidos pelo fogo e enxofre, e diz: "a
fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos." Apocalipse 19 fala
da besta e do falso profeta e do diabo sendo atormentados para todo o sempre no
lago de fogo. Esses textos certamente parecem descrever um inferno de
sofrimento eterno. Há uma coisa, porém, que deveríamos manter em mente. O livro
de Apocalipse está cheio de linguagem simbólica. Não é uma narrativa literal. É
literatura apocalíptica, um tipo de escrito profético que mostra eventos
através de imagens, vívidas, mas simbólicas. O Apocalipse nos apresenta um
cordeiro que abre um livro, fala de escorpiões movendo-se num abismo sem fundo,
um dragão fazendo guerra com uma mulher grávida, e bestas horrendas saindo do
mar. Nenhum teólogo que eu conheço estuda estas imagens literalmente.
Obviamente elas representam certos eventos importantes. O dragão e a besta que
são atirados no lago de fogo são figuras simbólicas. A fumaça do tormento
subindo pelos séculos dos séculos também é simbólica. É uma forma poética de
falar sobre uma terrível conclusão, a natureza irrevogável do julgamento final.
Afinal de contas, o profeta Isaías usou a mesma linguagem para falar do julgamento
de Deus contra a ímpia Edom. Ele usou a expressão "para sempre".
Isaías 34:9,10. A terra se tornaria "em piche ardente", ele disse, e
não se apagaria de dia nem de noite; sua fumaça subiria para sempre. Isto é
Edom. Hoje, porém, a terra de Edom não está em chamas. O fogo se apagou muito
tempo atrás. O que Deus queria dizer, então? Ele estava usando linguagem
poética para enfatizar a meticulosidade da destruição total. Ele estava falando
de um julgamento que seria final. Isto é o que o lago de fogo bíblico quer
dizer. Destruição completa e total. Apocalipse 21:8, nos diz claramente que o
lago que queima com fogo e enxofre é a "segunda morte". Amigo, o
inferno tem um fim. Os ímpios serão totalmente consumidos, morrerão, perecerão,
serão aniquilados. Se quisermos acreditar num sofrimento sem fim no inferno,
teremos que tirar os textos bíblicos de seu contexto, e distorcê-los. Teremos
que usar textos altamente simbólicos do Apocalipse, ao pé da letra, e todos os
textos literais da Bíblia, de forma simbólica. Isto é o oposto do que deveria
acontecer. Se a Bíblia diz claramente, nos ensinos de Jesus, ou nas cartas de
Paulo, que os ímpios perecem, são destruídos, são aniquilados, experimentam a
morte, então devemos usar estas passagens para entender as vívidas imagens do
Apocalipse, e, não o contrário, amigo. É por isso que posso dizer que, se você
entender a Bíblia literalmente, não pode crer em tormento eterno. Amigo, eu
creio que Deus irá secar toda lágrima. Creio que, depois que Jesus vier e
acabar com o pecado, não haverá mais tristeza, ou choro ou dor. Creio que não
haverá mais morte, porque tudo isso está literalmente prometido na Bíblia.
Essas promessas, porém, não poderiam se cumprir. Seu cumprimento seria
totalmente inviável se milhares de pessoas estivessem se contorcendo em agonia
pelos séculos dos séculos. Sempre haveria lágrimas. Sempre haveria tristeza e
dor. Eu nunca me esqueço de ter visto pela janela da minha sala as enormes
chamas ardendo nas montanhas à distância durante os incêndios na Califórnia.
Toda aquela fumaça crescendo em direção ao céu foi uma visão e tanto. Eu podia
ouvir as sirenes dos carros de bombeiros que acorriam ao local, o ronco dos
helicópteros carregando produtos que retardam o fogo. Depois que o fogo se
apagou, pude ver quão negras as montanhas haviam se tornado. E posso dizer-lhe
que foi um sentimento horrível. Numa hora assim você pensa nos lares que se
tornaram lixo em poucos minutos. Você se pergunta quantos perderão a vida à
medida em que o fogo é levado pelo vento em direção ao oceano. Numa hora como
essa, só há um pensamento na mente: espero que eles apaguem o fogo a tempo. Oro
para que não continue queimando. Você não pode imaginar um holocausto assim
continuando por muito tempo, causando tanta ansiedade e sofrimento. Amigo, eu
sei que o inferno precisa ter um fim. Tudo que Jesus nos mostra sobre Deus o
Pai nos leva a crer nisso. Tudo que sabemos sobre justiça nos leva a crer
nisso. Mas, acima de tudo, isto é o que a Bíblia ensina literalmente. Depois da
vinda de Cristo, depois que este mundo for purificado pelo fogo, todas as
coisas serão novas e maravilhosas. A Bíblia diz que, em lugar da ruína do
pecado e da morte, a paz e o amor de Deus florescerão para todo o sempre. Sim,
haverá choro e ranger de dentes. Sim, haverá um tragédia inconcebível se você
perder a vida eterna que Deus preparou, perder aquela vida para sempre com
Deus. Mas Deus acabará com todo o sofrimento. Ele apagará do universo o pecado
e a morte. Não quero estar entre aqueles que perecerão no fogo do inferno. Não
quero ser parte do problema que será resolvido com a purificação do fogo. Quero
estar entre aqueles que se apegam a Deus o Pai, o Único que não quer que nenhum
de seus filhos pereça. A vontade dEle para você é vida eterna com Cristo.
Façamos a escolha deste destino agora mesmo.
ORAÇÃO: Pai, te agradecemos por nos advertir dos terrores
da segunda morte, e por haver um fim para as lágrimas, o sofrimento e a morte.
Não queremos nos afastar de Ti. Queremos dar-te nossa fidelidade, nossa
confiança, nosso amor, em medida cada vez maior. Entregamos agora nossa vida a
Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor. Obrigado pelo privilégio de recebê-Lo de
braços abertos quando Ele vier para reinar. No nome de Jesus, amém
18
VOCÊ NÃO PODE PERDOAR?
Pr. Mark Finley
No inverno de 1994, Sarajevo se transformou num local fora
do comum. Um lugar onde um violoncelista de renome mundial tocou nas ruínas da
Biblioteca Nacional, onde um candidato às Olimpíadas praticava suas corridas no
corredor bombardeado de um escritório da cidade, único lugar onde estava a
salvo dos franco-atiradores. Um lugar onde ir à loja da esquina para comprar um
litro de leite se tornou uma corrida contra a morte e contra as balas. Essas
pessoas foram mantidas vivas com arroz e feijão jogados por aviões. As porções
nunca eram suficientes. Bombas caíram em frente aos escritórios da Cruz
Vermelha, e franco-atiradores matavam mesmo aqueles que estavam enterrando seus
mortos. Apenas algumas crianças em estado muito grave puderam furar o cerco e
receber tratamento. O mundo parecia paralisado por tudo aquilo. Alguns anos
antes, Sarajevo tinha sediado as Olimpíadas de inverno. Foi uma cidade linda e
culta, onde as artes floresciam. O que aconteceu? Por que, o lugar onde um dia
foi a Iugoslávia, desmoronou para esse estado de cáos? Sabe, amigo, já estive
muitas e muitas vezes na Iugoslávia a trabalho. Fiz uma maravilhosa série de
conferências evangelísticas em Belgrado. Já viajei pela Sérvia, pela Croácia,
por variadas partes daquela República e sempre apreciei a mistura de culturas
entre as pessoas, seu calor humano e amabilidade. Mas qual é a história? O que
está por trás de tudo? Por que tanto sangue? As forças Sérvias que cercaram
Sarajevo, jogando bombas na rua entraram, sem dúvida, em nossa lista dos piores
vilões. Os sérvios foram justamente condenados por sua atrocidade e sua
horrível política de "limpeza étnica." Mas você sabia que essas
pessoas, os sérvios, estavam simplesmente seguindo aquilo que Philip Yancey
chama de a "terrível lógica do não perdão"? Numa edição recente da
revista Cristianismo Hoje, Yancey escreveu um artigo em que dizia serem os
próprios sérvios as vítimas de limpeza étnica não faz muito tempo. Nos anos 40,
os croatas massacraram centenas de milhares de sérvios. Portanto, nos anos 90,
os sérvios estão pagando seus inimigos com a mesma moeda. É o seu clamor por
vingança contra os croatas que chegou às ruas sangrentas de Sarajevo. Quando
ouvimos sobre outra atrocidade sérvia, contra os muçulmanos, nos esquecemos da
"terrível lógica do não-perdão". A última guerra que os sérvios
travaram contra os muçulmanos levou a 500 anos de governo turco. Assim, os
sérvios tinham muitas contas a acertar; séculos de opressão muçulmana. As ruas
de Sarajevo se encheram com o clamor de mulheres e crianças moribundas por
causa da "lógica do não perdão": cada atrocidade deve ser paga com
outra atrocidade. E se essa lei for seguida, um dia os filhos daquelas que
foram violentadas e mutiladas pelos sérvios se levantarão e se tornarão novos
vingadores. O ciclo não acabará nunca, a menos que um novo elemento seja
introduzido. Por que os protestantes e católicos da Irlanda do Norte continuam
se matando uns aos outros, ano após ano? Porque estão seguindo a "lógica
do não perdão"; eles precisam continuar a vingança. Por que judeus e
árabes do Oriente Médio continuam se matando por tanto tempo? Porque cada
atrocidade deve ser paga com outra atrocidade. A única coisa que pode quebrar
este terrível ciclo é estender a mão àqueles que nos magoam. A única vez que
vimos esperança de paz no oriente médio foi quando o chefe da OLP, Yasser
Arafat, e o primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin apertaram as mãos
jurando parar com os acertos de contas do passado, e começar de novo. Isso tem
a ver com perdão. O perdão é mais importante do que você imagina, amigo. Não é
apenas um sentimento bom que colocamos em cartões. Não é apenas uma palavra que
repetimos na igreja. É uma das poucas forças capazes de mudar o curso da
história. É a única coisa que pode romper o longo cerco de ódio e vingança. É a
única coisa que pode acabar com o cerco ao seu próprio coração. Quando você vai
comprar leite na esquina, talvez não tenha que se proteger de tiros. Quando vai
para o trabalho provavelmente não tem que se preocupar com morteiros sendo jogados
na rua. Mas imagino que, às vezes, você se sente trapaceado e oprimido pelas
maldades que outros lhe fizeram. Você foi magoado. A vida não tem sido justa e
se essas feridas são profundas, podem ser tão opressivas quanto o barulho da
artilharia sérvia ao redor da cidade. Em alguns casos, essas mágoas e
cicatrizes roubam todo o prazer de viver. Vamos tentar esclarecer que tipos de
coisas podem nos atingir emocionalmente. Não estou falando de uma pequena
ofensa que você pode superar com um "tudo bem, vamos esquecer isso".
Estou falando de alguém que magoou você de verdade. Como pode um homem, que
perdeu tudo que poupou durante a vida, nas mãos de um sócio inescrupuloso,
perdoar esta pessoa? Como pode alguém, que foi abusado ou molestado quando criança,
perdoar seu algoz? Como pode uma esposa, que deu ao marido os melhores anos de
sua vida, perdoá-lo depois que este a abandonou? Você entende a questão?
Perdoar genuinamente alguém que nos magoou muito, não é fácil. Aliás, fazê-lo
parece tremendamente injusto. É a última coisa que gostaríamos de fazer. Parece
que vai contra todos os instintos humanos. Mas a alternativa é ainda mais
terrível. A alternativa é um coração constantemente oprimido. Quando somos
magoados podemos passar por um período de tristeza no início. Mas se não
encontrarmos uma forma de perdoar, então a ferida vai inflamar; vai oprimir.
Estaremos sempre presos pelo mal que nos foi feito da mesma forma como os
habitantes de Sarajevo estiveram cercados pelo ódio dos sérvios. Este, então, é
o nosso dilema. Humanamente falando, o perdão genuíno é impossível. No entanto,
se não perdoarmos, será cada vez mais impossível viver. Há alguma maneira de
livrar nosso coração dessa opressão? Depois que o filho de Elizabeth e Franco
Morris foi morto numa colisão com um motorista bêbado, os dois foram consumidos
pela tristeza e ira. Sua raiva apenas crescia à medida que acompanhavam o
julgamento de um jovem, chamado Antônio, acusado de tirar a vida de seu filho.
Eles descobriram como ele havia se embebedado naquela noite. Entrou no carro,
deu uma guinada na estrada e colidiu de frente com o veículo de Ted. Como pôde
fazer uma coisas dessas? Era tão injusto, tão terrivelmente injusto!! Franco
Morris ficou obcecado com cada detalhe dos procedimentos legais, vivendo à
espera do dia em que Antônio seria declarado culpado. E Elizabeth, quando não
estava pensando em suicídio, imaginava poder apertar o botão da cadeira
elétrica no dia da execução. Ela queria a morte daquele jovem. O tormento desse
casal não terminou com a condenação de Antônio à prisão. Eles se consideravam
cristãos, mas ficaram chocados com o tamanho de seu ódio. Elizabeth começou a
orar por uma saída. Um dia, ela ouviu Antônio falar na escola de Ted, como
parte de sua reabilitação. Ele parecia genuinamente arrependido e Elizabeth
reuniu coragem suficiente para falar com ele depois. Foi muito difícil, houve
muito choro. Mas quando ela descobriu que ninguém o visitava na prisão, decidiu
ir visitá-lo. A visita começou com alguns minutos de conversa tensa. Então,
Antônio deixou escapar abruptamente: "Senhora Morris, sinto muito ter
matado seu garoto. Por favor, perdoe-me." Elizabeth congelou enquanto
olhava para o assassino de seu filho. Ela queria se livrar de toda a raiva e
dor. Mas todos os instintos humanos clamavam: Vingança! Vingança! Vingança!
Naquele momento, no entanto, algo aconteceu que a levou além da "lógica do
não-perdão". Ela ouviu as palavras que um homem tinha dito na cruz.
Pareciam estar ecoando à sua volta: "Pai, perdoa-os... Pai,
perdoa-os." De repente ela pôde perdoar, porque ela fora perdoada.
Elizabeth orou silenciosamente: "Querido Deus, perdeste Teu único Filho
também. No entanto perdoaste aqueles que O mataram." Elizabeth Morris
perdoou Antônio, sinceramente, e pediu o perdão de Antônio pelo ódio que nutriu
durante meses. Veja como Elizabeth descreveu a experiência: "Lá estávamos,
o motorista bêbado e a mãe daquele que morreu, sentindo a angústia começar a
passar. Estávamos livres. Nós dois." Para Elizabeth Morris, o cerco
finalmente chegara ao fim. Ela estava livre. Livre para viver de novo. Amigo,
há só uma razão para fazer o humanamente impossível. Apenas uma razão nos
possibilita perdoar aqueles que nos magoaram: a razão é que nós já fomos
perdoados antes. Só quando entendermos o quanto Deus nos perdoou, teremos
forças para perdoar aqueles que não merecem perdão. Talvez você esteja
pensando: este é o perdão de Deus e Seu perdão é algo remoto e abstrato. É
intangível, algo que paira na distância, comparado à minha dor. Quando alguém
me faz algum mal, a dor é tão real e está tão presente! Eu admito que o perdão
de Deus pode parecer uma mão perdoadora estendida sobre o mundo em geral. E
nossa dor parece muito, muito específica, muito pessoal. Quero partilhar com
você um princípio muito importante relacionado com o perdão divino. É algo que
tornou tudo muito mais real para mim. Em 1985, o Presidente Ronald Reagan
visitou um cemitério militar em Bitburg, Alemanha e depositou uma coroa num
monumento local. Ele pretendia que isso fosse um sinal de reconciliação; uma
maneira de finalmente dizer adeus às lembranças dolorosas da segunda guerra
mundial. Mas aquela coroa causou comoção internacional. Por quê? Porque 49
soldados da SS foram enterrados em Bitburg. Soldados de Hitler que foram
responsáveis por muitas atrocidades contra os judeus. O gesto de reconciliação
foi bom, as pessoas disseram. Mas o Presidente Reagan não tinha o direito de
perdoar algo que tinha sido feito contra os judeus. Apenas os judeus poderiam
fazer isso. Como escreveu o poeta John Dryden, certa vez: "O perdão aos
feridos pertence." Apenas os feridos têm o direito de perdoar. O ensaísta
Lance Morrow explicou da seguinte forma: "O Presidente Reagan poderia ter
perdoado John Hinckley por ter atirado nele, mas não poderia perdoar Ali Agca
por ter atirado no Papa João Paulo II. Somente o Papa poderia fazê-lo."
Aliás, foi isso mesmo que o Papa fez. Pouco depois do ferimento em seu abdômem
ter sarado, João Paulo desceu ao interior da prisão de Ali Agca. Ele disse que
precisava falar com seu quase assassino, face a face. E disse a Ali Agca:
"Eu te perdôo." "O perdão aos feridos pertence." Você sabe
por que Deus tem o direito de perdoá-lo pessoalmente? Porque ele foi ferido.
Foi terrivelmente magoado. Ele não perdoa de uma distância impessoal ou
judicial. Ele perdoa com as costas apoiadas numa cruz; perdoa enquanto um
soldado romano está perfurando suas mãos com cravos. Ele, perdoa quando uma
coroa de espinhos é colocada em Sua cabeça, e o sangue lhe escorre pela face.
Ele perdoa quando uma lança atravessa Seu corpo fazendo um ferimento que jorra
sangue. Ele perdoa quando pessoas Lhe dão as costas, quando Pedro O nega,
quando Judas O trai, quando os judeus O rejeitam, quando os soldados jogam
dados ao pé da cruz. Ele os perdoa. "O perdão aos feridos pertence."
Você se lembra das seguintes palavras do profeta Isaías? Palavras que jorram
amor, que ecoam a voz de um Deus que perdoa aqueles que o magoaram. Isaías 53
verso 5: "Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído
pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e
pelas suas pisaduras fomos sarados". Pelas Suas pisaduras fomos sarados. O
que significa Jesus ter tomado nossos pecados na cruz? Foi apenas um gesto de
cortesia? Foi apenas como colocar uma coroa de flores dizendo: "vou fingir
que nunca aconteceu?" Não! De maneira alguma, amigos. Jesus foi moído pelo
pecado, foi pendurado em agonia entre o céu e a terra, como um perigoso ladrão
por causa de nossas falhas morais. "O perdão aos feridos pertence." O
que a cruz significa é que Cristo foi profundamente ferido por nossos pecados
pessoais. É algo pessoal, entre Cristo e eu, entre Cristo e você. Nossa
indiferença, nossa insensibilidade, nossa desonestidade, nossa luxúria, nossa
mentira, nossa crueldade Ele tomou sobre si. Ele tomou a dor, todo o desespero,
todo o mal, toda a agonia, toda a tristeza. Tomou sobre Si tudo que o pecado
produz. É por isso que Jesus, e apenas Jesus, tem o direito de nos perdoar.
Porque Ele sentiu dor e sofreu por nossos pecados. Ele sentiu toda a crueldade
e nos perdoou completamente. Aquele que foi ferido mais profundamente, perdoa
de maneira mais completa. É isso que precisamos aceitar de coração. Você
percebe o quanto necessita de perdão? Você se dá conta do quanto custa o
perdão? Jesus certa vez explicou isso numa parábola. Um rei tinha decidido
acertar suas contas e chamou um servo da corte, talvez você se lembre da
parábola. Esse servo devia dez mil talentos ao rei, uma soma muito alta. E
foi-lhe dito que era a hora de pagar. O servo caiu sobre os joelhos e implorou
misericórdia. O rei ficou tão comovido com os rogos do homem, que não somente o
libertou, mas quitou a dívida. Ele mesmo pagaria os dez mil talentos. Bom, você
pode estar se perguntando o que são dez mil talentos. Um talento era uma moeda
usada no antigo Israel. Dez mil talentos seriam equivalentes não a mil reais,
não a cem mil reais, mas a milhões de reais. E aquele que devia o dinheiro foi
perdoado de uma dívida de milhões. Como você se sentiria? Você pularia de
alegria. Mas o que fez aquele servo? Ele procurou um colega que lhe devia cem
denários. Cem denários, pouca coisa, o equivalente a algumas centenas de reais,
centavos comparados aos milhões. Ele pegou o homem pelo pescoço e exigiu o
pagamento de tudo, imediatamente! Quando seu colega implorou misericórdia, ele
mandou que o prendessem na cadeia dos devedores. Por que Jesus contou essa
história ultrajante? Para dar um exemplo de perdão. Como podemos nos apegar
àqueles 100 denários de dívida, daquele mal que nos foi feito, quando Deus nos
isenta de pagar dez mil talentos, nossa dívida de milhões de reais, do mal que
fizemos ao Seu filho amado? Será que custa perdoar o cônjuge que nos abandona?
