ESTÁ ESCRITO – Mark Finley
53 O ENTUSIAO A RESPEITO DO SÁBADO
56 DECIFRANDO O CÓDIGO DA BÍBLIA
60 MAIS IMPORTANTE ACONTECIMENTO HISTÓRIA
51
OS ANJOS PODEM SER MAUS?
Pr. Mark Finley
Eles parecem estar em toda parte hoje em dia. Nos guiando.
Nos consolando. Nos trazendo mensagens secretas.Os anjos alcançaram o topo. É
bom pensar que cada um de nós tem seu próprio anjo da guarda. É bom pensar que
existem mensageiros divinos aqui na terra, cuidando de nós. Mas aí você se
depara com uma história, uma história extraordinária, que te faz pensar: anjos
podem ser maus?Eu acho que os anjos estão aqui para nos guiar e nos
proteger.Bem, os anjos parecem ser uma espécie de mensageiros de Deus. Eles
intervêm em nossas vidas, de certa forma, para nos ajudar e são uma resposta às
nossas orações. Eles parecem ser uma equipe de mensageiros especiais de Deus ou
algo assim. Eu acredito que os anjos são seres enviados por Deus e estão aqui
para nos ajudar em qualquer situação que seja necessária. É um fenômeno e
tanto. Existem anjos fazendo aparições regulares no horário nobre da tv.
Existem anjos estrelando filmes. Existe artesanato de anjos, estátuas de anjos,
cartões de anjos, até mesmo web sites de anjos. Os anjos desenvolveram uma
incrível legião de seguidores. E tudo sobre eles aparece banhado em luz. Eles parecem
trazer um pedaço do céu para a terra.Mas às vezes, ouvimos falar de seres
angelicais que parecem trazer algo muito diferente para a terra. Às vezes
ouvimos histórias que nos levam a pensar se existem anjos trapaceiros vagando
neste planeta. Os anjos podem, de fato, ser maus? Bill foi um rapaz que recebeu
uma visita extraordinária quando morava em Los Angeles. Ele estava meditando em
seu apartamento um dia, quando de repente, uma luz brilhante pareceu encher
todo o seu ser. A luz parece ter se transformado numa lâmpada de mil watts em
sua cabeça e então, um ser surgiu diante dele. Ele irradiava intensas luzes
douradas e brancas e usava um manto longo e branco. Ele parecia brilhar de uma
forma gloriosa igual a Jesus Cristo.Este ser belo e majestoso lhe fez algumas
perguntas sobre a sua vida, e sobre suas lutas pessoais. E ele disse a Bill
para não se preocupar tanto com as coisas. Depois dessa visita marcante, Bill
sonhou em se tornar o discípulo pessoal desse anjo. Ele se achou o homem mais
sortudo da América. E começou a receber o que ele acreditava ser mensagens
daquele ser celestial.Porém meses depois, essas mensagens levaram Bill à beira
de um colapso. Ele vivia atormentado por ansiedades. Sua vida havia se tornado
um caos. Ele estava dando todo o seu tempo e dinheiro para várias causas da
nova era. Mas não foi só isso. Ele desenvolveu uma necessidade obsessiva de
oferecer e fazer cada vez mais. As mensagens, mais tarde ele percebeu, haviam o
conduzido ao que ele chamou de "um pesadelo de escravidão".A
experiência de Bill provou ser profundamente perturbadora. Ele seguiu o que
parecia ser um anjo, alguém que ele tinha certeza ter vindo direto do céu e
acabou correndo direto para um precipício.Como explicamos coisas assim? Como
explicamos todas as outras histórias de pessoas que foram levadas por seres
angelicais a uma terrível devoção ou até mesmo ao suicídio? Será que Deus está
brincando com a gente? Será que às vezes ele nos envia palavras de consolo e às
vezes nos envia para um precipício?Agora, vamos tentar obter algumas respostas
da bíblia. A palavra, na verdade, tem considerações muito claras a respeito dos
anjos. Ela os retrata de uma maneira um pouco mais complicada do que podemos
ver num website sobre anjos. Nem todo mundo com uma auréola é necessariamente
divino.Anjos podem ser maus? Bem, o apóstolo Pedro nos dá uma resposta em sua
segunda epístola. Nós a encontramos em segunda Pedro, capítulo 2, versículo 4:
"Ora, se Deus não poupou a anjos quando pecaram, antes, precipitando-os no
inferno, os entregou a abismos de trevas, reservando-os para juízo".Pode
parecer um tanto estranho, mas anjos podem pecar, ou pelo menos já pecaram uma
vez.Apocalipse, capítulo 12, nos fala que isto aconteceu durante uma grande
rebelião no céu. Tudo aconteceu quando um anjo chamado Lúcifer se rebelou e se
tornou Satanás.Encontramos esta história em Apocalipse, capítulo 12, versículos
do 7 ao 9: "Houve peleja no céu. Miguel e os seus anjos pelejaram contra o
dragão. Também pelejaram o dragão e seus anjos; todavia, não prevaleceram; nem
mais se achou no céu o lugar deles. E foi expulso o grande dragão, a antiga
serpente, que se chama diabo e satanás, o sedutor de todo o mundo, sim, foi
atirado para a terra e, com ele, os seus anjos."Os anjos que se rebelaram
contra Deus não foram destruídos. Eles foram atirados para a terra. Satanás
teve a oportunidade de criar uma alternativa ao comando de Deus; ele teve a
chance de mostrar que o seu modo de amar era melhor do que o de Deus. O
resultado tem sido uma quantidade enorme de sofrimento, crueldade e desgraça. É
uma venda difícil demais para satanás fazer. Portanto ele e seus anjos precisam
apelar para a trapaça. Ele tenta enganar o mundo inteiro. Ele às vezes se
disfarça de um anjo de luz. Ele mente desde que disse a Adão e Eva: "é
certo que não morrereis". Anjos podem ser maus? Sim, podem, infelizmente.
E eles estão oferecendo aos seres humanos hoje, um caminho - um caminho direto
para o precipício.Sem dúvida, é importante em nosso mundo hoje saber
diferenciar entre anjos do bem e do mal. Nós queremos ouvir aqueles que vêm do
céu, não aqueles infiltrados do inferno.E felizmente, a bíblia nos dá alguns
princípios importantes que nos ajudarão a fazer isso. Na verdade, somos
recomendados a testar os espíritos. Paulo fala sobre o dom do discernimento de
espíritos, ou seja, saber distinguir os espíritos.A palavra enfatiza duas
coisas quando se trata de anjos do bem contra os do mal. Estes dois princípios
giram em torno de ouvir a verdade e estar seguro.Primeiro, nos concentremos na
verdade. Este princípio é muito importante. João nos ensina isso em sua
primeira epístola. Primeira João, capítulo 4, versículos do 1 ao 3. Trata-se de
um princípio que vai nos permitir ficar protegidos dos anjos malignos e
entender a diferença entre a verdade e o erro: "amados, não deis créditos
a qualquer espírito: antes provai os espíritos se procedem de Deus... Todo
espírito que confessa que Jesus Cristo veio em carne é de Deus; e todo espírito
que não confessa a Jesus não procede de Deus".Aí está. O apóstolo João
queria que os crentes tivessem algo concreto com o qual pudessem testar as
mensagens dos anjos. Então ele recorreu a verdade do evangelho, a verdade sobre
Jesus ter vindo como homem para nos salvar. Ele estava dizendo aos crentes
isto: os anjos de Deus falam a verdade,ponto final. Todas as mensagens deles
são coerentes com a palavra de Deus. É importante ter um padrão de verdade
objetiva, porque o que queremos ouvir nem sempre é o que precisamos ouvir.
Algumas mensagens podemos sentir que são verdadeiras, ainda que pareçam estar
nos levando para um precipício.Ás vezes a verdade de Deus nos deixa
incomodados. Às vezes a verdade de Deus sacode a gente.Um homem chamado Ló se
sentia muito bem numa cidade chamada Sodoma.Ele obteve muita prosperidade ali.
Ele sustentava sua família ali. E ele acabou se tornando indiferente à
corrupção que crescia ao redor dele.Mas dois estranhos chegaram à cidade um dia
e hospedaram-se na casa de Ló. Eles eram, na verdade, anjos enviados por Deus e
levavam uma mensagem assustadora. A cidade estava prestes a ser destruída. A
maioria dos parentes de Ló riram com a notícia. Parecia uma piada de mau gosto.
Gênesis, capítulo 19, versículo 15 nos conta o que aconteceu depois. E tudo é
colocado de forma muito clara e muito sucinta: "ao amanhecer, apertaram os
anjos com Ló, dizendo: levanta-te, toma tua mulher e tuas duas filhas, que aqui
se encontram, para que não pereças no castigo da cidade." Ló saiu na mesma
hora, pouco antes de chover fogo sobre aquele terrível lugar. Aquela não foi a
mensagem que ele queria ter ouvido, mas ele precisava ouví-la imediatamente.Eu
estava indo para casa numa tarde de sexta-feira com meus filhos numa
auto-estrada e ao nosso lado tinha um caminhão e a porta de trás soltou-se.
Estávamos tão perto que a porta deveria ter atingido o meu carro. Mas nós
ouvimos o barulho e ela parece que passou direto como se tivesse um escudo
cercando e protegendo a gente. E dissemos "obrigado, Senhor", na
mesma hora. Foi um testemunho poderoso para os meus filhos sobre como os anjos
podem nos proteger hoje, e agora." Um rei muito corrupto de Israel,
chamado Acabe, queria uma direção. Ele queria saber se deveria levar uma
expedição militar contra os exércitos da Síria em ramote-gileade. Acabe havia
conseguido uma aliança com o rei de Judá, um homem de Deus chamado Josafá. E
Acabe queria saber se ele seria vitorioso na batalha ou não. Então ele reuniu
seus profetas especiais do reino e perguntou: "iremos à peleja contra
ramote-gileade, ou deixarei de ir?"Os profetas responderam em uma só voz:
"sobe, porque o Senhor a entregará nas mãos do rei." Bom, Josafá
ficou um pouco desconfiado. Aqueles profetas estavam falando em nome de Deus
com muita facilidade, com muita rapidez.Então ele perguntou, o mais
educadamente possível, se havia por ali algum profeta do Senhor. O rosto de
Acabe se fechou e o versículo 7 de segundo Crônicas, capítulo 18, nos diz a
resposta dele: "há um ainda, por quem podemos consultar ao Senhor; porém
eu o aborreço, porque nunca profetiza de mim o que é bom, mas somente o que é
mau. Este é Micaías." Acabe, embora relutante, mandou buscar este homem de
Deus. O mensageiro do rei disse a Micaías, no entanto, que seria melhor ele
concordar com o que todos os outros profetas estavam dizendo.Mas o profeta de Deus
não podia dizer aquela boa notícia mentirosa. Ele disse a Acabe e Josafá que
havia visto Israel dispersa pelos montes como ovelhas que não têm pastor. Ele
viu um desastre.Bem, o rei Acabe ficou muito aborrecido. Por que este homem
teve de ser tão trágico? E mandou Micaías para a prisão.E então, o rei Acabe
marchou rumo à batalha contrariando o conselho do profeta. Ele foi ferido
mortalmente e seu exército teve de recuar depois de um longo dia de batalha
sangrenta. Acabe na verdade não queria uma direção, ele queria permissão. Ele
queria um selo de aprovação para as suas escolhas. Ele se cercou de
bajuladores, e quando a verdade estava diante de seus olhos, ele a jogou na
prisão. A bíblia nos diz que os espíritos mentirosos estavam na boca de todos
aqueles profetas. Eles guiaram o mestre deles direto para o precipício.Isto é
importante ser lembrado quando tentarmos diferenciar entre anjos do bem e do
mal. É importante ser lembrado quando organizarmos as mensagens que "se
dizem" divinas. Às vezes só estamos buscando permissão, e não direção. Às
vezes resolvemos seguir a mensagem mais fácil, aquela que satisfaz os nossos
caprichos. E essa mensagem pode nos levar direto para o precipício."Muito
tempo atrás, eu estava no estado da Pensilvânia num desvio, descendo uma
ladeira muito inclinada com o caminhão ganhando impulso. O caminhão pesava mais
de 18 toneladas. Eu basicamente havia perdido controle do caminhão. A
velocidade estava alta, saía fumaça dos freios. Eu estava perdendo toda a
pressão de ar. E aí eu clamei pelo Senhor, ou pelo meu anjo para me ajudar
porque eu sabia que eu não podia fazer nada. E em alguns segundos, o caminhão
começou a perder velocidade e nós voltamos a aproximadamente 30 km por hora
quando pude retomar o controle e fazer as curvas. Eu não deveria estar aqui
para contar esta história, mas pude sentir a intervenção divina do Senhor e um
anjo para parar o caminhão." Agora, vamos ver o segundo princípio básico
na bíblia que refere-se a discernir os espíritos. Este princípio refere-se a estarmos
seguros como seres humanos, a estarmos protegidos.Você conhece a principal
forma de identificar os espíritos malignos no novo testamento? Pelas aflições
que eles causam.Pessoas possuídas por espíritos malignos são açoitadas no chão
ou estão ferindo-se a si mesmas ou estão gritando de dor. Em várias ocasiões,
Jesus expulsou um espírito que havia deixado um homem surdo e mudo, um espírito
que fazia um garoto espumar pela boca, um espírito que fazia um homem ferir-se
a si mesmo com pedras. É isto que os espíritos malignos fazem. Eles são
destrutivos. Eles não acalentam, eles não criam amor ou alegria. Eles criam
aflições.É isto que os anjos do mal fazem. É por esta estrada que eles tentam
guiar as pessoas. Não é uma estrada segura. É uma estrada que leva à dor e à
destruição.Portanto é isto que devemos manter em mente quando ouvimos falar de
algum mensageiro angelical, algum ser banhado de luz. Nós temos que olhar para
os resultados. Nós temos que ver para onde as mensagens estão levando a pessoa.
Nós temos que ver se o estilo de vida dela é saudável ou destrutivo.Os anjos de
Deus não encaminham as pessoas por estradas destrutivas. Deixe-me mostrar o que
os anjos de Deus fazem.O implacável rei Herodes estava determinado a matar o
menino Cristo antes que ele pudesse crescer e tomar sua coroa. Então, ele
enviou soldados para matar todos os bebês meninos em Belém.Mas um anjo do
Senhor apareceu a José num sonho e disse a ele: "dispõe-te, toma o menino
e sua mãe, foge para o Egito e permanece lá até que eu te avise;" Mateus
2, versículo 13.Esta família permaneceu segura numa terra distante.O apóstolo
Pedro estava trancafiado num calabouço, acorrentado à parede, cercado por
guardas armados. Ele estava aguardando a sentença de execução do rei
Herodes.Mas um anjo apareceu para ele em sua cela, tocou-lhe o ombros e o guiou
para fora da cela, passou pelos guardas, passou pelo portão da prisão. Pedro
voltou a salvo para seus irmãos e irmãs em Cristo.Amigos, é isso que os anjos
de Deus fazem. Eles nos guiam para a segurança. Ouçam o que os salmistas têm a
dizer sobre isso.Em salmo 34, e versículo 7, Davi coloca desta forma: "o
anjo do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem, e os livra."
(salmo34:7)Salmo, capítulo 91, e versículo 11 acrescenta esta confirmação: "porque
aos seus anjos dará ordem a teu respeito, para que te guardem em todos os teus
caminhos."Amigo, os anjos do Senhor são enviados para o nosso bem. Este é
o segundo ponto importante que devemos entender. Eles não tornam a nossa vida
caótica. Eles não nos guiam para obsessões. Eles não nos deixam doentes.Os
anjos nos mantêm seguros. Eles nos afastam do perigo, não nos empurram para
ele. Eles nos guiam para longe de coisas que nos escravizam, e não para a
prisão.os anjos de Deus cooperam conosco. Eles se alegram com pecadores que se
arrependem. Eles trabalham para nos levar até Deus. Eles querem enriquecer o
nosso relacionamento com ele."meus filhos e eu voltávamos da casa de meus
pais para a nossa casa e no pé da colina onde meus pais moram tem um sinal. Nós
paramos no sinal, ele estava vermelho e acendeu a luz verde e eu senti alguma
coisa me tocar e eu não consegui mover o carro. Eu não conseguia acionar os
pedais. Eu parecia estar paralisada. Meus filhos estavam paralisados. Fez um
silêncio mortal no carro. E meus filhos são adolescentes, eles teriam dito
"vai logo, mãe". E ninguém disse uma palavra. Ficamos ali mais ou
menos um minuto. A luz ficou vermelha de novo. Depois ficou verde de novo. E de
repente, a sensação acabou e nós fomos. Conforme subimos a colina, chegamos a
outro cruzamento, nos deparamos com um acidente que tinha acabado de acontecer.
Ainda havia vidros voando, portanto o acidente era recente. Nós paramos no
cruzamento e observamos as conseqüências daquele acidente e mais uma vez ficou
um silêncio total no carro. E um dos meus filhos me disse assim "mãe, um
anjo nos impediu de estar neste acidente." Nós contornamos o acidente e
prosseguimos. E todos sabíamos, naquele carro, que os anjos haviam nos
impedido."Apresentador nós podemos distinguir entre anjos do bem e do mal.
Nós podemos distinguir suas mensagens. O novo testamento nos ensina princípios
claros que nos ajudarão a discernir melhor. E estes dois princípios trabalham
juntos. Nós devemos manter os dois em mente.Os anjos de Deus falam a verdade de
Deus. Às vezes eles nos falam o que não queremos ouvir. Às vezes eles nos dão
umas sacudidas. Eles nos tiram de nosso "estado de comodidade". Mas é
seguro estar com eles. Eles nos levam a um lugar seguro. Eles não nos empurram
para um precipício. Eles nos guiam em direção a um lugar mais saudável. Eles
nos ajudam a amadurecer o nosso relacionamento com Deus. Minha idéia básica
sobre o que são os anjos e o que eles fazem é que eles são seres ajudadores
invisíveis e eles são enviados por Deus para nos ajudar em áreas que não somos
capazes de controlar ou que estejam fora de controle, além de, nos direcionar
para o Senhor.Alguns anos atrás, eu saí numa viajem missionária e havia alguns
documentos importantes que eu estava tentando juntar. Havia um, em particular,
que eu não conseguia achar em lugar nenhum. O sábado já estava chegando. Eu
tive que parar de procurar. E naquela noite, quando eu fui dormir... No meio da
noite, eu tive uma experiência onde o meu quarto ficou completamente iluminado
como se fosse dia e eu senti uma presença no meu quarto. Eu falei com ele,
parece que foi uma eternidade. E finalmente, ele me disse "é isso que está
procurando?" E foi até minha estante de livros numa pilha de pastas e
papéis. Ele foi até lá e retirou o documento, exatamente o documento que eu
estava procurando. Eu disse "ah sim, muito obrigado." Quando eu
acordei de manhã, pensei comigo mesmo, cadê essa transcrição, esse documento?
Aí eu disse, "não começe a procurar isso, você tem que se arrumar para ir
à igreja". Aí eu disse "não preciso mais procurar." Fui até o
local exato onde eu lembrava ter visto a mão e peguei o papel. Era um mero
pedaço de papel e eu o peguei. Então, eu tive certeza de que foi um anjo que me
visitou e me ajudou a achar aquele documento.Para mim, os anjos são, na
verdade, mensageiros de Deus, seres celestiais. Eu também acho que os seres
humanos podem ser anjos, escolhidos por Deus para ajudar as pessoas ou para
impressioná-las com alguma coisa, uma mensagem ou algo assim para o bem.Os
anjos de Deus trabalham para garantir a nossa segurança. Deus quer guiar cada
um de nós para um lugar seguro. E por isso precisamos nos certificar de que
estamos ouvindo as mensagens certas. Precisamos nos certificar de que estamos
alicerçados na verdade de Deus. Precisamos nos certificar de que entendemos o
que Deus está enfatizando neste livro, a bíblia.E não apenas o que queremos
ouvir. Você quer assumir um compromisso comigo neste momento, para se tornar um
ouvinte melhor? Você quer decidir neste momento investir seu tempo para ouvir a
palavra de Deus, para que você saiba reconhecer melhor a voz de Deus.Vamos nos
determinar a fazer isso, neste momento, enquanto oramos.
Querido Pai, obrigado por saber o que é melhor para nós.
Obrigado por nos ensinar o que precisamos saber e por nos guiar a um lugar
seguro. Ajude-nos agora a nos tornar os melhores ouvintes da palavra. Ajude-nos
a absorver mais profundamente as tuas verdades. Ajude-nos a conhecer a tua voz.
Nós te pedimos em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador. Amém.
52
ESPÍRITO DOS MORTOS
Pr. Mark Finley
Na hora de uma grande tristeza, na hora de uma grande
perda, desejamos desesperadamente ouvir uma palavra de certeza vinda do outro
lado, do além. Mas, e se a voz carinhosa que ouvimos for na verdade a voz de um
inimigo, a voz de alguém que vai nos conduzir a um beco sem saída? Uma pesquisa
recente revelou que quase 70 milhões de americanos acham que é possível se
comunicar com os mortos. Como pode ser visto, o ramo da "vida após a
morte" está em alta nos Estados Unidos. Livros que ensinam a contatar
"o outro lado" têm estado nas listas dos livros mais vendidos. A
paranormalidade é atração em programas de tv. Histórias de fantasmas também
fazem sucesso no cinema. "O Sexto Sentido", um filme sobre um garoto
que é capaz de ver e se comunicar com os mortos, virou sensação e permaneceu
como número um de bilheteria por cinco semanas. Hoje, cada vez mais pessoas
estão consultando médiuns como uma forma de lidar com a perda de um ente
querido. Alguns cobram 300 dólares por sessão, na qual fazem contato, pelo
menos é o que eles dizem, com o falecido e repassam mensagens. Os médiuns
parecem trazer um grande conforto. Eles costumam passar mensagens positivas,
tipo "estou feliz aqui", ou "estou cuidando de você".
Muitos médiuns insistem que seus dons são dados por Deus. Mas existe uma
questão que poucas pessoas estão levantando hoje em dia, uma questão muito
polêmica. Ninguém está perguntando "será que esses que estão falando
conosco são realmente os nossos entes queridos ou será que são outros
espíritos, outros mensageiros do outro lado?" Quando vamos a um médium,
com quem realmente estamos falando? Quem realmente está respondendo? Estas são
questões importantes. E adivinhe? A Bíblia nos dá uma resposta clara, uma
resposta surpreendente. Ela se encontra no livro de Levítico, capítulo 19 e
versículo 31: "Não vos voltareis para os necromantes, nem para os
adivinhos; não os procureis para serdes contaminados por eles. Eu sou o Senhor,
vosso Deus." Bem, o que isso significa? Se não é Deus quem está falando através
desses médiuns para trazer conforto, quem será que está? Bom, em sua carta para
Timóteo, o apóstolo Paulo alertou para um fenômeno do fim dos tempos. Ele disse
em Timóteo, capítulo 4, versículo 1 que as pessoas dariam atenção à
"espíritos enganadores e a ensinos de demônios". E o apóstolo João,
em sua visão dos últimos dias, viu "espíritos de demônios, operadores de
sinais." (Apocalipse 17: 14) Você está começando a captar a mensagem? A
Bíblia fala de espíritos malignos. Ela leva muito a sério os anjos caídos. E
está nos dizendo que a voz de um ente querido falecido, que pensamos estar
ouvindo, pode muito bem ser a voz de um demônio. Afinal de contas, a Escritura
diz que os mortos estão dormindo; não estão conscientes; não sabem de nada. Em
Eclesiastes 9: 5 diz: "Porque os vivos sabem que hão de morrer, mas os
mortos não sabem coisa nenhuma". Os mortos só serão acordados na
ressurreição. A Bíblia não fala sobre nenhum reino dos mortos onde os espíritos
dos que já morreram ficam vagando. Os mortos estão dormindo em suas sepulturas.
