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Descrição gerada automaticamente

 

ESTÁ ESCRITO – Mark Finley

 

 

01 A FACADA COVARDE

 

02 A CRUZ E O KREMLIN

 

03 NO MEIO DO INFERNO

 

04 VOZES DO ALÉM

 

05 FIEL ATÉ A MORTE

 

06 O ESTRANHO RETORNO

 

07 SE DEUS É TÃO BOM

 

08 ALGUÉM ESTÁ OUVINDO

 

09 SAUDADES DO LAR

 

10 COMO CURAR NOSSAS MÁGOAS

 

11 OS ÚLTIMOS MINUTOS DA HISTÓRIA

 

12 ELE ME LIBERTA DO ÓDIO

 

13 MAIS QUE PELE E OSSO

 

14 AS DUAS TUMBAS

 

15 O DESAFIO DO APOCALIPSE

 

16 TÚNEL ESCURO E LUZ BRILHANTE

 

17 O INFERNO TEM FIM

 

18 VOCÊ NÃO PODE PERDOAR

 

19 LIVRE DA CULPA PARA SEMPRE

 

20 UMA VIDA ESCRITA POR ANTECIPAÇÃO

 

21 AULAS PARTICULARES COM DEUS

 

22 O FIM DA GRANDE GUERRA

 

23 POR QUE MILHÕES NÃO SÃO CRISTÃS

 

24 A CONSPIRAÇÃO EXPOSTA

 

25 QUANDO A VERDADE VAI E NÓS NÃO


 

1

A FACADA COVARDE

Mark Finley

TOPO

 

Às nove horas e dois minutos da manhã de quarta-feira, dia 19 de Abril de 1995 aconteceu uma tragédia! Um carro contendo uma bomba de 2 toneladas devastou em segundos o prédio federal Alfred P. Murrah de nove andares no centro da cidade de Oklahoma. O saldo da catástrofe, além dos escombros, foi a morte de 167 pessoas, sendo que 25 eram crianças. Centenas ficaram feridas.

    Subitamente a faca do terrorismo foi enfiada no coração dos Estados Unidos. Muitas pessoas começaram a perguntar: "Será que nosso mundo será o mesmo depois de tudo isto?"

    Mark Finley:

    "O ataque terrorista na cidade de Oklahoma afetou profundamente os americanos, desde o Presidente até o cidadão que acompanhou tudo pela televisão. Fomos testemunhas do pior bombardeio nos Estados Unidos em 75 anos.

    O aço retorcido, o concreto desmoronando indicam que o terrorismo bateu na nossa porta. Ele está bem perto, e é pessoal. Ele destrói o senso de segurança e nos faz indagar onde podemos estar seguros.  

    Dedicadas equipes de resgate de todo o país trabalharam febrilmente 24 horas nos escombros. Mas existia pouca esperança de encontrar mais sobreviventes. Os feridos eram levados para os hospitais. Muitos levarão longo tempo para se recuperar. Alguns ficarão mutilados para sempre. O mais terrível disso tudo é que entre os mortos, tinham várias crianças. Que coisa triste! Havia crianças numa creche do segundo andar do edifício; estavam acabando de guardar seus brinquedos, quando a bomba explodiu bem embaixo delas e lhes tirou a vida.

    Um membro da cruz vermelha que correu para o prédio para ajudar, disse:

    – Enquanto ajudávamos as pessoas na rua, podíamos escutar as crianças chorando como um silvo no vento. Parecia uma punhalada em nosso coração. Não conseguíamos vê-las. Apenas escutávamos as suas vozes".

    Um médico cuja a roupa cirúrgica azul ainda estava manchada com sangue, disse aos repórteres: “Eu estive no Vietnã e eu nunca imaginei que veria algo semelhante novamente. Mas isto foi pior. Foi horroroso, foi terrível”.

    Você deve ter ouvido falar do bombeiro que carregou uma criança ferida, do edifício devastado. Chris Fields explicou com tristeza que aquele nenê de um ano não sobreviveu ao percurso até o hospital:

    – Eu chequei os sinais vitais. Tentei sentir o pulso, tentei sentir a respiração, ver se eu podia escutar, escutar ou sentir sua respiração mas não havia nenhum sinal de vida.

    Houve muitas outras cenas, cenas que as pessoas nunca se esquecerão. Logo após a explosão, um policial aposentado se apressou para ver o que tinha acontecido. Ele tirou seu velho distintivo e começou a trabalhar colocando as pessoas longe do edifício. Uma mulher agitada correu até ele gritando:

    – Meu bebê! Meu bebê! Meu bebê está na creche.

    O policial respondeu:

    – Eu não posso deixá-la entrar.

    E a mulher soluçou e disse:

    – Ontem foi seu aniversário.

    Que diferença 24 horas podem fazer, amigo? Um dia, a criança está soprando as velas do bolo de aniversário. No dia seguinte, ela está entre as ruínas de um edifício devastado, porque algum terrorista louco, aparentemente um terrorista americano, tinha alguma coisa a dizer.

    Como lidar com uma tragédia assim? Como absorver tamanha perda sem sentido?

    Em primeiro lugar nos sentimos chocados, é claro. Não parece ser possível que este ato de barbarismo esteja acontecendo em 1995. E como isto pôde acontecer bem no coração da América?

    Junto com nosso choque, também sentimos raiva, algumas vezes sentimos uma raiva profunda para com aqueles que fazem tais coisas.

    Mas as pessoas que mais sofrem no momento, é claro, são as vítimas e os familiares das vítimas. Mães e pais têm perdido a coisa mais preciosa que eles possuem neste mundo, os filhos. Crianças têm perdido seus pais. Maridos e esposas têm perdido um ao outro. E nada pode ser pior do que a espera por uma notícia sobre seus entes queridos!

    A América fez uma pausa, uma reunião de oração em favor dos feridos e enlutados pela tragédia. Billy Graham conduziu a reunião de oração no Ginásio da cidade de Oklahoma. O Presidente Clinton e sua esposa estiveram entre os mais de 9.000 presentes.

    Os entes queridos daqueles que foram feridos ou mortos, ficarão por muito tempo em estado de choque. Eles terão dias difíceis pela frente, dias cheios de pesar, questionamentos, e às vezes sentimento de desepero.

    Alejandro Bullón:  

    Sempre que acontece uma tragédia como esta, surgem perguntas inquietantes como: "Onde estava Deus quando isto ocorreu? Por que Deus deixou que isto acontecesse"?

    O que posso responder com segurança é que Ele está sofrendo; Ele está triste; Ele está machucado muito mais do que possamos imaginar.

    Quero que você leia um trecho da Bíblia que se encontra no livro de Isaías, capítulo 53. Gostaria de lembrar-lhe que Jesus veio a esta Terra para mostrar como é Deus. Enquanto esteve entre nós, Jesus demonstrou como é o carater de Deus. "Certamente Ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores levou sobre si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus, e oprimido. Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados". (Isaías 53:4,5)

    Veja Seu amor e compaixão! O Senhor do Universo foi "traspassado" e "moído". Estas palavras aconteceram literalmente com os sofrimentos de Jesus na cruz. Mas o que isto mostra sobre Deus?

    Estas foram as dores do Pai Celestial que teve que ficar olhando Seu único Filho ser traspassado e moído numa cruz. Ele teve que ficar olhando Seu Filho ser espancado, martirizado e crucificado. Ele teve que ficar vendo Seu Filho amado morrer agonizando num monte chamado Calvário. 

    É este o Deus que promete estar conosco no meio das tragédias. É Ele quem promete tomar as nossas dores. Você compreende porque Ele pode sentir empatia por nós? Ele passou como ninguém pelo sofrimento e dor, no meio da maior tragédia do Universo, a crucificação de Jesus Cristo. Por isso, Ele realmente compreende nossas maiores catástrofes. Ele sabe pessoalmente, o que é perda e tragédia. O mais bonito de tudo é que Deus pode nos curar completamente porque Ele, Ele mesmo foi completamente curado.

    Em algum ponto do processo de recuperação de uma tragédia, geralmente ajuda, ter uma visão mais ampla da situação. Depois que passa o choque, mesmo que você ainda esteja sentindo dor e revolta, você precisa achar sentido e significado nisto tudo. Não temos respostas definitivas e satisfatórias porque certas pessoas foram salvas e outras morreram, na catástrofe em Oklahoma. Mas posso mostrar-lhes um quadro que nos ajudará a colocar as coisas em seus devidos lugares.

    Vou lhe dizer algo muito importante para você guardar em seu coração: estas tragédias não acontecem pela vontade de Deus. Elas são atos covardes, atos maus. As Escrituras nos ajudam a ver que elas formam parte de um quadro bem mais amplo. Elas são parte das convulsões finais da história deste mundo; elas são sinais de que Jesus Cristo logo vai voltar e nos dar um novo mundo.

    Por esta razão, enquanto tropeçamos perplexos em meio a estes choques e catástrofes, podemos ter esperança em meio às tragédias. As bombas dos terroristas não serão a palavra final para este planeta. Elas são sinais que apontam para o real clímax da história. Deus terá a palavra final, meu amigo. Deus é quem vai ter a palavra final. Na Sua segunda vinda, Jesus promete eliminar para sempre todas as tragédias humanas. Isto não é uma promessa maravilhosa?

    Isto mostra que o quadro é mais amplo. Não podemos nos ater a um fato isolado. Existe um significado maior. Mesmo se tudo o que sentimos agora é revolta, dor e tristeza; mesmo que tudo que possamos ver é um horizonte escuro; estes são os sinais de um novo mundo que está chegando. Um novo dia está nascendo no qual as crianças nunca, nunca mais vão viver com medo.

    Mark Finley:

    O que as pessoas experimentam depois de uma terrível explosão, é um sentimento de insegurança e vulnerabilidade. Estamos acostumados a ver devastação e revolta através da televisão. Parece que só acontecem em outros lugares, bem, longe de nós. Fome em algum lugar no Oriente Médio. Uma guerra civil assassina em algum lugar da África. Conflitos étnicos sangrentos em algum lugar do sul europeu.

    Por muito tempo, as bombas explodiram em outras terras. Mas agora, pouco tempo depois da explosão do World Trade Center, uma bomba explodiu bem na cidade de Oklahoma. Nós olhamos para o edifício destruído e corpos queimados sendo carregados, e entendemos que isto está acontecendo, edifícios estão sendo explodidos aqui mesmo no coração da América.

    Parece que os terroristas podem atacar qualquer lugar. A qualquer hora. Se você não está livre de tais ataques em Oklahoma, onde se sentirá seguro, amigo?

    É assim que nos sentimos. Inseguros. Vulneráveis. Queremos que estes fanáticos, que estes terroristas cruéis sejam eles quem for, afastem-se de alguma forma, para que não nos machuquem. O governo está fazendo o seu melhor para encontrar a pessoa que cometeu este terrível crime. Temos que encarar o terrorismo e a anarquia de frente não importa onde nem quando.

    Amigo, permita-me fazer uma sugestão: para que nos sintamos seguros novamente, precisamos fazer mais do que chamar a polícia. Esta é uma questão muito séria, um importante desafio.

    Afinal de contas, tragédias ocorrem todos os dias. Vivemos num mundo onde acidentes acontecem. Eles ocorrem enquanto dirigimos. Eles acontecem no trabalho. Eles vêm a nós através de uma doença repentina. Tragédias ocorrem ao nosso redor e simplesmente não existe uma maneira de nos isolarmos delas. E nem de nos assegurarmos contra, contra todo infortúnio, calamidade. Somos vulneráveis como seres humanos; vulneráveis à enfermidade, doença, sofrimento, pesar e morte. Isto é a vida.

    Nós podemos ter segurança no meio destas terríveis catástrofes. Podemos ter confiança e paz, tranqüilidade e segurança em Cristo Jesus.

    Alejandro Bullón:

    Amigo, leia o que o profeta Isaías tem para nos dizer em Isaías capítulo 26, versos 3 e 4. Leia a palavra de esperança que nos dá o profeta Isaías. Esperança de que podemos ter confiança e paz num mundo cheio de tragédias e catástrofes. "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti. Confiai no Senhor perpetuamente, porque o Senhor Deus é uma rocha eterna". (Isaías 26:3,4)

    Confiar no Senhor para sempre, porque o Senhor é uma Rocha Eterna!

    Como podemos ter perfeita paz num mundo cheio de catástrofes e tragédias como o nosso? Confiando no Deus que permanece para sempre. Como ter segurança quando a terra treme debaixo de nós? Colocando nossos pés sobre a Rocha Eterna.

    Tenho visto isto acontecer diversas vezes. Gente sem segurança, agarra-se com Deus e descobre o que é segurança e paz na Rocha Eterna, a Rocha que não muda, que permanece para sempre. Você pode confiar em Jesus.

    Pessoas emocionalmente vulneráveis, acham refúgio nEle. Este é o Senhor que os Salmos celebram como a Rocha Eterna. Ele é o nosso castelo, nossa fortaleza, um alicerce sólido para sustentar nossa vida.

    Deus é a Rocha Eterna. Ele não muda. A Bíblia nos diz que Sua justiça dura para sempre. Ele é um lugar de esperança para todos os que O aceitam como Senhor. NEle podemos encontrar segurança.

    Amigo, quando as tragédias tiram nosso senso de segurança, precisamos nos lembrar quem realmente segura nossas vidas em Suas mãos. Precisamos nos lembrar que só existe uma fonte final de segurança, uma eterna fonte de segurança para este mundo."Porque Deus amou ao mundo de tal maneira que deu o seu Filho unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna".(São João 3:16)

    Jesus não é apenas uma Rocha Eterna, Ele é a certeza de vida eterna para todo aquele que crer, acreditar e confiar que Ele pode nos dar vida. Isto é maravilhoso! Num mundo onde parece que a morte triunfa, Jesus nos garante vida. Vida abundante. Vida eterna!

    Amigo, sinta o cuidado de Deus por você. Ele quer colocar Seus braços sobre você que está sofrendo. Jesus, a fonte da vida, quer lhe segurar bem perto do coração. Ele quer enxugar todas as suas lágrimas. Aceite-O agora, neste momento. 

JESUS, TU ÉS A MINHA VIDA

Letra e Música: Williams Costa Jr

Jesus, Tu és a minha vida.

Jesus, Tu és o meu cantar.

Tu és a estrada mais bonita,

por onde devo caminhar.

Jesus, Tu és a primavera

que faz a vida florescer.

Tu és a chama da alegria

que faz brilhar todo meu ser.

Jesus, Tu és a melodia,

a voz, o canto, a emocão.

Tu és a força que me inspira

a dar louvor na provação.

Jesus Tu és a esperança

que faz vibrar meu coração.

Jesus, Tu és a energia

que move a vida do cristão.

Jesus, Tu és o meu caminho,

verdade, vida e salvação.

Jesus, Tu és a minha glória,

motivo de minha adoração,

Jesus, Tu és meu Pai querido

a quem dedico meu viver.

Tu és, pra sempre a minha vida, Jesus,

és vida de meu ser.

Jesus, Tu és a minha vida!

Gravado por Sonete no LP nº 800 da Gravadora Bompastor

ORAÇÃO

Querido Senhor, precisamos de Ti especialmente agora. Há tanta gente machucada emocional e fisicamente. Por favor, coloca Teus braços de amor sobre nós. Por favor, dê a cada uma destas pessoas o senso de que Tu as estás segurando. Deixe-as saber quão profundamente Tu compreendes suas dores e quão profundamente Tu te envolves com nossos problemas. Muito obrigado por nos receberes como estamos. Em nome de Jesus. Amém.

 

09/07/1995


 

2

A CRUZ E O KREMLIN

Mark Finley

TOPO

 

    Durante os frios dias de março de 1992, os cidadãos de Moscou cruzaram aos milhares os muros do antigo Kremlin. Atravessando velhas pontes, entraram através dos maciços e protegidos portões. Famílias, idosos com seus agasalhos e muitos jovens passaram pela famosa Catedral Ortodoxa de São Patrício, dirigindo-se ao grande e moderno edifício que serviu de palco para o centro político do Kremlin por longos anos.

    O povo de Moscou lotou a Sala do Congresso do Partido Comunista, o lugar onde seus líderes se reuniam para governar a União Soviética. Em pouco tempo, 6.500 pessoas ocuparam todos os assentos disponíveis. Eles aguardaram para ouvir um homem que iria pisar sobre a mesma plataforma onde Brezhnev, Andropov e Gorbachev tinham falado para a nação e o mundo.

    Quando você entra no Kremlin, é imediatamente impressionado por sua magnificência e esplendor. Você vê o antigo Palácio Imperial, cinco majestosas catedrais e diversos edifícios do governo. O auditório principal é o magnificente Prédio do Congresso do Partido Comunista. Catorze escadas rolantes levam os visitantes para o salão principal e às galerias. Sessões de balé, teatro e cinema estiveram em cartaz no Kremlin. Mas este lugar funcionou principalmente como local de reuniões do Partido Comunista e do Governo Soviético.

    Contudo, através de uma série de miraculosas providências de Deus, fui convidado para conduzir uma série evangelística neste lugar. É difícil descrever a emoção que eu senti ao me preparar para entrar na plataforma e proclamar as verdades bíblicas, no mesmo lugar onde uma ideologia ateística fora exaltada por tanto tempo.

    Mikhail Kulakov, líder da Igreja Adventista na antiga União Soviética, disse-me que anos atrás nossos irmãos tinham medo até mesmo de andar ao redor do Kremlin, de tão ameaçados e intimidados que foram pela KGB.

    E então, com lágrimas nos olhos e uma voz trêmula, o pastor Kulakov disse:

    — E pensar que hoje, nós podemos fazer uma reunião evangelística dentro do Prédio do Congresso. É realmente inacreditável!

    Amigo, para que você tenha uma idéia da fome espiritual daquelas pessoas, deixe-me falar da surpreendente resposta à venda de ingressos para as reuniões. Pode lhe parecer muito estranho o fato de se vender ingressos para reuniões evangelísticas. Eu também estranhei muito! Mas foi uma exigência da administração do Kremlin como, "a única maneira de controlar as multidões". 

    Os funcionários do Kremlin venderam ingressos em bilheterias espalhadas pela cidade de Moscou. Duas semanas antes da primeira noite de reunião, todos os ingressos disponíveis tinham sido vendidos. As pessoas pagaram cinco rublos por onze noites das séries evangelísticas. Os administradores reservaram quinhentos ingressos para serem vendidos na entrada a cada noite.

    As pessoas começavam a fazer fila para comprar ingressos às 8 horas da manhã. Ficavam na fila por quatro horas, e então vinham e ficavam na fila para assistir às séries evangelísticas que começavam às 15 horas. Algumas pessoas nos disseram que estavam dispostas a ficar na fila durante sete horas só para ouvir a Palavra de Deus.

    Também ouvimos que embora o preço dos ingressos fosse originalmente 5 rublos para as 11 sessões, cambistas compraram muitos ingressos e quando estes acabaram, passaram a vendê-los por 100 rublos, chegando até 500 rublos por um pacote de ingressos.

    Vamos explicar o que isso significa. Um pastor Adventista ganhava em média 900 rublos por mês. Isto correspondia a duas semanas de salário nos Estados Unidos, ou aproximadamente 1.200 dólares por um pacote de ingressos.

    Deus é muito grande! A liberdade foi suprimida por muito tempo e a propaganda ateísta sufocou o povo por tanto tempo e tirou seus direitos e oportunidades de conhecer a Palavra de Deus. Agora estavam dispostos a pagar qualquer preço para ouvir, conhecer e entender a Palavra de Deus.

    As pessoas que ficavam em fila por horas a fim de conseguir ingressos para as reuniões eram evidência de uma atuação miraculosa do Espírito de Deus. O Comunismo ofereceu pão e casa para o povo, mas desprezou suas necessidades espirituais. Certamente existe uma fome em todo ser humano que não pode ser preenchida a não ser pela presença de Jesus Cristo.

    Isso foi o que eu senti quando comecei a comunicar as verdades da Palavra de Deus no Salão do Congresso. Os ouvintes respondiam com aplausos calorosos durante as apresentações. Líderes políticos, cientistas, educadores, sociólogos, médicos, pesquisadores, economistas e empresários estavam presentes. Era realmente um perfil da sociedade de Moscou. Essas pessoas estavam muito interessadas em ouvir as boas novas. Eu senti que o Espírito Santo estava realizando grandes coisas, coisas históricas naquele auditório. E como sempre, Ele estava tocando uma pessoa de cada vez, um rosto de cada vez.

    Veja o que uma dessas pessoas, Inna Belyanskya, disse em seu testemunho por Cristo:

    — É sem dúvida uma vida nova o que eu estou tendo agora. Eu sinto que até mesmo o sol, o céu, são diferentes. Até mesmo a neve este ano foi diferente. E nós sobrevivemos a um inverno terrível. Os preços subiram... e eu chego na loja e não consigo comprar nada; apenas vejo pessoas. Mas ainda assim tenho paz no meu coração e sei que tudo vai acabar bem. Deus nos ajudará a sobreviver.

    Um casal idoso disse:

    — Olha, isto um dia foi o Palácio do Comunismo, agora é o Palácio de Deus!

    Que testemunho bonito do que Deus está realizando no Kremlin! Mas o Palácio do Comunismo não se tornaria o Palácio de Deus sem um desafio. Este desafio veio na forma de uma grande demonstração, que foi direcionada, pelo menos em parte, contra a invasão do evangelho na sede do ateísmo.

    Na noite em que as reuniões começaram, descobrimos que havia uma grande demonstração contra nossas reuniões do lado de fora dos portões do Kremlin. Isto me deixou frustado; eu me perguntava por que as pessoas estariam fazendo isso e quem estaria participando.

    Descobri que diversos antigos participantes do Partido Comunista, que antigamente usaram este Salão do Congresso do Kremlin para seus encontros, planejaram uma grande manifestação para 17 de março. A passeata ia acontecer naquele dia. Estavam esperando dezenas de milhares de pessoas nas ruas.

    Mas quando nossas reuniões começaram alguns dias antes, muitos desses comunistas deixaram claras suas intenções de querer o salão de volta, e eles planejaram se reunir na praça do Kremlin e então marchar da praça para o auditório.

    O único obstáculo entre eles e a conclusão de seus objetivos de se reunirem no auditório, eram as reuniões evangelísticas dos Adventistas do Sétimo Dia. De fato, as reuniões se tornaram a razão da controvérsia. A primeira página do Jornal Izvestia, um dos maiores da antiga União Soviética dizia: "Os deputados do povo, o Partido Comunista, desejam voltar ao seu antigo auditório, mas as reuniões evangelísticas dos Adventistas do Sétimo Dia sobre a Bíblia os impedem de fazer isso."

    A agitação política, mais a tensão no ar e os problemas com os manifestantes nos preocupavam. Conseguiria o nosso povo passar pelos manifestantes naquela primeira noite? Teriam eles condições de vir até o salão quando as reuniões começassem na noite de abertura?

    As reuniões começaram com o salão completamente lotado, as pessoas enfrentaram corajosamente as manifestações e vieram para as reuniões. Tal a fome em seus corações, tal o desejo de conhecer Jesus.

    Naquela noite no auditório, nós celebramos juntos a proteção de Deus.

    Mais tarde, equipes de televisão dos canais 1 e 2, as principais redes russas, quiseram me entrevistar a respeito da manifestação dos comunistas nas ruas. Eles me informaram que os manifestantes tinham sido agressivos com algumas pessoas que se dirigiam para as reuniões. Eles me perguntaram:

    — Como você reage às manifestações dos comunistas contra você, que estão ocorrendo agora?

    Minha resposta foi que não importava o que os manifestantes tivessem contra nós, estávamos lá apenas para partilhar o amor de Cristo com aquela comunidade. Eles têm o direito de se manifestar, mas eu sugiro que eles levem a sério a mudança no país. Eles deveriam apresentar um plano para mudança. Nós acreditamos que isto só acontece através do poder do Cristo Vivo.

    Logo após a entrevista, eu me reuni com alguns pastores russos e perguntei sobre a situação.

    Um amigo meu, pastor Michael Kaminsky me contou o seguinte:

    — Pastor, eu estive nas ruas. Estive ajudando nosso povo a vir para as reuniões. Mas provavelmente a coisa mais séria, que aconteceu hoje foi que alguns marchavam com sua foto numa moldura preta. Você sabe o que significa isto?

    Eu não estava muito certo. Então ele continuou:

    — Isso significa morte para a pessoa cuja foto está naquela moldura.

    Bem, eu tenho que admitir que realmente senti por um momento um aperto no estômago e um bolo na garganta. Então me lembrei de um texto bíblico que é realmente animador para mim. "No amor não existe medo; antes, o perfeito amor lança fora o medo. Ora, o medo produz tormento..." (I João 4:18)      Eu começei a pensar: "Se Deus o enviou para a Rússia, não é preciso ter medo. E se Ele não o enviou, então é melhor você voltar para casa. Não foi Deus que planejou essas séries evangelísticas no Kremlin? E se Deus cuidou de Daniel na Babilônia e José no Egito, Ele pode cuidar de você aqui em Moscou."

    Mas havia outra preocupação bem diferente: dois amigos pessoais, líderes da Igreja Adventista, foram avisados por oficiais soviéticos de altas patentes, que a manifestação programada para 17 de março poderia provocar derramamento de sangue nas ruas. A preocupação aumentou, não pela nossa segurança pessoal, mas pela segurança das pessoas que estariam tentando chegar às nossas reuniões. Ninguém realmente sabia o que iria acontecer.

    Eu tinha que tomar uma decisão muito difícil. Se as pessoas que viessem às reuniões se encontrassem com os manifestantes e houvesse violência, eu me sentiria pessoalmente responsável. Mas se nos calássemos e o salão não fosse ocupado, em que situação ficariam os responsáveis pelo Kremlin? Esses homens tinham atrás de si as forças democráticas do país; eles já tinham dito aos comunistas que eles não poderiam usar o Salão do Congresso porque nós o alugamos.

    Após orar sobre o assunto, decidi que faria uma consulta à direção do Kremlin e solicitaria a opinião deles. Era o início da tarde de segunda-feira quando eu cheguei ao Kremlin. Os guardas me reconheceram, abriram os portões e me deixaram passar. Entrando no escritório fui direto ao ponto.

    — Senhor, diante do fato de que haverá uma grande manifestação amanhã, e de que alguns oficiais públicos estão prevendo um banho de sangue, seria realmente sensato termos um encontro evangelístico no Kremlin amanhã à noite? Estou pensando em cancelar a reunião. O senhor acha que as pessoas correm perigo?

    O administrador me respondeu imediatamente:

    — O general reponsável pela segurança do Kremlin me assegurou que vocês não correm absolutamente nenhum perigo. As tropas estarão nas ruas. Elas separarão os manifestantes de qualquer um de seus participantes. Diga ao seu pessoal para tomar o metrô até o portão Trotsky e nossos soldados certamente os manterão em segurança.

    E assim a decisão foi tomada: as reuniões aconteceriam. Iria ser uma vitória para a causa de Deus. Eu saí daquele escritório comemorando. Meu coração estava leve e eu disse para mim mesmo: "Como Deus confunde o inimigo! O Exército Soviético está controlando os manifestantes comunistas a fim de que doze mil pessoas possam vir e ouvir a pregação da Bíblia dentro do Kremlin. Isso realmente é milagre! Os Comunistas mantidos do lado de fora dos muros, e nós dentro dos muros do Kremlin, protegidos pelo exército a fim de que pudéssemos pregar o evangelho de Jesus".

    Como nosso Deus é grande! Que cumprimento da Palavra de Deus. Veja estas palavras do antigo profeta, que ecoam tão nitidamente hoje: "Vede entre as nações, olhai, maravilhai-vos, e desvanecei, porque realizo em vossos dias obra tal, que vós não crereis, quando vos for contada." (Habacuque 1:5)

    Amigo, Deus está realizando uma obra maravilhosa em nossos dias. Decidi pedir ao Senhor que enviasse anjos para proteger as pessoas que viriam às reuniões e todo o nosso grupo. Na reunião seguinte, não houve manifestação nem passeata. Milhares e milhares continuaram assistindo às reuniões.

    A semana foi passando e nós soubemos que 17 de março, o dia da grande manisfestação, poderia ser um momento significativo da História. Os comunistas tinham planejado uma grande manifestação que continuaria se desenvolvendo por 6 meses. Eles esperavam ajuntar pelo menos 100 mil pessoas nas ruas. Eles esperavam que essa demonstração de força desestabilizasse o governo de Yeltsin. Mas a manisfestação fracassou e, graças a Deus, as reuniões evangelísticas continuaram firmes.

    Um incidente que ocorreu na noite seguinte mostra claramente que uma nova força tinha se desencadeado no coração do Kremlin. Meu colega, Doutor Walter Thompson, estava fazendo uma apresentação sobre como parar de fumar, quando um homem da frente do auditório levantou-se e começou a falar alto em russo. Eu me voltei para meu tradutor, e perguntei:

    — Peter, o que está acontecendo? O que esse homem está dizendo?"

    Peter explicou que o homem estava exigindo uma declaração pública com respeito à manifestação comunista planejada para 17 de março.

    Ao microfone, o Doutor Thompson hesitou. E eu sussurrei:

    — Walt, continue com a apresentação, você está com o microfone, ignore esse homem.

    Mas o homem não podia ser ignorado. Logo ele estava gritando:

    — A vontade do povo, a vontade do povo, a vontade do povo. Em outras palavras, é a vontade do povo que vocês façam uma declaração pública apoiando o comunismo.

    A essa altura minha mente estava um turbilhão. Silenciosamente perguntei a Deus o que deveríamos fazer. Então, espontaneamente, um grande coro de vozes começou como uma onda gigante por todo o auditório. Seis mil pessoas começaram a gritar:           — Pra fora com ele, pra fora com ele, pra fora com ele.

    Eu fiquei mudo. Quatro diáconos fortes desceram aquele corredor, puseram seus braços ao redor do comunista solitário na multidão e o escoltaram para fora.

    Mas que ironia! Ele estava gritando sobre a vontade do povo, e o povo expressou a sua vontade. O povo o expulsou. A vontade daquelas pessoas não era materialismo irreligioso, ou qualquer outra ideologia. A vontade daquelas pessoas tinha sido tocada pelo Espírito de Deus. Elas desejavam conhecer Jesus. Elas estavam dispostas a permanecer em fila por horas para ouvir a proclamação das Escrituras. O Palácio do Comunismo se tornou de fato o Palácio de Deus. Seu Espírito derrotou toda oposição.

    Eu nunca vou me esquecer dos batismos que foram realizados após a série de estudos. Por causa do grande número de pessoas que seriam batizadas, tivemos que planejar batismos em três dias diferentes, em três lugares diferentes. Nesse batismo foram necessários 45 ônibus para transportar 1400 candidatos para os locais de batismo.

    Cerca de 300 a 400 pessoas dedicaram a vida para Cristo em cada um desses locais. As pessoas mal conseguiam se amontoar ao redor das piscinas onde as cerimônias eram realizadas. Vinte e dois pastores desceram ao mesmo tempo nas águas batismais e acolheram os cidadãos de Moscou na família de Deus no "nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo".

    Amigo, as manifestações comunistas acabaram. As filas que se formavam na tumba de Lênin, se acabaram. As pessoas formam filas para reuniões evangelísticas; formam filas para conseguir Bíblias; para freqüentar a igreja; formam filas para entrar em ônibus e formam filas para serem batizadas. A mensagem de Cristo triunfou na sede do marxismo e do ateísmo.

    Quando participei de um dos seviços batismais,  o tradutor era um jovem pastor chamado Leonid. Leonid, eu descobri, era na verdade neto de um dos fundadores da KGB. Um homem que ajudou a criar a terrível polícia secreta, agora tinha um neto nos ajudando a expressar palavras de salvação para aqueles que aguardavam nas águas.

    Num dado momento, eu notei que Leonid estava com lágrimas nos olhos, fitando uma mulher, uma poetisa judia chamada Tatyana, que estava sendo batizada. Leonid tinha gasto muitas semanas estudando a Bíblia com essa mulher e instruindo-a na verdade e na fé. Quando ela saiu das águas ele estava tomado pela emoção. Ele me pediu desculpas e disse:

    — Eu não posso mais traduzir para você; tenho que ir cumprimentá-la; tenho que ir e expressar o meu agradecimento a Deus pelo seu batismo.

    Então eu fiquei só, no meio de 350 candidatos, enquanto Leonid foi até Tatyana. A água ainda estava escorrendo da vestidura batismal daquela mulher, mas em amor cristão ele a abraçou calorosamente e expressou alegria e gratidão por sua entrega.

    Eu disse pra mim mesmo: onde mais isso poderia acontecer? Que outro poder conseguiria realizar tal coisa? O neto de um dos fundadores da KGB, a KGB que tinha perseguido cruelmente judeus e dissidentes, está unido em espírito e em coração com essa mulher judia.

    No centro de Moscou, no lugar onde antes havia uma estátua de Féliks Dzerzhinsky, um ex-chefe da KGB, e que manifestantes da democracia puseram abaixo algum tempo atrás, agora, naquela plataforma junto a uma movimentada rua, uma cruz de madeira foi fincada em lugar da estátua. A cruz de Cristo em lugar do terror do passado. Hoje, quando olhamos para o Kremlin e contemplamos as abóbadas das magnificentes catedrais, a velha história se torna revolucionária mais uma vez. Aquelas abóbadas têm cruzes em seu topo. Elas testemunham do triunfo final do Cristo crucificado, ressurreto e prestes a vir. Elas dão um silencioso e poderoso testemunho de que Ele está vivo no coração das pessoas. Graças a Deus! Após décadas de Comunismo a cruz ainda se eleva acima do Kremlin!

ORAÇÃO

 

Pai celestial, eu Te agradeço pelo incrível privilégio de partilhar as boas novas no Kremlin. Jesus Cristo é de fato o Salvador do mundo. Eu oro para que Ele se torne hoje o nosso Salvador. Ele está transformando a vida de cidadãos em Moscou. Que Ele nos transforme também. Faça-nos parte de Seu grande movimento do Espírito. Em nome de Jesus, amém.

 

 

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3

NO MEIO DO INFERNO

Mark Finley

TOPO

 

Não  era  um  trabalho para fracos ou medrosos. Centenas de poços de petróleo em chamas no deserto do Kuwait tinham que ser apagados de alguma maneira. Necessitava-se de homens que desafiassem o tremendo calor e levantassem um barril de dinamite sobre o explosivo petróleo.

    Um extraordinário time de especialistas em incêndios petrolíferos, chamado “loucos de botas” assumiu alguns dos mais perigosos poços. Sua aventura foi descrita como “seis dias no inferno”. Descobriremos agora, o que significou ir para o meio do inferno, e o que isso nos ensina sobre o último grande incêndio da Terra.

    Os cidadãos Kuwaitianos que acordaram cedo na manhã de 23 de fevereiro de 1991 foram saudados por uma vista assustadora e horripilante. Parecia que o deserto tinha explodido. Nuvens de fogo saltavam do chão e densos montes de fumaça preta infestavam o céu.

    Mais tarde o mundo saberia que nesse dia, ao amanhecer, o Exército Iraquiano tinha começado a incendiar os vastos campos de petróleo do Kuwait. Quase 90 por cento dos poços produtivos daquele País se transformaram em estrondosos maçaricos. Sessenta milhões de barris de petróleo estavam se perdendo por dia.

    Este foi o tiro de despedida de Sadan Hussein para uma terra cuja conquista ele não pôde manter. Ele parecia estar dizendo que se não podia explorar os campos de petróleo do Kuwait, ninguém mais iria fazê-lo.

    O resultado foi um dos piores desastres ecológicos causados pelo homem nos tempos modernos. Fora a destruição da natureza viva pela tempestade de fogo do Kuwait, a fumaça dessa tormenta poluiu o ar de grande parte do Planeta, alcançando até mesmo as Ilhas do Havaí.

    Toda guerra produz sua quota de horror e loucura. Mas esse ato pareceu particularmente sem sentido e devastador. Enquanto o mundo assistia, a maioria das pessoas se sentia ultrajada com os horizontes negros do Kuwait e se perguntavam: por quê? Por que uma pessoa faria tal coisa, mesmo às pessoas que odeia?

    Porém, havia alguma coisa estranhamente familiar nesse panorama apocalíptico. Para algumas pessoas, isso tornou real certas imagens que permaneciam por muito tempo em sua imaginação.

    Veja o quadro em Apocalipse. Falando daquele que segue e adora o anticristo, João escreve: “... E será atormentado com fogo e enxofre... A fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos...” (Apocalipse 14:10 e 11).

    Mais adiante no livro do Apocalipse, quando João descreve o incêndio da ímpia Babilônia, ele usa a mesma frase: “... E a sua fumaça sobe pelos séculos dos séculos” (Apocalipse 19:3).

    O incêndio dos poços de petróleo do Kuwait proporcionou uma estrondosa pré-estréia do último incêndio na Terra. Mas isso levanta uma pergunta importante. Se o inferno do Kuwait foi um desastre tão intolerável, que ninguém em são juízo queria que continuasse, que será o fogo do inferno? Que será a fumaça que sobe pelos séculos dos séculos? Será um inferno eterno a solução de Deus para o ímpio? O que acontecerá no final dos tempos?

    O capítulo 20 de Apocalipse descreve a última tentativa de satanás para derrotar o governo de Deus. A Cidade Santa desce dos céus. Satanás lidera a multidão de perdidos para atacar a cidade. Os justos salvos estão seguros dentro da cidade com Jesus.

    Agora preste atenção nisto: “Marcharam então pela superfície da terra e sitiaram o acampamento dos santos e a cidade querida; desceu, porém, fogo do céu e os consumiu"          (Apocalipse 20:9).

    Aqui, amigo, estão dois pontos-chave: Primeiro, o fogo do inferno virá do céu no final dos tempos. De acordo com Hebreus: "... Nosso Deus é fogo consumidor. (Hebreus 12:29).

    O caráter justo de um Deus-Todo-Poderoso consome o pecado no final dos tempos.

    O segundo ponto vital é este: o fogo que os “devora” destruirá totalmente ou aniquilará os ímpios. A Bíblia usa o verbo "devorar”. Poderia um Deus de amor queimar pecadores no inferno, deleitando-se com sua agonia por milhões e milhões de anos? Certamente não!

    É neste ponto que o fogo desce dos céus e os devora; então o diabo é jogado dentro do lago de fogo.

    Os perdidos são lançados dentro do lago de fogo, que será “a segunda morte”.

    Agora, é possível imaginar que existe um lago de fogo em algum lugar no espaço. Mas a explicação clara da Escritura é que o lago de fogo existirá aqui mesmo nesta Terra no final dos tempos. É aqui que a batalha final é travada; é aqui que o fogo dos céus ataca e devora; é aqui que os mortos são trazidos a julgamento.

    Não temos indicação de nenhum outro lugar de destruição a não ser na Terra. Não há menção alguma em nenhum outro lugar na Bíblia.

    Vamos avançar agora para o próximo capítulo. Em Apocalipse capítulo 21, verso 1, nos diz: "Vi um novo céu e nova terra;... Pois a primeira terra passou..."

    O verso 2, descreve a nova Jerusalém descendo do céu..." (Apocalipse 21:2).

    João nos conta: “... Eis o tabernáculo de Deus com os homens”..." (Apocalipse 21:3).

    Então ouvimos a maravilhosa promessa no verso 4. Falando de Deus, João escreve uma de minhas passagens favoritas da Bíblia: “E lhes enxugará dos olhos toda lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor, porque as primeiras coisas passaram”. (Apocalipse 21:4)

    Qque palavras de esperança! Elas se referem à vida na Nova Terra. Não haverá morte nem dor. As primeiras coisas passaram.

    Bem, você se lembra  que o capítulo anterior descreveu um lago de fogo sobre a Terra. Isso apresenta um enorme problema. Se a fumaça de tormento continua se elevando, por séculos e séculos, ainda existirá uma grande quantidade de lamento, choro e dor. As primeiras coisas definitivamente não terão passado. Como a promessa de Deus será cumprida?

    Para simplificar, você não pode ter céu e inferno no mesmo lugar. Então, algumas pessoas perguntam se você pode ter céu e inferno no mesmo Universo.

    Como resolveremos este conflito? Para responder essa pergunta, vamos olhar atentamente aquela onda de incêndios no deserto do Kuwait.

    O time de especialistas em incêndios de petróleo, “loucos de botas” foi designado para o poço 360, um especialmente perigoso. As nuvens de fumaça que saíam dele eram do tamanho de vários campos de futebol.

    Um bombeiro sondou o poço a alguma distância, tentando ter uma noção da boca do poço. Aquilo retumbava como um trem de carga; ele podia sentir o intenso calor através das solas de suas botas.

    O problema era chegar perto o suficiente para trabalhar no poço com longas varas, sem ser queimado. Duzentos mil litros de água do mar tiveram de ser bombeados para um fosso nas redondezas. Duas maciças bombas lançavam água no local à razão de 30 mil litros por minuto.

    Isso fez muito pouco efeito contra a parede de chamas, isso servia apenas como uma proteção para os homens. Cada pessoa tinha que beber 3 galões de água gelada durante o turno. Do contrário eles seriam mortos por desidratação do calor abrasador.

    Todos tinham que usar capacetes de metal; você sabe, o de plástico teria simplesmente derretido em suas cabeças. Os homens, manobrando a maquinaria para o local, tinham que trabalhar atrás de imensos escudos de metal contra o calor. Um homem notou que uma ripa de madeira largada no chão pegou fogo imediatamente como um palito de fósforo.

    Finalmente, o grupo foi capaz de colocar um barril de aço de 200 litros, carregado com bananas de dinamite, sobre a boca do poço. A dinamite causou uma explosão e criou um imenso vácuo. Pedaços de metal voaram para dentro do turbilhão. Mas a explosão absorveu todo oxigênio e sufocou o fogo. O poço trezentos e sessenta deixou de ser um inferno.

    Ainda existia grande perigo. A menor faísca ou brasa vagueando poderia juntar-se ao gás, causando um fogo instântaneo que consumiria a todos. Os homens tiveram que baixar uma nova tampa para a cobertura da boca do poço com muito, muito cuidado, a cada centímetro. O menor deslize poderia começar um novo inferno.

    Felizmente, a última porca foi colocada sem problema, e o jorro de petróleo parou. Limpando a fuligem e óleo do rosto, um homem comentou, “eu tenho um conselho a dar. Coloquem uma cruz branca sobre esta coisa e deixem um poço morto descansar”.

    Esses homens que enfrentaram os incêndios no Kuwait têm algo para nos contar sobre olhar para dentro de um inferno. Significa uma destruição total e completa. Eles viram o que restou daqueles que pereceram em fogo intenso: não sobra muita coisa, apenas alguns fragmentos de ossos fundidos ao metal. Eles sabiam que chegar perto de um inferno intenso, significa ser consumido.

    Agora, quero lhe perguntar algo: o que irá acontecer com aqueles que serão jogados dentro de um lago de fogo? Quanto tempo eles realmente sobreviverão? Não é verdade que quanto maior o fogo, mais rápida a morte?

    Para torturar alguém por muito tempo você precisa de uma chama muito pequena, não um grande incêndio. Poderia a Bíblia estar tentando dizer algo chamando a isso de lago de fogo e associando-o com a segunda morte?

    Mas se os ímpios irão perecer, que dizer daquela fumaça de tormento que sobe por séculos e séculos?  

    Vamos ver outros versos na Bíblia que iluminam isso: "... Jesus obteve “eterna redenção” por nós" (Hebreus 9:12). E Hebreus 6:2 fala de “juízo eterno”.

    Bem, sabemos que o grande ato de redenção de Cristo aconteceu num período específico. E sabemos que o juízo final acontece num período específico, isto é, não continuará para sempre e sempre e sempre. Mas eles continuam sendo citados como “eterna redenção” e “juízo eterno”. Por quê? Porque os resultados da redenção e os resultados do juízo serão eternos.

    É a mesma coisa com “castigo eterno”. O que exatamente é eterno a respeito do fogo e do tormento? Não são as consequências que são eternas? O resultado final é morte eterna, a segunda morte.

    Agora, você pode achar interessante descobrir que temos ensinamentos bíblicos explícitos para este ponto de vista.

    Primeiro, vamos ver um verso no pequeno livro de Judas. O autor descreve a iniqüidade daqueles que moravam em Sodoma e Gomorra, e declara: “... São postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição” (Judas 7)

    Então, temos novamente a frase: “fogo eterno”. Mas espere um momento, amigo, Sodoma e Gomorra não continuam queimando. Aquele “fogo eterno” terminou há muito tempo. Os registros bíblicos sugerem que aquele fogo desceu do céu e transformou rapidamente aquelas duas cidades em cinzas.

    Mas temos afirmações ainda mais claras sobre o destino do ímpio. Ouça o apóstolo Pedro: “...Os céus que agora existem e a terra, pela mesma palavra têm sido entesourados para fogo, estando reservado para o dia do juízo e destruição dos homens ímpios” ( II Pedro 3:7).

    Para Pedro, o fogo no final do mundo significava a destruição, aniquilação dos homens ímpios.

    E o apóstolo Paulo concorda. Ele disse isto a respeito daqueles que se tornaram inimigos da cruz de Cristo. Filipenses capítulo 3, verso 19: “O destino deles é a perdição...”

    Bem, os eruditos nos dizem que a palavra grega, traduzida como “perdição”, é a palavra mais forte que pode ser usada significando completa perda de existência.

    Jesus mesmo advertiu: “... Larga é a porta e espaçoso o caminho que conduz para a perdição...” (Mateus 7:13).

    Agora, por favor entenda isto. Em toda a Bíblia existe um quadro dominante do destino do ímpio. A morte. Profetas e apóstolos se unem para reforçar o quadro: os ímpios, eles afirmam, morrerão, irão perecer, serão queimados, serão completamente consumidos, se tornarão cinzas, será como se nunca tivessem existido. Essas são as palavras usadas para descrever seu destino.

    Amigo, a Escritura é clara. O salário do pecado é a morte, e não vida eterna no inferno. Não é certo supor que o corpo é destruído no inferno, mas que a alma continua sofrendo. Jesus mesmo discordaria. Em Mateus 10, verso 28, Ele advertiu: “... Aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo”.

    Isto é claro o suficiente, não é?

    Mas novamente, vamos ser honestos. Tomadas separadas, aquelas imagens em Apocalipse sobre tormento e fumaça subindo por séculos podem dar a entender uma idéia de inferno que continua eternamente.

    Temos uma escolha básica quanto à informação que a Bíblia nos dá. Podemos usar as várias declarações sobre a morte e destruição dos ímpios para compreender as imagens vívidas do Apocalipse. Ou podemos isolar as vívidas imagens do Apocalipse, pegá-las fora do contexto e desenvolver nossa própria interpretação das Escrituras. Este certamente é um perigoso caminho para se seguir.

    Na interpretação da Bíblia, passagens literais devem sempre ter primazia sobre passagens simbólicas. Isto é, declarações claras e diretas nos ajudam a interpretar declarações alegóricas ou simbólicas e não o contrário.

    Nas Escrituras, como mencionei, temos várias declarações explícitas sobre o destino dos ímpios. A Bíblia diz que eles morrerão, que perecerão, que serão queimados, que serão completamente consumidos, que se tornarão cinzas. E como temos visto, o Novo Testamento usa coerentemente a palavra “destruição” para descrever seu fim.

    Muitos eruditos evangélicos importantes, estudiosos como John Stott estão reavaliando toda a questão do inferno.

    Stott concluiu que as Escrituras ensinam que os pecadores são destruídos para sempre, não que o processo de destruição continuará para sempre. Eles são consumidos, queimados e aniquilados.

    Muitos outros eruditos evangélicos estão concordando com o Dr. Stott.

    Certamente eu acredito que a Bíblia ensina que um dia existirá um novo mundo, um mundo onde o horrível vestígio do pecado não mais subsistirá. Inferno e sepultura  desaparecerão para sempre, consumidos na fumaça que queima o ímpio em cinzas. E das cinzas do velho mundo, Deus criará um glorioso novo mundo.

    Agora, as passagens que descrevem a fumaça de tormento subindo por séculos ocorrem no Livro do Apocalipse cheio de símbolos. Dos muitos eventos descritos nesse Livro, poucos são tomados literalmente. Bestas subindo do mar, o dragão que trava guerra contra a mulher. Essas imagens são obviamente simbólicas. É uma característica da literatura apocalíptica.

    O lago de fogo em si está sempre associado com criaturas simbólicas: o dragão e a besta que são lançados dentro dele.

    Por favor não me entenda mal. Certamente o inferno será muito, muito real. Não será apenas algum estado psicológico da mente. A Bíblia descreve chamas muito reais no fim do mundo.

    Mas não faria sentido jogar fora as declarações explícitas das Escrituras com respeito à morte do ímpio para nos ajudar a ver o que finalmente irá acontecer no lago de fogo. Se fosse assim teríamos que admitir que a morte e a destruição têm um significado completamente diferente.

    Essas imagens vívidas sobre um fogo eterno e a fumaça de tormento sem fim são metáforas que enfatizam a quase inconcebível tragédia dos perdidos. Pense nisto: estar separado de Deus pra sempre e sempre e sempre. Não desfrutar das alegrias eternas dos redimidos. Desaparecer, sem esperança de nunca poder voltar. Isso é uma tragédia pertubadora. E assim as cenas do Apocalipse se tornam claras para nós.

    Um inferno que destrói os ímpios, e não um que os mantém vivos para sempre. Esta é a melhor maneira de juntar toda a evidência bíblica. E ainda mais, esta é a única idéia que reforça o quadro de um Deus de amor apresentado pela Bíblia.

    Os incêndios dos poços de petróleo no deserto do Kuwait nos ensinam algo valioso. Para muitas pessoas, aquele pequeno ponto na Terra pode não ter sido muito importante. Mas quando o inferno chegou e a fumaça começou a subir, todo mundo notou. Ele afetou o meio-ambiente por milhares de quilômetros ao redor. E todos nós sabemos que esse desastre ecológico tinha de ser detido. Certamente o fogo tinha de ser apagado o mais rápido possível.

    Eu não acredito que aqueles que encontrarão um lar com Deus na Nova Terra serão menos sensíveis. Ninguém será capaz de descansar se continuar existindo tormento incessante em algum lugar do Universo de Deus. O fogo do inferno tem de ser apagado; ele tem de ser apagado a qualquer preço.

    Você sabe, isso é parte do heroísmo de Cristo na cruz. Ele sofreu a segunda morte em nosso lugar; ele enfrentou o fogo do inferno. Cristo teve que tampar sozinho o poço que lançava óleo negro sulfuroso, o poço de pecado que estava destruindo a humanidade. Ele teve que absorver aquela chama mortal em Seu próprio corpo.

    Jesus experimentou a agonia do inferno para que pudéssemos viver para sempre com Ele. Esta é a melhor notícia de todas. Aqueles que colocam sua fé em Cristo não serão tocados pelas chamas do inferno final.

    Deus tem um plano para purificar o Universo do pecado, completa, irrevogável e eternamente. Ele enxugará toda lágrima e terminará com o sofrimento.

    Tenho certeza que você quer estar entre aqueles que desfrutarão da Nova Terra com Deus e não serão consumidos na velha Terra com satanás. Você pode ter certeza de que é parte do grande plano de Deus.

 

SEU PODER

Letra e Música: Arinei B. Oliveira 

Posso ver os sinais de Sua vinda,

Posso ouvir o som de Sua voz

a dizer Eu te amo filho

vem pra mim Eu não posso mais viver semTi

Seu amor me faz feliz

Mas quando penso que Cristo está vindo

E olho então pra dentro de mim

Vejo o mal que me faz sofrer

mas Jesus me dá poder

Por Seu sangue e Sua graça em meu viver

Tenho forças pra vencer

Eu vejo...

Hoje eu salvo estou pois meu Jesus

libertou-me lá na cruz.  

ORAÇÃO

Querido Pai Celeste, eu Te agradeço muito porque darás um fim definitivo ao pecado e ao sofrimento. Agradeço também por nos contar exatamente como podemos escapar do inferno final. Nós aceitamos de coração o livramento que Jesus tem proporcionado tão heroicamente. Nós aceitamos Seu sacrifício por nossa culpa. Depositamos nossa fé nele como nosso Salvador. Mantém-nos juntos de Ti, até aquele dia quando vieres para tornar novas todas as coisas. Em nome de Jesus. Amém.

 


 


 

4

VOZES DO ALÉM

Mark Finley

TOPO

 

No  final  da  década  de  1920  os  britânicos estavam numa corrida para conseguir o que parecia ser um magnífico novo mundo de viagens transatlânticas - os dirigíveis para passageiros. Lindbergh cruzou o Atlântico comprimido na apertada cabine de seu minúsculo avião. Ninguém levava a sério esses aviões mais-pesados-que-o-ar quando se tratava de viagens de longa distância.

    Os dirigíveis pareciam ser a única esperança. Então Inglaterra, Estados Unidos e Alemanha começaram a competir na construção da melhor aeronave. Eles se baseavam nos Zepelins alemães que bombardearam Londres na Primeira Guerra Mundial.

    Os britânicos acreditavam que tinham uma vantagem. O R101 e sua aeronave irmã o R100, seriam as maiores embarcações desse tipo no mundo. Cada uma se esticava por incríveis 240 metros de comprimento - tão longas quanto dois campos de futebol! Eles sonhavam com um novo Império Britânico no ar. De Londres, esses luxuosos hotéis aéreos alcançariam a Índia em cinco dias, e o Canadá em três.

    Assim, haviam grandes expectativas na Inglaterra quando o R101 decolou de seu ancoradouro às 7:30 da noite de 4 de outubro de 1930. Seu maciço corpo prateado deslizou pelo céu de Londres, e então cruzou o Canal da Mancha em direção a Paris.

    Mas alguma coisa não estava indo bem. O dirigível parecia estar voando muito baixo. Talvez o altímetro não estivesse funcionando corretamente. Ele pegou ventos fortes sobre a França. Às 2:05 da manhã, o R101 colidiu contra uma montanha a poucas milhas da cidade de Beauvais e explodiu. 54 pessoas pereceram.

    Bem, não foi somente uma dolorosa tragédia humana, mas foi também um constrangimento nacional para a Inglaterra. O governo formou imediatamente uma Comissão de Inquérito para investigar o desastre. A Comissão examinou minuciosamente toda  evidência, mas não conseguiu apontar alguma razão específica sobre a causa do acidente. Os que podiam fornecer provas, estavam todos mortos.

    Outras pessoas, no entanto, conseguiam ser muito específicas, com informações bem acuradas sobre o fatídico vôo do R101. Eram pessoas que pareciam estar por dentro de detalhes desse projeto ultra-secreto. Elas alegavam que suas fontes eram nada menos que alguns tripulantes que haviam morrido no desastre.

    Quem eram essas pessoas? Místicos religiosos? Sensacionalistas? Ignorantes ou tolos? O que torna a história mais interessante é que elas eram precisamente o oposto.

    Havia o Major Oliver Villiers, um oficial muito inteligente e capacitado, do Ministério da Aeronáutica; Ian Coster, um cético jornalista australiano; e Harry Price, um bem-sucedido empresário que estava tentando testar cientificamente as pretensões dos espiritualistas. Esses homens estavam presentes quando uma médium chamada Eileen Garrett começou a transmitir mensagens supostamente dos tripulantes do R101. Os três não estavam completamente preparados para ouvir acuradas informações em uma sessão espírita, mas eles resolveram tomar nota de tudo que foi dito e contrataram um perito em taquigrafia.

    Em algumas dessas sessões espíritas, o Major Villiers foi capaz de interrogar uma voz que pretendia ser a do Tenente Irwin, o finado capitão do R101. A voz era aparentemente muito parecida. Ela descreveu como os movimentos dos enormes bolsões de gás dentro do dirigível causaram um vazamento nas válvulas. Então uma viga da dianteira cedeu, causando um rasgão na cobertura. Finalmente o motor explodiu e com o escapamento do gás a nave se incendiou.

    Durante muitas sessões, as vozes que falavam através de Eileen Garrett fizeram declarações que estarreceram aqueles homens céticos que ali escutavam. Uma delas disse que o dirigível tinha quase arranhado os telhados de uma cidade do norte da França chamada Achy. Esta cidade não existia em nenhum mapa comum. Mas Harry Price acabou localizando-a num mapa ferroviário de larga escala. Realmente Achy ficava perto do local do acidente.

    O senhor Price tornou pública uma transcrição das sessões espíritas. O oficial Will Charlton, que foi chefe de suprimentos para o R101, pediu para vê-la. Ele examinou cuidadosamente os documentos e encontrou mais de 40 referências a detalhes altamente técnicos e confidenciais.

    Charlton concluiu que a suposição de que qualquer um dos leigos presentes à sessão pudesse ter inventado essas informações técnicas era um “grotesco absurdo.” Além disso, dois homens da Inteligência da Força Aérea Real visitaram a médium Sra. Garrett, para tentar descobrir como ela adquiriu toda essa informação secreta.

    Muitas pessoas se acostumaram a olhar médiuns, cartomantes e leitores de bolas de cristal como charlatões divertidos. Acham que eles oferecem uma diversão inofensiva para os tolos. Na verdade, existem bem poucos charlatões sentados atrás de bolas de cristal e muito menos brincalhões batucando sobre mesas nas sessões espíritas.

    Mas o que você pensa de uma pessoa como Eileen Garrett? Como pôde alguém que não tinha ligação com ninguém daquele vôo fatídico surgir com todas essas informações? Certamente para aqueles presentes pareceu que os tripulantes estavam falando através dela. Certamente pareceu assim também para o Major Villiers, que conhecia os homens.

    Você sabe, de longe é fácil ser cético ou não crer no espiritualismo. Mas outra coisa é duvidar quando o fenômeno é próximo e pessoal. Por exemplo, o que você faria se a voz de um querido seu já morto viesse através de um médium? O que você faria se essa voz revelasse informação que ninguém mais soubesse? Foi exatamente isto que aconteceu com Emile Hichliffe em outro incidente envolvendo a médium Sra. Garrett. O esposo da Sra. Hichliffe faleceu em 1928 numa tentativa de cruzar o Atlântico de avião - de leste a oeste. Alguns anos depois esse homem parecia falar com sua esposa através de Eileen Garrett em sessões espiritas. Ele conversava sobre coisas que somente os dois sabiam. Ele até revelava em que lugar da casa certos itens estavam escondidos. E a Sra. Hichliffe sempre os encontrava.