Claro que sim. Custa alguma coisa perdoar o pai que abusou de nós, ou o amigo
infiel? Custa muito. O perdão não é algo fácil, certamente não custa pouco. O
perdão de Cristo, porém, custou muito mais. Foi ainda mais doloroso. Foi um
sacrifício muito maior. E é isso que nos pode dar a força de romper o cerco aos
nossos corações; o custoso perdão de Cristo. Isto pode nos ajudar a nos livrar
da mágoa. Paulo nos recomenda em Efésios 4:32: "Perdoando-vos uns aos
outros, como também Deus em Cristo vos perdoou." Quero contar-lhes o que
aconteceu a Elizabeth Morris, depois que ela descobriu o perdão de Cristo para
o motorista bêbado que havia matado seu filho. Ela continuou a visitar Antônio
na prisão e começou a fazer parte de sua reabilitação, convencendo aquele jovem
de que Deus poderia ajudá-lo a livrar-se de sua dependência do álcool. Antônio
começou também um curso de estudo da Bíblia. Um dia Franco Morris teve que
levar Antônio a um programa de mães em luta contra a bebida. Franco não tinha
certeza de que conseguiria manter uma conversa com o garoto, mas à medida que dirigia,
Antônio falava entusiasmado de todas as coisas que estava aprendendo na Bíblia.
Ficou claro que ele tinha feito um compromisso genuíno com Cristo. De repente
Antônio disse: "sabe, Franco, eu gostaria de ser batizado." Acontece
que justamente naquele momento eles estavam passando pela igreja de Franco.
Franco mesmo já tinha sido autorizado por sua denominação a realizar batismos.
Era um líder leigo, um ancião da igreja. Parecia um momento providencial.
Vagarosamente os dois entraram no santuário vazio. Franco levou Antônio ao
batistério, e eles entraram na água. Ao levantar a mão e dizer "eu te
batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", Franco não pôde
deixar de lembrar que havia realizado a mesma cerimônia com Ted, o filho que se
fora, o filho que Antônio havia destruído. Depois que Antônio saiu da água ele
abraçou Franco Morris, e sem se conter exclamou: "por favor, eu quero que
você também me perdoe." Ainda pingando água do batismo, Franco sentiu o
perdão de Cristo fluindo através dele quando sussurrou: "eu te perdôo,
Antônio eu te perdôo." As chances de completa reabilitação não eram muito
boas para Antônio, pelo menos do ponto de vista humano. Ele tinha as cicatrizes
psicológicas de ter crescido numa família problemática. Ele era viciado em
álcool desde a idade de 16 anos. Mas Antônio venceu todas as barreiras.
Livrou-se do vício para sempre. Achou um emprego estável e desenvolveu um senso
de utilidade ao servir a Deus. Por quê? Em grande parte porque ele achou em
Elizabeth e Franco Morris os pais que nunca tivera. Porque Elizabeth continuou
a visitá-lo diariamente. Porque eles pediram que o juiz deixasse Antônio passar
todos os domingos sob sua custódia. Porque ele começou a comer, orar e estudar
com Elizabeth e Franco. Porque Franco pediu que o ajudasse com algum trabalho
no quintal da casa. Esse casal aflito encontrou um filho de novo. Um filho em
quem todos os instintos humanos haviam depositado seu ódio antes. Será que
custa perdoar? Claro que sim. Mas vale a pena? Pergunte a Elizabeth e Franco
Morris. Alguém fez algum mal a você? Há amargura em seu coração em relação a
essa pessoa? Você ainda está dizendo algo como: "não é justo! Meu pai era
um alcoólatra"! "Não é justo que minha mãe tenha me abandonado?"
Amigo, você pode se apegar à dor, ou pode livrar-se dela. Você pode deixá-la na
cruz, no perdão de Jesus Cristo. Você pode escapar da terrível "lógica do
não-perdão" ao vir até a cruz. Na cruz, você encontra perdão, portanto
você pode perdoar. Na cruz você encontra misericórdia, por isso pode ser
misericordioso. As pessoas precisam de Deus. Preciso Dele se é Ele quem me
perdoa. Preciso que Ele quebre meu duro coração. Necessito Dele para me
libertar da amargura. O perdão pode acontecer porque a cruz aconteceu. É lá que
precisa começar. É o único lugar onde pode começar. Você nunca será capaz de
perdoar genuinamente enquanto não descobrir o quanto foi perdoado. Olhe para a
dívida de 10 mil talentos agora. Sinta esse peso em suas mãos. Toda a dor, toda
a raiva, todo o desespero; tudo isso recaiu sobre os ombros de Cristo na cruz.
Deixe tudo de lado, amigo. E sinta-se agradecido por isso. Aceite o perdão de
Cristo agora.
CONHECER O AMOR DE JESUS (People Need the Lord) Letra e
Música: Greg Nelson e Phill McHugh Letra em Português: Valdecir Lima e Costa
Jr. Estou cansada de encontrar as pessoas sem sorrir, caminhando em meio à dor
e sem rumo aqui. Vão vivendo sem sentir ó amor de Deus. A tristeza e solidão
são caminhos seus. Coro Conhecer Jesus é viver o amor. Ele é paz na aflição,
Ele é salvação. Conhecer Jesus é viver o amor. Ele é fonte de poder que me faz
viver. Cristo é luz na escuridão deste mundo tão cruel, Ele é paz ao coração e
nos mostra o Céu. Cristo sempre vai estar onde está a dor. Todos devem conhecer
este grande amor. Gravado por Sonete no LP nº 800 da Gravadora Bompastor"
ORAÇÃO Querido Pai, agradecemos-Te por ter-nos oferecido
Teu único Filho. Obrigado por esse enorme sacrifício. Reconhecemos que nossos
pecados Te magoam profundamente. Aceitamos o preço que Jesus pagou na cruz.
Ajuda-nos a expressar este perdão em nossa vida. Ajuda-nos a quebrar o cerco ao
nosso coração. No nome precioso de Jesus Cristo, nosso Senhor, amém.
19
LIVRE DA CULPA PARA SEMPRE
Pr. Mark Finley
O problema da culpa humana existe por aí há muito tempo.
Vivemos em luta com as conseqüências internas dos nossos erros desde que o
mundo começou. E então, as pessoas desenvolveram inúmeras maneiras de lidar com
a culpa, usando estratégias do tipo "faça você mesmo". Algumas vezes
tentamos negar; tentamos fingir que o erro não existe; que isto nunca
aconteceu. Uma vez, uma companhia achava-se no meio de negociações tensas com
os líderes sindicais. Os representantes da companhia insistiam que os
trabalhadores estavam abusando nos privilégios do auxílio-doença. Os
sindicalistas negavam, é claro. Uma manhã, na mesa de negociações, o advogado
da companhia segurou a página de esportes do jornal local. Ele apontou para uma
foto de um empregado que ganhara um torneio de golfe na cidade. "Este
homem ", o advogado reclamou, "declarou-se doente ontem". Mas
havia embaixo da folha uma legenda descrevendo sua excelente pontuação no
golfe. Após um momento de silêncio, um dos sindicalistas falou: "Puxa",
ele disse, "imagine que espécie de pontuação ele não faria se NÃO
estivesse doente!" Boa tentativa! Nós podemos fingir; nós podemos tentar
encobrir nossas decepções ou nosso mau-comportamento. Nós tentamos explicar a
irresponsabilidade. Numa universidade dois psicólogos fizeram um teste simples.
Reuniram um grupo de alunos numa sala e numa sala ao lado eles montaram algo
que sugeria ser um acidente. Uma mulher caiu e gritou: "Ai, meu pé! Não
posso movê-lo! Ai, meu tornozelo... eu não aguento esta fratura!" A voz da
mulher podia ser claramente ouvida pelos alunos. Mas nenhum ofereceu-se para
ajudar. O que realmente surpreendeu os psicólogos, no entanto, foi a explicação
que estas pessoas deram a seguir. A maioria disse: "Eu não sabia
exatamente o que estava acontecendo." Outros diziam que "não era nada
sério." Desculpas deixam a culpa à distância, por algum tempo. Às vezes,
as desculpas tornam-se criativas. Uma professora, numa escola primária,
continuava tendo problemas com um garoto que não podia parar de
"aprontar" quando alguém passava por ele. Ela já havia falado para
ele com firmeza sobre o problema, e finalmente, o garoto concordou em orar. Ele
falou: "Senhor Deus, por favor, ajude às crianças que passam ao meu lado a
não serem desajeitadas, e Senhor, ajude-as a não caminharem tanto. Não sou eu
quem as derruba, Senhor." Ele disse que era culpa de outra pessoa. Esta
espécie de desculpa está se tornando comum entre os adultos, atualmente.
Ouvimos isso quase sempre em nossos tribunais. Desculpar o erro é tão nocivo
quanto negá-lo. Às vezes, o peso da culpa torna-se muito grande para desculpas
débeis. Então, há uma última estragégia do tipo "faça você mesmo". É
a tentativa de lidar com a culpa, isto é, compensá-la, reparando o que fizemos.
Isto pode parecer nobre a princípio, mas leva a um caminho autodestrutivo. O
Sr. Conrado cresceu num lar muito religioso. Em toda a sua infância, ele tentou
agradar a Deus, porém, sempre sentiu-se culpado por falhar. Seus pais, bastante
rígidos, não ajudavam muito. O Sr. Conrado tornou-se um negociante bem sucedido
e fazia muitas obras de caridade. Na realidade, ele doava a ponto de
sacrificar-se. Num dado momento, chegou a acreditar que alguns líderes de
igrejas locais estavam destruindo a verdadeira religião. Ele gastou milhares de
dólares numa campanha para denunciá-los. Ele continuava tentanto fazer a coisa
certa, mas nunca fazia o bastante. Ele não podia se sacrificar mais. Aqueles
terríveis sentimentos de culpa persistiam e finalmente, o esmagaram. O Sr.
Conrado teve de ser internado numa Casa de Repouso. Enquanto estava lá, ele
queimou as mãos e os pés num radiador e fez buracos nos pés e nas palmas das
mãos. Estava imitando a crucifixão, tentando abrandar seus pecados. Ele sempre
fazia alguma coisa para se torturar, tentando minimizar o problema da culpa.
Culpa não-resolvida pode nos levar a tais extremos; pode destruir nossa saúde
emocional e nossa saúde física também, amigo. É um problema real. Tentamos,
porém, lidar com isto de todas as maneiras erradas. Estamos procurando
respostas em lugares errados. Procurar por Deus e por respostas em lugares
errados, pode tornar-se mais doloroso. Todos procuram a paz; procuram
tranqüilidade espiritual. As pessoas tentam fazer um pacote religioso que irá
resolver o problema. Quem sabe uma meditação Zen ajudará, juntamente com uma
viagem ao Japão. Talvez ouvindo alguém que canalize a sabedoria de um profeta
antigo, devolverá a luz. Quem sabe a combinação de trechos da Bíblia com os
ensinamentos de Sida Ioga ou algum outro guru. É a mesma coisa que uma lanchonete
espiritual. As pessoas querem escolher elementos de todas as espécies de
tradições religiosas. A estratégia do "faça você mesmo" agora parece
englobar todas as religiões. Mas, estamos realmente lidando com problemas
humanos básicos? Estamos realmente lidando com a situação de nossa vida moral,
com as questões de culpa e responsabilidade? Quando escolhemos algo para nós
mesmos, a tendência natural é escolher o mais confortável, o menos trabalhoso.
Nós criamos a religião à nossa própria imagem. Tome, por exemplo, o altar na
casa de Rita. Esta enfermeira de 50 anos dirige seus próprios rituais num altar
que sempre sofre mudanças. Ele consiste de coisas especiais para ela. Num
momento, inclui uma estátua de anjo, uma garrafa de "água benta" abençoada
por uma vigília de mulheres, uma bola de cristal, uma pirâmide, uma pequena
imagem de Buda em bronze, uma vela votiva, uma prece hebraica, uma pequena
cesta nativa americana e uma foto do "lugar mais sagrado" para ela,
uma bela árvore próximo à sua casa. Ponha tantas coisas "sagradas"
quanto possíveis, misture vigorosamente e adore-as. Esta parece ser a receita
atual para se ter paz hoje em dia. Mas, amigo, a soma total de pequenas
respostas possíveis não necessariamente acrescentam uma boa resposta ao que
queremos. Realmente não resolve o nosso problema de culpa. É necessário muito
mais do que bugigangas e talismãs para resolver isto. Deixe-me dizer que a
resposta está em outro altar, um altar diferente, um altar encontrado num lugar
na terra que o Deus do Céu designou como santo. O altar ao qual me refiro é o
altar de sacrifícios. O próprio Deus deu detalhes para este altar, juntamente
com tudo mais no Tabernáculo hebreu. Os livros de Êxodo e Levítico, no Velho
Testamento, apresentam explicações detalhadas de como este altar deveria ser
construído e de como várias ofertas deveriam ser feitas. Como pode um artefato
religioso de milhares de anos se relacionar com nossa luta contra a culpa,
hoje? Deixe-me contar uma história, um exemplo do que aconteceu nesse Tabernáculo.
Um dia bem cedo de manhã, um homem chamado Eliú caminhava pelo acampamento de
Israel, passando entre as tendas de sua própria tribo. Ele sabia que os amigos,
os parentes e os estranhos seguiam seus passos com os olhos. Eles sabiam para
onde ele ía. Ele carregava um cordeiro, um pequeno cordeiro. Algumas vezes,
Eliú tinha que carregar o cordeiro e o carregava nos braços. Era um cordeiro
branco, sem manchas e os filhos de Eliú brincavam com ele desde o nascimento.
Eliú, porém, está indo ao Tabernáculo para cortar a garganta do animal. Uma
inquietação em sua mente leva-o até lá; um pecado que está corroendo seus
ossos. Ele tem que consertar isto. Então, ele continua caminhando, os olhos
fixos à frente. À entrada do pátio do Tabernáculo, Eliú espera com outros que
devem trazer ali suas ofertas pelos pecados. Ele observa enquanto os sacerdotes
realizam os rituais antigos. Então, chegou a vez dele. Eliú agora ajoelha-se ao
lado do cordeiro. Ele coloca um braço em volta do pescoço. Um sacerdote aproxima-se.
Eliú coloca a outra mão na cabeça do cordeiro e confessa seus pecados. Ele
tenta não olhar para os olhos confiantes do cordeiro. Rapidamente o animal
levanta a cabeça e Eliú o mata com as própias mãos. Há um rápido reflexo da
faca. Sangue escuro escorre no chão. O cordeiro esperneia uma, duas vezes e
depois cai morto. Os assistentes do sacerdote pegam a carcassa e levam para o
altar. Eles colocam o animal sobre o altar e escorrem o sangue para o aparador.
Então, levam o cordeiro para o fogo e as chamas o queimam até que seja
consumido. Enquanto Eliú observa a fumaça subir até um perfeito céu azul, ele
pensa por um momento que sua própria vida foi salva pelo corte da navalha. Ele
foi resgatado. Ele foi redimido. Este sacrifício aponta para um perdão divino.
Esta graça é tão real para Eliú quanto o sangue que ainda tinge suas mãos. Era
isso que acontecia ali, num Tabernáculo hebreu, no altar de ofertas de
sacrifícios. O que tudo isto significa? Antigamente, as pessoas assumiam a
responsabilidade pelos erros cometidos. Elas encaravam os pecados de frente,
confessando-os sem mentiras, sem desculpas. Levítico mostra os sacrifícios nos
templos desta maneira. Fala, na verdade, sobre um sacrifício no dia da
Expiação. Mas os princípios se aplicam a cada sacrifício. Observem Levítico
16:21: "... e Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre
ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel ... e os porá sobre a
cabeça do bode..." Agora, uma das verdades mais fundamentais sobre a culpa
humana é que não podemos escapar dela até que a aceitemos. Há um princípio
fundamental em Levítico e este é: esta culpa pode ser transferida. Eis o porquê
as pessoas levavam seus sacrifícios para o altar. Mas, elas estão também
reconhecendo algo mais: o fato de que não podem expiar os próprios pecados;
elas não podem mascará-los. Podiam somente providenciar restituição, se
tivessem roubado algo, mas elas não podiam limpar a culpa pelo comportamento.
Nada podiam fazer para mudar o passado. Aquele cordeiro sem mancha, sacrificado,
elevado ao céu, era um ato de fé, fé no fato de que outro tomaria sua culpa,
outro faria a expiação. Este altar era santo somente porque apontava para um
evento santo. Ele ligava o homem pecador, pela fé, à morte do Cordeiro de Deus,
Jesus Cristo, na cruz. O autor de Hebreus descreve estes sacrifícios de animais
como proféticos e o que eles representam quando ele diz o seguinte: " ...
muito mais o Sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu
sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para
servirmos ao Deus vivo." (Hebreus 9:14) Cristo ofereceu-Se na cruz como um
sacrifício pelos pecados. Este sacrifício é a única coisa que pode expurgar a
consciência humana. É a única coisa que pode purificar nosso coração culpado.
Você sabe por que, amigo? Porque, afinal, é Deus quem perdoa. E tem que ser Ele
porque foi contra Ele que pecamos. Quando falhamos moralmente, o perdão tem que
vir do Doador da Lei. Em nosso íntimo sabemos que o perdão vem de uma fonte
mais poderosa. Nossos amigos podem confortar, mas eles não podem resolver nosso
problema de culpa. Os psicólogos podem ajudar a ajustar o pensamento, mas não
ajudam a lidar com o problema de culpa. É necessária a cruz para haver perdão e
graça. Cristo ofereceu Sua vida na cruz, o Cordeiro de Deus sem manchas, tomou
nossas culpas sobre Si. Ele nos oferece Sua justiça, à destra do Deus Pai. Esse
altar mostra-nos exatamente onde encontrar o solo sagrado hoje. Nós o
encontramos aos pés da cruz. Nós o achamos como seres humanos fracos, indignos
que olham para o Cristo crucificado. Nós encontramos a salvação ao tentar, com
fé, aproximarmos do Salvador, assim como Eliú colocou as mãos na cabeça do
cordeiro. Nós encontramos perdão quando olhamos para baixo e vemos que nossas
mãos, também, estão manchadas de sangue. Estamos envolvidos; participamos do
pecado. Foi nosso pecado que exigiu este grande sacrifício e é nossa vida que
Jesus quer resgatar. Nós entramos em contato com a santificação quando
realmente vemos este sacrifício. A culpa é derrotada. Nós escapamos da lâmina
afiada. Fomos resgatados. Como Eliú, olhando para a fumaça escura subindo para
o céu, nós imaginamos que Alguém morreu em nosso lugar e elevou Sua vida
imaculada para os céus. Seres humanos pecadores e culpados podem ser aceitos
por um Deus Santo através da fé de um único sacrifício. O livro de Hebreus
mostra esse fato, apontando para o santuário, o lugar que simboliza o
verdadeiro trono de Deus, o lugar de Sua Glória e diz: "... mas pelo meu
próprio sangue, (Cristo) entrou no Santo dos Santos ... tendo obtido eterna
redenção." (Hebreus 9:12) Jesus Cristo, entregando Sua vida para nos
salvar, representado pelo cordeiro sacrificado no pátio, caminhou até o
santuário, o verdadeiro santuário no Céu. Como? Pelo Seu próprio sangue. Pelo
Seu próprio sacrifício. Por Sua vida perfeita Ele entregou-Se em nosso favor. E
Ele fez isto, "de uma vez por todas". É uma redenção permanente e
eterna. É uma solução eterna para o problema da culpa. Não precisamos vir com
desculpas. Não temos que tentar disfarçar por causa dos erros passados. Jesus
Cristo criou um meio de lidarmos com a culpa de uma vez por todas. Por causa
disto, o autor de Hebreus nos diz que podemos vir confiantes próximos ao trono
de Deus e receber a graça nos tempos de necessidade. Nós somos totalmente
aceitos porque Cristo foi totalmente aceito. Um jovem piloto da Aeronáutica
chamado Henry Feinberg passou muitos anos desejando um lugar santo, um lugar
onde ele, pessoalmente, pudesse achar a paz. Ele simplesmente não aguentava o
materialismo e sofrimento que vira em volta dele. Henry fez uma viagem a
Israel, certo de que encontraria Deus na terra de suas raízes étnicas. Mas o
povo parecia tão tradicional ali quanto em qualquer outro lugar. Ele encontrou
um trabalho no Alasca e estava encantado pela vastidão daquela paisagem
magnífica. Então, aproveitou para navegar através dos Mares do Sul e viu
bastante do que era simplesmente maravilhoso e exótico. Ele, porém, não
encontrava a paz; não encontrava um jeito de aliviar sua culpa com Deus. Amigos
deram-lhe livros sobre Budismo e Hinduísmo. Ele leu sobre todas as espécies de
filosofias religiosas. Procurou as livrarias da Nova Era. Participou de retiros
com gurus, nos fins de semana. Todos pareciam dizer a mesma coisa: "Deus
está em você e em tudo." Aquilo parecia a Henry um belo e vazio 'rótulo'
em vista do lado escuro da vida humana. Não parecia atingir o problema do
pecado e culpa absolutamente. Henry namorou e casou com uma jovem. Porém o
casamento, durou somente seis meses. Após o divórcio, ele parecia ter sido
jogado em frente ao espelho. "Eu finalmente vejo como eu realmente
era", disse, "Eu tenho vivido com um problema de consciência
espiritual durante anos, e me considerava, basicamente, uma boa pessoa. Agora,
vejo que eu era extremamente egoísta e minhas ações destruíam outros seres
humanos." Henry descobriu que toda aquela ginástica espiritual que
praticara não adiantou nada. Sua busca espiritual foi em vão; ele não
encontrara paz alguma, absolutamente. Chegou a um ponto tal que começou a ter
sérios problemas com a bebida. Finalmente, Henry desistiu da busca, decidiu
parar de tentar. De vez em quando, clamava: "Deus, se És real, por favor,
revele-Se para mim! Então, Henry encontrou uma jovem que sugeriu-lhe estudar a
Bíblia. Ele já havia estudado tantos livros religiosos que não estava querendo
outra "viagem-cabeça" como ele chamava. Um dia, Henry encontrou um
cristão que começou a mostrar o que a Bíblia diz sobre pecado e redenção. Ele
falou sobre o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, sobre o que Jesus
realizou na cruz. Este crente parecia ser uma pessoa muito bondosa e suas
palavras penetraram fundo no coração de Henry. Elas pareciam encher aquele
doloroso vazio interior. Henry sentiu que Deus estava finalmente falando
diretamente com ele, quando ele menos esperava. Ele disse: "A constatação
de que Deus existe e que Ele tinha algo a dizer para mim, era quase
inacreditável." Pouco depois, Henry estava dirigindo seu carro por uma rua
quando sentiu um tremendo peso em seus ombros. Ele desejou desesperadamente se
livrar deste peso incrível. E ali, pela primeira vez, descobriu o que realmente
era o pecado. Ele descobriu o que significava ter que cortar a garganta do
cordeiro sem manchas. Henry caiu em lágrimas e chorando teve que parar o carro.