Não estão falando. Portanto quando ouvimos vozes do além túmulo, sabemos que
não é a voz de um ente querido, é de outra pessoa. Amigo, as pessoas hoje em
dia estão procurando médiuns, porque elas querem alguma esperança do além. Elas
querem algum sinal de vida entre os mortos. Mas elas estão procurando no lugar
errado. Elas acabam ouvindo espíritos enganadores, ensinos de demônios. Esses
espíritos não são de vida, de jeito nenhum. Satanás é um destruidor. Seu reino
é um reino de decadência e corrupção. Quando Adão e Eva caíram na grande
mentira dita por eles no Jardim do Éden - "é certo que não morrereis"
- eles trouxeram a destruição a este planeta. Médiuns, espíritos e fantasmas
não oferecem respostas para a tragédia da morte. Mas podemos achar respostas se
olharmos em outro lugar, se olharmos para um espírito muito diferente, o
Espírito Santo enviado a nós por Deus. Isto foi o que Jesus disse sobre o
Espírito Santo, o Espírito que Ele prometeu enviar aos crentes. Ele o descreveu
como água viva. Em João 4:14 diz: "Aquele, porém, que beber da água que eu
lhe der nunca mais terá sede; pelo contrário, a água que eu lhe der será nele
uma fonte a jorrar para a vida eterna." O que Jesus nos oferece é o
Espírito Santo como uma fonte de água dentro de nós. É um espírito
rejuvenescedor. É um espírito renovador. E é um espírito que continua jorrando
"para a vida eterna". Noutra ocasião, em João 6:63, Jesus fala
claramente: "O Espírito é o que vivifica." Este Espírito, amigo, é a
nossa única esperança de transcender a morte. É a nossa única esperança de vida
eterna. O espírito vivifica. Os médiuns não podem vivificar. Os espíritas não
podem vivificar. Os incorporadores não podem vivificar. Satanás e todos os seus
anjos malignos não podem vivificar. Eles só podem simular. Eles só podem
imitar. Eles só podem fingir ser a voz de um ente querido falando do além.
Somente o Espírito Santo cria vida. E somente o Espírito Santo pode nos trazer
verdadeiro consolo e esperança. Precisamos depositar nossa confiança naquilo
que o Deus vivo pode fazer, e não nos supostos espíritos de morte. Tudo que é
inspirado por satanás, decididamente nos leva à morte. Tudo que é inspirado por
Deus, decididamente, nos leva à vida. Deus é a fonte do consolo verdadeiro.
Deixe-me falar sobre uma outra razão pela qual os que alegam ser
"espíritos de mortos" nos levam a um beco sem saída. Eu creio que
satanás e seus anjos estão envolvidos no trabalho de médiuns e espíritas. Eles
querem que a gente ouça os "espíritos enganadores". Mas existe ainda
um outro fator - a enganação humana. Existe o elemento da ilusão, da farsa.
Muitos médiuns parecem usar uma velha técnica chamada "leitura fria",
que foi desenvolvida por artistas de boates e parques itinerantes. Ela dá a
ilusão de que o médium realmente está revelando informações sobre você ou o seu
ente querido. Por exemplo, um médium pode dizer a pais desesperados:
"Vocês estão se perguntando o que fazer com os brinquedos dele, não
estão?" E os pais concordarão: "Sim, é exatamente o que estamos
pensando." Mas é claro que esta afirmação se aplica a quase qualquer pai
que tenha perdido um filho. Ou então, um médium diz a um pai consternado:
"Seu filho está dizendo que você ora por ele escondido, em silêncio".
o homem concorda. "É isso, exatamente." Mas é claro, qual pai não
teria vontade de orar em silêncio pelo filho morto? Os médiuns também sabem
como encobrir as pistas quando cometem erros. Por exemplo, um médium pergunta a
uma mulher que perdeu o marido recentemente: "Ele morreu
subitamente?" A mulher responde: "Não, ele sobreviveu por um
tempo." E o médium então diz: "Ah, porque ele está me dizendo,
"eu queria ter morrido subitamente". Está vendo, amigo, pessoas
necessitando desesperadamente de consolo são vulneráveis demais. Elas querem
muito acreditar que essas mensagens sejam de seus entes queridos. Elas vêem
revelação onde só existe engano. A enganação é o elemento central que faz esses
"espíritos de mortos" agirem. Está enraizada naquela primeira grande
mentira "é certo que não morrereis". É pura enganação. Talvez seja um
espírito maligno disfarçado de um ente querido que morreu. Talvez seja um
médium esperto fazendo você achar que tal mensagem só pode ter vindo de seu
filho falecido. Mas é tudo pura enganação. Por isso é um lugar equivocado para se
buscar consolo. Existe um outro lugar ao qual podemos ir, que é muito melhor.
Ele tem relação com os fatos, com os fatos consistentes da história. Ouçam esta
maravilhosa declaração do apóstolo Paulo em Romanos 8: 11. Esta passagem nos dá
esperança à qual podemos nos agarrar: "Se habita em vós o Espírito daquele
que ressuscitou a Jesus dentre os mortos, esse mesmo que ressuscitou a Cristo
Jesus dentre os mortos vivificará também o vosso corpo mortal, por meio do seu
Espírito, que em vós habita." O Espírito Santo que Jesus promete enviar a
todo crente, é o mesmo Espírito Santo que ressuscitou Jesus Cristo dentre os
mortos. O Espírito de Deus vivifica. A ressurreição de Jesus Cristo dentre os
mortos é um acontecimento com muitas testemunhas confiáveis. É um dos
acontecimentos melhor documentados e testemunhados da história. Céticos famosos
tornaram-se crentes por terem examinado minuciosamente as provas da
ressurreição. A ressurreição é uma base sólida para a esperança, uma base
sólida para o consolo. E Paulo está nos dizendo que o Espírito Santo que
ressuscitou Cristo dentre os mortos vivificará também o nosso corpo mortal. Na
Segunda Vinda de Jesus, na ressurreição, esse Espírito criará vida em nós. No
importa que o pó retorne ao pó. Não importa, que nosso corpo físico se
estrague. O Espírito Santo vivifica. O Espírito do Deus vivo pode nos recriar.
O Espírito Santo é alguém a quem podemos nos agarrar em nossos momentos de
tristeza. É por isso que Ele é chamado de Consolador. Veja II Coríntios 1:21 e
22: "Mas aquele que nos confirma convosco em Cristo e nos ungiu é Deus,
que também nos selou e nos deu o penhor do Espírito em nosso coração."
Jesus nos deu a dádiva do Espírito Santo, e também nos selou. Jesus é água
viva, lembre-se, jorrando para a vida eterna. Jesus é uma prova, hoje, da
maravilhosa vida futura. Amigo, você pode confiar na vida futura que Jesus
promete. É uma esperança maravilhosa que podemos ter na hora da tristeza. É uma
garantia à qual podemos nos apegar por ocasião da morte de um ente querido. A
vida que o Espírito Santo oferece não está baseada em truques, trapaça ou
ilusão. Está baseada em fatos consistentes da história. Está baseada na
ressurreição de Jesus Cristo dentre os mortos. A perda de um membro da família
é uma das experiências mais difíceis que podemos enfrentar. Ela levanta muitas
perguntas. Ela nos força a confrontar o mistério da morte. E geralmente as
pessoas se agarram a uma resposta imediata - a promessa de uma mensagem do ente
querido. Mas isso não nos faz superar a tristeza. Na verdade, um dos maiores
problemas dos médiuns é que eles nos deixam obsecados pela morte. Recentemente,
uma atriz chamada Kari Coleman fingiu ser médium em um programa de variedades.
Ela estudou algumas técnicas e fingiu estar recebendo mensagens. Após sua
performance, Kari disse isso "Não dá para acreditar no quanto as pessoas
podem ser vulneráveis. É perturbador." Kari sentiu-se especialmente
culpada por enganar um homem cuja mãe havia morrido. Ela se encontrou com ele
após o programa e confessou aos prantos que tudo não passara de uma farsa. Na
verdade, não havia sido a mãe morta dele quem enviara as mensagens. Para
espanto dela, o homem não ficou zangado ou aborrecido. Ele ficou feliz por ter
vivido a experiência, ainda que tenha sido uma ilusão. Kari, assim como muitas
pessoas, concluíram que a obsessão das pessoas por médiuns é maléfica, é
ilusória e destrutiva. Ela disse: "Enquanto a pessoa não lida com a
finalidade da morte, ela não segue em frente. Se ela realmente acha que existe
um ser humano capaz de falar com o seu filho falecido, ela permanece presa a
isso. É preciso haver um ponto final." Falar com supostos espíritos de
mortos não nos fornece um ponto final. Nos leva a um beco sem saída. E é para
isso, afinal, que satanás e seus espíritos existem - a morte. O resultado do
pecado e da rebeldia contra Deus é a morte. Quando a gente vai ao território de
satanás, ficamos presos à morte. Podemos nos viciar em suas ilusões. Podemos
acreditar que estamos falando com nossos entes falecidos. Somente o Espírito do
Deus vivo pode nos fazer superar a morte. Somente o Espírito do Deus vivo pode
nos recriar. Somente o Espírito do Deus vivo pode nos reunir aos nossos entes
queridos que já se foram - na grande ressurreição final. Por favor, nunca se
esqueça disso, amigo. Os espíritos de mortos de satanás nos mantêm presos à
morte. O Espírito Santo de Deus nos vivifica. Veja o que Paulo escreveu, o
Espírito Santo de Deus nos vivifica, em Romanos, capítulo 8 e versículo 2:
"Porque a lei do Espírito da vida, em Cristo Jesus, te livrou da lei do
pecado e da morte." Existe um padrão aqui, um princípio. Seguir o Espírito
de Deus, nos torna livres. O Espírito Santo nos livra do ciclo do pecado e da
morte. Paulo repete esta verdade em Gálatas 6: 8: "...O que semeia para o
Espírito, do Espírito colherá vida eterna." Onde devemos depositar nossa
esperança nas horas tristes? Onde nós devemos investir? Semeie para o Espírito.
Confie nEle. Veja o que uma das musicistas do está escrito, Sandy, conta. Veja
sua história. Sandy: "Fiquei tão desiludida quando meu filhinho, Trevor,
morreu. Ele tinha só sete anos e teve câncer no cérebro. Eu não conseguia
entender como a morte dele serviria a um bem maior. Ele, eu e milhares de
pessoas estávamos orando por uma cura física. Ainda existem marcas no meu carro
onde eu chutei nas horas em que tive que ser direta com Deus. E quando eu
realmente me abri com Ele sobre a minha dor. Eu fui sincera quanto aos meus
sentimentos, então Deus me enviou o Seu Espírito e começou a me dar uma
sensação de paz. Tem um texto na Bíblia que diz que Deus nos dá uma paz que
excede o entendimento. Acho que antes eu não entendia realmente o que era isso.
Mas hoje eu percebo o que isso significa, que Ele me dá uma paz que ultrapassa
a minha necessidade de entendimento. Não há como definir isso muito bem. Muitas
vezes não existem respostas para os porquês mais profundos. Deus simplesmente
chegou ao meu lado e me deu Seu Espírito e o Seu consolo. E para mim, é um
consolo tremendo saber que Trevor só está dormindo. Ele está esperando pela
manhã da ressurreição. Ele me disse: 'mamãe, se eu morrer, não vai ser tão
ruim, porque eu só vou dormir e depois disso Jesus vai chegar e dizer:
"Trevor, acorde, é hora de ir para casa". Para você mamãe, vai ser
muito difícil, mas não quero que você sinta minha falta.' Bem, eu sinto falta
dele. Mas eu escolhi sofrer com Deus em vez de sofrer sem Ele. E quero
encorajá-lo a fazer o mesmo. Que esperança tremenda sentiremos nessa reunião
abençoada, quando poderemos abraçar novamente os nossos queridos que se
foram." Mark Finley: É do Espírito Santo que precisamos em nossa vida.
Você quer se abrir para recebê-Lo para experimentar a presença dele neste
momento? Você quer se comprometer a buscar consolo no Deus vivo, nos momentos
bons e ruins? Faça isso agora.
ORAÇÃO: Amado Pai, obrigado por sua esperança. Obrigado
pelo Teu Santo Espírito que nos vivifica. Obrigado pelo Espírito Santo que
ressuscitou Cristo dentre os mortos, e que nos ressuscitará dentre os mortos
para nos reunirmos, um dia, aos nossos entes queridos de novo. Obrigado por
esta esperança. Em nome de Jesus. Amém
53
O ENTUSIASMO A RESPEITO DO SÁBADO
Pr. Mark Finley
Não faz muito tempo, eu estava olhando a edição de Domingo
do Los Angeles Times e me deparei com um suplemento especial: OLAM. Eu percebi
que todo o encarte era dedicado ao "entusiasmo em torno do Sábado".
Evidentemente, o sábado se transformou em um assunto bastante comentado. Estas
pessoas fizeram um grande investimento para informar aos milhões de leitores
deste jornal a respeito disso. Dentro, eu achei artigos de uma série de líderes
e celebridades. Larry King, Kirk Douglas, Michael Medvid,e... Uri Geller,
Shimon Peres e Arianna Huffington e todos eles estavam falando sobre o Sábado,
sobre o que o sábado significava na vida deles. Por que? Bom, o quê os
colaboradores desta revista especial estão dizendo é o seguinte: "Os seres
humanos desesperadamente precisam deste dia especial de descanso".
Precisamos mais do que nunca. O mundo está mais agitado, mais barulhento, mais
competitivo e intenso do que em qualquer outro período da história. E o sábado
pode evitar que sejamos consumidos por isso. O Rabino David Wolpe escreve que
nós precisamos do sábado porque "o mundo moderno nunca sussurra".
Nossas cidades são como túneis sem saída. Muitas vozes, letreiros luminosos, e
um fluxo interminável de mídia, nos cercam. Wolpe nota que as pessoas hoje não têm
tempo, suas vidas são corridas. Elas não tem tempo para ver os amigos, para
brincar com os filhos super atarefados, ou para olharem calmamente pela janela.
Elas estão sempre indo a algum lugar, respondendo a e-mails, ou retornando
ligações pelo telefone ou pelo celular. Estão sempre ocupadas com alguma coisa.
Mas o Sábado proporciona uma oportunidade de parar, de agradecer as bênçãos
recebidas, de abençoar aqueles ao nosso redor a quem amamos. Michael Steinhardt
trabalha há 30 anos como investidor em Wall Street. Ele descreve a tensão de
trabalhar no incerto mercado de ações. Para ele os sábados passados com a
família, são uma forma de retomar o equilíbrio. Na verdade, ele diz que se não
fosse este período de descanso e reflexão, ele não conseguiria se manter produtivo.
Eu costumo ver muitas reportagens de grandes jornais americanos falando sobre o
aquecimento global, escândalos presidenciais ou a situação econômica. Mas, toda
esta cobertura para o Sábado - algo que muitas pessoas consideravam um ritual
judeu antiquado? É realmente incrível. As pessoas estão redescobrindo o valor
do Sábado. Muitos judeus estão redescobrindo esta parte de sua herança. Quando
Joseph Lieberman era candidato a vice-presidente, as pessoas perceberam que ele
não temia falar sobre a sua fé. Quando ele falava sobre valores essenciais, ele
falava sobre crer em Deus. Ele também afirmou que observar o sábado significava
muito para ele. Este assunto, aliás, ocupou a primeira página dos jornais da
América. Lieberman revelou o que ele faria e o que não faria no sábado, caso
fosse eleito como vice-presidente. O sábado está tendo cada vez mais destaque.
Mas o mais interessante, é que não está restrito aos círculos judeus. Ele está
sendo valorizado nas grandes cidades onde as pessoas são consumidas pelo ritmo
acelerado da vida urbana. Ele está sendo apreciado nos subúrbios, onde as
famílias estão em busca de tradições que possam torná-las mais unidas. Se você
quiser comprar livros sobre o Sábado, via Internet, encontrará centenas de
títulos. Se você lê em inglês, veja dois deles: Sábado - Encontrando Renovação
e Alegria em Meio a Correria da Vida (Sabbath - Finding Rest, Renewal and
Delight). ou Sábado - Antídoto para o excesso de trabalho (Sabbath Sense - A
Spiritual Antidote for the Overworked ). Mas o aspecto mais fascinante no
interesse pelo Sábado ultimamente é o seguinte: são os cristãos que estão
redescobrindo o dia original de descanso de Deus. Mais e mais cristãos estão
explorando o que o Sábado pode fazer em suas vidas como crentes. O interesse é
tão grande que vários cristãos começaram a criar seus próprios websites. Você
pode visitar o site Praticando a Nossa Fé
(www.practicingourfaith.org/keepingsabbath.html) ou o site Guardadores do
Sábado (www.sabbathkeepers.com) e descobrir mais sobre aqueles que adoram a
Jesus Cristo como o Senhor do Sábado e honram o sábado do Senhor. Você pode
acessar o site da Associação dos Observadores do Sábado (www.biblesabbath.org)
e conferir assuntos de interesse comum dos guardadores do sábado. Em português
você pode acessar o site www.bibliaonline.net e fazer perguntas a respeito
deste, ou de outros assuntos bíblicos. Se você entrar em uma livraria religiosa
hoje, encontrará muitos títulos sobre o Sábado. Você verá que o interesse
acerca do Sábado está cada vez maior entre os cristãos. O Sábado está em
evidência. Muitas pessoas estão falando sobre ele. Muitos cristãos estão
falando sobre ele. Mas será que este fenômeno é uma coisa boa? A observância do
sábado está de acordo com a fé do Novo Testamento? É uma parte genuína da vida
cristã? Ou será um retorno ao legalismo? Um retorno à tirania da lei? Poucas
vezes pensamos sobre estas perguntas. Eu acho que é bem fácil ver que o sábado,
como dia de descanso, pode ser uma bênção. Todos podemos nos beneficiar deste
dia de descanso e reflexão, passando momentos especiais com nossa família,
passando momentos especiais com Deus. É difícil argumentar contra isso. Afinal,
o sábado foi uma dádiva de Deus para a humanidade, desde o princípio, desde a
criação. Como sabemos, não existiam judeus quando o mundo foi criado. Segundo
Jesus, o sábado foi dado à humanidade, para ser observado ao longo dos séculos,
como um sinal de amor, entre Deus e nós. E quanto à hoje? O que o sábado
significa para os cristãos? É isto que eu gostaria de considerar. A observância
do sábado faz parte da fé em Cristo ou é uma negação da graça? Vamos ver o que
o Novo Testamento tem a dizer. O apóstolo Paulo é o grande campeão da graça na
Bíblia, o homem que mostra o que a salvação pela fé em Cristo significa. E ele,
mais que qualquer um, foi contra o legalismo. Ele foi contra aqueles que
insistiam que todos deveriam ser circuncidados para serem salvos. Ele foi
contra aqueles que insistiam que todos precisavam observar as tradições
judaicas ou hebraicas para serem salvos. Ele foi contra aqueles que insistiam
que as pessoas só podiam chegar até Deus através dos sacrifícios do Antigo
Testamento. Mas categoricamente Paulo declarou que nós não estamos debaixo da
Lei, ou seja, não obtemos a salvação por guardar a lei. A salvação é apenas
pela fé. Então, o que devemos fazer? Como os cristãos devem se relacionar com a
lei? Especificamente, como os cristãos devem se relacionar com a lei moral de
Deus? Nós sabemos que o sistema de sacrifícios do Antigo Testamento com suas
regras foi abolido, mas o que dizer da Lei que deveria ser Eterna? O que dizer
dos Dez Mandamentos? Vejamos Romanos, capítulo 8: 3 e 4. Nestes versos o
apóstolo Paulo deixa bem claro o pensamento de Deus a respeito da lei.
"Porquanto o que fora impossível à lei, no que estava enferma pela carne,
isso fez Deus enviando o seu próprio Filho em semelhança de carne pecaminosa e
no tocante ao pecado; e, com efeito, condenou Deus, na carne, o pecado, a fim
de que o preceito da lei se cumprisse em nós, que não andamos segundo a carne,
mas segundo o Espírito". A lei como meio de salvação é fraca; a lei como
meio de transformação é fraca. É fraca por causa do pecado em nós, é fraca por
causa da natureza do nosso coração. Ela não consegue nos erguer e transformar.
Só Jesus pode nos erguer. Ele cumpriu as exigências da lei. É assim que Ele nos
salva. É assim que Ele nos justifica. Além disso, o Espírito de Deus dentro de
nós nos ajuda a crescer. O Espírito nos ajuda a cumprir as justas exigências da
lei em nossas vidas. Aqui está uma coisa que todos devemos entender: a lei não
consegue nos reconciliar com Deus. Mas quando somos aceitos por Deus, a lei é
um legítimo fim, é um legítimo objetivo. Procuraremos guardar os mandamentos de
Deus não para sermos salvos, mas porque estamos salvos. Não para sermos amados,
mas porque somos amados. Relembre a sua fase de crescimento. Por acaso seus
pais mediam a sua altura? Ombros para trás, queixo erguido, e uma régua sobre a
sua cabeça? Lembra-se disso? E depois faziam um risco com um lápis. "Essa
é a sua altura" eles diziam, "Olha só! Olha como você cresceu!".
Alguns meses depois, eles nos colocavam no mesmo lugar e faziam mais um risco,
"Puxa, olha só como você cresceu!" Pais normais fazem isso só para
que seus filhos vejam que estão progredindo. Ninguém acredita que medir os
filhos, de fato, os faça crescer. Ninguém acredita que apenas medir os filhos
mais freqüentemente venha fazer com que eles cresçam mais. A lei de Deus é como
uma régua de medir. Ela nos mostra se estamos progredindo, na ótica de Deus.
Mas a Lei não nos faz crescer. Ela fracassa como meio de transformação. Ela é
apenas um fim, um excelente objetivo. Eu estava visitando uma escola primária e
notei um poster em tamanho real do Michael Jordan. Ele estava na porta da sala
de aula. E o poster tinha uma demarcação vertical em centímetros, seguindo os
quase 2m de Jordan. Havia nomes de alunos da primeira e segunda séries anotados
na altura dos joelhos do jogador de basquete. É lá que todos eles são medidos e
marcados. E aquela professora não estava repreendendo nenhum deles por serem
menores que Michael Jordan. Ela não estava tentando intimidar nenhum deles a
ficarem mais altos. Mas aquelas crianças adoravam se comparar ao seu herói do
basquete. Elas estavam progredindo. Talvez um dia elas alcancem o tamanho do
Michael Jordan. A lei moral de Deus é algo que podemos admirar e utilizar como
parâmetro. Não é um meio de crescimento, mas é um fim legítimo. Ela se compõem
de justas exigências que queremos seguir. Mas voltemos à nossa pergunta
principal. E quanto ao sábado? A observância do sábado faz parte das justas
exigências da lei? Bom, o que encontramos nos Dez Mandamentos? Vamos olhar em
Êxodo 20:8-10. Encontraremos o sábado profundamente arraigado na essência da
lei moral de Deus. Diz assim: "Lembra-te do dia de sábado, para o
santificar. Seis dias trabalharás e farás toda a tua obra. Mas o sétimo dia é o
sábado do Senhor, teu Deus". "Lembra-te do dia de sábado". Está
bem ali, junto com "não matarás", e junto com "não adulterarás".
