ESTÁ ESCRITO – George Vandeman
19 ENCONTRANDO A VERDADE NAS ROCHAS
22 DA TRINCHEIRA PARA A ETERNIDADE
1
ONDE ESTAVAS TU?
George Vandeman
Caminhava eu pela
praia. O vento empurrava para trás as grandes ondas. Pensei naquEle
que disse ao mar: "Sossegai!" e o mar se aquietou.
Observei as
nuvens descrevendo uma trilha no céu, equilibrando-se sobre o nada. Então,
pensei naquEle que as segura em Suas mãos. Observei
os pássaros seguindo em direção ao sul e percebi que é Ele quem lhes ensina o
caminho.
Vi pelo
telescópio uma nebulosa veloz e ponderei: como o Criador a colocou em sua
órbita precisa? Vi pelo microscópio um minúsculo grão e concluí que o Universo
foi projetado por um Mestre em matemática.
Observei a
borboleta em sua delicada beleza. Vi uma rosa se abrir. Ouvi o canto de um
pássaro no arbusto. Ouvi um trovão de horizonte a horizonte! Pareceu-me a voz
do Criador, fazendo a pergunta que havia feito há muito tempo antes: "Onde
estavas quando Eu fiz tudo isso?"
Provavelmente não
existe um modo melhor de acabar com a vaidade de alguém do que fazer algumas
perguntas que ele não saiba responder. Perguntas como aquelas feitas pelo
próprio Criador a um homem chamado Jó.
Jó era um homem
que tinha tudo: riqueza, popularidade, família e amigos. Quando, de repente, de
um só golpe, foi-lhe retirado tudo. Apenas sua esposa ficou e insistia para que
ele amaldiçoasse a Deus e morresse.
Enquanto Jó
sentava-se nas cinzas e era tratado de suas feridas, três amigos vieram
visitá-lo. Não precisavam se preocupar com o tempo, pois não tinham uma
enfermeira para avisá-los que o horário de visitas havia terminado. Então eles
se assentaram e assistiram a miséria de Jó durante sete dias sem dizer uma
palavra. Quando finalmente falaram, acusaram Jó de ter cometido grandes erros
que poderiam ser a causa de tão grande calamidade. Já pensou que confortadores
miseráveis?!...
Aí então, Deus no
Céu, Criador do Universo, entrou em um diálogo com Jó. Você o encontrará nos
capítulos 38 a 42 do livro que leva o seu nome: Jó. Foi a conversa mais
interessante e fascinante já realizada até hoje.
Deus fez a Jó algumas perguntas bastante difíceis.
Começando pelo
versículo 4 até o 7 do capítulo 38, Ele disse: "Onde estavas tu quando Eu
lançava os fundamentos da terra? Quando as estrelas da alva juntas alegremente
cantavam e rejubilavam todos os filhos de Deus?" - Jó - Deus perguntou - onde estavas tu
quando Eu lançava as fundações da Terra, quando fiz tudo existir? Onde estavas
tu, então? Quando toda a criação se rejubilava diante da terra recém-formada, Eu pedi a tua orientação? Alguma vez entendeste como fiz
isso? Eu criei a terra pela palavra e as estrelas da alva cantavam e assistiam,
mas onde estavas tu?
Então Deus
tornou-se mais específico no versículo 16: "Ou entraste tu até as origens
do mar ou passeaste no mais profundo do abismo? Jó, o que tu sabes sobre o
fundo do mar e as vidas que coloquei lá?" Versículo 22: "Acaso
entraste no depósito da neve, e viste os tesouros da saraiva? Jó, consegues
explicar a neve na colina?" E voltando-se para o céu Ele pergunta no
versículo 31: "Ou poderás tu atar as cadeias do Sete-estrelo, ou soltar os
laços do Órion?"
Naquela época tão
distante, Jó não poderia ter entendido o significado dessas perguntas.
Fotografias agora revelam que existem duzentas e cinqüenta
estrelas nas cadeias do Sete-estrelo, todas à deriva no espaço numa direção
comum. Todas juntas voando como um bando de pássaros em direção ao seu alvo.
Deus consegue mantê-las juntas. Mas Jó poderia? Ele conseguiria pegar as
estrelas e formar o cinturão de Órion? Esta é uma outra história.
As três estrelas
do cinturão de Órion formam uma linha reta quase perfeita. Linha reta para a
nossa visão, é claro! Mas elas estão viajando em direções diferentes. Duas
delas permanecem eventualmente se aproximando como se formassem uma só,
enquanto a terceira vai se afastando de um modo que o cinturão não mais existe.
Observe agora o
versículo 32: " ... ou poderias tu guiar a Ursa com seus filhos?"
Como Jó poderia guiar uma estrela? Sabemos agora que a Ursa é um sol fugitivo,
correndo através do céu a 68 mil quilômetros por minuto. E Deus pergunta a Jó
se ele poderia guiá-la.
Deus, então,
volta-se com outra pergunta (capítulo 39:1): "Sabes tu o tempo em que as
cabras montêses têm os filhos?" E ainda outra
pergunta bem interessante no versículo 13: "A avestruz bate as asas.
Acaso, porém, tem asas e penas de bondade?"
Charles Darwin
afirmou uma vez que o "olho" nas penas do pavão quase lhe dava
prostração nervosa porque nada em sua teoria da seleção natural poderia de modo
algum explicá-lo. As plumas do avestruz são igualmente notáveis.
Continua no
versículo 19: "Ou dás tu força ao cavalo, ou revestirás o seu pescoço de
crinas?" Eu já tive cavalos e
minhas crianças também tiveram um, e sei o que quer dizer. Mas continuando o
texto, nos versículos 26 e 27: ... ou é
pela tua inteligência que voa o falcão, estendendo as asas para o sul? Ou é
pelo teu mandado que se remonta a águia e faz alto o seu ninho?"
Sabe, os gaviões
e as águias têm um modo peculiar de voar que chamamos de planar. O gavião acha
um local onde as correntes de ar estão subindo. Aí ele arroja seu corpo para a
frente e começa a planar.
As correntes
ascendentes de ar ajudam os seus movimentos. A combinação das duas forças o faz
planar, o que de fato é uma queda, e a pressão superior da corrente de ar o
ajuda a manter-se movimentando-se em nível. Se a corrente for bastante forte,
ela o erguerá.
A águia cria seus
filhotes entre as rochas e eles têm a oportunidade de aprender a voar, como uma
criança aprende a andar. Eles precisam voar perfeitamente da primeira vez que
deixam seu ninho nas alturas.
Finalmente, Deus
volta-se para o fundo do mar com mais uma pergunta que Jó não consegue
responder. Jó 41:1: "Podes tu, com anzol, pegar o crocodilo ou lhe travar
a língua com uma corda?" Pescador, o que você me diz? Consegue caçar uma
baleia com anzol e linha?
Evidentemente
existem perguntas estarrecedoras no mundo natural. Existem maravilhas,
mistérios que a ciência jamais conseguiu entender. Elas só podem ser explicadas
através do poder do Criador.
Por exemplo,
vamos considerar o vôo migratório do "garganta
branca", um pássaro da Europa Central. Esse pássaro voa do sul para o leste até chegar ao extremo Mediterrâneo. Aí ele
vira e segue para o sul até o território dos lagos na África Central. Por quê?
Um cientista
concluiu que os pássaros devem voar guiados pelas estrelas, e para provar a sua
teoria, ele guardou um ninho cheio de ovos, chocou-os e manteve os pássaros em
um salão iluminado onde não conseguiam enxergar a luz do dia nem o céu e as estrelas à noite, até
estarem crescidos.
Havia um pássaro
que ele chamou de Johnny. Quando os pássaros lá fora começaram a migrar, Johnny
tornou-se inquieto. Ele foi levado até um planetário, onde em sua redoma, havia
os padrões das estrelas iguais aos de fora. Johnny voou através do planetário
em direção ao sudeste.
Na noite
seguinte, Johnny foi novamente solto no planetário. Desta vez, o padrão das
estrelas era o do Egito. O pássaro voou na direção sul como se estivesse no
Egito.
Na próxima vez,
o padrão de estrelas era igual ao das planícies da Rússia, mil milhas a oeste.
Johnny mais uma vez voou direto para o Egito.
Ele maravilhou a
todos! Um pássaro que nunca havia visto as estrelas conseguia segui-las com
precisão. Que tipo de cérebro ele tem para conhecer padrões de estrelas da
primeira vez que as vê? A ciência é incapaz de responder.
Novamente, uma
das coisas mais impressionantes realizadas pela natureza é a colméia. Já ouviram falar da dança das abelhas? O Dr.
Harold Clark a descreve: "As abelhas", diz ele, "enviam olheiros
para encontrar novos campos com flores. Quando um deles é localizado, o olheiro
enche o seu depósito de mel com néctar e retorna à colméia. Lá, ele realiza uma curiosa performance.
Após dar amostras do néctar a outras abelhas, ele fica bastante excitado, e com
todas as abelhas seguindo-o pela colméia, ele faz a
figura de um oito através da face da colméia. Um oito
perfeito! O ângulo que ele faz na figura do oito indica às outras a direção do
campo em relação à posição do sol. Mas, a que distância fica?
As abelhas
enxergam pouco. Elas voam alto e simplesmente não podem sair voando baixo até
encontrarem o campo. Elas têm que saber a distância exata a percorrer antes de
descerem para a terra.
Portanto, em
cada movimento da figura do oito, o olheiro faz a dança das abelhas balançando
seu abdômen. O número de balanços em 15 segundos, informa a distância do campo.
Mas o problema não é tão simples quanto parece.
Um campo com o
dobro da distância não será indicado com o dobro de balanços. Mais maravilhoso
é o fato de que a distância não é uma questão de simples aritmética, mas um
número de aritmética holográfica. Portanto, a abelha usa matemática aérea para
dirigir as operárias aos campos de flores.
Outra vez eu lhe
pergunto: que tipo de cérebro elas possuem? A habilidade matemática demonstrada
pelas abelhas comuns é tão notável que somente podemos observar e imaginar. Tal
performance não consegue nos explicar se existe um Criador? Dificilmente não!
Ou há algum
dentre aqueles a quem Jó lançou um desafio: "Mas pergunta agora às
alimárias, e cada uma delas to ensinará; e às aves do
céu e elas to farão saber. Qual entre todos estes não
sabe que a mão do Senhor fez isto?"
Evidentemente
existe um Criador. Sem dúvida foi Deus quem ensinou os pássaros a voar, a
abelha a dançar. Fez esta Terra exatamente como disse que faria: "Os céus
por sua palavra se fizeram e pelo sopro de sua boca o exército deles. Pois Ele
falou e tudo se fez; Ele ordenou, e tudo passou a existir." Salmo 33:6,9.
Sim, Deus criou a
Terra pelo Espírito da Sua boca, e criou os céus do mesmo modo. Examinem comigo
mais uma maravilha da criação. Desta vez, os gigantes do céu. Uma maravilha
difícil para a mente humana entender.
O mundo é grande
para nós, mas pense por um momento em Júpiter. Este planeta tem doze vezes o
tamanho da Terra. Pense no Sol, com um milhão e trezentas mil vezes o tamanho
do nosso pequeno planeta. Imagine o quanto somos microscópicos em comparação
com aquela linda estrela alaranjada na constelação de Órion, chamada Betelgeuse.
Nosso Sol tem
1.384.000 quilômetros de diâmetro, mas Betelgeuse,
cujas medidas foram feitas cuidadosamente por computador, tem 560 milhões de
quilômetros de diâmetro. Para nos ajudar a entender estes tamanhos imensos,
usaremos uma árvore ao lado da figura de um homem.
Digamos que o
homem mede um metro e oitenta. Vamos supor que este homem de 1,80m fosse
visitar Júpiter. Lá ele seria proporcionalmente mais alto, pois Júpiter é maior
que a Terra. Bem, em Júpiter ele mediria vinte metros. Se ele pudesse visitar
um mundo do tamanho do nosso sol, com a altura proporcional, ele mediria 197
metros. Mas, qual seria a altura proporcional dele em um mundo do tamanho de Betelgeuse? Acreditem ou não, ele teria 98 quilômetros de
altura. Ele seria mais alto que a altura na qual voam os aviões. Seu dedo
indicador mediria 3.400 metros de comprimento; a íris dos olhos teria 161
metros de largura. Ele poderia ser facilmente ouvido ao falar pois sua boca
teria a largura de 2.500 metros.
Não diga a
ninguém que o Pr. Vandeman disse que existem pessoas
morando em Betelgeuse medindo 98 quilômetros de
altura. O que estou tentado fazer é meramente ilustrar o que é um mundo gigante
em comparação com os números e tamanhos que entendemos.
Lembre-se, Betelgeuse é apenas uma das estrelas que avistamos na
constelação de Órion. Apenas uma dos bilhões de
estrelas do desconhecido universo de que fazemos parte.
A vasta
majestade de tudo estarrece a mente humana. Ao olhar o universo ilimitado de
Deus, ficamos maravilhados, ficamos embevecidos, ficamos eufóricos com o que
vemos! Mesmo um lampejo na brilhante e veloz distância da luz deixa o homem
maravilhado. Mas a vastidão do espaço e a eternidade dos tempos não precisam
nos aterrorizar, pois de uma coisa temos certeza: não somos partículas de
poeira cósmica em um universo caótico sem propósito ou desígnio. Somos filhos
do Deus infinito, o Criador de tudo.
Uma estrela é
grande. O homem é pequeno. Mas o homem é que é o astrônomo. É o homem que pode
estudar, computar e apreciar a precisão divina das estrelas. O homem pode fazer
o que a estrela não pode fazer. Ele pode pensar!
Em nosso pequeno
mundo, uma montanha é grande e vasta, e comparada a um bebê, ela é gigantesca.
Mas um bebê é mais que uma montanha. Um bebê pode amar... O homem é muito mais
que uma estrela, pois o homem pode adorar o seu Criador.
É o milagre dos
milagres, a maravilha das maravilhas, é a obra-prima da criação de Deus.
Você e eu não
podemos responder às perguntar que Deus fez a Jó. Talvez não possamos explicar
todas as maravilhas da criação ou mesmo entendê-las. Mas, como Jó, podemos
ficar confiantes e exclamar: "Eu sei que meu Redentor vive." Eu sei
que meu Criador vive. Deus é nossa ciência e nossa canção.
O Criador vive!
Toda a matéria sabe disso. As estrelas sabem; todo o universo sabe, e um dia,
não muito longe no futuro, Jó, você e eu, se escolhermos, nos juntaremos àquele
grande coral dos redimidos. Participaremos do coral feliz que ecoa de mundo a
mundo e de estrela a estrela.
2
AS FACES DA FOME
George Vandeman
Eles viajam ao redor do mundo para se encontrar com a
tragédia. Eles investem a vida nos habitantes do nosso planeta mesmo sabendo
que terão um mínimo de chance de serem bem-sucedidos. Eles assumem posições heróicas nos vilarejos mais distantes da terra. Quem são
essas pessoas que travam essa luta incansável contra a fome e as doenças? O que
os torna fortes? E acima de tudo, numa época em que trinta e cinco mil seres
humanos morrem diariamente de causas relacionadas com a fome, o que os faz
pensar que é possível vencer esta guerra?
A fome é um problema estarrecedor. Todos os anos 13 a 18
milhões de pessoas morrem de fome. Para muitos de nós que raramente perdemos
uma refeição, é muito difícil entender que mais pessoas morreram de fome
durante os últimos dois anos do que na primeira e na segunda guerra mundial
juntas. As estatísticas geralmente nos deixam indiferentes. Mas por trás de
cada número há uma face, a face de uma mãe, de um bebê, de um avô, de um
adolescente. Das 24 pessoas que morrem a cada minuto de causas relacionadas com
a fome, 18 são crianças. Sim, o problema pode parecer grande demais. Como é que
podemos ajudar os milhões de crianças nascidas na pobreza, carecendo dos
cuidados mais básicos? Existem muitas crianças carentes; as necessidades são
enormes. O que uma pessoa apenas pode fazer?
Bem, Olive Fulfer decidiu fazer
alguma coisa, ajudar um bebê de cada vez. Ele afirma: "Estamos convidados
a mãe para trazer o bebê ao centro de recuperação e o manteremos aqui várias
semanas. Se este bebê não receber ajuda, não viverá muito tempo."
Algumas pessoas perguntam: "Como manter alimentadas
todas essas pessoas desesperadas? Certamente não existe alimento suficiente
para isso." As necessidades dessas pessoas são enormes. Não há alimento
suficiente em sua terra desprovida. O problema se espalha por vastos
continentes. O que uma pessoa pode fazer? Bem, Jim Rankin
decidiu tentar ajudar uma lavoura de cada vez. Ele diz: "Muitos dos
camponeses obtêm menos de 80% do mínimo necessário para a saúde e nutrição. Os
camponeses escolhem um ou dois homens, mulheres, rapazes ou garotas e os mandam
para treinamento. Nós os recolhemos, damos-lhes casa e comida e os treinamos na
produção de alimentos, na saúde básica elementar, na nutrição e em primeiros
socorros. Eles ficam conosco durante 16 semanas e então os mandamos de volta
para a vila.
Quando ouvimos sobre as milhares de vilas isoladas em
regiões distantes, cercadas pela pobreza crônica, os problemas novamente
parecem insolúveis. O que uma pessoa pode fazer por essas outras pessoas
trancadas nesse ciclo de pobreza, sujeira, doença e ignorância?
Cynthia Di Pinto decidiu que podia fazer alguma coisa: uma
vila de cada vez. Ela afirma: "Quando o projeto começou nesta vila, havia
muitos porcos correndo soltos. Havia poucos esgotos e muitas poças de lama.
Isso tudo trazia doenças para a vila. As crianças estavam sempre doentes; havia
muitos casos de diarréia. Assim que o projeto chegou
e tivemos uma "treinadora para a vila", ela começou a ensinar
nutrição e a ensinar as mães a cuidarem melhor de suas crianças. Assim, a saúde
delas melhorou de fato. Elas prenderam os porcos, limparam todo o local, e também plantaram hortas. Portanto sua nutrição está bem
melhor. E o melhor de tudo é que desenvolveu-se neles um verdadeiro orgulho.
Um simples necessidades como a água, pode ser um tremendo
problema em muitas regiões do mundo. A falta de boas fontes resulta em péssimas
colheitas, péssima higiene. Nos países do terceiro mundo, as epidemias podem
ser localizadas em alguma fonte infectada onde um a
vila inteira se utiliza dela para beber e banhar-se. O que uma pessoa pode
fazer?
Gilbert Tan concluiu que poderia ajudar com um poço de cada
vez. Ele diz: "O poço de água é vida para eles. Eles tinham dificuldade em
obter essa água. Costumavam tirar água do esgoto da rua principal ou então do
rio, que algumas vezes é salgado. Agora, com o poço, podem usar a água para
beber, lavar e cozinhar."
Prover tratamento médico nessas comunidades isoladas na
selva ou em povoados nas montanhas é uma tarefa gigantesca. Há incontáveis
pessoas precisando desesperadamente de tratamento dentário, remédios, primeiros
socorros, cirurgias. Uma vez que o hospital mais próximo há centenas ou até
milhares de quilômetros distantes, o que pode ser feito?
O doutor Chester Kamu achou que
podia fazer alguma coisa: atender um paciente de cada vez. Veja o que ele diz:
"O que aconteceria se as pessoas simplesmente morressem? Não existe outro
meio de obterem tratamento médico ou orientação. Tratamos destas pessoas, das
doenças que elas têm, e ao mesmo tempo lhes falamos sobre o Médico dos médicos.
Acho esta a parte a mais gratificante em meu trabalho como médico-piloto."
Todas essas pessoas que decidiram fazer alguma coisa, fazer
parte do Trabalho da ADRA, Agência Adventista de Desenvolvimento e Recursos
Assistenciais. Orgulho-me por esse ministério da minha igreja, a Igreja
Adventista Do Sétimo Dia. A ADRA está trabalhando em 70 países ao redor do
mundo, demonstrando o quanto pode ser feito.
Temos conosco o Pr. Ralph Watt, presidente da ADRA. Seja
bem-vindo e obrigado pela presença.
Watt: É um prazer estar com você.
Vandeman: Obrigado. Fale-nos um pouco sobre seu trabalho, sua
fantástica missão.
Watt: Nosso alvo como agência é proporcionar uma vida
melhor para os necessitados. Como agência cristã, cremos que o exemplo de
Cristo deve ser seguido. E, assim como Jesus andou fazendo o bem, também é
nossa responsabilidade levar a graça de Deus para a vida de milhões que vivem
na pobreza e necessidade.
Vandeman: Nós sabemos como Jesus fez isso. Como vocês estão
fazendo?
Watt: Existem muitas maneiras pelas quais podemos ajudar.
Atendemos o mais rapidamente possível. Por exemplo, nas épocas de catástrofes,
levamos alimentos, roupas, abrigo, assistência médica às vítimas, como na
Armênia. Ficamos nas comunidades e auxiliamos um programa de reabilitação
fixando as pessoas em lares permanentes e empregos estáveis. Ajudamos as
comunidades, construímos escolas, clínicas e estradas. Tentamos ensinar às
pessoas as coisas simples que precisam saber para tornar melhor sua vida.
Vandeman: Acho que nossos amigos gostariam de saber como vocês
estão cuidando da fome e das doenças.
Watt: A ADRA faz parte de um esforço de âmbito mundial para
diminuir a mortalidade infantil e melhorar a saúde das mães e dos bebês. Creio
que esta é uma das mais importantes iniciativas em que estamos envolvidos. Com
este programa a amamentação e higiene e fornecendo alimento suplementar para
eles.
Vandeman: De modo permanente, o Senhor diria que a educação é uma
coisa importante?
Watt: O segredo é desenvolvimento. O aspecto do
desenvolvimento é a auto-suficiência.
Sem dúvida acreditamos que este é um dos pontos-chave
para uma vida melhor, e para muitas pessoas no campo, isto significa melhor
suprimento alimentício. Nossas iniciativas na agricultura visam ao aumento da
produção de alimentos. Isso pode exigir a construção da
estufas nas planícies altas dos Andes para aumentar as safras naquele
clima. Ou talvez construir incubadeiras de peixe no Sarawak para aumentar a
produção de alimentos. Na Tailândia, por exemplo, os lavradores podem tomar
emprestando sementes de arroz da ADRA assim como você e eu tomamos dinheiro
emprestado de um banco. Nós também temos programas destinados a emprestar a
eles animais para os arados, se necessário. As iniciativas na agricultura são
algumas das coisas emocionantes que podemos fazer.
Vandeman: Tremendamente prático e eficiente. Deus o abençoe e a
obra que vem realizando. Obrigado, Ralph.
As pessoas estão fazendo a diferença. Mas há outro problema
que muitos de nós não queremos enfrentar. Muitos acham difícil se envolver, é
bem mais fácil ficar apático. Existem coisas que estão entre nós e existem as
necessidades do mundo. Primeiro, há o problema do isolamento. Todas essas
pessoas famintas parecem estar muito distantes.
Ficamos observando de uma grande distância as pessoas
esperando sob o sol abrasador em algum deserto escaldante a chegada dos sacos
de cereais. Jamais passamos por situação semelhante. O povo em desespero talvez
fale um outro idioma e tenha uma cultura diferente, talvez até creia em um Deus
diferente. É fácil ficar emocionalmente isolado de todas essas pessoas
necessitadas lá longe, enquanto estamos a salvo em nosso conforto. De fato, nós
não os identificamos como próximos, como nossos próximos. Mas as Escrituras têm
algo bastante claro para dizer sobre esse tipo de isolamento. Provérbios 22:2
diz: "O rico e o pobre se encontraram: a todos os fez o Senhor."
Sim, partilhamos de um elo comum com o povo que pode
parecer totalmente estanho em sua pobreza. e este é um elo muito importante: a
irmandade dos filhos de Deus.
O mesmo Senhor que nos fez, os fez também. O mesmo Senhor que Se preocupa conosco Se preocupa com eles. Eles também
são filhos de Deus. Sim, quando olhamos de perto, podemos ver em seus rostos
esse elo comum. Seres humanos que riem, choram e têm esperanças, assim como
nós. têm olhos que brilham de alegria, olhos que esmaecem com o desespero,
assim como nós. Estes também são filhos de Deus. E Ele nos pede para sairmos de
nosso isolamento e mostrarmos o Seu amor a todos aqueles que Ele chamou de
nosso próximo.
a segunda coisa que fica entre nós e as necessidades do
mundo é precisamente o que mais deveria capacita-nos a
ajudar: abundância material. Nós no ocidente temos muito; nosso
shoppings estão repletos de mercadorias. Temos fartura. Muitos de nós
não têm necessidade de mais bens. Mas tragicamente, nossa
bênçãos podem nos afastar daqueles que não são tão abastados. O
materialismo tende a diminuir nossa sensibilidade às necessidades dos outros.
Repetidas vezes têm sido demonstrado, infelizmente, que quanto mais as pessoas
possuem, menos inclinadas estão a dar. Descobrimos que os mais generosos entre
nós são muitas vezes os que estão mais próximos da pobreza.
Bem, acredite, Deus observa quando o rico fica mais rico e
o pobre mais pobre. Seus profetas protestavam sistematicamente contra aqueles
que cruzavam os braços deixando o necessitado sofre. Eles clamavam contra
aqueles que, por ganância, se tornavam a causa da pobreza. O profeta Amós, uma
vez ameaçou que Deus mandaria fogo sobre Judá e consumiria Jerusalém. E Amós
nos revela parte do motivo: "... porque vendem o justo por dinheiro, e o
necessitado por um par de sapatos. Suspirando pelo pó da terra sobre a cabeça
dos pobres, eles pervertem o caminho dos mansos..." Amós 2:6 e 7.
Naqueles dias, um devedor podia ser vendido como escravo se
não conseguisse saldar a sua dádiva. E Amós diz que seres humanos estavam sendo
vendidos apenas por deverem um par de sapatos. Eles estavam pisando na cabeça
dos pobres. É chocante pensar que vidas eram destruídas por causa de algumas
moedas.
Mas pense no que está acontecendo hoje. Sim, com pouco
dinheiro se pode comprar alimento no terceiro mundo suficiente para sustentar
uma família inteira por uma semana. Mas e se vemos essas necessidades e nada
fazemos? E se deixarmos pessoas morrerem pelo valor de um par de sapatos? O
Novo Testamento reflete esta preocupação apaixonada pelo pobre. Paulo, por
exemplo, foi muito claro sobre como devemos usar nossos recursos materiais.
Recentemente alguns cristãos têm usado algumas passagens bíblicas como desculpa
para simplesmente acumular mais riquezas. As bênçãos materiais passam a ser
vistas como um fim em si mesmas. Mas esse não era o ponto de vista de Paulo.
Veja esta promessa que o apóstolo fez aos cristãos em Corinto: "Para que
em tudo enriqueçais para toda a beneficência, a qual faz que por nós se dêem graças a Deus." II Coríntios 9:11
Aqui Paulo afirma que Deus é capaz de fazer de nós
"ricos em todo sentido". Assim, se ficarmos ricos com bênçãos
materiais, o que devemos fazer? Qual é o propósito desse tipo de riqueza? Paulo
responde de modo claro; ser generoso em todas as ocasiões. Nossa generosidade
resultará em grande ação de graças a Deus quando damos àqueles genuinamente
necessitados. Eles agradecerão a Deus pelas bênçãos que os resgataram da fome,
doença ou desespero. A Bíblia declara que dar ao pobre é um dos melhores
investimentos que podemos fazer. Provérbios 19:17 diz: "O que se compadece
do pobre empresta ao Senhor, que lhe retribuirá o seu benefício."
Quem dá aos pobres empresta a Deus. Não há melhor lugar
para nossas bênçãos espirituais; não há modo melhor para romper a indiferença
do materialismo.
Há uma última barreira entre nós e as necessidades do mundo
no especialmente para os cristãos: é a tendência de ver nossa missão no mundo
como puramente espiritual. Acreditamos que proclamar as boas-novas é nosso alvo
principal. E é verdade. Mas às vezes vemos o atendimento às necessidades
físicas como algo menos espiritual, algo um pouco abaixo de nossa verdadeira
tarefa no mundo. Mas, é claro, Jesus não dividiu Seu ministério em
"realmente" espiritual e "menos" espiritual. Pregar, curar
e confortar faziam parte de um todo. O ministério de Jesus atendia a todas as
necessidades do homem, todas elas. Ele proclamou o Reino, explicou seus
princípios espirituais, curou os cegos, aleijado, os aflitos sem esperança; Ele
expulsou demônios, recebeu os banidos socialmente, alimentou audiências
famintas junto ao mar da Galiléia, e sempre
demonstrou uma preocupação especial pelo pobre. Todos os que lêem as Escrituras vão se lembrar disso. Cristo nos pede
para fazer uma obra similar no mundo - atender todas as necessidades do homem,
tanto físicas quanto espirituais. Em sua segunda carta aos Coríntios, Paulo
fala sobre exceder em diversas graças: exceder na fé, no testemunho, no amor; todas qualidades que devemos ver como
"espirituais". Mas aí ele acrescenta: "... assim também abundeis
nesta graça". II Coríntios 8:7.
Dar. Essa é a graça cristã. Isto é algo em que os cristãos
também devem exceder, tanto quanto exceder na fé e no testemunho. Nesta capítulo,
Paulo chama a atenção dos coríntios para Cristo, o qual sendo rico no Céu,
tornou-Se pobre para o nosso bem, para que pudéssemos nos tornar ricos
espiritualmente através da Sua pobreza.
Que exemplo de doação! O Salvador do mundo
Se tornou pobre para que pudéssemos nos tornar ricos. O que fazemos com nossa bênçãos materiais tem muita importância. O que fazemos
com relação ao pobre e necessitado é um componente chave da nossa fé. Jesus
demonstrou quão importante isto é realmente na parábola concernente ao juízo
final. Ele apresenta o mundo dividido perante Deus, o Rei. Alguns à Sua direita
e alguns à esquerda, os salvos e os perdidos como as ovelhas e os bodes. Veja o
que Ele diz àqueles dois grupos, e como Ele os divide: "Então dirá o rei
aos que estiverem à sua direita: vinde, benditos de meu pai! Entrai na posse do
reino que vos está preparado desde a fundação do mundo. Porque tive fome e me
destes de comer; tive sede e mie destes de beber; era forasteiro e me
hospedastes; estava nu e me vestistes..." Mateus 25:34-36.
Bem, ao ouvir tal elogio, o justo pergunta perplexo:
"quando estivestes com fome ou sede ou fostes forasteiro?" E eis a
resposta, versículo 40: "...em verdade vos digo que, quando o fizestes a
um destes meus pequeninos irmãos, a mim o fizestes." O que fazemos com os
pobres importa sim. O justo é caracterizado pelo que ele faz por "meus
pequeninos irmãos". E o próprio Cristo Se identifica com os necessitados.
Você quer servi-Lo"? Ele diz: "estou ali nos rostos tristes do
faminto. Estou ali entre as mães com seus filhos mal nutridos
no colo. Estou ali entre aqueles presos no círculo vicioso da doença e da
pobreza. Você quer Me servir? Sirva-os."
Watt: Queremos agradecer a Deus pela inspiração do serviço
que possibilita alimentar mais de um milhão de pessoas por dia nestes últimos
anos. Deus, que fez brotar água da pedra, nos capacita a levar vida às
planícies áridas. Jesus, que chama as criancinhas para Si, também nos chamou
para o ministério do serviço.
Vandeman: Agradeço a Deus por Ministérios como a ADRA que está
cumprindo o mandamento de Cristo para O servirmos cuidando dos necessitados. A
fome mundial é um problema muito grande. Às vezes parece que podemos fazer bem
pouco. Mas muito têm sido feito. Muitas pessoas têm sido salvas da doença e da
inanição. E melhor de tudo, muitas estão sendo treinadas para a auto-suficiência e fuga do ciclo
de pobreza. Oro para que cada um de nós encontre um modo de se tornar
envolvido. Podemos todos ajudar, pessoalmente ou através de contribuições. Um
bebê de cada vez, um poço de água de cada vez, uma fazenda de cada vez, uma
vila de cada vez. Podemos fazer a diferença.
Por favor, não fique isolado; por favor, não pense nos
necessitados como um problema distante em outro mundo. Jesus Cristo fez de
todos eles o nosso próximo. E Ele nos pede para O vermos em cada um desses
nossos pequenos irmãos.
3
ERUPÇÃO REPENTINA
George Vandeman
O Túnel de Amaro fica em um vale tropical, numa área de
muito verde e muita água, no trecho de um dos solos mais ricos da Colômbia.
Os plantadores de arroz e algodão desfrutavam de mais uma
estação muito próspera, quando de repente alguma coisa se abateu sobre a
cidade, com uma força destruidora. Vinte mil pessoas desapareceram em poucos
segundos. Naquele instante, após a tragédia, os poucos sobreviventes ficaram
imaginando se haviam presenciado o fim do mundo.
Em 19 de setembro de 1985, às vinte e duas horas, o piloto
Manuel Severo pilotava seu jato D.C. Oito, um jato de carga, em direção ao
final de sua viagem, a cidade de Bogotá. O avião viajava a vinte e quatro mil
pés sobrevoando um vulcão, conhecido como Nevado del
Ruiz. Naquele exato momento, o vulcão que dormia há cerca de um século, voltou
ruidosamente à vida. O piloto viu uma luz avermelhada subir a dois mil pés
acima do seu avião. Em seguida veio uma chuva de cinzas que escureceu a
aeronave eliminando toda a visibilidade. Fumaça, calor e cheiro de enxofre
encheram a cabine. Mesmo assim, o piloto conseguiu pilotar seu avião por
instrumentos e aterrisou em segurança. Outros mais
abaixo não tiveram a mesma sorte.
Na cidade de Amaro, na base do vulcão, um homem falava com
seu amigo pelo rádio. Ele começou a falar de modo comum sobre cinzas e pedras
caindo por toda a cidade. De repente ele gritou: "Um momento, acho que a
cidade está sendo inundada." Foram suas últimas palavras.
O cidadão A. Costa dormia em sua casa com o pai e quatro
irmãos, quando uma parede cheia de lama tombou sobre eles. Ele ouviu estrondos
através das paredes e portas da casa. A família correu em direção ao telhado,
mas quando subiam uma parede ruiu sobre seu pai, deixando-o preso. Lutando
desesperadamente no meio da lama, os rapazes conseguiram arrastá-lo para um
lugar seguro, mas ele morreu horas mais tarde vomitando sangue.
Naquela noite, Rosa Maria estava em sua casa com duas
crianças. A primeira coisa que ela ouviu foram os tremores de terra, e se
recorda que de repente, a terra pareceu pesada, cheirando a enxofre. Um
estrondo terrível parecia vir bem do fundo da terra. Uma onda de lama entrava
na cidade. Rosa Maria ouviu casas explodirem e partirem-se na escuridão.
Felizmente a casa dela ficava no morro e ela pegou suas crianças e subiu até o
telhado. Através do luar, ela viu estarrecidos oitenta por cento da cidade simplesmente
desaparecer sob aquele monte de lama. Rosa disse que parecia o fim do mundo.
Mais tarde, cientistas reconstituiram
o que aconteceu naquela noite fatal. Nevado del Ruiz,
na verdade, mandou bastante vapor e cinzas para o ar, mas não houve erupção de
lava. Em vez da matéria superaquecida sair de seu pico, a água começou a
escorrer pelos lados da montanha tornando-se rapidamente numa torrente que se
transformou em lama com pedras e cinza. A enorme avalanche em breve correu
pelos desfiladeiros numa velocidade de quarenta e cinco quilômetros por hora.
Mas a cidade de Amaro, plantada às margens do leito de um rio, recebeu essa
torrente de lama com toda a força.
Pela manhã, os poucos sobreviventes olhavam para aquele
grande mar de lama. Vinte mil ou mais amigos e entes queridos ficaram
enterrados ali. Eles simplesmente desapareceram debaixo da avalanche. Os
sobreviventes vagaram por lá durante dias, dizendo que uma devastação tão
grande era difícil de se aceitar. É difícil para nós também.
Observando essa tragédia à distância, o que ela significa?
Por que aconteceu?
Existe um versículo nas Escrituras o quel
eu creio traz muita luz sobre a questão. Encontra-se em Romanos 8:22, onde
Paulo está nos falando sobre a ocasião em que o mundo será libertado daquilo
que ele chama de servidão da corrupção: "Porque sabemos que toda a criação
a um só tempo geme e suporta angústia até agora."
"As angústias" a que Paulo se refere é o
nascimento de um novo mundo. O Rei dos Céus e a Sua segunda vinda. Essa é a
esperança com que ele nos acena, mas enquanto isso, ele diz: "Haverá
sofrimento, angústia, dor, porque a criação ainda está em servidão."
Como vê, o pecado afeta o nosso planeta de modo bem mais
profundo do que a maioria imagina. Não é apenas uma questão de se quebrar
algumas regras abstratas. O pecado, a separação de Deus, rompeu toda a criação.
O rompimento vai mais fundo, a natureza sofre com isso tudo e aí vai crescendo,
na esperança de se livrar da corrupção, o terrível caminho do pecado. A Bíblia
também indica que estes crescimentos ou distúrbios se intensificarão à medida
em que a vinda de Cristo se aproxima. Os sinais que precedem sua vinda incluem
não apenas guerras e rumores de guerra, mas também terremotos em diversos
lugares.
Quando Rosa Maria olhou para toda aquela devastação em
Amaro e julgou estar vendo o fim do mundo, ela estava certa. Num sentido,
aquela terrível avalanche era mais uma evidência das dores de parto de um novo
reino, lutando para pôr fim à servidão da corrupção neste planeta. Eu também
vejo naquela parede letal de lama descendo rápida para a cidade, uma imagem
real do que o pecado irá fazer.
Sabe, quando ouvimos sobre o fim do mundo, muitas pessoas
pensam nos terríveis julgamentos que Deus passará sobre nós. Elas visualizam
sua ira consumidora chegando veloz e pondo um fim em nossa história. Mas não
devemos nos esquecer que a verdadeira força destruidora é o pecado em si. O
pecado, e não Deus, é o destruidor.
Em toda parte na Bíboia, o pecado é sempre
identificado com a morte. Em Salmos 34:19, encontramos uma promessa a respeito
do Senhor libertar o justo de todos os seus problemas e no versículo 21 lemos:
"O infortúnio matará o ímpio."
Está bem claro, não está?
O infortúnio é o destruidor. O livro de Romanos começa com
um longo exame da ira e do julgamento de Deus, mas é interessante como tal ira
é definida. Três vezes no capítulo um fala-se em Deus abandonando o ímpio. Ele
o abandona à sua vergonhosa lascívia. Ele o abandona à sua mente depravada.
Podemos ver a ira de Deus quando Ele se afasta dos que não se arrependem. Ele,
com tristeza, os deixa ir porque não abandonam o pecado. Então vêm os
resultados: degradação e destruição final.
Vamos deixar uma coisa clara sobre o fim do mundo: o pecado
é o destruidor. Deus nunca foi um intransigente. Acontece que Deus é forçado a
retirar Sua mão e permitir que o mal soga seu curso até que o desastre nos
varra totalmente.
O pecado é totalmente perigoso. É a avalanche que soterrou
amaro, é destruidor e nosso mundo está cheio dele. Mas às vezes é difícil ver
esse perigo. Nos tornamos cada vez mais imunes à prática de negócios escusos e
torna-se uma coisa comum. Todo mundo tem sua jogada e nos acostumamos a isso.
Pessoas sofrem ao nosso redor, mas o que podemos fazer? Acostumamo-nos a isso.
Histórias destacando o sexo surgem por toda parte na TV e todo mundo ri.
Acostumamo-nos a isso.
As Escrituras nos instam a nunca nos acostumarmos com isso.
Ela sempre descreve o pecado como um desastre total. Não importa como ele se
apresente, ela declara que o orgulho, a lascívia, a mentira e a ganância são
coisas das quais devemos fugir. Temos que correr. Não podemos nos permitir
achegar-nos a qualquer tipo de pecado. É perigoso. Muitos de nós afirmam a
respeito disso: "Sim, realmente mudaríamos nossa atitude se pudéssemos.
Sabemos que existem males que temos que enfrentar". Mas um incrível número
de pessoas continua simplesmente adiando. Esperam por um dia melhor. Esperam
até serem mais velhas, esperam que alguma coisa as empurre para o
arrependimento. No entanto, sabem que não é assim. Algo está acontecendo
enquanto estamos esperando. O pecado não fica inerte, ele está aumentando,
ficando mais forte, transformando-se em uma enorma
avalanche.
Uma das coisas mais trágicas a respeito do desastre em
Amaro foi a seguinte: muitos dos moradores poderiam ter se salvado. Os
cientistas vinham monitorando de perto o local e tudo indicava que Nevado del Ruiz poderia se reativar. O vulcão lançou fumaça e
cinzas durante mais de um ano antes do desastre e em duas ocasiões lançou chuva
de pedras e cinzas. As autoridades emitiram alerta às cidades próximas da
montanha organizando vários planos para evitar a calamidade. Até mesmo mapas
especiais foram desenhados mostrando o possível curso da avalanche resultante
de uma erupção. Eles estavam absolutamente certos. O Instituto Geológico
Nacional recomendou que as cidades na base do vulcão fossem evacuadas. Amaro
era uma das cidades ameaçadas.
Uma equipe de cientistas italianos foi convidade
para checar a situação. Eles fizeram um relatório alertando que uma erupção
extremamente perigosa podia se esperada a qualquer momento.
Como resultado, as autoridades nomearam três grupos de
especialistas para lidar com a ameaça. Um iria montar a periculosidade do
vulcão, outro iria juntar informações sobre o que uma erupção poderia fazer e o
terceiro formularia um plano de emergência. Todo esse trabalho foi realizado
meses antes de ocorrer a catástrofe. Tomaram ciência do perigo. Os planos
certos foram traçados, até mapas de possíveis avalanches foram desenhados.
Mesmo assim, ninguém estava preparado.
Quando aquela parede de lama desceu para enterrar Amaro, os
planos ainda estavam no papel. Nada havia sido implementado. Ninguém sabia
exatamente quando o vulcão entraria em erupção. As pessoas continuavam adiando
o abandono das cidades. Aquelas pessoas sbiam o que
deveria ser feito, mas ninguém de fato estava fazendo. Ninguém estava
procurando terrenos elevados quando a catástrofe ocorreu. Como um cientista
disse: "O vulcão entrou em erupção cedo demais. Uma erupção
repentina."
Que tragédia existe nessas palavras. Olhando o mar de lama
que encobriu aquela cidade colombiana, ficamos pensando: o fim do mundo virá
também assim? Desse mesmo jeito? A segunda vinda de Cristo virá cedo demais?
Virá para aqueles ainda apegados aos seus pecados. Virá
cedo demais para aqueles que deciriam esperar um
pouco mais. Se não buscarmos terrenos elevados seremos engolidos pela convulsão
neste planeta, assim como o povo de Amaro foi coberto por um mar de lama. Será
que todos os mapas traçados serão suficientes? Não adiantará termos calculado
todos os desastres do final dos tempos. A única coisa que resolverá será ação
imediata em escolhermos os terrenos elevados de Deus.
Você se lembra da história contada em Gênesis sobre Ló, que
escapou por pouco da cidade de Sodoma? Sodoma havia se tornado pecaminosa há
muitas décadas. A cidade toda estava saturada de impiedade e tal impiedade
começara a se infiltrar na família de Ló. Um anjo veio para aletrá-los
de que Sodoma estava para ser destruída. Eles hesitaram, relutaram. O pecado
tinha uma poderosa força hipnótica sobre eles. Finalmente, os anjos tiveram que
agarrar Ló fisicamente, com sua esposa e duas filhas, e retirá-los para fora da
cidade condenada. Uma vez nos arredores, os anjos fizeram um alerta importante
a eles: "Livra-te, salva a tua vida. Não olhes para trás nem páres em toda a campina. Foge para o monte, para que não
pereças." Gênesis 19:17.
Esta era a informação. Uma avalanche de fogo estava
descendo sobre a ímpia Sodoma. Ló tinha que procurar terrenos altos
imediatamente. Tinha que agir agora, pois era perigoso demais demorar.
O pecado é muito sedutor. Até para darmos uma olhadinha
para trás, o anjo alertou de maneira bem calara: vá ao terreno alto.
Temos que agir agora, antes que o fogo chegue. Antes que o
vulcão entre em erupção. É um ato bem simples o que temos que realizar. É o
mesmo recomendado por todos os apóstolos em suas pregações. Paulo resumiu tudo
deste modo: "Testificando tanto a judeus como a gregos, o arrependimento
para com Deus e a fé em nosso Senhor Jesus Cristo." Atos 20:21.
Temos que nos arrepender; dar as costas para o pecado que
nos prende e entregar nossa vida a Cristo. Buscar o perdão de Deus e colocar
nossa fé no Salvador Jesus Cristo. Não existe outro terreno elevado. Existe
algum pecado que o está retendo neste momento? Alguma coisa que você ainda não
está disposto a abrir mão? Por favor, não seja apanhado em algum pecado
acalentado. Por favor, não fique atolado na lama.
