ESTÁ ESCRITO – Mark Finley
28 O DEDO QUE APONTA PARA DEUS
29 O MAIOR RETORNO DA HISTÓRIA
30 QUANDO A PALAVRA ATINGIU MOSCOU
33 TRANSFORMANDO SUA CONSCIÊNCIA
39 OS SONHOS DESTRUÍDOS DE UM IMPERADOR
42 ONDE ESTÁ DEUS QUANDO SOFREMOS
44 ELE CONSERVOU VIVA A ESPERANÇA
48 A CELEBRAÇÃO DE UM NASCIMENTO
49 CONFIAMOS EM DEUS NAS CRISES
50 A CRUZ ABSORVE NOSSAS DORES
26
"BASHER 52" - ONDE ESTÁ VOCÊ?
Pr. Mark Finley
O míssil aéreo acertou seu alvo: exatamente embaixo do caça
F-16 do Capitão O' Grady. Era num "ponto
cego" de sua aeronave. O piloto teve apenas alguns segundos para reagir
antes do míssil explodir e cortar o avião pela metade. Era uma sexta-feira, 2
de junho de 1995. O capitão O' Grady estava
conduzindo um dos inúmeros vôos sobre o norte da
Bósnia na tentativa de fazer cumprir a ordem das Nações Unidas de zona não
permitida para combates. "Eu estava envolto em chamas com a cabina já se
desintegrando, e em um violento movimento de descida e a única coisa que eu vi
foi a alavanca amarela do meu banco ejetor entre as minhas pernas. Eu a agarrei
com a mão esquerda e puxei, e os únicos pensamentos que me vinham à mente eram:
'Querido Deus, faça-a funcionar.' Então, Ele a fez funcionar." O pára-quedas de O'Grady soltou-se e ele começou o que
parecia ser uma longa descida em direção ao chão. A trajetória dele levou-o a
uma auto estrada. Ele podia olhar para baixo e ver os
soldados sérvios da Bósnia seguindo-o. Eles esperavam para prendê-lo. Ou algo
pior. O'Grady desceu numa clareira gramada. Imediatamente, cortou o pára-quedas e logo escondeu-se num monte de arbustos. Num
salto, enterrou o rosto na lama e cobriu as orelhas com as luvas. Ele não
queria nenhum pedaço de pele aparecendo. Em quatro minutos, os sérvios
invadiram toda a área e começaram uma busca intensiva. Alguns deles batiam no
chão com a coronha do rifle, tentando faze-lo
levantar. Outros atiravam com violência nos arbustos. O'Grady podia ouvir os
homens se movendo a poucos centímetros dele. "Eu estava realmente surpreso
em não ter sido capturado, especialmente no primeiro dia. Isto foi incrível!
Senti que talvez eu podeia escapar das pessoas que
estavam tentando me pegar." Este foi o começo da provação inesquecível de
Scott O'Grady. À noite ele se movia, sempre procurando um novo esconderijo.
"Nos primeiros dois dias, tudo o que eu queria era água," diz ele,
"mas eu sabia que iria precisar de algum tipo de alimento. Minha boca
estava tão seca, que eu não podia comer muito. Comi algumas folhas, algumas
formigas e um pouco de grama. Perto de onde eu estava havia umas vacas
pastando. Imaginei que se elas, sendo maiores que eu, sobreviviam comendo
grama, eu poderia sobreviver comendo a mesma coisa." "O fato mais
importante é que eu não conseguia comer muito, porque minha boca estava muito
seca. Também comia de 10 a 15 formigas por dia pois elas eram muito difíceis de
pegar. Assim que eu tentava pegar uma delas, acho que enviavam um sinal para as
outras amigas e que saíam correndo para longe. Mas elas eram crocantes e tinham
sabor de limão. Quando você está numa situação como aquela, realmente não
existe aversão por alimentos." Mais tarde, todos, desde o presidente
Clinton até os repórteres maravilharam-se com as cenas de resistência e coragem
deste jovem piloto. O Presidente americano Bill Clinton disse sobre esse fato:
"A sua bravura em face de grande perigo e incerteza, é uma inspiração para
todos nós. Ele foi bem treinado e bem preparado, mas
também enfrentou um extraordinário desafio." Mas, há algo mais sobre a
inspiradora aventura desse homem, atrás das linhas inimigas, algo que não foi
muito propagado. É a história de sua fé. Capitão O'Grady é um cristão
profundamente comprometido. Prontamente desviou atenção sobre seus próprios
feitos heróicos e apontou para outra direção. Ele
disse: "Eu tenho a Deus, minha família e meus amigos que me deram força. A
primeira coisa que quero fazer é agradecer a Deus; agradecer por seu
amor." Ele continua: "Nesses momentos a vida passa diante dos olhos,
e você pensa e lembra de coisas que nunca imaginaria pensar ou ver novamente.
Para sobreviver orei bastante pedindo sabedoria. Tentava improvisar ao máximo e
me lembrar de todo treinamento que tivera. Pensei que nunca me lembraria
daquelas instruções, mas de repente, tudo vinha à minha mente. É incrível a
quantidade de coisas que se guarda na memória e quando você precisa, volta
tudo!" Numa entrevista à Time, O'Grady resumiu a sua experiência desta
forma: "Orei a Deus e perguntei uma porção de coisas. Ele respondia o
tempo todo." O Capitão lembrou-se de um exemplo específico. A primeira
crise chegou depois de ter acabado toda a água nas embalagens plásticas
estocadas em seu equipamento de sobrevivência. À medida que as horas passavam,
ele sabia que teria que encontrar água para sobreviver. Começou a orar e em
seguida, as nuvens derramaram um aguaceiro torrencial. Foi tanta água, que ele
pôde encharcar uma esponja em poças d'água. Ao final do sexto dia ele começou a
duvidar que seus amigos o encontrariam. Seu ânimo estava diminuindo. Então,
enquanto ficava imóvel durante o dia, escondido nos arbustos, ele fez outro
pedido: "Senhor, deixe ao menos alguém saber que estou vivo e talvez vir
me salvar." E foi naquela noite que ele ouviu o colega piloto Thomas Hanford tentar comunicação pelo rádio. O Capitão Scott
O'Grady salientou a proteção Divina. Quando os repórteres ouviram que no
primeiro dia que os soldados sérvios estiveram procurando nos arbustos a poucos
metros do piloto, um perguntou: "Como eles não puderam vê-lo?"
O'Grady respondeu com uma só palavra: "Deus". Eu creio que existe uma
mensagem para todos nós no relato da sobrevivência e resgate deste piloto. Há
também, uma relação com a sobrevivência e resgate de todos nós. O apóstolo
Paulo escreveu uma vez uma carta aos crentes de Roma, os quais estavam sendo
perseguidos. Ele estava tentando ajudá-los a serem sensatos em suas provações.
Paulo falou para eles e para nós, em nossa condição hoje: "Porque sabemos
que toda a criação a um só tempo geme e suporta angústias até agora. Também nós
em nosso íntimo aguardando a adoção de filhos, a redenção do nosso corpo."
(Romanos 8: 22 e 23) Paulo coloca aqui a tragédia e sofrimento numa nova
perspectiva. Ele diz: "Você deve pensar nas provações e tragédias do
presente como as dores do parto. Quando você olha para o mundo ao seu redor e
todos os problemas, crimes, guerras e doenças, o que você realmente vê é a
criação inteira agonizando como uma mulher dando a luz. Algo maravilhoso está por vir de toda esta
dor. Todas as coisas se tornarão novas. E experimentaremos a "redenção do
nosso corpo." Paulo se refere aqui, ao nosso último resgate de um planeta
profundamente assolado pelo pecado. Nós seremos resgatados, ele diz. E a única maneira
de evitar sermos surpreendidos pelas coisas terríveis que irão acontecer neste
mundo, é entendê-las à luz do que está por vir. Um grande resgate está a
caminho. O próprio Jesus Cristo prometeu. Justamente antes de subir para o Pai
no Céu, Cristo deu aos discípulos esta certeza em João 14:3: "E quando eu
for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que
onde eu estou, estejais vós também." Jesus está voltando novamente para
nos resgatar, para nos levar para ficarmos com ele nos Céus. Como disse Paulo,
Jesus afirma que Ele "nos desarraigará deste mundo perverso."
(Gálatas 1:4.) Esta grande salvação começou quando Jesus se deu por nossos
pecados na cruz, e culminará na Sua segunda vinda à Terra. Assim, como poderemos
sobreviver quando as tragédias nos sobrevirem? Unicamente tendo a certeza de
que essas são dores de parto e fixando nossas esperanças no resgate que virá.
Vejamos como isso funcionou no caso de Scott O'Grady. Após encontrar um lugar
para se esconder, no solo, uma coisa dominou o seu pensamento: fazer contato
com as pessoas lá de fora, ou seja, fazer contato com amigos que o procuravam.
Felizmente O'Grady tinha um rádio transmissor em seu equipamento. Era um pouco
maior que um "walkman" e podia funcionar durante sete horas na bateria.
Ele podia sintonizar um bip local, um código morse ou
uma voz. A princípio O'Grady não se atreveu a usar o rádio. Os soldados sérvios
estavam muito próximos. Mas, assim que se afastaram, ele começou a enviar
sinais periódicos. Infelizmente, as nuvens estavam muito baixas e conservaram
as aeronaves aliadas afastadas por vários dias. O rádio tinha uma cobertura de
apenas 64 quilômetros e o serviço de inteligência só conseguia fragmentos de
sinais que achavam ser de O'Grady; não sendo porém, o
suficiente para identificar sua localização. Mesmo assim o piloto continuou
tentando. Como ele continuava a fugir da captura, estava sempre à procura de
uma clareira, um ponto alto, onde pudesse enviar mensagens. Ele continuou
enviando seu sinal, com esperança aos céus, tentando poupar a bateria tanto
quanto possível. O'Grady continuou enviando sinal e ouvindo, noite após noite.
Foi por isso que ele estava ligado quando, numa noite clara, em 8 de junho,
ouviu três cliques no rádio. Isto significava que alguém estava tentando
contatá-lo. O coração de O'Grady começou a acelerar. De repente uma voz fraca
surgiu no rádio: - "Basher-52", aqui é "Basher-11".
"Basher-52" era o código de chamada de O'Grady. "Basher-11"
era o código do capitão T. O. Stanford. Ele estava sobrevoando a Bósnia por
mais de uma hora, procurando por sinais do aviador caído. O marcador de
gasolina avisava que ele deveria voltar à base em menos de três minutos.
O'Grady chamou frenéticamente pelo seu rádio:
"Basher-52, ouço alto e claro." Então ele repetiu as palavras que
esperava dizer por cinco longos e solitários dias: "Estou vivo, eu estou
vivo!" Stanford precisava certificar-se de que isto não era um truque.
Perguntou em seguida: "Qual era o seu esquadrão na Coréia?" O'Grady
respondeu corretamente. O'Grady ouviu com alívio: "Preste atenção: você
está vivo e é muito bom ouvir a sua voz." O capitão Stanford parecia calmo
e seguro. Somente mais tarde revelaria que teve dificuldade em voltar à base
por causa das lágrimas que escorriam pela sua face.Finalmente O'Grady fez contato. Finalmente seus
amigos sabiam que ele estava vivo e esperando. Sabe, foi importante para este
piloto, em terra estranha, fazer mais do que enterrar a cabeça na lama e evitar
ser capturado. Ele teve que olhar para cima, também. Ele teve que ficar
enviando sinais para o céu. O mesmo princípio se aplica a nós que lutamos com
as dificuldades e a dores da vida. Algumas vezes nós simplesmente queremos
enterrar a cabeça; outras vezes queremos fugir deste mundo cruel. Pensamos, às
vezes em desistir. Na verdade, algumas vezes desistimos de Deus. Nesses dias
quando as nuvens estão pesadas e densas sobre nós, quando nos sentimos
terrivelmente sós, é fácil acreditar que Deus realmente não se importa, que ele
nos abandonou. Mas sabe, amigo, qual é a coisa mais importante a fazer nestas
circunstâncias? Continuar mantendo contato. Ficar enviando sinais. Mesmo quando
você se sentir inútil; mesmo quando parecer em vãol,
continue em contato com Deus. Esta é uma das mais importantes lições que os
Salmos nos ensinam. Muitos dos salmistas passaram por períodos de dor até mesmo
desespero. Você pode ler sobre seus momentos mais difíceis em vários poemas.
Aqui está uma destas súplicas no Salmo 6:6 e 7: "Estou cansado de tanto
gemer; todas as noites faço nadar o meu leito, de minhas lágrimas o alago. Meus
olhos de mágoa se acham amortecidos..." Aqui está um sofrimento real. Este
homem está entregando o coração a Deus. Não é uma visão perfeita, mas ele
continua fazendo contato. Ele envia um sinal e é isso que importa. E o que
vemos em Salmo após Salmo é que Deus sempre responde. Sua voz chega até nós. Na
verdade, Ele é capaz de nos achar em qualquer lugar. Davi expressou suas
angústias em muitos dos seus Salmos, porém, expressou também sua alegria ao ser
achado por Deus. Veja o Salmo 139:8, 10 e 11: "Se subo aos céus, lá estás;
se faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também... Ainda lá me
haverá de guiar a tua mão e a tua destra me susterá ... As trevas e a luz são a
mesma coisa." Você sabe por que devemos manter contato em tempos difíceis?
Porque Alguém lá em cima está cuidando de nós. Sim, amigo, mesmo quando nos
sentimos abandonados, Alguém está nos procurando.
Alguém pode nos achar na escuridão da noite. Alguém pode nos encontrar nas
profundezas da angústia. Ele está ansioso para nos resgatar. Deixe-me contar um
pouco do que aconteceu enquanto Scott O'Grady tentava ficar vivo no território
inimigo. Um punhado de jatos da Otan começou a cruzar o céu acima da Bósnia
escutando o mais fraco sinal de rádio deste companheiro perdido. Os satélites
espiões da CIA também se concentraram na área. Os satélites Vortex
e Magnum estavam posicionados para ouvir sinais eletrônicos de um rádio-bóia luminoso que O'Grady carregava. Em outras
palavras, estes olhos no céu estavam continuamente rastreando sobre o norte da
Bósnia. Nenhum deles tinha certeza se O'Grady estava vivo. Mas eles
mantinham-se atentos. O aviador caído não podia perceber isto enquanto estava
escondido, mas uma grande busca acontecia. Muitas pessoas o procuravam e
nenhuma despesa foi poupada. O que aconteceu depois de Scott O'Grady fazer
contato com seus amigos pilotos foi muito mais estressante, e
também mais dramático. A ordem foi dada à uma
da manhã. Imediatamente, um almirante da marinha e um comandante iniciaram uma
operação resgate. Rapidamente decidiram realizar um ataque supresa
pela madrugada. A bordo do porta-aviões USS Kearsarge,
os fuzileiros navais pegaram suas mochilas no escuro e as juntaram aos
equipamentos. Os homens camuflaram o rosto com tinta e pegaram a bagagem com
toda a munição. Este era um "vamos" de verdade! Nesse meio tempo,
toda a força aérea começou a cobrir a costa croata. Duas aeronaves
"cobra-do-mar" circulavam no céu quase claro. Quatro aviões-caça
juntaram-se a eles e também um F/A caça-bombardeiro.
Aviões de guerra especiais desenhados para despistar radares inimigos também
juntaram-se ao grupo, assim como os javalis A-10 e aviões ante-tanques.
O movimento de todas estas aeronaves, mais de 40 ao todo, era sincronizado
acima pelos aviões do AWAC. Todos eles escoltavam um par de enormes
helicópteros Super Stallions que carregava o grupo
fuzileiros de resgate . Eis a descrição do comandante:
"Assim que o dia nasceu, os helicópteros da marinha saíram outra vez, sob
cobertura da tropa. Eles fizeram exatamente o que foram treinados para fazer
neste salvamento. Dois dos fuzileiros do H-53 e um dos helicópteros aterrisaram e, com as tropas, tentaram estabelecer uma zona
segura. O General Slickburt dirigiu-se à porta de
saída do helicóptero. Quando ele olhou pela janela, viu o jovem piloto O'Grady
saindo dentre as árvores e correndo em sua direção. Ele alcançou e puxou o
jovem piloto, trouxe-o para dentro da aeronave e voaram de volta."
Enquanto o envolviam num cobertor e colocavam o sinto de segurança, O'Grady
repetia: "Obrigado!" Ele estava finalmente indo para casa. Milhares
de pessoas e bilhões de dólares em equipamentos estiveram envolvidos na busca e
resgate deste único piloto. O céu estava coberto com uma aparelhagem de escuta
e rastreamento incrivelmente sofisticada. Pilotos e fuzileiros arriscaram a
vida nesta missão sobre o território inimigo. Por quê? Um cabeçalho na revista
"Time" colocou assim bem resumido: "Todos por um." Aquele
era um companheiro perdido em algum lugar, tentando ficar vivo. Eles não podiam
simplesmente abandoná-lo. Eles tinham que salvá-lo. Tinham que resgatá-lo.
Amigo, você já imaginou que é exatamente isto que Deus sente por você? Você é
Seu filho e vive num mundo que é às vezes cruel e perigoso. Ele não pode
simplesmente deixá-lo aqui. Ele cuida de você e está disposto a esvaziar o céu
para regatá-lo. Ele está disposto arriscar tudo. Ele ofereceu até mesmo o Seu
único Filho. Agora, Ele está planejando o final, o grande resgate. Cristo está
vindo com os anjos dos céus. Eles estão vindo para nos levar para o lar. Nunca
se esqueça disto. Alguém o procura. Você pode sentir-se sozinho, algumas vezes.
Pode até sentir-se abandonado. Mas Alguém cuida de você atentamente. Pode haver
obstáculos no caminho. Este mundo pecador espalha muitas barreiras, mas Deus as
derrubará; Ele vem nos resgatar. Então, por favor, não esconda o seu rosto, não
desista. Não permita que os problemas da vida ofusquem as soluções. Tente
manter contato; continue olhando para o alto. Será uma imagem grandiosa ver
Jesus voltando entre as nuvens. Deus é o nosso escudo. Ele vem nos resgatar. Eu
quero estar pronto no dia do livramento. Eu quero estar pronto quando aquela
voz atravessar as nuvens. Eu quero estar pronto para responder quando Deus
chamar meu nome. É este o seu desejo também? Você anseia por um mundo novo, um
mundo livre de pecado, doença e sofrimento? Você sente que deve haver algo
melhor do que temos e que a vida foi feita com propósitos nobres? Algo além de
fome, sofrimento, tristeza, desapontamento, divórcio? Algo além de alcoolismo,
além das tragédias da vida? Se você quer achar a salvação, o resgate dos céus,
quando Jesus vier, peça ao Pai em oração.
ORAÇÃO: Querido Pai, obrigado porque Tu sempre estás
cuidando de nós. Mesmo nas horas mais escuras, Tu
estás tentando entrar em contato conosco. Ajuda-nos agora a estabelecer um
contato vital Contigo. Ajuda-nos a fazer de Ti o centro de nossa esperança. Muito obrigado pela
incrível missão de resgate que já planejastes. Obrigado porque Jesus está vindo
para levar-nos para o lugar maravilhoso que Ele preparou para nós. Ajuda-nos a
estar prontos para o grande dia. Isto pedimos em nome do Salvador, Jesus Cristo,
nosso Senhor. Amém
27
FÉ ENTRE AS CHAMAS
Pr. Mark Finley
Hoje, vamos voltar no tempo até a extraordinária cena na
planície de Dura próximo à antiga Babilônia. Uma
enorme estátua de ouro do Rei Nabucodonozor foi
erguida ali, e milhares de representantes de seu império foram convidados para
prestar homenagem a ela em uma esplêndida cerimônia. Mas quando a vasta
multidão na planície curvou-se até o chão diante da imagem, três jovens
permaneceram em pé. Eles haviam ido contra a multidão - uma multidão
solenemente religiosa. Eles haviam se tornado completamente visíveis, dentre
todos, como os únicos irreverentes diante da multidão prostrada. Mas eles
tinham algo que os habilitava a permanecer em pé contra a multidão, algo muito
especial que nos ajudará no fim dos tempos. Os três jovens hebreus chamavam-se Sadraque, Mesaque e Abede-Nego. Haviam sido levados cativos de Israel e foram
treinados para ajudar a governar o vasto império babilônico. Havia sido
ordenado aos três que comparecessem diante da estátua de ouro junto com os
representantes de toda nação e tribo sob o domínio de Nabucodonozor.
De repente, trombetas soaram e os arautos do rei anunciaram em alta voz, que
ecoou por toda a planície. Suas palavras estão em Daniel 3: 4-6: ". . . Ordena-se a vós outros, ó povos, nações e homens de
todas as línguas; no momento em que ouvirdes o som da trombeta, do pífaro, da
harpa, da cítara, do saltério, da gaita de foles e de toda sorte de música, vos
prostrareis e adorareis a imagem de ouro que o rei Nabucodonosor levantou.
Qualquer que se não prostrar e não a adorar será, no mesmo instante, lançado na
fornalha de fogo ardente." Nabucodonosor queria total submissão, pessoas
que se curvassem e adorassem. Então os três hebreus, que haviam sido ensinados
desde a infância que havia somente um Ser que merecia a adoração do homem,
tinham diante de si uma situação difícil. Iriam eles concordar com a maioria?
Iriam eles prostrar-se diante de uma imagem falsa, violando os mandamentos de
Deus? Esta é uma importante questão para considerarmos em nossos dias. É
importante especialmente porque este decreto tem um extraordinário paralelo em
outro decreto baseado no livro do Apocalipse. O capítulo 13 fala sobre um
desafio que o povo de Deus enfrentará no fim dos tempos. Esta passagem diz-nos
que o poder do anticristo levanta uma imagem de seu representante, a besta.
Esta besta, o verso 15 nos diz, foi capaz de: "fazer morrer quantos não
adorassem a imagem da besta." Em ambos, o decreto em Daniel e o decreto em
Apocalipse, um líder mundial tenta forçar a adoração de uma imagem. Em ambos os
casos, é algo que contradiz um mandamento específico de Deus e leva a morte a
todos os que não se submeterem. A quem vamos nós adorar? Esta é a pergunta
decisiva. Em algum momento, crentes se defrontarão com o grande poder, um poder
político-religioso, exigindo submissão. Como sobreviveremos durante esse tempo?
Voltemos àqueles três hebreus na planície de Dura.
Quando a orquestra real tocou em parada ao Rei Nabucodonosor, todos se
prostraram. Todos menos Sadraque, Mesaque
e Abede-Nego. Eles simplesmente não se prostraram
diante do ídolo. O rei sentiu-se ultrajado, naturalmente, porque alguma coisa
interrompeu seu momento de glória. Os homens foram trazidos diante dele. Mas
quando ele viu que eram os amigos de Daniel, homens a quem havia dado respeito
e admiração, ele decidiu dar-lhes outra oportunidade de prostrar-se.
Nabucodonosor apontou para a fornalha ardente que fora preparada para qualquer
que ousasse desobedecer. Ele sabia que os jovens eram fiéis a seu próprio Deus,
mas perguntou muito claramente: "e quem é o deus que vos poderá livrar das
minhas mãos?" A resposta daqueles jovens hebreus tornou-se célebre:
". . . Ó Nabucodonosor, quanto a isto não necessitamos de te responder. Se
o nosso Deus, a quem servimos, quer livrar-nos, ele nos livrará da fornalha de
fogo ardente e das tuas mãos, ó rei. Se não, fica sabendo, ó rei, que não
serviremos a teus deuses, nem adoraremos a imagem de ouro que levantaste."
(Daniel 3: 16-l8) Aqueles homens responderam ao arrogante desafio do rei, sem
hesitação. Deram testemunho de sua fé no Deus do céu e da terra. Sim, Ele podia
livrá-los da fornalha, não importa quão quente Nabucodonosor pudesse torná-la.
O Deus deles era soberano sobre tudo. Ele podia fazer
qualquer coisa. Esta era a espécie de Deus que eles serviam. Creio que nós
temos aqui um quadro da espécie de fé que teremos no tempo do fim - não importa
quais sejam as conseqüências. Aqueles hebreus tinham
seus olhos fixados na grandeza de Deus, não em quão quente estava o fogo.
Quando pressionados, não tentaram achar desculpas, ou tirar o corpo fora da
situação; eles aproveitaram a oportunidade para testemunhar do poder de Deus. E
eles fizeram algo mais. Falaram sobre o compromisso com Ele. "Mesmo se Ele
resolver não nos livrar, mesmo assim não O trairemos, mesmo assim nós O
serviremos e a Ele somente." Você sabe, a fé frágil não subsistirá nas
horas difíceis da vida e certamente não permanecerá no tempo do fim. Se
tivermos fé somente quando Deus nos dá o que queremos, com a vida correndo tranqüilamente, então estamos com os olhos fixados na
direção errada. A fé real é um relacionamento com Deus baseado na crença de que
Ele sabe o que é melhor para nós e ponto final. Ela envolve um compromisso com
o que Deus requer, não importam as conseqüências.
Deixe-me falar sobre um homem que encontrou a adversidade em seu caminho, como
os três hebreus, para testemunhar sua fé. Dois homens se defrontaram em uma
prisão da Romênia por volta de 1950. Um deles era meio arrogante, inteligente,
briguento, um jovem tenente chamado Grecu. Ele era um
dedicado comunista que pensava estar tornando o mundo melhor. O outro indivíduo
era um jovem pastor luterano chamado Richard Wurmbrand.
Este era débil e pálido. Em sua face havia pesadas marcas de um homem que havia
suportado tortura e privação. Grecu sentou numa cadeira com um cassetete de borracha na mão. Ele
havia interrogado o pastor. Nessa manhã, ele gritou: "Sua história é
mentira." Ele estava irado porque o pastor não havia dado os nomes de seus
companheiros e de seus contatos com o Ocidente. Grecu
empurrou a cadeira para trás e gritou: "Chega! Aqui está um papel. Nós
sabemos que você tem se comunicado em código com outros prisioneiros. Agora nós
queremos saber exatamente que mensagens foram aquelas, e quais as respostas dos
demais presos". O tenente estalou o cassetete em sua cadeira e disse:
"Você tem meia hora!" E saiu da cela pisando duro. Richard Wurmbrand estava em face de um terrível dilema enquanto
olhava fixamente aquele papel em branco. Ele tinha de escrever uma confissão.
Entretanto, não queria revelar qualquer coisa que pusesse em perigo seus
companheiros presos. E por pouco que ele dissesse, aquilo poderia ser torcido e
transformado em evidência de que ele era espião. Finalmente, o pastor decidiu
fazer uma confissão de sua fé em Jesus Cristo. Ele admitiu que havia batido em
código nas paredes da cela, tentando comunicar as boas novas de um Salvador.
Ele também testemunhou nestas palavras: "Eu sou um discípulo de Cristo,
que nos mandou amar nossos inimigos. Eu nunca falei contra os comunistas. Eu os
compreendo e oro por sua conversão, para que eles sejam meus irmãos na
fé." O Tenente Grecu voltou depois de meia hora,
balançando seu cassetete; Ele vivia batendo nos presos. Tomou o papel e começou
a ler. Depois de algum tempo, colocou o cassetete de lado. Quando chegou ao fim
da confissão do pastor, olhou com olhos perturbados e disse: "Senhor Wurmbrand, por que o senhor disse que me ama? Este é um dos
mandamentos cristãos que não pode ser guardado. Eu não poderia amar alguém que
me prendeu por anos a fio, que me fez passar fome e me bateu". O pastor
respondeu: "Não se trata de guardar um mandamento. Quando eu me tornei
cristão eu nasci de novo, com um novo caráter, repleto de amor." Por duas
horas, esses homens conversaram com sinceridade sobre Cristianismo e Marxismo.
Esse jovem pastor tomou uma posição naquela prisão de terror, resistiu, por
meio de uma confissão positiva, proclamando o que ele acreditava. Aqueles três
hebreus também queriam proclamar algo em que eles acreditavam. O que eles queriam
não era apenas recusar prostrar-se diante do ídolo, mas poderosamente testemunhar de sua fé e confiança em Deus. E qual foi o
resultado? Bem um enraivecido Nabucodonosor fez a fornalha ser aquecida ao
máximo e ordenou jogar os hebreus nas chamas. Estou pensando outra vez no
decreto do anticristo em Apocalipse, que ordena que todos se adaptem sob pena
de morrer. Pessoalmente, acredito que uma prova abrasadora está vindo ao nosso
mundo, maior do que qualquer uma que tenha acontecido na história. O povo de
Deus atravessará uma crise sobre a questão dos mandamentos de Deus. Mas este é
o ponto importante: Essa crise final não precisa nos assustar. Ela pode ser a
oportunidade para vermos nosso Senhor, muito de perto agindo poderosamente.
Você sabe o que aqueles hebreus descobriram na fogueira? Descobriram nada menos
do que o Senhor Jesus Cristo. Ele estava ali também no meio das chamas; Ele
estava junto com eles. Nas chamas da vida, Cristo está ali! Nabucodonosor ficou
assustado ao ver quatro homens passeando no meio das chamas. E o quarto
"era o Filho de Deus". Aqueles jovens hebreus tinham seus olhos fixos
em um Deus. E na hora da prova, eles descobriram um Deus poderoso vindo estar
com eles. Isto é o que uma fé incondicional, uma fé confiante pode fazer por
nós. Ela trará Deus para perto nos piores momentos. Deixe-me contar a respeito
de um homem notável que manifestou esse tipo de fé. Em uma de suas muitas
jornadas através do Himalaia, o evangelista indiano Sundhar
Singh descobriu um pregador tibetano a quem o povo tratava com uma reverência
supersticiosa. Ele podia anunciar a Cristo sem medo ou represália, mesmo que
outros pregadores fossem violentamente perseguidos. O pregador contou a Singh
sua história. Uma vez ele foi secretário de um padre budista denominado lama,
mas havia estado sob a influência de um cristão da Índia. Finalmente, ele se
declarava um seguidor de Jesus. Primeiro confessou sua fé ao seu próprio chefe,
o lama budista. Dentro de poucos dias, o pregador foi sentenciado à morte. Em
frente às paredes do templo homens enrolaram seu corpo numa pele de animal
molhada e costuraram firmemente. Depois colocaram-no ao sol para secar, para
que a contração da pele o comprimisse até a morte. Ele não morreu tão depressa
quanto eles esperavam. Espetinhos incandescentes foram enfiados através da pele
para atingir seu corpo. Mais tarde, rasgaram a pele e o arrastaram pelas ruas e
o jogaram no lixo fora da cidade. Depois de tanto abuso, o pregador foi deixado
num monte de esterco. Seu corpo não apresentava sinais de vida. A multidão saiu
e os urubus chegaram. Mas esta vítima mutilada não morreu. De alguma forma, ele
virou-se, arrastou-se pelo caminho e recuperou-se. Então, em vez de fugir para
salvar a vida, ele foi diretamente para a vila e começou a pregar a Cristo. Ele
pôde testificar de sua fé; ele pôde falar do grande Deus que o havia salvo. E o povo agora o ouvia com reverência. Aqueles três
hebreus na fornalha ardente também provocaram um impacto na vida do grande Rei
Nabucodonosor. Ele chegou perto da fornalha e os chamou. Então eles saíram com
a grande multidão reunida ao redor. Todos puderam notar que seus cabelos não
foram chamuscados; suas roupas não estavam queimadas; nem cheiro de fumaça
havia ficado sobre eles. As chamas queimaram apenas uma coisa nos hebreus; as
cordas que os amarravam. Elas os livraram das amarras. Sadraque,
Mesaque e Abede-Nego saíram
vencedores. As provas da vida podem deixar você amargo, ou podem fazê-lo
melhor. Elas podem fortalecer ou destruir sua fé. A diferença é se você
focaliza a Cristo ou a crise. Através de suas lágrimas, tristezas e
desapontamentos você pode ver a Cristo. Ele está ali nas chamas, ao seu lado.
Talvez sua vida tenha sido abalada pelo divórcio. Você pode estar atravessando
um doloroso problema familiar neste momento. Possivelmente você tenha problemas
graves de saúde ou pode estar com sérias dificuldades financeiras. Jesus está
no meio das chamas da vida, bem ao seu lado. Contemple-O através das lágrimas.
O compreensivo e compassivo Jesus está aí ao seu lado sussurrando palavras de
ânimo. Nabucodonosor agora reconheceu que havia um Deus muito maior do que ele
jamais poderia ser. Ele chamou os três hebreus de "servos do Deus
Altíssimo". Até este ponto, o rei havia tentado tornar-se o maior, com sua
estátua de ouro maciço. Mas agora ele fez uma extraordinária confissão:
"Bendito seja o Deus de Sadraque, Mesaque e Abede-Nego, que enviou
o seu anjo e livrou os seus servos, que confiaram nele, pois não quiseram
cumprir a palavra do rei, preferindo entregar o seu corpo, a servirem e
adorarem a qualquer outro deus, senão o seu Deus." (Daniel 3:28) A ira de
Nabucodonosor transformou-se em admiração. A fé incondicional dos hebreus foi
contagiosa. Ao confessarmos nossa fé quando as coisas vão mal, estamos dando um
testemunho de real impacto. A fé que suportar as fornalhas da vida, será
vencedora no tempo do fim. Richard Wurmbrand, o
pastor de quem falei anteriormente, que fez sua confissão de fé, causou impacto
no Tenente Grecu. Depois daquela longa conversa
inicial, o tenente convidou-o a voltar ao seu escritório todos os dias, quando
conversavam por quase uma hora. O Pastor Wurmbrand
disse-lhe que os principais crentes eram na verdade parte de um movimento
revolucionário. Grecu ficou surpreso ao saber que
Karl Marx uma vez escreveu que o cristianismo é "a religião ideal para
transformação de vidas destroçadas pelo pecado". Enquanto continuavam a
conversar, Grecu ficava mais e mais impressionado
pelos ideais cristãos de amor e serviço por todos. Freqüentemente
ele dizia: "Eu nasci no ateísmo e nunca serei outra coisa". Mas o
pastor que estava diante dele era um argumento que ele não podia refutar. Deus
era real. Duas semanas depois, quando iniciavam a conversa, o Tenente Grecu declarou que passou a amar a Jesus e decidira receber
a Cristo como seu Salvador. Que cena houve naquela prisão, quando o tenente, em
seu uniforme da Policia de
Segurança ajoelhou-se ao lado do Pastor Wurmbrand em
seus trajes esfarrapados da prisão e fez sua oração de confissão. Quando se
levantaram, os dois homens eram irmãos. Nada há mais eloqüente
do que uma fé entre as chamas. Gostaria você de ter uma fé assim? Uma fé
totalmente confiante? Uma fé que permanece elevada quando os tempos são
difíceis? Ela está disponível para cada um de nós. Deus quer desenvolver essa
fé robusta em você! A fé é desenvolvida quando fazemos de Jesus e de Sua
Palavra o centro de nossa vida. Se você dedicar um tempo diário para Deus, um
tempo especial em comunicação com Ele, o resultado será uma fé confiante. Se
você dedicar tempo olhando a Jesus como seu Salvador e Senhor, o resultado será
uma confiança inabalável. Antes que momentos de angustia
nos atinja, vamos desenvolver um relacionamento com Deus baseado na confiança,
confiança de que Ele sabe o que é melhor para nós. Confiança de que Ele nos
ajudará nos dias finais. É realmente muito simples. Os três hebreus não se
curvaram diante da imagem de ouro porque já haviam se curvado diante de Alguém maior. Gostaria você de curvar sua cabeça
agora mesmo, onde você está, e dizer: "Senhor, estou pondo minha vida em
Tuas mãos completamente agora! Dá-me coragem e fé para permanecer
Contigo no tempo final." Fé é dom que somente Deus pode dar.
Gostaria você de responder-Lhe agora? Aceite agora esse dom de Deus.
ORAÇÃO: Pai celestial, obrigado porque não importa que
conflito pareça nos esmagar, És capaz de livrar-nos. Sabemos que tempos virão
quando o terrível decreto será assinado, mentes serão manipuladas e falsos
cultos serão impostos. Mas sabemos que podes fazer-nos leais, corajosos e
verdadeiros. Colocamos nossa confiança em Ti como verdadeiro Deus. Ensina-nos
diariamente a desenvolver essa confiança em meio ao conflito. Venha estar
conosco em meio às chamas. Em nome de Jesus, Amém
28
O DEDO QUE APONTA PARA DEUS
Pr. Mark Finley
A pergunta vem quando menos esperamos. Freqüentemente,
em nossos momentos mais difíceis. Deus realmente existe? Afinal, não podemos
tocá-Lo, não podemos vê-Lo. Ele não faz aparições
regulares no céu para nos convencer. Para a maioria de nós há momentos quando
dúvidas nos vêm à mente: "Pode ser que essa história de anjos e milagres
seja só conversa fiada". "Como realmente saber o que há além dele?"
Hoje, tentaremos responder a estas indagações. Vamos tentar dar-lhe uma
resposta simples e clara para suas dúvidas mais comuns. Talvez você já tenha
tentado explicar a alguém porque acredita em um Deus pessoal. Esperamos
ajudá-lo a dar explicações claras. Quando Tommy era menino e vivia nas
Montanhas Pocono, na Pensilvânia, ele viu um quadro
inesquecível - debaixo da terra. A companhia de gás estava construindo um gaseoduto perto da casa de Tommy e tiveram que dinamitar
uma enorme pedra. Todas as tardes, quando voltava da escola, Tommy ficava horas
vagando pela área dinamitada, explorando a paisagem recém exposta. Os desenhos
que viu, de repente causaram nele uma profunda impressão. Eis como ele
descreveu anos depois: "Eu era uma criança, não me interessava por arte;
mas até mesmo eu reconhecia que aquelas cenas embaixo da terra eram lindas.
Havia cores e padrões incríveis. Era como se um grande quadro abstrato estivesse
escondido sob a terra onde só Deus podia ver - até que Ele o mostrou para
mim." O que Tommy viu na terra é a primeira das evidências de que há um
Deus: desenhos na natureza. Em tudo o que olhamos, vemos quadros que sugerem o
trabalho de Alguém com incrível habilidade. Há beleza
extraordinária nos detalhes. Mas tem mais. Qualquer um que já presenciou o
desabrochar de uma flor e estudou o processo da fotossíntese, fica
impressionado com a maneira como as plantas são nutridas. Este sistema sugere
muita habilidade. Quem estudou os padrões de vôo das
abelhas ou os hábitos sociais das formigas fica pasmado diante de tanta
sabedoria, tanta tecnologia, por assim dizer, que foi acumulada naquelas
minúsculas criaturas. Quem examinou como o olho humano processa ondas para
substâncias químicas e impulsos elétricos que o cérebro transforma em visão,
fica extasiado pela complexidade desse sistema independente. Essas visões
íntimas da natureza nos deixam com a mesma certeza: Alguém projetou tudo isso.
Quando um antropólogo, cavando as areias do Novo México, encontra uma pequena
pedra triangular amoldada, examina-a com cuidado. Se ele vê marcas na pedra que
sugiram que ela foi esculpida, imediatamente conclui que um índio americano fez
o objeto. Tentará descobrir a idade da ponta da flecha e até mesmo determinar a
que tribo pertenceu. Nenhum antropólogo de valor cogita que a ponta de flecha
chegou ali por acaso, pela força da natureza. Jamais alguém tentou explicar que
um raio, vento ou água poderia ter fabricado aquelas pontas de flecha. Parece
óbvio para todos que um ser humano as fez. Imagine que, ao observarem seres
vivos, infinitamente mais complexos, como samambaia azul e seres humanos,
alguns cientistas afirmam que tudo aconteceu por acaso, pela ação instintiva das
forças cegas na natureza. O Dr. Gary Parker, professor de Biologia, autor de
cinco livros didáticos muito utilizados, já pensou assim. Ensinou a teoria da
evolução durante seus primeiros anos como professor universitário. Entretanto,
ele começou a ter outras idéias. O que ele descobriu
em sua especialidade, biologia celular e molecular, conduziu-o a uma convicção:
Alguém projetara aquilo. Ele começou a ver que a maioria dos processos naturais
eram CONTRA a evolução, não a favor. Mutações genéticas, por exemplo. Deixemos
que o Dr. Parker explique suas conclusões. DR. GARY PARKER: Obrigado Mark.
Mutações genéticas são mudanças casuais nos genes. Se você quer mutações para
construir uma nova característica, ou um organismo novo, sinto muito, elas não
funcionam assim. Seria totalmente impossível. É como crer em milagre se você
não acredita no Autor dos Milagres. Matemática, ainda não é o pior problema. As
mutações acontecem de maneira oposta à proposta pela evolução. Elas mudam para
pior. Elas fazem as coisas piorarem. A espécie humana, por exemplo. Já
identificamos mais de 3.500 doenças por mutações só em nossa espécie. Algum
evolucionista poderá dizer, como eu dizia: "Bem, sempre pode acontecer uma
mutação para melhor." Mas a qualquer provável mutação para melhor, sempre
juntar-se-iam milhares de mutações prejudiciais à espécie. Nesse ponto o tempo
torna-se em inimigo da evolução. Quanto maior o tempo envolvido, maior é a
degradação na qualidade genética, maior a sobrecarga nos genes e a conseqüente decadência genética. PR. MARK FINLEY: Obrigado,
Dr. Parker. Em virtude de seus estudos sobre o assunto, o Dr. Parker participou
amplamente, apresentando o "ponto de vista do criacionista", um
programa da TV americana. É co-autor
dos livros "A Origem da Vida " e "O que é Criação
Científica". Seres vivos foram criados. Não foram formados por acaso. Esta
é a primeira evidência que sugere um Criador. É surpreendente quantas pessoas
ignoram as evidências, mesmo quando as presenciam. Você já tentou indicar algo
para seu cachorro? Suponhamos que você quer que ele olhe para certa direção.
Você estica o braço, aponta e agita o dedo, mas o que geralmente acontece? Ele senta e fica olhando para seu dedo, abanando o rabo. Você
pode ficar em pé, apontando por horas, mas ele só vê sua mão. Ele não percebe o
que você quer. O ser humano adquiriu essa percepção. A mão perfeita da natureza
está apontando para o lugar. Seu engenhoso desenho está nos falando algo.
Precisamos olhar na direção apontada, e para um Deus capaz de criar as
maravilhas que vemos. Um poeta hebreu louvou esse Deus em uma linda canção
sobre uma incrível terra frutífera. Veja como o salmista descreve o poder
criativo de Deus: "Que variedade, Senhor, nas tuas obras! Todas com
sabedoria as fizeste; cheia está a terra das tuas riquezas." (Salmos
104:24). Há outro lindo desenho que aponta para a mesma direção. O desígnio da
alma humana, nosso anseio por Deus. O Sr. Kurimoto,
um próspero empresário japonês, parecia ter tudo. Sua empresa de importação e
exportação prosperava. Casou-se com uma mulher brilhante e bela e constituiu
uma família bonita e feliz. Ele não ficou satisfeito ainda: Deve haver algo
melhor na vida. Quando olhou para dentro de si, viu um grande vazio. Estava
faltando algo. Ele não sabia o que era, mas sua alma precisava de um valor
espiritual. O Sr. Kurimoto lutou vários anos contra
isso, até que uma noite em que voltava para casa de trem, notou um jovem
estrangeiro olhando pela janela. Ele não costumava levantar-se para falar com
estranhos, mas algo o compeliu a ir até ao jovem
americano e perguntar: "Você conhece alguém interessado em religião?"
O americano apresentou-se como professor de Bíblia em uma escola inglesa e o
convidou a ir lá. Durante as visitas subseqüentes, o
professor de Bíblia apresentou ao novo amigo o Deus da Bíblia e o evangelho de
Jesus Cristo. O Sr. Kurimoto encontrou aquilo que
procurava. A mesma compulsão que o levava a buscar o significado da vida, o
levou agora a estudar a Bíblia. Era como uma voz dizendo: "Continue lendo,
continue lendo, até o fim!" Mais tarde, o Sr. Kurimoto
perguntaria ao professor: "Por que eu falei com o senhor no trem aquela
noite? Não entendo. Por que eu tinha aquele vazio interior enquanto procurava
um sentido para a vida?" Esse empresário japonês estava cumprindo outro
desígnio de Deus: o desígnio da própria mente. Fomos feitos para algo mais do
que comer, beber, alegrar-se e morrer. Todos sentimos, em algum tempo, que deve
haver um propósito mais elevado para a vida. Essa convicção é outro dedo que
aponta para Deus. Sentimos no coração que deve haver um significado para a
existência. Por quê? Porque foi assim que Deus nos fez. Foi assim que Ele
projetou a alma humana. Falando a um grupo de filósofos em Atenas, o apóstolo
Paulo disse-lhes o que vemos em Atos 17:27 e 28: "Ele (Deus) não está
longe de cada um de nós; pois nele vivemos, e nos movemos e existimos."
Deus projetou-nos para estar com Ele. Viver e nos mover nEle.
É por isso que o Criador nos atrai para Ele. Até mesmo no mais profundo
desígnio do coração está o modo como Deus trabalha para modificar a alma
humana. Não há evidência mais clara da atividade de Deus neste mundo, do que a
transformação das pessoas. Nenhuma técnica psicológica ou estratégia de auto ajuda ou qualquer influência equipara-se à grandeza e
poder das mudanças que Deus realiza no coração. Bêbados tornam-se pais
responsáveis. Bêbados como Harold Hughes, cuja longa batalha contra a garrafa
terminou em absoluta derrota. Entretanto, ele conheceu a Deus e achou força que
não possuía. Ele abandonou a garrafa. Voltou para a família e chegou a
tornar-se um altamente respeitado Senador dos Estados Unidos. Até mesmo frios
assassinos são transformados. Assassinos insensíveis como Tex
Watson, que chacinou uma família na casa deles. Mas ele encontrou-se com Deus e
reconheceu o horror de sua culpa. Hoje, ninguém reconhece o velho Tex que com sensibilidade e alegria ministra aos presos da
mesma prisão. Milhares e milhares de pessoas testificam da transformação de
vida ao encontrarem um Deus vivo. Por quê? Porque Ele projetou nosso coração
para ficarmos inquietos até encontrarmos nosso repouso nEle.
Os desenhos que vemos na natureza e o sentimento do coração são dedos que nos
apontam o Criador, mas esses dedos não nos informam especificamente como é
Deus. Para saber como Ele é, temos de passar ao terceiro tipo de evidência e
para o plano sem igual que remonta há milhares de anos na História. Quando Lew Wallace era estagiário de direito no Meio Oeste
americano, um amigo ateu disse-lhe que, dentro de alguns anos, todas as
igrejinhas brancas que pontilham a zona rural de Indiana seriam apenas uma
recordação. Religião não tinha futuro. O Sr. Wallace não soube o que dizer. Ele
percebeu, de início, que nada sabia sobre o Deus da Bíblia. Quase nada sabia
sobre as Escrituras. Nenhuma compreensão tinha do assunto. A esta altura, o Sr.
Wallace determinou estudar o assunto por si próprio. Decidiu examinar a Bíblia,
utilizando sua experiência como advogado, buscando evidências confiáveis para
tirar suas próprias conclusões. Ele supunha que o estudo seria triste e
enfadonho e pensou em criar uma história de Jesus fora dos parâmetros
conhecidos. A princípio, ele decidiu apresentar Jesus como um homem, incomum,
talvez, mas apenas um ser humano. Entretanto, quando ele estudou o fundamento
histórico da vida de Jesus, e examinou as narrativas dos evangelhos, começou a
ver muito mais do que tinha imaginado. Esta história teve mais do que um
propósito humano. Quanto mais estudava, mais Wallace se convencia de que Cristo
era divino, e que a Bíblia era mais do que um livro, era a verdade inspirada
por Deus. Certamente o mundo precisava de um Salvador e Wallace não poderia
imaginar outro melhor do que esse Cristo. Wallace encontrou a Deus. Escreveu
uma história sobre Cristo, em parte para expressar suas próprias convicções.
Ele a chamou de BEN-HUR. Isso mesmo. Ben-Hur, o best seller que se tornou um dos maiores filmes de Hollywood. A
Bíblia é o dedo que mais diretamente aponta para Deus. Na realidade, é uma
carta que Ele nos escreveu por meio de vários profetas e apóstolos. E uma das
coisas mais notáveis sobre essa carta são seus propósitos. A Bíblia é diferente
de qualquer outro livro no mundo. Ela foi produzida por pessoas diferentes, de
culturas diferentes, escrevendo em épocas diferentes. E ainda há uniformidade
nesse documento. Tudo nela conduz a um clímax: Jesus Cristo. Como um todo, a
Bíblia expõe temas muito superiores a opiniões próprias. O plano da salvação é
repetido inúmeras vezes em suas páginas. Um tema tão importante esse nenhuma imaginação poderia criar. Há um propósito neste
livro. O propósito de nos conduzir a Cristo. Uma das razões pelas quais Lew Wallace ficou assim impressionado com o evangelho, foi
a constatação que a vida miraculosa e o ministério de Cristo estavam, com
precisão, ligados a fatos históricos. Wallace reconheceu imediatamente que não
era um piedoso conto de fadas inventado em algum lugar. Hoje podemos pisar o
pavimento onde Cristo esteve diante de Pôncio Pilatos. Podemos subir os degraus
do templo onde Jesus freqüentemente discutia com os
fariseus. Os evangelhos são o produto de testemunhas oculares que nos dão nomes
e locais específicos. Vemos algo semelhante nos relatos do Velho Testamento. Os
poderosos atos de Jeová não aconteceram em nenhum ambiente fictício. Hoje a arqueologia
traz evidências da veracidade da Bíblia. - como as cavernas de Qumram. As narrativas dos patriarcas combinam com os
detalhes que descobrimos sobre os hábitos daquele tempo. O rei bíblico Nabucodonozor existiu. Podemos agora ler suas inscrições em
edifícios que foram descobertos em Babilônia. Nenhum outro livro no mundo
combina os incríveis atos divinos com detalhes históricos visíveis. Deus
torna-se real em suas páginas. Sua presença pode ser sentida. Por quê? Porque
foi assim que Ele projetou o livro. E aquele desígnio alcança seu glorioso
cumprimento na vida de Cristo. É o argumento final de Deus sobre Si mesmo. Como
o apóstolo Paulo disse em II Coríntios 4: 6 que Deus nos dá "... a
iluminação do conhecimento da glória de Deus na face de Cristo." Um
estudante humanista chinês chamado Lin Yu Tang viu claramente isso, enquanto
lia cuidadosamente os evangelhos. Ele ficou impressionado com o que chamou de
"a inspiradora simplicidade e beleza dos ensinos de Jesus". O Sr. Yu
Tang escreveu: "As escamas começaram a cair-me dos olhos. Eu descobri...
que ninguém jamais falou como Jesus. Ele falou de Deus, o Pai, como quem O
conheceu e identificou-Se com Ele na abundância de conhecimento e amor. Nenhum
outro mestre humano revelou tal conhecimento pessoal ou tão grande senso de
identidade com Deus..." Encontramos Deus em Sua carta pois ela foi
projetada para nos levar a um encontro com o Cristo Vivo. Vimos hoje três
coisas que nos dão evidência clara de que há um Deus lá fora: Os desenhos da
natureza, os anseios de nosso coração e os propósitos da Bíblia. Cada um deles
são dedos que nos apontam um Deus vivo e ativo. Cada um de nós tem uma escolha
a fazer: Podemos olhar para a mão ou olhar para onde ela aponta. Podemos
estudar cada detalhe da natureza e ainda não entender o essencial. Podemos
tentar analisar a alma humana, mas não descobrir para onde nosso coração
aponta. Podemos estudar até mesmo todos os fatos bíblicos e ainda assim deixar
de ver o grande quadro, o dedo que aponta para Cristo. Precisamos olhar para
onde a mão está apontando. Creio que se você der a Deus uma chance, Ele se
tornará real para você. Comece pelas histórias que Cristo contou nos
evangelhos. Sugiro que você comece a ler o evangelho de Marcos. Suas convicções
crescerão. O Deus que, para você, era incerto e distante, se tornará muito
próximo. Ele está ansioso para conhecê-lo na pessoa de Seu Filho Jesus Cristo.
Comece esta aventura agora.
ORAÇÃO: Pai querido, nós Te agradecemos por tudo à nossa
volta que nos aponta em Tua direção Somos-Te gratos por Tua habilidade como
Criador. Agradecemos por haver escrito esta maravilhosa carta, a Bíblia.
Ajuda-nos a ver-Te claramente na pessoa de Jesus. Guia-nos ao Te procurarmos.
Fala conosco. Faz-nos saber que estás presente e que nos aceitas
individualmente. Em nome de Jesus, amém
29
O MAIOR RETORNO DA HISTÓRIA
Pr. Mark Finley
O que geralmente vem a sua mente quando o assunto gira em
torno de assuntos memoráveis? Muitas vezes são atletas que voltam ao esporte
após passarem por momentos difíceis. Nos Estados Unidos, Dave Dravecky, um jogador de baseball que passou por uma
cirurgia no braço, voltou a jogar e logo no primeiro jogo ajudou seu time a
vencer. Nancy Kerrigan, patinadora do gelo, voltou a
competir após ter sido esfaqueada e ganhou a medalha de prata na Olimpíada de
Inverno de 1994. O jogador Magic Johnson, estrela da NBA, voltou a jogar pelo
Los Angeles Lakers após descobrir que tinha o vírus da AIDS. Seria tão bom se
sempre houvessem grandes retornos. Só assim haveria um
final feliz no fim de cada tragédia. Mas sabemos que algumas tragédias são
terríveis demais. Às vezes a vida simplesmente não deixa espaço para retorno.
Muitos pais sentem isso, quando abraçam um filho à beira da morte. Juizes sentem isso quando têm que dar uma sentença de
prisão perpétua a criminosos endurecidos. Países inteiros sentem isso quando
muitos jovens são mortos pela violência sectária e étnica. E
além disso há horrores que simplesmente nos deixam sem palavras. Elie
Wiesel sentiu isso ao ver crianças enforcadas perto de um campo de concentração
nazista. Seus pescoços não se quebravam na queda, porque eram leves, e Elie
teve que vê-las morrendo sufocadas lentamente. Esta cena de morte o perseguiria
pelo resto de sua vida. Como poderia haver um retorno para esta situação?
Deixe-me levá-lo à cena do mais sombrio desastre, a maior tragédia. Deixe-me mostrar-lhe
o que significa o mundo inteiro ruir ao seu redor. Deixe-me contar-lhe sobre um
momento em que toda a tragédia do mundo foi condensada em três horas sombrias.
É sexta-feira. Perto de Jerusalém, três homens estão lentamente morrendo de
sede. Estão morrendo por causa de seus ferimentos embora cercados por uma
multidão. A cada tanto os soldados romanos lhes oferecem um pouco de água ou
vinagre. Mas isto não faz muita diferença. A vida deles está esvaindo-se
rapidamente. Especialmente a vida do homem do meio. Ele está sangrando
profusamente na cabeça, costas e membros. Foi brutalmente açoitado e Seu dorso
está retorcido pela dor por causa dos cravos que O prendem à
uma cruz. Quem é este Homem que tem o rosto banhado de sangue? É Jesus, Aquele
que se declarou a luz do mundo! Quem é este Homem cujas mãos estão cravadas com
enormes pregos? É Aquele que demonstrou tanto amor
curando os coxos, cegos, paralíticos e leprosos. Quem é este Homem com uma
coroa de espinhos na cabeça? É Aquele que esperava
estabelecer o reino dos céus na Terra! Quem é este que está morrendo como um
criminoso? É Aquele que disseram ser o Cordeiro de Deus, sem qualquer mancha.
Quem é este que está sendo zombado pelos mais honrados sacerdotes? É Aquele de
quem se disse que os anjos e os querubins O adoravam: Jesus, o Messias. Este é
o homem que está morrendo. Seus seguidores olham para Ele, e sabem que está
tudo acabado. A cada arfada por mais ar, o sonho morre mais um pouco. Os
discípulos haviam acalentado tantas esperanças maravilhosas. Aqui está um Homem
que realmente poderia mudar o mundo. Ele era capaz de vencer doenças,
intolerância, hipocrisia, opressão. Ele era capaz de pegar tudo que estava
errado no mundo e fazer com que ficasse certo. Ele tinha este poder. Podia até
fazer o impossível: transformou a morte em vida, para Seu amigo Lázaro. Mas
agora é ele que está morrendo, inegavelmente. O sangue jorra de seu corpo sem
parar. O melhor Homem que já viveu na Terra caiu vítima do pior que o homem é
capaz de fazer e Deus não se mostra presente para ajudar. Jesus já está
pendurado nesta condição lamentável desde as nove da manhã. Ao meio-dia, após
três agonizantes horas, em vez de chegar o resgate divino, chegam trevas. Uma
escuridão sobrenatural. Parece que o sol desapareceu. Jesus fica ali sozinho,
abandonado, condenado pelo céu e pela terra. Você percebe que estas foram as
horas mais negras da História? Os lábios que haviam proferido bênçãos para
tantos, agora só podiam clamar: "Deus meu, Deus meu, por que me
desamparaste?" O Messias, o Médico, o Profeta, parecia esmagado sob a
crueldade da raça humana. Havia perdido a batalha. Enquanto tiravam Seu corpo
sem vida da cruz, seus seguidores pensavam: será que este era o Salvador do
mundo? Enquanto cruzavam Suas mãos dentro da mortalha que O envolvia, pensavam:
será que este foi o Criador de todos os seres viventes? Colocaram Seu corpo
frio e sem vida numa caverna, perguntando-se: Será que este é o Filho do Deus
eterno? E rolaram uma pedra para fechar a tumba, dizendo adeus a todas as suas
esperanças mais caras. Isto é uma tragédia. Isto é um desastre. Isto é ir até o
mais profundo desespero que alguém pode atingir. Você está começando a entender
o que a morte de Jesus Cristo realmente significou? Nada, nada poderia ter sido
pior! Nada neste mundo. As horas finais de Jesus foram as três horas mais
negras que este mundo já viveu, e para os discípulos de Jesus pareceram
irremediáveis. Nada poderia compensar esta tragédia. Sem Jesus, não havia mais
razão para viver. Estavam convencidos de que nada poderia acontecer para
reparar a morte do Mestre. Os discípulos não estavam nem um pouco preparados
para o maior retorno que este mundo já testemunhou. Seu desespero era grande
demais. Os inimigos de Cristo fizeram todo o possível para certificar-se de que
não haveria um retorno. Um soldado romano furou o lado de Cristo com uma lança,
e atingiu seu coração. Queria ter certeza de que não havia nenhuma vida. O
corpo foi selado numa tumba. Uma pedra fechou a entrada da caverna. Um guarda
romano foi colocado ali, como que para certificar-se de que o cadáver
obedeceria a penalidade da morte para sempre. Mas nada, nada, nada poderia ter
evitado o glorioso retorno de Cristo. Aquele cadáver de repente apareceu na
entrada da tumba. Não com fraturas ou sangrando, mas cheio de vida. Não pálido
ou mancando, mas glorioso e poderoso. Foram os soldados que caíram como mortos
pelo choque. A ressurreição de Jesus. Você se dá conta do que realmente
significa? Os discípulos não foram capazes de entende-la
por algum tempo. Era um retorno sensacional demais. Mesmo depois de descobrirem
a tumba vazia no domingo de manhã, mesmo depois de um anjo ter dito a duas
mulheres que Jesus tinha ressuscitado, mesmo depois que dois homens juraram ter
falado com Ele, a maioria dos discípulos simplesmente não conseguia aceitar.