Certamente soa como parte da lei moral de Deus. Certamente soa como uma
exigência justa. Afinal de contas, você não ouve um cristão dizer "É
correto matar ou adulterar, porque não estamos debaixo da lei e sim da
graça?". Mas e quanto ao Novo Testamento? Este mandamento recebeu bastante
atenção dos que escreveram os Evangelhos? Ele faz parte da essência que
pertence a Cristo ou é apenas uma sombra do porvir? Que tal olharmos para o
próprio Jesus? Como Jesus se relacionou com o mandamento do sábado? Jesus, na
verdade, dedicou bastante tempo na tentativa de restabelecer o Sábado. Os
fariseus e saduceus o haviam tornado uma obrigação. Eles o encheram de todo
tipo de regras. Jesus queria que este fosse um dia de curas e bênçãos. Ele teve
muitos conflitos com líderes judeus em função disso. Durante um deles, note o
que Ele disse, registrado em Marcos, capítulo 2 e versos 27 e 28: "O
sábado foi estabelecido por causa do homem, e não o homem por causa do sábado;
de sorte que o Filho do Homem é Senhor também do sábado". Os
contemporâneos de Jesus estavam tentando iludir os seres humanos com uma
religião de aparências, tentando fazer todos se conformarem com regulamentos
insignificantes. Mas Jesus lembrou-lhes que o sábado foi estabelecido por causa
do homem. Ele nos foi dado desde a criação, para nosso benefício. E mais, Jesus
se apresenta como o Senhor do sábado. Então pense bem. Eu não creio que ele
teria dito isso se estivesse tentando abolir este dia. Desafiar as idéias dos
fariseus quanto a observância do sábado ocupou muito tempo de Jesus. Teria sido
muito mais fácil simplesmente dizer: "o sábado é irrelevante". Em vez
disso ele disse: o sábado foi estabelecido para o homem, para os seres humanos.
Eu gostaria de me referir novamente àquela sala de aula de escola primária, com
o poster do Michael Jordan. Durante o recreio pude observar os alunos da
primeira e segunda séries brincando com uma tabela de basquete de plástico. A
tabela ficava a pouco mais de um metro do chão. Várias crianças estavam
brincando animadas. Elas estavam batendo bola da melhor forma possível. Elas
arremessavam de qualquer jeito e comemoravam quando acertavam a cesta. Algumas
crianças maiores até arriscavam saltar e enterrar a bola. Quase sempre se
atrapalhavam no meio do caminho. Mas em suas mente, elas estavam seguindo o
exemplo do "Grande Jordan". Algumas vezes essas crianças não queriam
parar nem para lanchar. Neste caso tudo o que a professora precisava dizer é o
seguinte: Crianças, atletas como Michael Jordan passam muitas horas treinando,
eles precisam fazer exercícios. mas para isso precisam de uma alimentação
saudável. Imediatamente, as crianças desembrulhavam os seus lanches e os
devoravam. Não há sequer um aluno da primeira ou segunda série que diga
"É, talvez o Michael Jordan precise se alimentar, mas eu não".
Nenhuma criança pensa assim. Claro que não, eles veneram aquele enorme e
glorioso poster. Eles querem ser como o Mike. E quanto aos cristãos? Todos nós
queremos ser como Jesus, não é? Ele sempre obedeceu à lei. Ele é o nosso
modelo. Ouça o que Lucas nos diz sobre a prática de Jesus, em Lucas 4:16. Se
Jesus é alguém a quem admiramos, alguém com quem queremos nos parecer, ouça
isto: "entrou, num sábado, na sinagoga, segundo o seu costume". A
sinagoga era a igreja daqueles dias. Jesus guardava o sábado, fazia parte de
sua disciplina espiritual, fazia parte de seu relacionamento com o Pai. Mas
quando se trata da nossa observância do sábado, muitos pessoas costumam dizer
"eu não preciso disso. Talvez Jesus precisasse fazer isso por alguma
razão, mas eu não". Ora, me desculpe, amigo, mas não conheço ninguém mais
maduro que Jesus. Não conheço ninguém que esteja em um plano espiritual mais
alto que Jesus. Se Ele precisava do Sábado, nós também - eu preciso, você
precisa. Se Ele se empenhou para restabelecê-lo como um dia de bênção, então
será bom para nós observa-lo. Quero mostrar-lhe mais uma passagem do Novo
Testamento sobre o sábado. Esta passagem claramente o conecta à graça. O livro
de Hebreus relaciona o descanso do Sábado ao descanso da fé. No capítulo 4, o
autor recorda seus leitores sobre o momento da criação quando Deus descansou no
sétimo dia, de todas as suas obras. E então ele diz nos versos 9 e 10:
"Portanto, resta um repouso para o povo de Deus. Porque aquele que entrou
no descanso de Deus, também ele mesmo descansou de suas obras, como Deus das
suas". Por que este descanso é importante para o povo de Deus? Porque ele
ilustra o nosso descanso em Deus. Aqueles que não acreditam na salvação pelas
obras, aqueles que não confiam nas obras da lei, podem descansar na obra
completa de Cristo. Eles podem descansar na fé, porque Jesus cumpriu a lei em
seu favor. O sábado serve hoje como um maravilhoso símbolo de nossa confiança
em Cristo. Ele faz parte de uma vida de fé, uma vida na graça. Eu creio, que o
Sábado tem seu lugar na tradição cristã, na fé cristã, na prática cristã. Kirk
Douglas conta uma história sobre sua mãe, uma história muito preciosa para ele.
Ela estava no hospital, morrendo de pneumonia. Kirk e suas irmãs estavam
reunidos ao redor da cama dela. Numa sexta-feira à noite, sua mãe, despertou e
disse: "Não se esqueçam de acender as velas de sábado". Eles
resolveram acender quatro velas ali no quarto, mas as enfermeiras chegaram
gritando com os tubos de oxigênio no quarto podia ocorrer uma grande explosão.
Kirk ficou assustado. Então ele olhou para sua mãe. Ele já tinha visto o terror
no olhar de outras pessoas que estavam morrendo. Mas agora ele notou algo
diferente. Ele disse "ela olhou para mim e abriu um sereno sorriso".
Um sorriso igual ao que ela costumava exibir todo sábado, quando sentava na
varanda com a Bíblia na mão. Ali estava uma mulher descansando em Deus. Uma
frase de um livro religioso veio à mente de Kirk, "Morrendo em paz com
Deus". O sábado nos lembra de que podemos descansar em Deus, lembra os
cristãos de que há descanso em Cristo. Podemos viver em paz com Deus, podemos
viver na graça, viver pela fé. Você já descobriu o descanso que somente Cristo
pode trazer? Já descobriu a paz que somente o relacionamento com Ele pode
criar? Por que não começar a dedicar todos os sábados a Ele? Torne-os momentos
de descanso e reflexão. Use-os para fortalecer a sua fé. Use-os para permitir
que a graça de Deus lhe complete Não é preciso trabalhar para isso, não é preciso
merecer, basta aceitar, basta descansar. Cada sábado, aquiete a sua mente e
diga: "Querido Senhor, obrigado por me criar. A vida é um presente e eu
reconheço isso neste Sábado. Cada sábado não deixe de dizer: "Senhor,
obrigado por me redimir. A salvação é um presente, e neste sábado eu reconheço
isso descansando em Ti". Que tal agora mesmo tomar a sua decisão de
guardar o sábado como um dia de reavivamento espiritual? Como um dia de
descanso, companheirismo, amizade e comunhão com sua família e com Deus.
EU AQUI ESTOU Letra e Música: Steven Curtis Chapman Versão:
Francisco Gonçalves Tem você andado em aflição Tem seus dias sido amargos ee
sem razão Se o chão desabou, junte as mãos em oração Eu aqui estou, sei da sua
dor e lhe dou alento. Está você cansado de lutar e perder? Tem até buscado
ajuda sem receber? Nesse instante veja bem levante o rosto olhe além! Eu aqui
estou, sei da sua dor e lhe dou alento. Eu Sou o seu Deus e lhe quero tanto,
Lhe ver assim me causa dor Aqui estou quando todos já te deixaram. Olhe bem pra
Mim, forças lhe dou. Se um filho pede, como não atender? Mesmo quando a voz
embarga é só pedir Que Eu irei atender se não agora, só eu sei. Eu aqui estou,
sei da sua dor e lhe dou alento. Gravado por José Barbalho no CD "Um
Sonhador" pelo SISAC.
ORAÇÃO: Querido Pai, obrigado por colocar a nossa salvação
acima de cerimônias e regulamentos. Obrigado por não ser preciso merecer um
lugar ao Teu lado. Obrigado por conceder- nos um lugar perto de Ti. Obrigado
por criar este espaço no sábado. Por favor, capacita-nos a compreender o
verdadeiro significado do "descanso em Cristo". Ajuda-nos a parar,
refletir, e verdadeiramente aceitar o que Cristo realizou por nós. Ajuda-nos a
viver na graça. Pedimos em Teu nome, amém. O sábado é um presente especial de
Deus. Um presente que traz paz, harmonia, bênção, significado e alegria para a
sua vida. Nesta semana. Entregue a sua vida a Deus, e diga-Lhe que você quer
experimentar Seu sábado de descanso. Em um mundo de estresse e ansiedade, Ele
lhe oferece este presente: que é o descanso, este presente que é a paz, este
presente que é a harmonia. Por que não tomar posse disso, esta semana, este
sábado?
54
ESPAÇO SUFICIENTE
Pr. Mark Finley
Você está conseguindo encaixar em sua agenda todos os
compromissos necessários? As coisas importantes têm tido mais espaço? Ou as
coisas urgentes têm preenchido os seus dias? Vejamos como conseguir espaço para
o que é mais importante. Recentemente, me deparei com um artigo interessante no
jornal Los Angeles Times. A colunista Arianna Huffington escreveu sobre algo
chamado "multi-tarefas". Este termo refere-se a fazer várias coisas
simultaneamente. Geralmente é usado para computadores e organizações. Mas, Arianna
estava abordando as "multi-tarefas" na vida cotidiana, em nossas
vidas pessoais. É muito comum tentarmos fazer duas ou três coisas de uma só
vez. Tentamos abrir a correspondência e falar com os filhos ao mesmo tempo.
Tentamos fazer o jantar, ouvir o noticiário e planejar o café da manhã... ao
mesmo tempo. Checamos nossos e-mails na saída para o trabalho ou comemos um
lanche durante o caminho ou ligamos para a esposa da estrada. Algumas pessoas
chegam a se viciar em multi-tarefas. Segundo Arianna escreve: "Alguns
amigos meus só se sentem vivos quando vivem à beira de um colapso, lidando com
meia dúzia de crises, mergulhados no drama dessa situação e tendo que utilizar
drogas para dormir". Em contraste com tudo isso, Arianna lembra-se da maneira
como sua mãe vivia. O mundo da Sra Huffington era bem mais tranqüilo. Ela não
sofria com a tirania da pressa. Não havia encontros impessoais na mercearia
onde ela fazia compras. Ela falava com todo mundo. Uma ida ao mercado
preenchia, prazerosamente, metade de um dia. Ela passava horas avaliando as
cores e texturas, percebendo como ficava lindo o alecrim ao lado da lavanda.
Arianna recorda: "ir ao mercado com ela era como passear pelo Louvre com
um especialista em arte, só que você podia tocar e cheirar aquelas obras de
arte". Que coisa maravilhosa! A Sra Huffington cria que a beleza da
vida... seria perdida, se não nos doássemos 100% a uma tarefa, a um
relacionamento, a um momento. Depois que sua mãe morreu, Arianna queria muito
ter um pouco da qualidade de vida de sua mãe. E ela percebeu... que podia -
através de uma dádiva que Deus concedeu ao mundo, a dádiva do Sábado. Neste dia
especial de descanso, ela poderia dedicar-se ao que é importante e escapar da
tirania da pressa. Era um momento em que ela poderia cuidar de sua alma. O
Sábado permitiu a Arianna desfrutar do que ela chamou de... "meu dia...
especial... sem pressa". Um dia para se concentrar no que é mais
importante. Algo maravilhoso para se ter em nossos dias. Esta é uma das razões
para o renovado interesse pelo Sábado. O encarte do jornal Los Angeles Times é
um exemplo. Muitos livros populares sobre o assunto estão sendo escritos. E
muitos cristãos esta re-descobrindo o valor do dia de descanso de Deus. Estamos
vivendo em um mundo que, cada vez mais, abafa a serena e suave voz de Deus.
Estamos vivendo em um mundo onde o "urgente" ocupa o lugar do
"importante". As peças da vida muitas vezes não se encaixam. Talvez
por isso tantas pessoas estejam se voltando para o Sábado. Esta é a razão pela
qual tantas pessoas estão olhando para o Sábado com outros olhos. Quero lhe
contar por que eu, como cristão, passei a valorizar este dia especial de
descanso. Este talvez seja o mais importante motivo para mim. Deus preenche o
espaço que concedemos a Ele. Este é um princípio importante. Deus preenche o
espaço que concedemos a Ele. Se Lhe concedermos pouco espaço vamos ter um Deus
muito pequeno. Agora, pense neste princípio no âmbito de nossas tarefas e
responsabilidades diárias. Costuma-se dizer: uma tarefa preenche o tempo que
dedicamos a ela. Em outras palavras, se tivermos o dia inteiro para fazer
alguma coisa, levaremos o dia inteiro para fazê-la. Às vezes isso pode ser bom.
Jane decidiu fazer algo que ela estava protelando há muito tempo: organizar
suas fotografias de família. Ela vinha tentando juntar todas elas em um álbum
durante os poucos minutos de tempo extra que tinha, de vez em quando. Isso
nunca aconteceu. Então num domingo, ela decidiu separar algumas horas para este
projeto. Ela organizou as fotos em ordem cronológica. Ela etiquetou e agrupou
todas elas de acordo com os acontecimentos especiais da vida de sua família.
Ela começou a escrever anedotas sobre os fatos familiares mais importantes,
coisas já quase esquecidas. Velhas histórias voltaram, com nitidez, à sua
mente. E Jane acabou passando o dia inteiro com o álbum de fotos. Não era mais
só uma tarefa a ser cumprida, era uma aventura em prol da memória de sua
família. Foi um dia maravilhoso que ela jamais esqueceria. As tarefas preenchem
o tempo que dedicamos a elas. Já vimos isso acontecer muitas vezes. Isso é
ainda mais verdadeiro com Deus. Ele preenche o espaço que Lhe damos. Ele pode
nos preencher com maravilhosas concepções de quem Ele é. Ele pode tornar-se um
grande aliado em nossas vidas. Mas nós temos que dar mais espaço para Deus. Com
muita freqüência damos a Deus apenas retalhos do nosso tempo. Nós O confinamos
em um canto - quando temos alguns minutos a mais. Damos a Ele o espaço que
temos de sobra. Nos lembramos dEle nas festas de fim de ano, ou fazemos uma
oração desesperada numa emergência. Nossos dias são preenchidos com tantas
outras coisas, tantas coisas urgentes aqui na terra, que é difícil assegurar
tempo de qualidade para o Pai do céu. Mas o que acontece quando Deus é
empurrado para o canto? Nosso Deus fica cada vez menor. Sua voz fica cada vez
mais fraca. Ele parece cada vez mais distante. E logo, logo Ele vira uma figura
esquecida em algum lugar uma figura que de vez em quando cumprimentamos. Deus
encolheu consideravelmente para grande parte das pessoas hoje em dia. Ele virou
uma versão condensada do Senhor que nossos antepassados adoravam. Ele virou
alguém, cujos autores da Bíblia mal reconheceriam. Ouça como os salmistas
celebravam o Senhor do céu e da terra. Os Hebreus estavam cercados por povos
que cultuavam deuses em miniatura, ídolos que podiam ser manipulados. Mas eles
adoravam um Deus bem maior, um Deus majestoso. No Salmo 47, versículos 1,2 e 8.
Sinta a grandeza aqui: "... celebrai a Deus com vozes de júbilo. Pois o
Senhor Altíssimo é tremendo, é o grande rei de toda a terra. Deus reina sobre
as nações; Deus se assenta no seu santo trono". O Deus da Bíblia não está
confinado em um canto. Os salmistas O olham com admiração, sabendo que nada é
capaz de contê-Lo, nem mesmo o glorioso templo em Jerusalém. Ele reina sobre
todas as nações. Um Deus assim oferece um consolo especial para os seres
humanos no mundo, um mundo em que é fácil sentir-se insignificante e, às vezes,
até mesmo perdido. Leia Salmo 139: 8 -10: "Se subo aos céus, lá estás; se
faço a minha cama no mais profundo abismo, lá estás também; se tomo as asas da
alvorada e me detenho nos confins dos mares, ainda lá me haverá de guiar a tua
mão, e a tua destra me sustentará". Os salmistas celebravam um Deus
grandioso, um Deus grande o bastante para guia-los em suas longas
peregrinações, um Deus grande o bastante para sustentá-los nos braços, aonde
quer que eles fossem. Por que será que os Hebreus confiavam tanto em um Deus
grandioso, em um mundo de deuses em miniaturas? Uma importante razão é que eles
davam espaço para Deus. Eles Lhe davam espaço a ser preenchido. Na verdade,
toda semana eles separavam um dia inteiro para Ele preencher: o Sábado. Eles
acreditavam que o sábado era um memorial ao Deus criador, este imenso Deus do universo.
E eles tinham como hábito santificar este dia. Veja como o profeta Ezequiel
falou sobre a importância deste dia especial de descanso. Ele traz esta
mensagem de Deus no capítulo 20, versículos 19 e 20 de seu livro: "Eu sou
o Senhor, vosso Deus; andai nos meus estatutos, e guardai os meus juízos, e
praticai-os; santificai os meus sábados, pois servirão de sinal entre mim e
vós, para que saibais que eu sou o Senhor, vosso Deus". O Sábado serviu
como um sinal ligando Deus ao seu povo. Capacitou-lhes a conhecerem melhor ao
único Deus. Permitiu-lhes concentrarem-se no Senhor dos céus e da terra. Era um
espaço semanalmente separado que Deus preenchia. E graças a este hábito, o
mundo recebeu uma maravilhosa demonstração da grandeza de Deus, um Deus que é
muito mais elevado que qualquer ídolo. Deus preenche o espaço que damos a Ele.
Se lhe dermos os Sábados, Ele os preencherá com bênçãos maravilhosas. E nós
necessitamos tanto dar espaço para Ele hoje. Precisamos redescobrir o grande
Deus que nossos pais conheceram. Deixe-me falar sobre o tipo de Deus que surge
quando Ele tem espaço suficiente em nossas vidas. Deixe-me falar o que
significa ter um Deus grandioso em sua vida. Um primeiro lugar, um Deus
grandioso é alguém que cuida das nossas necessidades. Um Deus grandioso é um
grande provedor. É irônico normalmente nos esquecemos do provedor porque
estamos muito ocupados tentado prover para nós mesmos. É claro que precisamos
trabalhar. Mas quase sempre, a luta para "prosperar" governa a nossa
vida. Ajudaria, se concedêssemos a Deus espaço para se tornar um provedor
sempre presente. Isto nos tornaria muito mais produtivos a longo prazo. Ouça
como o salmista expressa a sua fé no Salmo 145, versículo 16: "Abres a mão
e satisfazes de benevolência a todo vivente". Os autores da Bíblia
descrevem um Deus que reveste os campos com grama e refresca a terra com
orvalho e chuva. Eles eram pessoas capazes de olhar para os lírios do campo e
confiar em seu Grande Provedor. O Deus deles era grandioso. E Ele era grandioso
para prover até mesmo nas mais difíceis circunstâncias. Eles se lembravam de
como Deus cuidou dos filhos de Israel no deserto. O Salmo 114, versículos 7 e 8
diz: "Estremece, ó terra, na presença do Senhor,... o qual converteu a
rocha em lençol de água e o seixo, em manancial". Moisés uma vez feriu a
rocha, como Deus lhe ordenou, e uma fonte de água surgiu. Os sedentos foram
saciados. Os Hebreus celebravam um Deus tremendo cuja presença poderia fazer
toda a terra estremecer. Sabe de uma coisa? Se dermos espaço para Deus, Ele
preencherá o mundo inteiro. Ele preencherá o nosso mundo como o Grande
Provedor. Eu gostaria de lhe convidar a dar um pouco de espaço para Deus em sua
vida. Que tal começar a praticar como se faz isso enquanto lê esta palestra.
Então, fique à vontade, respire fundo algumas vezes e desfrute as palavras que
apresentaremos. Pense nos versos bíblicos. Deixe Deus preencher este espaço que
você está lhe dando. Permita-Lhe preencher todo o seu mundo. Dê espaço a Deus e
Ele preencherá a terra. Ele a preencherá como o Grande Provedor. Esta é uma
grande verdade. Deixe-me falar-lhe de outra. É algo que percebemos a respeito
de Deus quando lhe damos espaço. Ele não só preenche a terra, Ele preenche a
nossa vida. Ele não só se expande horizontalmente, Ele se expande
verticalmente. Deus se expande como uma força moral em nossa vida, como uma
fonte de inspiração. Quando damos a Deus pouco espaço em nossa vida, ouvimos
menos a Sua voz. Não sentimos Sua autoridade moral. Se a voz da consciência
está fraca, facilmente a ignoramos. Os Hebreus perceberam claramente a voz
moral de Deus quando Ele trovejou sobre o Monte Sinai em meio a relâmpagos,
fogo e fumaça. Deus encheu os céus. E isto os estremeceu. Mas a lei de Deus
encheu as mentes deles e os tornou um povo próspero e saudável por gerações.
Precisamos de um Deus grande o bastante para nos inspirar, para nos ajudar a
crescer. Precisamos do tipo de Deus que o profeta Isaías descreveu. Veja as
palavras do Senhor registradas em Isaías 55: 9: "Porque, assim como os
céus são mais altos do que a terra, assim são os meus caminhos mais altos do
que os vossos caminhos, e os meus pensamentos, mais altos do que os vossos
pensamentos". É comum restringirmos Deus às nossas idéias, sentimentos e
atitudes. Deus precisa de mais espaço que isso. Ele é maior do que qualquer
coisa que possamos imaginar. Suas verdades são tão grandes que enchem os céus.
Pare um minuto agora e pense sobre isso. Medite e dê espaço para Deus. Permita
que ele cresça em sua mente e em seu coração. Perceba quão grande Ele é. Se
você der a Deus espaço suficiente Ele preencherá a sua vida. Ele iluminará o
seu caminho como a sua Grande Inspiração. Ele se tornará uma força moral em sua
vida. Qual é o tamanho do seu Deus hoje? Ele Preenche os céus e a terra? Ele é
o Grande Provedor? Ele é sua Grande Inspiração? Talvez você esteja permitindo
que Ele ocupe um espaço cada vez menor em sua vida. Talvez ele esteja
escorregando para o canto. É hora de conceder a Deus o espaço que Ele merece.
Deus preenche o espaço que damos a Ele. Nós precisamos dar a Deus mais tempo em
nossa agenda. Eu gostaria de sugerir o dia de Sábado como um bom começo.