Deixe-me explicar uma coisa: não estou falando dos pecados
em que caímos a despeito de nosso compromisso com Cristo. Arrependimento e
entrega com fé a Jesus significa uma mudança em nossa vida. Mas não significa
que ficaremos sem pecado. Ainda temos fraquezas, mas não continuamos agarrados
a um certo pecado recusando-nos a arrependermos. Não nos agarramos a uma coisa
que sabemos ser errada. Arrependimento significa que colocamos tudo sobre a
mesa perante Deus. Não deixamos nada para trás. Nós entregamos tudo a Ele e Ele
abre os celeiros do Céu para nós, dando-nos perdão e aceitação incondicionais e
o poder para crescer. Essa é a escolha que enfrentamos. Agarramo-nos ao pecado
ou agarramo-nos a Deus. Essa escolha fará toda a diferença no final.
Horas após o vulcão lançar aquela avalanche de lama sobre a
cidade de Amaro, pessoas tentavam de todas as maneiras alcançar os
sobreviventes presos na lama. Um médico calculou que havia pelo menos umas mil
vítimas com vida no meio dos destroços da cidade naquela grudenta camada cinza
de lama de dois a quatro metros de espessura. Pode imaginar?
Na confusão, algumas vítimas foram achadas e perdidas
novamente. Um homem se debatia desesperado no meio de pedaços de madeira na
lama, com água até o pescoço. Eles o perderam e o recuperaram três vezes. Levou
três horas para o tirarem de lá. Foram as horas mais trágicas para alguém que
conseguiu suportar todo esse tempo. Alguns morreram mesmo quando os que os
resgatavam tentavam desesperadamente salvá-los. Uma garota de treze anos
permaneceu enterrada até o pescoço em um lugar durante dois dias, enquanto as
equipes tentavam retirar os escombros ao redor dela e salvá-la. Finalmente,
após sessenta horas de luta infrutífera, o esforço foi demais e o coração da
jovem não resistiu.
Que tragédia terrível deve ter sofrido o povo na Colômbia.
Aquele desastre nos fala de um outro bem maior que ocorrerá neste planeta. Nos
lembra da avalanche final do pecado que resultará numa perda eterna.
Amigo, por favor, não seja apanhado agarrado a alguma
fraqueza que você gosta. Que tragédia será perder tudo estando o resgate tão
próximo, quando o terreno alto de Deus está ao alcance da mão.
Entregue a sua vida sem reservas ao Senhor Jesus Cristo
agora mesmo. Não há um momento melhor. Não retenha nada para trás. Apenas
volte-se dos seus pecados e coloque a sua fé no Grande Resgatador. Você quer
fazer isto agora?
4
PEARL RARBOR
George Vanderman
O que acontece a homens e mulheres comuns quando, de
repente, se encontram aprisionados, rodeados de estranhos, e sob a mira de uma
arma?
O que acontece
com seus relacionamentos, crenças e princípios? Que tipo de mundo eles criam
quando todo o conforto e tudo que lhes é familiar são de repente tirados?
Em 1943, dois mil
estranhos tiveram que construir uma civilização do zero. Seguindo-se ao ataque
japonês a Pearl Harbor, civis europeus e americanos
que permaneceram na China sob controle japonês foram presos e mandados para
campos de concentração. Um desses campos no norte da China ficou conhecido como
"Acampamento Shantung". Gilkey
passou a encarar essa experiência como um tipo de laboratório, onde as pessoas
eram testadas, as estruturas sociais eram formadas e um novo mundo criado. Essa
experiência provou ser uma revelação da humanidade em seus aspectos bons e
ruins.
Os habitantes do
Acampamento Shantung representavam todas as facetas
da sociedade. Havia executivos de companhias de petróleo, viciados em drogas,
monges católicos,
missionários protestantes, secretárias inglesas e jogadores de
beisebol americanos.
Todos ficavam
amontoados em dormitórios e barracos, forçados à intimidade com pessoas
totalmente estranhas. Aos poucos, essas
pessoas tiveram que inventar um jeito de sobreviver em meio a condições tão
adversas. A comunidade tinha que se alimentar, as construções tinham que ser
reformadas, um sistema sanitário necessitava ser montado, um hospital tinha que
ser criado. O grupo precisava se organizar e as tarefas deviam ser delegadas, e tudo isso sob os
olhos atentos dos inimigos japoneses.
Sabe, de certa
forma, todos temos muito em comum com esses civis do Acampamento Shantung. Podemos ver um reflexo da nossa atual realidade nesse campo
de concentração.
Esse mundo, como
um todo, é mantido preso pelo poder do pecado. Ouça esta declaração de I João
1:9: "Sabemos que somos de Deus e que todo o mundo está no maligno."
Sabe, existe um
adversário, um inimigo que transformou a Terra num acampamento. Suas armas
demoníacas estão apontadas para nós, assim como as metralhadoras naquele campo
de concentração em Shantung.
Pedro diz:
"... o diabo, vosso adversário, anda em derredor, como o leão que ruge
procurando alguém para devorar." I Pedro 5:8.
Palavras
familiares, não? É a nossa realidade. Estamos em território inimigo e assim
como aqueles internos de Shantung, não conseguimos
afastar a sensação de que pertencemos a outro lugar. Pense nisso. O lar não é
aqui onde bebês nascem com AIDS, onde as guerras nunca acabam, onde pais
alcoólatras maltratam terrivelmente seus filhos. As coisas não deviam ser
assim!
Sabemos que há um
jeito melhor e um mundo melhor, como uma lembrança quase esquecida a qual nos
agarramos. Então a pergunta é: como podemos viver no acampamento Terra? Existe
meio de se ter uma vida saudável enquanto este adversário está rosnando para
nos devorar?
Langdon Gilkey descobriu muita coisa sobre a vida sob pressão lá no
Acampamento Shantung que tem muito a nos dizer.
Naquele pequeno
modelo de mundo, logo se tornou muito claro quais valores realmente importavam
e quais não importavam.
Entre os internos
amontoados naquele campo, havia homens e mulheres de posições e classes sociais
amplamente diferentes: de industriais super-ricos a
trabalhadores comuns, de senhoras da alta sociedade a empregadas. Mas quando as
pessoas passavam pelos portões do acampamento, nada disso importava muito. A
única coisa que contava era sobreviver. Isso significava que as pessoas tinham
que colocar a cozinha para funcionar e tinham que limpar vasos sanitários
entupidos. Todos os símbolos de
"status" se tornaram irrelevantes: dinheiro, laços de família,
sofisticação e até a educação. Nada disso podia colocar um indivíduo acima de
seu vizinho. O que importava era cada pessoa fazer o que lhe cabia para manter
todo mundo vivo.
Então, um
presidente de companhia cortava legumes ao lado de um ex-viciado
em drogas. Esposas ricas e mimadas tinham que levar o lixo para fora com ex-prostitutas.
Todos os acessórios que os seres humanos normalmente acalentam foram
postos de lado no Acampamento Shantung. Cada pessoa
era um indivíduo que tinha que contribuir para o bem comum.
Mas um tipo de
valor fazia uma diferença enorme naquele acampamento. Havia uma coisa que
finalmente importava,
o caráter moral.
No Acampamento Shantung, Gilkey percebeu que os
valores morais e espirituais não eram apenas uma boa opção; eram os valores
mais altos. Eles determinavam acima de qualquer coisa se os internos iriam
sobreviver.
Havia sempre o
problema, por exemplo, de se arrumar espaço para todo mundo. Quando chegavam
mais internos ao campo, tinha-se que arranjar espaço. Mas todos estavam
insuportavelmente amontoados. Quem iria abrir mão de
seu precioso espaço?
Nessa situação de
extrema pressão, eram somente aqueles dispostos a fazerem sacrifícios pessoais que salvavam
o dia. Sem eles, o campo teria se degenerado num infindável conflito por causa
de espaço.Durante os
primeiros dias, as latrinas estavam entupidas e terrivelmente imundas. Alguém
tinha que limpar aquela sujeira, mas esse era um trabalho muito repulsivo! No final, vários
missionários com um pano amarrado à boca entravam nos banheiros e os limpavam.
Havia o problema
da justa distribuição de comida para pessoas famintas. Sem restrições morais
haveria infindáveis discussões quanto a quem se serviria a mais. Também havia
uma grande tentação de se roubar certos produtos escassos da cozinha. Sempre se
poderia justificar um pequeno furto dizendo que havia crianças famintas em
casa. Sem valores morais e espirituais, aquele campo teria caído numa grande
anarquia, com todos brigando por sua respectiva porção de alimentos. Homens e mulheres de total confiança foram
escolhidos para presidir à preparação da comida e sua distribuição. A justiça
era fundamental naquele mundo faminto e inseguro do Acampamento Shantung. Um dos que melhor ilustrou os valores que mais
importavam foi um missionário escocês chamado Eric Liddle.
Ele foi descrito por outro interno como "sem dúvida alguma, a pessoa mais solicitada, mais
respeitada e amada no campo".Uma prostituta
russa, mais tarde, relatou que Liddle foi o único
homem que fez alguma coisa por ela sem querer algo em troca. Logo que ela
chegou ao campo, sozinha e desprezada, ele lhe fez umas prateleiras das quais ela precisava muito. Numa nervosa reunião dos
internos, cada um dos presentes exigia que o outro desse um jeito nos jovens
irrequietos do campo que estavam criando confusão. Liddle
sugeriu uma solução. Ele organizou esportes, artesanato e aulas para os meninos
e começou a passar as tardes com eles. Porém, ele não participava dos jogos aos
domingos. Liddle acreditava em guardar esse dia como
um dia sagrado do Senhor. Na
verdade, ele era o ex-corredor mundial cuja história
fora contada no filme "Carruagens de Fogo". Ele tinha sacrificado a
medalha de ouro nas Olimpíadas de 1924 em sua modalidade favorita, os 100
metros rasos, porque a prova de qualificação estava marcada para um domingo. Embora pressionado por todos, desde o
treinador até o príncipe da Inglaterra, ele não cedeu. Ele não violaria um
princípio pela glória olímpica. Então, a equipe relutou e o escalou para os 400
metros rasos, considerada uma corrida de fundo naquela época, Liddle, sem outra opção, deu tudo de si naquela prova e
ganhou o ouro. Então, no Acampamento Shantung, ele
disse aos jovens que sentia muito mas que não podia
participar dos jogos aos domingos. A maioria protestou e os rapazes decidiram
organizar uma partida de hóquei por conta própria. Terminou numa
terra-de-ninguém porque não havia quem os controlasse.No
domingo seguinte, Liddle apareceu no campo para ser o
juiz do jogo. Foi um ato pequeno, mas que jogou muita luz sobre seus valores.
Ele não disputaria o ouro olímpico se tivesse que violar seu dia de descanso , mas impediria que um grupo de jovens aprisionados
brigasse.
O caráter de Eric
Liddle era cativante e admirável. Ele não usava sua
posição para dominar, mas a usava como uma expressão dos princípios mais
importantes, valores que ele nutria a cada dia que passava. Todos os dias, às 6 horas da manhã, ele
passava na ponta dos pés pelos companheiros que dormiam. Sentava-se à uma mesa chinesa baixa, acendia uma lamparina sobre sua
Bíblia e a lia. O Acampamento Shantung jogou um faixo
de luz no que realmente importava. Os valores que contavam lá, também são os
valores que contam aqui no acampamento Terra.
Como podemos
viver uma vida sã e saudável num mundo dominado por um leão devorador? Somente
nos agarrando a valores morais e espirituais, . Eles
são o que conta; são tudo o que podemos levar conosco deste planeta.
Pedro fala sobre
a segunda vinda de Cristo como um evento que separa o valor supremo do que não é. Ele descreve os elementos se
derretendo e o céu desaparecendo com furor, e depois diz: "Visto que todas
essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em
santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do dia de
Deus." II Pedro 3:11,12.
Qual é a única
coisa que importa, que realmente importa depois do Apocalipse? Vidas
santificadas. Tudo mais é destruído, exceto nossa relação com Deus.
Todos aqueles
símbolos de "status" varridos no Acampamento Shantung,
também serão varridos na segunda vinda. Riqueza, posição, poder, contatos, não
vão significar nada. A única coisa que vai importar é a qualidade de nossa vida
com Deus. Isso é que é eterno. Isso é o que vai durar. O acampamento Terra está se acabando meu
amigo, mas podemos trabalhar agora pelo que é eterno. Centralizar nossa vida em
Jesus como nosso Salvador e Senhor é a garantia de fazermos parte do que é
duradouro. Não seremos varridos com o que é temporário e superficial.
No acampamento Shantung havia muitos motivos para as pessoas se
desesperarem. Além de estarem longe de seus lares, sempre estavam sob a mira
das armas de seus inimigos. Mas a pior coisa era a insegurança. Os internos
nunca tinham certeza se teriam o que comer. Não podiam saber quando os guardas ficariam
agressivos, e a possibilidade real de extermínio sempre pairava sobre eles.
Com esse tipo de
incerteza, era fácil para alguns mergulharem na apatia, sentirem-se vítimas
indefesas. Mas uma coisa impedia que a vida perdesse o sentido. Langdon Gilkey se recorda: "Havia um vívido significado que
mantinha todos espiritualmente vivos: a esperança do fim da guerra."
Os internos
especulavam sem cessar sobre quando esse dia chegaria. Mas como Gilkey coloca: "Por mais distante que o grande dia
parecesse com os anos se passando, seu brilho nunca se apagou. Nós vivíamos
literalmente pela nossa fé nele. Então, tudo que tornava ali a nossa vida negra seria retirado e todas as coisas boas de que
sentíamos falta nos seriam devolvidas."
Sabe amigo, hoje
nossa vida adquire sentido por uma esperança semelhante ;
ela nos mantém espiritualmente vivos. João fala do dia em que Cristo irá
aparecer gloriosamente e nós O veremos tal como Ele é. Depois o apóstolo
continua: "E qualquer que nele tenha esta esperança purifica-se a si mesmo
como também ele é puro." I João 3:3.
A esperança de
ver Jesus chegando triunfante para acabar com essa longa guerra contra o pecado
nos mantém lutando. Somos motivados a nos purificar, a abrir
mão de distrações menores e a nos concentrar nos valores que realmente
contam.
Essa esperança é
que dá sentido a cada dia que vivemos no acampamento Terra.
Pois bem, na
manhã de 16 de agosto de 1945 um menininho correu pelo acampamento Shantung gritando que tinha vislumbrado um avião no céu.
Todos os residentes saudáveis correram para o campo de esportes e olharam para
as nuvens. Lá estava ele! Do tamanho de uma gaivota chegando pelas montanhas
ocidentais. Enquanto o avião se aproximava, os 1500 residentes que restavam
sentiram que ele podia estar vindo buscá-los.
Uma grande
corrente elétrica parecia ter disparado naquela multidão. Alguns começaram a
gritar: "Mas é um avião grande! Com quatro motores! Olhem, está voando
baixo! Está quase tocando nas árvores!"
À medida em que o
barulho do avião aumentava, alguém gritou: "Vejam! Tem a bandeira
americana pintada na lateral!"
E aí, num atordoamento incrédulo, vozes se agitavam:
"Vejam! Estão acenando para nós! Eles sabem quem somos! Vieram nos
buscar!"
Bem, nesse ponto
a excitação era maior do que aqueles cansados e saudosos sobreviventes podiam conter. O pandemônio se instaurou.
As pessoas
corriam em círculos gritando com toda a força de seus pulmões e sacudindo os
braços. Pessoas dignas começaram a abraçar outras com quem mal tinham falado
durante dois anos. Mulheres e homens ingleses distintos não continham a emoção.
Outros riam histericamente ou choravam como bebês.
Langdon Gilkey relata o que sentiu: "Aquele avião era o nosso
avião. Tinha sido mandado para nós, para dizer-nos que a guerra tinha acabado.
Era aquele toque pessoal, a garantia de que seríamos de novo incluídos no mundo
mais amplo."
De repente toda a
gritaria parou e 1500 pessoas engoliram em seco quando viram a porta do avião
se abrir e de lá saltarem homens que começaram a descer lentamente em pára-quedas. Isso era demais para acreditar! Seus
salvadores não viriam apenas qualquer dia. Eles viriam hoje, agora, para o meio
deles!
Essa descoberta
explodiu como uma bomba na multidão e todos começaram a correr em direção ao
portão do campo. Ninguém parou para pensar no perigo dos guardas armados, nas
metralhadoras apontadas das torres para eles . Dois
anos e meio de frustração, solidão e dor transformaram-se numa avalanche
humana. Ela se espalhou pela estrada do campo, chegou ao portão da frente e o
derrubou. Os guardas espantados só olhavam. A inundação de pessoas em êxtase
que corriam e gritavam passou por um vilarejo chinês vizinho e chegou a um
campo de milho onde os pára-quedistas estavam
descendo.
Aproximando-se, Gilkey recorda, os soldados eram quase como deuses: altos,
sadios, enérgicos. Afinal, tinham vindo das nuvens para salvá-los.
Rapidamente
inteirando-se da situação, o pára-quedista chefe
pediu para ser levado ao campo, para que pudesse "assumir o comando
lá". Essa declaração casual levou os internos a outro rompante de
excitação. Era um pensamento maravilhoso: "O inimigo não vai mais nos
governar".
Então, aquela inundação humana carregando os pára-quedistas nos ombros e comemorando alegremente, voltou
ao acampamento e entrou no alojamento do comandante japonês.
Bem, ele e os
outros guardas se renderam sem resistência. A guerra tinha acabado, a liberdade
tinha chegado. O mundo nascera de novo.
Amigo, essa é a
esperança que podemos nutrir agora, no acampamento Terra. Nosso Deus, nosso
Salvador, vai descer das nuvens para nos salvar.
Essa longa noite
de tristeza e sofrimento vai desaparecer. Essa longa história de terror, de
crueldade do homem contra o homem, finalmente vai cessar.
A luta solitária
e abatida num mundo dominado pelo pecado vai acabar. Vai haver júbilo no dia de
Sua vinda. Haverá gritos de alegria quando percebermos: "Ele está
chegando! Eu posso ver os anjos tocando as trombetas!" O som fica mais
alto, a nuvem de glória fica mais brilhante e perceberemos: "Ele está me
vendo! Ele sabe quem eu sou! Ele veio me buscar!"
Sim, nós vamos
querer correr, gritar, sacudir os braços. Vamos nos tornar uma inundação humana
que será levada ao Filho de Deus. Vamos saber com uma alegria indescritível:
"Esse é o meu Deus. Ele vem me buscar. Não qualquer dia, mas hoje, neste
minuto!"
Meu amigo, quero
de todo o coração estar lá. Quero estar olhando para cima, pronto para receber meu Salvador. Quero estar
pronto para ir para casa. Junte-se agora a essa viva esperança
!
5
PORNOGRAFIA FATAL
George Vandeman
Manhã de terça-feira, vinte e quatro de janeiro de 1989.
Enquanto o sol dourado se erguia sobre os campos verdejantes do lado de fora da
prisão estadual da Flórida, um véu negro caiu sobre o rosto de Theodore Robert Bundy.
Theodore Robert Bundy foi
executado às 7h16 desta manhã, na cadeira elétrica da prisão estadual.
A mãe de T.R.Bundy
afirmou: "Perder nosso filho amado não podemos. Não o criamos para ser
esse tipo de pessoa. Demos a ele uma boa educação, mas alguma coisa aconteceu
com ele em alguma época depois que ele saiu desta casa. Ele desenvolveu dentro
de si alguns costumes terríveis."
O que o teria transformado num maníaco assassino? Bundy culpou o seu vício pela pornografia como a causa
principal de sua mortífera paixão.
Por toda a estrada que leva à Prisão Estadual da Flórida, a
notícia da morte de Bundy fez com que a multidão que
a aguardava comemorasse. Todos gritaram. Todos. Eles soltaram fogos. Eles
bateram em frigideiras dizendo: "Terça é dia de fritura!" Podemos
entender a ira deles em relação a Bundy.
Se alguém mereceu o corredor da morte, bem como a cadeira
elétrica, Ted Bundy foi esse alguém, disse Bob
Martinez, Governador da Flórida.
Mesmo assim, pessoas ponderadas ficaram tristes com o
verdadeiro carnaval que fizeram do lado de fora da prisão. A multidão chegou a
aplaudir quando o carro fúnebre branco passou carregando o corpo de Bundy.
Alívio? Sim. Não resta a menor dúvida. Bundy
havia aterrorizado várias regiões do país com seus crimes horríveis.
Ele iludiu dúzias de moças para que confiassem nele, muitas
vezes fingindo estar ferido ou ter defeito físico. Então ele as submeteu a
horríveis torturas antes de tirar-lhes a vida.
A polícia do Colorado capturou Bundy,
mas ele fugiu para a Flórida, onde continuou com seus crimes horrendos.
Finalmente, cercado e levado à justiça, Bundy
fez a sua própria defesa em seu julgamento, brincando com o sistema legal.
Foi sentenciado, finalmente, ao corredor da morte,
impassível, sempre negando sua culpa.
Quando pressionado por um repórter sobre um crime
particularmente horrendo, ele zombou: "O que representa uma pessoa a menos
na face da terra, afinal?" Que horror! Que insensibilidade incrível! Como
pôde um bom rapaz, de um lar cristão, tornar-se talvez o homem mais temido e
odiado da América?
Bundy em pessoa responde a essa pergunta em uma entrevista com o
Dr. James C. Dobson, psicólogo e diretor de
"Focalizando a Família", uma organização sem fins lucrativos dedicada
à preservação da família.
O dramático diálogo aconteceu poucas horas antes da
execução de Bundy.
Dr. Dobson: Nos autos, você é
culpado de ter matado muitas mulheres e moças. É verdade?
Bundy: Sim. Sim. É verdade.
Dr. Doson: Vamos voltar então
para suas raízes. Primeiramente você foi criado, segundo eu soube, no que você
considera um lar saudável.
Bundy: Sem dúvida.
Dr. Dobson: Não foi molestado
fisicamente, não foi molestado sexualmente nem emocionalmente.
Bundy: Não. De modo algum. Isso é parte da tragédia em toda esta
situação, pois fui criado num lar maravilhoso, com pai e mãe dedicados e
amorosos. Eu pertenço a uma família de cinco filhos. Um lar onde nós, quando
crianças, éramos as prioridades na vida de nossos pais. Íamos regularmente à
igreja. Eu tinha pais cristãos que não bebiam, não fumavam e não jogavam. Não
havia agressões nem brigas em casa. Não estou dizendo que aquilo era o
paraíso...
Dr. Dobson: Não era um lar
perfeito.
Bundy: Não. Não. Eu não sei se existe um lar assim, mas era um
ótimo e sólido lar cristão. Espero que ninguém procure o caminho mais fácil,
simplesmente culpando minha família em ter contribuído para isto, porque eu sei
e estou tentando transmitir do modo mais sincero possível o que aconteceu. Acho
que esta é a mensagem que eu quero transmitir.
Quando eu tinha doze ou treze anos, por aí, eu conheci,
fora de casa novamente, nas lojas de revistas e nas lanchonetes locais, a
pornografia leve. Acho que expliquei a você, Dr. Dobson,
como os meninos fazem.
Nós explorávamos os quintais dos fundos, os corredores e
cantinhos de nossa vizinhança e muitas vezes as pessoas jogavam ali o lixo e
objetos quando limpavam sua casa. De vez em quando, encontrávamos livros
pornográficos da pesada. Figuras do tipo mais explícito do que aqueles que
encontrávamos nas lojas de revistas. E isso também incluía coisas do tipo
"revistas de detetives".
Dr. Dobson: Aquelas que incluem
violência?
Bundy: Sim. Sim, e isto é uma coisa que eu gostaria de enfatizar
como sendo um dos tipos maus prejudiciais de pornografia. Isto eu estou falando
por experiência pessoal, da dura e fria experiência pessoal.
O tipo mais prejudicial de pornografia é aquele que envolve
violência e violência sexual, porque o casamento dessas duas forças, que eu
conheço muito bem, faz aflorar um comportamento terrível, terrível demais para
descrever.
Dr. Dobson: Agora, explique-me
como é isso. O que se passava na sua mente naquela ocasião?
Bundy: Está bem, mas antes de prosseguirmos, é importante para
mim que o povo acredite no que estou dizendo. Quero dizer que não estou
culpando a pornografia, não estou dizendo que ela fez com que eu saísse e
fizesse certas coisas. Eu assumo total responsabilidade por tudo o que fiz. A
questão aqui não é essa. A questão é de que modo este tipo de literatura
contribuiu e ajudou a moldar esse tipo de comportamento violento.
Dr. Dobson: Isso alimentou suas
fantasias.
Bundy: É isso. Bem, no princípio ela alimenta esse tipo de
processo de pensamento, então, em certa ocasião, é o instrumento na sua
cristalização, transformando-o em algo que chega a ser quase uma entidade
separada dentro de nós. A essa altura, você está próximo. Eu estava próximo de
agir segundo esses tipos de pensamentos.
Dr. Dobson: Eu gostaria de
entender isso. Você tinha ido o mais longe que poderia ter ido em sua vida de
fantasias...
Bundy: Certo.
Dr. Dobson: Com o material
impresso, isto é, vídeos...
Bundy: Filmes, revistas e tudo.
Dr. Dobson: Aí veio a necessidade
de dar aquele pequeno passo, o grande passo, em direção da ação física.
Bundy: E acontece... Aconteceu em estágios, gradualmente. Não
tem necessariamente de acontecer da noite para o dia, pelo menos na minha
experiência com pornografia. Não a comum, mas a que focaliza a violência com
sexo. É assim que ficamos viciados nela, pois eu vejo isso como uma espécie de
vício, como outros tipos de vícios. Eu procurava sempre um material mais forte,
mais explícito, com variedades gráficas. Assim como um vício, você fica
desejando algo mais forte e mais forte. Algo que lhe dê uma sensação maior de
excitação, até você atingir o ponto em que começa a pensar se talvez a prática
não lhe daria algo além de apenas ler ou ficar olhando.
Dr. Dobson: Por quanto tempo você
ficou nesse ponto até chegar de fato atacar alguém?
Bundy: Eu sentia fortes inibições contra o comportamento criminoso
e violento que estava condicionado dentro de mim. Essas inibições foram
produzidas dentro de mim, em meu meio-ambiente, em minha vizinhança, em minha
igreja, em minha escola. Coisas que diziam: "Não! Isso é errado. Mesmo
pensar nisso é errado. Fazer é mais errado ainda." Eu estava na borda,
estava diante dos últimos vestígios da restrição.
As barreiras para se fazer alguma coisa estavam sendo
testadas constantemente e agredidas, atacadas pela vida de fantasias que era
grandemente alimentada pela pornografia.
Dr. Dobson: Nas primeiras vezes,
você estava sempre meio bêbado quando fazia essas coisas, não é mesmo?
Bundy: Sim. Sim.
Dr. Dobson: E era sempre assim?
Bundy: Eu diria que geralmente era assim. Quase sem exceção.
Dr. Dobson: Muito bem, se eu
entendi direito, travava-se uma batalha dentro de você, havia as convicções que
você tinha aprendido. Havia o certo e o errado que lhe ensinaram quando
criança, bem como essa paixão incontida alimentada pela pornografia violenta
que endurecera seu íntimo e essas coisas estavam em guerra entre si.
Bundy: Sim.
Dr. Dobson: Então, com o álcool
arrefecendo suas inibições, você se soltou.
Bundy: Sim. E pode-se resumir a coisa toda dessa forma, sim
senhor.
Dr. Dobson: Ted, após cometer seu
primeiro homicídio, qual foi o efeito emocional em você? O que aconteceu nos
dias que se seguiram?
Bundy: Ao acordar pela manhã, e pensar no que eu tinha feito,
com a mente clara e todos os meus sentimentos morais e éticos intactos naquele
momento, fiquei absolutamente horrorizado por ter sido capaz de fazer uma coisa
daquelas.
Dr. Dobson: E você havia sentido
isso antes?
Bundy: Não existe em absoluto um jeito de descrever. Primeiro, a
ânsia brutal de fazer esse tipo de coisa; depois, o que acontece é mais ou
menos satisfatório e revigorante, após eu dispender toda aquela energia.
Revigorante, mas basicamente eu voltava a ser eu mesmo outra vez. Eu quero que
as pessoas entendam isto também.
Não estou dizendo isto gratuitamente, porque é importante
que as pessoas entendam isto: basicamente eu era uma pessoa normal. Eu vivia
uma vida normal, com exceção deste pequeno, mas muito potente, muito destrutivo
segmento que eu mantinha em segredo, guardado só para mim. Eu não deixava
ninguém saber a respeito.
Acho que as pessoas precisam reconhecer que aqueles iguais
a mim, que têm sido influenciados pela violência nos meios de comunicação, em
particular pela violência pornográfica, não são nenhuma espécie de monstros
inerentes. Nós somos seus filhos e somos seu marido. Crescemos em famílias
comuns. A pornografia pode estender as mãos e pegar um garoto de qualquer casa
hoje. Ela me pegou do meu lar, há vinte, trinta anos, por mais diligentes que
fossem meus pais.
Eles foram diligentes em proteger seus filhos, e por mais
cristão que fosse nosso lar, tínhamos um maravilhoso lar cristão, não há
proteção contra esse tipo de influência que está à solta em uma sociedade que a
tolera.
Veja, não sou nenhum cientista social e não fiz nenhuma
pesquisa.
Eu não vou fazer de conta que sei o que os cidadãos em
geral pensam sobre isto, mas eu vivi na prisão por muito tempo e conheci muitos
homens que foram motivados a cometer violência assim como eu. Sem exceção, cada
um deles esteve profundamente envolvido com pornografia, sem dúvida e sem
exceção, profundamente influenciados e consumidos pelo vício da pornografia.
Não há a menor dúvida a respeito. Os próprios estudos do
FBI sobre assassinatos em série, mostram que o interesse mais comum entre os
que assassinaram em série é a pornografia. É verdade!
É um fato, eu lhe garanto, existem muitas crianças
brincando pelas ruas deste país hoje que vão ser mortas amanhã ou no dia
seguinte ou talvez no mês seguinte, porque outra criança está lendo esse tipo
de coisa que está disponível nos meios de comunicação hoje.
Vandeman: Que conversa mais alarmante e comovente. Quero agradecer
ao Dr. Dobson e ao programa "Focalizando a
Família" por ceder trechos desta entrevista.
Alguns críticos afirmam que a entrevista de Bundy foi apenas uma última tentativa desesperada para
salvar sua vida. Isso não pode ser verdade, uma vez que esta entrevista estava
sendo planejada seis meses antes. Outros críticos acusaram o Dr. Dobson de interferir no sistema de justiça da Flórida,
tentando adiar a execução de Bundy, ou então
cancelá-la.
Tal acusação também é inteiramente falsa. O Dr. Dobson reconhece que, se algum criminoso merecia morrer,
esse era Ted Bundy.
"Focalizando a Família" apenas deu a Bundy a oportunidade que ele pedira para alertar o mundo
sobre a atração fatal da pornografia.
A pornografia tem muitos defensores entre aqueles que a
acham pessoalmente de mau gosto. Eles defendem sua existência para proteger seu
próprio direito constitucional de liberdade de expressão, querendo impedir a
censura a todo custo.
Na realidade, porém, todos nós não cremos na censura até um
certo grau? Que pessoa responsável defenderia a pornografia para as crianças e
a exploração criminosa das crianças? Obviamente certos limites devem ser
estabelecidos.
Liberdade de expressão sem limites não pode existir. A
pergunta chave aqui é: onde traçaremos o limite?
O que nossos antepassados tinham em mente quando garantiram
a liberdade de expressão em nossa constituição? Os que estudam história sabem
que os que escreveram a constituição, estavam resguardando o país contra a
repressão religiosa e política.
Você acha que eles teriam arriscado a vida para que platéias sedentas de sangue pudessem se inspirar com o
massacre sangrento do Texas? Por quanto tempo uma sociedade sadia poderá
tolerar o chocante e revoltante abuso de mulheres?
Temos que tolerar uma avalanche de violência e obscenidades
para proteger a constituição?
Os produtores da pornografia vivem nos lembrando dos seus
direitos constitucionais, mas as mulheres e crianças não têm direitos também? O
direito de andarem pelas ruas sem terem medo de serem atacadas?
Alguns sugerem: "Se você não gosta da pornografia, não
compre, não olhe, afaste-se dela."
Acho que não percebem o ponto. Outros estão consumindo
pornografia, criminosos como Ted Bundy. Quando
aqueles que têm tendência à violência vêem-na na
pornografia explícita, podem ouvir uma voz do mal sussurrando: "Vão e
façam o mesmo."
Se a pornografia levasse apenas um décimo de um por cento
dos homens americanos a cometerem atos criminosos, cerca de dez mil
estupradores e assassinos estariam à solta.
Evidentemente podemos e devemos nos opor à pornografia,
porque ela ameaça o público. Não na base da preferência religiosa, você
entende, já que a fé não pode ser legislada. Nosso objetivo é apenas uma
sociedade segura.
Vimos na entrevista de Bundy, que
a pornografia leve, como a de certas revistas, provê uma abertura para a
pornografia violenta e pesada. Pode também contribuir para a fabulosa média de
divórcios.
Pense nisso por um instante. Quantos homens estão
abandonando sua esposa por mulheres mais jovens. Podemos duvidar que uma das
razões para isto é que a pornografia tem destruído sua apreciação pelo que eles
já possuem em casa?
Esta epidemia de divórcios sobrecarrega os já superocupadas processos de divórcio. Pior, filhos sem um
pai por perto têm mais chances de se tornarem criminosos.
A pornografia tem que levar parte da culpa pelas
fragmentadas famílias do país.
Por favor, reflita sobre este comentário final de Ted Bundy.
Bundy: Aqueles a quem eu feri e aqueles a quem causei tanta dor,
mesmo que não acreditem na minha expressão de arrependimento e remorso,
acreditarão no que estou dizendo agora.
Existe prejuízo em suas cidades, em suas comunidades, com
pessoas iguais a mim hoje, cujos perigosos impulsos estão sendo alimentados
diariamente pela violência nas variadas formas de comunicação, particularmente
a violência sexual.
Vandeman: Um sóbrio alerta, sem dúvida, para todos que têm ouvidos
para ouvir. Muitos têm conjecturado se Ted Bundy
arrependeu-se de seus crimes horríveis.
Somente Deus sabe, é claro, mas as indicações são de que
ele finalmente se arrependeu e confiou em Jesus como seu Salvador.
Esperamos que sim, embora alguns parecem
duvidar que Deus poderia perdoar Ted Bundy.
Por quê? Não existe poder no sangue de nosso Senhor Jesus
Cristo para perdoar o mais terrível pecador?
Jesus prometeu: "O que vier a mim, de modo nenhum o
lançarei fora." João 6:37.
Volte comigo até meados dos anos setenta, nos dias que se
seguiram ao "Watergate". Após Chuck Colson
ser solto da prisão, ele não se esqueceu dos homens e mulheres ainda atrás das
grades.
Um dia, em 1981, com uma equipe do seu ministério, ele
visitava os presidiários na penitenciária do estado de Indiana.
Segundo Chuck menciona em seu livro "Um Deus de
Amor", o grupo entrou através do labirinto dos blocos de cela de concreto
até o conjunto de portas duplas que levavam ao corredor da morte.
O carcereiro abriu as portas das celas individuais. Um a
um, os condenados timidamente se aventuraram a misturarem-se com Colson e seus voluntários. Colson
pregou uma breve mensagem da Bíblia. Todos eles deram as mãos para cantarem:
"Preciosa Graça".
Após a oração, o grupo de Colson
despediu-se dos prisioneiros e começou a sair. Estavam todos em um setor
fechado entre dois enormes portões, quando notaram que um componente do grupo
estava faltando.
Colson voltou para buscar o homem. O voluntário, um homem branco
e baixinho de uns cinqüenta e poucos anos, estava em
pé lado a lado com um rapaz negro, lendo juntos a Bíblia.
"Sinto muito, temos que sair", Colson disse olhando para o relógio. Além do mais, o tempo
era pouco. Um avião aguardava lá fora para levar Colson
a um encontro com o governador.
O voluntário olhou para ele e disse suavemente: "Dê só
mais um minutinho, por favor, isto é importante". Aí acrescentou:
"Sabe, sou o Juiz Clement, o mesmo que sentenciou James Brewer aqui, à morte. Mas agora ele é meu irmão e queremos
um minuto para orarmos juntos."
Colson menciona: "Fiquei paralisado na porta da cela. Pouco
importava quem eu deixei esperando. Diante de mim estavam dois homens: um
impotente, o outro poderoso; um era negro, o outro branco; um tinha sentenciado
o outro à morte. Em qualquer outro lugar além do reino de Deus, aquele preso
teria matado o juiz com suas próprias mãos, ou ao menos desejado. Agora eram um
em Cristo. O rosto de ambos refletia uma indescritível expressão de amor
enquanto oravam juntos."
Ao saírem da prisão, o juiz Clement disse a Colson que todos os dias, durante quatro anos, desde que
sentenciara Brewer à morte, vinha orando pela
salvação dele. Graças a Deus que tais orações foram atendidas.
Sim, James Brewer era um homem
salvo ali no corredor da morte. Tanto o juiz como o prisioneiro condenado à
morte permaneceram limpos perante o Senhor. Iguais aos olhos de Deus.
Igualmente perdidos longe de Cristo; igualmente salvos em Cristo. Sabe, o Céu
vem para nós não por sermos merecedores, mas por termos confiado nossa vida ao
Senhor Jesus Cristo.
Meu amigo, a maravilhosa graça de Deus, que salvou o juiz
Clement e James Brewer, é a sua única esperança e a
minha também. Tem mais, a mesma graça transformadora que uniu o coração
daqueles inimigos no tribunal, pode renovar nossos relacionamentos também.
Existe poder em nosso Senhor Jesus Cristo para superar qualquer paixão que
possa ter escravizado sua alma.
Apelo para que você entregue sua vida a Ele agora mesmo.
6
VÍCIO: DOENÇA OU PECADO?
George Vandeman
Em Washington, pessoas estão se matando. Tudo por causa de
uma ampola de crack (cocaína cristalizada). Os viciados em cocaína são vítimas
de uma doença? E quanto aos viciados em álcool e fumo... Isso é uma doença, ou
ousamos chamar de pecado? Seja o que for, existe ajuda se você precisar dela
hoje.
Traficantes e dependentes enchem as ruas das grandes
cidades. Precisando de dinheiro para sustentar seu hábito, prostitutas e
ladrões andam pelos becos. Pessoas chegam a cometer homicídios por causa de uma
ampola de crack. A fronteira sul da América é um canal do tráfico de drogas,
sabia? A polícia vem travando uma batalha perdida... Para cada rei das drogas
que ela consegue agarrar, surgem dois em seu lugar. E o mais perturbador de
tudo é que os americanos tem uma demanda insaciável
por esse produto químico.
Curiosamente, a questão da droga surgiu durante a campanha
presidencial de 1988 como o problema número um da América. O presidente Bush no
dia de sua posse enfatizou sua promessa de lutar contra o abuso das drogas. Eu
estava sentado na plataforma atrás desse líder recém-empossado quando ele disse
estas palavras: "Este flagelo tem que acabar."
O flagelo da dependência das drogas foi particularmente
perverso na capital dos Estados Unidos. Como prova disso, em 1988 a cidade de
Washington teve o mais alto índice de homicídios da nação. Quando as mortes
atingiram o máximo durante o primeiro trimestre de 1989, percebeu-se que algo
drástico tinha que ser feito, e rapidamente.
O presidente Bush nomeou William Bennett como o novo diretor do
gabinete, na Casa Branca, do Conselho Nacional de Entorpecentes, o Czar federal
das drogas.
Com um desafio maior do que seu título, Bennett lançou um
ataque sem precedentes sobre o problema das drogas em Washington. Foi um
projeto de 80 milhões de dólares para derrubar os traficantes e seus comparsas.
Os pais sabem que o contingente policial não é suficiente
para salvar seus filhos do uso de drogas. Ficam em dúvida sobre o que dizer aos
adolescentes... Especialmente quando a geração mais jovem ressalta a
inconsistência de muitos adultos. Eles dizem: "Vocês me chamam de
dependente, mas e quanto às suas bebidas? O álcool também não é uma droga? E
quanto aos seus cigarros cheios de nicotina?"
Esses jovens tem sua razão, temos
que admitir. Muitos adultos dão um exemplo fatal ao ter seus próprios vícios.
Mais de mil fumantes morrem por dia devido a esse hábito. E quem pode computar
o custo do alcoolismo em lares desfeitos, ossos quebrados e promessas não cumpridas?
Bem, chega de falar sobre o problema. Ouvimos a respeito
todos os dias. Vamos procurar soluções. A verdadeira batalha deve ser ganha na
mente e no coração dos consumidores. Se a demanda de drogas não parar, os
fornecedores sempre acharão um meio de contrabandear sua mercadoria. Portanto a demanda de drogas,
a dependência em si, deve ser confrontada. Isto levanta uma questão: estamos
discutindo uma doença ou um pecado? A resposta é importante. Sabe, alguns
sugerem que a dependência é um destino pré-determinado, algo programado desde o
nascimento nos gens. Se isso for verdade, como você
pode culpar um dependente por cumprir seu destino? Mas, por outro lado, se a
dependência é um comportamento que pode ser evitado, um pecado a ser destruído,
não há desculpa para a dependência da cocaína, ou o hábito do fumo e da bebida.
A primeira página de um jornal da Califórnia trouxe o
triste relato de uma motorista bêbada que matou três adolescentes na rodovia
101. Eles caminhavam pelo acostamento da estrada em busca de ajuda para o seu
carro enguiçado, quando foram atropelados por ela. Seu nível de álcool no
sangue era o dobro do limite legal de intoxicação na Califórnia. Tragicamente,
na noite anterior essa mesma motorista tinha sido detida por dirigir
embriagada, e em seguida solta. As autoridades estão acusando-a de assassinato.
Bem, se essa motorista é uma vítima indefesa de uma doença que ela não pode
controlar, então a sociedade não deve responsabilizá-la pela morte daqueles
adolescentes. Mas se ela pode ter escolhido, quanto a embriagar-se de novo na
noite em que matou os garotos, será que ela não deve ser responsabilizada?
Não faz muito tempo um grupo de pessoas suscitou muita
controvérsia ao desafiar a crença de que o alcoolismo é uma doença. Na verdade,
foi só a partir dos anos sessenta que essa noção de que o vício é uma doença
tornou-se popular. E muitos psicólogos cristãos e pastores, quase que por
omissão, aceitaram as conclusões de pesquisadores seculares. Agora, muitos
especialistas reconhecem que o alcoolismo é um problema de comportamento em vez
de meramente uma doença.
Herbert Fingarette é consultor
sobre alcoolismo e
dependência da Organização Mundial de Saúde e pesquisador do
Centro Stanford para estudos avançados e ciência comportamental. Ele
recentemente escreveu o livro: Beber Excessivamente: o Mito do Alcoolismo como
Doença. O mito, notou? Ele sugere no livro que ver o hábito como uma doença é
ignorar a
responsabilidade e "negar a dimensão espiritual" da
dependência do álcool. Fingarette nos lembra que não
existe qualquer evidência científica que indique que os alcoólicos são
incapazes de fazer algo para banir seu hábito. É a fixação do que bebe que
determina o consumo do álcool. Atualmente, ele acrescenta: "Nenhuma
autoridade de expressão aceita o conceito clássico de doença para o alcoolismo."
Suponha que algumas pessoas sofram de uma fraqueza genética para o alcoolismo.
Todos nós sofremos compulsões e predisposições para pecar de um modo ou de
outro. E toda vez que cedemos a estas fraquezas, temos que enfrentar as conseqüências.
Os alcoólicos e todos os demais com dependências devem assumir a
responsabilidade por seu comportamento. Eles não são vítimas indefesas, do
mesmo modo como as vítimas que eles costumam atingir. Considere isto. Pode
parecer bonito e compassivo dizer aos amigos dependentes que eles não tem culpa
por seu problema, que eles são vítimas de uma doença que não podem controlar.
Mas pense bem nisso, amigo... O que estarão ouvindo
realmente de nós é que eles não tem mais jeito. Isto é péssimo para eles, e não
é verdade. Os dependentes podem se erguer e obter ajuda. Mas enquanto não
assumirem a responsabilidade por sua dependência eles jamais agirão de modo
responsável. Portanto vamos incentivar as pessoas para que mudem. Isto é
importante. Quando unimos nossa vontade com a força de Deus, podemos fazer tudo
através de Cristo. Seu amor nos dá força.
Há anúncios na TV americana para que os dependentes busquem
ajuda para seu problema. Obviamente o dependente pode desprezar a ajuda, ao
contrário das doenças em que não temos saída a não ser buscar ajuda. Portanto,
o alcoolismo é uma "desordem de comportamento", não apenas uma
"doença". E francamente, "desordem de comportamento" é
apenas um outro meio de dizer "pecado".
O que a Bíblia diz sobre a dependência? Bem, a Palavra de Deus não exalta a natureza
humana, eu lhe garanto. Ela é muito franca sobre o problema do pecado que todos
nós sofremos. Jeremias dezessete, nove diz: "Enganoso é o coração, mais do
que todas as coisas, e desesperadamente corrupto..."
Este problema do pecado é considerado um tipo de doença, de
certo modo. Vemos isso em Isaías um, cinco.
"...Toda a cabeça está enferma e todo o coração fraco."