    O que você faria se fosse a voz de seu esposo ou esposa? O que você faria se fosse o seu esposo que tivesse falecido no desastre do R101?

    A impressionante história do R101 está documentada em um livro chamado, “Os Aviadores Que Não Morreram.” Este título parece apontar para uma conclusão óbvia. Se essas vozes revelaram informações que somente os tripulantes sabiam, então eles ainda estavam falando. Eles não estavam mortos.

    A prova concreta apresentada pelas sessões espíritas do R101 têm convencido muitas pessoas que de fato existe vida depois da morte, e que falecidos podem continuar a se comunicar conosco. Até mesmo cristãos acabaram acreditando nisso.

    Mas existe um problema enorme, gigantesco. Existe uma coisa que contradiz aquilo que parece ser uma prova concreta. E esta é o testemunho das Escrituras. Deixe-me mostrar umas poucas declarações bíblicas que são muito diretas, francas e duras sobre o assunto.

    O profeta não deixa dúvida alguma sobre o que consiste a natureza da vida após a morte: “Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os mortos não sabem cousa nenhuma...” (Eclesiastes 9:5).

    Aquelas vozes falando por meio de Eileen Garrett pareciam saber muita coisa. Mas as Escrituras dizem que os mortos não sabem nada. O salmista ecoa outro pensamento em Salmos: “Pois na morte não há recordação de Ti; no sepulcro quem Te dará louvor?” (Salmo 6:5)

    Os mortos não louvam a Deus; eles não se lembram dEle. Eles nada sabem. Aquelas vozes na sessão espírita da Sra. Garrett pareciam se recordar de um incrível número de detalhes. Mas as Escrituras dizem que na sepultura o quadro está em branco. Não existe lembrança.

    Você pode estar pensando, “Espere aí, pastor; você vem citando textos do Velho Testamento e no Velho Testamento eles não tinham uma idéia bem clara sobre a vida eterna.

    Bem, vamos ao Novo Testamento. Você sabe o que nós vamos achar lá? A mesma verdade expressa. A morte é tipicamente comparada a um sono, um sono que só é interrompido pela ressurreição final. Jesus Se refere ao sono da morte em mais de cinqüenta versos. Jesus fica sabendo que seu amigo Lázaro está muito doente e é convocado para ir e curá-lo. O Mestre diz para Seus discípulos as palavras de João: “...Nosso amigo Lázaro adormeceu, mas vou para despertá-lo. Disseram-lhe pois, os discípulos: “Senhor, se dorme, estará salvo”. Jesus, porém, falara com respeito à morte de Lázaro; mas eles supunham que tivesse falado do repouso do sono” (João 11:11 a 13).

    Como nós sabemos dos relatos evangélicos, Jesus, acordando Lázaro do sono, foi de fato uma ressurreição da morte. Então, o que significa chamar a morte de sono? Significa no mínimo que os mortos não têm consciências, eles estão adormecidos, e não flutuando; calados, e não contando segredos.

    O que dizer então sobre a alma humana? Será que a alma não continua vivendo em algum estado intermediário?

    Bem, o Novo Testamento fala sobre a alma do homem de várias maneiras. A alma humana se entristece, se angustia, ama, e se fala dela como salva, perdida e destruída. Mas aqui está um fato extraordinário: nenhuma vez a alma humana é descrita nas Escrituras como imortal. O mesmo pode ser dito sobre “espírito imortal.” A Bíblia fala do espírito de sabedoria, do espírito de bondade. Ela está familiarizada com espíritos imundos, espíritos fervorosos e espíritos renovados. Mas desconhece completamente o espírito humano como sendo eterno.

    As Escrituras falam eloqüentemente de Deus como o único imortal; ela fala também sobre concerto eterno, reino eterno, evangelho eterno. A Bíblia celebra o poder e os propósitos eternos de Deus; ela enaltece a Palavra que habita para sempre, um trono eternamente estabelecido, e a glória divina para todo o sempre. Mas nenhuma dessas palavras jamais é aplicada para alma humana. No Novo Testamento, a imortalidade humana é associada somente com a segunda vinda de Cristo quando os mortais “serão revestidos de imortalidade.”

    A esperança que irradia das suas páginas, é a esperança de reencontrarmos na ressurreição final os queridos que morreram. Podemos confiantemente entregá-los à guarda do Pai até aquele dia. Eles estão adormecidos, descansando, esperando o dia quando Cristo irá chamá-los da sepultura.

    O que dizer então sobre as vozes do dirigível? De um lado, as evidências das sessões espíritas do R101 são difíceis de refutar. Aqueles tripulantes mortos certamente pareciam estar abrindo o coração. Por outro lado, as Escrituras nos apresentam consistentemente o quadro da morte como um sono, como uma perda de consciência, como um vazio.

    Eu acredito que existe uma maneira de harmonizar todos esses fatos. Existe uma maneira de montarmos um quadro consistente e coerente do que acontece nas sessões espíritas, e o que realmente acontece além do túmulo.

    A primeira parte do nosso quadro vem de algo que uma das vozes disse na sessão da Sra.Garrett. Após ficar muito emocionada ao descrever o acidente fatal, a voz fez uma pausa, e então disse: “Diga a eles que a morte não existe, mas vida eterna. A vida aqui é apenas uma viagem, uma mudança para condições diferentes.”

    Primeiramente isto soa como um atraente encorajamento religioso. Mas note a falsidade da declaração: “A morte não existe.” Você se lembra de uma voz nas Escrituras que exprimiu essa mesma idéia?

    Isso aconteceu no terceiro capítulo de Gênesis. Eva estava cogitando se o comer da árvore proibida significava morte certa, como Deus tinha advertido.  Então uma voz disse: “É certo que não morrereis.”

    Essa voz, sem dúvida, pertencia à serpente, Satanás. A primeira mentira do diabo foi a promessa de que os seres humanos não morreriam. E desde então ele continua divulgando essa idéia.

    A voz que falava através da Sra.Garrett é repetida muitas vezes nas sessões e encontros espiritualistas. Se existe uma mensagem que sai clara e objetiva é esta: “A morte não existe, ela foi vencida.” E mais importante ainda, esta promessa é sempre separada de qualquer condição moral. Por exemplo, não é Jesus quem vence a morte pela sua ressurreição. Esta não é a esperança oferecida. É simplesmente: a morte não existe. Em outras palavras, o espiritualismo oferece um atalho para a vida eterna. Ele promete vida eterna sem Cristo, sem a cruz. Agora você percebe por que essas vozes que falam através de médiuns soam como a voz da serpente?

    Bem, veja o que a Bíblia tem a dizer sobre aqueles que tentam se comunicar com os mortos. Ela deixa claro o perigo de se comunicar com os mortos: “Não se achará entre ti quem faça passar... nem adivinhador, nem prognosticador, nem agoureiro, nem feiticeiro; nem encantador, nem necromante, nem mágico, nem quem consulte os mortos; pois todo aquele que faz tal cousa é abominação ao Senhor ...” (Deuteronômio 18:10 a 12)

    Comunicação espírita é “detestável ao Senhor”. No livro de Levítico, é dito que os médiuns corrompem o povo de Deus.  Claramente, isso não é apenas uma questão de charlatões inofensivos. A Bíblia não vê as sessões espíritas como uma tolice ou um engano, simplesmente. Ela as vê como um perigo moral. Por quê? Porque aquelas vozes ecoam  a  voz  da  serpente.

    E a mensagem que o Senhor deu a Eva é a mesma mensagem dada para nós: fique longe; não se aproxime. O profeta Isaías é muito claro: “Quando vos disserem: Consultai os necromantes e os adivinhos, que chilreiam e murmuram, acaso não consultará o povo ao seu Deus? A  favor dos vivos se consultarão os mortos?” (Isaías 8:19)

    Duas coisas se colocam em oposição nesses versos: consultar a Deus e consultar médiuns e espiritualistas. Elas não são a mesma coisa. Elas são o oposto. Ouvir a voz da serpente não tornará mais clara a voz de Deus. Se Satanás está por trás do aspecto sobrenatural do espiritualismo; se é ele o ventríloquo falando através daquelas vozes, então nosso quadro se completa, os fatos se encaixam.

    Satanás e seus anjos maus podem ter acesso a todo tipo de informação desconhecida para o restante de nós. Eles seriam capazes de revelar detalhes íntimos da vida das pessoas. Eu tenho certeza de que eles estão envolvidos em muitas tragédias no nosso mundo, e sabem bastante sobre como elas acontecem.

    Pode ser difícil acreditar que existem todos esses seres caídos atuando em volta do planeta; pode parecer uma superstição medieval. Mas, por favor, veja estas palavras do livro de Apocalipse. Foi mostrado a João, o Revelador, um vislumbre do conflito no Céu que resultou na expulsão de Satanás: “E foi expulso o grande dragão, a antiga serpente, que se chama diabo e Satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi atirado para a terra e, com ele, os seus anjos” (Apocalipse 12:9).

    Forças do mal estão operando em nosso mundo. Seres humanos são levados a atos de crueldade que pertubam nossa mente. A maldade neste planeta é maior do que a vida; é incompreensível, é diabólica.

    Sim, anjos caídos estão trabalhando em nosso mundo. A evidência é clara de que eles estão operando nessas vozes vindas das sepulturas. Sabendo disso, vemos uma saída para nosso dilema. Não temos mais que conjeturar se os mortos estão realmente mortos, se a visão bíblica da morte como um sono é verdadeira. Não é preciso ficar tentando explicar as informações que fluem da boca dos médiuns, que para todo mundo parecem ter vindo de um ente querido falecido.

    Elas são as vozes de demônios, vozes de seres sobrenaturais com informações confidenciais. Isto é o que as pessoas estão ouvindo. Não são mortos que estão falando, mas a serpente, o ventríloquo-mestre. O conhecimento disso também, deveria nos ajudar a levar a sério essas advertências bíblicas. Existe um perigo moral em consultar os espíritas e médiuns. Não devemos nos aproximar deles. Se estamos ouvindo essas vozes, não estamos ouvindo a voz do Senhor.

    Você sabe, em nossa secularizada época, toda esta conversa sobre comunicação com os mortos pode parecer um inofensivo ar quente, pode parecer curiosa e fascinante como um antigo dirigível deslizando pelo céu uma maneira exótica de ir daqui - a terra dos vivos, para lá - a terra dos mortos.

    Bem, aqueles primeiros dirigíveis pareciam perfeitamente seguros e inofensivos para as pessoas na década de 1920. Aviões cortando o ar pareciam muito mais perigosos. Mas aqueles magníficos balões, tão elegantes, tão imponentes! Poucos observadores acreditavam que os gases sustentando aqueles dirigíveis ofereciam alguma ameaça. Afinal, era apenas ar quente.

    Mas numa noite fatídica, a época dos dirigíveis de repente teve um final explosivo. O dirigível alemão, Hindenburg estava se preparando para atracar na Base Aérea da Marinha em Lakehurst, Nova Jersey. O locutor, Herb Morrison descreveu o que aconteceu: "Ele  está  praticamente  parado. Agora eles jogaram cordas para fora do nariz da aeronave e elas estão sendo seguradas lá embaixo por vários homens. Está começando a chover de novo, a chuva tinha parado um pouquinho. Os motores na traseira da aeronave estão funcionando apenas o suficiente para mantê-las... ele está pegando fogo. Ele está colidindo. É um terrível desastre. Oh não, saia do caminho por favor. Ele está queimando, irrompendo em chamas e está caindo no ancoradouro e todo mundo está apavorado. Esta é uma das piores catástrofes do mundo. Oh, as chamas alcançam de 120 a 150 metros de altura. É uma cena horrível! O dirigível está colidindo no chão. Eu não acredito no que estou vendo. Na realidade, é apenas uma massa de destroços esfumaçados e todas aquelas pessoas mortas. Desculpem-me, sinceramente, eu mal consigo respirar. Estou indo para onde não consigo olhar. Isto é terrível. Escutem, eu vou ter que parar por um minuto porque perdi a voz. Esta é a pior coisa que já presenciei.”

    Sim, amigo, todo aquele ar quente provou ser incrivelmente letal. Comunicar-se com os mortos é tão letal quanto isso. Você pode ser tentado a participar de sessões mediúnicas. Mas, por favor, lembre-se de que você está brincando com fogo. É a voz da serpente que você estará ouvindo. Sim, a morte é uma grande tragédia. Mas o espiritualismo não é a resposta.

    Existe apenas um indivíduo que pode falar honestamente com você sobre vida eterna - Jesus Cristo. O único que deu a vida por você, que pagou o preço pelos nossos pecados e que foi ressuscitado da sepultura. Somente Cristo tem as chaves da vida eterna. E precisamos ouvir Sua voz. Ele pode nos conduzir à vida eterna e nós podemos confiar aos Seus cuidados nossos queridos mortos. Jesus Cristo é a Pessoa que pode nos trazer de volta da sepultura.

ORAÇÃO

Pai, às vezes a morte de um ente querido parece muito dolorosa. A morte vem como um terrível fim. E nós queremos desesperadamente esquivar-nos, desviar-nos, encontrar uma saída. Ajuda-nos a firmar nossa fé em Ti, e em Ti somente. O crucificado e ressurreto Senhor, Jesus Cristo nosso Salvador. Guarda-nos e a nossos queridos seguros em Teus braços para sempre.  Amém.

 


 


 

5

FIEL ATÉ A MORTE

Mark Finley

TOPO

 

As cinzas se foram, mas o local do decreto permanece. Esta rotunda na Praça Vermelha é uma testemunha silenciosa de sua fé. Milhões assistiram a paradas militares aqui na Praça Vermelha, não se dando conta que foi aqui que um homem desafiou o Estado e foi queimado por causa de sua fé.

    Sua história de fé foi repetida inúmeras vezes durante o reinado de terror do Comunismo. Sua coragem testemunha para nós. Ele tinha uma fé que permaneceu até a morte.

    Através dos séculos, fiéis cristãos soviéticos têm tido uma fé que desafia a razão. Eles eram corajosos diante da morte. Muitos deles foram martirizados por sua fé.

    Os turistas vêm aqui para ver a tumba de Lênin, para ver a Catedral de São Basílio, para fazer compras nas lojas de departamentos e para olhar o Kremlin.

    Muitas vezes eles esquecem esta rotunda na Praça Vermelha. Com frequência passam direto por ela, não percebendo seu significado. Este era um lugar de execução.

    Construída em 1546, foi aqui que decretos políticos foram ordenados. Foi aqui que os representantes dos czares anunciaram aumento de impostos, guerra e paz. Foi daqui que tropas foram enviadas para batalha.

    Mas foi aqui também, em 1546, que Constantine Kuritzyn foi sentenciado à morte. Após a  sentença, Kuritzyn foi levado e colocado em uma gaiola de madeira. E aqui na Praça Vermelha, multidões se ajuntaram ao redor de Kuritzyn e de um número de outros inimigos Políticos do Estado. Eles foram golpeados com tomates e ovos e então Kuritzyn, em 1546, foi queimado naquela gaiola.

    O que levou a execução de Kuritzyn neste local? O que causou sua morte? Kuritzyn havia sido o Secretário de Estado sob os Czares na Idade Média. Mas ele começou a sentir um vazio em sua vida, ele percebeu que estava faltando algo.

    Então Kuritzyn começou a estudar a Bíblia. E estudando a Bíblia, ele desenvolveu uma profunda fé em Jesus Cristo. Esta fé continuou a crescer. Kuritzyn leu textos como este: “se me amais, guardareis os meus mandamentos”. (João 14:15)

    Kuritzyn percebeu que o amor a Deus leva à obediência. Kuritzyn concluiu que se ele amava a Deus verdadeiramente, ele precisava obedecê-Lo. Então Kuritzyn começou a estudar os dez mandamentos.

    E foi assim, que dentro do Kremlin, secretamente ao anoitecer, ele começou a abrir sua Bíblia. Ele leu o livro de Êxodo. Ele estava ansioso para saber a vontade de Deus para sua vida e ele sentiu naquelas tábuas, tábuas de pedra escritas pelos dedos de Deus, que existia um código eterno de conduta. Ele percebeu que o código celestial de moralidade estava escrito ali.

    E então, no Kremlin, Kuritzyn começou a estudar. Quando ele leu Êxodo capítulo 20, ele chegou ao quarto mandamento. Isto o surpreendeu. Isto o espantou.

    “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o sábado do senhor teu Deus; não farás nenhum trabalho, nem tu, nem teu filho, nem tua filha, nem o teu servo, nem a tua serva, nem o teu animal, nem o forasteiro das tuas portas para dentro; porque em seis dias fez o senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há, e ao sétimo dia descansou: por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o santificou”. (Êxodo 20:8-11)

    Quando Kuritzyn leu este mandamento, “Lembra-te do dia de sábado”, ele se encheu de perplexidade e confusão. A igreja mais popular de então, a Igreja Ortodoxa, é claro, seguia a tradição romana de guarda do domingo.

    Kuritzyn não conhecia nenhum outro guardador do sábado em todo o Império. E perguntava: lealdade a Jesus Cristo implica que eu, pessoalmente, guarde o sábado? Como pode o Secretário de Estado guardar o sábado dos dez mandamentos? Como eu conseguiria fazer isto dentro do Kremlin?

    E quanto mais estudava, mais Kuritzyn se convencia que seu Senhor o estava chamando para fazer exatamente isto - guardar o sábado bíblico. Enquanto ele lia o Novo Testamento, buscando mais informações sobre o sábado bíblico, ele lia passagens como esta: “Indo para nazaré, onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume, e levantou-se para ler”. (Lucas 4:16)

    Kuritzyn começou a perceber que era costume de Cristo guardar o sábado bíblico. Que o costume deste Cristo era o de guardar o sábado. Ele percebeu que na segunda, terça, quarta, quinta e sexta Jesus estava trabalhando na carpintaria em Nazaré.

    Mas no sábado, do pôr-do-sol de sexta ao pôr-do-sol de sábado, Jesus descansava. E se o descanso do sábado era bom para Jesus, o Criador, era certamente bom o suficiente para o Secretário de Estado, Kuritzyn.

    Kuritzyn continou se aprofundando nos ensinos do Novo Testamento. Ele começou a estudar o livro de Atos. Ele queria saber se existia qualquer evidência no Novo Testamento que Cristo ou os discípulos mudaram o sábado bíblico.

    Quando ele leu o livro de Atos, ele ficou fascinado ao perceber em Atos capítulo 13, versos 42 a 44, que o apóstolo Paulo não apenas guardou o sábado, mas ensinou a uma cidade inteira a fazê-lo. Kuritzyn leu estas palavras: “Ao saírem eles, rogaram-lhes que no sábado seguinte lhes falassem essas mesmas palavras". (Atos 13:42)

    Então Kuritzyn pensou: o sábado não é meramente judeu, porque se fosse os gentios não teriam pedido para que a Palavra de Deus fosse pregada a eles no sábado seguinte.

    O verso 44 diz: “No sábado seguinte, afluiu quase toda a cidade para ouvir a Palavra de Deus”. (Atos 13:44)

    Constantine Kuritzyne, o Secretário de Estado da Rússia tomou uma importante decisão em 1546. Esta decisão foi a de ser fiel a Deus.

    Corajosos russos através dos séculos têm tomado a mesma decisão. Eles têm estado dispostos a serem os únicos, dispostos a manter  as convicções de sua fé. Dispostos a desafiar as forças políticas e religiosas por aquilo que acreditam.

    Constantine Kuritzyn pagou aqui neste exato lugar com sua vida por sua crença.

    E o que me diz, amigo? É a sua convicção tão profunda? É a sua convicção tão sólida? Jesus diz: “Se me amais, guardareis os meus mandamentos”. Você O ama o suficiente para tomar a decisão que Constantine Kuritzyn tomou? O amor a Cristo enche todo o seu ser? É Cristo a coisa mais central e importante em sua vida?

    Você sabe que há pessoas que estão muito preocupadas com o que elas podem perder se elas tomarem uma decisão firme e sólida por Cristo. Mas existe algo pior do que perder sua vida, e é, perder sua alma.

    A bíblia diz: "Pois, que aproveitará o homem se ganhar o mundo inteiro e perder a sua alma?..." (S. Mateus 16:26)

    Tal fé como a de Constantine Kuritzyn está  florescendo e prosperando hoje, na antiga União Soviética. O sangue de seus mártires está clamando do solo. Deus está honrando sua fé e a sua coragem.

    A União Soviética se abriu. Milhares estão vindo às séries de conferência. Eles não ficam mais em filas à tumba de Lênin. Não se apressam mais para comprar o “Manifesto do Comunismo”. Não mais se apossam dos escritos de Lênin.

    Milhares estão almejando receber Bíblias. Eles estão ansiosos para seguir a Deus, ansiosos para estudar Sua Palavra; ansiosos para assumir o mesmo compromisso que Constantine Kuritzyn assumiu.

    E você também pode fazê-lo. No fundo de cada coração existe o desejo de adorar. E mesmo durante todos aqueles anos de ideologia comunista, o conceito de que o homem precisa de Deus, o desejo por adorar não foi arrancado do coração humano.

    Permita-me repartir com você a história de Anatole Stefanovich e sua fé e coragem.

    Anatole Stefavovich sabia que estava sendo vigiado pela Polícia secreta, mas como Constantine Kuritzyn, também havia dentro de seu coração o imenso desejo de adorar a Deus.

    A Bíblia diz no livro de Apocalipse: “Tu és digno Senhor, de receber a glória, a honra e o poder, porque todas as coisas tu criaste”... (Apocalipse 4:11)

    Anatole percebeu que Deus era digno de receber sua adoração. E assim apesar do fato de saber que ele estava sendo vigiado, ele veio naquela sexta à noite para o culto sabático quando o sábado começou.

    Logo, foram ouvidos fortes passos pelos corredores daquela pequena igreja. Membros da KGB entraram e levaram cativo o coral.

    Anatole Stefanovich foi sentenciado à prisão, por causa de sua firme fé, confiança e coragem em Deus porque ele não deixaria sua consciência ser violada. Aprisionamento, tortura e morte eram comuns na antiga União Soviética.

    Em 1929 quando Stalin assumiu, mais de 3.000 Adventistas foram aprisionados por causa do que criam. Cento e setenta e nove pastores foram enviados para Sibéria e cento e setenta e cinco jamais retornaram. Que coragem! Que fé! E Deus nos convida a ter esta mesma coragem para representá-Lo hoje.

    A tumba do soldado desconhecido comemora aqueles soldados russos que morreram defendendo a terra natal. Eles acreditaram na ideologia ou filosofia da Rússia. E por isso eles estavam dispostos a dar sua vida.

    Anatole Stefanovich e Constantine Kuritzyn também estavam dispostos a dar sua vida por algo que eles acreditavam.

    A “chama eterna” comemora a fé e coragem daqueles soldados russos. Mas Deus tem uma chama eterna da verdade em Sua palavra. Ezequiel diz: "Também lhes dei os meus sábados, para servirem de sinal entre mim e eles, para que soubessem que eu sou o Senhor que os santifica”. (Ezequiel 20:12)

    “Santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e vós, para que saibais que eu sou o senhor vosso Deus”. (Ezequiel 20:20)

    Uma chama eterna, um sinal eterno, uma chama de verdade que queimaria através dos séculos iluminando. O sábado foi dado por Deus quando Ele criou o mundo.

    A Bíblia diz que Deus abençoou o sábado, que Ele o santificou, que Ele descansou nele, que era um sinal do Deus Criador para Seu povo. O sábado era um sinal de lealdade. Conforme o povo de Deus através dos séculos guardava o sábado bíblico, o coração batia com o coração de Deus. A mente era uma com a mente de Deus. Havia um senso de propriedade. O sábado é o sinal de propriedade de Deus.

    Quando os homens e as mulheres guardam o sábado bíblico, eles estão dizendo, “Deus, tu me criastes, me modelastes, me fizestes, Deus, eu não evoluí. Eu creio em Ti. Eu coloco minha segurança em Ti. Eu coloco minha confiança em Ti”.

    Sim amigo, o sábado é este tipo de sinal. É um sinal de verdade eterna, e russos através da História têm estado prontos a colocar sua fé em Deus e guardar o sábado bíblico.

    Eu me lembro de Peter Kulakov. Peter Kulakov, primeiro, foi aprisionado por 10 anos por pregar a verdade bíblica sobre o sábado.

    Um dia, a polícia invadiu sua casa e o prendeu por adorar a Deus no sábado, por guardar este sinal.

    E hoje é absolutamente inacreditável e surpreendente que o centro de rádio “voz da esperança” está a dois kilômetros daquela prisão que o pastor Kulakov, pai, foi aprisionado por 10 anos por pregar a verdade sabática. Entretanto a “voz da esperança” é nossa estação de rádio irradiando a mensagem de Deus para milhares na antiga União Soviética; Peter Kulakov, Júnior, o neto de Kulakov, primeiro, transmite esta mensagem para as massas e milhões na antiga União Soviética.

    Que mudança, que abertura na sociedade de hoje. A eterna chama da verdade está queimando brilhantemente. Embora milhões tenham dado suas vidas por causa da fé, a Palavra de Deus está triunfando na Antiga Rússia.

    Você consegue aprisionar o corpo de um homem, mas você não consegue aprisionar a sua alma. Você pode colocar um homem na cadeia, mas você não consegue impedir suas orações de subirem além da cela da prisão, para Deus.

    Através dos séculos, as orações de cristãos fiéis têm ascendido da antiga União Soviética e daqui, durante os últimos 70 anos, cristãos aprisionados buscaram a Deus. Em seus joelhos eles oravam pelo dia em que as portas da oportunidade se abririam.

    Eles oravam pelo dia que seus compatriotas seriam capazes de ouvir livremente a Palavra de Deus. Eles oravam pelo dia que a verdade avançaria com poder em seu País natal.

    E isto está acontecendo hoje, amigo. Você sabe, a fé tem uma maneira de se espalhar. De fato, no começo do cristianismo, cristãos estavam sendo martirizados por sua fé, eles estavam sendo jogados aos leões, eles estavam sendo queimados na fogueira, eles estavam sendo cruelmente torturados.

    Tertuliano, um cristão daquela época escreveu: “o sangue dos mártires é a semente do evangelho”. É verdade, quanto mais você tenta reprimir a fé, mais aquele desejo inato por adoração desabrocha, floresce e cresce.

    Eu estava conversando com um amigo, um dos antigos líderes na União Soviética. Ele foi um grande cristão, um homem de integridade, um homem honesto, um homem que tinha uma enorme, imensa fé em Deus, o Deus da Bíblia.

    Ele mesmo, esteve aprisionado na Sibéria por muitos, muitos anos. E eu coloquei minha mão no ombro deste experiente líder cristão e disse: “Irmão, existe fé em Deus na Sibéria?” Lágrimas brotaram em seus olhos e começaram a rolar pelo seu rosto cansado.

    E ele disse: “Mark, Mark, se existe fé em Deus na Sibéria? Na realidade, existem centenas e milhares de igrejas e grupos de cristãos e unidades individuais de famílias cristãs na Sibéria”.

    E eu disse: “Bem, como eles chegaram lá? Eu pensei que este era o lugar onde todos os prisioneiros políticos era enviados”.

    Ele disse: “Durante a época de Stalin, muitos de nós fomos apreendidos e muitos de nós fomos enviados para Sibéria. Mas o que você pensa que fizemos lá, ficamos calados? Nós abrimos nossas Bíblias. Nós partilhamos nossa fé e como resultado disto, existem milhares de crentes na Sibéria hoje”.

    Não se pode negar a inclinação e desejos, anseios íntimos para a adoração. Você não consegue negar a percepção de que os seres humanos são criaturas e eles anseiam por adorar Seu criador. E o sábado é um símbolo de que encontramos abrigo. De que encontramos um lugar de descanso. De que acreditamos no Deus que nos criou, que nos moldou, e que pertencemos a Ele.

    Muitas pessoas me perguntam: “Pastor, faz realmente alguma diferença qual dia você guarda”? Fez diferença para Constantine Kuritzyn. Ele deu a vida pelo sábado e pelo Senhor do sábado.

    Fez diferença para Anatole Stefanovich. Ele estava disposto a ser aprisionado pelo sábado e pelo Senhor do sábado. Isto fez diferença para Peter Kulakov, primeiro. Ele estava disposto a passar 10 anos na prisão pelo sábado e pelo Senhor do sábado.

    Amigo, faz diferença sim. Não é uma questão de opinião. Não é uma questão da idéia de um homem contra a idéia de outro homem.

    Deus escreveu nas tábuas de pedra com Seu próprio dedo, estas palavras: “Lembra-te do dia de sábado, para o santificar”. O sábado é um monumento eterno. É uma chama sempre queimando. O sábado é parte da lei dos dez mandamentos. Deus os escreveu sobre tábuas de pedra para que nunca fossem arrancados. Ele não os escreveu na areia para serem apagados. Ele não os escreveu no pergaminho para se corroerem. Mas Deus os escreveu sobre tábuas de pedra para permanecerem para sempre.

    Esses monumentos na Rússia estão resistindo. Monumentos antigos, de muitos séculos, proclamam suas mensagens. Mas porém, o sábado de Deus é da época da criação. Refere-se ao início do tempo. Volta ao dia em que Deus criou o mundo e ao Deus que nos criou ao Deus que nos formou. O Deus que nos modelou, que nos fez para adorá-Lo.

    Séculos de ateísmo não conseguiram negar o desejo inato do ser humano para adoração. E amigo, o Deus que nos fez para adoração, o Deus que nos criou para conhecê-Lo, instituiu Seu sábado. Ele te convida a ter a coragem para guardá-lo. Ele te convida a ter a fé para segui-lo. Ele te convida, amigo, não importa o preço, a confiar nEle.

    Homens e mulheres hoje perdem uma grande bênção não guardando o sábado. Homens e mulheres hoje perderão muito do que Deus tem reservado para eles. Deus tem as mais ricas bênçãos reservadas para você, amigo. Deus quer que você tenha a sensação de que você é um com Ele. Que o seu coração bata com o dEle, que a sua mente se una à dEle. Ele quer encher a sua vida com força, coragem e esperança a cada sábado bíblico.

    Por que não decidir agora, que você irá segui-Lo, que irá obedecê-Lo. Que o amor o levará a obedecer aos Seus mandamentos. Por que não tomar esta decisão como aqueles homens e mulheres fiéis através dos séculos na antiga União Soviética.

DO SANTO SÁBADO TU ÉS SENHOR

Letra e Música: D. A. R. Aufranc

Horas benditas, santas e felizes

São as que passo junto a TI meu Deus

Mestre amado, Criador Divino,

Do santo sábado, Tu és,

Tu és o Senhor.

Gravado por Alessandra Samadello no ABLP 555001 da Gravadora ABBO

ORAÇÃO

Pai celestial, nós Te agradecemos pela herança do passado. Nós Te agradecemos por aqueles que estão dispostos a derramar seu sangue para seguir a Tua verdade. Pai, como eles, dá-nos coragem, dá-nos forças para tomarmos a decisão de seguir-Te e nós Te agradecemos porque assim o farás. Em nome de Jesus. Amém.

 


 


 

6

O ESTRANHO RETORNO

Pr. Mark Finley

TOPO

 

O jovem aventureiro deixou seus amigos maravilhados com histórias de uma terra incrível. Ele tinha viajado para uma cidade cheia de prata e ouro. Tinha visto pedras pretas que queimavam (carvão), e tecido que nunca pegava fogo, mesmo quando jogado ao fogo (asbestos), ele falava de serpentes enormes, de 10 passos de comprimento, com mandíbulas largas o suficiente para engolir um homem (crocodilos), castanhas do tamanho da cabeça de um homem, cheias de leite branco (coco), e uma substância jorrando do solo, que mantinha lampiões acesos (petróleo). Mas ninguém jamais ouvira falar de tais coisas. Seus amigos pensaram que as longas jornadas o haviam deixado maluco. Mas ele tinha simplesmente visto demais para ser acreditado. Veneza. Este nome inspira uma série de lembranças e imagens românticas. Entre suas obras primas de arte, seus labirintos de canais com suas gôndolas, os visitantes podem ser levados para um outro mundo mais exótico. Veneza é uma das melhores opções para os entediados com a otina do dia-a-dia. Você poderia então pensar que esse lugar, em especial, seria receptivo para as novas sobre terras encantadas e reinos fantásticos. Você pensaria que, dentre todas as pessoas, os venezianos, certamente, acolheriam descobertas espantosas. Mas este não foi o caso. Setecentos anos atrás, os cidadãos desse lugar receberam o mais famoso viajante do mundo com fria descrença. Marco Pólo, junto com seu pai e seu tio, retomaram para casa, no porto de Veneza, em 1292. Eles haviam estado no Império de Cathay e visto o grande Kublai Khan. Marco, especialmente, tinha viajado por toda a China. Ele tinha visitado a Índia, Birmânia, Tibete e a Indochina. Ele tinha muito para contar. Mas ninguém acreditava nele. Ninguém nem mesmo reconheceu os três viajantes. Quando eles chegaram finalmente a sua própria casa, seus servos se recusaram a deixar que os três esfarrapados e fadigados estranhos entrassem. Ah, se Veneza apenas soubesse das maravilhas que Marco Pólo poderia revelar! Toda a cidade teria saído para o cais a fim de receber seu navio. A noticia de seu retomo teria se espelhado pelas ruas. Teria havido muitos discursos, paradas, proclamações e celebrações em sua honra. Ao contrário, houve somente surpresa, descrença... e a pergunta, "Quem são esses impostores, que alegam pertencer à eminente família Pólo?" Você sabia que a Bíblia descreve um outro retomo que para muitas pessoas será semelhante, tragicamente semelhante? Jesus Cristo fez uma longa jornada para uma terra distante. E Ele prometeu retomar algum dia. Mas Ele nos conta que Seu retomo será uma completa surpresa para muitos. Ouça estas advertências que o apóstolo Paulo nos dá: "pois vós mesmos estais inteirados com precisão de que o dia do Senhor vem como ladrão de noite. Quando andarem dizendo: Paz e segurança, eis que lhes sobrevirá repentina destruição, como vem a dor do parto à que está para dar à luz; e de nenhum modo escaparão" (I Tessalonicenses 5:2 e 3). Paulo diz aqui que a Segunda Vinda do Cristo será "como um ladrão de noite." Em certo sentido, este evento será inesperado e pegará as pessoas de surpresa, além de trazer todo o choque traumático das repentinas dores de parto. Mas, vamos ver outra descrição da Segunda Vinda de Cristo. Esta é totalmente diferente. Jesus esta advertindo Seus seguidores sobre o surgimento de falsos Cristos, operando milagres antes de Sua vinda. E ele diz: "Portanto, se vos disserem: Eis que ele está no deserto! Não saiais: Ei-lo no interior da casa! Não acrediteis. Porque assim como o relâmpago sai do oriente e se mostra ate no ocidente, assim há de ser a vinda do Filho do homem" (Mateus 24:26 o 27). Aqui Jesus diz claramente que Sua Segunda Vinda não será um assunto encoberto e secreto, apesar do ensinamento popular ser o contrário. Seu espetacular aparecimento não como em algum deserto isolado ou no interior da casa. Não, Jesus nos conta que a Segunda Vinda será um espetáculo público iluminando os céus do leste a oeste. Todo olho irá se fixar na gloriosa cena, diz o livro do Apocalipse. Agora, esse quadro da vinda do Cristo é bem diferente da metáfora do Paulo sobre um ladrão de noite. E até mesmo Jesus, em Mateus 24, também usa o quadro de um ladrão arrombando inesperadamente uma casa, para descrever Sua vinda. Então temos dois quadros na Bíblia: Um espetáculo púb1ico nos céus, e um ladrão que se aproxima de noite. Como podem ambos descrever o mesmo evento? Será que podemos juntar os dois quadros? Eu acredito que sim. Para entender como, vamos voltar para Marco Pólo e seu retorno à Veneza. Quando os servos de Marco Pólo escutaram uma batida à porta e foram abri-la, o último rosto na terra que eles esperavam ver era o de seu patrão. Poderia ser o açougueiro ou o padeiro. Quem sabe, o padre da vizinhança, um vendedor. Mas não Marco, seu pai e o tio. Isso era impossível! Por quê? Eles estiveram fora por 25 anos! A família tinha considerado Marco Pólo e os demais há muito tempo mortos. Os Pólo haviam feito outras viagens e retornado, mas nenhuma tão longe. Um quarto de século tinha passado. O Marco Pólo que saiu do casa como um jovem do dezessete anos era agora um homem de meia idade. Ninguém o reconheceu. É óbvio que quando esse estranho à porta alegou ser o seu senhor, os servos zombaram. Eles tomaram os Pólo por impostores tentando trapacear a família, ladrões na noite e se recusaram a deixá-los entrar. Bem, com certeza, Marco Pólo havia desembarcado de seu navio em plena luz do dia. Ele e seus companheiros tinham andado pelas ruas de Veneza para todo olho ver. Não houve nada oculto ou escondido sobre e seu retorno. Mas para os servos, Marco parecia ser uma pessoa que tentava furtivamente enganar todo mundo. Ele bem que poderia também ter sido um ladrão de noite. Agora, como todos sabemos, já se passou muito tempo desde que Jesus partiu. E eu temo que um grande número de pessoas O tenham dado por morto. Relatos de Suas atividades em um longínquo lugar parecem soar apenas como rumores. Jesus, para eles, parece simplesmente ter desaparecido da face da Terra. E então a fé desmorona. A esperança se vai. E Jesus Cristo desaparece do quadro da vida. E não é somente o ateu ou incrédulo que tem esse problema. Jesus é colocado dentro do um "arquivo morto" por muitos outros, de maneiras mais sutis. Mesmo em algumas igrejas, a esperança da volta do Jesus interferindo na história humana mais uma vez, praticamente desapareceu. A Segunda Vinda não é encarada como um evento histórico concreto. Em vez disso, às vezes escutamos as pessoas falarem, "a Segunda Vinda do Cristo é algo que acontece no coração humano." Em outras palavras, é uma experiência subjetiva, mística. É verdade que o Espírito Santo realiza muitas coisas no coração humano. É verdade que o Reino dos Céus tem que se enraizar primeiro no coração humano. Mas as Escrituras apresentam claramente a Segunda Vinda como um evento muito real que acontece fora de nós. Quando Cristo vier, Ele não somente aquecerá nossos corações, Ele também resplandecerá pelos céus. "E todo o olho o verá", diz a Bíblia. A Segunda Vinda não será apenas um produto de imaginações religiosas. Não será um evento secreto, escondido. Não será uma revelação para poucos ou uma Nova Era para os iniciados. Lembra-se do aviso do Cristo em Mateus 24, sobre ir atrás de algum suposto Messias no deserto ou no interior da casa? "Não acrediteis", disse Jesus. Ele quer que entendamos com antecedência que surgirão falsos Cristos, indivíduos com poderes milagrosos ou psíquicos que alegarão ter uma nova mensagem, uma nova revelação. Eles tentarão enganar "os próprios eleitos," disse Jesus. Por isso é tão importante que nunca limitemos Cristo a alguma experiência subjetiva. Nunca devemos limitá-Lo meramente a uma escala humana. Ele é o Senhor que governa nos Céus. E brevemente toda humanidade ficará face a face com o Cristo Vivo. Pense de novo no grande retorno do Cristo. Esse evento é descrito nas Escrituras como um relâmpago cortando os céus. Jesus esclareceu ainda mais este assunto quando declarou que as pessoas no final do mundo veriam: "... O Filho do homem vindo numa nuvem, com poder e grande glória' (Lucas 21:27). Jesus irrompendo dos céus. Que espetáculo! E que choque! Você percebe como a volta de Jesus pode ser visível como um relâmpago cortando os céus e também, para outros, surpreendente como um ladrão arrombando sua casa à noite? Ela será uma grande surpresa para aqueles que reduziram Cristo a um simples ideal. Muitas pessoas estão bem confortáveis fazendo de Jesus parte de suas experiências, algo em seus corações. Isso parece bem confortável! Mas Jesus como Senhor de todos, resplandecendo através dos céus?! Que choque! Amigo, precisamos ficar face a face com o Cristo que habita em nossos corações e nos Céus, um Deus pessoal e que reina como Senhor de todos. Nossa idéia de Cristo é geralmente muito restrita. Ele se torna muito pequeno, muito pouco. E então falhamos em compreender as maravilhas do Seu reino. Existia outra razão pela qual os cidadãos de Veneza ficaram chocados com o retorno de Marco Pólo e demoraram a acreditar em suas histórias. Todas as coisas que Ele falava pareciam fantásticas demais para ser verdade. Marco Pólo contou aos incrédulos venezianos sobre as exóticas cidades chamadas Hangchow e Pequim. Ele descreveu uma civilização muito mais avançada do que a de Veneza no século treze. Hangchow, disse Marco, era tão bonita que um homem poderia imaginar que estivesse vendo o paraíso. A cidade tinha rodovias panorâmicas, parques públicos, marinas, canais com centenas de pontes em arco, algumas tão altas que navios com grandes mastros podiam passar sob elas. Hangchow já contava com sistemas de esgoto subterrâneo, brigadas de polícia e incêndio e um serviço postal. Durante anos, Marco Pólo serviu ao grande Kublai Khan. Ele descreveu os magnificantes palácios de mármore desse imperador, cheios de entalhes dourados e tesouros de arte. O Khan governava no meio de mais riquezas e esplendores do que os venezianos podiam imaginar. E assim eles achavam as histórias de Marco difíceis de acreditar. Era tudo muito fantástico para ser verdade. Alguns até perguntavam se Marco teria enlouquecido. Querido, as pessoas hoje tem um problema semelhante com as histórias que Cristo contou. Sua descrição das mansões que Ele está preparando nos Céus para nós, Suas parábolas sobre um glorioso lar com o Rei dos Reis parecem realmente muito fantásticas para ser verdade. Os ensinamentos morais de Cristo a maioria de nós consegue aceitar com facilidade. Pelo menos reconhecemos que Ele foi um homem bom com coisas boas para dizer. A maioria está pronta para escutar quando Ele fala sobre amor, humildade e justiça. Mas quando Jesus fala sobre a vinda de um reino glorioso, isto é mais difícil de crer. Existem pessoas que tentam dividir a Cristo. Elas querem separar o professor moral do Messias proclamando um reino sobrenatural. Tentam tirar do quadro do evangelho passagens que apontam para o mundo futuro. Mas, uma grande surpresa os aguarda. Quando Cristo irromper através dos céus, será como um grande choque. Então o reino da glória se tornará inevitavelmente real. E o Jesus que alguns tem diminuindo por conveniência será incomensuravelmente. Bem, hoje tentei apenas explicar porque o grande espetáculo da vida de Jesus também será parecido com a vinda de um ladrão de noite. Mas deixe-me explicar algo mais. Existem seguidores sinceros que não compreendem este símbolo "ladrão de noite". Eles usaram isso de maneira muito prejudicial. Usaram isso para aterrorizar fiéis a se comportarem melhor. "Cristo está vindo como um ladrão de noite", advertem eles. "Não deixe que Ele te pegue fazendo alguma coisa errada". É como se nosso destino eterno dependesse do que estivéssemos fazendo naquele segundo, quando Cristo aparece nos céus. Se formos pegos cantando um hino, ótimo, o Céu é nosso. Se você for apanhado gritando com os vizinhos, que pena! Desse modo, o símbolo de "ladrão de noite" é visto como uma motivação para fazer sempre o certo, porque nós nunca sabemos quando Cristo pode aparecer e nosso destino ser selado. Esse modo de pensar torna Cristo um tanto arbitrário e vingativo, você não acha? É como se Ele estivesse tentando aparecer e nos condenar o erro quando menos esperamos. Fico feliz porque a Bíblia pinta um quadro muito diferente de Deus. E estou contente porque o apóstolo Paulo explicou claramente o que ele quis dizer em I Tessalonicenses, ao descrever o "dia do Senhor" vindo como um "ladrão de noite". Logo após essa passagem, Paulo ainda diz: "Mas, vós, irmãos, não estais em trevas, para que esse dia com ladrão vos apanhe de surpresa; porquanto vós todos sois filhos da luz, e filhos do dia..." (I Tessalonicenses 4:4 e 5). Paulo, é claro, estava falando para seus fiéis companheiros em Cristo. E ele está dizendo que, para eles, a Segunda Vinda de Cristo não será como um ladrão furtivo à noite. Eles não precisam ter tanto medo. Eles são filhos e filhas de Jesus, a luz do mundo. Ficarão surpresos quando Ele aparecer resplandecendo de glória nos céus. Ele tem sido sempre Senhor supremo, amado não só no coração mas também nos Céus. Amigo, eu estou aguardando ansiosamente aquele maravilhoso dia do regresso de Cristo. Estou aguardando o dia quando todos os que crêem no Cristo Vivo estarão congregados como uma alegre família. Eu sei que estamos esperando por muito tempo. Sei que às vezes parece bom demais para ser verdade. Cristo rompendo desse céu azul acima, às vezes é bem difícil de imaginar. Mas ouça, se é difícil colocar nossa fé naquele grande e abençoado evento no futuro, veja as bênçãos especiais da vida hoje... as pétalas de uma rosa, o primeiro sorriso de um bebê ou um impressionante pôr-do-sol são evidências muito positivas de algo ainda maior à frente. Se é difícil acreditar na gloriosa dádiva do Céu, olhe agora mesmo para as dádivas de Cristo... o amor, poder e graça que Ele concede ao ser humano, a maneira como Ele nos transforma. Essas coisas ajudam a levantar a nossa fé. Deixe-me contar como Marco Pólo finalmente convenceu o povo de Veneza de que ele tinha realmente vindo dos maravilhosos reinos de Kublai Khan. Marco convidou seus incrédulos amigos e familiares para um grande banquete. Ele, seu pai e seu tio apareceram na mesa de jantar em elegantes mantos de cetim vermelho. E deixaram seus convidados maravilhados. Entre um prato e outro, os magníficos mantos de veludo vermelho e rosado. Estes eram presentes do grande Kublai Khan. Finalmente, Marco e os outros dois vestiram os surrados trajes que usaram em sua chegada a Veneza. Então os três desembainharam suas facas e abriram as costuras de suas roupas. Derramou-se um rio de jóias; diamantes, rubis, esmeraldas e safiras. Enquanto os convidados olhavam estupefatos, Marco empilhou as jóias na mesa do banquete. Finalmente todos acreditaram. Isso foi evidência convincente das alegações de Marco. Quem, a não ser o Imperador de Cathay, poderia ter provido tantas riquezas? Amigo, nós também estamos convidados para um maravilhoso banquete, um banquete de boas-vindas no céu. Em mais de uma parábola, Cristo descreve uma grande festa de casamento na qual nós iremos finalmente celebrar nossa completa união com Ele. Como diz o livro do Apocalipse: "...bem-aventurados aqueles que são chamados à ceia das bodas do cordeiro..." (Apocalipse 19:9) Cristo está preparando esta maravilhosa ceia das bodas para nós. Ele almeja essa grande reunião. Ele está ansioso para invadir a história humana pela última vez. Está você também ansioso por Sua vinda? Não ponha Jesus em algum "arquivo morto". Não O despreze. Ele é o Deus que ilumina o mundo." Será tarde demais para declarar nossa fé quando as montanhas estiverem tremendo, os mares se agitando e os fundamentos se desintegrando ao nosso redor. Será tarde demais quando o Rei da Glória for o centro de todas as atenções neste planeta. Nós precisamos declarar nossa lealdade agora. Precisamos colocar nossa fé no Cristo Vivo hoje. Precisamos estar prontos para o maior de todos os regressos.

 

SEU PODER Letra e Música: Arinei B. Oliveira Posso ver os sinais de Sua vinda, Posso ouvir o som de Sua voz a dizer: "Eu te amo filho, vem a mim; Eu não posso mais viver sem ti; Teu amor me faz feliz". Mas quando penso que Cristo está vindo E olho então pra dentro de mim Vejo o mal que me faz sofrer, Mas Jesus me dá poder; Por Seu sangue e Sua graça em meu viver Tenho forças pra vencer. Eu vejo o mal que me faz sofrer Mas Jesus me dá poder; Por Seu sangue e Sua graça em meu viver Tenho forças pra vencer. Hoje eu salvo estou, pois meu Jesus Libertou-me lá na cruz. Gravado por Alessandra Samadello no ABLP 5550055 da Gravadora ABBO

 

Meu Pai, obrigado porque não precisamos ser surpreendidos com a vinda de Seu Filho. Este evento dramático não precisa ser como um ladrão nos surpreendendo de noite. Que Cristo permaneça bem vivo em nossos corações. E que possamos reconhecê-Lo também como o Senhor Vivo nos Céus. Mantenha nossa esperança firmemente ligada ao Seu maravilhoso retorno. Em nome de Jesus. Amém

 


 


 

7

SE DEUS É TÃO BOM

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Sob o sol quente do deserto da Arábia Saudita, a voz de um capelão soa através de filas e mais filas de soldados em uniforme de camuflagem. "A morte nunca é justa", disse ele. Ao seu lado, em cima de uma mesa, há um capacete e um par de botas de combate que representam o homem que eles vieram prantear. Mais tarde, um pouco antes do toque de recolher, o primeiro sargento fez a chamada. Quando chegou num nome, ele chamou três vezes, "Cabo Riggs? Cabo Riggs? Cabo Riggs?" Mas não houve resposta. O bravo soldado que havia sobrevivido a sete meses de "Escudo no Deserto" e "Tempestade no Deserto", viveu menos de 24 horas depois de voltar para casa em Detroit. Ele fora assassinado na rua, a sangue frio, ceifado na plenitude da vida. "A morte nunca é justa", disse o capelão. E suas palavras deixaram muitos se perguntando - por quê? Se Deus está governando dos céus, por que então tantas coisas parecem tão injustas aqui na Terra? O cabo do exército Anthony Riggs era muito estimado entre os homens da Bateria Delta, que haviam sido designados para abater mísseis Scud sobre o deserto da Arábia. Ele era amigável e muito trabalhador. Seus amigos o chamavam de "Lâmpada Elétrica". Seu batalhão disparou mais mísseis Patriot do que qualquer outro no cenário saudita e recebeu crédito por 20 acertos. Anthony se preparou bem para a ação. Na noite do ataque mais pesado dos mísseis Scud, um oficial superior o viu de pé no topo de um lançador, gritando para os homens que estavam embaixo ajudando-o a recarregar: "Vamos! Mexam-se"! "Lâmpada Elétrica" não sabia o que era correr para o abrigo. Ele tinha uma dose especial de confiança. Em uma de suas cartas para casa ele escreveu, "De maneira alguma eu morrerei neste país. Com a graça do Senhor e Sua orientação, eu voltarei a andar em solo americano." Para Anthony, confiar em Deus não era apenas um reflexo na dificuldade. Ele fizera parte de um grupo vocal evangélico nos Estados Unidos. E seu pastor se lembrava dele como um homem afetuoso e gentil. Ele disse que Anthony era o tipo de pessoa que enfrentava seus desafios encarando-os alegremente". Bem, Anthony Riggs sobreviveu à guerra, e foi bem-vindo ao país como um de seus heróis. Um dia após a noite de seu regresso, ele começou a carregar uma perua alugada com os pertences de sua esposa. Traficantes de drogas haviam se mudado para sua vizinhança, no nordeste de Detroit. Anthony planejava levar sua esposa e a enteada Amber para um lugar melhor nos subúrbios. Naquela noite ele brincou com Amber e depois tirou um cochilo. Por volta de duas da manhã, ele estava tentando recuperar o tempo e resolveu levar a última carga para a perua. Um pouco depois cinco tiros foram ouvidos. Um vizinho correu para fora e o encontrou estatelado no chão com a cabeça contra a calçada. Anthony Riggs tentou respirar, tossiu e então morreu na escuridão. A polícia isolou o local na entrada da rua Conley. Foi um ato trágico, sem sentido. Ali estava um homem que havia lutado bravamente nos campos de batalha; ele havia sobrevivido à chuva de mísseis Scud que caíam à noite. Ele havia demonstrado ser um jovem responsável, trabalhador, com um futuro brilhante. Ele parecia ser um cristão sincero. E muitas pessoas perguntavam, por que ele, dentre todos? Por que Anthony Riggs? Parecia não haver uma boa resposta para aqueles tiros disparados na escuridão. E há tantos outros que se vão e que nos deixam com a mesma pergunta: por quê? Vemos crianças sendo consumidas pela leucemia e perguntamos: por quê? Vemos famílias temendo por suas vidas por causa de pais alcoólatras e perguntamos: por quê? Vemos corrupção, fome, opressão, e nos indagamos: Se Deus é bom, por que este mundo é tão mau? Se Deus ama realmente Seus filhos, por que tantos sofrem terrivelmente? Gostaria de partilhar com você uma resposta muito importante para essa pergunta. Não é a resposta completa, mas faz sentido, e é algo que geralmente é omitido. Eu acredito que uma certa parábola que Jesus contou nos ajudará a compreender a origem dos infortúnios do homem. O Mestre falou sobre um campo que foi lavrado e preparado perfeitamente para a semeadura. E Ele descreve um homem bom que plantou a semente no campo e esperava uma colheita abundante. Mas algum tempo depois um servo descobriu que joio inútil havia aparecido junto ao trigo, e levantou a seguinte pergunta:"...Senhor, não semeaste boa semente no teu campo? Donde vem, pois, o joio"? (Mateus 13:27) Amigo, esta é a pergunta que todo ser humano enfrenta em algum momento na vida. Se Deus é bom, se Ele criou este mundo para florescer para Seus filhos, por que vemos tantas tragédias? Na parábola, Jesus diz que o patrão teve uma resposta simples. Ele disse, "Um inimigo fez isso". De onde vem o sofrimento? De onde vêm a doença, a tristeza e a angústia? A resposta de Jesus é: "Elas não apareceram por causa do dono do campo, ele plantou boa semente. Ele não semeou doença e sofrimento e morte. Foi um inimigo, um inimigo de Deus e do homem que veio durante a noite e espalhou sua semente da destruição. A Bíblia claramente identifica esse inimigo como Satanás, um ser que se rebelou contra Deus e desencadeou todo o problema do pecado. Nas Escrituras, o diabo não é apenas uma figura de contos de fada, que voa ao redor com um garfo. Ele é um ser bem real, que causa tragédias bem reais. Mas como foi que tudo começou? Na realidade, o profeta Ezequiel nos dá uma visão da queda de Satanás ao descrever um certo rei arrogante. O capítulo 28 de Ezequiel fala de um ser que era "o sinete da perfeição, cheio de sabedoria". Ele fora ordenado "o querubim da guarda" que andava no brilho das pedras "no monte santo de Deus". Mas alguma coisa aconteceu com esse poderoso anjo conhecido como Lúcifer. Veja o que aconteceu: "Elevou-se o teu coração por causa da tua formosura, corrompeste a tua sabedoria por causa do teu resplendor..." (Ezequiel 28:18). O orgulho fez Lúcifer tropeçar no céu. Por quê? Foi Deus responsável por algum defeito em seu caráter? Não. Ezequiel se refere a esse anjo como "perfeito eras nos teus caminhos, desde o dia em que foste criado". O que Deus fez foi criar seres com a capacidade de escolha. Deus não queria seres angelicais que LHE obedecessem só porque eram forçados a isto. Ele não queria robôs marchando pelo céu com as cabeças erguidas e ombros para trás, dirigidos por algum centro de controle cósmico. Deus queria que a adoração fosse livre, vinda de corações amorosos, de inteligências que apreciassem Seu caráter. Aqui está o problema. Se os indivíduos realmente têm o direito de escolha, então eles podem fazer escolhas erradas. Eles podem decidir não amar a Deus. E foi justamente o que Lúcifer fez. Ele se encheu de orgulho, começou a invejar o poder de Deus, e instigou uma rebelião. O profeta Isaías nos conta sobre os trágicos resultados: "Como caíste do céu, ó estrela da manhã, filho da alva! Como foste lançado por terra... Tu dizias no teu coração: "Eu subirei ao céu; acima das estrelas de Deus... e serei semelhante ao Altíssimo" (Isaías 14:12-14). Lúcifer foi expulso do céu porque ele foi pego pelo eu, eu, eu. Ele não estava satisfeito com a privilegiada função que lhe foi concedida nas cortes celestes. Ele queria usurpar o lugar do Altíssimo. Lúcifer fez escolhas erradas. Ele teve a liberdade para fazer isso. Deus não é responsável pelo pecado, do mesmo modo que não é responsável pela embriaguez, por ter criado as uvas. Isto no entanto nos leva a outra pergunta. "Se Deus é amor, se Ele sabia que Satanás iria trazer tanta miséria para o Universo, por que Ele não o destruiu no começo? Por que Ele não o matou como nós mataríamos uma mosca"? Bem, o fato é que Deus poderia ter destruído Lúcifer assim que ele começou a ter pensamentos invejosos. Ele poderia ter cortado a rebelião pela raiz. Mas pense por um momento o que isso teria significado para todos os outros anjos. Uma analogia com o governo pode nos ajudar a compreender. Imagine que o presidente dos Estados Unidos, sentado em seu escritório oval em Washington, tenha sido acusado por um poderoso membro de seu gabinete de ser injusto, arbitrário e ditatorial. Ele alega que, na verdade, o presidente não tem em mente os interesses dos cidadãos, mas está usando o cargo para promover seus próprios interesses. E então, como o presidente deveria responder se as acusações são falsas? Será que ele deveria chamar o esquadrão antiterrorista da CIA para prender o membro de seu gabinete? Isso limparia seu nome? E se ele ordenasse às unidades da Guarda Nacional que cercassem o homem em sua casa? Isso resolveria o problema? Certamente você já entendeu. A reputação e credibilidade de Deus estavam em jogo quando Satanás proferiu seu arrogante desafio. A questão levantada era: É Deus realmente justo? É Seu caminho realmente o melhor? Eliminar a oposição não teria sido a resposta a esse desafio. Em vez disso, Deus escolheu um caminho melhor. Ele permitiria que o pecado existisse no Universo por um período de tempo. Quando fosse completamente demonstrado que rebelião contra Ele não traz felicidade, mas sim doença e desastre, quando todo o Universo visse que os caminhos de Deus trazem alegria e os caminhos de Lúcifer trazem morte, então, e somente então, Deus destruiria finalmente todo o mal. Assim, foi permitido a Lúcifer executar seu plano alternativo. Mas isso levanta uma outra pergunta. Como o planeta Terra foi envolvido? Foi ele simplesmente criado como um depósito de lixo para Satanás? Foram os seres humanos sentenciados a sofrer sob seu domínio? O livro de Gênesis nos conta que tudo era "bom" quando Deus criou este mundo, e isso incluia os primeiros seres humanos. Tudo era perfeito no Éden. Mas Deus criou seres humanos como livres agentes morais, exatamente como Ele havia dado aos anjos a liberdade de escolha. Eles poderiam escolher obedecer a Deus ou desviar-se dEle. Quando Eva passeava por perto da árvore proibida do Conhecimento do Bem e do Mal, Satanás, disfarçado em uma serpente, teve a oportunidade de espalhar suas mentiras. Eva contou a ele que Deus disse que ela morreria se comesse da árvore. E Satanás respondeu: "... É certo que não morrereis. Porque Deus sabe que no dia em que dele comerdes se vos abrirão os olhos e, como Deus, sereis conhecedores do bem e do mal" (Gênesis 3:4 e 5). Satanás estava dizendo essencialmente: "Você terá muito mais felicidade se me seguir. Deus está restringindo sua liberdade. Ele está te segurando, Ele está te amarrando." Tragicamente, Eva e seu esposo, Adão, aceitaram essa mentira. E hoje nós podemos ver os resultados dessa mentira por todos os lados. A alternativa de Satanás não é nada parecida com a propaganda que a Serpente fez no Éden. Vivemos num planeta em rebelião, num planeta cheio de pecado e morte. Após Adão e Eva comerem da árvore proibida, eles ficaram cheios de culpa e ansiedade. Quando Deus veio procurá-los no Jardim, eles se esconderam da Sua face. Desde então estamos correndo e nos escondendo. O pecado produz alienação entre o homem e Deus. As sementes da primeira guerra foram plantadas no coração dos pais da raça humana quando eles pecaram. A razão de existir abuso no lar, a razão da violência nas ruas, a razão de existir tanta hostilidade neste mundo é porque o pecado contaminou o coração humano. O homem alienado de Deus, é também alienado de seu próximo. A alternativa de Satanás, em resumo, produz morte. Todas as sepulturas que nós vemos são um testemunho e um testamento de sua grande mentira, "Certamente não morrereis". Pecado causa morte física, morte emocional e morte espiritual. Mas Deus simplesmente não nos abandonou à morte porque a raça humana se rebelou contra Ele. Não, amigo, desde o princípio, quando o pecado entrou em nosso mundo, Ele tinha um plano, Ele nos mostrou uma saída. Deus deu essa mensagem de advertência à serpente. Veja: "Porei inimizade entre ti e a mulher, entre a tua descendência e o seu descendente. Este te ferirá a cabeça, e tu lhe ferirás o calcanhar" (Gênesis 3:15). Amigo, a promessa de Deus é que nós não precisamos continuar sendo derrotados pela Serpente, por Satanás. Ele colocará inimizade entre nós e o inimigo. Nós podemos escapar de seu controle. Como isto pôde acontecer? Como isso aconteceria? Isso aconteceria através da descendência da mulher, Jesus Cristo, o Prometido. Ele viria e esmagaria a cabeça da serpente na cruz; Ele destruiria o poder tirânico de Satanás. Se você alguma vez se perguntou, "Por que Deus não faz alguma coisa a respeito da doença, do pecado, e do sofrimento em nosso mundo?" A resposta é: Ele fez alguma coisa; Ele deu tudo na dádiva de Seu Filho. Jesus pode nos dar a capacidade para viver vitoriosamente, mesmo num mundo dominado pelo pecado. Permita-me dar-lhe um maravilhoso exemplo de como isto acontece. No início falamos da tragédia de Anthony Riggs. E eu gostaria de encerrar com o triunfo de John McCain. Ele esteve também envolvido numa guerra, como piloto no Vietnã. Ele passou cinco anos e meio como prisioneiro de guerra em Hanói, onde ele e muitos outros pilotos suportaram terrível sofrimento. Mas houve um dia, e esse homem lembra claramente, quando eles foram capazes de superar todo aquele abuso e isolamento. Era véspera do Natal de 1971. Alguns dias antes, McCain conseguira uma Bíblia por apenas alguns momentos. Ele copiou apressadamente o quanto pôde de passagens bíblicas sobre a história de Natal, antes de um guarda se aproximar e tomar o livro. Agora, naquela noite especial, os homens decidiram ter o seu próprio culto de Natal. Eles começaram com o "Pai Nosso" e depois cantaram cânticos de Natal. McCain lia uma parte do evangelho de Lucas entre cada hino. Os homens estavam nervosos. Eles lembraram a ocasião, quase um ano atrás, quando os soldados invadiram o culto religioso secreto deles e começaram a bater nos três homens que estavam dirigindo as orações. Eles foram arrastados para o confinamento solitário. O restante foi trancado em celas de um metro por um metro e meio durante onze meses, apenas por terem lido uma passagem bíblica. Mas mesmo assim os prisioneiros queriam cantar naquela véspera de Natal. Então eles começaram: "Chegai-vos, ó crentes, vinde jubilosos". Eles cantavam um pouco mais alto que um sussurro, e olhavam ansiosamente para as grades da janela. Amontoados embaixo de uma lâmpada, eles pareciam mais uma congregação infeliz. Esses homens que outrora haviam sido oficiais magnificamente preparados, agora pareciam desolados e arruinados. Eles tremiam no úmido ar noturno. Muitos tremiam de febre. Alguns estavam permanentemente encurvados como resultado das torturas; outros se apoiavam em muletas improvisadas. Mas eles continuavam cantando e cantando. "Sigamos a estrela nos céus de Belém. Eis que é nascido Cristo Rei dos anjos..." Enquanto o culto prosseguia, os prisioneiros se encorajavam, e suas vozes se erguiam mais e mais altas até que eles encheram as celas com "Glória ao Rei que vos nasceu", e "Soou em meio à noite azul". Alguns dos homens estavam muito doentes para se levantar. Mas outros os levaram para uma plataforma e colocaram cobertores sobre os seus ombros trêmulos. Todos queriam participar dos cânticos que os fizeram se sentir cheios de alegria e triunfantes. Quando eles chegaram em "Tudo é Paz", lágrimas rolaram de seus rostos sem barbear. Como John McCain escreveu: "De repente nós voltamos 2 mil anos e estávamos distantes, em uma vila chamada Belém. E nem guerra, tortura ou aprisionamento... tinham diminuído a esperança nascida naquela noite feliz tanto tempo atrás." Amigo, tente imaginar o quanto estas palavras maravilhosas significaram para aqueles homens. Enquanto os prisioneiros daquela cela no norte do Vietnã cantavam com emoção o último verso: "Dorme sem temor, nosso Salvador" eles se deram conta de que uma transformação havia ocorrido. John McCain expressou desta forma: "Nós esquecemos os ferimentos, a fome e a dor. Elevamos orações de agradecimento pelo bebê Jesus, pelas nossas famílias e lares... Houve um sentimento intenso, sem igual, como se nossos fardos tivessem sido levantados. Num lugar designado a transformar homens em animais violentos, nós nos unimos uns aos outros, partilhando o conforto que tivemos. Que palavras de conforto podemos partilhar com este mundo coberto com tanto joio trágico? Nós podemos cantar um cântico de triunfo. Podemos elevar uma canção de desafio contra o inimigo. Podemos erguer um louvor ao nosso Deus que uniu nossas vidas à Sua. Ele veio a este mundo e sofreu conosco. E nós triunfaremos com Ele um dia. Sim, cheios de alegria e triunfantes, mesmo em meio a tristezas e preocupações. Este é nosso privilégio. Uma vida assim é nosso privilégio quando colocamos nossa fé no Único Rei dos Reis, nascido naquela "Noite de Paz" na pequena cidade de Belém. Ao dar ao Salvador o controle de nossa vida, nós superaremos o sofrimento, as tragédias, as tristezas deste mundo e também cantaremos cânticos de triunfo. Você gostaria de, em meio ao seu sofrimento, abrir o coração para Cristo?