Dedique o Sábado a Deus cada semana e veja o que acontece. Dê a Ele o dia de
Sábado. Não o preencha com mais nada. Deixe que Deus o preencha. Deixe Ele
operar. Aposto que você ficará surpreso com o modo como Deus se revelará. Acho
que você O verá com outros olhos. Acho que você começará a vê-Lo preencher os
céus e a terra em sua vida. Por que não? Diga agora mesmo: "Deus tem
havido tantas coisas em minha estressante corrida e agitada maneira de viver.
Não tenho tido tempo para Ti. Mas, Senhor, eu quero mudar. Eu quero a Tua
companhia. Eu quero que Tu preenchas meu coração. Eu quero que Tu preenchas
minha mente. Eu quero que Tu preenchas minha vida. E Senhor eu quero voltar a
minha mente para a semana da criação, quero pensar no dia especial que Tu
criaste. E a partir de hoje, Senhor, eu quero Te entregar o sétimo dia de cada
semana, o Sábado, como um tempo especial entre nós dois." Assuma este
compromisso! Conceda a Deus este espaço em sua vida e Ele o preencherá. Ele o
preencherá de um modo maior e melhor do que você poderia imaginar.
ASAS DA LEI Letra e Música: D.A.R. Aufrane - Trad. A.R.S.
Letra e Música: W.O. Cushing e Ira D. Sankey Horas benditas, santas e felizes
São as que passo junto a Ti, meu Deus. Mestre amado, Criador divino, Do santo
sábado, Tu és, Tu és o Senhor. Descansarei, descansarei Sob Suas asas benditas;
Sob Seu amor a paz sentirei, Paz e alegria infinitas. Sob Seu amor a paz
sentirei, Paz e alegria infinitas. Gravado por Alessandra Samadello no CD
"Braços Abertos" pela CBCR.
ORAÇÃO: "Querido Pai, perdoe-nos por reduzir-Te ao
nosso tamanho. Por favor, perdoe-nos por empurrá-Lo para o canto. Nós queremos
dar-lhe espaço. Queremos separar um dia por semana, o dia de Sábado, para que
Tu o preenchas, para que possamos ser abençoados por Ti. Dê-nos disposição cada
semana para dedicarmos o Sábado a Ti. Ajude-nos a fazer disso um hábito.
Ajude-nos a cumprir este compromisso. Pedimos em nome de Jesus Cristo, nosso
Senhor e Salvador. Amém".
55
SABEMOS QUE ELE VAI VOLTAR
Pr. Mark Finley
Mark Finley: Eu gostaria de dedicar o nosso programa
"Está Escrito" neste Dia dos Veteranos, aos homens e mulheres que
tanto serviram à América ao longo dos anos. O heroísmo e espírito de sacrifício
deles são a essência da história memorável que vamos apresentar hoje. Narrador:
Havia se passado cinco anos após o helicóptero do Coronel Ben Purcell, do
exército americano, ter caído, cinco anos após ele ter ido para uma prisão
secreta no Vietnã do Norte e ter desaparecido da face da Terra. Ele não sabia
se um dia voltaria para casa. Anne: Judy, eu falei com o deputado hoje, parece
que vamos poder enviar alguma coisa. Narrador: Mas o amor extraordinário de uma
mulher não o deixaria desaparecer. Esta é a história de como o amor mantém viva
a esperança. Ben Purcell: Ben Purcell, Coronel do Exército Americano, Número
56389...Você não tem certeza se alguém, sequer, sabe que você existe. Nós fomos
derrubados sob ataque. E ninguém conseguiu avisar. Depois de um tempo, o mundo
além daquelas paredes, o mundo real, simplesmente sumiu. Sua memória começa a
ficar embaçada. E a guerra não pára nem por um segundo. Você não sabe se vai
conseguir ver o mundo real de novo. Você não sabe de quase nada. Mark Finley: O
Coronel Ben Purcell, prisioneiro de guerra no Vietnã do Norte, esperou por
muito tempo. Ele tentava manter viva a esperança de que algum dia ele
conseguiria voltar para casa. Mas tudo ao seu redor parecia impedir a entrada
para este outro mundo. A brutalidade de alguns soldados impediam isso. Anos de
confinamento impediam isso, anos de trabalhos impassíveis, anos com a mesma
pavorosa rotina. Ben sentia-se terrivelmente isolado. Mesmo assim, de certa
forma, a provação de Ben é a história de todos nós neste planeta. Estamos
presos em um mundo de dor, desgraça e morte. Todos nós esperamos que, de alguma
forma, algum dia, possamos ir para um lugar melhor. Quase todas as religiões
pregam que existe um mundo mais feliz além deste aqui, uma vida pós-morte onde
os seres humanos não precisarão mais sofrer. Quase todos nós nos apegamos a uma
idéia de paraíso. O problema é que a dor, a desgraça e a morte estão durando
muito tempo. Sempre foi assim. As guerras continuam acontecendo. Os crimes
continuam nas manchetes. Desastres naturais continuam ocorrendo,
desordenadamente. Parece não haver fim. Às vezes é difícil manter viva a
esperança. Este problema é especialmente real na vida dos cristãos. Depositamos
nossa fé em um Cristo que fez promessas tremendas. Ele fez lindas promessas
sobre sua segunda vinda. Ouça o que Ele disse aos seus discípulos em João,
capítulo 14 e versículos de 1 a 3: "Não se turbe o vosso coração; credes
em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim
não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar. E, quando eu for e
vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu
estou, estejais vós também". Cristo prometeu voltar. Ele prometeu nos
levar para um lugar de muitas moradas, um lugar onde Deus enxugará toda lágrima
de nossos olhos, um lugar de infinita paz e alegria. Que promessa tremenda! O
problema é que, Ele fez esta promessa há 2000 anos atrás. Ele disse que
voltaria em nuvens de glória e Ele fez esta declaração por volta do ano 31 d.C.
Mas todos os dias, depois disso, o sol nasce e se põe. Todos os dias, depois
disso, o inverno se torna primavera, depois o verão em outono. E nada
espetacular nos acolhe nos céus. E aqui embaixo, o sofrimento continua; as
guerras continuam; a desgraça continua; a mesma rotina continua. Vivemos
cercados pelos mesmos ciclos de vida e morte. Por isso, às vezes, é difícil
manter a esperança. Essa linda promessa começa a desaparecer. Aquelas visões de
paraíso se tornam muito, muito distantes. Tanta coisa ao nosso redor, pode
fazer com que nos sintamos isolados desse outro mundo. Podemos, de fato, saber
que iremos para um lugar melhor algum dia? Esta é a nossa provação como seres
humanos. E a experiência de Ben Purcell em uma prisão norte vietnamita enfoca
isso de maneira pungente. Ele sentiu-se extremamente isolado. Mas, como
resultado, Ben nos mostra uma resposta ao nosso dilema básico. Este prisioneiro
descobriu um jeito de manter viva a esperança, na pior das circunstâncias. Ben
Purcell: Houve dias em que eu quase desisti. Mas aí eu pensava na Anne, eu via
o rosto dela e sentia o seu amor. Foi o fato de saber que havia alguém aqui que
me amava, que me fez ter vontade de seguir, de continuar vivendo. Eles tomaram
a minha aliança logo após eu ter sido capturado. Isso doeu muito, mas eu
consegui improvisar uma aliança de um pedaço de alumínio de um tudo de pasta de
dente. Eles também levaram essa. Mas depois disso, eu consegui fazer uma com um
pedaço de bambu. Ela ficava escondida grande parte do tempo, mas como parte do
meu ritual matinal, eu pegava essa aliança de bambu, colocava no meu dedo e
pensava na Anne e nas crianças. De alguma forma, isso fez com que eles
parecessem mais próximos de mim durante aquele tempo. Mark Finley: Ben
conseguiu manter viva a esperança por uma razão essencial: alguém que o amava
profundamente queria que ele voltasse. Ele e Anne estavam ligados. Ele
acreditava que ela não fosse esquecer disso. Ele acreditava que ela não fosse
desistir. E ele tinha uma boa razão para acreditar. Anne: Quando eu recebi a
notícia, eu sabia que teria de ser forte, então assumi o papel de esposa
confiante no exército e mãe zelosa. Mas no fim, a angústia, a dor no meu
coração se tornou devastadora e eu comecei a chorar e achei que as lágrimas
nunca teriam fim. Minha vida ficou aos pedaços e não tinha vontade, sequer, de
me recompor, não se aquilo significasse viver sem o Ben. Mark Finley: Anne era
uma mulher que havia dado tudo de si por aquele homem, de corpo e alma. Ela
havia investido sua vida nele. E separar-se dele partiu seu coração. Ela
extravasou sua angústia através de lágrimas. Mas curiosamente, essas lágrimas
foram a prova de que Ben poderia manter a esperança, foram a evidência de que
ele não seria esquecido, de que algum dia ele voltaria para casa, um lugar que
ele não podia ver. Amigo, chegamos ao "x" da questão. É assim que
mantemos viva a esperança neste mundo. Você percebe por que podemos saber que
existe um mundo melhor se aproximando? Por que podemos saber que Jesus Cristo
realmente voltará para nos levar para casa? Porque Ele entregou Sua vida por nós.
Porque Ele fez um investimento tremendo. Deixe-me falar de um lugar chamado
Getsêmani. Cristo foi até lá para orar com três discípulos. Ele estava prestes
a ser preso, estava prestes a suportar o fardo dos pecados do mundo na cruz.
Lucas descreve a cena. Isto foi o que ele escreveu em Lucas, capítulo 22,
versículo 44: "E estando em agonia, orava mais intensamente. E aconteceu
que o seu suor se tornou como gotas de sangue caindo sobre a terra".
Cristo estava começando a vivenciar a agonia da separação com Seu Pai
Celestial. Parecia uma separação eterna. Parecia o inferno. Parecia mais do que
ele podia suportar. Em dado momento, Ele chegou a implorar ao Pai, "passe
de mim este cálice". Mas Cristo não desistiu. Ele se submeteu ao julgamento,
à agressão, à provação da cruz e ao Pai abandonando-O. Ele pagou o preço
máximo. Cristo estava, de fato, comprometido com você e comigo, de corpo e
alma. O apóstolo Pedro descreve isso de forma bastante eloqüente em Primeira
Pedro, capítulo 1, versículos 18 e 19: "sabendo que não foi mediante
coisas corruptíveis, como prata ou ouro, que fostes resgatados... mas pelo
precioso sangue, como de cordeiro sem defeito e sem mácula, o sangue de
Cristo". Cristo nos resgatou. Cristo pagou pela nossa salvação. Ele pagou
por isso não com prata ou ouro, mas com algo muito mais precioso, Seu próprio
sangue. Como podemos saber que Cristo está voltando? Porque ele pagou um preço
muito alto por nós. Você não paga por alguma coisa e não a leva. Você não paga
um preço enorme por uma coisa e esquece dela. Cristo investiu Seu próprio
sangue. Ele o derramou sobre este planeta. O sangue da remissão que é um
indício de que Ele está voltando para reivindicar os Seus. Pode acreditar
nisso. Nada faz sentido se Jesus não voltar por aqueles que foram remidos com
tamanho sofrimento. O sangue derramado por Cristo é nossa certeza de que iremos
para casa. De forma parecida, as lágrimas derramadas por Anne foram a certeza
de Ben de que ele voltaria para casa. Pelo seguinte: Anne não simplesmente
chorou e continuou com sua vida. Ela não simplesmente aceitou que Ben havia
desaparecido da face da Terra. Não, Anne derramou suas lágrimas, e depois
entrou em ação. Anne: Achei que o que estavam fazendo não era suficiente para
garantir melhor tratamento para nossos homens. Então ajudei a organizar a Liga
Nacional de Famílias de Prisioneiros e Desaparecidos de Guerra. Organizamos
tropas e fomos a público. Não deixaríamos o mundo esquecer aqueles que morreram
e aqueles que ainda estavam sofrendo para preservar a nossa liberdade.
Falávamos para grupos de igrejas e em clubes. Aparecíamos no rádio e na
televisão, dávamos entrevistas em jornais. Em dado momento, um grupo nosso
viajou para Paris. Nós queríamos nos reunir com os norte-vietnamitas em missão
de paz e queríamos que eles nos fornecessem uma lista completa dos
prisioneiros, que eles aceitassem o envio de suprimentos para eles, além de
organizar a libertação deles. Nós os pressionamos até eles acertarem uma
reunião. Foi uma pequena vitória, mas foi muito comemorada. Eu não conseguiria
dormir até que Ben voltasse. Acho que as lágrimas serviram para isso. Eu tinha
que continuar trabalhando até a reunião definitiva. Mark Finley: O governo dos
Estados Unidos, é claro, também estava trabalhando para a libertação dos Prisioneiros.
Oficias do Departamento de Estado estavam em duras negociações. Líderes
americanos estavam tentando dar um final justo e digno à guerra, para que todos
pudessem voltar para casa. Era uma situação difícil e complicada. Estava
difícil obter a paz. Anne se solidarizou com aqueles desafios. Mas uma coisa
estava acima de toda política, acima de todas as negociações. Era a sua ligação
com um homem chamado Ben, um homem prisioneiro em um lugar muito distante. E
ela faria qualquer coisa que pudesse para trazê-lo em segurança. Sabe, resolver
o maior conflito de todos, o conflito entre o bem e o mal neste planeta, não
tem sido simples nem fácil. Nós não entendemos todos os propósitos de Deus na
história. Nós não vemos exatamente como tudo isso vai funcionar. Mas Ele está
trabalhando para dar um final justo e digno ao sofrimento e à separação. Ele
está trabalhando para resolver as questões que têm atormentado o nosso planeta.
E uma coisa que podemos saber, com tudo isso, é que Jesus Cristo está
determinado a nos levar em segurança. Ele está ligado a todos nós. Ele tem um
objetivo em mente, uma coisa é mais importante do que qualquer outra. O
apóstolo Paulo destaca esta questão. É assim que ele começa a sua carta aos
Gálatas no capítulo 1, versículo 3 e 4: "graça a vós outros e paz, da
parte de Deus, nosso Pai, e do (nosso) Senhor Jesus Cristo, o qual se entregou
a si mesmo pelos nossos pecados, para nos desarraigar deste mundo perverso,
segundo a vontade de nosso Deus e Pai". Que passagem! Uma mensagem que nos
atinge, no mundo de hoje. É uma mensagem de graça e paz. E ela nos é dada por
Aquele que se dedicou a nos libertar "deste mundo perverso". Por isso
que ele se entregou a si mesmo. Para isso que serviu o preço da cruz: para nos
libertar de um mundo de sofrimento e desgraça. É a cruz que mantém viva a
esperança em um mundo perverso. Esta é nossa certeza. É a nossa certeza de que
alguém está vindo nos buscar. É a nossa certeza de que não seremos deixados
para trás. O interessante é que, foi a isso que Ben apegou-se naquela prisão
Norte Vietnamita. Ben e Anne estavam ligados por um amor imortal, e também por
uma imensa fé. Eles sabiam que não estavam sozinhos na esperança de um
reencontro. Ben: Às vezes eu fazia pequenos artefatos para passar o tempo. Eu
tinha mais orgulho de uma Santa Ceia que eu fiz. Eu fiz um pequeno cálice, um
prato e uma tampa com uma cruz em cima, tudo feito de tubos de pasta de dente.
E no primeiro Domingo de cada mês, eu celebrava a comunhão. Durante esses
momentos, eu lembrava de todas as comunhões que eu e Anne passamos juntos, que
compartilhamos. Mas era contraditório porque, mesmo que eu a sentisse
espiritualmente, eu sentia tanta falta dela fisicamente, por não poder vê-la e
tocá-la. Era em momentos como esses, que eu percebia a minha cruz. E eu dizia,
"Ben, existiu uma pessoa que teve de sofrer muito mais do que você jamais
poderá sofrer". Mark Finley: Lembrar do que Jesus fez por nós solidifica a
nossa esperança. Nós dá um amparo. Torna a esperança tão sólida quanto uma cruz
cravada no solo. Um pouco antes de Jesus ser preso e julgado, Ele celebrou uma
Páscoa especial com Seus discípulos. Ele partiu o pão para eles. Serviu bebida
a eles. E Ele nos concedeu uma forma de lembrar o Seu sacrifício. Paulo
recordaria as palavras de Seu Mestre em Primeira Coríntios, capítulo 11 e
versículo 24. Jesus disse, preste atenção: "Isto é o meu corpo, que é dado
por vós; fazei isto em memória de mim". E então, pegando o cálice, Jesus
disse, no versículo 25: "Este cálice é a nova aliança no meu sangue; fazei
isto, todas as vezes que o beberdes, em memória de mim ". Paulo nos ajuda
a entender o que realmente fazemos quando participamos desta Comunhão especial,
na Ceia do Senhor registrada no versículo 26: "Porque, todas as vezes que
comerdes este pão e beberdes o cálice, anunciais a morte do Senhor, até que Ele
venha". Nós anunciamos a morte do Senhor, através desta memória, até que
Ele venha. Por que? Porque esse sacrifício é a nossa maior certeza de que Ele
realmente voltará pelos Seus. É a nossa garantia de um futuro com Ele. É como
mantemos viva a esperança e ardendo em nossos corações. É uma esperança que Ben
teve grande dificuldade para celebrar durante os intermináveis anos de
aprisionamento do Vietnã do Norte. E é uma esperança que o ligava, de várias maneiras,
à mulher que ele amava. Anne: Havia momentos em que todo aquele medo e
frustração eram esmagadores. Uma vez eu chorei na frente das crianças e isso
assustou elas. Por fim, eu recorri a Deus e fiz uma oração simples. Eu disse a
Ele que eu amava o Ben e que não sabia se ele estava vivo ou morto, mas eu o
amava e queria ele de volta. E eu sabia que o Senhor o amava ainda mais que eu.
E eu entreguei nas mãos Dele, sem saber como a situação se resolveria.
"Deus, acredite, ele é Teu". E no silêncio e quietude daquela noite,
minha frustração acabou; o caminho à minha frente parecia claro. Eu senti isso.
Mark Finley: Não sabemos o dia nem a hora em que Cristo voltará. Não sabemos ao
certo como as pavorosas manchetes de hoje se tornarão o glorioso clímax da história.
Mas podemos colocar todos os nossos medos e frustrações diante de Deus. Podemos
entregar o nosso futuro nas mãos Dele. Podemos confiar nos planos Dele. E acima
de tudo, podemos firmar nossos pés na rocha sólida do que Jesus fez por nós.
Ele pagou o preço máximo. Ele nos reivindicou com Seu próprio sangue derramado.
Ele está voltando por aqueles que Ele remiu. Ele está voltando para nos levar
para casa, para um maravilhoso reencontro. Anne: Alô, aqui é Anne. Sim. Tem
certeza? Crianças, crianças, o papai está voltando, o papai está voltando.
Finalmente nos reunimos no dia 30 de agosto de 1972 em Bush Field, Atlanta, na
Georgia. Foi como se todos aqueles anos de espera tivessem desaparecido. Ben:
As pessoas nos alertaram sobre as rupturas em nossa vida familiar depois que eu
voltasse. Mas o nosso amor, na verdade, ficou muito mais forte. É como se
estivéssemos recuperando o tempo perdido. Por causa dos cinco anos que fiquei
longe, cada momento agora é muito precioso para nós. Eu pude fazer a minha parte
naquela prisão por causa da fé que eu tinha. Mas também por causa do amor que a
Anne e eu sentíamos um pelo outro e por Deus. Hoje, você pode ter certeza que
alguém está vindo para levá-lo para um lugar melhor. Pode ter certeza que
ouvirá a voz no noivo chamando. Você pode ter uma certeza que o sustentará nos
dias difíceis. Está baseado em algo que Cristo fez por você. Está baseado no
fato de Jesus ter entregue Sua vida para resgatá-lo deste mundo perverso. Você
já aceitou este sacrifício feito a seu favor? Você já disse "sim" a
este tipo de amor? Você já aceitou o corpo partido e o sangue derramado como
sua certeza de um lar com Deus neste lugar melhor? Eu convido você a aceitar
isso, agora. Eu convido você a dizer "sim", agora. Não há lugar
melhor para estar neste mundo sombrio. Não há lugar melhor para se ter
esperança. Venha para a cruz do jeito que você é. Venha para Aquele que mereceu
o direito de ser o seu Salvador. Neste momento, aceite este Cristo. Ele anseia
por resgatá-lo. Ele anseia por salvá-lo. Sabe, a Bíblia diz, "o que vem a
mim, de modo nenhum o lançarei fora". Este Cristo anseia que você, neste
momento, onde quer que esteja, ajoelhe-se, abra o seu coração para Ele, que
aceite o perdão e a misericórdia Dele. Ele está vindo, amigo. E está vindo por
você. Ele quer levar você para uma terra onde não existe doença, nem
sofrimento, nem dor, nem tristeza e nem morte. Ele morreu por você. E Ele
certamente não teria morrido se não fosse voltar para levá-lo para casa. Queira
curvar sua cabeça nessa hora e dizer a Ele, "Senhor, sim, eu quero ir
quando Tu voltares. Eu quero estar pronto para a sua volta"
Vem Senhor! Letra, música e arranjo: Williams Costa Jr.
Vem, Senhor! Vem usar o meu fevor, vem viver no meu labor, vem morar no meu
viver. Vem, Senhor! Para que eu possa ajudar meu irmão a encontrar o caminho
para Ti. Ó vem, Senhor! Eu sem Ti não sou ninguém, mas eu quero ser alguém para
o meu irmão. Vem Senhor! Eu preciso encontrar o caminho do serviço, a vereda da
humildade. Vem, Senhor! vem buscar os Teus fiéis pois não quero aqui ficar, eu
anelo outro lugar. Mas enquanto Tu não vens, vou seguindo a trabalhar,
entretanto eu Te imploro: Vem, Senhor! Vem, Senhor! Ora vem, Senhor jesus!
Amém. Gravado por Sonete no MMCD 9803 do Ministério Está Escrito
Querido Pai, obrigado pelo presente que foi o Teu filho.
Obrigado por Ele Ter se disposto a beber do cálice amargo da cólera, para que
pudéssemos beber do cálice da memória. Nós aceitamos esta morte sacrificial.
Obrigado por Tua misericórdia em nos perdoar. Nós colocamos as nossas
esperanças, medos, frustrações e desejos nas Tuas mãos. Ajude-nos a manter viva
a Tua promessa em nosso coração. Ajude-nos a viver com esperança de hoje em
diante. Em o nome de Jesus. Amém
56
DECIFRANDO O CÓDIGO DA BÍBLIA
Pr. Mark Finley
Alguns anos atrás, um repórter de Nova York, Michael
Drosnin, escreveu um livro chamado "O Código da Bíblia". Neste livro
ele afirma que um matemático israelense descobriu um código secreto escondido
nos textos da Bíblia Hebraica. Segundo ele que o matemático, Dr. Eliyahu Rips,
foi capaz de fazer detalhadas previsões sobre o futuro. Desde sua publicação, o
livro causou muita polêmica e sensacionalismo. Principalmente porque o código
da Bíblia, aparentemente, predisse o assassinato de Yitzak Rabin - mais de um
ano antes do crime. O autor também afirmou que, escondidos no texto Hebraico,
existem predições do assassinato de Kennedy, da explosão da bomba em Oklahoma,
da viagem à lua e da eleição de Bill Clinton. Para muitas pessoas a descoberta
do "código da Bíblia é uma evidência da habilidade de Deus em predizer o
futuro. Elas queriam saber exatamente como, este código funciona. Bom, ele
funciona através de algo chamado "seqüência de letras eqüidistantes".