Ainda estavam envolvidos na tragédia; não conseguiam superar a tristeza. Jesus
teve que entrar na casa deles; teve que pedir-lhes para tocarem Suas
cicatrizes; teve que comer um pedaço de peixe assado e dizer: "Sou eu, não
um fantasma." Somente então, finalmente, eles acreditaram. Jesus realmente
tinha retornado dos mortos. A maior de todas as tragédias transformou-se no
maior de todos os triunfos. Talvez você se lembre do dia em que os
norte-americanos que ficaram como reféns no Irã voltaram ao seu país. Pessoas
de todo o país e do mundo inteiro haviam esperado e orado durante 444 dias.
Finalmente, no dia em que os reféns foram libertados, um senso de júbilo tomou
conta da nação. Que retorno! Dava para sentir a alegria na cerimônia que a Casa
Branca realizou para recebê-los. Ronald Reagan, então presidente da república,
disse o seguinte: "Se minhas palavras fossem um sermão, usaria as palavras
do Salmo 126: "Ficamos como quem sonha. Então, a nossa boca se encheu de
riso, e a nossa língua, de júbilo. [...] Grandes coisas fez o Senhor por nós;
[...] estamos alegres." Se você ler com atenção o relato que os evangelhos
fazem da ressurreição de Cristo, poderá sentir este senso de júbilo. Na escura
sexta-feira havia apenas trovões, sangue e agonia. Ninguém era capaz de ver
nada além de rejeição, traição e desespero. Mas na manhã de domingo tudo mudou.
Jesus, a Luz do Mundo, estava brilhando no mundo outra vez. Não posso deixar de
pensar que você pode estar passando por uma sexta-feira negra em sua vida, um
momento de dor e desespero. Talvez você esteja sofrendo por um divórcio. Talvez
você esteja oprimido pela culpa e angústia de ver que seus filhos não têm
interesse pela religião. Talvez seja uma doença grave ou uma dor crônica. Não
sei que tristezas você está experimentando. Mas sei de uma coisa. Posso lhe
dizer com toda a certeza: agüente firme, amigo, pois
aí vem a manhã da ressurreição. Logo haverá para você uma manhã de alegria.
Você pode pensar que não existe qualquer possibilidade de volta. As coisas
foram longe demais. Preste atenção: Cristo retornou. Cristo voltou após o pior
desastre que este mundo já viu. Além disso, Jesus lhe oferece este mesmo tipo
de retorno. Deixe-me dizer-lhe exatamente porque
aquela terrível tragédia da sexta-feira tornou-se um grande um triunfo na manhã
de domingo. O livro de Hebreus nos conta que Jesus tornou-Se um homem para que
pudesse "passar pela morte no lugar de todos." Isto nos dá uma
importante dica para compreendermos aquelas três horas negras na sexta-feira.
Por que o melhor Homem que já andou nesta terra tornou-Se vítima do pior que o
homem é capaz de fazer? Ele morreu por todos. Por que o Homem que obteve mais
sucesso levando pessoas a Deus, foi abandonado por Seu próprio Pai Celestial?
Ele passou pela morte por todos. A trágica morte na cruz foi mais que uma
pessoa morrendo. Jesus experimentou o que é estar separado eternamente do Pai
como acontecerá com aqueles que serão destruídos no final dos tempos. Veja,
amigo, o que Jesus estava realmente passando durante aquelas horas escuras da
sexta-feira era a morte eterna, eterna separação de todos. Paulo explica em II
Coríntios 5: 21. Esta é uma passagem muito profunda do livro de Coríntios:
"Aquele que não conheceu pecado, ele o fez pecado por nós; para que nele
fossemos feitos justiça de Deus." Deus tornou-Se pecado por nós. Deus
experimentou a morte eterna por nós. Ele absorveu toda a culpa da raça humana,
toda a crueldade, todo o sofrimento, todo o desespero. Jesus permitiu que o mal
jogasse sua fúria em Sua própria carne e sangue. Não é de se admirar que
aquelas três horas tenham sido as mais negras da História. Todos os pecados do
mundo estavam nos ombros daquele Homem sofrido que estava sendo executado perto
de Jerusalém. Aquilo era muito injusto. Era desleal. O Cordeiro de Deus, sem
mancha, pagando o preço pelo pecado. Mas naquelas horas escuras, Deus criou
algo incrível: a partir do sangue, suor e lágrimas da cruz, Deus criou perdão e
redenção. Ele nos oferece Sua própria justiça como um dom. Como sabemos? Porque
a manhã da ressurreição chegou. Porque Cristo saiu da tumba em triunfo. Porque
Ele provou a Seus discípulos, sem a menor sombra de dúvida, que havia realizado
o maior retorno que já houve na terra. Todos nós nos tornamos, de uma maneira
ou de outra reféns, daquela terrível escuridão que escondeu o sol naquela
sexta-feira. Somos reféns de nossos hábitos e compulsões. Somos reféns da
apatia e egoísmo. Somos reféns do passado. Mas a morte e a ressurreição de
Jesus são um juramento solene de que cada um de nós pode ter um retorno. Você
pode ser um refém, mas Cristo pagou o preço por sua liberdade. Ele ofereceu a
Si mesmo como resgate. Ele não apenas espera placidamente que você consiga
superar a tragédia. Ele lhe oferece a oportunidade de fazer parte deste
retorno. Na verdade Ele nos promete que mesmo mortos
em nossos pecados, Ele pode nos levantar. Com Cristo teremos um lugar no céu.
Da morte espiritual para um lugar no céu. Isto sim é que é um grande retorno.
Parece bom demais para ser verdade? Parece uma fantasia religiosa? Permita-me
contar-lhe sobre um homem chamado Leon. Alguns anos atrás, a vida de Leon
estava se deteriorando rapidamente. Tinha problemas constantes no trabalho, não
conseguia controlar seu gênio e estava batendo na mulher. Leon também tinha um
grave problema com a bebida. Um dia ele chegou em casa e encontrou sua mulher
com outro homem. O que ainda restava de seu casamento acabou de desmoronar. Mas
Leon não aprendeu a lição. Apenas culpava a mulher insensível que o havia
abandonado. Começou a beber cada vez mais até chegar ao ponto de estar bêbado
quase todo o tempo. Durante um breve período de sobriedade, ele casou-se pela
segunda vez. Mas não demorou para seu alcoolismo destruir aquele relacionamento
também. Na cabeça de Leon mais uma mulher o tinha abandonado. Mais ou menos
nesta época Leon foi convocado pelo exército e enviado ao Vietnã. Servindo na
guerra tornou-se mais amargo do que jamais fora. Vira seus melhores amigos
morrerem naquele lugar. Ao voltar para sua casa, na Califórnia, o que sobrara
da vida de Leon desintegrou-se. Ele perdeu seu emprego, perdeu sua casa, perdeu
sua esposa, de novo, perdeu contato com a família. Leon tornou-se um daqueles
bêbados que vagam pelas ruas. Mas um dia ele conheceu uma viúva havaiana de
meia-idade que parecia gostar dele. Linda conseguiu ver potencial naquele
alcoólatra sujo e esfarrapado. Ela viu um profundo anseio sob aquela amargura,
então convidou Leon para voltar a Honolulu com ela. Lá eles começaram, por
incrível que pareça, a estudar a Bíblia juntos. O amor de Linda despertou
lembranças da infância de Leon, a respeito de um Pai Celestial amoroso e um
Filho que morrera na cruz. Ele fora criado num lar cristão e agora queria
redescobrir as boas novas que soubera no passado. Foi assim que este alcoólatra
derrotado começou a ensinar àquela mulher carinhosa tudo que sabia sobre a
Bíblia, tudo que sabia sobre Deus, e começou a estudar para poder ensinar mais.
Finalmente, Leon e Linda descobriram que o grande retorno de Cristo na cruz
significava que podiam começar a vida outra vez. Nunca conheci um casal que
tivesse sido tão deprimido, desanimado e derrotado como Leon e Linda, antes de
conhecerem a Cristo. Mas nunca conheci um casal cuja alegria irradiava tanto de
seus rostos como o deles, após terem conhecido a Cristo. Eles fizeram um
retorno impossível através da graça de Cristo. Há pouco tempo tive o privilégio
de realizar o casamento e o batismo deste lindo casal cristão. Faz quatro anos
que Leon não toca em nenhuma bebida alcoólica. Ele tem um emprego fixo de
metalúrgico. Estuda a Palavra de Deus com dedicação, e ele e Linda têm um
relacionamento muito amoroso e terno. Ao conversar com Leon, é difícil
acreditar que este rosto alegre e confiante no passado estivera afundado no
alcoolismo. Que ele fora um mendigo na sarjeta. Amigos, agradeço a Deus pelo
maravilhoso retorno que a cruz de Cristo torna possível. Cada um de nós pode
experimentá-lo. Cada um de nós pode ter um retorno ao compreender a morte e
ressurreição de Jesus e confiar de todo coração. A história da cruz é apenas
uma história para você? É apenas algo sobre o que cantar, algo sobre o que
orar, sobre o que ler? Ou a cruz o alcançou e transformou-o profundamente? Que
diferença a cruz faz em seu casamento? Que diferença faz em seus
relacionamentos no trabalho? Que diferença faz em sua vida emocional? Não estou
interessado nas interpretações complicadas e teológicas sobre a cruz, e sim no
impacto dela sobre a vida das pessoas. A morte e ressurreição de Jesus Cristo,
juntas, possibilitam o maior retorno da História. Você já o experimentou?
Amigo, você pode conhecer a incrível magnitude do perdão de Deus, olhando para
a cruz. Você pode conhecer a enormidade de Seu amor, olhando para a cruz. Você
pode conhecer o infinito valor que Deus dá a você, olhando para a cruz. Você
pode saber que há uma grande esperança em meio ao desespero, olhando para a
cruz. Coloque-se lá na cruz, e aceite o milagre do completo perdão. Comece a
olhar para a cruz de Cristo agora mesmo, amigo. Logo você será capaz de ver
pelos olhos da fé. Jesus o atrairá a Si. Ele começará aquele grande retorno em
sua vida. Dê-lhe esta oportunidade!
ORAÇÃO: Querido Pai, graças Te damos por Jesus Cristo,
Aquele que esteve disposto a suportar as terríveis horas de trevas da História
por amor a nós. Agradecemos-Te porque Ele fez o sacrifício, experimentando a
tragédia e o abandono que nós merecíamos. Agradecemos-Te pelo triunfo da
ressurreição. Aceitamos este incrível Salvador. Pedimos que Sua ressurreição
possa repetir-se em nossa vida. Entregamo-nos agora como estamos, em Tuas mãos.
Em nome de Jesus, amém
30
QUANDO A PALAVRA ATINGIU MOSCOU
Pr. Mark Finley
Hoje gostaria de levá-lo a um lugar onde a Palavra de Deus
está transformando uma sociedade inteira, começando pelo âmago de Moscou, o
Kremlin. Quero mostrar-lhe um povo que está faminto pelas verdades das
Escrituras, e que as absorve com um entusiasmo que nos deixa completamente
atordoados. Quando tive o privilégio de realizar reuniões evangelísticas no
Kremlin, na primavera de 1992, a coisa que mais me impressionou foi a fome que
estas pessoas demonstravam pela Palavra de Deus. Como expressei numa entrevista
para a Radio Nacional Russa, visualizei minha missão
naquele país em termos básicos e simples. O entrevistador perguntou-me porque havia ido até lá. Respondi-lhe que esta era a minha
terceira visita a Moscou. Tinha notado a grande fome espiritual do povo e o
grande desejo que tinham de conhecer a Deus. Por isto fui. Nossa tarefa
principal era satisfazer aquele desejo pela Palavra de Deus o mais rápido
possível. Cada noite as pessoas recebiam um cartão que era furado pelos
recepcionistas sempre que compareciam às reuniões. Uma vez que tivessem quatro
furos em seus cartões, ganhavam uma Bíblia grátis. Começamos a distribuir estas
cópias das Escrituras em russo na quinta noite. Centenas e centenas de pessoas
enfileiravam-se para ganhar suas Bíblias. Era uma coisa incrível vê-las no
saguão de entrada do local onde, por tanto tempo, se realizou as reuniões do
Partido Comunista. Muitas destas pessoas examinavam o livro como se fosse um
tesouro perdido há muito tempo, porque era exatamente isto que a Bíblia representava
para eles. Era um tesouro que havia sido perdido há várias gerações. Estas
pessoas estavam vendo as boas novas pela primeira vez. Era para elas uma
revelação tremenda. Pedimos que cada um fizesse mais uma coisa para receber a
Bíblia de graça. Pedimos que assinassem um compromisso de fazer um curso
bíblico em 24 lições, um curso que fora traduzido para o russo. Esta abordagem
foi desenvolvida como resultado de uma série evangelística anterior em Moscou.
Quando sugeri que déssemos as Bíblias gratuitas junto com as lições, os
pastores locais opuseram-se com veemência. Eles disseram: "- Mark, você
não conhece o povo russo. Eles vão tentar pegar duas, três, quatro ou cinco
Bíblias e depois vão vendê-las nas ruas. Se você começar a dar Bíblias sem cobrar,
perderá totalmente o controle da situação. Será um caos." Meus colegas
propuseram que cobrássemos 35 rublos por uma Bíblia. Isto equivalia ao trabalho
de um dia. Aquilo me cortou o coração. Não queria ir contra o conselho destes
pastores russos, mas como poderia cobrar o salário de um dia por uma Bíblia, de
pessoas que há 17 anos não tinham a oportunidade de ler uma Bíblia? Sabia de
cristãos naquele país que, por terem copiado à mão uma página ou duas das
Escrituras, foram mandados para a Sibéria, ficando presos durante anos. Estas
pessoas haviam sofrido durante tanto tempo. Como poderia lhes pedir dinheiro
pela Palavra de Deus? Conversei sobre isso com meus colegas pastores em Moscou,
e decidimos que falaríamos honestamente ao público sobre o nosso dilema.
Decidimos também desenvolver um compromisso escrito, um pacto entre o indivíduo
que estava recebendo a Bíblia, e seu Deus. Meu anúncio àquela platéia foi mais ou menos assim: "- Disseram-me que
não posso confiar em vocês. Que se eu lhes der Bíblias, vocês levarão três,
quatro ou mais e tentarão vendê-las. Que vocês têm mais desejo de ganhar algo
de graça, do que estudar as Escrituras." O auditório estava pasmo. Ficaram
estupetatos com minha franqueza. Mas continuei:
"- Eu acredito em vocês. Acredito que querem uma cópia da Bíblia para
estudarem em particular. E quero dar-lhes este presente." A esta altura a platéia de milhares de pessoas começou a aplaudir sem
parar. Seus corações foram tocados; acho que entendiam, como poucas pessoas, o
que significa receber um presente gratuito das boas novas da salvação. Então
expliquei que se eles viessem durante 4 noites seguidas, e assinassem um pacto
de fazer o estudo bíblico, nós daríamos, a cada um, uma cópia das Escrituras.
Perguntei-lhes: "Vocês gostariam de fazer isto?" Novamente milhares
de pessoas reagiram, dizendo "Da, da." Que significa 'Sim' em
russo." Aquele "sim" dos russos foi verdadeiro. Quatro mil
pessoas se inscreveram no curso bíblico. E completaram 77.000 lições no curto
período de três semanas. Estas pessoas estavam devorando a Palavra de Deus. A
Universidade de Moscou fez uma análise estatística e um estudo sociológico com
as pessoas que estavam vindo às nossas reuniões. Descobriram que 65% de todos
os lares representados não tinham uma Bíblia antes das reuniões começarem, mas
que 92% daqueles que ainda estavam indo às reuniões três semanas mais tarde,
estavam fazendo o curso bíblico. Encontrei esta mesma fome e o mesmo entusiasmo
cerca de um ano mais tarde durante nossa série evangelística no Kremlin, em
1992. Adotamos o mesmo plano, e distribuimos as
Bíblias da mesma forma. Estas pessoas completaram mais de cem mil estudos
bíblicos num pequeno período de tempo. Foi realmente
incrível. Acima de tudo, eu percebia a mesma avidez pelas boas novas naquela
multidão no Kremlin. A Bíblia é definitivamente o maior best
seller na Russia hoje, com
uma demanda que supera, em muito, a oferta. O anelo espiritual de inúmeras
pessoas, que ficou reprimido durante tanto tempo, irrompeu como uma poderosa
corrente de águas. A Palavra de Deus está inundando aquela sociedade. Dois
milhões de Bíblias foram distribuídas aos crentes em 1988 e 1989, e mais alguns
milhões chegaram às mãos de muitos no início dos anos 90. Não faz muito tempo,
numa feira de livros em Moscou, centenas de editores do mundo todo, estavam
apresentando seu material. Um editor cristão ofereceu Bíblias gratuitamente, a
qualquer pessoa que as quisesse, enquanto durasse o estoque. As pessoas
aguardavam na fila durante horas, para receber as milhares de Bíblias que
estavam disponíveis. Dizem que a longa fila se estendia bloqueando o stand de Madelyn Murray O'Hare, cheio de literatura que divulgava o
ateísmo. Como o ajuntamento atrapalhava a passagem para o stand, representantes
de Madelyn ficaram irritados e começaram a gritar com
o povo. Mas as pessoas responderam: "- Já tivemos muito ateísmo. Queremos
a Palavra de Deus." O desejo das pessoas na Rússia hoje, é estudar a
Bíblia e encontrar a Jesus Cristo. Nas reuniões do Kremlin, tivemos o privilégio
de testemunhar alguns impressionantes resultados do encontro de pessoas, que
tinham uma profunda fome espiritual, com o evangelho do Senhor Jesus Cristo.
Veja algumas destas experiências de jovens e adultos que encontraram a Jesus
Cristo. Um jovem engenheiro eletricista falou sobre sua reação às reuniões nas
seguintes palavras: "Senti que foi uma nova revelação. Nunca havia ouvido
uma mensagem assim antes. Antes eu entendia de assuntos técnicos; nada de arte
ou da Bíblia ou qualquer coisa parecida. Mas após estudar a Bíblia, comecei a
conhecer a mim mesmo e a História da humanidade muito
melhor." Perguntei à uma jovem cujo nome em
português significa "Fé", o que sua nova fé significa para ela:
"Jesus para mim significa paz. Ele é o fundamento onde posso encontrar apoio."
Um senhor etíope veio à Moscou fazer um doutorado, e perdeu sua fé no coração
do comunismo. Mas nossas reuniões evangelísticas o ajudaram a encontrar o
caminho de volta para Deus. Ele disse: "Estou muito agradecido do fundo do
coração por ter reconquistado minha fé em suas reuniões de julho aqui no mesmo
lugar onde a perdi. Estou muito feliz. Estou contente, obrigado. Durante dois
anos e meio não conseguia me concentrar em meus estudos; não tinha bons
resultados. Mas, graças à Jesus Cristo, durante os últimos sete meses tenho
tido resultados que não consegui com dois anos e meio de estudos. Estou muito
grato, muito, muito grato. Quero servir a Jesus Cristo se Ele permitir, e é
claro que Ele vai permitir." Um oficial do exército chamado Alex, que serviu
como professor na academia militar durante anos, me disse: "Três meses
atrás, antes de conhece-lo e começar a assistir estas
reuniões, minha alma estava cheia de dúvidas. Tudo mudou. Agora tenho um
objetivo na vida." Este ex-oficial russo agora
está recebendo ordens do Senhor Jesus Cristo. Que diferença a Palavra de Deus
faz nas vidas daqueles que a estudam. Paulo descreveu este poder muito bem em
Hebreus 4 verso12: "Porque a palavra de Deus é viva e eficaz, e mais
cortante do que qualquer espada de dois gumes, e penetra... juntas e medulas, e
apta para discernir os pensamentos e propósitos do coração." A Palavra de
Deus realmente foi uma espada que penetrou o Kremlin causando grandes mudanças;
Seus princípios verdadeiros ressoaram naquela que havia sido a fortaleza do
Império Soviético, e vidas foram transformadas. As palavras de Deus têm grande
poder criador. Deus disse o seguinte em Salmos 33:6 e 9: "Os céus por sua
palavra se fizeram e pelo sopro de Sua boca o exército deles. Pois falou ele, e
tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir." Quando Deus falou, a
escuridão foi expulsa pela luz. Sua Palavra trouxe vida a partir do nada. Ele
falou e a terra foi acarpetada com um verde vivo. Flores de todas as cores e
formatos e variedade cresceram e floresceram. Árvores frutíferas produziram uma
abundância de frutos. Quando Deus falou no Éden, apareceram os pássaros,
mamíferos e peixes. As sílabas que saem da boca de Deus têm poder criador.
Homens e mulheres que estudam a Bíblia com coração e mente abertos, descobrem
que sua vida é totalmente transformada. Tive um vislumbre inesperado de como as
verdades da Bíblia podem penetrar a vida humana enquanto estava dando uma
entrevista no programa televisivo "Boa Noite Moscou." Este é um dos
programas mais assistidos na Rússia. A entrevistadora do programa é uma das
personalidades mais conhecidas da televisão do país. Enquanto estava esperando
no estúdio, um dos produtores disse: "- Sr. Finley,
o senhor é um pastor, não é?" Eu respondi: "- Sim." "- O
senhor às vezes faz aconselhamento?" "- Claro!" - disse eu. O
produtor então me disse: "- A entrevistadora está muito preocupada hoje.
Ela teve alguns problemas pessoais na família, e seu coração está sofrendo
muito por tudo que aconteceu. O senhor poderia lhe dar algumas palavras de
ânimo?" Silenciosamente pedi a Deus que me capacitasse a ajudar aquela
mulher a encontrar a paz. Eu queria dizer as palavras certas para lhe dar
esperança e ânimo. Estava quase na hora do programa e a entrevistadora ainda
não havia chegado. Perguntei-me se ela estaria tão atormentada que não viria
trabalhar naquela noite. Segundos antes de nossa entrevista ela entrou no set e
disse: "- Sr. Finley, é um prazer conhecê-lo,
mas agora é hora de começarmos o programa." Notei que seus olhos estavam vermelhos.
Rapidamente o pessoal da televisão arrumou seu cabelo e aplicou um pouco de
maquiagem. De repente as câmaras estavam posicionadas. Estávamos no ar, ao
vivo. Infelizmente não havia tido tempo para dizer qualquer palavra de
conforto. Ela fez algumas perguntas sobre as reuniões que estávamos realizando
e sobre o impacto do Evangelho no povo de Moscou. Em seguida, quase
espontaneamente, ela disse: "- E se alguém viesse até o senhor pedindo
conselho? E se esta pessoa estivesse cheia de amargura e raiva por causa de
problemas familiares terríveis. Como o senhor ajudaria esta pessoa?"
Percebi imediatamente que esta não era apenas uma pergunta acadêmica. Esta
mulher estava abrindo seu coração para mim, diante de 35 milhões de
telespectadores. Ela estava muito magoada, e precisava de ajuda. Então,
respondi da melhor forma que podia. Falei de como o sofrimento emocional é
real, e da raiva que aumenta dentro de nós quando somos magoados por alguém.
Enfatizei que negar isto é destruir nossa saúde espiritual. Depois citei
algumas verdades da Palavra de Deus. Falei sobre Jesus, Aquele que foi traído
por Seus amigos, rejeitado pelas pessoas por quem veio morrer. Aquele que
enquanto estava sendo crucificado, Suas mãos furadas
por cravos e uma coroa de espinhos colocada em sua cabeça à força, sangue
escorrendo por seu rosto e uma lança furando seu corpo, disse: "- Pai,
perdoa-lhes porque não sabem o que fazem." (Lucas 23:34) Ao descrever o
poder de cura de Jesus àquela mulher, enquanto milhões de russos estavam assistindo
e ouvindo, senti que o Espírito de Deus desceu àquele estúdio de televisão.
Senti que o próprio Cristo estava oferecendo Seu perdão e Sua graça; que o
Grande Médico estava tratando de toda aquela amargura e ressentimento. Ao final
do programa, a entrevistadora estava muito comovida. Começou a chorar e teve
que sair do set. Depois que ela saiu, a diretora do programa veio falar comigo
e disse: "- Durante sua resposta sobre a amargura e raiva, os cameramen começaram a chorar, os
iluminadores e sonoplastas também estavam chorando. Há uma atmosfera diferente
neste lugar hoje." Logo a entrevistadora voltou e expressou sua profunda
apreciação pelo amor de Cristo, que pode dar o perdão. E ali, naquele estúdio,
no coração da Televisão Nacional Russa, nós nos juntamos num círculo e oramos
de mãos dadas. Pedimos ao Senhor para dar paz e curar o interior de cada um.
Depois tirei uma Bíblia em russo da minha pasta, e ofereci à entrevistadora.
Pedi-lhe que começasse a ler os Salmos, que já trouxeram paz a inúmeras pessoas.
Enquanto citava o Salmo 91, percebi que ela ficou muito emocionada. Salmo 91:1
e 2 diz: "O que habita no esconderijo do Altíssimo, e descansa à sombra do
Onipotente, diz ao Senhor: 'Meu refúgio e meu baluarte, Deus meu, em quem
confio.'" Disse àquela mulher que Cristo é um refúgio poderoso. Eu disse a
ela: "Você pode confiar nEle. Você pode correr
para a segurança de Seus braços." Ela estendeu a mão e segurou minha mão e
disse: "- Hoje à noite vou à igreja. Hoje eu preciso encontrar esta paz e
segurança que só Cristo pode dar." A Palavra de Deus, mais afiada que uma
espada de dois gumes, penetrando corações e mentes. Eu vi isto, como nunca
havia visto antes, durante aqueles dias inesquecíveis em Moscou. A Escritura é
verdadeiramente um instrumento vivo nas mãos de Deus; ela cria
nova vida. Você pode ver isto acontecer; eu pude vê-lo no rosto dos
cidadãos moscovitas que ouviram as boas novas. Pode ver em seus olhos. Você já
descobriu pessoalmente o que as pessoas de Moscou descobriram? Você conhece o poder
vivo e recriador da palavra de Deus? Muitos de nós, no ocidente, não temos dado
muito valor às Escrituras. A Bíblia sempre esteve acessível. É como se fosse
parte de nossa cultura. Mas a Bíblia não nos transforma apenas como parte de
nossa cultura. Não penetra. Temos que estudá-la com o coração e a mente
abertos. Temos que ter a mesma fome que aquelas pessoas da Rússia demonstraram
ter. Você gostaria de fazer um compromisso, um concerto com Deus, como o pacto
que as pessoas fizeram naquelas reuniões evangelísticas? Você gostaria de
decidir ler a Palavra de Deus a cada dia, e fazer dela o ponto de partida de
cada dia? As palavras da Bíblia podem parecer não prender mais sua atenção. Mas
o Espírito pode fazê-las novas e penetrantes outra vez. Dê uma chance a Deus.
Dê à Sua Palavra a chance de iluminar a sua vida para que seu brilho ilumine
aqueles que estão ao seu redor.
ILUMINE AO SEU REDOR Letra e música:
Chris Rice Há uma vela em todos nós que foi criada pra iluminar. O Santo
Espírito que traz o fogo, Acende a vela e a faz
brilhar. Coro Estenda a vela na direção De quem não
sabe o que é amor. Segure a vela, levante a mão, Ilumine
ao seu redor, Ilumine ao seu redor! Há quem pretenda com seu poder
Fazer sua vela iluminar. Mas sem o fogo do Santo Espírito A vela nunca
irá brilhar. Se a sua vela já tem a luz, Não deixe o
fogo se apagar. Pedindo a Deus, que por Jesus, Sua vela esteja sempre a
brilhar. Gravado por Sonete no MMCD 9803 do Ministério
Está Escrito
ORAÇÃO Querido Pai que estás nos céus, alguns de nós podem
estar sentindo-se um pouco envergonhados agora, pela maneira como
negligenciamos o tesouro que está tão perto, e às vezes tão longe. Não temos
dado valor à Tua Palavra. Torne a Bíblia nova para nós hoje. Ajude-nos a
experimentar seu poder transformador. Queremos dedicar tempo ao estudo das
Escrituras todos os dias. Em nome de Jesus, Amém
31
TEMPO DE AGIR
Pr. Mark Finley
Dizem que os hipocondríacos nunca devem ir a conferências
médicas ou ler livros médicos. Invariavelmente, essas pessoas parecem ficar
aflitas com qualquer descrição de doença que ouvem. Certo homem foi ouvir uma
palestra sobre doença dos rins. Imediatamente depois, ligou para seu médico. O
médico tentou explicar-lhe que não havia nada de errado em seu corpo e que ele
não tinha esse tipo de doença. "Eu sei que tem," disse o homem,
"tenho todos os sintomas!" Provavelmente temos ouvido histórias sobre
hipocondríacos - pessoas que sofrem de doenças imaginárias, e vivem correndo
atrás da cura. Vivem sempre perseguindo uma nova vitamina milagrosa ou alguma
erva mágica. Bem, pessoas podem cair num estado mental similar, quando procuram
coisas espirituais. Alguns podem ser hipocondríacos religiosos. Deixe-me
explicar. Pessoas assim, estão sempre falando de seus sintomas, sempre falando
de seus pecados e parecem nunca encontrar a cura. Hipocondríacos religiosos
sempre procuram uma cura mágica. Deve haver algo para tirá-los do problema.
Ficam observando. Freqüentemente vão a uma igreja,
depois a outra e outra mais. Vão de igreja a igreja, de ministro a ministro, de
doutrina a doutrina, procurando um milagre completo. Querem descobrir algum
texto mágico da Bíblia que os tire das trevas. Querem encontrar uma fórmula religiosa
que funcione sempre. Mas sua religião parece não funcionar. Alguma coisa parece
iludi-los. Será que a Bíblia nos dá uma resposta para esse problema? Há uma
coisa que os hipocondríacos religiosos nunca fazem. Podem investigar tudo sobre
a teoria religiosa; podem esperar que Deus atue de várias maneiras; podem
parecer muito sérios; mas continuam evitando alguma coisa. Certa vez, Jesus
falou disso numa parábola. É a história de um construtor prudente e um tolo,
registrada no sétimo capítulo de Mateus. Jesus disse em Mateus 7:24 e 25:
"Todo aquele, pois, que ouve estas minhas palavras e as pratica
será comparado a um homem prudente que edificou a sua casa sobre a rocha; e
caiu a chuva, transbordando os rios, sopraram os ventos e deram com ímpeto
sobre aquela casa, que não caiu, porque fora edificada sobre a rocha."
Jesus falou sobre os que ouvem Suas palavras, mas não praticam. Essas pessoas,
disse Ele, são como o homem tolo que construiu sua casa na areia. E desceu a
chuva; a inundação veio; o vento soprou - e aquela casa foi varrida. Aqui
aparecem dois quadros. O quadro de uma vida estável - uma casa construída na
rocha, e o quadro de uma vida instável - uma casa construída na areia, que
desmorona ao enfrentar durezas. O que faz a diferença? Jesus diz que PRATICAR
suas palavras faz diferença, FAZENDO algo em resposta a Seus ensinos. Não é uma
questão se ADMIRAMOS o que Jesus diz ou não. Não é uma questão de apreciar ou
repetir o que Ele diz. Não é uma questão de acreditar no que Ele diz. Não,
amigo, é PRATICAR as palavras de Cristo que faz a diferença. É a diferença
entre uma vida estável e segura e uma vida levada pela tempestade. O que Jesus
está tentando focalizar aqui, é a liberdade de ação, a liberdade de dar um
passo na direção certa. É isto que Tiago tinha em mente quando escreveu que não
são os ouvintes da lei que são santificados, mas os observadores da lei. (Tiago
1: 22-25). Esta é uma coisa que os hipocondríacos espirituais não fazem. Estão
ansiosos para ouvir sobre alguma verdade nova, uma nova solução. Estão ansiosos
para ponderar e discorrer sobre princípios espirituais. Mas dar um passo real,
responder com ação - isso eles não fazem. Era o que acontecia com Benjamim, o
hipocondríaco físico. Ele foi pela Europa, procurando uma cura após outra. Mas
quando precisou AGIR seguindo os conselhos dos médicos, aí ele caiu fora. Sempre encontrava uma desculpa para fugir do
exercício prescrito para ele. Sempre encontrava algum defeito no tratamento que
ele supunha estar seguindo. Amigo, não há substituto para o AGIR. É uma verdade
na saúde física e na espiritual também. Santificados são os que PRATICAM as
palavras de Cristo. Agora, precisamos dar mais um passo. Agora, precisamos
experimentar o poder liberando a AÇÃO. Porque se não,
nossa religião não suportará a pressão. Ela será varrida quando vier o
vendaval. Deixe-me falar sobre uma das formas de praticar as palavras de Cristo
e ter fé mais estável na vida. O Sr. Marcos havia sido designado para o pior
dormitório de um colégio cristão. Ele trabalharia como preceptor ali e achava
que o trabalho era talhado para ele. Parecia, porém, que todo perturbador, todo
descontente, todo rebelde havia ido para aquele dormitório. Ele era uma
incrível bagunça. O que mais perturbou o Sr. Marcos, entretanto, é que todos
ali reclamavam. Todos reclamavam de alguma coisa. Ninguém estava feliz.
"Professor, roubaram meus sapatos." "Professor, os rapazes do
outro quarto estão fazem bagunça." "Professor, meu colega continua
colocando coisas em minha mesa." Era um fluxo constante de reclamações no
escritório e o Sr. Marcos não podia resolver todos os problemas. Um dia, ele
estava lendo Mateus, e um verso em especial chamou-lhe a atenção. Jesus disse em
Mateus 18:15: "Se teu irmão pecar contra ti, vai argüi-lo
entre ti e ele só. Se ele te ouvir, ganhaste a teu irmão." O Sr. Marcos
resolveu fazer algo com base nesse verso. Ele queria ver o que aconteceria se
os rapazes PRATICASSEM as palavras de Cristo. Assim, reuniu todos e instituiu
uma nova regra. Cada um deles, daí em diante, antes de vir a ele com uma
reclamação, deveria primeiro falar com a pessoa de quem iria reclamar. Teria
primeiro de tentar resolver o problema, em particular, diretamente com a pessoa
que o estava perturbando. Durante os próximos dias, O Sr. Marcos ficou atento
para ver o que aconteceria. A princípio, ele tinha receio de que "ir falar
com o irmão" provocasse muitos confrontos. Ao invés disso, ele começou a
notar que o dormitório estava mais quieto. Ninguém mais batia à sua porta com
reclamação. O Sr. Marcos observou alguns estudantes e descobriu que, sim, eles
estavam colocando em prática as palavras de Cristo. Os resultados foram
maravilhosos. Todos os conflitos eram rapidamente resolvidos porque estavam
indo diretamente a seus irmãos. Os alunos do pior dormitório continuaram
PRATICANDO as palavras de Cristo e puderam ver bons resultados. De fato, no fim
do ano, esse dormitório foi o modelo em relação ao restante da escola. O pior
lugar do colégio tornou-se o melhor. O Sr. Marcos mostrou-nos o que acontece
quando PRATICAMOS as palavras de Cristo. O Espírito Santo pode realmente
transformar as coisas. Transforma o velho comportamento em novo. Aqueles
estudantes deixaram o hábito de reclamar de tudo. Substituíram isso por algo
melhor. Às vezes, precisamos entregar alguma coisa para Deus; às vezes
precisamos deixar o velho para pegar o novo. Precisamos agir decisivamente.
Podemos fazer algo dizendo: - Entrego isto em obediência a Jesus. Era isso que
Jesus tinha em mente quando deu a ordem em Mateus 18 verso 8: "Portanto,
se a tua mão ou o teu pé te faz tropeçar, corta-o e lança-o fora de ti; melhor
é entrares na vida manco ou aleijado do que, tendo duas mãos ou dois pés, seres lançado no fogo eterno." O que Jesus estava dizendo?
Confundindo, palavras confusas? Ele está dizendo: "Liberte-se daquilo que
o mantém preso, continue tentando. Quebre isso de algum modo. Aja
decisivamente." O importante de tudo é darmos o primeiro passo porque o
Espírito Santo valoriza nossas ações; Ele nos motiva e pode criar inteireza
espiritual em nossa entrega. Agora, vamos à segunda forma para PRATICAR as
palavras de Cristo. Vou contar o que aconteceu com Benjamim, o hipocondríaco
que percorreu toda a Europa em busca de cura. Um dia, esse homem ficou aos
cuidados de um médico cristão, Dr. Paulo Tournier. Dr. Paulo descobriu
rapidamente que Benjamim construíra sua vida com doenças - reais ou
imaginárias. Mas, Ele não tentou persuadi-lo de que nada havia de errado com
ele. Isso somente provocaria argumentos e Benjamim sabia argumentar muito bem.
Pelo contrário, Dr. Paulo tentou chegar à raiz dos problemas desse homem. Ele
achou que era algo de origem espiritual. A princípio, Benjamim não demonstrou
interesse por religião. Sua preocupação com doença havia superado qualquer
outra coisa. Assim, o Dr. Paulo pediu-lhe que falasse sobre sua vida. Logo,
Benjamim mencionou algo que o havia afetado profundamente - a morte de seu
filho. Não muito depois do nascimento da criança, sua esposa havia levado o menino
para o exterior para visitar os avós. Ficaram lá um bom tempo. Então chegou a
hora de voltar. Benjamim escreveu dizendo que gostaria que sua esposa voltasse
só. Convenceu-a a deixar a criança com os avós. A esposa consentiu, mas eles
nunca voltaram a ser uma família. Depois de algum tempo, a criança adoeceu
gravemente e, apesar de tudo o que os avós fizeram, o menino morreu. Quando
ficou sabendo da notícia, Benjamim teve um colapso nervoso e foi internado num
sanatório. Parece que muitos dos problemas médicos começaram nesse período. Aí
estava a raiz de tudo. O Dr. Paulo percebeu que esse hipocondríaco físico
poderia ser um hipocondríaco espiritual disfarçado. Estava sempre procurando
uma grande cura. Corria de um lado para outro, mas estava sempre longe da real
solução espiritual. Na visita seguinte, o médico perguntou se podia falar
francamente. Foi então que ele disse a Benjamim: "A causa de seu problema
é a morte de seu filho. Você teria sido capaz de agüentar
esse golpe, se ele não fosse acompanhado por seu senso de culpa. Você se sente
culpado por ter deixado a criança com os avós. Desde então você está tentando
fugir de você mesmo, num esforço para fugir do senso de culpa." Enquanto
falava, Dr. Paulo notou que Benjamim parecia estar concordando. Ele parecia
pronto a dar uma solução. Então Dr. Paulo disse simplesmente: "Não há peso
na vida de um homem, que não possa ser removido por Jesus Cristo." Foi
assim que esse médico cristão começou a cuidar desse caso perdido, com fé em
Cristo, levando-o a experimentar o perdão genuíno. O Dr. Paulo também começou a
ensinar a Benjamim como ouvir a Deus, como se comunicar com Ele através da
oração e do estudo da Bíblia. Esse médico ainda fez algo mais. Ensinou aquele
homem como responder a Deus, como PRATICAR as palavras de Cristo. Veja o ele
fez: Dr. Paulo disse a Benjamim que ele estava numa encruzilhada e que ele
tinha que fazer uma escolha muito importante na vida. Um caminho era continuar
indo de clínica em clínica. Benjamim iria continuar experimentando outras
pessoas, outras drogas. Esse era o caminho mais fácil. "O outro caminho é
bem mais difícil," disse Dr. Paulo. "É o caminho de Jesus Cristo. Se
você tomá-lo, você deve aceitar o que vier, levar sua cruz, enfrentar a vida,
até em meio à dor. Esse caminho requer uma mudança de coração. Mas você não irá
só; ao segui-lo, sentirá que Cristo estará sempre ao seu lado." Benjamim
começou a pensar nos anos vividos, na vida miserável que levava e decidiu que
deveria tomar um novo caminho. Ele olhou diretamente nos olhos do Dr. Paulo e
disse: "Eu quero escolher o caminho mais duro. Mas preciso de ajuda."
Bem, Dr. Paulo e Benjamim começaram a ouvir a Deus juntos. O médico cria que
Deus mostraria àquele homem cada passo que ele deveria dar. Um dia, durante o
devocional, Benjamim entregou ao Dr. Paulo um pedaço de papel onde ele havia
escrito estas palavras: "Estou doente porque só penso em mim. Preciso
praticar um ato de amor." Finalmente, a verdade estava operando - a
liberação do poder de ação. Dr. Paulo rapidamente
perguntou: "Para quem quer fazer isso?" Benjamim respondeu:
"Para minha esposa." "Quando?" ele perguntou.
"Agora," foi a resposta. Benjamim decidiu escrever uma carta a sua
esposa. Havia três meses que não se comunicava com ela. O relacionamento estava
estremecido depois da morte da criança. Na carta, Benjamim exprimiu sua afeição
por ela. Ele perguntou-lhe se o perdoava por ter sido duro com ela e por
havê-la desapontado. Ele disse que esperava viver novamente com ela para
fazê-la feliz. Finalmente, Benjamim contou-lhe sobre o novo relacionamento que
desenvolvia com Deus. Já não estava falando sobre problemas médicos. Estava
falando sobre a nova vida que esperava iniciar. Foi assim que Benjamim venceu
sua longa batalha. Foi como escapou da armadilha da hipocondria. Benjamim
tornou-se um adulto saudável, ativo e estava pronto a recomeçar um
relacionamento feliz com sua esposa. Benjamim deu um passo essencial: "Eu
preciso praticar um ato de amor." Ele percebeu instintivamente que isso o
conduziria à liberdade espiritual. A maneira definitiva como podemos PRATICAR
as palavras de Cristo é SUBSTITUIR o velho por algo melhor. Não é suficiente
dizer NÃO à velha vida. Precisamos começar dizendo SIM a algo melhor.
Precisamos substituir os velhos hábitos por novo comportamento. Benjamim
percebeu que precisava substituir seu egoísmo por um cuidado especial por outra
pessoa. Ele expressou amor de modo específico. Seu ato de amor o empurrou para
fora da auto-piedade. Paulo
resumiu esse princípio nitidamente em Romanos 12: 21: "Não te deixes
vencer do mal, mas vence o mal com o bem." Vencer o mal com o bem.
Substituir o velho por algo melhor. Todas as nossas respostas a Deus devem ter
algo essencial: distribuir amor, amor tangível, amor expresso em ação. Você tem
percebido que sua religião não está indo bem ultimamente? Tem a impressão de
que deveria ser diferente do que é? Por favor, lembre-se do poder libertador de
PRATICAR as palavras de Cristo. Não procure outra solução. Não caia na
armadilha da hipocondria - sempre absorvido com problemas, mas nada fazendo a
respeito, nunca dando o passo necessário. Na vida, há momentos quando chegamos
a uma encruzilhada. Há momentos de oportunidades. Podemos responder a Deus
quando Ele nos diz o que fazer. Podemos dar o passo certo. Deus quer dar-nos
liberdade. Não deixe este momento passar. Não deixe esta oportunidade escapar.
O que Deus está dizendo para você fazer agora? Ouça a voz de Deus.
ABRIGO EM MEIO AO TEMPORAL Melodia: Tradicional / Arr. Walt
Harrah Encontrei, sim eu encontrei a Rocha da
salvação. Jesus a Rocha eterna é, abrigo em meio ao temporal. Estarei seguro
por onde eu andar, Seguro em meio ao temporal. Coro: Eu sei que em Jesus posso
encontrar, Sim encontrar sempre que precisar, Eu sei que em Jesus posso
encontrar, Abrigo em meio ao temporal. Encontrei, sim eu encontrei a Rocha da
salvação. Vou noite e dia confiar nesse abrigo que não vai faltar. Eu não
temerei, pois vou estar, Seguro em meio ao temporal. Se o vento da aflição
soprar, E o mar então se enfurecer. Eu sei que salvo estarei No abrigo do meu
bom Jesus. Sim Cristo meu Senhor é o abrigo, Ele é minha rocha contra o mal. Eu
sei que em Jesus posso encontrar, Abrigo em meio ao temporal. Encontrei, sim,
eu encontrei a Rocha da salvação. Gravado por Arautos do Rei no MMCD 9801 de A
Voz da Profecia.
ORAÇÃO: Querido Pai, obrigado por agires em casos perdidos.
Queremos responder-Te agora. Sabemos que pode haver algum passo difícil que
precisamos dar, mas queremos dá-lo agora. Neste momento, abre-se uma nova vida
diante de nós. Ajuda-nos a experimentar o poder liberador da AÇÃO. Em resposta
ao chamado de Cristo, nos entregamos a Ele como nosso
Senhor e Salvador. Amém.
32
VIVENDO COM ESPERANÇA
Pr. Mark Finley
O mundo estava enlouquecido em 1942. Hitler transformava a
Europa num grande campo de batalha. Os japoneses corriam de uma ilha para outra
no Pacífico. A América estava envolvida no grande conflito. Em todo lugar
fábricas produziam materiais bélicos. Em todo lugar, os jovens estavam vestidos
em uniformes. Raymond e Frances, eram recém casados e
moravam em Nova Orleans, tentando construir sua nova vida naquele mundo
conturbado. Raymond logo iria servir no Pacífico. Mas antes de embarcar para a
guerra, ele e sua esposa fizeram uma descoberta que iria mudar-lhes a vida, uma
descoberta que os faria viver em um mundo bem diferente. Raymond e Frances
tiveram muita sorte de achar um apartamento para alugar. Em 1942, Nova Orleans
estava cheia de soldados procurando lugar para ficar antes de irem para a
guerra. Raymund logo conseguiu um emprego temporário
em um clube. Assim ele pode levar a jovem esposa para um apartamento de um
quarto num prédio que servia como sede regional do exército da salvação. Foi
ali que começaram a planejar sua vida a dois - para sempre. Enquanto a sombra
da guerra envolvia lentamente o mundo, Raymond sabia que era uma questão de
tempo, e logo iriam mandá-lo para o terror no Pacífico. Ele era escrevente
chefe da marinha. Um dia, o casal ouviu sobre um estudo bíblico que estava
começando no prédio. Foram convidados por alguns vizinhos e decidiram assistir.
O estudo era ministrado por um pastor italiano chamado Calderoni. Raymond e
Frances jamais sonharam com as incríveis descobertas que fizeram. Afinal de
contas, eles vieram de lares cristãos. Sabiam muita coisa da Bíblia, embora
religião não fizesse parte significativa da vida deles, pelo menos iam freqüentemente à igreja aos domingos. O pastor Calderoni,
porém, começou explicando algumas profecias de Daniel e Apocalipse. De repente,
a Bíblia tornou-se como um livro novo para eles. Os profetas olharam através da
história e viram a seqüência dos reinos: Babilônia,
Medo-Pérsa, Grécia e Roma. Previram a sucessão dos
impérios milhares de anos antes de surgirem e caírem. Os profetas haviam
predito também a queda de cidades específicas como Tiro e Babilônia.
Descreveram exatamente o que seria delas milhares de anos no futuro. Raymond e
Frances sentiam crescer o entusiasmo enquanto ouviam mais sobre Daniel e
Apocalipse. Surpreenderam-se exclamando: "A Bíblia é verdadeira! É
realmente a Palavra de Deus!" Esse casal sentia como se descobrissem o
mundo pela primeira vez. O mais surpreendente, porém, foi descobrir como todas
as profecias bíblicas apontavam para um clímax final. Havia um grande evento
para onde tudo convergia. Era o segundo advento de Jesus Cristo. Raymond e
Frances já haviam ouvido sobre a segunda Vinda de Cristo. E criam que ele
voltaria à Terra. Mas fora sempre visto como algo muito vago, algo muito
distante, algo que você ouve, mas não presta atenção. Mas agora, eles começaram
a perceber o verdadeiro sentido da segunda vinda. Deus realmente viria
interromper a história humana. Viria para dar um mundo inteiramente novo. O
pastor Calderoni mostrou como a Bíblia descreve eventos detalhados em torno da
segunda vinda. Falou sobre sinais que precederão a vinda de Cristo. Falou
exatamente como virá e como as pessoas reagirão ao acontecimento. Raymond e
Frances ficaram fascinados pela bíblia. Ficaram fascinados com o que a Bíblia
dizia sobre o assunto. E perguntavam um ao outro, constantemente: "Por que
ninguém nos falou sobre isso antes? Está tudo certo na Bíblia! Por que não
ouvimos antes sobre isso?" Lentamente, a segunda vinda de Cristo começou a
ser real para eles - uma esperança real, como diziam os escritores do Novo
Testamento. A segunda vinda de Cristo era tão real como os acontecimentos que
envolviam o mundo. Era tão real como o avanço da Alemanha. Tão real como os
ataques aéreos a Londres. Tão real como as grandes batalhas navais no Pacífico.
Todos esses eventos terríveis dominavam as pessoas. Todos falavam sobre eles.
Mas havia outro evento que dominava as Escrituras. Havia outra perspectiva que
dominava a Bíblia. Cristo estava vindo outra vez trazendo o fim da guerra, do
sofrimento, da separação e da morte. Raymond e Frances sentiam que algo
grandioso aconteceu com eles ao assimilarem a realidade da segunda vinda. Algo
aconteceu na vida pessoal e no casamento deles. Haviam começado a estudar a
Bíblia juntos, com devoção. Jamais tinham feito isso antes. A Bíblia era apenas
algo que levavam à igreja, algo previsível. Mas agora era como um livro novo.
Eles estavam aprendendo tanto! Estavam compartilhando. Estavam orando juntos.
Estava atraindo um para o outro. Freqüentemente, ao
cair da tarde, Raymond e Frances caminhavam no terraço do prédio. Podiam
contemplar os edifícios do centro de Nova Orleans. Às vezes, Raymond tomava seu
violão e tocava algumas canções. Sentiam sempre a maravilhosa sensação de uma
perspectiva especial na vida deles. Eles não haviam sido alcançados de repente.
Eles não foram alcançados no mundo mau de guerra total. Faziam parte do melhor
plano de Deus. Ele estava perto deles. Tinham também a sensação de que Deus
cuidaria de tudo. Não haveria problema muito grande para Ele. Aliás, sempre Ele
havia guiado toda a história e com certeza o mundo todo ultrapassaria a guerra
porque haverá um grande e final acontecimento. Raymond e Frances haviam,
inesperadamente, descoberto uma religião que funcionou. E uma religião que
funciona faz uma diferença dramática na vida da pessoa. Antes, a fé cristã era
algo colocado em último plano. Agora, era a grande paixão da vida deles. Eles
queriam partilhar essas boas novas com todos os parentes a amigos. Todos tinham
de saber. A chave desse tipo dinâmico de religião foi a redescoberta da segunda
vinda de Cristo. Hoje, gostaria de falar sobre um componente final de uma
religião que funciona de fato. Gostaria de explicar porque
uma compreensão da segunda vinda de Cristo pode tornar nossa fé mais dinâmica e
poderosa. Agora, como a segunda vinda de Cristo fará diferença em nossa vida
diariamente? Pode não parecer tão relevante a princípio. De fato, você pode
pensar que preocupar-se com o Apocalipse ou com o fim não é muito saudável.
Bem, vamos tentar ver como o Novo Testamento aborda o assunto. Vamos dar uma
olhada nas palavras de Cristo e a perspectiva do apóstolo Paulo. Paulo faz uma
dissertação sobre a vida cristã em sua epístola. Vemos isso em Tito 2: 11 e 13:
"Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens,
educando-nos para que ... Vivamos, no presente século, sensata, justa e
piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação do nosso grande Deus e salvador Cristo Jesus." Que
maravilha! A segunda vinda de Cristo é chamada de "a bendita
esperança", no Novo Testamento. É algo maravilhoso para esperar, algo
glorioso. Sabe por quê? Quando aguardamos algo grandioso, é muito fácil
esperar. Ver essa meta no fim do caminho dá-nos energia para perseverar na
jornada. Em outras palavras, ter uma bendita esperança em nosso coração,
ajuda-nos a viver piedosamente no presente. Dá-nos paciência. Paulo expressa
esta idéia em Hebreus:12:1 e 2: "... Corramos,
com perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o
autor e consumador da fé, Jesus..." Outra tradução diz: "fixando os
olhos em Jesus". É assim que corremos a carreira com sucesso - fixando o
viver de Cristo com firmeza de mente. Ele não é só um bom homem na história.
Ele é o Deus que voltará à Terra de novo. Ele é o grande evento para o qual
tudo aponta neste mundo. O estímulo da realidade da segunda vinda de Cristo faz
Jesus vívido em nossa mente. Muda nossa perspectiva. Foi isso que aconteceu com
Raymond e Frances. Eles sentiram que sua vida cristã renascera. Para muitas
pessoas, a vida cristã é uma luta cruel. Vivem tentando carregar o grande fardo
de uma vida justa até o fim. Não foi isso que Deus planejou para nós. Ele
deu-nos algo maravilhoso para aguardar. Que nos dá energia, que nos dá
paciência. A segunda vinda de Cristo é, além de tudo, um projeto alegre. Será
aquela grande reunião com Cristo. Algumas pessoas, infelizmente, perdem de
vista esse fato. Estão completamente equivocados ao calcular os sinais que
apontam para o fim. A mente deles se fixa nos desastres, nas catástrofes e nos
crimes hediondos que mostram que este mundo está no fim. Amigo, é possível
perder de vista o Cristo vivo no meio dos sinais. Omitimos o evento para o qual
todos apontam. É fixando nossos olhos em Jesus, que nos dá ânimo. Nunca
esqueçamos isso. É assim que conseguimos paciência para perseverar até o fim.
Agora, vejamos a segunda coisa que a segunda vinda pode fazer por nós
diariamente. Essa compreensão nos vem do apóstolo João. Falando do glorioso
retorno de Cristo à Terra, ele diz em I João:3:2 e3: "... Sabemos que
quando Ele se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-lo
como Ele é. E a si mesmo se purifica todo o que nele
tem esta esperança, assim como Ele é puro." As pessoas que têm a esperança
de ver a Cristo, as pessoas que querem ver Jesus quando vier outra vez, fazem
uma coisa: purificam-se a si mesmas, como Cristo é puro. Agora, pense nisto um
momento, amigo: O que quer dizer tornar-se mais puro? Será que não temos que ir
fundo no que é essencial? Você quer ouro puro? Então retire o material de baixo
valor misturado nele. Você quer leite puro? Então livre-o de qualquer
contaminação. Assim, tornar-se puro é realmente extrair todo o refugo de sua
vida e concentrar-se no essencial. A Bíblia sugere que a segunda vinda
ajuda-nos a fazer isso. Como? Você pode pensar na segunda vinda como uma
espécie de escalonamento de valores. Isso ajuda-nos a ter nossas prioridades na
ordem certa. Ajuda-nos a focalizar o que é importante. Depois, é fácil
concentrar-nos totalmente em nossas atividades materiais. É fácil cuidar do que
fazemos aqui e agora. Investimos nossa energia e tempo economizando para um
carro novo. Fazemos sacrifícios para prosperar, para ter um emprego melhor. Não
há nada de errado nisso, claro. O que conta é nossa perspectiva. Perdemos de
vista as coisas mais importantes da vida, quando buscamos as coisas materiais?
Bem, quando a segunda vinda de Cristo torna-se clara em nossa mente, então as
coisas tomam outra perspectiva. Pode ser que negligenciar a família para ganhar
um pouco mais, realmente não faça muito sentido, afinal. Veja, amigo, as coisas
materiais serão queimadas com a segunda vinda de Cristo. Os edifícios, os
aparelhos, as mercadorias, simplesmente desaparecerão. Por que investir nossas
melhores energias em coisas que vão virar fumaça? A segunda vinda de Cristo
ajuda-nos a ordenar nossos valores. Torna-se uma perspectiva importante na vida
diária. Ajuda-nos a viver com saúde espiritual. Jesus, surgindo no horizonte,
ajuda-nos a saber, aqui, no coração, o que realmente conta, o que realmente
importa. Há uma coisa mais que gostaria de lhe dizer sobre o porquê da vinda de
Cristo ser parte fundamental da religião que realmente funciona. Isso inclui as
tragédias que atingem quase todos nesta vida. Paulo tem lindas palavras de
conforto em I Tessalonicenses 4: 16 a 18: "Porquanto o Senhor mesmo, ...
Ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o
encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras." "Consolai-vos
uns aos outros com estas palavras." Que palavras? Palavras sobre Cristo
irrompendo através dos céus, descendo à Terra. Palavras sobre mortos saindo
vivos dos sepulcros. Palavras sobre estar subindo junto com nossos queridos
para encontrar Cristo nos ares. Amigos, podemos tentar confortar os que estão
sofrendo com terríveis tragédias. Podemos tentar encontrar palavras para
aliviar a dor dos que perderam entes queridos. Podemos tentar ajudá-los a
encontrar significado no meio de um mundo que parece tão cruel e caótico. Mas
só existe uma coisa que realmente pode trazer conforto. Só há uma coisa que
pode aliviar nossa dor. E isso é a esperança do reencontro. A esperança de vida
após a morte. A segunda vinda de Cristo faz essa esperança muito viva. Ela é
real, amigo. É um evento certo. É algo que podemos ver diante de nós. A
esperança da segunda vinda de Cristo tem feito diferença em sua vida prática?
Creio que ela pode fazer toda a diferença do mundo. É a parte essencial do tipo
de religião que funciona. Ajuda-nos a fixar os olhos em Jesus. Ajuda-nos a
ordenar nossos valores. Ajuda-nos a colocar nossos valores na perspectiva
correta. Dá-nos conforto mesmo em meio às tragédias. Além de tudo, dá-nos ânimo
na vida espiritual. Ter algo maravilhoso à frente ajuda-nos a correr a
carreira, a ir longe, perseverar em direção à meta. Sabe, Raymond e Frances
experimentaram esse grande incentivo na vida. Raymond voltou são e salvo da
guerra no pacífico. Sobreviveu aos horrores de violentos combates na ilha de
Guam. Ele saltou daquele navio de transporte para os braços ansiosos de
Frances, com sua fé intacta. Esse casal começou a aumentar a família. Tiveram
três meninos, que cresceram juntos sempre sabendo que o Cristo vivo fazia parte
do seu lar. Eles tinham essa segurança. Seu lar era feliz por causa dessa
bendita esperança. Na verdade, acredite ou não, um de seus filhos, Steve
Mosley, continua escrevendo sobre a "bendita esperança" para o
ministério do "Está Escrito". Eles transmitiram sua fé de uma para
outra geração. E perseverou por décadas. Hoje, a saúde de Raymond não está bem.
Ele sofreu um derrame, mas continua alegremente aguardando a volta de Cristo.
Frances trabalha como professora em um colégio cristão. Já passou da idade de
aposentar-se, mas a escola não pode dispensá-la. Ela é uma das mais queridas
professoras do "campus". Os alunos sempre a admiram por seu espírito
jovial. Já se passou muito tempo, desde que ela e Raymond estudaram
sinceramente a Bíblia naquele apartamento em Nova Orleans; mas a "bendita
esperança" os acompanhou pelos anos a fora. Ela é um lindo exemplo de
correr com alegria a carreira, fixando os olhos no centro de sua fé, Jesus
Cristo. Você já experimentou a alegria de ter esta "bendita
esperança" como centro de sua vida? Será que a segunda vinda de Cristo é
um evento vago, como algo distante? Ou é vívida e real como foi para os
escritores Novo Testamento? Vamos decidir agora, investir nossa vida em uma
religião que funcione. Comecemos a fixar os olhos em Jesus. Estudemos Sua Palavra
regularmente e com devoção. Vamos dar-Lhe o melhor de nosso tempo. Permitamos
que Ele nos encha com uma esperança viva, e assim transforme nossa vida. Breve
Jesus Voltará Jader Santos e Jeorge E. Lee.
Levantemos nossos olhos, Redenção se aproxima, Já estamos
quase ouvindo Os clarins de Sua vinda. Já é tempo de ir avante
Anunciar a toda a gente Que Jesus está voltando Vitorioso e triunfante.
Breve virá, breve virá, Breve Jesus voltará! Breve virá, breve virá, Breve
Jesus, voltará! Gravado por Arautos do Rei MMCD 9601 ORAÇÃO Querido pai, nosso
coração anseia pela vinda de Jesus. Obrigado por dar-nos a segurança de que
certamente Ele virá à Terra outra vez. Obrigado porque a história terá um
clímax com Teu segundo advento. Obrigado porque nossa vida pessoal pode ter
esse clímax também. Ajuda-nos a fixar os olhos no viver de Cristo, na vinda de
Cristo. Enche-nos dessa esperança que renova. Dá-nos ânimo espiritual para que
perseveremos até o fim. Em nome de Jesus, pedimos. Amém. O mundo estava
enlouquecido em 1942. Hitler transformava a Europa num grande campo de batalha.
Os japoneses corriam de uma ilha para outra no Pacífico. A América estava
envolvida no grande conflito. Em todo lugar fábricas produziam materiais
bélicos. Em todo lugar, os jovens estavam vestidos em uniformes. Raymond e
Frances, eram recém casados e moravam em Nova Orleans,
tentando construir sua nova vida naquele mundo conturbado. Raymond logo iria
servir no Pacífico. Mas antes de embarcar para a guerra, ele e sua esposa
fizeram uma descoberta que iria mudar-lhes a vida, uma descoberta que os faria
viver em um mundo bem diferente. Raymond e Frances tiveram muita sorte de achar
um apartamento para alugar. Em 1942, Nova Orleans estava cheia de soldados
procurando lugar para ficar antes de irem para a guerra. Raymund
logo conseguiu um emprego temporário em um clube. Assim ele pode levar a jovem
esposa para um apartamento de um quarto num prédio que servia como sede
regional do exército da salvação. Foi ali que começaram a planejar sua vida a
dois - para sempre. Enquanto a sombra da guerra envolvia lentamente o mundo,
Raymond sabia que era uma questão de tempo, e logo iriam mandá-lo para o terror
no Pacífico. Ele era escrevente chefe da marinha. Um dia, o casal ouviu sobre
um estudo bíblico que estava começando no prédio. Foram convidados por alguns
vizinhos e decidiram assistir. O estudo era ministrado por um pastor italiano
chamado Calderoni. Raymond e Frances jamais sonharam com as incríveis
descobertas que fizeram. Afinal de contas, eles vieram de lares cristãos.
Sabiam muita coisa da Bíblia, embora religião não fizesse parte significativa
da vida deles, pelo menos iam freqüentemente à igreja
aos domingos. O pastor Calderoni, porém, começou explicando algumas profecias
de Daniel e Apocalipse. De repente, a Bíblia tornou-se como um livro novo para
eles. Os profetas olharam através da história e viram a seqüência
dos reinos: Babilônia, Medo-Pérsa, Grécia e Roma.
Previram a sucessão dos impérios milhares de anos antes de surgirem e caírem.
Os profetas haviam predito também a queda de cidades específicas como Tiro e
Babilônia. Descreveram exatamente o que seria delas milhares de anos no futuro.
Raymond e Frances sentiam crescer o entusiasmo enquanto ouviam mais sobre
Daniel e Apocalipse. Surpreenderam-se exclamando: "A Bíblia é verdadeira!
É realmente a Palavra de Deus!" Esse casal sentia como se descobrissem o
mundo pela primeira vez. O mais surpreendente, porém, foi descobrir como todas
as profecias bíblicas apontavam para um clímax final. Havia um grande evento
para onde tudo convergia. Era o segundo advento de Jesus Cristo. Raymond e
Frances já haviam ouvido sobre a segunda Vinda de Cristo. E criam que ele
voltaria à Terra. Mas fora sempre visto como algo muito vago, algo muito
distante, algo que você ouve, mas não presta atenção. Mas agora, eles começaram
a perceber o verdadeiro sentido da segunda vinda. Deus realmente viria
interromper a história humana. Viria para dar um mundo inteiramente novo. O
pastor Calderoni mostrou como a Bíblia descreve eventos detalhados em torno da
segunda vinda. Falou sobre sinais que precederão a vinda de Cristo. Falou
exatamente como virá e como as pessoas reagirão ao acontecimento. Raymond e
Frances ficaram fascinados pela bíblia. Ficaram fascinados com o que a Bíblia
dizia sobre o assunto. E perguntavam um ao outro, constantemente: "Por que
ninguém nos falou sobre isso antes? Está tudo certo na Bíblia! Por que não
ouvimos antes sobre isso?" Lentamente, a segunda vinda de Cristo começou a
ser real para eles - uma esperança real, como diziam os escritores do Novo
Testamento. A segunda vinda de Cristo era tão real como os acontecimentos que
envolviam o mundo. Era tão real como o avanço da Alemanha. Tão real como os
ataques aéreos a Londres. Tão real como as grandes batalhas navais no Pacífico.
Todos esses eventos terríveis dominavam as pessoas. Todos falavam sobre eles.
Mas havia outro evento que dominava as Escrituras. Havia outra perspectiva que
dominava a Bíblia. Cristo estava vindo outra vez trazendo o fim da guerra, do
sofrimento, da separação e da morte. Raymond e Frances sentiam que algo
grandioso aconteceu com eles ao assimilarem a realidade da segunda vinda. Algo
aconteceu na vida pessoal e no casamento deles. Haviam começado a estudar a
Bíblia juntos, com devoção. Jamais tinham feito isso antes. A Bíblia era apenas
algo que levavam à igreja, algo previsível. Mas agora era como um livro novo.
Eles estavam aprendendo tanto! Estavam compartilhando. Estavam orando juntos.
Estava atraindo um para o outro. Freqüentemente, ao
cair da tarde, Raymond e Frances caminhavam no terraço do prédio. Podiam
contemplar os edifícios do centro de Nova Orleans. Às vezes, Raymond tomava seu
violão e tocava algumas canções. Sentiam sempre a maravilhosa sensação de uma
perspectiva especial na vida deles. Eles não haviam sido alcançados de repente.
Eles não foram alcançados no mundo mau de guerra total. Faziam parte do melhor
plano de Deus. Ele estava perto deles. Tinham também a sensação de que Deus
cuidaria de tudo. Não haveria problema muito grande para Ele. Aliás, sempre Ele
havia guiado toda a história e com certeza o mundo todo ultrapassaria a guerra
porque haverá um grande e final acontecimento. Raymond e Frances haviam,
inesperadamente, descoberto uma religião que funcionou. E uma religião que
funciona faz uma diferença dramática na vida da pessoa. Antes, a fé cristã era
algo colocado em último plano. Agora, era a grande paixão da vida deles. Eles
queriam partilhar essas boas novas com todos os parentes a amigos. Todos tinham
de saber. A chave desse tipo dinâmico de religião foi a redescoberta da segunda
vinda de Cristo. Hoje, gostaria de falar sobre um componente final de uma
religião que funciona de fato. Gostaria de explicar porque
uma compreensão da segunda vinda de Cristo pode tornar nossa fé mais dinâmica e
poderosa. Agora, como a segunda vinda de Cristo fará diferença em nossa vida
diariamente? Pode não parecer tão relevante a princípio. De fato, você pode
pensar que preocupar-se com o Apocalipse ou com o fim não é muito saudável. Bem,
vamos tentar ver como o Novo Testamento aborda o assunto. Vamos dar uma olhada
nas palavras de Cristo e a perspectiva do apóstolo Paulo. Paulo faz uma
dissertação sobre a vida cristã em sua epístola. Vemos isso em Tito 2: 11 e 13:
"Porquanto a graça de Deus se manifestou salvadora a todos os homens,
educando-nos para que ... Vivamos, no presente século, sensata, justa e
piedosamente, aguardando a bendita esperança e a manifestação do nosso grande Deus e salvador Cristo Jesus." Que
maravilha! A segunda vinda de Cristo é chamada de "a bendita
esperança", no Novo Testamento. É algo maravilhoso para esperar, algo
glorioso. Sabe por quê? Quando aguardamos algo grandioso, é muito fácil
esperar. Ver essa meta no fim do caminho dá-nos energia para perseverar na jornada.
Em outras palavras, ter uma bendita esperança em nosso coração, ajuda-nos a
viver piedosamente no presente. Dá-nos paciência. Paulo expressa esta idéia em Hebreus:12:1 e 2: "... Corramos, com
perseverança, a carreira que nos está proposta, olhando firmemente para o autor
e consumador da fé, Jesus..." Outra tradução diz: "fixando os olhos
em Jesus". É assim que corremos a carreira com sucesso - fixando o viver
de Cristo com firmeza de mente. Ele não é só um bom homem na história. Ele é o
Deus que voltará à Terra de novo. Ele é o grande evento para o qual tudo aponta
neste mundo. O estímulo da realidade da segunda vinda de Cristo faz Jesus
vívido em nossa mente. Muda nossa perspectiva. Foi isso que aconteceu com
Raymond e Frances. Eles sentiram que sua vida cristã renascera. Para muitas
pessoas, a vida cristã é uma luta cruel. Vivem tentando carregar o grande fardo
de uma vida justa até o fim. Não foi isso que Deus planejou para nós. Ele
deu-nos algo maravilhoso para aguardar. Que nos dá energia, que nos dá
paciência. A segunda vinda de Cristo é, além de tudo, um projeto alegre. Será
aquela grande reunião com Cristo. Algumas pessoas, infelizmente, perdem de
vista esse fato. Estão completamente equivocados ao calcular os sinais que
apontam para o fim. A mente deles se fixa nos desastres, nas catástrofes e nos
crimes hediondos que mostram que este mundo está no fim. Amigo, é possível
perder de vista o Cristo vivo no meio dos sinais. Omitimos o evento para o qual
todos apontam. É fixando nossos olhos em Jesus, que nos dá ânimo. Nunca
esqueçamos isso. É assim que conseguimos paciência para perseverar até o fim.
Agora, vejamos a segunda coisa que a segunda vinda pode fazer por nós
diariamente. Essa compreensão nos vem do apóstolo João. Falando do glorioso retorno
de Cristo à Terra, ele diz em I João:3:2 e3: "... Sabemos que quando Ele
se manifestar, seremos semelhantes a Ele, porque haveremos de vê-lo como Ele é.
E a si mesmo se purifica todo o que nele tem esta
esperança, assim como Ele é puro." As pessoas que têm a esperança de ver a
Cristo, as pessoas que querem ver Jesus quando vier outra vez, fazem uma coisa:
purificam-se a si mesmas, como Cristo é puro. Agora, pense nisto um momento,
amigo: O que quer dizer tornar-se mais puro? Será que não temos que ir fundo no
que é essencial? Você quer ouro puro? Então retire o material de baixo valor
misturado nele. Você quer leite puro? Então livre-o de qualquer contaminação.
Assim, tornar-se puro é realmente extrair todo o refugo de sua vida e
concentrar-se no essencial. A Bíblia sugere que a segunda vinda ajuda-nos a
fazer isso. Como? Você pode pensar na segunda vinda como uma espécie de
escalonamento de valores. Isso ajuda-nos a ter nossas prioridades na ordem
certa. Ajuda-nos a focalizar o que é importante. Depois, é fácil concentrar-nos
totalmente em nossas atividades materiais. É fácil cuidar do que fazemos aqui e
agora. Investimos nossa energia e tempo economizando para um carro novo.
Fazemos sacrifícios para prosperar, para ter um emprego melhor. Não há nada de
errado nisso, claro. O que conta é nossa perspectiva. Perdemos de vista as
coisas mais importantes da vida, quando buscamos as coisas materiais? Bem,
quando a segunda vinda de Cristo torna-se clara em nossa mente, então as coisas
tomam outra perspectiva. Pode ser que negligenciar a família para ganhar um
pouco mais, realmente não faça muito sentido, afinal. Veja, amigo, as coisas
materiais serão queimadas com a segunda vinda de Cristo. Os edifícios, os
aparelhos, as mercadorias, simplesmente desaparecerão. Por que investir nossas
melhores energias em coisas que vão virar fumaça? A segunda vinda de Cristo
ajuda-nos a ordenar nossos valores. Torna-se uma perspectiva importante na vida
diária. Ajuda-nos a viver com saúde espiritual. Jesus, surgindo no horizonte,
ajuda-nos a saber, aqui, no coração, o que realmente conta, o que realmente
importa. Há uma coisa mais que gostaria de lhe dizer sobre o porquê da vinda de
Cristo ser parte fundamental da religião que realmente funciona. Isso inclui as
tragédias que atingem quase todos nesta vida. Paulo tem lindas palavras de
conforto em I Tessalonicenses 4: 16 a 18: "Porquanto o Senhor mesmo, ...
Ouvida a voz do arcanjo, e ressoada a trombeta de Deus, descerá dos céus, e os
mortos em Cristo ressuscitarão primeiro; depois, nós, os vivos, os que
ficarmos, seremos arrebatados juntamente com eles, entre nuvens, para o
encontro do Senhor nos ares, e, assim, estaremos para sempre com o Senhor.
Consolai-vos, pois, uns aos outros com estas palavras." "Consolai-vos
uns aos outros com estas palavras." Que palavras? Palavras sobre Cristo
irrompendo através dos céus, descendo à Terra. Palavras sobre mortos saindo
vivos dos sepulcros. Palavras sobre estar subindo junto com nossos queridos
para encontrar Cristo nos ares. Amigos, podemos tentar confortar os que estão
sofrendo com terríveis tragédias. Podemos tentar encontrar palavras para
aliviar a dor dos que perderam entes queridos. Podemos tentar ajudá-los a
encontrar significado no meio de um mundo que parece tão cruel e caótico. Mas
só existe uma coisa que realmente pode trazer conforto. Só há uma coisa que
pode aliviar nossa dor. E isso é a esperança do reencontro. A esperança de vida
após a morte. A segunda vinda de Cristo faz essa esperança muito viva. Ela é
real, amigo. É um evento certo. É algo que podemos ver diante de nós. A
esperança da segunda vinda de Cristo tem feito diferença em sua vida prática?
Creio que ela pode fazer toda a diferença do mundo. É a parte essencial do tipo
de religião que funciona. Ajuda-nos a fixar os olhos em Jesus. Ajuda-nos a
ordenar nossos valores. Ajuda-nos a colocar nossos valores na perspectiva
correta. Dá-nos conforto mesmo em meio às tragédias. Além de tudo, dá-nos ânimo
na vida espiritual. Ter algo maravilhoso à frente ajuda-nos a correr a carreira,
a ir longe, perseverar em direção à meta. Sabe, Raymond e Frances
experimentaram esse grande incentivo na vida. Raymond voltou são e salvo da
guerra no pacífico. Sobreviveu aos horrores de violentos combates na ilha de
Guam. Ele saltou daquele navio de transporte para os braços ansiosos de
Frances, com sua fé intacta. Esse casal começou a aumentar a família. Tiveram
três meninos, que cresceram juntos sempre sabendo que o Cristo vivo fazia parte
do seu lar. Eles tinham essa segurança. Seu lar era feliz por causa dessa
bendita esperança. Na verdade, acredite ou não, um de seus filhos, Steve
Mosley, continua escrevendo sobre a "bendita esperança" para o
ministério do "Está Escrito". Eles transmitiram sua fé de uma para
outra geração. E perseverou por décadas. Hoje, a saúde de Raymond não está bem.
Ele sofreu um derrame, mas continua alegremente aguardando a volta de Cristo.
Frances trabalha como professora em um colégio cristão. Já passou da idade de
aposentar-se, mas a escola não pode dispensá-la. Ela é uma das mais queridas
professoras do "campus". Os alunos sempre a admiram por seu espírito
jovial. Já se passou muito tempo, desde que ela e Raymond estudaram
sinceramente a Bíblia naquele apartamento em Nova Orleans; mas a "bendita
esperança" os acompanhou pelos anos a fora. Ela é um lindo exemplo de
correr com alegria a carreira, fixando os olhos no centro de sua fé, Jesus
Cristo. Você já experimentou a alegria de ter esta "bendita
esperança" como centro de sua vida? Será que a segunda vinda de Cristo é
um evento vago, como algo distante? Ou é vívida e real como foi para os
escritores Novo Testamento? Vamos decidir agora, investir nossa vida em uma
religião que funcione. Comecemos a fixar os olhos em Jesus. Estudemos Sua
Palavra regularmente e com devoção. Vamos dar-Lhe o melhor de nosso tempo.
Permitamos que Ele nos encha com uma esperança viva, e assim transforme nossa
vida.
BREVE JESUS VOLTARÁ Jader Santos e Jeorge
E. Lee. Levantemos nossos olhos, Redenção se aproxima, Já
estamos quase ouvindo Os clarins de Sua vinda. Já é tempo de ir avante Anunciar a toda a gente Que Jesus está voltando
Vitorioso e triunfante. Breve virá, breve virá, Breve Jesus voltará! Breve
virá, breve virá, Breve Jesus, voltará! Gravado por Arautos do Rei MMCD 9601
ORAÇÃO Querido pai, nosso coração anseia pela vinda de
Jesus. Obrigado por dar-nos a segurança de que certamente Ele virá à Terra
outra vez. Obrigado porque a história terá um clímax com Teu segundo advento.
Obrigado porque nossa vida pessoal pode ter esse clímax também. Ajuda-nos a
fixar os olhos no viver de Cristo, na vinda de Cristo. Enche-nos dessa
esperança que renova. Dá-nos ânimo espiritual para que perseveremos até o fim.
Em nome de Jesus, pedimos. Amém.
33
TRANSFORMANDO SUA CONSCIÊNCIA
Pr. Mark Finley
É bem cedo no centro da cidade de Filadélfia. Um pedestre pára perto da calçada, estarrecido. Na rua deserta,
encontram-se sacos de dinheiro, milhares de dólares, caídos de um carro forte.
Por um segundo, o homem hesitou. Sua consciência falou. Mesmo assim, ele
recolheu os sacos, jogou em seu carro e disparou rua abaixo. Dias depois, ele
tentou fugir para o México com o dinheiro em suas malas, mas foi apanhado e
preso. Um júri, afinal, julgou-o inocente por motivo de insanidade. Isso deu
uma idéia ao pretenso ladrão. Ele processou a
companhia de segurança; a visão de todo aquele dinheiro deixo-o louco. O
DINHEIRO foi o responsável por sua insanidade, logo, a companhia era a culpada
e teria que pagar. Inocente por motivo de insanidade. O dinheiro fez aquilo.
Você viu como é fácil manipular a consciência hoje em dia? A consciência é
usada para jogar a pessoa contra a parede. Às vezes, prende-nos em nossas
desculpas. Ainda ouvimos muito sobre "viver de acordo com os ditames da
própria consciência". Depois, somos adultos. No sofisticado tempo moderno,
dizemos que podemos escolher nosso próprio caminho, por meio da sempre variável
visão moral. Podemos confiar na bússola de nossa própria consciência. Desde o
início da idade moderna, temos investido muito na integridade de nossa
consciência. O poeta romântico, Byron, expressou-se sobre isso. Ele afirmou
convictamente: "Em qualquer credo ensinado ou qualquer terreno pisado, a
consciência do homem é o oráculo de Deus." O novelista Fielding disse que
a consciência "é a única coisa incorruptível em nós." A consciência é
sempre incorruptível? É sempre o oráculo de Deus? Ou é,
como disse outro escritor, "só um medo saudável da polícia?" Um homem
resumiu essa visão assim: "A única religião é a consciência em ação."
Outro disse: "A consciência é um Deus para os mortais." Essas
opiniões traduzem, para a maioria, o lema conhecido: "Sua consciência é
seu guia." Certamente, parece um conselho admirável. Mas isso é tão
simples assim? A consciência, por si só, é sempre digna de confiança? Uma
mulher acordou de manhã e encontrou o marido dormindo no chão da cozinha. Na
noite anterior, ele se envolvera numa briga de bêbados - de novo. A mulher
fitou aquele trapo de homem com um olhar irônico, já que aquela cena repetia-se
sempre. Foi então que decidiu agir. Chamou um fotógrafo e tirou uma foto do
marido, como estava, no chão da cozinha. Depois, colocou a foto ao lado da foto
do casamento. Não disse uma palavra. O marido, depois, ficou chocado quando viu
as fotos. Aquele homem de roupa amassada, cabelos desgrenhados, olhos
machucados e inchados, seria realmente ele? Ele nunca havia pensado em si como
um bêbado. Por quê? Porque a mudança daquele homem bonito, de olhos brilhantes
da foto do casamento para aquele alcoólatra desamparado foi gradual, um pouco
de cada vez. Só um trago agora. Um pouco mais depois. A consciência foi sendo
cauterizada lentamente. Ouça amigo, a consciência não é incorruptível. Vai
sendo entorpecida por pequenos deslizes, que crescem. Em Hebreus, encontramos
uma advertência a respeito. O escritor, sinceramente, espera que não. Hebreus
3:13: "... Nenhum de vós seja endurecido pelo engano do pecado." O
pecado entra em nós furtivamente e, com o tempo, torna-se um hábito. A
consciência, por si, pode ser acalentada. Pode ser também manipulada. Agora
deixa-me explicar: em 1979, uma grande e nervosa multidão obstruiu o portão
oeste do Estádio Riverfront, em Cincinnati. A
juventude drogada e barulhenta esperava ansiosa para conseguir um bom lugar
para o concerto de rock naquela noite. O portão abriu-se, finalmente e a multidão irrompeu tão violentamente que muitos foram
pisoteados. Depois pressionaram através das portas, fazendo-as em pedaços e a
polícia usou a força para conter a multidão. Descobriram oito pessoas feridas e
onze mortos. Descrevendo o incidente, um escritor da revista "Time"
estava indignado - não com a multidão, mas com aqueles que, disse ele, lançaram
a culpa sobre a platéia. A culpa, disse ele, poderia
ser do sistema de bilheteria; não havia entradas suficientes, também poucos
lugares reservados, pouco pessoal, segurança, e etc.
etc. O fato é que um grupo de pessoas achou que, pisotear e matar onze pessoas
para conseguir um bom lugar para um concerto de rock não parecia ser relevante.
A voz da consciência seria acalmada por problemas com o sistema de bilheteria.
A consciência pode ser manipulada: "O sistema de bilheteria fez
isso". Hoje em dia, ser sem-juízo é correto. Mas quando, no afã de
entender, tenta-se explicar o inexplicável, e a liberdade torna-se imoral,
então algo está terrivelmente errado. Numa carta a Timóteo, o apóstolo Paulo
preveniu-nos dos hipócritas nos últimos dias, I Timóteo 4:2: "...que têm
cauterizada a própria consciência." A consciência pode ser distorcida,
tanto que sua voz é desviada para alguém ou para outra coisa. Num mundo de
moral relativa, onde ninguém é responsável, ninguém pode considerar-se seguro.
Nós mesmos podemos ser varridos junto com a multidão, pisoteando outras pessoas
e nossa própria consciência. Há outro problema com a consciência em si mesma.
Quando suas sensibilidades morais não são entorpecidas ou desviadas, podemos
ter nossa visão obscurecida. Nenhuma consciência vem naturalmente equipada com
visão 100%. Karl Marx escreveu apaixonadamente sobre o pobre, especialmente a
classe trabalhadora. Seu "Manifesto Comunista" é famoso como um grito
de guerra para levantar as massas e tomar o poder de seus opressores ricos.
Embora Marx tenha sido membro normal da classe média do século dezenove na
Inglaterra, ele trabalhou incansavelmente pela mudança revolucionária. Uma
visão moral intensa de justiça pelos pobres dominou sua vida. Mas havia uma
pessoa empobrecida que ele parecia incapaz de ver realmente. Por muitos anos,
Helene Demuth, trabalhou fielmente para a família de
Marx. Mas um dia, Karl Marx estuprou ou seduziu a menina e ela ficou grávida. A
esposa de Karl não descobriu até que a criança nasceu. Foi um filho, chamado
Frederich Demuth. Karl Marx só tinha filhas e queria
muito um filho. Mas ele negou qualquer relação com o pequeno Frederich. O
menino cresceu sem pai. Karl Marx estava criando a lenda de um herói
revolucionário - o estupro de uma criadinha não se encaixava nisso. Karl Marx
falou claramente das condições desesperadoras dos trabalhadores empobrecidos da
Inglaterra. Mas ele não poderia ver a necessidade de uma pobre menina, uma
menina que ele prejudicara ou o filho que ele rejeitara. Cegueira espiritual.
Ela nos infesta. Os grandes preceitos morais da humanidade são-nos claros, mas
obrigações específicas para nosso vizinho são nebulosas. As faltas que
sobressaem nos outros, em nós mesmos são invisíveis. Os erros de outros tempos
parecem escandalosos, mas os enganos de nosso próprio tempo, são
compreensíveis. Jesus nos mostrou como essa cegueira pode ser perigosa. Falando
da visão espiritual Ele disse, em Lucas 11:34. Ouça essa declaração penetrante
de Jesus: "São os teus olhos a lâmpada de teu corpo ... se forem maus, o
teu corpo ficará em trevas." A cegueira espiritual pode levar-nos à
escuridão total. Um pecado acariciado, conhecido, pode destruir nosso caráter.
A consciência, por si só, não é o incorruptível oráculo de Deus como esperamos.
O desgaste da vida em um mundo imperfeito, tende a entorpecer e desvirtuar a
consciência. Ela, por si só, não basta. Como seria? Senso moral não pode
existir no vácuo moral. Uma consciência que valha a pena deve ser algo que
responda a uma lei moral, algo que se sinta responsável por isso. Um motorista
muito infeliz entrou na delegacia em Asheville,
Carolina do Norte, e anunciou que o medidor do estacionamento não funcionava.
"Eu pus uma moeda," o homem protestou, "mas o medidor não
registrou." Ele mostrou ao policial o medidor que ele havia arrancado
furiosamente, e disse triunfantemente: "Veja. ele não funciona!"
Talvez você esteja a ponto de arrancar sua consciência, como a um medidor que
não registrou. Se pode ser entorpecida e manipulada tão facilmente, que bem há
nisso? Por que não examiná-la melhor? Bem, como ir até as raízes? Hoje, a
consciência age contra a lei moral de Deus. Sem isso, suas respostas não são
consistentes, o que seria muito irregular. Um escritor disse: "A
consciência nos diz que estamos certos, "explica ele, "mas não nos
diz o que é certo. Isso, a Palavra de Deus nos ensina." Nós, seres humanos
frágeis e imperfeitos, precisamos de um padrão externo, para julgar entre o
certo e o errado. Deus providenciou esse padrão; por ele, podemos desenvolver
uma consciência sadia. Juntou-se uma grande multidão nas ruas de Jerusalém, no
Dia de Pentecostes. Estavam curiosos a respeito de um pequeno grupo que pregava
sobre um homem chamado Jesus. Pedro colocou-se diante da multidão para
responder às perguntas dos judeus. Ele citou os profetas. Sim, eles conheciam
bem os profetas. Ele recordou incidentes da história de Israel. Sim, eles
estavam familiarizados com isso também. Vejam, esse foi um tempo de
complacência dos judeus. Por anos, uma ênfase à tradição havia entorpecido a
sensibilidade moral deles, um preceito após o outro. Os líderes judeus estavam
afundados no legalismo. Então, Pedro começou a descrever a ressurreição de
Jesus. Ele disse: "Nós somos testemunhas do fato." Então os apóstolos
levantaram a voz e proclamaram. Atos 2:36: "Esteja absolutamente certa,
pois, toda a casa de Israel, de que a este Jesus, que vós crucificastes, Deus o
fez Senhor e Cristo." De repente, aquilo atingiu-lhes o coração. "Nós
O crucificamos?" A consciência entorpecida despertou. De repente, estavam
envolvidos na vida e na morte do Messias. Seu sangue estava nas mãos deles.
Milhares se arrependeram e foram batizados após o sermão de Pedro. Estava
começando a Igreja Cristã, e ela começou somente porque a consciência foi
despertada do sono. Como? Não foi pelos preceitos morais abstratos, mas por um
encontro com o Cristo vivo. Este é o primeiro passo no desenvolvimento de uma
consciência sadia. Cristo encarna a perfeita lei de Deus. Ele nos mostra o que
realmente importa. Em Sua sensibilidade, podemos tornar-nos moralmente
sensíveis. Aceitando o fato de que estamos envolvidos na vida e na morte de
Cristo, e que somos responsáveis por ela, construímos uma consciência sadia.
Isso também nos dá firmeza. Martinho Lutero cresceu em um mundo religioso que
vivia apavorado com Deus. Os cristãos temiam especialmente o purgatório, onde
as almas tinham que passar anos sendo purificadas antes de entrar no céu.
Lutero foi ensinado que as indulgências poderiam ser compradas e assim reduzir
o tempo no purgatório. Crescia o negócio de comprar e vender indulgências.
Assim, continuavam as coisas. As pessoas raramente questionavam os ensinos da
Igreja. Martinho Lutero começou a estudar a Bíblia por si mesmo. A carta de
Paulo aos Romanos o impressionou muito. Ele aprendeu sobre a graça de Deus, que
justifica os pecadores. Lutero concluiu que a graça de Deus não podia ser
vendida. Lutero poderia ter seguido a multidão e tido uma vida tranqüila de monge. Mas sua consciência não poderia
aquietar-se vendo a graça de Deus distorcida. Ele tinha de tomar posição. Foi o
que fez. Foi diante de Carlos, imperador Romano, diante de príncipes, ministros
e oficiais da poderosa igreja, na Dieta de Worms. Aqueles homens exigiram que
ele repudiasse publicamente seus ensinos sobre justificação. Lutero, porém, deu
esta corajosa resposta: "Ir contra a consciência não é próprio nem seguro.
Assim, não posso nem repudiarei. Aqui estou, nada mais posso fazer. Que Deus me
ajude, Amém." Aquelas palavras garantiram o sucesso da Reforma. Um homem
estava disposto a ficar firme contra as práticas religiosas que torciam o
Evangelho. Toda a cristandade parecia aceitar as indulgências, mas Lutero
levantou-se e disse "Não!" Por quê? Porque sua consciência estava
sujeita à Palavra de Deus. Não seremos varridos com a multidão, se nossa
consciência estiver sujeita à Bíblia. Ouça a palavra de Deus, por meio do
Profeta Isaías, no capítulo 51, verso sete: "Ouvi-me, vós que conheceis a
justiça, vós, povo em cujo coração está a tua lei." Ter a Palavra de Deus
no coração é saber o que é certo. Mesmo num mundo onde a moral é relativa,
mesmo quando muitos estão tentando livrar-se da responsabilidade - seremos
capazes de dizer: "Aqui estou, não posso fazer diferente." Ter um
encontro pessoal com Cristo e ter Sua palavra no coração assegurará uma
consciência sadia. Há também algo que podemos fazer seguramente para continuar
desenvolvendo a sensibilidade moral. Numa tarde fria de Domingo, em 1849, um
adolescente inglês, Hudson Taylor, ajoelhou-se perto da cama e orou por uma
total consagração a Deus. Antes de levantar-se, Hudson descobriu o propósito de
sua vida. Ele iria à China por Cristo. Deus o havia chamado. Desse dia em
diante, Hudson Taylor relacionava tudo à sua grande missão. Depois, as agências
missionárias tentaram desencorajá-lo. Sua saúde não era boa, não fizera os
arranjos formais e não estava preparado. Não tinha dinheiro suficiente para o
treinamento médico necessário. Seu principal obstáculo, porém, era a
indiferença das pessoas para com a China. A Inglaterra Vitoriana estava ocupada
promovendo a moralidade doméstica. Reavivamentos e reformas locais prendiam
toda a atenção e energia dos líderes da igreja. As necessidades de milhões de
chineses eram invisíveis para muitos cristãos. A China era tão remota, tão
inatingível! Não, porém, para Hudson Taylor. Ele escreveu à sua irmã:
"Tenho um forte e permanente desejo de ir à China. Aquela terra não me sai
da cabeça. Pense bem, 360 milhões de almas, sem Deus e sem esperança no mundo!
Pense nos mais de 12 milhões de criaturas como nós, morrendo todo ano sem
qualquer consolação do evangelho... Pobre e negligenciada China! Ninguém se
preocupa com isso. Hudson Taylor continuou pleiteando junto ao Conselho
Missionário, até que uma agência o transportou à terra de seus sonhos. Taylor
fundou a Missão Chinesa do Interior, trabalhando em áreas remotas onde nenhum
missionário ousara ir. Essa foi a primeira das missões interdenominacionais
que abriram caminho para o evangelismo mundial do século dezenove. Hudson
Taylor desempenhou importante papel no surgimento do moderno movimento
missionário. Ele abriu muitos olhos que estavam cegos às necessidades de
milhões que viviam e morriam sem o evangelho. O que fez Hudson Taylor ver tão
distintamente, quando muitos outros faziam vistas grossas? Penso que
encontramos a resposta em sua primeira determinação. Na juventude, Hudson aprendeu
a responder a Deus nas menores coisas. Sua consciência tornou-se sensível pela
prática. Quando a voz de Deus sugere que você dê sua última moeda, ou parte da
última reserva para as despesas da casa, você dá. Quando Deus sugeriu que ele
falasse de Cristo a um colega cínico, Hudson falou, e coisas maravilhosas
aconteceram. Hudson sentiu mais e viu melhor do que seus contemporâneos, porque
ele permitiu que Deus o instruísse passo a passo. Ele não obstruiu o caminho
pela resistência à voz de Deus. Ele não desenvolveu a cegueira espiritual. O
livro de Hebreus descreve a maturidade espiritual como essa, em Hebreus 5:14:
"... Aqueles que, pela prática, têm as suas faculdades exercitadas para
discernir, não somente o bem, mas também o mal." Uma consciência sadia é a
que é exercitada. Sempre reage ao desejo interior de Deus, aumentando nossa
sensibilidade. Sua voz torna-se clara. Isso é uma boa notícia, amigos. Não
temos que mudar nossa consciência, em desespero. Não. Deus nos mostra como
fazê-lo! Primeiro, um encontro diário com Cristo deixará nossa consciência
acordada e alerta. A absorção de Sua Palavra prevenirá a voz da consciência
contra o endurecimento e a distorção. A resposta contínua dessa voz levar-nos-á
à maturidade espiritual. Como está agindo sua consciência? É algo com que temos
de conviver. Todos temos de ouvir nossos pensamentos na calada da noite. Sua
consciência é algo com que você pode conviver? Ela é realmente verdadeira? Ou
você facilmente adere à multidão? Você encontrou um lugar seguro neste mundo
moralmente confuso? O Senhor Jesus pode e criará um novo
coração em você. Ele pode e o fará, se você deixar, para construir uma
consciência sadia.
LUGAR DE PAZ Letra e Música: Ralph Carmichael Arr.:Jader Santos Sei de um lugar de amor Longe de toda a
dor Aonde vou a paz buscar Entre a Vegetação Prostrado em oração A Deus entrego
meu pesar Bem cedo de manhã Ou ao cair do sol Eu deixo lá o meu temor E deste
bom lugar Eu saio pra enfrentar a vida Com muito mais
amor. Gravado por Arautos do Rei no MMCD 9801
ORAÇÃO Meu Pai, obrigado por nos tornar possível o
inestimável Dom de uma boa consciência. Obrigado por termos lugar junto a Jesus
Cristo. Desejamos muito crescer moralmente, vencer a cegueira espiritual.
Pedimos que nos faças hoje, receptivos à Tua Palavra e sensíveis à Tua voz
interior. Em nome de Jesus, Amém.
34
FAZENDO PARTE DO GRUPO
Pr. Mark Finley
Thomas Cranmer,. Nicholas Ridley e Hugh Latimer
são honrados hoje em dia como os mártires de Oxford, os pioneiros da Reforma
inglesa. A história não contada, por trás de sua heróica
decisão na Inglaterra do século XVII, é a história do notável elo que tinham. A
Universidade de Oxford, na Inglaterra, deu ao mundo uma quantidade notável de
intelectuais. Durante séculos, deu o exemplo de como deve ser uma instituição
de ensino superior. Há uma atmosfera tranqüila nesse
cenário acadêmico, onde os verdes campos ingleses encontram-se com algumas das
maiores bibliotecas e instituições de pesquisa do mundo. O que muitas pessoas
não sabem é que esse lugar foi, a certa altura, o foco de uma revolução
religiosa. Foi nas universidades de Oxford e de Cambridge que as idéias de Lutero e Calvino, as idéias
dos reformadores protestantes, começaram a transformar a mente e o coração dos
ingleses. Três universitários, em particular, lideraram essa reforma. Um
brilhante jovem intelectual chamado Nicholas Ridley começou a escrever sobre a
necessidade de um retorno ao evangelho. Seu colega, Hugh Latimer,
um homem ousado e franco, tornou-se um poderoso pregador que espalhou a Reforma
utilizando o púlpito. Outro amigo da universidade, Thomas Cranmer,
tornou-se um clérigo muito capaz, que eventualmente realizou reformas na Igreja
da Inglaterra, como Arcebispo de Canterbury. Ele fez reforma após reforma. O
intelectual, o pregador e o administrador trabalharam muito para libertar a
igreja da superstição e da tradição. Mas tudo isso foi interrompido quando a
Rainha Maria, católica, subiu ao trono. De repente, esses reformadores
tornaram-se hereges, traidores, marginais. Cada um foi condenado à morte e
executado em Oxford. Não é isso, porém, que os torna únicos. Centenas de outros
morreram por causa de sua fé durante o reinado de Maria, a Sanguinária. O que é
extraordinário a respeito desses três indivíduos, é COMO morreram. Como foram
para a fogueira. Na noite antes de ser queimado, Nicholas Ridley convidou
alguns amigos a sua cela na prisão, para um jantar. Imaginem, uma noite
festiva. Eles o encontraram vestindo suas melhores roupas e com aspecto muito
jovial. Era uma festa, ele lhes disse: "Amanhã, devo me casar."
Ridley não estava pensando na horrível morte que o aguardava, mas em sua união
com Cristo. Quando Thomas Cranmer estava amarrado à
estaca, sentiu as chamas começarem a subir em sua direção. Ele estendeu a mão
direita na direção do fogo. Era a mão com a qual ele assinara sua retratação,
num momento de fraqueza. Mas agora, ele a segurou ali até que ficasse preta, e
então exclamou: "Senhor, recebe o meu espírito..." Depois que Hugh Latimer fora amarrado à estaca, e a lenha começou a
queimar, ele inclinou-se para um companheiro e disse, quase alegre: "Neste
dia arderemos como uma vela, um fogo que, pela graça de Deus, na Inglaterra,
nunca mais se apagará." Estes homens encontraram mortes bárbaras com
extrema calma e firmeza extraordinária. Tornaram-se famosos, com justiça, pela
coragem e fé que demonstraram. A maioria de nós provavelmente acharia que eles
tinham uma enorme força, como indivíduos. Que eram heróis capazes de sofrer
sozinhos. Entretanto, há mais detalhes nesta história. Há muito mais envolvido
na firmeza desses três homens. Gostaria de lhes mostrar porque a fé deles foi tão
inabalável. As pessoas de Oxford que ficaram animadas com as idéias da Reforma Protestante na Europa, encontravam-se em
pousadas e tavernas, onde podiam reunir-se como irmãos sem serem perturbados.
Um dos locais favoritos de reuniões era a "Pousada do Cavalo Branco."
Os reformadores a apelidaram de "Pequena Alemanha," porque a Reforma
havia começado naquele país. Esses homens conversavam por longas horas, noite
adentro. Ridley, Latimer e Cranmer,
na verdade criaram um tipo de igreja que se reunia nesses lugares. Muitas vezes
as janelas eram fechadas, às vezes precisavam analisar cuidadosamente quem
entrava pela porta. Suas conversas sobre o significado do evangelho eram sempre
animadas. Bem, geralmente achamos que os mártires eram pessoas que estavam
sozinhos; que sozinhos defendiam suas convicções. Para a maioria de nós, esta é
uma definição de um herói religioso. Os mártires eram os que se levantavam
contra a onda. Ficaram firmes quando todos pareciam estar contra eles. Foram
firmes à verdade quando a igreja mergulhou no erro. Pensamos sempre que os
mártires estavam sós. Na verdade eu gostaria de
afirmar que este conceito popular está enganado. Não nos dá uma visão precisa
dos heróis religiosos. Acima de tudo, não nos dá uma visão correta de sua fé
inabalável. Ridley, Latimer e Cranmer
realmente tiveram que se levantar contra uma onda de corrupção eclesiástica,
mas não estavam sozinhos. Não foram fortes heróis solitários. A história deles
deixa uma coisa clara: estes homens ficaram firmes porque faziam parte de um
grupo. Eles encontraram força numa comunhão muito intensa. Encontraram força
abrindo juntos as Escrituras, estudando juntos, orando juntos. Estavam unidos
na Palavra de Deus. Era isto que acontecia em lugares como a Pousada do Cavalo
Branco. A certa altura, Ridley teve que se apresentar ao Bispo de Lincoln, para
explicar suas opiniões. O bispo ameaçou-o de excomunhão, ou seja, de ser
cortado do convívio da igreja. Note o que Ridley respondeu. Ele disse: "Eu
reconheço uma Igreja de Cristo sem mácula... que está espalhada pelo mundo
todo... Estou convencido de que a igreja de Cristo tem fundamentos em todos os
lugares onde Seu Evangelho e a verdade são verdadeiramente recebidos, e eficazmente .seguidos" Sim, Ridley e seus companheiros
tiveram que se manifestar contra as práticas da igreja de seus dias. NUNCA,
porém, sentiram-se como se estivessem acima da necessidade de comunhão; nunca
foram contra a necessidade de pertencer a um corpo de crentes: a igreja. Estes
homens queriam reformar e purificar a igreja, e não destruí-la. A primeira
coisa que precisamos compreender sobre esses heróis é que eles eram
radicalmente diferentes das pessoas que simplesmente falam mal da igreja hoje,
ou isolam-se da igreja porque ela tem problemas. Eles eram fundamentalmente
homens que desejavam construir. Eles seguiam a admoestação de Paulo aos
Hebreus, no capítulo 10, versos 24 e 25: "Consideremo-nos também uns aos
outros, para nos estimularmos ao amor e às boas obras. Não deixemos de
congregar-nos, como é costume de alguns; antes, façamos admoestações e tanto
mais quanto vedes que o Dia se aproxima." Hebreus 10:24, 25. Esses
reformadores ingleses compreenderam sua necessidade de reunir-se para animar e
apoiar uns aos outros. Na verdade, eles estabeleciam encontros de comunhão
cristã onde quer que fossem, até mesmo na Torre de
Londres. Depois que a Rainha Maria subiu ao trono, Cranmer,
Ridley e Latimer foram mandados para a prisão, na
Torre de Londres. Eles ficaram em celas separadas, mas conseguiam enviar cartas
uns aos outros. A comunicação deles desenvolveu-se de uma maneira que hoje
chamaríamos de seminário ou conferência. Estes homens ainda estavam estudando
as implicações dos ensinamentos do Novo Testamento. Lembre-se, eles foram
pioneiros da Reforma. Estavam começando a desafiar os ensinamentos da igreja
medieval. Assim, continuaram a compartilhar idéias,
passando versos da Escritura uns aos outros, cada um em sua cela. Comunicavam
suas opiniões, um respondendo ao outro. Depois de muitos meses de isolamento
físico, chegou o dia em que esses homens finalmente puderam estar juntos na
Torre. Agora não haveria obstáculos à comunhão deles. Latimer
referiu-se à alegre experiência da seguinte forma: "Vejam! A providência
de Deus permitirá que esta verdade seja conhecida... Ele fez com que isto
acontecesse... estávamos presos numa única cela, como homens sem razão, mas
graças a Deus, para nossa grande alegria e conforto, foi ali que lemos juntos o
Novo Testamento, com grande deliberação..." Como estes homens lideraram a
Reforma na Inglaterra? Estudando juntos a Palavra de Deus, orando juntos. Eram
um grupo de estudos baseados na Escritura. Descobriram a verdade em grupo. Esta
é a segunda coisa que devemos compreender a respeito desses heróis religiosos:
Eles não achavam que seriam capazes de encontrar a verdade, e nada além da
verdade, sozinhos, individualmente. Não realizavam pesquisas individuais da
verdade; procuravam a verdade juntos, no estudo da Palavra de Deus. E assim
cresceram juntos. Estes homens experimentaram o tipo de comunhão que o Apóstolo
Pedro descreve em sua primeira epístola, capítulo 1, versos 22 e 23:
"Tendo purificado a vossa alma, pela vossa obediência à verdade...
amai-vos, de coração, uns aos outros, ardentemente, pois fostes regenerados,
não de semente corruptível, mas da incorruptível, mediante a palavra de Deus, a
qual vive e é permanente." Quando juntos obedecemos à verdade, formamos um
grupo unido. Isto cria um elo de amor. O grupo se fortalece quando se baseia na
imperecível Palavra de Deus. É assim que nossa fé cresce e torna-se inabalável.
No dia 16 de outubro de 1555, Nicholas Ridley e Hugh Latimer
foram levados pelas ruas de Oxford, em direção ao local de execução. Ridley
usava uma toga negra, ornamentada com peles. Por cima da toga, havia uma capa de
veludo. O homem que convidara os amigos na noite anterior para o que chamara de
festa de casamento, ainda estava alegre. Ele decidira vestir-se bem para a
ocasião em que faria o maior sacrifício, quando experimentaria um elo especial
com Cristo, no sofrimento. Estava indo, em grande estilo, e com dignidade, para
seu casamento. Latimer estava com roupas mais
simples, mas também caminhava com alegria, embora estivesse bem fraco, com a
idade avançada. As autoridades da cidade certificaram-se de que havia muitos
soldados nas ruas de Oxford, para evitar qualquer resgate ou protesto de
cidadãos simpatizantes. A procissão passou pela prisão de Bocardo,
onde Thomas Cranmer estava preso, mas os dois homens
não viram o amigo. Ele ainda estava sendo interrogado por uma autoridade
eclesiástica. Cranmer morreria bravamente, vários
meses mais tarde. A certa altura, Ridley olhou para trás e viu Latimer arrastando-se lentamente. Ele exclamou alegremente:
"Ainda estás aí?" E Latimer respondeu com
bom humor: "Sim, seguindo-te o mais rápido que posso." Finalmente
chegaram ao local. Em 1555, o local de execução ficava do lado norte do muro,
numa grande vala. Ridley passara por uma cerimônia degradante no dia anterior.
Todas as suas credenciais e honras religiosas lhe foram tiradas. Latimer havia sido publicamente desonrado vários anos
antes. Os homens condenados não tinham nada em termos de apoio humano. Havia,
entretanto, uma coisa que não podia ser tirada deles: aquele elo de fé que os
ligava a Jesus Cristo. Ainda estavam em grupo. Quando os soldados os levaram à
vala onde o terrível fogo seria aceso, Ridley virou-se para Latimer
e o abraçou, dizendo: "Tenha coragem... pois Deus diminuirá a fúria das
chamas, ou então nos fortalecerá para as suportarmos." A porta do Balliol College, em Oxford, foi
escurecida pela fúria das chamas que queimaram Ridley e Latimer.
É um testemunho mudo de sua coragem. Os próprios mártires tinham algo a dizer
antes de o fogo ser aceso. Ridley ajoelhou-se ao lado da estaca e a beijou, e
começou a orar. Latimer ajoelhou-se ao lado dele, e
orou também, com grande fervor. Foi uma cena que nenhum dos espectadores jamais
esqueceria. Um sacerdote começou a falar à multidão, alertando-os a respeito
dos graves erros nos quais aqueles dois hereges haviam caído. E enquanto sua
voz monótona continuava, Ridley e Latimer tiveram
alguns momentos para conversar. Ali estavam eles, de pé contra a estaca e
pilhas de lenha, cercados por soldados e autoridades eclesiásticas que usavam
imponentes roupas. Um homem segurava uma tocha perto deles. Apesar disso, os
dois condenados conversavam intensamente, animando um ao outro, mantendo vivo o
brilho da fé nos olhos um do outro. Lembraram-se dos velhos tempos na Pousada
Cavalo Branco. Lembraram-se de quão emocionantes haviam sido suas descobertas,
quão maravilhoso fora ver o evangelho no Novo Testamento, como se pela primeira
vez. Quão maravilhoso fora compartilhá-lo com os queridos amigos. De pé, ao
lado da estaca, Ridley e Latimer sabiam que ainda
tinham a alegria da comunhão. Ainda faziam parte de um grupo. Depois que a
condenação foi lida, os dois homens pediram permissão para falar, mas isto lhes
foi negado, a menos que fosse para retratar-se. Ridley respondeu:
"Enquanto houver fôlego em meu corpo, nunca negarei o meu Senhor Cristo e
Sua verdade conhecida; que a vontade de Deus se faça em mim." O auxiliar
do ferreiro acorrentou os dois homens juntos à estaca. Ridley disse-lhe:
"bom homem, prenda bem a estaca, pois a carne
não estará mais aqui." Bananas de dinamite foram amarradas ao redor do
pescoço deles, para que a morte pelo fogo fosse mais rápida. Finalmente, uma
tocha de fogo foi colocada na pilha de lenha. Foi então que Latimer
disse aquelas famosas palavras: "Alegra-te, Mestre Ridley, e seja homem.
Neste dia arderemos como uma vela, um fogo que, pela graça de Deus, na
Inglaterra, nunca mais se apagará." Sim, Latimer,
Ridley, Cranmer e muitos outros realmente arderam
como velas e essas velas jamais se apagaram. Continuaram a queimar, brilhando
cada vez mais, porque aqueles homens estavam reunidos em grupo, firmes na fé.
Em sua carta a Timóteo, o Apóstolo Paulo escreveu a seguinte admoestação em
Primeiro Timóteo, capítulo 3, verso 15. Ele disse: "... para que, se eu
tardar, fiques ciente de como se deve proceder na casa de Deus, que é a Igreja
do Deus vivo, coluna e baluarte da verdade." Note como o Apóstolo Paulo
descreve a igreja. É a "coluna e baluarte (ou fundamento) da
verdade." É assim que Deus desejava que fosse Sua igreja. E homens como Latimer e Ridley nos mostram como isso acontece. Eles
estavam dispostos a ir além da tradição religiosa. Não estavam presos ao
pensamento de sua época. Escolheram seguir os claros ensinos da Escritura, onde
quer que estes ensinos os levasse. Foi assim que se tornaram defensores das esquecidas
verdades do Novo Testamento. A verdadeira igreja de Deus forma um grupo que se
baseia na autoridade da Palavra de Deus, e nenhuma outra. Não é apenas uma
coleção de tradições. É a coluna e fundamento da verdade. Deus sempre teve
testemunhas desta verdade. Às vezes foram perseguidos; muitas vezes eram uma
minoria, mas esse grupo de fé sempre foi mantido vivo por vários séculos. Em
sua época, Latimer e Ridley mantiveram a chama da fé
acesa. Eles representam o grande grupo dos fiéis, pessoas que estão ligadas
pela simplicidade do Evangelho; pessoas cuja fé prova-se inabalável nos piores
momentos. Esses homens nos dão uma visão de como será a igreja de Deus nos
últimos dias, o "remanescente." Veja a descrição do último grupo de
fiéis no livro de Apocalipse, capítulo 12 e verso 17, que fala da batalha
cósmica dos últimos dias, entre o Dragão, Satanás, e "a mulher," a
igreja de Deus. diz o verso: "Irou-se o dragão contra a mulher e foi
pelejar com os restantes da sua descendência, os que guardam os mandamentos de
Deus e têm o testemunho de Jesus." Aí está. Este é o remanescente. Os
fiéis do final dos tempos. E como são eles? São um povo que ainda obedece aos
mandamentos de Deus, ainda obedece à fé de Jesus Cristo. Ainda estão firmados na
Palavra. Ainda estão unidos em Cristo. Ainda mantém a chama viva. A fé deles se
demonstra inabalável. Você está num grupo de irmãos em Cristo? Ou está tentando
fazer tudo sozinho? Você está se conformando com suas próprias opiniões a
respeito de Deus ou está fazendo descobertas emocionantes com um grupo de
cristãos que crêem na Bíblia como a Palavra de Deus?
Você se pega falando mal da igreja em vez de contribuir com seu crescimento? É
muito mais fácil reclamar e criticar e isolar-se do grupo do que desenvolver
relacionamentos no simples evangelho de Jesus Cristo? Amigo, nós precisamos uns
dos outros. Não podemos ficar sozinhos. A fé não foi feita para ser algo
privado e escondido. Foi feita para ser compartilhada. Foi feita para ser
aquilo que nos une em relacionamentos preciosos. Você gostaria de tomar uma
decisão agora, a decisão de fazer algo básico, mas muito importante; fazer
parte de um círculo de irmãos em Cristo, fiéis à Palavra de Deus? Encontre um
local de comunhão em Jesus Cristo, e comece a investir em si mesmo.
ABRIGO EM MEIO AO TEMPORAL Melodia: Tradicional / Arr. Walt
Harrah Encontrei, sim eu encontrei a Rocha da
salvação. Jesus a Rocha eterna é, abrigo em meio ao temporal. Estarei seguro
por onde eu andar, Seguro em meio ao temporal. Coro: Eu sei que em Jesus posso
encontrar, Sim encontrar sempre que precisar, Eu sei que em Jesus posso
encontrar, Abrigo em meio ao temporal. Encontrei, sim eu encontrei a Rocha da
salvação. Vou noite e dia confiar nesse abrigo que não vai faltar. Eu não
temerei, pois vou estar, Seguro em meio ao temporal. Se o vento da aflição
soprar, E o mar então se enfurecer. Eu sei que salvo estarei No abrigo do meu
bom Jesus. Sim Cristo meu Senhor é o abrigo, Ele é minha rocha contra o mal. Eu
sei que em Jesus posso encontrar, Abrigo em meio ao temporal. Encontrei, sim,
eu encontrei a Rocha da salvação. Gravado por Arautos do Rei no MMCD 9801 de A
Voz da Profecia.