 

ORAÇÃO Pai, muitas vezes ficamos perplexos com a crueldade e a casualidade da vida em nosso mundo. Algumas vezes somos tentados a Te culpar. Mas ajuda-nos agora a compreender quem realmente é o responsável, e ajuda-nos a ficar longe do inimigo que tem plantado todo esse joio. Nós aceitamos o Teu Filho como Salvador e Senhor. Deste dia em diante confiaremos no nome de Jesus. Amém

 


 


 

8

ALGUÉM ESTÁ OUVINDO?

Pr. Mark Finley

TOPO

 

No aniversário dos 500 anos do descobrimento do Novo Mundo por Colombo, a NASA iniciou uma nova era de descobrimentos. Precisamente às 15 horas de 12 de outubro de 92, um astrônomo em Porto Rico ligou o maior radiotelescópio da Terra. Esta concavidade de alumínio com mais ou menos 300 metros, suspensa sobre um profundo desfiladeiro, começou a procurar por civilizações avançadas em outras partes da Via Láctea. No mesmo momento, outro cientista no Deserto de Mojave ligou a estação de rastreamento do Radiotelescópio Goldstone. Essas duas concavidades, trabalhando juntas, estão sintonizando seus ouvidos eletrônicos para algum sinal válido, algo diferente do costumeiro ruído do Universo, algo diga: "Estamos aqui, vamos conversar". É um projeto grandioso. A NASA esta investindo 100 milhões de dólares ao longo de 10 anos. Os radiotelescópios estarão ajustados para freqüências do final do espectro de microondas. Estes são os "canais silenciosos" do espaço que tem o mínimo de interferência. Os cientistas supõe que extraterrestres tentando se comunicar através das galáxias, serão inteligentes o bastante para transmitir nessas freqüências. Afinal de conta, essa é a única maneira de ser ouvido acima do ruído cósmico das estrelas. Como será que a comunidade científica conseguiu persuadir o Congresso a financiar esse enorme projeto? Por uma razão: a esperança de ouvir uma voz respondendo, a esperança de um eco inteligente em algum lugar deste imenso Universo. Toda esta complexa variação de alta tecnologia esta sintonizada no espaço apenas para a possibilidade, de se escutar uma voz na escuridão. Sabe, amigo, com os ouvidos eletrônicos se esforçando tanto para escutar algum fraco sinal no espaço, muitos de nós, podemos estar perdendo a mais importante de todas as vozes extraterrestres. Podemos estar surdos para os mais audíveis sinais já dirigidos a nós. Veja a mensagem enviada a nós, nas Escrituras, pelo profeta Jeremias: "Assim diz o Senhor que faz estas cousas, o Senhor que as forma para as estabelecer... Invoca-me e te responderei; anunciar-te-ei cousas grandes e ocultas, que não sabes"(Jeremias 33: 2 e 3). Muito antes de alguém ter sonhado radiotelescópio, Jeremias assegurou a seus contemporânios que o Criador já estava na linha. Aquele que fez a Terra estava ansioso para se comunicar. Ele estava ansioso para nos instruir com Sua inquestionável sabedoria. A ironia é que, enquanto gastamos milhões com a remota possibilidade de manter contato com ETs, ignoramos a "tranqüila e suave voz" sussurrando em nosso ouvido. O Criador do Universo quer conversar, mas estamos muito ocupados classificando os diversos ruídos cósmicos. Estamos nos esforçando para captar uma faísca de inteligência em algum lugar no espaço, mas ignoramos o Senhor que bate à porta do nosso coração. Por que será que a oração não parece sequer tão interessante quanto os sinais do espaço? Por que será, amigo, que conversar com Deus pela fé não parece tão significativo quanto verificar freqüências de rádio por telescópio? O Todo Poderoso de fato nos assegura que, através da oração, podemos conhecê-Lo intimamente, podemos ter um encontro face a face. Leia a promessa deixada a nós no livro de Salmos: "Perto está o Senhor de todos os que o invocam, de todos os que o invocam em verdade"(Salmos 145:18). Deus se aproxima de todos, de todos que invocam o Seu nome. Esta é a promessa. Este é o potencial incrível da oração. Mas para a maioria das pessoas é mais parecido com um tiro no escuro. A face de Deus não parece tão próxima assim, quando eles oram. Eles não experimentam um senso a satisfatório de intimidade. Por quê? Por que tantos fracassam em alcançar algum indício de inteligência celestial, quando sintonizam na freqüência divina? Por que as orações parecem não fazer nenhum sentido? Permita-me partilhar com você uma razão muito importante. Muitas vezes buscamos sinceramente a Deus apenas quando estamos com problemas. Infelizmente a oração é vista como último recurso, algo muito apropriado quando não temos outra saída. Fazemos o que podemos da nossa vida, e então, quando não temos outra alternativa, pedimos intervenção divina, isto é, quando tudo fracassa, nós oramos. Muitas pessoas fazem como o marinheiro descrente que, enquanto o seu navio era sacudido no mar, implorou: "Oh, Senhor, eu não tenho pedido nada pelos últimos 15 anos, e se Tu nos salvares desta tempestade, eu Te prometo, Deus, que não vou Te incomodar por outros 15 anos." É claro, que é uma boa idéia orar quando ocorre uma calamidade. O problema é que quando as coisas estão indo bem, oramos muito pouco, se oramos; mas quando as coisas vão mal, oramos pelos problemas. Se dobramos nossos joelhos apenas para escapar de uma situação difícil, então amigo, realmente estamos perdendo a melhor parte da oração. De acordo com os versos que lemos, oração é comunicação; oração é compreender a mente e o coração de Deus. Isso exige tempo; isso requer um diálogo contínuo. Pergunte a si mesmo: quanto tempo de qualidade eu tenho gastado com Deus? Se a oração é apenas um pedido ocasional de socorro, então não somos tão diferentes daqueles astrônomos explorando o Espaço, imenso, por algum sinal de inteligência. Eles esperam que com um pouco de sorte, descubram algo. Muitas pessoas estão clamando a um Deus distante, a um Deus em algum lugar lá em cima. E eles se perguntam se alguém está realmente escutando. Afinal de contas, quais são as chances deste pequeno ponto do planeta, neste canto do mundo, receber uma mensagem do centro nervoso do Universo? Do ponto de vista humano, a tarefa estonteante. Os radiotelescópios da NASA esmiuçam um trilhão de sinais antes de achar um que valha a pena ser investigado. Depois de anos de pesquisa, temos um punhado de sinais inexplicáveis. Mas esses "ruídos" interessantes nunca, jamais se repetiram. É como se o ET desligasse o telefone antes de conseguirmos entrar na linha. Além disso existe o problema da distância. Mesmo que algum extraterrestre enviasse algum sinal inteligível , levaria anos-luz para que este sinal chegasse até aqui. E se decidíssemos responder, levaria outros tantos anos-luz para isso. O melhor que nós podemos esperar, de acordo com um astrônomo, são "apenas longos monólogos cruzando um pelo outro eternamente no correio interestrelar". Tentar se comunicar com ET é realmente um tiro no escuro. Mensagens enviadas para o Espaço são consumidas pelas distâncias infinitas do Universo. Mas este não é o objetivo de Deus com a oração. Nosso Pai Celestial quer que façamos mais do que apenas enviar pedidos de socorro nas ocasiões em que a nossa vida está caindo em pedaços. Ele quer um diálogo. Ele não é apenas um Soberano sentado em Seu trono em alguma galáxia anos-luz distante. Ele é também um companheiro muito presente. O que promete vir para perto de nós quando oramos. Se você quer realmente conhecer a Deus através da oração, comece por abaixar o tom da voz. Transforme súplicas de desespero em uma conversação amigável. Compreenda que Deus está bem ao lado escutando. E mais do que qualquer coisa quer ensinar-lhe, para que você possa realmente conhecê-Lo. Existe algo muito simples que você pode fazer para impedir que sua mente divague durante a oração. É algo que tenho feito regularmente e que tem melhorado minha própria vida de oração. Isso tornou minha oração realmente significativa para mim. É orar em voz alto. Ore apenas em voz alta. Oração secreta não significa necessariamente oração silenciosa. Jesus orou em voz alta em mais de uma ocasião. Agora, não se preocupe que algum demônio irá ficar escutando. O diabo foge ao som de uma oração fervorosa. Deus nos cerca de anjos. Quando oramos em voz alta, nos tornamos mais conscientes do que estamos falando para Deus; colocamos mais energia no que estamos expressando. Experimente! O simples fato de proferir a oração em voz alta, ajuda muito a manter a mente concentrada. Existe mais uma coisa que podemos fazer: usar as Escrituras em oração. Utilize a Bíblia como um assunto para oração. Por exemplo, leie e medite sobre um salmo, e então repita algumas de suas expressões, como o seu próprio louvor a Deus. Você pode pegar um verso que o impressione, um verso significativo para você, até uma palavra-chave de um verso, e concentrar-se nela como seu apelo a Deus. Usar as Escrituras na oração nos dá maior sensação de um diálogo com Deus. Vou lhe dar um outro exemplo prático de como transformar súplicas ocasionais de desespero em um diálogo significativo. Uma senhora que chamarei de Yolanda tinha muitas razões para se desesperar. Seu esposo a estava tratando muito mal, isto é, quando ele aparecia em casa. Ele tinha o hábito de se envolver com outras mulheres e esse seu mal comportamento deixava Yolanda emocionalmente instável. Um dia alegre outro triste. Porém, ele era até bastante amoroso como pai, e seus dois filhos realmente o amavam. Algumas vezes ele era gentil com Yolanda. Nessas ocasiões ela achava sinceramente que as coisas estavam mudando. Mas então ele se tornava verbalmente abusivo e voltava mais uma vez para a namorada. Tragicamente, embora Yolanda achasse seu casamento insuportável, a alternativa de viver sozinha parecia ainda pior. Constantemente ela choramingava histórias de mais um desapontamento. Com tudo, não tinha forças para se divorciar do marido, pois acreditava que não haveria outro. E assim, ela simplesmente continuava clamando na escuridão. Ela lançava suas orações contra essa situação insolúvel, suplicando que Deus mudasse seu esposo. E Deus parecia terrivelmente distante. A chance de ter uma solução para seu problema parecia tão irreal quanto a de ser comunicar com um ET da imensidão do Espaço. Felizmente, entretanto, Yolanda conheceu um casal cristão. Eles começaram a falar sobre a proximidade de Deus e sobre Seu desejo de um relacionamento pessoal com ela. Eles ajudaram Yolanda a transformar suas súplicas desesperadas em orações mais calmas e confiantes. O primeiro passo foi fazer com que Yolanda focalizasse o passo que ela precisava tomar. Como ela escaparia daquela instabilidade emocional constante? O casal encorajou Yolanda a focalizar mais as suas orações no amor e aceitação de Deus estabelecendo uma vida devocional constante. E então somente quando se tornou mais forte emocionalmente é que ela pôde ter uma influência significativa sobre o marido. Bom, de certo modo, Yolanda aceitava passivamente a infidelidade de Tim por manter sua casa e coração sempre abertos para ele, da mesma forma que famílias de alcoólatras se tornaram co-responsáveis por estar sempre pagando as contas, carregando-os para casa e dando desculpas no trabalho. Mas orientando seus passos à frente, nos objetivos, Yolanda pôde experimentar uma vida de oração mais saudável e mais efetiva . O casal cristão notou que quando Yolanda compreendeu e levou a sério o seu relacionamento pessoal com Deus, a sua instabilidade emocional teve uma melhora; ela não era mais tão vulnerável. Sim pequenos avanços. O milagre ainda não ocorrera totalmente. Porém, o mais importante é que Yolanda está andando ao invés de somente esperar; ela está conversando com Deus, um Deus perto dela, aquele Deus que tem soluções para os problemas; ela não está apenas atirando sinais para dentro da escuridão. Existe um quadro preciso da oração que você obtém lendo as cartas do Novo Testamento. Um quadro muito otimista e esperançoso. Os apóstolos derramam suas orações. Oração é uma corrente abundante, uma enchente, não um esguicho ou um pingo. A vida ativa que levavam era impedida pelo oração. Veja o conselho de Paulo ao Efésios: "Com toda a oração e súplica, orando em todo tempo no espírito" (Efésios 6:18). Qual é o modelo de Paulo para a oração bem sucedida? Existe alguma fórmula secreta que ele revela? De modo algum. Ele simplesmente diz, ore! Ore em todas as ocasiões. Faça todo tipo de oração, ore sobre todas as coisas. Ore sobre suas tristezas, suas alegrias, seus desafios, seus anseios, seus sucessos. Comunique-se! Tenha um diálogo ativo com a mais alta inteligência do Universo. Entretanto, existe uma qualidade que se destaca na oração do Novo Testamento. As companheiras gêmeas mais comuns da oração perseverante são a alegria e o agradecimento. A maioria das orações do apóstolo Paulo, por exemplo, fluía numa corrente de regozijo: "Não cesso de dar graças por vós, fazendo menção de vós nas minhas orações" (Efésios 1:16). Agradecimento, um ingrediente de uma vida de oração vibrante. Veja este outro: "Fazendo sempre, com alegria, súplica por todos vós, em todas as minhas orações" (Filipenses 1:4). Alegria, outra qualidade da oração no ministério de Paulo. "Damos sempre graças a Deus, Pai... quando oramos por vós" (Colossenses 1:3). A corrente de oração que transborda das epístolas é cheia de vigor, uma fonte de alegria que brota do coração. Você sabe por quê? Porque este é o tipo de oração que tem alicerces. Lamentação, não. Nossa tendência é o desespero quando as petições estão direcionadas para as coisas negativas que tentamos evitar. Mas o que Deus mais quer que façamos é focalizar uma meta positiva. Por natureza, Deus tem as soluções. Ele queria que Yolanda, olhasse para uma coisa além do seu marido infiel. Ele queria que ela focalizasse num relacionamento melhor, ao seu alcance. As orações, mesmo as súplicas por ajuda, especialmente essas, precisam de um medida de alegria e agradecimento. Precisamos olhar para o que Deus pode fazer por nós agora, como podemos crescer em nossa situação presente. Precisamos olhar para a suficiência de Deus mais do que para a nossa insuficiência. Sua capacidade precisa ocupar nossa mente, mais do que a nossa incapacidade. Uma melhor notável chamada Darlene Rose nos mostra a diferença que esse tipo de oração pode fazer na vida prática, mesmo nas piores circunstâncias. Três longos anos de cativeiro tinham esgotado as prisioneiras da prisão de Kampili. Esse era um famoso campo de prisão para mulheres que os japoneses construíram após a conquista das Ilhas Celebes. A Segunda Guerra Mundial se arrastava cansativamente. As prisioneiras eram ameaçadas tanto pela fome como pelos bombardeios. A maioria estava apática, e muitas estavam completamente desmoralizadas. Mas uma prisioneira tinha um recurso secreto. Darlene Rose, uma ex-missionária na Nova Guiné, mantinha um saudável diálogo com o Pai Celestial. E ela regia as crises se colocando na ofensiva através da oração. Darlene conversava com Deus sobre o Sr. Yamaji. Ele era o rude comandante do campo que batia cruelmente nas prisioneiras quando se irritava. Um dia, quando esteve diante dele em seu escritório, ela pôde dizer algumas palavras sobre o Onipotente Criador que morrera até mesmo por ele. Para seu espanto, ela viu lágrimas começarem a rolar pela face dele. Ele entrou apressadamente numa sala ao lado e fechou a porta. Darlene, mais uma vez, orou silenciosamente enquanto ouvia o comandante chorando. Depois disso o Sr, Yamaji mostrou bondade e até tentou melhorar as condições do campo para todos. Darlene poderia facilmente ter fixado sua atenção no interminável infortúnio da prisão em suas orações: "Por favor, nos tire daqui; termine esta guerra horrível!" - ela poderia ter orado. Ela poderia ter enviado sinais desesperados para a escuridão. Isto seria muito aceitável diante das circunstâncias. Mas Deus poderia ter parecido muito distante durante aqueles anos em Kampili, vindo algum dia para libertá-las, mas não aqui, não hoje, não amanhã, nem na próxima semana. Ela poderia ter caído naquela situação familiar: sempre clamando, nunca tendo resposta. Em vez disso Darlene se concentrou no que Deus poderia fazer imediatamente lá naquele campo. O que se destaca daquele tempo, são atos de providência dessa mulher, que iluminaram a longa noite como o brilho de um foguete. Darlene orou por forças para perseverar quando a ameaçadora Polícia secreta a levou para a prisão. Uma noite ela não pôde deixar de orar sobre o irresistível desejo de comer banana. Ela tinha visto alguém surrupiar algumas para outra prisioneira. "Senhor, apenas uma banana", ela orou. Um pouco depois Darlene agradeceu contritamente com o seu mingau de arroz. Mas na manhã seguinte, um guarda, inexplicavelmente, entrou em sua cela e largou um cacho grande de bananas aos seus pés. Darlene contou lentamente noventa e duas preciosas frutas. Ela sentiu o Todo Poderoso bem perto de sua cela. Esta foi uma manifestação maravilhosamente generosa. Deus era real e presente para Darlene Deibler Rose em um lugar onde Ele poderia ter parecido angustiosamente distante. Ela O encontrou naquele momento e lugar porque ela O procurou. Darlene ansiava pelo fim da guerra tão fervorosamente quanto qualquer um, mas se recusava a limitar suas esperanças e orações àquele dia de libertação final. Essa era uma mulher que podia olhar para as estrelas numa noite em que estava num abrigo anti-aéreo, e se alegrar porque o Criador dos céus se relacionava com ela. Darlene escreveu estas palavras: "Oh, a maravilha de Seu amor por mim e a consideração pessoal por mim, como pessoa, foram irresistíveis." Amigo, tem você encontrado um Deus que está tão perto? Tem você experimentado algum gesto de bondade do Pai Celestial? Por que não começar agora um diálogo significativo? Deus está ansioso para "lhe contar grande e inescrutáveis coisas". Ele está ansioso para ser a tranqüila e suave voz junto ao seu coração, mas para isso você tem que fazer um investimento sério em comunicação. Receber sinais do céu não é uma questão de sorte; não acontece de você sintonizar por acaso no canal divino. Você precisa deixar Deus criar um canal em seu coração. Precisa investir tempo em oração pessoal.

 

MAIS SEMELHANTE A JESUS Letra e Música: Williams Costa Jr Mais semelhante a Jesus é o que mais eu desejo na vida. Mais semelhante a Jesus é a vontade sincera nascida em meu ser. Mais semelhante a Jesus é o ponto de minha partida; para ter nesta vida alegria e poder quero ser mais semelhante a Jesus. Mais semelhante a Jesus é a mensagem cantada e vivida. Mais semelhante a Jesus é a vontade incontida de sempre louvar. Mais semelhante a Jesus é o alvo de minha corrida; para ter nesta vida alegria e poder quero ser mais semelhante a Jesus. Mais semelhante a Jesus é a minha comida e bebida. Mais semelhante a Jesus é a vontade acolhida no meu coração. Mais semelhante a Jesus é a certeza da luta vencida; para ter nesta vida alegria e poder quero ser mais semelhante a Jesus. Gravado por Sonete do Ministério Está Escrito

 

ORAÇÃO Querido Pai, muito obrigado por se aproximar de nós, por descer até aqui na pessoa de Teu Filho, Jesus Cristo. Através do Teu sacrifício o caminho agora está aberto. Podemos agora nos achegar a Ti como crianças a um Pai. Ajude-nos a tomar o compromisso, de ter realmente um diálogo contigo. Ajude-nos a nos aplicar-nos em oração. E obrigado pelas coisas maravilhosas que farás em nossa vida como resultado. Em nome de Jesus. Amém

 


 


 

9

SAUDADES DO LAR

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Após 15 anos de buscas pelo Faraó que estava faltando no Vale dos Reis, Howard Carter estava a ponto de desistir de tudo. O ano era 1922. O arqueólogo tinha investido boa parte da vida escavando nas proximidades dos monumentos e tumbas que outros já haviam escavado antes. Trinta e três túmulos reais haviam sido descobertos no Vale. Mas todos haviam sido pilhados por ladrões. Os especialistas concluíram que todos os segredos desse local, onde eram sepultados os Faraós, já haviam sido descobertos. Mas não Howard Carter. Ele insistia que a tumba de um jovem Faraó chamado Tutancâmon tinha que estar ali, em algum lugar. Ele havia encontrado um cálice, pedaços de folhas de ouro e jarros de barro. Todos contendo o nome de Tutancâmon. Todas as suas escavações, no entanto, não haviam dado em nada. E o patrocinador de Carter, Lorde Carnavon, declarava agora que não poderia mais financiar as expedições do arqueólogo. Desesperado, Carter implorou por mais uma chance. Se não encontrasse o túmulo, disse, ele mesmo pagaria pelo trabalho. Lorde Carnarvon concordou em dar-lhe apenas mais uma oportunidade. No início de novembro, os homens de Carter descobriram uma escada. A escada levava a uma porta. Examinando-a, Carter notou o selo do deus Chacal. "Foi um momento emocionante", ele escreveu mais tarde, para um explorador, "naquele Vale de indescritível silêncio". Aquele selo era afixado em túmulos reais. E ainda não havia sido quebrado. Carter enviou um telegrama ao seu patrocinador, convidando-o a vir até o local. Quando Lorde Carnarvon chegou na manhã seguinte, Carter cortou um pedaço da porta. Era 26 de novembro de 1922, o dia mais incrível de toda a sua vida. Ele acendeu uma vela e examinou o interior um instante. "Por um momento", Carter escreveu, "fiquei mudo e estupefato". Ele viu animais estranhos, estátuas e ouro. O brilho do ouro por toda a parte. Naquele instante, o arqueólogo se sentiu transportado a outra época e outro lugar, completamente diferentes de tudo que já havia conhecido. Lorde Carnarvon mal podia suportar o suspense. E perguntou: "Howard, Howard, pode ver alguma coisa?" E Carter, tentando descrever a maior descoberta arqueológica da História, apenas disse: "Sim, coisas maravilhosas!" Até aquele momento ninguém havia imaginado a deslumbrante arte ou glória real que estavam escondidas sob a areia. Esfinges de deuses e deusas, jóias e baús e vasos de marfim, móveis dourados e, o mais formidável de tudo: o sarcófago de Tutancâmon, uma série de estátuas douradas feitas artesanalmente para se encaixarem uma dentro da outra. Elas revelam a máscara mortuária, feita de ouro batido. Finalmente, o mundo estava vendo as feições do Faraó-menino que reinou apenas nove anos, e morreu em circunstâncias misteriosas, em 1350 a.C. Ao todo, mais de 5.000 tesouros foram encontrados nesse túmulo. Carter demorou nove anos para remover e transferir tudo para o Museu Egípcio do Cairo. E isso deixou todos com uma pergunta: por que todos esses preciosos ítens haviam sido enterrados com Tutacâmon? Enterrados na escuridão, selados numa câmara onde o olho humano não podia vê-los. Qual a razão disso? Vamos contrastar o destino desse Faraó-menino com outro, outro Faraó do Egito, cerca de 200 anos antes. Durante o tempo em que Tutmés Primeiro reinava no Egito, dois escravos hebreus: Anrão e Joquebede, tiveram um filho. Esse era o bebê Moisés, que foi colocado numa cesta sobre o Rio Nilo, por uma mãe desesperada. A filha do Faraó encontrou a criança e a adotou, mas permitiu que sua verdadeira mãe o criasse. Durante cerca de 12 anos, Joquebede ensinou Moisés a obedecer e a confiar no Deus do céu; ela incutiu nele um senso do chamado divino. Então o garoto foi levado de seu humilde lar para o palácio real para tornar-se, oficialmente, o filho da princesa. Tutmés decidiu torná-lo seu neto adotivo. Decidiu fazer dele seu sucessor no trono. Fez questão de que o menino fosse devidamente educado para assumir sua alta posição. Moisés recebeu o melhor treinamento civil e militar que a côrte de Faraó podia oferecer. Todos os passos o levaram à glória do trono egípcio. O Egito era então o centro do mundo civilizado; toda a sua riqueza e influência e poder estariam a seus pés. Era tudo, tudo seu, se ele apenas prestasse culto a Aton e Osíris, em lugar do Deus do céu. O palácio do Faraó seria seu lar. O Vale dos Reis seria o local de seu descanso final. Seu corpo também seria enterrado com os melhores tesouros da Terra. Mas nenhuma pá de arqueólogo jamais escavou a tumba de Moisés. E nenhuma expedição jamais faria isto porque essa tumba nunca foi construída. Moisés tomou uma das decisões mais críticas da História. Isso está registrado em Hebreus:: "Pela fé, Moisés, quando já homem feito, recusou ser chamado filho da filha de Faraó, preferindo ser maltratado junto com o povo de Deus, a usufruir prazeres transitórios do pecado".(Hebreus 11:24 e 25) Moisés identificou-se com os sofredores hebreus, os escravos. Sua causa tornou-se a dele. E assim Deus o usou para conduzir uma nação inteira à liberdade, e à Terra Prometida. Moisés viu além de palácios, além das carruagens douradas, ricas jóias e móveis de marfim. Ele não queria ser envolto em ouro. Moisés escolheu algo diferente: tornar-se o filho do Rei dos Reis, o Deus do céu e serví-Lo. Muitos anos mais tarde, Moisés morreu sozinho no topo do Monte Nebo, após olhar para a Terra Prometida, na qual jamais entraria. Sem fanfarra real, sem funeral pomposo, sem um túmulo glorioso. Será que foi uma boa troca? Uma vida de lutas com o errante povo de Israel ao invés de riquezas e do poder do trono do Egito? Um fim aparentemente insignificante, em vez de um lugar no Vale dos Reis? Para responder essa pergunta, voltemos à primeira questão que levantamos. Voltemos à tumba de Tutancâmon. Por que os egípcios selaram todos esses tesouros com o Faraó morto? A resposta envolve sua idéia de como preparar-se para depois da morte. Os antigos acreditavam que poderiam providenciar para que o falecido tivesse à sua disposição os acessórios que lhe permitiriam continuar vivendo da mesma forma como haviam vivido nesta vida. Acreditavam que os Faraós tinham que ir de primeira classe em sua jornada desta vida ao misterioso mundo dos mortos. É por isso que o túmulo de Tutancâmon estava cheio de belos móveis, utensílios esculpidos com requinte, baús elaborados e vasos cheios de óleo. Os Faraós faziam tudo que estava ao seu alcance para tornar a imortalidade um acontecimento luxuoso. E eles tinham muito poder. Moisés não tinha poder. Ninguém esculpiou à mão uma máscara mortuária para ele. Mas vamos descobrir qual foi seu destino final. O que a Bíblia diz a respeito da sabedoria da escolha de Moisés? Podemos esclarecer isso a partir do pequeno livro de Judas, um antes do Apocalipse. "Mas até o Arcanjo Miguel, quando disputava com o Diabo a respeito do corpo de Moisés não se atreveu a proferir juízo infamatório contra ele, mas disse o Senhor te repreenda." Isso está no verso 9. Depois que Moisés morreu, nosso Senhor, preste atenção nisso, discutiu com Satanás sobre a ressurreição do corpo de Moisés. Bem, é claro que Satanás queria que Moisés ficasse preso em sua tumba. Como um tipo de todos aqueles que serão ressuscitados quando Jesus voltar, nosso Senhor ressuscitou Moisés da morte. A Bíblia não está falando de um espírito desencarnado ou da alma imortal de Moisés. Ele foi literalmente, físicamente ressuscitado dos mortos, assim como nós seremos quando Jesus voltar. Vamos avançar no tempo e viajar através dos séculos. Vamos até o topo de uma certa montanha da judéia: o Monte da Transfiguração. Jesus foi transfigurado diante de três de seus discípulos. Sua roupa se tornou um branco ofuscante; seu rosto parecia brilhar como o sol. Então, duas pessoas apareceram ao seu lado: Moisés e Elias. O primeiro, Moisés, ressuscitara da morte; e o outro, Elias, foi transladado ao céu sem ver a morte. Moisés é um tipo daqueles que ressuscitarão fisicamente quando Jesus voltar. Elias representa aqueles que serão trasladados sem ver a morte. E ali estavam eles, conversando com o amigo Jesus, dando-lhe coragem. Essa breve cena demonstra o notável destino de Moisés. Aparentemente, nosso Pai celestial não pôde resistir em levar Moisés para o céu antes da hora - antes do momento em que diz a Bíblia - todos os justos serão levados para o céu com Cristo , em sua segunda vinda. Sendo assim, qual foi o destino que Moisés encontrou ao fim de sua longa e dura jornada? Encontrou uma Terra Prometida melhor. Encontrou-se face a face com Jesus Cristo, na casa de Seu Pai. Sim, eu diria que Moisés fez uma boa troca, o que você acha? Eu preferiria conversar com Jesus do que estar deitado num sarcófago dourado, não importa quantas jóias de ouro houvesse ao meu redor. Preferiria caminhar na casa de meu Pai do que estar deitado entre as riquezas dos faraós. Moisés viu pela fé que toda a fascinação deste mundo não é nada comparada à imensidão das riquezas de Deus na eternidade. Ele foi um dos grandes homens da fé celebrados no livro de Hebreus, cujos olhos estavam firmemente fixados na cidade com fundamentos, cujo Arquiteto e Construtor é Deus. O Apóstolo João descreve essa cidade celestial no livro de Apocalipse. O que ele viu em visão era tão impressionante que ele usou todas as metáforas, todas as comparações possíveis para expressar sua glória. Chamou-a de noiva adereçada para seu marido. Seus portais pareciam pérolas gigantes, todas as suas ruas eram de ouro. O Rio das Vida fluía pelo meio dela, claro como cristal, ladeado pela Árvore da Vida, que tem doze diferentes frutos para a cura dos povos. Este é o lugar que Moisés esperava ver, um lugar onde toda a tristeza e toda lágrima será enxugada. As muitas mansões que nosso Pai preparou para os vivos, não os mortos, estão lá. O profeta Isaías profetizou sobre uma Terra onde os cegos verão, onde o deserto dará flor e o leão e a ovelha se deitarão juntos. É um lugar onde não haverá doença, nem crimes, nem morte, nem exaustão ao fim de cada semana. Em seu magnífico Sermão da Montanha, Jesus declarou: "Bem-aventurados os mansos, porque herdarão a terra." (Mateus 5:5) O Apóstolo Pedro acrescenta: "Nós, porém, segundo a sua promessa, esperamos novos céus e nova terra, nos quais habita justiça." (II Pedro 3:13) O céu não é um mundo de contos de fadas, não é um mundo de seres etéreos como fantasmas e espíritos. O céu é um lugar real, amigo. Deus criou a Terra para ser habitada por seres santos, saudáveis e felizes. De acordo com a Bíblia, a Terra será recriada de acordo com seu esplendor edênico. Tornar-se-á um lar perfeito para os salvos. Mas alguns têm se perguntado: o que faremos num mundo perfeito? A maioria de nossas atividades hoje na Terra gira em torno de lidar com problemas que não existirão lá. Será que vamos apenas passar o tempo ociosamente, tocando harpas douradas? Sabe, amigo, precisamos nos livrar dessa idéia de um delicado grupo de nuvens como sendo o céu. Sabe, essa idéia de um lugar etéreo, bem acima e além do céu azul. A cidade celestial, a nova Jerusalém, o centro de controle cósmico do Universo, o nervo central de milhões de mundos, na verdade, tornar-se-á a capital do planeta Terra. Em Apocalipse, João a viu descendo do céu. João viu uma nova e perfeita `Terra, onde o pecado não mais existe, pois o primeiro céu e a primeira Terra já passaram. A Terra será completamente renovada, e voltará ao seu perfeito estado, num novo Éden. Será uma gloriosa nova fronteira a ser explorada. Como nos manteremos ocupados? A verdade é que na Nova Terra teremos liberdade para viver a vida como foi originalmente planejada para ser vivida. Temos tantos empecilhos agora, gastamos tanta energia em ressentimentos, ansiedade e culpa. Às vezes, apenas andamos em círculos. Mas, na Terra recriada finalmente seremos livres. Finalmente poderemos liberar nossa criatividade e tornar realidade nossos sonhos. Você já se pegou projetando a casa dos seus sonhos? Lembra-se de quão animado ficou? Lembra-se de quão empolgado se sentiu? Você imaginou um escritório aconchegante no segundo andar, ou uma reluzente piscina no jardim. Com uma economia instável e as pressões financeiras pela sobrevivência, uma casa dos sonhos pode parecer algo impossível. Você pode estar morando num apartamento alugado numa cidade grande. Possuir uma casa pode realmente parecer algo além de seu alcance. Isaías nos diz que a Nova Terra será um lugar onde esses planos impossíveis poderão se tornar realidade. Ouça o que está escrito : "Eles edificarão casas e nelas habitarão; plantarão vinhas e comerão o seu fruto... Os meus eleitos desfrutarão de todo as obras das suas próprias mãos." (Isaías 65:21 e 22) Vários anos atrás, nossa família vivia em Sterling, Massachusetts. Cada ano plantávamos uma grande horta. Uma das grandes alegrias de minha vida era voltar de minhas campanhas evangelísticas nas grandes cidades, e trabalhar na minha horta. Nenhuma comida era mais gostosa que os vegetais da minha horta. A vagem, os tomates, o milho, os morangos e as amoras, eram de dar água na boca. Na gloriosa Nova Terra poderemos comer alimentos plantados em nossa horta. Imagine que delícia para o paladar! Brotos e mudas perfeitos, solo perfeito, clima perfeito e plantas perfeitas. Mal posso esperar por essa festa gastronômica! Nossas mãos e nossa mente foram projetadas por Deus para construir e criar e trabalhar por nossos sonhos. Imortalidade não é imobilidade. Estaremos produzindo coisas inconcebíveis para nós agora. Mas pense em outra dimensão da vida na cidade celestial. Pense em todas às vezes que você teve que se despedir, todas as vezes que você disse: "Se apenas tivéssemos mais tempo juntos". Uma das maiores alegrias do céu serão as outras pessoas. Há tantas coisas que nos mantém separados na Terra agora, tantas que nos obrigam a nos relacionar apenas superficialmente. Mas na Nova Terra todas as barreiras cairão. Poderemos desenvolver relacionamentos intensos e profundos com uma infinita variedade de amigos. Sabe, vou adorar conversar com Moisés. Gostaria de perguntar-lhe como foi caminhar através do Mar Vermelho. Ou: "Moisés, como foi subir o Monte Sinai no meio dos relâmpagos e da fumaça? " Eu gostaria de conhecer Davi e Daniel. Você pode imaginar passar uma tarde com Pedro ou João e ouvi-los contar sobre o dia em que Lázaro saiu do túmulo? Como evangelista gostaria de falar com alguns dos grandes homens de Deus como John Wesley ou Tiago White e ouvir suas histórias. Tenho certeza de que há pessoas que você gostaria de ver também. Talvez um filho ou uma filha que foi levado pela morte. E você mal pode esperar para abraçá-los novamente. Amigo, o céu tem a ver com reunião. Tem a ver com encontrar-se com alguém, ficar junto com alguém de maneira que nem pensávamos ser possível. Tem a ver com maravilhosos e estimulantes relacionamentos. E a maior, a mais emocionante reunião de todas, será o dia em que caminharmos até Jesus Cristo, quando finalmente O virmos face a face, para conversar com Aquele cuja presença é tão brilhante que faz com que o sol seja desnecessário na Nova Terra. E juntar nossas vozes num enorme coral de glorioso louvor. Sabe, é emocionante demais até para se imaginar. Já me imaginei encontrando Jesus no céu. Gentilmente, Ele coloca Sua mão marcada em meu ombro. Toda a lembrança do pecado foi eliminada, exceto uma: as marcas dos pregos em Suas mãos. Seus olhos compassivos e compreensivos revelam que Ele sabe tudo a meu respeito e me ama assim mesmo. Aquele que me conhece tão bem, me ama mais que qualquer outro. Com as palavras mais ternas e compassivas, Ele pergunta: "Podemos passar algum tempo juntos?" "Mas, Senhor, tens tempo?" Ele sorri: "Isto é a Eternidade! " Meu coração bate forte pela expectativa desse momento. O Criador do Universo, o Redentor dos mundos quer passar tempo comigo. Enquanto caminhamos pelo trilho gramado e cercado de árvores, cruzando um riacho de águas cristalinas, Jesus diz gentilmente: "Abaixe-se, Mark, beba um pouco desta água da Vida. Esta água do rio da Árvore da Vida , que flui do trono de Deus, é revigorante, tem vida, realmente." Ele me leva até a Árvore da Vida e coloca seu fruto em minhas mãos. Ao comê-lo com o corpo e a mente, tenho uma distinta sensação de saúde. Nunca me senti tão bem! Passando pelos campos cheios de magníficas flores, Jesus simplesmente pergunta: "Posso fazer mais alguma coisa por você?" Minha vida inteira é dedicada a fazê-lo feliz! Ele me chama por um nome especial, carinhoso e conhecido apenas por nós dois. É nosso pequeno segredo. Ele satisfaz todos os meus desejos. Preenche todas as minhas necessidades. Nunca antes estive na presença de alguém tão dedicado à minha felicidade. Nunca me senti tão aceito, tão seguro, tão amado. Ele estende as mãos marcadas pelos cravos, dizendo gentilmente, com lágrimas nos olhos: "Se algum dia duvidar de meu amor, lembre-se destas mãos." Tudo que posso fazer é cair aos seus pés e adorá-Lo. Seu amor me constrange para sempre. Tudo que posso fazer é curvar-me diante Dele, cantando: "Digno, digno é o Cordeiro que foi morto, de receber a sabedoria, a glória e a honra para sempre." Como você poderia virar as costas a Alguém que o ama tanto? Como você poderia afastar-se Dele? Ele anseia caminhar com você por toda a eternidade. Ele anseia revelar os mistérios de Seu amor. Anseia abraçá-lo e fazê-lo sentir-se seguro para sempre. Isso não é um sonho. Isso não é um conto de fadas. É a realidade, hoje, agora. Neste momento, convido você a sentir a segurança desse amor para sempre. Logo chegará a época em que esse outro tempo e outro lugar chegarão a este planeta num resplendor de glória. A descoberta que Howard Carter fez do túmulo de Tutancâmon é apenas uma sombra daquilo que vai acontecer a nós. Olhando por aquele buraco na porta, ele ficou estupefato pelas coisas maravilhosas ... o brilho do ouro espalhado pelo lugar. De repente, outro mundo surgiu ao alcance de suas mãos. Imagine como será ver o céu, o próprio Jesus Cristo, descendo a este planeta no dia de Sua segunda vinda. Quero fazer parte dessa grande reunião. Quero que o propósito de minha vida seja aquela eterna glória que suplantará todas as minhas dificuldades atuais. Quero colocar minha vida nas mãos de Jesus Cristo, o Salvador, hoje, para que possa vê-lo face a face amanhã.

 

ORAÇÃO: Querido Pai, Te agradecemos por nos dar vislumbres do céu. Te agradecemos porque nosso destino pode ser muito mais do que acessórios de ouro num túmulo esquecido. Queremos estar entre aqueles que viverão uma vida feliz e gloriosa com Jesus Cristo, para sempre, na Nova Jerusalém. Suplicamos em Teu precioso nome. Amém

 


 


 

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COMO CURAR NOSSAS MÁGOAS

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Quase todas as noites, Lizzie, a garotinha que um dia se tornaria parte da família Wallenda, tinha que estender os braços na frente de seu pai. Quando ele voltava para casa do trabalho, cada um dos seis irmãos, também estendiam seus braços. Eles todos ficavam em fila para receber a punição. O pai batia nos braços deles com seu cinto até que cada um começasse a chorar. Ele simplesmente presumia que eles haviam feito alguma coisa errada naquele dia e que mereciam uma surra. Quando Lizzie cresceu, as surras se transformaram em espancamentos mais severos. Se sua mãe alguma vez tentasse interferir, ela seria trancada no quarto por vários dias. Numa ocasião, o órgão do serviço social tentou socorrer as crianças. Elas foram distribuídas entre diversas famílias. Lizzie foi passando de uma casa para outra, até que finalmente decidiu fugir desta situação. Desde então ela teve que fazer o melhor que podia por si mesma nas ruas, seu único consolo vinha do álcool e da maconha. Lizzie, em resumo, foi um caso clássico de alguém sem oportunidades na vida. Sem chance de ter uma vida emocional saudável - ela havia sido muito abusada, muito cedo. Sem chance de fazer algo de si mesma. Como você desenvolveria um senso de auto-estima enquanto é arrastado de um lar adotivo para outro? Não existe chance de absorver valores positivos - você consegue apenas aprender a sobreviver nas ruas. Contudo, de algum modo, essa menina superou a adversidade. Alguns anos depois, você encontra Lizzie transformada em Angel Wallenda, a equilibrista que se apresenta para grandes platéias com seu esposo, Steven. Steven Wallenda era membro da família mais famosa de equilibristas circenses. Quando ele conheceu Lizzie, ele foi imediatamente cativado por sua afetuosa e amigável personalidade. Ela havia passado por tanta coisa, e ainda olhava para tudo com otimismo. Steven a via como um presente que Deus tinha colocado em sua vida. Depois do casamento, os dois começaram a praticar juntos números de equilibrismo. Lizzie, agora Angel Wallenda, pareça ter nascido para aquilo. Ela se superava, muito rapidamente, numa arte que requeria física, coragem, graça, e nervos de aço. Steven e Angel começaram a se apresentar em importantes eventos de circo e em especiais de televisão. Aquela menina que era espancada em casa por um pai cruel, mantinha a cabeça erguida, e se movia calma e firmemente sobre o cabo. E ela fazia mais. Angel também demonstrou extraordinária estabilidade emocional. Quando o câncer ameaçou sua carreira e sua vida, ela não se desesperou. Ela lutou, e se mostrou como uma fonte de energia para seu esposo. Quando parte de sua perna teve que ser amputada, ela não desistiu. Lutou para realizar o impossível. Angel se tornou a única pessoa na história - você acredita? - a se equilibrar sobre um cabo com um membro artificial! Apesar de todas as provações, Angel se tornou a adorável mãe de um saudável, amorável garotinho. Amigos e familiares se maravilhavam continuamente com sua graça mesmo sob pressão. Ela foi uma inspiração para pessoas por todo o país que haviam experimentado a tragédia em suas vidas. Seu esposo Steven a descreve desta forma: "Ela dá e se dá. Esta é sua natureza. É a sua beleza. Ele me lembra aquela passagem da Bíblia de Filipenses 4:7. - Ela realmente tema "paz de Deus que excede a todo entendimento."(Filipenses 4:17) Como aquela criança maltratada se transformou na graciosa Angel? Como uma criança sem oportunidades, se transformou num grande sucesso? E aqueles entre nós que estão carregando suas cicatrizes do passado, aqueles entre nós que se sentem prejudicados pelas feridas da infância, também perguntam: - qual é o segredo? Como superar as tragédias em nossa vida? Parte da resposta, temos que admitir, é simplesmente que Angel Wallenda era um ser humano com uma incrível capacidade de recuperação. Ela possuía uma firme determinação que poucas pessoas possuem hoje. Mas isso ainda não é tudo. Angel também adotou certas atitudes que todos nós podemos imitar. Ela teve uma certa perspectiva que nós todos podemos adotar. Em algum lugar, no início de sua vida, Angel decidiu que ela aprenderia com as coisas que tinham lhe acontecido. Ela não iria ser destruída pelos infortúnios; iria aprender com eles - faria deles uma ferramenta de ensino. A colega de quarto de Angel no hospital notou que, enquanto ambas eram submetidas ao tratamento, Angel possuía uma experiência que ela simplesmente não tinha. Ela disse: "Havia algo poderoso sobre a maneira como Angel insistia que o câncer não iria arruinar sua vida - que ela a aproveitaria ao máximo. E você via, sua companheira disse, que ela falava seriamente." Quando perguntada sobre sua trágica infância, Angel respondia assim: "Isto me tornou mais forte. Se minha vida tivesse sido fácil, eu sei que não superaria o que está ma acontecendo agora". Infelizmente, a maioria de nós, em vez de aprender com as cicatrizes, nosso instinto natural é enterra-las, coloca-las bem lá no fundo. Queremos desesperadamente escapar da dor e então tentamos negar o que aconteceu. Quem sabe, se fingirmos que o papai não fez nada, os sentimentos ruins irão embora. Mas é claro, quanto mais profundo tentamos enterrar a cicatriz, maia a empurramos para dentro, mais amplamente ela se espalha e é absorvida dentro de nós. Todos os jogos de faz-de-contas acabam cobrando um preço de nossos sentimentos. Não conseguimos nos livrar das cicatrizes negando o que aconteceu. A estranha verdade é que a única maneira de se livrar das cicatrizes é encara-las de frente. Sim, algo feito, trágico, aconteceu. Algo terrivelmente injusto. Não foi nossa culpa. Precisamos expressar sentimentos reais sobre ferimentos reais. Em 7 de maio, de 1824, um talentoso compositor regia a primeira execução de sua nona sinfonia num teatro de Viena. O auditório estava cheio e a recepção foi entusiástica. Esse homem parecia colocar muita emoção em sua música, de uma maneira apaixonante e heróica. Ao final de um movimento a audiência rompeu-se em estrondoso aplauso. Mas o maestro simplesmente continuou lá, de costas para a platéia, tranqüilamente virando as páginas de sua partitura. Finalmente, uma cantora no palco teve que puxa-lo pela manga e apontar-lhe a platéia. Foi somente então que Ludwig Beethoven, completamente surdo, virou-se e curvou-se graciosamente. Ele não podia ouvir nada dos aplausos. Ele não podia ouvir nenhuma nota do que estava regendo. Mas toda a sinfonia estava lá, em sua cabeça, e ele lhe dava uma dramática e gloriosa expressão. Beethoven tinha boas razões para apreciar aquela noite inesquecível. De certa forma ele tinha estado compondo contra seu passado, transformando feiúra e desapontamento em algo bonito. Talvez ele se lembrasse de uma cena de anos atrás. Era meia-noite; um garotinho encontrava-se em sono profundo na casa dos Beethoven. Seu pai chegou cambaleante de uma taberna com um colega de bebida e asperamente sacudiu Ludwig e o acordou. O pai exigiu que ele tocasse piano para seu convidado. E então, de bom grado e limpando as lágrimas da face, o garoto foi até ao piano e começou a tocar - por horas. O pai de Ludwig sabia ser áspero e até cruel com seu filho. Um colega de infância de Ludwig recorda que seu pai muitas vezes usou de surras para forçá-lo a tocar piano. Alguns acreditam que a surdez de Beethoven pode ser o resultado, pelo menos em parte, do abuso que ele recebeu quando criança. Então, havia muita raiva e ressentimento dentro deste talentoso indivíduo enquanto ele crescia. Mas felizmente ele encontrou uma forma de expressa-los positivamente. Ele superou a prisão de sua surdez. A música de Beethoven não é apenas doçura e leveza. É também, clamor e anseio. Mas ele expressou o mais profundo do seu íntimo; transformou tudo isto num dom, um dom que emocionou profundamente aquela platéia em Viena. Você sabe, o apóstolo Paulo também tinha marcas em seu próprio passado que ele poderia ter tentado esconder. Ele não se orgulhava de muitas coisas que haviam acontecido em sua vida. Mas ele decidiu ser franco sobre isso; ele se recusou a negar as marcas. Você pode sentir esta honestidade aqui em II Coríntios capítulo 6, versos 11 e 13, estas páginas, estas passagens simplesmente transpiram honestidade, ele diz: "Para vós outros, ó Coríntios, abrem-se os nossos lábios, e alarga-se o nosso coração. Ora, como justa retribuição (falo-vos como a filhos), dilatai-vos também vós." (II Coríntios 6: 11 e 13) As palavras do apóstolo Paulo são claras. O primeiro passo ao lidar com um passado doloroso é abrir o coração - em vez de se fechar firmemente ao redor do ferimento. Às vezes, em lugar de tentar enterrar as cicatrizes, tentamos manobrar para que outros as assumam. É claro que temos a quem culpar na maioria das cicatrizes do passado. Mas freqüentemente eles já estão fora de cena. Nunca tivemos uma chance para confrontá-los, para perguntar por quê? Talvez nunca tivemos a oportunidade de qualquer reconciliação com eles. E então toda esta situação inacabada nos impele a culpar o presente. Algumas pessoas estão sempre fazendo o papel de vítima; elas se sentem desamparadas e mal compreendidas. Querem que outras pessoas assumam a culpa por elas. E então se tornam dependentes destas outras pessoas para tentar conseguir que elas cuidem de suas necessidades. E, infelizmente, elas sempre tentam fazer as outras pessoas se sentirem culpadas por não satisfazerem suas necessidades. Existem outras maneiras de manipular; muitas outras maneiras de brincar de vítima. As injustiças do passado tendem a nos tornar injustos no presente. Nós nos tornamos involuntariamente descorteses. Culpamos outras pessoas pelos nossos sentimentos, em vez de assumir a responsabilidade por eles. Nos tornamos muito dependentes; lutamos arduamente para fazer os outros se sentirem em dívida conosco. Mas, isto não nos traz nenhum bem. O problema continua sem solução. Toda a manipulação do mundo apenas nos traz de volta ao problema. As cicatrizes permanecem. Não podemos forçar outras pessoas a assumi-las. O que podemos fazer? Só uma coisa: transformar as cicatrizes em algo positivo. O único meio de se livrar dos ferimentos é se desfazendo deles. Permita-me sugerir uma alternativa prática para a manipulação dos outros. Ela é chamada - perdão. Agora, perdão é uma palavra muito difícil para as pessoas que têm sido abusadas e traumatizadas por alguém. Elas estão muito feridas, e o ofensor raramente está arrependido. Como perdoar alguém que arruinou toda a sua vida? Bem, de fato, o ato de perdoar é um importante passo em evitar que esta pessoa, arruíne o resto de sua vida. A lembrança do abuso continua perseguindo porque você tem alimentado isto com muita raiva e amargura através dos anos. Bem, a raiva faz sentido quando você sofre abuso. Na realidade, é uma reação apropriada ao abuso. Como temos dito, desabafar sobre a dor do passado é saudável. Mas, algum dia, teremos que assumir a responsabilidade sobre como continuaremos a reagir aos traumas do passado. Vamos ficar continuamente remoendo isto, ou vamos transformar este passado negativo em algo mais positivo? Primeiro, teremos que confessar nossa raiva para Deus e receber Seu perdão. Não nós não somos responsáveis pela injustiça feita contra nós, mas sim, somos responsáveis pelo modo como reagimos continuamente a ela. E então, precisamos expressar a Deus perdão para o ofensor. Perdão não significa dizer que o ofensor agiu certo. Não significa justificar as ações dele ou dela. O que o perdão significa é isto: libertar o indivíduo da nossa condenação. Decidimos que não iremos mais carregar um fardo de ressentimento e condenação por toda parte. Vamos entregá-lo a Deus. Ouça estas maravilhosas palavras do apóstolo Paulo em Efésios capítulo 4, verso 32. Pessoalmente, tenho visto Deus usar estas palavras para transformar o rancor na vida das pessoas. Ouça Efésios 4, verso 32: "Antes sede uns para com os outros benignos, compassivos, perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou." (Efésios 4:32) Como podemos perdoar o ofensor? Somente expressando o perdão que Deus nos dá pregado na cruz orando: "Pai, perdoa-lhe, porque não sabem o que fazem". O perdão nos liberta do fardo da condenação. Entregamos o ofensor nas mãos de Deus. Impedimos que o ofensor destrua o resto de nossa vida. Uma mulher de 48 anos, eu a chamarei de Janice, viu seu mundo arruinado no dia de seu divórcio. Depois de 20 anos de casamento, seu marido a deixou por uma mulher 20 anos mais nova. Ela perdeu tudo, incluindo sua casa com todas suas preciosas lembranças - seus filhos, família. O tempo passava, Janice via crescendo sua amargura e desespero. Mas, ela começou a ler a Bíblia. Ela estava procurando respostas para sua própria vida e encontrou esta passagem em Efésios que nós acabamos de mencionar. Ela decidiu colocá-la em prática. Janice se ajoelhou e disse a Deus que estava perdoando seu esposo, libertando-o de sua condenação. Pouco tempo depois disso, ela foi ao casamento de seu filho. Seu ex-marido havia planejado encontrar com ela antes do ensaio do casamento - sabendo que poderia ser um fim de semana muito difícil. Ele achava que precisavam conversar. No sábado, na noite do encontro, Janice chegou cedo na igreja, sentou num dos bancos e orou. Aquilo seria uma prova, mas ela reafirmou sua promessa de perdoar e se livrar do rancor. Então ela escutou a porta dos fundos da igreja se abrir, e passos vindo pelo corredor. Janice levantou e virou-se. Ali, vindo pelo corredor, estava seu ex-marido de 48 anos com sua nova esposa de 28 anos, uma mulher muito bonita. Este era o momento que Janice havia temido. Mas agora, havia algo em seu coração, mais forte que o rancor. Ao se encontrarem, Janice colocou a mão no ombro de seu esposo e disse: "John, eu quero que você saiba que eu fiquei muito magoada e irada com o que aconteceu com o nosso casamento, mas eu o perdôo". E virou-se para a nova esposa dele e disse: "Eu tenho pedido a Deus para perdoar o meu rancor, e perdôo você". Então Janice disse aos dois: "Eu quero que vocês saibam que eu farei o que eu puder para fazer deste, um fim de semana maravilhoso". Então ela voltou e se assentou no banco, tendo finalmente encontrado a paz. Você percebe, somente Cristo pode nos dar este tipo de paz. E somente o perdão pode nos libertar de um passado doloroso. É muito melhor ter alguma coisa para dar, do que algo negativo a que se apegar. Só existe somente uma maneira de se livrar dessas velhas, dolorosas marcas e cicatrizes, meus amigos: é se desfazendo delas. Não podemos nos esconder de um passado doloroso; não podemos negar um passado doloroso. Não podemos manipular os outros para assumi-lo. Mas podemos transformá-lo em uma dádiva; podemos nos desfazer dele. Existe um verso familiar em Romanos, capítulo 8, que os cristãos mencionam muitas e muitas vezes quando estão enfrentando dificuldades. Eu acho que tem um significado especial para aqueles que estão tentando lidar com os ferimentos do passado. É assim que a Bíblia viva traduz romanos 8, verso 28: "E sabemos que tudo quanto nos acontece está operando para o nosso próprio bem, se amarmos a Deus e estivermos nos ajustando aos planos Dele". (Romanos 8:28) Deus pode fazer com que todas as coisas contribuam para o bem. Podemos também dizer: Deus faz com que todas as coisas operem para uma dádiva. Ele pode nos ajudar a criar algo proveitoso, algo positivo do sombrio e triste passado. Ele pode nos ajudar a achar aquela viçosa margarida no meio do lamaçal. Existe uma razão específica porque Deus é especialista neste tipo de trabalho. Ele passou por isto. Deus se dispôs a sofrer o pior que pudesse existir a fim de nos oferecer a maior dádiva. Ouça a descrição de Paulo sobre o grande ato de Jesus na cruz, em Efésios 5, verso 2: "E andai em amor, como também Cristo vos amou, e se entregou a si mesmo por nós, como oferta e sacrifício a Deus em aroma suave". (Efésios 5:2) Paul está falando sobre um horrível instrumento de tortura e humilhação: a cruz romana. Ele está se referindo àquele dia sombrio quando um homem inocente foi açoitado impiedosamente, e zombado enquanto o sangue corria em suas costas. Ele está se referindo à ocasião em que o cordeiro de Deus foi levado ao massacre por homens cruéis e insensíveis. Falar sobre injustiça? Falar sobre as feridas e cicatrizes? Pense no que poderia estar se passando na mente de Jesus enquanto Ele pendia na cruz. Pense nas vozes que ecoavam em sua mente. Judas cumprimentando-o, traindo-o com um beijo. Seus três discípulos mais chegados dormindo enquanto ele agonizava no Getsêmani. Todos eles fugindo dentro da noite enquanto ele era preso. A voz de Pedro no pátio negando até mesmo que tivesse conhecido Jesus. As estridentes e frenéticas expressões da multidão gritando, "Crucifica-o! Crucifica-o!" o som da água respingando enquanto Pilatos lavava as mãos declarando: "Estou inocente do sangue deste justo". A zombaria dos sacerdotes rodeando o local da execução. Jesus poderia ter ficado amargurado com seu sofrimento. Ninguém parecia compreender. Ninguém apreciava seu infinito sacrifício. Mas, milagrosamente, Jesus não foi derrotado pela situação. Ele não se envolveu na dor. Em vez disto Ele a transformou numa dádiva. Paulo nos conta que Jesus "deu a si mesmo por nós". Ninguém tirou-lhe a vida. Ele a deu livremente. E como resultado, aquela cena de horror e matança se transformou numa "oferta e sacrifício perfumados para Deus". Se tornou a dádiva suprema. Deus faz com que dádivas inestimáveis apareçam onde menos esperamos. E o Cristo que transformou a cruz de um instrumento de horror em um instrumento de salvação pode ajudá-lo . Ele pode transformar suas cicatrizes em algo positivo, algo que você possa dar. Ele passou por isto. Ele tornou isto possível. Amigo, você tem fingido sobre seu passado? Ficar negando a verdade, requer muita energia. Você tem tentado forçar outros a manipulando os outros de diversas maneiras? Jesus tem uma saída, uma sugestão simples para você. Livre-se de suas cicatrizes se desfazendo delas. A dor pode lhe dar uma empatia especial para com aqueles que estão em dificuldade. Você pode usá-la para ajudar as pessoas. Sua tragédia pode lhe dar discernimento, energia para contribuir de maneira positiva. Jesus pode ajudá-lo a encontrar este dom. Deixe-o começar a trabalhar em sua vida agora mesmo. Abra o coração para ele. Abra todos os cantos escuros; todos os segredos do passado. Seu infortúnio está seguro com ele. Leve-os a ele agora mesmo, aos pés da cruz.