De repente, ele sabia que tinha carregado um punhado de culpa toda a sua vida,
e sentiu que Deus tinha sido bondoso ao mostrar isso tão poderosamente. Então,
lembrou-se das palavras do crente sobre o perdão de Jesus, sobre Jesus pagar
pelos nossos pecados, sobre Jesus resolver o problema de culpa de uma vez por
todas. Foi aí que Henry entregou a vida a Deus confessando todas as coisas que
lhe faziam sentir mal, confessando todas as coisas que sabia ele fizera errado
na vida, e entregou a vida a Cristo, agradecendo-Lhe por Seu perdão. Após
aquela experiência, a vida de Henry começou a mudar. Ele encontrou aquele lugar
santo na cruz. Ele não vivia mais atormentado por noites insones, como havia
sido durante anos. Ele começou a ler a Bíblia com ânimo. Os problemas com
álcool acabaram e começou a sentir que Deus estava guiando sua vida. O mais
importante, porém, é que ele finalmente descobriu a fonte da eterna paz. Ele
pôde olhar e ver o Salvador. Um Cordeiro sacrificado, a fumaça subindo aos
céus. Um sacrifício perfeito feito de uma vez por todas. Henry Feinberg
encontrou, finalmente, o caminho até a presença de Deus. Você já encontrou este
lugar, aquela terra santa? Você já veio aos pés da cruz onde os problemas de culpa
são resolvidos de uma vez por todas? Por que não vir, amigo? Por que não vir
com seu fardo, seu sofrimento, tristezas, sua culpa, sua condenação? Por que
não deixar aos pés da cruz e permitir ao Cordeiro enterrar sua culpa agora
mesmo, enquanto oramos? DESPEDIDA Eu já vi milhares de pessoas virem a Cristo.
Milhares de pessoas confessarem os pecados e ter a culpa perdoada. Eu lembro
quando Fabiana caminhou pelo corredor numa igreja em que eu pregava. Fabiana
vivia bastante envolvida com drogas, profundamente envolvida em imoralidade
sexual. Sua vida fora destruída. Ela não dormia à noite. Ela se retorcia e se
virava. Cada dia, era um dia cheio de culpa para Fabiana. Aquela culpa a
tornava nervosa e a preocupava. Mas, ao caminhar pelo corredor, naquela noite,
ela sentiu uma nova paz, um novo significado para a vida. Ela sentiu a
libertação da culpa. Aquele Cordeiro sacrificado carregou a culpa por ela.
Havia um novo brilho em seus olhos, um novo sorriso em sua face, uma nova
alegria em sua expressão. Hoje, se você puder encontrar Fabiana, reconheceria
que ela não é a mesma pessoa que já foi. Deus pode mudar sua vida também. Deus
pode lhe dar aquela paz. Deus pode lhe dar aquela alegria. Deus pode dar um
significado à sua vida. Pode lhe dar felicidade. Para qualquer culpa que você
carregue hoje, há um Cordeiro morto. Para qualquer culpa que você carregue
hoje, há o sangue de Cristo que o perdoa. Se qualquer culpa atormenta sua vida,
pode haver descanso em Cristo Jesus, amigo. Você pode encontrar a paz, pode encontrar
a felicidade, pode encontrar um objetivo. Você não quer hoje, à sua maneira e
com seu coração, achegar-se a Ele? Você não quer dizer agora: "Senhor, eu
sou Teu?"
ORAÇÃO Querido Pai, necessitamos da Tua ajuda. Não podemos
enterrar os fardos de nossos erros por nós mesmos. Não podemos criar uma saída
para a culpa por nós mesmos... Precisamos daquele sacrifício valioso, Jesus
Cristo, oferecendo Sua vida sem pecado por nós, na cruz. Nós vimos aqui
necessitando de perdão e cura. Nós precisamos de um lugar sagrado de paz. Assim
nós colocamos todo o sofrimento, ira e dor sobre Ti. Agradecemos por nos
aceitar tão generosamente. No nome precioso de Jesus, amém
20
UMA VIDA ESCRITA POR ANTECIPAÇÃO
Pr. Mark Finley
Ultimamente muitas pessoas que antes pareciam heróicas,
acima de qualquer suspeita, foram diminuídas e retiradas de seus pedestais por
biografias espantosas. Veja o caso do Presidente Lyndon Baines Johnson, por
exemplo. Ele tornou-se muito admirado como o homem mais responsável pela
legislação dos direitos civis no início dos anos sessenta, algo que ajudou a
romper com as injustiças sociais nos Estados Unidos. Mas agora, uma biografia
de vários volumes, escrita por Robert Caro, pinta um retrato bem mais sombrio
deste homem. Sua coragem moral ao defender a causa dos pobres sem ceder aos
desígnios dos segregacionistas fica evidente à medida em que a história deste
homem ambicioso é revelada. Mas também podemos ver quão sem escrúpulos Lyndon
Johnson era capaz de ser. No segundo volume, "Meios de Ascensão", o
autor apresenta com detalhes arrasadores, a história de como Johnson foi
desonesto numa eleição para o Senado, no Texas, usando todos os truques
conhecidos e acrescentando alguns novos. Milhares de votos a favor de Johnson
foram simplesmente forjados. Ao final da obra de Robert Caro, temos, sem
dúvida, um retrato mais completo do Presidente Johnson. Mas, por outro lado,
sua estatura moral foi bastante diminuída. Muitas biografias são duras com os
heróis. Todos os defeitos são revelados. Às vezes um lado mais obscuro emerge.
Biografias sensacionalistas podem ser piores ainda. Na primavera de 1991, Kitty
Kelley causou muito tumulto com seu livro, "Nancy Reagan, Uma Biografia
Não Autorizada." Muitos norte-americanos admiravam a Primeira Dama por seu
trabalho de falar aos jovens sobre os perigos das drogas. A campanha "Diga
Não Às Drogas", havia se tornado muito conhecida. Mas no surpreendente
livro de Kelley, a Sra. Reagan foi descrita como uma mulher temperamental,
superficial, fria e insensível, que usava o poder da Casa Branca para suas
vinganças particulares. Kelley agarrou-se à cada boato e acusação que
encontrou, usando-os no livro. As biografias são severas com os heróis. Muitas
vezes nos deixam com menos certeza do que podemos acreditar ou admirar. Numa
reportagem de capa, entitulada "Caneta Envenenada, as Biografias
Sensacionalistas em Alta", um jornalista da revista Newsweek escreveu o
seguinte: "O público já espera que seus ícones sejam expostos, suas
fraquezas descobertas no altar do comércio". Heróis desmascarados. Ícones
expostos. Parece que não nos sentimos bem perto de qualquer pessoa que pareça
estar acima de nós. Ele ou ela deve ser diminuído, para ser como todos nós.
Parece que perdemos o apetite pelo heróico, pelo transcendental. Esta atitude,
creio eu, tem infectado a vida religiosa também. Parece que não queremos adorar
um Deus que é grande demais, autoritário demais. Sentimos-nos melhor com uma
divindade que é mais manipulável. Veja Jesus, por exemplo. Muitas pessoas O
vêem apenas como um bom homem. Acreditam que Ele é um bom mestre da moral,
talvez o maior de todos os mestres da moral. Os estudiosos se esforçam para
apresenta-Lo da forma mais humana possível. Falar sobre o "Filho de Deus",
palavras que O declaram ser o Salvador do mundo - isto não parece agradar muito
algumas pessoas hoje. Não podemos compreender a possibilidade de que o Todo
Poderoso poderia tornar-Se um pobre rabino perambulando pela Galiléia. Em
muitas mentes, Jesus foi definitivamente diminuído ao tamanho humano. Eles não
querem que Ele esteja acima de nós. Muitas pessoas hoje se perguntam: Será que
Jesus é tão diferente de Buda, ou Confúcio, ou Maomé, os fundadores de outras
religiões? Todos têm seus ensinamentos, suas multidões de seguidores, todos
parecem ter sido bons e sinceros. Esta é, na verdade, uma das grandes questões
de hoje. Como Jesus se encaixa em nossa História Universal? Como sabemos se
Suas declarações a respeito de Si mesmo são verdadeiras? Será que este homem de
Nazaré, que viveu a dois mil anos atrás, seria verdadeiramente o único Filho de
Deus? O próprio Jesus nos aponta uma das mais convincentes evidências de Sua
divindade, numa conversa com dois discípulos no caminho de Emaús. Estes dois
homens haviam ficado muito desanimados após saberem da crucifixão de Cristo.
Estavam se perguntando se Aquele a quem eles haviam seguido com tanta dedicação
era, realmente, o Messias. Questionavam se alguém que fora humilhado e
executado em público, poderia ser o Filho de Deus. Conversavam melancolicamente
quando um estranho juntou-se a eles na estrada. Não O reconheceram como Jesus.
Ele era a última pessoa que esperavam encontrar. Mas Ele começou a falar com
eles, e começou a restaurar a fé deles. Como foi que Cristo fez isso? Antes de
abrir seus olhos e permitir que vissem Sua glória, antes de revelar-Se
fisicamente a eles, Ele fez o seguinte: "E começando por Moisés,
discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava
em todas as Escrituras." (Lucas 24:27) Entende onde quero chegar? O que
Jesus fez por estes homens agoniados? Começou a ler a história de Sua vida,
escrita milhares de anos antes dEle nascer. Ele citou verso após verso do Velho
Testamento, previsões específicas sobre o Messias. Estes dois homens perceberam
que os detalhes da vida e morte de seu Mestre encaixavam-se exatamente à estas
profecias. Sua vida realmente havia sido escrita antes dEle nascer. Foi uma
experiência espantosa. Jesus essencialmente leu Sua biografia escrita no Velho
Testamento. Vários escritores inspirados, de Moisés a Malaquias, escreveram
seus esboços messiânicos. E quando Jesus os colocou juntos, o resultado foi um
retrato que se encaixava perfeitamente. Não admira que estes dois discípulos
tenham exclamado depois, veja em Lucas 24:32: "... Porventura não nos
ardia o coração, quando ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as
Escrituras?" Sabe, amigo, cada um de nós pode ter a mesma experiência. Nós
também podemos sentir a admiração que aqueles dois discípulos sentiram, é só
ler aquela biografia. Esta é uma coisa excepcional a respeito de Jesus Cristo.
Sua biografia foi escrita antes dEle nascer. Sabemos que foi completada no mais
tardar 250 anos antes do nascimento de Cristo. Porque a Septuaginta, a tradução
grega do Velho Testamento, já existia nesta época. Vou usar um
quebra-cabeças(*) para demonstrar apenas alguns dos pontos altos desta incrível
biografia. Vamos comparar profecias do Velho Testamento com fatos dos
evangelhos do Novo Testamento. Vamos começar com o nascimento de Jesus, a
primeira peça do quebra-cabeças. O profeta escreveu isto em Miquéias 5:2:
"E tu, Belém Efrata, ... de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e
cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade."
Miquéias disse que o Messias, o Soberano Eterno, sairia de Belém; ele apontou
aquela cidade específica entre todas as outras cidades de Israel. Acontece que
o registro do Novo Testamento encaixa-se exatamente neste pedaço da História.
Lucas 2:7, conta como José e Maria tiveram que viajar de Nazaré até Belém e que
chegaram na noite do nascimento do Salvador. Outro formidável cumprimento da
profecia bíblica. O profeta Isaías acrescentou informações. Ele profetizou o
seguinte, em Isaías 7:14: "... Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um
filho, e lhe chamará Emanuel." Mateus nos informa que foi exatamente isto
que aconteceu. E você pode ler o cumprimento desta predição de Isaías 7:14, em
Mateus, capítulo um, versos vinte dois e vinte três. As Escrituras nos dizem
que ali naquele local, a Virgem Maria deu à luz ao menino Jesus antes de ser
tomada por José como esposa. A próxima peça do quebra-cabeças refere-se ao
tempo da vinda de Cristo ao mundo. Quinhentos anos antes deste evento
histórico, uma profecia extraordinária previu o ano exato em que nosso Senhor
começaria Seu ministério. Podemos ler a previsão divina no livro de Daniel 9:24
e 25. A Escritura diz: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu
povo, e sobre a tua santa cidade... Sabe, e entende: desde a saída da ordem
para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete
semanas e sessenta e duas semanas..." Bem, agora vamos fazer alguns
cálculos matemáticos. O tempo mencionado, 7 semanas e 62 semanas é igual a 69
semanas. Contando sete dias por semana, temos 483 dias. A Bíblia nos dá uma
chave para revelar as profecias simbólicas. Números 14: 34 e Ezequiel 4:6
sugerem que um dia profético é igual a um ano. Então, devemos entender que os
483 anos decorrem entre o decreto para restaurar e reconstruir Jerusalém e o
tempo em que Jesus começaria Seu ministério, ou seja, ser Ungido como Messias,
o Príncipe. O decreto predito foi emitido em 457 a. C. pelo Rei Artaxerxes.
Entrou em vigor no outono daquele ano. Se contarmos 483, a partir do outono do
ano 457, de acordo com a profecia, a que ano chegaremos? Ao ano 27 de nossa
era. O outono deste ano marca precisamente o momento em que Jesus foi batizado.
Neste batismo o Espírito Santo desceu sobre Ele, ungindo-O como o Messias
prometido. Este significativo evento está descrito em Lucas 3:21 a 23. Daquele
momento em diante, Jesus Cristo de Nazaré começou Seu ministério público.
Então, a biografia escrita antecipadamente cumpriu-se outra vez. Jesus veio no
momento certo. Qualquer pessoa que alegue ser o Messias em outro momento da
História, só pode ser um impostor, amigo! Durante as últimas 24 horas da vida
de Jesus, inúmeras profecias, algumas delas escritas mais de mil anos antes, se
cumpriram. Veja, por exemplo, Sua traição. O profeta Zacarias narrou sua parte
da história. Ele previu a quantia exata que o traidor receberia. O profeta
Zacarias declarou, em palavras tocantes, exatamente quanto dinheiro seria usado
para pagar a traição de Cristo. Podemos verificar isto em Zacarias 11:12 e 13.
Nestas palavras ouvimos os ecos da voz de Judas: "Eu lhes disse: Se vos
parece bem, dai-me o meu salário; e se não deixai-o. Pesaram, pois, por meu
salário trinta moedas de prata. Então o Senhor me disse: Arroja isso ao
oleiro... Tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro na casa do
Senhor." Mais de quinhentos anos depois, Mateus descreveu como Judas
Iscariotes selou seu pacto com os sacerdotes, os inimigos de Jesus. Você pode
encontrar o relato em Mateus, capítulo vinte sete, versos três a dez. É aqui
que Mateus descreve o cumprimento exato da profecia de Zacarias. Judas traiu
seu Senhor não por 25 moedas de prata, nem por 28 ou 29, mas precisamente por
30 insignificantes moedas de prata Cristo foi traído. Então Judas percebeu, num
momento de angústia após a prisão de Cristo, que este terrível crime não valia
aquele dinheiro. O dinheiro daquele sangue pesou-lhe na consciência. Então foi
até o templo e exclamou: "Pequei. Traí sangue inocente." Ele tentou
devolver o dinheiro, mas os sacerdotes o recusaram. Então Judas jogou as moedas
de prata no chão do templo e saiu para enforcar-se. Agora os sacerdotes
resolveram ter escrúpulos quanto a colocar aquele dinheiro no tesouro do
templo. Então usaram as moedas para comprar o "Campo do Oleiro", para
servir de cemitério para indigentes; um campo que havia sido usado por oleiros.
Os detalhes se ajustaram precisamente como a contribuição de Zacarias à
biografia havia previsto: 30 moedas de prata, jogadas no templo do Senhor, para
comprar o campo do oleiro. Após a traição de Cristo, veio a crucifixão. E isto
também não escapou ao registro daquela antiga biografia. O Salmo 22:14, 16 a
18, conta esta parte da história. Ali está uma descrição vívida da morte de
Cristo na cruz. Todo o sofrimento de Cristo estava previsto. Ouça estas
palavras de agonia: "Derramei-me como água, e todos os meus ossos se
desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se-me dentre de mim...
transpassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me
estão olhando e encarando em mim. Repartem sobre si as minhas vestes e sobre a
minha túnica deitam sortes." Aqui vemos em detalhes o trauma da cruz. As
mãos e pés de Cristo foram traspassados por cravos e pendurados na cruz. Seus
ombros se deslocaram; Ele olhava para baixo e via Suas costelas salientes.
Quando o soldado furou Seu lado, sangue e água jorraram. A zombaria dos líderes
religiosos também foi predita. Eles olhavam e tripudiavam a Jesus: "Salvou
os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo." A declaração específica de
Salmos 22:16, sobre as mãos e pés sendo furados, é confirmada por uma notável
passagem do Novo Testamento, em João 20:25 a 27, onde os discípulos colocam
seus dedos nas feridas do lado de Cristo e nos furos em Suas mãos. Uma
confirmação concreta. Alguns versos adiante, no Salmo 22:18, a declaração sobre
as vestes de Cristo sendo divididas também é claramente cumprida no Novo
Testamento. O notável cumprimento está em Mateus 27:35. É aqui que Mateus
descreve com detalhes, o momento em que as roupas de Cristo foram divididas,
com os soldados jogando dados para ver quem as ganhava ao pé da cruz. Tudo isto
faz parte desta biografia escrita tantos anos antes. Note que o Salmo descreve
os soldados dividindo as roupas e tirando sorte sobre elas. Na crucifixão, os
soldados romanos dividiram as roupas de Cristo entre eles de acordo com o
costume romano. O costume era que os parcos pertences da pessoa condenada
tornavam-se propriedade dos carrascos. Mas, um soldado notou a túnica sem
costura de Cristo. Para dividir aquela túnica sem costura, teriam que
destruí-la. A sugestão mais prática foi jogar os dados e ver quem a ganhava.