ORAÇÃO Querido Pai, Te agradeço pelos cristãos corajosos
que viveram antes de nós. Eles lutaram tanto, fizeram tantos sacrifícios para
desenvolver uma comunhão genuína baseada no evangelho de Jesus Cristo. Por
favor, ajuda-nos a sair de nossa complacência. Ajuda-nos a sair de nossa
indiferença. Ajuda-nos, agora mesmo, a decidirmos fazer parte de um grupo de
irmãos. Ajuda-nos a encontrar um grupo de cristãos entre os quais possamos
investir em nós mesmos, onde possamos, juntos, ficar firmes ao lado de nosso
Salvador Jesus Cristo. Amém.
35
UMA BASE SEGURA
Pr. Mark Finley
Durante a Segunda Cruzada, um certo conde europeu
sobressaiu-se na batalha. De acordo com a tradição, o Patriarca de Jerusalém
deu-lhe uma relíquia sagrada como reconhecimento por sua bravura. Era um frasco
de cristal contendo o que se dizia ser um pouco da água manchada de sangue com
a qual José de Arimatéia lavou o corpo de Cristo. O conde voltou da Terra Santa
e apresentou a relíquia como um presente para a cidade de Bruges, na atual
Bélgica. Os agradecidos cidadãos de Bruges construíram uma igreja para guardar
a importante relíquia. Chama-se Basílica do Sangue Santo. A capela inferior
data do século XII, a época das Cruzadas. A capela superior foi destruída duas
vezes, e reconstruída. Durante séculos, peregrinos foram ali para tocar a
relíquia e estar perto daquilo que acreditam ser um traço do sangue do próprio
Jesus Cristo. Mas há uma grande ironia envolvendo a basílica. Porque no século
XVII, essa cidade e a maioria dos Flandres haviam se tornado o que alguns
chamam de um "aterrador covil de assassinos." A perseguição religiosa
fez muitas vítimas. Não muito longe da Basílica do Sangue Santo, o sangue de
devotos seguidores de Jesus foi derramado em nome da religião. Os mesmos
peregrinos que reverentemente entravam na igreja para estarem perto do sangue
do Salvador, eram capazes de ir à praça do mercado e assistir, com prazer,
hereges serem queimados vivos. Hoje vamos contar a extraordinária história de
um homem que morreu ali. Um homem simples e corajoso, Jacob, o fabricante de
velas. Quando Jacob de Roore foi feito prisioneiro,
em 1569, Bruges tinha praticamente a mesma aparência de hoje. É uma das cidades
mais bem preservadas da Europa. Por causa de seus muitos canais, era chamada a
Veneza do Norte. Durante muitos anos, Bruges prosperou como centro de comércio.
Quando Jacob passou pelos edifícios e caminhou pelas ruas da cidade, tudo deve
ter lhe parecido bastante sinistro. Todos os olhos que se viraram para olhá-lo
viam apenas um herege. Todas as autoridades civis e religiosas da cidade
estavam unidas contra ele. Resumindo, Jacob entrou em Bruges, um homem
condenado. Ele havia ousado falar de crenças religiosas que não se encaixavam
nas tradições da igreja. Em 1569, a igreja tinha o poder de eliminar a vida
daqueles que a ameaçavam. Jacob, por exemplo, acreditava que os cristãos
deveriam confessar seus pecados somente a Cristo, o Sumo Sacerdote, e não a um
sacerdote humano. Ele acreditava que apenas Cristo tinha a autoridade de
perdoar pecados. Ele também acreditava que a comunhão era partir o pão em lembrança
do corpo ferido de Cristo, e não algum sacramento mágico. Ele ainda afirmava
que o batismo era uma coisa para adultos, e não para bebês. Estas opiniões
religiosas podem não parecer revolucionárias hoje, mas em 1500 eram um crime
capital, um crime tão sério quanto trair o país. Foi por isto que Jacob, o
fabricante de velas, foi trazido preso por correntes. Aqueles que o conheciam o
descreviam como um homem temente a Deus, inteligente, bondoso e eloqüente. Ele dava duro, num trabalho honesto, amava a família
e nunca prejudicara ninguém. Mas isto não significava muito para as autoridades
de Bruges. Eles concluíram que suas crenças eram uma ameaça intolerável para a
sociedade. Jacob tinha que ser persuadido a mudar de opinião... ou sofrer as conseqüências. É difícil imaginar como esse solitário
artesão conseguiu ficar firme. Jacob já ganhara a vida como tecelão, e mais
tarde fabricando velas. Não tinha uma formação teológica. Preparados
intelectuais da igreja dispuseram-se a discutir com ele. Por trás deles, tinham
o peso da autoridade da igreja. Devemos lembrar que, no século XVI, a
autoridade da igreja, para a maioria das pessoas, era como a autoridade do
próprio Deus. Em suma: os oponentes de Jacob tinham todas as armas do lado
deles, sem esquecer a pior delas, que era a morte na fogueira. Mesmo assim,
Jacob conseguiu resistir à enorme pressão feita sobre ele. De alguma forma,
Jacob encontrou uma base para sua crença: um fundamento inabalável. Ele
preservou sua fé contra todas as forças. Temos um incrível relatório dos
procedimentos contra Jacob, guardados pelo escrivão do tribunal. O escrivão
também guardou o longo interrogatório que Jacob teve que suportar.
Interrogatório que, em alguns momentos, deve ter ocorrido em sua cela. A partir
desses impressionantes relatos, transcritos primeiramente há cerca de 300 anos,
podemos ter uma visão sobre quem era Jacob, que tipo de pessoa era. O principal
interrogador de Jacob era um monge franciscano chamado Frei Cornelis. Ele
estava determinado a converter Jacob do que chamava de "crença falsa e
perversa", trazendo-o de volta à fé católica, fossem quais fossem os meios
necessários. Assim, quando Jacob quis dizer que o livro de Apocalipse tinha
algumas profecias muito interessantes sobre como uma igreja pode transformar-se
em Babilônia, Cornelis retrucou com as seguintes palavras, copiadas pelo
escrivão: "Bah! O que você entende sobre o Apocalipse de São João? Que
universidade freqüentou? Suponho que no tear, pois
pelo que sei você não era nada além de um pobre tecelão e um fabricante de
velas, antes de sair pregando e rebatizando por aí." Com ironia, o frei
acrescentou: "Estudei na universidade de Louvain,
e estudei divindade durante tanto tempo, mas não entendo nada sobre o
Apocalipse de São João; isto é um fato." Jacob respondeu: "Cristo
agradeceu Seu Pai Celestial, que Ele revelara e tornara conhecido a bebês, e
escondera dos sábios deste mundo, como está escrito em Mateus 11, verso
25." Cornelis rebateu com escárnio: "Deus revelou-se a tecelões do
tear, a sapateiros em seus bancos e a fabricantes de foles, acendedores de
lanternas, fabricantes de vassouras, a homens que fazem telhados, e todos os
tipos de gentalha, e pobres e imundos vagabundos e mendigos? E a nós,
eclesiásticos, que estudamos desde a juventude, noite e dia, Ele
escondeu?" O frei não podia acreditar em algo tão despropositado. À medida
que o interrogatório continuou, ficou cada vez mais aparente que Jacob
verdadeiramente compreendia verdades profundas da Escritura, e o frei estava
brincando de gato e rato com ele. Quando Jacob apresentava raciocínios a partir
da Bíblia, afirmando claramente suas crenças, Cornelis dava respostas do tipo:
"O diabo senta-se em suas bochechas; o diabo e sua mãe brincam com sua
boca horrenda." Quando Cornelis exigiu saber como Jacob ousava pregar e
ensinar a outros, Jacob respondeu francamente: "Não sou bispo, nem me
considero professor; mas em certas ocasiões já orientei irmãos e irmãs... com
exortações da Palavra de Deus... de acordo com minha habilidade." Jacob
permaneceu firme através de longos interrogatórios que precederam sua execução.
Ele demonstrou uma fé inabalável. Embora os poderes civis e religiosos
estivessem unidos contra ele, ele encontrara uma base na qual apoiar-se. Sua
base era a Palavra de Deus, e somente a Palavra de Deus. Nas Escrituras, ele
encontrou um poder incomum, uma força diferente. Encontrou o poder de resistir
às forças da igreja e do estado que estavam tentando destruir sua fé. Jacob
apenas confiou nos ensinos simples da Escritura. Esta era sua autoridade. E era
o suficiente para ele. Quando Cornelis tentou envolver Jacob num debate sobre
os vários sacramentos que a igreja desenvolvera, Jacob respondeu: "Como
estas coisas todas não são mencionadas nem conhecidas na Santa Escritura... eu
não as compreendo." A certa altura, Cornelis perguntou, exasperado, como
este "tecelão vagabundo" ousava desafiar o santo concílio de Trento,
e os ensinamentos de cardeais e bispos e padres.? O escrivão do tribunal
exclamou: "Você deve buscar mais instrução, Jacob." E até o tabelião
manifestou-se, dizendo: "Eu também desejo o mesmo, Jacob, que você não
confie tanto em sua própria sabedoria." Mas Jacob respondeu: "Peço
perdão, senhores, mas não confio em minha sabedoria, e sim nas palavras de
Cristo." A própria Escritura era simples o suficiente. Dava ao homem uma
base para fundamentar-se, mesmo num mundo onde a conformidade com a tradição
era imposta pela espada. Ela revelava o que era essencial. Como disse Jacob:
"Estamos satisfeitos simplesmente com as santas Escrituras; pois tudo que
é necessário que saibamos para nossa salvação, encontramos abundantemente
nelas, e não precisamos buscar as doutrinas de homens." Lendo o notável
relato desse interrogatório, sente-se que Jacob, o fabricante de velas, tinha
muito conhecimento da Escritura. Ele conhecia sua perspectiva. Ele sabia o que
ela enfatizava. Ele conhecia seu espírito. Uma das marcas dos grandes heróis da
fé cristã é que ficaram firmes na Palavra de Deus. Os mártires derramaram
sangue com tanta coragem porque encontraram certeza e clareza nos ensinos da
Escritura. Na época em que os cristãos foram perseguidos pelos imperadores
romanos, muitos crentes foram sentenciados a uma vida de trabalho escravo nas
minas de cobre. Suportaram maus tratos brutais. Cada trabalhador tinha o tendão
de seu pé esquerdo queimado, e o olho direito lhe era arrancado com uma faca. O
historiador Eusébio narra uma cena inesquecível entre os cristãos famintos e
mutilados. Ele encontrou um grupo que estava fazendo um culto. Ouviu que alguém
estava lendo grandes porções da Bíblia. Eusébio chegou mais perto, e então
notou, para sua surpresa, que o homem que falava estava completamente cego, um
homem chamado João. Ele não estava lendo, mas recitando a Escritura de memória.
O historiador escreveu: "Aqueles que tinham o uso de seus olhos
juntavam-se num círculo e ele, que usava apenas os olhos de sua mente, falava
com clareza, como um profeta, e muito melhor do que aqueles que estavam
fisicamente inteiros." Acontece que João era capaz de recitar livros
inteiros da Escritura, tanto do Velho quanto do Novo Testamento. E assim, até
mesmo nas minas de cobre, na periferia do Império Romano, os cristãos
encontravam alimento espiritual; encontravam um fundamento para a fé; podiam
beber da Palavra de Deus, recitada pelo cego, João. Sempre foi assim durante
toda a História. A fé inabalável vem da "Palavra inabalável de Deus."
Foi assim com Dietrich Bonhoeffer, um corajoso pastor
da Alemanha, que resistiu ao regime nazista. Ele foi executado pela SS, pouco
antes do fim da Segunda Guerra Mundial. Antes de sua morte, Bonhoeffer
conseguiu mandar, da prisão, algumas cartas e ensaios. Eles nos mostram o
verdadeiro cristianismo que enchia seu coração. Mostram um homem que estava
confiante e seguro na Palavra de Deus. Depois de uma terrível experiência,
quando bombas explodiram quase destruindo sua cela, Bonhoeffer
escreveu: "Os pesados ataques aéreos... levaram-me de volta à oração e à
leitura da Bíblia." Em suas cartas, esse pastor que esperava a execução
falou de quanto se alegrava nas Escrituras. "Estou lendo a Bíblia inteira
de capa a capa," escreveu. "Leio os Salmos todos os dias, como faço
há anos; eu os conheço e os amo mais do que qualquer outro livro." Depois
da guerra, um prisioneiro lembrou-se de Bonhoeffer
como "um dos poucos homens que já conheci para quem Deus é um Amigo
real." As pessoas que encontram maneiras de levantar-se contra a corrente
religiosa, nos piores momentos encontram uma base na Palavra de Deus. Sempre
foi assim. Precisamos desesperadamente de uma base hoje. Há muita coisa no
mundo que vai contra o amor, a verdade e a responsabilidade moral. Há uma onda
operando na mídia, em nossas instituições, em nossa vizinhança, que parece
querer eliminar a fé e a religião. Como podemos evitar que nós e nossa família
sejamos levados por essa onda? A Palavra de Deus nos dá uma base segura. É como
se fosse uma grande ponte de pedra cruzando sobre uma sociedade mal
direcionada. Seja qual for a corrente da moda num determinado momento, a ponte
da Escritura nos dá uma base segura e certa. Sempre estará lá. O profeta Isaías
nos diz, em Isaías 40, verso 8: "Seca-se a erva, e cai a sua flor, mas a
palavra de nosso Deus permanece eternamente." O salmista acrescenta que a
Palavra de Deus está firmada para sempre no céu. (Salmos 119, verso 89). É por
isso que será sempre uma lâmpada para nossos pés, e luz para o nosso caminho.
(Salmos 119:105) Leia este trecho de Salmos 119, versos 97 a 99: "Quanto
amo a tua lei! É a minha meditação, todo o dia! Os teus mandamentos me fazem
mais sábio que os meus inimigos; porque, aqueles, eu os tenho sempre comigo.
Compreendo mais do que todos os meus mestres, porque medito nos teus
testemunhos." A inabalável Palavra de Deus é o fundamento da fé inabalável
dos heróis cristãos. Estas palavras do Salmo 119 podem ter sido uma motivação
para Jacob, o fabricante de velas. Ele certamente demonstrou-se mais sábio do
que seus inimigos, mais inteligente do que aqueles que supunham ensiná-lo,
porque havia meditado na Palavra de Deus. Entretanto, Jacob não apenas estudou
a Bíblia para vencer debates. A Escritura significava muito mais para ele do
que uma fonte de doutrinas corretas. Era também o consolo e o apoio do Pai
Celestial. Percebemos isso claramente numa carta que ele mandou para sua família.
Isso mesmo, Jacob fora separado da mulher e dos filhos. Ele ansiava voltar para
casa, e viver outra vez com seus amados, como o resto dos habitantes de Ghent. Jacob escreveu estas palavras enquanto aguardava sua
execução: "Minha querida amada e escolhida esposa, fiquem felizes em saber
que minha mente está razoavelmente bem... exceto que estou muito triste por
você e pelas crianças, já que amo vocês de todo o coração. E nada há sob o céu
que me faça desejar deixá-los; mas pelo Senhor e Suas invisíveis riquezas
devemos deixar tudo..." Pensar no futuro de sua família era mais do que
Jacob poderia suportar. Ele encontrou forças nas Escrituras. A palavras de Deus
encheram sua mente. E ele compartilhou essa força com outros. Escrevendo a sua
esposa sobre seus filhos, ele disse: "Assim, minha mui amada esposa, faça
o melhor que puder com eles... E não desmaie por causa das tribulações que
devemos sofrer, mas lembre-se de como o Cordeiro inocente, Cristo Jesus, teve
que sofrer desde o princípio e ser fiel. Assim diz o Senhor: "Aquele que
tocar em vós toca na menina do seu olho." Zacarias 2, verso 8. Jacob
continuou ainda escrevendo sobre o "eterno peso de glória, acima de toda
comparação" que os aguardava, sobre o tempo em que Deus lhes enxugaria
todas as lágrimas dos olhos, e sobre as coisas maravilhosas que Deus havia
preparado e continuava preparando para aqueles que amam Sua vinda. Ele
concluiu: "Assim, minha querida esposa, ache conforto nestas palavras, e
seja paciente... Desde agora eu a entrego ao Senhor. Escrito no dia 24 de
abril, por mim, Jacob, seu marido. Copie isto e mantenha-o em memória de mim;
pois eu não sei se poderei escrever-lhe mais alguma vez." Assim, Jacob foi
levado à fogueira, no centro de Bruges, diante da Prefeitura. Ele foi queimado
no dia 10 de junho de 1569. Foi escrito num poema que ele morreu "com
espírito intrépido," testificando, "diante do mundo" com seu
próprio sangue. Jacob, o fabricante de velas, morreu de pé, em mais de um
sentido. Ele encontrara uma base inamovível para sua fé. Um fundamento sobre o
qual estava seguro. Uma base de amor, conforto e segurança. Sua incrível
coragem veio diretamente da Palavra de Deus. O mais importante, entretanto, é
que ele não fez isso por ter fechado os olhos e se apegado obstinadamente a
suas opiniões. Ele não venceu porque se recusou a ouvir a opinião de outros.
Jacob não era, de maneira alguma, um fanático. Ele ouvia com atenção tudo o que
seus acusadores diziam, e respondia com mais atenção ainda. Ele era cortês
quando eles o insultavam. Declarava suas posições com clareza e calma, quando
eles tentavam confundi-lo com armadilhas. Outro exemplo dessa fé a toda prova,
é o exemplo de Martinho Lutero. Lutero ficou famoso pelas declarações que fez
no tribunal. Ele foi um dos primeiros que, abertamente, recusou e resistiu ao
colossal poder da igreja na Idade Média. Uma igreja que tinha se tornado cada
vez mais corrupta. Na assembléia imperial de Worms,
Lutero foi levado perante o Santo Imperador Romano, Charles, e representantes
do poder papal estavam presentes com suas vestes imponentes. Parecia que toda a
cristandade estava contra ele. "Ir contra a consciência não é nem correto
nem seguro. Portanto, não posso e não desejo me retratar. Esta é minha posição.
Não posso fazer outra coisa." Sempre foi assim para aqueles que possuem
uma fé inabalável em Cristo. Sempre estiveram presos à Palavra de Deus. E
sempre encontraram uma base segura. Em 1488, o povo de Bruges prendeu
Maximiliano da Áustria, e decapitaram seu conselheiro, Pieter Lanchals. O nome Lanchals é muito
semelhante à palavra holandesa que significa "pescoço longo." Talvez
por esta razão, conta a história que Maximiliano fez um certo decreto depois de
ser liberado. Ordenou que Bruges pagasse por seu crime mantendo cisnes de
pescoços longos nos canais da cidade, em todas as épocas. E assim, as lindas
criaturas ainda flutuam pelas águas de Bruges; uma forma de expiar por um
passado horrendo. Depois de ler as cartas de Jacob, o fabricante de velas e o
relatório de seu interrogatório, estou inclinado a vê-lo como um tipo de cisne.
Ou seja, ele me lembra essa história de Maximiliano nesta cidade, há tanto
tempo. A morte de Jacob foi terrível, horripilante. Não gosto nem de pensar em
alguém queimar até morrer por causa de suas crenças. Mas o testemunho de Jacob
permanece conosco, flutuando sobre as águas. Seu eloqüente
testemunho de que a Palavra de Deus basta, contrasta com as calúnias e orgulho
dos acusadores. Há uma beleza pura e simples em seu sacrifício pelos claros
ensinamentos da Escritura. Há carinho na maneira como ele confortou sua esposa
com a Palavra de Deus. Precisamos nos lembrar da linda declaração de Jacob.
Todos nós precisamos de uma base para nossa fé. Precisamos disso agora.
Precisamos superar as pressões do dia-a-dia.
Precisamos vencer as crises, as mágoas, as tristezas, as desilusões da vida.
Será que a Palavra de Deus está viva e ativa em sua mente e coração hoje? A
Palavra de Deus é seu guia? É sua amiga que lhe dá conforto e segurança? Leva
alegria a seu coração? Cura as tristezas e desapontamentos? É algo sólido e
seguro no qual você pode confiar? Você entregou sua vida ao Cristo da Palavra?
Sim, porque ao abrirmos a Bíblia, encontramos Jesus Cristo. E é Cristo que é a
Sólida Rocha na qual podemos confiar, colocar nossa esperança. Você pode basear
sua fé e sua vida na Escritura.
ORAÇÃO Querido Pai que estás no Céu, muito origado porque podemos basear nossa fé em Tua Palavra.
Obrigado pelo testemunho de Jacob e outros heróis da fé que defenderam com
tanta coragem a verdade e o amor. Precisamos que a Bíblia torne-se a Palavra de
Deus em nossas vidas. Por favor, ajuda-nos a meditar em Tua Palavra todos os
dias, e faça com que as idéias contidas ali façam
morada em nosso coração, permitindo que encontremos consolo e segurança em Tua
Palavra. Por favor, faça com que Tua Palavra continue ardendo em nosso coração
para sempre. Em nome de Jesus, amém.
36
MÁRTIRES DE MENTE ABERTA
Pr. Mark Finley
Ele era um zeloso padre que tentou reformar a igreja um
século antes de Martinho Lutero. Ele tomou uma atitude corajosa numa época de
grande corrupção religiosa, mas pagou o preço por isso. John Huss é considerado um grande herói na República Tcheca. Por
mais de 500 anos ele serviu como um símbolo de resistência à opressão. Huss também foi um notável ser humano, que demonstrou uma
qualidade que poucos de nós associam com os grandes mártires da igreja. No
início do século XV, um jovem e inteligente palestrante da Universidade de
Praga descobriu os escritos do reformador inglês, John Wycliffe.
Ficou logo convencido de que a igreja, na Boêmia, precisava de urgentes
mudanças. Algumas das crenças e práticas da igreja simplesmente não se
coadunavam com os ensinos do Novo Testamento. Assim, com vinte e poucos anos de
idade, John Huss começou a falar contra os milagres
forjados e a avareza eclesiástica. Instigava as pessoas a pararem de buscar um
sinal físico da presença de Cristo, -como uma estátua que vertesse sangue - e
passassem a procurá-Lo em Sua Palavra. É claro que a poderosa igreja da época
não se agradou com as críticas e logo Huss foi
acusado e perseguido como herege. Ele, porém, ficou firme, respondendo
ousadamente aos acusadores: "Creio que, pela graça de Deus sou um cristão
sincero, e não me desviei da fé. Prefiro sofrer a dura punição da morte a fazer
algo contrário... aos mandamentos do Senhor Jesus Cristo." Em outra
ocasião, Huss declarou: "É melhor morrer bem do
que viver perversamente. Ninguém deveria pecar para evitar a punição da morte.
A verdade sempre vence." O monumento a Huss,
erigido na velha Praça Central de Praga, celebra o homem que disse essas
corajosas palavras. Na estátua, ele está olhando para a Igreja Nossa Senhora de
Tyn. Ele parece olhar por cima de suas duas torres
góticas com altiva determinação, como se ainda pedisse uma profunda reforma na
igreja. Mártires corajosos como John Huss, geralmente
são lembrados em estátuas. Quando olhamos para o rosto imóvel, de pedra, surge uma importante pergunta em nossa mente: Como puderam ter
tanta certeza de que estavam certos? Reformadores como Huss,
por definição, tiveram que remar contra a correnteza; tiveram que acreditar que
estavam certos e a maioria, ao redor deles, errada. Tiveram que ficar firmes
contra tremendas pressões. Não podiam aceitar tradições religiosas, ou opiniões
populares. Isso nos faz pensar: qual a diferença entre um reformador e um
fanático? Qual a diferença entre defender a verdade bíblica com coragem e
defender teimosamente suas próprias opiniões? Como nos apegamos firmemente à
verdade, sem termos uma mente fechada? Às vezes temos que admitir que os
seguidores dos grandes reformadores começam a parecer estátuas, em vez de seres
humanos. Ou seja, tornam-se rígidos e impassíveis como um monumento de pedra.
Eles têm a verdade final e ninguém pode lhes ensinar nada. Os grandes
reformadores tiveram que acreditar que tinham descoberto verdades que a maioria
das pessoas da igreja ao redor deles simplesmente eram incapazes de ver, mas os
fanáticos também acreditam que estão certos... e que o resto está errado.
Grandes mártires estavam dispostos a morrer por aquilo em que acreditavam, mas
líderes de seitas como David Koresh também estão.
Você percebe o problema? Não é suficiente ter fortes opiniões religiosas.
Precisamos tomar a posição certa. Precisamos defender a verdade de maneira
saudável. É verdade que precisamos de uma fé inabalável para permanecer fiéis
nos piores momentos. Não queremos que essa fé se torne meramente uma pedra: dura,
rígida, fechada a todas as outras influências. Se nossa fé for como a pedra,
acabará quebrando. Felizmente, o próprio John Huss
nos mostra a saída para nosso dilema. Quando olhamos atentamente para seu
ministério em Praga, podemos entender como ser firmes, sem nos tornar apenas
estátuas. Caminhando pelas ruas do distrito histórico da velha Praga, chegamos
à Capela de Belém. Foi nela que, em 1402, John Huss
foi designado prior. Foi onde pregou o evangelho às pessoas em sua própria
língua. Foi onde, ousadamente, pediu uma reforma na vida e nas crenças dos
membros da igreja. Huss continuou seu ministério na
capela, às vezes com grande perigo de vida, às vezes com interrupções forçadas,
até sua morte em 1415. Huss pregou com ousadia. O
grande reformador falou contra a corrupção da igreja. Com coragem, defendeu o
único verdadeiro evangelho. Nota-se, porém, outra coisa em sua vida e
ministério. John Huss tratava seus inimigos com muita
delicadeza. Depois que Huss foi excomungado pelo Papa
Alexandre, ele defendeu suas crenças bíblicas com muita habilidade. Incentivou
o povo a orar pelo Papa, para que Deus "o preservasse do mal e
graciosamente permitisse que ele fosse o sal da terra." Huss permaneceu afável até o final. Enquanto esperava a
morte na fogueira, escreveu uma carta a amigos, expressando grande apreciação
porque um homem, durante seu julgamento, lhe apertara a mão. Foi um gesto de
amizade estendido a Huss e ele disse: "Foi um
gesto a um herege desprezado e miserável como eu, acorrentado e amaldiçoado por
quase todos." Em suas cartas finais, ele também mencionou alguns
compatriotas que o haviam apoiado e depois tornaram-se inimigos. Foram eles que
o entregaram aos chefes da inquisição. Em sua carta, Huss
implorava a seus amigos: "Eu lhes rogo que orem por eles." Como
escreveu um biógrafo, "Não há amargura em seu coração; nenhuma
recriminação. Somente amor e perdão." Uma das marcas dos fanáticos é que
transformam todos os que discordam deles em inimigos. Qualquer um que não os apóie 100 por cento é do diabo. Mas John Huss conhecia a graça. Sabia que todos nós caímos em erro;
todos nós somos frágeis. Ele foi bondoso mesmo com aqueles que estavam
decididos a destruí-lo. Os fanáticos se isolam cada vez mais das pessoas.
Grandes heróis da fé estendem sua benignidade a cada vez mais pessoas. No pátio
da Capela de Belém, John Huss levantou-se para
defender firme e inequivocamente o evangelho de Jesus Cristo. Defendeu a
autoridade da Palavra de Deus; e somente ela. Ao ler sobre as controvérsias
doutrinárias que cercaram esse homem, pode-se notar algo extraordinário: Ele
sempre fazia grandes esforços para manter-se razoável, para manter a mente
aberta. Huss lutou grandes batalhas contra o clero
corrupto de seus dias, mas lutou com cuidado. Uma das grandes batalhas foi
sobre os ensinamentos de John Wycliffe. Em Praga, as
pessoas eram a favor de Wycliffe, ou contra ele. Ou
ele era o novo apóstolo da verdade, ou o porta-voz do próprio Satanás. Sendo
assim, é claro que as autoridades queriam saber de que lado Huss
estava. Bem, Huss admitiu abertamente sua simpatia
por Wycliffe, mas foi cuidadoso na hora de explicar
exatamente por quê. Ele se esforçou para distinguir o que Wycliffe
realmente afirmou em seus escritos, e o que as pessoas achavam que ele dissera.
Em vez de envolver-se nos slogans que as pessoas estavam jogando umas nas
outras, John Huss tentou tornar a questão mais clara.
A certa altura, o papa impôs uma interdição a todos os cidadãos de Praga: Como Huss continuava a pregar na cidade, todos os seus
habitantes foram excomungados e destituídos de todo o ministério espiritual da
igreja. Bem, isso era algo muito, muito grave. E Huss
enfrentou um tremendo dilema. Deveria sair de Praga, ou deveria ficar? Se
saísse, a interdição seria suspensa e os serviços da igreja seriam retomados.
Entretanto, se saísse, estaria agindo contra sua consciência. Um dos princípios
que havia defendido apaixonadamente fora este: se alguém pára
de pregar e abandona seu posto por causa de uma excomunhão injusta, comete
grave pecado contra a causa de Deus. Huss não queria
abandonar seu rebanho num momento de perigo. O que deveria fazer? Huss consultou dois de seus assistentes na Capela de Belém.
Depois de muita meditação e oração, o reformador decidiu ir embora e poupar o
povo de Praga da excomunhão que tanto temiam. Mas ele também prometeu visitar a
capela secretamente, e "fortalecer as ovelhas de Cristo" sempre que
tivesse oportunidade. As atitudes de Huss falam bem
alto sobre as diferenças entre um fanático, uma estátua rígida, e um verdadeiro
herói da fé. Tipicamente, quando um fanático defende publicamente uma posição
que considera ser um princípio, ele nunca modifica aquela posição, não importa
quão perigosa ou prejudicial venha a ser. Ele não pode admitir um erro. Huss, entretanto, estava disposto a abrir
mão de um conceito que não fosse verdade bíblica. Numa área que não
lidava diretamente com a autoridade da Bíblia, ele agiu pelo bem dos outros.
Escolheu o menor dos males: caminho que traria menos mal
às pessoas que amava. O mais incrível nesse grande homem de Deus, que proclamou
a verdade com tanta ousadia e levantou-se contra a autoridade da igreja, é que
ele tenha permanecido tão humilde e aberto a novas verdades. Como esse
solitário sacerdote iniciou reformas que estavam tão à frente de seu tempo?
Veja o que Huss escreveu: "Desde o início de
meus estudos, estabeleci para mim mesmo a seguinte regra: sempre que ouvir uma
opinião mais sábia, em qualquer assunto, com alegria e humildade abandonarei a
posição anterior, pois sei que as coisas que aprendi são muito pequenas em
comparação ao que ainda não sei." Que atitude revigorante! Há líderes
espirituais que se tornam fanáticos, que se tornam rígidas estátuas, estão
certos de que sabem tudo, de que conhecem a verdade, toda a verdade, e nada
além da verdade. A verdade só existe na cabeça deles. John Huss,
esse gigante da fé, reconhecia que o que não sabia era muito maior do que
aquilo que sabia. Huss permaneceu aberto a novas idéias até o fim. Procurava o conselho de outros.
Continuava estudando a Escritura para refinar suas crenças. Considerava com
atenção os argumentos dos inimigos. Na verdade, ele anotava o que os inimigos
diziam e comparava com as Escrituras. Vemos isto mesmo depois que Huss fora julgado e condenado por um concílio da igreja na
cidade suíça de Constance. Esta foi sua declaração final aos acusadores, e cito
suas palavras: "A respeito dos artigos retirados de meus livros... declaro
que se algum deles contiver alguma idéia falsa, eu
repudio esta idéia falsa. Mas temendo ofender a
verdade... não estou disposto a retratar-me de qualquer um deles. Se fosse
possível que minha voz fosse ouvida no mundo inteiro, como no Dia do Juízo,
quando todas as mentiras e todos os meus pecados serão revelados, eu
alegremente retrataria perante o mundo todas as falsidades e todos os erros que
pensei em dizer, ou que disse." Aí estava um homem disposto a morrer pela
verdade que estava tão clara no Novo Testamento. Aí estava um homem disposto a
reconhecer suas fraquezas e pecados e que permaneceu aberto à persuasão da
palavra de Deus até o fim da vida. John Huss teve que
tomar uma atitude corajosa contra o poder e a autoridade da igreja, numa época
de ignorância e corrupção. Permaneceu, porém, sempre aberto a novos ensinos, um
servo aos pés de Jesus Cristo. Huss procurava forças
nas Escrituras. Passagens como a de Salmos 27, verso 11 lhe traziam grande
esperança e coragem: "Ensina-me, Senhor, o teu caminho e guia-me por
vereda plana, por causa dos que me espreitam." Huss
sobressai-se na História como o mártir de mente aberta. Sua vida demonstra a
importante diferença entre os fanáticos, pessoas que têm uma fé de pedra, e os
verdadeiros heróis cristãos, que possuem uma fé inabalável. Esta fé inabalável
foi testada na histórica Prefeitura de Praga, fundada em 1338. O edifício foi
reconstruído e restaurado numerosas vezes desde então. Foi ali que as
autoridades da cidade tiveram que contender a respeito das questões do
reformador Huss. Tiveram que lidar com acusações de
heresia. Tiveram que lidar com a ameaça de excomunhão. Esta era uma questão de
extrema gravidade no século XV. O nome de John Huss
foi citado muitas vezes e causou muita controvérsia. O mesmo
se pode dizer do nome do companheiro de John, na reforma: Jerônimo de Praga. Huss e Jerônimo trabalharam juntos para divulgar o
evangelho que estivera enterrado durante séculos de tradição eclesiástica.
Tinham eles personalidade e formação muito diferentes. Huss
viera de uma vila do interior. Jerônimo pertencia a uma família nobre. Huss expressava-se com simplicidade; Jerônimo era
brilhante, articulado... e impulsivo. Na verdade, Jerônimo era cavaleiro, bem
como filósofo e professor. Sentia-se em casa entre os orgulhosos nobres da
época. Quando as reformas de Huss começaram a atrair
a atenção e ira do Papa, Jerônimo imediatamente as defendeu e o fez com muita eloqüência. Quando veio a perseguição, Jerônimo resistiu
bravamente. Estava pronto para a luta. A certa altura, ele e alguns
companheiros jogaram um padre no rio, onde o homem quase morreu. O que Jerônimo
talvez não percebeu, a princípio, foi quão fácil é,
para alguém brilhante e talentoso, tornar-se cheio de si, confiar em suas
próprias habilidades. Jerônimo deixou uma forte impressão em todas as
universidades onde estudou e lecionou. Era fácil para ele começar a acreditar
que tinha todas as respostas. Era fácil para ele esquecer que não sabia tudo.
Jerônimo lutou com ousadia e coragem pela reforma... até que caiu na prisão.
Pouco tempo depois que Huss foi preso e julgado na
cidade de Constance, Jerônimo também foi preso. Passou um ano numa sala fria,
escura e úmida. Às vezes ficava acorrentado numa posição desconfortável e
dolorida. Ficou doente; úlceras apareceram em suas pernas. Finalmente, o
espírito de Jerônimo vacilou. Por isso, concordou em assinar um documento
declarando que se submeteria aos ensinamentos da igreja, e que condenava os
erros de Wycliffe e Huss. O
amigo de Jerônimo, Huss, havia sido levado à fogueira
por causa de sua fé. A fé de Jerônimo, porém, vacilou. Por quê? O que fez a
diferença? Ouça as palavras de um biógrafo: "Consciente de sua força,
cheio de confiança em suas habilidades, Jerônimo aventurou-se em situações para
as quais não tinha poder. Aquela profunda falta de confiança em si mesmo, que
no coração humilde do cristão está associada a uma completa dependência na
força divina, e que era uma memorável qualidade em toda a experiência de Huss, mal podia ser notada nos primeiros encontros de
Jerônimo com seus inimigos." O que fez a diferença? Um homem conhecia suas
fraquezas e confiava completamente na força divina e mantinha a mente aberta. O
outro estava confiante demais em sua inteligência, em sua força. Sua fé
tornou-se como uma pedra e acabou quebrando. Mesmo depois que Jerônimo se
retratou, foi mantido preso. Ele teve muito tempo para pensar e orar. Acabou
encontrando o caminho de volta a uma fé inabalável. Como? Há uma pista em seu
último julgamento. Ele falou com eloqüência, mas com
uma medida de humildade. Ele ficou firme ao lado da Escritura como autoridade
máxima. Quando ameaçado com a morte na fogueira, Jerônimo respondeu:
"Seria minha vida tão preciosa para mim que me recusaria a entregá-la...
por Aquele que deu sua vida por mim?" Quando recebeu a promessa de favores
caso se submetesse, Jerônimo respondeu: "O único favor que exijo é ser
convencido pelas Santas Escrituras." Seus acusadores perguntaram,
indignados: "Acaso crês ser mais sábio que todo o concílio?" Jerônimo
calmamente respondeu: "De forma alguma, já que estou ansioso por ser
instruído." Ele declarou que desejava ser ensinado "pela Santa
Escritura, que é a tocha que nos ilumina." Jerônimo havia descoberto uma
fé inabalável, não se tornando uma estátua rígida, mas abrindo sua mente,
confiando na força divina em vez de em sua própria inteligência. Como diz o
salmista Davi, em Salmos 86, verso 11: "Ensina-me, Senhor, o teu caminho,
e andarei na tua verdade; dispõe-me o coração para só temer o teu nome."
Depois que Jerônimo morreu, suas cinzas, como as de Huss,
foram jogadas num rio. Era uma tentativa de apagar a lembrança da vida deles e
de seus ensinamentos. Mas esses dois homens continuam vivos; o testemunho deles
ainda é eloqüente. Seu exemplo saiu de Praga como uma
grande corrente, a todos os cantos do mundo, a todos os lugares onde há
cristãos buscando uma fé inabalável. Pode parecer um paradoxo, mas uma fé
inabalável, na verdade, é uma fé flexível. Ou seja, é uma convicção aberta às idéias, crença com sensibilidade. A fé inabalável vem de
estarmos conscientes da fraqueza, conscientes de tudo que não sabemos. Vem de
sentarmo-nos humildemente aos pés de Jesus, para aprender mais. É assim que
podemos ficar firmes nos piores momentos. Deus realmente esconde nossa alma nos
momentos de crise. Em que você está confiando agora, amigo? Onde está a fonte
de sua força? Você está aprendendo cada dia mais da Palavra de Deus? Jesus
Cristo é seu mestre, ou você está apenas defendendo suas opiniões religiosas?
Vamos decidir, agora mesmo, abrir nossa mente. Vamos decidir, dia a dia,
confiar completamente no poder ilimitado e na inigualável sabedoria de nosso
maravilhoso Salvador Jesus Cristo.
JESUS, MINHA FORÇA Letra e Música: Dick e Melodie Tunney Pronto Ele está a perdoar, Pronto Ele está a
consolar, Somente em Deus encontrarás Força pra lutar,
Força pra amar, Força pra vencer o mal. Sem saída estás, Sem razão pra viver,
Solução já não podes ver... Só resta em Deus confiar Só então sentirás O amor
de Deus te tocar, Teu fiel Salvador e Rei Perto estará pra
te ajudar. Se em tristezas estás Cansado de tanto chorar, Busca em Deus, a
fonte de poder, Força pra vencer todo o mal. Gravado
por Eclair no CBCRCD-120 da gravadora CBCR
ORAÇÃO Querido Pai que estás no céu, abra nosso coração e
mente aos ensinamentos de Tua Palavra. Abra nossa mente, cada dia, à medida que
seguimos nosso Senhor e Salvador, Jesus Cristo. Amém.
37
FIDELIDADE A TODA PROVA
Pr. Mark Finley
A Torre de Londres, atrás de mim, é provavelmente a prisão
mais famosa do mundo. Originalmente serviu como forte e palácio real. Todos os
monarcas britânicos, de William, o Conquistador, a Henrique VIII, viveram aqui.
Mas, eventualmente, tornou-se uma prisão, e cena de muitas execuções. Sir
Walter Raleigh passou 13 longos anos atrás destas paredes. Até Ana Bolena
passou tempo aqui quando perdeu o favor de Henrique VIII. E a mulher que se
tornaria Elizabeth Primeira, ficou presa aqui enquanto sua irmã, Mary reinava.
Uma razão porque tantas pessoas ilustres passaram
tempo aqui é que era muito difícil saber a quem dedicar fidelidade. Às vezes
era difícil saber até qual era o dever de um cidadão leal. Havia tantas
conspirações e tramas, alianças e traições. Com a morte de um rei, pessoas que
estavam no poder num dia, podiam ser os inimigos do estado no dia seguinte. E o
mais trágico de tudo, é que a fidelidade religiosa podia tornar-se algo muito
perigoso também. Católicos fiéis de repente se viram em maus lençóis quando
Henrique VIII decidiu abraçar algumas crenças da reforma. Mais tarde, quando
sua filha, Mary, subiu ao trono, inverteu-se a situação. Ela perseguiu os
protestantes sem piedade. Com sua morte, Elizabeth tornou-se rainha. E, de
repente eram os católicos que tinham que esconder suas crenças e fugir do país.
Mas hoje, quero falar de algumas pessoas quase desconhecidas na História, que
conseguiram encontrar uma forma de expressar fidelidade incondicional, uma
fidelidade que permaneceria sempre a mesma. Eles conseguiram ficar firmes mesmo
contra a corrente e o fluxo da política, da alta e da queda de facções
religiosas. Gostaria de lhes contar a impressionante história da Sra. John Traske, uma mulher que passou muitos anos aqui na Prisão de
Gatehouse, em Londres. No início do século 17, a Sra.
Traske dirigia uma escola preparatória para crianças
em Londres, ensinando-as a ler. Era uma professora muito conhecida. Havia uma
longa lista de alunos que esperavam para entrar em sua escola. Mas a espera
valia à pena. Como escreveu um pai: "Dificilmente se encontraria alguém
que poderia igualar-se a ela, tão rápido era o aprendizado das crianças."
Esta mulher também era admirada por sua bondade; conta-se que ela tinha
"muitas virtudes especiais." Muitas vezes ela devolvia uma parte da
mensalidade escolar aos pais que estavam com dificuldades financeiras. A Sra. Traske e seu marido, John, eram puritanos. Eles, e muitos
outros no século 17, acreditavam que a Igreja da Inglaterra precisava ser
purificada e levada de volta às raízes do Novo Testamento. Em seus esforços
para pautar suas vidas de acordo com os claros princípios da Bíblia, o casal Traske descobriu o mandamento bíblico a respeito da guarda
do sábado. Ficaram estupefatos ao ler estes versos de
Êxodo, capítulo 20, palavras que falaram ao âmago de suas convicções de seguir
a Bíblia. Êxodo, capítulo 20, versos 8 a onze: "Lembra-te do dia de
sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o
sétimo dia é o sábado do Senhor, teu Deus; não farás nenhum trabalho... porque,
em seis dias, fez o Senhor os céus e a terra, o mar e tudo o que neles há e, ao
sétimo dia, descansou; por isso o Senhor abençoou o dia de sábado e o
santificou." No Jardim do Éden, Deus instituíra o sábado como dia de
descanso. Ele permaneceu como um sinal entre Deus e Seu povo. E no Novo
Testamento, Jesus e seus discípulos guardavam o sábado. Veja o que está em
Lucas, capítulo 4, verso 16: "Indo [está falando de Jesus] para Nazaré,
onde fora criado, entrou, num sábado, na sinagoga, [ou seja, a igreja] segundo
o seu costume, e levantou-se para ler." O que o casal Traske
deveria fazer a respeito disso? Quase todos os cristãos guardavam o domingo e
observavam-no como dia de culto. Mas este casal prontamente decidiu reorganizar
suas vidas de acordo com este claro mandamento bíblico. A Sra. Traske passou a fechar a escola aos sábados. Afinal, Deus
explicitamente pedira que homens e mulheres cessassem seus trabalhos naquele
dia. Que mais ela poderia fazer? É claro que os pais quiseram saber o porquê. A
Sra. Traske explicou suas convicções. E foi aí que as
autoridades começaram a investigar. Por que esta mulher não estava observando o
domingo como todas as outras pessoas? Era algum tipo de encrenqueira? Estava
sendo desleal à igreja do estado ou à autoridade britânica, de alguma forma?
Por incrível que pareça, esta mulher piedosa, que apenas demonstrara bondade a
todos ao seu redor, foi colocada na prisão; a prisão de Gatehouse,
em Londres. Seu ato de guardar o sábado, ao invés do domingo, foi por alguma
razão considerado um crime. A Sra. Traske definhou
naquela prisão durante 15 anos. Sem querer ser um peso para os que estavam do
lado de fora, ela subsistiu quase todo o tempo só com pão, água, raízes e
verduras. Finalmente, esta mulher fiel e bondosa, presa dentro destas paredes
cinzentas, ficou doente e morreu. Ela foi carregada para fora da Prisão Gatehouse e enterrada num campo. Quando pensamos nos heróis
da fé cristã, geralmente vemos grandes homens e mulheres defendendo as principais
verdades do Novo Testamento: a salvação apenas em Cristo, a autoridade
exclusiva da Bíblia, a justificação só pela fé. Pensamos em Martinho Lutero, e
John Huss e William Tyndale.
Não costumamos pensar em pessoas como a Sra. Traske,
esta mulher quase anônima, cujo primeiro nome nem sabemos. Não temos certeza o
que pensar dela. Ela parece ser um tipo estranho de mártir. Afinal, por que
alguém abriria mão de sua vida por causa de um dia
santificado? Será que é tão importante assim? Eu acho que quando respondermos
estas perguntas, descobriremos outro importante elemento da fé inabalável;
compreenderemos melhor a fé que nos habilita a ficar firmes nos piores
momentos. É por isto que viemos aqui para analisar estes heróis desconhecidos,
que defenderam suas convicções sobre o sábado. A Sra. Traske
não estava de maneira alguma sozinha em sua fé. Muitos outros puritanos haviam
redescoberto o que a Escritura dizia sobre o sétimo dia da semana. E o mais
interessante é que este dia tornou-se um símbolo deles: um símbolo de sua
fidelidade incondicional a Cristo. Era a maneira de expressarem lealdade a Seus
mandamentos. Eles foram compelidos a seguir Seu exemplo... mesmo quando isto ia
contra todas as convenções religiosas de sua época. Exatamente como o sábado tornou-se
um símbolo de fidelidade incondicional? Vamos voltar na história, muitos anos
antes da Sra. Traske e dos puritanos, para descobrir.
Surpreendentemente, vamos descobrir que a observância do sétimo dia tem uma
longa tradição. Vamos voltar às ruínas de Roma. Vamos voltar ao mundo medieval
refletido aqui nestas ruínas romanas perto da Catedral de Santo Albano, cerca
de 70 quilômetros de Londres. Estas ruínas estão entre os melhores exemplos de
destacamentos romanos no mundo: mostram a vastidão e crescimento do Império
Romano. No sexto século, um jovem chamado Patrick ouviu a pregação do evangelho
de Cristo na província romana da Gália. Ele aceitou isto como a verdade de
Deus, e foi batizado. Logo, Patrick sentiu um desejo de contar as boas novas na
Irlanda, onde passara alguns anos como escravo. A poderosa pregação bíblica de
Patrick levou milhares de pessoas a ajoelharem-se diante de um novo Senhor,
Jesus Cristo. Eventualmente, o filho do rei, Conall,
foi batizado. Seu bisneto, Columba, tornou-se outro
grande pioneiro do cristianismo. Columba, assim como
Patrick, apresentou a Bíblia como único fundamento da fé, e enfatizou a bênção
de obedecer aos Dez Mandamentos, que ele chamou a "Lei de Cristo."
Por volta do ano 536 A.D., Columba foi de navio até a
pequena ilha de Iona, perto da costa britânica. Lá
ele fundou uma escola cristã e centro missionário. Foi um dos primeiros nesta
parte do mundo. Teólogos acreditam que o próprio Columba
copiou à mão o Novo Testamento, pelo menos 300 vezes, em seu esforço de
espalhar o evangelho. Incrível! Este homem também concluiu algo muito
interessante: que a fidelidade incondicional à Palavra de Deus significava que
deveria observar o sábado bíblico. De acordo com o biógrafo de Columba, isto foi o que ele disse no leito de morte:
"Verdadeiramente este dia para mim é um sábado, porque é meu último dia
nesta laboriosa vida presente. Nele, após lutas e trabalho, vou guardar o
sábado..." Agora veja o que o historiador Andrew Lang escreveu sobre a
igreja celta, fundada por Columba e Patrick, ele
disse o seguinte: "Eles trabalhavam nos domingos, mas guardavam o sábado
como está na Bíblia." Outro historiador, chamado Moffat,
escreve: "Aparentemente era comum que as igrejas celtas dos tempos
antigos, na Irlanda, bem como na Escócia, guardassem o sábado... como dia de
descanso do trabalho. Eles obedeciam ao quarto mandamento literalmente, no
sétimo dia da semana." A palavra "literalmente" tem muito
significado. Sugere um povo que seguia exatamente as palavras de Deus. Queriam obedece-Lo literalmente. E decidiram que era mais importante
seguir Seus claros mandamentos que a tradição da igreja. A Igreja de Santa
Maria, aqui em Killig Grames, lembra-nos do legado
religioso da Bretanha. Isto nos leva de volta ao tempo dos puritanos. Os
puritanos tiveram suas raízes religiosas na igreja celta. Acreditavam na
Palavra de Deus. Acreditavam solidamente que a Palavra de Deus deveria ser
obedecida incondicionalmente, e criam que a igreja do estado precisava ser
purificada, levada de volta às raízes do Novo Testamento. Muitos conhecidos
puritanos acreditavam que esta reforma da religião deveria incluir uma volta ao
sábado bíblico. Gostaria de lhes contar sobre alguns deles. Em 1662, um
ministro chamado Francis Bampfield chegou à prisão de
Dorchester, condenado por suas crenças não
conformistas. Bampfield, na verdade tinha se tornado
um dos pregadores mais conhecidos do oeste da Inglaterra. Ele era um homem
intelectual, generoso e devotado. Mas nada disso importava para as autoridades.
Ele tinha que conformar-se à tradição da igreja do estado. Enquanto estava na
prisão, Bampfield convenceu-se da verdade do sábado.
Afinal, os puritanos enfatizavam a importância da lei moral de Deus, os Dez
Mandamentos. Não fazia nenhum sentido guardar todos os mandamentos exceto o
quarto. Ou seja, acreditar que era errado cometer adultério, mas desrespeitar o
sábado. É interessante notar como Bampfield tentou
persuadir seus irmãos puritanos. Muitos não queriam aceitar a mensagem do
sábado porque acreditavam que era uma instituição judaica. Bampfield
salientou que tanto o homem quanto o sábado foram criados na mesma semana.
Acontecera no Jardim do Éden; isto foi muito antes do primeiro hebreu pisar
sobre a terra. Gênesis descreve isto como o coroamento da criação. Em Gênesis 2,
verso 3, a Palavra de Deus diz: "E abençoou Deus o dia sétimo e o
santificou; porque nele descansou de toda a obra que, como Criador,
fizera." Como resultado de textos bíblicos claros como este, Bampfield concluiu que "Enquanto existirem as semanas,
eles (isto é, a raça humana e o sábado) continuarão a existir juntos." Os
contemporâneos de Bampfield continuavam declarando
que o domingo era o dia santo dos cristãos. Mas ele não conseguia encontrar um
claro exemplo de Cristo. Bampfield havia pesquisado
todo o Novo Testamento mas não conseguiu encontrar
evidências de que Cristo guardara qualquer dia da semana exceto o sétimo dia.
Outro dissidente famoso que ficou convencido do sábado foi Theophilus
Brabourne. Ele era pastor de uma igreja em 1650, que
guardava o sábado. Brabourne tinha uma resposta para
aqueles que rejeitavam o sábado. Uma resposta aos que diziam que isto era uma
volta ao judaísmo. Ele lhes perguntava: "Vocês rejeitariam o evangelho
porque foi primeiramente anunciado aos judeus? Então porque
rejeitam o sábado porque foi dado primeiro aos judeus? Os oponentes de Brabourne argumentavam que o sábado fora eliminado em favor
do primeiro dia, para honrar a ressurreição de Cristo. Mas Brabourne
indicava algo que Jesus dissera pouco antes de subir ao céu. Ele alertou os
discípulos sobre um tempo em que teriam que fugir por causa de perseguições, e
disse em Mateus, capítulo 24, verso 20: "Orai para que a vossa fuga não se
dê no inverno, nem no sábado." Brabourne só
podia concluir que Cristo acreditava que Seus seguidores estariam observando o
mesmo dia que Ele observara. Ele escreveu: "Cristo permitiu que o sábado
fosse uma ordenança cristã na igreja de todos os tempos do evangelho após Sua
morte..." Muitos sabatistas foram acusados de legalismo, de voltarem ao
cerimonial da lei. Mas Brabourne declarou que guardar
o sábado, o sétimo dia, não era mais legalista que guardar o domingo, primeiro
dia da semana. Era possível observar um ou outro sábado ou o domingo, pelas
razões erradas. O que estes devotos puritanos acreditavam era que a fidelidade
a Cristo,significava
fidelidade ao dia que Ele mesmo criara e santificara. O dia que guardara. O dia
em que adorara a Deus. O sábado era um símbolo de sua fidelidade incondicional
a Ele. Estavam dispostos a ir contra as tradições da igreja, se isto fosse
necessário. As autoridades da igreja não simpatizaram com estas pessoas que se
recusavam a submeter-se às convenções religiosas. O povo da época achava que
tais não conformistas eram uma terrível ameaça para a
sociedade. Foi por isto que a Sra. Traske morreu na
prisão. Foi por isto que outros sabatistas foram presos. E foi por isto que um
homem chamado John James foi arrastado do púlpito num determinado sábado. John
James era um líder espiritual. Ele estabeleceu a Igreja Batista do Sétimo Dia
em Whitechapel, em Londres. Podemos imaginar como
era, comparando com esta aqui, a igreja de São Michaelis, ao norte de Londres.
Foi fundada exatamente no mesmo período: anos 60 do século 17. Num dia de
sábado, 19 de outubro de 1661, durante o sermão de James, os oficiais da lei
entraram na igreja, interrompendo o culto, e exigindo que o pregador saísse do
púlpito. James, entretanto, queria terminar seu sermão. Ele deve ter imaginado
que seria seu último. Os guardas imediatamente o arrastaram da plataforma e o
levaram do lado de fora, acusando-o de alta traição contra o rei. James foi
levado preso à Prisão Newgate. Um mês se passou, e
ele foi levado perante os juizes de Westminster. O
tribunal o condenou, sem evidências palpáveis, por tentar um golpe político, e
por insultar o rei. Ele foi sentenciado ao enforcamento. No dia 26 de novembro
de 1661, o Pastor John James foi amarrado a um trenó e arrastado pelas ruas até
o local de execução, em Tyburn. Enquanto o carrasco
preparava tudo, James começou a falar à multidão que juntara-se ali. Eles nunca
mais esqueceriam suas palavras. Ele falou com poder sobre sua esperança em
Cristo; depois orou fervorosamente por todos os que estavam ali. Não havia qualquer
traço de arrogância nele. As testemunhas mais tarde lembraram de quão gentis e
amorosas pareciam suas palavras. Pareceram mais amorosas ainda por serem ditas
num local de morte. Como muitas das pessoas anônimas que foram enterradas na
Inglaterra, John James não é um personagem que se destaca na História. Ele não
fundou um movimento religioso. Não redescobriu as verdade
centrais do evangelho como John Wycliffe ou Martinho
Lutero. Ele é apenas mais um cristão que, à sua maneira, demonstrou fidelidade
incondicional a Jesus Cristo. Eles obedeceram as
palavras de Cristo. Acreditaram literalmente. Decidiram que segui-Lo
significava observar o dia que Ele santificara, sem importar-se com o que diria
a tradição da igreja. O sábado era uma bandeira que levantaram para proclamar
fidelidade ao Único Salvador. Por que algumas pessoas continuam firmes mesmo
nos piores momentos, enquanto outras vacilam? Por que a fé de alguns prova-se
inabalável enquanto a fé de outros murcha quando chegam os problemas? Parte da
resposta está nesta qualidade demonstrada tão heroicamente pela Sra. John Traske e o Pastor John James. Sua fé provou-se inabalável
porque estavam decididos a oferecer a Cristo uma fidelidade a toda prova,
amigo. Não haveria desculpas, nem concessões, nem ajustes na hora da prova.
Estavam determinados a cumprir a Sua palavra sempre. Todos nós precisamos deste
tipo de fé inabalável em nossas vidas. Todos nós precisamos algo sólido e
confiável dentro de nós, quando os ventos dos problemas começam a soprar.
Gostaria que você decidisse algo agora, em seu coração. Gostaria que você
decidisse quão longe está dispostos a ir com Cristo.
Decida que tipo de fidelidade vai oferecer a Ele. Quando você coloca sua
confiança e fé em Jesus Cristo, faça disso uma questão de fidelidade
incondicional. Por favor decida que seguirá Sua Palavra, onde quer que o leve.
Vamos dar este importante passo em direção a uma fé inabalável.
DEPENDÊNCIA DE DEUS Letra e Música: Mário Jorge Lima Eu
quero ter, Senhor, dependência completa Da Tua pessoa e do Teu grande amor Eu
quero ter, Senhor, a consciência correta Daquilo que esperas de mim pecador
Quero ter mente clara pra compreender Tua inteira
vontade e o que devo fazer Que o Teu Espírito me convença e inspire E eu viva
sob a influência do bem. Quero viver, Senhor, sem chorar o passado Deixando o
presente aos cuidados do céu Quero esperar, Senhor, sem temer o futuro Sabendo
que em breve verei o meu Deus Quero ser instrumento usado por Ti Que por mais
que eu faça nada venha de mim Vem, santifica ó Deus, meus motivos e impulsos
Transforma, pois, o meu coração. Toda ansiedade eu lancei em meu Jesus Posso
agora em Seu amor descansar, descansar Eu quero ter,
Senhor, dependência completa de Ti Dependência de Ti. Gravado por Regina Mota
no CD "Pra Cima Brasil".