Os decifradores do código da Bíblia primeiro escolheram uma página do texto
hebraico. Então, aleatoriamente, procuraram por seqüências de letras - as
seqüências podiam ser horizontais, ou verticais, subindo ou descendo, ou podiam
ser diagonais. Eles fizeram buscas aleatórias incluindo todas as letras de uma seqüência,
ou cada segunda letra, ou cada terceira letra. Procuraram também por letras
eqüidistantes. Em certas páginas eles chegaram a mensagens surpreendentes. Em
uma determinada página, descobriram a mensagem: "segundo governante será
morto", onde as letras estão todas juntas. Depois, acharam, dispostas
horizontalmente, letras em uma seqüência que mostrava: "R. F.
Kennedy". E por fim, subindo e descendo, diagonalmente, descobriram a
seguinte seqüência, "S. Sirham". Parece uma impressionante previsão
do assassinato de Robert F. Kennedy. Em outra passagem, os decifradores do
Código da Bíblia descobriram esta seqüência: "Queda de",
"Rússia" e "Comunismo". De novo, parece uma incrível
previsão do colapso do comunismo russo - algo descoberto na Bíblia Hebraica, escrita
há milhares de anos. De acordo com Michael Drosnin, o matemático israelense
Rips decifrou um extraordinário código bíblico. E Drosnin afirma que este
código foi confirmado por renomados matemáticos do mundo inteiro. Ele diz que
um experiente decifrador da ultra secreta Agência de Segurança Nacional
americana, confirmou que existe um código na Bíblia que revela o futuro. O que
podemos deduzir disso tudo? Seria o Código da Bíblia uma nova e surpreendente
prova da onisciência de Deus? Seria uma nova evidência, de que este livro, a
Bíblia, é de fato um documento inspirado? Para obter algumas respostas, fomos
até o campus da Universidade Andrews em Berrien Springs, Michigan, nos Estados
Unidos. Eruditos do Seminário Teológico Adventista, têm dedicado sua vida ao
estudo do texto da Bíblia, para entender suas mensagens. Nós queríamos saber o
que eles acham dessas descobertas do Código da Bíblia. O Dr. Roy Gane é um
especialista na Bíblia Hebraica e nas línguas do Oriente Próximo. Ele leciona
exegese Hebraica e interpretação do texto hebraico. O Dr. Gane destacou algo
muito interessante sobre essas letras hebraicas em seqüências de código. Ele
disse: "O Código da Bíblia trabalha com o texto Hebraico, e o Hebraico é
uma língua consonantal. Em resumo, existem letras que passaram a ser usadas
como vogais, mas existem muito mais consoantes. Portanto, é fácil pegar
consoantes aqui e ali e depois, arbitrariamente, atribuir vogais a elas e fazer
com que essas consoantes digam algo. Pode-se fazer isso muito mais facilmente
do que em inglês. Acho que muitas pessoas não percebem isso." Basicamente,
este livro "O Código da Bíblia", cria um código só com consoantes e
depois insere várias vogais para criar diferentes palavras. Foi assim que
surgiram palavras como "R. F. Kennedy" e "S. Sirhan". Os
eruditos também destacaram outra coisa sobre "O Código da Bíblia".
Este código só é revelado porque computadores percorrem muitos, muitos caminhos
na Bíblia Hebraica. Eles examinam seqüências horizontais a cada três letras,
examinam seqüências diagonais a cada cinco letras, e por aí vai. Existem
infinitas maneiras em que se pode brincar com um texto dessa maneira.
Dependendo da seqüência que você ordenar para que o computador pesquise, você
poderá encontrar combinações surpreendentes. Por este prisma, o Código da
Bíblia, torna-se cada vez menos impressionante. O Dr. John Paulien é professor
de Interpretação do Novo Testamento no Seminário Teológico Adventista do Sétimo
Dia. Ele já publicou muitos artigos no "Jornal de Literatura Bíblica"
e em revistas teológicas. O Dr. Paulien não está tão preocupado com o código da
Bíblia em si, e sim, com a maneira correta de se estudar a Bíblia. Ele
declarou: "Alguns pensam que escondido em meio às letras do texto, além do
significado das palavras, existam mensagens ou formatos que, de alguma forma,
são uma revelação superior àquela que obtemos simplesmente lendo o texto".
No século 19, apareceu uma idéia semelhante. As pessoas achavam que o grego do
Novo Testamento era um tipo de grego muito diferente do grego de Platão, Philo
ou de outros escritores gregos conhecideos. As pessoas se perguntavam o porquê
disso e diziam: "Bom, este é um livro dado por Deus, então esta deve ser
uma espécie de grego divino, um tipo de língua sobrenatural especial".
Isto é muito parecido com a idéia: "Bem, Deus envia a mensagem e se você
conseguir decifrar o código, tudo vai fazer sentido". Algo interessante
aconteceu. Naquele mesmo século, alguém no Egito, virou uma lata de lixo e
achou um monte de cartas particulares, recibos, contas, contratos - essas
coisas que as pessoas fazem todo dia. E sabe o quê? Estes documentos estavam
todos na língua do Novo Testamento. Era o mesmo tipo de grego usado no Novo
Testamento. Não era nenhum super código. O Novo Testamento não utilizava uma
linguagem secreta, uma língua de eruditos. Era a língua das pessoas comuns, a
língua falada nas ruas. Deus não usou uma linguagem secreta ou mística para Se
comunicar conosco. Ele usou o grego do dia-a-dia. Ele usou o hebraico do
dia-a-dia. Então, de acordo com o Dr. Paulien, não faz sentido procurar a
verdadeira mensagem da Bíblia em um código, não faz sentido achar que Deus fala
conosco em uma linguagem secreta. Ele afirma: "Parece que a intenção da
Bíblia é ser entendida na linguagem real, na língua do dia-a-dia; a intenção é
ser entendida por pessoas comuns. Tipos de abordagens como o código da Bíblia,
que exigem uma fórmula matemática ou científica para que a Bíblia seja
entendida, parecem não combinar com o modo como a própria Bíblia foi produzida."
O que os eruditos bíblicos estão dizendo é o seguinte: a mensagem essencial de
Deus está apresentada de forma simples. Ela nos é apresentada ao longo da
Bíblia. Uma das melhores maneiras de saber como entender as mensagens de Deus é
observar como os próprios autores da Bíblia as entenderam. Veja como os autores
do Novo Testamento usavam as passagens do Velho Testamento. Isso esclarece
muita coisa. Tomemos o exemplo do próprio Jesus. Os capítulos 5,6 e 7 do livro
de Mateus, apresentam o famoso Sermão da Montanha. Ali, Ele apresenta os
princípios de Seu reino no céu. Mas você sabe o que estes capítulos revelam?
Eles nos mostram que Jesus entendia, muito bem, as leis e os preceitos morais
do Velho Testamento. Ele tinha a visão ampla, de tal maneira que, conseguiu
ampliar esses princípios em Seu sermão. "Não matarás" tornou-se -
"não insulte ou ire-se contra seu irmão". "Não adulterarás"
tornou-se - "não olhe para uma mulher com intenção impura no
coração". Jesus disse que Ele veio para cumprir a lei. E isto é prova de
que Ele entendia por completo a lei moral de Deus. Ele entendia a sua essência.
Em Mateus 22:37 a 40, Jesus resume a lei desta forma: "Amarás o Senhor,
teu Deus, de todo o teu coração, de toda a tua alma e de todo o teu
entendimento. Este é o grande e primeiro mandamento. O segundo, semelhante a
este, é: Amarás o teu próximo como a ti mesmo. Destes dois mandamentos dependem
toda a Lei e os Profetas." O amor cumpre a lei. O amor cumpre o que o
profeta escreveu. Jesus pôde compreender a essência da mensagem de Deus, porque
Ele tinha a visão do todo. Ele não estava simplesmente procurando aqui e ali
por palavras, ocultas em um código. Ele estava considerando tudo o que a Bíblia
dizia. E os eruditos dizem que isto é o que realmente importa em se tratando de
entender as mensagens de Deus. O professor de Inglês, Andrew Wheat, leciona
literatura bíblica em uma faculdade cristã no norte da Califórnia. Ele disse:
"É preciso examinar esses livros de uma forma holística. Geralmente, a
mensagem transcende a uma única passagem e, se você retirá-la de seu contexto,
não conseguirá obter a profunda sabedoria que, na minha opinião, o livro tenta
transmitir e que penso ser consistente em todos os livros". Estude o que a
Bíblia diz, em seu contexto, em sua cultura, com todo o quadro em mente. Tente
ver como suas mensagens se encaixam. O autor de Hebreus nos mostra como fazer
isso de uma forma maravilhosa. No capítulo 11 temos uma clássica descrição da
fé. O autor nos mostra Noé alertando as pessoas sobre um futuro dilúvio - pela
fé. Ele nos mostra Abraão indo com Deus para uma terra desconhecida - pela fé.
Ele nos mostra Jacó abençoando seus filhos - pela fé. Ele nos mostra Moisés
juntando-se aos cativos hebreus - pela fé. Hebreus 11 descreve uma procissão de
homens e mulheres, através da história, que realizaram feitos por estarem
concentrados no Deus que é fiel. Como este autor Bíblico conseguiu dar esta
poderosa mensagem? Ele viu o quadro todo. Ele uniu as histórias. Ele relacionou
as mensagens, mas escreveu na linguagem do povo. Amigo, você quer mais
evidências da sabedoria de Deus na Bíblia? Você precisa de novas provas de sua
inspiração? Não é preciso desvendar um código bíblico secreto. Estude este
livro com a visão ampla. Observe o que a Bíblia enfatiza. Observe o que a
Bíblia diz sobre Deus. Siga o tema da salvação através da Bíblia. Estude os
temas da Bíblia. Estude a Bíblia toda. Desta maneira você vai descobrir
tremendas provas da sabedoria divina. Deste modo você vai descobrir mensagens
que podem mudar a sua vida. O Dr. Keith Mattingly é o diretor do Departamento
de Religião da Universidade Andrews. Ele é especialista no texto hebraico do
Velho Testamento, o mesmo que os decifradores do Código da Bíblia investigaram.
O Dr. Mattingly , entretanto, descobriu no texto hebraico, não um código, mas
uma descrição maravilhosa de Deus. "Eu amo o Velho Testamento. Uma das
coisas que mais gosto nele é demonstrar à maioria dos leitores um Deus bem
diferente. Normalmente as pessoas vêem, no Velho Testamento, um Deus severo,
vingativo, que está lá para matar e destruir. À medida que estudo o Antigo
Testamento, vejo a figura de um Deus muito diferente. Vejo um Deus paciente,
bondoso, misericordioso, ansioso para entrar na vida das pessoas e ajudá-las a
solucionar seus problemas e lutas. Uma das coisas maravilhosas sobre a Bíblia é
isso: quanto mais ampla é a visão, mais clara se torna sua mensagem. Os temas
mais importantes da Bíblia são os que mais aquecem o coração, os que mais
edificam a fé. É inspirador ver como os escritores dos diferentes livros da
Bíblia , num período de milhares de anos, formam uma obra única e coerente, uma
mensagem bíblica básica. O professor de Novo Testamento, o Dr. John McVay, é
reitor do Seminário Teológico Adventista Do Sétimo Dia. Veja o que ele diz:
"Um assunto que sempre me atraiu para ilustrar a coerência da Bíblia, é o
relato de um paraíso perdido de um lado, onde a história da Bíblia começa,
terminando com a maravilhosa história do paraíso recuperado. E o tempo todo,
unindo esses dois relatos distantes, está a história do Deus que ama as
pessoas. Um Deus fiel e perdoador, que sempre ajuda a humanidade. Os seres
humanos, por outro lado, são geralmente estranhos em seu relacionamento com
Deus e com o próximo. Eles são inconsistentes, vingativos, etc. Mas estas
pessoas têm seus melhores momentos quando estão próximas a Deus e quando os
valores do caráter divino são refletidos em seu coração e vida. Permeando as
páginas da Bíblia, temos sempre a maravilhosa história da graça de Deus lidando
com seres inconsistentes. ·". Você sabe o que vemos quando temos uma ampla
visão da Bíblia? Vemos que Deus tem um plano! Ele tem um plano para mim. Ele
tem um plano para você. É um plano que pode nos resgatar de nossas provações. É
um plano que pode resolver nossos maiores problemas e desafios. E este plano
não está escondido em algum código secreto. Você não precisa de computadores
para decifrá-lo. Você só precisa de olhos espirituais para ver e ouvidos
espirituais para ouvir. Você só precisa de um coração aberto. Você só precisa
ver o que é apresentado de forma simples. Jesus disse isso, em Lucas 11: 33.
Ele coloca desta forma: "Ninguém acende uma lamparina para pôr num lugar
escondido ou debaixo de um cesto. Ao contrário, ela é colocada no lugar
próprio, para que os que entrarem na casa possam enxergar tudo bem". Jesus
não fala de nenhum código secreto. A Bíblia, a Palavra de Deus, é descrita como
uma lâmpada para nossos pés e uma luz para nossos caminhos. O próprio Jesus é
descrito como a Luz do Mundo. Essa luz não está escondida debaixo de um cesto,
não está escondida em algum lugar secreto. Está brilhando claramente para que
todos vejam. E quando você vê esta grande luz, tantas outras coisas ficam
claras, tantas outras coisas se encaixam, tantas coisas começam a fazer
sentido. "Um assunto da Bíblia que realmente permeia vários livros,
especialmente Êxodo, Levítico, Números, Deuteronômio, Daniel, Hebreus e
Apocalipse, que é o último livro, é o tema do santuário de Deus, a Sua morada.
Porque Deus quer estar com o Seu povo, este é um tema muito forte. Deus
estabeleceu uma morada temporária na Terra entre os israelitas no deserto, para
que pudessem interagir com Ele no dia-a-dia, e para que pudessem aprender sobre
Deus - quem é Ele, como interagir com Ele, quais são as conseqüências do pecado
e o que significa estar debaixo do Seu comando e do Seu governo. O santuário
nos ensina bastante sobre o dia a dia com Deus e também acerca das eternas
conseqüências do plano da salvação. O tema do santuário aparece de forma muito
proeminente no Novo Testamento, no livro de Hebreus e no Apocalipse, onde nós,
como cristãos, podemos olhar diretamente para o trono do céu, o centro de
controle do Universo. Somos informados que podemos ter acesso a Cristo e ao
Pai. De fato, em Hebreus 4:14 a 16, somos convidados a irmos, pela fé,
confiantemente ao trono da graça, onde podemos achar perdão e graça em tempos
de perigo. Quando preciso disso? O tempo todo. Sou uma pessoa muito
necessitada. Mesmo quando tudo está bem na minha vida, ainda assim, tenho
muitas necessidades. E é maravilhoso saber que, Cristo está à minha disposição.
Ele está no lugar mais poderoso do Universo, atendendo às nossas
petições", diz Roy Gane. Na Bíblia, Deus nos revela o Seu plano que inclui
um grande convite. Deus está do nosso lado. Ele sempre deseja o melhor para
nós. Ele anseia que nos acheguemos a Ele. Esta é a melhor mensagem que você
pode ouvir. E é uma mensagem que se repete várias e várias vezes nas páginas da
Bíblia. Precisamos fazer mais do que apenas pegar um texto aleatório aqui e ali
na Bíblia. Não será hora de você, pessoalmente, começar a levar a sério as
mensagens que são apresentadas, de forma simples, na Bíblia? Tantas pessoas
parecem fascinadas por algum código secreto na Bíblia. Elas estão procurando
por mensagens especulativas. Elas querem saber sobre o próximo terremoto, o
próximo assassinato, o próximo grande acontecimento mundial. Mas a Bíblia é um
livro que ensina como ser salvo, como ter fé, como conhecer Jesus, como orar.
Sim, a Bíblia apresenta também os acontecimentos futuros, mas eles sempre são
explicados na própria Bíblia, e não através de um código secreto. Não será hora
de você investir tempo para ter uma melhor compreensão da Bíblia? Não será hora
de investir tempo para melhor conhecer a esse Deus que finalmente triunfará no
universo? Quero convidá-lo a fazer disso uma prioridade. Eu convido você a
conhecer o Deus vivo em Sua Palavra viva. Eu convido você a familiarizar-se com
a Bíblia, a estudá-la por si mesmo. Faça parte do maravilhoso plano de Deus.
Você quer fazer este acordo com Deus? Quer ir à Bíblia e nela encontrar a Deus?
Quer encontrar nela o plano da salvação? Quer encontrar, não um código secreto,
mas a verdade de Deus para você? Firme então o compromisso de estudar mais a Bíblia,
e ore conosco.
TUA PALAVRA Letra e Música: Jader Santos Escondi Tua
Palavra em meu coração Pra não pecar contra Ti, Escondi as Tuas preciosas
verdades dentro de mim. Em não quero falhar, Eu não quero jamais entristecer
meu Jesus. CORO: Tua Palavra é luz, Tua Palavra é paz, Tua palavra é vida ao
meu coração. Por isso em meu viver Eu quero compreender, Eu quero aceitar me
mim o Teu querer. Vem ajudar-me oh Deus! Decidi obedecer, Senhor, em qualquer
situação. Sei que Tu vais ser comigo. Decidi que quero, de hoje em diante, ser
sempre Teu, Eu não quero falhar, Eu não quero jamais entristecer meu Jesus.
Pois a Palavra é luz e a Palavra ensina a direção. Quem estiver sozinho pode
andar seguro em meio à escuridão. Quem estiver perdido encontrará a salvação.
Quem se sentir culpado achará ali perdão. Gravado por Art´ Trio, pela Voz da
Profecia no MMCD 01 12
Querido Pai, obrigado por apresentar nas páginas da Bíblia
a riqueza da Tua sabedoria. Obrigado por falar conosco em nossa linguagem do
dia-a-dia. Obrigado por deixar claras as Tuas mensagens. Por favor, ajude-nos a
conhecer profundamente a Tua Palavra. Conceda-nos a disciplina necessária.
Conceda-nos a perseverança necessária. Ajuda-nos a ter a visão ampla. E
ajuda-nos a estarmos sempre apegados a Ti. Em nome do Salvador, Jesus Cristo.
Amém
57
O PRIMEIRO HOMEM DE FÉ
Pr. Mark Finley
Ele foi chamado para tornar-se o pai de uma nova nação
sobre a face da Terra. Ele também se tornaria o pai de um novo tipo de fé. Este
homem extraordinário estabeleceria uma ligação entre o Antigo e o Novo
Testamento da Bíblia. Esta é sua história. Um dia, o apóstolo Paulo fez uma
pausa em suas viagens missionárias ao redor do Mar Mediterrâneo e decidiu
escrever uma carta muito especial. Nesta carta ele queria apresentar o
Evangelho, as boas novas da salvação através de Jesus Cristo. Ele queria
explicar de forma clara e completa como os seres humanos são salvos pela fé.
Paulo decidiu enviar esta carta aos crentes em Roma, a maioria dos quais eram
judeus. Paulo então escreveu a conhecida carta aos Romanos. Ao escrever esta
carta, Paulo dedicou-se a explicar o que Deus havia revelado no Antigo
Testamento. Ele queria mostrar que a salvação pela fé estava presente nas
Escrituras então existentes. Paulo estudou todas as histórias da Bíblia, desde
Adão até os Profetas. Ele escolheu concentrar-se em um homem. Um personagem do
Antigo Testamento que havia se destacado como um exemplo da salvação pela fé.
Isto foi o que ele escreveu: "Que, pois, diremos ter alcançado Abraão,
nosso pai segundo a carne? Porque, se Abraão foi justificado por obras, tem de
se gloriar; porém não diante de Deus. Pelo que diz a Escritura? Abraão creu em
Deus, e isso lhe foi imputado para justiça." (Romanos 4:1-3). Paulo
salientou que Abraão foi justificado antes dele ser circuncidado, antes dele
participar de qualquer ritual judeu, antes de existir um sistema de adoração no
templo. Abraão não havia feito nada disso; ele apenas creu em Deus. Mas Deus o
considerou um homem justo. Então Paulo diz: todos os que têm fé são os
verdadeiros filhos e filhas de Abraão: Como dizem as Escrituras Sagradas:
"Eu fiz de você o pai de muitas nações." Assim a promessa depende de
Deus, em quem Abraão creu, o Deus que ressuscita os mortos e faz com que exista
o que não existia. Romanos 4:17 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje) O
patriarca Abraão, segundo Paulo, foi de fato o primeiro homem de fé. Ele nos
mostra o que é fé: uma total confiança em Deus, a disposição de entregar a Ele
todos os detalhes da nossa vida. Abraão foi o primeiro a descobrir o
maravilhoso meio pelo qual Deus "chama à existência as coisas que não
existem." Deus não olha apenas para o que somos; ele olha para o que
podemos nos tornar. Neste capítulo vamos descobrir exatamente o que isso
significa; vamos aprender com Abraão. Porque ele tem muito a ensinar para os
que querem ser amigos de Deus hoje. Sua vida é um exemplo para nós. Sua vida
ilustra o que Deus pode fazer com apenas um simples gesto de fé. A história de
Abraão começa na cidade de Harã, numa região chamada Caldéia. Deus o visitou
naquela terra e lhe fez uma proposta: "Sai da tua terra, da tua parentela
e da casa de teu pai e vai para a terra que te mostrarei; de ti farei uma
grande nação." (Veja Gênesis 12:1) Abraão era um homem muito rico. Ele
poderia ter dito "Não, obrigado. Eu estou bem aqui com meus parentes,
rebanhos e servos." Mas Abraão escolheu confiar em Deus. Ele partiu numa
aventura com Deus, sem saber direito para onde iria. Na época ele não era uma
pessoa jovem. Ele deixou Harã com a idade de setenta e cinco anos. E ele e sua
esposa, Sara, não tinham filhos. Abraão decidiu crer que Deus tinha algum tipo
de plano quando Ele lhe prometeu muitos descendentes. Mas, após se estabelecer
em Canaã, Abraão começou a se preocupar. Sara ainda não havia engravidado. E
eles continuavam sem filhos. Como uma "grande nação" poderia surgir
dele? Ele não havia conseguido gerar sequer um filho. Uma noite, sem conseguir
dormir em sua tenda, ele contou ao Senhor as suas preocupações. E foi isto que
Deus respondeu: "Aí o SENHOR levou Abrão para fora e disse: -Olhe para o
céu e conte as estrelas se puder. Pois bem! Será esse o número dos seus
descendentes." Gênesis 15:5 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje)
Descendentes tão numerosos quanto as estrelas do céu? Foi uma promessa e tanto.
Foi uma promessa e tanto para um homem velho cuja esposa nunca havia
engravidado. O que Abraão respondeu? Gênesis 15:5 diz: "Ele creu no
Senhor, e isso lhe foi imputado para justiça." Abraão acreditou em Deus, e
isso foi creditado a Ele como justiça. Este foi o ponto destacado por Paulo em
sua carta aos Romanos. Isto é o que torna Abraão o Pai de todos os que crêem.
Abraão contemplou aquele céu escuro cheio de estrelas e decidiu confiar na
promessa de Deus, ao invés de confiar em seu corpo frágil. Deus o havia ajudado
em tantas ocasiões. Ele decidiu entregar a Deus este importante assunto também.
E Deus abençoou a Abraão. Deus permitiu que ele se estabelecesse em Canaã e
prosperasse. Deus presenteou a Abraão e Sara com um filho, apesar da idade
avançada. Um filho sadio, chamado Isaque. Abraão viria a tornar-se realmente o pai
de uma grande nação, os filhos de Israel. Este povo seria um povo especial para
Deus, uma nação diferente das outras, uma nação de sacerdotes, um povo
destinado a espalhar a luz de Deus em um mundo escuro. E tudo começou com um
velho homem que olhou para as estrelas e acreditou que Deus poderia fazer o que
ele tinha prometido. Naquele momento Abraão demonstrou uma fé extraordinária.