 

ORAÇÃO Querido pai, nos achegamos a Ti, neste momento, com a carga do passado. Estamos sobrecarregados de todas as formas, mas queremos colocar tudo aos pés do Salvador que transformou crucifixão em vida eterna. Confessamos nossa necessidade; confessamos o modo pecaminoso com que tentamos lidar com nossos problemas. Te agradecemos por Teu generoso perdão e graça. Obrigado por Teu espírito criador. Agora, faça todas as coisas trabalharem juntas para o bem, em uma dádiva e ajudá-nos a crescer com esta dádiva. Em nome de Jesus, amém


 


 

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OS ÚLTIMOS MINUTOS DA HISTÓRIA

Pr. Mark Finley

TOPO

 

O Fim começará bem discretamente, com apenas uma nuvem do tamanho da mão humana, aparecendo no céu, vindo da direção do Órion. Ocorrerá muita comoção na Terra. De fato, todas as nações serão sacudidas pelas pragas devastadoras e pelos conflitos mortais. Os últimos momentos da história da Terra, porém, realmente começarão com uma nuvem pequena. A primeira coisa que os seres humanos sentirão, será apenas curiosidade. Alguém, num navio, em alto mar, examinando o horizonte, notará algo: "O que há de estranho com aquela nuvem? Ela parece mais densa e brilhante do que as outras lá no céu." Alguém procurando um lugar para aterrissar, verá a nuvem. Outra pessoa, apenas olhando para o céu, num devaneio, também a verá. A princípio, eles ficarão somente curiosos: "O que há com aquela nuvem estranha?" Mas, de repente, seus olhos se assustarão! A nuvem parece mover-se! Está aumentando. Parece estar dirigindo-se ao planeta Terra. Em pouco tempo, mais e mais pessoas estão olhando para o céu. Elas estão apontando e estão extasiadas! Agora é muito mais do que curiosidade o que sentem. É um pressentimento estranho. Sentem um frio na boca do estômago. As pessoas já viram muitos fenômenos estranhos antes na Terra. Elas sabem sobre as "Luzes do Norte", chuvas de meteoros e cometas brilhantes. Mas agora é diferente. Será um OVNI? Será alguma arma militar secreta? O acontecimento se espalha como fogo. Uma jovem mãe que embala o seu bebê para dormir, atende um telefonema do seu marido, que está no escritório: "Você já ouviu? você já a viu?" diz ele. Ela corre até a janela da sala e observa. Sim, ela está lá! Ela abraça o seu filho com força, bem junto ao peito. Um motorista de táxi aperta a buzina sem parar porque o trânsito tinha parado de repente. As pessoas saíam dos seus carros bem no meio da rua. Finalmente, o próprio motorista de táxi abre a porta e está a ponto de explodir com desaforos, quando ele vê todos apontando, e ele mesmo, olha para cima. Fica paralisado, boquiaberto. Crianças na escola, no pátio, param as brincadeiras e ficam estarrecidas. Os trabalhadores nas construções repousam suas ferramentas e olham para o céu. Mais e mais pessoas correm para a rua, esvaziando restaurantes, teatros e "shoppings". Esta nuvem continua aumentando e ficando mais brilhante e maior. As pessoas não conseguem desgrudar os olhos dela. O que é isto que todos vêem? Eles estão assistindo ao cumprimento da promessa que Jesus fez. Jesus disse a todos os seus seguidores que, logo após a grande tribulação daqueles dias, tudo isto ocorrerá. Veja a própria descrição de Jesus para o final dos tempos: "Então aparecerá no céu o sinal do Filho do homem; e todas as tribos da terra se lamentarão, e verão o Filho do homem, vindo sobre as nuvens dos céu, com poder e grande glória." (Mateus 24:30) Aquela nuvem no céu torna-se cada vez maior porque Jesus está retornando à Terra. Nesta ocasião Ele está retornando, não como um humilde carpinteiro, não como um mestre galileu, mas como o Rei dos Reis e Senhor dos senhores. Aquela nuvem no céu torna-se cada vez mais brilhante porque desta vez Cristo está vindo com poder e grande glória. Desta vez, cada ser humano no planeta testemunhará Sua vinda. O apóstolo João nos assegura: "Eis que vem com as nuvens e todo olho o verá..." (Apocalipse 1:7) Durante aqueles primeiros momentos, quando a nuvem se aproximar da Terra, mais e mais pessoas pararão o que estão fazendo; mais e mais pessoas erguerão os olhos; mais e mais pessoas serão paralisadas pela visão, até que toda a humanidade esteja olhando. Jesus disse que Sua volta será como um relâmpago que vem do este e brilha em todo o lugar nos céus até o oeste. Em outras palavras, circulará todo o globo. Nós temos uma amostra de como será este evento quando algo como Olimpíadas acontece, ou a Copa do Mundo de futebol. Bilhões de pessoas sentam-se ansiosas em frente ao aparelho de TV enquanto os campeonatos se desenrolam, via satélite. É como se o mundo inteiro estivesse ligado num único sistema de comunicação. Bem, a segunda vinda de Cristo é Deus vindo para que vivamos, através de Seu próprio sistema de satélite. Ele projeta a Si próprio em volta do mundo inteiro, e cada indivíduo encontra-se a olhar fixamente para os céus. Primeiro havia apenas curiosidade. Depois, um pressentimento estranho. Mas, à medida que a nuvem se aproxima, as pessoas prendem a respiração, a pulsação aumenta. Olhando para este espetáculo nos céus, as pessoas começam a ver os anjos em volta das margens da nuvem. Dando voltas voando. Milhares deles, formando um contraste brilhante do branco contra o azul do céu. No centro deste redemoinho existe Alguém, tão brilhante que ofusca. Nesse instante, um momento decisivo, apresenta-se para os moradores do Planeta Terra. Agora, que está claro que o próprio Deus em pessoa, está com o propósito de visitar-nos, a humanidade divide-se em dois grandes grupos. Até aquele momento, quase todos sentiam a mesma emoção, movidos pela curiosidade, com um pressentimento, chocados pelo reconhecimento. Mas, enquanto a glória deste Rei que retorna, se espalha por todo o mundo, alguns sentem uma alegria indescritível e outros, um inimaginável terror! Alguns rostos, que estão fascinados por este brilho solar resplandecente nos céus, empalidecem; outros começam a tremer; os joelhos se dobram. Eles estão horrorizados porque, em instantes, sabem que passaram a vida fugindo daquela santa presença. Eles se desviaram dos Seus apelos. Eles O ignoraram de várias maneiras. E agora, perceberam que é muito tarde! É muito tarde para dizer: "Sim". É muito tarde para corresponder ao divino amor. Em algum lugar, um jovem deixa cair a pasta e desmaia na calçada. Ele viveu toda a vida numa faixa de corrida. Ele conseguiu ganhar seu primeiro milhão de real antes dos trinta e cinco anos. Mas agora, ele que não investiu absolutamente nada na área vital que mais importa, ele que não dedicou a Deus nenhum tempo desde que abandonou a escola dominical, à medida que esta nuvem ofuscante desce do céu para a Terra, parece esmagar este jovem. Ele desmaia porque, de repente, descobre tudo o que ele vai perder e é muito para suportar. Muitos receberão o aparecimento de Jesus em toda a Sua majestade como uma surpresa terrível. Eles começarão a correr, de um lado para o outro como loucos, tentando esconder-se desta luz que cega. O apóstolo João descreve a reação deste grupo em visão. Ele nos conta a história em Apocalipse 6:15 a 17. Esta é, na verdade, uma das passagens mais marcantes e impressionantes em toda a Bíblia porque descreve o que os povos farão. Ela diz: "...esconderam-se nas cavernas e nas rochas das montanhas; e diziam aos montes e aos rochedos: caí sobre nós, e escondei-nos dos rosto daquele que está assentado sobre o trono, e da ira do Cordeiro; porque é vindo o grande dia da sua ira; e quem poderá subsistir?" Os corações culpados fazem as pessoas temerosas. Suas próprias faltas as acusam. Elas tentam fugir de Deus. Porém, como não há lugar onde se esconder, elas desejam que as rochas caiam em cima delas e esmaguem suas vidas. As emoções dominantes torna-as suicidas. É melhor acabar com tudo, do que encarar este Rei em Seu trono. E suas orações desesperadas são atendidas. Os perversos, diz a Bíblia, serão destruídos "com o brilho de Sua volta." Seu terror insuportável termina em morte. Isto é o que um grupo de pessoas vai experimentar durante os minutos finais da história da Terra. Mas, outro grupo experimenta algo totalmente diferente. Em algum lugar, em frente a um edifício simples de apartamento, uma jovem mãe agarra seu bebê e o ergue nos braços e diz: "Olha, Johnny, Ele está vindo! Está realmente acontecendo! Jesus está voltando!" Esta mulher carrega em seus braços as cicatrizes de muitos anos de uso de drogas. Mas, há também uma fé crescente dentro desta jovem. Em seu desespero, ela corre para Aquele que realmente se preocupa. Ela colocou toda a sua vida miserável nas mãos de Jesus Cristo. Ela aceitou-O sem reservas, como seu Salvador. Ela não tinha nada para oferecer a Ele mas entregou tudo que possuía. E agora, lá está Ele, acima dela nos céus. Naquele instante ela percebeu que estava sendo salva. Ela sabia que a eternidade chegara momentos antes. Ela começou a imaginar como seria a vida no céu e aquilo era demais! Lágrimas caíam de seus olhos e ela soluçava incontrolavelmente. Ela não podia conter esta imensa alegria. Em outro lugar, um casal de idosos está sentado num banco da praça e achegam-se um ao outro, olhando para o céu. Eles tentam falar, mas não podem; Eles apenas ficam balançando a cabeça maravilhados. Sentem o vínculo inexplicável da fé que partilham. Lembram-se dos tempos de dificuldades financeiras e doenças, do tempo em que os filhos se afastaram da fé. Lembram-se da morte da filha querida. Aquela tragédia pareceu tirar a face de Deus da vida deles. Levou um bom tempo para recuperarem-se deste duro golpe. Mas, finalmente, eles não poderiam deixar acabar a fé. Eles deveriam confiar em Seu Deus. Eles tinham que deixar a vida deles em Suas mãos. Agora, finalmente, o dia de glória havia chegado. Naquele instante, o casal de cabelos prateados sabia que todas as provações, todas as necessidades, não eram nada comparadas a este momento de encontrar o Rei do Universo. Voltou à mente deles as palavras do apóstolo Paulo: "Porque a nossa leve e momentânea tribulação produz para nós um peso eterno de glória mui excelente." (II Coríntios 4:17) Agora aquela glória eternal irrompe no céu em torno do casal idoso. Toda a alegria deles faz com que todos os seus problemas pareçam leves e momentâneos. Na verdade, como escreveu o apóstolo Pedro sobre os crentes recebendo a salvação, diz que eles "são cheios de uma alegria gloriosa e inexprimível". (I Pedro 1:8) Este casal faz parte de um grupo de pessoas que estão ansiosas para encontrar Jesus. Elas sabem que são fracas e pecadoras, mas sabem também, que serão perdoadas. Sabem que serão aceitas pela graça de Jesus Cristo. Milhares de anos atrás, o profeta Isaías antecipou este grande evento e descreveu as emoções dos crentes sinceros. Ele escreveu estas palavras de esperança e encorajamento, descrevendo as muitas emoções daqueles que olharão para os céus e verão Jesus quando Ele voltar: "E naquele dia se dirá: Eis que este é o nosso Deus, em quem esperávamos, e ele nos salvará; este é o Senhor, a quem aguardávamos: na sua salvação gozaremos e nos alegraremos." (Isaías 25:9) Eles esperaram tanto tempo, e agora, finalmente, os mais profundos e ternos sonhos são realizados no grande espetáculo do amado Senhor que desceu rapidamente em direção à Terra. Mas, justamente quando os fiéis acham que não possuem bastante alegria dentro deles, algo acontece, algo maravilhoso. Em outro lugar, num pequeno cemitério familiar numa pradaria de ventos fortes, a terra se abre. As flores que uma mãe saudosa colocou na tumba são jogadas fora. Um pequeno caixão se abre e uma voz de bebê começa a chorar. Instantaneamente, um anjo parte do céu e pega a criança nos braços. Em outro momento, ela está ao lado da mãe, que está contemplativa num silêncio aturdido, olhando o céu. Ela fita a criança por segundos. A última vez que ela olhou para aquele rosto, ele estava pálido e cheio de dor. A respiração tornara-se pequenos espasmos enquanto lutava uma batalha perdida contra a doença mortal. Mas agora, a criança está balbuciando; sua pele está normal e rosada novamente; seus olhos brilham enquanto olha para o rosto de sua mãe. Tremendo violentamente, esta mulher toma a criança e a aperta junto de si, feliz demais para falar. Quando ela se vira para agradecer ao anjo, ele já voou para outra missão. Em outro lugar, num cemitério municipal, um jovem casal encontra-se em pé junto ao túmulo aberto. A princípio estão completamente desorientados pela luz brilhante em volta deles. Eles não têm a menor idéia como chegaram ali. A última coisa que lembram é de um grande caminhão bem em frente deles na auto-estrada. Eles estavam em lua-de-mel. Sobreviveram ao acidente? Não, amigos, aqueles nomes no túmulo eram deles. Então olharam para o céus e prenderam a respiração. O homem e a mulher aproximam-se um do outro enquanto admiram o céu. É isto! Jesus está chegando! Foi a Ele a quem eles se dedicaram em seu casamento. E agora, todo o planeta é iluminado pela Sua presença. Eles então sabem que nunca, nunca mais, serão separados novamente. Terão a eternidade para crescer em seu amor. Nos últimos minutos da história da Terra, este planeta será sacudido por incontáveis ressurreições. Em toda parte ouviremos os gritos de reconhecimento, os entes queridos separados pela tragédia, caindo nos braços um dos outros. Paulo ansiava por este momento. Ele afirmou aos crentes em I Tessalonissenses 4:16, que Jesus Cristo voltaria, com certeza. Paulo disse: "Porque o mesmo Senhor descerá do céu com alarido e com voz de arcanjo, e com a trombeta de Deus; e os que morreram em Cristo ressuscitarão primeiro." Agora, realmente parece aos crentes, que a alegria deles não conhece limites. Na verdade, eles nem podem contê-la. Abraçam os seus queridos que uma vez foram arrancados de seu convívio, pela morte. Porém, algo mais acontece, o mais maravilhoso evento de todos. Os cristãos percebem que seus pés não estão mais pisando a terra. Eles estão subindo para assistir a este acontecimento nos céus. Muitas das reuniões de júbilo, acontecem em pleno ar. As famílias se abraçando em seu caminho para encontrar Jesus. Finalmente, a face do Salvador realmente se aproxima e parece tomar todo o céu. As vozes alegres dos crentes juntam-se ao som das trombetas e o chamado dos anjos ecoando nas nuvens. Paulo descreve este momento. Ele escreveu que, após os mortos em Cristo subirem, veja o que acontecerá: "Depois nós, os que ficarmos vivos, seremos arrebatados juntamente com eles nas nuvens, a encontrar o Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor." (I Tessalonissenses 4:17) Subindo para encontrar o Senhor dos senhores, o Príncipe da Paz, o Maravilhoso Conselheiro, o Bom Pastor. Subindo para encontrar o Criador de toda vida do Universo. Subindo para encontrar o destino eterno com Jesus. Que alegria inexprimível! Os crentes terão que ser transformados radicalmente a fim de desfrutar tudo isto. Eles serão mudados num piscar de olhos, como dizem as escrituras, quando a carne mortal se revestirá de imortalidade, quando mentes e corpos fracos e destruídos serão refeitos, perfeitamente restaurados. A última reunião com Jesus Cristo será justo acima da superfície da Terra. Estes serão os últimos momentos, os últimos segundos da história humana. É quando a eternidade começa para os que crêem. Onde você estará durante os últimos minutos da história da Terra? O que você vai experimentar? O que você sentirá? Será um terror inimaginável ou uma alegria indescritível? Você pode estar indiferente a Deus neste momento. Você pode achar que fé não é importante. Porém, breve, um dia, ela fará a grande diferença no mundo. Logo, ela vai dividir a humanidade repentina e eternamente em dois grupos. Um grupo experimentará a segunda vinda de Cristo com surpresa e terror. O outro grupo experimentará esta vinda como uma libertação, um cumprimento de tudo em que este grupo acreditou. Um grupo estará orando para as rochas caírem sobre eles. O outro estará exultante clamando: "Este é o nosso Deus por quem esperávamos." Por favor, não rejeite este encontro com Jesus até que seja tarde. Por favor, não espere até vê-Lo surgindo dos céus. Faça um compromisso com Jesus agora. Abra o seu coração agora mesmo. Pergunte a Jesus neste exato momento: "Há alguma coisa em minha vida que esteja entre mim e Ti? Senhor, eu quero cair de joelhos agora mesmo e confessá-la."

 

ETERNO LAR Letra: Mônica E Wesley Vieira Música: Wesley Vieira Jesus Cristo prometeu Que um dia vai voltar E levar os Seus fiéis ao lar. Sim, eu sei, não vai tardar, Esse dia vai chegar. Meu Jesus em glória aqui virá. Coro Com poder virá resgatar os Seus E em glória enfim reinará pra sempre Quero cada vez ter o Seu amor E preparado estar Para ir com Cristo ao Eterno Lar. Esse mundo traz a mim Muita angústia e aflição E me afasta do Seu grande amor Mas Jesus é tão gentil Me aceita como sou Sei que um lugar no céu terei. Subirei ao céu com muitos anjos E ao lado de Jesus vou viver Quero cada vez mais ter o Seu amor E preparado estar Para ir com Cristo ao Eterno Lar Gravado por Rogério Reis no MMCD-5208 da "A Voz da Profecia"

 

ORAÇÃO Pai, eu agradeço porque planejaste um final maravilhoso para a história da humanidade. Eu te agradeço porque planejaste que os últimos minutos sejam incrivelmente felizes. Nós queremos ser parte do grupo que subirá aos céus para encontrar-Te. Assim, nós dobramos os joelhos diante de Ti. Somos seres humanos pecadores que necessitam de um Salvador. Nós aceitamos o sacrifício que Cristo fez por nós. Nós Te aceitamos como Senhor de nossa vida. Conserva-nos em Tuas mãos, Te pedimos em nome de Jesus. Amém


 

12

ELE ME LIBERTA DO ÓDIO

Pr. Mark Finley

TOPO

 

João foi criado às margens norte do Mar da Galiléia, num pequeno vilarejo de pescadores chamado Betsaida. Após a conversão de João a Cristo, ele e os discípulos de Jesus, dirigiram-se ao sul, para Jerusalém através de Samaria. João ficou encarregado de arranjar um lugar para dormir naquela cidade e ele pareceu satisfeito com o encargo. Ele era o mais jovem dos doze homens que Jesus escolheu para serem seus apóstolos. Apesar disto, demonstrou qualidades de liderança. João, acompanhado de seu irmão Tiago, seguiu por uma montanha rochosa em direção à cidade num dia claro, determinado a deixar o Mestre orgulhoso dele. Na verdade, arranjar acomodação era um pouco difícil, porque Samaria era um lugar que os judeus evitavam. Muito sangue fôra derramado entre judeus e samaritanos muito antes de João ter nascido. De fato, a maioria das pessoas em viagem do Mar da Galiléia para Jerusalém, como Jesus estava fazendo, evitava a terra de Samaria. Eles faziam um desvio, através de Peréia. Jesus havia parado uma vez em Samaria, numa fonte bem fora da cidade de Sicar. Ele pediu água a uma mulher, naquela fonte. Começaram a conversar e a mulher correu a contar a seus amigos sobre Aquele Homem maravilhoso. No final, muitos moradores de Sicar vieram a acreditar em Jesus como o Messias. Aquele encontro ficou na mente de João. Mais tarde ele escreveria sobre isto em detalhes. Agora, enquanto caminhava através do portão da cidade, João pensava que algo similar podia acontecer nesta visita. João e Tiago procuram hospedagem. Eles disseram que um grande Professor chamado Jesus iria passar a noite ali. No Oriente Médio o costume manda que a hospitalidade sempre seja demonstrada a estranhos. A princípio, os samaritanos tentaram ser amáveis. Mas, então, ouviram que Jesus, na verdade, ia a Jerusalém celebrar a grande festa no Templo. Os samaritanos cruzaram literalmente os braços e agiram escarnecedoramente. Disseram que não tinham abrigo para alguém com intenções de honrar seus rivais religiosos em Jerusalém. João tentou persuadí-los. Eles sabiam quem era este Jesus? Eles ouviram das grandes maravilhas que Ele fez? Os samaritanos não voltaram atrás. Assim, João e Tiago tiveram que deixar a cidade, voltar para as montanhas e encontrar Jesus. Enquanto João caminhava, tornava-se mais e mais zangado. Ele revia aqueles rostos teimosos dos samaritanos, balançando negativamente a cabeça. João não era acostumado a ser insultado. Ele cresceu num lar confortável em Betsaida. Seu pai possuia um próspero comércio de peixes lá na Galiléia com barcos, redes, grandes safras de peixes e muitos criados contratados. A mãe dele era uma mulher de posses. A família tinha ligações com o Sumo Sacerdote em Jerusalém. Quem estes miseráveis samaritanos pensavam que eram? O que realmente irritava João era o fato de que eles recusaram dar abrigo ao seu Mestre. Alguns dias antes disto, João estava no topo de uma montanha com Jesus e O observava com respeito. Cristo tornara-Se uma figura deslumbrante e divina, diante dos seus olhos. Moisés e Elias apareceram dos céus para honrar a Cristo. João viu seu Mestre brilhar como o sol. Agora, estes samaritanos mesquinhos achavam que sua vila desprezível era boa demais para ele. Inacreditável! No momento que João encontrou Jesus, sua indignação estava no auge. João e seu irmão Tiago explicaram rapidamente a situação. Então, os olhos de João fitaram o Monte Carmelo logo atrás deles, o lugar onde Elias implorou que descesse fogo do céu, enviado por Deus, o lugar onde os profetas de Baal fracassaram. Cheio de zelo, João explodiu com estas palavras, gravadas em Lucas 9:54: "Senhor, queres que peçamos que desça fogo do céu e os consuma, como Elias também o fez?" João queria demonstrar a sua lealdade. Ele desejava que aqueles que desonraram a Cristo fossem destruídos. Mas Jesus olhava muito além. Ele contemplou por um momento o amontoado de casas quase invisíveis pela poeira. Então, virou-se para João e disse: "Vós não sabeis de que espírito sois. Porque o Filho do homem não veio para destruir vidas, mas para salvá-las..." (Lucas 9:55) Então Jesus sugeriu que tentassem a próxima vila. O Mestre de João o conhecia muito mais do que o próprio João. Quando Ele chamou João e Tiago para ficar entre os doze, deu a eles um apelido. Chamou-os de "Filhos do Trovão". Estes jovens homens tinham sangue muito quente. Eram muito entusiasmados, prontos a servir. Jesus viu o potencial deles, mas também sabia, muito mais claramente do que eles, que o fogo pode queimar em duas direções diferentes. Ali em pé, olhando para o vilarejo samaritano, Jesus apontou em duas direções. Ele não veio para destruir as vidas humanas, mas para salvá-las. Vocês sabem, o zelo pela verdade e a paixão pelas causas justas, pode levar-nos a destruir aqueles que consideramos nossos inimigos, ou nos leva a diminuí-los. João não era capaz de ver esta distinção. Ele não sabia que espécie de espírito o guiava. Ele achava que era o espírito da lealdade e do fervor. Não via o furor cego, a raiva destrutiva dentro dele. João era um homem muito cuidadoso e sincero. João era também um jovem muito irritável. Este era um desafio que Jesus lançara a um dos Seus discípulos. É um desafio que muitas pessoas têm que lidar em sua própria vida. A maioria do que parece ser indignação justa, hoje em dia, esconde uma boa parcela de ira. As pessoas usam as brigas religiosas com seus inimigos, para encobrir suas batalhas pessoais com a raiva. As pessoas do mundo fazem a mesma coisa de diferentes maneiras, em sua vida. Nós vemos indivíduos passando a vida toda lutando contra algo. Às vezes contra a poluição ou contra os maus tratos aos animais. A intenção pode ser boa, mas, toda a sua atitude é dominada pelo ódio e pela ira. Empregadores e gerentes podem ser pegos pela mesma armadilha também. Eles consideram necessário ser agressivos; acham que devem continuar impelindo as pessoas para fazer algo. Porém, é o ódio que os estimula. É a raiva que os impulsiona e isso têm que ser liberado, de alguma forma. Da mesma maneira, ser zeloso não é problema. Possuir zelo por uma causa, também não é problema. É viver a vida baseada em ódio, que é destrutivo. Religião baseada em ódio é talvez muito mais destrutiva. Mágoas acontecem a todos nós nesta vida. Mágoas podem ocorrer desde a infância. Coisas ruins podem acontecer enquanto vamos à escola. Os amigos podem trair-nos, os cônjuges podem trair-se mutuamente e algumas vezes estas coisas ruins ficam arraigadas em nós e não podemos esquecer, não podemos perdoar. A ferida não cicatriza e o ódio começa a desenvolver-se apesar de desejarmos muitíssimo mudar aquele acontecimento ruim. Desejamos mesmo! Não podemos, porém, mudar o passado. Então, nosso ódio continua aumentando de várias formas. Direcionamos este ódio contra certas pessoas, como se fossem inimigas porque, lá no fundo, nós estamos odiando algo que outra pessoa, nossos pais, amigos, um patrão, um colega fez contra nós. Estamos clamando para que fogo do céu caia em algum lugar, porque bem no íntimo nós estamos magoados. Que podemos fazer com esta espécie de ódio? Como podemos substituí-lo? Como evitar que a indignação se torne ódio? Bem, vamos ver como Cristo lidava com este jovem irado. Alguma coisa notável aconteceu a João, o "filho do Trovão". Vamos voltar alguns meses antes daquele incidente entre João e os Samaritanos não hospitaleiros. A cena: um salão em qualquer lugar em Jerusalém, fôra reservado para a ceia da Páscoa que Cristo queria celebrar com os doze apóstolos. Enquanto eles se reuniam cercados pelas sombras do entardecer, estes homens sentiam que algo significante estava para acontecer. Subindo as escadas para o salão superior, eles começaram a falar sobre o Reino que Cristo prometeu estabalecer. Então seus olhos pousaram na pequena mesa onde a ceia da Páscoa estava servida. Eles olharam para as almofadas arrumadas em volta dos três lados da mesa onde podiam reclinar-se. Era uma cena formal de Páscoa. Quem sentaria onde? Quem teria a posição próxima a Cristo? A natureza humana é assim. Todos os doze sentiam-se altamente qualificados. Todos tinham absorvido os ensinamentos de Cristo. Todos presenciaram milagres em Seu nome. Todos proclamaram as Boas Novas no nome Dele. João não era o único altamente qualificado neste grupo. Ali, em pé, embaraçados, estes homens encontravam-se discutindo sobre quem deveria sentar e onde. Eles não tinham como evitar isto. Os doze tinham passado longo tempo juntos, o bastante para adquirir rancores e ressentimentos. Ao final, Judas fez uma manobra para ficar ao lado de Cristo. Afinal de contas, como sempre lembrava, ele era o tesoureiro. João, reclinou-se do outro lado. Os outros, vagarosamente, espalharam-se em volta da mesa e olhavam interrogativos, para Judas e João. Era tempo de celebrar a Páscoa, o memorial da grande libertação divina de Israel do povo Egípcio. Mas, o clima naquele salão parecia muito pesado aquela noite. Parecia que todas as palavras de ressentimento que os discípulos haviam emudecido estavam ali, no ar. De repente, Cristo levantou-se e caminhou até uma bacia. A princípio, os discípuos pensavam que era o momento do ritual de lava-mãos que fazia parte da ceia de Páscoa. Mas, então, Jesus tirou Sua vestimenta, pegou uma toalha e cingiu-a ao Seu cinto. Colocou água dentro da bacia e voltou para junto dos Seus discípulos. Ajoelhando-se, tirou a sandália de um dos homens e sem dizer uma palavra, começou a lavar os pés daquele homem. Ele lavou o pó e a lama das ruas de Jerusalém. Em seguida, Jesus dirigiu-se ao segundo homem, e ao próximo. João olhava para a cena admirado. Ali estava Jesus, fazendo as vezes de um escravo, numa tarefa subalterna. Mas, na verdade, a lavagem de pés, não era uma tarefa humilde, não era uma atitude comum. Para João, era algo muito glorioso. Ele fitava as mãos de Jesus enquanto lavava, secava os pés deles e passava de um discípulo para o outro. Estas eram Mãos inesquecíveis. Ele já as havia visto trabalhando antes. Ele já vira estas Mãos pegarem as mãos pálidas e sem vida de uma criança, enquanto a família chorava e lamentava em volta dela. Ele viu quando as Mãos de Jesus levantaram a criança do seu leito de morte. João vira aquelas Mãos tocarem um paralítico que estava sem esperança, no poço de Betesda. Ele vira o homem levantar e sair andando. João viu aquelas Mãos erguidas em oração diante de uma multidão faminta de cinco mil pessoas. Ele viu aquelas Mãos transformarem alguns pedaços de pão em uma refeição que satisfez a todos. Ele viu também as Mãos que se ergueram, para defender uma mulher pega em adultério, contra homens prontos a atirar pedras. João viu aquelas Mãos tocarem os olhos de um homem cego de nascença e produzir visão onde não havia nenhuma. Ele tinha visto aquelas Mãos acenarem para Lázaro, Seu amigo, que havia estado em um túmulo por quatro dias e Lázaro respondeu. João vira também aquelas Mãos fazerem muito mais durante o tempo que passou com Jesus e tudo isto surgiu em sua mente enquanto olhava Jesus lavar os pés empoeirados dos Seus discípulos. Aquelas Mãos eram poderosas. Eram Mãos onipotentes, mas, acima de tudo, eram Mãos cheias de amor. Elas abençoavam tudo que tocavam. Elas vieram para salvar, não para destruir. Finalmente, Jesus chegou até João e desamarrou as suas sandálias. Naquele momento, não importava quem estava sentado onde, em volta daquela mesa. Não importava quem seria o mais honrado no Reino dos Céus. Este amor incrível era o que importava! Enquanto Jesus lavava os pés de João, ele, o "Filho do Trovão" sentia seu ódio ser lavado ao mesmo tempo. O amor de Jesus finalmente ultrapassara tudo. O amor de Cristo era mais forte do que qualquer ferida, que todo o ódio, que todo o zelo exagerado. Voltemos às margens do Mar da Galiléia. Anos mais tarde, João se lembraria deste momento crucial, em sua vida. Ele lembraria quanto isto siginificou para ele. É desta maneira que ele próprio descreve em João 13: 3 a 5: "Sabendo Jesus que o Pai tudo confiara às suas mãos e que ele viera de Deus e voltava para Deus, levantou da ceia, tirou a vestimenta e tomando uma toalha, cingiu-se com ela. Depois deitou água na bacia e passou a lavar os pés aos discípulos". Jesus praticava um trabalho servil sabendo que Ele tinha vindo de Deus e que voltava para Deus. Jesus merecia ser exaltado ao lugar mais alto nos céus. Mas, Ele havia ocupado o lugar mais baixo na Terra. João estava deslumbrado pelo gracioso ato do Mestre. Finalmente, ele descobriu algo para substituir sua religião de ódio. Era amor, puro e simples. Toda a vida de Jesus era representada por aquele belo ato naquele salão. Como cristão, quando eu participo do lava-pés em minha igreja, sinto o amor fluindo do meu coração novamente. Amigos, Jesus tem uma solução para aquela religião que é baseada no ódio, para aqueles cuja vida é motivada pelo ódio. Você próprio não pode fazer muito para eliminar este ódio, nem mesmo evitar que acontecimentos ruins surjam. Há sempre mais mágoa no final. Somente o amor pode destruir nosso ódio. Somente o amor pode curar nossas feridas. Nós nunca, nunca poderemos mudar o passado, mas, podemos ser amados no presente. Veja como isto acontece: João foi transformado no final porque experimentou três anos e meio de convivência com Jesus. Nós também podemos conviver com Cristo, através de Sua Palavra. Nós podemos passar um tempo com Ele, em Sua Palavra. Eu encontrei certas passagens das Escrituras muito adequadas para lidar com o meu ódio. Lendo as epístolas de João e meditando no maravilhoso amor que Cristo enfatiza, fui ajudado a retirar o ódio do meu próprio coração. Jesus é capaz de encher nosso coração com Seu amor. Ele deseja que Lhe entreguemos a vida de maneira que lave nossa alma. Jesus pode nos libertar do ódio. Ele fez isto por João. Ele transformou o temperamental "Filho do Trovão". No final da vida de João o encontramos encarcerado na Ilha de Patmos, prisioneiro da fé. Ele sabia que provavelmente morreria sozinho, separado dos cristãos que muito significavam para ele. Mas João não sentia ódio naquela Ilha. Ele não clamava que fogo caísse dos céus sobre os soldados romanos que o guardavam. Ele também não se angustiava porque não ocupava nenhuma posição de destaque no Reino, no final de sua vida. Não, em vez disto, João escrevia. Ele enviava cartas, e elas são as mais belas cartas de amor que este mundo já viu. João ainda era tempestuoso, ainda tinha sangue quente e ainda possuía muita paixão e zelo. Mas, agora, era amor que ele demonstrava. Era o amor que o compelia. João transformou-se no "Apóstolo do Amor". Ele escreveu: "Meus filhinhos"; e aos que crêem, ele chama de "amados". Várias vezes ele roga: "Amem uns aos outros"; "um amor profundo e verdadeiro"; "no amor não há medo"; "porque Ele nos amou primeiro." (I João) Você já experimentou esta espécie de amor gracioso que transformou este "Filho do Trovão"? Ou você está preso ao ódio? Nós podemos substituir a dor e a mágoa de diversas maneiras. Mas há uma única solução: somente o amor pode nos libertar do ódio.

 

MINHA ORAÇÃO Letra e música: Hélio Góis Inclina, ó Deus, os Teu ouvidos e ouve a minha petição: guarda a minha alma, ensina-me o caminho, volta para mim o Teu olhar. Pois Tu, ó Deus, És meu amigo e cuida do meu coração; sabes como vivo e até o que não digo Vem, ó Deus ouvir minha oração. Pois Tu, Senhor, És bom e pronto a perdoar, humilde em Tua magestade e no Teu amor eu posso confiar. Olha prá mim, Senhor, na minha insegurança; constrói em volta Tua fortaleza e livra-me das perigosas trevas. Amém. Gravado por Viviane no CDPB1001 pela PLAYBLECK

 

Oração Querido Pai, nós vimos a Ti porque o ódio está nos destruindo. Porque tudo que tentamos fazer não preenche o vazio dentro de nós. Precisamos das Mãos que curaram o paralítico e o cego. Nós Precisamos das Mãos que ressuscitaram mortos. Confessamos nossas necessidades e imploramos perdão e libertamento neste momento. Nós pedimos que Jesus, o Salvador, coloque agora, as Mãos sobre nós. Por favor, derrama em nosso coração o Teu amor. No Nome do Mestre que lavou os pés dos discípulos. Amém

 


 


 

13

MAIS QUE PELE E OSSO

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Há uma historinha infantil que diz o seguinte: "Certa vez, tentei fazer parte daquela igreja respeitável, de gente rica, que fica ali adiante. O pastor e eu conversamos, e ele tentou desanimar-me com todo o tipo de desculpas. Percebi que eu não era bem vindo, então disse-lhe: - Pastor, vou orar e pensar se devo ou não pertencer a esta igreja. Deus me dirá o que devo fazer. No dia seguinte, o pastor me perguntou, meio nervoso: - E então, Deus lhe enviou alguma mensagem? - Enviou sim senhor - respondi. - Deus me disse que não adiantava tentar. Ele disse: 'Eu mesmo estou tentando entrar na mesma igreja há dez anos, e ainda não consegui." É lamentável quando as igrejas são identificadas pelo que excluem. Quando os esforços concentram-se em deixar de fora as pessoas indesejáveis, logo se descobre que não há quase ninguém dentro. Este não é apenas um problema de preconceito contra certas raças ou classes sociais. Aplica-se a idéias e também à verdade. Às vezes, nós cristãos, em nossos esforços para defender a verdade para impedir que a mesma seja contaminada, descobrimos que ela escapa por entre os nossos dedos. Talvez você já tenha ouvido a seguinte expressão a respeito de alguém teimoso: "Seria necessário uma cirurgia para colocar esta nova idéia na cabeça dele." Infelizmente, isto às vezes acontece nas igrejas. Podemos chegar ao ponto de estar com todas as janelas bem fechadas para manter o erro do lado de fora, mas, com elas fechadas, não entra luz. Freqüentemente fazemos a pergunta: "Por que tantas denominações?" Muitas vezes, certas igrejas enfatizam o que o Novo Testamento não enfatiza. Sabemos que as instituições com o tempo, têm a tendência a deteriorar-se. Hoje vamos olhar para o problema da verdade: quando ela avança, e nós não. Vamos começar dando uma olhada em como a igreja deveria ser. Paulo nos dá uma ilustração em sua primeira carta a um jovem pastor chamado Timóteo. Ele estava escrevendo sobre "a casa de Deus" e descreveu-a da seguinte maneira, em primeiro Timóteo 3:15: ".... a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade." É óbvio que uma das funções vitais da igreja é servir como guardiã da verdade de Deus. Há um tema no Novo Testamento que pode surpreender pessoas religiosas: é o da "verdade progressiva," ou "conhecimento progressivo." Paulo, por exemplo, orando pelos colossenses, pede fervorosamente para que estes cristãos continuem a crescer. Veja suas palavras: "... que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; a fim de viverdes de modo digno do Senhor... crescendo no pleno conhecimento de Deus." (Colossenses 1:10) Paulo ora para que os crentes cresçam em sabedoria, desenvolvam-se no entendimento da verdade. Ele fala de nos revestirmos do "novo homem que se refaz para o pleno conhecimento," em Colossenses 3:10. Ele ora para que o amor dos filipenses "aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção." (Filipenses 1:9) O apóstolo Pedro amplia o mesmo assunto. Ele também exorta os cristãos: "... crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." (II Pedro 3: 18) O apóstolo também diz em II Pedro 1:5: "... associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento." De que forma a igreja funciona como um baluarte da verdade? Ampliando conhecimentos. Crescendo em entendimento. É isto que o Novo Testamento todo exorta os cristãos a fazerem. Se ficarmos parados, a verdade escapa por nossos dedos. Só poderemos preservar a verdade se a buscarmos constantemente. Deixe-me dar um exemplo de um cristão que fez isso, pois era alguém que gostava muito de aprender: Dwight L. Moody. O pastor Moody, um dos mais destacados evangelistas da idade moderna, tinha uma constante avidez de aprender mais, progredir, crescer. Durante uma longa turnê evangelística, Moody estava viajando de trem com um cantor chamado Towner. Um bêbado, que tinha um dos olhos gravemente machucado, reconheceu Moody, e começou a cantar hinos aos berros. O evangelista não queria lidar com o homem, e disse a Towner: - Vamos sair daqui. Mas o cantor evangelista lhe disse que os outros vagões estavam lotados. Então o cobrador do trem chegou perto deles. Moody, ainda irritado, parou-o e apontou para o bêbado. O cobrador foi até lá e gentilmente silenciou o homem. Limpou o olho ferido, fez um curativo e depois levou-o de volta a um banco onde pudesse dormir. Depois de refletir sobre isso durante alguns minutos, Moody disse a seu companheiro: "Esta foi uma tremenda repreensão para mim." De acordo com ele, o cobrador havia agido como o Bom Samaritano e ele agira como o indiferente fariseu. Durante o resto daquela turnê, Moody contou esta história contra si mesmo em seus sermões. Mesmo quando se tornou uma celebridade, Moody manteve-se aberto ao aprendizado; queria continuar aprendendo. Um amigo certa vez disse: "Moody parece carregar uma pequena biblioteca com ele; onde arranja tempo para ler, eu não entendo." Uma das frases favoritas de Moody era: "Precisamos crescer ou dar de cara com o muro." Embora Moody fosse um poderoso pregador, muitas vezes apresentava um orador, saía da plataforma e sentava-se aos pés do homem com a Bíblia aberta, tomando notas. Dwight Moody é um exemplo de suscetibilidade ao ensino. Alguém que tinha vontade de aprender, crescer, descobrir mais e mais sobre as verdades de Deus. Creio que uma igreja saudável pode ser definida como um movimento em prol da verdade de Deus. Você sabia que através de toda a História, mesmo nas épocas mais sombrias, sempre houve pessoas que continuaram abertas às verdades de Deus, que insistiram em crescer no conhecimento de Jesus Cristo, em vez de fecharem-se em suas tradições? Isto encaixa-se na idéia escriturística do "remanescente." Quando Israel e Judá foram levados ao cativeiro, aparentemente todo o povo de Deus havia sucumbido à idolatria. Mas, havia um remanescente fiel, um grupo que voltou com Esdras e Neemias para reconstruir o templo em Jerusalém. Como diz Ageu no capítulo um, verso 12: "... e todo o resto do povo atendeu à voz do Senhor seu Deus..." Eles permaneceram abertos ao chamado de Deus. Nos dias do Novo Testamento, a maioria dos judeus rejeitou a Jesus como o Messias; permaneceram presos às suas tradições. Mas nem todos. Em Romanos 11, Paulo fala dos judeus no verso cinco: "... no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça." Deus sempre teve um remanescente; um povo remanescente que permaneceu fiel, atendendo ao chamado de Deus. Pessoas que apegaram-se à verdade, procurando aprender novos fatos. Deus sempre teve um remanescente, mesmo nas eras mais sombrias. Vejamos, por exemplo, John Wycliffe e seus seguidores, no século onze. Ele foi além da ignorância e superstições da maioria dos sacerdotes, e apegou-se à Bíblia, e somente à Bíblia, como o padrão da verdade. John Wycliffe deu um corajoso passo na direção da verdade. John Hus deu outro passo no século seguinte. Ele afastou-se do fanatismo e intolerância de sua época afirmando que cada indivíduo devia lealdade apenas à Palavra de Deus e não às tradições dos homens. Martinho Lutero deu vários outros passos adiante. Ele buscou e passou a seguir a verdade da justificação pela fé, num tempo em que as penitências e indulgências a haviam esmagado. Ele proclamou a salvação somente pela graça, somente pela fé em Jesus. Mais tarde, o movimento Anabatista ressaltou outras verdades: devoção a Cristo, o batismo dos crentes por imersão e a liberdade de consciência. No século dezoito, John Wesley superou o formalismo morto da igreja de seus dias e redescobriu a verdade da santidade pessoal, da vida de serviço. A igreja avançou novamente. Deus sempre teve um povo remanescente: um povo que apegou-se e defendeu a verdade buscando obter mais conhecimento. Nós fomos beneficiados por estas descobertas. Hoje, você e eu pisamos no chão assentado por cristãos que pesquisaram a Bíblia quando isto era perigoso. Muitas vezes não damos o devido valor à verdades que custaram sangue, suor e lágrimas. Um dos fazendeiros vizinhos de Ralph Waldo Emmerson estava olhando a estante de livros dele, certo dia. Emmerson ofereceu-se para emprestar-lhe um livro de Platão. O homem levou o livro, embora nunca tivesse ouvido falar naquele tal de Platão. Quando o devolveu, Emmerson perguntou: - Você gostou do livro? - Gostei muito - respondeu o vizinho. - Este Platão tem muitas das minhas idéias. A maioria de nós não tem consciência do quanto devemos àqueles que vieram antes de nós, especialmente em relação às verdades bíblicas. Mas é exatamente aqui que está o problema; aqui está a grande razão porque há tantas denominações. Em vez de imitar os heróis da fé em seu espírito de descoberta, nós nos acomodamos em torno de suas descobertas e as transformamos numa fortaleza doutrinária. Alguns acomodaram-se ao redor das idéias de John Hus ou Martinho Lutero. Outros ao redor das descobertas de Calvino, ou Wesley. Todos estes homens fizeram descobertas maravilhosas na Palavra de Deus. Mas não descobriram tudo. Lutero estava disposto a usar o Estado para impor sua própria religião. Calvino foi quase tão intolerante quanto seus inimigos religiosos. Sabe qual é o problema? Depois que você se acomoda, depois que constrói uma fortaleza ao redor de suas posições doutrinárias, é difícil seguir adiante. É difícil arrancar as raízes. Quando a verdade de Deus avança, muitas pessoas ficam para trás. Eles estão tão preocupados em preservar a quantidade limitada de verdade que têm, que não conseguem ver a verdade maior que Deus deseja que eles vejam. Amigos, a igreja de Deus deve ser baluarte e guardiã da verdade. Ela existe para ajudar as pessoas a crescerem em graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Muitas igrejas de hoje estão simplesmente marcando o local de uma grande descoberta do passado. Não estão continuando a crescer no presente. Acabam identificando-se por aquilo que excluem. A igreja não deve ser um museu, mas um centro de aprendizado. Deixe-me dar um exemplo do notável poder de uma descoberta. Helen Keller cresceu em seu próprio mundo, presa à ele pela cegueira e surdez. Ela tornou-se uma criança "selvagem", quase incontrolável, cheia de vontades. Um dia, enquanto Helen estava brincando com uma nova boneca, sua sofrida e esforçada tutora, Anne Sullivan, colocou o brinquedo em seu colo e fez com a mão os sinais da palavra "b-o-n-e-c-a" na mão de Helen repetidamente. Mas Helen não entendeu. Enquanto a professora tentava fazer um elo entre aquele objeto e os sinais que fazia em sua mão, a garota foi ficando agitada. Finalmente jogou a boneca no chão, fazendo-a em pedacinhos. Mais tarde, Helen escreveu: "No mundo silencioso e escuro em que eu vivia, não havia sentimentos de ternura." Ela não sentia tristeza nem arrependimento. Mais tarde, a Srta. Sullivan levou a indisciplinada menina para caminhar até o poço. Alguém estava tirando água. Colocando a mão de Helen sob a fria corrente de água, a tutora soletrou "água" na palma da outra mão. De repente, a mente de Helen captou o processo. Mais tarde Helen descreveu isto: "O mistério da linguagem me foi revelado. Soube naquele momento que 'água' era aquela maravilhosa corrente fria que fluía sobre minha mão. Aquela palavra viva acordou minha alma, trazendo-lhe luz, esperança e alegria, e a libertou!" Helen agora estava ansiosa para aprender. Ao voltar para casa, ela começou a tocar tudo. Tudo parecia estar cheio de vida. Foi então que tocou a boneca quebrada. Ela escreveu: "Meus olhos encheram-se de lágrimas, pois percebi o que havia feito, e, pela primeira vez senti arrependimento e tristeza... Naquela noite pela primeira vez desejei que chegasse um novo dia." A alma desta criança "selvagem", presa em seu próprio mundo de trevas, acordou pela descoberta da palavra viva. Amigo, você já foi despertado por alguma nova verdade? Você está disposto a abrir sua mente às novas verdades da palavra de Deus? Está disposto a seguir a verdade divina, deixando de lado as tradições dos homens? Lembrem-se que Deus sempre teve Seu remanescente; sempre houve crentes que lutaram pela verdade, buscando novas verdades. Acredito que existam homens e mulheres assim hoje. Um dos lampejos que o Apocalipse nos dá sobre o futuro encontra-se em Apocalipse 12:17. Lá vemos que o dragão, que é Satanás, estava irado com a mulher, que é a igreja, e foi fazer guerra com o remanescente de sua descendência. Portanto, Deus terá Seu remanescente até o fim. O Apocalipse continua a nos dar idéias sobre como será a igreja remanescente. Aqui estão algumas pistas. Em Apocalipse 14, vemos uma descrição da proclamação final de Deus ao mundo. Um anjo voa pelo céu. Em Apocalipse 14:6 e 7, o apóstolo João descreve a mensagem final de Deus à humanidade, nas seguintes palavras: "... tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo e língua e povo." Esta é a grande missão que foi dada à igreja; a igreja de Cristo deve alcançar cada pessoa com o evangelho de Jesus Cristo. Portanto, eis aí a descrição do trabalho da igreja: a verdadeira igreja de Cristo será missionária e evangelística. Agora ouça o que este anjo proclama em alta voz no verso sete: "... Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." Há um senso de urgência aqui, amigo. O anjo convoca toda a humanidade a adorar a Deus porque a hora de Seu juízo chegou. Aqui está uma mensagem para os últimos dias. A igreja de Cristo, Seu remanescente, enfatizará Seu breve retorno. Estará concentrada na pregação da Segunda Vinda de Cristo. Acredito que esta seja uma das características da igreja remanescente de hoje. Ela não apenas oferece adoração como uma opção agradável. Proclama a urgência de prestar a Deus nossa lealdade incondicional, porque todos estamos sujeitos à Sua autoridade, Seu juízo. Ele voltará em breve! Vamos analisar outro indício. Já mencionamos um verso de Apocalipse que fala de Satanás fazendo guerra contra a mulher, e o remanescente de sua descendência. A última parte do verso, em Apocalipse 12:17, descreve o próprio remanescente. Eis o que diz: "... o restante (ou remanescente) da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." A verdadeira igreja de Deus, o remanescente, guardará Seus mandamentos. Os mandamentos de Deus não saíram de moda. São princípios eternos e imutáveis de Seu governo. Revelam claramente o padrão eterno de justiça. Certamente não foram dados apenas para os judeus. O próprio Jesus disse: "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos." (João 14:15). As leis de Deus não se tornam irrelevantes. Precisam apenas ser redescobertas. O espírito de descoberta, que move o povo remanescente, os leva a uma profunda apreciação dos princípios de Deus e a um desejo de aplicá-los mais e mais às suas vidas. O remanescente guarda os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo. Sua fé está baseada em Jesus Cristo, Sua vida e morte e ressurreição. Portanto, aqui temos um pequeno resumo da verdadeira igreja de Deus nos últimos dias. Ela proclama o evangelho eterno no momento do juízo de Deus. Ela luta para guardar todos os mandamentos de Deus. É guiada pelo testemunho de Jesus, que o Apocalipse define como o Espírito de Profecia. Há um movimento assim hoje? É óbvio que existem muitos cristãos ávidos por conhecimento em quase todas as denominações. Igrejas discutindo entre si sobre qual é a verdadeira igreja de Deus não é uma cena muito atraente. Depois da apostasia da Idade Média, o Espírito Santo começou gradualmente a revelar a luz da verdade a Seus fiéis seguidores. Verdades, que há muito estavam perdidas, foram redescobertas. Verdades eternas como a autoridade da Escritura, salvação apenas através de Cristo, a Segunda Vinda de Jesus, obediência à Sua lei, o sábado, batismo por imersão, os fatos a respeito da vida e da morte. Com o tempo, o cristianismo tornou-se complacente. O espírito de descoberta havia desaparecido. Mas a percepção de que Jesus Cristo logo invadiria a História, acordou milhares de pessoas de seu sono. Batistas, metodistas, católicos, episcopais e até mesmo muitos não cristãos foram despertados por esta nova esperança. Começaram a estudar a Bíblia como se fosse um livro novo e fizeram emocionantes descobertas sobre a amplitude das verdades de Deus. Todas as verdades, desde a Criação ao Apocalipse, da vida saudável ao estado dos mortos, do descanso sabático ao trabalho do Espírito Santo. Estas pessoas queriam construir sua fé sobre as grandes verdades descobertas por homens de visão. A verdade de Deus estava avançando, transformando completamente igrejas inteiras que queriam marchar com esta verdade. Você pode se perguntar: "Onde está o remanescente de Deus hoje? Será que Deus tem um movimento construído sobre a plataforma da verdade, construída pelos grandes homens e mulheres de fé da História? Existe uma igreja hoje, cujas paredes tenham sido levantadas por homens e mulheres de eras passadas, com os tijolos doutrinários da fé? Existe um movimento que levanta bem alto a tocha da verdade?" Acredito que sim! Como adventista do sétimo dia, acredito que a Igreja Adventista encaixa-se no simbolismo do povo remanescente de Deus no livro de Apocalipse. É uma igreja profundamente ligada a Cristo e Sua verdade e que leva homens e mulheres que amam a Jesus de volta à guarda de todos os mandamentos de Deus e que preparam-se para Sua breve volta. Nenhuma denominação é perfeita. Nenhuma igreja pode declarar que não precisa mais "crescer em graça e conhecimento." Os adventistas também podem fechar as janelas e construir uma fortaleza ao redor de suas posições doutrinárias, assim como os outros. Mas eu gostaria de lhe propor um compromisso hoje. Pela graça de Deus, quero apegar-me à verdade de Deus e buscar mais verdades. Quero fazer parte de um movimento, não apenas uma denominação ou igreja. Você gostaria de juntar-se a mim neste compromisso? Você gostaria de continuar a crescer em graça e conhecimento, continuar desenvolvendo-se com a Palavra de Deus, continuar seguindo os princípios da Escritura, onde quer que eles o levem? Este é o tipo de remanescente que Deus quer ter hoje. Este é o tipo de povo que fará com que a História alcance seu clímax. Este é o tipo e fé que triunfará em todo o tipo de adversidade. Vamos nos unir agora, e dar mais um passo adiante para descobrir por nós mesmos as verdades de Deus.