Evidentemente a dependência pode ser considerada uma doença
no sentido de que todo pecado é uma doença... Mas não
é uma doença como o sarampo, sobre o qual não temos controle. E desde que a
responsabilidade humana está envolvida na dependência, é de se esperar que a
Bíblia tenha alguma advertência sincera sobre esse comportamento destrutivo,
você não acha? E ela tem.
No Novo Testamento o apóstolo Paulo enumera vários pecados,
incluindo entre eles coisas como o adultério e o ódio. Gálatas cinco, versículo
vinte e um descreve isto de modo bem forte:
"Invejas,
homicídios, bebedices, glutonarias, e coisas semelhantes a estas,
acerca das quais vos declaro, como já antes vos disse, que os que cometem tais
coisas não herdarão o Reino de Deus."
Esta é uma declaração forte da Palavra de Deus. A bebedice
é relacionada com várias práticas pecaminosas que nos desqualificam para o Céu.
Por favor, entenda
que o Senhor não nos considera culpados quando nos arrependemos de nossos
pecados e vamos honestamente até Ele buscar ajuda, mesmo quando lutamos e
falhamos. O que nos rouba a vida eterna é a teimosa recusa em enfrentar nossos
pecados e trocá-los pelo que Jesus tem a nos oferecer. Esse é o problema.
Lembra da história que Cristo contou sobre o filho pródigo?
Aquele jovem abandonou seu pai e saiu de casa indo para bem longe, onde
desperdiçou tudo numa vida dissoluta. Finalmente, a Bíblia diz, ele "caiu
em si". Em outras palavras, ele confrontou o seu comportamento. Aí ele
tomou a grande decisão e disse a si mesmo. "Levantar-me-ei, e irei ter com
meu pai, e dir-lhe-ei: pai, pequei contra o céu e perante ti..." (Lucas 15:18) Chega de viver erradamente aqui. Chega
de desculpas. O pródigo assumiu total responsabilidade por suas bebedeiras e as
chamou de pecado. Ele disse: "eu pequei." Aí ele fez algo a
respeito... Ele agiu indo para casa. O pai correu para receber seu filho
arrependido, perdoando-o total e livremente com a declaração: "porque este
meu filho estava morto, e reviveu, tinha-se perdido, e foi achado." (Lucas
15:24) Note que
o filho tinha-se perdido, estava espiritualmente morto. Não apenas doente, mas
perdido. Graças a Deus, agora que o rapaz havia confrontado seu comportamento
de dependência e ido para a casa de seu pai, ele estava vivo e salvo.
Os alcoólicos não estão perdidos por beberem, mas apenas
por rejeitarem a Jesus Cristo como seu refúgio e buscarem em vez disso, seu
consolo na garrafa. Os dependentes de drogas não estão perdidos por causa do
desejo insaciável. Acontece que eles se entregam a uma falsa realização em
lugar daquela que jesus oferece.
Vamos sondar um pouco mais fundo a natureza do pecado, o
porquê da entrega à dependência ser pecado. Em Romanos
13, versículos 13 e 14 encontramos o seguinte: "Andemos honestamente, como
de dia, não em glutonarias, nem em bebedeiras, nem em desonestidades, nem em
dissoluções, nem em contendas e inveja; mas revesti-vos do Senhor jesus Cristo, e não tenhais cuidado da carne em suas
concupiscências."
Toda imoralidade, inclusive bebedeira, é um fraco
substituto de Jesus em nossa vida. Quando estamos solitários, Ele quer que
encontremos companhia Nele, não no pecado. Quando
sofremos stress, ele nos convida para ir até Ele e descansar. Quando estamos
felizes, Ele sente prazer ao compartilharmos nossa alegria com Ele. Amigo, por
quais quer que sejam as razões que levem as pessoas a beber ou usar drogas,
sejam essas drogas cocaína, fumo ou qualquer outra... Jesus quer que em vez
disso dependamos Dele. É por isso que o texto citado nos diz para
"revestirmos do Senhor Jesus Cristo".
Para ter um tal relacionamento, a Bíblia diz, devemos evitar provisão para a carne e
satisfazer seus desejos. Portanto diga não ao pecado e diga sim a jesus!
Vamos tornar tudo isto prático: Se a sua luta é contra o álcool,
retire as cervejas da sua geladeira. Livre-se delas. Se cocaína é o seu
problema, jogue-a pelo esgoto. Você fuma? Jogue fora seus cigarros. Talvez você
precise de aconselhamento profissional... Encontre alguém que possa ajudá-lo
com sua dependência. Não confie naqueles que pensam que sabem mais do que Deus
sobre enfrentar e confessar nossos pecados. Acima de tudo, meu amigo, ponha
Jesus em primeiro lugar na sua vida!
Lembre-se, as dependências são a expressão do vazio sem
Cristo. Podemos encontrar nossa realização Nele e no
que ele oferece, em vez de ficarmos brincando com as falsidades do diabo. Há
uma razão muito especial para tratarmos nosso corpo com responsabilidade. O
Senhor jesus sacrificou Sua vida para que pudéssemos
pertencer a Ele. "Ou não sabeis que o vosso corpo é o templo do Espírito
Santo, que habita em vós, proveniente de Deus, e que não sois de vós mesmos?
Porque fostes comprados por bom preço; glorificai pois
a Deus no vosso corpo, e no vosso espírito, os quais pertencem a Deus." (I
Coríntios 6: 19,20).
Pense nisso... O Deus vivo e amoroso faz residência dentro
de nosso corpo e da nossa mente! Naturalmente, tal privilégio traz suas
responsabilidades. Se Deus faz de nosso corpo humano Seu templo, o mínimo que
podemos fazer é cuidar bem dele. Você não acha?
Os cristãos previdentes reconhecem isso agora. Os
adventistas do sétimo dia, há mais de um século, entendem que a boa religião se
interessa pela boa saúde. Por isso eles não fazem uso do fumo e das bebidas e
dão ênfase às vantagens dos exercícios, do ar puro, da luz do sol e de uma
dieta balanceada. O viver saudável compensa? É claro que sim. O estilo de vida
dos adventistas abstendo-se das bebidas alcoólicas e do fumo, e fazendo uma
dieta de alimentos naturais os ajuda a viver de sete a nove anos mais do que a
população em geral, segundo as pesquisas... Com 50 por cento a menos de casos
de câncer e doenças do coração. Amigo, estou com 73 anos de idade e agradeço a
Deus pela boa saúde. Juntamente com os cristãos mais conservadores, os
adventistas do sétimo dia ensinam a total abstinência no álcool. Não podia ser
de outro modo, se encontramos na Palavra de Deus essa instrução em Coríntios
10, versículo 31: "Portanto, quer
comais, quer bebais, ou façais qualquer outra coisa, fazei tudo para a glória
de Deus."
O que existe, mesmo em um copo de vinho que possa
glorificar a Deus? Você acha que o álcool nos ajuda a sermos melhores pais e
melhores cônjuges? Ele nos torna cidadãos mais responsáveis? Mais
trabalhadores? Cristãos mais fiéis? Não, amigo, eu não consigo ver nada no
álcool que glorifique a Deus. E você, consegue? Alguns dizem que um copo ocasional de
vinho tem efeito medicinal... Mas os médicos atualmente sugerem alternativas
que não tem o potencial de uma arma carregada do vinho. Sem dúvida nossa única
segurança contra o alcoolismo é a total abstinência. A dependência entra
sorrateiramente, e se instala até nos que bebem social e responsavelmente.
Porque no momento de crise pessoal, eles se vêem
dependendo cada vez mais de um gole, e depois disso eles sentem dificuldades em
diminuir a dose. Foram fisgados. E o custo da dependência é assustador,
especialmente hoje em dia.
Nos tempos bíblicos se uma pessoa se embebedasse ela
poderia cair do seu jumento. Atualmente, a intoxicação causa acidentes fatais.
E quando consideramos o aumento do índice de divórcios e as muitas tentações
que empanam a nossa
integridade, percebemos quão importante é nos dias de hoje ouvir o alerta das
Escrituras quanto a orarmos e sermos sóbrios. Sim, a Bíblia nos oferece um
substituto maravilhoso para o álcool. Efésios 5:18 diz: "E não vos
embriagueis com vinho, no qual há devassidão, mas enchei-vos do Espírito."
De que modo somos cheios do Espírito? Confiando a nossa
vida a Jesus dia a dia, nos submetendo à orientação de Deus através da Sua
palavra. Lembre-se, para vencer o álcool, a cocaína, o fumo ou qualquer outra
coisa, não é o bastante "apenas dizer não". Devemos também dizer
"sim" a Jesus, confiando nossa vida a Ele. Aí o Espírito de Deus
poderá nos fortalecer para honrá-Lo com nosso corpo... O seu templo.
Recordo-me agora de Tom Benefiel.
Em certa época ele era um dependente de drogas em Long
Beach, Califórnia, vivendo loucamente com sua namorada. aí, sem que Tom
soubesse ela começou a assistir o programa "Está Escrito" tornando-se
uma expectadora regular. Logo ela começou a pensar diferente sobre o modo como
estava vivendo com Tom.
Quando convidei nosso público de casa para assistir uma
série de reuniões que eu estava realizando na comunidade ali perto, ela
compareceu. De algum modo ela conseguiu levar o Tom com ela. E lá estavam eles
na primeira fila, Tom com seus cabelos longos e contas coloridas. Ele estampava
um largo sorriso... Não porque estava particularmente feliz por estar na
igreja. Tom sempre estampava aquele sorriso quando estava drogado. Eu o vi ali
sorrindo para mim, de modo que retribuí o sorriso. Eu não sabia porque ele estava sorrindo, eu só achei que ele era um
hippie feliz. Mas naquela noite o bom Deus abriu a mensagem do seu amor para a
mente drogada do Tom. Noite após noite ele voltou, sempre na primeira fila. O
Espírito Santo trouxe o arrependimento a seu coração e o ganhou para Cristo. Um
ponto crucial na conversão de Tom foi quando ele decidiu enfrentar o seu
problema de drogas e considerar pecado aquela dependência. E sabe duma coisa, o
dia do batismo dele foi uma experiência gloriosa.
Aí surgiu a questão: O que Tom iria fazer de sua vida? Seu
corpo e mente de vinte e sete anos tinham sido castigados pelas drogas. Um
emprego rentável parecia impossível. Mas o pastor local deu uma sugestão
surpreendente... Por que não pensar em seu pastor?
Um pastor, mas justo isso? Tom orou quanto à idéia e reconheceu a orientação de Deus. Uma série de
milagres dramáticos abriu o caminho para ele cursar a Universidade de Loma
Linda, onde Tom obteve sempre ótimas notas. O Senhor curou a mente marcada
pelas drogas de Tom.
Após ter se formado, a Igreja Adventista do Sétimo Dia o
convidou para trabalhar em um programa de testemunhos para estudantes em
Oxnard, Califórnia. Foi lá que ele conheceu sua esposa, Annie.
Hoje eles formam uma dinâmica dupla pastoral, e grandes
amigos meus, ganhando almas para o Senhor Jesus Cristo.
Deus transformou a vida de Tom, trazendo a ele a paz e o
poder de Jesus Cristo... E sabe, Ele pode fazer o mesmo por você.
ESTÁ ESCRITO
Caixa postal, 1800
20001-970 RIO DE JANEIRO RJ
Telefone: (021) 284 9090
Fax: (021) 254 7165
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Muito obrigado.
7
A CONSPIRAÇÃO DA NOVA ERA
George Vandeman
Ojay é uma comunidade na montanha na costa da Califórnia. Ojay é um grande centro de ensinamentos da Nova Era. Aonde quer que vá, você vê evidências da Nova Era. Se você
viaja pela rodovia você vê cristais de quartzo pendurados nos espelhos dos
carros que passam, se visita o shopping nota estantes recobertas com papel de
parede da Nova Era, quando assiste um show de entrevistas, lá estará a atriz
Shirley MacLaine falando com entusiasmo sobre a Nova Era.
O que é essa Nova
Era, afinal? O movimento Nova Era é um caldeirão cheio de religiões pagãs
orientais, misturadas com o espiritismo e temperadas com uma pitada de
cristianismo, tudo isso de maneira suficiente para tornar os conceitos da Nova
Era saborosos para a sociedade ocidental. O movimento surgiu em 1960 e as
raízes de seus ensinamentos vêm de muito antes disso, mas somente nos anos 80
foi que a Nova Era teve sua explosão de popularidade.
Agora, nos anos
90, ela está se tornando mais agressiva do que nunca. Existe algum tipo de
conspiração global nisso tudo? Para descobrir, vamos consultar um livro que os
adeptos da Nova Era tratam como sua Bíblia: "A Conspiração Aquário"
de Marilyn Ferguson. Ela fala do movimento Nova Era como uma "rede sem
líderes, mas uma obra poderosa para realizar uma mudança radical nos Estados
Unidos." Portanto há uma rede de adeptos trabalhando para revolucionar a
nossa sociedade, mas Ferguson afirma que eles não possuem liderança
centralizada.
Isto é verdade,
até o momento não encontrei nenhuma evidência de estrutura humana de autoridade. Nada
como um partido político ou uma organização religiosa. Entretanto, o pesquisador e
editor cristão Kenneth Wade tem uma sugestão interessante sobre uma
conspiração.
Li em seu livro
"Segredos da Nova Era" o seguinte: "embora ele (o movimento Nova
Era) não seja uma organização alinhavada em nível humano, em minhas leituras eu
descobri fortes evidências de que existe uma organização em nível sobrenatural
que vem trabalhando para unir a rede de pessoas que estão ouvindo os vários
espíritos que proclamam a iminência da Nova Era".
Existe alguma
conspiração sobrenatural? Forças espíritas controlam realmente o movimento
mundial da Nova Era? Não resta dúvida que, seres espíritas estão envolvidos.
Como um enxame hiperativo de abelhas, esses espíritos estão constantemente
comunicando novas mensagens da Nova Era através da meditação e mediunidade.
Médiuns, são seres humanos que transmitem as mensagens dos espíritos, muitas
vezes em estado de transe.
A pergunta
importante é: quem são esses espíritos? Eles são anjos de Deus ou demônios do
diabo? Embora muitos espíritos da Nova Era usem nomes de personagens da Bíblia,
suas mensagens indicam outra fonte porque contradizem a verdade da Bíblia.
Essa questão de
mediunidade relembra como o diabo falou com Eva no Jardim do Éden, quando
comunicou suas mentiras através da serpente a fim de lançar este mundo na
ruína. O alvo do inimigo continua o mesmo. Portanto, temos uma verdadeira
conspiração. Satanás e seus anjos caídos usando a meditação da Nova Era e
usando médiuns pretende enganar o mundo inteiro... inclusive você e eu.
Existe uma canção
popular dos anos 60 que proclama o alvorecer da "Era de Aquário".
Esta "Era de Aquário" é o objetivo da Nova Era de uma era pós-cristã
aqui na Terra. Como eles pensam que isso acontecerá? A autora de "A
Conspiração Aquário" explica: "temos em nós o poder de fazer a paz
dentro de nosso ego distorcido e com os outros, de curar nossa terra natal e a
terra inteira."
Os discípulos da
Nova Era imaginam que podem salvar a Terra da guerra, do crime, da poluição e
de todas as outras ameaças. Por isso se reuniram há algum
tempo atrás, para sua convergência harmônica.
Num fim de semana
de agosto de 1987, os seguidores da Nova Era do mundo inteiro se congregaram em
36 pontos que consideram sagrados. Reuniram-se em locais como o Grand Canyon,
monte Shasta na Califórnia, nas Pirâmides do Egito e
no monte Fuji, no Japão. Eles estiveram
de mãos dadas, num círculo, emitindo um som particular. Estavam emitindo a
palavra hindu "om". Supõem-se que esta palavrinha "om", das
escrituras hindu possui um tremendo poder, capaz de gerar força cósmica
suficiente para criar uma nova era de paz e amor.
Houve uma razão
para o grupo da Nova Era ter escolhido aquele fim de semana em particular de 17
de agosto? Bem, o plano foi esboçado pela primeira vez "há cinco mil
anos". De acordo com algumas culturas antigas, este é um momento em que
tem início o fim do mundo, de modo que muitas pessoas meditam e pensam de
maneira positiva e assim são capazes de continuar adiante crendo
portanto que este será o início do fim. Esta foi a finalidade daquele
fim de semana.
A esperança de
uma nova era falhou para eles naquela mesma noite. O vôo
255 da Northwest caiu em Detroit, foi o segundo maior desastre aéreo da
história dos Estados Unidos até aquele dia. Coisas que os seguidores da Nova
Era não esperavam no
fim de semana de danças ao sol.
A atuação dos
médiuns foi o grande evento da convergência harmônica. Famosas personalidades
já falecidas, revelaram supostamente seus desejos harmônicos através dos
médiuns.
Em pequenas
elevações de uma planície abaixo do monte Shasta, 200
peregrinos de Los Angeles pagaram 35 dólares cada um para ouvirem
reverentemente o apóstolo João (dos tempos bíblicos, supostamente) falar a eles
através do médium Jerry Bowman.
Não vai nos
custar 35 dólares para saber o que o verdadeiro apóstolo João disse sobre a
Nova Era. No Novo Testamento ele nos indicou a segunda vinda de Jesus como
nossa esperança para o futuro e não a transformação mágica da Terra aqui e
agora.
Um outro conflito
entre os ensinos da Nova Era e a fé cristã envolve a reencarnação, a crença de
que as almas são recicladas neste mundo de uma vida para a próxima. Segundo a
Bíblia, vivemos apenas uma vez neste mundo: "E, como aos homens está
ordenado morrerem uma só vez, vindo depois disso o juízo..." (Hebreus
9:27) Portanto morremos apenas uma vez antes de sermos julgados.
A reencarnação da
Nova Era tem as suas raízes nos credos hindu e budista, modificada em função
dos americanos, que querem se sentir bem sobre si mesmos. A propósito, você já
pensou por que as pessoas que crêem na reencarnação,
parecem sempre pensar que foram alguém importante em eras passadas? Talvez um
cavaleiro do rei Artur... Você raramente ouve alguém declarar:
– Em minha vida
passada eu transportava esterco.
A escritora da
Nova Era, Corrine McLaughlin, escrevendo para a
publicação New Realities, reconheceu o problema: "Uma boa explicação para
a popularidade dos médiuns agora, é que eles dizem às pessoas tudo o que os
seus egos sempre quiseram ouvir: 'você pode ter tudo o que quiser, você merece,
você é perfeito assim como é, portanto, não precisa se esforçar para ser uma
pessoa melhor' ".
Você quer ser
bajulado pela falsidade ou você quer saber a verdade sobre si mesmo? A própria
McLaughlin disse assim:
– O modo mais
certo de se evitar obter informação falsa, de ser enganado ou controlado por
algum médium, é simplesmente não consultá-los.
Não existem
muitas publicações da Nova Era com as quais eu esteja de acordo, mas eu
concordo com essa.
Uma prova forte
dos atraentes enganos envolvidos na reencarnação aconteceu com a própria
Shirley MacLaine. Ela foi se consultar com um médium na tentativa de superar
uma crise pessoal. Determinada a ser objetiva, ela estava de certo modo cética
com relação a toda Nova Era. Durante o transe, de repente a entidade que era
canalizada revelou o caso secreto que MacLaine estava tendo com um homem
chamado Gerry. E mais, até citou as palavras que o casal tinha trocado particularmente.
MacLaine ficou
aturdida. Compelida com a revelação, ela depositou sua fé nas entidades
mediúnicas. Sua crença se fortaleceu quando outro espírito explicou porquê ela e Gerry sentiam tanta
atração um pelo outro: eles tinham sido casados numa vida anterior, portanto
pertenciam um ao outro naturalmente.
"Pertenciam
um ao outro"... era justamente isso que uma consciência perturbada iria
querer ouvir. MacLaine estava fisgada. Ela tornou-se uma integrante entusiasta
da Nova Era e está agora no movimento como um destacado apóstolo.
A atual explosão
de interesse na América pelo espiritismo vem de uma minissérie na televisão
baseada nas aventuras de MacLaine na Nova Era. E as livrarias B. Dalton
informaram que as vendas dos livros sobre as entidades e o oculto quase
duplicaram durante a semana em 1987 quando a minissérie de MacLaine foi ao ar.
Tragicamente, até
cristãos estão sendo agarrados pela empolgação da Nova Era. Eles não notam o
absoluto conflito entre aquilo que os da Nova Era crêem
e o que as Escrituras ensinam. Ken Wade resume as diferenças em seu livro. Ele
escreve: "A Nova Era é uma mudança do conceito cristão de um Deus pessoal
e amoroso para a crença de que os seres humanos são seu próprio deus. É uma
mudança da crença na morte, no julgamento e ressurreição para a crença da
reencarnação; da crença no Céu e inferno para a crença de que criamos nosso
próprio Céu ou inferno aqui mesmo na Terra; da crença na graça de Deus para os
pecadores para a crença de que cada indivíduo deve pagar os seus próprios erros
em repetidas vidas de sofrimento; da crença que existe um Deus controlando o
nosso destino para a crença de que devemos, através da evolução planejada,
aperfeiçoar nosso próprio grupo."
Vamos examinar
mais fundo a vasta diferença, entre os ensinamentos da Nova Era e o
cristianismo: John Randolph, da Nova Era, fez uma incrível predição em seu
livro "Os Super-seres": "quando o
homem perceber sua identidade de deus, uma raça de deuses reinará no
universo".
Imagine a
blasfêmia: a raça humana sendo uma raça de deuses! Isto é apenas o eco da
primeira grande mentira do diabo canalizada através da serpente: "Então a
serpente disse à mulher: certamente não morrereis... E sereis como
Deus..." (Gênesis 3:4-5)
Ao fazer seres
humanos como Deus, os adeptos a Nova Era rebaixam Jesus ao nosso nível. Um dos
livros populares da Nova Era afirma: "o Filho de Deus não é Jesus, mas sim
nossa consciência combinada com Cristo." Isto se deriva do hinduísmo
básico.
Os da Nova Era
podem falar muito sobre Jesus, mas não é o Jesus que encontramos na Bíblia, o
único Senhor da criação e único Salvador da humanidade. A Nova Era oferece uma
falsificação de Jesus. A profetisa Elizabeth Clare, em seu livro "Os Anos
Perdidos de Jesus", diz que Jesus entre os 12 e 30 anos, viajou até a
Índia e estudou com swamis hindus. Alguns da Nova Era
acusam o cristianismo de suprimir provas sobre o aprendizado místico de Cristo
no Oriente. Eles se imaginam fazendo um favor ao mundo ao revelar o verdadeiro
caráter de Jesus e seus ensinamentos.
Eu prefiro crer
no que a Bíblia nos diz sobre Jesus, e você? A Bíblia diz que somente através
de Jesus podemos ir até Deus. Ele é o único caminho, a única verdade e a vida.
Isto é tão essencial para a nossa fé que Deus estabeleceu um encontro especial
semana após semana para nós adorarmos Jesus Cristo como Senhor: "porque o
filho do homem até do sábado é senhor." (Mateus 12:8)
Portanto o sábado
é o dia que nos faz lembrar que Jesus Cristo é o Senhor. Semana após semana, no
sétimo dia, Ele nos convida para nosso culto, nossa expressão de fé nEle, como nosso Criador e Redentor. As raízes da adoração
no sábado vem de muito antes do tempo de Moisés, vem desde o princípio.
Na noite de sexta
da semana da criação, o Senhor convidou Adão e Eva para participarem da
celebração sabatina da Sua obra. O sétimo dia, o sábado, nos convida a
comemorar a obra de Deus por nós como nosso Criador.
Há outra razão
para adorarmos a Deus, outra razão para santificarmos o sétimo dia. Lembra do
Calvário? É final de tarde de sexta, quase hora de saudar o sábado. Jesus,
pendurado na cruz, relembra tudo o que fez por nossa salvação. Aí em Seus
últimos suspiros Ele proclama:
– Está consumado.
Em outras
palavras estava dizendo:
– Missão
cumprida; humanidade redimida.
Nosso Senhor
repousou no dia do sábado em honra a Sua obra terminada, assim como Ele fez
após a criação. Só que desta vez ele
descansou no túmulo.
Após o repouso do
sábado, Cristo ressuscitou e ascendeu ao trono no Céu. Ora, a idéia de adorar no sábado, o sétimo dia do quarto
mandamento, pode ser nova a você ou você pode ter ouvido que a guarda do sábado
é legalista. Nada poderia estar mais próximo da verdade porque afinal, a
palavra sábado em si quer dizer descanso, isso é o oposto de trabalho. Cada semana o sábado nos aponta para longe de
nosso trabalho para repousarmos na obra de Deus.
Esse é o
Evangelho puro e simples. Todas as semanas o sábado nos chama para honrar
aqueles dois fatos da vida: criação e salvação. O sábado é parecido com uma
bandeira. A bandeira de uma nação não tem valor por si só; ela só é especial
pelo que representa. Do mesmo modo o sábado em si não tem nenhum valor, exceto
porque representa as maiores coisas que Deus fez por nós, os motivos de nós o
adorarmos. Se o sábado tivesse sido fielmente lembrado por todos, não haveria
coisas como a heresia da Nova Era.
Mentes sinceras
estão perguntando: devemos confiar na Bíblia como verdade? Será que os cristãos
sinceros tem se confundido ao ponto de seguir crenças
não-bíblicas? Talvez você queira investigar esta questão do repouso no sábado.
Quero lhe contar
a emocionante história de Will Baron. Will foi criado num lar cristão, mas suas
pesquisas de "um significado mais profundo da vida" o jogaram no
calabouço da Nova Era. Will foi fisgado
quando lia um livro da Nova Era sobre stress. Fascinando, ele quis saber mais.
Assim foi visitar uma feira de médiuns, onde ficou conhecendo um médium.
Intrigado, ele
decidiu pesquisar mais a fundo o oculto, indo assistir "o caminho
iluminado" no Centro Metafísico em Los Angeles. Lá, uma mulher disse em
transe, o nome completo de um dos amigos de Will. Ora, Will jamais conhecera a
mulher e ela nunca tinha ouvido falar desse amigo dele. "Quem, se não Deus
poderia comunicar uma informação tão íntima?" – Will pensou.
Totalmente
convencido sobre a Nova Era, Will passou a dedicar-se ao mundo sombrio da
psicologia mística, da reencarnação e de outros conceitos do oculto. A certa
altura ele chegou a falar em línguas ao estilo pentecostal. Um dia enquanto
meditava, experimentou a incrível visita de um famoso espírito guia hindu, Djwhal Dhul. Esse ser majestoso
parecia-se com o Jesus pintado pelos artistas.
Este guia
anunciou que Will tinha sido escolhido para ser um discípulo especial, um
sacerdote em treinamento. Dia a dia Will recebia instruções específicas de seu
espírito mestre particular e obedecia imediatamente. Ele chegou a deixar seu
emprego de engenheiro e mudou-se para o exterior, para a comunidade Findhorn na Escócia, um importante centro da Nova Era.
Após seis meses
lá, o espírito ordenou que Will voltasse para a América. Também disse a ele
onde morar e até que carro comprar, citando o modelo específico. Aí, esse
espírito ordenou que Will tomasse emprestado grandes somas em dinheiro para
donativos ao Novo Centro da Nova Era.
Perto da falência
e emocionalmente abatido, Will era um escravo do seu guia da Nova Era. Então o diabo se excedeu em ganância. O
médium chefe do centro em que Will assistia recebeu ordens para transformar seu
grupo em uma igreja "cristã" da Nova Era. Todos tiveram que começar a
ler a Bíblia a fim de enfrentar os cristãos em seu próprio terreno e
"convertê-los" para a crença da Nova Era.
Will recebeu
ordens especiais dos espíritos para inflitrar-se nas
igrejas cristãs em Los Angeles. A estratégia do diabo falhou. Ao ler a Bíblia,
Will encontrou o verdadeiro Jesus. O Senhor da criação e da salvação. O Senhor
do sábado.
Feliz em sua nova
fé, Will foi batizado, e agora tem uma vida totalmente nova de paz com Deus e a
certeza da vida eterna em Cristo. Graças a Deus pelo que Ele fez na vida de
Will.
E quanto a você?
Já encontrou o verdadeiro Jesus? Você pode aceitá-Lo como seu Salvador e Senhor
agora mesmo.
AO AMADO
Letra: Guilherme Kerr
Música: Sérgio Pimenta e Guilherme Kerr
Ao Amado de minh'alma cantarei.
Fica bem cantar louvores a Jesus.
Como sóis de intensidade em plena luz,
tal a glória do Amado eu cantarei.
Ele é meu Amado, meu Salvador
Senhor da Vida e
preferido meu.
Ele é luz que
arde em resplendor,
é aquEle que a Bíblia diz ser Deus.
Autor da vida,
Cristo, meu Senhor.
Amado meu, pra sempre, Amado meu.
É Jesus razão maior de eu viver,
de existir, de conhecer e prosseguir
sem jamais desanimar frente ao porvir,
de lutar, cansar, mas nunca esmorecer.
Gravado por Sonete no EELP-0194 do Ministério "Está
Escrito"
Oração
Pai celeste, obrigado por Jesus, meu Criador e Salvador. Eu
O aceito completamente em minha vida. Quero segui-Lo fielmente, até aquele
alegre dia quando Ele virá através das nuvens para me levar para o Céu. Esta é
a minha abençoada esperança de uma "nova era". No nome precioso de
Cristo oro, amém.
8
NA CENA DO CRIME
George Vandeman
Você está andando à noite por uma rua escura e desconhecida, quando,
de repente, ouve os gritos abafados de uma mulher. Eles estão vindo de um beco
ainda mais escuro. Nervoso, você se aproxima e olha na direção dos sons. Duas
figuras parecem estar lutando nas sombras. O que você deve fazer? Chamar a
atenção do agressor? Talvez você se coloque em perigo. Ligar para a polícia?
Mas talvez seja apenas uma briga de namorados. Você não tem certeza, então para
que se envolver?
Trinta e oito pessoas não quiseram se envolver em uma
terrível noite na cidade de Nova Iorque, em 1964. Uma jovem chamada Kitty Genovese foi esfaqueada várias vezes por um agressor e
depois abandonada. Arrastando-se pela calçada, passando por vários prédios, ela
gritou socorro. Algumas luzes se acenderam, algumas cortinas se entreabriram,
mas ninguém saiu de casa para ajudá-la. Logo o agressor voltou e começou a
esfaquear Kutty de novo. A moça gritava em agonia
enquanto 38 pessoas ouviam e recusavam a intervir.
Finalmente, Kitty Genovese
sangrou até a morte numa calçada de rua, sozinha. Seus gritos não provocaram
resposta.
As notícias desse ocorrido chocaram toda a nação. Não
sabíamos como tínhamos nos tornado tão isolados uns
dos outros.
Desde então, numerosos estudos tentaram determinar por que
tantas pessoas permanecem passivas na cena de um crime enquanto outras fazem
alguma coisa para ajudar.
Algumas pessoas intervêm. Pessoas como John Ayer. Em setembro de 1983, John, um mecânico de 34 anos,
passava de carro por um bairro violento em South Dada County, na Flórida,
quando vi um grupo de uns 20 homens cercando um veículo parado que tinha
acabado de colidir com outro carro. John diminuiu a velocidade e notou que os
homens estavam se esgueirando pela janela para assaltar uma moça assustada que
estava dentro do carro. Um já havia arrancado a pulseira dela. Os homens
insistiram para que John fosse embora gritando para ele:
- Ela está bem!
Mas ele queria ver por si mesmo. Parou, desceu de seu
furgão e andou pelo meio deles até o carro parado. John forçou a porta amassada
e disse à mulher, Ângela Vivier, calma e firmemente:
- Você vem comigo. Você vai ficar bem.
Ela desceu lentamente do carro, John passou o braço pelo
ombro dela e começou a escoltá-la até o seu furgão, mas os homens foram atrás.
Atingiram Ângela na cabeça, roubaram sua bolsa, e ela curvou-se apavorada.
Alguém acertou John violentamente no queixo e ele também caiu, mas levantou-se
imediatamente.
Nesse momento, quando os dois estavam sendo atacados, um
motorista que passava tocou a buzina fazendo com que os agressores recuassem
por um instante, dando a John e Ângela a chance de correrem para o furgão e
fugirem dali.
Mais tarde, quando John estava se recuperando de seus
ferimentos no hospital, Ângela, profundamente grata, trouxe-lhe flores. O
Presidente Reagan enviou-lhe um telegrama de louvor e a Comissão dos Cidadãos
Contra o Crime da Grande Miami concedeu-lhe um prêmio. Muitas pessoas que ele
não conhecia ofereceram-se para ajudá-lo de alguma forma. Um admirador disse:
"Todos nós gostaríamos de fazer o que ele fez, mas quantos de nós teríamos
feito?"
Quantos de nós nos envolveríamos? Quantos de nós
venceríamos nosso medo e isolamento?
O isolamento é um problema enorme no nosso mundo. Cada vez
menos pessoas parecem capazes de estender a mão para as outras. Além de nossas
janelas com grades e portas trancadas, a maioria de nós mal conhece seus
vizinhos.
O círculo de nossa vida se tornou menor. Você já notou?
Nossa capacidade de agir além de nossos estritos interesses enfraqueceu.
Eu gostaria de lhe falar sobre um homem que rompeu esse
tipo de isolamento mais dramaticamente que qualquer outro. Ele estendeu a mão
quando todas as outras estavam se fechando. Gostaria de levá-los à cena de um
dos crimes mais abomináveis da História e à vítima desse crime.
Aquele homem estendeu a mão aos seus vizinhos necessitados,
o fez mesmo quando estava sendo brutalmente assassinado. A provação desse homem
começou num jardim, no Jardim do Gestsêmani. Jesus
Cristo havia levado três de seus discípulos mais próximos lá uma noite, para um
momento de oração. Ele precisava de forças para enfrentarm
o que estava para Lhe acontecer dali a poucas horas.
Veja, diferente da maioria das vítimas, Jesus sabia
exatamente que tipo de crime seria cometido contra Ele. Ele viu claramente o
espectro da crucificação. Viu a morte lente e agonizante na cruz, os membros
pregados, o corpo estirado até quase se quebrar, o peito contorcido em busca de
ar. Jesus sabia que enfrentaria tortura. Mas muito mais horripilante que essa
dor física era a possibilidade de Seu Pai lhe virar as costas, de esquecê-Lo,
expressando Sua ira contra o pecado que Jesus optou por redimir. Isso, mais que
qualquer outra coisa enchia Cristo de aflição. Então Ele cambaleou, já sentindo
o terrível fardo do pecado pesando sobre Si.
Jesus virou-se instintivamente para Pedro, Tiago e João e
disse a esses homens o que está registrado em Mateus 26:38: "... a minha
alma está profundamente triste até a morte; ficai aqui e vigiai comigo."
Imagine que situação trágica! Depois, afastando-se um pouco
no meio das oliveiras, Jesus caiu no chão. Começou a orar desesperadamente. O
horror do pecado era incontrolável. Ele se sentiu completamente isolado no meio
da tempestade. Se ao menos Ele soubesse que seus amigos queridos entendiam e
agradeciam o sacrifício que Ele estava por fazer... Ele ansiava por saber que
eles estavam orando com Ele.
Então voltou aonde eles estavam no jardim e viu, por
incrível que pareça, que eles estavam num sono profundo. Tiago e João... os
homens que tinham abertamente declarado: "Sim, somos capazes de beber do
cálice contigo", simplesmente caíram no sono. E Pedro, aquele que
prometeu: "Nunca vou abandoná-lo. Vou contigo até a prisão e a
morte", estava dormindo, talvez até roncando.
Agora pense um minuto no que Jesus poderia ter dito a esses
três homens, quando os acrodou. Podia ter dito:
"Durante esses três anos, eu joguei minha vida inteira em vocês. Abdiquei
tudo por vocês, mas na única hora em que eu precisei de vocês, vocês me
abandonaram." Mas Jesus não disse isso. Ao contrário, a fraqueza dos
discípulos provocou a preocupação e a simpatia de Cristo. Abaixando-se perto do
sonolento Pedro, Ele disse: "Vigiai e orai, para que não entreis em
tentação." (Mateus 26:41)
Depois disse: "O espírito, na verdade, está pronto,
mas a carne é fraca."
Eu acho que essas são algumas das palavras mais incríveis
jamais ditas.
A atenção de todo o Universo estava voltada ao que Cristo
estava fazendo naquele momento. Esse é o epicentro da História, Cristo deve
tomar a decisão mais importante que determina o destino humano. No entanto,
vemos Sua atenção desviada para aqueles que Ele ama. No meio de Sua provação,
Jesus estende a mão a Seus frágeis companheiros, preocupado se eles
conseguiriam suportar o julgamento que viria.
Pouco depois, Jesus suportou o escárnio de um julgamento
diante de Pilatos e do Sinédrio. Aí, soldados romanos cortaram as costas de
Cristo com um chicote, afundaram uma coroa de espinhos em Sua cabeça e riram
cruelmente dele. O crime havia começado de verdade. Havia testemunhas, muitas
delas passivas. Elas encheram as estreitas ruas de Jerusalém e olharam para
Jesus, enquanto Ele levava uma pesada cruz de madeira nas costas ensangüentadas e era ferido por lanças romanas.
Algumas mulheres choraram e ao ver isso, Jesus as ouviu. Em
Sua própria dor intensa, Ele ouviu os sons do pranto. Então virou-se para essas
observadoras e disse: "... filhas de Jerusalém, não choreis por mim;
chorai antes por vós mesmas e por vossos filhos." Lucas 23:28.
Veja, os pensamentos do Salvador se voltaram para a
destruição de Jerusalém e para o que essas mulheres e suas famílias teriam que
suportar durante esse tempo. Ele ainda estendia Sua mão, rompendo aquele
isolamento.
Finalmente, Cristo chegou à principal cena do crime: o
Gólgota, lugar chamado caveira. Ali, Seus membros
foram amarrados e pregados na cruz. As mãos que haviam curado e abençoado
tantos não mais podiam se mover. A força que Ele usava para dar vida a tantos
estava rapidamente se esgotando. Mas nada podia impedi-Lo de estender a mão,
nada podia impedi-lo de perdoar. Os surpresos soldados romanos envolvidos em
seu trabalho desprezível, ouviram essas palavras saindo dos lábios da vítima:
"Pai, perdoa-lhes, porque não sabem o que fazem." Lucas 23:34.
Uma multidão olhava à distância enquanto Jesus era colocado
entre dois ladrões. Ela viu quando o sol se pôs diante dele enquanto sangue
corria de seus ferimentos. Alguns observadores até riram dele. Mas a vítima, em
meio a esse terrível crime, continuava estendendo a mão.
Um dos ladrões que morriam com Ele pediu que fosse lembrado
no reino que viria. Jesus fez uma promessa brilhante na escuridão que O
envolvia. Ele disse: "... estarás comigo no paraíso." Lucas 23:43.
Aí Jesus olhou para baixo e viu sua mão chorando
descontroladamente. Imagine como ela se sentiu. Como ela se recuperaria da
provação de ver seu filho assassinado? Quem cuidaria dela no futuro, depois que
Ele se fosse? Jesus viu João, o discípulo mais aftuoso
e receptivo a seus ensinamentos. Ele era a resposta. Quem melhor poderia
confortar Maria com suas lembranças do que um discípulo amado? E João também
poderia se beneficiar cuidando de Maria. Ele também gostaria muito de suas
recordações carinhosas, então Jesus lutou para ganhar fôlego e disse meio rouco: "Mulher, eis
teu filho". Olhando para João, Ele disse: "Eis tua mãe". Fato
consumado. Os dois ficaram unidos um ao outro.
Jesus, no entanto, não ficaria isolado. Em meio a esse
crime horrendo Ele estendeu a mão até o fim. Em nosso mundo repleto de atos
violentos, Jesus sobressai como uma vítima extraordinariamente poderosa. Ele
mudou vidas enquanto sofria o pior que os homens podiam Lhe causar, e Jesus
sobressai como aquele que quer romper o isolamento, o nosso isolamento.
Veja, nós também temos que estender a mão. Temos que fazer
algo quanto à vítima presa naquela cruz. Estamos todos lá, na cena do crime,
quer percebamos ou não. Nós todos somos parte desse drama. Porque é pela nossa
indiferença que Jesus está morrendo. Foi o nosso isolamento, nosso egoísmo que
tornou tal sacrifício necessário. Nós fracassamos, nós fomos indiferentes
incontáveis vezes, ao invés de estendermos a mão para ajudar os outros. E a
nossa culpa é o que está esmagando a vida dessa vítima no Gólgota. Então, o que
vamos fazer? Como vamos responder? Vamos premanecer
passivos ou intervir ativamente?
Creio que podemos aprender algo sobre nossas respostas
vendo novamente como as pessoas responderam a outros crimes.
Sabia que psicólogos e pesquisadores tentando compreender a
diferença entre um bom samaritano como John Ayer e os
vizinhos indiferentes de Kitty Genovese descobriram
algumas respostas interessantes?
Depois de 20 anos de estudos, eles finalmente salientaram
causas-chaves para o que chamam de "o efeito passivo", ou seja, a
tendência das pessoas no local de um crime
permanecerem passivas e não intervirem.
Primeiro, é bem menos provável que uma pessoa ajude se há
outros observadores presentes. As testemunhas tendem a difundir a
responsabilidade. Elas pensam: "Bem, só uma pessoa precisa chamar a
polícia, então outra pessoa vai chamar".
As pessoas também tendem a olhar para os demais para
determinar o que está acontencendo. Elas julgam a
gravidade da situação pelo comportamento dos outros observadores. Se ninguém
está ajudando, as pessoas pensam que talvez essa pessoa realmente não precise
ou não queira ajuda. Temos um problema semelhante em relação ao que a vítima
fez na cruz. Há tantos outros observadores por perto, tantas pessoas olham para
a cruz e simplesmente vão embora, tantas permanecem impassíveis. Dá para
imaginar?
É fácil para nós cairmos na mesma indiferença quando as
outras pessoas não se envolvem.
Veja, a cruz é um crime terrível, de arrebatar o coração, O
inocente cruelmente maltratado pelos culpados. E é o nosso próprio pecado,
nosso próprio egoísmo que expôs Cristo a tal punição. No entanto, quando
olhamos o crime e a multidão reunida em volta da cruz, quando vemos as pessoas
olhando para ela à distância, é possível esquecer tudo a respeito. Talvez
n ão seja
nada tão grave afinal. Reconhecemos vagamente que aconteceu alguma coisa no
Gólgota, mas será que temos realmente que intervir? Será que temos que nos
envolver? Temos realmente que arriscar nossa vida? Se as outras pessoas não
estão se arriscando, por que nós devemos?
Os pesquisadores estudando esse "efeito passivo"
levantaram um outro fator que determina de forma clara o quão ativamente as
pessoas vão intervir quando um crime é cometido. Esse
fator é se as testemunhas se identificam ou não de perto com a vítima.
Por exemplo, quando três homens roubaram um motorista de
táxi na cidade de Nova Iorque, o ocorrido logo se espalhou pelo rádio para
outros taxistas da área. Conseqüentemente, acredite
ou não, 29 motoristas de táxi acabaram caçando os suspeitos por dois bairros da
cidade e finalmente pegaram os homens e os entregaram à polícia. Os motoristas
de táxi sentiam que a vírima era "um de
nós", e que eles tinham que permanecer juntos.
Amigo, como olhamos para a vítima, Cristo, presa na cruz?
Ele é realmente "um de nós"? Ou Ele é apenas uma figura que saiu da
História? Algum símbolo religioso distante? Mas o fato é que Ele é uma vítima
que se identificou totalmente conosco, os passivos. E finalmente, assumiu toda
a extensão de nosso pecado. Ele se tornou um de nós e o fez enquanto Seus
amigos e companheiros ficavam ociosos na cena do crime.
Nós já estávamos envolvidos, amigo, todos estávamos lá; na
cena do crime. O sangue de Cristo respingou em nossas mãos. Nossos pecados
estavam esmagando Sua vida. E esse Cristo abençoado estende a mão para nós,
observadores passivos. Ele nos suplica, como suplicou a Pedro, Tiago e João
para vigiarem e orarem, porque não podemos ficar sozinhos. Nossa carne é fraca.
Precisamos da força de outrem.
Sim, Cristo continua estendendo a mão para nós suplicando o
perdão do Pai enquanto as lanças O perfuram. Nós não sabemos o que fazemos, diz
Ele tentando justificar o fato de termos ficado aí indiferentes por tanto
tempo.
Ele nos oferece o perdão, um escape de nossa própria culpa
esmagadora. E Ele também nos oferece um lugar com Ele no paraíso, assim como
fez com o ladrão na cruz. Nós podemos estar com Ele para sempre. Tudo isso Ele
oferece na cena do crime. Em Sua própria agonia Ele estende a mão para nós, os
passivos. O que vamos fazer? Como vamos responder à mais nobre das vítimas?
Vale a pena arriscar a vida por Ele.
9
SOCORRO, POR FAVOR!
George Vandeman
Para a maioria de nós é um ato estranho e incompreensível.
Não podemos imaginar como as pessoas podem fazer isso consigo mesmas. Mas para
alguns seres humanos angustiados, parece ser o único passo que podem dar, a
única saída: o suicídio.