Sem saber, os soldados romanos estavam cumprindo a profecia bíblica com uma
precisão que demonstra que sua vítima era realmente o Messias Prometido. Sim,
as peças do quebra-cabeças se encaixam e quando analisamos de perto aquela
história escrita milhares de anos atrás, vemos que ela constrói um retrato, um
maravilhoso retrato de Jesus Cristo. Mais surpreendente ainda: as pinceladas de
cor foram feitas por profetas hebreus milhares de anos antes que aquele Homem
posasse para o retrato. Há outra razão porque a biografia de Jesus é única na
História da Humanidade. Ao contrário de todas as outras histórias de grandes
homens e mulheres que viveram neste planeta, a vida de Jesus Cristo não termina
com Sua morte. Os evangelhos chegam ao clímax de seu relato na ressurreição de
Cristo, confirmada por testemunhas oculares incluindo Seus discípulos mais
próximos. Jesus ainda está vivo e Sua vida está continuamente sendo reproduzida
nos corações de homens e mulheres hoje. Não é apenas um registro estático de
maravilhas passadas; a vida de Jesus continua de forma sobrenatural. Permita-me
dar só um exemplo. Quando Jerry McAuley, ainda garoto, veio da Irlanda para os
Estados Unidos de navio, já tinha visto o pior da vida. Havia sido abandonado,
passado fome, apanhado e aprendera a sobreviver nas ruas à custa de pequenos
furtos. Foi, entretanto, nas favelas da cidade de Nova Iorque no fim do século
passado, que ele passou por terrores ainda piores. Jerry cresceu num galpão
malcheiroso, bebendo muito e sobrevivendo daquilo que podia roubar de mascates.
Logo juntou-se à uma gangue e tornou-se um rato de porto, um tipo de ladrão que
saqueava navios estacionados no porto à noite. Aos dezenove anos, havia
cometido todos os crimes mais graves exceto assassinato. Um juiz finalmente o
sentenciou a quinze anos na Prisão de Sing Sing. Jerry McAuley não demonstrou
quaisquer sinais de que seria outra coisa senão uma ameaça à sociedade. A
brutalidade das ruas tomara conta dele. Ele não sabia nada sobre escolas,
igreja ou vida em família. A única verdade que aprendera era aquilo que era
capaz de controlar com seus punhos. A vida em Sing Sing era ainda mais brutal
do que tudo que já conhecera. Por outro lado, deu-lhe tempo e Jerry usou o
tempo para aprender a ler. Foi então que descobriu a biografia mais notável do
mundo: a vida de Jesus na Bíblia. Ele achou o livro fascinante, e leu-o duas
vezes. Durante muito tempo não lhe pareceu possível que Deus o pudesse perdoar.
Mas, finalmente, após uma intensa luta, ele cedeu à graça de Deus e aceitou o
fato de que Ele o havia perdoado por amor a Jesus. As mudanças de Jerry McAuley
logo ficaram evidentes para todos da prisão. Outro tipo de vida, outra
biografia havia se iniciado dentro dele, produzindo paz e alegria. Quando lhe
batiam ou cuspiam, ele não revidava. Os prisioneiros só podiam comunicar-se
durante a meia hora do jantar, e em sussurros. Mas Jerry usava aqueles momentos
para compartilhar sua fé em Cristo. Após ser libertado da prisão, ele passou
por uma grande provação. Ficou abismado com a hipocrisia demonstrada por alguns
dos crentes que conheceu. O velho apetite pelo álcool renasceu, e após algum
tempo fora da prisão, ele voltou ao velho estilo de vida. Felizmente, um amigo
o convenceu a ir à igreja para uma reunião especial. Ali ele encontrou o amor
de cristãos dedicados e fez um novo compromisso com Jesus Cristo. Desta vez
ficou perto dos irmãos em Cristo e da Bíblia, a notável biografia de Jesus
Cristo. Desta vez ele gravou a história para sempre. O Messias que curou os
doentes e pregou aos pobres e animou aos oprimidos, começou a viver através da
vida de Jerry McAuley. Jerry começou a trabalhar com as pessoas das ruas de
Nova Iorque, cujas histórias eram tão trágicas quanto a sua havia sido. Em
1872, organizou uma missão resgate, confiando que Deus proveria os recursos.
Ele o fez, e o ministério de Jerry crescia conforme os anos se passavam. A
missão de McAuley na Rua Water foi um projeto pioneiro trabalhando com pessoas
das ruas, dando um exemplo que muitos outros seguiriam. Jerry trabalhou fiel e
animadamente entre os mendigos até sua morte. Sua missão continua até hoje. A
biografia de Jesus continua viva. Os bêbados, os abandonados e os desesperados
das ruas de Nova Iorque sentiram o toque de Cristo. Experimentaram o amor
prático de Jesus Cristo, através do ministério de Jerry McAuley. O Messias
ainda está bem vivo, transformando casos sem esperança numa extensão de Sua
gloriosa biografia. Você não gostaria de fazer parte desta história? A história
que foi escrita milhares de anos atrás. A história que tornou-se carne e osso
na pessoa de Jesus Cristo. A história que continua hoje na vida de homens e
mulheres que O aceitam como seu Salvador. Não importa quão sombrio é o seu
passado, ou quão incerto seu futuro, Cristo pode levá-lo a uma vida de vitória.
Ele pode substituir suas fraquezas com Sua força. Ele pode lhe oferecer um novo
começo através do perdão e amor. Faça parte da maior história de amor jamais
contada, agora mesmo. (*) QUEBRA-CABEÇAS: 1. Miquéias 5:2 Lucas 2:1-7 2..
Isaías 7:14 Lucas 7:21-23 3. Daniel 9:24, 25 Marcos 14:10, 11 4. Zacarias
11:12, 14 Mateus 27:3-10 5.Salmos 22:14-18 Marcos 15:24
ORAÇÃO Querido Pai, agradecemos-Te por orientar aqueles
escritores da Escritura que nos trouxeram as boas novas sobre Jesus. Obrigado
por demonstrar esta verdade através da precisão da profecia. Queremos aceitar o
Filho de Deus que morreu na cruz como nosso Salvador e Senhor agora mesmo.
Queremos entregar nossa vida a Ele e caminharmos juntos de hoje em diante.
Obrigado por Tua graça redentora. Em nome de Jesus, amém
21
AULAS PARTICULARES COM DEUS
Pr. Mark Finley
Roberto Wong é uma das pessoas mais brilhantes e alegres
que encontrei. Tive a oportunidade de estar com ele durante uma recente viagem
a Hong Kong. Ele me contou uma história emocionante. Foi a história de 15 anos
em uma prisão comunista. O Sr. Wong foi condenado por exceder-se em suas
atividades cristãs e foi confinado em uma sela solitária por quatro longos
anos. Durante esses anos, foi-lhe permitido estar cinco minutos com a família -
uma vez por mês. Sabe, enquanto o Sr. Wong me contava sobre sua provação,
descobri porque ele parecia encarar a vida de maneira alegre e positiva. Não
notei nele qualquer traço de amargura ou raiva. Esse homem parecia irradiar o
Espírito de Cristo. Por quê? Eu me perguntei. O que o sustentou durante seus
anos de solidão? O Sr. Wong falou-me sobre isso. Mencionou prisioneiros cujos
nomes nunca ouvira. Cada um tinha um número. Era parte da estratégia para
facilitar a identificação. Um dia, enquanto andava no pátio da prisão, o Sr.
Wong ouviu o guarda chamar: "Prisioneiro 105". Por alguma razão, este
número ficou martelando em sua cabeça: "105, 105...". De repente,
lembrou que era o número de seu hino predileto intitulado "Dá-me a
Bíblia". Era o hino 105 do hinário chinês. Bem, o Sr. Wong teve uma idéia.
Nessa época, era-lhe permitido escrever uma pequena mensagem a sua família -
uma vez por mês - só podia escrever até 100 caracteres chineses. Na carta
seguinte, o Sr. Wong concluiu a carta com o número 105. Sua família leu a carta
e chegou ao número. O que significa? Com certeza era uma espécie de código -
105 - Então lembraram. Só podia ser o hino 105 - "Dá-me a Bíblia".
Esta era a mensagem! Na próxima vez que a família foi visitar o Sr. Wong,
esconderam um exemplar da Bíblia debaixo das roupas. Tinham conseguido contrabandear
o precioso livro para o prisioneiro. Nunca me esquecerei do que Roberto Wong me
disse então: "Esse livro me sustentou". Esse exemplar da Bíblia foi
guardado. Antes, ele memorizava textos e mais textos. Agora, tinha o precioso
livro em mãos. Deus tornou-Se muito real para Roberto Wong. Tornou-Se uma
brilhante presença - mesmo nesses anos de prisão. Sabe, amigos, a religião
prática, a religião que permanece na angústia e na tranqüilidade é a religião
alimentada pela Palavra de Deus. Ela é que sustenta o cristianismo espiritual.
Este é o aviso que o Apóstolo Pedro dá aos crentes, em I Pedro 2:2. Pedro
conhecia a religião prática; Pedro conhecia a religião que nos mantém firmes em
Cristo. I Pedro 2:2: "... Como crianças recém-nascidas, o genuíno leite
espiritual, para que por ele vos seja dado o crescimento para salvação."
Aí está. Crescemos quando alimentados pela Palavra de Deus, a Bíblia.
Precisamos desse alimento como um recém-nascido precisa de leite. O Novo
Testamento nos assegura que a Palavra de Deus penetra em nosso coração,
desperta nossa fé, dá-nos um novo nascimento, purifica nossa alma, faz-nos
completos e perfeitos em amor. Não é maravilhoso o que Paulo deseja aos
crentes, de acordo com Colossenses 3:16? "Habite ricamente em vós a
palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a
sabedoria..." Habite ricamente em vós. A Palavra de Deus é rica em
crescimento espiritual. Mas como absorvê-la? Como tê-la em nós? Esta é, uma
grande interrogação porque, para muitas pessoas, a Bíblia não é totalmente
inspirada. Pode ser difícil de entender ou pode ser tão simples como dormir.
Como ler a Bíblia com devoção? Quero lhe dar algumas sugestões práticas hoje,
que podem ajudá-lo a descobrir as riquezas da Bíblia. Sobretudo, gostaria de
que você tivesse consciência de que Deus, pessoalmente, está lhe ensinando
através de Sua Palavra. É uma experiência maravilhosa. Creio que é privilégio
daqueles que começam a relacionar-se com Jesus Cristo. Comecemos avisando você
de que há dois erros que as pessoas, muitas vezes, cometem quando começam a ler
a Bíblia. Primeiro, alguns de nós tratamos a Bíblia como um estojo de primeiros
socorros. Só a utilizamos em caso de emergência. Folheamos suas páginas de olho
em algum dilema urgente, esperando encontrar a solução, colocando o dedo em um
texto qualquer. Agora, digamos que você está diante de uma grande decisão. Você
não sabe se aceita um emprego no Rio ou em São Paulo. E assim você tira a sorte
através da Bíblia e corre seu dedo sobre o texto. Você imagina que pode ser
algum verso solto em Salmos que o lançará para um ou outro lugar. Ou digamos
que a chata da Tia Marta vem visitá-lo. Ela planeja ficar duas semanas em sua
casa! Rapidamente, você procura uma promessa poderosa nas epístolas, alguma
coisa sobre amar o desamável. Você agarra essa promessa e espera que ela o
livrará quando Tia Marta começar a encostá-lo na parede. É, evidente que, às
vezes precisamos de socorro espiritual nas emergências e às vezes as promessas
da Bíblia nos ajudam nelas. E Deus está disposto a tirar-nos dessa situação.
Mas arranjos de última hora não ajuda realmente nosso crescimento. Não é como
se a Palavra morar em nós ricamente. Precisamos de algo mais, muito mais,
amigo, algo mais regular e mais profundo, um tempo para servir atentamente e
contemplar a Deus. Assim, usar a Bíblia exclusivamente como primeiros socorros
é um erro popular. Mas deixa-me falar de outro erro oposto no caminho da vida
devocional. Este é usar a Bíblia simplesmente como um livro para descobrir
doutrinas para provar que outra pessoa está errada. Algumas pessoas vêm a
Bíblia como uma coleção de informações doutrinárias. Têm a tendência de
vasculhar as passagens, pinçando textos, frases e palavras que confirmam certos
posicionamentos. Acumulam dados para inserir em determinadas circunstâncias.
Inventam teorias e as aperfeiçoam. Veja, essas pessoas usam a Bíblia sempre
para outras pessoas, nunca para elas próprias. Agora, a Bíblia tem de fato,
muitas informações doutrinárias e cuidadosamente utilizadas; essas informações
são importantes. Mas elas não nos ajudam muito em nosso crescimento espiritual
O estudo devocional é algo diferente. Faz você ver além das informações. Nosso
principal objetivo ao examinar a Palavra, não é colocar teorias ou crenças ao
mesmo tempo. É conhecermos melhor uma Pessoa especial. Afirmar que todas as
nossas doutrinas são perfeitas é louvável, mas Deus pode ser esquecido no meio
delas. A Bíblia não é um pedaço de pau para bater na cabeça de outras pessoas.
Deus pode ser esquecido; Ele pode ser dividido; Ele pode ser apresentado como
uma abstração. Então, por favor, quando iniciar o estudo da Palavra de Deus com
devoção, não a use como pronto socorro, de vez em quando. Não a use também como
um livro texto. Use-a para conhecer melhor a Deus. O objetivo da devoção é que
Deus ensine você, pessoalmente, intimamente. Agora, aqui estão algumas
sugestões práticas que têm me ajudado muito. Antes de tudo, concentre seu
estudo na pessoa de Jesus Cristo. Ele é a Palavra perfeita, a perfeita
revelação de Deus. Então comece - e termine - contemplando-O o mais atentamente
possível. Tente ler os Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João - como se você
fosse um repórter. Os Evangelhos descrevem acontecimentos da vida de Cristo.
Suponha que você está participando de uma determinada cena. Você precisa tentar
descobrir o máximo possível sobre Cristo, por meio dos Seus encontros com
várias pessoas. Anuncie cada gesto; tente ouvir a inflexão das palavras de
Jesus; capte o significado de cada ação Dele. Observe as reações daqueles que O
rodeiam. Analise cada participante no drama - o publicano, o fariseu, o
leproso, o mendigo, a prostituta, o discípulo, o advogado, o governador. Tente
introduzir-se no interior das cenas; imagine as emoções de Cristo. E, sempre,
sempre, relate suas impressões à Pessoa Especial que você está tentando
conhecer. Na intimidade de sua visão de Jesus, mais riqueza você vê, mais
alimentado você fica. Olhando atentamente é como descobrir por você mesmo,
amigo. Assim, faça o estudo com segurança e oração, pedindo que Deus o ajude a
entender. Agora, do centro da Bíblia, de Jesus Cristo, podemos entender as
outras pessoas, outros membros do elenco da Bíblia. Em segundo lugar, em seu
estudo bíblico, tente ver nas histórias uma série de pequenas biografias. Tente
entender uma delas em particular. Há pessoas fascinantes para conhecer em suas
páginas - especialmente nas partes históricas. A longa trilha da história do
Velho Testamento pode parecer meio sombria no começo. Mas fica fascinante
quando começam a aparecer os dramas individuais. Experimente a fascinação do
retrato completo que a Bíblia faz de Josué, Salomão ou Nabucodonozor.
Pergunte-se, que traços de caráter são mostrados aí? Como Deus os atraiu para
Si? Como Ele os recompensou ou os corrigiu? Junte os fatos de uma dessas vidas,
os caminhos seguidos e veja como Deus trabalha. E quando você vir o que Deus
está fazendo por eles, entenderá o que Ele pode fazer por você. Vemos algo mais
no estudo da Bíblia. Vemos mais de Jesus nessas biografias. Muitos caracteres
na Bíblia refletem Cristo de várias maneiras. Moisés defendendo o voluntarioso
Israel, Jônatas sendo amigo de seu rival, Daniel ficando firme em uma nação
estranha - todos esses acontecimentos acrescentam suas cores ao quadro
primitivo, o retrato de Cristo. E nossa admiração por Ele aprofunda-se. Agora,
vejamos o terceiro modo de fazer o estudo devocional. Tomemos, por exemplo, as
cartas do Novo Testamento. Como você pode absorver sua riqueza? Há,
semelhantemente, uma abundância de verdades e princípios naquelas epístolas.
Elas parecem derramar uma sobre a outra. Você pode descobrir uma grande
concordância teológica em seus versos. Algumas pessoas tomam cada verso em
particular - e analisam cada frase e seu significado. Deixe-me sugerir outro método
que é mais diretamente devocional. Tente parafrasear verso por verso. Ponha
cada passagem em suas próprias palavras. As epístolas contém muitas palavras e
frases que têm sido usadas como clichê, por muitas pessoas: "Lavados no
sangue", "Andando na Luz", "Vitória em Cristo",
"Justificado", "Santificado". Podemos usá-las com nossos
lábios, mas o que realmente significam? Muitas vezes essas frases servem como
uma espécie de taquígrafo da verdade teológica. Mas o que significam para você,
principalmente, amigo? O que significam para sua vida, pessoalmente?
Parafrasear é uma forma de reagir ativamente ao que Deus diz. É uma forma de
ouvi-Lo mais atentamente e expressar seus pensamentos para Ele de forma
pessoal. Ela ajuda a dar voz a nossa impressão íntima da Palavra. Escrever
esses textos e parafraseá-los ajuda a Palavra a penetrar profundamente em nós.
Tente. Leia a sentença cuidadosamente, tentando assimilar o significado de cada
palavra; descubra o que há de concreto por trás da abstração, então escreva o significado
da frase em suas próprias palavras. Se Paulo aconselha em Romanos 12:21:
"Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem." Você pode
traduzir da seguinte forma: "Não permita que Satanás empurre você; empurre
Satanás - com Cristo". Se Pedro nos informa em II Pedro 1:4, que Deus
"... nos deu suas preciosas promessas, para que por elas vos torneis
co-participantes da natureza divina..." Você pode parafrasear escrevendo
em suas palavras: "Pense que as inacreditáveis promessas da Bíblia são a razão
para distribuir no caráter as qualidades do Deus Altíssimo". Estas são
algumas das formas para poder assimilar as riquezas da Palavra: Concentre-se
nas cenas da vida de Cristo. Estude vidas isoladas e como se relacionavam com
Deus. Parafraseie uma passagem das Escrituras. Lembre-se de que todos esses
métodos de estudo da Bíblia são um meio para atingir um fim. Um meio de
conhecer melhor a Deus, de conhecê-Lo mais profundamente. O livro de Efésios
tem uma promessa maravilhosa para nós. É uma promessa sobre o que pode
acontecer quando nos comunicamos com Deus. Paulo pergunta isso em Efésios 1:17
a 19: "... o Pai da glória vos conceda espírito de sabedoria e de
revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração,
para saberdes qual... a suprema grandeza do seu poder para com os que
cremos..." Deus pode nos dar o Espírito de sabedoria e revelação quando
lemos a Bíblia. Ele pode abrir os olhos de nosso coração; Ele pode ajudar-nos a
ver mais profundamente. Ele tudo faz para ajudar-nos a conhecê-Lo melhor,
ajudar-nos a compreender todos os recursos espirituais a nossa disposição. Cada
um de nós pode ser pessoalmente ensinado por Deus. Cada um de nós pode ter
aulas particulares com o Altíssimo. Aconteça o que acontecer em sua experiência,
aconteça qualquer espécie de problema, se você continuar com seu relacionamento
com Deus, você pode ter a maravilhosa sensação de que Ele fala com você
pessoalmente. Essa é a espécie de religião que convém a você. Esta é a espécie
de religião que faz diferença. Bete havia começado a ensinar para adultos em
uma escola cristã. Ela já havia dado aulas de inglês a jovens de outros países.
Um dia os outros professores descobriram como ela era inocente. Notaram que ela
parava diante da porta da classe, respirava profundamente e então abria a porta
com a mão trêmula. Bete demonstrava nervosismo diante de cada classe. Ela era
tímida e frágil. Sua infância havia sido difícil, marcada por um incesto. Seria
ela capaz de atuar como professora? Bem, um dia ela estava no escritório de
outro professor, como uma planta murcha em uma cadeira. Bete começou a pôr para
fora toda a sua sensação de fracasso, ineficiência e insegurança. Sobretudo,
achava-se um fracasso como cristã. A maioria dos estudantes da escola vinham de
lares não cristãos. E os professores ministravam aulas de Bíblia à tarde,
gratuitamente. Mas Bete não achava que pudesse realizar alguma coisa que não
fosse secular. Deus e a religião para ela estavam fora da realidade. E ela
começou a perguntar-se se sua pequena fé seria real. Isso fazia realmente
diferença em sua vida? Bete confessou que sentia que ainda não conhecia Cristo
em sua vida. Como poderia ela contar a respeito dEle aos outros? Bem, Bete e
seu colega Jorge coversaram longamente. Felizmente, Jorge havia recentemente
aprendido como estudar a Bíblia com devoção. Havia aprendido como absorver as
riquezas da Palavra de Deus. E estava feliz com as descobertas que fizera. No
fim, Bete decidiu tentar. Estaria atenta à vida de Cristo em Sua Palavra. Jorge
assegurou que Deus queria muito encontrar-Se com ela e fazer grandes coisas por
seu intermédio. Pediu a Bete que escrevesse o que fosse descobrindo
diariamente. Ela prometeu fazê-lo. Timidamente, respondeu: "Jorge, eu vou
tentar". Cada manhã, Bete começava a ler atentamente histórias nos
Evangelhos. Tentava captar todos os pormenores do drama. A princípio, não
entendeu muita coisa. Mas passada uma semana, leu alguma coisa na história da
mulher adúltera e admirou-se de quanto Jesus foi expressivo em Seu ato de perdão.