 

ORAÇÃO: Pai, Tu podes ver nosso coração agora e sabes que passos precisamos dar. Há verdades que precisamos compreender mais profundamente, princípios que precisamos aplicar à nossa vida diária. Por favor, não permita que nós simplesmente nos acomodemos ao redor de qualquer fortaleza doutrinária dentro da qual nascemos. Ajuda-nos a sermos flexíveis em Tuas mãos. Ajuda-nos agora a apegarmo-nos à verdade, buscando-a cada vez mais. Em nome de Jesus, Amém

 


 


 

14

AS DUAS TUMBAS

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Imagine que você é um dos discípulos de Cristo que, na manhã daquele domingo histórico, tivesse escutado rumores absurdos de uma ressurreição. Imagine que você tenha ido ao lugar aonde eles O sepultaram. O que você observaria, esquadrinhando ansiosamente dentro daquela tumba escavada na pedra? Você teria visto alguma evidência de que o impossível tivesse realmente acontecido? Confúcio alegava saber o caminho da ordem e harmonia entre o céu e a terra. Buda alegava mostrar o caminho para transcender o sofrimento humano. Bahai alegava que suas verdades sintetizavam todos os credos do mundo em um. Tem surgido muitos líderes religiosos na história, e muitas pretensões sobre como achar paz, a verdade final e salvação. Um líder religioso fez uma alegação mais extraordinária do que a de qualquer outro. Na realidade, apenas um alegou ter ressuscitado literalmente dentre os mortos. Somente uma religião reivindica uma tumba vazia como seu fundamento. Por isto é que a ressurreição de Jesus Cristo tem sido uma das crenças mais controversas de toda a história. Não é apenas uma questão do que você sente em seu coração. Não é apenas uma questão de simbolismo religioso ou mito. É uma questão de ter acontecido ou não. É uma questão de evidência histórica. No mundo hiper-científico de hoje estamos inclinados a duvidar de qualquer tipo de alegação religiosa, especialmente as sobrenaturais. Na realidade não vemos ninguém levantando do túmulo em nossos dias. Tudo que sabemos sobre anatomia e fisiologia simplesmente nos diz que isto não pode acontecer. Obviamente, a idéia da ressurreição de Cristo tem causado um enorme impacto no mundo. Então o que dizer sobre isto? Existe alguma maneira de saber o que realmente ocorreu durante as primeiras horas daquele domingo depois da crucifixão? Isto aconteceu a tanto tempo. É apenas uma questão de fé? Nós simplesmente acreditamos que Jesus levantou dentre os mortos porque é isto o que a religião cristã afirma? Bem, hoje eu gostaria de falar sobre algumas evidências sólidas que apoiam a fé. Você verá que a ressurreição é, na verdade, a melhor explicação para aquilo que sabemos ter ocorrido logo após a morte de Cristo. A ressurreição explica certas evidências que nenhuma outra teoria consegue explicar. No final do programa de hoje você descobrirá que este evento sobrenatural não é tão incrível assim. E você verá novas evidências arqueológicas surpreendentes que apoiam as reivindicações dos primeiros cristãos. Vamos começar com os fatos que virtualmente todos eruditos concordam. Mesmo os críticos que não aceitam a Bíblia como a Palavra de Deus, têm concluído que a veracidade destes fatos é indiscutível. 1. Depois da crucifixão, Jesus morreu e foi sepultado numa tumba. 2. A morte de Jesus trouxe desespero e desânimo aos Seus discípulos. 3. Os discípulos acreditavam ter presenciado aparecimentos literais do Jesus ressurreto. 4. Como resultado, os discípulos foram transformados de tímidos descrentes em audaciosos proclamadores. 5. A mensagem da ressurreição foi proclamada em Jerusalém, aonde Jesus havia morrido. 6. A Igreja nasceu e cresceu dramaticamente. 7. Paulo e Tiago, irmãos de Jesus, dois incrédulos, foram convertidos após verem o que eles acreditaram ser o Jesus ressurreto. Mais uma vez, estas não são apenas declarações de fé. Estes são fatos básicos que todos concordam. E estes são os fatos que precisam ser explicados. Por que e como estas sete coisas aconteceram? Se Jesus realmente levantou da sepultura, então todos os sete eventos são perfeitamente compreensíveis. Vamos dizer que Jesus não levantou da sepultura. Nós temos que sugerir alguma outra explicação para o fenômeno da fé dos discípulos e do crescimento da Igreja. Aqui estão algumas das teorias que foram experimentadas: Digamos que os discípulos conseguiram roubar o corpo de Cristo. Esta teoria foi popularizada no livro, "A Conspiração da Páscoa". Isto explicaria porque a tumba foi encontrada vazia; e explicaria como os discípulos podiam proclamar que Cristo tinha ressurgido com a certeza que nenhum de seus inimigos seria capaz de apresentar o corpo. Bem, a Conspiração da Páscoa vai direto contra a guarda romana postada na tumba de Cristo. Imagine o que tem que acontecer se esta teoria está correta. Os discípulos, logo após experimentarem completo desespero sobre a perda de seu Mestre e a destruição de toda sua esperança, reuniram-se e decidiram roubar o corpo e engenhar uma enorme mentira. Eles de alguma forma passaram furtivamente pela guarda romana. (Não se esqueça que estes eram soldados disciplinados que sabiam que pagariam com sua vida se qualquer coisa acontecesse durante seu turno). Os discípulos fazem desaparecer o corpo de Cristo. Então eles prosseguem proclamando a toda Jerusalém, e ao mundo, que Cristo ressuscitou. Eles continuam proclamando esta mentira apesar de privação, labuta e perseguição. Finalmente eles entregam sua vida por isto. Eu acho que não. A Conspiração da Páscoa desintegra-se assim que a analisamos de perto. Caiu em pedaços quando foi experimentada pela primeira vez pelos Fariseus e Saduceus. Lembremos que eles subornaram alguns dos guardas romanos e disseram-lhes para falar que os discípulos de Cristo tinham roubado o corpo enquanto eles dormiam. Enquanto eles dormiam? Se eles estavam dormindo, como eles souberam que foram os discípulos que levaram o corpo? Bem, que tal outra explicação alternativa. Que tal a Teoria da Alucinação? Vamos dizer que Cristo se apresentando para Seus discípulos depois da Sua morte era na verdade algum tipo de ilusão. Eles queriam tanto vê-Lo, que imaginaram terem-No visto. Como se espera, esta teoria esbarra num fato simples: números. Cristo não apareceu apenas para isolados indivíduos depois de Sua morte; Ele apareceu para grupos de pessoas. Ele entrou numa sala aonde os discípulos estavam amontoados com medo e em desespero. Um Cristo ressurreto era a última coisa que eles esperavam ver. Tomé, o único discípulo ausente na manifestação, recusou acreditar mesmo após os outros afirmarem que eles tinham visto e conversado com Jesus. Mas Jesus fez isto outra vez. Ele visitou os homens que tinham passado três anos com Ele. Ele conversou com eles face a face. Ele comeu com eles. Ele deixou Tomé, o incrédulo, tocar as feridas de Suas mãos, mas, isso não é tudo. Jesus apareceu para outros grupos. Quinhentas pessoas ao todo, viram Cristo vivo após Sua crucifixão. Agora, uma pessoa profundamente pertubada, pode de fato ter algum tipo de alucinação que é muito real para ela. E uma variedade de indivíduos, em diferentes estados de sugestão, terem vários tipos de alucinações. Mas numa coisa os especialistas concordam: várias pessoas não podem ter a mesma alucinação, ao mesmo tempo. Mesmo os céticos na ressurreição reconhecem isto. Um grupo de pessoas pode olhar para cima no céu e ver algum tipo de estranha luz brilhante e todos concluírem que é um OVNI. Elas podem escutar barulhos estranhos numa casa ou ver movimentos incomuns e concluir que elas viram um fantasma. Mas isto não é alucinação. Isto é apenas uma maneira de interpretar uma informação ambígua. Além disso, como nós notamos, as aparições de Cristo pós ressurreição são encontros detalhados. As pessoas interagem com Cristo. Em uma ocasião o Cristo ressurreto até preparou desjejum para Seus discípulos às margens do mar da Galiléia. Isto é uma alucinação e tanto. Bem, quando nós olhamos cuidadosamente às evidências, a teoria da alucinação simplesmente desaba. Os relatos dos testemunhos de vários grupos se interando com o Cristo ressurreto esmagam esta teoria. As tentativas clássicas de invalidar a ressurreição têm sido uma a uma desacreditadas. Hoje, não existe nenhuma teoria naturalista clara para os céticos se apegarem. Um brilhante jovem jornalista inglês, uma vez decidiu provar que a história da ressurreição de Cristo era apenas um mito. Franck Morrison descreveu sua busca nestas palavras: "Eu queria pegar esta 'Última Fase'da vida de Jesus, com todo o Seu drama vibrante e ágil... e podar o excesso desta crença primitiva." Morrison começou investigando todos os relatos da ressurreição de um ponto de vista jornalístico. O que soava verdadeiro? Que fatos se encaixavam? Quais que não? Conforme ele examinava as primeiras evidências, percebeu seu ponto de vista cético se transformando radicalmente. Morrison escreveu: "Coisas emergiram daquela velha história universal que anteriormente eu acharia ser impossível." Ele foi capturado pelo que ele chamou de "lógica irresistível" da história. Aos poucos, este jornalista chegou a conclusão que somente Cristo, de fato, levantando da sepultura, responderia todas as perguntas. Nenhuma outra teoria explicava os fatos. E ele continuou a escrever suas descobertas no bestseller: "Quem Moveu a Pedra?" A evidência que os eruditos têm reunido para a ressurreição tem se solidificado como a grande pedra que bloqueava a entrada da tumba. A arqueóloga, Kathryn Kenyon, calcula que aquela pedra pesava de 5 a 6 toneladas e a evidência é extremamente sólida. Então, as pessoas que ainda insistem em descrer deste extraordinário evento têm assumido uma posição confortável de distância. Elas dizem, de fato: "Bem, o evento citado ocorreu a muito tempo. Quem sabe realmente o que aconteceu? Quem sabe se os registros dos evangelhos são precisos ou não?" Talvez esta idéia da ressurreição evoluiu gradualmente entre os primeiros crentes. Eles podiam ter olhado para atrás e reinterpretado as coisas que aconteceram. Talvez os discípulos em algum ponto começaram a conversar sobre o que deveria ter acontecido em vez do que realmente aconteceu?" De início, esta linha de argumento realmente incorre em petição de princípio. Nós já mostramos que os eruditos hoje aceitam certos fatos como demonstráveis, conhecíveis. E todos estes fatos somente fazem sentido se Cristo realmente ressuscitou da sepultura. Então, não é justo recuar dos fatos, depois de termos visto aonde eles nos levam, e dizer, "Bem, não podemos realmente saber o que aconteceu. Talvez Jesus não ressuscitou, talvez isto foi apenas uma história." Vamos analisar de perto esta teoria, a idéia de que a ressurreição foi parte de um mito que se infiltrou gradualmente na igreja primitiva. Afinal de contas, isto faz algum sentido a primeira vista. Daniel Boone se tornou um super-herói porque as pessoas continuaram contando histórias sobre ele geração após geração. Nós todos estamos familiarizados com grandes homens e mulheres que se tornaram verdadeiras lendas após morrerem. Talvez tenha ocorrido desta forma com Jesus. Ele era um homem bom, um grande homem, mas Seus seguidores ultimamente O tornaram em um super-homem que desafiou até a própria morte. Será este o caso? Seria esta a história? Vamos ver. Aqui estão algumas notícias fascinantes. Esta teoria esbarra em várias extraordinárias inscrições descobertas numa tumba, na estrada para Belém. Alguns anos atrás, o Professor E. L. Sukenik, um arqueólogo judeu, começou a escavar uma tumba cristã nas áridas montanhas calcárias ao redor de Belém. Foi encontrado na tumba várias caixas de pedra chamadas ossuários aonde os ossos do morto eram colocados. Ele encontrou marcas nestes ossuários que o levou a alegar ter encontrado as mais antigas evidências do Cristianismo jamais descobertas. Em todos os quatro lados de uma das caixas, Sukenik achou grosseiros desenhos de cruzes feitas a carvão. Ele também encontrou várias inscrições em Grego nos ossuários. O que fez esta descoberta particularmente importante foi a idade da tumba. Cacos de cerâmica encontrados dentro dela são de um tipo conhecido como Herodiano. E também foi descoberta uma moeda datada. Ela havia sido cunhada por Agripa I no ano 41 D.C. e nenhuma moeda ou cerâmica de uma origem posterior foi encontrada. Então nós temos evidências da fé Cristã nos anos 40 D.C., cerca de dez anos após a crucifixão de Cristo em 31 D.C. Agora, chegamos na descoberta realmente estarrecedora. Dois ossuários tinham inscrições com o nome Jesus. Estes não eram os nomes das pessoas dentro do ossuário; eles eram na verdade declarações de fé, palavras de dedicação. Em uma, o nome de Jesus foi seguido das letras gregas "iou". Agora, gnósticos e pagãos em geral usam frequentemente esta palavra para denotar Deus. É uma versão abreviada de Jeová. Então o que nós temos numa tumba dos anos 40 D.C. é uma inscrição dizendo: Jesus Jeová ou Jesus é Deus. O outro ossuário que carrega o nome de Jesus tem as letras gregas "aloth", que em hebraico significa "o ascendido". Isto mesmo, "aloth", o ascendido. Você está começando a compreender o significado disto? Jesus, o ascendido. Amigo, dentro de poucos anos após a morte de Jesus você tem pessoas sepultando seus mortos com declarações de fé cinzeladas na pedra: Jesus é Deus. Jesus, o ascendido, aquele que subiu. Isto é o que estas inscrições na pedra proclamam alto e claro. As pessoas acreditaram na divindade e ressurreição de Jesus logo após Sua crucifixão. Você sabe o que isto faz com a teoria da Distância, a teoria do Mito, a idéia de que a ressurreição de Cristo foi uma lenda que de alguma forma surgiu na história da Igreja? Isto as sepulta. As pessoas estavam proclamando a ressurreição de Cristo em quarenta e poucos anos D.C., enquanto milhares, que tinham conhecido e visto Jesus, ainda estavam entre elas. Se Jesus, o Salvador Ressurreto, foi um mito, foi o primeiro e único mito instantâneo do mundo. À parte destas descobertas estarrecedoras dentro daquela tumba Cristã, nós temos outra evidência convincente. Por favor, veja cuidadosamente estas palavras em I Coríntios 15:3 a 6: "Antes de tudo vos entreguei o que também recebi; que Cristo morreu pelos nossos pecados, segundo as Escrituras, e que foi sepultado, e ressuscitou ao terceiro dia, segundo as Escrituras. E apareceu a Cefas, e, depois, aos doze. Depois foi visto por mais de quinhentos irmãos de uma só vez, dos quais a maioria sobrevive até agora..." Você percebeu o significado disto? Ele apareceu para Cefas, os doze e mais de 500 dos irmãos que estavam vivos. Aqui está uma declaração bem clara sobre a ressurreição de Cristo e Suas aparições. E o que faz isto especialmente valioso é que eruditos agora concordam que I Coríntios é um dos documentos mais antigos do Novo Testamento. Ele foi escrito por volta dos anos 50 D.C. Note que Paulo está dando sua declaração com base em "o que eu recebi". Isto é parte da crença Cristã primitiva, da primeira declaração de fé. Até mesmo eruditos críticos concordam que ela originou-se antes que Paulo escrevesse esta carta; eles geralmente a colocam nos anos 30 D.C. Em outras palavras, a proclamação da ressurreição foi formalizada em um credo nos anos 30 D.C. Então, aonde isto nos coloca? Isto nos manda, amigo, de volta aos eventos originais. Testemunhas não estão disseminando as novas que Jesus tem ressurgido dos mortos, séculos depois, nem mesmo décadas depois, mas logo após o evento em si. Simplesmente não existe tempo para o mito da ressurreição crescer. Você quer pregar o último prego no caixão da teoria do Mito? É este. As pessoas que tinham visto Cristo após Seu sepultamento estavam proclamando Sua ressurreição logo depois em Jerusalém e, ninguém pôde fazê-los calar. Ninguém podia fazê-los calar apresentando o corpo de Cristo. Uma a uma, as teorias que tentam anular a ressurrição, têm sido destruídas até mesmo eruditos céticos têm descartado a teoria da Conspiração da Páscoa, a teoria da Alucinação. E agora, a única teoria que restava era a vaga idéia de que a ressurreição cresceu como parte da lenda Cristo e, tem sido sepultada pela sólida evidência do que os primeiros discípulos proclamaram. Acredite ou não, mesmo hoje em nossa cética e hiper-científica era, a ressurreição de Jesus Cristo está em solo mais firme e sólido do que nunca dantes. Para todos que olham cuidadosamente para a evidência, ela é tudo, menos inevitável. É um fato histórico. Este fato distingue Cristo de todos os outros líderes religiosos, de todas as grandes figuras da história. Durante a Revolução Francesa, um campeão do novo ateísmo estava debatendo com um bispo Cristão. Ele disse desdenhosamente, "A religião Cristã, o que é? Seria fácil começar uma religião como esta." "Oh, sim", o bispo respondeu, "alguém teria apenas que ser crucificado e ressuscitar no terceiro dia." O fundador do Cristianismo está vivo. Que mensagem Sua tumba vazia proclama das mensagens de todos os outros grandes monumentos do mundo. Eu fiquei profundamente impressionado por este fato durante a minha recente visita a Moscow para a Cruzada do Kremlin, quando visitei a tumba de Lênin aonde costumava ser a Praça Vermelha. Por décadas, milhares de pessoas ficavam em fila e esperavam para entrar na tumba de Lênin, alguns deles esperavam por cinco ou seis horas. Para eles, Lênin era um deus adorado; mas, hoje, as filas se foram; hoje, poucas pessoas vêm ver a tumba de Lênin, apenas alguns turistas; você pode entrar sem ter que esperar. Existe uma tumba diferente em uma cidade diferente. Esta tumba não está em Moscow; esta tumba não contém o corpo do seu fundador. Esta tumba está vazia, porque Jesus Cristo está vivo. E hoje, em Moscow, milhares ficam em outras filas para ouvirem o evangelho, em filas, para conhecerem este Cristo que está vivo, porque um líder morto não pode salvar ninguém. É somente o líder vivo, o Salvador Vivo, Jesus Cristo que pode salvar completamente. Cada um de nós tem uma decisão a fazer sobre este Cristo. Ele não é apenas uma interessante lição de história; Ele não é apenas uma teoria religiosa atraente. Ele é o Deus Onipotente confrontando-os na carne, demonstrando que Ele tem poder sobre a vida e a morte. Então, temos que decidir o que vamos fazer com nossa vida. Temos que decidir se podemos confiar completamente e incondicionalmente neste Cristo. Você tem se familiarizado com este Salvador vivo, Jesus Cristo? Você O conhece como uma companhia presente ou como apenas um grande professor de moral de um distante passado. Você pode começar um relacionamento pessoal e significativo com Ele neste momento. Você pode tomar o primeiro passo numa jornada maravilhosa com o Cristo Vivo, deixando para trás esta tumba vazia, aqui em Jerusalém. Ore enquanto você toma esta importante decisão de aceitar o Senhor e Salvador, Jesus Cristo como seu Senhor.

 

ORAÇÃO Pai Celestial, obrigado por nos conceder o dom de Seu Filho. Obrigado por nos dar todas estas evidências maravilhosas e específicas que Jesus realmente conquistou a morte como Salvador e Senhor. Nós O aceitamos, neste momento, em nossa vida. Obrigado por perdoar nossos pecados e obrigado por nos aceitar em Sua família. Ajuda-nos agora a desfrutar completamente um relacionamento genuíno com o Ressurgido Senhor, Jesus Cristo. Amém

 


 


 

15

O DESAFIO DO APOCALIPSE

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Recentemente, milhões de telespectadores, nos Estados Unidos, foram levados a uma jornada misteriosa pelos labirintos das profecias e especulações mediúnicas. Este programa, em horário nobre, foi repetido e depois seguido por outro programa similar que foi ao ar em outro canal. Ouvimos profetas que disseram ser capazes de prever o futuro através do tempo e durante cerca de duas horas, falaram sobre profecias antigas, mostrando indivíduos que diziam ter traçado uma linha do tempo entre as câmaras e trilhas que cruzam o interior da grande pirâmide do Egito. Eles dizem que esta linha do tempo marca dois grandes períodos de tribulação que correspondem, exatamente, às datas das duas grandes guerras mundiais. O desenho da pirâmide foi chamado de "a mais profunda profecia do mundo." O programa também mostrou o profeta medieval Nostradamus olhando para o seu misterioso espelho negro, sua "porta para o futuro". Diz?se que foi possível a este homem prever a ascenção de Adolf Hitler ? o segundo anticristo ? com a "cruz invertida". Diz?se também que Nostradamus previu o assassinato de John Kennedy, o "grande homem atingido por um raio." Vimos também um profeta da Nova Era, chamado Gordon Michael Scallion que diz ter previsto o furacão 'Andrew' e o grande terremoto de Los Angeles. Ele acredita ter tido visões do futuro na tela do seu computador. O programa continuou atingindo um clímax surpreendente! Todos estes profetas, e vários outros, apontam para um acontecimento devastador e apocalíptico por volta do ano 2000. Todos eles apontam para um fim catastrófico do mundo. Todas estas profecias ocultas entram em choque com um tipo diferente de profecia; uma visão bem diferente do fim do mundo. No dia 2 de março de 1994, a América conheceu, de forma dramática, através de um programa de televisão, os médiuns e suas profecias. Nunca antes, que eu saiba, um grande canal de TV havia feito um especial de duas horas, no horário nobre, sobre este assunto. E talvez, nunca antes, tanto barulho tenha sido feito com tão poucas provas. A seqüência de abertura do programa foi precedida de um aviso declarando que o programa não faria uma avaliação objetiva da profecia mediúnica. Mas, a maneira como o programa apresentou osmédiuns ? como precisos adivinhadores do futuro ? foi surpreendente e desconcertante. Durante todo o programa um fato extraordinário foi ignorado: a inconsistência da documentação histórica da profecia mediúnica como um todo. Hoje eu gostaria de focalizar uma coisa em especial: a visão que estas pessoas nos dão do fim do mundo. Porque esta é a grande diferença entre duas contrastantes visões do Apocalipse ou do fim. Vamos analisar isto. Aqueles que viram a linha do tempo da grande Pirâmide dizem o seguinte: um buraco aberto aparece no chão de uma câmara subterrânea que indica o ano 2000. Eles dizem que isto simboliza um evento cataclísmico no fim deste século. Nostradamos predisse que dois terços do mundo seriam destruídos por uma praga. Edgar Cayce predisse que os pólos seriam trocados, revertendo os campos magnéticos da Terra, mudando o clima de tal forma, que países frios se tornariam tropicais e vice?versa. As costas se tornariam oceanos. O profeta da Nova Era, Gordon Michael Scallion, prediz que o sol irá mudar de direção e toda vida será destruída à medida que os oceanos se deformam e massas de terra se movimentam. Os grandes lagos se tornarão um só, e a nova costa oeste dos Estados Unidos será em Nebraska. Em outras palavras, todos parecem estar vendo um desastre cósmico que nos aguarda. E o programa de televisão sugeriu que isto pode acontecer por volta do ano 2000. Agora vamos olhar para outra fonte de profecia. Uma que tem uma documentação histórica muito melhor do que todos os médiuns juntos. Como mostramos em outros programas, a profecia Bíblica é algo que podemos testar objetivamente. Podemos saber que suas predições foram escritas centenas, e às vezes, milhares de anos antes dos eventos preditos. Alguns dos cumprimentos da profecia Bíblica foram espetaculares! Da ascenção do Messias a detalhes específicos da morte de Jesus; da sucessão dos impérios mundiais da Babilônia, Medo?Pérsia, Grécia e Roma. Portanto, faz sentido analisar esta profecia. Faz sentido testar sua credibilidade e confiabilidade. É uma fonte escrita da perspectiva de um Deus que tudo vê. E o livro que mais focaliza o fim dos tempos, é o Apocalipse do apóstolo João. O que o Apocalipse diz sobre o fim do mundo? Bem, à primeira vista pode parecer que não há muita diferença entre o Apocalipse e as profecias dos médiuns. O apóstolo João também prevê cataclismos no fim do tempo. O Apocalipse nos fala de um grande terremoto, estrelas que caem, o sol que escurece, gafanhotos que ferroam como escorpiões, pragas terríveis e devastação geral. Portanto, o Apocalipse realmente alerta sobre desastres no fim do mundo. Aliás, a maioria das profecias mediúnicas sobre o cataclismo final, toma emprestadas as imagens deste livro. Há uma grande diferença. E aqui os dois tipos de profecias se colidem. Quando médiuns e ocultistas olham para o livro do Apocalipse, não enxergam a verdade. Não podem entender a mais importante peça do quebra?cabeças. Toda a fumaça e fogo e desastres do Apocalipse formam um fundo, um cenário, para o drama principal. O apóstolo João joga estes elementos sombrios apenas para ressaltar a trama central, a personagem central. O Apocalipse não fala sobre desastres, fala sobre Jesus Cristo. Sobre Aquele que vai voltar outra vez. Este é o evento que sobressai de todos os símbolos, ilustrações e cenas do livro. Sem Jesus Cristo o Apocalipse não tem significado algum. Suas profecias não têm sentido. Leia o primeiro capítulo e veja o que você acha: "Eis que vem com as nuvens", isto é, Cristo vem nas nuvens, "e todo olho o verá." (Apocalipse 1:7) No fim do mundo, para onde todos olharão? Para Jesus Cristo, descendo dos céus. Este é o centro das atenções. E é por isso que a força da Escritura, a força do seu livro final, o Apocalipse, está em sentido contrário de todas as profecias mediúnicas e ocultas. Elas deixam de fora aquilo que mais importa: Jesus Cristo! Falar sobre a Terra desintegrando?se e o céu caindo, sem falar em Jesus, é apontar para a visão errada, para a direção errada. É falar em algo sem sentido. Agora, sejamos honestos: os adivinhos da Nova Era, nem os médiuns não são os únicos que têm uma visão distorcida do fim. Muitos cristãos se perdem entre as desgraças e pragas e criaturas monstruosas. Eles se preocupam tanto em sequenciar os eventos do fim, que perdem de vista o que realmente importa. Ficam assustados e têm medo dos eventos que virão em breve. Deixe?me dizer novamente: sem Jesus Cristo, o Apocalipse não tem significado, e todas as suas profecias ficam sem sentido. Muitos aceitam o fato de que Jesus deveria ser o tema central. Mas você pode se perguntar: se Jesus Cristo realmente está no centro de todas estas cenas apocalípticas, elas podem, às vezes, parecer bastante sombrias e medonhas? Como você pode explicar isto, Mark? Deixe?me levá?lo de volta a alguns dos pontos mais conhecidos do livro de Apocalipse, sob um novo ponto de vista. As primeiras palavras em Apocalipse são: "Revelação de Jesus Cristo". Por isso, o livro de João também é chamado de "Revelação". É uma revelação feita por Jesus, e a respeito de Jesus. Alguns versículos mais à frente, para que não haja dúvida sobre o que está no centro deste livro, João apresenta Jesus Cristo como... Vejamos Apocalipse 1:5 e 6: "...A fiel testemunha, o primogênito dos mortos e o soberano dos reis da terra. Àquele que nos ama e pelo seu sangue nos libertou dos nossos pecados... Seja a glória e o domínio pelos séculos dos séculos..." João continua focalizando Cristo como o Alfa e o Ômega, o início e o fim. Ele apresenta Cristo como uma figura gloriosa caminhando entre candelabros de ouro, como o Mestre batendo à porta de nosso coração, o Cordeiro Sacrifical de Deus. No capítulo cinco, seres celestiais prostam?se diante Dele e proclamam em Apocalipse 5:12 e 13: "... Digno é o Cordeiro que foi morto... E ao Cordeiro seja o louvor, e a honra e a glória, e o domínio pelos séculos dos séculos." Em seguida, no Apocalipse vemos a Cristo como o menino que nasceu e reinará sobre todas as nações. Apocalipse 12:1 a 5 descreve esta cena. No capítulo quatorze o Cordeiro de Deus reaparece. Ele fala com a voz de muitas águas e milhares de remidos rodeiam o Trono. No próximo capítulo, outra cena de adoração: crentes fiéis de pé sobre o que parece ser um mar de vidro, cantam o cântico do Cordeiro, dizendo: "Grandes e admiráveis são as tuas obras... Justos e verdadeiros são os teus caminhos, ó rei das nações!" (Apocalipse 15:3) Outra série de cenas apocalípticas se seguem e então, Jesus aparece mais uma vez, vindo dos céus, num cavalo branco liderando as hostes celestiais. O Apocalipse termina com a visão do Céu e da Nova Jerusalém, com o Cordeiro de Deus no centro. Você está começando a compreender? Talvez você sempre pensou que o livro de Apocalipse fosse uma porção de símbolos complicado, ou a visão apavorante de um holocausto. Mas isto não é verdade. O Apocalipse põe o foco em Jesus e o mantém Nele. Se você não tem Jesus no fim do mundo, você não tem nada. Qualquer série de profecias, qualquer visão do fim dos tempos, que não focalize Cristo, está totalmente errada. Está sem o principal. É por isto que o Apocalipse desafia os médiuns. É por isto que os dois tipos de profecias se colidem. Por favor, lembre?se: a catástrofe é o pano de fundo. E devo dizer?lhe, amigo, que certamente haverá catástrofe. A Bíblia prevê ítens como a "Marca da Besta", as sete últimas pragas e o tempo da provação. Mas, qualquer enfoque na catástrofe que deixa de fora Jesus Cristo, está errado! dEstas catástrofes servem apenas para ressaltar a glória de Cristo. E o que Cristo está fazendo no livro de Apocalipse? Ele está voltando, voltando à Terra. Está liderando as hostes celestiais. É um conquistador, um juiz, o Salvador. Três vezes, no último capítulo de Apocalipse, Jesus declara: "Eis que venho." Apocalipse é uma promessa maravilhosa, nunca esqueça disto. O acontecimento principal é a volta de Jesus. É o que dá sentido a tudo isto. O artista e cartunista Thomas Nast costumava fazer uma interessante apresentação em exibições públicas. Ele pegava uma tela larga, de um metro e oitenta por sessenta centímetros, e a colocava num cavalete diante do público. Então, ele pintava rapidamente um cenário com campinas verdes e gado, campos de grãos, uma casa de fazenda, céu claro, nuvens brancas. Uma cena alegre e saudável. Quando ele acabava, o público aplaudia. Em seguida, Nast começava a pincelar algumas cores mais escuras, como se estivesse dando os últimos retoques. Mas logo suas pinceladas se tornavam descuidadas. Ele manchava o céu claro, os campos e as campinas. Riscos escuros de tinta escondiam a pintura toda. Parecia algo irado e abstrato. Nast então declarava: "Está terminada!" O público não sabia o que fazer. Deviam aplaudir ou chorar? Mas então, Nast pedia a alguns assistentes para colocar a tela em posição vertical. E, de repente, ali estava a pintura de uma linda cachoeira caindo sobre rochas escuras, cercada de plantas e árvores. Era uma cena de rara beleza. A visão do fim do mundo pode parecer bastante assustadora. Pode parecer caótica. Todas aquelas desgraças, trombetas anunciando condenação, as pragas devastando a terra. O fim do mundo pode parecer como uma escura série de nuvens, como pinceladas sombrias na tela. Jesus, porém, coloca a pintura na posição correta. Ele põe o planeta todo na posição correta. E lá está Ele, o Alfa e o Ômega, a Estrela da Manhã, o Líder dos Exércitos Celestiais, vindo para resgatar os Seus. Isto é o que torna a visão do fim gloriosa e promissora. Não para todos, não para todos. Há outra razão que faz o grande constraste entre as profecias encontradas no Apocalipse e as profecias dos médiuns. Há outra coisa que os médiuns omitem, que é uma importante peça do quebra?cabeças. Ouçam esta mensagem final, que é dada por um anjo que voa sobre a Terra declarando: "Temei a Deus e dai?lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo." (Apocalipse 14:7) A hora do Seu juízo chegou. O julgamento final. Isto é algo que definitivamente não faz parte do vocabulário mediúnico. Nenhum dos médiuns ou ocultista fala do grande cataclismo que vêem no fim do nosso século, em termos morais. Não é um grande momento, de verdade, para indivíduos moralmente responsáveis. É apenas um desastre que acontecerá. De fato, a mentalidade da Nova Era tem mais ou menos apagado a idéia do julgamento como um todo. 'Afinal de contas, cada um de nós tem sua própria verdade', dizem eles. 'Somos nosso próprio deus. Todos nós somos divinos. Quem nos julgará?' Apocalipse desafia este tipo de pensamento em termos bem graves. Para o apóstolo João, a verdade é que Deus é o Juiz do Universo. Verdade não é algo que pensamos, mas algo que Deus revela. Não é algo que inventamos à nossa maneira. É a perspectiva de Deus sobre o que é certo e o que é errado, que importa e não a nossa. É isto que importa agora, e será vital no fim. Não, a Segunda Vinda de Cristo não será um evento glorioso para todos. Para alguns será o terror absoluto. No capítulo seis, João vê pessoas que correm e clamam para que as pedras e montanhas caiam sobre eles. Isto pode parecer hediondo. Pode parecer um evento terrível, e você diz: 'Lá vem o medo de novo'. Temos que contrabalançar as cenas amendontradoras descritas no Apocalipse com a visão de um Deus amoroso. Jesus vem para salvar e redimir, e estende Sua mão de amor. Este mesmo Cristo vem para julgar o pecado e extingui?lo do Universo para sempre! Apocalipse 6:15 a 17 diz: "...Se esconderam nas cavernas e nos penhascos dos montes, e disseram aos montes e aos rochedos: 'caí sobre nós, e escondei?nos da face daquele que se assenta no trono, e da ira do Cordeiro, porque chegou o grande dia da ira deles e quem é que pode suster?se? " No fim do mundo, algumas pessoas preferirão que rochas caiam sobre elas a encontrarem?se com Cristo face a face. Que trágico! Deram as costas a Jesus durante a vida e agora têm medo de encará?Lo na morte. O Apocalipse não fala sobre um cataclismo indiferente. Não é sobre as forças cegas na natureza destruindo a Terra. Fala a respeito de onde vamos passar a eternidade, onde estaremos para sempre, amigo.Tudo depende do que fazemos em relação à figura central do Apocalipse. Tudo depende do que fazemos em relação a Jesus. Hoje, os seguidores de uma mulher chamada Elizabeth Clair, profetiza, estão cavando abrigos contra bombas como preparativo para o fim. Aliás, estão tentando construir seu próprio mundo seguro, embaixo da terra. Eles têm uma provisão de comida para sete anos, lá embaixo. Estas pessoas pensam que estão preparadas, pensam que estão prontas. Pensam que vão sobreviver ao Armagedon. Não é assim que nosso destino será decidido! O apóstolo João tem uma sugestão diferente. Ele identifica os sobreviventes do fim dos tempos da seguinte forma, em Apocalipse 7:14: "São estes os que vêm da grande tribulação. Lavaram suas vestiduras e as alvejaram no sangue do Cordeiro." Como podemos "passar" pela grande tribulação? Como sobreviveremos ao Armagedon? Pelo sangue do Cordeiro! A nossa salvação não depende da força de nossos abrigos contra bombas; depende de nosso relacionamento com o Cordeiro de Deus. Lavar nossas vestes e fazê?las brancas no Sangue do Cordeiro. É uma maneira simbólica de dizer que devemos aceitar o perdão que Jesus Cristo oferece através de seu sacrifício na cruz. É uma forma de dizer que a justiça do Cordeiro pode nos cobrir como uma roupa branca e sem marcas. É uma maneira de dizer que o poder de Jesus Cristo entrou em nossa vida que nos tornamos vencedores sobre Satanás, pelo poder de Cristo. Meu amigo, Jesus estende a mão para você hoje. Jesus apela a você hoje. Ele diz: "Meu filho, vem a mim hoje e abra seu coração para mim. Eu quero ser seu Senhor e seu Salvador para que você possa suportar o fim dos tempos." O Apocalipse pode ser um evento glorioso para você, ao invés de algo atemorizante. É a nossa resposta ao Deus vivo. O início e o fim, o Rei dos Reis, o Cordeiro de Deus, que fará toda a diferença no fim. É com Jesus Cristo que precisamos estar prontos a encontrar. Ele está no centro desta cena. Ele é o centro desta cena. Ele é o centro do Apocalipse. Ele precisa ser o centro de nossa vida agora. Precisamos adorá?Lo de todo o coração agora, para podermos adorá?Lo então, no Céu. Depois de Seu maravilhoso resgate necessitamos caminhar em sua verdade. Agora, para caminhar em Sua gloriosa luz na Nova Jerusalém. O Apocalipse não apenas desafia os médiuns, desafia a cada um de nós. Qual é a sua posição? Se Jesus viesse bater à porta do seu coração hoje, como você responderia?

 

ORAÇÃO: Querido Pai, obrigado por nos ter dado uma revelação tão inspiradora de Jesus Cristo. Obrigado por aclarar nossa visão do fim dos tempos. Precisamos muito da Personagem Central no centro de nossa vida. Precisamos de Seu perdão e do Seu poder. Ajuda?nos agora a participar na adoração do Cordeiro de Deus. Ajuda?nos para que possamos dizer alegremente, do fundo do coração: "Digno é o Cordeiro que foi morto. Com Seu sangue Tu nos remiste. Honra e glória sejam dadas a Ti, para sempre e sempre!" Amém

 


 


 

16

TÚNEL ESCURO E LUZ BRILHANTE

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Quando Grace chegou ao hospital, estava tremendo de febre e sentindo muita dor. Seus órgãos pareciam estar se desfazendo, e ela estava entrando em choque séptico. Assim que perdeu a consciência, ela ouviu uma voz gritando: "Não consigo verificar a pressão arterial!" Então, logo em seguida, Grace sentiu como se estivesse deixando o próprio corpo, e deixando também a dor. Ela parecia estar flutuando no teto, assistindo aos médicos e enfermeiras tentando freneticamente salvar-lhe a vida. Grace olhou na direção do que parecia uma parede de nuvens, parcialmente transparente. Formava um túnel. Ela descreveu a experiência nas seguintes palavras: "Comecei a sentir a mais incrível, quente, dourada, e amorosa sensação... Eu estava numa luz... Havia a presença da luz, da sabedoria... A sabedoria me amava e ao mesmo tempo sabia tudo a meu respeito. Tudo que eu tinha feito e sentido na vida estava lá para que eu visse. Eu queria continuar adentrando a luz e ficar lá para sempre, mas me foi mostrado que deveria voltar e cuidar de meus dois filhos." Com esse pensamento, Grace sentiu que estava de volta ao corpo, de volta a toda dor. Sentiu-se irada por ter sido arrancada da mais maravilhosa paz em todo o Universo. A experiência de Grace no limiar da morte, e muitas outras como essa, foram contadas numa recente edição da Revista Life, num artigo de Verlyn Klinkenborg. A experiência do limiar da morte tornou-se um tópico muito falado ultimamente. Um dos primeiros livros sobre o assunto, "Vida Após a Vida", vendeu a fábula de 7 milhões de cópias e fez nascer um tipo de indústria. Alguns anos atrás, apenas alguns indivíduos da área científica estavam interessados nesse assunto. Agora, dúzias de médicos, psicólogos, biólogos e antropólogos estão fazendo pesquisas sobre isso. Há também a "Revista dos Estudos do Limiar da Morte" e uma Associação Internacional para estudos sobre o assunto. Pesquisas estimam que aproximadamente 8 milhões de americanos já tiveram experiências no limiar da morte. O que devemos entender de tudo isso? O que exatamente acontece com pessoas que parecem fazer viagens incríveis no momento que antecede a morte? São apenas alucinações? É o início de uma jornada rumo ao céu e na direção de Deus? Ou há algo oculto, demoníaco até, envolvido nesses espíritos flutuantes de um mundo de sombras? Bem, certamente eu não sou um "expert" sobre o que acontece fisiológicamente com seres humanos, num momento de morte, mas creio que todos nós podemos fazer alguns julgamentos de bom senso, com base em evidências genéricas. Primeiro, temos que nos lembrar de uma coisa sobre todas as pessoas que relatam experiências do limiar da morte: nenhuma delas morreu de verdade. Os médicos nos explicam: você não está morto no minuto que pára de respirar. Você morre quando um certo número de células do cérebro morrem, e já não há a menor chance de revivê-lo. Segundo, muitas das experiências no limiar da morte se assemelham a alucinações. A mente pode nos pregar peças incríveis. Especialmente num momento de trauma. Isso está bem documentado na literatura médica. Nosso cérebro pode levar-nos a jornadas vívidas a lugares muito reais, bem como lugares irreais. Aqui há uma importante evidência. A Bíblia não ensina que seres humanos têm almas imortais, que deixam o corpo no momento da morte. Aliás, as Escrituras afirmam, claramente, que receberemos a imortalidade somente após a segunda vinda de Jesus Cristo. O apóstolo Paulo descreve este evento em I Tessalonicenses 4:16. Paulo afirma: "Porquanto o Senhor mesmo... descerá dos céus, e os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Está claro. Os mortos em Cristo ressuscitarão primeiro. Paulo disse claramente aos coríntios: "Que este ser corruptível se revista da incorruptibilidade, e que este ser mortal se revista da imortalidade." (I Cor. 15:53) A Bíblia ensina repetidamente que a morte é como um sono completamente sem consciência, um sono do qual se acordará apenas na volta de Cristo. Portanto, amigo, há uma possibilidade que podemos descartar logo de início: a idéia de que as pessoas que se aproximam da morte estão sendo levadas por Deus para o céu, que Ele está puxando, de alguma forma misteriosa, a alma que saiu do corpo para ser levada ao lar, no paraíso. Deixe-me ser bem franco com você. Vamos questionar com sinceridade. Quem desenvolveria um plano contrário ao ensino bíblico sobre a morte, que premia todos os que morrem com o jubiloso êxtase da eternidade, não importa o que tenham feito na terra? Como poderiam os Hitlers, um Charles Manson, os abusadores de crianças, os assassinos, os reis da pornografia e os chefes da máfia, sentirem-se aceitos na presença de um ser eterno de luz? Poderiam essas experiências no limiar da morte ser um jogo do inimigo para sugerir sutilmente que não faz muita diferença como você vive? As escrituras dizem claramente em Hebreus 9:27 : "E, assim como aos homens está ordenado morrerem uma só vez e, depois disto, o juízo." Você notou? Depois disto o julgamento, morte e julgamento. Seria possível que as poderosas forças do oculto estejam envolvidas nas experiências do limiar da morte? Por quê? Não há nenhuma menção sobre conversão, nenhuma menção, amigo, sobre um salvador, nada sobre salvação, cruz ou redenção. Além de ser contrárias às Escrituras, as experiências no limiar da morte simplesmente não fazem sentido. A palavra de Deus deixa claro que não há salvação sem Jesus Cristo. Afinal, Deus não erra. Ele não comete erros. Deus, por exemplo, não achou que Grace iria morrer, e por isso, começou a levar sua alma com Ele para o céu, e, quando a equipe médica conseguiu revivê-la, disse: "Ôpa, cometi um erro, é melhor colocar a alma de volta no corpo dela." Deus não se engana com a escolha do momento. Ele sabe exatamente quando vamos morrer. A Bíblia elimina a viagem da alma. Mas sabem de uma coisa? Nos dá algo muito melhor. Ela nos mostra uma clara e específica descrição da vida após a morte. Experiências no limiar da morte geralmente são como sonhos embaçados... A Bíblia nos dá algo muito real. É mais que uma janela; é uma descrição do próprio cenário. Algumas paisagens do céu podem surpreendê-lo; são bem diferentes do que é visto nas experiências no limiar da morte. Para determinar um contraste entre a esperança bíblica e a imaginação humana, vamos seguir uma típica jornada ao limiar da morte, para ver até onde nos leva. A primeira coisa que muitas pessoas relatam é a sensação de sair do próprio corpo e flutuar acima de tudo. Em outras palavras, se tornam um espírito desencarnado. Não sei como você se sente em relação a uma existência desencarnada, mas a mim isso nunca atraiu. Você gostaria de passar a eternidade como algo assim, um fantasma flutuando pelos céus, por entre as nuvens? Na minha opinião, se você não tem corpo, é apenas um tipo de mente no espaço, não está realmente lá. Você deixou aquilo que Deus realmente planejou. Geralmente, o cenário da vida após a morte tem uma grande dose de irreal. Não são pessoas reais que as experiências no limiar da morte descrevem. Parece mais um mundo sombrio de espíritos. Não é vida após a morte, mas semi-morte após a morte. A Bíblia apresenta um cenário totalmente diferente. Lá está escrito que, após a ressurreição, teremos corpos muito reais. Isso me parece muito melhor. Sabe, fico contente que estejamos fora daquela situação e de volta à vida real. Vamos ler uma passagem que fala com detalhes sobre esse assunto. Está em I Coríntios 15, capítulo que o apóstolo Paulo usou para descrever a natureza da ressurreição. No verso 37, Paulo compara a morte e a ressurreição a diferentes sementes plantadas no solo, que darão diversos tipos de grãos, vários tipos de "corpos". Ele diz que os homens têm um tipo de carne, diferente dos peixes e das aves. Diz também, que existem corpos terrestres e corpos celestes. A implicação aqui, em I Coríntios 15, é a de que um ser celestial é mais glorioso do que o que temos aqui na terra. Mas é muito, muito real. Veja o que dizem os versos 42 a 44: "Pois assim também é a ressurreição dos mortos. Semeia-se o corpo na corrupção, ressuscita na incorrupção... Semeia-se em fraqueza, ressuscita em poder. Semeia-se corpo natural, ressuscita corpo espiritual..." (ICor. 15:42-44) Note a ênfase bíblica - ênfase num corpo real. Ao comentar a ressurreição de Cristo, o apóstolo Paulo afirma claramente: "Nosso corpo humilhado será transfigurado em corpo glorioso." (Filipenses 3:21) Sem dúvida, o corpo glorioso de Cristo era real. Seus discípulos o reconheceram. Ele andou, falou e até comeu com eles. A Bíblia não nos descreve, uma vida após a morte, de espíritos desencarnados flutuando. Ela nos mostra um mundo de pessoas reais, com corpos reais, mais fortes, mais bonitos, mais gloriosos do que os que temos agora. Isto não é apenas um sonho; é verdade. É o que a Bíblia nos mostra. Vamos agora voltar à segunda parte de uma típica jornada ao limiar da morte. Muitas pessoas relatam ter passado por um longo, escuro ou enfumaçado túnel. Raramente há algum cenário que se possa distinguir no caminho; não há um sentido de localização. É uma viagem vaga através do espaço. Uma mulher que teve um colapso na calçada e quase morreu, relatou a seguinte sensação: "Encontrei-me cercada por um material denso, quente, enfumaçado e cinza. Na fumaça, eu podia ver alguns focos de luz penetrante, e outros de insondável escuridão." Gostaria de dizer que, seja lá o que esse túnel enfumaçado possa representar, a Bíblia nos oferece uma descrição bem melhor da vida após a morte; uma que não está fora de foco. O que vemos no conceito de vida após a morte da Bíblia? João nos revela em Apocalipse 21:2: "Vi também a Cidade Santa, a Nova Jerusalém, que descia do céu da parte de Deus, ataviada como noiva adornada para o seu esposo." O que o discípulo de Jesus Cristo viu do outro lado da morte? Muito mais que um túnel. Ele viu uma cidade inteira descendo em nossa direção, brilhando tanto quanto uma noiva no dia de seu casamento, uma cidade preparada para que vivamos nela. Essa cidade é tão maravilhosa que, tentando descrevê-la, João simplesmente exclamou: Suas ruas são de ouro puro, seus portais de pérolas, e a glória de Deus brilha tão intensamente, que lá não existe noite. A Bíblia nos dá muito mais que uma jornada através da fumaça, amigo. Ela nos oferece um lugar, um lar. Gosto muito da certeza que Jesus deu a Seus discípulos logo após Sua crucifixão. Em João 14:2, lemos: "Na casa de meu pai há muitas moradas... Pois vou preparar-vos lugar." Jesus está preparando um lugar para nós. Pessoas reais, com corpos reais, usufruindo um lugar real, um verdadeiro lar no céu. Você está começando a ver a diferença entre sonhos humanos e a realidade? Vamos para o estágio final da maioria das experiências no limiar da morte. Quando sentem que estão passando por um longo e nebuloso túnel, as pessoas vêem uma luz do outro lado. A luz se aproxima, às vezes, as envolvem completamente. Um soldado ferido no Vietnã, viu uma luz resplandescente permear a sala onde uma equipe médica estava tentando revivê-lo. Uma mulher do Kansas relatou: "De repente, houve uma explosão abaixo de mim, e pude ver uma luz bem ao longe... Nem o sol é tão brilhante... A luz encheu o local e eu fiquei bem no centro." Essas experiências podem ser muito significativas para as pessoas envolvidas. Podem até dar-lhes uma sensação do amor de Deus. Eu gostaria de sugerir que a Escritura, novamente, oferece algo melhor. Nos mostra a realidade. Quando estudamos a vida após a morte, na Bíblia, vemos muito mais do que uma luz cintilante: vemos um rosto; o glorioso rosto de Jesus Cristo. Esta é a verdadeira motivação, o sentimento de expectativa que aparece em todo o Testamento. Essa é a grande esperança que animou os primeiros cristãos: um encontro face a face com o Cristo vivo. Ninguém escreveu palavras mais emocionantes do que as de João, ao descrever aqueles que vêm perante o trono de Deus nos céus. Ele diz: "Eles verão a sua face." (Apocalipse 22:4) É isso que aguarda aqueles que foram amigos de Cristo nesta vida. Paulo, em seu clássico capítulo sobre o amor cristão, escreve eloqüentemente, o seguinte: "Porque agora vemos como em espelho, obscuramente, então veremos face a face..." (I Cor. 13:12) Eis o motivo de esperança. Uma maravilhosa esperança para esta vida. É mais do que olhar através do vidro escuro; é mais que uma janela nebulosa; é mais que um sonho, é a realidade: Um encontro face a face com Jesus Cristo. Experiências no limiar da morte podem oferecer sugestões perturbadoras sobre uma outra vida. Mas lembre-se, a Bíblia não apenas insinua uma jornada, mostra um cenário; não sugere uma semi-morte após a morte, mas proclama vida em abundância após a morte; não um espírito desencarnado, mas um corpo de verdade; não um túnel obscuro, mas uma cidade resplandescente para morar; não uma luz brilhante, mas uma face gloriosa para amar e desfrutar para sempre. Será que a esperança do novo testamento faz diferença? Creio que faz toda a diferença. Isto se tornou muito claro para mim durante uma recente viagem à Rússia para reuniões no estádio olímpico de Moscou. Lá conheci uma mulher que chamarei de Tânia. Tânia me contou um pouco sobre sua família. Anos antes, seus pais tinham emigrado para a China e enriqueceram com a indústria do chá. Depois de um certo tempo, eles decidiram voltar à Rússia, e estabeleceram seu negócio no Casaquistão. Logo que o negócio começou a florescer, Stalin iniciou seus expurgos da elite e dos ricos. Quando Tânia tinha 17 anos, seu pai foi levado pela polícia secreta e levou um tiro na cabeça. Você pode imaginar seu horror ao descobrir que o pai estava morto. Mais tarde, durante a Segunda Guerra Mundial, seu irmão, a irmã e o marido, todos morreram. No espaço de 2 anos, ela perdeu todos os que lhe eram mais caros. Tânia teve que lutar contra a depressão sozinha. Passou a freqüentar uma escola de inglês e finalmente se tornou fluente na língua inglesa. Perto do fim da Segunda Guerra Mundial, os russos precisavam de tradutores no exército. Então ela se tornou tradutora para um dos generais americanos. Tânia tinha vindo de uma família judia ortodoxa; lutava com sua fé e tinha pouco interesse em religião por causa dos horrores da guerra. Através dos anos, ela havia se saído bem sozinha, avançando nas áreas: educacional e diplomática. Sentia sempre que algo estava faltando em sua vida. Não conseguia se conformar com todo o sofrimento que sua família tinha experimentado. Não podia aceitar a fatalidade e crueldade de suas mortes. Um dia, alguém na rua lhe deu um folheto que anunciava um evento evangelístico. Ela foi às reuniões, e, lá aceitou a Cristo como seu salvador e encontrou nova paz e significado em sua vida. Tânia se sentia feliz como uma cristã, mas ainda sentia que algo estava faltando. Por que um Deus amoroso permitiria tanto sofrimento? O que realmente acontece quando se morre? Nem todas as peças do quebra-cabeça se encaixavam. Até que um dia, ela passou pelo estádio olímpico de Moscou. Recebeu um folheto e viu uma grande placa que dizia: "O caminho bíblico para uma nova vida." Resolveu então ir às reuniões. Tânia esteve lá noite após noite. Estava lá na noite em que falei da breve volta de Jesus. Pouco depois de ter apresentado esta mensagem, ela veio a mim e disse: "Pastor, fiquei muito comovida esta noite." E começou a me mostrar fotos de sua família, e a contar sobre suas trágicas mortes. Agora, ela não tinha um coração partido. Seu rosto estava radiante ao exclamar: "Posso ter a esperança de vê-los outra vez." Tânia não estava apenas esperando uma experiência fora do corpo. Não estava esperando uma viagem através de um túnel escuro ou um vislumbre de uma brilhante, mas vaga forma de luz. Ela esperava uma reunião face a face com pessoas reais, num lugar real. Estava esperando o dia específico em que Jesus Cristo virá nas nuvens, o dia em que Jesus vai mudar a história mais uma vez e levar seus seguidores para o lugar que preparou no céu. Tânia estava esperando essa grande reunião. E estava entre as 700 pessoas que entregaram-se a Cristo batizando-se num dia inesquecível em Moscou. Você não quer ter essa certeza em sua vida? Não quer ter a esperança de uma reunião face a face com a família, entes queridos, amigos e Jesus Cristo? Não quer aproveitar o enorme estoque de amor que o Salvador tem para lhe dar? Amigo, agora mesmo, Deus tem mais para lhe dar do que uma vaga jornada através de um túnel místico que leva a um ser de luz irreal, num lugar irreal. Deus tem muito para lhe dar: o céu,a eternidade, uma cidade real, um mundo real, um corpo real, um salvador real; que é Jesus Cristo. Ele espera por você e quer que esteja lá, com Ele, por toda a eternidade. Por ter tocado nossos corações e nos levado para mais perto do Salvador que amamos, e queremos ver. Deus quer que você, amigo, tenha uma visão bem clara, do que aguarda seus filhos do outro lado do túmulo. Ele não nos deixou adivinhar ou fazer o melhor possível com nossos sonhos. Ele nos mostrou a verdade. Eu o convido a aceitar esta esperança agora, reconhecendo o Senhor Jesus Cristo como salvador. Está sua vida nas mãos Dele? Se está, seu futuro também está nas mãos Dele. Vamos assegurar nosso futuro com Cristo. Seu futuro pode estar assegurado, amigo, seu futuro pode estar nas mãos de Deus. Não há motivo para temer a morte. Não há motivo para temer com o pensamento do que pode acontecer depois do túmulo. A morte é apenas um sono para aqueles que aguardam a ressurreição, para encontrar Cristo face a face. Você gostaria de colocar sua vida nas mãos de Jesus, agora?