Mas observemos mais atentamente a vida deste homem a quem Deus abençoou de
forma tão singular. Vamos observar este indivíduo a quem Deus considerou justo.
Porque nesta história existem detalhes que mostram exatamente o que significa
ser salvo pela fé. Em suas viagens, Abraão foi até o Egito. Ali ele entrou em
contato com a realeza Egípcia. Ali ele começou a ficar preocupado. Sara era uma
mulher muito bonita. E Abraão achou que os príncipes do Egito, acostumados a
ter tudo que queriam, poderiam matá-lo para ficar com ela. Então, ele pediu
para Sara dizer que era sua irmã. Aparentemente, ele pensou em protege-la e a
si próprio, passando-se por seu irmão. Seu plano fracassou. O próprio Faraó
ficou interessado naquela linda mulher. Ele convidou Sara para ficar em seu
palácio e tratou muito bem a Abraão por causa dela. Mas as pessoas da família
de Faraó, repentinamente, começaram a ficar muito doentes. Faraó achou que
devia ser algum tipo de julgamento divino. Faraó descobriu que Sara era, na
verdade, a esposa de Abraão. Sentindo-se muito ofendido, Faraó ordenou que
Abraão e Sara fossem embora. Abraão fraquejou diante da pressão. Ele mentiu
para proteger a si mesmo. Ah, ele podia até encarar aquilo como uma "meia
mentira". Sara era, de fato, sua meia irmã. Mas ele havia encoberto o lado
da verdade que realmente importava. E Abraão mentiu de novo. Quando esteve em
um lugar chamado Gerar, ele disse a Abimeleque, o rei de lá, que Sara era sua
irmã. Abraão pecou não só uma, mas duas vezes, com essas "meias
mentiras". Este homem em Gerar quase tomou Sara como sua esposa! Abraão
lutou com esta fraqueza: não contar toda a verdade. A fé de Abraão não foi
perfeita. Algumas vezes ele não conseguiu confiar que Deus cuidaria dele em
situações de perigo. Certa ocasião, Sara achou que Deus precisava de uma
pequena ajuda para o cumprimento da promessa. Ela ainda não tinha filhos. E
tudo indicava que ela jamais conseguiria engravidar. Parecia ridículo supor que
uma mulher com a sua idade pudesse engravidar. Então, ela sugeriu que Abraão
tomasse uma serva, chamada Agar, como sua concubina e tivesse um filho com ela.
Talvez assim a grande nação começaria. Abraão concordou com o plano. Agar
concebeu um filho homem. Mas aquele não foi o início de uma grande nação.
Aquele foi o começo de um conflito interminável naquela família. Sara sentiu
muita inveja da fertilidade de Agar. Por fim, Agar foi obrigada a deixar o clã.
Abraão tinha suas fraquezas. Ele nem sempre seguiu o plano de Deus à risca.
Mesmo assim, ele tornou-se o pai de uma nação santa, o pai de todos os que tem
fé, sim, fé em Jesus Cristo. Esta é a maravilhosa maneira de Deus considerar a
fé como justiça. Abraão fez uma sábia escolha quando contemplou aquele céu
cheio de estrelas. Ele escolheu acreditar. Mas, sabe, Deus também fez uma
escolha ao contemplar a Abraão. Deus também escolheu acreditar. Deus podia ter
olhado para as fraquezas de Abraão. Ele podia ter olhado para sua tendência de
contar meias verdades. Ele podia ter olhado para seu hábito de fraquejar diante
da pressão. Deus podia ter olhado para todo tipo de imperfeições. No entanto,
Deus escolheu ater-se apenas a um detalhe: a fé de Abraão. Deus concentrou-se
neste único gesto. E Ele considerou este único gesto como a maior virtude. Deus
tomou esta única boa qualidade e fez com que ela representasse toda a justiça
de Abraão. Deus atribuiu a este patriarca, fraco na fé, a sua própria integridade,
sua própria justiça, sua própria pureza. É assim que Deus gosta de nos olhar.
Foi assim que Deus considerou a Abraão naquela noite. Deus tomou aquele gesto
de fé e o transformou em salvação. Faz parte do poder supremo de Deus
considerar algo que não existe como se existisse. Este é o princípio que o
apóstolo Paulo veio a definir como Justificação pela Fé. Deus justifica pessoas
imperfeitas com base na fé delas em Jesus Cristo. Deus escolhe olhar para a
nossa fé e a considera como justiça. Paulo escreveu sobre isto aos Romanos:
"Justificados, pois, mediante a fé, temos paz com Deus por meio de nosso
Senhor Jesus Cristo" (Romanos 5:1). Saber que somos completamente aceitos
por um Deus santo produz grande paz. Afinal, se Deus é por nós, quem será
contra nós? A verdade da justificação pela fé é a verdade da misericórdia de
Deus. Deus é misericordioso no modo como Ele olha para nós. Ele não está
procurando encontrar pecados para nos condenar. Ele está procurando encontrar
uma qualidade que possa elogiar. Foi isso que Abraão descobriu em Canaã. Aquele
idoso homem imperfeito descobriu que Deus estava buscando algo de bom nele. E
quer saber? Esta perspectiva começou a ser entendida. Ela começou a expandir a
alma desse patriarca. Deus o estava considerando como um homem justo. E,
Abraão, aos poucos, foi se tornando a pessoa que Deus acreditou que ele era. Um
dia, Abraão estava sentado à porta da sua tenda quando viu três homens se
aproximando. Por ser um homem muito hospitaleiro, Abraão ofereceu acolhida e
alimento aos viajantes. Eles conversaram um pouco e logo ficou claro que eles
não eram seres humanos comuns. Eles eram visitantes celestiais. O próprio Deus
tinha vindo dar a Abraão uma mensagem sobre o destino de duas cidades vizinhas,
Sodoma e Gomorra. O povo de lá havia se corrompido de maneira terrível. O
julgamento estava á caminho. Como Abraão, o patriarca, reagiu à grave notícia?
" Abraão chegou um pouco mais perto e perguntou: -Será que vais destruir
os bons junto com os maus? Talvez haja cinqüenta pessoas direitas na cidade.
Nesse caso, vais destruir a cidade? Será que não a perdoarias por amor aos
cinqüenta bons?" Gênesis 18:23-24 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje).
Abraão passou a entender o coração do seu Deus. Ele passou a entender que Deus
não está procurando algo para condenar; ele está procurando algo para
valorizar. E por isso ele fez esta pergunta: E se houver 50 justos na cidade? O
Senhor Deus respondeu: "Se eu achar em Sodoma 50 justos, pouparei a cidade
toda por amor deles" (verso 26). Note que Deus não está dizendo que se
achasse 50 pessoas decentes em Sodoma, Ele as retiraria para um lugar seguro
para então destruir a cidade. Não! Ele disse que deixaria de destruir toda uma
cidade repleta de pessoas imorais e cruéis, se encontrasse 50 pessoas justas
naquela cidade. Deus foi bem generoso. Mas Abraão ousou pedir mais.
Desculpando-se por sua audácia, ele perguntou, "Suponha que faltem cinco
para cinqüenta justos?" O Senhor não hesitou. "Se eu achar ali
quarenta e cinco, Eu não destruirei a cidade." Abraão continuou a pedir.
Ele continuou a bater na tecla. E se ali só houver quarenta? E se houver
trinta? vinte? A cada vez o Senhor garantiu a Abraão de que Ele seria
misericordioso. Finalmente, o patriarca barganhou com Deus até chegar a 10. E
Deus lhe disse: "Eu não destruirei a cidade por amor dos dez" (versos
27-32). Você percebe o que este diálogo revela? Não foi apenas uma demonstração
da paciência e bondade de Deus. O diálogo revela que Abraão havia absorvido a
misericórdia de Deus. Ele estava olhando com os olhos de Deus. Ele passou a
considerar a ímpia Sodoma da mesma forma que Deus o havia considerado. Abraão
queria achar um jeito de poupar aquelas pessoas. Ele estava procurando por algo
bom, algum fio de esperança. Em outras palavras Abraão aprendeu a ser
misericordioso. Isto é o que a graça de Deus faz por nós. Isto é o que a
aceitação de Deus faz por nós. Quando as pessoas se sentem inseguras e com
medo, costumam reagir condenando e acusando os outros. Mas quando as pessoas se
sentem seguras, elas acabam sendo generosas com os outros. Coisas maravilhosas
acontecem em nossa vida quando Deus contempla e considera nosso gesto de fé
como justiça. Todos os que crêem são também filhos de Abraão. Nós podemos
imitar esse primeiro homem de fé. Sua fé é um exemplo para nós. Sua vida nos
ensina lições preciosas. Abraão era um ser humano com muitas falhas. Às vezes
ele achava difícil dizer toda a verdade, às vezes, ele fraquejava diante das
pressões. Mas Deus continuou valorizando aquele pequeno gesto de fé. Deus
continuou valorizando aquela boa qualidade. E por fim, a fé de Abraão, de fato,
tornou-se heróica. Ele passou a ser o homem que Deus acreditou que ele era. Um
dia, Abraão enfrentou uma prova muito difícil. Ele ouviu Deus falando com ele.
E Deus aparentemente estava lhe dizendo para levar seu amado filho, Isaque, a
um lugar na Terra de Moriá, e oferecê-lo como um sacrifício! Aquilo era
incompreensível. Abraão não podia acreditar. Isaque era o filho da promessa.
Somente através dele é que Abraão poderia tornar-se o pai de muitas nações. Mas
Abraão resolveu fazer a viagem mesmo assim. Ele já havia participado de muitas
aventuras com o seu Deus. Ele apenas se apegou a certeza de que Deus tinha algo
bom em mente. Abraão tomou consigo a lenha e a faca. E com seu amado filho
Isaque ele lentamente se dirigiu ao lugar indicado por Deus. Então, Isaque
perguntou: "onde está o cordeiro, pai, para o sacrifício?" (Gênesis
22:7). Abraão teve de respirar fundo para dar uma resposta. Ele teve que usar
toda fé existente em seu coração, para responder: "meu filho, Deus mesmo
proverá o cordeiro para o holocausto." (verso 8). E foi exatamente isso
que Deus fez. Ele não permitiria que Abraão sacrificasse seu filho, é claro.
Abraão avistou um carneiro preso pelos chifres entre os arbustos. Este animal
era a oferta exigida por Deus. Mas Abraão se manteve firme, ele manteve firme a
sua confiança em Deus pela fé. Através desta experiência, ele teve a noção do
que significa, para um pai, entregar o seu filho único. Ele pôde também sentir
um pouco do que Deus, o Pai, sentiu quando entregou o seu filho Jesus Cristo, o
cordeiro imaculado em prol da salvação do mundo. Abraão sentiu o que significou
para Deus entregar tudo. Naquele momento Abraão se apoiou em Deus - o Deus que
um dia permitiria seu filho ser morto para que todos os que acreditassem Nele
pudessem ser considerados justos. Deus o Pai fez este sacrifício a fim de poder
aceitar culpados pecadores, que esbocem um gesto de fé, a fim de poder
conceder-lhes o Seu perdão. Esta é a linda verdade bíblica da salvação pela fé.
Você também quer ser um filho de Abraão? Você já encontrou a segurança
resultante de depositar a sua fé nas promessas de Deus? Eu lhe convido a dar
este passo agora. Deus é o justificador daqueles que crêem em Jesus Cristo.
Você pode confiar em Jesus. Não importa qual a sua fraqueza, não importa
quantos problemas o aflijam, você pode estar em paz com Deus mediante a fé em
Jesus. Você pode dar este passo agora.
ORAÇÃO: Querido Pai, embora nossa fé seja fraca nós a
entregamos a Ti. Nós queremos crer em Ti. Queremos depositar nossa confiança na
Tua misericórdia. Obrigado por aceitares o nosso pequeno gesto de fé. Obrigado
porque através de Jesus Cristo Tu podes nos perdoar e nos aceitar. Ajuda-nos a
crescer na compreensão da Tua bondade. Ajuda-nos a confiar mais em Ti. Em nome
de Jesus. Amém
58
UM HOMEM DE DESTAQUE
Pr. Mark Finley
Ele é um dos heróis do mundo antigo mais admirados - um
homem que libertou seu povo da escravidão e formou uma nação no árido deserto.
Ele enfrentou um poderoso Faraó e falou com Deus em uma montanha. Neste
capítulo iremos conhecer o homem por trás da lenda. Eles tinham acabado de sair
da escravidão do Egito, debaixo do nariz do Faraó. Eles tinham acabado de
saquear seus antigos mestres. Tinham acabado de escapar do exército egípcio -
porque o Mar Vermelho se abriu para eles, e depois encobriu os inimigos. Os
filhos de Israel tinham visto incríveis milagres no combate épico entre o
orgulhoso Faraó e o Deus Eterno. E agora, eles seguiam para a Terra Prometida,
uma terra que manava leite e mel. Agora, como eles reagiram quando as coisas
ficaram difíceis no deserto? Como eles reagiram quando o sol se tornou
causticante e a areia muito quente? Os filhos de Israel se esqueceram de sua
gloriosa libertação. Eles se esqueceram de seu passado e futuro como o povo
escolhido de Deus. Eles começaram a reclamar, a murmurar do presente. Eles
começaram a criticar a seu líder, Moisés. Lamentar-se virou rotina no deserto.
Veja o clamor que eles ergueram contra Moisés perto do Monte Sinai: "
Vocês nos trouxeram para este deserto a fim de matar de fome toda esta multidão".
Êxodo 16:3 (Nova Tradução na Linguagem de Hoje). As pessoas murmuraram tanto
que chegaram a desejar terem morrido como escravos no Egito. Bom, Moisés levou
o problema ao Senhor. E o Senhor fez chover pão do céu para os filhos de
Israel. Cada manhã, exceto no dia de Sábado, uma substância arredondada
aparecia no solo, fina como gelo. Era o maná, um miraculoso alimento. Um pouco
depois em suas viagens, os israelitas começaram a ficar com sede. E eles
murmuraram ainda mais alto: "Por que nos fizeste subir do Egito, para nos
matares de sede, a nós, a nossos filhos e aos nossos rebanhos?" (Êxodo
17:3). O povo estava a ponto de apedrejar a Moisés. Ele levou o problema ao
Senhor. E o Senhor fez sair água de uma rocha. Algum tempo depois disso os
filhos de Israel se cansaram do maná diário. Eles começaram a recordar dos
pepinos, melões e alhos existentes no Egito. Eles também queriam carne para
comer. E então, eles culparam a Moisés de novo: "Agora, porém, seca-se a
nossa alma, e nenhuma coisa vemos senão este maná" (Números 11:6). Moisés
contou ao Senhor como estava a situação. Deus enviou muitas codornizes que
caíram por toda parte no acampamento. Os israelitas comeram tanta carne que
ficaram doentes. Os filhos de Israel estavam sempre reclamando; e com freqüência
se rebelavam. Algumas vezes eles ameaçaram usar armas contra Moisés. Outras
vezes eles se rebelaram contra o próprio Deus. Estes ex-escravos não eram
pessoas de atitudes nobres. Eles se desesperavam ao menor sinal de adversidade.
Mas durante todo o período de caminhadas no deserto, um homem destacou-se na
multidão. Um homem mostrou sua grandeza diante do povo. Esse homem foi Moisés.
A maioria de nós já ouviu falar da história de Moisés libertando os filhos de
Israel do Egito. Ele é retratado como o grande herói que entra no palácio do
Faraó e exige, "Deixe o meu povo ir!" Ele permanece firme quando
Faraó ameaça. Ele é retratado como o grande libertador que acalma o povo
enquanto Faraó os persegue com seu exército. "Aquietai-vos", disse
Moisés, "e vede o livramento do Senhor, que hoje, vos fará." (Êxodo
14:13). Moisés passou a ser considerado um herói quando estendeu o braço e
levantou o seu cajado sobre o Mar Vermelho, seguindo as ordens de Deus, e as
águas se abriram, criando um caminho de fuga. Moisés foi, realmente, um heróico
libertador. Mas, há um outro aspecto ainda mais importante. O verdadeiro teste
do seu caráter ocorreu durante aquele tempo no deserto. É onde percebemos sua
grandeza moral. Pois foi no deserto que ele enfrentou às maiores provações.
Sejamos francos, todos nós reclamamos ás vezes. Faz parte da natureza humana.
Nos queixamos e lamentamos quando passamos por dificuldades. Queremos culpar
alguém quando estamos tristes. Queremos culpar alguém quando as coisas não dão
certo. É da natureza humana. Mas também é da natureza humana não gostar de
receber criticas. Ninguém gosta de levar a culpa por coisas além do seu
controle. A situação fica ainda mais difícil quando a culpa e a murmuração vêm
de pessoas por quem você se sacrificou. Moisés havia abandonado os palácios do
Egito. Ele havia deixado uma vida de prazeres e conforto. Ele havia escolhido
ficar ao lado do oprimido povo de Deus. Moisés os havia ajudado. Deus os havia
ajudado. Mas agora eles não estavam sendo agradecidos. No momento em que as coisas
se tornavam difíceis eles passavam a atacá-lo. Foi difícil para Moisés agüentar
isto. Ele era um ser humano. Ele se cansava. Ele se decepcionava. Mas mesmo
assim, por diversas vezes, Moisés conseguiu incentivar o povo a buscar uma
solução em Deus. Ele era um bom pastor ali no deserto. Os filhos de Israel se
voltavam contra ele por qualquer coisa. Mas Moisés estava sempre disposto a
ajudá-los. Ele estava sempre apontando o caminho certo rumo à Terra Prometida.
Ele estava sempre lembrando o povo da aliança que tinham com o Deus Eterno. Nós
poderíamos perguntar, como Moisés conseguiu? Como ele conseguiu liderar
pacientemente com aquele povo ingrato? Como ele conseguiu não se deixar abater
pelas murmurações e críticas? Como ele permaneceu acima da mesquinhez do povo?
Eu creio que o registro bíblico nos dá uma resposta surpreendente. A Bíblia
fala de uma fonte que Moisés descobriu. Foi algo que lhe deu força. Foi algo
que lhe deu firmeza, algo que lhe deu coragem e fé. E é algo que pode nos
proporcionar a mesma coisa hoje. Um belo dia no deserto, Moisés começou a subir
uma montanha rochosa. Enquanto subia ele percebeu que havia escurecido. Uma
nuvem tinha encoberto o monte, espessa e escura como a fumaça de uma fornalha.
Tudo parecia indicar que algo importante estava para acontecer. Trovões soavam
e relâmpagos riscavam o céu. O monte tremia violentamente. Entretanto Moisés
continuou subindo. Ele continuou subindo porque o Senhor do céu e da terra
desceria naquele monte, a fim de encontrá-lo. Ele foi tateando pelos caminhos
da encosta até conseguir chegar ao topo do monte. E lá, rodeado pelo fogo e
pela fumaça, Moisés ouviu a voz de Deus. Ela soou mais clara que um trovão.
Isto foi o que Deus disse: "Eu sou o Senhor, teu Deus, que te tirei da
terra do Egito, da casa da servidão. Não terás outros deuses diante de
mim." (Êxodo 20:2 e 3). Este foi o primeiro dos Dez Mandamentos que Deus
deu a Moisés. Deus escreveu esses mandamentos com seu próprio dedo em tábuas de
pedra. Moisés levaria essas tábuas para os filhos de Israel. Elas se tornariam
a espinha dorsal da eterna aliança de Deus com o Seu povo. Estes eram os
preceitos morais essenciais sobre os quais seria construída a vida da nação.
Infelizmente, os Hebreus com freqüência se esqueceram dessa aliança com Deus.
Algumas vezes eles rejeitaram os Dez Mandamentos. Na verdade, eles construíram
um bezerro de ouro e passaram a adora-lo, bem ali ao pé do Monte Sinai,
quebrando o primeiro mandamento que diz "não terás outros deuses diante de
mim." Quase ao mesmo tempo em que o mandamento foi dado, eles o quebraram.
Mas Moisés não rejeitou a lei. Moisés não se esqueceu dela. Os Dez Mandamentos
eram importantes para ele. A lei de Deus era altamente estimada por ele. Para
os filhos de Israel, o Deus do céu parecia um tanto intimidador. Eles
estremeceram ao pé do Monte Sinai, em meio ao fogo, fumaça e tremor de terra.
Eles disseram a Moisés, "fale você conosco, e não o Senhor." Eles
queriam manter Deus à distância. Eles olhavam para os Dez mandamentos como uma
obrigação necessária. Mas Moisés tinha subido para se encontrar com Deus no
monte. Êxodo, capítulo 33:11 nos diz o seguinte: "O Deus Eterno falava com
Moisés face a face, como alguém que conversa com um amigo". (Nova Tradução
na Linguagem de Hoje). É claro que Moisés não podia olhar diretamente para a
glória de Deus. Num dado momento, o Senhor colocou Moisés na fenda de uma rocha
e passou por perto, para que ele pudesse ver de relance a sua Glória. Mas os
dois conversaram longamente sobre assuntos importantes. Para Moisés, era como
se ele estivesse conversando face a face com Deus. Para Moisés era como se ele
estivesse conversando com um amigo. Este encontro de Moisés com Deus se
refletiu em sua face. "Quando Moisés desceu do monte Sinai, o seu rosto
estava brilhando, pois ele havia falado com Deus. Mas ele não sabia
disso". (Êxodo 34:29) (Nova Tradução na Linguagem de Hoje). Quando Moisés
desceu do Monte Sinai, ele não estava trazendo algo negativo, ele não estava
trazendo apenas uma lista de exigências. Não. Ele estava trazendo uma revelação
gloriosa! Ele havia se aproximado da sublimidade, do poder supremo e da
majestade de Deus. Os Dez Mandamentos eram uma expressão do sublime caráter de
Deus. Eles revelavam verdades eternas. Aqueles princípios eram mais importantes
do que a própria vida. Amigo, eu creio que este era o segredo por trás da força
de Moisés. Aqueles princípios davam a Moisés grandeza moral para se erguer
acima da ingratidão do povo. Aqueles princípios o sustentavam, enquanto todos
os demais murmuravam e lamentavam. Moisés encontrou algo em que se firmar, algo
nobre, algo glorioso, algo seguro, algo firme, algo sólido. Ele encontrou
princípios morais que vieram diretamente de Deus. Amigo, para permanecer firme,
é preciso se firmar em algo. Isto é o que a vida de Moisés nos ensina. A
qualidade de nossa vida é determinada pela forma como nos relacionamos com os
princípios eternos. Se ficarmos oscilando entre um e outro impulso, se
simplesmente reagirmos à nossas vontades momentâneas, então acabaremos presos a
nossos desejos egoístas. Ficaremos aprisionados murmurando. Ficaremos vagando
pelo deserto. A lei eterna de Deus nos dá algo a mais. Ela nos leva a um lugar
maior. Ela nos mostra uma melhor maneira de viver. Os Dez Mandamentos são a
maneira de Deus nos dizer, "você pode se firmar aqui." Você pode se
firmar na honestidade e na verdade. "Não dirás falso testemunho".
Você pode se firmar na fidelidade e na pureza. "Não adulterarás".