Bete tinha algo interessante para contar. Quando falou a Jorge a respeito do
que aprendera, ele achou que os olhos dela tinham um brilho fora do normal.
Suas faces estavam mais rosadas do que o usual. Bete olhou-o intensamente.
Havia escrito alguma coisa em seu pequeno diário. E desejava contar aos outros.
Dia após dia partilhava seus momentos especiais - dando um passo por vez,
fazendo uma descoberta após a outra. Naquele tempo, todos os professores
daquela escola estavam trabalhando com uma jovem em particular - Sandra. Essa
jovem, funcionária do escritório, parecia prestes a fazer um compromisso com
Cristo, mas havia uma coisa que a estava atrapalhando - os hipócritas da
igreja. Ela parecia incapaz de superar aquele problema. Todos os professores já
haviam falado com Sandra. Eles a haviam incentivado a parar de olhar as pessoas
e focalizar Cristo. Mas ninguém conseguia mudar-lhe o pensamento. Então Bete
foi falar com ela. Disse a Sandra exatamente a mesma coisa: Pare de olhar as
pessoas e focalize Cristo. Inesperadamente, isso fez o maior sentido. Era como
se alguém houvesse provocado uma reviravolta na cabeça de Sandra. Ela exclamou:
"Sim, é exatamente o que preciso fazer". A tímida e frágil Bete
estava realizada. Algo havia acontecido com ela. Havia sido tocada por um
"poder incomparavelmente maior". Viver em Cristo estava mudando sua
vida. Agora ela descobriu que seus alunos estavam compreendendo sua afinidade
com a Bíblia. Isso fazia sentido agora, porque a Bíblia era real para ela e sua
religião demonstrava ser real. Bete começou adotando metas específicas para
cada um de seus alunos. Viu o desinteresse diminuir. Viu outros querendo
aprofundar seus compromissos. Então, sua irmã veio visitá-la. O relacionamento
delas tinha sido sempre difícil, por causa dos traumas do lar. E essa irmã era
talvez mais frágil do que Bete. Mas Bete descobrira que não podia conviver com
os velhos conflitos. Não era escrava de velhas mágoas. Bete descobrira que
podia agir como um remédio. Começou gentilmente partilhando com sua irmã algo
do que havia aprendido sobre Cristo. Começou a partilhar a fé que havia se
tornado muito, muito real para ela. E isso teve um impacto definitivo em sua
irmã durante sua ligeira estada. De fato, um dia ela disse isso a Bete
simplesmente. Alguma coisa havia acontecido com a tímida professora, cuja mão
tremia quando abria a porta de sua classe. Alguma coisa havia acontecido com a
pessoa que percebera que não conhecia Cristo suficientemente. Essa jovem havia
achado a riqueza. Ela havia descoberto que é bom ter aulas particulares com o
Onipotente. Ela sabia que é bom ter Deus dando aulas diretamente a ela. Este é
o privilégio de todos os que andam com Cristo pela fé. Podemos nos assentar aos
Seus pés. Podemos achar a direção para nossa vida. Você já descobriu as
riquezas da Bíblia? Ou ela é apenas um belo livro guardado em casa? Tem você
tocado o "incomparável poder" na Palavra de Deus? Ou sua Bíblia está
na estante, coberta de pó? Decida agora iniciar uma vida devocional definida.
Decida agora começar a viver intensamente com Jesus em Sua Palavra, enquanto
oramos. DESPEDIDA: Posso repartir com você a profunda experiência pessoal que
as Aulas Particulares com Deus significaram para mim. Eu viajo muito. Estive
fora de casa por quatro ou cinco semanas fazendo uma série de palestras em
Copenhague - Dinamarca. As palestras não eram muito fáceis de ser entendidas.
Eu aguardava poucas pessoas comparecendo às palestras. Uma noite, voltei para
casa após uma de minhas apresentações da Bíblia, realmente desanimado. Grandes
ondas de desânimo pairavam sobre mim. Com minha Bíblia na mão, deixei a pequena
sala onde estava e andei em direção ao Mar do Norte. Havia ondas quebrando na
praia. Pude olhar do outro lado e ver as cintilantes luzes da Suécia. Sentei-me
em uma pedra, sentindo-me ainda desanimado, e comecei a pensar em numerosos
textos da Bíblia. "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo
propósito é firme; porque ele confia em ti." (Isaias 26:3) "Deus é
nosso refúgio e fortaleza". (Salmos 46:1) E outros textos traziam
encorajamentos semelhantes. Era como se Deus me estivesse tocando. Era como se
Deus estivesse despejando coragem em minha alma. Era como se Deus estivesse
dizendo: "Espere e não desista". Eu sei que Deus faz a mesma coisa
por você. Ele deseja falar de Seus mistérios a você pessoalmente. Ele deseja
dar a você coragem e esperança no desespero de sua vida.Ele deseja falar a você
através de Sua Palavra, amigo.
ORAÇÃO: Querido Pai, obrigado por apresentar Teu próprio
retrato tão colorido na Bíblia Obrigado por revelar Teu caráter e nos dar
valiosas lições de como viver. Rogamos por "um espírito de sabedoria e
revelação agora". Pedimos que os olhos de nosso coração sejam iluminados
para que comecemos a ver-Te atentamente em Tua Palavra. Ajuda-nos a reservar um
tempo regular para isso, um tempo a cada dia para conhecer-Te. E por favor,
dá-nos uma experiência preciosa, dá-nos aulas particulares de Bíblia. Pedimos
em nome de Jesus, Amém
22
O FIM DA GRANDE GUERRA
Pr. Mark Finley
Que melhor momento de libertação pode haver? Um refém que é
resgatado, um preso libertado de um campo de concentração ou um condenado à
morte cuja pena é revogada? Todos nós temos testemunhado, durante os últimos
anos, como muitos países da Europa Oriental libertaram-se da opressão e
repressão do totalitarismo. Vimos, através da televisão a alegria no rosto das
pessoas quando perceberam que a guerra havia terminado e seus inimigos
desaparecido. Nada iguala-se à este sentimento. Durante anos e anos, muitos missionários
serviram ao Senhor sob as condições adversas de guerras, até mesmo em
cativeiro. Um exemplo notável de resgate é encontrado no livro "Atrás da
Cerca", que conta a emocionante história de um casal de missionários
adventistas do sétimo dia, John e Olga Oss. O livro fala dos longos anos em que
estiveram num campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, junto a
muitos cristãos de várias denominações, eles lutaram para sobreviver sob
inacreditáveis condições de opressão. Então, num certo dia, seus olhos
avistaram a coisa mais bonita do mundo para eles. Enormes aviões de guerra
norte-americanos sobrevoaram o campo, inclinando as asas como se dissessem:
"Agüentem firme! O resgate está perto! A grande guerra terminou!" Que
emoção saber que a liberdade finalmente chegou! Isto não acontece mais nas
guerras do século vinte, mas suponho que o maior exemplo de triunfo era quando
o próprio rei liderava as tropas vitoriosas nas missões de resgate. Com
certeza, as terras bíblicas testemunharam inúmeras campanhas militares
dramáticas, onde o rei do país foi o primeiro a dizer aos cativos libertados:
"Bem vindos!" No topo do Monte das Oliveiras, olhando para Jerusalém.
Jesus fez algumas de Suas mais surpreendentes profecias sobre o tempo em que
você e eu vivemos hoje. Se você assina um jornal, ou assiste aos telejornais,
você está vendo o cumprimento de muitas das coisas que Jesus profetizou que
iriam acontecer nos últimos dias. Uma das vistas mais bonitas em toda a Judéia,
nos dias de Jesus, era o Templo de Salomão. Era um edifício enorme e magnífico,
a glória da nação. Pedras enormes, de cor pérola, foram colocadas
cuidadosamente uma sobre a outra, criando uma imagem de força e solidez. Você
pode imaginar, portanto, quão surpresos ficaram os discípulos quando Jesus lhes
disse em Mateus 24:2: "Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre
pedra, que não seja derrubada." "O quê?" Quase posso ouvir os
discípulos protestando: "O templo destruído? Até estas magníficas pedras
fundamentais revolvidas? Nem em mil anos! Nem em dez mil anos!" Mas esta
previsão impossível do Salvador fez com que os discípulos fizessem mais
perguntas: "Diga-nos, Jesus, quando estas coisas acontecerão? Qual será o
sinal de Tua vinda e do fim dos tempos?" Acho tão significativo que estes
12 discípulos tivessem a mesma curiosidade dos homens e mulheres de hoje. O que
vai acontecer? O que o futuro trará para mim e minha família? Posso ter
esperança de uma vida melhor depois desta vida? Já fiz todo o tipo de apresentações
em público: seminários sobre estresse, aulas direcionadas aos pais, workshops
sobre a vida cristã. Acho que as reuniões mais concorridas sempre são as que
falam sobre as profecias do Apocalipse e os eventos relacionados ao fim do
mundo. As pessoas estão ansiosas para saberem a respeito do futuro! Só Jesus
tem condições de nos revelar informações confiáveis. Jesus, que foi o próprio
cumprimento de tantas profecias bíblicas, previu com impressionante exatidão os
eventos que aconteceriam. Quando tiver tempo, pegue sua Bíblia e leia Mateus 24
e Lucas 21. Estas duas passagens bíblicas contém profecias, muitas delas com
duplo cumprimento. Deixe-me explicar isto um pouco. Em todo o capítulo 24 de
Mateus, por exemplo, Jesus dá informações e avisos que aplicavam-se não apenas
à iminente destruição de Jerusalém, como também à destruição final do mundo
inteiro. Podemos encontrar significado e conselhos para ambas as situações, ao
mesmo tempo. Vamos abrir nossos livros de História e ver se estas profecias de
Jesus foram cumpridas a curto prazo. No ano 70 A. D., poucas décadas depois que
Jesus viveu aqui na terra, exércitos romanos avançaram sobre a cidade, como
Jesus havia profetizado. A Décima Legião ocupou o Monte das Oliveiras. Três
outras legiões acamparam no Monte Scopus e mais ao oeste. O general romano,
Tito, preparou suas forças para cercar a cidade. Ele deixou os defensores
judeus ocupados, tendo que lutar contra a Décima Legião, que bombardeava
enormes pedras contra o Monte do Templo com catapultas. Tito, que era filho do novo
imperador, tinha fama de ser generoso. Se os judeus tivessem se rendido ao
inevitável, ele os teria tratado humanamente. Mas, eles estavam determinados a
resistir, com uma cega certeza de que Deus ainda estava do lado deles. Tito não
teve escolha a não ser continuar a construir uma rampa contra o muro de
Jerusalém. Ao soar a primeira batida do aríete, ouviu-se um alto clamor dentro
de Jerusalém. Pelos termos da lei daquele tempo, depois que o aríete começava
seu trabalho, a rendição tinha que ser incondicional. Uma testemunha ocular
descreveu a cena a Josefo, um general e historiador judeu, que fez as pazes com
os romanos. Ele relatou, em detalhes vívidos, os trágicos eventos dos últimos
dias de Jerusalém. Tito esperava preservar o magnífico templo, mas os soldados
judeus refugiaram-se em seus aposentos. Após terem feito de tudo para tirá-los
do templo, um soldado romano jogou uma tocha de fogo pela janela. Em pouco
tempo o templo tornou-se um inferno de chamas, à medida em que a rica herança
religiosa judaica queimava-se por completo. Depois que o fogo apagou-se, os
vencedores romanos ofereceram sacrifícios pagãos nas ruínas do templo. Eles
colocaram um porco sobre o altar. Isto foi a gota dágua, a maior de todas as
abominações. Assim, Jerusalém foi atacada e o templo destruído, exatamente como
Jesus havia predito, até no detalhe de que não ficaria pedra sobre pedra.
Acontece que à medida que o fogo consumia, o ouro e prata do templo
derreteram-se e começaram a correr entre as pedras. Os soldados moveram os enormes
blocos de pedra para pegarem aquela riqueza. Foi assim que as palavras de
Cristo se cumpriram em detalhes precisos. Depois da destruição do templo, o
exército romano destruiu Jerusalém sistematicamente. As casas dos ricos e dos
pobres foram igualmente devoradas pelas chamas. A Casa Queimada foi
recentemente descoberta por arqueologistas, sob o lado judeu de Jerusalém. É
possível ver os ossos de uma mão e antebraço não enterrados, testemunhas mudas
de uma morte repentina. De acordo com o testemunho de Josefo, mais de um milhão
de judeus morreram durante a destruição de Jerusalém. Mas você sabia que nenhum
cristão sequer pereceu nas chamas? Por que não? Eles sabiam algo que os outros
não sabiam? Com certeza! Eles deram ouvidos a um aviso específico dado por
Jesus a seus seguidores naquela tarde no Monte das Oliveiras. Vamos lê-lo em
Lucas 21:20 e 21: "Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos,
sabei que está próxima a sua devastação. Então os que estiverem na Judéia fuja
para os montes; os que se encontrarem dentro da cidade, retirem-se; e os que
estiverem nos campos não entrem nela." "Quando virdes Jerusalém
sitiada de exércitos", disse Jesus, "será o momento de fugir
imediatamente!" Este era o sinal para os cristãos escaparem. Com toda a
certeza, os eventos novamente cumpriram com exatidão, a profecia feita por
Cristo. Eis como isto aconteceu. Depois que os judeus se rebelaram contra o
império, o governador romano na Síria, Cestius Gallus, invadiu a Galiléia com
seus soldados. Seu exército teve muitas vitórias fáceis e avançou para o sul,
conquistando tudo em seu caminho. Quando chegaram a Jerusalém, Gallus ordenou
que seus soldados cercassem a cidade. Mas estava chegando o inverno e o
exército não estava preparado para um longo cerco. Depois de uma tentativa
frustrada de invadir o templo, Gallus inesperadamente retirou-se. Os soldados
judeus aproveitaram a chance. Eles caíram como um enxame de vespas sobre os
romanos, perseguindo-os até as planícies do Mediterrâneo. Triunfantes, voltaram
a Jerusalém certos de que Deus os havia livrado. Mas os cristãos sabiam que
não. Jesus havia dito que Jerusalém seria destruída. Ele lhes dissera que o
exército cercando a cidade seria o sinal para a fuga. E quando os soldados
repentinamente retiraram-se, os cristãos aproveitaram a oportunidade para
escapar, como Cristo lhes havia dito. Amigo, quando leio estes capítulos de
profecias, fico muito feliz que eles não apenas apontem os sinais, mas,
apresentem uma alternativa de escape também. Há mais que destruição nos últimos
dias do mundo. Há também um Livrador! Gosto de dizer aos meus auditórios:
"Não concentrem-se na crise; concentrem-se no Cristo da crise! Em vez de
descobrir ameaças e ruína na Bíblia, descubra Jesus o nosso Salvador!"
Esteja onde estiver hoje, gostaria de convida-lo a pensar comigo sobre a
promessa de Jesus, de que voltaria outra vez. Já estudamos sobre as duas
garantias mais claras da Bíblia, de que Ele voltaria, mas há tantas outras!
Alguém já contou 1.500 referências bíblicas à Segunda Vinda. Para cada texto do
Velho Testamento, que refere-se à primeira vinda de Jesus, há oito passagens
anunciando Sua Segunda Vinda. Um em cada 25 versos do Novo Testamento menciona
a Segunda Vinda de Cristo. Quando? Assim como os discípulos, gostaríamos de saber,
não? Se possível gostaríamos de usar gráficos e cálculos bíblicos para saber o
dia exato. Mas, através dos anos, pessoas viram suas esperanças ruírem e sua
reputação ser destruída por ignorarem as palavras tão claras encontradas em
Mateus 24:36: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os
anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai." Somos aconselhados a
dar ouvidos a este texto, não? Mas também somos aconselhados a ler os sinais
preditos na Bíblia, olhar para cima e exultarmos, porque o dia de libertação
está próximo! Jesus nos revela mais de 20 sinais de que Sua Segunda Vinda está
iminente. Não há outro mega evento que seja mais especial do que este. Aqueles
que levam a profecia a sério não são arautos de calamidades que dizem que Jesus
vai voltar este ano ou no ano que vem, por causa de algum grande terremoto ou
porque algum ditador invadiu o país vizinho. Nossos olhos devem estar fixos na
cena maior, a cena mais ampla. Se olharmos ao nosso redor, veremos no mundo
inúmeros sinais que indicam claramente que nosso Redentor está prestes a
voltar. Fome. Olhe ao seu redor. Estamos à beira de um colapso ecológico.
Lester Brown, do Instituto World Watch, em Washington, D.C., alerta:
"Nosso mundo está sobrevivendo com muito pouco. Só uma colheita ruim e o
mundo mergulhará numa grande fome." Recentemente, uma reportagem da rede
CNN declarou que 226 milhões de pessoas no mundo estão arriscados a morrer de
fome, das quais 76 milhões são crianças. Dá para acreditar? Guerras e rumores
de guerras. Olhe ao seu redor outra vez. Quando o Muro de Berlim caiu, fomos
tentados a pensar que uma nova era de paz havia chegado. Muitos diziam:
"Vamos desaparelhar os exércitos." Mas, alguns meses mais tarde, como
um exemplo claro do que pode acontecer num futuro próximo, fomos surpreendidos
pela Guerra do Golfo. Ainda não alcançamos a paz! Terremotos. Olhe ao seu
redor. O terremoto que atingiu São Francisco em 1989, teve apenas um trigésimo
da magnitude do Grande Terremoto que os especialistas prevêem para um futuro
próximo. E, falando em terremotos - norte e sul da Califórnia, cidade do
México, a antiga União Soviética, Irã, Iraque. Os terremotos estão aumentando
assustadoramente em magnitude e em freqüência. Iniqüidade. Olhe ao seu redor
outra vez. As ruas das cidades grandes, tornaram-se selvas. O crime aumenta
nove vezes mais rápido que o crescimento da população. As polícias parecem
impotentes para lidar com ele. Estes são sinais de que o fim está próximo. Mas
o maior sinal de todos, cumprindo-se neste exato momento, pode ser encontrado
no verso 14. É uma declaração clássica de Jesus sobre o fim. Mateus 24:14:
"E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho
a todas as nações. Então virá o fim." "Está nascendo um novo dia."
A Bíblia nos diz que os regimes totalitários serão varridos da terra. Governos
autoritários cairão. Haverá uma última explosão de energia espiritual, à medida
em que o próprio Deus abre as portas para que as boas novas sobre Jesus sejam
pregadas em terras onde reinou a escuridão. Você se lembra que no fim dos anos
80, países e governos comunistas começaram a cair como peças de dominó?
Primeiro foi a Polônia, depois a Hungria, seguidas da Checoslováquia e Romênia.
Depois a própria União Soviética. O fato de estes regimes totalitários terem
sido varridos do planeta não foi um acidente, amigo. Foi o cumprimento da
promessa feita por Jesus a 2.000 anos atrás. Nosso Senhor predisse isto. Deus
tem estado operando de forma poderosa nesses países que foram comunistas.