ORAÇÃO: Pai, aqui estamos outra vez, sentindo-nos humildes
ao considerar as vidas destes heróis da fé que ficaram firmes ao Teu lado.
Estes mártires menos conhecidos nos ensinam algo importante a respeito da fé
inabalável que precisamos tanto em nossas vidas. Queremos gravar em nossos
corações a nossa decisão de Te seguir agora. Queremos seguir o exemplo deles e
queremos a Ti como nosso Senhor e Salvador, a quem ofertaremos nossa fidelidade
incondicional. Queremos amar-Te de todo o coração e
mente, e com todas as nossas forças. Te agradecemos por aceitar nossa entrega.
Te agradecemos por nos dar a habilidade de seguir-Te até o final. Em nome de
Jesus, Amem.
38
A MÃO DO PAI
Pr. Mark Finley
Estamos no verão de 1968, e os tanques soviéticos invadiram
esta cidade e esmagaram o movimento chamado "Primavera de Praga." Os
líderes daqui tinham tentado fazer algumas reformas; tentaram introduzir a
liberdade de expressão e liberdade religiosa; queriam criar um "comunismo
mais humano." Mas os soviéticos entraram em pânico e acharam que esta era
uma experiência muito perigosa com a democracia. Então enviaram tropas da
Alemanha Oriental, Polônia, Hungria e Bulgária ao país, para estabelecer a
ordem. Alexander Dubcek, o corajoso líder da reforma, foi deposto e um rígido
governo comunista foi colocado em seu lugar. A frente do Museu Nacional de
Praga ainda guarda as marcas de balas de metralhadoras. As tropas russas o
confundiram com o parlamento durante a invasão de 1968. O derramamento de
sangue em Praga foi apenas um incidente em cinco longas décadas de repressão
comunista na Europa oriental. Desde o início do século vinte, os regimes
totalitaristas tentaram erradicar a maioria dos direitos humanos básicos, e
substituí-los pelo poder do estado. Censura e terror tornaram-se um estilo de
vida. A prática da religião tornou-se um crime contra o governo. Neste último
programa de nossa série "Fé Inabalável," gostaria de falar sobre
alguns dos cristãos que viveram durante este período. Pessoas que viveram atrás
da Cortina de Ferro. Eles hoje são livres e podem contar suas incríveis
histórias. Agora podem falar sobre como mantiveram a fé viva nas piores
circunstâncias. Nas últimas semanas, temos falado de histórias de grandes
heróis da fé como os corajosos anabatistas do século 16, e mártires da reforma
na Inglaterra: Cranmer, Ridley e Latimer.
Conseguimos entender melhor porque homens como John Hus
e John Wycliffe se dispuseram a enfrentar a fogueira.
São histórias inspiradoras, mas quem sabe nos sintamos um pouco distantes
destas pessoas, porque viveram tanto tempo atrás. Viviam num mundo tão
diferente do nosso. Olhamos para eles apenas como personagens da História. Mas
hoje, vamos conhecer os heróis que viveram no mesmo mundo que nós vivemos.
Homens e mulheres de fé que ficaram firmes, aqui no século 20. Vamos olhar no
rosto de nossos contemporâneos, e tentar entender como eles encontraram tanta
força para resistir. Era preciso enorme coragem para levantar-se contra um
regime totalitário. Aqui em Praga e em outros lugares do bloco soviético, o
governo controlava tudo. Os cristãos não tinham qualquer proteção legal. A
polícia, os tribunais, as autoridades do governo... todos estavam tentando
eliminar a religião. Mas muitos cristãos tchecos resistiram heroicamente. Na
verdade, os cristãos estavam entre os que mais lutaram para eliminar a Cortina
de Ferro. Foram os cristãos ativistas que organizaram uma importante
demonstração na capital eslovaca de Bratislava. No dia 25 de março de 1988,
quinze mil pessoas marcharam pelas ruas, com velas acesas na chuva. A polícia
atacou a multidão com canhões de água e gás lacrimogêneo. Mas a manifestação
tornou-se um grande passo para a derrocada da opressão comunista. Gostaria de
mostrar mais de perto alguns destes cristãos que ficaram firmes durante os
piores momentos. Como eles nos deram um notável exemplo de fé inabalável hoje,
em nossos dias, em nosso mundo. Quero contar algumas histórias que se passaram
no enorme Gulag Soviético, a tundra gelada onde muitos cristãos foram enviados
para a prisão e exílio. Em 1983, uma cristã de 27 anos de idade, com um sorriso
bonito e uma forte fé foi acusada pelo crime de transportar literatura cristã.
Seu nome era Valentina. Ela foi enviada para um campo de trabalho chamado Bozoi. O campo era conhecido como o "vale da
morte" por causa de sua alta taxa de mortalidade. Todos sentiam-se
completamente isolados do mundo real. Era um lugar designado para esmagar o
espírito humano. Mas Valentina descobriu que Deus era maior que o Gulag. Ela
descobriu uma irmã cristã em Bozoi: Natasha. E, no
meio da noite, estas duas jovens saíam às escondidas e reuniam-se a céu aberto.
Compartilharam lindos momentos de comunhão cristã. A temperatura geralmente
estava 40 graus abaixo de zero, e suas botas não eram suficientes para impedir
que seus pés congelassem. Mas os corações estavam aquecidos. Ouça o que
Valentina disse, lembrando estes encontros: "Nós cantávamos e orávamos
durante alguns minutos, voltávamos para nossos dormitórios, para nos aquecer um
pouco, depois nos encontrávamos lá fora de novo. Às vezes ficávamos em
silêncio, só olhando para o céu juntas. Nada era mais querido para nós que o
céu." Durante os cinco anos que ficou presa, Valentina não sentiu-se abandonada
por Deus. Ela sentiu-O mais perto ainda. Muitas vezes quando alguém lhe enviava
uma carta com uma citação da Escritura, os versos pareciam responder uma
indagação específica ou uma de suas necessidades. Parecia que Deus o Pai estava
comunicando-se diretamente com ela. Quando foi libertada em 1987, Valentina
resumiu sua experiência com as palavras desta passagem de Romanos, capítulo
oito. Romanos, capítulo 8, versos 35 e 37: "Quem nos separará do amor de
Cristo? Será tribulação, ou angústia, ou perseguição, ou fome, ou nudez, ou
perigo, ou espada? Em todas estas coisas, porém, somos mais que vencedores, por
meio daquele que nos amou." Valentina não era apenas uma sobrevivente. Era
mais que uma vencedora. Havia experimentado o amor de Deus na prisão. Ele era
maior que o terrível isolamento do Gulag. Era maior que todo o ódio que a
cercava. Um pastor chamado Mikhail Azarov descobriu
que Deus também era mais forte que a violência, mais forte que a brutalidade.
Uma das coisas mais difíceis que teve de suportar no exílio era a forma
horrível como alguns prisioneiros tratavam uns aos outros. Entre os homens que
se apinhavam em sua cela, haviam um gigante sedento de
sangue, chamado Yura. Ele e sua gangue criminosa
passavam a maior parte do tempo aterrorizando outros prisioneiros. Eles nunca
tocaram no Pastor Mikhail. Mas os gritos e gemidos das vítimas eram de partir o
coração. Quando começou orar a este respeito, lembrou-se de um verso de Lucas,
aquele que está em Lucas 10, verso 19, e diz: "Eis que vos dei autoridade
para pisardes... todo o poder do inimigo." Mikhail sentiu que Deus o
estava orientando a fazer algo a respeito da natureza violenta de sua cela.
Quando Yura começou a gritar sua já conhecida frase
de ordem, "Quero ver sangue!" o pastor pegou-o pelo braço e disse:
"Yura, a Escritura diz não faça aos outros o que
não quer que façam a você." Todos ficaram olhando para ver o que
aconteceria. Yura puxou o braço e rosnou: "Não
quero machucar você, velho. Vá sentar na sua
cama." Mas o pastor persistiu. "Ouça," ele disse, "vamos
fazer um trato. Você me dá uma hora para falar, e eu vou contar-lhe sobre meu
passado." Yura pensou um momento. Ele sabia que
este homem sempre dizia a verdade. Virando-se para os membros de sua gangue ele
perguntou, "Devemos deixar o velho falar?" Eles deram de ombros. Yura disse, "Pode falar." O pastor começou a
falar. Contou-lhes sobre sua fé e a perseguição que os cristãos tinham que
suportar. Falou durante uma hora. Duas horas. Três horas. Àquela altura os
guardas já tinham vindo apagar as luzes. Mas o impressionante era que Yura queria ouvir mais. Mikhail prometeu continuar na noite
seguinte. E foi exatamente isto que aconteceu, noite após noite, após noite. O
pastor falou de Jesus àqueles homens. E a selvajaria terminou naquela cela.
Este solitário pastor cristão provara que, mesmo no Gulag, Deus é maior que a
brutalidade. Ele é maior que o animal selvagem que há nos corações humanos.
Creio que estas histórias do Gulag nos mostram uma resposta. A mão do Pai está
estendida em nossa direção. Ele responde. O mais notável é como estes
prisioneiros sentiram-se perto de Deus. Este testemunho repete-se vez após vez.
Deus se mostrou maior que o isolamento. Ele estava perto. Deus foi mais forte
que a brutalidade dos campos. Deus se mostrou maior que os momentos mais
sombrios. Isto é que estes heróis cristãos de nossos dias nos contam. Sua fé
foi inabalável. Não apenas porque resolveram não afrouxar. Não porque eram
indivíduos extremamente durões. Não, sua fé mostrou-se inabalável porque Deus
mostrou-se mais forte que todo o sistema comunista opressor. Ele era maior que
os campos de prisioneiros. Estes heróis tornam as palavras do Apóstolo João
muito reais. Ele estava escrevendo aos cristãos sobre o espírito do anticristo,
sobre forças que tentariam esmagar sua fé e ele disse em I João, capítulo 4,
verso 4: "Filhinhos, vós sois de Deus, e tendes vencido os falsos
profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no
mundo." Como as pessoas conseguem vencer as dificuldades? Como ficar firme
nas piores circunstâncias da vida, os piores momentos? Confiando nAquele que é maior, mais poderoso que qualquer coisa no
mundo. Vendo a mão do Pai estendida a nós nas horas mais sombrias. Enxergando
um raio de Sua providência mesmo nos momentos mais difíceis. Experimentando Seu
cuidado amoroso - mesmo quando não temos nenhum outro tipo de apoio ou de
ajuda. Há um capítulo na Bíblia que nos dá três lindas ilustrações do tipo de
Ser que Deus é. Lucas, capítulo 15. Jesus estava falando a um grupo que incluía
muitos fazendeiros e pastores de ovelhas e pescadores, gente do mar, gente
comum. E ele disse estas palavras de Lucas 15, verso 4: "Qual, dentre vós,
é o homem que, possuindo cem ovelhas e perdendo uma delas, não deixa no deserto
as noventa e nove e vai em busca da que se perdeu, até encontrá-la?" Lucas
15:4. E então Jesus chegou ao clímax desta parábola: Deus é exatamente assim! É
como o pastor de ovelhas que sai no escuro, procurando aquela ovelha perdida,
que escala pedras atrás da ovelha perdida, que passa por desfiladeiros
profundos, com as mãos ensangüentadas, para procurar
a ovelha perdida a única ovelhinha até encontra-la.
Se levar a noite toda, ele está disposto a passar aquelas longas e escuras
horas procurando aquela única ovelha perdida. Depois Jesus contou a história
sobre a mulher que perdeu uma moeda em casa. Esta moeda era especial, uma moeda
que guardava com carinho, ela a ganhara como parte do dote de casamento. Bem,
esta mulher varreu a casa toda; limpou tudo, de cima a baixo, até que encontrou
a moeda querida. E ela reuniu as amigas para compartilhar sua felicidade. E
Jesus então fez a aplicação em Lucas 15, verso 10: "De igual modo, há
júbilo diante dos anjos de Deus por um pecador que se arrepende." Deus é
exatamente assim! Era isto que Jesus estava dizendo. Ele é capaz de fazer
qualquer coisa para resgatar um ser humano perdido, para salvar um único
indivíduo. Finalmente Jesus chegou à terceira parábola. Esta é uma história
clássica, é inesquecível: a história do Filho Pródigo. Um filho ingrato exige
sua parte na herança do pai, e vai para um país distante onde gasta tudo numa
vida de farra. Sozinho, sem dinheiro, com frio e com fome, o filho decide
voltar para casa e ver se seu pai o aceitará de volta, se o pai o contrata como
empregado. Este pai, que foi profundamente magoado, vê o filho de longe,
voltando pela estrada. E o que é que faz? Será que grita com o filho? Ou será
que lhe diz o quanto ele errou, condena o filho? De jeito nenhum! Ele corre
para encontra-lo de braços abertos. Ele o beija. Ele
coloca a melhor roupa sobre os farrapos do filho. Prepara uma grande festa para
celebrar a volta do filho. Qual é o objetivo de Jesus? O que estava querendo
dizer? Que Deus é exatamente igual a esse pai! Ele está ansioso para envolver
os piores pecadores em Seus braços. Está ansioso por perdoar. Ele não guarda
ressentimento. Ele oferece Sua graça. E ele oferece esta graça generosamente a
todos que vão até Ele. Ele está disposto a compartilhar esta graça com você,
amigo. Está estendendo a mão para você neste momento. Esta visão de nosso Pai
Celestial pode afetar profundamente nossa visão do mundo. Pode determinar, em
grande parte, como vivemos neste mundo. Pode determinar se vamos nos intimidar
ou crescer na fé. Esta é a imagem vigorosa que os intrépidos cristãos do Gulag
nos demonstram. Sim, estes cristãos sabiam que o Pai que estava neles era maior
que qualquer coisa neste mundo. A visão que tinham do Pai afetou profundamente
sua visão do mundo, mesmo dentro de um Gulag. É por isto que eles tinham
esperança. Por isto podiam demonstrar tanta coragem no meio do desespero.
Amigos, eu creio que isto explica uma fé inabalável. As pessoas ficam firmes
nos piores momentos porque têm um amoroso Pai Celestial. Sua presença faz toda
a diferença. Estar ligado a um Pai amoroso no céu, este é o resumo de tudo
sobre o que falamos durante esta série "Fé Inabalável". Primeiro
vimos pessoas comuns que estavam cheias de uma esperança excepcional. Esta
esperança vem de olharmos adiante, para o mundo que nosso Pai Celestial vai
criar para nós. Falamos sobre aqueles que foram fortalecidos em Jesus, o
Cordeiro de Deus, que concentraram sua fé em Cristo. Sim, é Jesus que nos
mostra como é o Pai Celestial. Analisamos a vida de pessoas que ficaram firmes
porque estavam junto com os irmãos, em grupo. Este grupo forma-se sob os
cuidados de Deus, e nos leva mais perto de Sua presença. Falamos de pessoas que
ficaram firmes sobre a base da Palavra de Deus, e que mantiveram a mente
aberta. Falamos de pessoas que demonstraram uma fidelidade incondicional a
Jesus Cristo e seus mandamentos. As palavras da Bíblia são as palavras de Deus,
o Pai, falando a nós, nos aconselhando, nos consolando. Ele vem a nós
principalmente através de Sua Palavra. Pessoas que ficam firmes nos piores
momentos, estão perto de um Pai Celestial amoroso. Eles sabem que Ele cuida
delas. São capazes de ver Sua mão estendida. Não é que sejam heróis especiais
capazes de fazer tudo sozinhos. Não é uma questão de fibra ou obstinação. É uma
questão de estarem firmes em Deus, apoiados por um Pai Celestial. Você quer ter
o que a fé necessária para ficar firme nos piores momentos? Você quer uma fé
que o faça superar as maiores dificuldades da vida? Então comece agora mesmo
chegando mais perto do Pai, que lhe quer bem. Ele está lhe estendendo a mão.
Está oferecendo-lhe o melhor de todos os relacionamentos. Ele quer que você
olhe em Seus olhos, para que seu mundo inteiro seja transformado. Por que não
fazer este compromisso agora?
VEM A MIM Letra: Suzanne Gaither Jeannings Música: William Gaither,
Guy Penrod, David Huntsinger,
Woody Wringht A vida tem tristezas, temores e
aflição, E nossos sonhos parecem em vão. Se estamos tão cansados, querendo
desistir, O nosso Mestre assim nos diz: CORO: Vem a mim! Com eterno amor te
amei. Vem a mim! Com paciência esperei. Minha vida dei e me entreguei, Sofri a cruz por ti. Volta já para o lar E hoje vem a mim.
Lutar, lutar até cansar. Parece ser assim Quando
vivemos sem ver o fim. Mas, ao sentirmos a firmeza Da mão que nos conduz, Não
temeremos: nós temos Jesus. Gravado por Arautos do Rei no MMCD 9901 para a Voz
da Profecia.
ORAÇÃO Querido Pai, te agradecemos por estares perto de
nós, que tanto precisamos de Ti. Às vezes nos sentimos profundamente isolados.
Às vezes nos sentimos dominados pelo mal que nos cerca. Às vezes passamos por
momentos sombrios. Precisamos de Ti perto de nós, querido Pai, porque apenas a
Tua presença pode criar uma fé inabalável. Apenas Tua mão pode nos guiar e
manter-nos fortes nos piores momentos. Então nos colocamos em Tuas mãos agora.
Te aceitamos como Senhor e Salvador de nossas vidas. Em nome de Jesus Cristo,
nosso Senhor, Amem.
39
OS SONHOS DESTRUÍDOS DE UM IMPERADOR
Pr. Mark Finley
Atrás de mim você pode ver a Grande Muralha da China. A
Grande Muralha da China é uma das oito maravilhas do mundo. Foi construída no
início do ano 220 AC e continuou por mais de mil anos. A Grande Muralha da
China se estende, algumas estimativas indicam, por 10.000 quilômetros de
muralha ou 6.000 milhas. Mas, se você começar a medir a muralha desde o
deserto, dos desertos ocidentais até o mar, a muralha terá, provavelmente, 58
quilômetros de extensão. Ela foi construída pelos imperadores para proteger a
grande nação chinesa. A série de muralhas internas e externas dava aos
imperadores uma sensação de segurança, um senso de refúgio, uma sensação de paz
e tranqüilidade. Mais de 300.000 homens trabalharam
de uma só vez nesta muralha. O imperador colocou todos os esforços, energia,
coragem, cuidado e perseverança de toda a nação a fim de oferecer aquela
segurança aos seus habitantes. A Grande Muralha da China, uma das oito
maravilhas do mundo, é a única das construções humanas que pode ser vista do
espaço. Os astronautas a viram na Terra aqui embaixo. Mesmo assim, a Grande
Muralha da China falhou quando não apresentou a espécie de segurança e refúgio
que os imperadores procuravam. A China foi invadida continuamente não somente
pelas tropas externas como pelas tropas internas. Conflitos e revoluções
infestavam a nação. Contendas e matanças dividiram as cidades. A China falhou
em adquirir paz e segurança. A muralha falhou na proteção. Eu fico imaginando
as lições aprendidas por nós, do fracasso da muralha da China em proteger uma
nação. Eu imagino que exemplo para nós. Será que construímos muralhas também?
Esperamos métodos externos de refúgio e segurança? Será que tentamos encontrar
segurança em nosso cartão de crédito? Não sei se você sabe que existe um cartão
de crédito chamado: Cartão de Crédito Grande Muralha da China. Será que
tentamos achar segurança em nossas linhas de crédito? Ou será em nossas contas
bancárias? Em nosso prestígio, no chão em que pisamos, na educação, ou em nosso
lar? Venha comigo para uma viagem fascinante nas Escrituras. Descubra os sonhos
destruídos dos imperadores. E aprenda hoje, o verdadeiro sentido de refúgio e
segurança, e onde encontrá-los. Os imperadores chineses acreditavam que a
Grande Muralha da China ofereceria a eles refúgio e segurança. Embora a nação
deles vivesse em conflito, atormentada com greves, cidades queimadas pelos
revoltosos. O que pode oferecer segurança? O que pode oferecer o verdadeiro
refúgio? Onde podemos encontrar força? Num mundo, que novamente, está cheio de
conflitos, problemas e dificuldades, onde construiremos uma muralha para tentar
encontrar paz interior, segurança? Aqui, nas antigas Escrituras, a Palavra de
Deus revela claramente a única sensação de segurança para qualquer ser humano.
No Salmo 18, Davi foge dos inimigos dele; Davi, num tempo onde
os grandes reis construíam cidades muradas; Davi, num tempo onde existiam
bandos de saqueadores destruindo a paisagem. Davi compartilha a fonte de sua
força e que pode ser a fonte de sua força, amigo. Pode ser o local do seu
refúgio. Pode ser a origem de sua segurança. Davi, no Salmo 18
, versos 1 e 2, diz: "Eu te amo, ó Senhor, força minha. O Senhor é
a minha rocha, a minha cidadela, o meu libertador. O meu escudo, a força da
minha salvação, o meu baluarte." Que palavras de esperança! Davi disse:
"O Senhor é minha fortaleza, o Senhor é minha força, o Senhor é meu
refúgio." Os imperadores chineses nunca aprenderam este segredo. Os
imperadores chineses cometeram um erro fatal. Seus sonhos foram destruídos.
Suas esperanças desapareceram. Eles sumiram como as sombras, como grãos de
areia que escorrem pelos dedos. Os impérios que desejaram construir, eles foram
incapazes de construir, porque qualquer sociedade criada por imaginação humana
será derrubada. Assim foi com a verdadeira Babilônia. Babilônia e seus grandes
muros. Muros que tinham 60 metros ou 90 pés de altura. Os muros de Babilônia,
onde duas carruagens podiam correr lado a lado. Babilônia, a grande cidade.
Heródoto, o grande historiador, disse que os muros de Babilônia tinham mais de
160 quilômetros. Na realidade, Babilônia, dizem, tinha suprimento de alimento
para mais de 20 anos. E o rio Eufrates passava pelo meio da cidade. Quando os
Medos e Persas atacaram Babilônia, os babilônicos subiam o muro e jogavam comida
nos invasores, dizendo: "Vejam, o que pensam que estão fazendo? Nós temos
alimento para 20 anos aqui dentro da cidade." Fora Nabucodonosor que
gritara: "Não é esta a grande Babilônia que construí pela força do meu
poder?" Porém, a Babilônia construída pela capacidade humana acabou,
desmoronou. E assim, amigo, qualquer vida baseada em pessoas, qualquer vida
baseada em realizações humanas, qualquer vida baseada em desejos humanos,
qualquer vida baseada na riqueza dos homens, fama humana, prestígio humano,
honra humana, esta vida será destruída. A única segurança é o refúgio
encontrado em Deus. A única fortaleza é a encontrada Nele.
Você pode acreditar nisto, amigo. Porque Ele é nosso muro de proteção. É o
nosso muro de segurança. É o nosso refúgio infinito. Os antigos profetas
hebreus tinham a sensação de que Deus era o refúgio deles, que Deus era a força
deles. Os imperadores da China tiveram os sonhos destruídos porque eles
enviaram os exércitos para lutar contra os inimigos. Enquanto tentamos afastar os
inimigos do mal, os inimigos da maldade, as tentações que cercam a nossa vida,
a nossa vida desmorona e se despedaça. Josafá sentiu que os exércitos do
inimigo estavam se aproximando, os Amonitas e os Moabitas. Enquanto estes
exércitos se aproximavam, o clamor do medo corria por todo o Israel. Josafá
chamou toda a nação para orar. Observe que palavras de encorajamento
encontramos em II Crônicas, capítulo 20, versículo 15: "E disse: Dai ouvidos, todo o Judá, e vós, moradores de Jerusalém, e
tu, ó rei Josafá, ao que vos diz o Senhor: Não temais, nem vos assusteis por
causa da multidão, pois a peleja não é vossa, mas de Deus." A batalha não
é sua, amigo. Você está em depressão? Você está passando por problemas no
casamento? Está desencorajado? Enfrenta dificuldades financeiras? Está
enfrentando tentações com a luxúria? Está enfrentando tentações com a
desonestidade? A batalha não é sua, é de Deus! Você pode tentar construir um
muro de proteção contra Satanás. Você pode tentar construir muralhas de
proteção contra o mal. Mas a batalha não é sua, é de Deus. Pelo menos hoje,
diga: "Jesus, minha vida é Tua. Jesus, estou entregando minha vida a Ti.
Jesus, eu quero que minha vida esteja em Tuas mãos. A batalha é de Deus. Tu me
dás força, poder e segurança." Sonhos destruídos, esperança frustrada,
promessas quebradas ocorrem quando tentamos lutar as batalhas sozinhos. A lição
número um da China antiga para os cristãos hoje. A lição número um do Oriente,
para os cristãos em nossos dias... você não pode construir muralhas que o
proteja do inimigo. Somente Deus pode ser seu refúgio e fortaleza. Somente Deus
pode defendê-lo. Agora, voltemos a Beijing. Ao Templo do Céu para a lição
número dois, do antigo Oriente. Deixamos a Grande Muralha da China, a 80
quilômetros a Norte de Beijing. E chegamos ao centro da cidade no Templo do
Céu. Este é um dos lugares mais bonitos em toda Beijing. O Templo do Céu é uma
magnífica construção redonda. Você nota que o teto azul ladrilhado representa o
céu. Os antigos chineses acreditavam que o céu era redondo, portanto,
construíram o Templo do Céu com a abóbada azul e redonda simbolizando o céu. O
templo foi construído numa plataforma quadrada, porque na concepção deles, a
Terra era quadrada, e retangular na forma. Três vezes ao ano o Imperador saía
de seu palácio e atravessava os imponentes portões do Templo do Céu. As pessoas
trancavam-se em casa, porque eles não se atreviam olhar para o Imperador. E o
Imperador vinha a este lugar para oferecer sacrifícios. Os sacrifícios eram
oferecidos aos deuses. Particularmente, os sacrifícios eram ofertados pela
colheita. E aqueles sacrifícios, o Imperador acreditava, trariam boas
colheitas. Vejam alguns fatos interessantes pela perspectiva cristã que desejo
que vocês observem, e particularmente da perspectiva dos estudiosos da Bíblia:
o Imperador era considerado o Sumo Sacerdote. Os sacrifícios eram oferecidos ao
deus supremo : Xan-Dei. Os
chineses acreditavam que este deus supremo era o criador de todas as coisas. Na
realidade, se você ler algumas das antigas preces chinesas, elas se parecem com
as preces dos hebreus. Uma delas diz: "Eu sou o barro, Senhor, e tu és o
oleiro." E a idéia era de que aquele deus, o Xan-Dei, moldava e formava as criaturas. Outras preces eram
de elogio, honra, glória, temor e regojizo. Porém, na
verdade, era trágico. Pois embora estes imperadores parecessem conhecer o Velho
Testamento, embora o Imperador fosse o Sumo Sacerdote, embora houvesse
sacrifícios, apesar das preces a estes deuses, embora houvesse um
reconhecimento do supremo Deus Criador, era trágico que estes sacrifícios
durassem por tantos séculos. Muito embora eles tivessem começado na China
antiga, este Templo do Céu foi construído entre os séculos 14 e 15, ou seja,
1.500 anos depois de Cristo. Os imperadores ainda ofereciam sacrifícios sem
saberem que o único que veio para salvar-nos, já havia vindo! Os antigos
imperadores ofereciam sacrifícios num altar. Eles iam regularmente, três vezes
ao ano, sacrificar um animal puro. O altar erguia-se sobre três fileiras e numa
configuração matemática de nove. Por exemplo: em cima do altar, havia 72
colunas diferentes. Estas colunas representavam os diversos estágios da
retidão, da santidade e elas apontavam para os deuses. A explicação porque
estas fileiras eram dispostas em colunas de nove é porque os antigos chineses
acreditavam que Deus, o imperador celestial, habitava na nona fileira. Durante
séculos os sacrifícios eram oferecidos aqui. Toda a área do templo/palácio no
Templo do Céu possuía aparências similares ao Santuário. Havia um tabernáculo
onde ficavam as tábuas de Deus, o Sumo Sacerdote ministrava. Haviam
sacrifícios ofertados. Eles ofereciam bois sem manchas e sem mácula. Um animal
sem manchas oferecido 1.500 anos após o Salvador, o Messias, ter vindo. Você
lembra das palavras de João, em João 1, versículo 29: "...Eis o Cordeiro
de Deus, que tira os pecados do mundo!" Os antigos imperadores chineses
ofereciam sacrifícios por 1.500 anos sem saber que o sacrifício de Cristo já
havia sido feito. Os sonhos de imperador foram destruídos, os sonhos de
libertar do pecado, os sonhos de libertar da condenação, os sonhos de agradar a
Deus do céu. Você sabe, a Bíblia ensina que um sacrifício foi oferecido. Jesus
Cristo, a Bíblia diz, o único nome sob o qual seremos salvos. Todos os sacrifícios
no Velho Testamento apontam diretamente para Jesus. Jesus é o Cordeiro que
morre, Jesus é o Sacerdote que vive. E Jesus, o verdadeiro Cristo, ofereceu Seu
sangue protetor para podermos nos livrar da condenação. Só existe um meio,
amigo, de libertar-nos da condenação e é através do sangue de Jesus Cristo. Os
sonhos do imperador foram destruídos. Eles acreditavam que o sacrifício de
animais atrairiam as bênçãos de Deus e produziriam paz e segurança em sua vida.
Eles falharam em reconhecer, na verdade, que o próprio Deus já havia
providenciado aquele sacrifício através de Jesus Cristo. Assim sendo, o
imperador não era, na verdade, o Sumo Sacerdote. As Escrituras dizem em
Hebreus, capítulo 9, versículo 12 em diante: "... não por meio de sangue
de bodes e de bezerros, mas pelo próprio sangue, entrou no Santo dos Santos,
uma vez por todas, tendo obtido eterna redenção. Muito mais o sangue de Cristo
que, pelo Espírito eterno, a si mesmo se ofereceu sem mácula a Deus, purificará
a nossa consciência de obras mortas..." As Escrituras dizem que o sangue
de Cristo é que purifica a nossa consciência de obras mortas. Você lembra como
o livro de Efésios coloca isto: "Pela graça sois salvos, mediante a fé, e
isto não vem de vós, é dom de Deus, não de obras para que ninguém se
glorie." Os imperadores acreditavam que os sacrifícios que ofereciam
poderia abrandar um deus ofendido, irado. Acreditavam que o sacrifício de
touros, bodes, frutas que compravam, oferendas de dinheiro e de grãos,
agradariam um deus irado. Eles não entenderam direito. Mas, 1.500 anos antes,
Cristo havia vindo. Ele entregou Sua vida, Seu sangue
verteu por eles, muito embora eles tivessem oferecendo sacrifícios. Eles não
entenderam que Cristo, o divino Filho de Deus viveu uma vida perfeita que eles
deveriam viver. Eles não perceberam que Cristo passou pela morte que eles
mereciam morrer. Eles não entenderam que através de Jesus, o perdão, a graça e
a misericórdia eram deles. Eles morreram sem conhecer esta esperança. Mas,
amigo, você pode conhecer esta esperança. Você pode experimentar esta paz. Você
pode sentir a liberdade após a culpa. Você pode sentir isto, que através de
Jesus Cristo, nosso Senhor, seus pecados serão perdoados. Você pode sentir que
a paz de espírito lhe pertence. Você sabe que pela graça será salvo. Pela fé,
chegaremos à Sua graça. Pela fé, não com sua própria retidão, não por suas
obras, não pelas suas realizações. Mas mediante a fé. Aceite a graça de Jesus.
Aceite Sua misericórdia e encontre o perdão hoje, amigo. Seus sonhos não serão
destruídos como os dos antigos imperadores no passado. Sim, os imperadores
tiveram os sonhos destruídos, em primeiro lugar, porque eles construíram
muralhas esperando afastar os inimigos em vez de sentir que Cristo era o único
refúgio. Eles tiveram os sonhos destruídos, em segundo lugar, porque vieram com
obras de suas mãos. Eles ofereceram sacrifícios em vez de aceitar o sacrifício
de Cristo e receber a Sua paz. E em terceiro lugar, eles acreditavam que eram
imortais. Observemos à Cidade Proibida e aprendamos um pouco como estes
imperadores acreditavam ser eles imortais. A Praça Thienamen
é o centro da China. O centro de Beijing. Nesta praça existe, o lado oriental
do Parlamento do Povo, em seguida, no lado sul está o mausoléu de Mao Tsé Tung,
e no lado ocidental, estão os edifícios públicos, o Congresso e o Senado.
Estamos chegando à Cidade Proibida. A Cidade Proibida foi o lar dos imperadores
cheios de muita imponência e riqueza, e centenas, centenas de antecâmaras e
outros prédios, onde milhares de criados e concubinas viviam. Realmente, era
uma cidade enorme. Na entrada da Cidade Proibida há um quadro de Mao Tsé Tung.
Os imperadores acreditavam que eles eram imortais. Acreditavam que seriam
eternos e este foi o terceiro erro fatal dos imperadores. Estou numa colina
observando a Cidade Proibida. Os imperadores que viveram aqui nesta Cidade
Proibida foram considerados imortais, eternos, com milhares de criados,
fileiras de prédios. Estes imperadores acreditavam que eles eram deuses.
Acreditavam que possuíam vida eterna. Acreditavam que eram imortais. Os servos
se curvavam diante deles e os adoravam como a deus. Este foi um engano fatal
dos imperadores. Porque, quando eles morreram, seus sonhos foram destruídos,
suas esperanças desapareceram. Pense na eternidade. A eternidade é um longo,
longo tempo. Eu lembro quando eu era um garoto, e uma das minhas professoras
definiu a eternidade assim. Eu cresci perto do Oceano Atlântico, com o vento
soprando em meus cabelos, e os pés pisando na areia. Perguntei a minha
professora: Quanto dura a eternidade? E ela respondeu: "Imagine uma
gaivota, e esta gaivota vem a cada mil anos e pega uma gota do Oceano e vai
embora. Depois ela volta mil anos mais tarde e pega outra gota e voa, e volta e
pega outra gota e voa novamente." Então a professora disse: "Quando o
Oceano secar, este é o primeiro segundo da eternidade." Eternidade é um
longo, longo tempo. Então, os imperadores acreditavam realmente serem
possuidores da eternidade. Eles acreditavam que eram imortais. Aqui estão os
sonhos destruídos dos imperadores. Toda a riqueza deles, todo o esplendor, todo
o poder, todo o prestígio não podia garantir a imortalidade. Em I Timóteo,
capítulo 6 e versículo 16, a Bíblia diz: "O único (referindo-se a Jesus ou
o Pai) que possui imortalidade, que habita em luz inacessível, a quem o homem
algum jamais viu, nem é capaz de ver. A Ele honra e poder eterno. Amém." A
Bíblia refere-se ao nosso Senhor, o Único que possui imortalidade. Você lembra
quando Moisés foi até a sarça ardente séculos atrás? Ali ele encontrou o único
que disse ser o grande "Eu Sou, o eterno, o único que existe desde toda a
eternidade." No livro de Apocalipse, no primeiro capítulo, verso 8, a
Bíblia diz, referindo-se a Jesus: "Eu sou o Alfa e o Ômega... Aquele que
é, que era e o que há de vir, o Todo-Poderoso." Os imperadores tinham
poder terreno, mas não eram todo-poderosos. Eles tinham exércitos e prestígio,
mas não eram eternos. Meu amigo, todo ser humano que nasce, morre. Nós vemos
isto a nossa volta. Nós fomos jovens, somos de meia-idade e mais tarde, velhos.
E depois, também, iremos morrer. Então não é mais sábio vir para o Único que
pode nos oferecer imortalidade? Não é melhor vir até Aquele
que pode garantir a vida eterna? Não é mais seguro enxergar além do alcance de
nossas mãos, olhar além de nossas riquezas, além de nosso materialismo, além de
nossos carros, nossas casas, para o Único que é eterno? Se os antigos
imperadores, com toda a riqueza, todo o poder, toda a honra e toda a realeza
não puderam garantir a imortalidade, quem poderá? Ou então, pensem em Mao Tsé
Tung, lá em seu memorial, ainda na sepultura, no caixão de vidro. Eu já estive
no mundo todo. Observei as pirâmides do Egito, os antigos faraós desejando a
imortalidade. Vi a Praça Vermelha, o Túmulo de Lênin, desejando a imortalidade.
Os russos colocaram-no na Praça Vermelha, desejando imortalizá-lo. Vi, na Praça
Tienamen, o grande memorial, desejando imortalizar
Mao Tsé Tung. O Único que possui a vida eterna, o Único que possui a
imortalidade é o nosso Senhor, amigo. Por que não abrir seu coração a Ele,
agora? Por que não procurar um refúgio, o refúgio que é Jesus? Por que não
buscar segurança em Cristo agora? Por que não encontrar misericórdia nEle? Por que não agora, amigo, achar imortalidade, vida
eterna nEle? Você pode encontrar neste momento ao
abrir o coração a Deus. Seus sonhos não serão destruídos como foram os dos
imperadores. Você pode encontrar refúgio, encontrar segurança, perdão e vida
eterna neste exato momento.
ORAÇÃO Querido Pai que estás nos céus, obrigado porque
existe um lugar de refúgio. E Senhor, muitas vezes somos fracos, muitas vezes
temos problemas. Queremos achar refúgio em Jesus. Nós vimos a Ele agora. E
Senhor, sabemos que nossas obras não nos salvam. Nós não somos bons o bastante
para sermos salvos. Nós pecamos e merecemos a morte eterna. Mas nós somos
gratos pelo sacrifício que Jesus fez por nós. Nós somos gratos porque podemos
vir, não pelo sangue de animais dos antigos imperadores, mas pelo sangue de
Cristo, e podemos encontrar perdão. E somos gratos, Pai, porque a vida eterna é
Ele, porque a imortalidade é Ele. E gratos, também, Senhor, porque ao virmos a
Ele, encontramos imortalidade Nele, neste momento. Em
nome de Jesus. Amém.
40
EVIDÊNCIAS DE UM CRIADOR
Pr. Mark Finley
Talvez você já tenha ouvido o termo "ciência da
criação" que tem sido usado ultimamente em debates e até em tribunais.
Muitas pessoas o descartam assim que o ouvem. "Ciência da Criação"
parece uma expressão contraditória. Eles perguntam: como pode alguma coisa que
envolva a história da Criação na literatura religiosa ser considerada ciência?
Como você pode testar a teoria da criação cientificamente? Se a criação foi um
evento sobrenatural, impossível de repetir-se, então não se pode fazer nada no
laboratório para comprová-la ou não. Este é o argumento principal que muitas
pessoas têm contra o modelo criacionista. Supõem que a religião lida com um
tipo de fato ou experiência, e a ciência lida com algo totalmente diferente. É
preciso mantê-las separadas. Um eminente bioquímico, o Dr. Richard Lumsden, as manteve separadas durante muitos anos.
Professor da Tulane University
e autor de vários livros didáticos, ele mantinha a crença de que se vamos
tratar a origem da vida cientificamente, temos que aceitar a teoria da
evolução. Na verdade ele defendia esta ortodoxia
científica com bastante vigor em suas palestras na universidade. Mas então ele
começou a fazer descobertas perturbadoras. Ele examinou os argumentos dos
criacionistas, e descobriu, com espanto, que não podia refutá-los. Quanto mais
estudava, mais descobria que o modelo criacionista encaixava-se muito melhor
nos fatos científicos, que o modelo evolucionista. Para alguns de vocês isto
pode ser difícil de acreditar, então convidamos o Dr. Lumsden
para conversar conosco hoje e mostrar-nos algumas das evidências que mudaram
radicalmente sua forma de pensar. Vamos ver se realmente existem evidências de
um criador. MF Dr. Lumsden, bem vindo ao Está Escrito. Estamos felizes de tê-lo
no programa de hoje para compartilhar conosco algumas evidências científicas
que sustentam nossa fé num Deus Criador. RL É um prazer estar aqui, Mark. MF
Então vamos direto ao assunto. Como um cientista de renome, você defendeu a
evolução durante muitos anos. Que evidências científicas começaram a despertar
em você dúvidas que o fizeram questionar a teoria evolucionista? RL Bem, há
tantas coisas que eu poderia dizer que provavelmente passaríamos um mês inteiro
só nisso. Então vou tentar ser sucinto e resumir as coisas. Uma das principais
coisas que os biólogos evolucionistas apontam como evidência da evolução é o
registro fóssil. Se perguntarmos: qual é a evidência da evolução? A ciência nos
mostrará o registro fóssil, ou seja, uma história do passado. Tudo bem. O que
encontramos ao analisarmos o registro fóssil? Encontramos uma porção de ossos
velhos, ossos fossilizados. E outras coisas: restos fossilizados de animais
invertebrados. Restos fossilizados de plantas, e assim por diante. Neste
registro que deveria nos mostrar uma cronologia da vida em desenvolvimento com
diversidade na terra. Um prognóstico da teoria evolucionista diz que deveríamos
ver uma série de formas intermediárias ou transitórias neste registro. O que
deveríamos ver é evidência de um tipo de organismo vivo transformando-se em
outro tipo de organismo vivo; isto se a teoria da evolução fosse pertinente.
Mas, na verdade, o que vemos no registro fóssil são formas de vida que de
repente aparecem em diferentes pontos do registro, completamente formadas.
Vemos libélulas de supostamente 300 milhões de anos atrás, mas claramente são
libélulas e não algo se transformando em libélula, e não são formas anteriores
ou posteriores às libélulas e nós as reconhecemos como libélulas porque é
exatamente isto que são. Vemos mariscos, vemos vários tipos de minhocas. Também
vemos vários tipos de plantas da mesma forma. Baratas, de repente estão no
registro fóssil, iguais às que aparecem na minha cozinha, ok? Não estão se
transformando em nada. Estão bem felizes assim, adaptadas ao local onde estão.
Então, o que vemos no registro fóssil é uma ausência de evidência para o
prognóstico mais importante da teoria da evolução: que as coisas se transformam
em outras coisas. Mas não vemos comprovação disto. Por outro lado, se os
organismos fossem criados como são, por um Criador. Se as libélulas fossem
criadas como libélulas, o que vemos no registro fóssil é exatamente o que
esperaríamos ver naquele modelo: libélulas aparecendo como libélulas no
registro fóssil, exatamente como são hoje. MF Então o que você está dizendo é
que o registro da criação no Gênesis, na verdade, preveria um modelo fóssil e
geológico como o que vemos. RL Exatamente. MF Então não há contradição? RL
Nenhuma contradição. MF É incrível. E o que dizer de coisas como a seleção
natural e mutações? RL Ah! A seleção natural... A seleção natural foi anunciada
por Charles Darwin como a principal força responsável pela mudança das formas
de vida; que populações de organismos mudam com o tempo porque certa variedade
de uma população será selecionada. Terão algumas vantagens inerentes sobre os
outros. Portanto, haverá uma constante mudança. Mas temos que nos dar conta de
outra coisa: que a seleção natural pode apenas selecionar algo que já existe. A
característica precisa existir para ser selecionada. A seleção não cria nada novo. Pode apenas agir sobre algo que já está lá.
E tem mais: tem que ocorrer como a vemos na natureza. Esqueça as teorias dos
livros. Se formos fazer pesquisa de campo, nos oceanos ou qualquer outro lugar,
e virmos a seleção natural em andamento, vamos perceber que na verdade a
seleção reduz a variação. Porque o que a seleção está fazendo é selecionar uma
determinada variação para uma população inteira de outra variação. Quando as
outras variações são eliminadas, permanecem uma ou duas variações que
persistirão na reprodução daquela espécie. Então o que a seleção faz é diminuir
a variação, é um processo afunilador. Mas o que a
evolução nos diz, na realidade, é que temos esta constante expansão, novas
variações, o tempo todo. O trabalho de seleção opõe-se à idéia
da evolução. Eu acredito na seleção? Sim. Vemos a seleção todo o tempo, mas ela
não está caminhando na direção evolucionista. MF Então as duas coisas estão
indo em direções diferentes? RL Isto mesmo. A seleção não pode ser um mecanismo
viável para a progressão evolucionista. MF E as mutações? RL As mutações... as
mutações, são, com efeito, mudanças na informação genética. Esta é a grande
esperança da evolução. Esta é a única maneira de termos novas espécies a partir
de velhas espécies: uma mudança fundamental na informação genética. Mas
mutações são acidentes. São mudanças acidentais no programa de informação do
organismo. E o que vemos de verdade, ao contrário do que gostaríamos de
teorizar, o que vemos é que as mutações são deletérias. São prejudiciais. Ah...
certas estruturas desaparecem como resultado da mutação, ou ficam tão
modificadas que tornam-se inúteis. Os livros de medicina estão cheios de
exemplos de doenças genéticas, ok? Então, as mutações não podem produzir
qualquer mudança. Vemos isto de vez em quando, um gene muda
mas não muda nada de básico no organismo. Então, o que acontece é que não há
mudança, ou a mudança é prejudicial. A esperança da evolução é que a mudança
seja benéfica, mas raramente, se é que alguma vez, vemos algo que podemos
designar como mudança progressiva e benéfica de um organismo, que seria o
prognóstico da evolução. MF Vamos supor que você pudesse ter uma mutação
benéfica, uma mudança benéfica. Que outras mudanças teriam que ocorrer para tornar
a evolução possível? RL Bem, veja a girafa, por exemplo. Este é um de meus
favoritos: a girava tem pescoço comprido. E a opinião reinante é que a girafa
ficou com o pescoço comprido com o passar do tempo. Provavelmente começou como
uma criatura de pescoço curto, e seu pescoço gradualmente foi ficando mais
comprido, ou como sugere Gary Larson, era uma criatura de pescoço curto, e suas
pernas encolheram. Mas, enfim, o pescoço comprido realmente existe. E para um
animal de pescoço comprido, uma girafa precisa uma quantidade tremenda de
pressão sangüínea para levar o sangue do coração pelo
pescoço até o cérebro. Os cardiologistas e outros médicos estão estudando o
sistema circulatório da girafa há muitos anos, tentando descobrir, primeiro:
como ela gera este tipo de pressão e como mantém este tipo de hiper... tensão
em sua biologia. Mas há outro ponto interessante: quando a girafa abaixa-se
para beber água, se a pressão suficiente para bombear sangue dois metros acima
fosse mantida, quando abaixasse para beber água, esta pressão literalmente
explodiria seu cérebro, certo? Então além de ter um pescoço comprido a girafa
teve que desenvolver um sistema de pressão sangüínea
alta para que o sangue chegue à sua cabeça, e além disso
um dispositivo para controlar esta pressão sangüínea
com receptores precisos e sensíveis, e artérias carótidas no pescoço, válvulas
especiais para controlar o fluxo de sangue quando muda de postura, e assim por
diante. Então se tudo que a girafa tivesse feito fosse desenvolver um pescoço
longo, estaria em apuros. Se apenas tivesse desenvolvido um sistema de pressão
alta, estaria em apuros também. Por alguma razão a teoria da evolução quer que
acreditemos, apenas pela fé, que todo este mecanismo regulador, estruturas anatômicas etc, juntaram-se
acidentalmente, tudo no momento certo, e é por isto que temos girafas hoje em
dia. MF Quer dizer que há sérios obstáculos científicos à teoria da evolução?
RL Exatamente. MF Você mencionou o registro fóssil, agora as mutações, e o que
dizer sobre a segunda lei da termodinâmica? RL Pois é. MF Outro sério
obstáculo. RL Totalmente contraditório. Inconsistente. MF Contraditório. E que
tal a mão de um Criador? RL Ah... Evidências de um criador... a teoria
criacionista prevê que temos um Criador inteligente por trás de tudo isto, e portanto deveríamos procurar evidências de um planejamento
inteligente. Talvez uma das melhores evidências que posso lhe apresentar venha
de algo que os evolucionistas podem considerar a forma de vida mais primitiva
que temos na Terra hoje: a bactéria. A bactéria é um organismo muito pequeno,
então temos que pensar em algo pequeno. As bactérias - muitos tipos de
bactérias tem algo que chamamos de flagelo -- estruturas móveis semelhantes a
um chicote que giram e o organismo desliza pela a água
de acordo com o movimento, ou é impulsionado sobre o substrato no qual vive, e
assim por diante. Quando analisamos o mecanismo através do qual este flagelo
funciona, vemos algo incrível. É um aparato de menos de 25 nanômetros de
diâmetro. Esta dimensão é algo como um bilionésimo de centímetro, ok? É uma
estrutura circular. O homem tem orgulho de sua criatividade na invenção da
roda. Esta estrutura, o flagelo, é construída sobre o mesmo princípio de uma
roda. Na verdade, há uma série de rodas que rodam sobre um eixo. E é a rotação
destas rodas sobre um eixo que coloca o torque na flagela, e a faz mover. Estas
rodas giram numa superfície sem qualquer fricção a mais de 18 mil RPMs. Tudo bem. Superfície sem fricção. A industria tem grande interesse
neste sistema rotor bacteriano por causa de sua eficiência, etc. Mas, o que faz
este sistema rotor funcionar? Um motor elétrico. A membrana celular na qual
este aparato está encaixado inicia uma corrente elétrica ao bombear íons, principalmente
íons de hidrogênio, pela membrana. Esta corrente elétrica é assimilada pelo
rotor do aparato do flagelo e o faz girar. E pode controlar os movimentos com
velocidades variadas. Pode girar mais devagar, mais rápido,
etc. MF Muito organizado. RL Muito organizado. MF Parece design. RL
Design e engenharia! Nossos melhores engenheiros não conseguiram criar
superfícies assim como a que este sistema rotor tem. Ah, nossos melhores
engenheiros não criaram algo em miniatura como isto. Tudo nesta bactéria parece
dizer: engenharia, inteligência, engenharia, inteligência. Se entrássemos numa
loja e víssemos uma máquina deste tipo, que pensaríamos? Que as peças tinham se
juntado por acaso, sem planejamento, sem propósito, sem um processo criativo? É
claro que não! Teria sido construído pela General Electric ou pela Mitsubishi,
ou outra companhia como estas. Mas aqui está algo da natureza, não feito pelo
homem, mas muito mais sofisticado que qualquer coisa que tenhamos construído
nesta linha de maquinaria. MF Você quer dizer que onde há criatividade... RL
Onde há criatividade precisa haver um Criador. E onde há um planejamento
inteligente precisa haver inteligência. Esta é a experiência humana. Isto é
lógico. Isto é científico, Mark. MF Então é possível ser científico e
criacionista? RL Com certeza. Posso estudar estas coisas em meu microscópio
eletrônico. Aliás, é assim que os criacionistas trabalham. Com microscópios,
exatamente como fazem os evolucionistas. Não mudei minha forma de praticar a
ciência depois que deixei de crer na teoria evolucionista. MF Você acha que é
mais científico ser criacionista do que evolucionista? RL Acho. Porque está
seguindo a direção das evidências. Não está forçando nada a uma hipótese
pré-concebida. Você não está tirando as coisas da realidade e adequando-as para
encaixar-se na questão. A expressão "E se..." não é evidência.
"Suponhamos" não é evidência. E simplesmente repetir uma hipótese vez
após vez não vai torná-la verdade. Ainda é uma hipótese. MF A evolução não
apenas é uma teoria, mas também uma filosofia. Que esperança você tinha em
relação aos propósitos e destino de sua vida como evolucionista, ou quem sabe
esperança de vida após a morte? RL Nenhuma. A evolução foi proposta de uma
maneira científica. É irracional. Não tem propósito. Não tem direção. As coisas
acontecem porque acontecem. É isto que a evolução nos diz. A teoria da evolução
não oferece qualquer esperança, assim como ninguém pode esperar uma vida melhor
através de um acidente ou uma catástrofe que ocorra. MF
Mas hoje você tem esperança. RL Hoje eu tenho esperança. Hoje tenho esperança.
Quando estava saindo da evolução e ateísmo, eu tive a expectativa de um
Salvador. Depois desenvolvi a esperança de um Salvador. Agora tenho a certeza
de um Salvador. MF Obrigado, Doutor Lumsden. RL Esta
é a minha história evolucionista de hoje. MF Você certamente evoluiu. RL Eu
evoluí. MF De um evolucionista ateu, RL Amém. MF Num período não de milhões de
anos. RL É, nem tanto. MF Você ainda está longe de um milhão. RL É, falta um
milhão de anos. MF Mas você evoluiu no processo de
crescimento, e agora é um cristão que compartilha a realidade científica do
criacionismo com milhares de pessoas do mundo. Obrigado por estar conosco hoje,
e obrigado pela esperança que compartilhou conosco de um Deus Criador e no amor
de Cristo. RL Foi uma bênção para mim. MF Não sei o que você acha, meu amigo,
mas ouvir falar deste pequenino rotor que gira impulsionado por energia
elétrica me deixa arrepiado. Não posso imaginar uma evidência mais clara da
inteligência que há na natureza. Minha convicção, cada vez mais forte, é que se
você olhar objetivamente para as evidências, é preciso muito mais fé para
acreditar no modelo evolucionista que no modelo criacionista. Mas vamos tentar
trazer esta evidência para perto de nós, para perto do coração. Que diferença
faz em nosso mundo se há um Criador por trás de tudo ou não? Deixe-me tentar
aplicar um pouco do que aprendemos hoje. Acredito que uma observação mais
atenta das evidências do Criador trabalhando, nos ajuda a entender melhor Seu
poder transformador. Isto é, quanto mais real Deus se torna em Sua Criação, mas
real o poder de Deus pode tornar-se em nossa vida pessoal. A Bíblia foi criada
para nos ajudar a fazer isto. O registro da Escritura continua onde a evidência
dos fósseis e da genética pára. Começa com os hebreus
se regozijando no poder ilimitado de Deus. Eles caminharam pelo meio do Mar
Vermelho e viram o Senhor dos Exércitos vencer exércitos invasores. "Nosso
Deus está no céu," gritavam para o mundo. "Ele faz o que deseja fazer."
Sabe, a onipotência de Deus não é apenas uma quantidade no universo; uma grande
força que existe. Seu poder criador não é apenas uma equação abstrata no céu,
um número com zeros demais para contarmos. É uma qualidade, uma maravilhosa
qualidade. Como diriam os hebreus, "a GRANDEZA de Seu poder." Numa
palavra, é a HABILIDADE que a Bíblia celebra. Deus é infinitamente habilidoso.
Os poetas da Bíblia ficavam estupefatos com a
QUALIDADE do poder de Deus. Não tinham microscópios eletrônicos, não podiam ver
o mecanismo sofisticado que move os flagelos celulares, mas eles VIAM muitas
coisas. Escondida entre os muitos Salmos está a pergunta: Como Ele faz isto? As
ações de Deus estão muito acima das nossas. Sua habilidade nos deixa perplexos.
Ele formou as montanhas, abriu os céus como um toldo, vestiu os campos com
rebanhos e vales com grãos, encheu o mar com milhares de animais, grandes e
pequenos. Aqui está o profeta Isaías com uma visão desta poderosa habilidade do
Criador. Falando da vasta imensidão de estrelas que iluminam a noite, ele diz
em Isaías 40, verso 26. "Levantai ao alto os
vossos olhos, e vede. Quem criou estas coisas? Aquele que faz sair o seu
exército de estrelas, todas bem contadas, as quais ele chama pelos seus nomes;
por ser ele grande em força e forte em poder, nem uma só vem a faltar."
Cada estrela é chamada pelo nome. Cada uma delas contada. Deus faz com que tudo
pareça fácil. Se você está observando as galáxias ou uma célula bacteriana, Sua habilidade infinita parece sem esforço. E a mensagem do
Novo Testamento é a seguinte: ligue-se nesta força. Ligue-se no poder de Deus.
Todos aqueles que aceitaram a Cristo como Salvador e Senhor são incentivados a
usar a habilidade infinita do Criador. Não precisa ser algo que brilha à
distância. Pode até mesmo fazer milagres dentro de seu coração. Quão grande é o
seu Deus? Você O reduziu a um tamanho que possa controlar? Seu poder é apenas
uma força vaga à distancia?
O Criador pode mostrar Seu trabalho em sua vida, em seu coração. Ele não perdeu
nenhuma de Suas habilidades desde que criou as gazelas e orquídeas e águias
deste planeta. Sua mão está estendida na sua direção. Por que não tomá-la?
ALELUIA Letra e Música: Chris Rice A Cor do céu no pôr do
sol, A imensidão no azul do mar, O sol e as ondas a dançar, Fazem-me
cantar, com aleluias. O coração que pulsa em mim, Estrelas
mil, trovões também, Me falam de um criador. Fazem-me cantar, com aleluias,
CORO: Oh, louve toda a criação. Inunda a Terra com um só louvor, Esse louvor me faz cantar Aleluia (3x) A lua que me faz
viver. E o céu mantém com perfeição. Me falam de um Pai de amor. Quero então
cantar, Quero então louvar, Quero sim cantar, com aleluias
Gravado por Eclair no CBCRCD 150 pela gravadora CBCR.
ORAÇÃO: Querido Pai, ficamos estupefatos
com Tua Criação. Somos testemunhas de Tua incrível
habilidade, mas queremos ser mais que espectadores. Também queremos
experimentar Teu poder criador em nossa vida. Te aceitamos incondicionalmente
como nosso Salvador e Senhor. Venha morar em nosso coração. Por favor, realize
em nós mais do que podemos pedir ou imaginar. Confiamos em Teu cuidado
transformador. Em nome de Jesus, amém.