 

CRISTO VEM PREPARA-TE Letra e Música: Ênio Monteiro de Souza Amigo, que estás fazendo? De que maneira estás vivendo? Procuras a vida eterna Ou estás buscando a perdição? Amigo, este é o momento De tu fazeres teu julgamento; Faze o balanço de tua vida, Conhece a tua posição. CORO Cristo está voltando; O grande dia já vai chegar. Estás preparado para encontrá-lo, Ou vais fugir por não poderes Lhe enfrentar o ohar? Cristo vem, já decidiste? Será seu dia alegre ou triste? Faze a grande escolha de tua vida, Deixa teus sonhos vãos Recebe a salvação! Final Cristo vem prepara-te! Gravado por Viviane no CD PB1001 da "Play Black"

 

ORAÇÃO Querido Pai, te agradecemos por nos ter dado uma esperança viva em Jesus Cristo. Obrigado por nos mostrar claramente o que existe após a morte. Aceitamos a Jesus Cristo, aquele que morreu na cruz por nós, como nosso salvador. Aceitamos a Cristo, Aquele que ressurgiu dos mortos por nós, como Senhor. Queremos colocar nossa vida em Tuas mãos de hoje em diante. No nome precioso e maravilhoso de Jesus. Amém.

 


 


 

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O INFERNO TEM FIM?

Pr. Mark Finley

TOPO

 

O assunto inferno voltou à baila. Depois de muitos anos de silêncio embaraçoso sobre essa questão, cristãos conservadores estão tentando demonstrar que o inferno é bem real, e eterno. Um livro de suspense, de Paul Thigpen, chamado "Gehenna" causou sensação. Conta a angustiante jornada de um homem pelos vários estágios do inferno. O sr. Thigpen descreve, entre outras coisas, um grande juiz demoníaco, imagine, cujo assento judicial parece uma cadeira elétrica. Quando os amaldiçoados vêm a ele e confessam seus pecados, ele ruge de felicidade e os joga num abismo, então eles explodem no ar. O livro também mostra um "lago dos inocentes", onde bebês abortados bóiam. Cada um estende a mãozinha, apontando através da água cristalina, e para o fundo transparente do lago, aquela pessoa, que provocou sua morte, encolhida na escuridão abaixo. Você sabe o que costuma acontecer quando as pessoas tentam visualizar o inferno? Eles acabam tornando-o menos real. Você sabe por quê? Porque é quase impossível imaginar tormento eterno. Um pastor estava pregando à sua congregação sobre os tormentos do inferno. Ele dissertou eloqüentemente sobre o "choro e ranger de dentes". Naquele momento, uma velhinha falou com voz estridente: "Mas pastor, não tenho dentes!" O pastor encarou-a firmemente e proclamou: "senhora, os dentes serão providenciados." Podemos tentar descrever o inferno de forma que faça sentido, tentamos até providenciar dentaduras para o ranger de dentes, no entanto, algo está errado nesta cena. Veja uma opinião do século 19 sobre esse assunto. No tratado chamado "a visão do inferno", é declarado: "a pequena criança está no forno quente. Ouça como grita para sair; veja como se vira e se contorce no fogo. Bate sua cabeça contra o teto do forno. Bate seus pezinhos no chão." Ou então, esta declaração de um famoso pregador: "seu coração desfaleceria se você soubesse que depois de milhões e milhões de anos, seu tormento não estaria mais próximo do fim do que quando começou, e você nunca, nunca, nunca seria libertado!" Sim, amigo, este é um pensamento esmagador. Tanto é que a maioria das pessoas, ou tenta esquecê-lo, e desiste da religião como um todo, ou perde a cabeça. Simplesmente não podemos entender o inferno eterno. É tão grotesco, tão indescritivelmente cruel, que parece irreal. Há ainda outro desafio com o qual os cristãos se deparam ao tentar visualizar o inferno. Isto é, para muitas pessoas, isso não faz nenhum sentido. Parece, na realidade, tremendamente injusto. Eles dizem o seguinte: por que deveriam indivíduos que pecaram por 70 anos sersentenciados por um Deus santo a uma eternidade de tormentos? Você percebe o problema? A penalidade parece fora de proporção para o crime. Até nossos mais cruéis e tirânicos juízes na terra não condenam ninguém a uma vida de tortura. As pessoas têm tentado responder a essa objeção. Alguns teólogos têm dito que já que Deus é eternamente santo e eternamente justo, então faz sentido que a sentença aos condenados seja o tormento eterno. Que tipo de jogo de palavras é esse? Não me parece muito convincente, o que você acha? Justiça eterna não exige tormento eterno, assim como pastos verdes não exigem vacas verdes. Outros defensores explicam da seguinte forma: os que estão no inferno, à medida que queimam nas chamas, gritam e blasfemam contra Deus. Isto é, continuam pecando. Portanto, é claro que sua sentença continua. Eles têm que continuar pagando por suas contínuas faltas. Bem, esse pensamento também não é muito confortador. Ele traz à mente um pai abusivo que continua batendo e espancando seu filho, porque este, não pára de chorar enquanto o pai o espanca. No entanto, com Deus, este círculo vicioso continuaria para sempre. O tema do inferno enfrenta alguns duros obstáculos. É tão cruel e grotesco, e tão feio, que é impossível harmonizar com o caráter de um Deus amoroso. Para todos os padrões humanos, parece ser completamente injusto. Então deveríamos simplesmente descartar a idéia da destruição dos ímpios? Deveríamos passar por alto as partes da escritura que se referem às chamas do inferno? Não, creio que não devemos. Há um modo de tornar o inferno bem real hoje. E isto é simples dando a ele um fim. Tenho uma razão para afirmar isto. E aqui está o porquê de poder afirmar isso como alguém que aceita a autoridade da palavra de Deus. Se você crê na Bíblia literalmente, você não pode acreditar num inferno eterno. Muitos, lendo este relato podem ter suposto que precisam acreditar no tormento eterno porque devem crer na Bíblia literalmente. Mas eu gostaria de demonstrar agora mesmo que o oposto é verdade. Vamos ler alguns textos. Vamos começar com o próprio Jesus. Ele é a única autoridade neste assunto de vida após a morte, e na questão da destruição dos ímpios. Veja o que Jesus diz em Mateus 10:28. Aqui, Cristo revela claramente a questão da vida, morte e inferno. Vamos tentar entender literalmente as palavras de Jesus. Ele diz: "Não temais os que matam o corpo e não podem matar a alma; temei antes aquele que pode fazer perecer no inferno tanto a alma como o corpo." Aí está. De acordo com Jesus, o que acontece no inferno? Alma e corpo são ambos destruídos. Não adianta imaginar que, embora um mero corpo humano fosse consumido rapidamente no fogo e enxofre, a alma do ímpio continuaria sofrendo eternamente. Não, a alma, o fôlego de vida, é destruída. No sermão da montanha, quando Jesus falou sobre o destino da humanidade no fim dos tempos, Ele disse que a porta estreita leva à vida, e largo é o caminho que leva à destruição. (Mateus 7:13,14). No mais conhecido verso da Bíblia, João 3:16, Jesus explica que Deus deu Seu Filho unigênito para que todo aquele que Nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna. Dois destinos são contrastados. Vida eterna e morte. Se analisarmos estas passagens literalmente o que devemos concluir? Que o inferno resulta na morte dos ímpios. Isto é, na verdade, o que as Escrituras afirmam de forma bastante clara. Os ímpios morrerão; serão queimados, totalmente consumidos, se tornarão cinzas, serão devorados. O apóstolo Pedro falou do dia do julgamento e do dia da destruição dos "homens ímpios", II Pedro 3:7. O apóstolo Paulo escreveu sobre aqueles que se tornaram inimigos de Cristo: "Seu destino é a destruição." Filipenses 3:18. Intelectuais nos dizem que a palavra grega traduzida por destruição é a mais forte palavra que poderia ser usada para significar a completa perda da existência. Sabe, às vezes nossa maneira de encarar afirmativas das Escrituras me lembram pessoas que chegam a uma placa de trânsito. Aquela grande placa octogonal vermelha com a palavra "pare", é lida de muitas formas. Algumas pessoas acham que significa "reduza." Outros a interpretam "olhe para os dois lados e depois pise fundo." Outros ainda parecem pensar que 'pare' significa "olhe para ver se tem um guarda, e então continue." Porém, é claro que algumas vezes um desses guardas de trânsito acaba nos parando e nos dando uma multa que nos lembra que 'pare', significa 'pare' mesmo. Podemos supor que todas as passagens bíblicas sobre a morte dos ímpios não devem ser entendidas literalmente. Podemos supor que a morte não significa realmente morte, e destruição não significa realmente destruição. Podemos ler aquelas palavras "tormento eterno". Se vamos entender a Bíblia literalmente, amigo, não podemos acreditar em tormento eterno no inferno. O inferno tem um fim, uma grande placa que diz "pare", acaba com a morte dos ímpios. Alguns de vocês podem estar pensando: "mas não há passagens bíblicas que falam literalmente do sofrimento eterno no inferno?" Vamos analisar isso. Aqui está um dos textos mais usados: Marcos: 9:47,48. Jesus está dizendo que se sua mão ou pé ou seus olhos fizerem com que você peque, seria melhor cortar fora um desses membros, do que ir para o fogo do inferno. Essa advertência é feita três vezes. O que essas passagens querem dizer? Por que às vezes parecem tão confusas? Bem, se estiverem fora do contexto da Bíblia, elas certamente parecerão confusas. Marcos 9:47,48 diz: "... seres lançado no inferno, onde não lhes morre o verme, nem o fogo se apaga." O que significa um fogo que não se apaga? Muitos cristãos tomam estas palavras como uma descrição do tormento eterno. Eles imaginam um verme da consciência, atormentando os ímpios para sempre. Imaginam um fogo que não se apaga porque continua consumindo os perdidos para todo o sempre. O que o texto quer dizer literalmente? Você sabia que Jesus estava citando versos do livro de Isaías? Ele está se referindo à cena grotesca que o profeta descreve em Isaías 66:24: "Eles sairão, e verão os cadáveres dos homens que revaricaram contra mim; porque o seu verme nunca morrerá, nem o seu fogo se apagará..." O que está sendo descrito aqui? A condição de corpos sem vida, cadáveres. Ninguém está se contorcendo em agonia. Vermes, larvas estão destruindo carne morta; o fogo está consumindo os corpos. E qual é o sentido da passagem? Completa e total destruição. O verme não morre, o fogo não é apagado, até que tenham feito seu trabalho e nada sobre. Isto é o que a passagem descreve literalmente. Não fala de pessoas gritando em agonia e queimando no inferno. O texto concorda com todos os outros que dizem que os ímpios pereceram, foram destruídos. É preciso muita imaginação para supor que este verme realmente significa algo vivo dentro de uma pessoa, que não morre, mas continua sofrendo para sempre. No entanto, esta suposição é tão difundida que muitas pessoas a consideram um ensinamento bíblico. Isso me lembra a história que circulou, não faz muito tempo, sobre cientistas que cavaram um buraco muito fundo na Sibéria. Talvez você tenha lido esta história. Dizia-se que o buraco adentrava 14 quilômetros pelo interior da crosta terrestre. Dizia-se que chegava a um lugar onde a temperatura era de 1.100 graus centígrados. Os homens introduziram microfones naquela fenda e ouviram vozes humanas gritando, supostamente as pessoas atormentadas no inferno. Alguns insistiam que uma revista científica da Finlândia tinha documentado a descoberta. Bem, o documento nunca existiu. Era só o resultado de uma imaginação fértil. Obviamente a história era apenas um boato. Mas, sabe, acabou criando vida própria. E muitos, muitos crentes têm repetido isso como verdade bíblica. Amigo, um boato não se torna verdade só porque é repetido vez após vez. Temos que descobrir o que a Bíblia diz, literalmente. Alguns de vocês estão pensando, "um momento, o que dizer sobre aquele 'choro e ranger de dentes'?" Jesus não usa a frase punição eterna? Mark, como você vai explicar isto?" Bem, as expressões "choro e ranger de dentes" e "punição eterna" estão na Bíblia. Jesus as usou. Sim, haverá "choro e ranger de dentes", verdadeira angústia e horror, para aqueles que forem lançados nas "trevas exteriores". Quando Cristo vier em glória e os ímpios perceberem que não estarão desfrutando a eternidade com seu Deus, sua angústia será indescritível. Meu argumento é que Jesus não diz que o "choro e ranger de dentes" vai durar para sempre. Sim, Ele fala de punição eterna, ou ruína eterna. Mas essa frase sozinha não contradiz sua idéia de destruição dos ímpios. Note, a punição eterna é final. Um castigo que dura para sempre. Castigo eterno seria um estado de punição que continuaria para sempre. Se você é sentenciado à morte eterna, ou seja, se nunca mais voltará a viver, esta será uma sentença eterna. Temos alguns textos, no entanto, que nos dizem claramente que o fogo eterno do inferno resultará em total aniquilação. Em II Pedro 2:6, o apóstolo fala do Deus que: "... reduzindo a cinzas as cidades de Sodoma e Gomorra, ordenou-as à ruína completa, tendo-as posto como exemplo a quantos venham a viver impiamente." Parece que o destino de Sodoma e Gomorra é um exemplo do destino dos maus no fim dos tempos. Estão essas cidades ainda em chamas? Estão os ímpios cidadãos de Sodoma e Gomorra sendo atormentados ainda? Claro que não, seria ridículo pensar isto. Talvez eu esteja insistindo demais nesse texto. Vamos ler o verso 7 de Judas; aqui o escritor nos fala que Sodoma e Gomorra: "... são postas para exemplo do fogo eterno, sofrendo punição." Sodoma e Gomorra. Fogo eterno. Qual foi o resultado disso? Aniquilação total dos habitantes. Eles pereceram. Isto é o que devemos concluir sobre o inferno, se entendemos a Bíblia literalmente. Agora, vamos averiguar uma última evidência. Ela se encontra no livro do Apocalipse. Aqui está aparentemente a maior prova a favor do tormento eterno. Duas passagens em Apocalipse falam sobre o lago de fogo. Apocalipse 14 descreve aqueles que adoram a besta sendo consumidos pelo fogo e enxofre, e diz: "a fumaça do seu tormento sobe pelos séculos dos séculos." Apocalipse 19 fala da besta e do falso profeta e do diabo sendo atormentados para todo o sempre no lago de fogo. Esses textos certamente parecem descrever um inferno de sofrimento eterno. Há uma coisa, porém, que deveríamos manter em mente. O livro de Apocalipse está cheio de linguagem simbólica. Não é uma narrativa literal. É literatura apocalíptica, um tipo de escrito profético que mostra eventos através de imagens, vívidas, mas simbólicas. O Apocalipse nos apresenta um cordeiro que abre um livro, fala de escorpiões movendo-se num abismo sem fundo, um dragão fazendo guerra com uma mulher grávida, e bestas horrendas saindo do mar. Nenhum teólogo que eu conheço estuda estas imagens literalmente. Obviamente elas representam certos eventos importantes. O dragão e a besta que são atirados no lago de fogo são figuras simbólicas. A fumaça do tormento subindo pelos séculos dos séculos também é simbólica. É uma forma poética de falar sobre uma terrível conclusão, a natureza irrevogável do julgamento final. Afinal de contas, o profeta Isaías usou a mesma linguagem para falar do julgamento de Deus contra a ímpia Edom. Ele usou a expressão "para sempre". Isaías 34:9,10. A terra se tornaria "em piche ardente", ele disse, e não se apagaria de dia nem de noite; sua fumaça subiria para sempre. Isto é Edom. Hoje, porém, a terra de Edom não está em chamas. O fogo se apagou muito tempo atrás. O que Deus queria dizer, então? Ele estava usando linguagem poética para enfatizar a meticulosidade da destruição total. Ele estava falando de um julgamento que seria final. Isto é o que o lago de fogo bíblico quer dizer. Destruição completa e total. Apocalipse 21:8, nos diz claramente que o lago que queima com fogo e enxofre é a "segunda morte". Amigo, o inferno tem um fim. Os ímpios serão totalmente consumidos, morrerão, perecerão, serão aniquilados. Se quisermos acreditar num sofrimento sem fim no inferno, teremos que tirar os textos bíblicos de seu contexto, e distorcê-los. Teremos que usar textos altamente simbólicos do Apocalipse, ao pé da letra, e todos os textos literais da Bíblia, de forma simbólica. Isto é o oposto do que deveria acontecer. Se a Bíblia diz claramente, nos ensinos de Jesus, ou nas cartas de Paulo, que os ímpios perecem, são destruídos, são aniquilados, experimentam a morte, então devemos usar estas passagens para entender as vívidas imagens do Apocalipse, e, não o contrário, amigo. É por isso que posso dizer que, se você entender a Bíblia literalmente, não pode crer em tormento eterno. Amigo, eu creio que Deus irá secar toda lágrima. Creio que, depois que Jesus vier e acabar com o pecado, não haverá mais tristeza, ou choro ou dor. Creio que não haverá mais morte, porque tudo isso está literalmente prometido na Bíblia. Essas promessas, porém, não poderiam se cumprir. Seu cumprimento seria totalmente inviável se milhares de pessoas estivessem se contorcendo em agonia pelos séculos dos séculos. Sempre haveria lágrimas. Sempre haveria tristeza e dor. Eu nunca me esqueço de ter visto pela janela da minha sala as enormes chamas ardendo nas montanhas à distância durante os incêndios na Califórnia. Toda aquela fumaça crescendo em direção ao céu foi uma visão e tanto. Eu podia ouvir as sirenes dos carros de bombeiros que acorriam ao local, o ronco dos helicópteros carregando produtos que retardam o fogo. Depois que o fogo se apagou, pude ver quão negras as montanhas haviam se tornado. E posso dizer-lhe que foi um sentimento horrível. Numa hora assim você pensa nos lares que se tornaram lixo em poucos minutos. Você se pergunta quantos perderão a vida à medida em que o fogo é levado pelo vento em direção ao oceano. Numa hora como essa, só há um pensamento na mente: espero que eles apaguem o fogo a tempo. Oro para que não continue queimando. Você não pode imaginar um holocausto assim continuando por muito tempo, causando tanta ansiedade e sofrimento. Amigo, eu sei que o inferno precisa ter um fim. Tudo que Jesus nos mostra sobre Deus o Pai nos leva a crer nisso. Tudo que sabemos sobre justiça nos leva a crer nisso. Mas, acima de tudo, isto é o que a Bíblia ensina literalmente. Depois da vinda de Cristo, depois que este mundo for purificado pelo fogo, todas as coisas serão novas e maravilhosas. A Bíblia diz que, em lugar da ruína do pecado e da morte, a paz e o amor de Deus florescerão para todo o sempre. Sim, haverá choro e ranger de dentes. Sim, haverá um tragédia inconcebível se você perder a vida eterna que Deus preparou, perder aquela vida para sempre com Deus. Mas Deus acabará com todo o sofrimento. Ele apagará do universo o pecado e a morte. Não quero estar entre aqueles que perecerão no fogo do inferno. Não quero ser parte do problema que será resolvido com a purificação do fogo. Quero estar entre aqueles que se apegam a Deus o Pai, o Único que não quer que nenhum de seus filhos pereça. A vontade dEle para você é vida eterna com Cristo. Façamos a escolha deste destino agora mesmo.

 

ORAÇÃO: Pai, te agradecemos por nos advertir dos terrores da segunda morte, e por haver um fim para as lágrimas, o sofrimento e a morte. Não queremos nos afastar de Ti. Queremos dar-te nossa fidelidade, nossa confiança, nosso amor, em medida cada vez maior. Entregamos agora nossa vida a Jesus Cristo, nosso Salvador e Senhor. Obrigado pelo privilégio de recebê-Lo de braços abertos quando Ele vier para reinar. No nome de Jesus, amém

 


 


 

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VOCÊ NÃO PODE PERDOAR?

Pr. Mark Finley

TOPO

 

No inverno de 1994, Sarajevo se transformou num local fora do comum. Um lugar onde um violoncelista de renome mundial tocou nas ruínas da Biblioteca Nacional, onde um candidato às Olimpíadas praticava suas corridas no corredor bombardeado de um escritório da cidade, único lugar onde estava a salvo dos franco-atiradores. Um lugar onde ir à loja da esquina para comprar um litro de leite se tornou uma corrida contra a morte e contra as balas. Essas pessoas foram mantidas vivas com arroz e feijão jogados por aviões. As porções nunca eram suficientes. Bombas caíram em frente aos escritórios da Cruz Vermelha, e franco-atiradores matavam mesmo aqueles que estavam enterrando seus mortos. Apenas algumas crianças em estado muito grave puderam furar o cerco e receber tratamento. O mundo parecia paralisado por tudo aquilo. Alguns anos antes, Sarajevo tinha sediado as Olimpíadas de inverno. Foi uma cidade linda e culta, onde as artes floresciam. O que aconteceu? Por que, o lugar onde um dia foi a Iugoslávia, desmoronou para esse estado de cáos? Sabe, amigo, já estive muitas e muitas vezes na Iugoslávia a trabalho. Fiz uma maravilhosa série de conferências evangelísticas em Belgrado. Já viajei pela Sérvia, pela Croácia, por variadas partes daquela República e sempre apreciei a mistura de culturas entre as pessoas, seu calor humano e amabilidade. Mas qual é a história? O que está por trás de tudo? Por que tanto sangue? As forças Sérvias que cercaram Sarajevo, jogando bombas na rua entraram, sem dúvida, em nossa lista dos piores vilões. Os sérvios foram justamente condenados por sua atrocidade e sua horrível política de "limpeza étnica." Mas você sabia que essas pessoas, os sérvios, estavam simplesmente seguindo aquilo que Philip Yancey chama de a "terrível lógica do não perdão"? Numa edição recente da revista Cristianismo Hoje, Yancey escreveu um artigo em que dizia serem os próprios sérvios as vítimas de limpeza étnica não faz muito tempo. Nos anos 40, os croatas massacraram centenas de milhares de sérvios. Portanto, nos anos 90, os sérvios estão pagando seus inimigos com a mesma moeda. É o seu clamor por vingança contra os croatas que chegou às ruas sangrentas de Sarajevo. Quando ouvimos sobre outra atrocidade sérvia, contra os muçulmanos, nos esquecemos da "terrível lógica do não-perdão". A última guerra que os sérvios travaram contra os muçulmanos levou a 500 anos de governo turco. Assim, os sérvios tinham muitas contas a acertar; séculos de opressão muçulmana. As ruas de Sarajevo se encheram com o clamor de mulheres e crianças moribundas por causa da "lógica do não perdão": cada atrocidade deve ser paga com outra atrocidade. E se essa lei for seguida, um dia os filhos daquelas que foram violentadas e mutiladas pelos sérvios se levantarão e se tornarão novos vingadores. O ciclo não acabará nunca, a menos que um novo elemento seja introduzido. Por que os protestantes e católicos da Irlanda do Norte continuam se matando uns aos outros, ano após ano? Porque estão seguindo a "lógica do não perdão"; eles precisam continuar a vingança. Por que judeus e árabes do Oriente Médio continuam se matando por tanto tempo? Porque cada atrocidade deve ser paga com outra atrocidade. A única coisa que pode quebrar este terrível ciclo é estender a mão àqueles que nos magoam. A única vez que vimos esperança de paz no oriente médio foi quando o chefe da OLP, Yasser Arafat, e o primeiro ministro israelense Yitzhak Rabin apertaram as mãos jurando parar com os acertos de contas do passado, e começar de novo. Isso tem a ver com perdão. O perdão é mais importante do que você imagina, amigo. Não é apenas um sentimento bom que colocamos em cartões. Não é apenas uma palavra que repetimos na igreja. É uma das poucas forças capazes de mudar o curso da história. É a única coisa que pode romper o longo cerco de ódio e vingança. É a única coisa que pode acabar com o cerco ao seu próprio coração. Quando você vai comprar leite na esquina, talvez não tenha que se proteger de tiros. Quando vai para o trabalho provavelmente não tem que se preocupar com morteiros sendo jogados na rua. Mas imagino que, às vezes, você se sente trapaceado e oprimido pelas maldades que outros lhe fizeram. Você foi magoado. A vida não tem sido justa e se essas feridas são profundas, podem ser tão opressivas quanto o barulho da artilharia sérvia ao redor da cidade. Em alguns casos, essas mágoas e cicatrizes roubam todo o prazer de viver. Vamos tentar esclarecer que tipos de coisas podem nos atingir emocionalmente. Não estou falando de uma pequena ofensa que você pode superar com um "tudo bem, vamos esquecer isso". Estou falando de alguém que magoou você de verdade. Como pode um homem, que perdeu tudo que poupou durante a vida, nas mãos de um sócio inescrupuloso, perdoar esta pessoa? Como pode alguém, que foi abusado ou molestado quando criança, perdoar seu algoz? Como pode uma esposa, que deu ao marido os melhores anos de sua vida, perdoá-lo depois que este a abandonou? Você entende a questão? Perdoar genuinamente alguém que nos magoou muito, não é fácil. Aliás, fazê-lo parece tremendamente injusto. É a última coisa que gostaríamos de fazer. Parece que vai contra todos os instintos humanos. Mas a alternativa é ainda mais terrível. A alternativa é um coração constantemente oprimido. Quando somos magoados podemos passar por um período de tristeza no início. Mas se não encontrarmos uma forma de perdoar, então a ferida vai inflamar; vai oprimir. Estaremos sempre presos pelo mal que nos foi feito da mesma forma como os habitantes de Sarajevo estiveram cercados pelo ódio dos sérvios. Este, então, é o nosso dilema. Humanamente falando, o perdão genuíno é impossível. No entanto, se não perdoarmos, será cada vez mais impossível viver. Há alguma maneira de livrar nosso coração dessa opressão? Depois que o filho de Elizabeth e Franco Morris foi morto numa colisão com um motorista bêbado, os dois foram consumidos pela tristeza e ira. Sua raiva apenas crescia à medida que acompanhavam o julgamento de um jovem, chamado Antônio, acusado de tirar a vida de seu filho. Eles descobriram como ele havia se embebedado naquela noite. Entrou no carro, deu uma guinada na estrada e colidiu de frente com o veículo de Ted. Como pôde fazer uma coisas dessas? Era tão injusto, tão terrivelmente injusto!! Franco Morris ficou obcecado com cada detalhe dos procedimentos legais, vivendo à espera do dia em que Antônio seria declarado culpado. E Elizabeth, quando não estava pensando em suicídio, imaginava poder apertar o botão da cadeira elétrica no dia da execução. Ela queria a morte daquele jovem. O tormento desse casal não terminou com a condenação de Antônio à prisão. Eles se consideravam cristãos, mas ficaram chocados com o tamanho de seu ódio. Elizabeth começou a orar por uma saída. Um dia, ela ouviu Antônio falar na escola de Ted, como parte de sua reabilitação. Ele parecia genuinamente arrependido e Elizabeth reuniu coragem suficiente para falar com ele depois. Foi muito difícil, houve muito choro. Mas quando ela descobriu que ninguém o visitava na prisão, decidiu ir visitá-lo. A visita começou com alguns minutos de conversa tensa. Então, Antônio deixou escapar abruptamente: "Senhora Morris, sinto muito ter matado seu garoto. Por favor, perdoe-me." Elizabeth congelou enquanto olhava para o assassino de seu filho. Ela queria se livrar de toda a raiva e dor. Mas todos os instintos humanos clamavam: Vingança! Vingança! Vingança! Naquele momento, no entanto, algo aconteceu que a levou além da "lógica do não-perdão". Ela ouviu as palavras que um homem tinha dito na cruz. Pareciam estar ecoando à sua volta: "Pai, perdoa-os... Pai, perdoa-os." De repente ela pôde perdoar, porque ela fora perdoada. Elizabeth orou silenciosamente: "Querido Deus, perdeste Teu único Filho também. No entanto perdoaste aqueles que O mataram." Elizabeth Morris perdoou Antônio, sinceramente, e pediu o perdão de Antônio pelo ódio que nutriu durante meses. Veja como Elizabeth descreveu a experiência: "Lá estávamos, o motorista bêbado e a mãe daquele que morreu, sentindo a angústia começar a passar. Estávamos livres. Nós dois." Para Elizabeth Morris, o cerco finalmente chegara ao fim. Ela estava livre. Livre para viver de novo. Amigo, há só uma razão para fazer o humanamente impossível. Apenas uma razão nos possibilita perdoar aqueles que nos magoaram: a razão é que nós já fomos perdoados antes. Só quando entendermos o quanto Deus nos perdoou, teremos forças para perdoar aqueles que não merecem perdão. Talvez você esteja pensando: este é o perdão de Deus e Seu perdão é algo remoto e abstrato. É intangível, algo que paira na distância, comparado à minha dor. Quando alguém me faz algum mal, a dor é tão real e está tão presente! Eu admito que o perdão de Deus pode parecer uma mão perdoadora estendida sobre o mundo em geral. E nossa dor parece muito, muito específica, muito pessoal. Quero partilhar com você um princípio muito importante relacionado com o perdão divino. É algo que tornou tudo muito mais real para mim. Em 1985, o Presidente Ronald Reagan visitou um cemitério militar em Bitburg, Alemanha e depositou uma coroa num monumento local. Ele pretendia que isso fosse um sinal de reconciliação; uma maneira de finalmente dizer adeus às lembranças dolorosas da segunda guerra mundial. Mas aquela coroa causou comoção internacional. Por quê? Porque 49 soldados da SS foram enterrados em Bitburg. Soldados de Hitler que foram responsáveis por muitas atrocidades contra os judeus. O gesto de reconciliação foi bom, as pessoas disseram. Mas o Presidente Reagan não tinha o direito de perdoar algo que tinha sido feito contra os judeus. Apenas os judeus poderiam fazer isso. Como escreveu o poeta John Dryden, certa vez: "O perdão aos feridos pertence." Apenas os feridos têm o direito de perdoar. O ensaísta Lance Morrow explicou da seguinte forma: "O Presidente Reagan poderia ter perdoado John Hinckley por ter atirado nele, mas não poderia perdoar Ali Agca por ter atirado no Papa João Paulo II. Somente o Papa poderia fazê-lo." Aliás, foi isso mesmo que o Papa fez. Pouco depois do ferimento em seu abdômem ter sarado, João Paulo desceu ao interior da prisão de Ali Agca. Ele disse que precisava falar com seu quase assassino, face a face. E disse a Ali Agca: "Eu te perdôo." "O perdão aos feridos pertence." Você sabe por que Deus tem o direito de perdoá-lo pessoalmente? Porque ele foi ferido. Foi terrivelmente magoado. Ele não perdoa de uma distância impessoal ou judicial. Ele perdoa com as costas apoiadas numa cruz; perdoa enquanto um soldado romano está perfurando suas mãos com cravos. Ele, perdoa quando uma coroa de espinhos é colocada em Sua cabeça, e o sangue lhe escorre pela face. Ele perdoa quando uma lança atravessa Seu corpo fazendo um ferimento que jorra sangue. Ele perdoa quando pessoas Lhe dão as costas, quando Pedro O nega, quando Judas O trai, quando os judeus O rejeitam, quando os soldados jogam dados ao pé da cruz. Ele os perdoa. "O perdão aos feridos pertence." Você se lembra das seguintes palavras do profeta Isaías? Palavras que jorram amor, que ecoam a voz de um Deus que perdoa aqueles que o magoaram. Isaías 53 verso 5: "Mas ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados". Pelas Suas pisaduras fomos sarados. O que significa Jesus ter tomado nossos pecados na cruz? Foi apenas um gesto de cortesia? Foi apenas como colocar uma coroa de flores dizendo: "vou fingir que nunca aconteceu?" Não! De maneira alguma, amigos. Jesus foi moído pelo pecado, foi pendurado em agonia entre o céu e a terra, como um perigoso ladrão por causa de nossas falhas morais. "O perdão aos feridos pertence." O que a cruz significa é que Cristo foi profundamente ferido por nossos pecados pessoais. É algo pessoal, entre Cristo e eu, entre Cristo e você. Nossa indiferença, nossa insensibilidade, nossa desonestidade, nossa luxúria, nossa mentira, nossa crueldade Ele tomou sobre si. Ele tomou a dor, todo o desespero, todo o mal, toda a agonia, toda a tristeza. Tomou sobre Si tudo que o pecado produz. É por isso que Jesus, e apenas Jesus, tem o direito de nos perdoar. Porque Ele sentiu dor e sofreu por nossos pecados. Ele sentiu toda a crueldade e nos perdoou completamente. Aquele que foi ferido mais profundamente, perdoa de maneira mais completa. É isso que precisamos aceitar de coração. Você percebe o quanto necessita de perdão? Você se dá conta do quanto custa o perdão? Jesus certa vez explicou isso numa parábola. Um rei tinha decidido acertar suas contas e chamou um servo da corte, talvez você se lembre da parábola. Esse servo devia dez mil talentos ao rei, uma soma muito alta. E foi-lhe dito que era a hora de pagar. O servo caiu sobre os joelhos e implorou misericórdia. O rei ficou tão comovido com os rogos do homem, que não somente o libertou, mas quitou a dívida. Ele mesmo pagaria os dez mil talentos. Bom, você pode estar se perguntando o que são dez mil talentos. Um talento era uma moeda usada no antigo Israel. Dez mil talentos seriam equivalentes não a mil reais, não a cem mil reais, mas a milhões de reais. E aquele que devia o dinheiro foi perdoado de uma dívida de milhões. Como você se sentiria? Você pularia de alegria. Mas o que fez aquele servo? Ele procurou um colega que lhe devia cem denários. Cem denários, pouca coisa, o equivalente a algumas centenas de reais, centavos comparados aos milhões. Ele pegou o homem pelo pescoço e exigiu o pagamento de tudo, imediatamente! Quando seu colega implorou misericórdia, ele mandou que o prendessem na cadeia dos devedores. Por que Jesus contou essa história ultrajante? Para dar um exemplo de perdão. Como podemos nos apegar àqueles 100 denários de dívida, daquele mal que nos foi feito, quando Deus nos isenta de pagar dez mil talentos, nossa dívida de milhões de reais, do mal que fizemos ao Seu filho amado? Será que custa perdoar o cônjuge que nos abandona? Claro que sim. Custa alguma coisa perdoar o pai que abusou de nós, ou o amigo infiel? Custa muito. O perdão não é algo fácil, certamente não custa pouco. O perdão de Cristo, porém, custou muito mais. Foi ainda mais doloroso. Foi um sacrifício muito maior. E é isso que nos pode dar a força de romper o cerco aos nossos corações; o custoso perdão de Cristo. Isto pode nos ajudar a nos livrar da mágoa. Paulo nos recomenda em Efésios 4:32: "Perdoando-vos uns aos outros, como também Deus em Cristo vos perdoou." Quero contar-lhes o que aconteceu a Elizabeth Morris, depois que ela descobriu o perdão de Cristo para o motorista bêbado que havia matado seu filho. Ela continuou a visitar Antônio na prisão e começou a fazer parte de sua reabilitação, convencendo aquele jovem de que Deus poderia ajudá-lo a livrar-se de sua dependência do álcool. Antônio começou também um curso de estudo da Bíblia. Um dia Franco Morris teve que levar Antônio a um programa de mães em luta contra a bebida. Franco não tinha certeza de que conseguiria manter uma conversa com o garoto, mas à medida que dirigia, Antônio falava entusiasmado de todas as coisas que estava aprendendo na Bíblia. Ficou claro que ele tinha feito um compromisso genuíno com Cristo. De repente Antônio disse: "sabe, Franco, eu gostaria de ser batizado." Acontece que justamente naquele momento eles estavam passando pela igreja de Franco. Franco mesmo já tinha sido autorizado por sua denominação a realizar batismos. Era um líder leigo, um ancião da igreja. Parecia um momento providencial. Vagarosamente os dois entraram no santuário vazio. Franco levou Antônio ao batistério, e eles entraram na água. Ao levantar a mão e dizer "eu te batizo em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo", Franco não pôde deixar de lembrar que havia realizado a mesma cerimônia com Ted, o filho que se fora, o filho que Antônio havia destruído. Depois que Antônio saiu da água ele abraçou Franco Morris, e sem se conter exclamou: "por favor, eu quero que você também me perdoe." Ainda pingando água do batismo, Franco sentiu o perdão de Cristo fluindo através dele quando sussurrou: "eu te perdôo, Antônio eu te perdôo." As chances de completa reabilitação não eram muito boas para Antônio, pelo menos do ponto de vista humano. Ele tinha as cicatrizes psicológicas de ter crescido numa família problemática. Ele era viciado em álcool desde a idade de 16 anos. Mas Antônio venceu todas as barreiras. Livrou-se do vício para sempre. Achou um emprego estável e desenvolveu um senso de utilidade ao servir a Deus. Por quê? Em grande parte porque ele achou em Elizabeth e Franco Morris os pais que nunca tivera. Porque Elizabeth continuou a visitá-lo diariamente. Porque eles pediram que o juiz deixasse Antônio passar todos os domingos sob sua custódia. Porque ele começou a comer, orar e estudar com Elizabeth e Franco. Porque Franco pediu que o ajudasse com algum trabalho no quintal da casa. Esse casal aflito encontrou um filho de novo. Um filho em quem todos os instintos humanos haviam depositado seu ódio antes. Será que custa perdoar? Claro que sim. Mas vale a pena? Pergunte a Elizabeth e Franco Morris. Alguém fez algum mal a você? Há amargura em seu coração em relação a essa pessoa? Você ainda está dizendo algo como: "não é justo! Meu pai era um alcoólatra"! "Não é justo que minha mãe tenha me abandonado?" Amigo, você pode se apegar à dor, ou pode livrar-se dela. Você pode deixá-la na cruz, no perdão de Jesus Cristo. Você pode escapar da terrível "lógica do não-perdão" ao vir até a cruz. Na cruz, você encontra perdão, portanto você pode perdoar. Na cruz você encontra misericórdia, por isso pode ser misericordioso. As pessoas precisam de Deus. Preciso Dele se é Ele quem me perdoa. Preciso que Ele quebre meu duro coração. Necessito Dele para me libertar da amargura. O perdão pode acontecer porque a cruz aconteceu. É lá que precisa começar. É o único lugar onde pode começar. Você nunca será capaz de perdoar genuinamente enquanto não descobrir o quanto foi perdoado. Olhe para a dívida de 10 mil talentos agora. Sinta esse peso em suas mãos. Toda a dor, toda a raiva, todo o desespero; tudo isso recaiu sobre os ombros de Cristo na cruz. Deixe tudo de lado, amigo. E sinta-se agradecido por isso. Aceite o perdão de Cristo agora.

 

CONHECER O AMOR DE JESUS (People Need the Lord) Letra e Música: Greg Nelson e Phill McHugh Letra em Português: Valdecir Lima e Costa Jr. Estou cansada de encontrar as pessoas sem sorrir, caminhando em meio à dor e sem rumo aqui. Vão vivendo sem sentir ó amor de Deus. A tristeza e solidão são caminhos seus. Coro Conhecer Jesus é viver o amor. Ele é paz na aflição, Ele é salvação. Conhecer Jesus é viver o amor. Ele é fonte de poder que me faz viver. Cristo é luz na escuridão deste mundo tão cruel, Ele é paz ao coração e nos mostra o Céu. Cristo sempre vai estar onde está a dor. Todos devem conhecer este grande amor. Gravado por Sonete no LP nº 800 da Gravadora Bompastor"

 

ORAÇÃO Querido Pai, agradecemos-Te por ter-nos oferecido Teu único Filho. Obrigado por esse enorme sacrifício. Reconhecemos que nossos pecados Te magoam profundamente. Aceitamos o preço que Jesus pagou na cruz. Ajuda-nos a expressar este perdão em nossa vida. Ajuda-nos a quebrar o cerco ao nosso coração. No nome precioso de Jesus Cristo, nosso Senhor, amém.

 


 


 

19

LIVRE DA CULPA PARA SEMPRE

Pr. Mark Finley

TOPO

 

O problema da culpa humana existe por aí há muito tempo. Vivemos em luta com as conseqüências internas dos nossos erros desde que o mundo começou. E então, as pessoas desenvolveram inúmeras maneiras de lidar com a culpa, usando estratégias do tipo "faça você mesmo". Algumas vezes tentamos negar; tentamos fingir que o erro não existe; que isto nunca aconteceu. Uma vez, uma companhia achava-se no meio de negociações tensas com os líderes sindicais. Os representantes da companhia insistiam que os trabalhadores estavam abusando nos privilégios do auxílio-doença. Os sindicalistas negavam, é claro. Uma manhã, na mesa de negociações, o advogado da companhia segurou a página de esportes do jornal local. Ele apontou para uma foto de um empregado que ganhara um torneio de golfe na cidade. "Este homem ", o advogado reclamou, "declarou-se doente ontem". Mas havia embaixo da folha uma legenda descrevendo sua excelente pontuação no golfe. Após um momento de silêncio, um dos sindicalistas falou: "Puxa", ele disse, "imagine que espécie de pontuação ele não faria se NÃO estivesse doente!" Boa tentativa! Nós podemos fingir; nós podemos tentar encobrir nossas decepções ou nosso mau-comportamento. Nós tentamos explicar a irresponsabilidade. Numa universidade dois psicólogos fizeram um teste simples. Reuniram um grupo de alunos numa sala e numa sala ao lado eles montaram algo que sugeria ser um acidente. Uma mulher caiu e gritou: "Ai, meu pé! Não posso movê-lo! Ai, meu tornozelo... eu não aguento esta fratura!" A voz da mulher podia ser claramente ouvida pelos alunos. Mas nenhum ofereceu-se para ajudar. O que realmente surpreendeu os psicólogos, no entanto, foi a explicação que estas pessoas deram a seguir. A maioria disse: "Eu não sabia exatamente o que estava acontecendo." Outros diziam que "não era nada sério." Desculpas deixam a culpa à distância, por algum tempo. Às vezes, as desculpas tornam-se criativas. Uma professora, numa escola primária, continuava tendo problemas com um garoto que não podia parar de "aprontar" quando alguém passava por ele. Ela já havia falado para ele com firmeza sobre o problema, e finalmente, o garoto concordou em orar. Ele falou: "Senhor Deus, por favor, ajude às crianças que passam ao meu lado a não serem desajeitadas, e Senhor, ajude-as a não caminharem tanto. Não sou eu quem as derruba, Senhor." Ele disse que era culpa de outra pessoa. Esta espécie de desculpa está se tornando comum entre os adultos, atualmente. Ouvimos isso quase sempre em nossos tribunais. Desculpar o erro é tão nocivo quanto negá-lo. Às vezes, o peso da culpa torna-se muito grande para desculpas débeis. Então, há uma última estragégia do tipo "faça você mesmo". É a tentativa de lidar com a culpa, isto é, compensá-la, reparando o que fizemos. Isto pode parecer nobre a princípio, mas leva a um caminho autodestrutivo. O Sr. Conrado cresceu num lar muito religioso. Em toda a sua infância, ele tentou agradar a Deus, porém, sempre sentiu-se culpado por falhar. Seus pais, bastante rígidos, não ajudavam muito. O Sr. Conrado tornou-se um negociante bem sucedido e fazia muitas obras de caridade. Na realidade, ele doava a ponto de sacrificar-se. Num dado momento, chegou a acreditar que alguns líderes de igrejas locais estavam destruindo a verdadeira religião. Ele gastou milhares de dólares numa campanha para denunciá-los. Ele continuava tentanto fazer a coisa certa, mas nunca fazia o bastante. Ele não podia se sacrificar mais. Aqueles terríveis sentimentos de culpa persistiam e finalmente, o esmagaram. O Sr. Conrado teve de ser internado numa Casa de Repouso. Enquanto estava lá, ele queimou as mãos e os pés num radiador e fez buracos nos pés e nas palmas das mãos. Estava imitando a crucifixão, tentando abrandar seus pecados. Ele sempre fazia alguma coisa para se torturar, tentando minimizar o problema da culpa. Culpa não-resolvida pode nos levar a tais extremos; pode destruir nossa saúde emocional e nossa saúde física também, amigo. É um problema real. Tentamos, porém, lidar com isto de todas as maneiras erradas. Estamos procurando respostas em lugares errados. Procurar por Deus e por respostas em lugares errados, pode tornar-se mais doloroso. Todos procuram a paz; procuram tranqüilidade espiritual. As pessoas tentam fazer um pacote religioso que irá resolver o problema. Quem sabe uma meditação Zen ajudará, juntamente com uma viagem ao Japão. Talvez ouvindo alguém que canalize a sabedoria de um profeta antigo, devolverá a luz. Quem sabe a combinação de trechos da Bíblia com os ensinamentos de Sida Ioga ou algum outro guru. É a mesma coisa que uma lanchonete espiritual. As pessoas querem escolher elementos de todas as espécies de tradições religiosas. A estratégia do "faça você mesmo" agora parece englobar todas as religiões. Mas, estamos realmente lidando com problemas humanos básicos? Estamos realmente lidando com a situação de nossa vida moral, com as questões de culpa e responsabilidade? Quando escolhemos algo para nós mesmos, a tendência natural é escolher o mais confortável, o menos trabalhoso. Nós criamos a religião à nossa própria imagem. Tome, por exemplo, o altar na casa de Rita. Esta enfermeira de 50 anos dirige seus próprios rituais num altar que sempre sofre mudanças. Ele consiste de coisas especiais para ela. Num momento, inclui uma estátua de anjo, uma garrafa de "água benta" abençoada por uma vigília de mulheres, uma bola de cristal, uma pirâmide, uma pequena imagem de Buda em bronze, uma vela votiva, uma prece hebraica, uma pequena cesta nativa americana e uma foto do "lugar mais sagrado" para ela, uma bela árvore próximo à sua casa. Ponha tantas coisas "sagradas" quanto possíveis, misture vigorosamente e adore-as. Esta parece ser a receita atual para se ter paz hoje em dia. Mas, amigo, a soma total de pequenas respostas possíveis não necessariamente acrescentam uma boa resposta ao que queremos. Realmente não resolve o nosso problema de culpa. É necessário muito mais do que bugigangas e talismãs para resolver isto. Deixe-me dizer que a resposta está em outro altar, um altar diferente, um altar encontrado num lugar na terra que o Deus do Céu designou como santo. O altar ao qual me refiro é o altar de sacrifícios. O próprio Deus deu detalhes para este altar, juntamente com tudo mais no Tabernáculo hebreu. Os livros de Êxodo e Levítico, no Velho Testamento, apresentam explicações detalhadas de como este altar deveria ser construído e de como várias ofertas deveriam ser feitas. Como pode um artefato religioso de milhares de anos se relacionar com nossa luta contra a culpa, hoje? Deixe-me contar uma história, um exemplo do que aconteceu nesse Tabernáculo. Um dia bem cedo de manhã, um homem chamado Eliú caminhava pelo acampamento de Israel, passando entre as tendas de sua própria tribo. Ele sabia que os amigos, os parentes e os estranhos seguiam seus passos com os olhos. Eles sabiam para onde ele ía. Ele carregava um cordeiro, um pequeno cordeiro. Algumas vezes, Eliú tinha que carregar o cordeiro e o carregava nos braços. Era um cordeiro branco, sem manchas e os filhos de Eliú brincavam com ele desde o nascimento. Eliú, porém, está indo ao Tabernáculo para cortar a garganta do animal. Uma inquietação em sua mente leva-o até lá; um pecado que está corroendo seus ossos. Ele tem que consertar isto. Então, ele continua caminhando, os olhos fixos à frente. À entrada do pátio do Tabernáculo, Eliú espera com outros que devem trazer ali suas ofertas pelos pecados. Ele observa enquanto os sacerdotes realizam os rituais antigos. Então, chegou a vez dele. Eliú agora ajoelha-se ao lado do cordeiro. Ele coloca um braço em volta do pescoço. Um sacerdote aproxima-se. Eliú coloca a outra mão na cabeça do cordeiro e confessa seus pecados. Ele tenta não olhar para os olhos confiantes do cordeiro. Rapidamente o animal levanta a cabeça e Eliú o mata com as própias mãos. Há um rápido reflexo da faca. Sangue escuro escorre no chão. O cordeiro esperneia uma, duas vezes e depois cai morto. Os assistentes do sacerdote pegam a carcassa e levam para o altar. Eles colocam o animal sobre o altar e escorrem o sangue para o aparador. Então, levam o cordeiro para o fogo e as chamas o queimam até que seja consumido. Enquanto Eliú observa a fumaça subir até um perfeito céu azul, ele pensa por um momento que sua própria vida foi salva pelo corte da navalha. Ele foi resgatado. Ele foi redimido. Este sacrifício aponta para um perdão divino. Esta graça é tão real para Eliú quanto o sangue que ainda tinge suas mãos. Era isso que acontecia ali, num Tabernáculo hebreu, no altar de ofertas de sacrifícios. O que tudo isto significa? Antigamente, as pessoas assumiam a responsabilidade pelos erros cometidos. Elas encaravam os pecados de frente, confessando-os sem mentiras, sem desculpas. Levítico mostra os sacrifícios nos templos desta maneira. Fala, na verdade, sobre um sacrifício no dia da Expiação. Mas os princípios se aplicam a cada sacrifício. Observem Levítico 16:21: "... e Arão porá ambas as mãos sobre a cabeça do bode vivo, e sobre ele confessará todas as iniqüidades dos filhos de Israel ... e os porá sobre a cabeça do bode..." Agora, uma das verdades mais fundamentais sobre a culpa humana é que não podemos escapar dela até que a aceitemos. Há um princípio fundamental em Levítico e este é: esta culpa pode ser transferida. Eis o porquê as pessoas levavam seus sacrifícios para o altar. Mas, elas estão também reconhecendo algo mais: o fato de que não podem expiar os próprios pecados; elas não podem mascará-los. Podiam somente providenciar restituição, se tivessem roubado algo, mas elas não podiam limpar a culpa pelo comportamento. Nada podiam fazer para mudar o passado. Aquele cordeiro sem mancha, sacrificado, elevado ao céu, era um ato de fé, fé no fato de que outro tomaria sua culpa, outro faria a expiação. Este altar era santo somente porque apontava para um evento santo. Ele ligava o homem pecador, pela fé, à morte do Cordeiro de Deus, Jesus Cristo, na cruz. O autor de Hebreus descreve estes sacrifícios de animais como proféticos e o que eles representam quando ele diz o seguinte: " ... muito mais o Sangue de Cristo que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará a nossa consciência de obras mortas para servirmos ao Deus vivo." (Hebreus 9:14) Cristo ofereceu-Se na cruz como um sacrifício pelos pecados. Este sacrifício é a única coisa que pode expurgar a consciência humana. É a única coisa que pode purificar nosso coração culpado. Você sabe por que, amigo? Porque, afinal, é Deus quem perdoa. E tem que ser Ele porque foi contra Ele que pecamos. Quando falhamos moralmente, o perdão tem que vir do Doador da Lei. Em nosso íntimo sabemos que o perdão vem de uma fonte mais poderosa. Nossos amigos podem confortar, mas eles não podem resolver nosso problema de culpa. Os psicólogos podem ajudar a ajustar o pensamento, mas não ajudam a lidar com o problema de culpa. É necessária a cruz para haver perdão e graça. Cristo ofereceu Sua vida na cruz, o Cordeiro de Deus sem manchas, tomou nossas culpas sobre Si. Ele nos oferece Sua justiça, à destra do Deus Pai. Esse altar mostra-nos exatamente onde encontrar o solo sagrado hoje. Nós o encontramos aos pés da cruz. Nós o achamos como seres humanos fracos, indignos que olham para o Cristo crucificado. Nós encontramos a salvação ao tentar, com fé, aproximarmos do Salvador, assim como Eliú colocou as mãos na cabeça do cordeiro. Nós encontramos perdão quando olhamos para baixo e vemos que nossas mãos, também, estão manchadas de sangue. Estamos envolvidos; participamos do pecado. Foi nosso pecado que exigiu este grande sacrifício e é nossa vida que Jesus quer resgatar. Nós entramos em contato com a santificação quando realmente vemos este sacrifício. A culpa é derrotada. Nós escapamos da lâmina afiada. Fomos resgatados. Como Eliú, olhando para a fumaça escura subindo para o céu, nós imaginamos que Alguém morreu em nosso lugar e elevou Sua vida imaculada para os céus. Seres humanos pecadores e culpados podem ser aceitos por um Deus Santo através da fé de um único sacrifício. O livro de Hebreus mostra esse fato, apontando para o santuário, o lugar que simboliza o verdadeiro trono de Deus, o lugar de Sua Glória e diz: "... mas pelo meu próprio sangue, (Cristo) entrou no Santo dos Santos ... tendo obtido eterna redenção." (Hebreus 9:12) Jesus Cristo, entregando Sua vida para nos salvar, representado pelo cordeiro sacrificado no pátio, caminhou até o santuário, o verdadeiro santuário no Céu. Como? Pelo Seu próprio sangue. Pelo Seu próprio sacrifício. Por Sua vida perfeita Ele entregou-Se em nosso favor. E Ele fez isto, "de uma vez por todas". É uma redenção permanente e eterna. É uma solução eterna para o problema da culpa. Não precisamos vir com desculpas. Não temos que tentar disfarçar por causa dos erros passados. Jesus Cristo criou um meio de lidarmos com a culpa de uma vez por todas. Por causa disto, o autor de Hebreus nos diz que podemos vir confiantes próximos ao trono de Deus e receber a graça nos tempos de necessidade. Nós somos totalmente aceitos porque Cristo foi totalmente aceito. Um jovem piloto da Aeronáutica chamado Henry Feinberg passou muitos anos desejando um lugar santo, um lugar onde ele, pessoalmente, pudesse achar a paz. Ele simplesmente não aguentava o materialismo e sofrimento que vira em volta dele. Henry fez uma viagem a Israel, certo de que encontraria Deus na terra de suas raízes étnicas. Mas o povo parecia tão tradicional ali quanto em qualquer outro lugar. Ele encontrou um trabalho no Alasca e estava encantado pela vastidão daquela paisagem magnífica. Então, aproveitou para navegar através dos Mares do Sul e viu bastante do que era simplesmente maravilhoso e exótico. Ele, porém, não encontrava a paz; não encontrava um jeito de aliviar sua culpa com Deus. Amigos deram-lhe livros sobre Budismo e Hinduísmo. Ele leu sobre todas as espécies de filosofias religiosas. Procurou as livrarias da Nova Era. Participou de retiros com gurus, nos fins de semana. Todos pareciam dizer a mesma coisa: "Deus está em você e em tudo." Aquilo parecia a Henry um belo e vazio 'rótulo' em vista do lado escuro da vida humana. Não parecia atingir o problema do pecado e culpa absolutamente. Henry namorou e casou com uma jovem. Porém o casamento, durou somente seis meses. Após o divórcio, ele parecia ter sido jogado em frente ao espelho. "Eu finalmente vejo como eu realmente era", disse, "Eu tenho vivido com um problema de consciência espiritual durante anos, e me considerava, basicamente, uma boa pessoa. Agora, vejo que eu era extremamente egoísta e minhas ações destruíam outros seres humanos." Henry descobriu que toda aquela ginástica espiritual que praticara não adiantou nada. Sua busca espiritual foi em vão; ele não encontrara paz alguma, absolutamente. Chegou a um ponto tal que começou a ter sérios problemas com a bebida. Finalmente, Henry desistiu da busca, decidiu parar de tentar. De vez em quando, clamava: "Deus, se És real, por favor, revele-Se para mim! Então, Henry encontrou uma jovem que sugeriu-lhe estudar a Bíblia. Ele já havia estudado tantos livros religiosos que não estava querendo outra "viagem-cabeça" como ele chamava. Um dia, Henry encontrou um cristão que começou a mostrar o que a Bíblia diz sobre pecado e redenção. Ele falou sobre o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo, sobre o que Jesus realizou na cruz. Este crente parecia ser uma pessoa muito bondosa e suas palavras penetraram fundo no coração de Henry. Elas pareciam encher aquele doloroso vazio interior. Henry sentiu que Deus estava finalmente falando diretamente com ele, quando ele menos esperava. Ele disse: "A constatação de que Deus existe e que Ele tinha algo a dizer para mim, era quase inacreditável." Pouco depois, Henry estava dirigindo seu carro por uma rua quando sentiu um tremendo peso em seus ombros. Ele desejou desesperadamente se livrar deste peso incrível. E ali, pela primeira vez, descobriu o que realmente era o pecado. Ele descobriu o que significava ter que cortar a garganta do cordeiro sem manchas. Henry caiu em lágrimas e chorando teve que parar o carro. De repente, ele sabia que tinha carregado um punhado de culpa toda a sua vida, e sentiu que Deus tinha sido bondoso ao mostrar isso tão poderosamente. Então, lembrou-se das palavras do crente sobre o perdão de Jesus, sobre Jesus pagar pelos nossos pecados, sobre Jesus resolver o problema de culpa de uma vez por todas. Foi aí que Henry entregou a vida a Deus confessando todas as coisas que lhe faziam sentir mal, confessando todas as coisas que sabia ele fizera errado na vida, e entregou a vida a Cristo, agradecendo-Lhe por Seu perdão. Após aquela experiência, a vida de Henry começou a mudar. Ele encontrou aquele lugar santo na cruz. Ele não vivia mais atormentado por noites insones, como havia sido durante anos. Ele começou a ler a Bíblia com ânimo. Os problemas com álcool acabaram e começou a sentir que Deus estava guiando sua vida. O mais importante, porém, é que ele finalmente descobriu a fonte da eterna paz. Ele pôde olhar e ver o Salvador. Um Cordeiro sacrificado, a fumaça subindo aos céus. Um sacrifício perfeito feito de uma vez por todas. Henry Feinberg encontrou, finalmente, o caminho até a presença de Deus. Você já encontrou este lugar, aquela terra santa? Você já veio aos pés da cruz onde os problemas de culpa são resolvidos de uma vez por todas? Por que não vir, amigo? Por que não vir com seu fardo, seu sofrimento, tristezas, sua culpa, sua condenação? Por que não deixar aos pés da cruz e permitir ao Cordeiro enterrar sua culpa agora mesmo, enquanto oramos? DESPEDIDA Eu já vi milhares de pessoas virem a Cristo. Milhares de pessoas confessarem os pecados e ter a culpa perdoada. Eu lembro quando Fabiana caminhou pelo corredor numa igreja em que eu pregava. Fabiana vivia bastante envolvida com drogas, profundamente envolvida em imoralidade sexual. Sua vida fora destruída. Ela não dormia à noite. Ela se retorcia e se virava. Cada dia, era um dia cheio de culpa para Fabiana. Aquela culpa a tornava nervosa e a preocupava. Mas, ao caminhar pelo corredor, naquela noite, ela sentiu uma nova paz, um novo significado para a vida. Ela sentiu a libertação da culpa. Aquele Cordeiro sacrificado carregou a culpa por ela. Havia um novo brilho em seus olhos, um novo sorriso em sua face, uma nova alegria em sua expressão. Hoje, se você puder encontrar Fabiana, reconheceria que ela não é a mesma pessoa que já foi. Deus pode mudar sua vida também. Deus pode lhe dar aquela paz. Deus pode lhe dar aquela alegria. Deus pode dar um significado à sua vida. Pode lhe dar felicidade. Para qualquer culpa que você carregue hoje, há um Cordeiro morto. Para qualquer culpa que você carregue hoje, há o sangue de Cristo que o perdoa. Se qualquer culpa atormenta sua vida, pode haver descanso em Cristo Jesus, amigo. Você pode encontrar a paz, pode encontrar a felicidade, pode encontrar um objetivo. Você não quer hoje, à sua maneira e com seu coração, achegar-se a Ele? Você não quer dizer agora: "Senhor, eu sou Teu?"