Amigo, sei que esta profecia é verdadeira. Não faz muito tempo estive bem no
meio de seu cumprimento! No verão de 1990, vimos Jesus operar de forma
maravilhosa em Moscou. E pela primeira vez em 40 anos, Deus trabalhou
miraculosamente com as autoridades, para que pudéssemos fazer um batismo no
lago de um dos parques mais bonitos do centro de Moscou. Batizamos estes novos
cristãos soviéticos enquanto a Televisão Nacional dava seu aval transmitindo a
cerimônia inteira! Algum tempo depois, Deus abriu as portas do Plenário do
Congresso no Kremlin, que fora o coração do ateísmo comunista. Durante onze
noites seguidas, tive o privilégio de abrir a Bíblia para mais de treze mil
pessoas. Na verdade, as autoridades do Kremlin até venderam ingressos e a
lotação ficou esgotada. Sabe, amigo, tenho que declarar algo com humildade:
isto não teve nada a ver com meus talentos ou habilidades, mas Deus abriu as
portas. Deus está trabalhando para cumprir essas profecias antes de Jesus
voltar. Vamos olhar para Ele mais uma vez, está bem? Pense no porque Dele ter
vindo. Pense sobre Seu presente no Calvário. Pense no preço que Ele pagou por
seu perdão e salvação. Amigo, será que Ele pagaria o preço e depois não
voltaria para buscar o galardão? Se meu filho, Mark Junior tivesse o sonho
infantil de ter algo e pagasse uma quantia semanal durante meses até pagar o
valor todo, você acha que ele não voltaria à loja para buscar o precioso
produto? É claro que sim! Se você aceitar o presente que lhe foi oferecido no
Calvário, se você decidir que quer que Jesus seja seu Senhor e Salvador, então,
Ele vai voltar em breve para buscá-lo como o prêmio pelo preço que pagou com o
próprio sangue. Algum dia, muito em breve, você e eu vamos olhar para cima e
veremos nosso Rei voltando nas nuvens. A grande guerra estará terminada. Por
causa do Calvário, o Universo estará seguro novamente. Os mundos que nos
observam saberão que Jesus Cristo, nascido aqui nestas poeirentas terras como
um pequeno bebê, pregado numa cruz romana como criminoso comum, é agora o Rei
vitorioso de todo o Universo de Deus. Jesus virá para levá-lo para casa. O Rei
retornará ao céu triunfante, com Seus troféus, os frutos de Sua vitória. Em
algum lugar além das estrelas, há uma mansão com o nome Finley. Há uma para
você também. Deus e Seu Filho prometeram. Eu levaria mais 50 programas de meia
hora para lhe falar sobre o céu, mas o tempo apenas permite que eu diga uma
coisa a esse respeito. Jesus estará lá. Durante mil anos e depois pela
eternidade toda, você e eu teremos a maravilhosa experiência de conhecer a
Jesus. Você falará com este Amigo face a face, o melhor amigo que você já teve.
Talvez algo dentro de você esteja dizendo: "Pastor Finley, eu não mereço
isso." É verdade. Eu também não mereço. Mas num monte chamado Calvário,
Jesus criou algo que se chama graça. Essa graça significa um "favor não
merecido." Hoje, antes de orarmos, permitam-me sugerir que o céu deveria
chamar-se "Terra da Graça". Um lar que foi construído para nós pela
graça. Um lar que foi possível pelo sangue de Jesus, o verdadeiro Rei do
universo. Você e eu nunca mereceríamos estar lá, mas, por alguma razão
maravilhosa, Jesus o quer lá. Ele me quer lá, e, durante mil anos e toda a
eternidade seremos lembrados, pelas cicatrizes nas mãos de Jesus, que estamos
no céu por causa do amor imaculado de Jesus. Por causa do grande anseio que Ele
tem no coração por você e por mim. Você será recebido de braços abertos. Amigo,
você não quer dizer sim? Sim, agora mesmo? Não há melhor momento para aceitar a
Jesus, aceitar Seu presente, aceitar Sua promessa de vida eterna. Diga sim
agora!
ORAÇÃO Querido Deus, ao estudarmos sobre Jesus, descobrimos
coisas maravilhosas a respeito dEle. Coisas que podem mudar uma vida. Mas agora
precisamos tomar uma atitude a respeito destas descobertas. Pai, Tu conheces
cada pessoa que nos está assistindo hoje. Conheces suas necessidades. Teu
Espírito tem estado trabalhando em seus corações. Por favor, neste momento,
leve-os a uma total entrega a Ti. Remove toda barreiras e todo medo. Leva cada
um de nós a um novo relacionamento com Jesus, que seja duradouro e que se
desenvolva até o breve dia em que Jesus, nosso Rei, voltar para acabar com a
guerra que ainda assola nosso planeta. Senhor, obrigado pelo céu. Estamos
ansiosos por estar lá Contigo. Estamos tão agradecidos que o céu, a Terra da
Graça, é gratuito para todos. Aceitamos este dom gratuito agora e esperamos uma
alegre comunhão contigo e com Jesus nosso Rei, porque aceitamos Teu presente no
precioso nome de Jesus, Amém
23
POR QUE MILHÕES DE PESSOAS NÃO SÃO CRISTÃS?
Pr. Mark Finley
O conflito na Irlanda do Norte parece estar muito longe da
aparente calma das praias da Galiléia. Você, provavelmente, sabe muito bem que
a Irlanda do Norte tem aparecido bastante nas manchetes nos últimos anos - tudo
por causa de um ódio profundo e arraigado, um ódio que compele as pessoas a
jogar bombas em restaurantes lotados, atirar em mulheres e crianças e aleijar
informantes atirando em seus joelhos. A Irlanda do Norte está totalmente
envolvida numa guerra entre católicos e protestantes. É um escândalo cristão -
e o mundo inteiro sabe disso. Aqueles que declaram-se seguidores de Jesus,
estão transformando-se em terroristas. Durante muitos anos, o Líbano foi
dilacerado por uma sangrenta guerra civil. Carros bomba, represálias cruéis e
intermináveis brigas de rua. Quem eram os protagonistas? Muçulmanos xiitas e
cristãos maronitas, que derramaram tanto sangue em nome da religião. Por que a
aparente lealdade a uma determinada religião faz com que as pessoas queiram
derramar sangue? Foi o que aconteceu nas infames Cruzadas; aconteceu durante a
temida Inquisição e está acontecendo hoje em dia outra vez. Quem, em sã
consciência, iria querer fazer parte disto? Por acaso é de se estranhar que
milhões de pessoas vejam a cruz do cristianismo como uma ameaça, em vez de uma
esperança de salvação? Bem, hoje eu não quero só analisar o assunto; gostaria
de falar sobre uma possível solução. Creio que realmente existe um tipo de
religião que tende à intolerância e derramamento de sangue, mas também creio
que há um outro tipo de religião que nos leva na direção oposta. Há algo que
pode tornar o cristianismo irresistível para todas as pessoas do mundo inteiro.
Jesus nos mostrou exatamente isto, no Monte das Bem Aventuranças, perto de
Cafarnaum, onde fez a primeira declaração pública de como seria Seu Reino. Foi
semelhante ao discurso inaugural de um presidente, que mostra sua visão de como
gostaria de governar seu país, e o que pretende realizar. Os discípulos de
Jesus haviam estado proclamando a chegada do Reino dos Céus. Agora o Salvador
iria descrevê-lo em detalhes em Seu Sermão da Montanha. Pela manhã, bem cedo,
Jesus estivera no alto do monte, comungando a sós com Seu Pai, como sempre.
Quando desceu em direção ao lago, viu que uma enorme multidão estava se
reunindo, ansiosos para ouvir o novo Rabi, que os surpreendia com seus
ensinamentos. A princípio, eles provavelmente juntaram-se perto da praia, mas à
medida em que mais e mais pessoas chegavam de vilas galiléias da Judéia, da
Fenícia e das cidades perto do Mediterrâneo, a encosta da montanha foi ficando
cheia de gente. Jesus, como sempre, acompanhado de seus discípulos mais
íntimos, teve que subir até um lugar de onde podia ver o lago, para que pudesse
ser ouvido pela multidão. Ecoando pelos verdes montes da Galiléia e em direção
à superfície azul e ondulada do lago, as palavras do grande Mestre foram ditas
a pescadores, fazendeiros, mercadores, escribas e sacerdotes. Foi o maior
discurso de Jesus. Mateus, que esteve sentado ali com os outros discípulos aos
pés do Salvador, relatou este sermão, para que o mesmo chegasse até nós. Os
princípios morais mais profundos deste mundo encontram-se resumidos em três
capítulos do evangelho de Mateus, nos capítulos cinco, seis e sete. No Sermão
da Montanha, Jesus revelou o tipo de religião que venceria o mundo inteiro. As
ruínas da sinagoga de Cafarnaum datam do quarto século de nossa era. A sinagoga
foi construída após o tempo de Jesus, mas foi feita exatamente no mesmo local
onde estava a sinagoga de Seus dias. Jesus esteve ensinando neste lugar várias
vezes. Bem perto dela, está o monte onde o Sermão da Montanha foi pregado. O
mesmo é conhecido como o Monte das Bem Aventuranças. Qual é a religião que
transparece neste sermão? Na minha opinião, a essência dela é a Lei de Deus
escrita em corações humanos. Jesus queria revolucionar a religião tirando-a do
exterior e colocando-a no interior. Ele começou com as bem aventuranças.
Algumas pessoas são mencionadas como sendo aquelas que herdarão o reino dos
céus. Quem são elas? Os pobres de espírito, os puros de coração, os mansos e os
misericordiosos, os que têm fome e sede de justiça. Estas são qualidades
basicamente invisíveis. Você não pode tocar a pureza de coração. Não pode ver
um coração que anseia por justiça. São traços interiores, traços espirituais.
Mas, infelizmente, estas são exatamente as coisas que muitas pessoas religiosas
não têm. Instintivamente focalizamos o exterior. É a natureza humana. Vamos a
determinada igreja; aprovamos um certo ritual de adoração; assinamos embaixo de
certas doutrinas e nossa religião resume-se a isto. Pense nisso: quando alguém
diz que pertence a tal e tal denominação, como reagimos? Ah, é aquela igreja
onde não se costuma cantar. Ah, é aquela igreja onde os ministros usam umas
togas. Ah, este é o povo que não come carne. O exterior é o que vem à nossa
mente. As qualidades interiores... bem, estas são mais difíceis de percebermos.
Mas o Sermão da Montanha, pregado por Jesus, concentra-se em coisas que só
podem acontecer no coração humano. Veja como ele ampliou o escopo da lei. O
Mestre lembrou aos ouvintes o mandamento que diz: "Não matarás." Em
seguida, alertou-os sobre sentir raiva de um irmão, ou tratá-lo mal. Por quê?
Porque é assim que começa um assassinato; é aí que devemos lidar com o problema,
na raiva que fervilha em nossos corações. "Não adulterarás." Os
ouvintes de Jesus conheciam muito bem este mandamento. Mas Ele os levou a uma
visão mais profunda. Aquele que olha com desejo para uma mulher, disse Ele, já
cometeu adultério em seu coração, e é preciso lidar com isto. No que implica a
religião de Cristo? Creio que um bom resumo dela encontra-se em Mateus 6:19 a
21: "Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra... Mas ajuntai
para vós outros tesouros no céu... porque onde está o teu tesouro, aí estará
também o teu coração." O que importa é onde o nosso coração está. Será que
está preso às coisas exteriores que nos cercam, até mesmo à religião exterior?
Ou nosso investimento está nas qualidades do céu, nas mercadorias imperecíveis
da pureza e do altruísmo? Jesus exortou seus ouvintes à não ficarem presos às
preocupações com comida e vestimenta - necessidades exteriores. Se Deus veste e
alimenta tão bem os pardais, não fará o mesmo por nós? "...Buscai, pois,
em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão
acrescentadas." (Mat. 6:33) Precisamos muito deste tipo de religião do
coração hoje em dia. Este é o único tipo de fé que pode vencer o mundo. Você
sabe que as pessoas da Irlanda do Norte estão lutando, em grande parte, porque
a religião passou a ater-se ao exterior? A religião tornou-se uma arma
política; tem a ver com quem controla um certo bairro; quem tem mais poder
econômico. A religião virou uma sucessão de desfiles na rua, exibindo o lado
exterior da fé como um desafio aos oponentes. Posso garantir-lhes que isto não
tem nada a ver com a pureza de coração ou com os que têm fome e sede de
justiça. Por que os cristãos e muçulmanos lutaram tanto tempo no Líbano? Pela
mesma razão. Estavam usando a religião para exibirem-se. Tornou-se uma batalha
de territórios. As pessoas fincavam a bandeira de sua religião em certo bairro,
demonstrando possuí-lo, demonstrando poder político. A religião de exteriores é
um completo desastre, amigos, e foi isto que Jesus veio mudar. Ele veio
colocá-la no interior, onde deve ficar. Acredito que este seja o tipo de
religião que pode mudar o mundo. Não muito longe do monte onde Jesus fez o
Sermão da Montanha, estava esta sinagoga em Cafarnaum, um lugar que incorporava
a antiga fé de Israel, os concertos de Iaweh, e também uma religião maculada,
muitas vezes, pelo legalismo. No Sermão da Montanha, Jesus lidou
especificamente com a religião judaica, e como esta poderia passar do exterior
para o interior. Hebreus devotos que entravam numa sinagoga enfatizavam três
deveres principais: oração, jejum e ofertas. Mas estes, como tantas outras
coisas na religião, podiam tornar-se meras formalidades, algo totalmente
diverso do que acontece dentro do coração. O Mestre descreveu aqueles que iam
ao templo para dar ofertas, precedidos por trombetas que anunciavam as
generosas quantias. Suas oferendas, de acordo com Jesus, eram uma hipocrisia.
Para Cristo, o que conta é o que é dado de coração. Quando derem aos pobres,
disse Jesus aos Seus ouvintes, não deixem que a mão esquerda saiba o que a
direita está fazendo. Jesus censurou aqueles que faziam orações fervorosas nas
esquinas das ruas, ou no meio da sinagoga, para serem admirados por outros. Ele
recomendou o contrário: que orassem em seus quartos, em segredo, onde apenas o
Pai Celestial escutaria. É ali que o coração realmente fala. Em seguida Jesus
mencionou aqueles que transformavam o jejum num show, desfigurando seus rostos,
vestindo roupas de saco e cobertos de cinza. Estes, sugeriu o Mestre, jejuavam
alto demais. Melhor fazê-lo em segredo, tendo apenas o Pai por companhia.
Religião do coração; a Lei de Deus escrita no interior. Este é o tipo de
religião que pode vencer o mundo. Precisamos de uma religião que seja mais do
que uma obediência mecânica e exterior. Como Jesus disse, temos que ter uma
justiça que seja maior do que a dos fariseus. Jesus foi bem específico sobre
aquilo que Sua religião do coração faria. Se dentro de uma pessoa existir amor
em vez de ódio, generosidade em vez de orgulho, um desejo insaciável por
justiça em vez do desejo de ter mais possessões, então, coisas incríveis
começarão a acontecer. Na verdade Jesus sugeriu que se uma pessoa de gênio ruim
nos bater no rosto, devemos virar-lhe a outra face. Se alguém quiser nossa túnica,
devemos ofecerer a capa também. Se um soldado romano nos forçar a carregar sua
bagagem por uma milha, devemos desarmá-lo, carregando a mala duas milhas. As
palavras de Jesus a respeito de amar nossos inimigos devem ter sido as mais
difíceis de serem aceitas pelas pessoas que estavam naquela montanha da
Galiléia. É fácil amar sua família e amigos, Ele disse. O que demonstra genuína
religião é demonstrar amor pelos inimigos. Vamos voltar um pouco agora e
analisar o Sermão do Monte que foi pregado dois mil anos atrás nesta montanha.
Está começando a parecer humanamente impossível. Tudo que Jesus disse vai
contra a natureza humana. É natural que queiramos revidar um tapa e não virar a
outra face. É natural buscar as bênçãos de riquezas e altas posições e não as
bênçãos dos mansos e pobres de espírito. É natural apontar para o cisco nos
olhos de nosso irmão e não lidar com a trava em nosso próprio olho. É natural
odiar nossos inimigos e não orar por eles. Simplesmente não podemos fazer o que
Jesus pede de nós. É quase como se Ele nos pedisse para caminhar sobre a água.
Mas talvez seja esta a questão. Lembrem-se que Jesus enfatizou a religião do
coração, a lei escrita dentro de nós. Os profetas prometeram isto no novo
concerto. Deus escreveria Sua lei em nossos corações; Ele removeria nossos
corações de pedra e nos daria um coração de carne. O Sermão do Monte não é algo
que podemos adotar em nossa vida naturalmente. É preciso uma religião
sobrenatural. Apenas o Espírito do Deus Vivo habitando dentro de nós, é capaz de
produzir estas qualidades. Acho interessante como Jesus fez Seu Sermão do Monte
olhando para o Lago da Galiléia, local onde fez tantos de Seus milagres. Foi
ali que ele multiplicou miraculosamente os peixes nas redes de seus discípulos.
Foi ali que Jesus acalmou a tempestade. Foi ali que Jesus caminhou sobre as
águas. Aí está a questão: nós não podemos caminhar sobre as águas, mas Jesus
pode. Não podemos cumprir Sua religião idealista em nossa vida, mas Ele pode.
Jesus pode escrever Sua nova lei em nossos corações. E quando isto acontece,
acreditem amigos, podemos realizar o impossível. Numa certa noite, três homens
conversavam num pequeno apartamento em Budapeste: um pastor luterano chamado
Richard Wurmbrand, seu senhorio e Borila, um enorme soldado que estava de folga
da frente de batalha, onde os romenos estavam lutando como aliados dos alemães
na Segunda Guerra Mundial. Borila dominava a conversa, gabando-se de suas
aventuras na guerra, e especialmente como ele havia pessoalmente se oferecido
para ajudar a exterminar judeus na Transmistria, matando centenas com as
próprias mãos. Wurmbrand lembrou-se, horrorizado, que a família de sua própria
esposa havia sido assassinada naquele lugar. Este homem que alardeava seus
feitos diante dele poderia ser o próprio assassino. O pastor encheu-se de
indignação. Mas, enquanto continuavam a conversar, outra coisa começou a encher
seu coração. O próprio Wurmbrand havia se convertido após uma vida de
imoralidade, quando lera sobre a vida de Cristo nos evangelhos. Os ensinamentos
de Cristo o haviam desarmado, e um desses ensinamentos era amar os inimigos.
Wurmbrand começou a ver este homem cruel como alguém que Jesus estava tentando
alcançar. Ele o convidou a ir até seu apartamento para ouvir algumas melodias
ucranianas que este dissera apreciar muito. Wurmbrand começou a tocar piano,
bem baixinho, para não acordar sua esposa e o filho ainda bebê. Após algum
tempo, percebeu que o soldado estava tocado pela música. Parou de tocar e
disse: - Se você olhar através daquela cortina, verá alguém dormindo no quarto
ao lado. É minha mulher, Sabina. Seus pais, suas irmãs e o irmão de doze anos
foram mortos com o resto da família. Você me disse que matou centenas de judeus
perto do Golta, e foi para lá que eles foram levados. Você não sabe exatamente
em quem atirou, então podemos presumir que você é o assassino da família dela.
Borila pulou da cadeira, os olhos fuzilando, olhando para o pastor como se o
fosse estrangular. Mas Wurmbrand o acalmou propondo-lhe uma experiência: - Vou acordar
minha esposa e dizer a ela quem você é e o que fez. Garanto-lhe que sei o que
acontecerá. Minha esposa não dirá se quer uma palavra de censura! Ela o
abraçará como se você fosse irmão dela. Ela lhe servirá um jantar e tudo de
melhor que houver para lhe servir. O pastor então fez um apelo: - Se Sabina,
que é uma pecadora como nós, pode perdoa-lo e amá-lo assim, imagine como Jesus,
que é a personificação do Amor, pode perdoá-lo e amá-lo! Ele instou para que
Borila voltasse para Deus e Lhe pedisse perdão. O homem desabou; chorando
copiosamente, confessou entre soluços: " - Sou um assassino; sou um
assassino; estou banhado em sangue!" Wurmbrand sugeriu que ficassem de
joelhos, e começou a orar. Borila, que não tinha experiência com orações, apenas
implorava repetidamente por perdão. Então o pastor foi até o quarto e acordou
sua esposa: "- Há um homem aqui que você precisa conhecer" -
sussurrou. " - Achamos que ele matou sua família, mas ele se arrependeu e
agora é nosso irmão." Sabina levantou-se e foi até a sala, estendeu as
mãos para o soldado que ainda chorava. Ele jogou-se nos braços dela e os dois
choraram juntos. Foi um momento de emoção e tristeza em que os dois choraram
abraçados vários minutos. Finalmente, Sabina foi até a cozinha preparar algo
para comerem. Wurmbrand pensou que seu convidado ainda precisava de um reforço
de graça, já que estava tentando livrar-se da culpa de crimes tão hediondos.