41
O MANTO DE UM MÁRTIR
Pr. Mark Finley
Saint Albans é uma cidade inglesa
com cerca de cem mil habitantes que fica no interior da Inglaterra, ao norte de
Londres. É um de meus lugares favoritos no mundo todo. Passei cinco anos
maravilhosos e, trabalhando com pastores de toda a Europa no escritório regional
da Igreja Adventista do Sétimo Dia, em Saint Albans.
Minha esposa, Teenie, e eu nunca esqueceremos as pessoas maravilhosas que
conhecemos, e meus filhos lembram com saudade da época em que estavam crescendo
nesse lugar. O ritmo da vida é um pouco diferente. Parece haver mais tempo para
as famílias, mais tempo para a arte, música, leitura e cultura; mais tempo para
ser um ser humano. Muitos dos prédios em Saint Albans
são como pedaços da História, guardados para nós até hoje, como a Torre do
Relógio, por exemplo. Ela existe desde o ano 1412, quando ocupava o centro
dessa cidade medieval. O sino original ainda está intacto; o mesmo sino que
badalava as horas todos os dias. Há uma rua, chamada French
Row, Rua dos Franceses, que recebeu este nome por causa dos mercenários
franceses que fixaram-se ali no século 13, lutando para os barões ingleses,
contra o Rei John. Há também a construção de um prédio histórico, que é mais
alto que todos os outros, que é a razão de Saint Albans
existir até hoje. Está atrás de um muro, entrando por um dos portões da cidade.
Essa magnífica estrutura é a Catedral de Saint Albans.
É uma das maiores igrejas da Inglaterra. Diz-se que o Rei Offa
foi quem começou sua construção. Ele era rei do reino central da Inglaterra,
chamado Mércia, no início da Idade Média. O Rei Offa
construiu um Mosteiro Beneditino neste local. Então vieram os normandos, que
invadiram a Inglaterra em 1066. Essas pessoas decidiram mostrar aos saxões do
local, quão bons eram, construindo uma catedral em grande estilo. Começaram a
transformar a capela em catedral. Ainda pode-se ver a Torre Normanda, com sua
elevada arcada que fica no meio da igreja. Mais tarde, durante a época do Rei
John, Saint Albans foi aumentada. Gradualmente
tornou-se um centro de cultura e intelectualidade. Saint Albans
tem uma longa e interessante história. Mas a parte mais importante de sua
história é o que aconteceu mesmo antes de ser construída, foi o que aconteceu
numa colina. A verdadeira história de Saint Albans
começa abaixo dessa colina, numa cidade romana quase esquecida, chamada Verulamium. Sobrou apenas um pedaço da muralha que cercava Verulamium quando esta fazia parte da Província Romana
chamada Britânia. Os romanos, sob o comando do Imperador Claudius, tinham
estendido seu império bem ao norte, até a Bretanha. E, como parte de sua
conquista e estabelecimento na região, construíram uma típica cidade romana, Verulamium. Tinha tudo: fórum, praça central, basílica,
prédio do tribunal, um teatro e banhos públicos. O muro da cidade,
originalmente tinha cerca de 2 metros de largura na base e 6 metros de altura.
Era feito de pedra e argamassa. A cidade ficava deste lado do muro, e era
protegida por uma guarnição romana. Entre os cidadãos influentes que viviam
nessa importante cidade no ano 209 A.D., estava um homem chamado Albano. Alguns
acreditam que ele era um oficial do exército. Albano pertencia a uma cultura
que adorava muitos deuses. Os romanos, como os celtas, eram pagãos. E, além
disso, todos os cidadãos romanos que se prezavam reconheciam que o Imperador
era divino. Em 109 A.D. uma nova religião começara a espalhar-se pelo império.
Era uma religião baseada num homem que fora crucificado como criminoso, e que,
diziam, ressuscitara dos mortos de forma sobrenatural. Era uma religião que
desafiava a autoridade absoluta de César. Os cristãos declaravam que apenas
Cristo deveria ser adorado; estes cristãos primitivos O reverenciavam como o
Senhor dos Senhores, e Rei dos Reis. Por isso eram considerados como uma terrível ameaça para a sociedade romana, uma ameaça à
lei e à ordem. Os cristãos eram perseguidos em todo o Império Romano, e foram
perseguidos também em Verulamium. Albano, como um bom
cidadão, tinha poucas razões para desafiar o estilo de vida romano. Mas certa
noite ele ouviu uma batida na porta, e aquela batida mudou tudo. Quando Albano
abriu a porta, olhou nos olhos de um fugitivo, um homem chamado Anfibólio. Ele
era seguidor de Jesus, provavelmente líder dos cristãos da cidade, e as
autoridades o estavam perseguindo. Bem, Albano não conseguiu simplesmente
fechar a porta. Não foi capaz de mandá-lo embora. Não pode ignorar este
estranho que estava em apuros. Então convidou-o a entrar. Albano era um homem
de mente aberta. Ele poderia não concordar com estes cristãos, ou mesmo
entender o que eles diziam, mas não achava que eles devessem ser perseguidos
como animais. Assim, Albano abriu a porta ao crente fugitivo; ele o convidou a
entrar; hospedou-o em sua casa e deu-lhe proteção. O historiador Bede diz que algo aconteceu a Albano durante os dias que se
seguiram. Ele viu Anfibólio orar. Ele o viu orar até altas horas da noite,
certas vezes. Às vezes podia ouvir o que o homem dizia em oração. As frases
religiosas que os cristãos usavam eram fora do comum, bastante estranhas para Albano.
Mas havia algo na maneira deste homem orar, algo muito sincero, muito real,
algo que ele conseguia entender. Ele não pode deixar de ficar impressionado.
Assim Albano começou a fazer perguntas sobre as crenças de seu convidado.
"Conte-me mais sobre este Jesus! O que Sua crucifixão tem a ver com o meu
perdão? Como você sabe que Ele realmente ressuscitou dos mortos?"
Anfibólio contou mais e mais a respeito de sua fé. E Albano ouvia cada vez com
mais atenção. Cristo tornou-se cada vez mais real para ele. Quase sem perceber,
Albano passou para o outro lado; ele dera um passo importante. Este muro
marcava uma linha divisória: dentro estava a proteção da lei romana, da
civilização romana. Do lado de fora, estavam os bárbaros, os inimigos de Roma.
Quando Albano ouviu aquele fugitivo falando a respeito de seu amor por Cristo e
sentiu a maravilha do evangelho envolver seu coração, ele cruzou essa linha.
Colocou-se do outro lado do muro. De certa forma, tornou-se um inimigo do
Governo Romano. Ele estava sob o domínio de um Soberano diferente. Bem, as
autoridades começaram a desconfiar. Albano decidiu que o mais importante era
proteger esse líder da igreja cristã. Então deu a Anfibólio sua identidade;
deu-lhe o disfarce de uma cidadania romana. Albano colocou-lhe nos ombros seu
manto de oficial, provavelmente uma capa de oficial romano. Ele vestiu seu
convidado com suas próprias roupas e Anfibólio saiu pela noite afora. Desta
forma, o líder cristão perseguido conseguiu sair da cidade e fugir dali. Ele
escapou, como Albano. Mas o verdadeiro Albano teve que ficar. Logo sua atitude
de ajudar e acobertar este inimigo do estado veio à luz. As autoridades
descobriram que ele estivera protegendo um cristão, e Albano não negou que ele
mesmo tornara-se um cristão também. Albano mudara de lado. Foi levado perante
as autoridades da cidade. Eles o advertiram a renunciar estas loucas crenças
cristãs. Nenhum dos cidadãos distintos de Verulamium
havia caído nesta cilada. Por que deveria ele? Eles insistiram com Albano para
que simplesmente reconhecesse que César era divino. Devem ter tentado de todas
as maneiras, porque foi um longo julgamento. Albano, porém, não desistiu de sua
fé em Cristo. Durante o processo ele repetiu frase que se tornaria famosa como
a oração de Santo Albano: "Eu cultuo e adoro o verdadeiro Deus vivo, que
criou todas as coisas." Finalmente, eles o retiraram do tribunal;
levaram-no pelo portão, para fora da cidade, e subiram a uma colina, até o
local de execução. Albano havia mudado de lado, e teria que pagar o mais alto
preço. Eu me pergunto o que este nobre romano estava pensando quando subiu
aquela colina. O que se passava em sua mente? O que estava sentindo, no que
estava pensando? Ele pensou em seus pais? Será que ficou triste por causa de
alguma jovem que nunca mais poderia ver, nunca poderia amar? Será que pensou em
tudo que teria de abandonar? A pergunta é: o que fez Albano continuar a subir a
colina? Por que não parou a alguma altura e simplesmente disse: "Tudo bem,
reconheço César como Senhor." Aquela colina deve ter parecido muito
íngreme quando se considera o que o aguardava no topo, no local de execuções.
Eu acho que Albano deve ter pensado em Alguém que subira uma colina antes dele.
Ele estava seguindo as pegadas de Alguém. Jesus Cristo
foi levado para fora das muralhas de uma cidade por autoridades romanas. E Ele
teve que subir uma colina até o topo do Monte Caveira. É claro que não era uma
colina bonita e verdejante, onde namorados caminham e crianças brincam. Era uma
colina rochosa, um lugar de execução chamado Gólgota. As costas de Jesus
sangravam profusamente enquanto Ele tropeçava pelo caminho. Ele fora
brutalmente açoitado pelos soldados romanos. Ele fora forçado a carregar as
vigas de madeira de sua cruz pelas ruas de Jerusalém. E foi levado para fora da
cidade para ser torturado até morrer. O que se passava na mente de Jesus quando
Ele subiu o Gólgota? No que estava pensando quando foi morto ainda no auge da
juventude? O que estava pensando quando Seu ministério foi interrompido
abruptamente? Será que pensou na infidelidade de Seus discípulos, que haviam
fugido? Veja o que o escritor de Hebreus diz no capítulo 13, verso 12:
"Por isso, foi que também Jesus, para santificar o povo, pelo seu próprio
sangue, sofreu fora da porta." Por que Jesus subiu aquela colina? Para
santificar seres humanos com Sua morte sacrifical, com Seu sangue. Era isso que
Ele tinha em mente: as pessoas que Seu sangue salvaria. A Escritura nos diz que
Jesus suportou a cruz "pela alegria que estava diante de Si." Jesus
Cristo escolhera fazer o sacrifício de livre e espontânea vontade. Ele fora
para Jerusalém para cumprir Sua missão. Subiu a montanha, chamada Gólgota, com
uma silenciosa determinação. Era sobre este Jesus que Albano tinha aprendido,
sentado aos pés de seu convidado fugitivo, Anfibólio. Ele fora levado a este
Cristo heróico, este Cristo cujo amor parecia não ter
limites. E assim, Albano subiu esta colina perto da cidade onde ele vivia. Ele
sabia que Cristo subira a colina antes dele. Fosse qual fosse a prova, Cristo
já a enfrentara antes. Não sei o que você está enfrentando neste momento de sua
vida. Não sei que tipo de montanha íngreme você tem tido que subir. Pode ser
uma crise em seu lar, em seu casamento. Talvez você sinta-se isolado e
abandonado. Pode ser uma cirurgia, um sério problema médico. Pode ser um pesado
fardo de culpa ou medo. Quero, porém, assegurar-lhe de uma coisa. Seja qual for
a colina que esteja enfrentando, pode ter uma
certeza: Cristo já subiu a colina antes de você. Aquele que foi tentado em tudo
que nós somos, deu estes difíceis passos antes de você. Ele promete estar a seu
lado quando precisar dEle. Há outra coisa que podemos
nos perguntar sobre Albano, o romano que mudou de lado. Por que deu àquele
fugitivo seu manto? Por que correu aquele risco? Como pôde dar sua cidadania
romana quando isto significava tudo: respeito, segurança e posição? No que
Albano estava pensando quando colocou aquele manto nos ombros do homem que orou
em seu lar tão fervorosamente? Podemos ter uma idéia,
novamente, ao comparar com a experiência de Cristo subindo a colina. Você sabe
o que a cruz realmente significou para Cristo? Você sabe que na verdade
envolveu uma troca de identidade? Está em II Coríntios 5: 21: "Aquele que
não conheceu pecado, [isto é, Jesus Cristo, enviado pelo Pai] ele o fez pecado
por nós; para que, nele, fôssemos feitos justiça de Deus." Você percebe a
troca aqui? Cristo tomou a identidade do pecador na cruz. Ele vestiu aquilo que
o profeta Zacarias descreve como nossos trapos de imundícia. Jesus oferece-nos
Sua identidade, a identidade de uma pessoa justa, a identidade de alguém que
Deus apontou como: "Meu Filho amado, em quem me comprazo." (Mateus
3:17) Cristo coloca em nossos ombros o manto de Sua justiça, Sua boa reputação
com o Pai, e somos aceitos "no Amado." É por isso que Cristo subiu a
colina chamada Calvário. Na cruz, Ele trocou de identidade. Em certo sentido,
os seres humanos só entram no céu disfarçados. Ou seja, Cristo nos dá o manto
de Sua justiça. Vamos ao trono de Deus disfarçados, ou vestidos como o Filho
amado de Deus. Este é o tanto que Cristo amou os seres humanos perdidos. Ele
morreu pelos pecadores. Ele deu Sua identidade a pessoas que não a merecem.
Albano tinha consciência do que Jesus Cristo lhe dera no Gólgota. Albano fora
transformado pelo evangelho, e assim teve segurança para dar sua identidade a
alguém que a precisava. Ele sentiu o manto da justiça de Cristo ao redor de
seus ombros. Ele colocou sua capa de oficial romano sobre os ombros de um
amigo. Sim, Cristo tinha subido a colina antes dele. Oficiais romanos levaram
Albano até o topo da colina, e ali ele foi decapitado enquanto orava ajoelhado.
Esta execução fora apenas um exemplo de um grande esforço feito pelo Império
Romano para eliminar o cristianismo. Eles desejavam silenciar aquelas vozes que
desafiavam a absoluta autoridade de César. O sangue que Albano derramou tão
heroicamente, porém, tornou-se um grito de fé. Albano foi o primeiro mártir
cristão, que se saiba, a morrer na Bretanha. Os cristãos erigiram uma capela
para preservar sua memória. A igreja na Bretanha cresceu. A fé que transformara
Albano tocou muitos outros corações. E, com o tempo, esta magnífica catedral
foi construída no local da morte como um monumento ao martírio de Albano. O
exemplo de Albano continuou a inspirar cristãos durante os séculos. A catedral
com seu nome continuou a crescer. O lado ocidental da Catedral, foi reprojetado
e construído em estilo gótico vitoriano no século 19. Novas gerações desejavam
acrescentar seu toque à este templo construído para
glorificar a Deus. O sangue de Albano, derramado naquele lugar, produziu muitos
frutos. Mas, outra vez, Cristo subira a colina antes dele. O sacrifício de
Cristo produziu um monumento mais extraordinário ainda. Veja como o apóstolo
Paulo descreve isto em Efésios 1: 7 e 8: "No qual [ou seja, em Cristo]
temos a redenção, pelo seu sangue, a remissão dos pecados, segundo a riqueza da
sua graça, que Deus derramou [...] sobre nós." Cristo transformou um ato
de brutalidade, Sua execução na cruz, numa forma de compartilhar Sua graça. Ele
a compartilhou em abundância, transformou o ato de vingança de Seus inimigos
num monumento de perdão. Ele transformou um fim vergonhoso num novo início para
incontáveis seres humanos. Ele transformou uma morte horrível num lindo ato de
redenção. É por isto que Cristo subiu a colina do Gólgota. Ele tinha tanto amor
a dar, tanta graça para oferecer. Amigos, a cruz é uma promessa de que a vida
humana, qualquer vida humana, pode ser transformada. Não importa que obstáculos
se interponham em seu caminho, há esperança. Não importa quão íngreme pareça a
colina, há esperança. Cristo já subiu esta colina antes de você. Ele deu estes
difíceis passos. Ele sabe exatamente o que você está passando, Ele pode
ajudá-lo a chegar ao topo. O mais maravilhoso de tudo é isto: Cristo pode
transformar a tragédia da sua vida em triunfo. Ele pode transformar o que você
vai encontrar no topo da colina. Cristo pode tornar em bênçãos as piores
circunstâncias. Você pode esperar algo terrível, um campo de batalha, mas
Cristo pode transformá-lo numa magnífica catedral. Você está cansado de subir
esta íngreme colina sozinho? Você não gostaria de caminhar ao
lado de Alguém que já subiu todo este caminho antes de você? Você pode
confiar nAquele que deu Sua vida por você para apoia-los nos piores momentos. Você pode confiar nAquele que lhe oferece Sua identidade, agora mesmo.
FOI NA CRUZ Letra: Isaac Watts e R.E.H. Música: Ralph E.Hudson Quão cego aqui outrora
andei distante do Senhor, Que veio lá dos altos céus salvar o pecador. Foi na
Cruz, foi na cruz, em que ao fim percebi: Meu pecado recaiu em Jesus. Foi então
pela fé que meus olhos abri, Que prazer sinto agora em
Sua Luz. O imenso amor do meu Senhor Jamais compreenderei, No
sangue que verteu lá na cruz, Perdão eu encontrei. Gravado por Arautos do Rei
no MMCD 9901 para a Voz da Profecia.
ORAÇÃO Querido Pai, agradecemos-Te pela maravilhosa
história deste cristão corajoso chamado Albano. Agradecemos-Te por Aquele que
inspirou Seus passos na colina. Obrigado porque Jesus subiu a colina antes de
nós. Pelo dom que Ele nos ofereceu a partir de uma colina chamada Gólgota. Pela
graça que podemos encontrar ali. Ajuda-nos, agora, a confiar a Ti todos os
nossos fardos. Ajuda-nos a colocar nossa vida em Tuas mãos e recebermos a Jesus
Cristo como Salvador e Senhor. Em Seu nome, Amém.
42
ONDE ESTÁ DEUS QUANDO SOFREMOS?
Pr. Mark Finley
Quando seis milhões de homens, mulheres e crianças judeus
pereceram nos campos de extermínio nazista entre 1933 e 1945, deixaram atrás de
si um enorme vazio no mundo. Era como se uma civilização inteira tivesse sido
perdida. Muitas das pessoas mais brilhantes e talentosas da Europa
desapareceram em fornos e câmaras de gás e fogueiras. Tantas famílias
dizimadas. Tantas esperanças e sonhos interrompidos. Tantas promessas que nunca
se cumpririam. Nada poderia preencher este enorme vazio. Milhões de sobreviventes
olhavam para o holocausto e viam uma mãe, um pai, uma criança, uma tia, um avô
que lhes fora tirado. Entes queridos insubstituíveis haviam sido consumidos. E
este enorme vácuo também fez surgir uma pergunta, uma indagação inevitável:
Onde estava Deus quando os nazistas estavam fazendo isto? Onde estava Deus o
Pai? Ele não sabia o que estava sendo feito a Seus filhos? Os nazistas
mostraram onde a maldade e a crueldade humana podem chegar e isto destruiu a fé
de muitos. O vazio era grande demais. Não parecia haver forma de preenche-lo. O que podemos fazer em face de uma calamidade
tão grande? Os arquivos centrais do Memorial Yad Vashem, documentam as atrocidades dos nazistas em detalhes
aterradores. As fotografias exibidas no memorial têm um poderoso impacto
emocional sobre os visitantes. Há uma, em particular, que eu nunca vou
esquecer. Mostra só um soldado da SS, apontando um longo rifle para a cabeça de
uma mulher a alguns passos de distância. Ele está prestes a atirar. A mulher
está levemente inclinada, como se esperando o golpe. Ela está inclinada sobre
uma criancinha agarrada ao seu peito. Só um soldado. Uma mãe. Uma criança. Mas
o horror e o sangue frio daquele momento, o ultraje que representa aquela
fotografia, fala muito sobre a tragédia do holocausto. O que você faz em face
de tão grande calamidade? Onde está Deus no meio de tanto sofrimento? Por que
Ele permitiu? Por que aquelas pessoas tiveram que morrer? Por que aquela mãe?
Por que aquela criança? O próprio Jesus certa vez fez estas perguntas. As
pessoas lhe mostraram o sofrimento humano e perguntaram, por quê? Um incidente
está registrado em Lucas, capítulo 13. Alguém veio a Jesus e lhe contou sobre
uma tragédia. O governador romano, Pilatos, havia assassinado um grupo de
judeus galileus que estavam oferecendo sacrifícios a Deus. Como se poderia
explicar tal coisa? Jesus, antes de tudo, queria deixar claro uma coisa. Veja
qual foi sua resposta em Lucas 13:2 e 3: "Pensais que esses galileus eram
mais pecadores do que todos os outros galileus, por terem padecido estas
coisas? Não eram, eu vo-lo afirmo; se
porém não vos arrependerdes, todos igualmente perecereis." A
sabedoria comum dizia que as coisas ruins aconteciam às pessoas ruins. Mas será
que é sempre verdade que as coisas ruins acontecem sempre a pessoas ruins?
Quando ocorre uma calamidade, é por que alguém pecou? Jesus disse: "Não,
não é bem assim." Não podemos dizer que as pessoas que sofrem tragédias as
merecem. Não podemos supor que essas pessoas são mais pecadoras que as outras
não são atingidas pelos infortúnios. Todos nós somos pecadores. Todos nós
necessitamos de redenção. Há apenas uma forma de evitar a maior calamidade de
todas, a morte eterna. Em outra ocasião, Jesus passou por um homem que nascera
cego. Seus discípulos lhe perguntaram: "Mestre, quem pecou, este homem ou
seus pais?" Eles achavam que devia haver uma razão para aquela tragédia,
uma razão para aquele pobre homem nunca ter visto a luz do dia. Mas Jesus
respondeu com estas palavras de João 9:3: "Nem ele pecou, nem seus pais;
mas foi para que se manifestem nele as obras de Deus." Jesus estava
dizendo que não se pode responder o "porquê" do sofrimento humano tão
facilmente. As tragédias que acontecem a uma pessoa não resultam de um pecado
específico. Há pessoas que perguntam continuamente: "Por que, Senhor, por
que isto aconteceu? Por que meu filho nasceu com um defeito? Por que meu marido
me abandonou? Por que meu filho morreu num acidente de carro? Por que meu
vizinho morreu de câncer? Por que, por que, por que? A Bíblia não responde a pergunta "por que," mas nos diz
"quem". O mundo inteiro está sofrendo a tragédia da separação de
Deus. O mundo inteiro está devastado pelo pecado. Sim, às vezes trazemos sobre
nós mesmos certas tragédias. Mas nunca podemos apontar o dedo a outros e dizer
que coisas ruins acontecem só a pessoas ruins. Nunca podemos apontar o dedo às
vítimas do holocausto e dizer que, de alguma forma, eles eram piores que nós.
Mas o que podemos dizer? Como podemos reagir ao sofrimento humano, a este enorme
vazio que há no mundo? Bem, Jesus concentrou a atenção naquilo que Deus pode
fazer como resultado da tragédia. Olhando para o cego, Ele disse que Deus
poderia fazer alguma coisa; Ele poderia mostrar Suas obras; Ele poderia tirar
algo de bom daquilo que era ruim. Jesus não nos dá respostas a perguntas
específicas sobre o sofrimento. Não sabemos porque a
casa daquela família incendiou-se. Não sabemos porque
aquela amorosa mãe tem câncer. Não sabemos porque
aquelas crianças morreram num acidente de carro. Não temos razões específicas.
Acho que ninguém é capaz de responder estas perguntas por enquanto. Mas Jesus
nos dá uma resposta à pergunta: "Onde está Deus quando sofremos?"
Sabemos que Alguém se importa com o nosso sofrimento.
Deixe-me contar-lhe qual é. No Memorial Yad Vashem, na Colina da Lembrança, foram erigidas várias
estátuas. São expressões muito fortes da tristeza e angústia humanas. O que as
pessoas que esculpiram aquelas figuras estavam tentando dizer? Acho que estavam
dizendo algo muito importante: "Sinto muito. Sinto pela tragédia que você
sofreu." As vítimas do holocausto sentiram-se muito isoladas naqueles
campos de concentração. A experiência foi tão horrível, que era mais do que um
ser humano poderia compreender. Será que alguém seria capaz de entender o que
eles sofreram? O Yad Vashem
é um gesto que diz: "Sim, sim, nós entendemos um pouco a sua dor. Queremos
compreender. Não queremos que sintam-se sozinhos." Agora quero que você
pense sobre um memorial diferente, um símbolo diferente. A cruz de Cristo. O
que isto lhe diz? O que isto diz sobre o sofrimento? Leia o que diz Isaías 53:4
e 5: "Certamente, ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas
dores levou sobre si... Mas ele foi traspassado pelas
nossas transgressões e moído pelas nossas iniquidades; o castigo que nos traz a
paz estava sobre ele, e pelas suas pisaduras fomos sarados." Na cruz,
Cristo tomou sobre Si nossas tristezas e piores aflições. Ele tomou o
sofrimento humano. Ele carregou em Seu corpo as conseqüências
dos pecados do mundo. É por isto que Ele pode nos salvar. Mas também é por isto
que Ele pode nos compreender completamente. Jesus nos oferece mais que simpatia
na dor. Ele está lá, sofrendo conosco. Ele sente tudo que sentimos. Quando Ele
diz: "Você não está sozinho." É porque Ele já passou por isso. Assim,
a resposta à pergunta: "Onde está Deus quando sofremos?" é esta: Deus
está conosco, sofrendo conosco. Não está olhando à distância. Ele está aqui, do
nosso lado. Cristo sofreu. Ele sofreu mais que qualquer ser humano jamais sofrerá.
E este fato dá um significado especial a uma promessa como esta que está em
Salmos 139:8 e 10: "Se subo aos céus, lá estás; se faço a minha cama no
mais profundo abismo, lá estás também... ainda lá me haverá de guiar tua mão, e
a tua destra me susterá." Onde está Deus quando sofremos? Ele está aqui
conosco, mesmo no meio das mais profundas trevas. Mas há mais, muito mais que
Deus faz por nós em meio à calamidade. O Memorial Yad
Vashem tem uma forma muito especial de homenagear
aqueles que morreram nas mãos dos nazistas. Yad Vashem significa "um monumento e um nome."
Refere-se a algo que Deus disse através do profeta Isaías. Ele estava falando a
um grupo de indivíduos que estavam com medo de serem separados do povo de Deus,
dos escolhidos. Isto é o que lemos em Isaías 56:4 e 5: "Porque assim diz o
Senhor: ... darei na minha casa e dentro dos meus muros, um memorial e um nome
melhor que filhos e filhas; um nome eterno darei a cada um deles, que nunca se
apagará." Yad Vashem
cria um lugar e um nome. A colina na qual foi construído chama-se Colina da
Lembrança. É uma forma de lembrar. É isto que as pessoas têm feito ali para
superar esta ultrajante crueldade humana. Eles juraram preservar os nomes das
vítimas. Isto acontece especificamente no Pátio dos Nomes. A identidade de mais
de dois milhões de judeus assassinados estão gravadas neste lugar. Detalhes vêm
dos parentes dos mortos. Tragicamente, muitas famílias inteiras desapareceram.
Não sobrou ninguém para lançar seus nomes nos registros. Não sobrou ninguém
para lembrar deles. Mas o Yad Vashem
tenta preservar quantos nomes for possível. É uma tentativa de acender algumas
velas no meio da vasta escuridão do holocausto. É uma tentativa de levar
conforto àqueles que perderam tanto. Este memorial é um reflexo de algo que
Deus faz em resposta ao nosso sofrimento? Deus diz: "Nunca esquecerei o
que você passou. Vou lembrar sempre. E preservarei sua identidade."
Isaías, no capítulo 49, descreve um momento em que o povo de Israel tinha
passado por calamidades e temiam que Deus os tivesse esquecido e os abandonado.
Esta foi a resposta de Deus, dada através do profeta Isaías, no capítulo 49,
versos 15 e 16. "Acaso pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda
mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta
viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. Eis que nas
palmas das minhas mãos te gravei..." O que esta
linda passagem sugere? Que, de certa forma o nome dos seguidores de Deus estão
escritos nas palmas de Suas mãos. Ele nunca os esquecerá. No livro de
Apocalipse, Deus promete a Seus fiéis que nunca apagará seus nomes do Livro da
Vida, e que reconhecerá seus nomes diante do Pai. (Apocalipse 3:5) É assim que
Deus nos conforta em nosso sofrimento. Ele diz, "Nunca o esquecerei.
Preservarei sua identidade através dos problemas. Seu nome está escrito na
palma da Minha mão." É por isto que Ele é chamado o Deus que nos consola.
É por isto que Ele pode nos apoiar mesmo nas maiores calamidades. Uma cristã
russa de 24 anos, chamada Luba, precisava muito de
consolo em 1983. Ela fora condenada a trabalhos forçados no temido Gulag
Soviético. Era um mundo duro e brutal, tão diferente da vida idealista que esta
jovem bonita tinha antes. Ela chegara ao limite do sofrimento humano. Então Luba pediu a Deus para lhe fazer companhia. Ela pediu-Lhe
especificamente para ajuda-la
a encontrar outro cristão no campo de concentração. Alguns dias mais tarde foi
apresentada a Maria, uma mulher mais velha que tinha o mesmo amor por Jesus.
Logo, elas estavam reunindo-se no pátio da prisão, compartilhando partes da
Bíblia, orando juntas e, às vezes, cantando bem baixinho. Elas até conseguiram
realizar cultos secretos no campo. Sempre que uma delas recebia uma carta,
liam-na juntas, regozijando-se em cada notícia enviada por entes queridos. Luba e Maria amavam a comunhão que tinham no Gulag, era
como se fosse um pedacinho do céu naquele lugar horrível. Mas chegou o dia em
que Maria foi libertada. A jovem Luba ficou sozinha.
No início sentiu muito a ausência da amiga. Mas, depois, começou a conversar
com Deus sozinha, no pátio da prisão, quando ia e voltava do trabalho. Ela
sentiu Sua presença mais intensamente do que antes. Ele estava lá ao seu lado. Luba, depois de três anos na prisão, explicou esta
experiência da seguinte forma: "Eu falava com Deus, em meu coração, o
tempo todo e pensava, 'Que bom é poder estar com Deus, e sentir-me tranqüila e livre, mesmo aqui no campo!' Não há palavras
para descrever o que experimentei. O Senhor chega tão perto de nós nestas
situações." Sim, amigo, Deus estava bem perto de Luba
naquele campo de concentração. Onde está Deus quando sofremos? Ele está perto,
dando-nos conforto. Ele está do nosso lado para ajudar-nos a superar os
problemas. Quando Jesus esteve nesta terra, passou a maior parte do tempo
aliviando o sofrimento humano, curando os doentes, os aleijados, os que tinham
distúrbios emocionais. Ele ainda faz isto hoje. No pátio do Yad
Vashem, onde as cerimônias do Dia da Memória são
realizadas em homenagem aos mortos, há o relevo chamado "A Rebelião do
Gueto, a Última Marcha." Nesse local, cada árvore de alfarroba plantada
tem o nome de alguém que arriscou a própria vida para ajudar os judeus durante
o regime nazista. Israel deu a esses indivíduos um título honroso muito
especial. Cada um deles é: "Um dos Justos." O pesadelo nazista não
apenas mostrou o pior que seres humanos podem fazer uns contra os outros, mas
também inspirou extraordinários atos de heroísmo e altruísmo. Essas árvores
representam algumas histórias notáveis. Uma delas ocorreu na pequena vila
francesa de Le Chambon. Num sábado à noite do verão
de 1942, motos de policiais chegaram à praça central fazendo muito barulho. Os
Vichi finalmente tinham chegado. Era a polícia francesa atuando sob as ordens
dos nazistas. Tinham vindo buscar os judeus que acreditavam estar escondidos
lá. O chefe da polícia interrogou um pastor chamado Andre
Trocme. Ele exigiu que o pastor lhe desse nomes e
endereços de judeus na vizinhança. O pastor disse que não sabia estes nomes. E
realmente estava dizendo a verdade. As pessoas que ele estava escondendo tinham
todas documentos de identidade falsos. O pastor disse
que não era seu papel como pastor trair suas ovelhas. O chefe de polícia gritou
ameaças, disse ao pastor que a resistência era inútil, e afastou-se.
Imediatamente, o pastor foi para casa e começou a ligar para os jovens líderes
de classes bíblicas que ele organizara. Estes jovens eram a chave de sua rede
secreta. Ele os enviou para as fazendas onde os judeus estavam se escondendo
para avisá-los que fugissem para as florestas durante a noite, pois os Vichi
estariam fazendo uma busca. No dia seguinte, um domingo, a igreja do pastor Trocme estava lotada com os cidadãos de Le Chambon. A atmosfera era tensa, o povo estava nervoso,
estavam preocupados e ansiosos. Eles se perguntavam o que os Vichi poderiam
fazer contra eles por esconderem e protegerem judeus. Vieram ao culto para
receber forças de Deus. Cantaram hinos e, enquanto o faziam, a polícia conduzia
buscas de casa em casa. Então o pastor levantou-se para pregar. Ele disse ao
rebanho que era mais importante obedecer a Deus. Ele lhes disse que a
autoridade humana, quando desafiava a lei de Deus, não tinha jurisdição sobre
eles. Lembrou-lhes, também, das palavras de Pedro em Atos 5: "Mais importa
obedecer a Deus que aos homens." Ele lembrou-lhes dos discípulos que
desafiaram a autoridade de César. E finalmente lembrou o povo de que sua vila
se tornara "uma cidade de refúgio". O pastor Trocme
tinha lido sobre esta idéia no livro de Deuteronômio.
Deus ordenou que certas cidades de refúgio fossem estabelecidas em Israel. Se
alguém fosse condenado à morte, por exemplo, mas nada fosse provado, poderiam
se proteger nestas cidades de refúgio. Estes eram lugares onde um indivíduo acusado
de um crime poderia estar seguro. Eram lugares onde os que buscavam vingança
não podiam entrar. Os inocentes eram protegidos. Deus separou tais cidades,
disse o pastor, para que "menos sangue seja derramado em tua terra."
O pastor Trocme acreditava que Le Chambon
se tornaria um lugar assim em meio à perseguição nazista. E as pessoas sentadas
naqueles bancos, fazendeiros, comerciantes e artesãos aceitaram o desafio.
Recusaram-se a entregar os judeus às autoridades. Nos dias que se seguiram, os
Vichi fizeram cada vez mais pressão. Queriam nomes. Queriam descobrir os
esconderijos. A Gestapo também tentava retirar os judeus dali. Queriam encontra-los de qualquer maneira. Mas o povo de Le Chambon não os entregava. Nunca os entregaram. Durante toda
a duração da guerra, Le Chambon permaneceu o lugar
mais seguro para os judeus entre todas as cidades ocupadas da França. Tornou-se
realmente uma cidade refúgio. Os cidadãos de Le Chambon
nunca haviam se destacado em nada. Eram pessoas comuns, apenas ganhando a vida.
Nenhum deles jamais pensou em fazer algo heróico. Mas
na época de grandes trevas, eles foram inspirados a criar algo bom e bonito.
Foram tocados de forma a imitar o Deus que criou as cidades refúgio para
aqueles que corriam perigo; e fizeram isto com risco de suas vidas. Amigos,
Deus está ativo no resgate de pessoas. Sim, a crueldade humana joga uma
profunda sombra. Às vezes chega quase a destruir nossa fé em Deus. Mas Deus
está sempre alerta, criando coisas boas a partir do mal, criando bênçãos a
partir de tragédias, transformando o sofrimento em alegria. Na verdade, temos
Sua promessa a este respeito. Paulo nos assegura em Romanos 8, verso 28:
"Sabemos que todas as coisas cooperam para o bem daqueles que amam a Deus,
daqueles que são chamados segundo o seu propósito." Todas as coisas
contribuem para o bem. Mas nem todas as coisas são o bem. Às vezes, coisas
terríveis acontecem a gente boa, coisas malignas, horríveis tragédias,
calamidades sobrevêm ao povo de Deus. Nunca podemos apontar o dedo a alguém e
dizer que aqueles que sofrem mais são piores, mais pecadores do que aqueles que
sofrem menos. Vivemos num mundo desfigurado pelo pecado. Podemos, entretanto,
saber que Deus está trabalhando, que Ele pode mudar qualquer circunstância e torna-la positiva, algo bom, para aqueles que O amam. Onde
está Deus quando sofremos? Está bem aqui, transformando o mal em bem. Lembro-me
da primeira vez que estive em Auchwitz, na Alemanha.
Ali eu me perguntei: "Deus, onde estavas quando seis milhões de judeus
morreram?" E lembro-me de ter entrado na cela 1412, e ali, esculpida na
parede, estava uma cruz com um desenho de Cristo morrendo. Algum prisioneiro
solitário a havia desenhado ali, e sob a cruz escrevera: "Deus esteve
aqui." E esteve mesmo, pois Deus está presente no sofrimento. Neste mundo,
porém, não temos todas as respostas para os "por quês" do sofrimento
humano. Mas podemos falar sobre uma pessoa que está ao nosso lado. Podemos ter
certeza de que Deus sente nossa dor. Podemos saber que Deus nos dá consolo.
Podemos saber que Deus alivia o sofrimento e transforma o mal em bênçãos. Sim,
podemos Ter esta certeza pelo que Cristo fez por nós. Por quê? Porque Cristo
sofreu. Porque Cristo aliviou o sofrimento. Porque Cristo deu sentido ao
sofrimento. Ele o fez na cruz. Ele o fez através de Seu ministério nesta Terra.
Ele o faz agora, amigo. Você já sentiu o toque deste compassivo Cristo em meio
a seus sofrimentos? Você já experimentou Seu consolo? Ou parece que você está
sozinho no escuro? Talvez você tenha perdido um filho e parece não haver
consolo ou um fim para sua tristeza. Talvez você esteja lutando contra uma
doença que não quer sarar. Talvez sua família tenha se desintegrado. As pessoas
tentam consolar, tentam anima-lo. Mas suas palavras
não têm efeito. Eles não compreendem a situação. Você está certo. Há só uma
pessoa que entende completamente. Existe só uma pessoa que realmente sente tudo
que você sente: Jesus Cristo. Ele é o Único que pode lhe ajudar a superar os
momentos de trevas. Ele é o Único que pode lhe trazer a luz de novo. Você pode
começar este caminho agora, enquanto oramos. Entregue-Lhe sua tristeza.
Entregue-Lhe sua dor. Entregue-Lhe sua mágoa. Entregue-Lhe as tragédias de sua
vida. Abra seu coração agora mesmo, e receba Sua cura enquanto oramos.
ORAÇÃO Querido Pai, queremos entregar-Te nossa vida agora,
e contemplar a Jesus Cristo, Aquele que tomou sobre Si as nossas feridas, todas
as nossas enfermidades na cruz. Tu sabes o que temos passado. Sabes quão
difícil é superar a dor. Mas precisamos de Teu toque de cura. Precisamos de Tua
mão que consola. Então nos entregamos completamente.
Tome-nos em Tuas mãos. Faça Tua obra em nós. Cria algo bom a partir desta
tragédia. Tu és o Salvador. Só Tu pode nos resgatar deste mundo. Nós te pedimos
isto em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor. Amém.
43
O TERROR QUE VEIO DO CÉU
Pr. Mark Finley
Foram cenas que nenhum de nós jamais esquecerá. Imagens
indeléveis passadas das telas aos nossos olhos atônitos. Uma
avião comercial, cheio de passageiros, choca-se com a torre do World
Trade Center. Enquanto o fogo e a fumaça subiam, outro avião atinge diretamente
a segunda torre, e enquanto tentamos nos recuperar do choque, ainda outro avião
mergulha direto no Pentágono seguido por um quarto avião comercial que cai na
Pensilvânia. De repente, o terror chega nàs casas de
forma inacreditável. De repente o distrito comercial da cidade de Nova Iorque
está se despedaçando. Um prédio após o outro. E de repente, milhares de
pessoas, milhares de vidas humanas inocentes foram extinguidas na tragédia. O
que fazer com esta tragédia? O que fazer com o ódio que motivou tais atos de
destruição? E como podemos nos erguer de novo? Quase duzentas pessoas morreram
no Pentágono em seus escritórios na manhã de terça-feira, 11 de setembro de
2001. Mais de cinco mil foram dadas como mortas na área do World Trade Center
que foi chamado pela mídia de "terreno morto". Aquela terça-feira
cinzenta foi um dia do qual nos lembraremos para sempre. Estamos ainda
imaginando seu impacto na história da América, seu impacto na forma do mundo
lidar com o terrorismo. Mas uma coisa nós sabemos agora, é quão chocante e
perturbador este fato foi para a nossa vida pessoal. Quantas perdas. Quantas
mortes. Pessoas que tinham acabado de chegar ao trabalho no World Trade Center,
por exemplo, secretárias, gerentes, porteiros e seguranças. Pessoas que não
tinham absolutamente nada a ver com a política externa americana. Eles apenas
foram vítimas do ódio. Tornaram-se objetos de uma filosofia política terrível
que requer o sacrifício de milhares de vidas inocentes. É algo difícil de
entender. Não faz sentido. Como vamos viver em dias onde
o terror cai do céu? Como responder à uma tragédia que
é grande demais para esquecer? Como disse o Prefeito de Nova Iorque, Rudolph
Giuliani: "o número de vítimas é grande demais para suportarmos".
Sabe, o que estamos sentindo agora parece com algo que encontramos no Velho
Testamento, algo que o profeta Jeremias escreveu. Ele viveu numa época onde a nação de Israel estava sendo atacada por um inimigo
forte e poderoso. O Império da Babilônia. Seus compatriotas estavam sofrendo.
Veja o que ele disse em Jeremias 8:21 ao capítulo 9:1: "Estou quebrantado
pela ferida da filha do meu povo; Estou de luto; O
espanto se apoderou de mim. Acaso, não há bálsamo em Gileade, ou não há lá
médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha do meu povo? Prouvera a
Deus a minha cabeça se tornasse em águas e os meus olhos em fonte de lágrimas!
Então, eu choraria de dia e de noite os mortos da filha do meu povo". Como
os Estados Unidos agora, Jeremias está chorando em angústia. E ele não encontra
consolo fácil. Ele escreveu um livro inteiro, Lamentações, sobre a devastação
de sua querida cidade - Jerusalém. Jeremias, o profeta, estava atormentado por
perguntas sem respostas. Ele estava tentando segurar-se em sua fé. Mas era
difícil. Aqui está Jeremias no capítulo 12 do livro de Jeremias e verso 01
"Justo és, ó Senhor, quando entro Contigo num pleito. Contudo, falarei
Contigo dos Teus juízos. Por que prospera o caminho dos perversos, e vivem em
paz todos os que procedem perfidamente?" Jeremias estava olhando o que o
rei a Babilônia, Nabucodonozor, tinha feito à terra
de Israel, e ele perguntava: "Onde estás Senhor? Por que o ímpio
prevalece?" Isso é o que muitas pessoas, olhando a tragédia em Washington
e Nova Iorque, estão perguntando. Esta é a pergunta que não quer se calar. Onde
está Deus no meio de tal calamidade? Onde podemos vê-Lo?
Há um lugar onde podemos vê-Lo. Na colina, em frente
ao Pentágono destruído, nós O vemos nos gestos de amor dos incansáveis
voluntários. Nós O vemos nas mensagens estampadas nas camisetas. Por exemplo,
na camiseta de um marinheiro americano, estava escrito para seu amigo: "Para
meu amigo, Capitão Bob Dolan da marinha: Nós cuidaremos de Liz e das
crianças." Aqui está o amor que nos leva ao real sentido da vida. Permita-me
parar um instante para lhe dizer onde NÃO vemos Deus. Deus NÃO é visto nas
ações terroristas. Deus não tem nada a ver com tais atos, mesmo que pessoas em
Seu nome, joguem um avião contra um prédio, mesmo que pessoas achem que vão
para um paraíso logo após seus ataques suicidas. Eis o motivo de sabermos: Por
favor, leia em I João 2: 9 e 10: "Aquele que diz estar na luz e odeia a
seu irmão, até agora está nas trevas. Aquele que ama seu irmão permanece na luz
e nele não há nenhum tropeço." Um pouco depois João escreve em I João 4:7
e 8: "... todo aquele que ama é nascido de Deus e conhece a Deus. Aquele
que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor." Esta é a questão,
queridos. Se você não ama, você não conhece a Deus. Deus não estará
trabalhando em você. Fanáticos que planejam ataques terroristas centram
suas vidas no ódio e em um inimigo. Eles costumam culpar algum grupo político
ou religioso por todos os problemas do mundo. Não importa o que eles dizem,
você nunca verá Deus em meio ao ódio. Ele não estará lá. Onde você vê Deus em
tal tragédia? Vou dizer onde. Você vê Deus nas pessoas que pacientemente
ajudaram os colegas machucados a descerem 80 andares, mesmo quando as torres do
World Trade Center estavam em chamas e balançando. Você vê Deus no grupo de
bombeiros e policias que correram em direção ao perigo
para salvar vidas e então morreram soterrados quando os prédios caíram. Você vê
Deus no capelão dos bombeiros que ficou ao lado de uma pessoa morrendo, orando,
quando entulhos caíram matando os dois. Você vê Deus nos grupos de resgate que
trabalharam noite e dia em terrível perigo, correndo contra o tempo esperando
salvar alguém enterrado vivo. Você vê Deus em todos que correram para doar seu
sangue ou fazer doações, ou ainda dispondo-se a ajudar. Você vê Deus em
invisíveis e inumeráveis atos de bondade e solidariedade que se espalhou por
toda a América após aquela terrível terça-feira. Aí vemos Deus. Porque Deus é
amor. Nisto podemos crer no final de tal tragédia. E sabe o que mais? Foi para
o amor que as pessoas correram, naqueles momentos de crise. Passageiros que
sabiam que seu avião tinha sido seqüestrado e
conseguiram enviar alguma mensagem pelos celulares ligando para o marido ou
esposa para dizer: "Eu te amo". Isto é o que conta. Quem pode
esquecer a mensagem que aquela jovem esposa na torre do World Trade Center
deixou para o seu marido na secretária eletrônica? Sua voz tremia de medo. Ela
sabia que algo terrível tinha acontecido. A fumaça tomava conta do escritório.
O fogo tapou todo o caminho. Mas ela queria que seu marido soubesse de uma
coisa: "Te amo pra sempre," foram suas últimas palavras. A vida pode
ser terrivelmente frágil, não é? Aquelas pessoas que se dirigiram ao Pentágono,
para trabalhar naquela manhã, não tinham idéia do que
as estavam esperando. As pessoas que subiram o elevador das torres do World
Trade Center não podiam imaginar o que viria. A maioria dos nosso
dias passam sem novidades; nos acostumamos com a rotina. Mas após
tragédias terríveis como estas, nós somos lembrados que nada nesse mundo é
garantido. Nem mesmo o amanhã. Somos lembrados de que qualquer momento pode se
tornar a linha divisória entre o tempo e a eternidade. O profeta Isaias capta
esse senso de mortalidade naquelas famosas palavras do capítulo 40:6 e 7: "...
toda a carne é erva, e toda a sua glória é como a flor da erva; Seca-se a erva e caem as flores..." A morte está bem
ali na esquina, num piscar de olhos. É trágico quando soldados morrem em
batalhas, mas o choque é maior quando a morte chega sem avisar, bem em nosso
lar. Milhares de vidas preciosas perdidas em uma manhã. Eram flores
desabrochando. Eram pessoas com trabalhos e famílias, esperanças e memórias.
Elas representavam todas as diferentes cores e nuances de personalidades. De
repente todas as cores se vão. Seus queridos são deixados com braços dolorosos
e vazios. Toda a carne é como e grama e as flores do campo. Somos mortais.
Somos fracos. Somos vulneráveis. Mas há uma coisa na qual podemos nos firmar
que é eterna. Mesmo em meio ao fogo, à fumaça e ao entulho, podemos saber que
ela dura para sempre. Veja a maravilhosa afirmação de fé do apóstolo Paulo em
Romanos 8: 38 e 39: "Porque eu estou bem certo que,
nem a morte, nem a vida, nem os anjos, nem os principados, nem as coisas do
presente, nem do porvir, nem os poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem
qualquer outra criatura poderá separarnos do amor de
Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor." Nada nos pode separar do
amor de Deus em Cristo Jesus. É uma bendita segurança que nós temos. Coisas
terríveis podem acontecer. Calamidades podem vir. Mas em meio a isso, o amor de
Deus persiste. O amor de Deus persiste mesmo quando não podemos vê-Lo. O amor de Deus persiste mesmo quando estamos zangados
e angustiados. Ele persiste mesmo se nos rebelamos contra Ele. O amor de Deus
persiste mesmo quando a morte vem. É nisto que devemos nos firmar em momentos
de intensa dor e tragédia. Podemos não ter todas as respostas. Podemos não ver
além das presentes aflições e dores. Mas sabemos que nada pode mudar o amor de
Deus por nós. Ele está sempre conosco. É para sempre. E ainda estará conosco
quando o fogo chegar e a fumaça cegar. Sabe, quando olhamos para o amor de
Deus, começamos a ver um outro lado. Com o tempo, as coisas começam a clarear.
Com o tempo, ganhamos a habilidade de superar a tragédia e aprendemos até a
crescer com ela. Devemos reconhecer que fazemos parte de uma grande batalha.
Temos que conscientemente resistir ao inimigo da humanidade. O apóstolo Pedro
admoesta em I Pedro 5: e 8: "Sede sóbrios e vigilantes. O diabo, vosso
adversário anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para
devorar." Há um leão rugindo aí fora! Ele causa sofrimento. Ele causa
devastação. Temos que cuidar para não sermos pegos por ele. Não sermos pegos
por suas decepções. Precisamos nos agarrar ao nosso Deus, amigos. Ele é o nosso
porto seguro. Devemos nos agarrar à palavra de Deus. Como disse o profeta
Isaías apropriadamente, séculos atrás: "seca-se a erva e cai a sua flor,
mas a palavra de nosso Deus permanece eternamente." (Isaías 40:8).
Precisamos nos agarrar ao amor de Deus. Não podemos nos entregar ao ódio ou
vingança. Precisamos nos apegar à justiça de Deus. Não podemos nos tornar como
aqueles que destruíram milhares de vidas inocentes porque pensam estarem
certos. Uma guerra foi declarada a nós. É uma guerra que começou no céu, uma
guerra que desafia o governo de Deus baseado no amor. E precisamos nos levantar
e sermos contados. Precisamos estar preparados para ir para batalha. Mas há uma
boa notícia, e de fato, é a melhor notícia. Podemos saber como esta batalha irá
terminar. Podemos saber o seu fim. Podemos saber quem ganhará esta guerra. É o
próprio Senhor Jesus Cristo. Ele é que sempre nos mostra o amor de Deus em
todas as horas, nas calamidades e nas alegrias. Nada neste mundo pode nos
separar do Seu amor, e Ele está vindo para esta terra ganhar a batalha final.
Não mais como Cordeiro de Deus e sim como um grande guerreiro. Está vindo
resgatar. As forças do ódio e da maldade se unem para um último ato de
rebelião, um último ato de violência. Mas serão vencidas pelo poderoso Rei dos
reis e Senhor dos senhores. Serão destruídas no fulgor de Sua glória. E depois
disso, todo joelho se dobrará ante Aquele que tem o
poder de resgatar a humanidade com Seu próprio sangue. Assim terminará a
batalha. É assim que a guerra chega ao fim. Você pode
confiar nisso. É Deus que terá a última palavra. Deus concertará o errado. Deus
responderá todas as suas perguntas. Deus acabará, afinal, com o pecado e
sofrimento de uma vez por todas. "E lhes enxugará dos olhos toda a
lágrima, e a morte já não existirá, já não haverá luto, nem pranto, nem dor,
porque as primeiras coisas já passaram. E aquele que está assentado no trono
disse: Eis que faço novas todas as coisas"... (Apocalipse 21: 3 e 4) Deus
enxugará toda a lágrima. Isto é algo em que podemos confiar. É uma segurança na
qual podemos nos agarrar. Será Seu amor que vencerá no final. Será Seu amor que
ficará quando tudo desaparecer. É aí que quero estar hoje. É aí que quero estar
quando a terra tremer e a fumaça sufocar. Quero estar do lado de Deus e de Seu
amor. Nada mais importa, amigo. Nesses tempos de calamidade, é este amor que
nos dá esperança. Isto é o que Deus faz, isto é o que o amor de Deus faz. Nos
dá esperança. Quando olhamos as ruínas de prédios que terroristas destruíram,
podemos saber que as pessoas se unirão, elas ficarão juntas. Elas gastarão suas
energias para construírem algo novo, algo melhor, algo mais forte. E podemos
saber que Deus trabalhará da mesma forma em nossa vida pessoal. Podemos estar
esmagados pela dor; podemos estar derrubados pelo desespero. Mas Deus pode nos
levantar. Ele tem planos para nós. Ele tem planos para o futuro, mesmo que não
possamos ver agora. Ele tem planos de construir coisas boas em nossa vida. Você
pode crer nisso. Você pode crer porque Deus é amor. Você pode crer nisso porque
o amor de Deus dura para sempre. Em tempos como estes, todos nós precisamos da
ajuda que Deus pode nos dar para vivermos cada dia. Eu o convido a descansar no
amor de Jesus hoje. Eu o convido a colocar todos os fardos nos ombros de Jesus.
O fardo da tristeza, da dor, do desapontamento, dos problemas. Apenas coloque
esses fardos, agora mesmo, aos pés de Jesus. Você não pode carregar o peso da
dor sozinho, porque a dor, a raiva e ressentimentos finalmente irão lhe
sufocar. Mas Deus pode carregá-los por você. Ele pode levar a dor, a raiva e os
problemas. Seu amor é grande, profundo, largo e alto o bastante. Seu amor lhe
ajudará, em meio às batalhas, em meio às guerras, até o dia em que Ele virá nas
nuvens em glória. Não importa a dor que esteja passando, não importa a tristeza
nem as razões de todas elas, não importam os problemas. Você gostaria agora, de
curvar sua cabeça e pedir a Deus que venha e lhe dê a Sua paz? Oremos.
Vem Senhor! Letra, música e arranjo: Williams Costa Jr.
Vem, Senhor! Vem usar o meu fevor, vem viver no meu
labor, vem morar no meu viver. Vem, Senhor! Para que eu possa ajudar meu irmão
a encontrar o caminho para Ti. Ó vem, Senhor! Eu sem Ti não sou ninguém, mas eu quero ser alguém para o meu
irmão. Vem Senhor! Eu preciso encontrar o caminho do serviço, a vereda da
humildade. Vem, Senhor! vem buscar os Teus fiéis pois não quero aqui ficar, eu
anelo outro lugar. Mas enquanto Tu não vens, vou seguindo a trabalhar,
entretanto eu Te imploro: Vem, Senhor! Vem, Senhor! Ora vem, Senhor jesus! Amém. Gravado por Sonete no
MMCD 9803 do Ministério Está Escrito
Oração: Querido Pai, obrigado por entender nossa angústia,
por ouvir todos os nossos problemas. Obrigado por levar todas as nossas dores e
perdas em Teus ombros na cruz. Obrigado por nos amar mesmo quando homens maus
fazem coisas terríveis aqui. Aceitamos Teus planos para nós. Colocamos nossa
confiança no futuro, que sabemos, Tu irás nos levar, e
descansamos em Teu infinito amor. Em nome de Jesus amém.
44
ELE CONSERVOU VIVA A ESPERANÇA
Pr. Mark Finley
Por dois anos, o apóstolo Paulo esteve preso em Cesaréia. Nunca mais retornou ao lar. Não voltou a
Jerusalém outra vez. Estava numa prisão escura e úmida - provado, julgado por
Félix e Festo. Mas não perdeu a esperança. Vejamos porquê!
Cesaréia está hoje em ruínas. Mas nos dias do
apóstolo Paulo, essa cidade, na costa do Mediterrâneo, era uma próspera
Metrópole. Paulo fora levado de Jerusalém para lá, para julgamento. Foi ouvido
primeiro por Félix e depois por Festo. Eu me pergunto o que passou pela mente de
Paulo, quando foi preso. Pergunto-me: que tipo de pensamento passava em sua
cabeça? Paulo estava irado, estava amargo, ou estava cheio de esperança e de
otimismo? Estava desanimado? Sentia ele que a sentença de morte pairava sobre
sua cabeça. O que realmente passava pela mente de Paulo? Temos um pequeno
vislumbre do pensamento de Paulo por algumas das cartas que escreveu. Ele
esteve preso em Cesaréia em 60 AD. Foi nesse mesmo
ano que ele escreveu o livro de Romanos. Quando você lê Romanos, percebe que
Paulo não estava desesperado, nem desanimado, mas cheio de otimismo. Como pode
um homem, em face de um julgamento, um homem que não mais retornaria ao lar, um
homem que jamais voltaria a sua cidade, a Jerusalém, um homem que nunca estaria
livre outra vez, como poderia um homem, diante de uma sentença de morte em
Roma, e que, após dois anos de prisão em Cesaréia,
navegaria pelo Mediterrâneo, como poderia manter tal esperança e tal otimismo?