Você pode se firmar na gratidão e no contentamento. "Não cobiçarás a casa
do próximo". Os Dez Mandamentos constituem uma base sobre a qual podemos
nos firmar. Eles nos apresentam uma meta a alcançar. Eles estabelecem um
parâmetro para a nossa vida. Considere o quarto mandamento, por exemplo,
"Guarde o Sábado, que é um dia santo. Não faça nenhum trabalho no sétimo
dia". A maioria das pessoas hoje simplesmente ignora este mandamento - até
mesmo a maioria dos cristãos. Mas pense um pouco. Não necessitamos deste dia de
descanso espiritual mais do que nunca? Não necessitamos de uma pausa de qualidade
em nossa agitada luta pela sobrevivência? O quarto mandamento nos chama de
volta para o Sábado, nos chama de volta para algo que necessitamos. É isso o
que a lei eterna de Deus pode fazer. Não é algo que muda conforme a maré. Não é
alterada aqui e ali pela vontade das pessoas. Não. Ela é a imutável expressão
do caráter de Deus. A Lei de Deus é uma base segura sobre a qual podemos nos
firmar. Esta é a razão pela qual a lei é celebrada com tanto entusiasmo na
Bíblia. Atente para o seguinte salmo de Davi: "A lei do Senhor é perfeita
e restaura a alma; o testemunho do Senhor é fiel e dá sabedoria aos símplices.
Os preceitos do Senhor são retos e alegram o coração; o mandamento do Senhor é
puro e ilumina os olhos." (Salmo 19:7 e 8). Os autores da Bíblia dizem a
uma só voz: a lei é algo bom e nobre. A lei de Deus é perfeita e segura, mesmo
quando meus impulsos me puxam na direção oposta. A lei de Deus é reta e pura,
mesmo quando não sinto vontade de obedece-la. E Moisés iniciou essa maravilhosa
tradição. Ele foi o primeiro a defender a imutável lei de Deus. Ele foi o
primeiro a reconhecer a preciosidade destes princípios divinos. Ele foi o
primeiro a segurar aquelas tábuas de pedra nas mãos. E o resultado pôde ser
visto! Seu rosto brilhou no meio do deserto. Seu rosto brilhou em meio a uma
multidão volúvel. Moisés se manteve firme, porque ele se firmou em algo eterno.
Moisés manteve-se firme quando se sentiu sufocado por suas responsabilidades
como juiz. Houve época em que ele passava o dia todo resolvendo discórdias
entre o povo. Seu sogro Jetro viu o que estava acontecendo e deu a Moisés um
conselho. Ele disse o seguinte: "você precisa delegar. Você precisa
escolher homens capazes que possam atuar como juízes sob a sua direção"
(Veja Êxodo 18). Bom, Moisés não se sentiu ameaçado com isso. Ele não ficou
apegado ao poder. Ele humildemente ouviu ao seu sogro pois percebeu que era uma
boa idéia. Moisés se manteve firme quando seu braço direito, Arão, passou a
invejá-lo. Sua irmã Miriã, encorajou a Arão em sua ambição. Eles começaram uma
campanha de auto-promoção. Eles começaram a dizer: será que o Senhor falou
somente por Moisés? Não falou o Senhor por nós também? (Números 12:2). Bom, um
dia, a pele de Miriã ficou leprosa. E de repente, a ambição dela e de seu irmão
foi consumida pelo medo. Eles perceberam que haviam sido muito tolos e cegos.
Como Moisés reagiu? Será que Moisés disse que eles ganharam exatamente o que
mereciam? Não, ao invés disso "Moisés clamou ao Senhor, dizendo: Ó Deus,
rogo-te que a cures" (Números 12:13). Moisés não se deixava dominar por
sentimentos de inveja ou ambição. Ele estava acima disso. Ele tinha algo em que
se firmar. Algumas vezes, o Senhor ameaçou vir e castigar aquele povo que
reclamava e murmurava no deserto. Algumas vezes ele testou Moisés prometendo
fazer dele uma nova e melhor nação. Mas Moisés sempre intercedeu com Deus em
favor do povo. Durante uma crise, ele orou durante quarenta dias e quarenta
noites por eles! Sua voz podia ser ouvida clamando nas areias do deserto: "Perdoa,
pois, a iniqüidade deste povo, segundo a grandeza da tua misericórdia e como
também tens perdoado a este povo desde a terra do Egito até aqui" (Números
14:19). Moisés foi grande. Ele se firmou em princípios. Ele se manteve acima da
vingança, acima da mediocridade, acima de interesses pessoais. Até hoje Moisés
é admirado. Sua vida é um exemplo para nós. Sua vida demonstra que vale a pena
seguir os princípios de Deus. Jesus Cristo, certa vez, resumiu a lei da
seguinte forma: "Ame o Senhor, seu Deus, com todo o coração, com toda a
alma e com toda a mente." Este é o maior mandamento e o mais importante. E
o segundo mais importante é parecido com o primeiro: "Ame os outros como
você ama a você mesmo" (Mateus 22:37-39 - Nova Tradução na Linguagem de
Hoje). Ame a Deus. Ame o próximo. Esta é a essência da eterna lei de Deus. Esta
é a base segura em que podemos nos firmar hoje. Foi isso que Moisés descobriu
quando subiu ao topo do Monte Sinai. Esta foi a mensagem ouvida em meio aos
trovões, relâmpagos, fumaça e fogo. Você já descobriu que a Lei de Deus é uma
base segura sobre a qual se firmar? Você consegue permanecer acima da pressão
da multidão? Você consegue viver acima das pressões de seus próprios impulsos?
Nós necessitamos da lei de Deus, os princípios de Deus, como o fundamento da
nossa vida moral. Nós necessitamos de algo firme sobre o qual nos firmarmos.
Que tal neste momento se firmar sobre o seguinte: Amar a Deus sobre todas as
coisas e ao próximo como ao si mesmo? Vivemos hoje numa sociedade, numa época de
relativismo moral. Uma época em que as pessoas dizem, "eu posso avaliar a
minha vida pelos padrões da minha própria mente." Mas isto nos deixa como
folhas nos ventos de outono, como blocos de madeira lançados num mar de
incerteza. Deus promete escrever a sua Lei no coração de todos aqueles que
colocam a sua fé em Seu filho, Jesus, e em Seu sacrifício por nossos pecados.
Deus promete nos capacitar a permanecermos firmes, ao nos colocarmos ao lado de
Jesus. Então, eu lhe convido neste momento a responder ao convite de Deus. Eu
lhe convido a assumir o compromisso de seguir o que é bom e correto, o que é
puro e verdadeiro. Moisés firmou-se corajosamente sobre os princípios de Deus
no deserto. Vamos nos unir a ele. Vamos subir a montanha. Vamos nos submeter à
Palavra do Deus Todo Poderoso.
EU TE SEGUIREI, JESUS Letra e Música: Williams Costa Jr. Eu
Te seguirei, Jesus. Eu Te seguirei, Senhor. Mesmo que eu enfrente sofrimento,
eu Te seguirei, Jesus. Tu mudaste toda a minha vida, fui gerada em novo
nascimento. Onde posso ir, se não for contigo?! Tu és meu Senhor e Rei. Eu Te
seguirei, Jesus. Eu Te seguirei, Senhor. Mesmo que eu enfrente sofrimento, eu
Te seguirei, Jesus. Tudo que não quero isso faço. Não existe bem nenhum em mim.
Como conseguir ser vitoriosa? Só por Teu poder, meu Deus. Eu Te seguirei,
Jesus. Eu Te seguirei, Senhor. Mesmo que eu enfrente sofrimento, eu Te
seguirei, Jesus. Gravado por Sonete no EELP nº 0194 do Ministério Está Escrito
ORAÇÃO: Querido Pai, precisamos dos Teus princípios em
nossa vida. Sozinhos nós acabamos falhando. Sozinhos acabamos sendo egoístas.
Mas agora queremos nos firmar em Ti. Agora queremos nos firmar na Tua Palavra.
E fazemos isso depositando a nossa confiança em Jesus Cristo como o nosso
Senhor e Salvador. Queremos nos firmar nEle. Queremos que a Tua lei seja
escrita em nosso coração. Queremos crescer em Tua graça e verdade. Obrigado por
nos capacitares a obedecer a Tua Lei de Amor. Em nome de Jesus, amém
59
UM CANTOR NA ESCURIDÃO
Pr. Mark Finley
Ele foi espancado violentamente por ter levado as boas
novas do evangelho a um povo extremamente apegado a ídolos. Ele foi arrastado
para fora da cidade e considerado morto. Mas ninguém contava com a força
existente na mensagem que ele levava. Ninguém imaginava que, depois de tudo que
havia acontecido, ele voltaria, e continuaria corajosamente em sua missão. O
navio havia enfrentado uma forte tempestade no Mar Adriático por 14 dias. A
tormenta não dava sinais de ir embora. As duzentas e setenta e seis pessoas a
bordo não viam o sol e as estrelas há mais de uma semana. Cercadas por um mar
violento e um chuvoso céu escuro elas haviam perdido totalmente a noção de
tempo e espaço. Até os experientes marinheiros haviam perdido a esperança de
sobreviverem. Eles haviam feito o que podia ser feito - reforçaram a viga
mestre com cabos, lançaram fora o carregamento para aliviar o navio. Mas a
embarcação estava afundando mesmo assim. Enquanto as agitadas ondas sacudiam o
navio, todos se agarravam às cordas e anteparos, tomados de medo e desespero.
Os passageiros não comiam há dias. Mas um homem naquele navio não tinha sido
vencido pelo medo. Um homem permanecia calmo apesar da tormenta. Ele era um
prisioneiro que estava a bordo, acorrentado, a caminho do seu julgamento em
Roma. Mas ele se colocou em pé no meio daqueles passageiros desesperados e
declarou: "Eu vos rogo que comais alguma coisa; porque disto depende a
vossa segurança; pois nenhum de vós perderá nem mesmo um fio de cabelo."
(Atos 27:34). Esta foi uma declaração e tanto para se fazer no convés de um
navio que estava afundando no meio de uma tempestade. Mas quem disse isso não
era de um homem qualquer. Ele pegou um pão e, erguendo-o em direção ao céu, deu
graças a Deus por aquele alimento. Então ele, partiu o pão e começou a comer,
seguro do que estava fazendo. Os outros passageiros, ao verem aquilo, começaram
a se animar. Aos poucos, eles perceberam que precisavam comer e também se
alimentaram. Depois disso, o navio encalhou e acabou se partindo por causa das
ondas. Mas todas as pessoas conseguiram chegar até a praia nos destroços do
navio. Nem uma pessoa perdeu a vida. Quem era esse prisioneiro cuja calma na
tempestade ajudou a todos a chegarem em segurança? Ele era um missionário
aprisionado por proclamar o evangelho de Jesus Cristo. Ele era o Apóstolo
Paulo, ocupado em virar o mundo de cabeça para baixo. Você já deve ter ouvido
falar de Paulo como o perseguidor que se transformou no grande defensor da fé.
Já deve ter ouvido falar de Paulo como o grande teólogo. Já deve ter ouvido
falar de Paulo como o grande missionário da igreja. Mas neste capítulo, eu
quero que você conheça Paulo, o corajoso. Eu digo "corajoso" no real
sentido da palavra. Ele era um homem muito corajoso. Ele foi um dos homens mais
resistentes e perseverantes que já existiram. Paulo era valente. Deixe-me
contar outro exemplo impressionante. Durante uma de suas viagens missionárias,
este apóstolo visitou uma cidade chamada Listra. Enquanto estava lá falando da
sua fé em Jesus Cristo, ele curou um aleijado. Os cidadãos de Listra ficaram
entusiasmados. Eles começaram a gritar, "os deuses desceram até nós!"
(Atos 14:11). A multidão fez um verdadeiro alvoroço. Havia um enorme templo a
Zeus naquela cidade e o sacerdote de lá decidiu oferecer o sacrifício de um
touro a Paulo. Paulo e seu amigo, Barnabé, correram até a multidão e pediram
que parassem. "Somos homens iguais a vocês," eles disseram. "E
viemos aqui para ajudá-los a se voltarem desses ídolos vãos para o Deus Vivo que
fez o céu e a terra." Com alguma dificuldade, Paulo conseguiu evitar que o
povo de Listra viesse a adorá-los. Mas, pouco tempo depois, Paulo enfrentou um
grande problema. Alguns Judeus de Antioquia que odiavam o apóstolo entraram em
cena. Eles instigaram a multidão contra ele. O povo de Listra acabou produzindo
um alvoroço novamente. Desta vez acusando a Paulo de ser um inimigo dos seus
deuses! Gritos viraram empurrões. Empurrões viraram pancadas. E finalmente, a
multidão começou a apedrejar o apóstolo Paulo até ele cair inconsciente. Ele
recebeu tantas pedradas que foi dado como morto. Então a multidão o arrastou
para fora da cidade. Depois que todos se foram, os fiéis amigos de Paulo
reuniram-se em volta do seu corpo, com lágrimas nos olhos. Mas para surpresa
deles, ele se mexeu e sacudiu a cabeça. Depois, Paulo ficou de pé e voltou
novamente para Listra. No dia seguinte, ele partiu para mais uma viagem
missionária - para Derbe, uma cidade a 100 Km de distância. Nada era capaz de
abater este homem. Nada era capaz desviar este homem do seu caminho. Ele sofreu
um naufrágio; foi apedrejado; foi açoitado com varas; vivia tendo que fugir
para não morrer. Mas ele prosseguia em sua missão. Agora eu gostaria que você
pensasse nesta importante pergunta - por que? Por que Paulo era tão valente?
Qual era o segredo por trás da sua coragem? Este conhecimento seria muito útil
para nós. Poderíamos utilizar semelhante coragem nas tempestades da vida. Não
seria ótimo conseguirmos nos recompor, como ele fazia, ao nos sentirmos
derrotados e abatidos? Qual era o segredo de Paulo? Olhemos para alguns
indícios. O primeiro surge de algo que Paulo escreveu no final de sua vida. Ele
estava olhando para traz, recordando a sua fé. E o que ele disse serve como um
importante indício sobre o que o fazia ser assim. Está em sua última carta,
segunda Timóteo. "Quanto a mim estou sendo já oferecido por libação, e o
tempo da minha partida é chegado. Combati o bom combate, completei a carreira,
guardei a fé. Já agora, a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto
juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam
a sua vinda." (2 Timóteo 4:6-8). Paulo combateu o bom combate, o bom
combate da fé, como ele mesmo descreveu. E no que ele pensou enquanto refletia
sobre sua jornada de vida? Ele pensou no que estava guardado para ele, guardado
no céu. Ele pensou na coroa da justiça. Ele pensou na recompensa que será dada
a todos os que amam a vinda de Cristo. O que fica claro em todos os relatos de
Paulo é o seguinte: ele foi um bom soldado da fé porque manteve seus olhos
fixos no prêmio futuro; ele sabia para onde estava indo; ele tinha uma direção
na vida; ele sabia o que lhe aguardava além desta vida. E por que ele tinha
tanta segurança? Por que ele via de forma tão clara esse prêmio após a morte?
Por causa de um fato importantíssimo: a ressurreição de Jesus Cristo. Esse fato
resplandece em todas as cartas de Paulo. Veja o que ele escreveu aos cristãos
de Roma: "Ora, se já morremos com Cristo, cremos que também com ele
viveremos, sabedores de que, havendo Cristo ressuscitado dentre os mortos, já
não morre; a morte já não tem domínio sobre ele." (Romanos 6:8-9). A
ressurreição era sempre o ponto central nas pregações de Paulo por todo o mundo
Mediterrâneo. Ele próprio tinha visto o Cristo ressurreto um dia na estrada
para Damasco. Aquela revelação o fez deixar de ser um fanático religioso, um
perseguidor. Agora ele não podia parar de falar sobre a graça, o amor, a
alegria e a paz que fluem daquele Cristo Vivo. O apóstolo Paulo cria que a ressurreição
de Cristo havia mudado a história, havia mudado tudo. O primeiro registro de
uma pregação de Paulo está em Atos, capítulo 13. Ele chegou em Antioquia e
decidiu falar na sinagoga dali. Paulo relembrou a história de Israel, mostrando
como ela havia alcançado seu clímax com a vida de Cristo. E depois, o Apóstolo
fez a seguinte declaração: "Nós vos anunciamos o evangelho da promessa
feita a nossos pais, como Deus a cumpriu plenamente a nós, seus filhos,
ressuscitando a Jesus, o ressuscitou dentre os mortos para que jamais voltasse
à corrupção." (Atos 13:32-34). Paulo era fortalecido por este fato: Deus
ressuscitou Jesus dentre os mortos. Nós o vemos proclamando a mesma verdade na
cidade de Tessalônica. Atos 17 nos diz que ele passou algum tempo em
Tessalônica: "expondo e demonstrando ter sido necessário que o Cristo
padecesse e ressurgisse dentre os mortos; e este, dizia ele, é o Cristo, Jesus,
que eu voz anuncio." (Atos 17:3). Posteriormente, Paulo foi pregar aos
filósofos de Atenas. Ele falou sobre o Criador em Quem nós existimos. E depois,
ele falou a estes céticos pagãos acerca do Juízo porvir. Suas palavras foram:
"Pois Ele [Deus]... vai julgar o mundo com justiça, por meio de um homem
que escolheu. E deu prova disso a todos quando ressuscitou esse homem".
(Atos 17:31). Quando ele foi trazido perante Fariseus e Saduceus para responder
a acusações, Paulo declarou que ele estava sendo julgado porque ele cria
"que os mortos vão ressuscitar" (Atos 23:6). Quando trazido perante o
rei Agripa, ele testificou acerca do Cristo que estava destinado a sofrer e a
se tornar o primeiro a ressuscitar dentre os mortos. (Atos 26:23). Você vê, a
vida de Paulo mudou drasticamente quando ele conheceu o Cristo vivo, quando ele
se convenceu da realidade da ressurreição. E não foi uma simples questão de
troca de religião, passando de um lado para outro. Saulo, o fanático fariseu,
não apenas tornou-se Paulo, o fanático cristão. Não! Paulo vivenciou uma
profunda transformação. O Cristo vivo passou a habitar nele. E ele podia dizer,
"para mim, o viver é Cristo." (Filipenses 1:21). Saulo, o orgulhoso
intelectual, acostumado a uma vida de privilégios, tornou-se Paulo, o servo,
que enfrentou constantes privações em nome do povo que ele amava. Paulo viu
algo que mudou radicalmente a sua perspectiva. Os carrascos foram implacáveis
com Cristo. Eles foram implacáveis na cruz. Eles tentaram degradá-lo e
desumanizá-lo. Mas o humilde servo Jesus provou ser mais forte do que todos os
seus inimigos. Ele venceu a própria morte. E isto significa que o reino de
Cristo é um reino que durará para sempre. A mensagem de Cristo irá prevalecer
sobre todo domínio, autoridade e poder. Paulo viu que a graça de Jesus Cristo
irá triunfar no final. O amor sacrificial de Jesus Cristo irá triunfar no
final. A misericórdia e a paciência de Jesus Cristo irão triunfar no final.
Estas são as coisas que durarão para sempre. E assim, Paulo foi tocado pela
graça, pelo amor sacrificial, pela misericórdia infinita de Deus. Foi isto que
lhe deu perseverança; foi isso que lhe deu resistência. Foi isso que o tornou
tão valente em circunstâncias tão difíceis. Sabe, os gregos que ouviram a Paulo
em Atenas tinham uma filosofia alternativa. Uma filosofia alternativa sobre o
que triunfaria no final. Basicamente, eles colocavam a sua esperança na alma
humana, a alma humana imortal, assim chamada. Esta era a idéia deles. Uma idéia
que, aos poucos, penetrou no pensamento cristão. Mas que veio de Platão, dos
gregos. Para eles o mundo físico estava sujeito ao declínio mas a alma vivia
para sempre. E eles buscavam desenvolver uma alma capaz de sobrepor aos altos e
baixos da vida, uma alma capaz de ficar tranqüila diante das adversidades, uma
alma capaz de resistir à privações sem desanimar. Os filósofos estóicos, em
particular, enfatizavam isso. Mas Paulo tinha uma perspectiva muito diferente,
uma fonte de energia muito diferente. Ele não buscava dentro de si mesmo algum
elo com a imortalidade, através de uma alma imortal. Ele se voltava para fora,
para um fato de muita, de extrema importância: a realidade da ressurreição de
Jesus. Esse Jesus foi um homem que venceu a morte, ponto. Ele foi um homem que
se ergueu acima de todo principado, toda potestade das trevas. Paulo sentiu
vontade de ser plenamente fiel a este Deus. Ouça seu alegre testemunho em uma
carta aos Filipenses. Paulo está falando sobre sua antiga vida privilegiada
como um fariseu de fariseus e então ele escreveu: "considero tudo uma
completa perda, comparado com aquilo que tem muito mais valor, isto é, conhecer
completamente Cristo Jesus, o meu Senhor. Eu joguei tudo fora como se fosse
lixo, a fim de poder ganhar a Cristo". (Filipenses 3:8) Paulo, de fato,
perdeu sua posição na alta sociedade. Ele foi desprezado. Ele se tornou um
fugitivo, perseguido por fanáticos judeus. Mas ele considerou todos os seus
antigos privilégios e honras como lixo comparado à sublimidade de conhecer a
Cristo como Senhor, de experimentar a amizade deste homem, de conhecer, como
ele diz alguns versos depois, "o poder de sua ressurreição." (verso
10). A ressurreição de Jesus foi o evento máximo na vida de Paulo. Foi um
impacto na história. Foi um impacto para Paulo, pessoalmente. Representou o
poder vivificante de Deus. Representou o Deus capaz de intervir na noite mais
escura e torná-la uma nova manhã, o Deus capaz de transformar a maior tragédia,
a morte na cruz, na mais gloriosa redenção. Paulo era um ardente defensor do
Cristo ressurreto. E as privações não significavam grande coisa para um homem
que já havia perdido tudo. As privações não eram grande coisa para um homem
cuja esperança estava em Alguém fora das confusões deste mundo. Amigo, muita
gente acredita que, para se tornar valente é preciso se tornar duro, é preciso
ter um coração de pedra. Mas Paulo ensina que você se torna valente quando se
torna manso por dentro. Você adquire resistência e perseverança ao responder ao
convite do gracioso Cristo ressurreto. Paulo prova para nós hoje que este é o
tipo de valentia que vale a pena ter. Este é o tipo de força espiritual
interior que vale a pena conquistar. Paulo provou isso várias vezes. Ele provou
isto em uma noite escura na cidade de Filipos. Paulo e seu companheiro, Silas,
foram lançados num calabouço frio e úmido. Seus pés foram presos a troncos.
Suas costas estavam em carne viva por causa dos açoites. Os juizes locais os
açoitaram com varas porque alguns adivinhadores da cidade se ofenderam com a
mensagem deles. A hora? Era meia-noite. O único som eram os gritos angustiados
dos prisioneiros ecoando nas paredes de pedra. Então, um outro som começou a
sair daquela prisão. Era o som de Paulo e Silas orando ao seu Deus. Era o som
de Paulo e Silas cantando louvores ao Deus ressuscitado, ao Deus Vivo. Era o
som de dois homens que acreditavam que Deus podia penetrar nos lugares mais
escuros. Era um som de júbilo que calou todos os outros sons naquele calabouço.
Todos os outros prisioneiros pararam de murmurar e ouviram atentamente aqueles
belos cânticos. Por que Paulo e Silas foram tão valentes naquele lugar
terrível? Por que eles agüentaram firme? Porque não queriam que ninguém visse o
sofrimento deles? Porque eles estavam furiosos com seus perseguidores? Não.