 

ORAÇÃO Querido Pai, necessitamos da Tua ajuda. Não podemos enterrar os fardos de nossos erros por nós mesmos. Não podemos criar uma saída para a culpa por nós mesmos... Precisamos daquele sacrifício valioso, Jesus Cristo, oferecendo Sua vida sem pecado por nós, na cruz. Nós vimos aqui necessitando de perdão e cura. Nós precisamos de um lugar sagrado de paz. Assim nós colocamos todo o sofrimento, ira e dor sobre Ti. Agradecemos por nos aceitar tão generosamente. No nome precioso de Jesus, amém

 


 


 

20

UMA VIDA ESCRITA POR ANTECIPAÇÃO

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Ultimamente muitas pessoas que antes pareciam heróicas, acima de qualquer suspeita, foram diminuídas e retiradas de seus pedestais por biografias espantosas. Veja o caso do Presidente Lyndon Baines Johnson, por exemplo. Ele tornou-se muito admirado como o homem mais responsável pela legislação dos direitos civis no início dos anos sessenta, algo que ajudou a romper com as injustiças sociais nos Estados Unidos. Mas agora, uma biografia de vários volumes, escrita por Robert Caro, pinta um retrato bem mais sombrio deste homem. Sua coragem moral ao defender a causa dos pobres sem ceder aos desígnios dos segregacionistas fica evidente à medida em que a história deste homem ambicioso é revelada. Mas também podemos ver quão sem escrúpulos Lyndon Johnson era capaz de ser. No segundo volume, "Meios de Ascensão", o autor apresenta com detalhes arrasadores, a história de como Johnson foi desonesto numa eleição para o Senado, no Texas, usando todos os truques conhecidos e acrescentando alguns novos. Milhares de votos a favor de Johnson foram simplesmente forjados. Ao final da obra de Robert Caro, temos, sem dúvida, um retrato mais completo do Presidente Johnson. Mas, por outro lado, sua estatura moral foi bastante diminuída. Muitas biografias são duras com os heróis. Todos os defeitos são revelados. Às vezes um lado mais obscuro emerge. Biografias sensacionalistas podem ser piores ainda. Na primavera de 1991, Kitty Kelley causou muito tumulto com seu livro, "Nancy Reagan, Uma Biografia Não Autorizada." Muitos norte-americanos admiravam a Primeira Dama por seu trabalho de falar aos jovens sobre os perigos das drogas. A campanha "Diga Não Às Drogas", havia se tornado muito conhecida. Mas no surpreendente livro de Kelley, a Sra. Reagan foi descrita como uma mulher temperamental, superficial, fria e insensível, que usava o poder da Casa Branca para suas vinganças particulares. Kelley agarrou-se à cada boato e acusação que encontrou, usando-os no livro. As biografias são severas com os heróis. Muitas vezes nos deixam com menos certeza do que podemos acreditar ou admirar. Numa reportagem de capa, entitulada "Caneta Envenenada, as Biografias Sensacionalistas em Alta", um jornalista da revista Newsweek escreveu o seguinte: "O público já espera que seus ícones sejam expostos, suas fraquezas descobertas no altar do comércio". Heróis desmascarados. Ícones expostos. Parece que não nos sentimos bem perto de qualquer pessoa que pareça estar acima de nós. Ele ou ela deve ser diminuído, para ser como todos nós. Parece que perdemos o apetite pelo heróico, pelo transcendental. Esta atitude, creio eu, tem infectado a vida religiosa também. Parece que não queremos adorar um Deus que é grande demais, autoritário demais. Sentimos-nos melhor com uma divindade que é mais manipulável. Veja Jesus, por exemplo. Muitas pessoas O vêem apenas como um bom homem. Acreditam que Ele é um bom mestre da moral, talvez o maior de todos os mestres da moral. Os estudiosos se esforçam para apresenta-Lo da forma mais humana possível. Falar sobre o "Filho de Deus", palavras que O declaram ser o Salvador do mundo - isto não parece agradar muito algumas pessoas hoje. Não podemos compreender a possibilidade de que o Todo Poderoso poderia tornar-Se um pobre rabino perambulando pela Galiléia. Em muitas mentes, Jesus foi definitivamente diminuído ao tamanho humano. Eles não querem que Ele esteja acima de nós. Muitas pessoas hoje se perguntam: Será que Jesus é tão diferente de Buda, ou Confúcio, ou Maomé, os fundadores de outras religiões? Todos têm seus ensinamentos, suas multidões de seguidores, todos parecem ter sido bons e sinceros. Esta é, na verdade, uma das grandes questões de hoje. Como Jesus se encaixa em nossa História Universal? Como sabemos se Suas declarações a respeito de Si mesmo são verdadeiras? Será que este homem de Nazaré, que viveu a dois mil anos atrás, seria verdadeiramente o único Filho de Deus? O próprio Jesus nos aponta uma das mais convincentes evidências de Sua divindade, numa conversa com dois discípulos no caminho de Emaús. Estes dois homens haviam ficado muito desanimados após saberem da crucifixão de Cristo. Estavam se perguntando se Aquele a quem eles haviam seguido com tanta dedicação era, realmente, o Messias. Questionavam se alguém que fora humilhado e executado em público, poderia ser o Filho de Deus. Conversavam melancolicamente quando um estranho juntou-se a eles na estrada. Não O reconheceram como Jesus. Ele era a última pessoa que esperavam encontrar. Mas Ele começou a falar com eles, e começou a restaurar a fé deles. Como foi que Cristo fez isso? Antes de abrir seus olhos e permitir que vissem Sua glória, antes de revelar-Se fisicamente a eles, Ele fez o seguinte: "E começando por Moisés, discorrendo por todos os profetas, expunha-lhes o que a seu respeito constava em todas as Escrituras." (Lucas 24:27) Entende onde quero chegar? O que Jesus fez por estes homens agoniados? Começou a ler a história de Sua vida, escrita milhares de anos antes dEle nascer. Ele citou verso após verso do Velho Testamento, previsões específicas sobre o Messias. Estes dois homens perceberam que os detalhes da vida e morte de seu Mestre encaixavam-se exatamente à estas profecias. Sua vida realmente havia sido escrita antes dEle nascer. Foi uma experiência espantosa. Jesus essencialmente leu Sua biografia escrita no Velho Testamento. Vários escritores inspirados, de Moisés a Malaquias, escreveram seus esboços messiânicos. E quando Jesus os colocou juntos, o resultado foi um retrato que se encaixava perfeitamente. Não admira que estes dois discípulos tenham exclamado depois, veja em Lucas 24:32: "... Porventura não nos ardia o coração, quando ele pelo caminho nos falava, quando nos expunha as Escrituras?" Sabe, amigo, cada um de nós pode ter a mesma experiência. Nós também podemos sentir a admiração que aqueles dois discípulos sentiram, é só ler aquela biografia. Esta é uma coisa excepcional a respeito de Jesus Cristo. Sua biografia foi escrita antes dEle nascer. Sabemos que foi completada no mais tardar 250 anos antes do nascimento de Cristo. Porque a Septuaginta, a tradução grega do Velho Testamento, já existia nesta época. Vou usar um quebra-cabeças(*) para demonstrar apenas alguns dos pontos altos desta incrível biografia. Vamos comparar profecias do Velho Testamento com fatos dos evangelhos do Novo Testamento. Vamos começar com o nascimento de Jesus, a primeira peça do quebra-cabeças. O profeta escreveu isto em Miquéias 5:2: "E tu, Belém Efrata, ... de ti me sairá o que há de reinar em Israel, e cujas origens são desde os tempos antigos, desde os dias da eternidade." Miquéias disse que o Messias, o Soberano Eterno, sairia de Belém; ele apontou aquela cidade específica entre todas as outras cidades de Israel. Acontece que o registro do Novo Testamento encaixa-se exatamente neste pedaço da História. Lucas 2:7, conta como José e Maria tiveram que viajar de Nazaré até Belém e que chegaram na noite do nascimento do Salvador. Outro formidável cumprimento da profecia bíblica. O profeta Isaías acrescentou informações. Ele profetizou o seguinte, em Isaías 7:14: "... Eis que a virgem conceberá, e dará à luz um filho, e lhe chamará Emanuel." Mateus nos informa que foi exatamente isto que aconteceu. E você pode ler o cumprimento desta predição de Isaías 7:14, em Mateus, capítulo um, versos vinte dois e vinte três. As Escrituras nos dizem que ali naquele local, a Virgem Maria deu à luz ao menino Jesus antes de ser tomada por José como esposa. A próxima peça do quebra-cabeças refere-se ao tempo da vinda de Cristo ao mundo. Quinhentos anos antes deste evento histórico, uma profecia extraordinária previu o ano exato em que nosso Senhor começaria Seu ministério. Podemos ler a previsão divina no livro de Daniel 9:24 e 25. A Escritura diz: "Setenta semanas estão determinadas sobre o teu povo, e sobre a tua santa cidade... Sabe, e entende: desde a saída da ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Ungido, ao Príncipe, sete semanas e sessenta e duas semanas..." Bem, agora vamos fazer alguns cálculos matemáticos. O tempo mencionado, 7 semanas e 62 semanas é igual a 69 semanas. Contando sete dias por semana, temos 483 dias. A Bíblia nos dá uma chave para revelar as profecias simbólicas. Números 14: 34 e Ezequiel 4:6 sugerem que um dia profético é igual a um ano. Então, devemos entender que os 483 anos decorrem entre o decreto para restaurar e reconstruir Jerusalém e o tempo em que Jesus começaria Seu ministério, ou seja, ser Ungido como Messias, o Príncipe. O decreto predito foi emitido em 457 a. C. pelo Rei Artaxerxes. Entrou em vigor no outono daquele ano. Se contarmos 483, a partir do outono do ano 457, de acordo com a profecia, a que ano chegaremos? Ao ano 27 de nossa era. O outono deste ano marca precisamente o momento em que Jesus foi batizado. Neste batismo o Espírito Santo desceu sobre Ele, ungindo-O como o Messias prometido. Este significativo evento está descrito em Lucas 3:21 a 23. Daquele momento em diante, Jesus Cristo de Nazaré começou Seu ministério público. Então, a biografia escrita antecipadamente cumpriu-se outra vez. Jesus veio no momento certo. Qualquer pessoa que alegue ser o Messias em outro momento da História, só pode ser um impostor, amigo! Durante as últimas 24 horas da vida de Jesus, inúmeras profecias, algumas delas escritas mais de mil anos antes, se cumpriram. Veja, por exemplo, Sua traição. O profeta Zacarias narrou sua parte da história. Ele previu a quantia exata que o traidor receberia. O profeta Zacarias declarou, em palavras tocantes, exatamente quanto dinheiro seria usado para pagar a traição de Cristo. Podemos verificar isto em Zacarias 11:12 e 13. Nestas palavras ouvimos os ecos da voz de Judas: "Eu lhes disse: Se vos parece bem, dai-me o meu salário; e se não deixai-o. Pesaram, pois, por meu salário trinta moedas de prata. Então o Senhor me disse: Arroja isso ao oleiro... Tomei as trinta moedas de prata, e as arrojei ao oleiro na casa do Senhor." Mais de quinhentos anos depois, Mateus descreveu como Judas Iscariotes selou seu pacto com os sacerdotes, os inimigos de Jesus. Você pode encontrar o relato em Mateus, capítulo vinte sete, versos três a dez. É aqui que Mateus descreve o cumprimento exato da profecia de Zacarias. Judas traiu seu Senhor não por 25 moedas de prata, nem por 28 ou 29, mas precisamente por 30 insignificantes moedas de prata Cristo foi traído. Então Judas percebeu, num momento de angústia após a prisão de Cristo, que este terrível crime não valia aquele dinheiro. O dinheiro daquele sangue pesou-lhe na consciência. Então foi até o templo e exclamou: "Pequei. Traí sangue inocente." Ele tentou devolver o dinheiro, mas os sacerdotes o recusaram. Então Judas jogou as moedas de prata no chão do templo e saiu para enforcar-se. Agora os sacerdotes resolveram ter escrúpulos quanto a colocar aquele dinheiro no tesouro do templo. Então usaram as moedas para comprar o "Campo do Oleiro", para servir de cemitério para indigentes; um campo que havia sido usado por oleiros. Os detalhes se ajustaram precisamente como a contribuição de Zacarias à biografia havia previsto: 30 moedas de prata, jogadas no templo do Senhor, para comprar o campo do oleiro. Após a traição de Cristo, veio a crucifixão. E isto também não escapou ao registro daquela antiga biografia. O Salmo 22:14, 16 a 18, conta esta parte da história. Ali está uma descrição vívida da morte de Cristo na cruz. Todo o sofrimento de Cristo estava previsto. Ouça estas palavras de agonia: "Derramei-me como água, e todos os meus ossos se desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se-me dentre de mim... transpassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos; eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem sobre si as minhas vestes e sobre a minha túnica deitam sortes." Aqui vemos em detalhes o trauma da cruz. As mãos e pés de Cristo foram traspassados por cravos e pendurados na cruz. Seus ombros se deslocaram; Ele olhava para baixo e via Suas costelas salientes. Quando o soldado furou Seu lado, sangue e água jorraram. A zombaria dos líderes religiosos também foi predita. Eles olhavam e tripudiavam a Jesus: "Salvou os outros e não pode salvar-Se a Si mesmo." A declaração específica de Salmos 22:16, sobre as mãos e pés sendo furados, é confirmada por uma notável passagem do Novo Testamento, em João 20:25 a 27, onde os discípulos colocam seus dedos nas feridas do lado de Cristo e nos furos em Suas mãos. Uma confirmação concreta. Alguns versos adiante, no Salmo 22:18, a declaração sobre as vestes de Cristo sendo divididas também é claramente cumprida no Novo Testamento. O notável cumprimento está em Mateus 27:35. É aqui que Mateus descreve com detalhes, o momento em que as roupas de Cristo foram divididas, com os soldados jogando dados para ver quem as ganhava ao pé da cruz. Tudo isto faz parte desta biografia escrita tantos anos antes. Note que o Salmo descreve os soldados dividindo as roupas e tirando sorte sobre elas. Na crucifixão, os soldados romanos dividiram as roupas de Cristo entre eles de acordo com o costume romano. O costume era que os parcos pertences da pessoa condenada tornavam-se propriedade dos carrascos. Mas, um soldado notou a túnica sem costura de Cristo. Para dividir aquela túnica sem costura, teriam que destruí-la. A sugestão mais prática foi jogar os dados e ver quem a ganhava. Sem saber, os soldados romanos estavam cumprindo a profecia bíblica com uma precisão que demonstra que sua vítima era realmente o Messias Prometido. Sim, as peças do quebra-cabeças se encaixam e quando analisamos de perto aquela história escrita milhares de anos atrás, vemos que ela constrói um retrato, um maravilhoso retrato de Jesus Cristo. Mais surpreendente ainda: as pinceladas de cor foram feitas por profetas hebreus milhares de anos antes que aquele Homem posasse para o retrato. Há outra razão porque a biografia de Jesus é única na História da Humanidade. Ao contrário de todas as outras histórias de grandes homens e mulheres que viveram neste planeta, a vida de Jesus Cristo não termina com Sua morte. Os evangelhos chegam ao clímax de seu relato na ressurreição de Cristo, confirmada por testemunhas oculares incluindo Seus discípulos mais próximos. Jesus ainda está vivo e Sua vida está continuamente sendo reproduzida nos corações de homens e mulheres hoje. Não é apenas um registro estático de maravilhas passadas; a vida de Jesus continua de forma sobrenatural. Permita-me dar só um exemplo. Quando Jerry McAuley, ainda garoto, veio da Irlanda para os Estados Unidos de navio, já tinha visto o pior da vida. Havia sido abandonado, passado fome, apanhado e aprendera a sobreviver nas ruas à custa de pequenos furtos. Foi, entretanto, nas favelas da cidade de Nova Iorque no fim do século passado, que ele passou por terrores ainda piores. Jerry cresceu num galpão malcheiroso, bebendo muito e sobrevivendo daquilo que podia roubar de mascates. Logo juntou-se à uma gangue e tornou-se um rato de porto, um tipo de ladrão que saqueava navios estacionados no porto à noite. Aos dezenove anos, havia cometido todos os crimes mais graves exceto assassinato. Um juiz finalmente o sentenciou a quinze anos na Prisão de Sing Sing. Jerry McAuley não demonstrou quaisquer sinais de que seria outra coisa senão uma ameaça à sociedade. A brutalidade das ruas tomara conta dele. Ele não sabia nada sobre escolas, igreja ou vida em família. A única verdade que aprendera era aquilo que era capaz de controlar com seus punhos. A vida em Sing Sing era ainda mais brutal do que tudo que já conhecera. Por outro lado, deu-lhe tempo e Jerry usou o tempo para aprender a ler. Foi então que descobriu a biografia mais notável do mundo: a vida de Jesus na Bíblia. Ele achou o livro fascinante, e leu-o duas vezes. Durante muito tempo não lhe pareceu possível que Deus o pudesse perdoar. Mas, finalmente, após uma intensa luta, ele cedeu à graça de Deus e aceitou o fato de que Ele o havia perdoado por amor a Jesus. As mudanças de Jerry McAuley logo ficaram evidentes para todos da prisão. Outro tipo de vida, outra biografia havia se iniciado dentro dele, produzindo paz e alegria. Quando lhe batiam ou cuspiam, ele não revidava. Os prisioneiros só podiam comunicar-se durante a meia hora do jantar, e em sussurros. Mas Jerry usava aqueles momentos para compartilhar sua fé em Cristo. Após ser libertado da prisão, ele passou por uma grande provação. Ficou abismado com a hipocrisia demonstrada por alguns dos crentes que conheceu. O velho apetite pelo álcool renasceu, e após algum tempo fora da prisão, ele voltou ao velho estilo de vida. Felizmente, um amigo o convenceu a ir à igreja para uma reunião especial. Ali ele encontrou o amor de cristãos dedicados e fez um novo compromisso com Jesus Cristo. Desta vez ficou perto dos irmãos em Cristo e da Bíblia, a notável biografia de Jesus Cristo. Desta vez ele gravou a história para sempre. O Messias que curou os doentes e pregou aos pobres e animou aos oprimidos, começou a viver através da vida de Jerry McAuley. Jerry começou a trabalhar com as pessoas das ruas de Nova Iorque, cujas histórias eram tão trágicas quanto a sua havia sido. Em 1872, organizou uma missão resgate, confiando que Deus proveria os recursos. Ele o fez, e o ministério de Jerry crescia conforme os anos se passavam. A missão de McAuley na Rua Water foi um projeto pioneiro trabalhando com pessoas das ruas, dando um exemplo que muitos outros seguiriam. Jerry trabalhou fiel e animadamente entre os mendigos até sua morte. Sua missão continua até hoje. A biografia de Jesus continua viva. Os bêbados, os abandonados e os desesperados das ruas de Nova Iorque sentiram o toque de Cristo. Experimentaram o amor prático de Jesus Cristo, através do ministério de Jerry McAuley. O Messias ainda está bem vivo, transformando casos sem esperança numa extensão de Sua gloriosa biografia. Você não gostaria de fazer parte desta história? A história que foi escrita milhares de anos atrás. A história que tornou-se carne e osso na pessoa de Jesus Cristo. A história que continua hoje na vida de homens e mulheres que O aceitam como seu Salvador. Não importa quão sombrio é o seu passado, ou quão incerto seu futuro, Cristo pode levá-lo a uma vida de vitória. Ele pode substituir suas fraquezas com Sua força. Ele pode lhe oferecer um novo começo através do perdão e amor. Faça parte da maior história de amor jamais contada, agora mesmo. (*) QUEBRA-CABEÇAS: 1. Miquéias 5:2 Lucas 2:1-7 2.. Isaías 7:14 Lucas 7:21-23 3. Daniel 9:24, 25 Marcos 14:10, 11 4. Zacarias 11:12, 14 Mateus 27:3-10 5.Salmos 22:14-18 Marcos 15:24

 

ORAÇÃO Querido Pai, agradecemos-Te por orientar aqueles escritores da Escritura que nos trouxeram as boas novas sobre Jesus. Obrigado por demonstrar esta verdade através da precisão da profecia. Queremos aceitar o Filho de Deus que morreu na cruz como nosso Salvador e Senhor agora mesmo. Queremos entregar nossa vida a Ele e caminharmos juntos de hoje em diante. Obrigado por Tua graça redentora. Em nome de Jesus, amém

 


 


 

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AULAS PARTICULARES COM DEUS

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Roberto Wong é uma das pessoas mais brilhantes e alegres que encontrei. Tive a oportunidade de estar com ele durante uma recente viagem a Hong Kong. Ele me contou uma história emocionante. Foi a história de 15 anos em uma prisão comunista. O Sr. Wong foi condenado por exceder-se em suas atividades cristãs e foi confinado em uma sela solitária por quatro longos anos. Durante esses anos, foi-lhe permitido estar cinco minutos com a família - uma vez por mês. Sabe, enquanto o Sr. Wong me contava sobre sua provação, descobri porque ele parecia encarar a vida de maneira alegre e positiva. Não notei nele qualquer traço de amargura ou raiva. Esse homem parecia irradiar o Espírito de Cristo. Por quê? Eu me perguntei. O que o sustentou durante seus anos de solidão? O Sr. Wong falou-me sobre isso. Mencionou prisioneiros cujos nomes nunca ouvira. Cada um tinha um número. Era parte da estratégia para facilitar a identificação. Um dia, enquanto andava no pátio da prisão, o Sr. Wong ouviu o guarda chamar: "Prisioneiro 105". Por alguma razão, este número ficou martelando em sua cabeça: "105, 105...". De repente, lembrou que era o número de seu hino predileto intitulado "Dá-me a Bíblia". Era o hino 105 do hinário chinês. Bem, o Sr. Wong teve uma idéia. Nessa época, era-lhe permitido escrever uma pequena mensagem a sua família - uma vez por mês - só podia escrever até 100 caracteres chineses. Na carta seguinte, o Sr. Wong concluiu a carta com o número 105. Sua família leu a carta e chegou ao número. O que significa? Com certeza era uma espécie de código - 105 - Então lembraram. Só podia ser o hino 105 - "Dá-me a Bíblia". Esta era a mensagem! Na próxima vez que a família foi visitar o Sr. Wong, esconderam um exemplar da Bíblia debaixo das roupas. Tinham conseguido contrabandear o precioso livro para o prisioneiro. Nunca me esquecerei do que Roberto Wong me disse então: "Esse livro me sustentou". Esse exemplar da Bíblia foi guardado. Antes, ele memorizava textos e mais textos. Agora, tinha o precioso livro em mãos. Deus tornou-Se muito real para Roberto Wong. Tornou-Se uma brilhante presença - mesmo nesses anos de prisão. Sabe, amigos, a religião prática, a religião que permanece na angústia e na tranqüilidade é a religião alimentada pela Palavra de Deus. Ela é que sustenta o cristianismo espiritual. Este é o aviso que o Apóstolo Pedro dá aos crentes, em I Pedro 2:2. Pedro conhecia a religião prática; Pedro conhecia a religião que nos mantém firmes em Cristo. I Pedro 2:2: "... Como crianças recém-nascidas, o genuíno leite espiritual, para que por ele vos seja dado o crescimento para salvação." Aí está. Crescemos quando alimentados pela Palavra de Deus, a Bíblia. Precisamos desse alimento como um recém-nascido precisa de leite. O Novo Testamento nos assegura que a Palavra de Deus penetra em nosso coração, desperta nossa fé, dá-nos um novo nascimento, purifica nossa alma, faz-nos completos e perfeitos em amor. Não é maravilhoso o que Paulo deseja aos crentes, de acordo com Colossenses 3:16? "Habite ricamente em vós a palavra de Cristo; instruí-vos e aconselhai-vos mutuamente em toda a sabedoria..." Habite ricamente em vós. A Palavra de Deus é rica em crescimento espiritual. Mas como absorvê-la? Como tê-la em nós? Esta é, uma grande interrogação porque, para muitas pessoas, a Bíblia não é totalmente inspirada. Pode ser difícil de entender ou pode ser tão simples como dormir. Como ler a Bíblia com devoção? Quero lhe dar algumas sugestões práticas hoje, que podem ajudá-lo a descobrir as riquezas da Bíblia. Sobretudo, gostaria de que você tivesse consciência de que Deus, pessoalmente, está lhe ensinando através de Sua Palavra. É uma experiência maravilhosa. Creio que é privilégio daqueles que começam a relacionar-se com Jesus Cristo. Comecemos avisando você de que há dois erros que as pessoas, muitas vezes, cometem quando começam a ler a Bíblia. Primeiro, alguns de nós tratamos a Bíblia como um estojo de primeiros socorros. Só a utilizamos em caso de emergência. Folheamos suas páginas de olho em algum dilema urgente, esperando encontrar a solução, colocando o dedo em um texto qualquer. Agora, digamos que você está diante de uma grande decisão. Você não sabe se aceita um emprego no Rio ou em São Paulo. E assim você tira a sorte através da Bíblia e corre seu dedo sobre o texto. Você imagina que pode ser algum verso solto em Salmos que o lançará para um ou outro lugar. Ou digamos que a chata da Tia Marta vem visitá-lo. Ela planeja ficar duas semanas em sua casa! Rapidamente, você procura uma promessa poderosa nas epístolas, alguma coisa sobre amar o desamável. Você agarra essa promessa e espera que ela o livrará quando Tia Marta começar a encostá-lo na parede. É, evidente que, às vezes precisamos de socorro espiritual nas emergências e às vezes as promessas da Bíblia nos ajudam nelas. E Deus está disposto a tirar-nos dessa situação. Mas arranjos de última hora não ajuda realmente nosso crescimento. Não é como se a Palavra morar em nós ricamente. Precisamos de algo mais, muito mais, amigo, algo mais regular e mais profundo, um tempo para servir atentamente e contemplar a Deus. Assim, usar a Bíblia exclusivamente como primeiros socorros é um erro popular. Mas deixa-me falar de outro erro oposto no caminho da vida devocional. Este é usar a Bíblia simplesmente como um livro para descobrir doutrinas para provar que outra pessoa está errada. Algumas pessoas vêm a Bíblia como uma coleção de informações doutrinárias. Têm a tendência de vasculhar as passagens, pinçando textos, frases e palavras que confirmam certos posicionamentos. Acumulam dados para inserir em determinadas circunstâncias. Inventam teorias e as aperfeiçoam. Veja, essas pessoas usam a Bíblia sempre para outras pessoas, nunca para elas próprias. Agora, a Bíblia tem de fato, muitas informações doutrinárias e cuidadosamente utilizadas; essas informações são importantes. Mas elas não nos ajudam muito em nosso crescimento espiritual O estudo devocional é algo diferente. Faz você ver além das informações. Nosso principal objetivo ao examinar a Palavra, não é colocar teorias ou crenças ao mesmo tempo. É conhecermos melhor uma Pessoa especial. Afirmar que todas as nossas doutrinas são perfeitas é louvável, mas Deus pode ser esquecido no meio delas. A Bíblia não é um pedaço de pau para bater na cabeça de outras pessoas. Deus pode ser esquecido; Ele pode ser dividido; Ele pode ser apresentado como uma abstração. Então, por favor, quando iniciar o estudo da Palavra de Deus com devoção, não a use como pronto socorro, de vez em quando. Não a use também como um livro texto. Use-a para conhecer melhor a Deus. O objetivo da devoção é que Deus ensine você, pessoalmente, intimamente. Agora, aqui estão algumas sugestões práticas que têm me ajudado muito. Antes de tudo, concentre seu estudo na pessoa de Jesus Cristo. Ele é a Palavra perfeita, a perfeita revelação de Deus. Então comece - e termine - contemplando-O o mais atentamente possível. Tente ler os Evangelhos - Mateus, Marcos, Lucas e João - como se você fosse um repórter. Os Evangelhos descrevem acontecimentos da vida de Cristo. Suponha que você está participando de uma determinada cena. Você precisa tentar descobrir o máximo possível sobre Cristo, por meio dos Seus encontros com várias pessoas. Anuncie cada gesto; tente ouvir a inflexão das palavras de Jesus; capte o significado de cada ação Dele. Observe as reações daqueles que O rodeiam. Analise cada participante no drama - o publicano, o fariseu, o leproso, o mendigo, a prostituta, o discípulo, o advogado, o governador. Tente introduzir-se no interior das cenas; imagine as emoções de Cristo. E, sempre, sempre, relate suas impressões à Pessoa Especial que você está tentando conhecer. Na intimidade de sua visão de Jesus, mais riqueza você vê, mais alimentado você fica. Olhando atentamente é como descobrir por você mesmo, amigo. Assim, faça o estudo com segurança e oração, pedindo que Deus o ajude a entender. Agora, do centro da Bíblia, de Jesus Cristo, podemos entender as outras pessoas, outros membros do elenco da Bíblia. Em segundo lugar, em seu estudo bíblico, tente ver nas histórias uma série de pequenas biografias. Tente entender uma delas em particular. Há pessoas fascinantes para conhecer em suas páginas - especialmente nas partes históricas. A longa trilha da história do Velho Testamento pode parecer meio sombria no começo. Mas fica fascinante quando começam a aparecer os dramas individuais. Experimente a fascinação do retrato completo que a Bíblia faz de Josué, Salomão ou Nabucodonozor. Pergunte-se, que traços de caráter são mostrados aí? Como Deus os atraiu para Si? Como Ele os recompensou ou os corrigiu? Junte os fatos de uma dessas vidas, os caminhos seguidos e veja como Deus trabalha. E quando você vir o que Deus está fazendo por eles, entenderá o que Ele pode fazer por você. Vemos algo mais no estudo da Bíblia. Vemos mais de Jesus nessas biografias. Muitos caracteres na Bíblia refletem Cristo de várias maneiras. Moisés defendendo o voluntarioso Israel, Jônatas sendo amigo de seu rival, Daniel ficando firme em uma nação estranha - todos esses acontecimentos acrescentam suas cores ao quadro primitivo, o retrato de Cristo. E nossa admiração por Ele aprofunda-se. Agora, vejamos o terceiro modo de fazer o estudo devocional. Tomemos, por exemplo, as cartas do Novo Testamento. Como você pode absorver sua riqueza? Há, semelhantemente, uma abundância de verdades e princípios naquelas epístolas. Elas parecem derramar uma sobre a outra. Você pode descobrir uma grande concordância teológica em seus versos. Algumas pessoas tomam cada verso em particular - e analisam cada frase e seu significado. Deixe-me sugerir outro método que é mais diretamente devocional. Tente parafrasear verso por verso. Ponha cada passagem em suas próprias palavras. As epístolas contém muitas palavras e frases que têm sido usadas como clichê, por muitas pessoas: "Lavados no sangue", "Andando na Luz", "Vitória em Cristo", "Justificado", "Santificado". Podemos usá-las com nossos lábios, mas o que realmente significam? Muitas vezes essas frases servem como uma espécie de taquígrafo da verdade teológica. Mas o que significam para você, principalmente, amigo? O que significam para sua vida, pessoalmente? Parafrasear é uma forma de reagir ativamente ao que Deus diz. É uma forma de ouvi-Lo mais atentamente e expressar seus pensamentos para Ele de forma pessoal. Ela ajuda a dar voz a nossa impressão íntima da Palavra. Escrever esses textos e parafraseá-los ajuda a Palavra a penetrar profundamente em nós. Tente. Leia a sentença cuidadosamente, tentando assimilar o significado de cada palavra; descubra o que há de concreto por trás da abstração, então escreva o significado da frase em suas próprias palavras. Se Paulo aconselha em Romanos 12:21: "Não te deixes vencer do mal, mas vence o mal com o bem." Você pode traduzir da seguinte forma: "Não permita que Satanás empurre você; empurre Satanás - com Cristo". Se Pedro nos informa em II Pedro 1:4, que Deus "... nos deu suas preciosas promessas, para que por elas vos torneis co-participantes da natureza divina..." Você pode parafrasear escrevendo em suas palavras: "Pense que as inacreditáveis promessas da Bíblia são a razão para distribuir no caráter as qualidades do Deus Altíssimo". Estas são algumas das formas para poder assimilar as riquezas da Palavra: Concentre-se nas cenas da vida de Cristo. Estude vidas isoladas e como se relacionavam com Deus. Parafraseie uma passagem das Escrituras. Lembre-se de que todos esses métodos de estudo da Bíblia são um meio para atingir um fim. Um meio de conhecer melhor a Deus, de conhecê-Lo mais profundamente. O livro de Efésios tem uma promessa maravilhosa para nós. É uma promessa sobre o que pode acontecer quando nos comunicamos com Deus. Paulo pergunta isso em Efésios 1:17 a 19: "... o Pai da glória vos conceda espírito de sabedoria e de revelação no pleno conhecimento dele, iluminados os olhos do vosso coração, para saberdes qual... a suprema grandeza do seu poder para com os que cremos..." Deus pode nos dar o Espírito de sabedoria e revelação quando lemos a Bíblia. Ele pode abrir os olhos de nosso coração; Ele pode ajudar-nos a ver mais profundamente. Ele tudo faz para ajudar-nos a conhecê-Lo melhor, ajudar-nos a compreender todos os recursos espirituais a nossa disposição. Cada um de nós pode ser pessoalmente ensinado por Deus. Cada um de nós pode ter aulas particulares com o Altíssimo. Aconteça o que acontecer em sua experiência, aconteça qualquer espécie de problema, se você continuar com seu relacionamento com Deus, você pode ter a maravilhosa sensação de que Ele fala com você pessoalmente. Essa é a espécie de religião que convém a você. Esta é a espécie de religião que faz diferença. Bete havia começado a ensinar para adultos em uma escola cristã. Ela já havia dado aulas de inglês a jovens de outros países. Um dia os outros professores descobriram como ela era inocente. Notaram que ela parava diante da porta da classe, respirava profundamente e então abria a porta com a mão trêmula. Bete demonstrava nervosismo diante de cada classe. Ela era tímida e frágil. Sua infância havia sido difícil, marcada por um incesto. Seria ela capaz de atuar como professora? Bem, um dia ela estava no escritório de outro professor, como uma planta murcha em uma cadeira. Bete começou a pôr para fora toda a sua sensação de fracasso, ineficiência e insegurança. Sobretudo, achava-se um fracasso como cristã. A maioria dos estudantes da escola vinham de lares não cristãos. E os professores ministravam aulas de Bíblia à tarde, gratuitamente. Mas Bete não achava que pudesse realizar alguma coisa que não fosse secular. Deus e a religião para ela estavam fora da realidade. E ela começou a perguntar-se se sua pequena fé seria real. Isso fazia realmente diferença em sua vida? Bete confessou que sentia que ainda não conhecia Cristo em sua vida. Como poderia ela contar a respeito dEle aos outros? Bem, Bete e seu colega Jorge coversaram longamente. Felizmente, Jorge havia recentemente aprendido como estudar a Bíblia com devoção. Havia aprendido como absorver as riquezas da Palavra de Deus. E estava feliz com as descobertas que fizera. No fim, Bete decidiu tentar. Estaria atenta à vida de Cristo em Sua Palavra. Jorge assegurou que Deus queria muito encontrar-Se com ela e fazer grandes coisas por seu intermédio. Pediu a Bete que escrevesse o que fosse descobrindo diariamente. Ela prometeu fazê-lo. Timidamente, respondeu: "Jorge, eu vou tentar". Cada manhã, Bete começava a ler atentamente histórias nos Evangelhos. Tentava captar todos os pormenores do drama. A princípio, não entendeu muita coisa. Mas passada uma semana, leu alguma coisa na história da mulher adúltera e admirou-se de quanto Jesus foi expressivo em Seu ato de perdão. Bete tinha algo interessante para contar. Quando falou a Jorge a respeito do que aprendera, ele achou que os olhos dela tinham um brilho fora do normal. Suas faces estavam mais rosadas do que o usual. Bete olhou-o intensamente. Havia escrito alguma coisa em seu pequeno diário. E desejava contar aos outros. Dia após dia partilhava seus momentos especiais - dando um passo por vez, fazendo uma descoberta após a outra. Naquele tempo, todos os professores daquela escola estavam trabalhando com uma jovem em particular - Sandra. Essa jovem, funcionária do escritório, parecia prestes a fazer um compromisso com Cristo, mas havia uma coisa que a estava atrapalhando - os hipócritas da igreja. Ela parecia incapaz de superar aquele problema. Todos os professores já haviam falado com Sandra. Eles a haviam incentivado a parar de olhar as pessoas e focalizar Cristo. Mas ninguém conseguia mudar-lhe o pensamento. Então Bete foi falar com ela. Disse a Sandra exatamente a mesma coisa: Pare de olhar as pessoas e focalize Cristo. Inesperadamente, isso fez o maior sentido. Era como se alguém houvesse provocado uma reviravolta na cabeça de Sandra. Ela exclamou: "Sim, é exatamente o que preciso fazer". A tímida e frágil Bete estava realizada. Algo havia acontecido com ela. Havia sido tocada por um "poder incomparavelmente maior". Viver em Cristo estava mudando sua vida. Agora ela descobriu que seus alunos estavam compreendendo sua afinidade com a Bíblia. Isso fazia sentido agora, porque a Bíblia era real para ela e sua religião demonstrava ser real. Bete começou adotando metas específicas para cada um de seus alunos. Viu o desinteresse diminuir. Viu outros querendo aprofundar seus compromissos. Então, sua irmã veio visitá-la. O relacionamento delas tinha sido sempre difícil, por causa dos traumas do lar. E essa irmã era talvez mais frágil do que Bete. Mas Bete descobrira que não podia conviver com os velhos conflitos. Não era escrava de velhas mágoas. Bete descobrira que podia agir como um remédio. Começou gentilmente partilhando com sua irmã algo do que havia aprendido sobre Cristo. Começou a partilhar a fé que havia se tornado muito, muito real para ela. E isso teve um impacto definitivo em sua irmã durante sua ligeira estada. De fato, um dia ela disse isso a Bete simplesmente. Alguma coisa havia acontecido com a tímida professora, cuja mão tremia quando abria a porta de sua classe. Alguma coisa havia acontecido com a pessoa que percebera que não conhecia Cristo suficientemente. Essa jovem havia achado a riqueza. Ela havia descoberto que é bom ter aulas particulares com o Onipotente. Ela sabia que é bom ter Deus dando aulas diretamente a ela. Este é o privilégio de todos os que andam com Cristo pela fé. Podemos nos assentar aos Seus pés. Podemos achar a direção para nossa vida. Você já descobriu as riquezas da Bíblia? Ou ela é apenas um belo livro guardado em casa? Tem você tocado o "incomparável poder" na Palavra de Deus? Ou sua Bíblia está na estante, coberta de pó? Decida agora iniciar uma vida devocional definida. Decida agora começar a viver intensamente com Jesus em Sua Palavra, enquanto oramos. DESPEDIDA: Posso repartir com você a profunda experiência pessoal que as Aulas Particulares com Deus significaram para mim. Eu viajo muito. Estive fora de casa por quatro ou cinco semanas fazendo uma série de palestras em Copenhague - Dinamarca. As palestras não eram muito fáceis de ser entendidas. Eu aguardava poucas pessoas comparecendo às palestras. Uma noite, voltei para casa após uma de minhas apresentações da Bíblia, realmente desanimado. Grandes ondas de desânimo pairavam sobre mim. Com minha Bíblia na mão, deixei a pequena sala onde estava e andei em direção ao Mar do Norte. Havia ondas quebrando na praia. Pude olhar do outro lado e ver as cintilantes luzes da Suécia. Sentei-me em uma pedra, sentindo-me ainda desanimado, e comecei a pensar em numerosos textos da Bíblia. "Tu, Senhor, conservarás em perfeita paz aquele cujo propósito é firme; porque ele confia em ti." (Isaias 26:3) "Deus é nosso refúgio e fortaleza". (Salmos 46:1) E outros textos traziam encorajamentos semelhantes. Era como se Deus me estivesse tocando. Era como se Deus estivesse despejando coragem em minha alma. Era como se Deus estivesse dizendo: "Espere e não desista". Eu sei que Deus faz a mesma coisa por você. Ele deseja falar de Seus mistérios a você pessoalmente. Ele deseja dar a você coragem e esperança no desespero de sua vida.Ele deseja falar a você através de Sua Palavra, amigo.

 

ORAÇÃO: Querido Pai, obrigado por apresentar Teu próprio retrato tão colorido na Bíblia Obrigado por revelar Teu caráter e nos dar valiosas lições de como viver. Rogamos por "um espírito de sabedoria e revelação agora". Pedimos que os olhos de nosso coração sejam iluminados para que comecemos a ver-Te atentamente em Tua Palavra. Ajuda-nos a reservar um tempo regular para isso, um tempo a cada dia para conhecer-Te. E por favor, dá-nos uma experiência preciosa, dá-nos aulas particulares de Bíblia. Pedimos em nome de Jesus, Amém

 


 


 

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O FIM DA GRANDE GUERRA

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Que melhor momento de libertação pode haver? Um refém que é resgatado, um preso libertado de um campo de concentração ou um condenado à morte cuja pena é revogada? Todos nós temos testemunhado, durante os últimos anos, como muitos países da Europa Oriental libertaram-se da opressão e repressão do totalitarismo. Vimos, através da televisão a alegria no rosto das pessoas quando perceberam que a guerra havia terminado e seus inimigos desaparecido. Nada iguala-se à este sentimento. Durante anos e anos, muitos missionários serviram ao Senhor sob as condições adversas de guerras, até mesmo em cativeiro. Um exemplo notável de resgate é encontrado no livro "Atrás da Cerca", que conta a emocionante história de um casal de missionários adventistas do sétimo dia, John e Olga Oss. O livro fala dos longos anos em que estiveram num campo de concentração durante a Segunda Guerra Mundial, junto a muitos cristãos de várias denominações, eles lutaram para sobreviver sob inacreditáveis condições de opressão. Então, num certo dia, seus olhos avistaram a coisa mais bonita do mundo para eles. Enormes aviões de guerra norte-americanos sobrevoaram o campo, inclinando as asas como se dissessem: "Agüentem firme! O resgate está perto! A grande guerra terminou!" Que emoção saber que a liberdade finalmente chegou! Isto não acontece mais nas guerras do século vinte, mas suponho que o maior exemplo de triunfo era quando o próprio rei liderava as tropas vitoriosas nas missões de resgate. Com certeza, as terras bíblicas testemunharam inúmeras campanhas militares dramáticas, onde o rei do país foi o primeiro a dizer aos cativos libertados: "Bem vindos!" No topo do Monte das Oliveiras, olhando para Jerusalém. Jesus fez algumas de Suas mais surpreendentes profecias sobre o tempo em que você e eu vivemos hoje. Se você assina um jornal, ou assiste aos telejornais, você está vendo o cumprimento de muitas das coisas que Jesus profetizou que iriam acontecer nos últimos dias. Uma das vistas mais bonitas em toda a Judéia, nos dias de Jesus, era o Templo de Salomão. Era um edifício enorme e magnífico, a glória da nação. Pedras enormes, de cor pérola, foram colocadas cuidadosamente uma sobre a outra, criando uma imagem de força e solidez. Você pode imaginar, portanto, quão surpresos ficaram os discípulos quando Jesus lhes disse em Mateus 24:2: "Em verdade vos digo que não ficará aqui pedra sobre pedra, que não seja derrubada." "O quê?" Quase posso ouvir os discípulos protestando: "O templo destruído? Até estas magníficas pedras fundamentais revolvidas? Nem em mil anos! Nem em dez mil anos!" Mas esta previsão impossível do Salvador fez com que os discípulos fizessem mais perguntas: "Diga-nos, Jesus, quando estas coisas acontecerão? Qual será o sinal de Tua vinda e do fim dos tempos?" Acho tão significativo que estes 12 discípulos tivessem a mesma curiosidade dos homens e mulheres de hoje. O que vai acontecer? O que o futuro trará para mim e minha família? Posso ter esperança de uma vida melhor depois desta vida? Já fiz todo o tipo de apresentações em público: seminários sobre estresse, aulas direcionadas aos pais, workshops sobre a vida cristã. Acho que as reuniões mais concorridas sempre são as que falam sobre as profecias do Apocalipse e os eventos relacionados ao fim do mundo. As pessoas estão ansiosas para saberem a respeito do futuro! Só Jesus tem condições de nos revelar informações confiáveis. Jesus, que foi o próprio cumprimento de tantas profecias bíblicas, previu com impressionante exatidão os eventos que aconteceriam. Quando tiver tempo, pegue sua Bíblia e leia Mateus 24 e Lucas 21. Estas duas passagens bíblicas contém profecias, muitas delas com duplo cumprimento. Deixe-me explicar isto um pouco. Em todo o capítulo 24 de Mateus, por exemplo, Jesus dá informações e avisos que aplicavam-se não apenas à iminente destruição de Jerusalém, como também à destruição final do mundo inteiro. Podemos encontrar significado e conselhos para ambas as situações, ao mesmo tempo. Vamos abrir nossos livros de História e ver se estas profecias de Jesus foram cumpridas a curto prazo. No ano 70 A. D., poucas décadas depois que Jesus viveu aqui na terra, exércitos romanos avançaram sobre a cidade, como Jesus havia profetizado. A Décima Legião ocupou o Monte das Oliveiras. Três outras legiões acamparam no Monte Scopus e mais ao oeste. O general romano, Tito, preparou suas forças para cercar a cidade. Ele deixou os defensores judeus ocupados, tendo que lutar contra a Décima Legião, que bombardeava enormes pedras contra o Monte do Templo com catapultas. Tito, que era filho do novo imperador, tinha fama de ser generoso. Se os judeus tivessem se rendido ao inevitável, ele os teria tratado humanamente. Mas, eles estavam determinados a resistir, com uma cega certeza de que Deus ainda estava do lado deles. Tito não teve escolha a não ser continuar a construir uma rampa contra o muro de Jerusalém. Ao soar a primeira batida do aríete, ouviu-se um alto clamor dentro de Jerusalém. Pelos termos da lei daquele tempo, depois que o aríete começava seu trabalho, a rendição tinha que ser incondicional. Uma testemunha ocular descreveu a cena a Josefo, um general e historiador judeu, que fez as pazes com os romanos. Ele relatou, em detalhes vívidos, os trágicos eventos dos últimos dias de Jerusalém. Tito esperava preservar o magnífico templo, mas os soldados judeus refugiaram-se em seus aposentos. Após terem feito de tudo para tirá-los do templo, um soldado romano jogou uma tocha de fogo pela janela. Em pouco tempo o templo tornou-se um inferno de chamas, à medida em que a rica herança religiosa judaica queimava-se por completo. Depois que o fogo apagou-se, os vencedores romanos ofereceram sacrifícios pagãos nas ruínas do templo. Eles colocaram um porco sobre o altar. Isto foi a gota dágua, a maior de todas as abominações. Assim, Jerusalém foi atacada e o templo destruído, exatamente como Jesus havia predito, até no detalhe de que não ficaria pedra sobre pedra. Acontece que à medida que o fogo consumia, o ouro e prata do templo derreteram-se e começaram a correr entre as pedras. Os soldados moveram os enormes blocos de pedra para pegarem aquela riqueza. Foi assim que as palavras de Cristo se cumpriram em detalhes precisos. Depois da destruição do templo, o exército romano destruiu Jerusalém sistematicamente. As casas dos ricos e dos pobres foram igualmente devoradas pelas chamas. A Casa Queimada foi recentemente descoberta por arqueologistas, sob o lado judeu de Jerusalém. É possível ver os ossos de uma mão e antebraço não enterrados, testemunhas mudas de uma morte repentina. De acordo com o testemunho de Josefo, mais de um milhão de judeus morreram durante a destruição de Jerusalém. Mas você sabia que nenhum cristão sequer pereceu nas chamas? Por que não? Eles sabiam algo que os outros não sabiam? Com certeza! Eles deram ouvidos a um aviso específico dado por Jesus a seus seguidores naquela tarde no Monte das Oliveiras. Vamos lê-lo em Lucas 21:20 e 21: "Quando, porém, virdes Jerusalém sitiada de exércitos, sabei que está próxima a sua devastação. Então os que estiverem na Judéia fuja para os montes; os que se encontrarem dentro da cidade, retirem-se; e os que estiverem nos campos não entrem nela." "Quando virdes Jerusalém sitiada de exércitos", disse Jesus, "será o momento de fugir imediatamente!" Este era o sinal para os cristãos escaparem. Com toda a certeza, os eventos novamente cumpriram com exatidão, a profecia feita por Cristo. Eis como isto aconteceu. Depois que os judeus se rebelaram contra o império, o governador romano na Síria, Cestius Gallus, invadiu a Galiléia com seus soldados. Seu exército teve muitas vitórias fáceis e avançou para o sul, conquistando tudo em seu caminho. Quando chegaram a Jerusalém, Gallus ordenou que seus soldados cercassem a cidade. Mas estava chegando o inverno e o exército não estava preparado para um longo cerco. Depois de uma tentativa frustrada de invadir o templo, Gallus inesperadamente retirou-se. Os soldados judeus aproveitaram a chance. Eles caíram como um enxame de vespas sobre os romanos, perseguindo-os até as planícies do Mediterrâneo. Triunfantes, voltaram a Jerusalém certos de que Deus os havia livrado. Mas os cristãos sabiam que não. Jesus havia dito que Jerusalém seria destruída. Ele lhes dissera que o exército cercando a cidade seria o sinal para a fuga. E quando os soldados repentinamente retiraram-se, os cristãos aproveitaram a oportunidade para escapar, como Cristo lhes havia dito. Amigo, quando leio estes capítulos de profecias, fico muito feliz que eles não apenas apontem os sinais, mas, apresentem uma alternativa de escape também. Há mais que destruição nos últimos dias do mundo. Há também um Livrador! Gosto de dizer aos meus auditórios: "Não concentrem-se na crise; concentrem-se no Cristo da crise! Em vez de descobrir ameaças e ruína na Bíblia, descubra Jesus o nosso Salvador!" Esteja onde estiver hoje, gostaria de convida-lo a pensar comigo sobre a promessa de Jesus, de que voltaria outra vez. Já estudamos sobre as duas garantias mais claras da Bíblia, de que Ele voltaria, mas há tantas outras! Alguém já contou 1.500 referências bíblicas à Segunda Vinda. Para cada texto do Velho Testamento, que refere-se à primeira vinda de Jesus, há oito passagens anunciando Sua Segunda Vinda. Um em cada 25 versos do Novo Testamento menciona a Segunda Vinda de Cristo. Quando? Assim como os discípulos, gostaríamos de saber, não? Se possível gostaríamos de usar gráficos e cálculos bíblicos para saber o dia exato. Mas, através dos anos, pessoas viram suas esperanças ruírem e sua reputação ser destruída por ignorarem as palavras tão claras encontradas em Mateus 24:36: "Mas a respeito daquele dia e hora ninguém sabe, nem os anjos dos céus, nem o Filho, senão somente o Pai." Somos aconselhados a dar ouvidos a este texto, não? Mas também somos aconselhados a ler os sinais preditos na Bíblia, olhar para cima e exultarmos, porque o dia de libertação está próximo! Jesus nos revela mais de 20 sinais de que Sua Segunda Vinda está iminente. Não há outro mega evento que seja mais especial do que este. Aqueles que levam a profecia a sério não são arautos de calamidades que dizem que Jesus vai voltar este ano ou no ano que vem, por causa de algum grande terremoto ou porque algum ditador invadiu o país vizinho. Nossos olhos devem estar fixos na cena maior, a cena mais ampla. Se olharmos ao nosso redor, veremos no mundo inúmeros sinais que indicam claramente que nosso Redentor está prestes a voltar. Fome. Olhe ao seu redor. Estamos à beira de um colapso ecológico. Lester Brown, do Instituto World Watch, em Washington, D.C., alerta: "Nosso mundo está sobrevivendo com muito pouco. Só uma colheita ruim e o mundo mergulhará numa grande fome." Recentemente, uma reportagem da rede CNN declarou que 226 milhões de pessoas no mundo estão arriscados a morrer de fome, das quais 76 milhões são crianças. Dá para acreditar? Guerras e rumores de guerras. Olhe ao seu redor outra vez. Quando o Muro de Berlim caiu, fomos tentados a pensar que uma nova era de paz havia chegado. Muitos diziam: "Vamos desaparelhar os exércitos." Mas, alguns meses mais tarde, como um exemplo claro do que pode acontecer num futuro próximo, fomos surpreendidos pela Guerra do Golfo. Ainda não alcançamos a paz! Terremotos. Olhe ao seu redor. O terremoto que atingiu São Francisco em 1989, teve apenas um trigésimo da magnitude do Grande Terremoto que os especialistas prevêem para um futuro próximo. E, falando em terremotos - norte e sul da Califórnia, cidade do México, a antiga União Soviética, Irã, Iraque. Os terremotos estão aumentando assustadoramente em magnitude e em freqüência. Iniqüidade. Olhe ao seu redor outra vez. As ruas das cidades grandes, tornaram-se selvas. O crime aumenta nove vezes mais rápido que o crescimento da população. As polícias parecem impotentes para lidar com ele. Estes são sinais de que o fim está próximo. Mas o maior sinal de todos, cumprindo-se neste exato momento, pode ser encontrado no verso 14. É uma declaração clássica de Jesus sobre o fim. Mateus 24:14: "E será pregado este evangelho do reino por todo o mundo, para testemunho a todas as nações. Então virá o fim." "Está nascendo um novo dia." A Bíblia nos diz que os regimes totalitários serão varridos da terra. Governos autoritários cairão. Haverá uma última explosão de energia espiritual, à medida em que o próprio Deus abre as portas para que as boas novas sobre Jesus sejam pregadas em terras onde reinou a escuridão. Você se lembra que no fim dos anos 80, países e governos comunistas começaram a cair como peças de dominó? Primeiro foi a Polônia, depois a Hungria, seguidas da Checoslováquia e Romênia. Depois a própria União Soviética. O fato de estes regimes totalitários terem sido varridos do planeta não foi um acidente, amigo. Foi o cumprimento da promessa feita por Jesus a 2.000 anos atrás. Nosso Senhor predisse isto. Deus tem estado operando de forma poderosa nesses países que foram comunistas. Amigo, sei que esta profecia é verdadeira. Não faz muito tempo estive bem no meio de seu cumprimento! No verão de 1990, vimos Jesus operar de forma maravilhosa em Moscou. E pela primeira vez em 40 anos, Deus trabalhou miraculosamente com as autoridades, para que pudéssemos fazer um batismo no lago de um dos parques mais bonitos do centro de Moscou. Batizamos estes novos cristãos soviéticos enquanto a Televisão Nacional dava seu aval transmitindo a cerimônia inteira! Algum tempo depois, Deus abriu as portas do Plenário do Congresso no Kremlin, que fora o coração do ateísmo comunista. Durante onze noites seguidas, tive o privilégio de abrir a Bíblia para mais de treze mil pessoas. Na verdade, as autoridades do Kremlin até venderam ingressos e a lotação ficou esgotada. Sabe, amigo, tenho que declarar algo com humildade: isto não teve nada a ver com meus talentos ou habilidades, mas Deus abriu as portas. Deus está trabalhando para cumprir essas profecias antes de Jesus voltar. Vamos olhar para Ele mais uma vez, está bem? Pense no porque Dele ter vindo. Pense sobre Seu presente no Calvário. Pense no preço que Ele pagou por seu perdão e salvação. Amigo, será que Ele pagaria o preço e depois não voltaria para buscar o galardão? Se meu filho, Mark Junior tivesse o sonho infantil de ter algo e pagasse uma quantia semanal durante meses até pagar o valor todo, você acha que ele não voltaria à loja para buscar o precioso produto? É claro que sim! Se você aceitar o presente que lhe foi oferecido no Calvário, se você decidir que quer que Jesus seja seu Senhor e Salvador, então, Ele vai voltar em breve para buscá-lo como o prêmio pelo preço que pagou com o próprio sangue. Algum dia, muito em breve, você e eu vamos olhar para cima e veremos nosso Rei voltando nas nuvens. A grande guerra estará terminada. Por causa do Calvário, o Universo estará seguro novamente. Os mundos que nos observam saberão que Jesus Cristo, nascido aqui nestas poeirentas terras como um pequeno bebê, pregado numa cruz romana como criminoso comum, é agora o Rei vitorioso de todo o Universo de Deus. Jesus virá para levá-lo para casa. O Rei retornará ao céu triunfante, com Seus troféus, os frutos de Sua vitória. Em algum lugar além das estrelas, há uma mansão com o nome Finley. Há uma para você também. Deus e Seu Filho prometeram. Eu levaria mais 50 programas de meia hora para lhe falar sobre o céu, mas o tempo apenas permite que eu diga uma coisa a esse respeito. Jesus estará lá. Durante mil anos e depois pela eternidade toda, você e eu teremos a maravilhosa experiência de conhecer a Jesus. Você falará com este Amigo face a face, o melhor amigo que você já teve. Talvez algo dentro de você esteja dizendo: "Pastor Finley, eu não mereço isso." É verdade. Eu também não mereço. Mas num monte chamado Calvário, Jesus criou algo que se chama graça. Essa graça significa um "favor não merecido." Hoje, antes de orarmos, permitam-me sugerir que o céu deveria chamar-se "Terra da Graça". Um lar que foi construído para nós pela graça. Um lar que foi possível pelo sangue de Jesus, o verdadeiro Rei do universo. Você e eu nunca mereceríamos estar lá, mas, por alguma razão maravilhosa, Jesus o quer lá. Ele me quer lá, e, durante mil anos e toda a eternidade seremos lembrados, pelas cicatrizes nas mãos de Jesus, que estamos no céu por causa do amor imaculado de Jesus. Por causa do grande anseio que Ele tem no coração por você e por mim. Você será recebido de braços abertos. Amigo, você não quer dizer sim? Sim, agora mesmo? Não há melhor momento para aceitar a Jesus, aceitar Seu presente, aceitar Sua promessa de vida eterna. Diga sim agora!