De que modo por
fim à própria vida pode ser visto como uma solução? Como podem as pessoas
encararem a aterradora probabilidade da morte e vê-la como resposta aos seus
problemas?
Um número assustador de pessoas faz isso a cada ano. Existe
algo que possamos fazer para ajudá-las a optar pela vida?
Temos sido informados dolorosamente do tremendo índice de
crimes nas grandes cidades. Os jornais dão em manchetes diariamente
assassinatos horrendos cometidos a cada dia por jovens criminosos e por razões
cada vez mais triviais.
Outra tragédia, porém, atrai bem menos a atenção da
imprensa. Você sabia que mais pessoas morrem por suicídio a cada ano do que por
homicídio?
Cerca de trinta mil seres humanos nos Estados Unidos
cometerão suicídio durante os próximos doze meses. Trinta mil pessoas virão a
acreditar que a morte é melhor do que continuar a existir. Isso é estarrecedor!
Mas a mais perturbadora de todas as estatísticas envolve os nossos jovens. O
índice de suicídio entre os jovens de 15 a 24 anos aumentou grandemente nestas
últimas décadas. Cerca de cinco mil adolescentes se matam a cada ano.
Cinco mil vidas jovens se acabam, pense nisso, e cerca de duzenos e cinqüenta mil jovens,
um quarto de milhão, tentam sem sucesso, por
fim à vida a cada ano. Podemos realmente aliviar tal tragédia?
Quão horrível deve parecer a vida para uma pessoa na flor
da idade que começa a pensar em pôr fim em tudo. Alguma coisa está
terrivelmente errada. Nós todos que estamos assistindo essa calamidade se
desenrolar, perguntamos a nós mesmos: "Há alguma coisa que podemos fazer
para ajudar? Há alguma coisa que uma pessoa pode fazer par impedir uma outra de
cometer suicídio? Ou tudo isso simplesmente está fora de nosso controle?"
Bem, como vamos concluir, outras pessoas podem de fato
ajudar aquelas que estão pensando em pôr fim à vida.
hoje vamos examinar alguns dos modos específicos de
fazermos isso.
Em primeiro lugar, devemos entender que muitos dos que
tentam se matar estão, na realidade, clamando por socorro. Estão morrendo por
socorro. Eles querem que alguém se importe. Mesmo que possa transparecer que
estão deixando todos de fora, eles precisam desesperadamente de outro ser
humano para adentrar suas trevas e entendê-los.
Pensamentos de suicídio, são muitas vezes gritos
distorcidos de socorro. Portanto, é melhor aprendermos a ouvir tais gritos e a
entendê-los. Quanto mais cedo os ouvirmos, melhor. Acho que você concorda.
Existem certos sinais que indicam se um indivíduo pode ser
um suicida. Muitas vezes a pessoa irá dizer a alguém que sente vontade de se
matar. Ela deixa dicas quanto a pôr fim em tudo. Ela pode dizer que a sua
família irá ficar melhor sem ela.
Temos que prestar atenção a essas declarações. Muitos de
nós temos presumido que a pessoa está apenas deprimida e que acabará superando
essa depressão, pensamos que suas dificuldades eventualmente passarão.
Isso pode ser verdade, mas o problema é que ela poderá
procurar uma saída final antes que venha surgir qualquer outra solução. Ela
pode chegar a concluir que a sua depressão é interminável.
Portanto, amigo, ouça cuidadosamente o que as pessoas dizem
quanto elas estão profundamente deprimidas. Tente captar nisso gritos
disfarçados de socorro.
Existem outro sinais para
detectarmos um suicida. Muitas vezes, ele começa a se desfazer de seus bens
pessoais. Ele distribuirá entre os amigos alguns itens que tenham significado
especial.
Devemos ser sensíveis a quaisquer sinais quando uma pessoa
estiver embrulhando suas coisas, pondo em ordem todos os seus negócios
pendentes.
Após constatarmos que uma pessoa tenha se tornado suicida,
podemos então começar a ajudar.
Falar com ela, ouvir, continuar falando, continuar ouvindo.
Ouvir é maravilhoso; é uma fonte de vida. Vamos usar esse instrumento.
A pessoa desesperada pode não ser muito comunicativa a
princípio. Ela muitas vezes se fecha em sua própria concha escura. Ela poder até ser hostil, mas fique junto dela. Ore por uma
abertura, Deus responderá.
Tente entender a situação. A certa altura ela se abrirá. Se
possível, encoraje-a a procurar ajuda profissional.
A psicólogo Edwin Shneidman vem
fazendo suicidas desabafarem há 40 anos. Ele compilou detalhadas histórias
mentais, chamadas Autópsias Psicológicas, que tem esclarecido porque as pessoas tiram a própria vida. Escrevendo em
"Psicologia Hoje", o Dr, Shneidman recentemente apontou várias razões-chaves.
Primeira: o suicida está tentando fugir de uma dor intensa,
às vezes física, geralmente psicológica. É o que devemos reconhecer quando comecármos a falar com ele. Sua dor é tão forte que domina
tudo o mais.
Ouça agora as palavras de uma moça que saltou de um
edifício e milagrosamente sobreviveu. Foi assim que ela explicou o que estava
acontecendo em sua mente: "Eu estava tão desesperada! Eu senti que não
podia enfrentar aquilo. Tudo era um terrível redemoinho de confusão. Eu pensei
comigo mesma que só tinha uma coisa a fazer. Eu tenho que perder a consciência.
É o único modo de fugir disso. O único meio de perder a consciência, eu pensei,
é saltar de um lugar bastante alto. Fui até o quinoto
andar, e tudo ficou muito escuro assim de repente, e tudo que eu pude ver foi a
sacada. Subi nela e aí então simplesmente me soltei. Eu estava tão
desesperada... Só havia desespero, horror e o silêncio de tudo. Não havia
nenhum som e eu como que entrei em "câmara lenta" quando subi naquela
sacada. Eu saltei, e foi como se estivesse flutuando... então, apaguei."
Essa mulher, como ela diz, "tinha que perder a
consciência". Ela tinha que fugir daquele terrível redemoinho. Sua dor era
tão grande que a única solução parecia ser ficar sem consciência.
Nosso primeiro trabalho na ajuda, é simplesmente fazer um coisa: diminuir sua dor.
A Dr. Shneidman, por exemplo,
descobriu que se você reduzir o nível do sofrimento, mesmo que só um pouco, o
suicida optará por viver.
Muitas vezes, apenas a presença de um amigo confortador,
diminuirá o isolamento que uma pessoa desesperada sente, e assim, diminui a sua
dor.
Portanto, fale, ouça, entenda. Procure meios de interferir
naquilo que está causando seu desespero.
O profeta Isaías nos dá um lindo retrato do trabalho do
servo do Senhor, que se aplica ao trabalho cristão no mundo. Isaías 61:1:
"O Espírito do Senhor Deus está sobre mim, porque o Senhor me ungiu para
pregar boas-novas aos mansos; enviou-me a restaurar os contritos de coração, a
proclamar liberdade aos cativos, e a abertura de prisão aos presos."
Isto é o que o Espírito de Deus pode fazer por nosso
intermédio. Podemos ser aquele que leva a cura ao desesperado. Podemos levar
alívio àqueles que se debatem na prisão escura da depressão.
Qualquer um, com os recursos do Espírito, tem muito a dar
àqueles cujo sofrimento os leva em direção ao suicídio. Nós temos o remédio;
nós temos o bálsamo; nós temos o conforto.
Lembre-se, portanto, o primeiro passo na ajuda ao suicida,
é diminuir o nível do sofrimento. Estar lá para dar ajuda e conforto.
Agora estamos prontos para o próximo passo.
Ele envolve outra característica daqueles que concluíram
que precisam se matar. Trata-se de uma sensação de impotência e desesperança.
Eles vêem suas opções grandemente limitadas.
Vejas as palavras de um rapaz que tentou se matar com uma
pistola. Ele também sobreviveu milagrosamente e foi assim que tentou explicar o
que estava acontecendo dentro de si, quando atirou em si mesmo:
"Eu tinha feito o que podia e continuava afundando.
Fiquei por muitas horas buscando respostas, e não encontrava nenhuma. Então um
amigo se ofereceu para me vender uma arma e eu a comprei. Naquele dia, comecei
a dizer às pessoas. Minha mente ficou fixa naquele meu alvo. Meu pensamento
era: `Breve estará tudo acabado.' Eu iria encontrar a paz que há muito buscava.
A vontade de sobreviver e vencer tinha sido esmagada e derrotada. Eu senti que
tinha agora o poder na mão para controlar o meu destino. Assim, preferi morrer
a tentar mudar. Eu só conseguia pensar em mim e minha obsessão. A morte havia
me engolido muito antes de eu ter puxado o gatilho. O mundo através dos meus
olhos parecia morrer comigo. Chega uma ocasião quando todas as coisas cessam de
brilhar. Quando os raios de esperança se perdem."
Trágico, trágico! Este jovem simplesmente não via
esperança. Nenhuma outra saída além da morte. Ele fez tudo o que podia, ele
pensou, mas continuava afundando.
O suicida falha tipicamente em fazer uma coisa muito importante: olhar
para a variedade de respostas a seus problemas. Eles tendem a restringir
drasticamente suas opções, vendo geralmente apenas dias possibilidades:
Livrarem-se do problema completamente, ou tirarem a sua vida simplesmente. Seu
sofrimento e desespero tiram-lhe todas as outras opções.
Após termos aliviado em pouco o sofrimento dessas pessoas,
devemos tentar o próximo passo e ajudá-las a ampliar suas opções. Muitos de nós
temos que fazer escolhas na vida que envolvem possibilidades desagradáveis.
Você sabe disso tão bem quanto eu. Nosso objetivo é selecionar a menos
dolorosa.
Fazer um suicida simplesmente escrever uma lista das
possíveis opções para a sua situação às vezes consegue afastar aquele idéia fixa em sua mente. É nessa altura também, que eles podem
se tornar mais abertos ao aconselhamento.
Isso é importante. Podemos fazer isso sozinhos, a menos,
claro, que não entendamos de aconselhamento. Eles estarão mais prontos a
aceitar ajuda profissional se este for o meio de descobrir mais soluções.
O que o suicida precisa desesperadamente é de ESPERANÇA .
Geralmente ele foi abatido por uma longa série de
calamidades. Parece inútil prosseguir. Para ele, pelo menos, como é que as
coisas poderão melhorar?
O que temos a fazer é persuadi-lo de que existe esperança;
de que os dolorosos padrões do passado não têm que se repetir no futuro.
Sabe, essa é a parte principal das boas novas do evangelho.
Nós não temos que ficar acorrentados ao passado. Não importa quantas vezes
tenhamos fracassado, não importa quantos já tenham falhado conosco, Deus é
capaz de nos dar o primeiro dia outra vez. Nosso Criador é o Deus dos novos começos.
Veja a entusiástica saudação de Pedro em sua primeira
epístola: "Bendito o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo que, segundo
a sua muita misericórdia, nos regenerou para uma viva esperança mediante a
ressureição de Jesus Cristo dentre os mortos." I Pedro 1:3.
O Pai é especialista em novos nascimentos, novos
princípios. Ele pode fazer o passado ir embora e aqueles que inicial um
relacionamento com Ele, são nascidos de novo "para uma viva
esperança".
É esta viva esperança que o
desesperançado tanto precisa. Uma esperança no presente, uma esperança que o
afeta agora mesmo onde ele está.
Ela é baseada em quê? É baseada na ressureição de Cristo.
Esse, afinal, é o maior exemplo de Deus criando uma nova
opção em uma situação aparentemente sem vitória.
Seu Filho foi rejeitado pelo povo escolhido. Até os amigos
mais próximos de Jesus O tinham abandonado ou traído. Os pecados do mundo
tinham tirado a vida do Filho de Deus. Parecia não haver, do ponto de vista
humano, qualquer saída desta calamidade.
No meio desta escuridão, entretanto, Cristo irrompe do
túmulo, vivo, saudável e triunfante.
Após suportar o pior que os homens cruéis Lhe haviam
infringido, Jesus emergiu como o Salvador do mundo.
Deus vira as coisas de cabeça para baixo. Transforma
tragédia em vitória. Ele conduz eventos caóticos para uma forma significativa.
Este é o Deus que nos inspira com esperança. A viva esperança, como diz a
Bíblia.
Devemos inspirar o desespero ao nosso redor com esse mesmo
tipo de viva esperança.
Jamais nos quedamos contra a parede tendo Deus do nosso
lado. Jamais estamos indefesos ou desesperançosos, seja qual for o inimigo
contra nós, desde que estejamos em contato com o Deus da ressureição.
Há mais uma coisa que podemos fazer por um suicida e que é
uma parte essencial numa solução a longo prazo: é ajudá-lo a adquirir senso de
propósito para a sua vida.
Essas pessoas precisam mais do que apenas sobreviver aos
seus problemas. Elas precisam de uma grande razão para continuarem com a luta.
Precisam de algum alvo positivo em que se fixar.
Veja agora a experiência de um homem chamado Bill. Sua
história nos mostra claramente que diferença, sentido e propósito se pode fazer
numa vida afundando no desespero.
"Quando eu cursava o colégio, adquiri o hábito de
contemplar o sentido da vida. Como resultado, me tornei um suicida. Creio que
foi o idealismo da juventude, revoltando-se com os desastres comuns do mundo.
Certas ocasiões eu mal conseguia encontrar sentido em seguir uma carreira, em
estudar, ou em viver. No meio de tantos compromissos que existiam, eu me vi
exposto na escola a essa idéia de aceitação sem senso
de valores que eu simplesmente não conseguia aceitar.
"Era mentira aceitar o mal. Era mentira dizer que as
coisas estavam bem. Comecei, então, a brincar com a idéia
de pôr fim em tudo. Foi quando, no meio de minhas reflexões, surgiu um
pensamento: se houvesse um homem que tivesse uma vida boa, uma vida
completamente boa, isso faria toda a diferença.
"Eu já tinha, entretanto, viso provas suficientes que
mesmo o melhor da humanidade escondia crueldade em seus bolsos.
"E se houvesse uma exceção? Isso faria a diferença.
Andei com esse pensamento por uns tempos como meu último argumento contra o
suicídio.
"Então fui até a casa da minha tia. Ela era uma mulher
cristã, e me fez lembrar dos dias que eu freqüentava
a Escola Dominical. Não disse muita coisa, foi o caráter dela, eu acho. De
qualquer modo, todas aquelas histórias sobre Jesus voltaram à minha mente.
Verdades que estavam trancadas no fundo da minha mente, de repente acordaram lá
dentro e eu percebi que essa era a minha resposta. Jesus Cristo era o homem
completamente bom que vivera uma vida digna. Isso era apenas uma pequena ilha
de sentido no meio do meu triste mundo. Era uma razão para viver!
"Agora eu acho esta relação com esse Homem, esse Deus,
Jesus Cristo, e isso faz toda a diferença."
Bill encontrou uma razão para viver, trata-se de um
belíssimo testemunho. Ele encontrou algo que se tornou maior em sua mente do
que todos os problemas que sempre o cercavam.
Nossa fé em Jesus Cristo é a razão mais poderosa que existe
para viver. Até os sociólogos estão descobrindo isso.
O Dr. Ronald Maris, editor de um jornal de pesquisas sobre
suicídio, falou recentemente em uma entrevista sobre os valores religiosos e o
suicídio. Ele concordava com outros pesquisadores e suas descobertas de que o
declínio nos valores religiosos entre os jovens os torna menos resistentes para
enfrentar as dificuldades da vida.
As atividades religiosas, o Dr. Maris declarou, ajudam
claramente a evitar o suicídio. A fé no Deus das Escrituras dá às pessoas
propósito, algo pelo qual viver. O conteúdo das Escrituras nos dá esperança,
sólida esperança.
É Deus quem nos diz através do profeta Jeremias:
"Antes que eu te formasse no ventre materno, eu te conheci, e antes que
saísses da madre, te consagrei..." Jeremias 1:5.
Deus diz a cada ser humano: "Você é especial para mim.
Tenho um plano para você que ninguém mais pode realizar."
Precisamos divulgar essas boas novas com as pessoas
desesperadas que nos cercam. A vida delas pode ter grande propósito.
O que sua religião diz àqueles que você encontra? Ela
comunica esperança e ânimo ou é apenas mais um fardo?
Ela cura, orienta e dá esperanças ao coração partido, ou
apenas o faz sentir-se culpado?
Temos que mostrar às pessoas que Deus pode
lhes dar propósito, ele separou cada um de nós para Si.
Eu espero que cada um de nós possa ter esse tipo de fé hoje.
Espero que as boas novas e os novos começos falem alto e claro através de nós
àqueles gritos trágicos e distorcidos por socorro.
Não vamos deixar nenhuma deles ir
embora sem ajuda.
10
ANJOS EM AÇÃO
George Vandeman
Houve uma época, há muito tempo, em que imaginávamos o Céu
habitado por anjos que desciam como raios, para fazer a vontade de Deus. Mas aí
chegou a era da ciência e varreu o Céu por inteiro. Somente nuvens e névoas
existiam lá em cima. As pessoas diziam que não existiam anjos.
Outros, porém,
criam na existência dos anjos como se fossem espíritos de conto de fadas. Mas
agora, em nossa era totalmente científica, quem poderia imaginar que todos
esses estranhos seres retornariam para assumirem seu lugar?
Jaime parecia aos
seus jovens pais, ser uma criança perfeita, um lindo menino cuja risada fácil e
clara fazia o mundo todo parecer bom e certo. Quando Jaime morreu, de repente,
com três anos de idade, os pais dele acharam que o mundo havia terminado. Eles
simplesmente não conseguiam aceitar a tragédia. Em seu desespero, esse jovem
casal decidiu visitar Jane Roberts, uma mulher que afirmava ser a canalizadora
de mensagens do espaço exterior.
– Por que nosso
filho teve que morrer tão cedo? – o casal perguntou.
Janet Roberts
respondeu que um certo espírito-guia, chamado Seth, sabia. Entrando em transe,
ela começou a transmitir uma mensagem de Seth:
– A alma de seu
filho veio para estar com vocês e ajudá-los apenas por pouco tempo – disse o
espírito-guia.
Ele continuou a
explicar que Jaime tinha vindo para pagar uma dívida da vida anterior de seu
pai e sua morte se destinava a ajudar seu pai a buscar respostas sobre a
natureza da vida.
Acredite ou não,
mas o jovem casal achou essa mensagem bastante confortadora, e a partir daí,
eles encontraram um sentido para a incompreensível tragédia e passaram a
acreditar ardentemente em tudo o que Seth, o espírito-guia, disse.
Querido, esses
dois pais não são as únicas pessoas em busca de respostas e conforto em alguma
fonte sobrenatural, que fale diretamente a eles. O fenômeno de canalização tem
crescido tremendamente nestes últimos anos. Uma hoste de canalizadores afirma
ter seus próprios espíritos-guias que falam através deles.
Por exemplo, em
um apartamento no bairro de Manhattan, Roberto Jonhson fala com um estranho
sotaque irlandês e profere palavras que ele chama de tutela ou proteção de
seres espectrais de Alfa Centauro, a estrela mais próxima de nós.
J.Z. Knight
realiza seminários nos fins de semana em noroeste do Pacífico onde as pessoas
pagam quatrocentos dólares para ouvir Ramtha, um
guerreiro de trinta e cinco mil anos, revelar sabedoria e profecias.
– Quando você
puder saber sem fazer nenhuma pergunta, você está no fluxo e no fluxo você se
torna uma entidade eternal. Se o que você está fazendo o torna feliz de verdade
e lhe traz alegria plena, então, entregue-se – diz J.Z. Knight.
Uma mulher chorou
enquanto ouvia Ramtha:
– Isso me afeta
fortemente – declarou após uma sessão – eu sinto o amor de Ramtha
e percebo que não há qualquer negatividade nele.
Jack Pursel, na Califórnia, ouve um antigo ser chamado Lazaris que diz:
– Em nossa
realidade não temos tempo.
Uma mulher
chamada Jo Ann Karl, afirma canalizar as palavras do
Arcanjo Gabriel. E em uma casa no subúrbio de Seattle, a canalizadora Ruth
Craig relata mensagens de Kuthumi, um monge budista
do século dezenove.
Talvez o mais
famoso de todos seja Djwhal Khul,
um ser cuja canalizadora Alice Bailey fez dele a luz
condutora entre os adeptos da Nova Era.
Sim, este amplo
sortimento de "espíritos-guias" quase nos faz ponderar: os anjos
estão em ação? O sobrenatural está voltando novamente?
Amigo, a despeito
de todas as afirmações da ciência ateísta, os seres humanos continuam ansiando
por contatos pessoais com algo espiritual. As pessoas querem a companhia do
sobrenatural, alguém lá de cima com poder especial, alguém com conhecimento
sobre-humano para guiá-las através da vida. Existe uma fome profunda por passos
ao nosso lado, algum sinal do além de que não estamos sozinhos, nem deixados
com nossos próprios mecanismos.
Mas quando vemos
as mensagens desses espíritos-guias da Nova Era, algo muito perturbador se
torna aparente. A despeito de sua ampla variedade de supostas origens, parecem
todos o mesmo. Suas frases são do movimento potencial humano ou do budismo
"pop zen", que por acaso é muito popular entre os canalizadores.
Esses
espíritos-guias tocam variações sobre um mesmo tema: você é o seu próprio Deus,
não existe em absoluto o certo ou o errado, somente a realidade individual. Os
espíritos canalizados até nós parecem realizar sempre a mímica do pensamento
popular corrente.
Amigo, se os
anjos estão voltando à ação, então não são os verdadeiros. Eu creio que os
espíritos-guias da Nova Era são falsificações dos anjos verdadeiros. Veja, o
Deus do Céu quer ser um companheiro nosso. Ele quer nos guiar, quer caminhar ao
nosso lado e uma das maneiras dEle fazer isso é
através dos verdadeiros espíritos-guias: os Seus anjos. Existe uma enorme
diferença entre os companheiros celestiais que Deus nos provê e os espíritos
maus que nos seduzem a pensar que somos todos deuses.
Agora vamos
examinar os companheiros que Deus nos fornece: anjos celestiais. Em primeiro
lugar, eles sempre nos ajudam a nos unir à única e verdadeira fonte de
sabedoria e poder: Deus. Veja como Jesus os descreveu, quando dizia aos Seus
seguidores que não desprezassem as criancinhas, e disse: "Porque eu vos
digo que os seus anjos no céus sempre vêem a face de meu Pai que está no céus" (Mateus
18:10).
Sim, até a menor
das crianças tem um anjo no céu em contato próximo com o Deus Todo-Poderoso.
Cada criança tem conexões muito importantes é o que Jesus parece dizer.
Portanto, como nos atrevemos a dizer que as crianças são insignificantes?
Anjos, ou anjos
da guarda são mais um elo que temos com o Pai Celeste. Anjos que nos amam tanto
e que fazem parte de nossa ligação vital com Ele. Esses guias não agem
simplesmente segundo seus caprichos: eles não são demônios sussurrando a nós o
que queremos ouvir. Não, eles vêm até nós diretamente de Deus, o Pai. Eles
ajudam administrar Sua sabedoria e Seu poder. Os anjos agem em nome de Deus.
Uma olhada pelas
Escrituras nos mostra o quanto eles são de fato ativos. Os anjos de Jeová
compeliram Ló e sua família a deixarem a cidade condenada de Sodoma. Vemos isso
no Velho Testamento. Os anjos fecharam a boca dos leões famintos para o fiel
Daniel. Os anjos trouxeram pão e água a Jesus após a Sua luta com Satanás no
deserto da Judéia, e anjos visitaram o apóstolo João na Ilha de Patmos para dar-lhe as mensagens que se tornaram o livro do
Apocalipse.
Um caso de
intervenção angélica se destaca em minha mente. Talvez você conheça a passagem
no livro de Atos sobre a fuga do apóstolo Pedro da prisão. Pedro havia sido
acorrentado num calabouço na fortaleza de Herodes por pregar o evangelho. Na
noite anterior ao dia da sua execução, um anjo apareceu de repente na cela de
Pedro e o acordou. As correntes se soltaram de suas mãos e pés. O anjo fez
Pedro passar por portas trancadas com ferrolhos, barras e por fortes portões
até ficar do lado de fora na rua, livre afinal.
O anjo da guarda
de Pedro foi enviado para resgatá-lo. Coisas desse tipo acontecem na Bíblia.
Mas seriam apenas histórias da Bíblia? E quanto à atividade de Deus através dos
anjos hoje?
Inúmeras pessoas
criadas em ambiente cristão tendem a pensar que superaram a necessidade de
anjos. Esses anjos, essas criaturas voadoras foram um mito bom e confortante na
infância, elas dizem, mas para os adultos, na era da tecnologia, os anjos não
se encaixam no contexto.
Às vezes, nosso
mundo mecanizado, tão cheio de certezas científicas parecer ter varrido
inteiramente os anjos do Céu. É verdade que os seres celestiais não fazem
muitas aparições pessoais na Terra, mas há ocasiões, sob circunstâncias
especiais, que os anjos aparecem bem próximos.
Deixe-me falar a
respeito de uma jovem cristã africana chamada Gakui.
Ela caminhava sozinha por uma trilha na selva uma noite quando três homens
apareceram. Eles a agarraram e a arrastaram para uma cabana. Os homens
pertenciam a um culto violento no qual seus membros bebiam sangue e juravam
lealdade incondicional a seus líderes.
Na cabana, eles
tentaram forçar Gakui a beber sangue e a fazer seu
juramento, Ela recusou-se. Gakui
devia lealdade somente a Cristo. Os homens ameaçaram a garota, mas ela
permaneceu firme. Finalmente eles
gritaram:
– Você quer
morrer?
– Não, não quero
morrer – respondeu a garota – meu Jesus me salvará.
Ao ouvirem o nome
de Jesus, os raptores de Gakui pareceram ficar mais
furiosos ainda. Bateram na jovem com paus, chutaram-na e a cortaram com facas
até ela cair inconsciente. Aí, então, a jogaram em uma cama num canto da
cabana. Gakui não sabe quanto tempo permaneceu
inconsciente, mas quando de repente, acordou, sentindo os hematomas e cortes em
seu corpo, aquela fiel jovem cristã lembrou-se de algo que sua professora lhe
havia dito: "Algum dia talvez você tenha que sofrer por sua fé em
Cristo."
Foi quando um dos
homens notou os olhos da garota piscando.
– Ora, você não
está morta – ele rosnou – mas não escapará de nós. Vamos ver se o seu Jesus vai
cuidar de você agora. Não havia janelas na cabana e tinha guardas junto à
porta. A situação parecia desesperadora. Mas, de repente, quando seu captor
virou-se em direção ao fogão, Gakui sentiu alguma
coisa tocando em seus pés. Olhou para baixo mas não
havia ninguém lá. Os toques continuaram como se alguém a tivesse
empurrando em direção à parede da cabana. De qualquer modo, de repente, ela se
encontrava do lado de fora sem saber como aconteceu.
Gakui olhou ao redor em busca de seu salvador, mas não
havia ninguém ali. Todo o resto daquela noite a garota correu, caminhou e
titubeou através do mato, mas pela manhã tinha chegado a um lugar seguro entre
amigos cristãos.
Para aquela jovem
que permaneceu tão fielmente com Cristo, um anjo da guarda havia se tornado bem
real. Ela conheceu a verdade desse trecho maravilhoso da Bíblia: "O anjo
do Senhor acampa-se ao redor dos que o temem e os livra." (Salmo 34)
Mas ainda existem
muitos hoje que não conseguem imaginar anjos acampando ao redor deles. Na
verdade, as pessoas próximas do final do século vinte encontram-se em uma
situação peculiar. Por um lado, os milagres da Bíblia parecem mais e mais
remotos, a fé cristã infelizmente é cada vez mais desafiada pelo mundo secular.
Cada vez menos, pessoas parecem buscar a intervenção direta de Deus na vida
humana. É como se os progressos da ciência tivessem lançado concreto sobre o
terreno da natureza que costumava proclamar um Deus criador. Todavia, ao mesmo
tempo, um novo tipo de superstição se espalha por todos os lados. Nasceu mato
nas rachaduras do concreto para chamar a nossa atenção. Fenômenos do oculto
surgem por toda parte. Canalizadores se multiplicam dizendo-nos que um
espírito-guia pode falar conosco através deles e aí estamos presos entre a
ciência e a superstição tentando achar o caminho para um novo século.
Parece que
estamos cercados pelo materialismo de um lado e pelo ocultismo do outro. Os
Céus parecem vazios numa terra cheia de vozes de espíritos. Para onde devemos
nos voltar? Continuamos seres humanos, ainda temos os mesmos anseios de
gerações antes de nós, continuamos buscando companhia espiritual para
orientação pessoal em nossa vida através de um toque divino. Para onde devemos
nos voltar?
Sabe amigo, eu
creio que os anjos de Deus fazem parte da imagem que precisamos
desesperadamente ver hoje. Eles fazem parte da verdade que tanto o materialismo
como a superstição ignoram. Existe um meio de evitar ambos, o vazio do mundo
secular e os perigos do ocultismo.
Os anjos são
mensageiros de uma fonte somente: Deus, nosso Pai celeste.
Eles executam a Sua vontade e a de mais ninguém. Eles exercem cuidados de Deus
sobre os filhos dEle. Hoje, nesse momento, os anjos
trabalham em nosso mundo para nos manter mais unidos ao Deus celeste. Essa é a
grande finalidade da atividade deles.
Os
espíritos-guias dos canalizadores, entretanto, são "free-lancers"
e estão desligados dos claros ensinamentos das Escrituras. Todas as suas
mensagens são sempre parecidas com as que seus seguidores querem ouvir. Se tais
vozes tiverem ligação com o sobrenatural, é com o demônio, o primeiro a dizer a
mentira: "Vocês serão iguais a Deus".
Nosso mundo
secular precisa desesperadamente voltar a fazer contato com o Criador, com
alguém importante que intervenha, que seja ativo em nosso mundo e isso é
exatamente o que os anjos de Deus representam. Eles são as mãos de Deus
estendidas em nossa direção. Se acharmos difícil acreditar que os anjos são
realmente ativos, é somente porque estamos vendo a Deus um tanto inativo. Não
podemos deixar isso acontecer conosco. O problema está em nosso modo de
visualizar a Deus como um amigo, e isso não é um problema novo. Perder o
contato com um Deus que realmente se importa, que realmente age, é uma
dificuldade humana muito antiga. Sintonizar-se em um Deus sapiente e
todo-poderoso em lugar de em outras vozes falsas é um desafio antigo.
Um servo do
profeta Eliseu acordou uma manhã e viu uma coisa aterrorizante. Lá dos muros de
Dotã, o homem viu um exército inteiro acampado num
círculo ao redor da cidade. O rei da Síria havia se esgueirado com suas tropas
à noite e preparado uma armadilha para Eliseu, o qual ele acreditava estava
fornecendo ao seu inimigo, o rei de Israel, valiosas informações militares.
O servo de Eliseu
olhou para a infantaria, a cavalaria e os carros todos armados até os dentes e
espalhados pelas colinas que cercavam Dotã. Ele
começou a tremer. Parecia não haver qualquer meio de fuga. Correndo até seu
mestre Eliseu, ele exclamou quase em pânico:
– Ó meu mestre, o
que vamos fazer?
O profeta permeneceu estranhamente calmo e respondeu com estas
notáveis palavras: "Não temas: porque mais são os que estão conosco do que
os que estão com eles" (II Reis 6:16).
O servo não
entendeu muito bem. Claro que um punhado de moradores de Dotã
que sabia manejar arma não era páreo para aquele exército invasor. Eliseu notou
o temor e a perplexidade do homem e por isso pediu a Deus que lhe abrisse os
olhos para que ele pudesse ver uma imagem mais real de todos os soldados
reunidos do rei da Síria. Deus atendeu aquela oração. De repente os olhos do
servo foram abertos e ele viu um outro exército lá fora; de fato, as colinas
estavam cheias de cavalos e carros de fogo. Os agressores haviam sido cercados
por um exército de anjos. Era verdade, as forças aliadas ao profeta Eliseu eram
bem maiores do que as que apoiavam o rei invasor.
Amigo, precisamos
ter os olhos abertos do mesmo modo hoje. É fácil ver apenas as ameaças contra
nós lá fora ou ver apenas colinas totalmente vazias de anjos. Precisamos olhar
mais atentamente. Deus é ativo. Deus se importa e Ele intervém em nosso favor.
Seus anjos estão sempre em ação vindo do trono de Deus para nos ajudar. Podemos
não vê-los o tempo todo, mas continuam lá. Ainda é verdade, o poder de Deus que
nos cerca é maior que a força do inimigo. Sim, podemos notar a presença do
Senhor ao nosso redor. Podemos saber que o Seu grande poder e graça estão perto
por causa do trabalho dos anjos de Deus.
Aqueles que
queremos do nosso lado são anjos do nosso Pai Celeste e nenhum outro. A
habilidade do Pai Celeste é o que conta no final e isso é o que os anjos estão
tentando nos mostrar. A força de Deus é o que importa. Temos que ouvir apenas a
Sua voz quando Ele fala através das Escrituras. Temos que buscar apenas a
companhia dele, através de Jesus Cristo.
Espíritos-guias
ocasionais somente murmurarão o que queremos ouvir, ou pior, nos seduzirão com
mentiras demoníacas. A companhia deles envolve um terrível preço. Mas graças a
Deus por Ele estar sempre se estendendo em nossa direção. Jamais ficaremos tão
desgarrados que nosso Pai não possa nos achar. Não é hora de nos aproximarmos dEle também? Está na hora de termos em nossa mente a imagem
certa de quem o Pai Celeste realmente é. É hora de nossos olhos serem abertos
para ver Seus grandes braços ao nosso redor, fortes como um exército de anjos.
Deposite sua fé
em Deus hoje. Ele é aquele que mais o ama, dando o Filho para morrer pelos seus
pecados. Ele o aguarda e o quer salvar se você apenas aceitar Seu dom da vida
em Jesus. Faça aqueles anjos cantarem um pouco mais alto, um pouco mais
alegremente agora, enquanto você se entrega nos braços do Pai Celeste.
EM NOME DE JESUS
Letra: Phill McHugh,
Gloria Gather e Sandi Patti
Helvering
Música: Sandi Patti Helvering
Tradução: Valdecir Lima, Sonete e Costa Junior
Muitos vieram para ver
aquEle homem galileu.
Não havia explicação
pra um
carpinteiro ter
tanto louvor da multidão!
Tem nos olhos o poder
de ler qualquer coração.
Ele está unido ao Pai
e fala de amor;
Ele vem em nome do Senhor.
Coro
Há poder em Teu nome, Jesus.
Há esperança em Teu nome, Jesus.
Temos força em Teu nome, Jesus.
Bendito és Tu, Jesus,
pois Tu és o Senhor.
Quando nos vêm desilusões
e a nossa vida se desfaz,
mesmo em meio a tanta dor
ainda existe a paz,
crendo no nome do Senhor.
o doce nome de Jesus
poder e força produz;
Ele traz a eterna paz,
Ele é a eterna luz.
Há poder no nome de Jesus.
Coro
Teu nome será louvado para sempre,
Criador, Redentor e Rei.
Coro
Gravado por "Arautos do Rei no MMLP 4801 de " A
Voz da Profecia"
ORAÇÃO
Meu Pai, precisamos da Tua sabedoria, do Teu poder, da Tua
intervenção em nossa vida. Ansiamos pela Tua companhia. Obrigado por tornares
isso tudo possível, através do sacríficio de Jesus
Cristo na cruz. Nós aceitamos a Jesus como nosso Salvador e como Senhor de
nossa vida. Queremos viver cada dia em Teus braços eternos. Nosso Pai celeste, mantém-nos sintonizados em Tua voz, em Tuas
mensagens apenas. En nome de Jesus, amém.
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MENSAGEM ALÉM DE NETUNO
George Vandeman
Foi uma mensagem que chegou como um sussurro, vinda de
quase cinco milhões de quilômetros, atravessando o sistema solar por um fraco
sinal de rádio, medindo apenas uma insignificante parte de um watt. Exigiu 38
antenas de rádio espalhadas pelos quatro continentes para captar a mensagem.Um mundo sem fôlego
assistia extasiado a Voyager II tranqüilamente
informar os emocionantes detalhes sobre aquele incrível planeta. Netuno, fora
das fornteiras do nosso sistema solar, na divisa do
espaço profundo e o grande além.Que
mensagem a Voyager II enviou para nosso planeta solitário? Ela informou mais do
que os cientistas desejavam?Sempre
me senti fasicnado pelo espaço, pelo estudo de
astronomia, por isso tenho acompanhado com ansiedade esta viagem histórica do
Voyager II. Uma viagem de sete bilhões de quilômetros através do espaço numa
rota que se faz uma vez na vida, visitando quatro dos planetas externos do
nosso sistema solar: Júpiter, Saturno, Urano e recentemente aquela linda esfera
azul no extremo do sistema, Netuno. Como vê, na década que passou, um
alinhamento planetário ocorreu, o quel só se repetirá
dentro de 176 anos. Era uma oportunidade boa demais para deixar passar. Essa
viagem excedeu a todas as expectativas de nossos maiores cientistas. De acordo
com um relatório, a Voyager II enviou para a Terra mais de cinco trilhões de
dados científicos. O bastante para encher seis mil enciclopédias Britânicas
completas. Tem sido uma avalanche de novas e empolgantes informações. Não me
admira alguns dos entusiasmados observadores científicos reclamarem com certa
frustração, que aboserver aquilo tudo era como tentar
beber água numa mangueira de incêndios. Agora a Voyager II está planando tranqüila para dentro do espaço interestelar. Dentro de
poucos anos, sem dúvida, ela irá silenciar-se. Seus pequenos e cansados
geradores estão muito fracos para enviar qualquer sinal forte o bastante par
atingir a Terra a bilhões de quilômetros distante. Todavia, mesmo quando os
sinais da Voyager Ii tiverem cessado de chegar a nós,
continuaremos a receber mensagens, mensagens sem fim, mensagens de Deus,
daquele grandioso mundo do espaço sideral explorado tão recentemente por essa
máquina feita pelo homem. Acompanhe-me, considerando com atenção o que podemos
aprender desta viagem através do espaço. É impressionante considerar o que o
homem pode fazer. Voyage II, que conquista incrível. Mas sabe, a última viagem
teve um início tumultuado. No início, o computador de bordo sofreu uma
"vertigem robótica" e parecia não saber sequer para onde apontar a
nave. Um "chip" do computador falhou, apagando parte da memória
potencial. Mais tarde, um receptor de rádio falhou e as plataformas das câmeras
emperraram. Um repórter descreveu o módulo como "artrítico, parcialmente
surdo e um pouco senil".
Quando se aproximou de Netuno, entretanto, de algum modo
deu tudo certo. Quando a Voyager II se aproximava de Netuno, seguindo uma
rápida trajetória meticulosamente projetada por computador para vários anos e
sete bilhões de quilômetros, saiu apenas trinta e cinco quilômetros do curso.
Uma precisão equivalente a acertar uma bola de golfe no buraco a três mil e
seiscentos quilômetros.
Quando a sonda se aproximava de cada planeta, os campos
gravitacionais a puxavam e em seguida a empurravam em seu caminho acelerando
rapidamente sua velocidade, até que quando ela se aproximou de Netuno, estava
percorrendo o espaço à incrível velocidade de cem mil quilômetros por hora.
Esses pequenos empuxos, a propósito, abreviaram uma viagem de trinta e dois
anos para uma viagem épica e muito mais emocionante de doze anos à velocidade
da luz. E as fotografias... aquelas de tirar o fôlego, daquela lindíssima
esfera são também um milagre. Netuno recebe apenas um milésimo da luz do sol
que temos aqui na Terra. Portanto as câmeras da Voyager exigiram tempo de
exposição de até quinze segundos, um feito e tanto a cem mil quilômetros por
hora. As câmeras de TV tiveram que dar panorâmica em seu material focalizado
para evitar que manchasse o ajuste com uma plataforma giratória sempre com
muito cuidado e até pendendo ou guinando a própria espaçonave para obter essas
fotos perfeitas.
Pode imaginar o que foi preciso para direcionar tudo isso a
cinco bilhões de quilômetros distante? Incrível!
Sim, temos que saudar os homens e as mulheres que ajudaram
a transformar esse sonho em um marco notável na exploração do espaço. A viagem
da Voyager II é um testamento da visão e da tecnologia do século vinte e um.
Mas na alegre atmosfera de auto-elogios e parabenizações, temos às vezes nos
esquecido do poder que primeiramente colocou esses planetas lá? Pense sobre
isso por um momento.
A Voyager Ii foi uma tremenda
conquista, mas muito maior foi o feito de colocar esses planetas em órbita
muitos séculos antes de nossos ancestrais sequer terem sonhado em voar.
Talvez você tenha lido as conflitantes teorias cnsioderadas durante a viagem da Voyager. Como foram esses
planetas formados? Como eles, um a um, entraram em suas órbitas perfeitas em
torno do nosso sol? O que os mantém firmes no curso? E quanto às luas? Como e
quando elas foram formadas? Os cientistas ficaram recentemente deslumbrados ao
descobrir novas luas planetárias ao redor de Netuno. Mais luas do que haviam
imaginado que pudesse existir. Quem as colocou lá? E também
a estarrecedora vastidão de tudo. Bilhões de quilômetros. Esta viagem da
Voyager, uma viagem relativamente curta, a cem mil quilômetros por hora, na
verdade mal alcançou um minúsculo canto do universo.
Os cientistas predizem que a Voyager II ao continuar no
espaço, atingirá a estrela Ross 248, por volta do ano quarenta e dois mil. Em
duzentos e noventa e seis mil anos ela chegará perto, aproximadamente, quatro
anos luz de Sírio, na nebulosa Cão. Duzentos e noventa e seis mil anos a cem
mil quilômetros por hora apenas para se aproximar do quintal da estrela mais
próxima?
De novo eu pergunto: quem criou isso tudo?
Amigo, quanto você ouve teorias sobre quatro bilhões e meio
de anos e explosõs galáticas e luas formadas por OVNIs, Marcianos Kamikazes, eu sugiro que você dê uma
olhada neste Velho Livro em busca da verdade. Mesmo quando a família humana esntre nesta nova década e breve um novo século de
conquistas científicas, a verdade de primeira página permanece imutável:
"No princípio criou Deus os Céus e a Terra." Gênesis 1:1.
Bastante claro, não ahca? Deus
criou tudo. Todos os nosso splanetas os quais
receberam cegamente nomes de deuses pagãos, Mercúrio, Júpiter, Netuno... foram
todos criados pela poderosa palavra do nosso Deus.
Alguns versículos depois, somos lembrados mais
especificamente: "Fez Deus os dois grandes luzeiros: o maior para governar
o dia e o menor para governar a noite; e fez também as estrelas." Gênesis
1:16.
Sim, os milagres do homem de aprender e explorar apenas
servem para colocar em um pedestal mais alto o milagre maior da história da
criação em Gênesis. Este grande universo, com suas estrelas, constelações e
galáxias, bilhões e trilhões de quilômetros e a viagem da Voyager II é um facho
de luz iluminando a verdade encontrada no livro dAquele
Criador.
Salmo 19:1: "Os Céus manifestam a glória de Deus e o
firmamento anuncia as obras das suas mãos." A sua fé em uma pessoa aumenta
quando você vê o que ela pode realizar. Estou impressionado com a
especialidade, a eficiência, a delicada precisão da equipe da NASA e todos
aqueles engenheiros e especialistas em computador do laboratório de propulsão a
jato. Creio que se eu precisasse de algum serviço em minha casa que exigisse
essas mesmas habilidades, eu não hesitaria em chamar alguns desses especialistas
para fazer o serviço para mim, se ele tivesse tempo.
Bem, quero lhe perguntar uma coisa. Quando vemos o que Deus
tem realizado através do Seu poder criador, a nossa fé nEle
aumenta? Podemos confiar nEle? El colocou esses
planetas em seu lugar, em perfeita ordem. Poderia Ele fazer o mesmo com nossa
vida? Ele mantém um equilíbrio perfeito através do Seu vasto universo, mantendo
uma paz silenciosa e uma beleza de funcionamento. Podemos confiar nEle para realizar a mesma coisa em nossa experiência
diária com Ele? É algo para se pensar, não concorda?
Sim, devo concluir que se Deus pode criar aquele lindo
planeta azul tão distante, equilibrando seus anéis gelados, fazendo girar suas
oito luas em perfeita simetria e manter aquele inteiro sistema planando em sua
imensa trilha ao redor do Sol a cada cento e sessenta e cinco anos, eu creio de
todo o meu coração que eu posso confiar a minha vida a Ele.
Você sabia que a Voyager II contém um toca-disco
a bordo? De fato, um disco de cobre completo no estilo da era espacial com
cartucho e instruções para funcionamento. Os astrônomos da NASA o colocaram a
bordo na esperança de que em algum lugar lá no espaço, alguma forma de vida
inteligente possa, um dia, encontrar a Voyager II e ouvir nossa mensagem de
paz.