Havia, certamente, princípios firmes arraigados na mente de Paulo que o
mantinham acima das circunstâncias. Quando você e eu nos agarramos a esses
princípios, que são fundamentais na vida e no cristianismo, podemos pairar
acima das circunstâncias que também enfrentamos, amigo. Há quatro coisas que um
cristão não têm e podemos encontrá-las encravadas no oitavo capítulo do livro
de Romanos. Assim gostaria de partilhar com você, no oitavo capítulo do livro
de Romanos, verso um, quatro coisas que o cristão não têm. Quatro razões porquê Paulo estava animado e cheio coragem, otimismo e
esperança: "Agora, pois, já nenhuma condenação há para os que estão em
Cristo Jesus, . . . que não andam segundo a carne, mas segundo o
Espírito." Paulo diz que não há condenação. Embora ele estivesse preso
pelo homem, as cadeias da culpa e do remorso não o prendiam. Embora estivesse
numa prisão em Roma, era livre, tinha liberdade real. A Bíblia diz que não há
condenação para aquele que está em Cristo Jesus, nosso Senhor. É a culpa que
destrói nosso espírito. É a culpa que destrói nossa esperança. Lembro-me de uma
ocasião, há alguns anos, quando eu fazia uma série evangelística no auditório
do Kremlin. Havia tanta gente, que chegamos a ter 6.500 pessoas na primeira
sessão e 6.500 na segunda sessão e, muitas vezes, entre as duas sessões, porque
não caberia todos de uma só vez, eu me sentava e descansava um pouco num
pequeno escritório. Bem, uma noite em que eu estava sentado no escritório, um
homem invadiu a sala. Ele tinha cabelos pretos e longos, barba por fazer e uma
cicatriz num dos lados do rosto. Ele veio gritando algo em russo e eu pensei
que ele ia me atacar. Pensei que ele estava vindo para me agredir. Meu
intérprete colocou-se entre nós dois. E logo ouvi que aquele homem era um
famoso criminoso russo. Era um homem que tinha sido julgado umas vinte e sete
vezes. Era um homem cheio de culpa, raiva, amargura e ressentimento. Embora
estivesse livre, solto nas ruas, ele continuava preso pela culpa, como se
estivesse atrás das grades. Eis o que ele me disse: "Pastor Finley, se você pode ajudar-me a saber como tratar com este
meu remorso, se você pode ajudar-me a saber como tratar com esta minha culpa,
se você pode ajudar-me a ter liberdade interior, faça alguma coisa! Nós nos
sentamos juntos e eu lhe falei de Jesus, o Cristo, cujas mãos foram fixadas numa
cruz, pregadas com cravos, cujo sangue correu por Seus braços. O Cristo que
teve uma coroa de espinhos na cabeça, cujas têmporas foram rasgadas pelos
longos espinhos, o Cristo, cujo lado foi furado com uma lança e cujo sangue
escorreu pela cruz. Falei sobre esse Jesus que foi pendurado e morto por ele.
Então lemos I João 1:9: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e
justo para nos perdoar os pecados. . ." Expliquei-lhe o evangelho. Lemos
em Gálatas 3:13: "Maldito todo aquele que for pendurado no madeiro."
Falamos do fato de Cristo haver sido amaldiçoado por nós, que podemos vir à
cruz, que podemos encontrar libertação da culpa, podemos ficar livres da culpa,
podemos alcançar libertação do remorso. E ali, naquela sala, naquele dia,
aquele russo ajoelhou-se no chão e soluçou, abrindo o coração a Deus, encontrou
perdão, graça e libertação do remorso. Ele, como o apóstolo Paulo, sentiu que
não há condenação para aquele que é perdoado por Cristo Jesus. Paulo foi preso
por Félix, mas sentia-se verdadeiramente livre. No livro de Romanos, a Bíblia
nos diz que, em Cristo, não só não há condenação, mas que também não há
escravidão. Romanos 8: 14 e 15, a Bíblia diz: "Pois todos os que são
guiados pelo Espírito de Deus são filhos de Deus, Porque não recebestes o espírito
de escravidão, para viverdes, outra vez, atemorizados, mas recebestes o
espírito de adoção, baseados no qual clamamos: Aba, Pai." Você não recebeu
o espírito de escravidão. Paulo estava na prisão, mas não em escravidão. Seu
espírito era livre. Quando vamos à Cristo, não há escravidão, não somos
escravos da ira, nem da cobiça, nem do alcoolismo, nem do vício das drogas, nem
da imoralidade. Quando estamos com Jesus Cristo, há uma nova força em nossa
vida. Há uma nova dinâmica em nosso viver. Como vimos no Novo Testamento, a
vida de homens e mulheres testificam que Jesus Cristo foi um poderoso
libertador. Os demônios foram expulsos pelo poder de Jesus. A mulher que tinha
uma hemorragia, que por doze anos fora a médico após médico, encontrou a cura
em Jesus. Mateus, tão cuidadoso coletor de impostos, com o tempo seus métodos
exigentes levaram-no à desonestidade. Ele encontrou libertação em Jesus. Pedro,
com seu temperamento explosivo, encontrou libertação em Jesus. Maria, que fora
apanhada em repetidos atos de adultério, encontrou libertação em Jesus. Em
Jesus Cristo não há escravidão. Jesus mesmo dá-nos uma incrível tranqüilidade em João 1:12, Ele diz: "Mas a todos
quantos o receberam, deu-lhes poder de serem feitos filhos de Deus, a saber,
aos que crêem no seu nome." "A todos
quantos O receberam, deu-lhes poder de serem chamados Filhos de Deus."
Alguma coisa o está dominando hoje? Alguma coisa o está amarrando? Você é
escravo de alguma coisa? Hoje, é escravo da cobiça? Sua mente parece correr,
você pretende ser um cristão, mas pensamentos impuros ocupam sua mente. Pode
ser que você seja escravo do orgulho e do egoísmo. Possivelmente, você esteja
sendo escravo da ira, pode estar sendo escravo do rancor; ou quem sabe, o
álcool o está dominando hoje. Você quer livrar-se, mas parece cair outra vez e
outra vez e outra vez... Pode ser que você esteja pronto para fumar um baseado,
pronto para pegar outro cigarro de maconha, pronto para injetar droga na veia
ou tomar outra pílula. Você está na escravidão e sabe que está! Quem sabe você
seja uma dona-de-casa viciada no álcool, ou em alguma droga receitada que você
usa além do necessário. Você está na escravidão e sabe disso! Com Cristo não há
escravidão. Veja, amigo, embora o apóstolo Paulo estivesse na prisão, em Cesaréia, ele não estava na escravidão. Paulo não estava na
escravidão dos maus hábitos ou do pecado. Porque em Cristo não há condenação.
Em Cristo não há escravidão, em Cristo não há desejos impróprios, frustração
permanente. Em Cristo não há condenação, porque Jesus provê perdão total e a
culpa se vai. Em Cristo não há escravidão, porque Jesus provê força total e
completa. Ele provê liberdade, quebra os laços que nos prendem. Veja a
esperança que Paulo nos dá em Romanos 8:28:
"Sabemos - Não pensamos, não achamos, não talvez, não pode ser o que acho.
"Sabemos", eu gosto disso! Eu gosto da certeza disso e "sabemos
que todas as coisas", não algumas, todas coisas - que todas as cousas
cooperam para o bem daqueles que amam a Deus, daqueles que são chamados segundo
o seu propósito." Agora, a Bíblia não diz que todas as coisas são boas.
Ela nos diz que todas as coisas cooperam juntamente para o bem. É isso, amigo.
Nem todas as coisas são boas, mas todas as coisas, quando vêm juntas, todas as
coisas, quando são afinal permitidas por Deus, cooperam juntamente para o bem.
E isso será revelado a nós na eternidade, tudo que acontece conosco nesta vida.
Meu amigo, quando você olha a Bíblia, Daniel foi levado cativo por Nabucodonozor, conduzido da Terra Santa para a Babilônia.
Depois disso, nunca mais viu seu pai, nunca mais viu sua mãe, não pôde crescer
em sua cultura num lar Judeu. Mas Daniel propôs em seu coração servir a Deus e
em Babilônia tornou-se assistente do Primeiro Ministro
do Rei e Deus abençoou o mundo pela influência de Daniel. Todas as coisas
cooperaram para o bem! Pense em José, vendido por seus irmãos, num ato mau,
como escravo. José foi colocado em uma cova, mas no fim de sua vida, quando
José proveu alimento para a família inteira, para a nação toda, José disse:
"Embora vocês tenham me feito mal, (Gênesis 50, verso 20), Deus
transformou em bem". Todas as coisas cooperam juntamente para o bem. Em
Cristo não há frustração. Nós podemos ter esta alegria, esta certeza de que
tudo o que acontece em nossa vida, Deus transforma em bem. O apóstolo Paulo,
aprisionado em Cesaréia, era livre, porque em Jesus
não há condenação. Seu coração era limpo diante de Deus, porque seus pecados
foram perdoados. Em Cristo não há escravidão, não há obsessão, nenhuma maldade
dominava a vida de Paulo. Assim, em Cesaréia, ele
estava livre e bem, ele escreveu que todas as coisas cooperam juntamente para o
bem daqueles que amam a Deus. Paulo colocara sua vida nas mãos de Deus. Paulo
colocara seu futuro nas mãos de Deus. E mais que isto, Paulo colocara seu
presente nas mãos de Deus. Você colocou seu presente nas mãos de Deus? Você
colocou sua vida nas mãos de Deus? Pode ser que sua vida esteja virada. Ela
pode estar às avessas. Ela pode estar num sobe-e-desce. Você pode estar com
problemas familiares, no casamento, pode estar passando pelo trauma do
divórcio. Pode ser que passe a noite chorando, ansiando pelo amor que você não
tem. Pode ser que tenha perdido o emprego, as contas estão aumentando. É
possível que esteja muito doente. Olhe em torno de sua tristeza. Nem todas as
coisas são boas, mas Deus pode fazer tudo ficar bem, mudar as lágrimas, o
desapontamento, a preocupação, e torná-las boas. Olhe em torno da situação,
além das lágrimas, além do desapontamento, o Deus que pode fazer bem para você.
Enquanto Paulo dormia cada noite, em Cesaréia, na
costa do Mediterrâneo, ele podia ouvir as ondas quebrarem na costa arenosa.
Cada manhã, quando se levantava e olhava o Mediterrâneo, ele sentia que logo
viajaria de barco outra vez, cruzando o Mediterrâneo para Roma, onde seria
preso. Paulo devia sentir muito a separação, a sensação de estar deixando
família e amigos, deixando a terra de sua infância, a terra que aprendera a
amar. Cesaréia foi a última parada de Paulo antes da
prisão em Roma. Foi sua última parada antes da partida final, quando passaria
dias e noites, longos e tristes meses em Roma. Mas outra vez, o coração de
Paulo estava cheio de esperança. Veja o que ele escreveu, Romanos 8:35:
"Quem nos separará do amor de Cristo? Será a tribulação, ou angústia, ou
perseguição, ou fome, ou nudez, ou perigo, ou espada?" "Quem nos
separará" - disse Paulo - "do amor de Cristo?" Ele estava na
prisão, mas escreveu palavras de esperança e otimismo porque ele sentia que,
embora logo estivesse viajando pelo Mediterrâneo, nada o separaria do amor de
Cristo. Ele disse: "Como está escrito: Por amor de ti
somos entregues à morte o dia todo; fomos considerados como ovelhas para o
matadouro. Em todas as cousas, porém, somos mais que vencedores, por meio
daquele que nos amou. Porque estou bem certo de que nem a morte, nem a vida,
nem os anjos, nem os principados, nem cousas do presente, nem do porvir, nem os
poderes, nem a altura, nem a profundidade, nem qualquer outra criatura poderá
separar-nos do amor de Deus, que está em Cristo Jesus, nosso Senhor."
(Romanos 8: 36-39) Paulo sentia que, embora estivesse separado da família, dos
amigos e dos queridos, nada o separaria do amor de Cristo. Nem grades, nem
celas o poderiam separar. Soldados romanos não poderiam. Cadeias não poderiam.
Escravidão não poderia. Paulo sentia que a prisão era um santuário e foi lá que
ele encontrou a Deus. Em suas piores situações, nada pode separar você do amor
de Cristo. Se, nas primeiras horas da manhã, lágrimas caem de seus olhos, pela
morte de uma criança, nada pode separar você do amor de Cristo. Se a biópsia de
seu seio acusou tumor maligno, nada pode separar você do amor de Cristo. Se sua
família se separa, nada pode separar você do amor de Cristo. Nas dificuldades
financeiras, nada pode separar você do amor de Cristo. Jesus Cristo está nas
profundas tristezas. Jesus Cristo está nas grandes preocupações. Jesus está com
você nas crises da vida. Você pode buscá-Lo hoje. Você pode segurar as Suas
mãos hoje. Como o Apóstolo Paulo, você pode vencer a prova hoje, porque nada
pode separar-nos do amor de Cristo. O Apóstolo Paulo estava quase deixando a
costa de Cesaréia para viajar num navio como
prisioneiro pelo Mediterrâneo, até Roma. Ele sentiu de novo que em Jesus não há
condenação. Você pode sentir hoje, amigo, que em Jesus não há condenação. Toda
a sua culpa pode ir embora, Seu amor, Seu perdão, pode levá-lo para sempre.
Paulo sentia que em Cristo não havia escravidão e o poder do viver de Cristo,
que Paulo conhecia bem, pode entrar em sua vida hoje. Em Cristo, a servidão do
pecado é quebrada. Você pode ser uma nova pessoa, transformada por Jesus. O
Apóstolo Paulo não era amargurado porque sentia que, em Cristo, tudo se
transforma em bem. E Cristo pode tomar os problemas de sua vida. Cristo pode
tomar as tragédias de sua vida. Cristo pode tomar as preocupações de sua vida.
Em Cristo tudo coopera para o bem. Paulo sabia quando estava pronto a embarcar
no navio e cruzar o Mediterrâneo, separado da família, dos amigos e dos
queridos. Ele sabia que nada poderia separá-lo do amor de Cristo. Ele sabia que
não sofreria a solidão, porque Jesus encheria seu coração com Seu amor. Você
pode sentir-se solitário, hoje, amigo. A solidão pode corroer por dentro como
um câncer. Você pode querer que alguém lhe faça companhia. Jesus o está
alcançando agora, Em Jesus Cristo, você pode sentir o calor de Seu amor, você
pode sentir Seu forte abraço. Você pode sentir no ouvido, Sua
voz sussurrando: "Você é Meu filho." Em Cristo não há separação;
estamos unidos com Jesus, nosso Irmão Maior, unidos com o Pai celestial. E há
calor e brilho que enchem nosso ser, porque em Jesus não há separação. Vem
comigo por um momento, de Cesaréia, nas praias do
Mediterrâneo, até Londres. É durante a Segunda Guerra e os bombardeios de
Hitler estão sacudindo a cidade. Prédios em chamas, toda a
noite. Hitler lança bomba após bomba sobre Londres. Quando as bombas caíam
famílias eram mortas. Muitas esposas eram mortas, maridos eram mortos deixando
crianças órfãs. Uma noite, no fundo de um abrigo antibombas, um pai e sua filha
eram os dois sobreviventes de uma família de cinco. A mãe e dois filhos haviam
sido mortos num bombardeio. A garotinha estava muito assustada. Quando uma
bomba explodia, o abrigo tremia com o choque. Ela não conseguia dormir naquela
noite. O pai tentava animá-la, dizendo: "Querida, aqui é seguro, você está
segura aqui." "Mas papai, eu estou com tanto medo. Papai, segura
minha mão." O pai tomou a mãozinha daquela menina de nove anos. Mas outra
bomba caiu, outra vez o local tremeu, outra vez a terra balançou. A garotinha
disse: "Papai, estou com muito medo, estou com tanto medo que não consigo dormir." E o pai dizia: "Ó durma,
meu bem." E ela disse: "Papai, eu só poderei dormir se eu ver que seu rosto está virado para mim." Quando a terra
tremer, sua vida desabar e a escuridão envolver você; quando você estiver em
uma prisão, como o Apóstolo Paulo, a esperança pode arder em seu coração,
porque a face de Deus está virada para você. Você está nos olhos de Deus, no
coração de Deus. A face de Deus está virada para você. Por que não voltar a
face para Ele, agora? Por que não abrir o coração a Ele, agora? Por que não
permitir que o Deus do céu acenda a chama da esperança dentro de seu coração,
agora?
Querido Pai Celestial, agradecemos porque em nossos
momentos escuros, Tu estás. Agradecemos porque, quando
a esperança parece estar indo embora, Tu a recolocas
em nosso coração. E agora, querido Pai, sentimos que em Jesus Cristo não há
condenação, que em Cristo não há escravidão, que em Cristo todas as coisas
contribuem para o bem. Que em Cristo não há separação e levantamos nossa voz e
nosso coração a Ti, agora. Em nome de Jesus. Amém.
45
TESOURO NUM SACO DE PAPEL
Pr. Mark Finley
O natal é a época de embrulhar
presentes. Presentes grandes, pequenos - - presentes de todos os formatos e
cores. O que há em comum nos presentes é que todos tem algo especial dentro.
Talvez algo de muito valor - - caros - ou talvez não tão caros. O embrulho do
presente pode nos enganar quanto ao valor do que há lá dentro? Hoje, você
ouvirá a história de um tesouro que veio embrulhado em um saco de papel marrom.
Está Escrito, com o Pr. Mark Finley, apresenta a
resposta às suas maiores necessidades, o Cristo vivo. Criado por Goerge Vandeman, o Está Escrito -
- declara a mensagem final de Deus para o nosso tempo. E agora - - UM TESOURO
EM UM SACO DE PAPEL MARROM Harry Winston, um especialista em diamantes, estava
exultante assim como a multidão ao seu redor. Ele tinha acabado de comprar um dos
diamantes mais caros do mundo. E ele seria entregue a qualquer momento! Junto à
multidão, havia amigos, repórteres e curiosos, todos ansiosas para ver a
valiosa pedra. Enquanto esperavam, o senhor Winston os distraia com estórias
sobre o diamente. As pessoas continuavam esperando os
carros blindados e a escolta policial que fariam a entrega. A segurança era
rígida. Em meio a multidão, um homem num uniforme de
carteiro tentava passar pela multidão mais era empurrado. As pessoas não
queriam que nada os distraíssem da chegada da preciosa pedra. A multidão
crescia. Curiosos mantinham seus olhares na rua, prontos para anunciar a
chegada da escolta. De novo o carteira tentava se
mover através da multidão. Em suas mãos ele segurava um pacote de papel marrom
amarrado com um laço. Ele dizia que tinha que entregar ao senhor Winston.
Imaginem! Quem era ele Algum espertinho tentando ter
seu nome no jornal? Finalmente, com mais irritação do que cortesia, deixaram
aquele carteiro passar. O senhor Winston pegou o pacote, olhou para o endereço
e exclamou com alegria! Com mãos tremulas, rasgou o papel da pequena caixa.
Então abriu-a e com cuidado ergueu o precioso diamante para todos verem. Ele o
ergueu de encontro ao sol e fez com que o reflexo da pedra ofuscasse os olhos do multidão. Por alguns momentos eles ficaram estupefatos! Como pode uma jóia
tão cara vir em um pacote tão comum? Então, explodiram em uma alegre e
espontânea comemoração! Porém ninguém naquela multidão esqueceu como eles quase
rejeitaram um dos diamantes mais preciosos do mundo! Como aconteceu a quase
dois mil anos atrás quando Jesus o Filho de Deus, chegou em Belém! As pessoas
da época esperavam o seu messias. Estavam O esperando, desejando sua chegada.
Mas não contavam que ela seria anunciada a pastores, meros camponeses. Vejam,
eles não achavam que Cristo viria como bebe de forma
tão comum. Sim, eles já tinham planejado tudo. Quando o Messias viesse, Ele os
fascinaria com majestade e poder. Talvez Ele descesse sobre o templo em glória.
Ele tomaria o trono de Davi e acabaria com as regras dos odiados Romanos.
Haveria pompa e uma cerimônia real e posições importantes para Seus amigos.
Todos viveriam felizes quando o Messias chegasse! Mas quando Ele veio, eles o
rejeitaram. Até o colocaram para morrer. Por quê? Antes de encontrarmos
resposta à esta pergunta, deixe-me falar do livro que mostraremos hoje - -
Jesus, Face a Face. Este livro apresenta alguns dos mais dramáticos encontros
com Jesus gravados na bíblia. Estas histórias nos mostram por quê Jesus é
única. Você vai querer sua cópia de Jesus, Face a Face. Por favor nos ligue os
escreva. Darei mais informação no final. Há algumas pistas. Um homem perguntou,
quando ele ouviu de Jesus em João 1 verso 46: ..."Pode vir algo bom de
Nazaré"... E alguns disseram em Mateus 13, verso 55: "Não é esse o filhos do carpinteiro?..." E outros desdenhavam, João
7, verso 41: ..."Será que o Messias vêm da Galiléia?"
Eles arrazoaram em João 7, verso 27: "...nós sabemos da
onde este homem é; mas quando o Messias vier ninguém saberá da onde Ele
é." Eles queriam esplendor. Mas Jesus disse em Lucas 9, verso 58:
..."as raposas tem suas covas e os pássaros seus
ninhos, mas o Filho do Homem não tem onde descansar." As autoridades
religiosas reclamaram disso em Lucas 15. verso 2: ..."Este Homem se
mistura com pecadores e como com eles." O argumento conclusivo quando
ninguém se interessou em Jesus, foi este. João 7, verso 48: "Alguma
autoridade ou fariseu creu nEle? Jesus apontou uma
das razões para O rejeitarem quando disse me João 8, verso 45: "Porque eu
digo a verdade, vocês não crêem em mim." Se
Jesus tivesse vindo para os ofuscarem com poder em vez de envergonhá-los com
Sua pobreza, se Ele viesse com glória em vez de humilde integridade de caráter,
se tivesse inflado Seus egos em vez de exposto sua hipocrisia, eles O teriam
aceitado, O aceitado alegremente. Mas não. Ele nasceu num celeiro em vez de um
palácio. Ele veio pregar o amor quando todos queriam revolta. Ele andou pelas
ruas empoeiradas da Palestina com vestes comuns, falando de um reino fora deste
mundo. Então, O rejeitaram. Ele não veio como esperavam. Ele não se encaixava
nas expectativas. Eles não queriam que seu precioso Messias viesse em um
embrulho tão comum! Apesar de não O terem reconhecido, eles deveriam. Os
líderes religiosos daquela época sabiam da profecia de Isaias, Isaias 53, verso
3, uma das profecias mais penetrantes da bíblia, que descreve o Messias. Diz:
"Ele foi rejeito e desprezado por todos; Ele suportou dores e sofrimentos
sem fim..." Mas eles não queriam um homem com dores. Eles queriam um rei
para afagar o seu orgulho. Então eles completaram as palavras do profeta em
Isaias 53, verso 2: ..."Quando O vimos, não havia nenhuma beleza que nos
agradasse. Isto não significa necessariamente que Jesus não tinha atrativos
físicos. Apenas significa que eles procuravam por beleza de caráter - - eles
procuravam pelo "embrulho". Eles não gostaram do "pacote"
comum que Deus enviou o Messias. Então, o rejeitaram. Verdade Jesus teve Seus
seguidores que acreditaram nEle. Mas até eles não
entenderam sua forma de viver, e mais ainda, não entenderam Sua morte. Eles
criam que Ele era o filho de Deus. Eles sabiam que Ele tinha poderes Divinos.
Mas por quê não os usava?
Por que era tão quieto e retirado? Por que não se impunha? Ficavam esperando
que Ele se levantasse em poder, tomasse o trono e acabasse com os Romanos. Mas
Ele não fez isso. Se imagine como um dos seguidores de Jesus naquela escura
manhã de sexta onde nada deu certo. Você tinha grande esperança. Mas Jesus está
sendo levado através dos portões em direção ao Golgota.
E parece que vão crucificá-lo. Este não é o jeito que você achou que fosse
terminar. Com certeza Ele não deixará que o matem. Mas eles estão colocando
pregos em suas mãos e pés. E Ele nem está
protestando. Lá está, pendurado na cruz, como um marginal comum. Mas talvez
este seja o momento que Ele estava esperando. Talvez agora, no momento mais
dramático, Ele descerá da cruz em um acesso de glória e tomará o trono de Davi
e mostrará a todos quem Ele é. Você espera em vão. Ele fica lá. E morre. E
assim suas esperanças. Bem, esta geração também não entende o que aconteceu no
calvário. Milhões de cristãos hoje não entendem a morte de Jesus. Não sabem o
que ela significa e nem porque Ele morreu. Nem sabem o que desejam que
signifique. Eles só fazem uma idéia. Acham que Jesus
veio como Salvador para fazer todos felizes e nos dar um lindo feriado em
dezembro quando cantamos canções de natal trocamos
muitos presentes. Mas... dizem que Ele veio para nos libertar - - libertar do
quê? Libertar das regras, para que vivamos como quisermos? Libertar da pobreza,
para termos o que desejamos? Assim como há dois mil anos atrás tentaram
encaixar Jesus em seus planos, hoje tentamos o mesmo. Eles tinham suas idéias do que Jesus faria quando viesse. Nós temos nossas idéias sobre o que ele fez quando veio. É possível que
falemos, oremos e cantemos sobre o significado do calvário sem realmente o
entendermos? Temo que sim. Jesus conversava com as pessoas um dia sobre a
necessidade de serem livres. E eles disseram em João 8, verso 33, palavras
profundas, palavras sabias, João 8, verso 33: ..."Somos descendência de
Abraão e nunca servimos a ninguém. Como dizes Tu: Sereis livres? E Jesus disse
em João 8, verso 34: "...Todo aquele que comete pecado é servo do
pecado." Pecado. A verdadeira prisão. Por isso Jesus morreu para
libertar-nos. Libertar de sua conseqüência e do seu
poder. Ele disse em João 8, verso 36, é em João 8, verso 36: "Se pois o
Filho voz libertar, verdadeiramente sereis livres." Não fosse pela morte
de Jesus, nossa culpa acabaria com a nossa vida e nos esmagaria. Nós teríamos
que pagar o preço. Nunca se esqueça amigo - - não haveria perdão, nem aceitação
de Deus sem a morte de Jesus Cristo. Sem a cruz de Cristo estaríamos para
sempre perdidos, seria impossível lidar com os problemas da vida aqui. Vejam, é
Jesus que poder para lidarmos com os problemas ou tentações que aparecem. E
logo muito breve pelo mesmo sangue vertido no calvário, Deus nos resgatará
deste planeta pervertido e poluído e nos levará para o lar eterno. Ele pagou o
preço, e não perderia a oportunidade. O que você acharia de um pai que paga um
resgate de um milhão pelo filho seqüestrado, mas não
se importa de tê-lo de volta? Ou, simplesmente abandona o filho à morte nas
mãos dos malfeitores? Quanto foi ganho pelo preço deste imenso resgate? Nada.
Absolutamente nada. Todo o objetivo de se pagar um resgate é ter a vítima de
volta. Escute com atenção. Jesus na cruz pagou o resgate por cada um de nós.
Ele fez Sua parte. Nada faltou, ou ficou incompleto no sacrifício feito lá. Ele
ganhou, por Sua morte em nosso lugar, o direito de perdoar-nos, o direito de
nos dar vida eterna e o direto de nos levar para o lar. Mas, ainda estamos aqui
num mundo de pecado não é? O que há de errado? Claro
que há coisas envolvidas no plano de Deus para salvar-nos. Claro que, embora
Seu sacrifício tenha sido perfeito e completo, há ainda partes do Seu plano que
ainda não foram cumpridas. Você se lembra que Jesus orou pelos soldados Romanos
que estavam O crucificando. Ele disse: "Pai, perdoa-os pois não sabem o
que fazem." O perdão era possível para aqueles soldados Romanos. Estava
disponível. Me diga. Você acha que aqueles soldados estarão no reino de Deus? Você
acha que serão salvos? Você diz: "Eu não sei. Não há dúvidas da disposição
de Deus em perdoar. Mas não sei se eles aceitarão ou não o Seu perdão. Não sei
se algum dia aceitarão o sacrifício que Jesus fez por eles." Vejam, esse é
o ponto. Livre arbítrio está envolvido. O sacrifício de Jesus foi perfeito e
completo. Foi perfeito e completo ao ponto de cobrir o pecado o mundo inteiro.
Todo o homem, mulher e criança que já viveu nessa terra pode ser salvo. O
calvário foi o sacrifício máximo. Mas, o mundo todo será salvo? Não. Apesar do
resgate ter sido pago por todos, poucos querem aceitar o sacrifício feito a tal
custo. Escute bem amigo. Somos responsáveis por o que fazemos com este presente
de Deus. Isso quer dizer que haverá um julgamento. De acordo com este livro
esse julgamento, esta investigação das escolhas pessoais, acontece agora. Nós
lemos no livro de apocalipse, que de acordo com o capítulo 14 verso 7:
"... Vinda é a hora do Seu juízo..." Acho que vocês percebem que uma
decisão deve ser tomada por cada um antes que Jesus venha. Pois quando Ele vier
haverá uma grande separação. Os salvos vão ser separados dos perdidos. E como a
separação pode ser feita se Deus já não tivesse chegado a uma decisão por cada
um? Culpado ou inocente. Será um ou outro - - No seu caso, no meu e no de
todos. E o que decidirá isso? Alguns terão sido muito bons, fizeram muito para
merecer a salvação? É isso? Claro que não. Apenas o sangue de Jesus Cristo pode
salvar-nos. Jesus morreu para ter o direito de escrever "perdoado" ao
lado de cada nome. Ele morreu para que o perdão fosse possível para todos. Mas
quem tem aceitado ele? É uma questão de vida ou morte. O sacrifício foi feito.
Mas é no julgamento que o sacrifício de Jesus será aplicado a cada caso. É no
julgamento, com a eternidade na balança, que o perdão tem seu valor. Quando
Jesus chegar no seu nome, se você aceitou sua morte em seu lugar, Ele erguerá
sua mão ferida e dirá, "Pai meu sangue por esta alma." E sua escolha
terá decidido tudo isso. Quer dizer, Cristo tornou possível o perdão. Cristo
tornou possível a vida eterna. Mas, a menos que você escolha, Ele não forçará ela à você, você não receberá. Está lá todo o tempo,
mas você receberá quando escolher. Imagino se podemos entender um pouco melhor
agora como foi que Jesus, na cruz, nos libertou. Sua morte nos libertou para
escolher. Escolher o perdão que foi na realidade dado na cruz. E pela sua morte
esta escolha pode ser feita, não só desejada. Deixe-me explicar. Sem a morte de
Jesus, você poderia desejar ser perdoado. Mas o perdão não seria possível. Sem
a morte de Jesus você poderia desejar ser salvo desse mundo de problemas. Mas
isso seria impossível. Sem a morte de Jesus você poderia desejar viver para
sempre. Mas a vida não estaria disponível. Você teria que morrer nas mãos de
seu "seqüestrador" .
Jesus deu salvação na cruz. Ele fez o sacrifício completo e perfeito. Mas Ele
pretende fazer mais - - se nós deixarmos. Ele deseja trocar Seu sacrifício pela
nossa culpa na hora do julgamento. Então Ele quer vir e nos levar ao lar.
Graças a Deus, Ele pode fazer isto. E Ele fará - - se nós deixarmos. Me diga.
Você entende quando custou para tornar isso possível? Você entende quanto
custou tudo isso ao Senhor? A resposta é não. Nem eu e nem você. Nos levará a
eternidade para entendermos o custo no calvário.Assim,
como qualquer presente, começamos a aprecia-lo quando começamos a perceber seu
valor. Agora, deixe-me ilustrar. Você tem um vaso na mesa da sala. Mas
suponhamos que seja um vaso valioso, feito com arte, vindo da China, centenas
de anos atrás. Eu noto aquele vaso adorável na sua mesa quando estou visitando
sua casa. Eu pego seu valioso, caro e extravagante
vaso chinês. E então, não sei como, ele escorrega da minha mão e cai. Se
espalha pelo chão. Eu me abaixo. Começo a pegar os cacos. Eu digo: "oh!
Sinto muito." Me desculpo várias vezes. E claro me ofereço a pagar por
ele. Pego minha carteira e penso, bem, deve ser uns 100 reais-foi comprado na
China. Penso que seja isso. Posso conseguir 100 reais. Não que tenha na carteira,
mas posso conseguir 100 reais. Agora que você me conta do vaso e como o
conseguiu, fico atordoado. Este é um vaso chinês antigo e valioso. Há apenas
dois iguais no mundo. O outro está em Nova York e custa no mínimo 50 mil
dólares. Estou eu mais arrependido agora? Sim. Estou 50 mil dólares mais
arrependido. Que fez a diferença? Saber o preço .
Saber o preço fez a diferença. Você vê? Somente quando olhamos bem, um custoso
olhar à cruz do calvário é que avaliamos o preço de quem morreu por nós. O
preço do perdão está escrito em Suas mãos lá. Quando percebemos quem morreu,
somente então começamos a entender quanto custou nosso perdão. Somente quando
vemos a vida mais valiosa que houve, o caráter mais íntegro já visto, somente
quando vemos aquela vida quebrada na cruz por nossas mãos, somente então,
começamos a apreciar o valor da salvação que foi possível naquele dia. O
presente que agora nos pertence. Seria imperdoável se rejeitássemos a ele. Eu
peço que se entreguem a Cristo agora enquanto ouvimos Matt Bittner
cantar-Deus somente Deus.
ORAÇÃO: Obrigado Matt. Jesus é de fato "O tesouro em
um saco de papel marron", o bebê, o Cristo
nascido em uma manjedoura. O Cristo que viveu uma vida perfeita que nós
deveríamos viver. O Cristo que teve a morte que nós deveríamos ter. O Cristo
que revelou o amor de Deus à nós. Este Cristo vai até
você agora enquanto oramos. Deus de amor, obrigado pelo embrulho assim como o
presente. Agradecemos seu valioso presente que foi Jesus-Agradecemos tanto que
entregamos nossas vidas à Ele agora. Nos proteja em Seu cuidado até que Ele
venha levar- nos ao lar eterno. Em Seu nome oramos.
Amém.
46
COMUNICAÇÃO NO CASAMENTO
Pr. Mark Finley
Casais felizes. Dá para reconhece-los
de longe. Pelo jeito que eles se olham, pelo jeito que ficam juntos. Você vê
que eles são felizes e pensa, qual é o segredo, o que os une? Eles se destacam
numa época que os casais se divorciam com freqüência.
Eles se destacam numa época que muitos se perguntam se uma família pode durar
no século vinte um. Casais felizes se destacam. Eles são pessoas que não podem
esconder sua alegria por estar juntos, estão casados a 10, 20 ou 30 anos, mas
ainda não perderam o brilho nos olhos. Sua historia não é contada na televisão ou nos teatros.
São os divórcios sofridos ou casos ardentes que compõe os scripts de cinema,
mas na vida real, eles nos fazem parar, e perguntar,
como eles conseguem? O que os mantém unidos por tanto tempo? Nós decidimos
descobrir. Então falamos com os casais mais felizes que encontramos. Falamos
com pessoas que já passaram por bons e maus momentos e ainda estão juntos e
felizes. E fizemos a pergunta: qual é a coisa mais importante que os mantém
juntos? O que os une como casal? Wayne Hooper: Quando
oramos, damos as mãos. É como se isso nos unisse ao falarmos com Deus. Então
quando vamos à igreja e chega a hora da oração, seguro a mão dela. Outra
pequena tradição que temos, toda vez que vamos a um casamento, damos as mãos e
quando o casal ouve os votos, nos olhamos e dizemos:
sim. Sharon Hanson: Eu sempre soube que o Senhor é o primeiro na vida dele e eu
sou a segunda. Isso é uma grande segurança. Eu amo isso. Darlene Dickinson: Eu
acredito que a coisa mais importante é ter Jesus na vida dos dois. Ron Todo:
Nós dois juntos e com Deus, podemos nos tornar algo bem maior do que se
estivéssemos separados. Val Savino: Bom, Deus nos
uniu pois somos de diferentes partes do país. Eu sinto que Deus é uma parte do
meu casamento e ele cuida de nós. Dan Savino: A
vontade de Deus foi revelada na vida de nós dois. E ela é um presente de Deus pra mim e por isso sou feliz. O
que mantém os casais juntos por tantos anos? A mesma resposta que foi dada varias vezes é simples: Deus. Deus
é o centro do casamento deles. O seu compromisso com Cristo os une. Na verdade,
ao conversar com eles, você pode sentir que o casamento deles é baseado no
reino de Cristo. Eles encontraram um caminho para o reino de graça. Casais
felizes encontraram um caminho para o reino da graça de Deus. E não é só o seu
compromisso com Deus que os mantém juntos. O que é ainda melhor é que você
encontra esta alegria e união na próxima geração. Vivemos numa época em que o
divórcio é a maior herança que os pais deixam para os filhos. Parece que
discórdia é um mal que passa de geração em geração .
Mas estes casais criaram um legado muito melhor. Dan Savino:
Uma das coisas que eu não sabia é como nossos filhos estavam observando a
maneira que nos tratávamos. E agora que eles casaram,
eu os vejo fazendo algumas das coisas que fazemos aqui em casa- comprar flores,
jantares românticos, coisas pequenas que estão se tornando tradições de como um
casal deve viver, é bom ver isso. Casais felizes não vivem juntos somente em
uma casa,eles vivem juntos
num certo reino, no reino de Cristo. Hoje, queremos focalizar no significado
disso, e como pode impactar os nossos relacionamentos. Nós vamos descobrir que
muitos dos princípios do reino de Cristo também são ótimos princípios para
casamentos. O princípio do seu reino tem muito a ensinar sobre a maneira que um
casal deve relacionar-se. Hoje vamos falar sobre o reino da graça de Cristo.
Como Jesus estabeleceu seu reino de graça? Em uma palavra - perdão. Jesus viveu
para compartilhar perdão com as pessoas que precisavam, todos os tipos de
pessoas. Ele disse por exemplo, "Tem bom animo, seus pecados estão
perdoados." Mateus 9 verso 2. "Vai-te em paz e fica livre."
Marcos 5 verso 34. "O filho do homem tem sobre a terra autoridade para
perdoar pecados." Marcos 2:10 "Amigo, os teus pecados estão
perdoados." Lucas 10:20 . Estas são as palavras
que Jesus usou ao pregar o evangelho na Galiléia e
Judéia, seu reino é de graça. É um reino para aqueles que sabem que foram
perdoados, e também aprenderam a perdoar. Jesus contou
uma parábola que está no capitulo 18 de Mateus. Na
parábola, um rei queria acertar as contas com os servos. Um devia muito
dinheiro, o equivalente a milhões de reais. Mas este homem implorou por perdão.
"Tem paciência, eu irei pagar," disse ele. O rei ficou tão comovido
que simplesmente cancelou a divida
inteira. O que este servo de sorte fez em troca? Foi atrás de um servo que lhe
devia uns poucos reais. Ele agarrou pelo pescoço e disse, "me paga!"
O homem implorou por perdão: "Tem paciência, eu vou pagar." Mas o
primeiro servo recusou e jogou o devedor na prisão. Quando o rei descobriu, ele
chamou seu servo e disse, está em Mateus, capitulo 18
verso 32 e 33: "Seu servo mau! Perdoei-te aquela divida toda porque me suplicaste; não devias tu
igualmente, compadeceste de teu conservo, como eu me compadeci de você?" O
ponto central da parábola é que nós, seres humanos, fomos muito perdoados.
Todos os filhos de Deus foram grandemente perdoados. Deus cancelou nossa divida do pecado, dando seu próprio Filho
. A ofensa da nossa transgressão foi paga na cruz..
Então o que devemos fazer quando alguém pisa no nosso calo, o que fazer quando
alguém nos magoa ou ofende ou não se importa com os nossos sentimentos? Devemos
dar o troco àquele pecado? Devemos guardar rancor, devemos usar como uma arma
para fazer a pessoa pagar? Não, nós que recebemos tanta compaixão, também
devemos mostrar compaixão. Nós que fomos perdoados, devemos perdoar. Este é um
dos princípios essenciais do reino da graça de Cristo. Deus foi misericordioso
conosco para que sejamos com os outros. E isso é muito importante no casamento!
Casais felizes tem um forte senso de que foram perdoados por Deus. Por isso
podem perdoar mais facilmente seu cônjuge. Por isso que são mais compreensivos,
e se respeitam mutuamente. Mike Hanson: Bem, eu acho que o aspecto mais prático
foi a descoberta de que não somos perfeitos. Nós somos humanos e estamos
sujeitos a todos os problemas dos seres humanos, e nos
ajudamos mutuamente nestas situações. Dizemos, sabe, não importa o problema, eu
te amo, vamos lutar juntos. Sharon Hanson: Inclusive, tento olhar pra tora que esta no meu olho antes de apontar
pra fleupa no olho dele. Darlene Dickinson: Você faz
uma escolha consciente que você vai perdoar, porque é isso que Deus faria.
Depois que você faz esta escolha, isso acontece naturalmente, você se sente
bem. Existe um verso maravilhoso que soma esta idéia
da graça que existe no reino de Cristo. Está em Lucas capítulo 12 verso 32:
"Não temais, pequenino rebanho; porque o vosso Pai se agradou em dar-vos o
seu reino." Deus não recebe as pessoas no seu reino com rancor. Ele é
cheio de graça. Ele é generoso em perdão. Ele decidiu com alegria nos dar seu
reino. Este é o tipo de graça que os casais que vivem no reino devem dar para
seu cônjuge. Isso tem um impacto em casamentos. Tem um impacto, acima de tudo,
na maneira que os casais se comunicam. Um senso de perdão, um senso de graça,
faz com que a comunicação seja mais aberta e honesta. Casais não devem ter medo
de serem abandonados ao compartilhar sentimentos. Casais não devem guardar
segredos. Eles não devem esconder coisas por pensar que não serão
compreendidos. Sinceridade é outra característica do reino de cristo. Uma vez
Jesus proclamou o principio
do seu reino em Mateus, capitulo 10 e versos 26 e 27: "Não há nada
encoberto que não venha a ser revelado e oculto que não venha a ser conhecido.
O que vos digo às escuras, dizei-o em plena luz, e o que vos diz aos ouvidos,
proclamai-o dos eirados." Essa era a atitude de Jesus. Ele não tinha medo que os discípulos revelassem o que viam e ouviam. Eles não
mantiveram isso como segredo. Jesus estava seguro que
a verdade podia ser proclamada a todo mundo. Casais que vivem no reino da graça
de Cristo se beneficiam com esta comunicação aberta. Na verdade, eles precisam
disso. Kari Todo: Eu penso que o mais importante sobre a comunicação no nosso
casamento é que nós podemos falar de qualquer coisa e somos honestos. E também falar de coisas pequenas do dia a dia. Conversamos muito.
Dan Mathews: Eu não começo um dia sem falar com ela. Mike Hanson: Eu te digo
que quando nós tivemos problemas sérios foi porque falhamos em nos comunicar.
Sharon Hanson: É verdade. Marilyn Smith: Nós somos bons amigos. E é isso que
bons amigos fazem, eles conversam e escutam. Wayne hooper:
Eu sabia que estaria longe dela, então decidimos nos escrever todos os dias.
Cada dois ou três dias eu juntava algumas páginas e mandava para ela. Quando
nos encontramos no acampamento, eu sabia que receberia duas ou três cartas,
porque ela havia me escrito todos os dias. Nós conversamos bastante naquele
dia. Lilian Guild: Às vezes, ficamos acordados até as duas da manhã, mas se
tivesse um problema, alguma discórdia, nós não íamos dormir até que
resolvêssemos o problema. Marc Judd: Ouvir é saber escutar e deixar que a outra
pessoa saiba que você a escutou. Descobrí que muitas
vezes a Andréa não quer conselho ou uma análise do problema que ela me conta.
Ela só quer saber que tem alguém capaz de escutá-la e que pode entendê-la e
tentar sentir um pouquinho do que ela esta
passando. Val Savino: Geralmente, duas ou três vezes
ao dia, ele ligava pra casa, falava com as crianças,
descobria o que estava acontecendo, participava de tudo. Muitas vezes eu
desabafava com ele. Isso foi muito importante pra mim
porque ele sabia o que tinha acontecido e sempre fazia parte de tudo da minha
vida. Dan Savino: É engraçado, que agora com o
celular eu posso sair de uma reunião, e estou bem agitado e antes eu chegava em
casa e tinha que falar por meia hora sobre tudo que tinha acontecido. Agora
posso fazer isso no celular e quando chego em casa podemos falar de outras
coisas. Val Savino: Ele gasta os 40 minutos dirigindo
do trabalho conversando comigo no celular. Aí ele diz, estou na garagem, vou
sair do carro. Casais felizes conversam. este é um componente essencial para
que os casamentos durem. E é um componente essencial para casamentos
construídos no reino de Cristo. Mas casais felizes não jogam todos os seus
sentimentos no cônjuge, eles não descarregam. Existe também um elemento de
gentileza e consideração na maneira que se comunicam. Compartilhar seus
sentimentos não significa que você vai magoar os sentimentos do seu cônjuge.
Deixe-me contar sobre outro principio
que é vital para relacionamentos, especialmente casamentos. Uma noite, Jesus
estava jantando na casa dos fariseus. Todos os convidados estavam ofendidos
porque uma mulher imoral estava ungindo os pés de Jesus com perfume, enquanto
chorava. Claro que isso era um gesto de arrependimento e devoção. Mas todos
fizeram comentários cruéis, humilhando a mulher. Jesus, entretanto, a defendeu.
A sua afirmação mais poderosa está em Lucas, capitulo
7 e verso 47: "Por isso lhe digo, perdoados lhe são os muitos pecados,
porque ela muito amou, mas aquele que pouco se perdoa pouco ama." O que
Jesus estava dizendo para aquelas pessoas era: Quem perdoa muito, ama muito.
Podemos aprender com isso. Este é outro resultado do conhecimento da graça, um
conhecimento de quanto Deus nos perdoou. Nós podemos amar muito. Podemos ser
gentis. Podemos buscar sempre usar gestos amáveis. Casais que vivem no reino da
graça tem comunicação aberta, mas o fazem com gentileza. Ron Todo: sabe,
podemos falar sobre tudo, e não existe o medo de passar vergonha ou de ser questionado
sobre o que você pensa. E é sempre muito confortável ter alguém assim quando
você precisa se comunicar. Ralph Figueroa: Tentamos não deixar que coisas
negativas se acumulem. Conversamos sobre os problemas quanto antes para resolve-los logo. Heidi Figueroa: Não deixamos que pequenas
coisas, sejam uma barreira na nossa comunicação. Nós conversamos sobre o
assunto e quando resolvemos, pronto. Mike Hanson: Muitas pessoas tratam melhor
um estranho ou visita em sua casa que seus filhos ou cônjuge. E isso foi uma
coisa que percebemos e dissemos, bem , porque não nos
tratamos como com uma visita? Sharon Hanson: não significa que só dizemos
coisas amáveis um com o outro. Sabe, às vezes discutimos. Mas não é pessoal,
geralmente. Hiedi Figueroa: Outra coisa é que sempre
tentamos ser gentis e continuar sendo assim, não só no começo do
relacionamento, mas anos depois, ainda dizemos, coisas tipo, obrigada, respeito
o que você pensa, ou posso te ajudar? Sim você pode. Porque não queremos
esquecer estas pequenas coisas que são tão importantes. E porque nos amamos, somos gentis. Casais felizes se comunicam com
gentileza porque eles vivem no reino da graça. Os princípios do reino de Deus
podem fazer uma grande diferença num casamento. Eu aprendi isso com minha
esposa, Tennie. Aprendi que a nossa união com Cristo
é a maior união que um casal pode ter. Jesus nos dá outro principio do seu reino no sermão do monte que se
aplica também ao casamento. E resume o que estes casais felizes que você
conheceu tem em comum. Está em Mateus, capitulo 6
verso 33: "Buscai pois, em primeiro lugar o reino de Deus e a sua justiça
e todas estas coisas vos serão acrescentadas." Cristo estava mostrando,
que a nossa necessidade básica de alimento e roupa seria suprida se O buscarmos
primeiro. Mas este princípio tem um significado especial para os casais. Isso
se aplica ao casamento. Aqueles que são comprometidos com o reino de Deus
descobrem que tudo que eles precisam eles receberão.
As coisas que unem um casal serão dadas. É isso que viver no reino da graça
faz. Casais que sabem o quanto foram perdoados, sabem perdoar. Casais que
receberam a graça, também sabem dar. Eles se comunicam abertamente. Eles se
comunicam com gentileza. Aquele que foi muito perdoado, perdoa muito. Este é um
grande princípio do reino da graça. É um grande principio do casamento. É o que faz casamentos
fortes. Quando casais olham para trás, são as pequenas gentilezas que ficaram
na memória. Dan Savino: É ótimo ter alguém do seu
lado e saber que você é amado. Há um ano e meio eu fiz um ultra-som que foi mal diagnosticado e o doutor me
mandou ir imediatamente para o hospital e no caminho do hospital, eu nunca vou
me esquecer o que a Val disse. Ela disse, eu vou estar com você ate o fim. E eu sabia que ela
iria. É muito fácil dizer o sim para os votos no altar. Mas 30 anos depois ver
que tudo aquilo ainda é real é demais. Eu valorizo isso. Denny Kaye: Ela é um
presente de Deus. Como devo tratar um presente de Deus? Casais felizes existem
porque o reino da graça de Cristo existe. Casais felizes se mantém felizes
através do perdão e da graça de Cristo. Você não gostaria de viver neste reino?
Você não gostaria de basear a sua vida, o seu casamento, no perdão que Deus
oferece de graça? Você pode dar um passo para se unir aos casais que tem
alegria, os casais que estão juntos e felizes. Você pode faze-lo agora ao comprometer o seu casamento com o
reino da graça enquanto oramos.
Deus Me Escolheu Pra Você Letra e Música: Pat Terry Não
sabemos do amanhã Mas sabemos quem nos guia E assim
podemos ter Confiança e alegria Sempre orei que um dia Deus Unisse nossas vidas
E Ele respondeu à oração! Oh, sim! Eu sei Que Deus me escolheu pra você E
escolheu você assim Ele escolheu você pra mim É tão
bom lembrarmos Que tudo vem das mãos Divinas Sua paz, a salvação E bênçãos Ele
dá Louvaremos Seu amor Que uniu as nossas vidas Viveremos pra o Seu louvor!
Deus salvou-me Deu-nos Seu perdão Uniu nossas vidas Com Sua própria mão.
Gravado por Fernando Iglesias no MMCD5202 para a Voz da Profecia
ORAÇÃO: Querido Pai, muito obrigado por trazer o seu reino
para o nosso mundo, o reino da graça. Obrigado por permitir que nossa vida seja
construída no seu grande perdão. Aceitamos este perdão agora. Nos ajude a
perdoar. Nos ajude a sermos mais abertos. Nos ajude a sermos mais gentis. Nos
faça crescer juntos no seu reino. Em nome de Jesus. Amém.
47
ENCONTRAMOS O MELHOR AMIGO
Pr. Mark Finley
Hiedi Figueroa: "Uma coisa que eu valorizo muito no Rafa é
a sua gentileza." Jo Wolfe: "Ele cuida de
mim." Chuch Smith: "Ela tem muita
classe." Dan Matthews: "Ela é linda, inteligente, ativa,
e carinhosa." Andréa Judd: "Tudo, eu amo tudo nele." Jim Medcalf: "Eu a admiro porque ensinei a jogar golfe e
jogamos juntos e com isso nos divertimos muito, eu a amo cada vez mais."
Sharon Hanson: "Quando ele sai com outras pessoas ou quando estamos em
casa no fim do dia, ele é sempre a mesma pessoa e gosto disso." Lloyd
Wyman: "Eu acho que o que chamou minha atenção quando ela tinha 12 anos e
eu 14, é que ela tinha um brilho, não só nos olhos mas
na personalidade. É muito bom viver com ela." Wayne Hooper:
"Eu a vi e disse, essa é a mulher da minha vida. Eu levei dois anos e meio
para convence-la. Isso foi há 62 anos." Você
percebeu que alguns casais, casais que estão juntos por muitos anos, não só se
amam, mas também se gostam. Eles ainda pensam que estão casados com uma pessoa
maravilhosa. Eles são extremamente sortudos? Ou eles têm um segredo que todos
nós deveríamos saber? Dan Savino: "Acho ideal
quando cada pessoa pensa que está saindo ganhando ao se casar. Eu sei que fiz
um ótimo negócio ao ter me casado, ganhei mais ao casar
com ela do que ela de ter casado comigo. Os nossos amigos também acham isso.
Mas tudo bem se ela pensa diferente." Val Savino:
"Bom eu creio que Deus guiou este casamento e me deu este homem e eu sou
muito agradecida porque somos muito felizes." Casais como esse parecem ter
tropeçado em um grande segredo da felicidade num relacionamento. Parceria com
Deus. Eles continuam felizes e agradecidos por terem se encontrado. Mas como
isso acontece? Nesta série buscamos encontrar respostas ao conversar com casais
felizes, e que continuam assim com o passar dos anos. Descobrimos que estes
casais baseiam os seus relacionamentos num compromisso com Deus. Eles
construíram seu relacionamento no reino de Cristo. Os princípios de Cristo
moldam o seu casamento. Hoje nós vamos falar sobre uma característica do reino
que ajuda as pessoas a se gostarem, bem como se amarem. É um princípio que os
mantém agradecidos. Olha, acredite ou não, existem casais que são agradecidos
porque encontraram no cônjuge um melhor amigo. Ron Todo: "Eu não quero
estar longe dela. Quero fazer o que ela fizer. Quero me interessar pelo que ela
gosta, mesmo que eu não goste. E é muito bom saber que ela é a minha melhor
amiga. Essa é a pessoa com quem quero estar toda hora". Ralph Arnold:
"Agora nós somos quase como irmãos gêmeos porque nos parecemos
muito." Dan Matthews: "Te digo, não dá pra explicar como é divertido
ser casado com esta mulher." Denny Kaye: "Penso que para casar bem, você deve casar com o seu melhor amigo. Com
passar do tempo vocês viram mais que melhores amigos." Ron Todo: "Ela
me conhece bem melhor que qualquer pessoa, acho que, ninguém me conhece assim
porque sou fechado. As pessoas não me conhecem tão bem assim. E é bom ter
alguém que posso confiar e deixar saber tudo sobre mim." Dan Guild:
"Ela ama a Deus, me ama e eu a amo. Este é o segredo." Vamos olhar
para a unidade espiritual que estes casais acreditam que é um presente de Deus
para eles. Vamos olhar a base no reino de Cristo. Um aspecto do reino de Cristo
que parece ter tido um impacto nestes casais é que: O reino de Cristo é uma
benção! Você já percebeu que: Cristo abençoou as pessoas por onde Ele foi. Ele
abençoou os leprosos, publicanos e prostitutas. Ele abençoou os mudos e cegos.
Ele abençoou um cobrador de impostos numa árvore. Ele abençoou os pobres de espírito
e os que murmuravam. Ele abençoou as crianças quando os discípulos estavam
tentando manda-las embora. Ele abençoou as multidões.
Ele abençoou um ladrão crucificado ao seu lado. O apóstolo João resume tudo
desta maneira: "Da Sua plenitude todos nós recebemos benção sobre
benção." (João 1:16) Benção sobre benção. É isso que acontece no reino de
Cristo. É um reino de bênçãos. E o que descobrimos, ao conversar com casais
felizes, é que eles souberam entrar neste reino de bênçãos, para receber mais
bênçãos. Sharon Hanson: "Eu sempre senti que sou prioridade na vida do
Michel. Eu não sei como ele consegue fazer isso o tempo todo, porque ele
trabalha bastante. Mas sei que se ligasse pra ele ou
precisasse, seria prioridade. Isso me dá segurança e me faz sentir muito
bem." Mike Hanson: "Eu me sinto muito bem ao estar disponível pra ela porque eu sei que ela sempre está ao meu lado. Na
verdade, um dos dons e talentos da Sharon é saber compreender as pessoas.
Muitas vezes quando não consigo entender alguém e isso é muito importante no
ministério, sabe, é bom saber que Sharon percebe se ele esta sendo honesto ou não, se está sofrendo ou com
problemas, ela percebe estas coisas e me diz. É importante que também esteja
disponível pra ela. Porque ela sempre me ajuda em
tudo." Casais felizes não buscam suprir só suas vontades próprias. Eles
não querem proteger seu lado. Eles sabem que podem abençoar o cônjuge. Eles
sabem que podem ajudar o outro a desabrochar. E isso começa ao ver o seu
cônjuge com um ser humano, alguém com suas próprias necessidades e habilidades.
E não querer controlar, ou tentar moldar o outro a sua imagem. Darlene
Dickinson: "Nós dois decidimos que nunca diríamos para o outro, você não
pode fazer isso. Deus nos deu escolha própria. Ele morreu na cruz por isso e
longe de nós tirar de alguém a liberdade de escolha. Agora eu acredito num
relacionamento de compromissos ou consideramos os sentimentos do outro.
Decidimos que se realmente quisermos fazer alguma coisa que não prejudique a
família, devemos fazer, mesmo que não seja prioridade. Ele já pulou de bungee
jump de uma ponte bem alta - quase morri. Mas eu estava ali porque era uma
coisa que ele queria muito fazer. Ele é assim comigo também." Donna Wyman:
"Ele sempre me deu liberdade pra ser eu mesma, mesmo quando em algumas
áreas nós diferimos em o que faríamos, se eu sentir no meu coração que quero
fazer alguma coisa, mesmo que não seja uma coisa que ele valorize, eu posso
saber que ele não vai me julgar, porque tomei aquela decisão." Sharon Hanson:
"Ele era muito seguro e me deixou ser o que Deus queria que eu fosse sem
me controlar. E eu sou muito feliz por isso." Mike Hanson: "Na
verdade eu sei que ao invés de ficarmos competindo, ela me completa. Ela é o
melhor de mim." Wayne Hooper: "Nós
precisamos parabenlizar um ao outro, nos elogiar.
Quando ela virou a primeira diaconisa na nossa igreja, eu fiquei muito feliz e
orgulhoso porque nossa igreja queria que ela fosse uma líder. É importante
mostrar que nos alegramos com a pessoa." Eldon
Dickinson: "Nós somos livres pra fazer o que quisermos, mas quanto mais o
tempo passa, mais queremos fazer tudo juntos." Essas pessoas estão vivendo
no reino das bênçãos de Cristo. Eles querem ser uma benção para os outros.