Paulo e Silas foram muito valentes porque se tornaram muito mansos. Eles
estavam respondendo ao Deus que os amava ternamente. Eles estavam cantando ao
Senhor que havia sido bondoso para com eles. Eles estavam erguendo louvores ao
Deus que tinha a vida eterna em Suas mãos. Nós ficamos valentes quando nos
tornamos mansos, quando permitimos que nosso coração se torne maleável, quando
permitimos Jesus entrar, preencher e modelar o nosso coração. Paulo foi um dos
seres humanos mais valentes que já existiu neste planeta. Ele foi valente no
meio de uma tempestade no mar. Ele foi valente quando açoitado. Ele foi valente
quando apedrejado. Ele foi valente quando quase dilacerado por uma multidão.
Por que? Porque a devoção ao Cristo vivo preenchia seu coração. Porque uma
enorme segurança abrandou seu coração. Porque uma grande esperança aqueceu seu
coração. Esta foi a razão de Paulo ter sido tão corajoso nas piores
circunstâncias. Seu exemplo é relevante para nós ainda hoje. Seu testemunho nos
aponta para um lugar melhor. Sua vida nos convida a estarmos firmados em
Cristo. Você está firme nas mãos do Cristo vivo hoje? Você está seguro de que o
reino dEle durará para sempre? Você tem a coragem que somente é possível a um
coração manso? Eu lhe convido, agora mesmo, a vir até este Senhor ressurreto e
prostrar-se aos Seus pés, assim como Paulo fez. Deixe ali o orgulho. Deixe ali
o medo. Deposite tudo aos pés de Jesus. Deixe ali a sua culpa também, e você
também poderá experimentar o poder da ressurreição de Cristo.
ESCOLHI LOUVAR O TEU NOME Letra e Música: Jader Santos Pai,
a Ti o meu viver entrego Sinceramente eu te peço: Vem ser comigo, meu Senhor
Tentei ser forte mas eu já falhei. Mil vezes já me perguntei: Por quê? Se tudo
é tão frio, se o sol já fugiu E eu nem consigo mais cantar Vem, acalma o meu
coração. CORO Eu hoje escolhi louvar Teu nome Pois eu sei o Deus que Tu és.
Ainda está escuro, mas eu sigo pela fé. Eu hoje escolhi louvar Teu nome, Porque
esse é Teu querer O Teu amor é vida, dessa vida eu quero ter. Pai, o medo, às
vezes, é cortante Vem visitar-me a todo instante Vem juntos a ti eu quero estar
Meu Pai, talvez não saiba não saiba nem pedir Mas vem com Teu amor ouvir o meu
clamor. Se tudo é tão frio, se o sol já fugiu E eu nem, consigo mais cantar
Vem, acalma o meu coração. Gravado por Fernando Iglesias, Interpretado por
Ronaldo Fagundes.
ORAÇÃO: Querido Pai, precisamos da Ti. Tentamos dirigir a
nossa vida sozinhos, mas não deu certo. Tentamos suportar as adversidades e
pressões sozinhos, mas não conseguimos. Agora, entregamos a nossa vida ao
Cristo Vivo. Queremos nos dedicar a Ele. Queremos ser fortalecidos pelo poder
dEle. Por favor receba-nos. Em nome de Jesus Cristo, nosso Senhor e salvador.
Amém
60
O MAIS IMPORTANTE ACONTECIMENTO
DA HISTÓRIA
Pr. Mark Finley
Foi a ação mais corajosa de toda a história. Ele passou
pelo pior que um ser humano poderia passar, e mesmo assim permaneceu firme,
centrado, seguro de Sua missão. Mas, será que entendemos exatamente o que Jesus
estava defendendo quando foi erguido naquela cruz sobre um monte chamado
Gólgota? A morte de Jesus Cristo nas mãos dos Romanos, no ano 31 da nossa era,
foi um evento que repercutiu ao longo da história. Provocou um forte impacto
nas pessoas, desde aquela época até os dias de hoje. E quando pensamos na cruz,
certas imagens vêm à mente. Nós pensamos no "Servo Sofredor". Esta é
uma imagem apresentada pelo profeta Isaías. Ele descreve um homem desprezado e
rejeitado por todos, um homem de dores, um homem oprimido e humilhado. (Isaías
53:3,7). Esta profecia messiânica mostra que Cristo seria um Servo Sofredor.
Aquele que "derramou a sua alma na morte; e... foi contado com os
transgressores." (Isaías 53:12). E então temos a imagem de Cristo como o
perfeito Cordeiro de Deus, o manso Cordeiro que foi levado para ser
sacrificado. Todos os sacrifícios de cordeiros sem defeito do Velho Testamento
oferecidos no altar apontavam para a morte de Cristo na cruz. Isaías acrescenta
algo a este quadro. O profeta escreve que, embora Ele tenha sido maltratado e
torturado, "Ele... não abriu a boca; como cordeiro foi levado ao
matadouro; e, como ovelha muda perante os seus tosquiadores, ele não abriu a
boca." (Isaías 53:7). Este é o exemplo máximo de "dar a outra
face", de não pagar o mal com o mal. Jesus na cruz é um exemplo
impressionante de um homem justo que absorve toda a crueldade humana, sem
revidar, sem condenar. Jesus transmitiu amor até o Seu último suspiro de vida.
Este é um quadro poderoso. Mas eu creio que é importante entender que isto é
apenas parte do quadro. Não é a idéia completa. A cruz nos ensina muito mais do
que vemos a princípio. Jesus Cristo não foi apenas uma vítima no Calvário. Ele
não foi apenas alguém digno de pena. Ele não apenas resistiu. Jesus Cristo não
foi apenas um personagem passivo no drama da cruz. Existe um outro lado do
drama e neste capítulo eu gostaria de repartir com você um outro modo de olhar
para a cruz. No quadro pintado pelos evangelhos, Jesus é o principal personagem
do Calvário. Jesus é, na verdade, o diretor da cena. Ele pode parecer passivo
como um cordeiro. Mas por trás do servo Sofredor, existe um homem de ação, um
homem muito corajoso, um homem passando uma mensagem. Pense um pouco sobre
Jesus, com este outro quadro em mente. Comece com a noite em que Jesus foi
preso no Jardim de Getsêmani. Estamos acostumados a ver Jesus como alguém que
foi passivamente levado para ser julgado perante as autoridades, alguém que
ficou calado perante os seus acusadores. Agora contemple esta cena pelo ponto
de vista de João. No evangelho de João, vemos Jesus caminhando corajosamente
quando a escolta chega para prendê-lo. Ele pergunta, "Quem vocês
buscam?" Eles dizem, "Jesus, o Nazareno." Observe a resposta de
Jesus: "- Já afirmei que sou eu. Se é a mim que vocês procuram, então
deixem que estes outros vão embora!" (João 18:8 - Nova Tradução na
Linguagem de Hoje). Jesus age rápido para proteger os discípulos que estavam
com Ele. Na verdade, Ele disse, "Eu estou aqui; não estou me escondendo.
Vocês estão me procurando? Então liberem esses homens." Depois, quando
Pedro, num impulso, puxou a espada para enfrentar a multidão, Jesus disse a ele
para guardar a arma. Ele diz o seguinte ao Seu discípulo: "Você não sabe
que, se eu pedisse ajuda ao meu Pai, ele me mandaria agora mesmo doze exércitos
de anjos?" (Mateus 26:53 - Nova Tradução na Linguagem de Hoje) Jesus deixa
claro que ele estava se submetendo à prisão não porque não tivesse outra
escolha, não porque fosse fraco, não porque fosse uma vítima. Ele tinha um
exército de anjos a sua disposição. Ele poderia facilmente vencer a multidão no
Getsêmani. A seguir, Jesus se volta para os que pretendiam prendê-lo e
perguntou: "- Vocês vêm com espadas e porretes para me prender como se eu
fosse um bandido? Eu estava todos os dias ensinando no pátio do Templo, e vocês
não me prenderam. Mas tudo isso está acontecendo para se cumprir o que os
profetas escreveram nas Escrituras Sagradas" (Mateus 26:55-56 - Nova
Tradução na Linguagem de Hoje). Aqui, Jesus desmascara Seus inimigos. Eles
vieram de noite com espadas e porretes. Eles não quiseram prendê-Lo no templo à
luz do dia, sob os olhares do povo. O que eles fizeram, tiveram que fazer às
escuras. Mas Jesus deixou-se prender, porque fazia parte do plano, fazia parte
do plano de salvação de Deus profetizado nas Escrituras. E Jesus, o principal
protagonista, cumpriria a sua parte naquele plano. Poucas horas depois, Jesus é
levado perante o sumo sacerdote e interrogado sobre seus ensinamentos e sobre
as atividades de Seus discípulos. Em sua resposta, Jesus demonstra não ter
ficado intimidado por aquele homem poderoso. "- Eu sempre falei a todos
publicamente. Ensinava nas sinagogas e no pátio do Templo, onde o povo se
reúne, e nunca disse nada em segredo". (João 18:20 - Nova Tradução na
Linguagem de Hoje) O cordeiro de Deus fala com coragem. Ele fala com
propriedade. Jesus, compara Sua franqueza com o sigilo da operação. Foi um
julgamento ilegal, ocorrido no meio da noite, com testemunhas preparadas às
pressas. Jesus expõe os motivos daquele oficial judeu que só queria encontrar
um meio de condená-Lo e entregá-Lo aos romanos. Ele diz ao Seu interrogador,
"Você já sabe tudo sobre meus ensinamentos; tenho pregado nas sinagogas
onde o povo sempre se reúne." Nesta cena não se ouve o lamento de uma
vítima. Ouvimos a resposta corajosa de um Homem que sabe exatamente o que está
fazendo, um Homem que sabe exatamente para onde aquele drama está se dirigindo.
Um pouco depois, encontramos Jesus diante do governador romano, Pilatos. Este é
outro poderoso oficial que assume que Jesus sucumbirá diante da pressão.
Pilatos fica curioso a respeito deste suposto transgressor e lhe faz inúmeras
perguntas. Jesus não responde. Indignado, Pilatos diz, "Você não sabe que
tenho autoridade para lhe soltar e autoridade para lhe crucificar?" (João
19:10). Observe o que Jesus responde. "- O senhor só tem autoridade sobre
mim porque ela lhe foi dada por Deus. Por isso aquele que me entregou ao senhor
é culpado de um pecado maior." (João 19:11 - Nova Tradução na Linguagem de
Hoje) Jesus não "caiu nas garras" de ninguém. Ele poderia escapar se
quisesse. Mas ele decidiu cumprir o seu papel no drama divino até o final. E as
pessoas que pareciam ter todo o poder, as pessoas que pareciam estar no
controle, foram, na verdade, instrumentos involuntários nas mãos de Deus. Jesus
sofreu abusos nas mãos dos soldados romanos, nas mãos dos Seus executores. Seus
inimigos cercaram a cruz, zombaram Dele, acharam que finalmente o tinham
vencido. Mas, em suas últimas palavras, Jesus revela que eles estavam
completamente enganados. Jesus estava cumprindo o plano divino nos mínimos
detalhes. Cada personagem, cada acessório, cada cena naquele drama havia sido
precisamente predito. Tudo serviu para engrandecer o plano da salvação. E
então, em seu último suspiro, Jesus anuncia em grande voz, "Está
consumado! E, inclinando a cabeça, rendeu o espírito." (João 19:30). Está
consumado. Está completo. Eu cumpri o meu objetivo. Ninguém tirou a vida de
Jesus Cristo. Ele "entregou" o espírito. Ele escolheu entregar a sua vida
no Calvário. Este é o outro lado da cruz. Esta é o outro quadro mostrado pelos
evangelhos. Jesus entregou a sua vida. De modo algum ele foi uma vítima; de
forma alguma ele foi alguém passivo. Ele escolheu enfrentar o Calvário. Ele
conduziu a ação. Ele suportou a cruz com um propósito. Ele usou a cruz para
alcançar nosso coração. Ele usou a cruz para revelar o seu amor por nós. Mas
isto levanta uma importante questão. Se Jesus escolheu proclamar uma mensagem
através da cruz, se ele estava querendo transmitir uma mensagem na cruz, que
mensagem ele estava comunicando? Qual a verdadeira mensagem da cruz? Bom,
algumas respostas surgem naturalmente. As pessoas familiarizadas com o
evangelho geralmente têm uma resposta pronta, uma resposta que eles consideram
correta. Para estas pessoas Jesus morreu pela verdade. Foi isso que Jesus fez
lá na cruz? Ele estava defendendo a verdade? Bom, parece plausível. Mas, existe
um grande problema. A verdade não foi bem sucedida no Calvário. De fato, a
verdade foi totalmente pisoteada. Pense bem. Que vozes prevaleceram na
crucifixão? Quem falou mais? Foram aqueles líderes religiosos ciumentos que
ficaram zombando do condenado. Eles não pararam de escarnecer. Eles cercaram a
cruz, e disseram: "Se você é o Filho de Deus, desça da cruz" (Mateus
27:40). Ora, Jesus não desceu da cruz. Ele parecia incapaz de salvar a Si
mesmo. Havia pessoas no local que poderiam testificar da verdade. Elas tinham
sido testemunhas oculares. Elas poderiam ter dito que Jesus havia curado
leprosos, devolvido a vista a cegos e ressuscitado mortos. Elas poderiam dizer
à multidão que seu Mestre havia previsto aquela crucifixão. Mas os discípulos
permaneceram calados. Eles ficaram à distância, à margem dos acontecimentos.
Tudo que eles puderam ver naquele momento foi a tragédia, o triunfo dos
inimigos de Cristo. Não vemos a verdade triunfando gloriosamente no Calvário.
Levando em conta apenas o que estava acontecendo naquele local, se Jesus estava
defendendo a verdade, Ele praticamente não conseguiu ser ouvido. Ao redor da
cruz o que prevaleceu foi o som do escárnio e do desprezo. Bom, consideremos
outra possibilidade. Que outra causa as pessoas costumam defender? Que tal a
justiça? Será que Jesus na cruz estava defendendo a justiça? Será que este foi
o seu objetivo? Parece razoável. Mas de novo, se olharmos apenas para o que
estava acontecendo ao redor da cruz, caímos num grande problema. Se no Calvário
a verdade foi pisoteada, a justiça então foi completamente enterrada. O dia em
que Jesus foi pregado numa cruz foi um dia de terrível injustiça. O julgamento
pelo qual Jesus passou foi tremendamente injusto. A fraqueza de Pilatos diante
da pressão do sumo sacerdote e de seus aliados foi uma grande injustiça. A
multidão gritando, "crucifica-o, crucifica-o!" e suas vozes terem
prevalecido - aquilo foi uma terrível injustiça. Jesus foi torturado sem
nenhuma razão lógica. Cristo foi tratado com desprezo sem nenhuma razão lógica.
Ali estava um homem que todos os dias da Sua vida havia repartido amor e graça
aos que o cercavam. Ele era o mais puro, verdadeiro, e perfeito homem que já
existiu. Mas Ele foi tratado como um criminoso qualquer. Ele foi submetido à
agonia da cruz. É difícil pensar em algo mais injusto, algo mais desonesto. Se
Jesus estava defendendo a justiça no Calvário, poderíamos achar que Ele
fracassou. A justiça, aparentemente, não prevaleceu ali. Da hora em que Cristo
foi preso até a hora em que Ele foi retirado fraturado e morto da cruz a
justiça permaneceu cega. A verdade é algo que as pessoas costumam defender. A
justiça é algo que as pessoas costumam defender. Mas esses ideais não explicam
por que Jesus enfrentou o Calvário. Certamente existem outros meios da verdade
ser revelada. Certamente existem outros meios da justiça ser estabelecida.
Então qual foi o objetivo de Jesus afinal? Lembre-se, Ele não foi uma vítima.
Ele não foi um participante passivo. Jesus foi o principal protagonista de todo
aquele drama. Ele estava passando uma mensagem. Ele enfrentou a cruz com um
claro objetivo em mente. A resposta, meu amigo, é algo inacreditável. A
resposta nos mostra porque a cruz de Cristo foi o acontecimento mais importante
de toda a história. A resposta nos enche de admiração. Jesus assumiu a posição
mais corajosa de toda a história pela seguinte razão, e somente por esta razão.
Jesus veio salvar os mentirosos. Jesus veio salvar os ladrões. Jesus veio
salvar os assassinos. Jesus feio salvar os fofoqueiros e adúlteros. Jesus veio
salvar os indiferentes, veio salvar os insensíveis. Jesus veio salvar os
controladores e manipuladores. Em outras palavras, Jesus veio salvar os
pecadores. Este é o fato mais incrível da história humana. Jesus não suportou o
escárnio, a tortura, a dor e a morte por pessoas dignas. Ele suportou tudo isso
por pessoas falhas e egoístas. Ele enfrentou o Calvário pelas pessoas mais
desprezíveis. O apóstolo Paulo destaca este fato em sua carta aos Romanos:
"Cristo morreu a seu tempo pelos ímpios. Dificilmente, alguém morreria por
um justo; pois poderá ser que pelo bom alguém se anime a morrer. Mas Deus prova
o seu próprio amor para conosco pelo fato de ter Cristo morrido por nós, sendo
nós ainda pecadores" (Romanos 5:6-8). Esta foi a razão de Jesus ter
enfrentado o Calvário. Esta foi a razão da sua morte na cruz. Jesus aceitou
morrer por nós, quando ainda éramos pecadores, quando ainda estávamos
distantes. Por que Jesus permaneceu calado diante dos Seus acusadores em Seu
julgamento? Por que Ele teve tão pouco a dizer em defesa própria? Porque ele
estava agindo para defender a você e a mim. Nós não temos como apresentar
defesa. Não temos nada a dizer. Nós somos culpados. Nós estamos condenados
diante das justas exigências do supremo tribunal de Deus e das leis de Deus.
Cristo não ficou calado por Si mesmo. Cristo ficou calado por você e por mim.
Por que Jesus tropeçou pelas ruas de Jerusalém, carregando aquela pesada cruz?
Por que ele se esforçou para carregá-la, mesmo com as costas em carne viva por
causa das chicotadas dos romanos? Porque Ele estava carregando a cruz por você
e por mim. Ele estava carregando o nosso fardo. Ele estava carregando a nossa
sentença de morte. Ele tinha que se manter firme. Ele tinha que continuar
andando. Ele tinha que caminhar até o Calvário, porque Ele estava carregando a
nossa culpa em Seus ombros. Ele estava carregando as nossas falhas e
imperfeições. Porque Jesus permitiu que os soldados pregassem as suas mãos e
pés nas vigas de madeira? Porque Jesus permaneceu naquela cruz, naquele
instrumento de injustiça, quando ele poderia simplesmente ter se livrado dela?
Porque Ele permaneceu calado quando homens cruéis zombaram da verdade? Ele fez
isso porque ele veio assumir corajosamente o nosso lugar. Ele tinha que
permanecer ali até encontrar a morte. Ele tinha que absorver o horror do
inferno ali. Ele tinha que experimentar o que significa a separação eterna de
Deus. Ele tinha que permanecer ali crucificado entre o céu e a terra para que
nós pudéssemos ser reconciliados com Deus. Ele tinha que enfrentar a cruz como
um malfeitor a fim que nos trazer de volta para perto do Pai. Ele tinha que permanecer
ali como o desprezado e rejeitado a fim de que nós pudéssemos ser bem recebidos
pela graça de Deus. Este é o significado da ação corajosa de Jesus. Esse foi o
papel que Ele escolheu desempenhar. Esse foi o plano que ele se dispôs a
cumprir. Jesus Cristo assumiu a posição mais corajosa da história a favor dos
pecadores. E, nunca se esqueça do seguinte, Ele fez tudo isso por amor! Você
compreende que ao estar de braços abertos na cruz Jesus aos poucos foi ficando
sem ar? O peso de Seu próprio corpo suspenso tornava a respiração difícil. Ele
teve que se firmar sobre os pés, os pés que tinham sido cravados na madeira,
para poder conseguir respirar. Era uma agonia toda vez que ele precisava
respirar. Mas Jesus permaneceu firme. Ele agüentou firme até dizer ao ladrão
arrependido, "Você estará comigo no paraíso" (Lucas 23:43). Ele
firmou os pés contra aqueles pregos, para poder dizer aquelas palavras. Jesus
permaneceu firme até dirigir-se à sua mãe, curvada ao pé da cruz. Ele olhou
para o discípulo, João, que estava próximo dela, e disse à Sua mãe,
"Mulher, eis aí teu filho" (João 19:26). Jesus permaneceu firme até
dizer, "Pai, perdoa-lhes" (Lucas 23:34). Jesus permaneceu firme até
poder dizer, "Está consumado" (João 19:30). Jesus permaneceu firme
até o fim. E ele enfrentou tudo isso por você e por mim. Você compreende o
significado do que Jesus fez naquela cruz no passado? Você compreende porque
este acontecimento é tão significativo para nós? O salvador quer muito que cada
um de nós esteja com Ele no paraíso. Ele quer muito que cada um de nós
experimente o perdão do Pai. Então, precisamos fazer alguma coisa em resposta à
corajosa ação de Cristo. A morte de Cristo na cruz mostra que ele nos ama. Seus
braços abertos são um convite para que o aceitemos. A cruz torna a nossa
fraqueza, a nossa necessidade, muito clara. Ela expõe o pecado em termos muito
claros. E as pessoas, instintivamente não querem ver isso. Nós queremos expor
uma bela aparência. Nós queremos acreditar que somos bons. Mas para sermos
beneficiados pela cruz de Cristo, precisamos reconhecer a nossa separação de
Deus. Precisamos aceitar o fato de que Ele assumiu o nosso lugar. Precisamos da
Sua vida justa para encobrir a nossa vida injusta. Eu lhe convido a vir a
Cristo agora. Eu lhe convido a vir até a cruz onde Cristo morreu pelos ímpios.
Ali você vai encontrar perdão. Ali você vai encontrar aceitação. Existe algum
pecado em sua vida, existe alguma culpa em sua vida? Você, às vezes, sente a
condenação de uma consciência que lhe diz que você não está vivendo em harmonia
com a vontade de Deus? Venha agora para Cristo. Aceite a sua misericórdia e
perdão.
FOI POR VOCÊ TAMBÉM Letra e Música: Williams Costa Jr. Foi
por você também. Foi por você também, Que Jesus Se entregou. Veja os cravos a
rasgar Suas mãos e pés sem par. Foi por você também Que Jesus Se entregou. Foi
por você também. Foi por você também Que o Mestre agonizou Veja o sangue de
Jesus Deslizando sobre a cruz Foi por você também Que o Mestre agonizou. Foi
por você também. Foi por você também Que Jesus mostrou amor. Padeceu sem
merecer E sofreu até morrer. Foi por você também Que Jesus mostrou amor. Foi
por você também. Que Jesus mostrou amor. Gravado por Sonete no CD "Foi Por
Você Também, pelo SISAC
ORAÇÃO: Querido Pai, muito obrigado pela coragem de Jesus
no Calvário. Obrigado por Ele permaneceu firme até o fim. Obrigado porque Ele
tomou o nosso lugar. Precisamos do Seu perdão. Precisamos da Sua justiça.
Olhando para a cruz reconhecemos nossa culpa, nossa imperfeição, nossa
fraqueza. Obrigado por nos receberes em Teus braços de amor. Obrigado por Teu
perdão. Agradecemos em nome de Jesus. Amém.