O que contém a mensagem? Saudações da Terra em sessenta
línguas diferentes e os sons naturais de nosso planeta, como trovões, sapos coachando, bebês chorando e o cordial sotaque sulista do
ex-presidente Jimmy Carter. Ele é quem presidiu o lançamento da Viyager II anos passados. "Este é um presente de um
pequeno mundo distante", disse ele, "estamos tentando sobreviver em
nosso tempo para que possamos entrar à sua era! Este disco representa nossa
esperança, nossa determinação e nossa amizade em um universo vasto e
solitário."
Belas palavras, não acha? Não sei a quem essa mensagem
poderá alcançar, mas sabe, todas as noites quando vou para o quintal de minha
casa e olho para o céu, recebo uma mensagem de volta vinda dos vastos rincões
do céu. Essa mensagem vinda rápida de outra direção, chega alta e clara a mim
ou a qualquer outro que a observe: Deus, o construtor do Universo ainda está no
comando. Ele ainda guia Netuno e todos os nossos planetas em seus cursos. Ele
mantém especialmente um planeta minúsculo e surrado na palma de Sua mão. Ele
ainda tem planos para esse planeta muito especial e estou contente por isso.
Sabe, a Voyager II me faz lembrar de um outro milagre que
você e eu experimentamos diariamente. Mencionei há pouco que aquele sinal de
rádio fraco transmitido através de bilhões de quilômetros de espaço, penetrando
a atmosfera de nossa Terra, era captado por enormes antenas parabólicas da rede
do espaço profundo espalhado por todo o nosso globo. Um sinal tão fraco que sua
força era de apenas cento e vinte bilionésimos do que se precisa para funcionar
o seu relógio digital. Você sabia que mesmo à velocidade da luz, aquele
fraquíssimo sinal leva mais de quatro horas para fazer essa viagem
relativamente pequena? E mês a mês, esse sinal vai enfraquecendo, ate um dia a Voyager II entrar na
escuridão eterna além do nosso alcance. Todavia, de manhã a manhã quando você e
eu nos ajoelhamos e enviamos nossas mensagens ao Pai Celestial, tais sinais
chegam lá instantaneamente, viajando muito mais longe e rápido do que a
velocidade da luz. E chegam claras como cristal. Os receptores do satélite
celestial de nosso Deus funcionam com total eficiência as vinte e quatro horas
do dia para captar o mais fraco sussurro de oração. Não é uma boa notícia?
E os sinais dEle, também enviados
para você e para mim de uma distância muito maior que os cinco bilhões de
quilômetros de Netuno, chegam até nós tão claros como um sino. Este grande
livro me envia mensagens todas as manhãs tão claras e atuais hoje, como quando
foram escritas em pergaminhos. Deus nos envia mensagens através da Sua palavra,
através de seus servos, os profetas, através dos suaves impulsos do Espírito
Santo, e certamente através do livro da natureza.
Novamente, os céus declaram a Sua glória, a mim e a você.
Sou tão grato hoje pelo sistema de comunicação entre nós e o Céu, sistema que
supera as mais intricadas maravilhas inventadas pela NASA.
Você se lembra de uma oração desesperada feita pelo profeta
Daniel séculos atrás? Quão rapidamente a mensagem chegou? Quão rapidamente a
resposta veio? Daniel 9:20 e 21 diz o seguinte: "Estando eu ainda falando
e orando e confessando o meu pecado e o do meu povo Israel, e lançando a minha
súplica perante a face do Senhor meu Deus pelo nome santo do meu Deus, estando
eu ainda falando na oração, o varão Gabriel, que eu tinha visto na minha visão
ao princípio, veio voando rapidamente e tocou-me à hora do sacrifício da
tarde." Imagine, Daniel ainda estava orando e o anjo Gabriel já estava ao
seu lado com a resposta. Foi de imediato.
Pode ocorrer o mesmo conosco também. Nossa comunicação com
o Trono do Céu viaja nos dois sentidos à velocidade celestial. Nenhuma mensagem
truncada se perdeu.
Amigo, você tem orado recentemente e ponderado se as
baterias estão arriando? Se o seu sinal de socorro está fraco demais para
chegar ao destino? Acredite, Deus promete ouvir e responder. Você tem a palavra
dEle quanto a isso: "O Senhor me ouve quanto eu
clamo por Ele." Salmo 4:3.
Eu sei, repetidas vezes está escrito aqui, e tenho visto
provas inegáveis de que o nosso Deus é um Deus que ouve. Ele ouve nossas
orações e as atende.
Sabe, "Está Escrito" não é apenas um programa de
televisão. Somos um ministério de oração. Gostaria que você pudesse estar consoco todas as quartas-feiras quando realizamos um
programa semanal de oração e também durante os outros
dias da semana, onde oramos por todos aqueles que nos escrevem.
Gostaria que você pudesse ler algumas dessas cartas
magníficas.
Uma jovem mãe arrasada pela repentina perda do marido,
tentando sobreviver com três crianças pequenas: "Não consigo ver uma
saída. Por favor, orem por mim". Você pode imaginar?
Amigo, nós oramos por essas pessoas queridas aqui mesmo em
nosso trabalho. Neste círculo de oração, roamos nominalmente por essas pessoas
em especial, que nos revelam suas grandes necessidades. E quantas bênçãos
obtemos, minha equipe e eu, quando levamos todas essas preocupações até o nosso
Pai Celestial!
Convido você agora a pensar comigo de novo na minúsculo
Voyager II que continua viajando aos pontos mais escuros do espaço, diminuída
mais ainda pelos planetas por onde passou. Ela segue agora dentro da vasta
escuridão onde as distâncias são medidas pelos fantásticos limites de anos-luz.
É tão escuro por lá, tão solitário mesmo a cem mil quilômetros por hora. É só
silêncio. É vazio. Mas não em toda parte.
Em algum lugar por lá, meu amigo, há uma cidade, uma cidade
de verdade. Uma cidade não de trevas, mas de luz. Uma cidade não habitada por
criaturas estranhas e misteriosas criadas por um filme de ficção científica de
Hollywood, mas por gente de verdade que faz parte da família de Deus.
Sim, eu disse faz parte da família de Deus. Deus está lá.
Jesus está lá. Muitos anjos estão lá, assim como Enoque e Elias e algunso outros escolhidos. Mas aquela cidade está um tanto
vazia, por enquanto. Muitos de seus moradores ainda estão sobrevivendo em um
minúsculo planeta distante. Um planeta chamado Terra. Você e eu, por exemplo,
aqui estamos, mas um dia muito breve poderemos fazer essa viagem, essa
inesquecível viagem através do espaço até a cidade de Deus. Pode imaginar essa
viagem?
Trilhões de quilômetros viajando mais rápido do que os
criadores da Voyager II jamais conheceram. Jesus e Seus amigos escolhidos
viajarão através de nosso sistema solar passando pelos planetas externos,
passando por estrelas próximas e distantes e finalmente parando naquele grande
portão que dá acesso à cidade do espaço.
É verdade, meu amigo, a cidade e a viagem a essa cidade. Eupretendo fazer essa viagem. E quanto a você? Você aceitou
Jesus como seu Salvador? Como seu amigo? Como seu piloto para essa grande
viagem atrvés do espaço? Por favor, faça isso agora.
12
O QUE EU GOSTO NOS JUDEUS
George Vandeman
Os guerrilheiros israelitas se agitavam em seu esconderijo
na montanha. Um exército de sírios desavisados fervilhava na planície abaixo. A
emboscada estava pronta. E assim começou a primeira luta pela liberdade religiosa,
há mais de dois mil anos.
A crise ocorreu em 168 a.C., quando Antíoco Epifônio determinou impor a religião do Estado por todo o
seu reino. Antíoco enviou patrulhas à Palestina para promover o culto pagão.
Construiu uma estátua para o ídolo Júpiter no Templo de Jerusalém. Não
satisfeito com a ofensa, cometeu o grande sacrilégio de sacrificar suínos no
altar do Templo.
Todos os que não negavam sua fé eram mortos.
Jerusalém estava desassossegada. As coisas ferviam quando Matatias, um velho sacerdote, desafiou a ordem de um
oficial sírio, de ajoelhar-se diante do altar pagão. Em vez disso, desembainhou
a espada e matou seu algoz. Em seguida, fugiu com seus cinco filhos. Embora Matatias tenha morrido, seus filhos, liderados por Judas,
prometeram guardar a fé.
Judas Macabeu montou um exército
mal equipado, mas heróico, de combatentes pela
liberdade de consciência, dispostos a lutar até a morte. Seus três anos de luta
marcaram o primeiro uso bem-sucedido das táticas de guerrilha. Retiradas
rápidas, emboscadas, ataques noturnos. Em número bem menor e com pouquíssimas armas,
a causa parecia perdida. Mas seu líder continuou firme. "Coragem",
animava ele. "Em relação ao Céu, não faz diferença sermos mortos por
muitos ou por poucos." Corajosamente, os israelitas atenderam ao desafio
de seu líder.
Antíoco reuniu o exército para esmagar a revolta, mas os
sírios foram derrotados. Sem se intimidar, Antíoco enviou mais tropas, mas os
intrépidos israelitas venceram novamente. Depois houve uma invasão de um
exército ainda maior. Tão certos estavam os sírios da vitória dessa vez, que
levaram consigo mercadores de escravos para prender o inimigo vencido. Judas
encontrou esse exército perto da cidade de Emaús e o colocou em fuga,
capturando armas e suprimentos suficientes para equipar dez mil soldados.
Na última e decisiva batalha, em 165 a.C., um bando de
milhares de israelitas derrotou um exército de 47 mil soldados da cavalaria,
infantaria e lanceiros montados em elefantes. Jerusalém estava salva. Os
alegres vitoriosos limparam o santuário e rededicaram
o templo. Em todos os invernos, celebra-se essa libertação no festival de oito
dias do Hanukkah.
Você sabia que a existência futura do Cristianismo esteve
em perigo durante essa crise? A vitória dos israelitas sobre Antíoco preservou
a herança religiosa do Deus único, para ser levada por todo o globo pelo
Cristianismo, Judaísmo e Islamismo.
Clifford Goldstein é agora um cristão que tem dedicado a
vida para melhorar as relações entre as comunidades cristãs e judaicas.
Clifford é redator e também o
editor da revista Shabbat Shalom.
Vandeman: Clifford, fale-nos um pouco a seu respeito. Você é
casado?
Clifford: Eu me casei há cerca de quatro meses.
Vandeman: Qual é sua idade?
Clifford: Acabei de completar 30.
Vandeman: E onde você nasceu?
Clifford: Bem, como muitos Judeus, nasci em Nova Iorque. E,
como muitos deles, fui criado em Miami Beach e morei uns tempos em Israel.
Imagino que a grande diferença é que, quando estava morando em Israel, eu me
tornei um seguidor de Jesus, o Messias.
Vandeman: Não é interessante? Em um kibutz?
Clifford: Estive num kibutz, no norte da Galiléia ao longo da margem das montanhas de Golan e fui
batizado no rio Jordão.
Vandeman: Agora, fale-nos um pouco sobre seus conceitos, sua história
e sua herança.
Clifford: Bem, para mim a herança judaica é uma inspiração,
é quase como ler um livro de aventuras. A coisa que acho mais emocionante é o
modo como os Judeus sobreviveram todos esses anos. Quando muitas das nações
pagãs em torno deles sacrificavam seus filhos e seus bebês a todos aqueles
deuses diferentes, os Judeus eram ministros e sacerdotes no lindo Templo de
Deus. E quando Londres e Paris não passavam de pântanos, os Judeus já tinham
Jerusalém. E isso é uma coisa emocionante.
Vandeman: Você conhece bem o Judaísmo para saber da dívida do
cristianismo para com a fé judaica. Pode destacar algumas dessas grandes
dívidas?
Clifford: Como cristão, passei a entender muito sobre o
Judaísmo, seu propósito e por que o Senhor suscitou os Judeus para a obra que
tinham a fazer. Há muitas coisas que os cristãos herdaram dos Judeus. É claro,
a Bíblia, tanto o Antigo como o Novo Testamento, são Judeus do começo ao fim,
os conceitos e todos os seus ensinamentos são Judeus.
E Jesus também era Judeu. Portanto, temos muita coisa deles. Toda religião, na
verdade, vem dos Judeus. E vocês têm hoje a lei, a mesma que os Judeus têm
guardado. Todo o conceito de sacrifício do Messias, da redenção, o monoteísmo,
são conceitos que foram tirados dos Judeus. E, como Judeu e cristão, tenho uma
perspectiva especial sobre isso.
Vandeman: Obrigado, Clifford.
Não há a menor dúvida. Nós, cristãos, devemos muito à
herança judaica. Pense um momento sobre isso. Nós adoramos o mesmo Deus e
seguimos as mesmas Escrituras hebraicas. Quando perturbados, encontramos
conforto nos mesmos Salmos. As crianças judaicas e cristãs se deliciam com as
mesmas histórias: Davi, Golias, Daniel na cova dos leões, a corajosa e bonita
rainha Ester. Honramos os mesmos pais na fé: Abraão, Moisés, Elias e muitos
mais. Nós até defendemos valores idênticos, baseados nos Dez Mandamentos de Deus.
Sim, os crentes Judeus e cristãos partilham muita coisa em nossa religião. A
maior diferença talvez seja em relação à fé em Jesus como o Salvador, ou
Messias. Porque existem divisões mesmo entre os estudiosos Judeus quanto ao
significado do Messias e outras crenças.
Dentro do Judaísmo, encontramos algumas ramificações: a
Ortodoxa, a Reformadora e a Conservadora. A Ortodoxa tem o maior número de
sinagogas, mas a maioria do povo Judeu americano se identifica com a
Conservadora ou a Reformadora. Vários subgrupos também crescem; um dos
principais é o Movimento Reconstrutor. A despeito das congregações terem total
independência, elas conseguem manter uma extraordinária unidade.
Isso é notável, uma vez que o povo Judeu tem se espalhado
fora de sua terra natal nos últimos dois mil anos. Há muitos anos, os exilados
adolescentes, José e Daniel, levaram bênçãos para a terra de seu cativeiro. Os
imigrantes Judeus têm sempre enriquecido os países que os recebem de muitas
maneiras. Muitos dos mais famosos e melhores músicos, cientistas, advogados,
artesãos, artistas, homens de negócio, generais, filósofos e estadistas da
História foram Judeus.
Com certeza, os Estados Unidos não seriam a grande nação
que são hoje se não fosse a contribuição do povo Judeu. No início da história
colonial, refugiados Judeus buscaram a liberdade em terra americana.
Apesar de sofrerem um pouco com o preconceito e alguma
perseguição nos Estados Unidos, eles cresceram. Por exemplo, os colonizadores
Judeus de Portugal encontraram segurança na nova Amsterdã Holandesa. Em 1654,
eles estabeleceram a primeira sinagoga oficial no novo mundo. Em 1850, 77
congregações judaicas tinham sido organizadas em 21 estados. Hoje 3.500
sinagogas na América do Norte servem aos nossos sete milhões de Judeus.
O povo Judeu ainda sofre preconceito e discriminação. Muito
disso vem dos supostos cristãos. Sabemos com grande tristeza que Adolph Hitler
subiu ao poder e massacrou milhões de Judeus em uma terra com grande herança
cristã. É claro, Hitler não praticava o cristianismo. Os crentes alemães
ficaram chocados com os horrores dos campos de extermínio. Mas não podemos
negar que Hitler usou o preconceito e o medo que muitos protestantes tinham do
povo Judeu.
Nós, cristãos, às vezes, esquecemos que o próprio Jesus era Judeu. Ele nasceu da linhagem real de Davi, da tribo de
Judá. Todos os Seus apóstolos eram Judeus. Então por
que o próprio povo de Jesus O rejeitou? Bem, para começar, Sua
afirmação de que era divino pareceu fora da linha do pensamento deles. Quando
proclamou: "Eu e Meu Pai somos um", Jesus pareceu violar o princípio
básico da crença judaica. Todo hebreu devoto repete diariamente o "Shemá": "Ouve, Israel, o Senhor nosso Deus é o
Único Senhor..." Deuteronômio 6:4-9.
Eles pensavam o seguinte: "Ora, uma vez que o Pai é
um, como Jesus pode Se atrever a compartilhar da divindade com o Pai?"
Essa perplexidade levou os líderes religiosos daqueles dias a acusar Jesus de
blasfêmia e decidiram condená-Lo à morte.
Você pode ler tudo sobre isso em João 10:30. Teria sido
útil, entretanto, lembrar o primeiro capítulo da Torah. Deus tinha dito:
"Façamos o homem à Nossa imagem, conforme a Nossa semelhança."
Gênesis 1:26. Essa forma plural para Deus obviamente requer a presença de pelo
menos duas pessoas. Embora a pluralidade de Deus não negue Sua unidade, como
notamos no versículo seguinte. Ele diz: "E criou Deus o homem à Sua
imagem." Gênesis 1:27. Evidentemente, deve haver um Deus, uma única cabeça,
com membros plurais. Nossa mente humana limitada não consegue compreender isso.
Assim como não conseguimos entender como Deus não teve princípio, mas existiu
toda a eternidade. Sim, essas coisas e muitas outras são impossíveis de
explicar. Mas quando aceitamos as Escrituras como estão escritas, como podemos
negá-las? Lembre-se, no nascimento de Jesus, os sábios do Oriente perguntaram
onde o Messias iria nascer. E os líderes Judeus apontaram na direção da pequena
cidade de Belém, citando Miquéias 5:2: "E tu, Belém Efrata,
posto que pequena entre milhares de Judá, de ti me sairá o que será Senhor em
Israel, e cujas saídas são desde os tempos antigos, desde os dias da
eternidade." Ao que parece, eles esqueceram a última parte do texto, que
documenta a história eterna do Messias. Eles sabiam aonde Ele viria, Belém, mas
não perceberam de onde viria é da eternidade. Seria mesmo blasfêmia Jesus
afirmar ser um com o Pai e ter um relacionamento eterno com Ele? Bem,
considerando as Escrituras que acabamos de ler, de que outro modo poderia ser?
Outros fatores contribuíram para a rejeição de Jesus pelos líderes daqueles
dias. Como no tempo de Antíoco, a nação sofria de novo o jugo de um governo
estrangeiro. Mas, dessa vez, com uma diferença importante: Israel desfrutava da
liberdade de religião. Portanto, a situação era mais um inconveniente político
do que uma crise espiritual. Mesmo assim, a nação ansiava libertar-se de Roma.
Eles queriam um Messias que, como Judas Macabeu,
expulsasse o inimigo e restaurasse a sua independência. Jesus não tinha
interesse em organizar exércitos para salvar o povo dos romanos. Ele veio para
salvá-lo do pecado. Desde que Jesus frustrou as expectativas, Israel falhou em
aceitá-Lo. Mas, no dia em que Ele foi crucificado, alguns pensaram de outro
modo. Imagine uma conversa no Calvário, entre dois membros da alta corte
judaica, Nicodemos e José. Ambos tinham se comovido profundamente com os
ensinamentos de Jesus. Embora nenhum deles houvesse se identificado com Ele,
José cria secretamente. Nicodemos, entretanto, ainda lutava com a dúvida.
Enquanto a multidão olhava para Jesus em Sua agonia final, os dois líderes
Judeus se afastavam para uma conversa.
Nicodemos sugeriu que, se Jesus fosse de fato o Messias,
teria salvo a Si mesmo da cruz e livrado a nação de
Roma. José destacou uma passagem do profeta Isaías "Era desprezado, e o
mais indigno entre os homens, homem de dores, e experimentado nos trabalhos; e
como um de quem os homens escondiam o rosto... mas Ele
foi ferido pelas nossas transgressões. E moído pelas nossas iniqüidades;
o castigo que nos traz a paz estava sobre Ele, e pelas Suas pisaduras fomos
sarados. Todos nós andávamos desgarrados como ovelhas; cada um se desviava pelo
seu caminho; mas o Senhor fez cair sobre Ele a iniqüidade
de nós todos. Porquanto foi cortado da terra dos viventes; pela transgressão do
meu povo foi Ele atingido." Isaías 53:3-8.
"Mas como vamos saber se Isaías estava se referindo a
Jesus aqui?" quis saber Nicodemos. "Ele podia estar retratando a
perseguição do povo Judeu, como nossa nação sofreria com seus inimigos.
"Leia o texto com atenção" continuou José.
"Ele traça uma diferença entre o Mestre sofredor e a nossa nação.
Escondemos o nosso rosto dEle. Ele foi ferido pelas
nossas transgressões.
Nicodemos impressionou-se mas
continuou perplexo.
"Suponhamos então que Isaías esteja testificando aqui
de seus sofrimentos pessoais."
"Bem, isso não pode ser" replicou José.
"Essa passagem envolve punição substitutiva de Deus. Diz que o sofredor
seria ferido por Deus. O Senhor levou sobre Si a iniqüidade
de todos nós. Como vê, o Messias suportou o castigo do pecado pela nossa
salvação. Ele é o Cordeiro de Deus. Há muito tempo, no deserto, nosso povo foi
atacado por cobras venenosas. Milhares estavam morrendo sem esperança. Deus
disse a Moisés para fazer uma serpente de metal e colocá-la no alto de um
mastro para que as vítimas vissem. Todos que olhassem com fé e cressem que Deus
podia curar continuariam vivos. Bem, você conhece a história. O próprio Jesus
não a mencionou, aquela noite em que você falou com Ele?"
"Sim, falou" concordou Nicodemos. "Ele me
disse que, assim como Moisés levantou a serpente no deserto, Ele também deveria
ser levantado na cruz. Assim como a serpente foi amaldiçoada, Ele também
suportaria a maldição de Deus. E todos os que cressem nEle
não pereceriam mas teriam a vida eterna."
Enquanto falava isso, Nicodemos adquiria uma nova
convicção.
"Sabe, José, sempre pensei sobre o que Jesus me disse
naquela noite. E estou vendo com clareza agora. O Messias está
suportando a maldição de Deus na cruz, para que eu possa ser perdoado. Tenho
que olhar para Ele e viver. Mas, diga-me, José, você crê em Jesus? Por que
manteve a sua fé em segredo?"
"Eu tinha medo" admitiu José. "Mas acabou.
Se Jesus pôde sacrificar Sua vida por mim, então posso dedicar a minha a
Ele."
"Eu também" disse Nicodemos.
E juntos eles declararam a fé no Senhor Jesus Cristo.
Enquanto eles retiravam reverentemente o corpo quebrado da
cruz, a multidão olhava em silêncio. Muitos foram para casa naquela tarde
meditando. E havia muito no que meditar. A confissão do oficial romano:
"Verdadeiramente este homem era o Filho de Deus." O grito do ladrão
morrendo: "Senhor, lembra-Te de mim quando
entrares no Teu reino." E a oração de Jesus: "Pai, perdoa-lhes,
porque não sabem o que fazem." Teria a multidão sido precipitada em
condenar Jesus? E se Ele realmente fosse o Messias? Aquela noite, sob a luz das
velas do sábado, muitos pesquisaram as profecias como nunca
antes. Eles descobriram que Davi, mil anos antes, havia escrito o
doloroso grito de Jesus: "Deus Meu, Deus Meu, por que Me
desamparaste?" Salmo 22:1.
No mesmo Salmo, Davi predisse os pregos da crucifixão:
"Transpassaram-Me as mãos e os pés." Salmo 22:16. Há mais a descobrir
sobre Jesus. Os soldados tinham dividido Suas roupas entre si, mas quando
chegou a vez da túnica, eles tiraram sorte para não rasgarem a peça sem
costuras. Isso também foi predito. Outras profecias também foram cumpridas. Seu
traidor vendeu Jesus por 30 peças de prata. O dinheiro serviu para a compra de
um cemitério chamado de "campo de um oleiro". Tudo isso foi predito
500 anos antes. Cada profecia se ajusta perfeitamente a Jesus. Muitos
concluíram que Jesus era de fato quem Ele afirmara ser: o Messias. A prova mais
convincente sobre Jesus, entretanto, é o silencioso testemunho dos tempos.
Três anos e meio antes de Sua morte, quando começava o
ministério, Ele anunciou o que está em Marcos 1:15: "O tempo está
cumprido." A que tempo Ele estava se referindo? Havia algum tipo de
contagem regressiva profética aqui? Na verdade, sim. Muito tempo antes, o
profeta Daniel predisse em Daniel 25:9. "Sabe e entende; desde a saída da
ordem para restaurar e para edificar Jerusalém, até ao Messias, o príncipe,
sete semanas e sessenta e duas semanas."
Na época de Daniel, Jerusalém estava em ruínas. Mas Deus,
em Sua misericórdia, prometeu restaurar a cidade. A ordem do rei Artaxerxes foi
dada em 457 a.C. e podemos ler tudo a respeito na Bíblia, no capítulo sete do
livro de Esdras. De 457 a.C. até o Messias aparecer, seriam "7 semanas e
62 semanas". São 69 semanas, ou 483 anos proféticos (sete vezes sessenta e
nove, igual a 483). Em 27 d.C., exatamente 483 anos após o mandamento para
restaurar Jerusalém, Cristo foi batizado e começou Sua missão como Messias.
Há mais ainda na profecia de Daniel. No "meio da
semana", três anos e meio mais tarde, o Messias deveria ser
"cortado", ou seja, executado. E isso aconteceu na data exata. É
maravilhoso que, através dos séculos, milhares de nossos amigos Judeus têm
considerado Jesus o cumprimento de sua herança. Uma herança gloriosa da qual
todos partilhamos. Durante os terríveis dias da Segunda Guerra Mundial, tropas
nazistas percorriam a Holanda em busca do povo Judeu. Bem poucos cristãos
pareciam dar importância a isso. Mas alguns se importavam. Na cidade de
Haarlem, Corrie Ten Boom
abriu o coração e o lar para aqueles que Hitler mais odiava. Uma tarde, a
temida Gestapo chegou. Enquanto os soldados invadiam a casa, a família de Corrie escondia seus amigos Judeus num quarto secreto no
terceiro andar. Os Judeus escaparam, mas os donos da casa não.
No campo de concentração em Ravensbruck,
Betsie, a amada irmã de Corrie,
morreu. A própria Corrie esteve marcada para a câmara
de gás, mas um "erro" do clero a livrou. Corrie
sucumbiu diante da amargura de seu sofrimento e perda? Não. E ela jamais se
arrependeu do sacrifício de salvar os refugiados Judeus. Sabe, eles eram seus
irmãos e irmãs. Sim, sejam cristãos ou Judeus, pertencemos todos à família de
Deus. Que Deus nos ajude a apreciar uns aos outros e a procurar seguir Sua
vontade.
13
O SEU INVESTIMENTO SONHADO
George Vandeman
Muitos sonham com investimentos na vida. Poucos conseguem
ficar ricos apenas estando no lugar certo e no momento certo, mas ainda ficam
de olho em busca dessa perfeita aquisição.
Quem sonharia em possuir a monumental e supercelebrada
Estátua da Liberdade? Se você estivesse no lugar certo, no momento certo
poderia ter adquirido a Dama da Liberdade com um depósito de apenas cem mil
dólares. Você também poderia ter assinado um contrato alugando a Casa Branca
por noventa e nove anos a cem mil dólares ao ano. E isso não é tudo; através da
pessoa certa, você poderia ter comprado o Big Ben de Londres por apenas mil
libras ou um título do Palácio de Buckingham por duas mil libras à vista! Sim,
aquisições imperdíveis.
Cinco empresários de Paris foram convidados para ir ao
escritório do conde Victor Lustig, um alto oficial do
Ministério Francês de Edifícios Públicos, para uma reunião secreta. Lustig explicou que a Torre Eiffel seria desmontada porque
os custos de manutenção eram muito altos e o governo havia deixado de
considerar prática a preservação de sua estrutura. Lustig
disse aos homens, todos negociantes de sucata, que eles haviam sido escolhidos
para apresentar os seus lances para o desmonte da torre. Eles poderiam contar
com pelo menos 7 mil toneladas de ferro de alta qualidade. Cada um deles
considerou que poderia ser o investimento de sua vida. Os lances chegaram
rapidamente ao escritório de Lustig.
No dia seguinte, André Poisson foi informado que seu lance
havia vencido a concorrência. Aquele homem possuía certa fortuna e conseguiu
levantar o dinheiro necessário em uma semana. Uma reunião final foi marcada num
hotel de Paris. André chegou um tanto curioso; por que estavam se reunindo em
um hotel em lugar de no ministério? Lustig então
explicou, com alguns rodeios, que era costume o funcionário encarregado de um
contrato do governo receber uma espécie de compensação. André entendeu
imediatamente que para poder fazer negócio, seria preciso algum dinheiro de
propina e obviamente uma transação desse tipo não poderia ser realizada dentro
do Ministério.
André, empolgado, entregou o cheque além de uma carteira
cheia de dinheiro e recebeu de Lustig o recibo de
venda. A Torre Eiffel agora era dele, ao menos ele pensou que era.
Na verdade, Victor Lustig não
tinha nada a ver com o Ministério, ele era apenas um grande vigarista. Toda a
transação havia sido forjada. Quando André descobriu que o governo francês não
tinha a intenção e desmontar a Torre Eiffel, seu cheque já havia sido sacado e Lustig havia deixado o país.
É difícil acreditar que alguém pudesse de fato ser
persuadido a comprar a Torre Eiffel, mas quando um investimento sonhado é
oferecido às pessoas, elas às vezes deixam o bom senso para trás. Pessoas foram
convencidas, através de golpes parecidos, a comprar a Estátua da Liberdade, a
Casa Branca, o Palácio de Buckingham e o Big Ben por uma verdadeira pechincha
de mil libras.
Em 1920, um escocês chamado Arthur Furgson
conseguiu se colocar no lugar certo, na hora certa e ludibriou vários
indivíduos ingênuos que acreditaram ter comprado todas essas estruturas. Todos
esses investimentos sonhados não passavam de contos do vigário, é claro! O
dinheiro deles desapareceu nas mãos de Furgson, o supervendedor.
Existem outras pessoas, entretanto, cujos investimentos
sonhados terminaram de modo bem diferente. Eles arriscaram suas energias e seus
recursos em cima de um sonho e conseguiram algo bastante substancial.
Henry P. Crowell contraiu
tuberculose quando menino e não pôde freqüentar a
escola. Ele passou sete anos trabalhando duro na rua a fim de recuperar sua
saúde. Então ele comprou um moinho pequeno e decaído em Ravenna, Ohio. Esse
moinho se chamava Quaker. Dentro de dez anos, Crowell
fez da Aveia Quaker um nome conhecido por milhões.
William, um garoto de 16 anos, chegou à cidade de Nova
Iorque em busca de fortuna, com todos os seus pertences dentro de uma pequena
trouxa. Ele sabia fabricar sabão e vela e conseguiu um emprego seguro. William
economizou seu dinheiro e conseguiu ser sócio e finalmente proprietário da
fábrica de sabão onde trabalhava. William Colgate transformou seu pequeno
investimento num vasto império financeiro.
Um jovem chamado James C. Penney
decidiu tentar um negócio como proprietário de um açougue na cidade de Longmont, Colorado. Foi muito difícil, a princípio, porque
ele se recusou a subornar um grande comprador, o cozinheiro do hotel local. Mas
James seguiu adiante e montou um dos mais bem sucedidos negócios varejistas na
América, a J.C.Penney com
uma receita de milhões.
A propósito, com a idade de 83 anos, J.C.Penney participou do programa "Está
Escrito" e declarou o seguinte:
"Eu encontrei a Rocha. Eu pisava em terra firme, possuia muito menos no sentido material, mas obtive riqueza
espiritual em abundância, eu havia encontrado algo que não pode ser calculado
em dólares ou em centavos. Finalmente aprendi a pedir orientação a Deus."
Um jovem chamado Welch decidiu
investir no ramo de negócio de seu pai: fabricar vinho não fermentado para os
cultos religiosos. Eles usavam uma uva especial chamada "concord". O negócio se transformou em uma grande
indústria e a família Welch fez de seu nome um
sinônimo de suco de uva de qualidade.
Esses investimentos transformaram-se em algo grande; sonhos
tornaram-se realidade e a questão é: o que faz a diferença? Estes são alguns
exemplos espetaculares, porém temos visto outros investimentos que
desapareceram por completo, que viraram fracassos e desapontamentos. O que faz
a diferença entre o desastre financeiro e investimentos bem
sucedidos?
É claro que podemos apontar para o bom senso e a habilidade
para os negócios como fatores-chaves. Algumas pessoas manipulam o dinheiro
melhor do que outras, mas eu descobri uma linha interessante que prende junto
todas as histórias de sucesso que acabei de mencionar; é um laço comum sobre o
qual podemos ponderar.
Algum tempo antes de Henry Crowell
comprar o moinho Quaker, ele ouviu um sermão por Dwite
L. Mood que o impressionou profundamente. Crowell entregou sua vida a Cristo e orou:
- Não posso ser um pregador, mas posso ser um bom
negociante. Ó Deus se me deixar ganhar dinheiro, vou
usá-lo em seu serviço.
Assim, desde o princípio de sua entrada nos negócios, Crowell dedicou dez por cento de seus lucros ao trabalho de
Deus. O Senhor abençoou os empreendimentos desse homem. As contribuições de Crowell se multiplicaram porque, por mais de 40 anos, o
fundador da Aveia Quaker deu de 60 a 70% de seus lucros para as causas cristãs.
Quando William Colgate se dirigia para a cidade de Nova
Iorque em busca de fortuna, ele conheceu um piedoso capitão de barco do canal
que definiu o sucesso nestes termos:
- Filho, seja um homem bom. Entregue seu coração a Cristo.
Devolva ao Senhor tudo o que Lhe pertence. Fabrique um
sabão honesto, não roube no peso.
Colgate lembrou-se desse bom conselho. Ele deu a Deus um
décimo do primeiro dólar que ganhou e daí para frente ele considerou dez
centavos de cada dólar sagrado ao Senhor.
À medida que os negócios de Colgate aumentaram, aumentou
também sua generosidade. Eventualmente ele chegava a contribuir com metade de
seus lucros para a obra religiosa.
O fundador da J.C.Penney
também foi um homem que considerava a contribuição um assunto sério para com
Deus. Ele ficou conhecido em toda a nação por sua honestidade nos negócios e
por sua generosidade. Ele disse:
- Eu preferia ser conhecido como cristão a ser conhecido
como comerciante.
Este homem devolveu fielmente a Deus o dízimo de tudo que
recebeu durante toda sua carreira.
Aquele jovem da família Welch que
começou trabalhando com uvas concord, iniciou sua
vida profissional através de uma vocação bem diferente. Ele estava se
preparando para ser missionário na África, mas durante os preparativos finais
ele descobriu que sua esposa não tinha condição de suportar o clima em virtude
de problemas de saúde. Voltando para casa, ele decidiu trabalhar duro, investir
com sabedoria e usar o dinheiro para ajudar a difundir o reino de Deus.
Eventualmente o Sr. Welch contribuiu com centenas de
milhares de dólares para a obra das missões.
Quando olhamos para cada uma dessas histórias de sucesso,
encontramos o mais inesperado denominador comum: doar. Dedicar uma percentagem
da renda para a obra de Deus.
Os homens por trás da Aveia Quaker, Colgate, Penney, Welch, não atingiram o
topo pela prática do roubo, trapaceando ou fazendo negócios escusos. Eles
atingiram o topo através da generosidade acima de tudo. Para ser específico,
estes homens estão ligados por uma coisa chamada prática do dízimo. Antes de
fazerem os investimentos de suas vidas, eles fizeram um investimento muito
especial para com Deus. Existem outros homens famosos que podemos juntar a
estes; homens que praticaram o dízimo, devolvendo-o fielmente como parte de
seus negócios. Homens como: Harshey, Wrigley, Woolworth, Kraft, Heinz,
Rockfeller.
Dízimo quer dizer literalmente um décimo. Encontramos a
primeira menção de dízimo no Velho Testamento, no livro de Gênesis. Logo no
início do capítulo 14 há uma descrição de um interessante encontro entre
Abraão, o pai do povo hebreu, e um rei chamado Melquizedeque
que era o "Sacerdote do Deus Todo-Poderoso".
Abraão acabara de recuperar uma porção de coisas de seus
inimigos. Esse sacerdote deu a Abraão uma bênção especial, e segundo consta em
Gênesis 14:20: "... Abraão deu-lhe o dízimo de tudo".
Aqui vemos o patriarca Abraão agradecido, consagrando um
décimo do que ele ganhara a Deus através desse sacerdote.
O neto de Abraão, Jacó, decidiu continuar essa tradição em
um momento crítico de sua vida. Ele acabara de encontrar o Deus de seu pai de
um modo muito poderoso. Deitado sozinho no deserto, longe de casa, Jacó teve
uma visão de anjos subindo uma escada até o céu e teve a certeza de que Deus
ainda estava muito interessado nele. Assim, esse jovem resolveu aceitar o Deus
do Céu como seu Senhor. E como parte de seu compromisso, ele disse: "... e
tudo quanto me deres te darei o dízimo." Gênesis 28:22.
Mais tarde esta prática do dízimo tornou-se um sinal de
compromisso para todos aqueles que invocavam o Deus celestial. Se Deus fosse
verdadeiramente o Senhor de sua vida então o melhor modo de demonstrar e
experimentar isso, era dedicar-lhe o primeiro décimo de tudo o que fosse
recebido.
Deuteronômio 14:22 no lembra disso: "Certamente darás
os dízimos de toda a novidade da tua semente que cada ano se recolher no
campo."
No mundo agrícola dos hebreus, o dízimo significava dar os
primeiros frutos de cada colheita. Um décimo de tudo era "sagrado ao
Senhor", deveria ser separado para Ele. Eles não consideravam isso como
oferta, mas como uma coisa que já pertencia a Deus. O último livro do Velho
Testamento sugere que o dízimo deve continuar como um meio de afirmar a
soberania de Deus sobre nós e também para receber Suas
bênçãos. Malaquias, de fato, cita a Deus como tendo feito uma promessa um tanto
extravagante: "Trazei todos os dízimos à casa do tesouro, para que haja
mantimento na minha casa, e depois fazei prova de mim, diz o Senhor dos
Exércitos, se eu não vos abrir as janelas do céu, e não derramar sobre vós uma
bênção tal, que dela vos advenha a maior abastança."
Deus apela para Seu povo trazer todo o dízimo, um dízimo
honesto, para o templo, a fim de que Ele possa abençoá-los. Ora, por que isso?
O dízimo é algum tipo de suborno que pagamos para que possamos receber certas
coisas lá do alto? Deus precisa das nossas contribuições para poder manter Seu
estoque de bênçãos abarrotado? Eu creio que não.
Creio que Deus quer muito abençoar-nos em todos os
sentidos. Mas Ele não pode abençoar o egoísmo. Ele não vai dar força a hábitos
errados. Nosso Senhor quer, acima de tudo, que experimentemos o prazer da
generosidade e Ele prometeu recompensar-nos. É isso que Ele quer incentivar.
Por isso Ele clama a todos nós e nos encoraja:
- Por favor tente. Faça um teste, traga um dízimo honesto e
verá como posso cuidar das suas necessidades e abençoá-lo abundantemente.
Pessoas como Colgate, Welch e Woolworth aceitaram esse desafio de Deus e sem dúvida
tiveram as portas do Céu abertas. Eles descobriram que o dízimo é, de fato, o
melhor dos investimentos. Mas é aqui que devemos ser cuidadosos. Lembre-se que
é a generosidade que Ele quer nutrir em cada um de nós. Assim, devemos sempre
dar simplesmente por dar.
Ao separarmos o dízimo de todos os lucros, afirmamos a
soberania de Deus em nossa vida. Ele é o primeiro em tudo. Então, como esses bem sucedidos homens de negócio continuaram dando por dar? O
que foi que os impediu de dar para receber? Eles simplesmente deram mais.
William Colgate dedicou dez por cento de sua renda. Depois
20%, 30%,
depois 40 e 50%. À medida que Colgate experimentava mais e mais a generosidade
de Deus, ele se tornava mais e mais generoso também. Deus podia confiar àquele
homem uma enorme prosperidade.
Ocorreu o mesmo com Crowell,
fundador da Aveia Quaker. Ele eventualmente foi capaz de dar até 70% de seus
lucros para a causa de Deus. Esses homens não permitiram que o dinheiro se
tornasse um fim em si. Eles cresceram em generosidade e assim fugiram das
armadilhas tão comuns da ganância e do egoísmo.
Agora, é claro que bem poucos podem dar 50% ou 70% de seus
ganhos e ainda conseguir sustentar a família. Nem todos são chamados para serem
ricos filantropos. Mas somos todos chamados para apreciar a generosidade. A
generosidade de fato, começa muitas vezes na pobreza.
Os homens bem sucedidos que temos
mencionado aqui, não começaram devolvendo o dízimo depois de terem solidificado
seus negócios ou após terem faturado seu primeiro milhão. Eles começaram com os
primeiros dólares que ganharam com o suor de seu rosto. Eles testaram Deus
quando o futuro era totalmente incerto.
O dízimo nos ajuda a fugir de um dos maiores problemas
espirituais da atualidade: a tirania do materialismo. Ao darmos o primeiro da
nossa renda a Deus, declaramos que o dinheiro e as coisas não irão nos
governar. Nossos valores não irão se resumir a uma certa quantidade de
mercadoria. O dízimo declara que somente Deus irá nos governar em todas as
áreas da vida.
Pessoalmente, jamais esquecerei o ano em que cursava a
universidade. Minha esposa e eu tínhamos sérios problemas com o orçamento, mas
felizmente mantínhamos a prática de devolver a Deus o dízimo.
Um dia minha esposa me informou que estava usando seu
último par de meias e eu disse a ela que estávamos no finzinho do dinheiro.
Tudo que pudemos fazer na ocasião foi orar a respeito. Na manhã seguinte, na
caixa do correio, havia um pacote contendo três pares de meias. E sabe, não
conseguimos descobrir quem as enviara. Anos depois, encontramos com um amigo em
uma de nossas reuniões no Canadá e essa pessoa nos disse: "Fui eu que
enviei aquele pacote. Senti que era necessário."
Aquele pacote com as meias podia parecer uma coisa pequena
naquela época, mas para Nellie e para mim foi um
atestado da confiança de Deus quanto à nossa sociedade com Ele em nossa luta
para sermos fiéis, e decidimos que quaisquer que fossem as circunstâncias,
sempre seríamos fiéis a Deus através de nossas contribuições.
Seja qual for o tamanho de nossa oferta, podemos sempre
dizer: "Deus é o Senhor de tudo".
Espero que cada um de nós decida tomar tal resolução. Eu
oro para que façamos do Senhor Jesus Cristo o primeiro e o melhor em tudo.
Todos somos chamados para partilhar da generosidade de Deus. Aquele que é
abundantemente gracioso anseia que sejamos graciosos. Aquele que derrama sobre
nós as Suas bênçãos deseja que derramemos também nossas bênçãos sobre os
outros. Deus deseja que nos entreguemos a Ele para que possa fazer alguma coisa
linda de nossa vida. Pense nisso.
14
SURPRESA FATAL
George Vandeman
Aconteceu às cinco e meia. Frank Steunenberg,
ex-governador de Idaho, deixou o salão do HetelSaratoga
e rumou para casa. Era o quinto dia depois do Natal e ele estava ansioso para
passar uma noite calma com a família. Um jantar o aguardava, assim como uma
bomba de fabricação caseira. A explosão fatal repercutiu por toda a América.
O assassino do século, assim alguns o chamaram. Quase dez
décadas depois, o assassino do ex-governador Steunenberg,
mantém seu mistério.
Um jornalista, ganhador do prêmio Pulitzer exclamou
recentemente: "É uma história espoantosa, da
qual eu não sabia absolutamente nada. Ela é ampla e desconhecida em Nova York
ou no leste do Nississipi." Bem, se a boa gente
de Idaho não tem nada para dizer a respeito, isso pode estar mudando. A Ópera
Boise celebrou o centenário do estado com um magnífico retraro
dessa mesma história. Não apenas o crime em si mas a
confissão do assassino, a compaixão da viúva e a capacidade de nosso Senhor em
restaurar vidas destruídas.
Agora você, por um momento, volte comigo a Caldwell, Idaho,
na noite de 30 de dezembro de 1905.
A surpresa fatal acabara de atingir a cidade. As suspeitas
rapidamente se concentraram sobre um estranho hospedado no Hotel Saratoga. Uma busca no quarto dezenove revela a evidência:
material para fabricar uma bomba. No primeiro dia do ano, um errante
descontente chamado Harry Orchard é preso e acusado
pelo crime. Descobriu-se com o decorrer do tempo que Orchard
já tinha assassinado muitos outros homens antes de ter matado o ex-governador Steunenberg.
Uma carreira de crimes bastante improvável para um bom
rapaz, criado em uma fazenda tranqüila. Harry Orchard cresceu às margens ensolaradas do Lago Ontário, não
longe de Toronto. Segundo filho de uma família de oito, ele ajudou a plantar
alimentos para o sustento da cidade.
Seu pai trabalhava muito, mas criou sua família com
bastante rigor. A bondade e simpatia de sua mãe, pareciam aliviar o sofrimento.
Sua grande fé em Deus era a luz e a alegria do lar. A mãe de Harry o levava à
Escola Dominical todas as semanas e todos os dias ela realizava o culto
doméstico. Através do incentivo dela, o próprio Harry lia a Bíblia de vez em
quando, embora não fosse particularmnete religioso.