 

ORAÇÃO Querido Deus, ao estudarmos sobre Jesus, descobrimos coisas maravilhosas a respeito dEle. Coisas que podem mudar uma vida. Mas agora precisamos tomar uma atitude a respeito destas descobertas. Pai, Tu conheces cada pessoa que nos está assistindo hoje. Conheces suas necessidades. Teu Espírito tem estado trabalhando em seus corações. Por favor, neste momento, leve-os a uma total entrega a Ti. Remove toda barreiras e todo medo. Leva cada um de nós a um novo relacionamento com Jesus, que seja duradouro e que se desenvolva até o breve dia em que Jesus, nosso Rei, voltar para acabar com a guerra que ainda assola nosso planeta. Senhor, obrigado pelo céu. Estamos ansiosos por estar lá Contigo. Estamos tão agradecidos que o céu, a Terra da Graça, é gratuito para todos. Aceitamos este dom gratuito agora e esperamos uma alegre comunhão contigo e com Jesus nosso Rei, porque aceitamos Teu presente no precioso nome de Jesus, Amém

 


 


 

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POR QUE MILHÕES DE PESSOAS NÃO SÃO CRISTÃS?

Pr. Mark Finley

TOPO

 

O conflito na Irlanda do Norte parece estar muito longe da aparente calma das praias da Galiléia. Você, provavelmente, sabe muito bem que a Irlanda do Norte tem aparecido bastante nas manchetes nos últimos anos - tudo por causa de um ódio profundo e arraigado, um ódio que compele as pessoas a jogar bombas em restaurantes lotados, atirar em mulheres e crianças e aleijar informantes atirando em seus joelhos. A Irlanda do Norte está totalmente envolvida numa guerra entre católicos e protestantes. É um escândalo cristão - e o mundo inteiro sabe disso. Aqueles que declaram-se seguidores de Jesus, estão transformando-se em terroristas. Durante muitos anos, o Líbano foi dilacerado por uma sangrenta guerra civil. Carros bomba, represálias cruéis e intermináveis brigas de rua. Quem eram os protagonistas? Muçulmanos xiitas e cristãos maronitas, que derramaram tanto sangue em nome da religião. Por que a aparente lealdade a uma determinada religião faz com que as pessoas queiram derramar sangue? Foi o que aconteceu nas infames Cruzadas; aconteceu durante a temida Inquisição e está acontecendo hoje em dia outra vez. Quem, em sã consciência, iria querer fazer parte disto? Por acaso é de se estranhar que milhões de pessoas vejam a cruz do cristianismo como uma ameaça, em vez de uma esperança de salvação? Bem, hoje eu não quero só analisar o assunto; gostaria de falar sobre uma possível solução. Creio que realmente existe um tipo de religião que tende à intolerância e derramamento de sangue, mas também creio que há um outro tipo de religião que nos leva na direção oposta. Há algo que pode tornar o cristianismo irresistível para todas as pessoas do mundo inteiro. Jesus nos mostrou exatamente isto, no Monte das Bem Aventuranças, perto de Cafarnaum, onde fez a primeira declaração pública de como seria Seu Reino. Foi semelhante ao discurso inaugural de um presidente, que mostra sua visão de como gostaria de governar seu país, e o que pretende realizar. Os discípulos de Jesus haviam estado proclamando a chegada do Reino dos Céus. Agora o Salvador iria descrevê-lo em detalhes em Seu Sermão da Montanha. Pela manhã, bem cedo, Jesus estivera no alto do monte, comungando a sós com Seu Pai, como sempre. Quando desceu em direção ao lago, viu que uma enorme multidão estava se reunindo, ansiosos para ouvir o novo Rabi, que os surpreendia com seus ensinamentos. A princípio, eles provavelmente juntaram-se perto da praia, mas à medida em que mais e mais pessoas chegavam de vilas galiléias da Judéia, da Fenícia e das cidades perto do Mediterrâneo, a encosta da montanha foi ficando cheia de gente. Jesus, como sempre, acompanhado de seus discípulos mais íntimos, teve que subir até um lugar de onde podia ver o lago, para que pudesse ser ouvido pela multidão. Ecoando pelos verdes montes da Galiléia e em direção à superfície azul e ondulada do lago, as palavras do grande Mestre foram ditas a pescadores, fazendeiros, mercadores, escribas e sacerdotes. Foi o maior discurso de Jesus. Mateus, que esteve sentado ali com os outros discípulos aos pés do Salvador, relatou este sermão, para que o mesmo chegasse até nós. Os princípios morais mais profundos deste mundo encontram-se resumidos em três capítulos do evangelho de Mateus, nos capítulos cinco, seis e sete. No Sermão da Montanha, Jesus revelou o tipo de religião que venceria o mundo inteiro. As ruínas da sinagoga de Cafarnaum datam do quarto século de nossa era. A sinagoga foi construída após o tempo de Jesus, mas foi feita exatamente no mesmo local onde estava a sinagoga de Seus dias. Jesus esteve ensinando neste lugar várias vezes. Bem perto dela, está o monte onde o Sermão da Montanha foi pregado. O mesmo é conhecido como o Monte das Bem Aventuranças. Qual é a religião que transparece neste sermão? Na minha opinião, a essência dela é a Lei de Deus escrita em corações humanos. Jesus queria revolucionar a religião tirando-a do exterior e colocando-a no interior. Ele começou com as bem aventuranças. Algumas pessoas são mencionadas como sendo aquelas que herdarão o reino dos céus. Quem são elas? Os pobres de espírito, os puros de coração, os mansos e os misericordiosos, os que têm fome e sede de justiça. Estas são qualidades basicamente invisíveis. Você não pode tocar a pureza de coração. Não pode ver um coração que anseia por justiça. São traços interiores, traços espirituais. Mas, infelizmente, estas são exatamente as coisas que muitas pessoas religiosas não têm. Instintivamente focalizamos o exterior. É a natureza humana. Vamos a determinada igreja; aprovamos um certo ritual de adoração; assinamos embaixo de certas doutrinas e nossa religião resume-se a isto. Pense nisso: quando alguém diz que pertence a tal e tal denominação, como reagimos? Ah, é aquela igreja onde não se costuma cantar. Ah, é aquela igreja onde os ministros usam umas togas. Ah, este é o povo que não come carne. O exterior é o que vem à nossa mente. As qualidades interiores... bem, estas são mais difíceis de percebermos. Mas o Sermão da Montanha, pregado por Jesus, concentra-se em coisas que só podem acontecer no coração humano. Veja como ele ampliou o escopo da lei. O Mestre lembrou aos ouvintes o mandamento que diz: "Não matarás." Em seguida, alertou-os sobre sentir raiva de um irmão, ou tratá-lo mal. Por quê? Porque é assim que começa um assassinato; é aí que devemos lidar com o problema, na raiva que fervilha em nossos corações. "Não adulterarás." Os ouvintes de Jesus conheciam muito bem este mandamento. Mas Ele os levou a uma visão mais profunda. Aquele que olha com desejo para uma mulher, disse Ele, já cometeu adultério em seu coração, e é preciso lidar com isto. No que implica a religião de Cristo? Creio que um bom resumo dela encontra-se em Mateus 6:19 a 21: "Não acumuleis para vós outros tesouros sobre a terra... Mas ajuntai para vós outros tesouros no céu... porque onde está o teu tesouro, aí estará também o teu coração." O que importa é onde o nosso coração está. Será que está preso às coisas exteriores que nos cercam, até mesmo à religião exterior? Ou nosso investimento está nas qualidades do céu, nas mercadorias imperecíveis da pureza e do altruísmo? Jesus exortou seus ouvintes à não ficarem presos às preocupações com comida e vestimenta - necessidades exteriores. Se Deus veste e alimenta tão bem os pardais, não fará o mesmo por nós? "...Buscai, pois, em primeiro lugar, o Seu reino e a Sua justiça, e todas estas coisas vos serão acrescentadas." (Mat. 6:33) Precisamos muito deste tipo de religião do coração hoje em dia. Este é o único tipo de fé que pode vencer o mundo. Você sabe que as pessoas da Irlanda do Norte estão lutando, em grande parte, porque a religião passou a ater-se ao exterior? A religião tornou-se uma arma política; tem a ver com quem controla um certo bairro; quem tem mais poder econômico. A religião virou uma sucessão de desfiles na rua, exibindo o lado exterior da fé como um desafio aos oponentes. Posso garantir-lhes que isto não tem nada a ver com a pureza de coração ou com os que têm fome e sede de justiça. Por que os cristãos e muçulmanos lutaram tanto tempo no Líbano? Pela mesma razão. Estavam usando a religião para exibirem-se. Tornou-se uma batalha de territórios. As pessoas fincavam a bandeira de sua religião em certo bairro, demonstrando possuí-lo, demonstrando poder político. A religião de exteriores é um completo desastre, amigos, e foi isto que Jesus veio mudar. Ele veio colocá-la no interior, onde deve ficar. Acredito que este seja o tipo de religião que pode mudar o mundo. Não muito longe do monte onde Jesus fez o Sermão da Montanha, estava esta sinagoga em Cafarnaum, um lugar que incorporava a antiga fé de Israel, os concertos de Iaweh, e também uma religião maculada, muitas vezes, pelo legalismo. No Sermão da Montanha, Jesus lidou especificamente com a religião judaica, e como esta poderia passar do exterior para o interior. Hebreus devotos que entravam numa sinagoga enfatizavam três deveres principais: oração, jejum e ofertas. Mas estes, como tantas outras coisas na religião, podiam tornar-se meras formalidades, algo totalmente diverso do que acontece dentro do coração. O Mestre descreveu aqueles que iam ao templo para dar ofertas, precedidos por trombetas que anunciavam as generosas quantias. Suas oferendas, de acordo com Jesus, eram uma hipocrisia. Para Cristo, o que conta é o que é dado de coração. Quando derem aos pobres, disse Jesus aos Seus ouvintes, não deixem que a mão esquerda saiba o que a direita está fazendo. Jesus censurou aqueles que faziam orações fervorosas nas esquinas das ruas, ou no meio da sinagoga, para serem admirados por outros. Ele recomendou o contrário: que orassem em seus quartos, em segredo, onde apenas o Pai Celestial escutaria. É ali que o coração realmente fala. Em seguida Jesus mencionou aqueles que transformavam o jejum num show, desfigurando seus rostos, vestindo roupas de saco e cobertos de cinza. Estes, sugeriu o Mestre, jejuavam alto demais. Melhor fazê-lo em segredo, tendo apenas o Pai por companhia. Religião do coração; a Lei de Deus escrita no interior. Este é o tipo de religião que pode vencer o mundo. Precisamos de uma religião que seja mais do que uma obediência mecânica e exterior. Como Jesus disse, temos que ter uma justiça que seja maior do que a dos fariseus. Jesus foi bem específico sobre aquilo que Sua religião do coração faria. Se dentro de uma pessoa existir amor em vez de ódio, generosidade em vez de orgulho, um desejo insaciável por justiça em vez do desejo de ter mais possessões, então, coisas incríveis começarão a acontecer. Na verdade Jesus sugeriu que se uma pessoa de gênio ruim nos bater no rosto, devemos virar-lhe a outra face. Se alguém quiser nossa túnica, devemos ofecerer a capa também. Se um soldado romano nos forçar a carregar sua bagagem por uma milha, devemos desarmá-lo, carregando a mala duas milhas. As palavras de Jesus a respeito de amar nossos inimigos devem ter sido as mais difíceis de serem aceitas pelas pessoas que estavam naquela montanha da Galiléia. É fácil amar sua família e amigos, Ele disse. O que demonstra genuína religião é demonstrar amor pelos inimigos. Vamos voltar um pouco agora e analisar o Sermão do Monte que foi pregado dois mil anos atrás nesta montanha. Está começando a parecer humanamente impossível. Tudo que Jesus disse vai contra a natureza humana. É natural que queiramos revidar um tapa e não virar a outra face. É natural buscar as bênçãos de riquezas e altas posições e não as bênçãos dos mansos e pobres de espírito. É natural apontar para o cisco nos olhos de nosso irmão e não lidar com a trava em nosso próprio olho. É natural odiar nossos inimigos e não orar por eles. Simplesmente não podemos fazer o que Jesus pede de nós. É quase como se Ele nos pedisse para caminhar sobre a água. Mas talvez seja esta a questão. Lembrem-se que Jesus enfatizou a religião do coração, a lei escrita dentro de nós. Os profetas prometeram isto no novo concerto. Deus escreveria Sua lei em nossos corações; Ele removeria nossos corações de pedra e nos daria um coração de carne. O Sermão do Monte não é algo que podemos adotar em nossa vida naturalmente. É preciso uma religião sobrenatural. Apenas o Espírito do Deus Vivo habitando dentro de nós, é capaz de produzir estas qualidades. Acho interessante como Jesus fez Seu Sermão do Monte olhando para o Lago da Galiléia, local onde fez tantos de Seus milagres. Foi ali que ele multiplicou miraculosamente os peixes nas redes de seus discípulos. Foi ali que Jesus acalmou a tempestade. Foi ali que Jesus caminhou sobre as águas. Aí está a questão: nós não podemos caminhar sobre as águas, mas Jesus pode. Não podemos cumprir Sua religião idealista em nossa vida, mas Ele pode. Jesus pode escrever Sua nova lei em nossos corações. E quando isto acontece, acreditem amigos, podemos realizar o impossível. Numa certa noite, três homens conversavam num pequeno apartamento em Budapeste: um pastor luterano chamado Richard Wurmbrand, seu senhorio e Borila, um enorme soldado que estava de folga da frente de batalha, onde os romenos estavam lutando como aliados dos alemães na Segunda Guerra Mundial. Borila dominava a conversa, gabando-se de suas aventuras na guerra, e especialmente como ele havia pessoalmente se oferecido para ajudar a exterminar judeus na Transmistria, matando centenas com as próprias mãos. Wurmbrand lembrou-se, horrorizado, que a família de sua própria esposa havia sido assassinada naquele lugar. Este homem que alardeava seus feitos diante dele poderia ser o próprio assassino. O pastor encheu-se de indignação. Mas, enquanto continuavam a conversar, outra coisa começou a encher seu coração. O próprio Wurmbrand havia se convertido após uma vida de imoralidade, quando lera sobre a vida de Cristo nos evangelhos. Os ensinamentos de Cristo o haviam desarmado, e um desses ensinamentos era amar os inimigos. Wurmbrand começou a ver este homem cruel como alguém que Jesus estava tentando alcançar. Ele o convidou a ir até seu apartamento para ouvir algumas melodias ucranianas que este dissera apreciar muito. Wurmbrand começou a tocar piano, bem baixinho, para não acordar sua esposa e o filho ainda bebê. Após algum tempo, percebeu que o soldado estava tocado pela música. Parou de tocar e disse: - Se você olhar através daquela cortina, verá alguém dormindo no quarto ao lado. É minha mulher, Sabina. Seus pais, suas irmãs e o irmão de doze anos foram mortos com o resto da família. Você me disse que matou centenas de judeus perto do Golta, e foi para lá que eles foram levados. Você não sabe exatamente em quem atirou, então podemos presumir que você é o assassino da família dela. Borila pulou da cadeira, os olhos fuzilando, olhando para o pastor como se o fosse estrangular. Mas Wurmbrand o acalmou propondo-lhe uma experiência: - Vou acordar minha esposa e dizer a ela quem você é e o que fez. Garanto-lhe que sei o que acontecerá. Minha esposa não dirá se quer uma palavra de censura! Ela o abraçará como se você fosse irmão dela. Ela lhe servirá um jantar e tudo de melhor que houver para lhe servir. O pastor então fez um apelo: - Se Sabina, que é uma pecadora como nós, pode perdoa-lo e amá-lo assim, imagine como Jesus, que é a personificação do Amor, pode perdoá-lo e amá-lo! Ele instou para que Borila voltasse para Deus e Lhe pedisse perdão. O homem desabou; chorando copiosamente, confessou entre soluços: " - Sou um assassino; sou um assassino; estou banhado em sangue!" Wurmbrand sugeriu que ficassem de joelhos, e começou a orar. Borila, que não tinha experiência com orações, apenas implorava repetidamente por perdão. Então o pastor foi até o quarto e acordou sua esposa: "- Há um homem aqui que você precisa conhecer" - sussurrou. " - Achamos que ele matou sua família, mas ele se arrependeu e agora é nosso irmão." Sabina levantou-se e foi até a sala, estendeu as mãos para o soldado que ainda chorava. Ele jogou-se nos braços dela e os dois choraram juntos. Foi um momento de emoção e tristeza em que os dois choraram abraçados vários minutos. Finalmente, Sabina foi até a cozinha preparar algo para comerem. Wurmbrand pensou que seu convidado ainda precisava de um reforço de graça, já que estava tentando livrar-se da culpa de crimes tão hediondos. Então, foi até o outro quarto e voltou com seu filho Mihai, de dois anos, no colo. Borila ficou abismado. Fazia poucas horas que ele falara de matar crianças judias nos braços de seus pais, e agora esta cena lhe parecia uma reprimenda insuportável; ele esperava uma dura reprovação. Em vez disso, o pastor inclinou-se e disse: " -Está vendo como ele dorme sossegado? Você é como um bebê que pode descansar nos braços do Pai. O sangue que Jesus derramou o purificou." Olhando para Mihai, Borila sentiu-se, pela primeira vez em muitos anos, inundado de pura felicidade. Quando este soldado voltou ao seu regimento na Rússia, ele colocou de lado suas armas e ofereceu-se para trabalhar no resgate de feridos. O Sermão da Montanha havia sido escrito no coração de mais uma pessoa. Há uma igreja, com vista para o Mar da Galiléia, que foi construída para comemorar o Sermão do Monte que Cristo pregou. Foi construída em formato octogonal e dentro dela em cada um de seus oito lados, está escrita uma das bem aventuranças. É bom saber que podemos construir monumentos de pedra homenageando o maior dos discursos sobre ética. Mas, mais importante ainda, é o monumento que Cristo quer construir em nosso coração. A lei de Deus escrita em nosso coração; uma religião que sai do exterior e passa às qualidades interiores. Esta é a religião que pode fazer toda a diferença no mundo. Esta é a religião que pode fazer com que milhões se convertam ao cristianismo. Mahatma Gandhy, certa vez, declarou que se os cristãos vivessem de acordo com o Sermão do Monte, toda a Índia seguiria a Cristo. É isto que Jesus chama todos os seres humanos deste planeta a fazer. Sim, os ideais de Cristo são humanamente impossíveis. Ele quer colocar Seus ideais em nosso coração. Ele quer transformar pessoas que perderam o sabor, no sal da terra. Quer transformar pessoas que estão escondidas sob o alqueire, na luz do mundo. Você pode começar a viver o miraculoso Sermão da Montanha agora mesmo. Você pode ter o tipo de religião que ganhará milhões para o Mestre. Vamos convidá-Lo a habitar em nosso coração neste momento.

 

ORAÇÃO Pai, agradecemos-Te porque nos deste os maravilhosos princípios do grande Sermão da Montanha. É assim que queres que vivamos. Sentimo-nos muito fracos e frágeis, quando nos deparamos com Teus ideais. Então queremos convidar-Te a entrar em nossa vida como Salvador e Senhor. Obrigado, primeiramente, por Tua morte na cruz, pelo perdão que torna a salvação possível. Obrigado também, por escrever Tua lei em nosso coração através de Teu Santo Espírito. Ajuda-nos a manter esta comunhão Contigo diariamente. Ajuda-nos a estar abertos ao Espírito Santo diariamente. Em nome de nosso Salvador, Amém

 


 


 

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A CONSPIRAÇÃO EXPOSTA

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Estou aqui no Monte das Oliveiras, olhando para Jerusalém, onde aconteceu uma conspiração. A equipe de produção e eu, viemos para esta terra fascinante para uma jornada que será uma das mais intrigantes e recompensadoras de nossa vida. Por que você não vem conosco nesta jornada? Na verdade, faço questão de que você nos acompanhe num estudo que o fará pensar muito. Estamos na terra natal de um Homem real, feito de carne e osso, chamado Jesus. Esse Homem Jesus, andou pelos lugares que iremos visitar. Ele subiu os montes ao redor da cidade. Jesus e Seus seguidores beberam das fontes que jorram da terra de Israel. O que queremos descobrir acerca desse Jesus é: Por que Ele veio aqui? Quais eram os Seus propósitos e objetivos? O que realizou? Como realizou? Como viveu? Quem Ele era? Finalmente, qual foi o fim de Sua experiência? O que a Bíblia Sagrada revela? No final, o que descobrimos acerca desse Homem Jesus, cidadão de Jerusalém, é que o Seu nome seria conhecido por quase todos na terra 2.000 anos mais tarde. Um dos pontos turísticos mais visitados em Jerusalém é "O Jardim da Tumba". Você deve estar pensando: "Mas Pastor Finley, por que você não começa por Belém, onde Jesus nasceu?" Boa pergunta. Mas a resposta é não. Deixa eu lhe dizer o porquê. Vamos voltar à conspiração que levou a um assassinato. Tudo dependia daquele corpo permanecer na tumba. O grupo de conspiradores se reuniu para matar seu inimigo, e esse homem era Jesus. Ele estava morto, morto e enterrado, supostamente, para sempre. Mas hoje existem milhões de homens e mulheres espalhados pelo planeta, que acreditam que a tumba está vazia. Pessoas, em todos os lugares têm deixado tudo o que eles amam, tudo em que eles acreditam, por causa dessa maravilhosa notícia: Jesus ressuscitou dentre os mortos! A ressurreição de Jesus é o alicerce de todo o Cristianismo. Todas as outras verdades baseiam-se nessa verdade. Toda a credibilidade do Reino de Deus está baseada na idéia da tumba vazia aqui em Jerusalém. Jesus estar ou não na tumba era importante para os conspiradores e para a força do mal que os dirigiu. Se o corpo estivesse na tumba, a vitória seria deles. O reino das trevas iria triunfar. Mas se o túmulo de Jerusalém estivesse vazio no domingo de manhã, a base do poder inimigo, que tinha sido cuidadosamente construída, iria cair e produzir um eco que perduraria por milênios. Agora você pode ver porque viemos aqui primeiro. Nós começamos no Jardim da Tumba, porque se a tumba não estivesse vazia, não haveria motivo para continuar. Se a ressurreição de Jesus é uma mentira, então um programa de televisão que lhe mostrasse Jesus, seria apenas uma trágica piada. O grande apóstolo Paulo pregou durante toda a sua vida que a base do Cristianismo é a ressurreição e na sua carta aos Coríntios, ele admitiu isso. Vamos conferir em I Coríntios 15:14, 15 e 17: "E, se Jesus não ressuscitou, é vã a nossa pregação e vã a vossa fé; e somos tidos por falsas testemunhas de Deus, porque temos asseverado contra Deus que Ele ressuscitou a Cristo... E, se Cristo não ressuscitou, é vã a vossa fé, e ainda permaneceis nos vossos pecados!" As palavras de Paulo são bem claras, concorda? "Se a tumba não está vazia", diz ele, "então eu sou um mentiroso, e o próprio Cristianismo é uma mentira, e todas as nossas esperanças estão mortas como os montes de Israel." A veracidade da própria Bíblia está em jogo. Porque se a maior história da Palavra de Deus é uma mentira, quem vai acreditar no resto do que ela diz? Trazendo isso para a nossa realidade, se Cristo não saiu da tumba, ninguém mais pode ressuscitar. Se Jesus ainda está morto e enterrado hoje, então todos os funerais que você for, vão terminar sem nunhuma esperança para o amanhã. Paulo mesmo diz isso no verso 18 da mesma passagem que nós acabamos de ler. I Coríntios 15:17 e 18: "E, se Cristo não ressuscitou, os que dormiram em Cristo perecerão." Tanta coisa depende do que você decidir acerca da sepultura desse Homem! "Ele não está aqui porque ressuscitou." (Lucas 24:6) Seis palavras. As seis palavras mais importantes que já foram pronunciadas no Universo. "Ele não está aqui." Jesus não está mais na nova tumba de José. Aquela tumba está vazia e por causa disto Jesus está vivo e ressurreto dos mortos. Ele está ao lado direito de Deus. Agora, vamos voltar 2.000 anos no tempo. Estamos em uma Arena Romana, 15.000 pessoas estão aglomeradas, todas gritam e dão risadas. Cristãos estão sendo jogados aos leões. Estão sendo queimados, como mártires de sua fé. O que deu a esses cristãos tal fé que ultrapassa a morte? O que deu a eles coragem para serem mártires? Por que será que eles estiveram dispostos a dar o seu sangue nas arenas romanas? O Cristianismo não era popular no mundo romano, mas esses primeiros cristãos acreditavam em Cristo. Para eles, o Cristo que tinha nascido na mangedora de Belém, o Cristo que tocou os olhos do cego e ele viu, tocou o ouvido do surdo e ele ouviu, o mesmo que tocou as feridas do braço de um leproso e o sarou, tocou a perna do aleijado e ele andou, para eles, esse Cristo era divino. Sabiam que Ele tinha sido crucificado no Calvário, enterrado e que ressuscitara. Os primeiros cristãos acreditavam que Cristo estava vivo e porque era Divino, Sua oferta de vida eterna era real. Acreditavam que esse Cristo estava vivendo no céu. Acreditavam que as palavras ouvidas na porta do Jardim da Tumba:"Ele não está aqui, porque ressuscitou", eram verdadeiras. E por causa disso, eles deram o serviço de amor e a sua vida para esse Cristo vivo e ressurreto. Agora, amigo, deixe-me abrir o coração. Eu sou um pastor. Tenho trabalhado na fé cristã por 25 anos. Você pode acreditar no que digo. Coloquei toda a minha carreira, minha vida e o futuro da minha família na validade destas seis palavras. Eu acredito nelas de coração. E quanto a você? Provavelmente, desde criança você tem ouvido a respeito desse Jesus que ressurgiu dos mortos. Talvez você tenha acreditado, talvez não. Talvez você nunca tenha se importado. Mas agora tem que encarar a pergunta: "Em quem você acredita?" Se nossa crença no cristianismo resume-se nesta pergunta, então nós precisamos estudar e respondê-la com cuidado, não acha? Pense nisso com toda a seriedade que você puder; porque isso é fundamental para manter a validade do cristianismo. Quem realmente está falando a verdade? O fato da tumba estar vazia hoje não soluciona nossas questões. A vida não é fácil. Naquele domingo de manhã a tumba estava vazia. Nós não temos dúvidas acerca disso, porque os dois lados do conflito confessaram naquele domingo de manhã, com emoções diferentes, que a tumba, onde estava o corpo de Jesus, agora estava vazia. Um grupo, os seguidores de Jesus, começou a contar a história da ressureição e ele tem feito isso desde então. Do outro lado, os conspiradores também tinham uma história para contar. Naquele domingo de manhã apareceu a história dos conspiradores. Os assassinos mudaram de estratégia e começaram a divulgar que o corpo de Jesus tinha sido roubado pelos discípulos. Vamos ler a história deles no livro de Mateus. Desde então, se discute se essa é ou não a história verdadeira. Vamos ler juntos em Mateus 28:13: "Vieram de noite os discípulos dele e o roubaram, enquanto dormíamos." É claro que se você ler o verso todo e o anterior, vai descobrir como os conspiradores deram essas instruções: "Falem para eles que vieram de noite os discípulos e o roubaram." E se você ler o verso seguinte, vai descobrir que eles deram dinheiro. Este é um drama fascinante, que ganha de todos os escândalos policiais do século 20. Quem está falando a verdade? Bem, vamos mudar de cenário por alguns momentos enquanto eu contarei outra história de conspiração. É um drama político. Minha história realmente aconteceu em Washington, D.C. Chuck Colson: muitos democratas que o conhecem não podem deixar de ficar nervosos, ao ouvir seu nome. Chuck foi um político importante e corrupto no governo americano durante o escândalo de Watergate que ocorreu de 1972 a 1974. Eu gostaria de ter mais tempo para contar a maravilhosa história da conversão de Chuck. Foi uma experiência dramática o modo como alguns dos seus maiores inimigos o buscaram nos momentos de turbulência e crise e o levaram a Jesus seu Salvador. Hoje Chuck está dirigindo um ministério chamado "Amizade na Prisão". Ele é um brilhante escritor e compartilha experiências únicas que teve na prisão depois do julgamento do caso Watergate a mais 20 anos atrás. Chuck não é esse tipo de pessoa que aceitaria o cristianismo só por uma sugestão de amigos. Ele tinha uma mente racional e tinha como objetivo explorar friamente e ver, se na ponta do lápis, o Cristianismo tinha lógica. Assim ele fez. Um dia, porém, percebeu com emoção que a sua própria experiência, com o caso Watergate, era uma prova em si mesma de que a história da Ressureição era totalmente verdadeira. O caso Watergate também foi uma conspiração. Alguns homens poderosos fizeram parte de um crime que tinham que encobrir. Tentaram proteção com a obstrução da lei, dinheiro falso, conversas ilegais para impedir que o FBI descobrisse a verdade. Tudo isso tinha que ser encoberto e com mentiras "brancas", tentavam se proteger. Chuck relembra que as coisas deram certo por umas duas semanas. Repentinamente as coisas foram descobertas. Apesar de somente alguns homens poderosos saberem a horrível verdade, tudo que construíram para encobrir a verdade começou a se despedaçar. Você sabe o que fez com que tudo se despedaçasse? Logo que os promotores começaram a investigação falando de prisão, um por um, os conspiradores começaram a tentar se salvar. Faziam de tudo para se livrar da prisão, até confissões que entregavam outros envolvidos. Em algumas semanas toda a verdade veio à tona. Os envolvidos foram para a prisão; o presidente dos Estados Unidos teve que renunciar. Uma simples mentira não pôde ser mantida. Enquanto Chuck Colson buscava pela verdade através do cristianismo, ele viu que o caso Watergade era a chave da verdade, acerca da ressureição de Jesus. Agora, lembre-se que, o caso Watergate foi a tentativa que alguns homens fizeram de proteger o que eles achavam que era nobre: a democracia. Sim, erros foram feitos, mas apesar de ser um caso mantido em segredo, eles sentiam que a longo prazo, iriam proteger a liberdade, a democracia, a Constituição dos Estados Unidos e tudo mais. Cometeram um crime por uma boa causa, foi isso que pensaram. Não se esqueça de que esses homens eram a própria base do poder. Era só estalarem os dedos para terem incríveis luxos, limosines, agentes secretos, viagens de helicóptero para todos os lugares do mundo, com gourmets à sua disposição 24 horas por dia. Eles tinham coisas de valor para proteger. E só mais uma coisa que Colson salienta: nenhum dos homens do caso Watergate foi condenado à execução, à destruição ou à muito tempo de prisão. Quase todos cumpriram penas curtas, menores que um ano, na maioria dos casos. Este pequeno grupo de conspiradores não pôde guardar uma mentira nem por duas semanas! Sob a pressão de irem para uma prisão privilegiada, todos cederam. Cada um deles. Um dia, Chuck, em sua busca espiritual, foi iluminado e descobriu uma verdade. Conspirações não duram! Nem mesmo as boas. Ele considerou a possibilidade de que os 11 discípulos tinham roubado o corpo de Jesus, enterrado em outro lugar, e aí, depois de enxugar as suas lágrimas, começaram a contar a história da ressurreição. Quantos deles, Chuck pensou, iriam continuar pregando uma mentira sob a pena de morte? Quantos cristãos iriam gastar o resto da sua vida para pregar uma história construída sob fracasso e mentira, e chegar ao ponto de serem jogados dentro de um caldeirão de óleo quente? Ou ao ponto de encarar leões nas arenas Romanas? "Nenhum homem faria isso", Colson declarou para si mesmo. Ele, mais do que todos, podia ver isso claramente. Sua fé no cristianismo brotou totalmente nova. Colson tornou-se um ardente seguidor de Jesus Cristo. Agora eu quero levar você para as ruas do centro de Moscou na ex-União Soviética, para o ponto alto da nossa jornada de hoje. No centro da Praça Vermelha está a tumba de Lênin. Milhões já passaram por aqui. Quando fui ver a tumba de Lênin, fiquei impressionado ao ver pessoas dispostas a esperar por cinco horas ou mais para ver o corpo do seu líder. Para muitos, Lênin foi um salvador. Ele iria trazer uma nova sociedade após a opressão dos Czares e líderes da igreja na Rússia, quando a igreja esteve unida com o Estado. A tumba de Lênin tem despertado a imaginação e atenção de milhares. A última vez em que estive aqui, um repórter me disse: "Pr. Finley, você já foi à tumba de Lênin?" Respondi: "Sim." E ele continuou: "Onde Lênin está agora? Ele está no céu ou no inferno?" Naquele momento, eu dei um pequeno estudo bíblico sobre a morte, dizendo que Lênin, como os outros, estava dormindo, esperando pela ressurreição. Então ele disse: "Mas Pr. Finley, qual vai ser a sentença de Lênin no dia do julgamento?" Eu disse que só a Deus cabe o julgamento. Sua próxima pergunta foi: "Mas Pr. Finley, você acha que Lênin foi um homem bom, ou mau?" Eu percebi que, provalvemente a história conta que Lênin oprimiu milhares e que esse é o julgamento das pessoas. Mas, o que importa para a eternidade é como é o relacionamento do homem com Cristo. Veja bem, só este relacionamento pode determinar o seu destino final. Hoje nós sabemos que o corpo de Lênin ainda está nessa tumba. Mas existe uma outra tumba em outra cidade. O corpo de Cristo não está lá. Lênin está morto dormindo na sua tumba, mas Jesus está vivo. Ele quebrou as barreiras da morte. Ele ressuscitou dentre os mortos E esse Cristo que vive, é o único que pode milagrosamente mudar a sua vida hoje. Não servimos a um Messias morto. Não servimos a um Cristo morto, mas servimos a um Cristo vivo, um Cristo dinâmico, um Cristo poderoso, um Cristo que está vivo e que pode mudar vidas humanas. Milhares vêm para a tumba de Lênin por ideologia. Mas o Cristianismo não é ideologia. É o poder vivo de um Cristo vivo. O Sistema Comunista tentou e falhou ao separar a fé no Cristo ressureto. Em 1930, o líder comunista Bukharin, viajou para Kiev onde pregou sobre ateísmo para uma multidão. Por uma hora ele atacou o Cristianismo com todos os artificíos que pôde, até ridicularizando a Cristo. Finalmente, depois que ele pensou ter ganho a todos e ter destruido a credibilidade no cristianismo, ele confiantemente disse: "Alguém tem alguma dúvida?" Um homem se levantou e veio à frente. Subiu na plataforma e se posicionou ao lado do líder. Olhou para trás, para o povo, e gritou um antigo cumprimento ortodoxo: "Cristo ressuscitou!" E todo o povo se levantou e respondeu em alta voz: "Realmente Ele ressuscitou!" Sabe, meu amigo, por anos eu trabalhei em países comunistas na Europa e, no Oriente Médio. Descobri que o comunismo enforcou-se na corda do seu próprio ateísmo. Queria mostrar-lhe como a verdade acerca da ressurreição de Jesus tem criado um fogo ardente nas terras comunistas. Mais do que nunca, pessoas adoram ao Senhor Jesus que ressucitou. Você pode perguntar no Congresso, ou nas ruas de Moscou, e eles lhe dirão. Um tempo atrás fiz evangelismo no Kremlin e eles me falaram quão felizes se sentiam porque "Jesus veio para a Terra e morreu pelos seus pecados... e agora a tumba está vazia!" Isso é tudo para eles. A tumba vazia enche os seus corações com esperança, e no mundo inteiro, homens e mulheres têm recebido esperança através desta verdade. Ao continuarmos a descobrir a Jesus, deixe-me dizer-lhe novamente: Sem a ressurreição não há esperança. Mas com a ressurreição, com a confiança desta maravilhosa doutrina em nosso coração, temos uma grande esperança! Pedro, discípulo de Jesus, ficou tão chocado com a crucificação de seu Mestre, e depois tão feliz com a Sua ressurreição, que juntou-se a Paulo na pregação dessa esperança. I Pedro 1:3: "Segundo a sua muita misericórdia, nos renegou para uma viva esperança mediante a ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos." Talvez este Jesus seja uma nova figura para você. Eu espero que você esteja realmente descobrindo a Jesus como um Amigo e como um Salvador ressurreto. Talvez você já tenha seguido a Jesus por muitos anos. Você vai à igreja; você deu a sua vida para Ele. Mesmo assim você anseia por um relacionamento ainda mais profundo com Ele. Tente visualizar a grande manhã da ressurreição. Isso vai fortificar a sua fé. Onde você esteja, simplesmente diga: "Estou disposto a considerar a possiblidade de Jesus estar vivo hoje. Estou disposto a explorar esta evidência. Acredito que hoje tenho a possibilidade de ter uma nova, e empolgante amizade com o Homem que viveu há 20 séculos porque eu acredito que Ele vive hoje." Junte-se a mim, dizendo "Sim" agora mesmo.

 

ORAÇÃO Querido Pai que estás nos Céus, hoje o mundo está cheio de conflitos e mentiras e nós temos duas histórias. Uma, a história de conspiração e fracasso; outra, a promessa da ressurreição e uma tumba vazia. Hoje, muitos homens e mulheres em lugares diferentes estão considerando a verdade da ressurreição de Cristo. E agora eu peço que o Senhor e Seu Filho Se façam uma realidade para cada pessoa. Obrigado pela maravilhosa esperança que podemos sentir ao ter o senso da gloriosa verdade que Jesus está vivo como afirmaste em Sua palavra, a Bíblia. Obrigado Senhor, em nome de Jesus, Amém

 


 


 

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QUANDO A VERDADE VAI E NÓS NÃO

Pr. Mark Finley

TOPO

 

Há uma historinha infantil que diz o seguinte: "Certa vez, tentei fazer parte daquela igreja respeitável, de gente rica, que fica ali adiante. O pastor e eu conversamos, e ele tentou desanimar-me com todo o tipo de desculpas. Percebi que eu não era bem vindo, então disse-lhe: - Pastor, vou orar e pensar se devo ou não pertencer a esta igreja. Deus me dirá o que devo fazer. No dia seguinte, o pastor me perguntou, meio nervoso: - E então, Deus lhe enviou alguma mensagem? - Enviou sim senhor - respondi. - Deus me disse que não adiantava tentar. Ele disse: 'Eu mesmo estou tentando entrar na mesma igreja há dez anos, e ainda não consegui." É lamentável quando as igrejas são identificadas pelo que excluem. Quando os esforços concentram-se em deixar de fora as pessoas indesejáveis, logo se descobre que não há quase ninguém dentro. Este não é apenas um problema de preconceito contra certas raças ou classes sociais. Aplica-se a idéias e também à verdade. Às vezes, nós cristãos, em nossos esforços para defender a verdade para impedir que a mesma seja contaminada, descobrimos que ela escapa por entre os nossos dedos. Talvez você já tenha ouvido a seguinte expressão a respeito de alguém teimoso: "Seria necessário uma cirurgia para colocar esta nova idéia na cabeça dele." Infelizmente, isto às vezes acontece nas igrejas. Podemos chegar ao ponto de estar com todas as janelas bem fechadas para manter o erro do lado de fora, mas, com elas fechadas, não entra luz. Freqüentemente fazemos a pergunta: "Por que tantas denominações?" Muitas vezes, certas igrejas enfatizam o que o Novo Testamento não enfatiza. Sabemos que as instituições com o tempo, têm a tendência a deteriorar-se. Hoje vamos olhar para o problema da verdade: quando ela avança, e nós não. Vamos começar dando uma olhada em como a igreja deveria ser. Paulo nos dá uma ilustração em sua primeira carta a um jovem pastor chamado Timóteo. Ele estava escrevendo sobre "a casa de Deus" e descreveu-a da seguinte maneira, em primeiro Timóteo 3:15: ".... a igreja do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade." É óbvio que uma das funções vitais da igreja é servir como guardiã da verdade de Deus. Há um tema no Novo Testamento que pode surpreender pessoas religiosas: é o da "verdade progressiva," ou "conhecimento progressivo." Paulo, por exemplo, orando pelos colossenses, pede fervorosamente para que estes cristãos continuem a crescer. Veja suas palavras: "... que transbordeis de pleno conhecimento da sua vontade, em toda a sabedoria e entendimento espiritual; a fim de viverdes de modo digno do Senhor... crescendo no pleno conhecimento de Deus." (Colossenses 1:10) Paulo ora para que os crentes cresçam em sabedoria, desenvolvam-se no entendimento da verdade. Ele fala de nos revestirmos do "novo homem que se refaz para o pleno conhecimento," em Colossenses 3:10. Ele ora para que o amor dos filipenses "aumente mais e mais em pleno conhecimento e toda a percepção." (Filipenses 1:9) O apóstolo Pedro amplia o mesmo assunto. Ele também exorta os cristãos: "... crescei na graça e no conhecimento de nosso Senhor e Salvador Jesus Cristo." (II Pedro 3: 18) O apóstolo também diz em II Pedro 1:5: "... associai com a vossa fé a virtude; com a virtude, o conhecimento." De que forma a igreja funciona como um baluarte da verdade? Ampliando conhecimentos. Crescendo em entendimento. É isto que o Novo Testamento todo exorta os cristãos a fazerem. Se ficarmos parados, a verdade escapa por nossos dedos. Só poderemos preservar a verdade se a buscarmos constantemente. Deixe-me dar um exemplo de um cristão que fez isso, pois era alguém que gostava muito de aprender: Dwight L. Moody. O pastor Moody, um dos mais destacados evangelistas da idade moderna, tinha uma constante avidez de aprender mais, progredir, crescer. Durante uma longa turnê evangelística, Moody estava viajando de trem com um cantor chamado Towner. Um bêbado, que tinha um dos olhos gravemente machucado, reconheceu Moody, e começou a cantar hinos aos berros. O evangelista não queria lidar com o homem, e disse a Towner: - Vamos sair daqui. Mas o cantor evangelista lhe disse que os outros vagões estavam lotados. Então o cobrador do trem chegou perto deles. Moody, ainda irritado, parou-o e apontou para o bêbado. O cobrador foi até lá e gentilmente silenciou o homem. Limpou o olho ferido, fez um curativo e depois levou-o de volta a um banco onde pudesse dormir. Depois de refletir sobre isso durante alguns minutos, Moody disse a seu companheiro: "Esta foi uma tremenda repreensão para mim." De acordo com ele, o cobrador havia agido como o Bom Samaritano e ele agira como o indiferente fariseu. Durante o resto daquela turnê, Moody contou esta história contra si mesmo em seus sermões. Mesmo quando se tornou uma celebridade, Moody manteve-se aberto ao aprendizado; queria continuar aprendendo. Um amigo certa vez disse: "Moody parece carregar uma pequena biblioteca com ele; onde arranja tempo para ler, eu não entendo." Uma das frases favoritas de Moody era: "Precisamos crescer ou dar de cara com o muro." Embora Moody fosse um poderoso pregador, muitas vezes apresentava um orador, saía da plataforma e sentava-se aos pés do homem com a Bíblia aberta, tomando notas. Dwight Moody é um exemplo de suscetibilidade ao ensino. Alguém que tinha vontade de aprender, crescer, descobrir mais e mais sobre as verdades de Deus. Creio que uma igreja saudável pode ser definida como um movimento em prol da verdade de Deus. Você sabia que através de toda a História, mesmo nas épocas mais sombrias, sempre houve pessoas que continuaram abertas às verdades de Deus, que insistiram em crescer no conhecimento de Jesus Cristo, em vez de fecharem-se em suas tradições? Isto encaixa-se na idéia escriturística do "remanescente." Quando Israel e Judá foram levados ao cativeiro, aparentemente todo o povo de Deus havia sucumbido à idolatria. Mas, havia um remanescente fiel, um grupo que voltou com Esdras e Neemias para reconstruir o templo em Jerusalém. Como diz Ageu no capítulo um, verso 12: "... e todo o resto do povo atendeu à voz do Senhor seu Deus..." Eles permaneceram abertos ao chamado de Deus. Nos dias do Novo Testamento, a maioria dos judeus rejeitou a Jesus como o Messias; permaneceram presos às suas tradições. Mas nem todos. Em Romanos 11, Paulo fala dos judeus no verso cinco: "... no tempo de hoje, sobrevive um remanescente segundo a eleição da graça." Deus sempre teve um remanescente; um povo remanescente que permaneceu fiel, atendendo ao chamado de Deus. Pessoas que apegaram-se à verdade, procurando aprender novos fatos. Deus sempre teve um remanescente, mesmo nas eras mais sombrias. Vejamos, por exemplo, John Wycliffe e seus seguidores, no século onze. Ele foi além da ignorância e superstições da maioria dos sacerdotes, e apegou-se à Bíblia, e somente à Bíblia, como o padrão da verdade. John Wycliffe deu um corajoso passo na direção da verdade. John Hus deu outro passo no século seguinte. Ele afastou-se do fanatismo e intolerância de sua época afirmando que cada indivíduo devia lealdade apenas à Palavra de Deus e não às tradições dos homens. Martinho Lutero deu vários outros passos adiante. Ele buscou e passou a seguir a verdade da justificação pela fé, num tempo em que as penitências e indulgências a haviam esmagado. Ele proclamou a salvação somente pela graça, somente pela fé em Jesus. Mais tarde, o movimento Anabatista ressaltou outras verdades: devoção a Cristo, o batismo dos crentes por imersão e a liberdade de consciência. No século dezoito, John Wesley superou o formalismo morto da igreja de seus dias e redescobriu a verdade da santidade pessoal, da vida de serviço. A igreja avançou novamente. Deus sempre teve um povo remanescente: um povo que apegou-se e defendeu a verdade buscando obter mais conhecimento. Nós fomos beneficiados por estas descobertas. Hoje, você e eu pisamos no chão assentado por cristãos que pesquisaram a Bíblia quando isto era perigoso. Muitas vezes não damos o devido valor à verdades que custaram sangue, suor e lágrimas. Um dos fazendeiros vizinhos de Ralph Waldo Emmerson estava olhando a estante de livros dele, certo dia. Emmerson ofereceu-se para emprestar-lhe um livro de Platão. O homem levou o livro, embora nunca tivesse ouvido falar naquele tal de Platão. Quando o devolveu, Emmerson perguntou: - Você gostou do livro? - Gostei muito - respondeu o vizinho. - Este Platão tem muitas das minhas idéias. A maioria de nós não tem consciência do quanto devemos àqueles que vieram antes de nós, especialmente em relação às verdades bíblicas. Mas é exatamente aqui que está o problema; aqui está a grande razão porque há tantas denominações. Em vez de imitar os heróis da fé em seu espírito de descoberta, nós nos acomodamos em torno de suas descobertas e as transformamos numa fortaleza doutrinária. Alguns acomodaram-se ao redor das idéias de John Hus ou Martinho Lutero. Outros ao redor das descobertas de Calvino, ou Wesley. Todos estes homens fizeram descobertas maravilhosas na Palavra de Deus. Mas não descobriram tudo. Lutero estava disposto a usar o Estado para impor sua própria religião. Calvino foi quase tão intolerante quanto seus inimigos religiosos. Sabe qual é o problema? Depois que você se acomoda, depois que constrói uma fortaleza ao redor de suas posições doutrinárias, é difícil seguir adiante. É difícil arrancar as raízes. Quando a verdade de Deus avança, muitas pessoas ficam para trás. Eles estão tão preocupados em preservar a quantidade limitada de verdade que têm, que não conseguem ver a verdade maior que Deus deseja que eles vejam. Amigos, a igreja de Deus deve ser baluarte e guardiã da verdade. Ela existe para ajudar as pessoas a crescerem em graça e conhecimento do Senhor Jesus Cristo. Muitas igrejas de hoje estão simplesmente marcando o local de uma grande descoberta do passado. Não estão continuando a crescer no presente. Acabam identificando-se por aquilo que excluem. A igreja não deve ser um museu, mas um centro de aprendizado. Deixe-me dar um exemplo do notável poder de uma descoberta. Helen Keller cresceu em seu próprio mundo, presa à ele pela cegueira e surdez. Ela tornou-se uma criança "selvagem", quase incontrolável, cheia de vontades. Um dia, enquanto Helen estava brincando com uma nova boneca, sua sofrida e esforçada tutora, Anne Sullivan, colocou o brinquedo em seu colo e fez com a mão os sinais da palavra "b-o-n-e-c-a" na mão de Helen repetidamente. Mas Helen não entendeu. Enquanto a professora tentava fazer um elo entre aquele objeto e os sinais que fazia em sua mão, a garota foi ficando agitada. Finalmente jogou a boneca no chão, fazendo-a em pedacinhos. Mais tarde, Helen escreveu: "No mundo silencioso e escuro em que eu vivia, não havia sentimentos de ternura." Ela não sentia tristeza nem arrependimento. Mais tarde, a Srta. Sullivan levou a indisciplinada menina para caminhar até o poço. Alguém estava tirando água. Colocando a mão de Helen sob a fria corrente de água, a tutora soletrou "água" na palma da outra mão. De repente, a mente de Helen captou o processo. Mais tarde Helen descreveu isto: "O mistério da linguagem me foi revelado. Soube naquele momento que 'água' era aquela maravilhosa corrente fria que fluía sobre minha mão. Aquela palavra viva acordou minha alma, trazendo-lhe luz, esperança e alegria, e a libertou!" Helen agora estava ansiosa para aprender. Ao voltar para casa, ela começou a tocar tudo. Tudo parecia estar cheio de vida. Foi então que tocou a boneca quebrada. Ela escreveu: "Meus olhos encheram-se de lágrimas, pois percebi o que havia feito, e, pela primeira vez senti arrependimento e tristeza... Naquela noite pela primeira vez desejei que chegasse um novo dia." A alma desta criança "selvagem", presa em seu próprio mundo de trevas, acordou pela descoberta da palavra viva. Amigo, você já foi despertado por alguma nova verdade? Você está disposto a abrir sua mente às novas verdades da palavra de Deus? Está disposto a seguir a verdade divina, deixando de lado as tradições dos homens? Lembrem-se que Deus sempre teve Seu remanescente; sempre houve crentes que lutaram pela verdade, buscando novas verdades. Acredito que existam homens e mulheres assim hoje. Um dos lampejos que o Apocalipse nos dá sobre o futuro encontra-se em Apocalipse 12:17. Lá vemos que o dragão, que é Satanás, estava irado com a mulher, que é a igreja, e foi fazer guerra com o remanescente de sua descendência. Portanto, Deus terá Seu remanescente até o fim. O Apocalipse continua a nos dar idéias sobre como será a igreja remanescente. Aqui estão algumas pistas. Em Apocalipse 14, vemos uma descrição da proclamação final de Deus ao mundo. Um anjo voa pelo céu. Em Apocalipse 14:6 e 7, o apóstolo João descreve a mensagem final de Deus à humanidade, nas seguintes palavras: "... tendo um evangelho eterno para pregar aos que se assentam sobre a terra, e a cada nação, e tribo e língua e povo." Esta é a grande missão que foi dada à igreja; a igreja de Cristo deve alcançar cada pessoa com o evangelho de Jesus Cristo. Portanto, eis aí a descrição do trabalho da igreja: a verdadeira igreja de Cristo será missionária e evangelística. Agora ouça o que este anjo proclama em alta voz no verso sete: "... Temei a Deus e dai-lhe glória, pois é chegada a hora do seu juízo; e adorai aquele que fez o céu, e a terra, e o mar, e as fontes das águas." Há um senso de urgência aqui, amigo. O anjo convoca toda a humanidade a adorar a Deus porque a hora de Seu juízo chegou. Aqui está uma mensagem para os últimos dias. A igreja de Cristo, Seu remanescente, enfatizará Seu breve retorno. Estará concentrada na pregação da Segunda Vinda de Cristo. Acredito que esta seja uma das características da igreja remanescente de hoje. Ela não apenas oferece adoração como uma opção agradável. Proclama a urgência de prestar a Deus nossa lealdade incondicional, porque todos estamos sujeitos à Sua autoridade, Seu juízo. Ele voltará em breve! Vamos analisar outro indício. Já mencionamos um verso de Apocalipse que fala de Satanás fazendo guerra contra a mulher, e o remanescente de sua descendência. A última parte do verso, em Apocalipse 12:17, descreve o próprio remanescente. Eis o que diz: "... o restante (ou remanescente) da sua descendência, os que guardam os mandamentos de Deus e têm o testemunho de Jesus." A verdadeira igreja de Deus, o remanescente, guardará Seus mandamentos. Os mandamentos de Deus não saíram de moda. São princípios eternos e imutáveis de Seu governo. Revelam claramente o padrão eterno de justiça. Certamente não foram dados apenas para os judeus. O próprio Jesus disse: "Se me amardes, guardareis os meus mandamentos." (João 14:15). As leis de Deus não se tornam irrelevantes. Precisam apenas ser redescobertas. O espírito de descoberta, que move o povo remanescente, os leva a uma profunda apreciação dos princípios de Deus e a um desejo de aplicá-los mais e mais às suas vidas. O remanescente guarda os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo. Sua fé está baseada em Jesus Cristo, Sua vida e morte e ressurreição. Portanto, aqui temos um pequeno resumo da verdadeira igreja de Deus nos últimos dias. Ela proclama o evangelho eterno no momento do juízo de Deus. Ela luta para guardar todos os mandamentos de Deus. É guiada pelo testemunho de Jesus, que o Apocalipse define como o Espírito de Profecia. Há um movimento assim hoje? É óbvio que existem muitos cristãos ávidos por conhecimento em quase todas as denominações. Igrejas discutindo entre si sobre qual é a verdadeira igreja de Deus não é uma cena muito atraente. Depois da apostasia da Idade Média, o Espírito Santo começou gradualmente a revelar a luz da verdade a Seus fiéis seguidores. Verdades, que há muito estavam perdidas, foram redescobertas. Verdades eternas como a autoridade da Escritura, salvação apenas através de Cristo, a Segunda Vinda de Jesus, obediência à Sua lei, o sábado, batismo por imersão, os fatos a respeito da vida e da morte. Com o tempo, o cristianismo tornou-se complacente. O espírito de descoberta havia desaparecido. Mas a percepção de que Jesus Cristo logo invadiria a História, acordou milhares de pessoas de seu sono. Batistas, metodistas, católicos, episcopais e até mesmo muitos não cristãos foram despertados por esta nova esperança. Começaram a estudar a Bíblia como se fosse um livro novo e fizeram emocionantes descobertas sobre a amplitude das verdades de Deus. Todas as verdades, desde a Criação ao Apocalipse, da vida saudável ao estado dos mortos, do descanso sabático ao trabalho do Espírito Santo. Estas pessoas queriam construir sua fé sobre as grandes verdades descobertas por homens de visão. A verdade de Deus estava avançando, transformando completamente igrejas inteiras que queriam marchar com esta verdade. Você pode se perguntar: "Onde está o remanescente de Deus hoje? Será que Deus tem um movimento construído sobre a plataforma da verdade, construída pelos grandes homens e mulheres de fé da História? Existe uma igreja hoje, cujas paredes tenham sido levantadas por homens e mulheres de eras passadas, com os tijolos doutrinários da fé? Existe um movimento que levanta bem alto a tocha da verdade?" Acredito que sim! Como adventista do sétimo dia, acredito que a Igreja Adventista encaixa-se no simbolismo do povo remanescente de Deus no livro de Apocalipse. É uma igreja profundamente ligada a Cristo e Sua verdade e que leva homens e mulheres que amam a Jesus de volta à guarda de todos os mandamentos de Deus e que preparam-se para Sua breve volta. Nenhuma denominação é perfeita. Nenhuma igreja pode declarar que não precisa mais "crescer em graça e conhecimento." Os adventistas também podem fechar as janelas e construir uma fortaleza ao redor de suas posições doutrinárias, assim como os outros. Mas eu gostaria de lhe propor um compromisso hoje. Pela graça de Deus, quero apegar-me à verdade de Deus e buscar mais verdades. Quero fazer parte de um movimento, não apenas uma denominação ou igreja. Você gostaria de juntar-se a mim neste compromisso? Você gostaria de continuar a crescer em graça e conhecimento, continuar desenvolvendo-se com a Palavra de Deus, continuar seguindo os princípios da Escritura, onde quer que eles o levem? Este é o tipo de remanescente que Deus quer ter hoje. Este é o tipo de povo que fará com que a História alcance seu clímax. Este é o tipo de fé que triunfará em todo o tipo de adversidade. Vamos dar mais um passo adiante para descobrir por nós mesmos as verdades de Deus. Ore a Deus neste momento.

 

ORAÇÃO Pai, Tu podes ver nosso coração agora e sabes que passos precisamos dar. Há verdades que precisamos compreender mais profundamente, princípios que precisamos aplicar à nossa vida diária. Por favor, não permita que nós simplesmente nos acomodemos ao redor de qualquer fortaleza doutrinária dentro da qual nascemos. Ajuda-nos a sermos flexíveis em Tuas mãos. Ajuda-nos agora a apegarmo-nos à verdade, buscando-a cada vez mais. Em nome de Jesus, Amém

 

 

 

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