Então, foi até o outro quarto e voltou com seu filho Mihai, de dois anos, no
colo. Borila ficou abismado. Fazia poucas horas que ele falara de matar
crianças judias nos braços de seus pais, e agora esta cena lhe parecia uma
reprimenda insuportável; ele esperava uma dura reprovação. Em vez disso, o
pastor inclinou-se e disse: " -Está vendo como ele dorme sossegado? Você é
como um bebê que pode descansar nos braços do Pai. O sangue que Jesus derramou
o purificou." Olhando para Mihai, Borila sentiu-se, pela primeira vez em
muitos anos, inundado de pura felicidade. Quando este soldado voltou ao seu regimento
na Rússia, ele colocou de lado suas armas e ofereceu-se para trabalhar no
resgate de feridos. O Sermão da Montanha havia sido escrito no coração de mais
uma pessoa. Há uma igreja, com vista para o Mar da Galiléia, que foi construída
para comemorar o Sermão do Monte que Cristo pregou. Foi construída em formato
octogonal e dentro dela em cada um de seus oito lados, está escrita uma das bem
aventuranças. É bom saber que podemos construir monumentos de pedra
homenageando o maior dos discursos sobre ética. Mas, mais importante ainda, é o
monumento que Cristo quer construir em nosso coração. A lei de Deus escrita em
nosso coração; uma religião que sai do exterior e passa às qualidades
interiores. Esta é a religião que pode fazer toda a diferença no mundo. Esta é
a religião que pode fazer com que milhões se convertam ao cristianismo. Mahatma
Gandhy, certa vez, declarou que se os cristãos vivessem de acordo com o Sermão
do Monte, toda a Índia seguiria a Cristo. É isto que Jesus chama todos os seres
humanos deste planeta a fazer. Sim, os ideais de Cristo são humanamente
impossíveis. Ele quer colocar Seus ideais em nosso coração. Ele quer
transformar pessoas que perderam o sabor, no sal da terra. Quer transformar
pessoas que estão escondidas sob o alqueire, na luz do mundo. Você pode começar
a viver o miraculoso Sermão da Montanha agora mesmo. Você pode ter o tipo de
religião que ganhará milhões para o Mestre. Vamos convidá-Lo a habitar em nosso
coração neste momento.
ORAÇÃO Pai, agradecemos-Te porque nos deste os maravilhosos
princípios do grande Sermão da Montanha. É assim que queres que vivamos.
Sentimo-nos muito fracos e frágeis, quando nos deparamos com Teus ideais. Então
queremos convidar-Te a entrar em nossa vida como Salvador e Senhor. Obrigado,
primeiramente, por Tua morte na cruz, pelo perdão que torna a salvação
possível. Obrigado também, por escrever Tua lei em nosso coração através de Teu
Santo Espírito. Ajuda-nos a manter esta comunhão Contigo diariamente. Ajuda-nos
a estar abertos ao Espírito Santo diariamente. Em nome de nosso Salvador, Amém
24
A CONSPIRAÇÃO EXPOSTA
Pr. Mark Finley
Estou aqui no Monte das Oliveiras, olhando para Jerusalém,
onde aconteceu uma conspiração. A equipe de produção e eu, viemos para esta
terra fascinante para uma jornada que será uma das mais intrigantes e
recompensadoras de nossa vida. Por que você não vem conosco nesta jornada? Na
verdade, faço questão de que você nos acompanhe num estudo que o fará pensar
muito. Estamos na terra natal de um Homem real, feito de carne e osso, chamado
Jesus. Esse Homem Jesus, andou pelos lugares que iremos visitar. Ele subiu os
montes ao redor da cidade. Jesus e Seus seguidores beberam das fontes que
jorram da terra de Israel. O que queremos descobrir acerca desse Jesus é: Por
que Ele veio aqui? Quais eram os Seus propósitos e objetivos? O que realizou?
Como realizou? Como viveu? Quem Ele era? Finalmente, qual foi o fim de Sua
experiência? O que a Bíblia Sagrada revela? No final, o que descobrimos acerca
desse Homem Jesus, cidadão de Jerusalém, é que o Seu nome seria conhecido por
quase todos na terra 2.000 anos mais tarde. Um dos pontos turísticos mais
visitados em Jerusalém é "O Jardim da Tumba". Você deve estar
pensando: "Mas Pastor Finley, por que você não começa por Belém, onde
Jesus nasceu?" Boa pergunta. Mas a resposta é não. Deixa eu lhe dizer o porquê.
Vamos voltar à conspiração que levou a um assassinato. Tudo dependia daquele
corpo permanecer na tumba. O grupo de conspiradores se reuniu para matar seu
inimigo, e esse homem era Jesus. Ele estava morto, morto e enterrado,
supostamente, para sempre. Mas hoje existem milhões de homens e mulheres
espalhados pelo planeta, que acreditam que a tumba está vazia. Pessoas, em
todos os lugares têm deixado tudo o que eles amam, tudo em que eles acreditam,
por causa dessa maravilhosa notícia: Jesus ressuscitou dentre os mortos! A
ressurreição de Jesus é o alicerce de todo o Cristianismo. Todas as outras
verdades baseiam-se nessa verdade. Toda a credibilidade do Reino de Deus está
baseada na idéia da tumba vazia aqui em Jerusalém. Jesus estar ou não na tumba
era importante para os conspiradores e para a força do mal que os dirigiu. Se o
corpo estivesse na tumba, a vitória seria deles. O reino das trevas iria
triunfar. Mas se o túmulo de Jerusalém estivesse vazio no domingo de manhã, a
base do poder inimigo, que tinha sido cuidadosamente construída, iria cair e
produzir um eco que perduraria por milênios. Agora você pode ver porque viemos
aqui primeiro. Nós começamos no Jardim da Tumba, porque se a tumba não
estivesse vazia, não haveria motivo para continuar. Se a ressurreição de Jesus é
uma mentira, então um programa de televisão que lhe mostrasse Jesus, seria
apenas uma trágica piada. O grande apóstolo Paulo pregou durante toda a sua
vida que a base do Cristianismo é a ressurreição e na sua carta aos Coríntios,
ele admitiu isso. Vamos conferir em I Coríntios 15:14, 15 e 17: "E, se
Jesus não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a vossa fé; e somos tidos por
falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que Ele
ressuscitou a Cristo... E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda
permaneceis nos vossos pecados!" As palavras de Paulo são bem claras,
concorda? "Se a tumba não está vazia", diz ele, "então eu sou um
mentiroso, e o próprio Cristianismo é uma mentira, e todas as nossas esperanças
estão mortas como os montes de Israel." A veracidade da própria Bíblia
está em jogo. Porque se a maior história da Palavra de Deus é uma mentira, quem
vai acreditar no resto do que ela diz? Trazendo isso para a nossa realidade, se
Cristo não saiu da tumba, ninguém mais pode ressuscitar. Se Jesus ainda está
morto e enterrado hoje, então todos os funerais que você for, vão terminar sem
nunhuma esperança para o amanhã. Paulo mesmo diz isso no verso 18 da mesma
passagem que nós acabamos de ler. I Coríntios 15:17 e 18: "E, se Cristo
não ressuscitou, os que dormiram em Cristo perecerão." Tanta coisa depende
do que você decidir acerca da sepultura desse Homem! "Ele não está aqui
porque ressuscitou." (Lucas 24:6) Seis palavras. As seis palavras mais
importantes que já foram pronunciadas no Universo. "Ele não está
aqui." Jesus não está mais na nova tumba de José. Aquela tumba está vazia
e por causa disto Jesus está vivo e ressurreto dos mortos. Ele está ao lado
direito de Deus. Agora, vamos voltar 2.000 anos no tempo. Estamos em uma Arena
Romana, 15.000 pessoas estão aglomeradas, todas gritam e dão risadas. Cristãos
estão sendo jogados aos leões. Estão sendo queimados, como mártires de sua fé.
O que deu a esses cristãos tal fé que ultrapassa a morte? O que deu a eles
coragem para serem mártires? Por que será que eles estiveram dispostos a dar o
seu sangue nas arenas romanas? O Cristianismo não era popular no mundo romano,
mas esses primeiros cristãos acreditavam em Cristo. Para eles, o Cristo que
tinha nascido na mangedora de Belém, o Cristo que tocou os olhos do cego e ele
viu, tocou o ouvido do surdo e ele ouviu, o mesmo que tocou as feridas do braço
de um leproso e o sarou, tocou a perna do aleijado e ele andou, para eles, esse
Cristo era divino. Sabiam que Ele tinha sido crucificado no Calvário, enterrado
e que ressuscitara. Os primeiros cristãos acreditavam que Cristo estava vivo e
porque era Divino, Sua oferta de vida eterna era real. Acreditavam que esse
Cristo estava vivendo no céu. Acreditavam que as palavras ouvidas na porta do Jardim
da Tumba:"Ele não está aqui, porque ressuscitou", eram verdadeiras. E
por causa disso, eles deram o serviço de amor e a sua vida para esse Cristo
vivo e ressurreto. Agora, amigo, deixe-me abrir o coração. Eu sou um pastor.
Tenho trabalhado na fé cristã por 25 anos. Você pode acreditar no que digo.
Coloquei toda a minha carreira, minha vida e o futuro da minha família na
validade destas seis palavras. Eu acredito nelas de coração. E quanto a você?
Provavelmente, desde criança você tem ouvido a respeito desse Jesus que
ressurgiu dos mortos. Talvez você tenha acreditado, talvez não. Talvez você
nunca tenha se importado. Mas agora tem que encarar a pergunta: "Em quem
você acredita?" Se nossa crença no cristianismo resume-se nesta pergunta,
então nós precisamos estudar e respondê-la com cuidado, não acha? Pense nisso
com toda a seriedade que você puder; porque isso é fundamental para manter a
validade do cristianismo. Quem realmente está falando a verdade? O fato da
tumba estar vazia hoje não soluciona nossas questões. A vida não é fácil.
Naquele domingo de manhã a tumba estava vazia. Nós não temos dúvidas acerca
disso, porque os dois lados do conflito confessaram naquele domingo de manhã,
com emoções diferentes, que a tumba, onde estava o corpo de Jesus, agora estava
vazia. Um grupo, os seguidores de Jesus, começou a contar a história da
ressureição e ele tem feito isso desde então. Do outro lado, os conspiradores
também tinham uma história para contar. Naquele domingo de manhã apareceu a
história dos conspiradores. Os assassinos mudaram de estratégia e começaram a
divulgar que o corpo de Jesus tinha sido roubado pelos discípulos. Vamos ler a
história deles no livro de Mateus. Desde então, se discute se essa é ou não a
história verdadeira. Vamos ler juntos em Mateus 28:13: "Vieram de noite os
discípulos dele e o roubaram, enquanto dormíamos." É claro que se você ler
o verso todo e o anterior, vai descobrir como os conspiradores deram essas
instruções: "Falem para eles que vieram de noite os discípulos e o
roubaram." E se você ler o verso seguinte, vai descobrir que eles deram
dinheiro. Este é um drama fascinante, que ganha de todos os escândalos
policiais do século 20. Quem está falando a verdade? Bem, vamos mudar de
cenário por alguns momentos enquanto eu contarei outra história de conspiração.
É um drama político. Minha história realmente aconteceu em Washington, D.C.
Chuck Colson: muitos democratas que o conhecem não podem deixar de ficar
nervosos, ao ouvir seu nome. Chuck foi um político importante e corrupto no
governo americano durante o escândalo de Watergate que ocorreu de 1972 a 1974.
Eu gostaria de ter mais tempo para contar a maravilhosa história da conversão
de Chuck. Foi uma experiência dramática o modo como alguns dos seus maiores
inimigos o buscaram nos momentos de turbulência e crise e o levaram a Jesus seu
Salvador. Hoje Chuck está dirigindo um ministério chamado "Amizade na
Prisão". Ele é um brilhante escritor e compartilha experiências únicas que
teve na prisão depois do julgamento do caso Watergate a mais 20 anos atrás.
Chuck não é esse tipo de pessoa que aceitaria o cristianismo só por uma
sugestão de amigos. Ele tinha uma mente racional e tinha como objetivo explorar
friamente e ver, se na ponta do lápis, o Cristianismo tinha lógica. Assim ele fez.
Um dia, porém, percebeu com emoção que a sua própria experiência, com o caso
Watergate, era uma prova em si mesma de que a história da Ressureição era
totalmente verdadeira. O caso Watergate também foi uma conspiração. Alguns
homens poderosos fizeram parte de um crime que tinham que encobrir. Tentaram
proteção com a obstrução da lei, dinheiro falso, conversas ilegais para impedir
que o FBI descobrisse a verdade. Tudo isso tinha que ser encoberto e com
mentiras "brancas", tentavam se proteger. Chuck relembra que as
coisas deram certo por umas duas semanas. Repentinamente as coisas foram
descobertas. Apesar de somente alguns homens poderosos saberem a horrível
verdade, tudo que construíram para encobrir a verdade começou a se despedaçar.
Você sabe o que fez com que tudo se despedaçasse? Logo que os promotores
começaram a investigação falando de prisão, um por um, os conspiradores
começaram a tentar se salvar. Faziam de tudo para se livrar da prisão, até
confissões que entregavam outros envolvidos. Em algumas semanas toda a verdade
veio à tona. Os envolvidos foram para a prisão; o presidente dos Estados Unidos
teve que renunciar. Uma simples mentira não pôde ser mantida. Enquanto Chuck
Colson buscava pela verdade através do cristianismo, ele viu que o caso Watergade
era a chave da verdade, acerca da ressureição de Jesus. Agora, lembre-se que, o
caso Watergate foi a tentativa que alguns homens fizeram de proteger o que eles
achavam que era nobre: a democracia. Sim, erros foram feitos, mas apesar de ser
um caso mantido em segredo, eles sentiam que a longo prazo, iriam proteger a
liberdade, a democracia, a Constituição dos Estados Unidos e tudo mais.
Cometeram um crime por uma boa causa, foi isso que pensaram. Não se esqueça de
que esses homens eram a própria base do poder. Era só estalarem os dedos para
terem incríveis luxos, limosines, agentes secretos, viagens de helicóptero para
todos os lugares do mundo, com gourmets à sua disposição 24 horas por dia. Eles
tinham coisas de valor para proteger. E só mais uma coisa que Colson salienta:
nenhum dos homens do caso Watergate foi condenado à execução, à destruição ou à
muito tempo de prisão. Quase todos cumpriram penas curtas, menores que um ano,
na maioria dos casos. Este pequeno grupo de conspiradores não pôde guardar uma
mentira nem por duas semanas! Sob a pressão de irem para uma prisão
privilegiada, todos cederam. Cada um deles. Um dia, Chuck, em sua busca
espiritual, foi iluminado e descobriu uma verdade. Conspirações não duram! Nem
mesmo as boas. Ele considerou a possibilidade de que os 11 discípulos tinham
roubado o corpo de Jesus, enterrado em outro lugar, e aí, depois de enxugar as
suas lágrimas, começaram a contar a história da ressurreição. Quantos deles,
Chuck pensou, iriam continuar pregando uma mentira sob a pena de morte? Quantos
cristãos iriam gastar o resto da sua vida para pregar uma história construída
sob fracasso e mentira, e chegar ao ponto de serem jogados dentro de um
caldeirão de óleo quente? Ou ao ponto de encarar leões nas arenas Romanas? "Nenhum
homem faria isso", Colson declarou para si mesmo. Ele, mais do que todos,
podia ver isso claramente. Sua fé no cristianismo brotou totalmente nova.
Colson tornou-se um ardente seguidor de Jesus Cristo. Agora eu quero levar você
para as ruas do centro de Moscou na ex-União Soviética, para o ponto alto da
nossa jornada de hoje. No centro da Praça Vermelha está a tumba de Lênin.
Milhões já passaram por aqui. Quando fui ver a tumba de Lênin, fiquei
impressionado ao ver pessoas dispostas a esperar por cinco horas ou mais para
ver o corpo do seu líder. Para muitos, Lênin foi um salvador. Ele iria trazer
uma nova sociedade após a opressão dos Czares e líderes da igreja na Rússia,
quando a igreja esteve unida com o Estado. A tumba de Lênin tem despertado a
imaginação e atenção de milhares. A última vez em que estive aqui, um repórter
me disse: "Pr. Finley, você já foi à tumba de Lênin?" Respondi:
"Sim." E ele continuou: "Onde Lênin está agora? Ele está no céu
ou no inferno?" Naquele momento, eu dei um pequeno estudo bíblico sobre a
morte, dizendo que Lênin, como os outros, estava dormindo, esperando pela
ressurreição. Então ele disse: "Mas Pr. Finley, qual vai ser a sentença de
Lênin no dia do julgamento?" Eu disse que só a Deus cabe o julgamento. Sua
próxima pergunta foi: "Mas Pr. Finley, você acha que Lênin foi um homem
bom, ou mau?" Eu percebi que, provalvemente a história conta que Lênin
oprimiu milhares e que esse é o julgamento das pessoas. Mas, o que importa para
a eternidade é como é o relacionamento do homem com Cristo. Veja bem, só este
relacionamento pode determinar o seu destino final. Hoje nós sabemos que o
corpo de Lênin ainda está nessa tumba. Mas existe uma outra tumba em outra
cidade. O corpo de Cristo não está lá. Lênin está morto dormindo na sua tumba,
mas Jesus está vivo. Ele quebrou as barreiras da morte. Ele ressuscitou dentre
os mortos E esse Cristo que vive, é o único que pode milagrosamente mudar a sua
vida hoje. Não servimos a um Messias morto. Não servimos a um Cristo morto, mas
servimos a um Cristo vivo, um Cristo dinâmico, um Cristo poderoso, um Cristo
que está vivo e que pode mudar vidas humanas. Milhares vêm para a tumba de
Lênin por ideologia. Mas o Cristianismo não é ideologia. É o poder vivo de um
Cristo vivo. O Sistema Comunista tentou e falhou ao separar a fé no Cristo
ressureto. Em 1930, o líder comunista Bukharin, viajou para Kiev onde pregou
sobre ateísmo para uma multidão. Por uma hora ele atacou o Cristianismo com
todos os artificíos que pôde, até ridicularizando a Cristo. Finalmente, depois
que ele pensou ter ganho a todos e ter destruido a credibilidade no
cristianismo, ele confiantemente disse: "Alguém tem alguma dúvida?"
Um homem se levantou e veio à frente. Subiu na plataforma e se posicionou ao
lado do líder. Olhou para trás, para o povo, e gritou um antigo cumprimento
ortodoxo: "Cristo ressuscitou!" E todo o povo se levantou e respondeu
em alta voz: "Realmente Ele ressuscitou!" Sabe, meu amigo, por anos
eu trabalhei em países comunistas na Europa e, no Oriente Médio. Descobri que o
comunismo enforcou-se na corda do seu próprio ateísmo. Queria mostrar-lhe como
a verdade acerca da ressurreição de Jesus tem criado um fogo ardente nas terras
comunistas. Mais do que nunca, pessoas adoram ao Senhor Jesus que ressucitou.
Você pode perguntar no Congresso, ou nas ruas de Moscou, e eles lhe dirão. Um
tempo atrás fiz evangelismo no Kremlin e eles me falaram quão felizes se
sentiam porque "Jesus veio para a Terra e morreu pelos seus pecados... e
agora a tumba está vazia!" Isso é tudo para eles. A tumba vazia enche os
seus corações com esperança, e no mundo inteiro, homens e mulheres têm recebido
esperança através desta verdade. Ao continuarmos a descobrir a Jesus, deixe-me
dizer-lhe novamente: Sem a ressurreição não há esperança. Mas com a
ressurreição, com a confiança desta maravilhosa doutrina em nosso coração,
temos uma grande esperança! Pedro, discípulo de Jesus, ficou tão chocado com a
crucificação de seu Mestre, e depois tão feliz com a Sua ressurreição, que
juntou-se a Paulo na pregação dessa esperança. I Pedro 1:3: "Segundo a sua
muita misericórdia, nos renegou para uma viva esperança mediante a ressurreição
de Jesus Cristo dentre os mortos." Talvez este Jesus seja uma nova figura
para você. Eu espero que você esteja realmente descobrindo a Jesus como um
Amigo e como um Salvador ressurreto. Talvez você já tenha seguido a Jesus por
muitos anos. Você vai à igreja; você deu a sua vida para Ele. Mesmo assim você
anseia por um relacionamento ainda mais profundo com Ele. Tente visualizar a
grande manhã da ressurreição. Isso vai fortificar a sua fé. Onde você esteja,
simplesmente diga: "Estou disposto a considerar a possiblidade de Jesus
estar vivo hoje. Estou disposto a explorar esta evidência. Acredito que hoje
tenho a possibilidade de ter uma nova, e empolgante amizade com o Homem que
viveu há 20 séculos porque eu acredito que Ele vive hoje." Junte-se a mim,
dizendo "Sim" agora mesmo.