Foi em Saginaw, Michigan, que
Harry descobriu os caminhos do mundo. Ele trabalhava em um campo madeireiro nos
arredores da cidade e em pouco tempo aprendeu a beber e a farrear. Não
obstante, o filho ródigo casou-se aos vinte e dois
anos com uma ótima jovem cristã.
Eles mobiliaram uma pequena casa e viveram juntos uma vida
feliz por vários anos. Aí, o irriquieto marido
começou a ficar fora de casa até mais tarde. Logo ele se meteu em problemas.
Procurando fugir, deixou a esposa e foi para o oeste com outra mulher.
As sxcitantes histórias sobre o
oeste selvagem sempre o intrigaram. Agora ele estava determinado a exigir sua
parte na agitação de lá.
Harry Orchard ganhou dinheiro
rápido e o gastou mais rápido ainda até que, muito endividado, passou a se
prontificar a cometer crimes para recuperar a prosperidade. Prontificou-se até
a cometer assassinatos sob aluguel e muitos assassinatos foram cometidos.
Os estados das montanhas rochosas tiveram durante anos
brigas selvagens entre mineiros e seus gananciosos empregadores. Ambos os lados
pareciam não conhecer outra lei a não ser a do olho por olho e dente por dente.
Os mineiros amargurados pelos salários insuficientes por longas horas de
trabalho perigoso e sujo, freqüentemente entravam em
greve. Os proprietários contratavam substitutos não sindicalizados. Elementos
radicais da liderança do sindicaro, votaram
aterrorizar os mineiros substitutos e castigar os proprietários.
O assassinato era a tática preferida deles e Harry Orchard tornou-se a arma predileta. Por diversas vezes, Orchard satisfez os desejos de morte dos líderes operários
corruptos.
Em munho de 1904, mandaram-no
para Cripple Creek, distrito de Colorado, para
sabotar mineiros não sindicalizados. Ele colocou cinqüenta
quilos de dinamite sob a plataforma da estação ferroviária e aí, esperou tranqüilamente na escuridão. A hora da morte seria as duas
da madrugada. Quando o trme chegou e dúzias de
mineiros preparavam-se para embarcar, Orchard
explodiu a carga. Quando a poeira se assentou, catorze homens estavam mortos e
muitos outros ficaram aleijados para sempre.
Por esse ato horrendo, os chefes de Harry Orchard o recompensaram com um grosso maço de dinheiro,
além de uma cadeira de honra no círculo fechado deles.
Orchard contava com a aprovação e os elogios deles. Sua
consci6encia permanecia totalmente adormecida. O próximo grande crime de Orchard seria o assassinato do ex-governador de Idaho, Steunenberg, o qual seis anos atrás havia deixado
enfurecidos os líderes sindicais.
Orchard executou o plano deles na noite de trinta de dezembro de
1905. Ele estava jogando baralho no "saloon" do Hotel Saratoga, ficando de olho lá fora em Steunenberg
que estava de visita a alguns amigos no saguão. Pouco antes de escurecer,
quando o governador se preparava para ir para casa, Orchard
correu escada acima até o seu quarto. Pegou a bomba embrulhada num jornal,
colocou-a de baixo do braço e correu para fora. Dirigiu-se até a casa de Steunenberg e prendeu a bomba no portão. Com a mortífera
armadilha pronta, Orchard voltou para o Hotel,
cruzando com o desavisado governador no caminho. Alguns minutos depois, a
surpresa fatal abalou Caldwell. O pandemônio reinou. Orchard,
porém, sentou-se calmamente para apreciar o jantar do Hotel.
A milícia estadual cercou a cidade rapidamente. Todo
forasteiro foi invetigado e a suspeita logo caiu
sobre Thomas Hogan, o nome sob o qual Orchard se
registrara no hotel.
Em seu quarto foram achados pedaços de material do qual a
bomba tinha sido construída. Ao que parece, Orchard
havia ficado mais descuidado à medida que se tornou mais indiferente aos seus
crimes.
No dia de amo novo, as autoridades prenderam Harry Orchard e o acusaram de assassinato. Na prisão ele teve
bastante tempo para refletir sobre a sua vida perversa e desperdiçada. Veja o
seu testemunho sobre aquela primeira noite atrás das grades: "Na noite
após minha prisão, eu fiz a primeira reflexão a respeito da minha vida. Eu
lamentei amargamente ter permitido que eles me prendessem sem que eu opusesse
resistência. Senti que teria sido melhor morrer do que estar vivo para sofrer a
humilhação da prisão."
Então ele começou a contemplar os crimes que havia
cometido. Ele disse: "Minha mente percorria de um lado para o outro em meu
passado. O sangue de muitos homens estava em minhas mãos. Por mais que
tentasse, eu não conseguia fugir daquelas horríveis cenas que estranhamento
começaram a me assombrar. Aquela noite, naquela pequena cela suja e fria, pela
primeira vez em anos, comecei a ficar preocupado sobre as coisas celestiais e o
futuro. Eu sempre me gabara de que não temia e nem acreditava em Deus, mas
através de todos aqueles anso, bem lá no fundo do meu
coração, eu de fato acreditva que existe um Deus e
que eu vou ter que encará-lo. Assim, naquela noite, após anos de muita rebelião
contra Ele e o Seu povo, eu finalmente ponderei se poderia conseguir fazer as
pazes com Ele. Mas como fazer isso? Essa era a questão."
Ele continuou: "Eu me sentia como se já houvesse
desperdiçado meu dia da graça. Meus pecados pareciam ter chegado ao inferno por
seu número impressionante, eles eram tão horríveis que mesmo que eu me
arrependesse amargamente, eu temia que Deus jamais me perdoaria."
Orchard lembrou-se: "Durante aquela noite de agonia, o diabo
tentou me convencer que eu tinha ido longe demais e que Deus não iria ouvir o
meu clamor. Possuísse eu dez mil mundos, eu teria aberto mão
de todos eles para poder ter paz com Deus. Assim, os dias e semanas se
passaram. Tendo minha mente constantemente esta pergunta transcendente, quanto
à paz com Deus, a batalha continuou. Durante quatro dias eu mal falei com
alguém. O grande peso que não me deixava era: como farei as pazes com Deus?
Ninguém pode imagianr a agonia pela qual eu
passei."
Dá para imaginarmos o peso da culpa que Harry Orchard sentiu? Não me admira ele ter duvidado da
possibilidade de um diafazer as pazes com Deus. Ele
ainda não entendia o evangelho. A verdade é que os pecadores não têm que fazer
as pazes com Deus.
Meu amigo, Jesus já realizou isso na cruz do calvário. A
Bíblia diz que Ele é a nossa paz. Você pode confirmar isso pessoalmente.
Observe Efésios 2:14: "Porque Ele é a nossa paz."
É simples assim, amigo, Jesus em pessoa é a nossa paz com
Deus. Tudo o que temos a fazer é nos confessar como pecadores, virar as costas
ao pecado e depositar nossa confiança no que Cristo fez por nós na cruz. Aí,
por mais pecadores que sejamos, Deus nos aceita e nos considera perfeitos em
nosso Senhor Jesus Cristo.
Harry Orchard não entendia isso
ainda, mas Deus estava operando em seu coração. Inesperadamente chegou uma
Bíblia pelo correio, enviada por um médico piedoso de Hinsdale,
Illinois, que ouviu a respeito do crime. A princípio, Oechard
recusou o presente, mas no fundo de sua mente ouvia-se um alerta: "Nenhum
assassino pode ser salvo." Então ele ponderou se seriam estas as palavras
das Escrituras. Estaria estas palavras neste Livro? Ele decidiu descobrir. É
clado que não encontrou tais palavras. Em vez disso, encontrou o Cristo da
Bíblia. Mas, como poderia esse Cristo perdoar um assassino tão culpado quanto
ele?
Um dia, o carcereiro se aproximou com uma informação
surpreendente: "Orchard", ele gritou,
"o filho da senhora Steunenberg quer ver
você." Harry Orchard ficou chocado. Por que o
filho de um homem que ele matou queria vê-lo?
O rapaz entrou tremendo perante o assassino de seu pai. Ele
segurava um pacote e disse: "Mamãe lhe mandou isto." Agora era a vez
de Harry Orchard tremer. O que havia naquele pacote?
Uma bomba? Sem dúvida era o que ele merecia.
Não, não era uma bomba. No pacote havia um livrinho
precioso, "Caminho para Cristo", um de meus preferidos e que utilizo
em meus programas.
Corajosamente o rapaz disse: "Minha mãe disse que o
perdoa pelo mal terrível que causou à nossa família. Ela pede para o senhor
entregar seu coração a Cristo. Ela disse que espera que o senhor entre para o
Reino de Deus."
Incrível amor perdoador de uma família com o coração
partido, para com o assassino frio de seu marido e pai. Em seguida, a Sra. Steunenberg em pessoa foi visitá-lo. Através desse divino
incentivo por parte da viúva, Harry Orchard decidiu
limpar-se. Sua confissão, ele sabia, selaria a sua condenação no tribunal.
Todavia, com o perdão de Deus e o perdão da família que ele havia tão
cruelmente machucado, ele encontrou forças para admitir sua culpa de tão
horríveis crimes.
A conversão de Orchard foi
genuína e profunda. Ele estudou e orou durante muitas noites. À medida em que
os seus pecados pesavam sobre ele como uma montanha, ele voltava a cair de
joelhos. Os colegas de prisão achavam que ele havia ficado maluco. Mas não, ele
não tinha ficado maluco! Ele estava encontrando o seu Deus, e perante o Deus do
Céu, Harry Orchard obteve perdão ficando totalmente
livre da condenação.
Ele foi batizado em Jesus Cristo, e passou a fazer parte da
Igreja da família da Sra. Steunenberg, os Adventistas
do Sétimo Dia.
Com o passar dos dias e semanas, o contanto vivo com o
Senhor Jesus Cristo começou a transformar Harry Orchard.
A expressão em seu rosto suavizou. Era agora um rosto honesto. Tão grande foi a
mudança, que o juiz que o sentenciou, não conseguiu reconhecê-lo um ano mais
tarde.
Os anos se passaram. O diretor do presídio deu à Orchard permissão para organizar indústrias na prisão. Um
dia, na granja que ele havia organizado, alguém notou uma ave doente mancando e
disse: "Veja, Harry, por que você não mata aquele frango para que não
fique atrapalhando?"
Chocado com a sugestão, Orchard
respondeu: "Tirar a vida de um frango indefeso?"
Estranho! Um homem que em outra época não hesitaria em
tirar a vida de um ser humano,
Poderia ser esta a mudança que Paulo tinha em mente quando
declarou em II Coríntios 5:17: "Se alguém está em Cristo nova criatura é.
As coisas velhas já passaram: eis que tudo se fez novo."?
Certamente a mudança em Harry Orchard
não pode ser creditada à cultura ou am meio ambiente
e nem à autodisciplina! Não! Foi o milagre do amor salvador de Cristo. O poder
de cura da paz com Deus.
Orchard testemunhou dizendo: "Eu tenho uma liberdade de alma
que eu nunca conheci nos dias em que eu estava fisicamente em liberdade.
Paredes de pedra e barras de ferro têm mantido meu corpo cativo, mas minha alma
está há muito em liberdade."
Testemunhei pessoalmente o milagre da vida modificada de
Harry Orchard. Anos passados, eu tive o privilégio de
visitá-lo na Pnitenciária Estadual de Idaho, quando
ele estava com 83 anos. Um dos melhores cristãos que já conheci.
Depois disso, ele partiu para o seu descanso, mas seu
testemunho continua vivo. A magnífica misericórdia de Deus, quem consegue
entender sua profundidade?
Espere um pouco, alguém protesta, por que um assassino
cruel como Harry Orchard poderia ser perdoado tão
facilmente? Isso não é justo. Ele deveria pagar por seus crimes.
Harry Orchard passou o resto de
sua vida na prisão, mas isso não serviu para pagar seu débito com Deus. Outra
pessoa fez isso por você e por mim também. I Pedro
3:18 diz: "Porque também Cristo padeceu pelos pecados: o justo pelo
injusto para levar-nos a Deus."
Jesus sofreu a morte do pecador na cruz. Ele, o Justo e
Santo Salvador, foi tratado como nós merecemos, para que nós pecadores possamos
ser tratados como Ele merece.
Isto não é ótimo? Na cruz, Cristo usou nossa coroa de
espinhos, para que no Céu possamos usar a Sua eterna coroa de glória. Sim, é
verdade. A salvação nãoé justa. Jesus não mereceu o
que recebeu. Harry Orchard não mereceu o que recebeu,
nem você e eu merecemos o que recebemos também.
O plano da salvação de Deus no humilha até o pó. Romanos
3:22 e 23 nos diz claramente: "...Não há diferença; porque todos pecaram e
destituídos estão da glória de Deus." Portanto não há diferença e nem
distinção entre nós. Todos pecaram. Todos estão destituídos da glória de Deus,
e assim, todos nos merecemos a morte.
Você e eu temos que encarar o desconfortável fato de que
nós não valemos mais do que o mais perigoso criminoso que está no corredor da
morte. Nós não merecemos sequer o ar poluído que respiramos.
Quando você pega a minha vida ou a sua vida ou a vida de
qualquer um e compara co o caráter de Cristo,
todos saímos perdendo. No que se refere a bondade pessoal, eu não sou bom e
você também não é bom. Graças a Deus porém a história
não termina aí.
Ouça esta boa notícia do apóstolo
Paulo: "Mas Deus, que é riquíssimo em misericórdia, pelo Seu muito amor
com que nos amou, estano nós ainda mortos em nossas
ofensas, nos vivificou juntamente com Cristo (pela graça sois salvos)."
Efésios 2:4 e 5.
Entende agora o que aconteceu? Nós fomos vivificados
juntamente com o Senhor Jesus Cristo. Assim, somos iguais novamente. Antes,
éramos condenados juntos, agora em Cristo, somos redimidos juntos.
Esta é uma notícia tão boa que e
difícil de entender. Quando aceito Jesus como meu Salvador, Deus me considera
tão perfeito quanto Ele. E quando você aceita a Jesus, você também é
considerado perfeito assim. Todos nós partilhamos da perfeição de Cristo: não
há diferença agora. Quando Deus olha para nós, Ele sorri e diz: "Estes são
meus amados filhos, em quem me comprazo." Não por causa do nosso grande
amor por Deus, mas sim por causa do grande amor de Jesus por nós.
Lembre-se, o Céu vem a nós não porque sejamos merecedores,
mas sim porque confiamos nossa vida ao Senhor Jesus Cristo.
Se você ainda não confiou em Cristo para a sua salvação, eu
insto para que você faça isso agora, antes que seja tarde demais. Quase foi
tarde demais para o Governador Steunenberg. Somente
naquela manhã do dia em que ele morreu foi que entregou a vida a Cristo.
Deixe-me contar-lhe uma história notável.
Na manhã de 30 de dezembro de 1905, a senhora Steunenberg realizava o culto doméstico de costume, com
seus filhos. Seu marido juntou-se a eles como freqüentemente
fazia. O coração dela estava especialmente preocupado naquela manhã.
"Frank", ela pediu em seu jeito suve, "as crianças e eu temos orado por você. Não quer
entregar o seu coração a Cristo?" Ele havia sempre sido um bom homem, um
estadista honrado, um pai dedicado, mas em seus 44 anos jamais havia se
entregado ao cristianismo. Ele era um homem perdido e sabia disso. Ele caminhou
pela sala, uma luta travando-se em sua alma. Então, de repente, começou com sua
limpa voz de tenor a cantar "Mais Perto de Ti". Ele havia feito sua
decisão por Cristo.
Naquele dia, sem que sua esposa soubesse, pelo menos não na
ocasião, ele contatou seus amigos e sócios nos negócios e disse a eles que a
sua vida ia ser diferente. Ele agora era um cristão.
"Mais Perto de Ti" ele havia cantado naquela
manhã. Mal podia ele sonhar quão perto estava da morte. A bomba fatal de Harry Orchard estava esperando por ele. Mas Frank Steunenberg entrou para a eternidade como um homem salvo.
Graças a Deus não ter sido tarde demais.
E quanto a você, meu amigo? Muitas pessoas fazem planos
para se arrependerem às onze horas, mas morrem às dez e meia. Surpresa fatal!
Eu lhe peço, em nome de Cristo, não deixe isso acontecer
com você. Venha a Jesus agora.
15
VAZAMENTO DE ÓLEO NO ÉDEN
George Vandeman
Já foi chamada de "a última fronteira da América, o
último lugar onde a Natureza reina soberana em todo o seu esplendor:
"Alasca", onde se erguem enormes montanhas intocadas; onde se abrigam
grandes manadas de caribus e ursos polares, além das alegres lintras do mar. Em março de 1989, porém, ali surgiu uma
coisa terrivelmente diferente. As águas límpidas do estreito Prince William, de
repente se tornaram negras e tóxicas. Havia finalmente acontecido um vazamento
de óleo de proporções desastrosas. E o mais chocante de tudo na superfície
escura e brilhante das águas poluídas, podia-se ver espelhado o próprio rosto.
Nas primeiras horas da manhã da Sexta-Feira Santa, o
superpetroleiro Exxon Valdez zarpou do porto para as tranqüilas
águas do estrieo Prince Willianm.
Ele havia carregado um milhão e duzentos mil barris de petróleo na costa norte,
no terminal Valdez do oleoduto Trans-Alaska.
por alguma razão, o capitão Joseph Hazelwood
tinha ido para sua cabine, deixando a ponte com o imediato Gregory Cousins. Cousins, muita gente
afirma, não estava habilitado para pilotar um superpetroleiro pelo canal.
Entretanto, era uma noite calma e clara. Havia apenas alguns pequenos icebergs
à vista e, afinal, o canal de navegação tem 15 quilômetros de largura. Como um
oficial da guarda costeira disse, "seus filhos poderiam pilotar um
petroleiro através dele". Alguma coisa, por alguma razão, saiu muito errada.
O Exxon Valdez gradualmente afastou-se do curso até estar navegando 5 km fora
do canal designado.
O radar da guarda costeira, ao que parece, não conseguiu
captar o desvio. Quando o navio de 300 metros chocou-se com as rochas submersas
e, em seguida prendeu-se no recife Blight, quatro
enormes buracos foram abertos no fundo do navio e o petróleo começou a vazar a
uma média de 60 mil litros por hora. A mancha de óleo de 12 quilômetros de
comprimento por 6 de largura cobriu a pele das lontras marinhas e as penas dos
biguás. Centenas de lontras começaram a morrer de hiportemia.
Milhares de biguás começaram a se afogar. Muitos outros mamíferos marinhos e
pássaros morreram de envenenamento quanto tentaram se limpar. Leões marinhos
agarraram-se em bóias para fugir da manhca. Focas podiam ser vistas saltando da água, em uma
tentativa desesperada para se livrar do óleo.
A mancha se espalhou em direção aos terrenos de desova dos
arenques e dos salmões, ameaçando uma das mais ricas regiões de pesca da
América do Norte. O óleo era tão espesso, que sua química volátil presa embaixo
dele não conseguia evaporar-se e começou a dissolver-se na água. Isso liberou
hidrocarbonatos tóxicos na cadeia alimentícia, contaminando tudo, do plâncton
às baleias. Os esforços para conter esse desastre ecológico foram, a princípio,
dolorosamente inadequados. Os grupos de trabalho estavam desorganizados. Não
havia equipamento suficiente para armazenar o óleo que começou a derramar no
litoral. A vida no estreito Prince William, lentamente sufocou-se. O Éden do
Alasca havia sido devastado. A pergunta diante de nós agora é: será que
aprendemos o bastante com esse desastre? Vazamentos de óleo continuarão a
destruir um planeta já sobrecarregado com diversas formas de poluição?
Eu quero sugerir que podemos aprender algo importante para
cada um de nós. Algo sobre nossa responsabilidade como seres humanos. Vamos
voltar por um instante ao Éden original. Aquele jardim que Deus criou para Adão
e Eva, um lugar de beleza intacta e harmonia ecológica. Deus disse a nossos
primeiro pais que eles poderiam comer de qualquer
árvore do jardim, mas os advertiu para afastarem-se de uma determinada árvore:
comer do seu fruto os levaria à morte certa. Adão e Eva, de fato, tinham um
canal bem largo para seguir em sua rota. Eles não eram ameaçados por muitos
perigos. Parece que até uma criança teria dificuldade de se meter em problemas
no tranqüilo paraíso do Éden. De algum modo, porém,
alguma coisa saiu tremendamente errada. Aquele pormenor que chamamos de
"erro humano" surgiu. Eva saiu da rota. Adão não estava lá para
ajudá-la e ambos colidiram com aquela árvore fatídica.
Enfeitiçados por seu fruto proibido, como resultado daquele
"erro de julgamento" aparentemente insignificante, uma calamidade
ficou à solta neste planeta. Pecado, egoísmo, alienação de Deus espalharam-se
por toda a raça humana. O pecado original espalhou-se através da História, como
uma enorme mancha de óleo que ameaça sufocar toda a vida moral no planeta.
O apóstolo Paulo fala sobre esta calamidade. Ele escreve:
"Como por um homem entrou o pecado no mundo e pelo pecado a morte, assim
também a morte passou a todos os homens, porque todos pecaram... pois assim
como por uma só ofensa, veio o juízo sobre todos os homens..." Romanos
5:12 e 18.
Muitos de nós temos dificuldades com essa idéia do pecado original. Somos capazes de aceitar o fato
de que a separação de Deus é um grande desastre, mas por que eu deveria ser
responsabilizado por uma coisa que Adão fez? Por que eu deveria ser condenado
por um erro que ocorreu séculos antes de meu nascimento? Isso não me parece
justo.
Quando vimos aquelas imagens no noticiário da televisão, do
óleo espalhando-se pelo estrieo Prince William e
vimos aquelas lontras e pássaros marinhos morrendo, ficamos revoltados. Como
pode ter acontecido tal desastre? Parecia indesculpável, e muitas pessoas
mereciam a culpa: os executivos da Exxon, funcionários da protevão
do meio-ambiente, oficiais da guarda costeira e, mais que todos, o capitão Hazelwood. Como ele pôde permitir que seu navio se
desviasse tanto da rota? Sim, havia muita culpa e muitas pessoas a serem
responsabilizadas. Alguém ou várias pessoas, sem dúvida, cometeram tremendos
erros, mas uma coisa que a maioria se esqueceu de ver naquele desastre, naquele
mortífero vazamento, foi nosso próprio rosto.
Ora, mas eu não estava lá, você deve estar pensando. Não
tive nada a ver com o desvio de rota do Valdez. Tem razão, mas todos nós temos
algo a ver com o petróleo que sai daquele oleoduto e é transportado em
petroleiros costa abaixo. Todos nós fazemos parte daquela demanda que mantém
tal fluxo. Consumimos e descartamos uma quantidade incrível de materiais todos
os dias, que dependem direta ou indiretamente da produção de petróleo. Isso não
nos faz responsáveis pelo desastre do Valdez, mas isso nos torna envolvidos.
Não podemos, por exemplo, gritar revoltados quanto àquelas lontras marinhas
afogando-se na mancha de óleo e ao mesmo tempo nos recusar a fazer alguma coisa
quanto à sua conservação. O problema é que queremos um meio ambiente perfeito e
puro, sem fazer nenhum sacrifício.
Reclamamos em voz alta da poluição do ar, mas quantos de
nós concordam com o transporte solidário? Não queremos aquela terra suja em
nossa vizinhança, mas nós usamos produtos de papel em lugar de plásticos quando
possível? Ficamos revoltados com o lixo tóxico, mas nós, alguma vez, fizemos
algum esforço para selecionar, digamos, um pesticida orgânico? Estamos todos
envolvidos, quer percebamos ou não naquela mancha de óleo espessa e grudenta
espalhada sobre o Éden do Alasca. Exigimos o que aquele óleo nos pode dar e
ficamos exigindo mais e mais.
Não digo isto para aliviar a responsabilidade de certos
indivíduos. É importante localizar o "erro humano" que leva a
desastres como aquele do Exxon Valdez, mas só não podemos fingir que não temos
nada a ver com isso.
É este, exatamente, o ponto que a Bíblia traz na idéia do pecado original e seus efeitos. Não somos
responsáveis por Adão e Eva comerem dquele fruto
proibido, mas estamos envolvidos naquela tragédia. Nós nos tornamos
participantes do pecado que se originou com eles. Queixamo-nos, aos gritos, da
corrupção das autoridades, mas será que somos sempre fiéis ao nosso cônjuge, em
pensamento e ação? Lamentamos o fato de haver tão pouco amor entre as pessoas
hoje em dia, mas estamos sempre amando, mesmo aqueles mais chegados a nós?
Uma pequena reflexão honesta logo nos mostra que estamos de
fato envolvidos no pecado de Adão e Eva. Como Paulo explicou, a morte vem a
todos nós porque todos pecamos. Todos nós demos nossa contribuição individual
para aquela enorme mancha de óleo do pecado que se move através da História.
Paulo diz isso claramente: "Porque todos pecaram e destituídos estão da
glória de Deus." Romanos 3:23. Nosso problema básico não é que somos tão
bons quanto nossos vizinhos, ou que falhamos aqui ou ali no que a sociedade espera.
Nosso problema básico é que falhamos naquilo que Deus espera. Essa é a grande
verdade. Nossos pecados são uma afronta direta ao caráter perfeito de Deus,
assim como nossos atos de poluição são um ataque direto ao lindo mundo que Ele
criou.
Então, qual é a solução? O que devemos fazer quanto a essa
mancha maciça de óleo do pecado na qual estamos envolvidos?
muitos de nós, quando confrontados com o problema de nossos
pecados, geralmente respondemos com alguma coisa do tipo: "eu vou tentar
me transformar, tentar melhorar". Podemos até evidar
esforços sinceros para sermos bons, mas cedo ou tarde cairemos na fraqueza de
nossa própria vontade, nas limitações de nosso esforço humano.
O problema do pecado é muito maior do que imaginávamos.
Sabe, os homens do petróleo no estreito Prince William, ao tentarem limpar a
sujeira que aquele vazamento provocou, fizeram uma descoberta parecida. Eles
descobriram quão patéticos são os esforços humanos diante de um desastre
ecológico. Foi tudo bem caótico a princípio. Levou muito tempo para colocarem o
pouco equipamento disponível em funcionamento. Horas preciosas foram gastas
enquanto a mancha de óleo se espalhava. Bombas mecânicas conseguiram sugar
apenas alguns milhares de barris de óleo. Dispersantes químicos não funcionaram
bem nas águas calmas do estreito e também não havia
dispersantes suficientes. Alguns cabos de retenção foram levados finalmente ao
local, mas no terceiro dia de ventos fortes, a água saltou sobre eles e
empurrou o óleo para muito além dos cabos. Funcionários da companhia de
petróleo prometeram conter a mancha em questão de horas, mas a tentativa de
remoção de 30 milhões de litros de óleo espesso de Prince William levou meses.
No desespero, foram enviadas turmas aos litorais para onde
o óleo foi empurrado. Eles aplicaram nas rochas sujas, mangueiras de alta
pressão, mas a água quente matou muito mais dos organismos marinhos ao longo da
costa e muitas praias tiveram que ser lavadas repetidamente à medida em que o
óleo infiltrava em suas areias. No final, o esforço humano havia conseguido
muito menos do que o esperado e toda aquela força de barcaças, helicópteros e
turmas de trabalhadores só conseguiram colocar mais manchas no frágil
meio-ambiente.
O esforço maior de limpeza recaiu eventualmente sobre a
própria Natureza. Ela ia ter que lentamente absorver o óleo em suas águas puras
e sedimentos intactos. O sol, o vento e a chuva iam ter que fazer seu trabalho
através dos anos. A Natureza ia ter que se curar sozinha de todos os dois mil
quilômetros quadrados daquela ferida tóxica.
É extremamente difícil limpar nossa sujeira, não é? Como
acabei de descrever, isso é essencialmente verdade quanto ao nosso pecado e
culpa individuais. Deus retrata nosso problema humano nas palavras de Jeremias.
Isto é muito importante e devemos prestar a maior atenção. Diz: "Pelo que
ainda que te laves com salitre, ou amontoes sabão, a tua iniqüidade
estará gravada diante de mim, diz o Senhor Jeová." Jeremias 222.
Este é, sem dúvida, um versículo bastante apropriado para
nós hoje. Escrito para nós, não é?
Amigo, quando se trata de culpa, não podemos nos lavar
sozinhos. Podemos tentar removê-la e insistir nisso de mil maneiras, mas ela
vai continuar lá. Podemos tentar nos reformar e nos redimir dos erros passados,
mas aquela nautreza pecadora vai continuar aflorando
à spuerfície, como o petróleo. Jamais nos limparemos
o suficiente. Haverá sempre mais daquele egoísmo e animosidade brotando para
fora, quando menos esperamos.
Agora, você está preparado para a boa notícia? Aquie está: Deus em pessoa assumiu a responsabilidade de
limpar a grande mancha de óleo do pecado. Ele próprio irá curar a terrível
ferida que vive sangrando. Leia esta maravilhosa promessa: "Vinde, então e
ergüi-me, diz o Senhor. Ainda que os vossos pecados
sejam vermelhos como o carmesim, se tornarão como a branca lã." Isaías
1:18. Deus promete restaurar a pureza. Como pode Deus fazer uma coisa dessas?
Como é que Ele pode fazer isso?
Ele absorveu as conseqüências de
nosso pecado em Seu próprio corpo. Ele desfez o efeito do pecado através de Sua
agonia na cruz. Isso exigiu enorme esforço; foi uma tarefa gigantesca, mas o
Filho de Deus emergiu daquela provação vitorioso. Ele realizou o que nenhum
esforço humano jamais sonharia realizar: a remissão do pecado do homem. Foi-nos
concedido o perdão total e de graça.
Mas Deus nos promete mais. Ele não só remove a culpa, mas
também nos dá um meio para combater nossa natureza pecadora em nível de
experiência. O apóstolo Paulo nos diz: "Assim que se alguém está em
Cristo, nova criatura é. As coisas velhas já passaram, eis que tudo se fez
novo." II Coríntios 5:17.
Aqueles que depositam sua fé em Cristo como Salvador e se
entregam a Ele, passam a estar em Cristo. Deus não mais os vê como pecadores,
mas como indivíduos em Seu Filho amado. Acontece algo quando as pessoas se unem
pela fé a Jesus Cristo: ocorre uma nova criação. A capacidade criativa de Deus
é liberada. Seu Espírito opera em nós, retirando todos os velhos hábitos
destrutivos, fazendo surgir o novo.
Existem outras metáforas que as Escrituras usam para
descrever essa nova criação, como nascer de novo e receber um novo coração. A
verdade é que Deus é capaz de nos mudar fundamentalmente por dentro. Ele é
capaz de nos ajudar a lidar com a natureza pecaminosa que vive brotando dentro
de nós. Não temos que viver subjugados a ela. Nosso Criador pode nos renovar.
Não é uma bela notícia? Isso não lhe dá esperança? Ele pode
nos dar novas atitudes, novos desejos, novos impulsos. Ora, em nossa
experiência como cristãos, sempre teremos lutas contra as tendências
pecaminosas. Estaremos sempre envolvidos no processo de crescimento. É por isso
que o perdão que Deus dá a nossos pecados é tão importante. O sacrifício de
Jesus Cristo remove a mancha de nossa culpa.
Como indivíduos perdoados, temos liberdade para agir
agressivamente contra as tendências deletérias que nos mantiveram no chão por
tanto tempo. Somos livres para cooperar com Deus em Sua tarefa de renovação de
nosso ser, porque não temos mais que ficar apavorados com o fracasso, não temos
mais que fingir que somos perfeitos, entende? Ao habitarmos em Cristo, tendo
consciência de Sua graça, obtemos a segurança necessária para o crescimento
sadio e, muito em breve, Deus removerá todos os sinais de pecado de nossa vida
e de nosso mundo. Muito breve, a limpeza da trágica mancha do pecado na Terra
estará completa.
As Escrituras nos prometem uma gloriosa segunda vinda de
Cristo, quanto Ele destruirá a devastação do pecado e criará um planeta novo em
folha, um outro Éden. Esta terra será um lugar de beleza intacta, meu amigo,
tanto dentro quanto fora de nós. Desfrutaremos de um relacionamento face a face
com nosso Criador. Estou aguardando por esse dia com todas as fibras de meu
ser. Quer direcionar toda a minha vida para esse dia, por isso estou tão alegre
pelo fato de Jesus ter cuidado do problema do pecado, para mim e para você.
Ele tornou possível a cada um de nós escapar do vazamento
de óleo do mal que será, ao final, completamente consumido em Sua vinda. O
sacrifício de Jesus Cristo na cruz é o maior milagre de limpeza já visto no
universo. Temos, porém, que estar prontos a aceitar esse milagre. Foi um operação de limpeza infinitamente cara. Jesus pagou o
preço total com Sua morte. Temos que depositar pessoalmente nossa fé em Seu
sacrifício e aceitar Sua morte em nosso lugar. Pense no que Cristo, o Cordeiro
de Deus, realizou por você.
16
OS PORTAIS DO INFERNO
George Vandeman
O século vinte apresentou um grande
número de líderes que sacudiram o mundo. Mikhail Gorbachov, Winston
Churchill, Franklin Roosevelt, Adolph Hitler, papa João Paulo II, Ronald
Reagan, Mao Tse-Tung. Talvez o
líder que mais modificou o nosso século tenha sido Vladimir Ulianov,
conhecido mundialmente como Lenin.
Você sabe qual
foi a influência de Lenin sobre o cristianismo na União soviética? Este assunto
é um capítulo vital da história da fé em pé de guerra.
O túmulo de Lenin
fica na praça Vermelha em Moscou, onde a troca da guarda ocorre de hora
em hora. Não havia nada no passado de
Vladimir Lenin que poderia ter previsto a incrível influência que teve em nosso século. Ele surgiu em cena num momento oportuno,
quando a sociedade russa estava lutando para se recuperar do terrível reinado
dos czares. Durante três séculos, desde Pedro, o grande, a casa dos Romanov
reinou com mão de ferro. A vida naquela época era triste para os camponeses, uma
simples passagem de estações entre o nascimento e a morte.
Em meados do
século 19, os ricos donos de terra oprimiam os camponeses ao ponto de
escravizá-los. Apesar da emancipação em 1861, a terra fértil disponível era rara.
De certa forma os camponeses estavam em piores condições depois da
libertação do que quando eram escravos. Muitos fugiram para a cidade,
incentivados pelo regime czarista para trabalharem nas fábricas, mas com essa
atitude somente trocaram um tipo de escravidão por outro tipo. Condições
desumanas de trabalho e salários irrisórios desgraçaram sua vida mais que
nunca.
Este era o
destino dos camponeses e dos trabalhadores na virada do século. Mas eles não
eram os únicos que desejavam uma mudança do regime rígido czarista. A classe
dos profissionais e dos empresários, que estava nascendo, também desejava um
governo democrático livre das vontades do czar.
Enquanto as
pessoas do palácio seguiam com sua vida de prazer sem fim, uma nova palavra surgia no vocabulário
russo: "REVOLUÇÃO".
A tragédia
ocorreu em São Petersburgo, atualmente conhecida como Leningrado, durante o
terrível inverno de 1905. A classe trabalhadora usou das únicas armas sempre
disponíveis: manifestações e greves. Suas exigências por pão e espaço para
respirarem eram modestas, mas o czar Nicolas os declarou inimigos do estado.
Ele convocou sua polícia montada para reprimir violentamente as demonstrações.
A crise teve seu
clímax no dia 22 de janeiro, conhecido desde então como o “domingo sangrento”.
Naquele dia fatídico, os temidos cossacos do czar, atiraram numa multidão de
demonstradores pacíficos. Mil tombaram mortos e cinco mil feridos. Centenas de
mulheres e crianças derramaram seu sangue.
O massacre do domingo sangrento aumentou a determinação do povo russo de
derrubar o governo.
Os dias do czar
estavam contados. A inquietação rompeu de novo em 1912, mas foi rapidamente sufocada
pelas balas. O exílio e as execuções tornaram-se comuns.
Entre aqueles que
já haviam sido executados, por conspiração contra o regime do czar, estava o
irmão de Lenin, Alexander. O futuro líder da Rússia decidiu se vingar pela
perda na família.
Depois de passar
o dia estudando direito, Lenin passava as noites divulgando os princípios
socialistas de Karl Marx. A polícia secreta do czar, ciente de suas atividades
clandestinas, prendeu Lenin sem julgamento e o exilou na Sibéria.
Lá ele se casou
com uma colega revolucionária, e juntos imprimiram e faziam circular
secretamente publicações marxistas contra o governo.
Enquanto isso, no
palácio do czar, a vida continuava como sempre. A família real e seu círculo
restrito de socialites
aproveitavam a vida, ignorando o mar de insatisfações ao seu redor: “não se
preocupe, seja feliz!”, era o lema no palácio. Festas e piqueniques eram mais
agradáveis de serem vistos do que a queda da casa dos Romanov. O czar Nicolas e a imperatriz Alexandra eram
pais indulgentes, tratavam seus filhos muito melhor do que seus súditos.
Foi sua devoção
ao filho gravemente doente que os envolveu com o perverso curandeiro, Rasputin. Rasputin fortaleceu sua
influência sobre a Rússia
durante a I guerra mundial.
Ele aproveitou a
situação quando o czar Nicolas se afastou do palácio, para incentivar seu povo
a repelir os invasores alemães em nome do czar. Em toda parte
os russos atenderam aos apelos do seu czar, esquecendo temporariamente a
opressão. Mas quando o exército russo sofreu grandes baixas, o moral nacional despencou, especialmente
quando a fome ameaçou as cidades.
Mais uma vez, a
inquietação civil estourou na Rússia, desta vez no meio da guerra mundial e
quando a falta de alimentos provocou demonstrações nas ruas, os soldados se
recusaram a reprimir as massas famintas.
O czar, sem o
apoio dos militares, não era mais capaz de escravizar seu povo. Os oficiais
exigiram que ele transferisse o poder para um parlamento. Finalmente, em março
de 1917, o império maldito chegou ao fim com a
renúncia do czar Nicolas. A dinastia Romanov de 300 anos se tornara
história. O destino do governo estava
agora nas mãos do povo.
Enquanto o
governo provisório lutava para sobreviver, Lenin voltava do exílio com
o grito: “paz, terra e pão!” Ele declarou a revolução dos trabalhadores
contra a nova liderança. Os soldados de Lenin se prepararam para a guerra
civil.
Na noite de 25 de
outubro de 1917, a revolução bolchevique começou. Às 9h25 um tiro no cruzeiro
Aurora desencadeou o ataque ao Palácio de Inverno do czar.
Em poucos dias
Lenin e seu exército vermelho venceu. A
União Soviética se tornou um império comunista. Não é de se surpreender que o
novo governo soviético era hostil para com a religião. Afinal, a igreja russa
havia se alinhado ao império maldito do czar.
Há muito tempo a
religião havia unificado a Rússia e promovido o bem nacional. Mas, de alguma
forma, durante séculos ela se tornou uma ferramenta de opressão. Nos últimos
anos do regime czarista, com o malvado padre Rasputin
manipulando a igreja e o estado, a religião organizada cavou sua própria
sepultura.
Muitos russos
comemoraram quando o comunismo enterrou a burocracia da igreja. E assim, um dos
primeiros atos legais do governo soviético, após a revolução, foi destituir a
igreja de todo seu poder
político.
Apesar disso, a
liberdade de consciência deveria ser protegida. A nova constituição que
separava o estado da igreja, defendia o direito dos cidadãos soviéticos de
terem uma religião ou nenhuma.
Tragicamente, no
entanto, muita desta liberdade garantida na constituição foi rapidamente
perdida. Na década de 20 o governo soviético fechou igrejas e transformou-as em
museus. Padres e pastores que resistiram
foram presos, e os membros da igreja foram convertidos em membros do partido
comunista. A guerra de Lenin contra a religião foi intensificada com seu
sucessor, Joseph Stalin.
Em 1929 Stalin
reformou a constituição soviética e aboliu a liberdade de religião. Até o final
de 1938 mais de 70.000 igrejas foram fechadas, junto com todos os mosteiros e
seminários. Milhares, talvez milhões foram massacrados
em nome de sua fé.
É claro que não
foi apenas a igreja que sofreu nas mãos de Stalin, todo o sistema de justiça
estava corrupto. Fazendeiros, militares e até comunistas leais foram fuzilados,
submetidos à fome ou mortos aos poucos no exílio na Sibéria. A igreja, no entanto, foi o objeto
de ataque especial de Stalin. Ele acreditava que a religião não era apenas o
“ópio do povo” mas o veneno também. Por isso,
desencadeou uma perseguição terrível aos crentes. Só Deus sabe o quanto os
soviéticos que tinham fé sofreram nas mãos de Stalin.
"Ah, mas
isto jamais aconteceria conosco”, muitos de nós poderemos achar. Aliás, a profecia da Bíblia nos diz que a
opressão religiosa irá se erguer contra nós em nossa terra de liberdade. Na
verdade, no fim, uma sentença de morte será dada àqueles cuja fé em Cristo os
faça seguir todos os mandamentos de Deus.
A perseguição
religiosa na América iria corroer nosso sistema legal com sua proteção aos
acusados. Do jeito que é atualmente, se
os juízes são parciais com relação aos acusados, nossa lei exige que eles sejam
desqualificados. No entanto, acredite se quiser, o antigo código legal dos
hebreus, ia mais além na proteção dos direitos do acusado. Porque, nos tempos do Velho Testamento, a defesa
do acusado era um dever tão sagrado, que o juiz se recusava a delegar esta
tarefa a um advogado. Ele mesmo fazia a
defesa do acusado. A enciclopédia judia explica que: “advogados de defesa são
desconhecidos no direito judeu.” Seu
código legal pedia que os juízes “se inclinassem sempre para o lado do
acusado e dessem a ele o benefício de qualquer dúvida possível.”
Imagine,
testemunhas do crime
apresentavam a acusação enquanto o juiz promovia o caso do
acusado, sempre a favor de uma absolvição. Somente quando superado pelas provas é que o juiz
abandonava sua defesa e pronunciava, relutantemente, a condenação. Sistema
interessante, você não acha?
Lições do
tribunal legal hebreu são abundantes hoje em dia. Muitos cristãos temem
enfrentar Deus como seu juiz. Se ao menos entendessem o método bíblico de
julgamento, eles perceberiam que Ele está do nosso lado! Ele toma para si a tarefa de nos defender!
Bem, se Deus está
nos defendendo no julgamento celestial, quem está nos acusando? Você acertou –
o diabo. A Bíblia o chama de “aquele que acusa os irmãos”, aquele que “nos acusa perante deus dia
e noite,” como podemos ver em Apocalipse 12:10.
Aparentemente,
Satanás está enciumado porque vamos para o Céu, onde ele morava quando era
Lúcifer, príncipe dos anjos. Então ele acusa os filhos de Deus de serem inaptos
para passarem pelos portões perolados.
Realmente nós não
somos merecedores! Então como é que iremos escapar das acusações do
inimigo? Observe o que está escrito em
Apocalipse 12:11: “e
eles o venceram pelo sangue do cordeiro.”
É através do
sangue de Jesus, e somente por Seu sangue, que você e eu poderemos superar as
acusações do diabo. Deus não pode negar a alegação de Satanás de que somos
imperfeitos, que estamos longe de Seu ideal, mas no sangue derramado na Cruz do
Calvário nosso Juiz encontra as provas que precisa para nos defender e nos
declarar inocentes.
Portanto, em nome
de Cristo, Deus rejeita as alegações de Satanás. Ele endossa a promessa de
salvação que nós vivemos em Jesus desde que o aceitamos. Emocionante, você não
acha?
Esta compreensão
do julgamento de Deus nos faz sentir confiantes quanto a nossa salvação em
Cristo, você não acha?
Meu amigo, se
você ainda não confiou sua vida a Jesus, se ainda não colocou sua fé em Seu
sangue salvador, eu
lhe suplico para fazê-lo agora.
Vamos voltar para
a história do cristianismo na União Soviética: nós falamos de como na antiga
Rússia sob o regime czarista, a igreja abusou do sistema político. Depois, com
o comunismo, a história se inverteu e o sistema político abusou da igreja. Uma trégua entre os dois veio durante a
década de 40.
A II guerra
mundial, que trouxe tanto tumulto ao mundo, trouxe algum alívio para a igreja
russa tão perseguida. Aconteceu que Stalin precisou do apoio dos líderes da
igreja para convocar a nação para a guerra contra os nazistas, então ele
relaxou sua pressão sobre a religião. A Igreja Ortodoxa Russa de repente
renasceu. O número de paróquias subiu de 1.500 para 20.000, e oito seminários foram
reabertos, junto com alguns mosteiros.
Depois da guerra,
a hierarquia da igreja tentou manter sua política de cooperação com o governo,
até servindo de porta-voz. Mas mesmo assim, a
perseguição aos crentes foi retomada com grande fúria.
O povo de Deus
sobreviveu tudo isso. E por que não? O Senhor havia prometido preservar Sua
igreja. Falando de Si para Seus discípulos, Jesus declarou em Mateus 16:18; “... e sobre esta
pedra edificarei a minha igreja, e as portas do inferno não prevalecerão contra
ela.” Graças à Deus, nada jamais poderia destruir a preciosa igreja de Cristo,
apesar de que muitos já tentaram.