Tantos casais vivem em pequenas rivalidades, como guerras. Eles competem sem
parar. Os discípulos de Cristo viveram isso em mais de uma ocasião. Jesus os
parou. Ele tinha que dizer algo. Está escrito em Marcos, capítulo 9. Jesus
lidou com suas brigas e rivalidades para serem os maiores, Ele disse: "Se
alguém quiser ser o primeiro, será o último, servo de todos." (Mateus
9:35) Então Jesus tomou uma criança nos braços e disse: "Aquele que
receber estes pequenos em Meu nome, Me recebe."
Como você se torna grande no reino de Cristo, no seu reino de bênçãos? Você
vira um servo. Você cuida dos fracos. Você alimenta os famintos. É isso que
casais felizes descobriram. Eles não perdem a identidade no casamento. Não
perdem seus direitos. Mas param de competir. Existem bênçãos suficientes para
todos. Eles se concentram em abençoar seu cônjuge. Em Lucas 18 descobrimos
outro princípio, princípio do reino, que se aplica muito bem ao casamento:
"Qualquer que a si se exaltar será humilhado, e qualquer que a si mesmo se
humilhar será exaltado." (Lucas 18:14) Tentar sempre chegar primeiro,
tentar sempre dominar um relacionamento, só prejudica. Nós destruímos
intimidade. E machucamos o amor. Pessoas que são genuinamente humildes não se
preocupam em sempre ganhar. Eles não são egocêntricos. Ele põe sua vontade de
lado pra abençoar outros. O segredo para real
humildade é estar no reino de bênçãos de Cristo. Quando você sabe que foi
abençoado, você se torna naturalmente, mais humilde, agradecido e serviçal.
Casais felizes não sais rivais. Eles se concentram em ser uma benção. E outra coisa
que descobrimos sobre casais mais felizes. É a maneira que encaram suas
diferenças. Casais felizes têm as mesmas diferenças que o resta das pessoas.
Têm temperamentos opostos. Às vezes suas personalidades se chocam. Mas com o
tempo eles aprenderam a fazer uma coisa importante: aprenderam a ver as
qualidades opostas como algo que PRECISAM. Aprenderam a ver as diferenças como
BENÇÃO. São duas pessoas diferentes que realmente se completam. Wayne Hooper: "Eu venho de uma família que é muito
temperamental. Quando entrei neste casamento, ainda tinha um temperamento
violento. Aí eu vi como ela era tranqüila, calma e
segura. Eu admirei tanto isso que hoje estou mudado." Ron Todo:
"Podemos encarar nossas diferenças como algo positivo, eu acho. Eu gosto
que ela seja extrovertida, e sempre pronta pra tentar
coisas novas. Porque eu sei que perdi muito na vida, porque não sou assim. Ela
me ajudou a tentar coisas novas." Lillian Guild: "Meu marido me
completa de tantas maneiras diferentes. Ele é racional e sabe,eu sou mais sentimental. Dan Matthews: "Sou
eu que digo, vamos fazer isso agora. Vamos lá. E é ela que sempre diz, espera.
Sua cautela, descobri, depois de tantos anos, sua cautela é boa. Então dou
ouvidos ao que ela diz." Val Savino: "Sou
de uma família onde ficamos sem falar um com o outro por dias.
Ele é de uma família Italiana onde todos falam juntos movendo as mãos. Eu me
fechava e isso doía, porque ele me fazia desabafar. O que você está pensando?
Eu dizia, nada". Dan Savino: "Hoje, não é
difícil fazer com que ela fale." Val Savino:
"Hoje, não, você me ensinou muito bem. É um bom professor." Dan Savino: "Você é uma boa aluna." Val Savino: "Hoje, eu me comunico bem melhor que há 30
anos." Casais que vivem no reino de bênçãos de Cristo sabem abençoar, e
sabem ser abençoados. Ele aprende a se beneficiar com as características
opostas do cônjuge. Jesus teve que ensinar esta lição para os seus amigos. Um
dia estava visitando a casa de Marta e Maria. Que era um lugar de refúgio e
descanso para Ele. Maria e Marta eram irmãs com temperamentos opostos. Maria
era uma tímida sonhadora, que pensava em ter relacionamentos profundos. Marta
era como uma abelha ocupada, sempre voando de lá para cá, fazendo tudo
funcionar. Em uma ocasião, Marta estava preocupada em casa tentando terminar de
fazer um grande jantar para Jesus e seus discípulos. Maria estava sentada,
ouvindo cada palavra de Jesus. Marta começou a ficar cada vez mais irritada.
Será que sua irmã não via como estava ocupada? Finalmente desabafou,
"Jesus, o Senhor não liga que ela deixou tudo pra
mim? Diga pra Maria me ajudar." Marta queria que sua irmã fosse como ela.
Ela tinha certeza que Maria tinha que ser como ela.
Mas Jesus lhe disse outra coisa. Encontramos em Lucas: "Marta, Marta,
estás ansiosa e preocupada com muitas coisas, mas uma só é necessária. Maria
escolheu a boa parte, a qual não lhe será tirada." (Lucas 10:41, 42) Jesus
queria que Marta percebesse que deveria ser mais como Maria. Na sua pressa na
casa, em sua necessidade de impressionar a todos sendo uma boa anfitriã, ela se
esqueceu da coisa mais importante, gastar tempo com os convidados. Esqueceu que
às vezes é bom sentar e escutar. Às vezes e bom ser
como Maria. Aprendam um com o outro. Não julguem um ao outro. Tire a venda dos
seus olhos. Ao invés de falar mal dos olhos da outra pessoa. Estes são
princípios do reino. Estes são princípios do reino das bênçãos de Cristos que
se aplicam poderosamente ao casamento. Jesus queria que Seus seguidores fossem
o sal da terra e a luz do mundo. Queria que Seus seguidores espalhassem
bênçãos. É isso que casais podem fazer por seu cônjuge, também. Cada pessoa
pode libertar o outro para ser ele mesmo, e achar seu potencial. Cada pessoa
pode dar sentido e completar o outro. Isso pode acontecer enquanto os dois vivem
no reino das bênçãos. Uma vez Jesus fez este maravilhoso convite que está em
Mateus, capítulo 11: "Vinde a mim todos os que estais cansados e
sobrecarregados, e eu vos aliviarei. Tomai sobre vós o meu jugo, e aprendei de
mim, porque sou manso e humilde de coração, e encontrareis descanso para vossas
almas. Pois meu jugo é suave e meu fardo é leve." (Mateus 11:28-30) O jugo
do discipulado de Jesus é leve e suave. É um alívio para os sobrecarregados. Por que? Porque Jesus sempre quer nos abençoar; Ele sempre que
nosso melhor. Lembre-se que o relacionamento de Cristo com seus discípulos, e
com sua igreja, são um modelo para o relacionamento de marido e esposa. Os
laços dos casamentos nunca deveriam ser jugo pesado; não deveria ser um peso.
Uma pessoa nunca deveria ser moldada a imagem de outra. Uma pessoa não deveria
ser controlada por outra. O laço dos casamentos deve ser leve e suave. Deve ser
um compromisso de pessoas que são gentis e amáveis de coração. E isso acontece
quando os dois estão firmes no reino das bênçãos de Cristo. Acontece quando os
dois estão buscando ser uma benção para o outro, ao invés de controlar o outro.
O resultado é algo maravilhoso. São duas pessoas casadas que são melhores
amigos. Mike Hanson: "Ela tem um espírito vibrante. Gosto de estar com
ela, ela sempre foi divertida. E mal posso esperar pra
ver como ela será quando tiver 90 anos." Hoje, você está trabalhando pra realizar o sonho do seu cônjuge? Ou está tentando
prendê-lo nas suas vontades? Você é dedicado em o ajudar a ser uma pessoa mais
completa? Ou está tentando fazê-lo parecido com você? Você pode ter um melhor
amigo no seu casamento, se vocês estiverem no reino das bênçãos de Cristo. Você
pode ser feliz se os dois buscarem alegrar o outro. Porque
você não se compromete a fazer isso enquanto oramos?
O Amor é Tudo Letra e Música: Jader Santos Eu fui feito
para amar, pra sorrir e pra cantar Eu fui feito para aventurar no amor que é sadio Vem, segura a minha mão, eu lhe dou meu coração. Vamos
alegrar a vida apostar no amor. O amor é tudo, foge a razão! Pode transformar
uma pedra em algodão Pode muita coisa além da
imaginação. Deixa agora eu lhe mostrar, posso até lhe comprovar Coisas
impossíveis acontecem por causa do amor. Quem duvida pode crer, tudo pode
acontecer. Com amor desertos passam a florescer O amor
é tudo, foge a razão! Pode transformar uma pedra em algodão
Pode muita coisa além da imaginação. O amor pode ser bonito, sincero e
genuíno. Mas o amor tem que ser Divino pra ser amor.
Gravado por Jader Santos no MMCD 9902 para a Voz da Profecia
Oração: Querido Pai, tu tens nos dado uma benção depois da
outra por causa da sua graça. Por favor nos ajude a estender nossa gratidão à
pessoa mais perto de nós. Nós não queremos perder a chance de ter um melhor
amigo. Nos ajude a ser humildes e gentis de coração. Nos ajude a aprender
juntos. Ajude-nos a sermos agradecidos. Pedimos estas bênçãos em nome de Jesus
Cristo, nosso Senhor. Amém.
48
A CELEBRAÇÃO DE UM NASCIMENTO
Pr. Mark Finley
A história de natal gira em torno
de um nascimento. O nascimento do menino Jesus. Hoje, neste "Está
Escrito" especial de natal, convidamos você a
juntar-se a nós para celebrarmos este momento único na história. Capte a
essência deste acontecimento milenar através de canções, orações, e das
escrituras. Permita que Cristo encha o teu coração de encorajamento neste
natal, pois continua sendo a celebração de um nascimento.Não houve acontecimento mais emocionante
na vida conjugal de Maria do que o nascimento de seu primeiro filho. Minha
esposa e eu tínhamos 25 anos, quando nossa filha Debby
nasceu. Eu tinha tanta certeza de que o bebê seria menina, que comprei um lindo
vestidinho vermelho totalmente brilhoso. Você consegue imaginar nossa filha
recém-nascida usando um vestido vermelho brilhoso? Ela iluminou o hospital
inteiro. Dizer que Teeny e eu estávamos felizes com o
nascimento de nossa primogênita é pouco. Dizer que não estávamos preparados
para a experiência é menos ainda. Nós lemos todos os livros sobre crianças que
apareceram em nossa frente. Freqüentamos juntos,
aulas sobre partos naturais. Escolhemos as cores para o quarto de nossa mais
nova moradora, pintamos de cor-de-rosa. Compramos um berço e brinquedos de
bebê. Quando Debby nasceu, nós estávamos preparados.
Deus também se alegrou com o nascimento de seu filho. Um coro de anjos anunciou
a sua chegada. Pastores e magos aguardavam o nascimento dEle.
Profecias datadas de séculos anteriores já proclamavam o nascimento do Messias.
O profeta Isaías previu que Cristo nasceria de uma virgem. Moisés acrescentou
que Ele seria da linhagem de Judá. O profeta Miquéias declarou que o Messias
nasceria em Belém. Deus fez de tudo para preparar o mundo para o nascimento do
salvador. Canção: Proclame a glória do Senhor que toda língua confesse que Ele
reina. Exalte seu nome em glórias para sempre. Proclame a glória do Senhor,
anuncie suas obras poderosas a todos,receba
o chamado, avise a todas as nações...Ele é o nosso Messias nosso Salvador e
nosso rei, que as nossas vozes sejam uma só e encham a terra de louvor. Glória
ao nosso Deus aclamamos sua grandeza,que
toda raça de costa a costa proclame a glória do Senhor. Proclame a glória do Senhor,glorifique o príncipe da
paz pois se cessarmos, as pedras começarão a bradar, proclame a glória do
Senhor com as mãos erguidas, demos...graças eternamente a Ele que reina nos
céus Ele é o nosso Messias nosso Salvador e nosso Rei. Que as nossas vozes
sejam uma só e encha a terra de louvor. Glória ao nosso Deus aclamamos sua
grandeza que toda raça de costa a costa proclame a glória do Senhor a glória do
Senhor.Ele é o nosso Messias nosso Salvador e nosso
Rei Que as nossas vozes sejam uma só e encha a terra de louvor Glória ao nosso
Deus aclamamos sua grandeza que toda raça de costa a costa proclame a glória do
Senhor! Aquele não foi um nascimento comum. Jesus foi concebido de forma
sobrenatural pelo Espírito Santo no ventre de Maria. Ele não foi uma criança
comum, Jesus foi o divino filho de Deus habitando num corpo humano, o divino
Cristo humano. Aquela não foi uma missão comum. O anjo anunciou a José a missão
de Jesus. Encontramos isso registrado desta forma em Mateus, capítulo 1,
versículo 21:"ela dará à luz um filho e lhe porás o nome de Jesus, porque
ele salvará o seu povo dos pecados deles". A missão dEle
foi claramente definida por Deus: salvar o seu povo dos pecados deles. Canção:
Numa noite fria em Belém a doce virgem Maria deu à luz o maior presente de Deus
aos homens Jesus, o Salvador da terra. nenhuma trombeta tocou, mas os anjos cantaram
não havia ninguém para coroá-lo mas as estrelas
brilharam muito naquela noite fria pela criança que era mais que um rei reis
magos vieram de longe pastores seguiram a estrela homens sábios ainda o seguem
hoje pois somos suas ovelhas queridas. Jesus, o salvador da terra. nenhuma
trombeta tocou, mas os anjos cantaram não havia ninguém para coroá-lo
Mas as estrelas brilharam muito naquela noite fria pela criança que era mais
que um rei e glorificarei o seu nome até que Ele volte pois aquela criança era
muito mais que um rei. O bebê nascido em Belém numa manjedoura é o teu e o meu
Salvador. O natal é um momento de celebrar, é um
momento de se alegrar, é um momento de glorificar. Nas profundezas de nossos
pecados, não fomos abandonados. Na escuridão de nossa rebeldia, existe uma luz.
Aprisionada na escravidão dos pecados, existe esperança. Quando Jesus nasceu, o
povo de seu tempo teve três reações ao nascimento dele. E existem três reações
à Jesus hoje em dia. Os escribas e fariseus foram indiferentes ao seu
nascimento, eles mal sabiam o que estava acontecendo. Mas que tragédia, ser
indiferente ao Salvador do mundo. Infelizmente, existem algumas pessoas
religiosas indiferentes a Cristo neste natal. Cristo
ainda fica perdido em meio ao consumismo desta época. Ele fica coberto sob a
árvore de natal repleta de belas embalagens de
presentes. Ele fica esquecido em meio a tanta correria. Ele fica silenciado por
festas em empresas, almoços e vários outros compromissos natalinos. Nos dias de
hoje, ofuscou-se o Cristo eterno. Não que sejamos contra Ele, apenas ficamos
indiferentes a Ele. Ocupados demais. Canção: Quando crianças, sonhávamos com a
manhã de natal e todos os presentes que sabíamos que
acharíamos mas nunca percebemos que um bebê nasceu numa noite abençoada e nos
deu o maior presente de nossas vidas. Fomos a razão por Ele ter dado sua vida
fomos a razão por Ele ter sofrido e morrido por um mundo perdido, Ele deu tudo
que podia para nos mostrar a razão de viver. Com o passar dos anos, aprendemos
mais sobre presentes o significado é "nos entregarmos" num dia frio e
nublado, um homem pendurado chorando na chuva por amor, por amor. E somos a
razão por Ele ter dado sua vida somos a razão por Ele ter sofrido e morrido por
um mundo perdido, Ele deu tudo que podia para nos mostrar a razão de viver.
Finalmente encontrei a razão de viver em tudo que eu faço, tudo que eu digo estarei entregando meu coração, somente a Ele, a Ele. E
somos a razão por Ele ter dado sua vida somos a razão por Ele ter sofrido e
morrido por um mundo perdido, Ele deu tudo que podia para nos mostrar a razão
de viver. Ele é minha razão de viver. Ele deu a vida por nós. Ele sofreu e
morreu por um mundo perdido, Ele deu tudo que podia para nos mostrar a razão de
viver. Ele é minha razão de viver. Houve quem se opusesse a Ele na época e há
quem se oponha a Ele hoje. Herodes e os soldados romanos sentiram-se ameaçados
pela perspectiva deste rei recém-nascido; sentiram-se ameaçados pelo desafio
iminente de seu reinado. Eles planejaram matá-lo ao nascer. Herodes baixou um
decreto mandando matar todos os meninos hebreus com menos de dois anos. Ele não
arriscaria o seu trono. Existem pessoas hoje, nesta época de natal,
que não renunciam ao trono de seus corações; elas batalham, elas lutam, elas
brigam para manter o comando. Talvez você esteja lutando há anos. Você tem
tentado comandar a sua própria vida. Você tem medo de entregar o comando a Ele.
Por que não, nesta época de natal, abrir o seu coração
para Ele? Por que não entregar a sua vida? Você pode confiar absolutamente
nele. Ele encherá a sua vida de alegria e propósito neste natal.
Canção: Enquanto cuidamos de nossos rebanhos meditamos e oramos talvez seja
esta a razão para que os anjos tenham vindo naquele dia ouvimos a boa nova
ansiosamente e então partimos vasculhamos todos os vales para que pudéssemos
lhe dizer... és tudo que temos buscado, tudo que admiramos és tudo por que anelamos, que o nosso coração deseja agora que te
encontramos queremos lhe dizer que te amamos bem-vindo Jesus. Bem-vindo Senhor
dos Senhores. Bem-vindo Salvador do mundo. Buscamos nas profecias estudamos
cada parte em busca de respostas ao desejo em nossos corações isso nos levou
até uma estrela e muitas noites de viagem e finalmente, alegremente estamos
diante de nosso rei és tudo que temos buscado, tudo que admiramos és tudo por que anelamos, que o nosso coração deseja agora que te
encontramos queremos lhe dizer que te amamos bem-vindo Jesus. Bem-vindo Senhor
dos Senhores. Bem-vindo Salvador do mundo. Ó, em breve voltarás em glória e
ouvirás o louvor nos céus com gritos de "hosana" e esta canção que
estamos cantando és tudo que temos buscado, tudo que admiramos és tudo por que anelamos, que o nosso coração deseja agora que te
encontramos queremos lhe dizer que te amamos bem-vindo Jesus. Bem-vindo Senhor
dos Senhores. Bem-vindo Salvador do mundo. Bem-vindo Jesus. Bem-vindo Senhor
dos Senhores. Bem-vindo salvador do mundo. Ainda existe uma terceira reação em
relação a Jesus. Três reis do oriente levaram presentes a Ele. Esses homens
sábios ficaram de joelhos e o adoraram. Homens sábios continuam a adorá-lo
hoje. O evangelho de Mateus descreve isso nestas palavras, encontradas em
Mateus capítulo 2, versículo 11: "...e, abrindo os seus tesouros,
entregaram-lhe suas ofertas: ouro, incenso e mirra". O ouro é presente
para um rei, ele representa todos os nossos bens materiais. Nós chegamos a
Jesus através da adoração, sem hesitar em nada. Tudo que possuímos é um
presente de Jesus. No natal, nós reconhecemos
"Senhor, tudo o que eu tenho é teu. Tu és o rei dos reis". O incenso
é presente para um sacerdote. Ele era usado pelo sacerdote no antigo santuário.
No natal, nós devemos declarar: "Jesus, tu és meu
sacerdote, tu intercedes por mim, tu és meu intercessor. Tu apresentas a tua
justiça perfeita diante de todo o céu, no lugar de minhas falhas. Senhor, toda
a minha adoração é para ti". A mirra é um presente para quem está à beira
da morte. A mirra era um ungüento usado nos antigos
rituais de sepultamento. No natal, nós reconhecemos:
"Jesus, tu és meu salvador, tu és a criança inocente que nasceu, e meu
justo redentor, que morreu por mim". Alegre-se hoje, é tempo de celebrar.
Aceite-o como teu salvador, receba-o como teu sacerdote, reconheça-o como teu
rei. Canção: Ó noite santa, as estrelas estão brilhando é a noite do nascimento
do nosso querido salvador. O mundo há muito repleto de pecados e erros até que
ele surgiu e a alma teve seu valor uma vibração de esperança, o mundo cansado regozija pois se inicia uma nova e gloriosa manhã
ajoelhe-se. Ó, ouça as vozes dos anjos ó noite divina ó noite, quando Cristo
nasceu ó noite, divina, ó noite. Ó noite divina. Verdadeiramente Ele nos
ensinou a amar uns aos outros sua quebrem-se as correntes, pois o escravo é
nosso irmão e em seu nome, cessa toda a opressão. exaltemos com doces hinos de
júbilo em agradecimento. Que tudo em nós, glorifique o seu santo nome.Ajoelhe-se. Ó, ouça as vozes
dos anjos ó noite divina ó noite, quando Cristo nasceu ó noite, divina, ó
noite. Ó noite divina. Ó noite... Divina. O maior presente já dado ao nosso
mundo foi aquele bebê, o menino Jesus nascido numa manjedoura em Belém. E o
maior presente com o qual podemos retribuir é com o nosso coração. Por que não,
nesta época de natal, permitir que Cristo nasça no seu
coração? Por que não permitir que Cristo, nascido dois mil anos atrás em Belém,
nasça dentro de você neste natal? Por que não
entregar-lhe o seu coração? Por que não entregar-lhe a
sua vida neste momento enquanto oramos.
Amado Senhor, neste natal,
glorificamos a ti por quem tu és. Não queremos ser indiferentes como os
sacerdotes, não queremos ser hostis como os romanos. Queremos glorificá-lo como
os reis magos. Tu és o nosso salvador que por amor concede a salvação. Tu és o
nosso sacerdote que intercede junto ao Pai. Tu és o nosso rei, nosso Senhor dos
Senhores, nosso libertador que em breve voltará. Hoje e sempre, damos glórias a
Ti, em teu santo nome. Amém.
49
CONFIAMOS EM DEUS NAS CRISES
Pr. Mark Finley
Acontece em todo casamento. Crises. Momentos tristes. Isso
às vezes une as pessoas, ás vezes as separa. Hoje
descobriremos o que faz a diferença. Talvez é uma
crise financeira, alguém está desempregado e entra em dívida. Talvez é um problema de saúde, alguém tem câncer ou está
debilitado. Talvez é um problema que envolve os
filhos. Mas é normal, às vezes, passarmos por crises no casamento. A vida tranqüila se transforma num grande sofrimento. Os momentos
que deveríamos estar felizes se transformam num pesadelo. Muitos casais têm uma
grande dificuldade em ficarem juntos durantes as crises. Seu relacionamento
fica frágil e vulnerável. Às vezes não sobrevive. Mesmo assim, outros casais
sobrevivem muito bem. Eles superam as dificuldades. A crise os une ainda mais.
Para descobrir o que faz a diferença decidimos conversar com casais felizes,
casais que ficaram juntos nos bons e maus momentos. Nós queremos descobrir o
que os uniu. A primeira coisa que descobrimos é que eles não passaram pelas
crises sozinhos. Mike Hanson: "Quando nossa filha morreu, eu não sabia
exatamente, que faríamos. E eu tenho certeza que não
podia falar disso com ninguém. Mas no momento de luta e sofrimento, descobrimos
algumas coisas. Primeiro, Deus está presente. Segundo, quando nos comprometemos
como casal em ficar juntos na crise, nós encontramos forças. Ele deu a força.
Deus foi uma ajuda presente na tribulação." Eldon
Dickinson: "Nós tivemos muitos problemas sérios, problemas de saúde. E
passar por isso foi muito duro e incerto. Mas nesta situação aprendemos a
confiar em Jesus. E isso realmente nos uniu como casal." Julia Medcalf: "Bem, o Senhor sempre nos ajuda nas
dificuldades, não importa qual seja." Carol Kaye: "A oração faz toda
a diferença do mundo para nós." Betsy Matthews: "Eu penso que oração
e a fé em Deus nos ajudaram. E olha que já tivemos problemas." Lloyd
Wyman: "Eu acho que a tragédia que vivemos há alguns anos com a morte de
nosso neto nos uniu mais a Deus e como casal. Confiamos totalmente em Deus
naquela ocasião. Valeu a pena." Sim, existem casais que ficam juntos nas
dificuldades. Existem casais que crescem na adversidade. Eles não passam pelas
crises sozinhos. Eles crêem, e com razão, que Deus
está ao seu lado, a toda hora. Casais que ficam juntos nos bons e maus momentos
vivem no reino de Cristo. Eles crêem num aspecto do
reino de Cristo, que os ajuda a ter confiança e estabilidade nas crises. Para
eles, o reino de Cristo é o reino dos escolhidos. E experimentaram isso -
quando Deus os escolheu. Você sabe qual é uma das coisas que Jesus enfatizou ao
estabelecer seu reino? Ele disse que seu reino é o reino dos escolhidos. Jesus
disse em João capítulo 13 verso 18: "Eu conheço aqueles que escolhi."
Em João 15, verso 19: "Do mundo vos escolhi." Em seu discurso final
para os discípulos, Jesus foi bem claro. Disse para este grupo que Ele os
chamaria de amigos, e não mais de servos. Podemos ler o que disse em João 15,
verso 16: "Não fostes vós que escolhestes a mim; pelo contrário, eu vos
escolhi a vós outros e vos designei para que vades e deis fruto, e o vosso
fruto permaneça; a fim de que tudo quando pedirdes ao Pai em meu nome; ele vo-lo conceda." O reino de Cristo é baseado na Sua
escolha, Ele nos escolheu. Ele quer que produzamos frutos, para ter acesso
direto ao Pai. Casais que ficam juntos na adversidade têm este senso de terem
sido escolhidos, de serem parte do reino dos escolhidos de Cristo. Na prática
isso significa que Deus tem um plano pra eles. Ele tem
um plano mesmo nas crises. E isso faz muita diferença. Darlene Dicknson: "E porque temos este relacionamento e cremos
que nossa vida está nas mãos de Deus, venha o que vier, não vamos desistir ou
desanimar. Porque sentimos paz num mundo que não oferece paz." Ralph
Figueroa: "Uma coisa que nos ajuda nas dificuldades é que os dois
acreditam na mesma coisa, no cristianismo. E isso nos ajuda a saber que tudo
que fazemos está nas mãos de Deus." Kari Todo: "Eu sei que Ron e eu
seguimos o plano de Deus ao nos casarmos. Ele tem planos pra
nossa vida inteira. Estamos passando por uma fase em que somos pais. Já
passamos pela fase de sermos pais de crianças pequenas, e daqui pra frente vamos continuar seguindo a Sua vontade e vivendo
cada fase da vida como parte do plano perfeito de Deus pra nós." Sharon
Hanson: "O Mike e eu sempre tivemos os mesmos objetivos. E me lembro uma
época que nosso objetivo era manter nossa filha viva. Com passar do tempo, nós
mudamos, mas nós dois, continuamos indo na mesma direção, isso é
importante." Mac Judd: "Quando temos que tomar uma decisão em relação
ao nosso relacionamento, é crucial incluir a Deus. Porque aí se as coisas dão
errado não olhamos um pro outro e dizemos, foi você
que quis fazer isso, o que quer fazer agora? Podemos colocar tudo nas mãos de
Deus, porque se Ele nos guiou com certeza nos ajudará. Ele nos trouxe até aqui
e com certeza nos guiará." Eldon Dickinson:
"Quando dificuldades aparecem, confiamos em Deus. E quando superamos os
problemas, ficamos mais fortes no próximo problema porque já experimentamos a
Sua mão guiando a nossa vida." Deus tem um plano. Os casais que vencem as
crises acreditam nesta verdade. E ela é a base do reino dos escolhidos de
Cristo. Pense, por exemplo, na maneira que Jesus chamou a Simão Pedro. Pedro
tinha pescado a noite toda e não pegou nenhum peixe. Ele estava lavando suas
redes de manhã, quando Jesus, seguido de uma multidão, se aproximou e entrou no
seu barco. Jesus falou para a multidão e depois pediu para Pedro levar o barco
para as águas profundas. E o mandou jogar as redes e pescar. Pedro sabia muito
bem que ninguém conseguia pescar durante o dia. Mas ele jogou suas redes mesmo
assim. E logo, elas estavam cheias de peixes enormes. Pedro ficou tão chocado
que disse: "Senhor, retira-te de mim, porque sou pecador." Jesus
respondeu: "Não temas. Doravante serás pescador de homens." (Lucas
5:10). Quando Pedro aportou seu barco, Lucas nos conta, que ele deixou tudo pra trás e seguiu Jesus. Por que Pedro, um pescador de
sucesso, tomou uma decisão tão radical? Porque Aquele que o escolheu mostrou
que tinha um plano. Ele cuidaria de tudo. Ele proveria. Ele sabia mais sobre
pescaria que Pedro, que sempre viveu no Mar da Galiléia.
"Siga-me, e serás pescador de homens." Pedro e os outros discípulos
responderam ao chamado e entraram no reino dos escolhidos. Eles o fizeram
porque viram que Jesus tinha um plano. E não importavam os problemas que
encontrassem, Jesus resolveria tudo para eles. Casais que vencem as
dificuldades responderam ao chamado, "Siga-me". Eles entraram no
reino dos escolhidos. Eles são parte do plano maravilhoso de Deus. Esta é outra
característica dos casais que colocaram seus casamentos no reino de Cristo.
Porque eles têm um forte senso de que foram escolhidos, eles também escolhem;
eles são comprometidos. Deus sofreu muito para criar o reino dos Seus
escolhidos neste mundo de pecado. Ele fez o maior sacrifício, entregando seu
único Filho para nos salvar, e nos resgatar. Casais que entendem isso, são
capazes de ficarem juntos, não importa o problema. Eles estão dispostos a
sacrificar. Mike Hanson: "Às vezes temos que lembrar do compromisso de
ficarmos juntos nas maiores tribulações. Temos que lembrar da nossa promessa.
Os votos que fizemos no altar incluíam na prosperidade e adversidade.E Deus nos ajuda nisso pois ficamos mais
unidos nas tribulações." Betsy Matthews: "Precisamos escolher. Vão
existir momentos difíceis e podemos desistir ou dizer, sabe, nós podemos
superar, vencer esta situação e continuar juntos." Marilyn Smith:
"Nós decidimos nos amar e superar estas dificuldades. E pela graça de
Deus, tem dado certo." Larry Wolfe: "Nós nos comprometemos há muitos
anos. E naquela época, compromissos eram muito valiosos." Doug Stewart:
"Pouco depois de nos conhecermos, nós percebemos que queríamos estar
juntos pra sempre e nos comprometemos de estar juntos
pra sempre. E mesmo que existam coisas em que discordamos e isso acontece
várias vezes, nós tentamos resolver porque o que queremoos
é estar juntos pra sempre. Mark Judd: "Para nós,
estarmos juntos é encarado como uma decisão, um compromisso e um acordo. Não é
algo que muda com o tempo. Não é baseado em emoções. Mesmo que tenhamos
sentimentos, o que nos mantém juntos é saber que temos um compromisso perante
Deus. Não temos dúvida, e nem discutimos outra possibilidade. É um acordo que
fizemos e acordos não podem ser quebrados." Andréa Judd: "Não é
negociável" Sharon Hanson: "Quando diagnosticaram a nossa filha, foi
muito difícil para mim. Gastava todo meu tempo com ela, a ajudando, fazendo
tratamento, isso me desgastava. Eu estava muito cansada a noite. Acho que este
foi o ponto baixo do nosso casamento. Quando diagnosticaram nossa filha, nos
disseram que 90% dos casais que lidavam com doenças terminais se divorciavam. E
nós decidimos que isso não aconteceria conosco. Mas foi difícil dividir minha
atenção, sei que ele deve ter se sentido excluído." Mike Hanson:
"Bem, na verdade, claro, aquele foi um compromisso que nós dois fizemos.
Decidimos que estaríamos disponíveis pra ajudar nossa
filha. Nós tínhamos outra filha pra atender. Quando
soubemos que nossa filha talvez não sobrevivesse, decidimos que aproveitaríamos
o tempo que tínhamos da melhor forma possível ao estar sempre junto delas e
criando boas memórias, das coisas que fazíamos juntos como família. Lutamos
muito pela qualidade da nossa vida juntos. E neste
curto período nós guardamos memórias lindas. Fizemos muitas coisas juntos. O
que poderia nos trazer miséria e nos dividir se tornou na chance de ficarmos
mais unidos." Sharon Hanson: "É verdade." Casais que vencem as
dificuldades fizeram uma escolha, um compromisso. Eles são parte do reino dos
escolhidos de Cristo, e eles se escolheram completamente. Um jovem rico uma vez
veio a Jesus com a seguinte pergunta: "O que devo fazer para ganhar a vida
eterna?" Jesus perguntou se Ele guardava os dez mandamentos. O jovem disse
que cumpria fielmente a lei desde menino. E perguntou: "O que me
falta?" Jesus olhou nos olhos deste jovem e o amou. Mas Ele percebeu que
havia uma coisa que ainda o prendia. Ele era muito preso a coisas materiais. Suas
riquezas eram uma barreira no seu relacionamento com Deus. Então Jesus lhe
disse, está em Mateus capítulo 19, verso 21: "Se queres ser perfeito, vai,
vende os teus bens, dá aos pobres e terás um tesouro no céu; depois, vem e
segue-me." Parece ser uma coisa muito, muito difícil de se fazer. Mas
Jesus sabia o que este jovem teria de fazer para que realmente O seguisse, para
que O escolhesse. Algo o prendia e ele precisava deixar tudo pra
traz. Isso é essencial ao entrar no reino dos escolhidos. Você não pode ficar
dividido. Não dá pra servir a Deus e ao dinheiro, por
exemplo. Você tem que deixar todas as outras coisas que interfiram na sua
decisão. Casais que ficam juntos durante as crises fizeram compromisso. Eles
decidiram de verdade. Eles não ficam divididos. Eles deixaram tudo. Eles não se
apegam a alguma coisa que comprometa o seu casamento. Estes casais felizes
decidiram andar juntos no reino dos escolhidos de Cristo. E como resultado,
descobrem algo maravilhoso. Descobrem a alegria de ter alguém ao seu lado
sempre. Denny Kaye: "Quando estou tendo um dia ruim ela me anima a
continuar. Quando ela esta
tendo um dia ruim eu também tento anima-la." Ron Todo: "Quando nós
dois passamos por dificuldades, é bom poder conversar sobre o assunto com
alguém. É bom saber que alguém vai estar do seu lado não importa o problema da
vida, e vai continuar com você ao superar esta situação." Wayne Hooper: "O médico viu a pros
resultados do meu pós-operatório e disse, bem, você precisa fazer um tratamento
de quimioterapia. Existe 90% de chance do câncer
crescer. Nós queríamos outra opinião então saímos dali e o Haried
disse, tudo bem. Ainda temos 10%." Ter alguém que está sempre do seu lado
- isso não tem preço! Quem não faria qualquer coisa para ter isso? Existe uma
grande vantagem em colocar seu relacionamento, casamento, no reino dos
escolhidos de Cristo. Existe uma grande vantagem em entender que Deus escolheu
vocês. Ele sofreu muito para os escolher. Vocês descobrirão que Ele tem um
plano, um plano perfeito para os bons e maus momentos. Vocês poderão se
comprometer de verdade. Vocês poderão estar mais unidos nas dificuldades. Vocês
não gostariam de terem isso como casal? Vocês podem receber isso agora. Este
pode ser um novo começo - no reino dos escolhidos. Façam esta promessa pra Deus
e para seu cônjuge enquanto oramos. Abram a sua mente para um senso mais
profundo que Deus os escolheu porque Ele os ama, Ele tem um plano para sua vida
e pode mudar seu casamento. Abra o seu coração a Deus agora enquanto oramos.
O Deus da Segunda Chance Letra e Música: Marcelo Meireles
Dueto: Príscilla e Elson Goluub
As horas de silêncio ás vezes passam sem ter fim A voz
dos pensamentos traz angústia para mim São tantos os momentos que na vida eu
falhei. Os erros que cometo parecem erros sem perdão Eu quase não percebo que
pra tudo há solução Aqui eu nunca sei se novas chances eu terei Mas Deus me
olha a todo instante Quer me dar mais uma chance pra viver Coro: Eu sei que
Deus É o Deus da segunda chance Para mim eu sei Sei
que posso começar a vida Mais uma vez,e Ele ainda Me
dá forças pra vencer Eu sei que Deus È o Deus da
segunda chance Pra você também Seu perdão trará uma Nova vida,você
vai ver Sempre há uma nova Chance pra viver Muitas vezes é difícil aceitar o
seu perdão Mas eu se que é preciso me entregar em suas mãos Gravado no MMCD0110
"Duetos da Vp" para o SISAC.
ORAÇÃO: Querido Pai, te agradecemos por mandar Seu filho
para nos salvar. Muito obrigado por nos escolher enquanto ainda éramos
pecadores. Queremos te escolher; queremos recomeçar. Nos ajude a acreditar no
Seu plano e buscar segui-lo em nossos casamentos. Nos ajude a crescer nas
dificuldades. Nos ajude a ficarmos sempre juntos. Oramos em nome de Jesus.
Amém.
50
A CRUZ ABSORVE NOSSAS DORES
Pr. Mark Finley
As pessoas às vezes se prendem a coisas que elas fazem
repetidamente, quando na verdade, gostariam de parar. Elas sentem remorso, mas
são forçadas a continuar fazendo. E as pessoas quase sempre não percebem que a
substância que elas usam abusivamente ou o comportamento que elas cultivam, são
na verdade uma espécie de anestésico. Elas estão tentando sentir menos. Hoje,
nós vamos aprender sobre uma alternativa tremenda aos ciclos viciosos - num
lugar um tanto improvável. E descobriremos uma solução naquele que sentiu tanto
por nós. Um rapaz chamado Don estava no melhor momento de sua vida. Pelo menos
era isso que ele aparentava. Ele estava sempre saindo com belas namoradas. Os
outros homens sentiam inveja dele. Mas por dentro, Don estava péssimo. Ele
estava se acabando. Seus namoros haviam se transformado em algo compulsivo. Ele
se via usando uma mulher após outra, só para sair da sua própria depressão.
Quando se sentia triste, ele precisava sentir-se seguro com uma mulher. Don
sabia que não estava sendo justo com suas parceiras. Ele foi criado num lar
muito rígido. Freqüentemente ele se arrependia e
prometia a Deus mudar seu comportamento. Mas o padrão continuava. Por fim, Don
foi consultar um conselheiro cristão que usava princípios bíblicos e
espirituais em seu trabalho. Don só queria mudar o ciclo vicioso de seu
comportamento. Ele só queria uma fórmula para mudar seus hábitos destrutivos.
Mas aos poucos, esse rapaz foi percebendo que havia um motivo para suas graves
crises de depressão. Havia um motivo para se sentir forçado a usar mulheres da
forma como usava. Por trás da depressão de Don havia um vazio, uma incapacidade
de absorver amor de uma forma saudável. E então, ele era forçado, cada vez
mais, a tentar receber amor de formas doentias. Mas Don não conseguiu controlar
seu comportamento destrutivo, enquanto não enfrentou esta mágoa interna,
enquanto não começou a entender o que é o amor incondicional de Deus, o que é a
graça. Somente quando isso foi assimilado, foi que ele pôde ter relacionamentos
saudáveis com mulheres. Existe um dado importante que os conselheiros vêm
descobrindo sobre vícios, todos os tipos de vícios. Eles descobriram que por
trás dos vícios, existe sempre uma mágoa, sempre uma dor, sempre um vazio,
sempre uma lacuna. E se você não tratar este problema interno, você jamais
conseguirá controlar o comportamento. Eu trabalho com pessoas que estão
tratando vícios. Muitas vezes eu vejo que por trás do vício, digamos, quer seja
de álcool, eles querem encobrir uma dor emocional e o álcool a faz adormecer. A
comida adormece a dor. A pornografia pode adormecer a dor da solidão ou alguma
outra dor. Então, descobri que quase sempre por trás destes vícios, quando
chegamos ao que há por trás da raiva, quando chegamos ao que há por trás do que
os deixa viciados, existe uma dor emocional que é negativa. E esta é uma forma
de adormecê-la e evitá-la. Por trás dos vícios que nos acorrentam, por trás das
compulsões que nos amarram, e por trás dos pecados que nos aprisionam existe
uma mágoa. Por trás dos problemas de comportamento, existe uma questão que não
estamos levando em conta. Então como nós lidamos com essa mágoa no fundo de
nossa alma? Como achamos a cura? Agora, vamos examinar um importante princípio
relacionado a como podemos curar a ferida interna.
Quero compartilhar com você algo que o profeta Jeremias escreveu. Este homem
enfrentou muita angústia em sua vida, ele se sentia muito isolado, ele
enfrentou muita rejeição. O povo de Israel estava se afastado
de Deus. Os ídolos eram os anestésicos particulares escolhidos por eles. Eles
adormeciam o vazio interior com várias e várias práticas pagãs, muitas delas
envolvendo rituais de fertilidade. No capítulo 8 de seu livro, Jeremias falou
sobre as pessoas que proclamavam "paz e paz", quando não havia paz
alguma. As pessoas estavam tentando dizer coisas agradáveis quando na verdade
estavam apodrecendo. Jeremias alertou que seu povo estava se desviando de Deus.
Ele sentiu a dor enquanto eles estavam adormecidos por ela. Ele disse:
"Pela ferida da filha do meu povo, estou de luto." E então ele
clamou, no versículo 22 do capítulo 8 de Jeremias: "Acaso não há bálsamo
em Gileade? Ou não há lá médico? Por que, pois, não se realizou a cura da filha
do meu povo?" Jeremias acreditava que devia haver uma
bálsamo, devia haver alguma coisa que realmente curasse o seu povo,
devia haver recuperação. E a fé dele provou ser profética: seu "bálsamo em
Gileade" apontava para o ministério de Jesus Cristo na Galiléia.
Jesus se tornou a grande cura para o seu povo. Mas a palavra apresenta um
sentido muito especial, no qual Jesus pode se tornar à cura hoje, um sentido
especial no qual ele pode curar essas feridas que estão por trás de tantos
problemas de comportamento. Um sentido especial no qual ele pode curar essa
mágoa. E essa cura se concentra em torno da cruz, a experiência de crucificação
de Jesus. Mas geralmente, quando pensamos na cruz, pensamos em Jesus morrendo
pelos nossos pecados. Pensamos na expiação. E isso foi o que, de fato,
aconteceu na cruz. Jesus tornou a salvação possível, o perdão possível diante
de Deus. Mas existe ainda uma outra coisa que aconteceu na cruz, algo que
talvez não tenhamos observado com muito cuidado: Jesus morreu por nossos
pecados, mas ele também morreu por nossos sofrimentos, nossas feridas e dores
mais profundas. Ele morreu para curar estas nossas mágoas, ele morreu para nos
reconciliar com Deus, quando a distância entre nós e Deus é diminuída. Sua
graça flui para dentro de nossas vidas e a cura acontece. O autor de Hebreus
discute por que Jesus se tornou homem e porque Ele
sofreu. E foi isso que ele disse no capítulo 2, versículo 9 de Hebreus: Vemos , todavia, aquele que, por um pouco, tendo sido feito
menor que os anjos, Jesus, por causa do sofrimento da morte, foi coroado de
glória e de honra , para que, pela graça de Deus, provasse a morte por todo
homem. Cristo encarnado, no fim, resultou em glória e honra, resultou em
redenção. Mas a condição para se alcançar esta glória não foi nada fácil, ela
exigia o sofrimento da morte. Jesus teve de provar a morte por todos nós. Jesus
fez isso de uma forma legítima, nos justificando diante de Deus. Ele pagou,
como nosso substituto. Mas eu também acredito que ele provou a morte em outro
sentido. Ele provou as coisas que nos machucam profundamente, ele vivenciou
nossos piores pesadelos. Quando as pessoas me procuram, eu as ajudo a pensarem
na cruz. Eu desenho uma cruz no quadro com todas as dores das pessoas. E eu
digo que ele morreu por nossos pecados, por um lado, disso todos nós sabemos, e
então começamos a observar pelo outro lado. E eu pergunto "como ele se
sentiu quando foi abandonado, negado três vezes por seus discípulos? O que ele
sentiu quando saiu de repente e foi vendido por trinta moedas de prata?" E
todos dizem que ele se sentiu traído... depois que passamos por estas palavras
no quadro, se eles foram traídos, vão se identificar com a traição sofrida por
Jesus; se foram humilhados ou envergonhados, talvez devido a abusos sexuais,
vão se identificar com o fato de terem despido Jesus e agredido seu corpo
físico, e o fato de ele ter sido humilhado e envergonhado; se foram rejeitados,
isso tem relação com a questão da rejeição. E eles entendem que Jesus morreu
não só pelos pecados deles, mas pelos sofrimentos também. E isto dá a Cristo o
direito a Ele de curá-los. Pense sobre isso um momento. O que Jesus suportou na
cruz? Ele suportou todo tipo de agressão. Ele foi agredido verbalmente por
soldados e sacerdotes romanos. Ele foi açoitado e cuspido. Ele foi agredido
fisicamente de formas terríveis. Ele sofreu agressão religiosa, membros de
autoridade no templo escarneceram dele. Eles eram os mais interessados em
destruí-lo. Ele sofreu rejeição, foi rejeitado pelas pessoas que ele veio
salvar, rejeitado pelos líderes daquela época, rejeitado até mesmo, por seus
amigos mais chegados. Mas o pior de tudo, ele sofreu a rejeição de Deus. Deus
afastando-se dele como a personificação do pecado. Foi isso que desmontou o
filho de Deus. É por isso que Jesus Cristo pode tocar nossas feridas mais
profundas, ele é capaz de compreender. O autor de Hebreus coloca desta forma no
capítulo 2, versículo 18: "pois naquilo que ele mesmo sofreu, tendo sido
tentado, é poderoso para socorrer os que são tentados." Nesta passagem, o
autor está falando exatamente porque Deus pode ser o nosso sumo sacerdote fiel
e misericordioso, porque ele pode interceder por nós. A resposta é porque ele
sofreu; ele sabe o que nós estamos passando. Ele sabe o pior que pode nos
acontecer e Ele conhece tudo. E é por isso que Ele pode nos prestar auxílio.
Ele nos presta auxílio não só para evitar que a gente peque. Ele nos presta
auxílio para nos ajudar a enfrentar a dor, nos ajudar a lidar com a ferida, nos
ajuda a curar a mágoa. Ele pode fazer isso, ele mereceu este direito. Um homem
veio me procurar pois havia passado por uma experiência de grande traição em
sua vida. E quando passamos por esta experiência da cruz com ele, isso tocou
muito fundo nessa área da traição e ele viu que Jesus havia sido traído por ele
e como ele. E por conta disso, ele conseguiu se abrir e dividir sua dor, sua
raiva e sua frustração com Deus. E enquanto orávamos por ele, o fato de Jesus
ter sofrido uma traição e ter obtido o direito de trazer a cura, ele então
trouxe a cura, a liberdade e a paz para esta pessoa. Jesus se identificou tanto
comigo, na questão das minhas emoções, meus pecados, que Ele próprio, tomou
isso sobre Si quando ficou pendurado lá na cruz. E isso trouxe uma tremenda
sensação, tanto de acolhimento como também de segurança e alívio em saber que
Ele foi capaz de se identificar e suportar aquilo por mim em meu lugar. Eu
gostaria que você parasse por um instante. Você tem dores profundas por dentro?
você tem alguma dor que não esteja conseguindo enfrentar? Uma dor que está
sempre te levando a fazer coisas que você não quer fazer? Existe alguma mágoa
em sua vida? Por favor considere exatamente o que Jesus passou no seu lugar,
neste momento enquanto você ouve estas passagens. Considere o quanto Ele pode
se aproximar de você como aquele que cura. Esta é uma descrição do que Jesus
sofreu, no Salmo 22. É uma profecia impressionante do que de fato aconteceu lá
na cruz: "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?... Mas eu sou
verme, e não homem; opróbrio dos homens e desprezado do povo. Todos os que me vêem zombam de mim; afrouxam os lábios e maneiam a cabeça:
confiou no senhor, livre-o ele...derramei-me como água e todos os meus ossos se
desconjuntaram; meu coração fez-se como cera, derreteu-se dentro de mim.
Secou-se o meu vigor, como um caco de barro, e a língua se me apega ao céu da
boca; assim me deitas no pó da morte. Cães me cercam; uma súcia de malfeitores
me rodeia, traspassaram-me as mãos e os pés. Posso contar todos os meus ossos;
eles me estão olhando e encarando em mim. Repartem entre si as minhas vestes, e
sobre a minha túnica deitam sortes." O profeta Isaías retrata a
experiência de Cristo na cruz muito intensamente no capítulo 53.
"Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades, e as nossas dores
levou sobre Si; e nós o reputávamos por aflito, ferido de Deus e oprimido. Mas
ele foi traspassado pelas nossas transgressões, e moído pelas nossas iniqüidades; o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele,
e pelas suas pisaduras fomos sarados." Jesus na cruz nos traz a cura. Ele
cura as nossas mágoas. Eu creio que poucos de nós tenhamos entendido esta parte
do evangelho. "Pelas suas pisaduras fomos sarados". Ele levou as
nossas dores. Ele foi castigado para que tivéssemos a paz. Jesus absorve os
sofrimentos humanos na cruz, amigo. Ele absorve nossas dores mais profundas. E
algo acontece, algo milagroso acontece, quando as pessoas realmente entendem
esta verdade maravilhosa. Sim. Existe um bálsamo em Gileade. Existe um médico
lá. Existe recuperação, e encontramos isso na cruz de Cristo. Ouçam como Paulo
expressou isto em Colossenses, capítulo 1, versículos 19 e 20: "porque
aprouve a Deus que nele residisse toda a plenitude, e que, havendo feito a paz
pelo sangue da sua cruz, por meio Dele reconciliasse consigo mesmo todas as
cousas, quer sobre a terra, quer nos céus." O Deus pai reconciliou todas
as coisas consigo mesmo através de Jesus Cristo, através daquele ato sacrifical
na cruz. Quase sempre as nossas dores mais profundas nos afastam de Deus. É
difícil para nós imaginarmos um pai celestial amável. Estamos repletos de ódio,
culpa e vergonha, muitas vezes. Nós usamos as coisas ruins que nos aconteceram
- contra Ele. Mas Deus em Cristo diz: "eu entendo, já passei por isso,
tomei tudo isso sobre Mim. Eu sofri toda a agressão que você sofreu, e mais."
Deus reconcilia consigo mesmo os seres humanos pecadores. E Deus também
reconcilia os segredos vergonhosos. Deus também reconcilia todos os maus
tratos. Deus reconcilia a rejeição e o abandono. Deus reconcilia a agressão.
Deus reconcilia palavras que nos magoaram. Deus reconcilia todas as coisas.
Você entendeu? Todas as coisas. Não há nada que tenha acontecido a você que não
tenha sido absorvido pela cruz. Não há nada que tenha acontecido a você que não
esteja cercado pelo amor sacrifical de Cristo. E o que Cristo cria como
resultado? O que ele cria pelo seu sangue derramado? A paz. Ele "fez a paz
pelo sangue da sua cruz". Isso mesmo. Podemos finalmente encontrar a paz
quando abrimos as nossas dores mais profundas ao ferido que cura, àquele que
provou a morte por nós, aquele que provou o sofrimento por nós e transformou
isso em algo capaz de redimir. Lembre-se, por trás dos vícios, por trás dos
comportamentos problemáticos, existe uma mágoa. Existe algo que queremos
adormecer, algo que queremos anestesiar. e não conseguiremos tratar estes
comportamentos, a menos que tratemos a ferida, a dor que os conduzem. Graças a
Deus que a cruz nos fornece um meio de enfrentar essa dor. Ela nos permite
enfrentar a mágoa, mas sem sermos destruídos por ela. A cruz de Jesus Cristo
absorve nossas dores mais profundas. Esta é uma verdade que modifica as
pessoas. Esta é uma verdade que pode transformar a sua vida. Mas esta verdade
precisa ser assimilada. Ela precisa tocá-lo de alguma forma. Não basta apenas
sinalizar com a cabeça. Não basta apenas concordar mentalmente. E Paulo orou:
"o Senhor conduza os vossos corações ao amor de Deus." segunda
tessalonicenses, capítulo 3, versículo 5. O amor sacrifical de Cristo precisa
penetrar em seu coração. Você precisa enfrentar a sua dor, na luz da cruz. Você
precisa enxergar com os próprios olhos como os sofrimentos de Cristo tocam os
seus. E quando você faz isso, algo maravilhoso acontece. Você encontra uma
grande força interna na cruz. Você encontra a cura, a grande cura. Eu comecei a
perceber o tremendo impacto quando Deus enviou Jesus, o impacto disso foi que
Ele deu tudo. Isto criou um elo ali que nunca havia acontecido antes. A alegria
e a paz que isto cria dentro da sua alma não dá para medir. Você fica certo com
o mundo, fica certo com Deus. Você pode então começar a endireitar as coisas
com seus familiares e ficar certo com eles também. Isso muda tudo. Teve um
homem que veio me ver, que estava num lar de alcoólatras. Ele foi criado num
lar de alcoólatras. Havia outra família neste "beco sem saída" que o
tratava com amor. Mas o problema é que a vida lhe armou uma cilada, fazendo ele
mudar para a casa onde três dos homens da família o molestavam. E ele
permaneceu com esta família porque ele recebia mais amor lá do que recebia em
sua própria casa. E então ele teve problemas com sua esposa na questão da
intimidade. E parte disso se devia à sua própria vulnerabilidade e a sua
incapacidade de se abrir. Ele estava num lugar de auto-proteção. Nos deixamos o poder de Cristo agir e
curar aquelas lembranças que se passavam dentro dele. De repente, o que
aconteceu foi que isso fez com se abrisse um mundo inteiramente novo de
intimidade, confiança e transparência com Deus. E isso teve um tremendo impacto
em seu casamento. Que Salvador maravilhoso nós temos em Jesus Cristo! seu
sacrifício na cruz vai muito além do que imaginamos. Pode nos tocar de forma,
muitas vezes, insondáveis. Nos leva para mais perto de Deus do que jamais
imaginamos. Ouça esta passagem do livro de Hebreus. No capítulo 7, ele escreve
sobre o ministério incomparável de Cristo como nosso Sumo Sacerdote no céu. Ele
é incomparável porque Ele provou a morte por nós, e ainda assim permanece para
sempre como nosso intercessor. Hebreus 7, versículo 25: "por isso também
pode salvar totalmente aos que por ele se chegam a Deus, vivendo sempre para
interceder por eles." Salvar totalmente. Você percebe o significado disso?
Jesus tratou inteiramente o problema do pecado. Ele pagou o preço da morte por
nós. E Ele também sofreu por nós. É Ele quem está apresentando nosso caso
diante do Pai. É Ele quem faz a intercessão. Ele entende. Ele passou por
aquilo. Ele sentiu tudo aquilo, tudo que nós temos sentido. É por isso que
podemos recorrer a Deus confiantes, através dele, através de Cristo. Nós somos
identificados com Cristo. Todos os nossos pecados, raiva e vergonha são
absorvidos por Ele. Nós somos identificados com o Filho de Deus. Nós somos
aceitos, adotados por uma família celestial onde o amor enxuga cada lágrima,
enxuga toda agressão. Ouçam a afirmação maravilhosa de Paulo em Gálatas,
capítulo 4, versículos 6 e7:"e, porque vós sois filhos, enviou Deus aos
nossos corações o espírito de seu filho, que clama: aba, pai". De sorte
que já não és escravo, porém filho..." Deus nos torna filhos e filhas, não
apenas em teoria, mas em nossos corações. Ele envia o seu espírito em nossos
corações para firmar isto. Um dia, nós ouvimos velhas vozes doloridas ecoando
lá dentro. Sentimos velhos atos vergonhosos ainda ecoando. Continuamos
repetindo essas dores cem cessar. Mas hoje uma voz clama, "aba,
paizinho"! Agora podemos saber que somos totalmente aceitos; somos amados
incondicionalmente. Podemos caminhar diretamente para os braços de um Pai
celestial. Sim, não somos mais escravos daquelas velhas decepções e dores. Não
estamos mais presos a elas. Temos a liberdade de filhos e filhas, Deus derrama
seu amor sobre nós. Somos acalentados no bem-amado filho de Deus. Amigo, a cruz
de Cristo absorve nossas dores mais profundas. Você já vivenciou isto? Você
esteve lá para encontrar a cura? Existe um bálsamo em Gileade. Existe um médico
lá. Por favor volte-se para ele neste momento. Por favor, não deixe que se
passe outro dia com esta dor interna que continua conduzindo você. Por favor
não deixe estes hábitos destrutivos continuarem lhe
aprisionando. Por favor, volte-se para a cruz e encontre a cura. Pelas pisaduras Dele você pode ser sarado. Pelo castigo
Dele você pode encontrar a paz, neste momento enquanto oramos.
Oração: Amado Pai, muito obrigado por tomar sobre Si todo o
nosso sofrimento no calvário. Tu suportaste toda a agressão que tem nos perseguido. Tu suportaste a rejeição e a vergonha que
tem nos mantido presos. Tomaste tudo isso sobre Si por nós. Obrigado por nos
dar a cura neste momento. Nós queremos esquecer a dor, queremos colocá-la em
tuas mãos. Obrigado por ser aquele que nos salva totalmente. Ajude-nos agora a
caminhar na luz do teu amor. Em nome de Jesus. Amém.