ORAÇÃO Querido Pai que estás nos Céus, hoje o mundo está
cheio de conflitos e mentiras e nós temos duas histórias. Uma, a história de
conspiração e fracasso; outra, a promessa da ressurreição e uma tumba vazia.
Hoje, muitos homens e mulheres em lugares diferentes estão considerando a
verdade da ressurreição de Cristo. E agora eu peço que o Senhor e Seu Filho Se
façam uma realidade para cada pessoa. Obrigado pela maravilhosa esperança que
podemos sentir ao ter o senso da gloriosa verdade que Jesus está vivo como
afirmaste em Sua palavra, a Bíblia. Obrigado Senhor, em nome de Jesus, Amém
25
QUANDO A VERDADE VAI E NÓS NÃO
Pr. Mark Finley
Há uma historinha infantil que diz o seguinte: "Certa
vez, tentei fazer parte daquela igreja respeitável, de gente rica, que fica ali
adiante. O pastor e eu conversamos, e ele tentou desanimar-me com todo o tipo
de desculpas. Percebi que eu não era bem vindo, então disse-lhe: - Pastor, vou
orar e pensar se devo ou não pertencer a esta igreja. Deus me dirá o que devo
fazer. No dia seguinte, o pastor me perguntou, meio nervoso: - E então, Deus
lhe enviou alguma mensagem? - Enviou sim senhor - respondi. - Deus me disse que
não adiantava tentar. Ele disse: 'Eu mesmo estou tentando entrar na mesma
igreja há dez anos, e ainda não consegui." É lamentável quando as igrejas
são identificadas pelo que excluem. Quando os esforços concentram-se em deixar
de fora as pessoas indesejáveis, logo se descobre que não há quase ninguém
dentro. Este não é apenas um problema de preconceito contra certas raças ou
classes sociais. Aplica-se a idéias e também à verdade. Às vezes, nós cristãos,
em nossos esforços para defender a verdade para impedir que a mesma seja
contaminada, descobrimos que ela escapa por entre os nossos dedos. Talvez você
já tenha ouvido a seguinte expressão a respeito de alguém teimoso: "Seria
necessário uma cirurgia para colocar esta nova idéia na cabeça dele."
Infelizmente, isto às vezes acontece nas igrejas. Podemos chegar ao ponto de
estar com todas as janelas bem fechadas para manter o erro do lado de fora,
mas, com elas fechadas, não entra luz. Freqüentemente fazemos a pergunta:
"Por que tantas denominações?" Muitas vezes, certas igrejas enfatizam
o que o Novo Testamento não enfatiza. Sabemos que as instituições com o tempo,
têm a tendência a deteriorar-se. Hoje vamos olhar para o problema da verdade:
quando ela avança, e nós não. Vamos começar dando uma olhada em como a igreja
deveria ser. Paulo nos dá uma ilustração em sua primeira carta a um jovem
pastor chamado Timóteo. Ele estava escrevendo sobre "a casa de Deus"
e descreveu-a da seguinte maneira, em primeiro Timóteo 3:15: ".... a igreja
do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade." É óbvio que uma das funções
vitais da igreja é servir como guardiã da verdade de Deus. Há um tema no Novo
Testamento que pode surpreender pessoas religiosas: é o da "verdade
progressiva," ou "conhecimento progressivo." Paulo, por exemplo,
orando pelos colossenses, pede fervorosamente para que estes cristãos continuem
a crescer. Veja suas palavras: "... que transbordeis de pleno conhecimento
da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; a fim de
viverdes de modo digno do Senhor... crescendo no pleno conhecimento de
Deus." (Colossenses 1:10) Paulo ora para que os crentes cresçam em
sabedoria, desenvolvam-se no entendimento da verdade. Ele fala de nos
revestirmos do "novo homem que se refaz para o pleno conhecimento,"
em Colossenses 3:10. Ele ora para que o amor dos filipenses "aumente mais
e mais em pleno conhecimento e toda a percepção." (Filipenses 1:9) O
apóstolo Pedro amplia o mesmo assunto. Ele também exorta os cristãos: "...
crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus
Cristo." (II Pedro 3: 18) O apóstolo também diz em II Pedro 1:5: "...
associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento." De que
forma a igreja funciona como um baluarte da verdade? Ampliando conhecimentos.
Crescendo em entendimento. É isto que o Novo Testamento todo exorta os cristãos
a fazerem. Se ficarmos parados, a verdade escapa por nossos dedos. Só poderemos
preservar a verdade se a buscarmos constantemente. Deixe-me dar um exemplo de um
cristão que fez isso, pois era alguém que gostava muito de aprender: Dwight L.
Moody. O pastor Moody, um dos mais destacados evangelistas da idade moderna,
tinha uma constante avidez de aprender mais, progredir, crescer. Durante uma
longa turnê evangelística, Moody estava viajando de trem com um cantor chamado
Towner. Um bêbado, que tinha um dos olhos gravemente machucado, reconheceu
Moody, e começou a cantar hinos aos berros. O evangelista não queria lidar com
o homem, e disse a Towner: - Vamos sair daqui. Mas o cantor evangelista lhe
disse que os outros vagões estavam lotados. Então o cobrador do trem chegou
perto deles. Moody, ainda irritado, parou-o e apontou para o bêbado. O cobrador
foi até lá e gentilmente silenciou o homem. Limpou o olho ferido, fez um
curativo e depois levou-o de volta a um banco onde pudesse dormir. Depois de
refletir sobre isso durante alguns minutos, Moody disse a seu companheiro:
"Esta foi uma tremenda repreensão para mim." De acordo com ele, o
cobrador havia agido como o Bom Samaritano e ele agira como o indiferente
fariseu. Durante o resto daquela turnê, Moody contou esta história contra si
mesmo em seus sermões. Mesmo quando se tornou uma celebridade, Moody manteve-se
aberto ao aprendizado; queria continuar aprendendo. Um amigo certa vez disse:
"Moody parece carregar uma pequena biblioteca com ele; onde arranja tempo
para ler, eu não entendo." Uma das frases favoritas de Moody era:
"Precisamos crescer ou dar de cara com o muro." Embora Moody fosse um
poderoso pregador, muitas vezes apresentava um orador, saía da plataforma e
sentava-se aos pés do homem com a Bíblia aberta, tomando notas. Dwight Moody é
um exemplo de suscetibilidade ao ensino. Alguém que tinha vontade de aprender,
crescer, descobrir mais e mais sobre as verdades de Deus. Creio que uma igreja
saudável pode ser definida como um movimento em prol da verdade de Deus. Você
sabia que através de toda a História, mesmo nas épocas mais sombrias, sempre
houve pessoas que continuaram abertas às verdades de Deus, que insistiram em
crescer no conhecimento de Jesus Cristo, em vez de fecharem-se em suas
tradições? Isto encaixa-se na idéia escriturística do "remanescente."
Quando Israel e Judá foram levados ao cativeiro, aparentemente todo o povo de
Deus havia sucumbido à idolatria. Mas, havia um remanescente fiel, um grupo que
voltou com Esdras e Neemias para reconstruir o templo em Jerusalém. Como diz
Ageu no capítulo um, verso 12: "... e todo o resto do povo atendeu à voz
do Senhor seu Deus..." Eles permaneceram abertos ao chamado de Deus. Nos
dias do Novo Testamento, a maioria dos judeus rejeitou a Jesus como o Messias;
permaneceram presos às suas tradições. Mas nem todos. Em Romanos 11, Paulo fala
dos judeus no verso cinco: "... no tempo de hoje, sobrevive um
remanescente segundo a eleição da graça." Deus sempre teve um
remanescente; um povo remanescente que permaneceu fiel, atendendo ao chamado de
Deus. Pessoas que apegaram-se à verdade, procurando aprender novos fatos. Deus
sempre teve um remanescente, mesmo nas eras mais sombrias. Vejamos, por
exemplo, John Wycliffe e seus seguidores, no século onze. Ele foi além da
ignorância e superstições da maioria dos sacerdotes, e apegou-se à Bíblia, e
somente à Bíblia, como o padrão da verdade. John Wycliffe deu um corajoso passo
na direção da verdade. John Hus deu outro passo no século seguinte. Ele
afastou-se do fanatismo e intolerância de sua época afirmando que cada
indivíduo devia lealdade apenas à Palavra de Deus e não às tradições dos
homens. Martinho Lutero deu vários outros passos adiante. Ele buscou e passou a
seguir a verdade da justificação pela fé, num tempo em que as penitências e
indulgências a haviam esmagado. Ele proclamou a salvação somente pela graça,
somente pela fé em Jesus. Mais tarde, o movimento Anabatista ressaltou outras
verdades: devoção a Cristo, o batismo dos crentes por imersão e a liberdade de
consciência. No século dezoito, John Wesley superou o formalismo morto da
igreja de seus dias e redescobriu a verdade da santidade pessoal, da vida de
serviço. A igreja avançou novamente. Deus sempre teve um povo remanescente: um
povo que apegou-se e defendeu a verdade buscando obter mais conhecimento. Nós
fomos beneficiados por estas descobertas. Hoje, você e eu pisamos no chão
assentado por cristãos que pesquisaram a Bíblia quando isto era perigoso.
Muitas vezes não damos o devido valor à verdades que custaram sangue, suor e
lágrimas. Um dos fazendeiros vizinhos de Ralph Waldo Emmerson estava olhando a
estante de livros dele, certo dia. Emmerson ofereceu-se para emprestar-lhe um
livro de Platão. O homem levou o livro, embora nunca tivesse ouvido falar
naquele tal de Platão. Quando o devolveu, Emmerson perguntou: - Você gostou do
livro? - Gostei muito - respondeu o vizinho. - Este Platão tem muitas das
minhas idéias. A maioria de nós não tem consciência do quanto devemos àqueles
que vieram antes de nós, especialmente em relação às verdades bíblicas. Mas é
exatamente aqui que está o problema; aqui está a grande razão porque há tantas
denominações. Em vez de imitar os heróis da fé em seu espírito de descoberta,
nós nos acomodamos em torno de suas descobertas e as transformamos numa
fortaleza doutrinária. Alguns acomodaram-se ao redor das idéias de John Hus ou
Martinho Lutero. Outros ao redor das descobertas de Calvino, ou Wesley. Todos
estes homens fizeram descobertas maravilhosas na Palavra de Deus. Mas não
descobriram tudo. Lutero estava disposto a usar o Estado para impor sua própria
religião. Calvino foi quase tão intolerante quanto seus inimigos religiosos.
Sabe qual é o problema? Depois que você se acomoda, depois que constrói uma
fortaleza ao redor de suas posições doutrinárias, é difícil seguir adiante. É
difícil arrancar as raízes. Quando a verdade de Deus avança, muitas pessoas
ficam para trás. Eles estão tão preocupados em preservar a quantidade limitada
de verdade que têm, que não conseguem ver a verdade maior que Deus deseja que
eles vejam. Amigos, a igreja de Deus deve ser baluarte e guardiã da verdade.
Ela existe para ajudar as pessoas a crescerem em graça e conhecimento do Senhor
Jesus Cristo. Muitas igrejas de hoje estão simplesmente marcando o local de uma
grande descoberta do passado. Não estão continuando a crescer no presente.
Acabam identificando-se por aquilo que excluem. A igreja não deve ser um museu,
mas um centro de aprendizado. Deixe-me dar um exemplo do notável poder de uma
descoberta. Helen Keller cresceu em seu próprio mundo, presa à ele pela
cegueira e surdez. Ela tornou-se uma criança "selvagem", quase
incontrolável, cheia de vontades. Um dia, enquanto Helen estava brincando com
uma nova boneca, sua sofrida e esforçada tutora, Anne Sullivan, colocou o
brinquedo em seu colo e fez com a mão os sinais da palavra
"b-o-n-e-c-a" na mão de Helen repetidamente. Mas Helen não entendeu.
Enquanto a professora tentava fazer um elo entre aquele objeto e os sinais que
fazia em sua mão, a garota foi ficando agitada. Finalmente jogou a boneca no
chão, fazendo-a em pedacinhos. Mais tarde, Helen escreveu: "No mundo
silencioso e escuro em que eu vivia, não havia sentimentos de ternura."
Ela não sentia tristeza nem arrependimento. Mais tarde, a Srta. Sullivan levou
a indisciplinada menina para caminhar até o poço. Alguém estava tirando água.
Colocando a mão de Helen sob a fria corrente de água, a tutora soletrou
"água" na palma da outra mão. De repente, a mente de Helen captou o
processo. Mais tarde Helen descreveu isto: "O mistério da linguagem me foi
revelado. Soube naquele momento que 'água' era aquela maravilhosa corrente fria
que fluía sobre minha mão. Aquela palavra viva acordou minha alma, trazendo-lhe
luz, esperança e alegria, e a libertou!" Helen agora estava ansiosa para
aprender. Ao voltar para casa, ela começou a tocar tudo. Tudo parecia estar
cheio de vida. Foi então que tocou a boneca quebrada. Ela escreveu: "Meus olhos
encheram-se de lágrimas, pois percebi o que havia feito, e, pela primeira vez
senti arrependimento e tristeza... Naquela noite pela primeira vez desejei que
chegasse um novo dia." A alma desta criança "selvagem", presa em
seu próprio mundo de trevas, acordou pela descoberta da palavra viva. Amigo,
você já foi despertado por alguma nova verdade? Você está disposto a abrir sua
mente às novas verdades da palavra de Deus? Está disposto a seguir a verdade
divina, deixando de lado as tradições dos homens? Lembrem-se que Deus sempre
teve Seu remanescente; sempre houve crentes que lutaram pela verdade, buscando
novas verdades. Acredito que existam homens e mulheres assim hoje. Um dos
lampejos que o Apocalipse nos dá sobre o futuro encontra-se em Apocalipse
12:17. Lá vemos que o dragão, que é Satanás, estava irado com a mulher, que é a
igreja, e foi fazer guerra com o remanescente de sua descendência. Portanto,
Deus terá Seu remanescente até o fim. O Apocalipse continua a nos dar idéias
sobre como será a igreja remanescente. Aqui estão algumas pistas. Em Apocalipse
14, vemos uma descrição da proclamação final de Deus ao mundo. Um anjo voa pelo
céu. Em Apocalipse 14:6 e 7, o apóstolo João descreve a mensagem final de Deus
à humanidade, nas seguintes palavras: "... tendo um evangelho eterno para
pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo e língua e
povo." Esta é a grande missão que foi dada à igreja; a igreja de Cristo
deve alcançar cada pessoa com o evangelho de Jesus Cristo. Portanto, eis aí a
descrição do trabalho da igreja: a verdadeira igreja de Cristo será missionária
e evangelística. Agora ouça o que este anjo proclama em alta voz no verso sete:
"... Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e
adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas."
Há um senso de urgência aqui, amigo. O anjo convoca toda a humanidade a adorar
a Deus porque a hora de Seu juízo chegou. Aqui está uma mensagem para os
últimos dias. A igreja de Cristo, Seu remanescente, enfatizará Seu breve
retorno. Estará concentrada na pregação da Segunda Vinda de Cristo. Acredito
que esta seja uma das características da igreja remanescente de hoje. Ela não
apenas oferece adoração como uma opção agradável. Proclama a urgência de
prestar a Deus nossa lealdade incondicional, porque todos estamos sujeitos à
Sua autoridade, Seu juízo. Ele voltará em breve! Vamos analisar outro indício.
Já mencionamos um verso de Apocalipse que fala de Satanás fazendo guerra contra
a mulher, e o remanescente de sua descendência. A última parte do verso, em
Apocalipse 12:17, descreve o próprio remanescente. Eis o que diz: "... o
restante (ou remanescente) da sua descendência, os que guardam os mandamentos
de Deus e têm o testemunho de Jesus." A verdadeira igreja de Deus, o
remanescente, guardará Seus mandamentos. Os mandamentos de Deus não saíram de
moda. São princípios eternos e imutáveis de Seu governo. Revelam claramente o
padrão eterno de justiça. Certamente não foram dados apenas para os judeus. O
próprio Jesus disse: "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos."
(João 14:15). As leis de Deus não se tornam irrelevantes. Precisam apenas ser
redescobertas. O espírito de descoberta, que move o povo remanescente, os leva
a uma profunda apreciação dos princípios de Deus e a um desejo de aplicá-los
mais e mais às suas vidas. O remanescente guarda os mandamentos de Deus, e têm
o testemunho de Jesus Cristo. Sua fé está baseada em Jesus Cristo, Sua vida e
morte e ressurreição. Portanto, aqui temos um pequeno resumo da verdadeira
igreja de Deus nos últimos dias. Ela proclama o evangelho eterno no momento do
juízo de Deus. Ela luta para guardar todos os mandamentos de Deus. É guiada
pelo testemunho de Jesus, que o Apocalipse define como o Espírito de Profecia.
Há um movimento assim hoje? É óbvio que existem muitos cristãos ávidos por
conhecimento em quase todas as denominações. Igrejas discutindo entre si sobre
qual é a verdadeira igreja de Deus não é uma cena muito atraente. Depois da
apostasia da Idade Média, o Espírito Santo começou gradualmente a revelar a luz
da verdade a Seus fiéis seguidores. Verdades, que há muito estavam perdidas,
foram redescobertas. Verdades eternas como a autoridade da Escritura, salvação
apenas através de Cristo, a Segunda Vinda de Jesus, obediência à Sua lei, o
sábado, batismo por imersão, os fatos a respeito da vida e da morte. Com o
tempo, o cristianismo tornou-se complacente. O espírito de descoberta havia
desaparecido. Mas a percepção de que Jesus Cristo logo invadiria a História,
acordou milhares de pessoas de seu sono. Batistas, metodistas, católicos,
episcopais e até mesmo muitos não cristãos foram despertados por esta nova
esperança. Começaram a estudar a Bíblia como se fosse um livro novo e fizeram
emocionantes descobertas sobre a amplitude das verdades de Deus. Todas as
verdades, desde a Criação ao Apocalipse, da vida saudável ao estado dos mortos,
do descanso sabático ao trabalho do Espírito Santo. Estas pessoas queriam
construir sua fé sobre as grandes verdades descobertas por homens de visão. A
verdade de Deus estava avançando, transformando completamente igrejas inteiras
que queriam marchar com esta verdade. Você pode se perguntar: "Onde está o
remanescente de Deus hoje? Será que Deus tem um movimento construído sobre a
plataforma da verdade, construída pelos grandes homens e mulheres de fé da
História? Existe uma igreja hoje, cujas paredes tenham sido levantadas por
homens e mulheres de eras passadas, com os tijolos doutrinários da fé? Existe
um movimento que levanta bem alto a tocha da verdade?" Acredito que sim!
Como adventista do sétimo dia, acredito que a Igreja Adventista encaixa-se no
simbolismo do povo remanescente de Deus no livro de Apocalipse. É uma igreja
profundamente ligada a Cristo e Sua verdade e que leva homens e mulheres que
amam a Jesus de volta à guarda de todos os mandamentos de Deus e que
preparam-se para Sua breve volta. Nenhuma denominação é perfeita. Nenhuma
igreja pode declarar que não precisa mais "crescer em graça e
conhecimento." Os adventistas também podem fechar as janelas e construir
uma fortaleza ao redor de suas posições doutrinárias, assim como os outros. Mas
eu gostaria de lhe propor um compromisso hoje. Pela graça de Deus, quero
apegar-me à verdade de Deus e buscar mais verdades. Quero fazer parte de um movimento,
não apenas uma denominação ou igreja. Você gostaria de juntar-se a mim neste
compromisso? Você gostaria de continuar a crescer em graça e conhecimento,
continuar desenvolvendo-se com a Palavra de Deus, continuar seguindo os
princípios da Escritura, onde quer que eles o levem? Este é o tipo de
remanescente que Deus quer ter hoje. Este é o tipo de povo que fará com que a
História alcance seu clímax. Este é o tipo de fé que triunfará em todo o tipo
de adversidade. Vamos dar mais um passo adiante para descobrir por nós mesmos
as verdades de Deus. Ore a Deus neste momento.
ORAÇÃO Pai, Tu podes ver nosso coração agora e sabes que
passos precisamos dar. Há verdades que precisamos compreender mais
profundamente, princípios que precisamos aplicar à nossa vida diária. Por
favor, não permita que nós simplesmente nos acomodemos ao redor de qualquer
fortaleza doutrinária dentro da qual nascemos. Ajuda-nos a sermos flexíveis em
Tuas mãos. Ajuda-nos agora a apegarmo-nos à verdade, buscando-a cada vez mais.
Em nome de Jesus, Amém