Primeiro foi a
instituição religiosa na época de Cristo que perseguiu os primeiros discípulos.
Depois foi o governo romano pagão. Em seguida a própria igreja, caída em
desgraça, perseguiu seus próprios membros, que se recusavam a comprometer sua
fé.
No século 20, os
governos declararam guerra contra o povo de Deus. Lenin e Stalin acreditavam
que a religião iria desaparecer quando as gerações mais velhas de fiéis
morressem. Só que isto não aconteceu,
assim como Jesus havia prometido.
Você quer saber
quantos cristãos existem na União Soviética? As estimativas mostram que são 50
a 60 milhões de crentes ortodoxos russos. Existem 4,5 milhões de católicos
romanos e 3,5 milhões de católicos ucranianos. Os 3 milhões de protestantes
incluem batistas, pentecostais e adventistas do sétimo dia. Além da família
cristã de crentes, a União Soviética abriga pelo menos 40 milhões de
muçulmanos, muitos judeus e até budistas. Aparentemente o povo da União Soviética
é religioso. E deixe eu lhe dizer uma
coisa: sua fé em Deus não diminuiu seu patriotismo.
Stalin tentou
forçar uma escolha não natural sobre o povo, religião ou patriotismo. Os líderes soviéticos agora compreendem que
os crentes podem ser de fato bons cidadãos.
E por que não? O objetivo
declarado da sociedade soviética é justiça social para todo o povo e cristãos
acreditam na justiça social também. Por
que a igreja não pode sobreviver e crescer na sociedade soviética?
O ex-presidente
Mikhail Gorbachov reconheceu o papel vital dos
crentes na União Soviética durante sua visita histórica ao papa. Ele expressou
tão eloqüentemente sua convicção de que os valores
religiosos oferecem um grande benefício à nação. A fé em Deus é uma arma na
guerra contra o alcoolismo, contra as drogas, contra a prostituição, a
corrupção e a deterioração geral da moral.
Os líderes soviéticos agora sabem que os crentes são essenciais para a
moral de sua nação, graças a Deus.
Os cristãos não
são mais seus inimigos. Centenas de prisioneiros religiosos foram libertados, igrejas e
mosteiros foram reabertos, e os líderes cristãos freqüentemente
divulgam suas opiniões na televisão
soviética. Já fui convidado para fazer isso também.
Milhões de
Bíblias circulam livremente neste momento em toda a nação. Minha própria igreja, a dos adventistas do
sétimo dia, está construindo e irá abrir brevemente, uma nova editora perto da
cidade de Tula em Zaoski, há mais ou menos 136 km ao
sul de Moscou. E através de um verdadeiro milagre, um equipamento da
Escandinava se tornou disponível: uma impressora para Bíblias, junto com as
chapas já preparadas na língua russa. Você pode imaginar um milhão e quinhentas
mil Bíblias por ano vindo daquela prensa gigante bem ali no coração da Rússia?
Outros livros religiosos também irão sair das prensas para matarem a sede
espiritual do povo soviético.
Como os tempos
mudaram! Tanto já foi realizado! E agradecemos a Deus com todo coração a nova
legislação que garante
a liberdade de religião. Agora é permitido fornecer educação
religiosa para crianças, um desenvolvimento incrível. As igrejas agora gozam de total situação
legal. Os cristãos têm a liberdade de compartilhar o evangelho de Jesus Cristo
sem restrições.
Uma área que me
interessa muito é a rádio e a televisão religiosas. Estou animado para ver o
começo da proclamação do evangelho através de rádio de ondas curtas com a
esperança de uma estação em breve em solo soviético.
Deixe eu repetir: "graças a Deus pelo o que está
acontecendo na União Soviética! Os
crentes soviéticos recentemente comemoraram o aniversário de 1000 anos de
cristianismo em sua nação. Depois de décadas de silêncio, os sinos das igrejas
repicaram alegremente. No coração da Ucrânia, abrigado nos picos dos Montes
Cárpatos, um mosteiro foi o centro das comemorações no aniversário.
Gostaria de lhe
contar a incrível estória de Boris Kornfeld. Ele era
um médico judeu acusado por Stalin de alguma ofensa política, preso no antigo
campo de concentração há 112 km ao norte de Moscou. Segundo Chuck Colson que conta em seu magnífico livro, Amando a Deus, o
dr. Kornfeld se tornou cristão enquanto estava na
prisão. Silenciosamente, ele começou a testemunhar por Cristo.
Um dia, ele
cuidou de um jovem rapaz que sofria de câncer intestinal, e uma doença da alma
obviamente mais grave. O paciente tremia de febre, e não ouviu grande parte do
testemunho de fé do médico, mas compreendeu o suficiente durante aquela tarde e
noite para se impressionar com a possibilidade de liberdade no Senhor Jesus
Cristo.
Bem, tarde aquela
noite, com as luzes da guarita dos guardas acesas, o dr. Kornfeld
resumiu sua confissão em suas palavras sussurradas: “no final das contas, sabe,
eu estou convencido de que não há castigo que vem a nós nesta vida na Terra que
não merecemos.”
O paciente
percebeu que ele estava ouvindo uma incrível confissão. Este homem era um judeu
perseguido que havia se achado inocente um dia. Agora ele afirmava que todo
mundo merecia sofrer:
– Mas – ele disse
– graças a Deus, Jesus Cristo tomou nosso lugar na Cruz no Calvário. Jesus
sofreu em nosso lugar. Ao aceitar Seu sacrifício, podemos ficar limpos diante
de Deus, levados para a vida eterna no Céu.
Bem, o jovem
paciente pegou no sono naquela noite com as palavras do dr. Kornfeld
ressoando em seu coração.
No dia seguinte
bem cedo ele acordou e teve uma triste surpresa. Durante a noite alguém havia
atacado o dr. Kornfeld enquanto dormia e o matara com
marteladas. À medida que o corpo sem vida do doutor era levado embora, seu
paciente abria seu coração para uma nova vida com Jesus Cristo.
– Deus do
universo – ele gritou –
eu acredito em você!
E os portões do
Céu se abriram para aquele pecador arrependido, preso lá dentro dos portais do
inferno. Aquele jovem viveu para deixar aquele gulag e contar ao mundo sua
história. Ele se tornou uma das vozes mais importantes de seu tempo – Alexander
Soljenitsin.
O mundo poderá
não honrar o nome daquele médico judeu que testemunhou por Cristo naquele gulag
escuro, mas milhões de cristãos hoje em dia agradecem a Deus o testemunho de Soljenitsin.
Meu amigo, não
sei o que você poderá estar sofrendo agora. Talvez você esteja padecendo numa
cela de prisão, se sentindo esquecido por Deus e pelos homens. Talvez você
esteja preso na dor ou em problemas financeiros. Talvez o casamento sagrado
tenha se tornado um cárcere de infelicidade pagã. Ou você poderá estar diante dos portais do
inferno escravo da cocaína, do álcool ou do cigarro. Seja qual for a sua prisão, por favor
saiba que Deus se importa com você. Ele realmente o ama –
e Ele tem o poder de lhe perdoar e de libertá-lo.
Você poderá
continuar sofrendo fisicamente, mas seu espírito poderá se rejubilar na
liberdade que somente Jesus pode lhe dar.
Oração
Pai do universo, eu creio em ti! Dou meu coração a Ti, aceito
Tua dádiva de liberdade em Jesus Cristo. Perdoa meus pecados, e me
mantenha fiel até que Jesus venha para me levar para casa. No nome salvador de
Jesus oro, amém!
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Fax (021) 254-7165
17
O SEGREDO DE FÁTIMA
George Vandeman
– Este é o santo
padre – anunciou Mikhail Gorbachev, ao apresentar o papa João Paulo II à sua
esposa. O presidente soviético acrescentou solenemente:
– Estamos aqui
com a mais elevada autoridade religiosa do mundo.
Palavras
incríveis vindas do líder
mais poderoso do comunismo. O sorridente pontífice respondeu:
– Tenho certeza que a divina providência preparou o caminho para esta
reunião. Inacreditável,
inconcebível, sem precedentes! Não há
palavras para descrever nosso espanto com esta conferência de paz entre dois
rivais poderosos!
No entanto
milhões de fervorosos católicos não ficaram surpresos. Eles estavam esperando
por um encontro assim há décadas, por causa da profecia secreta de Fátima.
Os dois homens
têm muito em comum. Ambos são líderes mundiais carismáticos. Ambos são eslavos.
Ambos foram batizados enquanto bebês e cada um estudou teatro na juventude.
Ambos subiram através de organizações hierárquicas até posições de enorme influência internacional.
Mas um é papa, chefe da maior igreja da cristandade; e o outro era o líder da
União Soviética, que já foi o maior estado ateísta militante do mundo.
Foi o primeiro
encontro face a face entre líderes do Kremlin e do Vaticano. Os dois
conversaram à sós em russo antes de reunir seus assessores para mais conversas.
A reunião durou quase uma hora e meia e quando ela acabou, eles anunciaram
vários acordos.
O pontífice
abençoou a "Perestroika", apoiando o presidente Gorbachev e sua
reestruturação da sociedade soviética. Gorbachev, por sua vez, saudou as
relações diplomáticas com o Vaticano e levantou a possibilidade de uma visita
do papa à União Soviética.
Na noite
anterior, o presidente Gorbachev havia surpreendido os repórteres ao reconhecer
a falta de religião em sua nação:
– Precisamos de
valores espirituais – ele confessou – precisamos de uma revolução da mente. Já
mudamos nossas atitudes perante algumas questões, como a religião, que nós, sem
dúvida, tratávamos de forma simplista... agora não somente acreditamos que
ninguém deve interferir em assuntos de consciência individual, mas também
achamos que os valores morais que a religião incorporou durante séculos, podem
nos ajudar no trabalho de renovação do nosso país.
Palavras
surpreendentes! Alguns ouvintes ficaram imaginando, se o líder soviético era de
fato um comunista. A declaração do presidente Gorbachev, sobre a importância da
religião, preparou o clima para sua reunião com o papa no dia seguinte. Os dois
saíram da biblioteca papal como se fossem velhos amigos. Apenas um ano antes,
poucos observadores de assuntos interna- cionais
poderiam imaginar que uma reunião desta seria possível.
O florescimento
da democracia e da religião na Europa Oriental surpreendeu o mundo, mas milhões
de Católicos Romanos em toda a Terra esperam há muito tempo por um renascimento
da religião atrás da Cortina de Ferro.
Esta confiança
baseia-se num acontecimento que ocorreu em 1917, nos arredores da cidade de
Fátima em Portugal. Três crianças pastoras estavam cuidando de seu rebanho por
volta do meio dia no dia 13 de maio. Era um dia claro,
de repente elas viram um flash de luz. Amedrontadas, as crianças começaram a
fugir. Mas então viram a forma de uma bela mulher jovem.
Esta personagem
sobrenatural, que se identificou posteriormente como sendo a virgem Maria, a
mãe de Cristo, declarou que trazia uma mensagem de grande importância para a
Igreja Católica. Durante seis visitas às crianças, ela revelou informações
sobre o futuro do mundo e da igreja.
Você já ouviu
falar nestes fenômenos em Fátima? Os protestantes surpreendentemente não têm consciência destes fenômenos
nem da importância profética que milhões de católicos atribuem a eles. Muitos
livros e artigos já foram escritos sobre Fátima, há inclusive um filme ganhador
de um prêmio Emmy. Alguns eruditos católicos chegaram a afirmar que o que
ocorreu em Fátima é o evento espiritual mais significativo deste século.
Qual é a mensagem
de Fátima? Parte dela ainda é segredo,
mas o que é conhecido daquilo que as crianças pastoras ouviram, é o seguinte:
"a guerra, isto é a primeira guerra mundial, terminará. Mas se as pessoas
não pararem de ofender a Deus, uma guerra ainda pior poderá começar... e Deus
irá punir o mundo por seus crimes através da guerra, da fome e da perseguição
da Igreja e do santo padre. Se as pessoas não pararem de ofender a Deus, a
Rússia irá disseminar pecados no mundo inteiro e os bons se tornarão mártires.
Várias nações serão destruídas, mas no fim, a Rússia irá se converter e um
certo período de paz será dado ao mundo". Depois veio uma mensagem secreta especial
somente para o papa. Nenhum pontífice jamais a revelou publicamente, mas
pessoas de dentro do Vaticano relataram secretamente que ela prevê uma
calamidade terrível com a qual Deus irá levar o mundo ao arrependimento. Isto
poderá vir junto com uma tentativa de assassinato do papa.
Esta realmente era uma mensagem muito séria para três
crianças comunicarem! A mensageira sobrenatural prometeu voltar no futuro e
esclarecer as mensagens. Ela também
disse às crianças que no dia 13 de outubro, ela iria fazer um milagre dramático
em público para comprovar a veracidade de suas mensagens. E assim aconteceu. De acordo com vários
artigos de jornais, no dia 13 de outubro de 1917, uma multidão vigilante de 70
a 80 mil pessoas afirmou ter visto um milagre no qual o sol parecia estar
dançando.
Se isto de fato
aconteceu, não sabemos. Mas outros elementos da profecia de Fátima se
realizaram sem sombra de dúvida. A
Rússia de fato se tornou uma potência mundial, espalhando os pecados do ateísmo
por toda parte e houve outra guerra terrível, pior do que a primeira, da
maneira prevista.
Em nossa geração,
o evento mais dramático ligado à Fátima foi a tentativa de assassinato do papa
João Paulo II. E isto aconteceu, por sinal, no dia 13 de maio de 1981, o dia
exato da suposta aparição em Fátima.
Às 17h19, o
pequeno "papamóvel" branco estava circulando a praça de São Pedro no
meio de uma multidão que acenava e aplaudia. Ninguém percebeu quando uma bolsa
foi aberta. Ninguém viu aquela mão pegando uma pistola preta de dentro da
bolsa. De repente ouviram-se tiros e o sorridente homem de branco fez uma
expressão de dor. Seus ombros largos viraram e cairam
lentamente. A alegria virou desespero. Em uma dúzia de línguas, o grito de
terror soou pela multidão: “o papa foi baleado!”, “o papa foi baleado!” O
sangue jorrava do ferimento aberto. Uma corrida para a vida aconteceu no percursso para o hospital Gemelli. Uma cena de horror intenso.
Morbidamente
pálido e quase inconsciente, João Paulo sussurou:
– Por que fizeram
isto?
Obviamente,
alguém queria calar o papa, mas quem? As provas demonstraram que o assassino
não agiu sozinho. Uma série de pistas o ligou a comunistas da Europa
Oriental.
O motivo pelo
atentado nunca foi totalmente esclarecido, mas certamente era silenciar a maior
ameaça ao comunismo internacional. Desde aquele atentado no dia 13 de maio de
1981, o papa tem comentado diversas vezes, sobre o fato dele ter ocorrido no
aniversário da aparição de Fátima. Um ano depois, no dia 13 de maio de 1982, o
papa João Paulo II fez uma peregrinação até Fátima.
Lá, cercado por
uma multidão de um milhão e meio de celebrantes, ele agradeceu à senhora de
Fátima por preservar sua vida.
O que irá
acontecer agora? Os estudiosos de Fátima prevêem que
o envolvimento entre o Kremlin e o Vaticano é apenas o começo do que está por
vir. Eles prevêem mais, muito mais. Na verdade, eles
acreditam que a União Soviética se tornará de fato uma nação cristã. E antes
que isto aconteça, de acordo com a profecia de Fátima, o papa tem que fazer um
apelo público específico pela conversão da União Soviética. Depois disto, o
milagre não tardará a chegar. Isto é o que milhões de cristãos católicos
acreditam que irá acontecer muito em breve.
Agora que
conhecemos a mensagem de Fátima, ninguém pode negar que a profecia tem sido
incrivelmente cumprida até agora. Mas será que isto prova que veio de Deus?
Talvez aquelas crianças tenham visto um ser sobrenatural, mas será que era
mesmo a virgem Maria, ou era um impostor?
Um impostor! Como seria possível?
Observe este
surpreendente aviso: “E não é de admirar; porque o próprio Satanás se
transforma em anjo de luz.” (II
Coríntios 11:14)
Incrível mas verdadeiro, Satanás se disfarça em anjo de luz.
O mesmo demônio que apareceu para Jesus como um anjo no deserto, tenta enganar
cristãos inocentes hoje em dia, até crianças queridas. O inimigo da nossa alma
é mais cruel do que imaginamos e muito ardiloso. Não duvido da sinceridade e integridade
de ninguém que acredita que a mensagem de Fátima veio de Deus, mas um exame
mais minucioso levanta algumas dúvidas.
Em 1917, até
mesmo o padre da paróquia local de Fátima inicialmente sugeriu que a aparição
poderia ser uma manifestação do poder satânico. Será que ele estava certo ao
levantar estas dúvidas? Eu lhe pergunto:
– Por que o
inimigo não enganaria aquelas crianças e milhões hoje em dia que aceitam o
testemunho delas como palavra de Deus?
Lembre-se: só
porque algo é sobrenatural não significa que venha de Deus: “Amados, não
creiais a todo espírito, mas provai se os espíritos vêm de Deus; porque muitos
falsos profetas têm saído pelo mundo.” (I João 4:1)
Não podemos
acreditar em toda manifestação espiritual, precisamos testar os espíritos. E
qual é o teste da Palavra de Deus? Os ensinamentos de Fátima e tudo mais que
acreditamos devem estar em harmonia com a Bíblia Sagrada para que sejam de fato
de Deus.
O que a Bíblia
ensina sobre os eventos do fim dos tempos? Ela prevê uma fraude religiosa
maciça em proporções globais, envolvida com uma batalha chamada Armagedom:
“pois são espíritos de demônios, que operam sinais os quais vão ao encontro dos
reis de todo o mundo, para os congregar para a batalha do grande dia do Deus
todo-poderoso. E eles os congregaram no lugar que em hebraico se chama
Armagedom.” (Apocalipse 16:14-16)
Esta “batalha do
grande dia do Deus todo-poderoso”, é o conflito final da Terra. Forças mais que
humanas estarão lutando, os exércitos espirituais de
Deus e de Satanás entrarão em conflito. Armagedom culmina a grande controvérsia
entre o bem e o mal.
O texto diz que
espíritos maus que fazem milagres irão reunir os líderes do “mundo todo” e isto
inclui a União Soviética, é claro. Evidentemente, até os ateístas de lá irão
“se reunir”, levados pelos milagres inegáveis das agências satânicas. O mundo
inteiro será convertido para o culto falsificado, todos menos alguns mais fiéis
que dependem somente da Bíblia para terem a verdade. Estas são as questões
espirituais envolvidas em Armagedom. Poderá haver conflito físico também, é
claro.
Estivemos em
Israel, em busca de Armagedom. Quando acontecerá esta batalha? A história não
nos dá nenhum registro de um lugar chamado Armagedom, mas a Bíblia nos dá
algumas orientações. A palavra “armagedom” vem do
hebraico. Nesta língua, a palavra combina “har”, que
significa monte, e “mageddon”, que pode estar ligado
a Megido. Portanto o nome Armagedom pode significar o “Monte de
Megido". Nos tempos do velho
testamento, Megido era uma pequena mas poderosa
fortaleza ao norte de Jerusalém perto da planície de Esdrélon.
Na Bíblia, esta planície é chamada de Planície de Megido e pode parecer um
local adequado para guerras, mas aí lembramos que Armagedom não envolve uma
planície e sim um monte.
Precisamos achar
o Monte de Megido. Um monte com um significado espiritual para os exércitos do
céu. Como um vulto gigante sobre a paisagem de Megido está o monte Carmelo.
Talvez o monte Carmelo resolva nosso dilema. Será que ele representa o monte
Megido, o cenário do Armagedom? Será que aconteceu alguma coisa no Carmelo que
nos ajudaria a compreender Armagedom?
Há muito tempo,
no monte Carmelo, Elias promoveu um confronto dramático entre Deus e seus
inimigos. O profeta Elias convocou a nação para comparecer neste monte. Ele
desafiou todos a julgarem o culto verdadeiro e o falso. Seu apelo dramático
foi: “... Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus,
segui-o; se é baal, segui-o.” (I Reis 18:21)
Deus ganhou uma
grande vitória naquele dia no Carmelo. Ele derrotou seus inimigos, os
adoradores de baal, assim como irá derrotá-los mais
uma vez e para sempre no Armagedom.
O Comentário
Internacional sobre o Novo Testamento explica que, “har"
- magedom, significa a destruição final de todas as
forças do mal, com a força e o poder de Deus... Sim, Deus sairá vitorioso e
levará consigo todos aqueles que colocaram sua fé nEle.
Agora podemos
entender Armagedom. É um confronto entre
a verdade e o pecado, lealdade à Deus ou às forças do mal. Embora haverá com certeza batalhas devastadoras entre os exércitos
na Terra, o tema principal na Bíblia é que Armagedom estará concentrado no
conflito espiritual.
Armagedom envolve
cada ser humano pessoalmente. Para cada um de nós vem o desafio, “até quando
coxeareis entre dois pensamentos?” Será que vamos fugir das falsidades da
Babilônia ou pagar com a palavra da graça de Deus? Será que estaremos dentre os
santos que irão guardar "os mandamentos de Deus e a fé de Jesus"?
Todos nós teremos
um papel a desempenhar em Armagedom. Quando Deus dominar as forças do mal
poderemos dominá-las com Ele! Podemos aproveitar o pedido da mensagem de Fátima
para o arrependimento e a oração, mas outros elementos da mensagem trazem
sérias dúvidas, por exemplo:
A mensagem de
Fátima prevê que após a conversão da Rússia, um certo período de paz será
concedido ao mundo. Todos nós queremos paz, mas devemos ter cuidado. A Bíblia
nos dá um aviso amedrontador: “...Pois quando estiverem dizendo: paz e
segurança! Então lhes sobrevirá repentina destruição, como as dores de parto
àquela que está grávida; e de modo nenhum escaparão.” (I Tessalonicenses 5:3)
Graças a Deus,
não seremos pegos de surpresa: “mas vós, irmãos, não estais em
trevas, para que aquele dia, como ladrão, vos surpreenda; ...Não durmamos,
pois, como os demais, antes vigiemos e sejamos sóbrios.” (I Tessalonicenses 5:4 e 6)
Uma coisa é
certa. O inimigo de nossa alma sabe o que está fazendo. Ele tem uma estratégia
para suas ilusões e não se incomoda em revelar seus planos com antecedência
para conseguir a confiança de milhões, antes de jogá-los nas profundezas da
decepção!
Nestes tempos
solenes precisamos estar alertas para a crise final que nos aguarda
antes da segunda vinda de Cristo. “... e haverá um tempo de angústia, qual
nunca houve, desde que houve nação até aquele tempo; mas naquele tempo
livrar-se-á o teu povo...” (Daniel 12:1)
Aqui encontramos
boas e más notícias. Haverá um período de conflitos e não podemos fugir
dele. Esta é a má notícia. Mas, graças a
Deus, Ele irá libertar o seu povo. Ele nos trará com segurança para o Céu.
“Depois destas coisas olhei, e eis uma grande multidão, que ninguém podia
contar, de todas as nações, tribos, povos e línguas, que estavam em pé diante
do trono e em presença do cordeiro, trajando compridas vestes brancas, e com
palmas nas mãos; e clamavam com grande voz: salvação ao nosso Deus, que está
assentado sobre o trono, e ao cordeiro. ...E um dos anciãos me perguntou: estes
que trajam as compridas vestes brancas, quem são eles e donde vieram?
Respondi-lhe: meu Senhor, Tu sabes. Disse-me ele: estes são os que vêm da
grande tribulação, e lavaram as suas vestes e as branquearam no sangue do
cordeiro.” (Apocalipse 7:9 a 14)
Você consegue
imaginar que maravilhoso será? Imagine
você louvando a Deus com os santos de todos os tempos, uma grande multidão que
ninguém consegue contar, acenando com palmas a vitória de Jesus.
Quer queira ou
não, meu amigo, você é quem decide o seu destino eterno. Eu lhe suplico para
confiar a sua vida a Jesus e depois siga-o com todo seu coração.
VOCÊ PRECISA ESCOLHER
Letra e Música: Jon Mohr
Versão: Everson Mückenberger
Você ouviu
do amor de Deus
e deve estar a perguntar:
"Aceito a Cristo e Seu amor
ou não responderei?"
Você tem que escolher
se aceitará o Seu amor.
Jesus é tudo que você sempre procurou,
Ele é a liberdade que você sempre sonhou.
Mas Cristo quer que você tome a decisão final,
e você tem que escolher,
depende só de você.
ORAÇÃO
Meu Senhor, quando penso sobre o futuro, sou grato em saber
que Tu tens tudo em Tuas mãos. Por isso, entrego minha vida nas mãos de Jesus.
Aquelas mãos que foram pregadas na cruz para me salvar. Proteja-me do mal e do
engano, Senhor. Guarda-me em Teus cuidados até o glorioso dia em que Tu virás
para me levar até o lar celestial. Peço em nome de Jesus. Amém.
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18
PROBLEMAS COM O PARAÍSO
George Vandeman
Milhares de casais estão trabalhando, planejando e
poupando, na esperança de um dia poderem construir a casa própria dos seus
sonhos, com cada detalhe, com arquitetura perfeita, projetada do jeito que
sempre desejaram.
Ter a casa desejada parece, segundo muitos imaginam, ser a
chave para uma vida ideal. Mas, e se você pudesse projetar uma cidade ideal,
com cada detalhe perfeito? Um lugar sem crimes, sem poluição, onde uma vida
feliz ocorresse naturalmente? E se você pudesse planejar um mundo ideal? Como
seria essa utopia? Esse sonho tem atraído algumas das mentes mais brilhantes da
humanidade em direção dessa importante busca. Mas o
que esses idealistas jamais sonharam, é que mesmo num paraíso poderiam surgir
problemas. Desde que Adão e Eva foram expulsos do Jardim do Éden, seus
descendentes vêm tentando voltar para lá. Queremos encontrar aquele paraíso na
Terra, ou recriá-lo. Através dos séculos, os seres humanos vêm tentando com
trabalho pesado, engenharia social, planos econômicos, ou simplesmente com a
imaginação, criar utopias de todos os tipos. Des fato, algumas tábuas de pedra
do ano 2 mil A.C. contam a história de Gilgamesh, um lendário rei da Suméria,
que viajou em busca se um paraíso na Terra. O rei teve que luta
contra leões, teve que escalar montanhas e passar dias em total escuridão a fim
de chegar a Dilmun, um lugar de prazer e relaxamento
perpétuos. Esse Éden ficava junto a uma fonte de água pura e límpida e tinha um
clima primaveril o ano inteiro. Mas no decorrer da história de Gilgamesh, ele
não conseguiu descobrir o segredo da vida eterna e teve que aceitar a
mortalidade e os infortúnios da existência.
Mesmo em teoria, é difícil construir um paraíso ideal aqui
na Terra. Veja, por exemplo, a Utopia de Thomas More, escrita durante a
Renascença. Alguns dos detalhes desse mundo ideal são tão extravagantes que os
críticos não sabem de More estava de fato defendendo
certas idéias ou satirizando-as.
Muitos idealistas e criadores de utopias têm procurado se
inspirar na antiga Esparta. Eles vêem uma
cidade-estado dedicada ao bem coletivo na qual os ideais de simplicidade e
austeridade prevalecem. Na realidade, entretanto, Esparta foi uma das
sociedades mais militaristas e totalitárias da História, tornando-se uma utopia
na imaginação dos homens, somente milhares de anos depois. No mundo real, as
utopias geralmente passam de brilhantes promessas para amargas desilusões. No
início de 1800, por exemplo, Charles Fourier divisou um sistema pelo qual os
males da humanidade podiam ser corrigidos, reorganizando-se a sociedade em
unidades econômicas cuidadosamente construídas. Fourier morreu antes de colocar
suas idéias em prática. Foi Albert Brisbane quem
popularizou suas idéias e inspirou muitas
experiências comunais em 1840. A certa altura, Brisbane chegou a comparar
Fourier com Jesus Cristo. Mas com o passar dos anos, os problemas práticos para
a construção de um mundo ideal foram aparecendo e Brisbane, finalmente
desiludido, disse: "Se alguém mereceu ser enforcado por irreflexão
intelectual e violência, esse alguém foi Fourier."
Uma das utopias mais singulares da História foi criada no
convés de um navio francês, o Victoire, quando um oficial idealista, Françoise
Mission, propôs que o navio se tornasse uma república onde a liberdade e a
igualdade prevalecessem. A idéia de uma utopia
flutuante imediatamente pegou e mudaram o nome do navio para "República do
mar". Os homens a bordo tornaram-se piratas socializados. Em vez da
tradicional caveira e os ossos em cruz sobre o fundo preto, eles hasteavam uma
bandeira branca com os dizeres "por Deus e pela liberdade."A
obscenidade e a intoxicação eram proibidas a bordo da "República do
mar". O capitão Mission pilhava dos navios alimentos, armas e suprimentos,
mas fazia os ataques o menos sanguinolentos possível.
Todos os espólios eram divididos; os homens viviam como iguais.
Uma vez, quando Mission dominou um navio holandês, ele
libertou todos os escravos a bordo e os tornou cidadãos de sua democracia do
mar. O mundo em geral estava cheio de injustiças, mas o capitão Mission queria
criar um ponto no globo onde os homens fossem tratados com igualdade.
O anseio de justiça e o desejo de criar um lugar justo é o
sonho que reside em quase todas as comunidades ideais nas utopias já imaginadas
e tentadas pelo homem. Mas tragicamente esses paraísos na Terra têm ruído. Uma
após outra, as utopias vão por terra, sonhos colidem com a realidade.
Às vezes, o golpe fatal vem de fora. A experiência do
capitão Mission terminou após ele ter-se fixado numa pequena ilha perto de
Madagascar. Tribos vizinhas atacaram sua colônia e a destruíram.
Mas geralmente as utopias se desmoronam internamente. Mesmo
os idealistas descobrem que existem dificuldades para a realização desses
sonhos.
Henry David Thoreau abriu os
olhos da América para os valores da harmonia com a natureza em seu livro Vida
nas Florestas, mas em uma comunidade utópica chamada Fazenda Brook, ele
encontrou dificuldade em criar harmonia. Ele disse a certa altura que se tal
lugar fosse o Céu, ele preferiria viver sozinho no inferno.
Em 1826, Robert Owen estabeleceu a "Comunidade dos
iguais - Nova Harmonia." Ele falava muito sobre a igualdade e cooperação
no milênio. Mas essa comunidade da Nova Harmonia logo se partiu em duas
facções: um líder rival criou outra comunidade. Aí surgiram as disputas sobre a
posse da propriedade e forma de governo. Incapazes de resolver a questão,
alguns cidadãos formaram um terceiro grupo. Aos poucos a Nova Harmonia se
desintegrou.
Os sonhos brilhantes e realidades destroçadas desses
idealistas nos deixam uma grande pergunta: poderá haver um dia o Céu na Terra?
Este planeta atingirá o ponto de justiça para todos? No livro de Apocalipse
temos a clara figura de um milênio durante o qual os justos reinarão com
Cristo.
Muitos utopistas têm crido sinceramente que seus esforços
pavimentarão a estrada para esse estado ideal, o milênio. De que se trata o
milênio? É algo que podemos aguardar? Se quisermos achar as respostas desta
questão sobre o Céu na Terra, é melhor começarmos examinando cuidadosamente o
que as Escrituras dizem sobre o milênio.
Ao falar sobre o milênio, creio que as pessoas de muitos
grupos religiosos desprezam um fato importante na maneira como esboçam os
eventos do final dos tempos. Vamos tentar elucidar isto, pois tem muito a ver
com o que o milênio pode e não pode ser. Apocalipse 20 é o único lugar na
Bíblia onde esse período de mil anos é discutido.
Há dois fatos conhecidos sobre o milênio: primeiro, Satanás
será aprisionado durante esse período. E segundo, os santos reinarão com
Cristo. Agora, como Satanás será preso, onde os santos reinarão, e o que o
ímpio estará fazendo durante este tempo, são questões
bastante debatidas.
Para obter algumas respostas, vamos voltar e examinar a
cena que Apocalipse apresenta pouco antes de capítulo 20, pouco antes do
capítulo 20, pouco antes do milênio. O que acontece em Apocalipse 19? O evento
central é este: Um cavaleiro , num cavalo branco, sai
do céu; ele é chamado de fiel e verdadeiro, a palavra de Deus; ele está vestido
com um manto branco molhado em sangue, e há muitas coroas sobre a sua cabeça.
Ora, quem ele lhe parece? Que evento é descrito? Vamos ver especificamente os
versículos 14 e 15 de Apocalipse 19: "E seguiam-no os exércitos no céu em
cavalos brancos, e vestidos de linho fino, branco e puro. Da sua boca saía uma
espada afiada, para ferir com ele as nações..."
O evento descrito é a segunda vinda de Cristo, Sua vinda em
glória com todos os anjos. Aqui temos uma imagem particular daquele evento
relacionado ao ímpio que tenta guerrear contra Deus. A besta e o falso profeta
ambos aliados do anticristo, são jogados no lago de fogo. E o versículo 21 diz:
"Os restantes foram mortos com a espada que saía da boca daquele que
estava montado no cavalo..."
Os ímpios são mortos na segunda vinda de Cristo. Está claro
que isso inclui todos os ímpios porque o versículo 18 fala dos pássaros
consumindo "a carne de todos os homens, livres e servos, pequenos e
grandes."
A figura é de total desolação e destruição na Terra.
O próximo versículo nas Escrituras, começa a descrever o
período dos mil anos. Esse é o fato que as pessoas desprezam quando especulam
sobre o milênio: todos os que ficaram na Terra estarão mortos, este mundo
estará coberto de cadáveres. Isso lhe parece o Céu na Terra?
Falando daqueles que morreram por sua fidelidade a Jesus,
João, o revelador, diz, "...e viveram e reinaram com Cristo durante mil
anos. Os restantes dos mortos não reviveram até que se completassem os mil
anos." Apocalipse 20:4
A conclusão é bastante clara: todos os que não estiverem
reinando com Cristo morrerão durante o milênio. Eles ressuscitarão somente após
o período dos mil anos. E o que acontece no fim? Apocalipse 20 nos mostra
Satanás libertado no encerramento do milênio, saindo para reunir as nações, os
ímpios que voltaram à vida, e fazendo guerra contra a cidade de Deus. Ele é
derrotado, atirado no lago de fogo e enxofre. Todos os que não forem
encontrados escritos no livro da vida experimentarão a segunda morte, a morte
eterna.
Entre a vinda de Cristo e Seu última ato de julgamento,
todos os ímpios são mortos. Fica difícil imaginar o milênio como um período de
justiça, paz e prosperidade na Terra no meio desses cadáveres. Onde então
podemos encontrar o bom milênio? Obviamente temos que olhar para aqueles que
reinam com Cristo durante esses mil anos. E onde eles reinam? Se os ímpios são
destruídos na segunda vinda de Cristo, o que acontece com os crentes fiéis?
Paulo descreve a vinda de Cristo em I Tessalonicenses 4:16,17: "...e os
que morreram em Cristo, ressuscitarão primeiro. Depois nós, os que ficamos
vivos, seremos arrebatados juntamente com eles, nas nuvens, a encontrar o
Senhor nos ares, e assim estaremos sempre com o Senhor."
Os crentes vão subir. Eles vão estar com Cristo. Eu creio
que iremos para o Céu; afinal, é lá que Deus reina, e nós reinaremos com Ele.
Mil anos no Céu, cercados por indescritíveis glórias, passando a conhecer Deus
como jamais poderíamos imaginar! Ora, isso é um milênio, isso é justiça, isso é
paz e prosperidade. amigo, quero lhe dar outra razão pela qual creio que esses
mil anos com Cristo ocorrerão no Ceú. Apocalipse 21,
fala sobre o que acontecerá após o milênio, após o julgamento final e a
destruição final do ímpio. João, o revelador, diz que um novo Céu e uma nova
Terra emergirão. ele descreve: "Vi também a cidade santa,a nova Jerusalém, que descia do Céu, da parte
de Deus, ataviada como noiva, adornada para o seu esposo." Apocalipse
21:2.
Aquele assentado no trono naquela cidade diz: "estou
fazendo novas todas as coisas." A cidade santa contendo o trono de Deus
desce do Céu para a Terra no encerramento do milênio. Se estivéssemos reinando
com Cristo, onde teríamos que passar esses mil anos? Acredito que no Ceú.
Amigo, eu não creio que possa haver um milênio na Terra,
não estando todos mortos na Terra durante esse período. O milênio é no Céu,
onde os santos terão o privilégio de reinar com Cristo. Ora, isso é importante
ou é apenas um pequeno detalhe no cronograma de eventos no encerramento da
História da Terra? Bem, nossa salvação certamente não depende de uma análise
correta do Apocalipse ou de conseguirmos entender todos os símbolos. Nosso
atual relacionamento com Cristo não depende disso também. Mas penso que um
milênio no Céu me diz algo importante. Ele me diz primeiramente onde olhar; ele
me diz onde esperar. Não podemos tentar aprimorar nosso mundo, temos apenas a
responsabilidade de melhorá-lo, mas não podemos esperar um paraíso na Terra,
não antes do próprio Deus o tornar novo.
Um milênio no Céu também me diz que não existe uma segunda
ou terceira chance para aqueles que rejeitam a Cristo nesta vida. Não haverá
outros mil anos para nos decidirmos após a volta de Cristo e a ressurreição dos
justos. Não! O ímpio morto não ressuscitará até o julgamento final no término
do milênio, quando ele tiver que enfrentar sua responsabilidade e a segunda
morte. E um milênio no Céu me diz alguma coisa sobre a justiça absoluta de
Deus.
Em I Coríntios 6, Paulo afirma que "os santos julgarão
o mundo". Jesus disse alguma coisa parecida com isso. "... quando, na
regeneração o Filho do homem se assentar no trono da sua glória, também vos
assentarei em doze tronos para julgar as doze tribos de Israel." Mateus
19:28
A que isto pode se referir? Quando vai acontecer?
Certamente, nós seres humanos, não podemos decidir o destino de outras pessoas.
Bem, eu creio que isto se refere a algo que acontece durante o milênio, durante
nossos mil anos de reinado com Cristo. Creio que Deus permitirá examinar os
casos de todos aqueles que não foram levados para o Céu. Podemos ter perguntas,
podemos conjecturar por que algum primo ou sobrinho
que parecia ser tão dedicado e sincero não foi salvo. Deus nos permitirá fazer
o papel de juízes quando reinarmos com Ele.
Poderemos estudar os fatos, olhar dentro do que Deus sabe,
e termos a certeza de que Ele foi completamente justo quanto ao destino de cada
ser humano. Por isso esse julgamento final ocorrerá no período de mil anos. O
ímpio não enfrentará o fim enquanto Deus não nos der todas as chances de ver
que Seu julgamento é correto e justo.
Creio que isto é uma maravilhosa resposta aos anseios do
homem pela maior das justiças, para que as coisas terminem de algum modo
justas. Deus quer satisfazer nossos desejos mais profundos, nossos mais altos
ideais.
Todos os nossos sonhos de construir uma sociedade perfeita
apesar dos pesares, obterão seu cumprimento nesse milênio celestial. Deus nos
criou com estes sonhos aninhados no coração. Não podemos aceitar o modo como as
coisas estão; o sofrimento e a injustiça não podem ser a última palavra na
vida. E Deus diz: "Sim. Tem razão."Os mil
anos de reinado com Cristo no Céu mostram o quanto Deus é bondoso. Ele nos quer Consigo. Ele quer responder todas as nossas perguntas,
resolver as mínimas dúvidas, para que a eternidade que passarmos com Ele possa
ser de comunhão perfeita e sem manchas. todas as tentativas de se construir
paraísos na terra terminaram em tragédia ou em choro. Cada vez mais que
investimos nossas maiores esperanças em algum lugar ou evento neste mundo,
acabamos sofrendo a amarga decepção. Temos aprendido isso repetidas vezes. As
utopias do homem jamais poderão tomar o lugar do único e inabalável Reino de Deus. Onde está a sua
esperança hoje? Onde você está procurando o paraíso? O Deus que morreu no Calvário
para salvar você da atual era do mal, está esperando para levá-lo com ele para
o Céu. O único e verdadeiro Salvador da humanidade, Jesus Cristo, descerá à
Terra nas nuvens de glória. Ele preparou habitações para nós no Céu. O que quer
que você esteja fazendo neste mundo agora, sejam quais forem os desafios que esteja enfrentando, eu oro para que você esteja com o
coração voltado para o céu. Certifique-se de que sua esperança esteja
seguramente firme na mais importante das certezas que podemos ter quanto ao
futuro: Jesus Cristo está voltando para nos levar para o Céu! Você está
esperando o Salvador? Você está pronto para encontrar o Salvador? Planeje estar
entre aqueles que erguerão os braços para saudá-Lo, quando Ele voltar em
triunfo; planeje ter o seu verdadeiro lar com o Cristo que breve voltará.
19
ENCONTRANDO A VERDADE NAS ROCHAS
George Vandeman
Vamos fazer uma viagem no tempo. Vamos voltar aos impérios
do mundo antigo que surgem e desaparecem na poeira; voltar a reis, guerreiros e
sacerdotes, voltar ao Crescente Fértil, o berço da civilização. Vamos descobrir
fatos fascinantes sobre cidades como Nínive, Tiro e Petra. Vamos ter um
encontro com impressionantes profecias bíblicas, que vêm se cumrpindo
até hoje em meio às ruínas.
Vandeman: Eu tive um grande interesse na Arqueologia Bíblica boa
parte de minha vida. Há algum tempo o "Está Escrito" apresentou
alguns programas gravados em locais do Oriente Médio que esclareceram em grande
parte a história da Escritura. Por isso estou muito feliz em receber no nosso
programa um homem que tem pesquisado as últimas descobertas, algumas das quais
estão revolucionando a nossa visão do mundo antigo. Meu amigo, John Carter, vai
nos contar e mostrar alguns de seus fantásticos achados arqueológicos. John,
bem-vindo ao "Está Escrito".
John: George, é uma satisfação estar aqui.
Vandeman: Nós nos conhecemos em Sidnei, na Austrália. É uma honra
tê-lo aqui conosco e para mim será um pouco difícil controlar o meu entusiasmo
hoje, porque eu sempre ansiei por esse encontro. John, por favor, fale-nos um
pouco sobre as últimas descobertas em Ninrode, no Iraque.
John: No norte do iraque existe uma cidade muito antiga. Na Bíblia ela se
chama Calá. Ela data da época do grande tirano
Ninrode, que está descrito no livro do Gênesis. Há uns 150 anos, Layard, o grande arqueólogo inglês, foi lá e descobriu esse
local fantástico. Têm-se escavado por lá já há um século e meio sem se
descobrir nada. Vários árqueólogos têm procurado e
peneirado as areias do deserto sem descobrirem virtualmente coisa alguma. há
pouco tempo, um arqueólogo iraquiano chamado Mahmoud Houssein,
teve um pressentimento. Ele achou que devia sair da área demarcada e fazer sua
escavação particular. Descobriu na superfície do solo uma coisa que parecia uma
grande pedra. Então, chamou seus homens e começaram a cavar em torno da pedra.
Ali acharam o que parecia um corredor de argila saindo da terra. Eles entraram
nesse corredor subterrâneo e eu tenho imagens fantásticas disso, George, o
único vídeo-tape que temos disso no mundo. Era um tumba e os iraquianos
permitiram que nós entrássemos lá. O Hussein também entrou. A tumba, muito provavelmnte, era da filha do Grande Sargão II, que é
descrito claramente em Isaías 20:1. Então ele desceu na tumba e lá dentro
descobriu uns grandes recipientes, baús de pedra, umas grandes caixas de pedra.
Enquanto ele as abria, segurava uma tocha para iluminar e ficou surpreso porque
surgiu um luz que inundou a tumba e quase o cegou. Era
a luz refletida de cerca de 57 quilos de ouro e jóias.
Uma maravilha! E ele também descobriu ali, na mesma localidade, logo ao lado da
tumba da filha de Sargão II, a tumba que provavelmente pertencia à esposa do
Grande Assurbanípal, o grande ditador do mundo
antigo. Uma descoberta incrível!
Vandeman: Que significado teria isso hoje?
John: O significado é o seguinte: Isso nos mostra que não
estamos lidando com fábulas. Essas pessoas da época do antigo Império Assírio,
que são descritas tão graficamente na Bíblia, não são invenções da nossa
imaginação, eram personagens reais de carne e osso. Veja, a Bíblia é um
documento historicamente confiável. Deixe-me contar outra coisa: os iraquianos
gentilmente nos permitiram entrar no museu de Bagdá e filmar o tesouro.
Deram-nos 10 minutos e nós fomos as únicas câmeras do mundo que puderam entrar.
Foi pura providência divina. Eles nos deixaram olhar o tesouro. Guardas armados
ficaram ao nosso lado e nos deixaram tirar fotografias das jóias
de ouro: a coroa, os pendentes, as pulseiras. Isso nos mostra algo fantástico,
nos mostra que os antigos assírios não eram de todo bárbaros. Eles eram
bárbaros, mas eram tremendamente avançados em civilização culturalizada
e nos mostra que a Bíblia é verdade.
Vandeman: Que fatos e itens da Escritura em particular isso veio
reforçar?
John: Pegue, por exemplo, a história de Senaqueribe.
A maioria dos acadêmicos ouviu falar de Senaqueribe
porque ele é mencionado muitas vezes na Palavra de Deus; é mencionado no livro
dos Reis, no livro de Isaías. Isaías fala de Senaqueribe,
esse poderoso rei-guerreiro assírio surgindo e rendendo a cidade de Jerusalém.
Bem, durante muitos anos os céticos costumavam rir da
Bíblia e diziam: "Não se pode acreditar nessas histórias; são apenas
histórias do povo. Historicamente, a Bíblia é imprecisa."
Aí descobriu-se uma prisão, uma maravilhosa prisão que se
chama a prisão do Rei Senaqueribe e lá se lê na
escrita cuneiforme, as palavras: "Ezequias, como um pássaro na gaiola, eu
me calei em Jerusalém. Ezequias, como um pássaro na gaiola."
Você lê isso na Bíblia e lê isso em cuneiforme. É uma coisa
incrível porque mostra que a Bíblia estava certa o tempo todo.
Vandeman: Perfeito! Passemos agora às profecias. Como essa massa de
informações nos dá confiança no atual elemento profético da Escritura?
John: Pensemos na cidade de Nínive. Ela fica no norte do
Iraque. É muito difícil se chegar lá hoje, obviamente devido à situação de
guerra. Ninguém vai conseguir ir lá possivelmente nas próximas duas gerações,
só Deus sabe. Mas eu estive lá há pouco tempo e não é muito longe de Ninrode ou
da cidade de Calá. Numa determinada época, foi a
maior cidade do mundo antigo. Ela é descrita no livro de Jonas e em outras
partes de Bíblia. Então aqui temos uma netrópole
fabulosa, a cidade dos grandes reis assírios: Senaqueribe,
Esar-hadom, Sargão I, Sargão II e todos os outros
potentados, O profeta hebreu disse: "A cidade vai ser completamente
destruída, absolutamente aniquilada. Ela vai ser apagada da mente dos
homens."
E em 612 aC, a profecia foi
literalmente cumprida quando soldados inimigos, os medos e babilônios jogaram a
cidade por terra. A cidade ficou tão destruída que, quando Alexandre, o Grande,
chegou dois séculos e meio depois, ele passou pela antiga Nínive, mas disse a
seus soldados: "Que significa esse monte de pedras?"
E nenhum dos soldadosm nenhum dos
generais e nenhum dos estudiosos percebeu o monte. Foi uma cidade perdida para
o mundo durante 2.500 anos, descoberta só há relativamente pouco tempo. A
profecia foi cumprida literalmente à risca, eu vi a profecia cumprida.
Vandeman: Por favor, nos dê uma noção de Tiro.
John: A história de Tiro é quase impossível de se
acreditar. A grande Nova Iorque do mundo antigo, uma fabulosa cidade fenícia
localizada bem ali no litoral do Mar Mediterrâneo. A Bíblia disse, cerca de 650
aC ou seja, 2650 anos atrás,
que a cidade seria completamente destruída. Mas disse mais do que isso, disse
que as próprias pedras e as próprias madeiras seriam jogadas no mar. Isso
parece totalmente absurdo e ridículo, porque, quem jogaria uma cidade no mar?
Treze anos depois que a profecia tinha sido proferida pelo profeta Ezequiel, o
profeta judeu, Nabucodonosor, o velho rei-guerreiro dos babilônios chegou e
destruiu a cidade de Tiro. Ele destruiu a cidade,
derrubou as muralhas, mas quem jogaria a cidade no mar? Ele teria que ser louco
para fazer uma coisa dessas. Mas dois séculos e meio depois, a chegada dos
soldados de Alexandre o Grande, causou oum arrepio de
terror aos habitantes da Fanícia. Alexandre marchou
para sua presa. E sabe o que tinha acontecido? Os habitantes da antiga Tiro,
que havia sido totalmente destruída, tinham fugido para uma pequena ilha a
oitocentos metros do litoral, no Mar Mediterrâneo. Alexandre não seria vencido
por esses fenícios espertos. Então pegou os escombros, amontoou-os e pegou as
rochas, os pilares e as pedras e tudo que havia e construiu uma passagem até a
Nova Tiro. Jogou a cidade no mar, fez os soldados marcharem por sobre a velha
Tiro, agora no mar, e derrotou a Nova Tiro. Quase impossível de acreditar, não
é? A Bíblia até disse que os pescadores jogariam suas redes sobre a Velha Tiro
em pleno mar. Quando estive lá, fiquei em pé na tal passagem, a Velha Tiro no
meio do mar e eu senti uma sensação de temor tomar conta de mim quando vi os
pescadores fenícios, pescadores libaneses, jogando suas redes e as secando sobre
a velha cidade de Tiro, no meio do mar. Uma coisa difícil de os céticos
aceitarem, não é?
Vandeman: Sem dúvida. Eu tive a mesma experiência, mas você a teve
mais recentemente. Temos que pular para Petra, a cidade rosa e vermelha, quase
tão antiga quanto o mundo, esculpida na rocha sólida. Por favor, descreva-a
como só você sabe.
John: Mais para o sul da Jordânia, numa área que atualmente
é totalmente árida e desolada, os antigos edomitas esculpiram uma cidade.
Primeiro eles foram para o topo da montanha, para um lugar chamado em árabe
"Umm El Bayyarah", que significa "A
Mãe das Cisternas".
Bem lá no topo dessa fortaleza maciça eles esculpiram essas
grandes cisternas onde podiam guardar, acho que centenas de milhares de galões
de água. Aí, depois que o edomitas saíram de cena, segundo uma profecia
bíblica, chegaram os nabateus, uma selvagem tribo de beduínos saqueadores do
deserto; depois vieram os romanos com seus soldados e cidadãos. Então logo ali,
na Iduméia, passou a existir uma tremenda
civilização, bastante singular. Porque como você disse, cada prédio foi
esculpido como um camafeu na rocha viva, e as cores são esplêndidas. Você sabe,
tem o rosa-vermelho e o lilás e todas essas cores lindas. Então a cidade no seu
apogeu deve ter sido uma das maravilhas do mundo. Aí chegou o profeta e disse:
"Não haverá mais vida nessa cidade". Falou sobre a confusão e as
pedras do vazio. Disse ele: "Vou espalhar sobre ela a linha da confusão e
as pedras do vazio".
E quando se vai lá hoje, tirando uns poucos turistas, só
alguns beduínos moram na cidade. A profecia se cumpriu aqui, nesta que foi uma
das grandes cidades do mundo antigo. A profecia foi tão cumprida que Petra se
perdeu para o mundo durante cerca de mil anos. Eu lhe pergunto: Quem pode negar
a precisão da profecia bíblica?
Vandeman: Eu não paro de sentir arrepios quando ouço você falar de
Petra. Nos meus primeiros anos de visitas à Terra Santa e ao Oriente Médio, eu
não podia deixar de vê-la. Passar pela fenda, aquela passagem estreita, pode
descrevê-la? Só um cordão de luz acima que a tornava quase inexpugnável.
Fale-nos sobre isso.
John: A cidade é quase inexpugnável porque está rodeada por
uma cadeia de montanhas. A única passagem para a antiga cidade de Petra era
essa fenda estreita na rocha que terminava na cidade. Acho que tem cerca de um
quilômetro e meio. E em muitos pontos, tem só uns 12 metros de largura, se
tanto. A medida em que você passa na semi-escuridão,
você pode olhar para os penhascos acima e enxergar por ali um pedacinho de céu
azul. E à medida em que você avança, principalmente a primeira vez, você
pergunta: "Quando será que esta passagem acaba? O que eu vou
encontrar?"
Então você sai e lá está o vale dos antigos edomitas, e
você vê o glorioso templo de El Khazneh.
Vandeman: Lá era o centro da adoração ao sol?
John: Sem dúvida. Uma adoração bárbara, sedente de sangue.
Nas alturas dos penhascos de Petra, os antigos edomitas esculpiram altares para
o deus-sol. Alguns historiadores dizem que eram locais de sacrifício humano. Eu
acho que provavelmente fossem mesmo. Quando o sol nascia, eles pegavam uma
jovem virgem, colocavam-na lá e aí abriam o peito dela, tiravam-lhe o coração e
levantavam-no em oferenda ao deus-sol. Eles eram um dos povos mais curéis, e isso é uma das coisas que os profetas condenavam.
Devido a falta de humanidade dos edomitas para com
seus semelhantes, Deus disse: "Essa cidade vai desmoronar e se perder nas
névoas do tempo." E, é claro, a profecia se cumpriu. Cada palavra
aconteceu.
Vandeman: Maravilhoso! Fale-nos sobre a Babilônia, ela intrigou
tantas pessoas...
John: Com prazer. A razão de eu me interessar pela
Babilônia é que a Bíblia faz muitas referências a ela. E devido à situação no
Oriente Médio, quem sabe quando um grupo de arqueólogos com uma equipe de
filmagem vai poder ir à Babilônia de novo, ou Calá,
ou Nínive, qualquer desses lugares? Pode não ser no nosso tempo de vida, você
sabe. A Babilônia foi talvez a maior cidade, ou uma das maiores cidades do
mundo antigo. Havia belezas em Nínive, mas de alguma forma, a Babilônia
desbanca todas porque teve um impacto profundo na nossa civilização. Muito de
nossa história está enraizada nas histórias populares da Babilônia ena cultura dos antigos babilônios. E é claro, quando se lê
o livro de Daniel, lê-se sobre personagens judeus que se chamam Daniel, Sadraque, Mesaque e Abednego; também se lê sobre grandes personagnes
históricos como Ciro o Grande, Dario, Belsazar,
Nabucodonosor. Durante muitos anos, os céticos, em sua ignorância, negaram a
historicidade desses eventos. Hoje, já sabemos que a Babilônia era tudo o que a
Bíblia dizia que era. Agora sabemos que Belsazar foi
um personagem histórico real.
Os céticos diziam que Belsazar
nunca tinha existido, que era uma criação da imaginação dos hebreus. Diziam até
que Nabucodonosor não tinha existido.
Quando estive na Babilônia, fui ao palácio de verão de
Nabucodonosor. Lá, peguei esses tijolos velhos da Babilônia.
Bem, são apenas tijolos velhos e não parecem particularmnete relevantes e talvez não sejam, mas estão
cobertos de sinais cuneiformes. É relevante lembrar que na Babilônia,
Nabucodonosor escreveu seu nome em cuneiformes em centenas de milhares, talvez
até milhões, de tijolos. Nós já sabemos hoje com absoluta certeza que Nabuconodosor, Belsazar, todos esses personagens, foram personagens
históricos e que a história da Bíblia é absolutamente verdade. Pode acreditar
nisso. Eu digo a todos que podem acreditar na Bíblia e podem acreditar no Deus
que a inspirou.
Vandeman: Graças a Deus. Tenho um pedido difícil para lhe fazer:
Como você pode resumir tudo isso numa declaração final para nós?
John: Quando visitei o Egito, e explorei as ruínas dos
Faraós e olhei as inscrições nas paredes; quando andei onde Moisés andou,
quando fui à cidade de jerusalém, a cidade do Grande
Rei e estudei a profecia e explorei o muro ocidental, explorei o local do
templo; quando fui a Petra, Tiro, Nínive e Ninrode - todas essas cidades -
quando desci às antigas cidades da planície, a área de Numeira
que achamos que pode estar ligada a Sodoma e Gomorra; quando visitei a
Babilônia, um grande penssmento ficou batendo na
minha cabeça: "A Bíblia está certa. A Bíblia está certa. Você pode
acreditar na Palavra de Deus e pode acreditar no Deus que inspirou a Bíblia. O
Deus que inspirou a Bíblia é um Deus de enorme compaixão e enorme amor. Se não
fosse assim, Ele não nos teria dado toda essa prova pela qual devemos crer nele
e em sua palavra".
Vandeman: Graças a Deus por você e pelo que você fez. Ele o
abençoou. Não é verdade que homens mortos contam histórias?
John: É verdade.
Vandeman: Histórias que confirmam a Palavra de Deus. Nem posso
dizer como estamos gratos por você ter vindo. Que Deus o abençoe. Eu creio que
uma coisa que John disse com grande sentimento é especialmente importante para
nós hoje. Ele disse: "Não há nada lá." Lembra? Entre as ruínas de
Tiro, Petra, Nínive, não havia nada! Além de servirem como belos sinais do
cumprimento da profecia bíblica, esses sítios arqueológicos nos dizem algo
sobre o que perdura e o que não perdura. Os orgulhosos cidadãos de Nínive tinham
todo motivo para crer que seu impéro duraria
indefinidamente.
Quem na esplêndida corte de
Sargão e Assurbanípal podia sonhar que sua
civilização inteira simplesmente sumiria no deserto, deixando virtualmente
nenhum traço entre as futuras gerações? E os prósperos mercadores de Tiro,
acumulando um império financeiro, quem entre eles podia crer que sua riqueza
seria arrasada e mergulhada no mar? E os construtores da inexpugnável Petra?
Será qie achavam que sua cidade seria apenas uma nota
arqueológica para a história?
Sim, impérios se transformam em areia, homens ambiciosos e
impiedosos conquistam e prosperam, sacrificando incontáveis vidas nesse
processo. E como eles acabam? Enterrados na areia. Sim, enterrados na areia
como todo mundo. No nosso tour sobre arqueologia bíblica, realmente vimos uma
coisa que não se transformou em pó. Uma coisa que não vai virar apenas uma nota
na História. Vimos uma coisa que saiu de todos os choques entre os impérios qinda brilhando muito. Veja o profeta Isaías descrever
isso: "Seca-se a erva e caem as flores, mas a palavra de nosso Deus
subsiste eternamente." Isaías 40:8.
A Palavra de Deus permanece verdadeira. O alarde orgulhoso
do rei Sargão mergulhou na nulidade. Os gritos altos dos mercadores de Tiro,
sumiram na insignificância. Mas a palavra que Deus fala subsiste eternamente.
Verificada, confirmada, estabelecida. Até as ruínas do passado testemunham de
seu valor.
Amigo, independentemente do que conseguimos na nossa vida,
independentemente do quanto construímos, do quando vendemos ou da fama que
temos, teremos vivido em vão se de alguma forma não nos ligarmos à eterna
Palavra de Deus. Podemos achar que temos o sucesso e não precisamos de nada,
mas tudo virará pó em nossas mãos a menos que nos liguemos à rocha sólida da
Palavra de Deus e à verdade. Essa Palavra vem a cada um de nós na pessoa de
Jesus Cristo. Ele é a verdade de Deus na forma humana, Ele é Deus pedindo um
compromisso cara-a-cara, porque depois de vermos as provas, nós temos que
responder, temos que fazer uma opção. Vamos deixar a verdade nos libertar? Ou
vamos apenas saudá-la a distância?
Eu oro para que você aceite o Senhor Jesus Cristo, a
Palavra de Deus, Aquele que é a verdade agora. Todas as profecias acabam
chegando a Ele. Todos os impérios acabam se curvando diante dele. Ele é o
centro da História. É Ele o centro da sua vida hoje?
20
EM BUSCA DO CÁLICE SAGRADO
George Vandeman
Gerações de crianças, ouvindo as aventuras do rei Arthur e
os cavaleiros da távola redonda, têm ficado sabendo da maior das buscas: A
procura do cálice sagrado.
Esta é uma lenda
que realmente nos atrai. Um dos filmes mais famosos dos anos 80, “Indiana Jones
e a Última Cruzada”, mostra o herói em perseguição a esse mesmo cálice sagrado,
competindo com impiedosos nazistas pelo prêmio. O que é ou era afinal, esse
cálice sagrado? De que modo está ligado à vida de Cristo? O cálice alguma vez
realizou milagres? Será que algum dia iremos encontrá-lo?
Cavaleiros em
armaduras brilhantes, como Sir Percival e Sir Calahad,
partem para encontrá-lo, ou morrem tentando. Durante as cruzadas, um soldado de
Gênova chamado Guglielmo afirmou tê-lo descoberto em Cesaréia.
E bem mais recentemente, Indiana Jones, o extraordinário arqueólogo dos filmes
de Steven Spielberg, lutou para entrar numa caverna misteriosa e teve que
escolher o cálice verdadeiro entre uma porção de imitações. O cálice sagrado...
possui uma mística incrível, uma incrível força de atração através dos tempos.
O que é exatamente esse objeto supostamente milagroso? Existe alguma verdade
por trás de todas estas lendas?
Tradicionalmente,
fala-se ter sido o cálice que Cristo usou na Santa Ceia quando disse: “Bebei,
este é Meu sangue" no novo testamento não existe nenhum registro cristão
primitivo descrevendo este cálice ou dizendo alguma coisa sobre o que teria
acontecido com ele. As
notáveis histórias simplesmente começaram a circular.
O novo testamento
fala muitas vezes sobre o sangue de Cristo, seu significado e poder. Pessoas piedosas ansiaram ter algum contato
físico com esse sangue sagrado. O primeiro elo na lenda do cálice sagrado é
José de Arimatéia. Ele é mencionado brevemente nos evangelhos como um discípulo
rico que pediu a Pilatos o corpo de Cristo após a crucificação. José envolveu o
Salvador em lençóis de linho e O colocou num túmulo. Essa é a última menção
deste homem nas Escrituras. Mas em escritos posteriores, tal como, o “Evangelho
de Nicodemos”
enfeitaram a história.
José de
Arimatéia, dizia-se, haver tomado posse do vaso, o cálice sagrado. Ele foi
aprisionado, e depois, miraculosamente libertado. Mais tarde, ele viajou para o
Ocidente com seu precioso artefato, chegando à Inglaterra e morrendo em
Glastonbury. Outras lendas variam a história.
Em algumas, o
vaso sagrado não é o cálice usado na Santa Ceia, mas uma terrina na qual José
recolheu o sangue que vertia do lado de Cristo, quando Ele foi ferido pela
lança do centurião. De qualquer modo, a Abadia de Glastonbury incentivou as
lendas e tornou-se o centro de um culto ao cálice sagrado.
Durante muitos
anos, peregrinos viajaram para lá, para se aproximarem do cálice sagrado que
havia estado próximo do sangue sagrado. Mas outros lugares fizeram
reivindicações similares através dos tempos. Alguns estudiosos viram uma
ligação entre muitas histórias de cálices e uma seita chamada Albigenses.
No século 13,
essas pessoas fugiram sob perseguição para as montanhas dos Pirineus, no sul da
França. Livros têm sido escritos afirmando que o cálice sagrado era uma
relíquia dos Albigenses e que o próprio cálice continua escondido em alguma
caverna pirinéia. Um grupo francês, próximo de onde
os Albigenses viveram, ainda mantém viva essa crença.
Houve também
Guglielmo de Gênova. Ele navegou até a Terra Santa com um exército nas cruzadas
em 1099 e participou da captura de Jerusalém. Quando estava em Cesaréia, ele conseguiu adquirir um brilhante cálice de
esmeralda que acreditava ser o cálice sagrado.
Algum tempo depois descobriu-se que o cálice era feito de vidro comum.
Pelo menos três
lugares afirmaram possuir
o cálice sagrado: Glastonbury na Inglaterra, as montanhas do
Pirineus na França e Gênova na Itália. É claro que não existem provas para
apoiar quaisquer dessas afirmações. Mas a mística do cálice sagrado é tão forte
que as pessoas querem acreditar; elas anseiam ter algum contato físico com o
sangue sagrado e assim fazem peregrinações a estes locais.
Para entender o
apelo do cálice sagrado, é útil ver como o novo testamento fala sobre o sangue
de Cristo, e como o próprio Salvador apresentou o Seu sacrifício. O sangue
realiza mágica? Existe alguma base no novo testamento para o culto ao cálice?
Isto pode surpreender algumas pessoas, mas as Escrituras falam do sangue de
Cristo realizando maravilhas.
O escritor de
Hebreus nos fala que o sangue de Cristo “...Purificará a nossa consciência de
obras mortas para servirmos ao Deus vivo”! Em seguida, o apóstolo João nos
assegura que o sangue de Jesus Cristo nos purifica de todo pecado. Pedro
proclama que o precioso sangue de Cristo pode nos redimir de um modo de vida
vazio, e o apóstolo Paulo escreve que o sangue de Cristo pode aproximar de Deus
os alienados e afastados dEle. Estes são de fato
milagres e maravilhas.
O sangue de
Cristo é realmente poderoso. Quando os escritores do novo testamento falam
deste sangue, estão, é claro, se referindo à morte sacrifical de Cristo na
cruz. Ele tomando os pecados do mundo e morrendo em nosso lugar, é isso que
quer dizer. Nas Escrituras, o sangue é identificado como vida. Asssim, quando ouvimos a respeito do sangue de Cristo
derramado por nós, estamos sendo informados sobre a vida de Cristo dada por
nós; o Salvador morrendo em nosso lugar.
O sacrifício de
Cristo, o sangue de Cristo, de fato, opera maravilhas. A questão é, como
entramos em contato com este poder? Como
nos aproximamos da mágica?
Bem, é
interessante notar que existe uma outra palavra que é usada de um modo bastante
similar ao sangue no novo testamento. Essa palavra é “fé”.
Você sabia que
muitas das coisas que se diz que o sangue faz, a fé também realiza? A fé forma
uma parceria com ele. Por exemplo, ao lado da famosa frase, “redimido pelo
sangue”, coloque a declaração “Porque pela graça sois salvos, por meio da
fé...” (Efésios 2:8)
Redimido pela fé.
Sim. E salvo através da fé. Somos purificados pelo sangue? Mas somos
justificados pela fé. Paulo destaca com ansiedade. Somos levados para perto de
Deus pela sangue? Também recebemos a justificação de
Deus pela fé. Somos redimidos de um modo de vida vazio pelo sangue? Também
recebemos a promessa do Espírito pela fé, vida pela fé, caminhar pela fé, e
superar pela fé. A fé e o sangue de Cristo vão de mãos dadas. Por quê? Porque a
fé só tem valor quando está focalizada em Cristo, especificamente em Seu
sacrifício por nós. E o sangue de Cristo, a vida de Cristo, tornam-se eficazes
para nós, nos salvam e nos dão poder, somente se colocarmos nossa fé nEle. É simples assim.
É pela fé que nos
aproximamos do sangue de Cristo. É como tocarmos no cálice sagrado, se assim
preferem. E os escritores do novo testamento se esforçam para mostrar que este
contato com a maravilha do sangue de Cristo é acessível a todos.
No capítulo 10 do
livro de Romanos, o apóstolo Paulo lida com aqueles que pensam que a salvação é
impossível de se obter. E o apóstolo diz que você não tem que subir ao Céu para
obtê-la e nem tem que descer às profundezas em sua busca.
Ó amigo, como
encontramos a salvação? Paulo nos responde: “A palavra está perto de ti, na tua
boca e no teu coração; isto é, a palavra da fé que pregamos. Se com a tua boca
confessares a Jesus como Senhor, e em teu coração creres que Deus o ressuscitou
dentre os mortos, serás salvo”. (Romanos 10:8 e 9)
A salvação está
perto de nós. Tão perto quanto o nome de Jesus em nosso lábio, tão perto quanto
o Senhor em nosso coração. Longas e difíceis peregrinações não são necessárias.
Não temos que viajar até Glastonbury ou Gênova ou para alguma caverna nas
montanhas da França para alcançar o cálice sagrado. Está logo ali. Tão próximo
de nós quanto a mesa do jantar.
Você sabia que
Jesus nos deixou um serviço memorial para nos mostrar quão perto sua salvação
está de nós? É um serviço tão simples quanto o jantar diário que uma família
participa junto. Sim. A Santa Ceia.
Você se lembra
que os discípulos estavam reunidos em um cenáculo em Jerusalém para celebrar a páscoa? Jesus sabia que Seus inimigos estavam se aproximando
para pegá-lo. Ele breve se separaria dos doze. Sua crucificação seria um terrível provação para eles, pondo em cheque a fé dos
mesmos. Como poderia Jesus assegurar a esses homems
que Ele ainda estava com eles em Espírito? Como Ele poderia ajudá-los a
transformar sua fé em algo visível, tangível? Como poderia assegurar a eles que
o grande mistério do Seu sacrifício poderia ser recebido tão clara e
simplesmente como um pedaço de pão... da mão para a boca? Como?
Erguendo-se
diante deles, partindo um pão, distribuindo-o, e dizendo:
“Tomai e comei, este é Meu corpo, partido por vós”. Em seguida, passando por
todos um cálice de vinho e dizendo: “Bebei dele todos, este é o Meu sangue
derramado por muitos”. Esta é a Santa Ceia, esta é a maneira de Cristo dizer
aos seus seguidores: “Ainda estou com vocês; estou bem perto, tão perto quanto
o pão e a bebida em sua mesa”.
Lucas escreve
que, no cenáculo, Jesus disse aos discípulos: “Fazei isto em memória de Mim”. O
apóstolo Paulo escreve a mesma coisa em primeira aos Coríntios, citando as
palavras do Salvador: “Bebam em memória de mim”. O serviço da comunhão é um
modo de lembrar de Cristo, de fazer um memorial de Seu sacrifício, ou como
Paulo diz, de "Proclamar a morte do Senhor até a sua vinda”. E o que
lembramos quando erguemos o pão e o cálice até nossos lábios? Lembramos quão
próxima a salvação se tornou. Jesus traz Seu sacrifício diante de nossos olhos;
Ele o coloca em nossas mãos por assim dizer. A que distância? Lembre-se das
palavras de Paulo: "Está tão próxima quanto a palavra da fé em nossos
lábios, tão próxima quanto a resposta da fé em nosso coração.
Pessoas têm
percorrido distâncias em busca do que crêem ser o
cálice sagrado. Elas têm feito longas viagens para ver e talvez tocar nessa
grande relíquia. Algumas têm perdido a vida nessa busca. De certo modo, a busca
do cálice sagrado é uma das maiores ironias da história: as pessoas vão aos
confins da Terra para encontrar o que Jesus tanto se esforçou para colocar na
mesa da Ceia.
Pessoas embarcam
em perigosas peregrinações para se aproximarem do que elas poderiam achar em
qualquer serviço de comunhão. Não se engane quanto a isto. Existe poder no
sangue de Cristo, poder sobrenatural, mas não há nenhuma mágica a descobrir no
canto escuro de uma caverna, ou em algum túmulo distante. Descobrimos que ele é
realidade no coração humano. O sangue de Cristo faz seu grande impacto quando
unido à fé.
Em uma de suas
grandes viagens missionárias pelo território da Inglaterra, John Wesley viajava
por Hounslow Heath bem tarde da noite. Ele
assustou-se com uma voz zangada gritando:
– Alto!
Um homem segurou
o cavalo pelas rédeas e ordenou:
– Seu dinheiro ou
sua vida!
Wesley esvaziou
os bolsos. O ladrão não ficou satisfeito com as poucas moedas que conseguiu.
Wesley convidou o homem para verificar suas bolsas de cela. Elas estavam cheias de
livros cristãos. Desapontado, o ladrão virou-se para fugir, quando Wesley
gritou:
– Pare! Eu tenho
mais uma coisa para lhe dar.
O homem voltou e
Wesley inclinou-se. “Meu amigo”, ele disse de modo solene, “talvez viva a tempo
de se arrepender desse tipo de vida... se fizer isso, eu suplico que se lembre
disto: “O sangue de Jesus Cristo, o filho de Deus, nos purifica de todo
pecado”. O ladrão fugiu apressado sem falar e Wesley seguiu viagem, orando para
que as poucas palavras que havia dito pudessem alcançar a consciência do homem.
Anos depois, Wesley realizava um culto num domingo à noite em um grande
edifício. Quando a reunião terminou e a multidão começou a sair, muitas pessoas
ficaram perto das portas para ver o famoso Wesley, agora idoso e grisalho. Um
homem forçou passagem através do grupo em direção a ele, dizendo que tinha que
falar com o senhor Wesley. Finalmente ele pôde se apresentar. Ele era aquele
ladrão que havia tirado algumas moedas do evangelista em Hounslow
Heath. Ele disse que agora era um respeitado mercador na cidade, e melhor
ainda, era um filho de Deus. As palavras ditas naquela noite a tanto tempo
atrás, tinham sido usadas por Deus para levá-lo à conversão. O ex-ladrão tomou impulsivamente a mão de Wesley e a beijou
com respeito e afeto. Numa voz repleta de emoção, ele disse:
– A você, caro
senhor, eu devo tudo.
Wesley replicou
suavemente:
– Não, meu amigo,
a mim não, mas ao precioso sangue de Cristo que nos purifica de todo pecado.
Aquele ladrão
havia encontrado o cálice sagrado. Não estava escondido como uma relíquia em
algum túmulo exótico. Estava bem à mão o tempo todo... naquelas poucas palavras
ditas sobre o que o sangue de Jesus pode fazer. O cálice estava bem próximo,
tão perto quanto a confissão nos lábios do homem; tão perto quanto a fé em seu
coração.
Como já disse, a
lendária busca do cálice sagrado é bem irônica em certo sentido. Mas existe um
sentido no qual essas histórias refletem uma verdade muito importante. Tome,
por exemplo, as lendas associadas com o rei Arthur e os cavaleiros da távola
redonda. Aqui, a busca do cálice sagrado se tornou a maior das aventuras dos
cavaleiros. Após terem uma visão do cálice passando diante deles, todos os
cavaleiros do rei Arthur saíram em busca do verdadeiro. Em suas várias
aventuras ao longo da história, muitos se desviaram. Lionel foi tomado de uma
fúria assassina, e a certa altura, quase matou seu próprio irmão. Gauvain tinha uma fraqueza por mulheres. Outros chegaram
mais próximos do prêmio. A grande busca de Sir Lancelot transformou-se num
épico em si mesma. A história da busca do cálice de Sir Percival tornou-se uma
fábula de tentação com muito envolvimento, pecado, arrependimento e
restauração. Mas o cavaleiro que finalmente descobriu o cálice sagrado em toda
a sua glória foi Sir Galahad, o puro e nobre ideal da cavalaria e do romance
religioso.
Ao encontrar a
relíquia, ele experimentou uma incrível visão de Deus... e morreu em êxtase. Na
verdade, estas são apenas lendas românticas. Mas existe uma verdade que estas
histórias refletem. A procura do cálice sagrado é a maior busca da humanidade;
não existe uma aventura maior nesta vida; não existe um tesouro mais rico que
este para se procurar... o cálice que Cristo nos oferece. Ele vale o sacrifício
de tudo. Ele vale a entrega de nossa vida. Não ousemos desprezar este presente
porque Deus o trouxe tão perto de nós. Não ousemos trivializá-lo porque ele
está tão perto quanto uma palavra de fé em nossos lábios. Ele ainda é o santo,
o poderoso sangue de Jesus Cristo. Ainda é imensuravelmente um caro sacrifício.
Você continuará
procurando bem distante o cálice sagrado? Ou você o dispensou por estar tão
próximo, tão familiar? Em qualquer um dos casos, eu oro para que você, a partir
deste momento, aceite o precioso dom da salvação através do sangue, do
sacrifício do filho de Deus. Ele está muito próximo. Se confesse agora mesmo.
Deposite a sua confiança neste Salvador que tanto lutou para trazer a salvação
até aqui em nossas mãos na mesa da Ceia. Aqui junto a nós, simbolizada pelo pão
e o cálice da comunhão Cristo a tornou muito acessível. Basta que aceitemos.
BRAÇOS ABERTOS
Letra e Música: Arinei B.
Oliveira
Um homem chorando caminha sozinho
Ele sabe que o tempo já chegou
Carrega nos ombros a amarga tarefa
De amar aqueles que não têm valor
Abre Seus braços e Se entrega por
você
Chora em angústia
Pois não sabe se você vai aceitar o Seu amor
Com os braços bem abertos
Cristo deu a Sua vida
O Seu sangue nos convida a olhar o Seu amor
Quem seria assim capaz de abrir os braços e dizer:"Vem meu filho, Eu preciso de você"!
Com os braços bem abertos
Cristo deu a Sua vida
O Seu sangue nos convida a olhar o Seu amor
"Vem meu filho, vem sem mais te demorar
Com os braços bem abertos
Eu morri pra te salvar
Com os braços bem abertos
Eu estou a te esperar
Talvez algum dia você compreenda
Toda angústia que Ele suportou por você
Jesus poderia cruzar os Seus braços
E deixar a humanidade perecer
Mas Seu amor foi maior que a Sua razão
Pois reconhece
Que sem Ele nossa vida é um mal sem solução
Gravado por Alessandra Samadello
no ABLP.555001 da Gravadora ABBO
ORAÇÃO
Pai nosso, chegamos a Ti como seres humanos pecadores que
precisam de ajuda. Temos estado em constantes buscas que não nos levam a lugar algum.
E agora queremos fixar nossos olhos, nossa fé, somente no dom da salvação em
Jesus Cristo. Obrigado por morreres por nós perdoando assim os nossos pecados.
Obrigado por viveres por nós como Redentor e Rei. Aceitamos esse sangue que nos
purifica e colocamos a nossa fé em Ti. Amém.
Caso você queira aprofundar o seu conhecimento da Bíblia,
solicite agora mesmo o
Curso Bíblico do
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SUBSTITUINDO A OBSCENIDADE
George Vandeman
– Me dá isso. Me dá essa droga...
– Filho! O quê
que você disse?
– Um palavrão.
– Venha cá
rapazinho. Nós já conversamos sobre isso. Você sabe que não falamos desse jeito
aqui em casa. Estou decepcionada e você sabe o que precisa acontecer.
Antigamente,
quando garotos diziam palavrões, sua boca era lavada com sabão. Atualmente,
quando garotos dizem palavrões, eles ganham um microfone e um palco.
Parece que os
palavrões estão em toda parte hoje em dia. Nos diálogos na tela de cinema, nas
canções de sucesso, nas camisetas, em adesivos e em várias propagandas. A
obscenidade é a regra do jogo, e todos nós acabamos absorvendo isso, de uma
maneira ou de outra. Os entretenimentos parecem precisar de algo censurável.
Disseram-me que o
grupo ’Beastie Boys’ têm apresentações obscenas no palco. Bandas de ’heavy
metal’, como o ’Black Sabbath’, mostram imagens satânicas. Os grupos de rap,
como o ’Too Live Crew’, que influenciam tantos jovens
no mundo hoje, falam freqüentemente de ódio e sexo
explícito. Na maioria dos filmes é difícil passar de uma cena para outra sem
ouvirmos palavras grosseiras. Não é difícil ouvirmos nas rádios e televisões
piadas picantes e vários tipos de histórias obscenas. Um número crescente de disc-jóqueis
de rádios populares em muitas cidades, acham importante ofender. Comediantes no
grande circuito de shows individuais tentam chamar atenção usando palavrões em
suas apresentações. Até mesmo nos programas infantis, veiculados na TV, podemos
ver muitas mães sorrindo de insinuações sexuais.
Richard Corliss, ao escrever para a revista ’Time’, disse o
seguinte: “existe um tom picante em quase todas as áreas da cultura pop
americana.” Em parte é porque os artistas estão numa
rua de sentido único buscando achar linguagens e imagens cada vez mais
ultrajantes. Algo que nos chocava há alguns anos, passa desapercebido hoje em
dia. Existe uma pressão contínua de se ultrapassar os limites, de se acabar com
os últimos tabus.
Um professor de
inglês numa faculdade de Nova Iorque, fez a seguinte afirmação: “já que os
palavrões estão na moda atualmente, existem padrões diferentes. A pornografia
atual é violenta, freqüentemente com violência
sexual. E a nova obscenidade é o racismo.”
Um exemplo é o
grupo de rock, ’Guns n’ Roses’, e seu álbum ’Appetite for Destruction’, que já
vendeu milhões e milhões de cópias. Numa de suas músicas em outro álbum, eles
conseguiram vomitar seu ódio da polícia, negros, imigrantes e homossexuais.
Andrew Dice Clay, famoso humorista americano, anuncia seu álbum
com as seguintes palavras: “contém muitos palavrões e nenhuma piada!!!” No
álbum ele humilha e agride verbalmente mulheres e negros.
O que devemos
fazer com estas grosserias nos entretenimentos de hoje? Algumas pessoas acham
que estas grosserias são simplesmente a manifestação de uma nova geração
emitindo seus próprios gostos, esforçando-se para chocar e ofender os mais
velhos. Um comentarista chegou a dizer o seguinte: “acostumem-se todos, vivemos
num mundo podre.” E tem gente que garante que daqui 30 anos vamos achar que tudo isso que nos agride
hoje em dia, na verdade, tem seu valor artístico.
Outras pessoas vêem um perigo real. Charles Alexander manifestou sua
preocupação recentemente num artigo da revista ’Time’. Ele mostrou que nas
músicas de heavy metal, a diferença entre sexo e estupro é muito pequena. Este
tipo de música traz mensagens implícitas, dizendo que as mulheres são objetos
sexuais para o uso do homem, que a violência é uma forma eficaz para resolver
conflitos, que não tem problema odiar uma classe de pessoas. E Alexander
apresentou uma estatística chocante: “enquanto a população de adolescentes está
diminuindo,” ele disse, “o número de assassinatos e estupros cometidos por
jovens está aumentando. O número de adolescentes grávidas chegou a proporções
epidêmicas.”
O entretenimento
reflete aquilo que ocorre na sociedade, mas Alexander perguntou: “será que a
cultura pop não está reforçando e talvez ampliando o mau comportamento?” Às
vezes as manchetes sugerem que a resposta é afirmativa. Recentemente em Nova
Jersey a polícia constatou que sete adolescentes de classe média estupraram uma
menina de 17 anos que tinha problemas mentais.
Se a nossa
sociedade está se tornando cada vez mais obscena, no que diz e no que faz,
precisamos saber como podemos combater tudo isto. Como podemos lutar contra
todas estas coisas que agridem e degradam outras pessoas? Qual é a melhor forma
de enfrentar a obscenidade? Será que precisamos acabar com os cinemas que
mostram filmes pornográficos? Devemos lutar por uma censura que reprima os
artistas que falam vulgaridades? Ou talvez colocar tarjas de alerta nos álbuns
com letras obscenas? Estes esforços podem ajudar a limpar do ar as transmissões
de muitos palavrões, e talvez até um pouco do racismo e pornografia. Como
indivíduos, temos a responsabilidade de influenciar o que fazer nos
entretenimentos. Mas precisamos fazer muito mais do que lutar na defensiva, meu
amigo.
Ao enfrentarmos
um mundo cada vez mais obsceno, a maioria de nós só se preocupa em limpar um
pouquinho aqui e ali, nos livrando dos palavrões e imagens imorais. Mas
precisamos também influenciar as pessoas, fazer com que pensem sobre o que
estão dizendo e vendo.
James Haldane, um jovem capitão inglês do navio Melville Castle, há muitos anos atrás teve que enfrentar uma batalha com um
navio inimigo. Muitos marinheiros foram mortos ou feridos. Para continuar a
luta, ele mandou que a tripulação de baixo subisse para o convés. Quando os
marujos viram os corpos dos colegas no convés, recuaram chocados. O capitão Haldane ficou furioso e xingou todos seus homens
mandando-os para o inferno.
No final desse
dia, um marinheiro cristão aproximou-se do capitão e perguntou com todo
respeito:
– Senhor, se Deus
tivesse feito a sua vontade, onde estaríamos todos agora?
Esta pergunta
atingiu a consciência do capitão Haldane. Ele buscou
o Deus que ele sempre tratara com tanto desprezo, converteu-se completamente e
se tornou posteriormente um pregador que trabalhou em nome do evangelho durante
54 anos.
Aquele soldado
corajoso demonstrou algo importante. Ele ajudou o capitão a pensar sobre o que
o seu xingamento significava. Será que ele realmente podia condenar ou mandar
alguém para o inferno? É claro que não. Ele tinha sido muito presunçoso. As
poucas palavras do marinheiro o atingiram profundamente.
Tampar nossos
ouvidos não vai mudar
o mundo. Precisamos de algo mais do que apenas uma reação de defesa à
obscenidade. E se as pessoas se tornassem mais ofensivas? E se tentássemos
substituir a obscenidade, em vez de simplesmente apagá-la?
Um ator muito
famoso, que se tornara cristão, estava gravando com uma grande atriz que xingava
toda vez que errava sua fala. Ela cometia muitos erros. O ator sentiu-se
desconfortável, mas não quis criticá-la. E então ele teve uma idéia. A próxima vez que ela xingou ele disse bem
suavemente:
– Deus seja
louvado.
Isto continuou
durante um tempo, um dueto estranho de xingamento e louvor. Finalmente a atriz
parou e perguntou:
– Por que você
fica falando isso?
O ator respondeu
simplesmente:
– Compensação.
Você está cansado
desta invasão pornográfica? Será que esta enorme enxurrada de palavrões parece
uma ameaça? Então se pergunte: existe alguma coisa para colocar no seu lugar?
Afinal de contas, as pessoas usam as obscenidades por uma razão: elas causam
impacto. Um certo poder. Poder para impressionar ou chocar. A raiva se torna
mais ameaçadora quando acompanhada de xingamentos. O deboche é ainda mais
eficaz quando acompanhado de obscenidade. As pessoas querem que suas palavras
sejam poderosas para que as coisas aconteçam. Maldizer, xingar e mandar isso ou
aquilo para o inferno, dá à algumas pessoas a ilusão
de força e poder.
É verdade que
seria melhor se pudéssemos
eliminar a obscenidade. Mas será que ela não pode ser
substituída? Existe outra linguagem que dá poder aos indivíduos, poder
verdadeiro?
Um dia um mendigo
dirigiu a palavra aos apóstolos Pedro e João, quando entravam no templo em
Jerusalém. O homem era um aleijado que ficava lá mendigando todos os dias e ele
pediu-lhes dinheiro. Pedro olhou para o mendigo e disse que ele não tinha prata nem ouro,
mas daria o que tinha. O apóstolo disse com firmeza:
– Em nome de
Jesus Cristo de Nazaré, ande.
Pedro ajudou o
aleijado a se levantar e na hora seus tornozelos tornaram-se fortes. Este
milagre atraiu uma multidão, e também a atenção do
guarda do templo. Pedro e João foram levados até os governantes e os escribas
para interrogatório. Eles tinham que dizer com que poder conseguiram fazer
aquele milagre. De uma posição de defesa, Pedro se tornou acusador. Suas
palavras foram: “Tomai conhecimento vós todos e todo o povo de Israel de que,
em nome de Jesus Cristo, o Nazareno, a quem vós crucificastes e a quem Deus
ressuscitou dentre os mortos, sim, em seu nome é que este está curado perante
vós” (Atos 4:10).
Pedro deixou bem
claro que não foi sua própria habilidade psíquica ou mágica que fez o aleijado
andar. Ele agiu em nome de Jesus, da parte de Jesus, através do poder de Jesus.
Sim, era o mesmo Jesus que estes homens haviam condenado à morte na cruz.
Você sabe que o
nosso mundo pode tratar o nome de Jesus como algo sem significado ou até uma
maldição. As pessoas podem achar que o poder deste Salvador já está morto e
enterrado há muito tempo, é apenas um símbolo de um passado distante. Mas este
nome pode ser revivido por cada um de nós. Ainda é poderoso; pode realizar
maravilhas.
Se você está
aborrecido por causa da quantidade de obscenidades no mundo, tanta blasfêmia,
então por que não usar este nome, usá-lo para abençoar em vez de xingar,
usá-lo para mudar sua vida e as de outras pessoas?
Até onde Dodie Ritchie consegue se lembrar, ela sempre vivenciou um
certo fenômeno psíquico; parecia que uma força a tomava; muitas vezes ela
ficava eufórica. Mas depois que ela ficou cega por causa de uma crise violenta
de diabetes, a força tomou um caráter malévolo. As coisas pioraram quando seu
marido a deixou.
Dodie tentou enterrar seus problemas em muitas festas que
viravam a noite e em muitas drogas também. Ela mal conseguia sobreviver
fisicamente. E a força se tornava mais insistente e ameaçadora. Pela educação
religiosa que tivera, Dodie sabia que esta era uma
força satânica.
Ela comprou uma
cruz de ouro para usar no pescoço e tinha uma Bíblia perto da cama. Mas mesmo assim ela não se sentia segura. Tentava orar bem alto para afastar a força
quando esta se aproximava. Ela achava que estava
lutando numa batalha perdida, era incapaz de controlá-la.
Certa manhã
estava sozinha em seu apartamento, sentindo o sol entrar pela janela. Dodie sentiu aquela presença conhecida se aproximar. Ela
apertou o lençol. Aos poucos a força abraçou-a, apertando-a até que ela não
conseguisse se mexer. Ela estava tão apavorada que não conseguia gritar por
socorro. A força começou a sufocá-la; ela precisava respirar. Dodie achou que só havia uma esperança. Ela tinha que dizer
o nome. Ela lutou e finalmente sussurrou, ’Jesus.’ Ela lutou para pronunciar
cada sílaba de novo, ’Jesus, Jesus, Jesus.’ Aos poucos a força começou a
soltá-la e Dodie a sentiu se afastando. Ela sentou na cama e continuou repetindo o nome, afastando
aquela presença satânica com seus olhos sem visão. Após alguns minutos tudo
tinha passado.
Finalmente, Dodie dedicou sua vida à este
Nome, a esta Pessoa, que tem esse poder de salvar.
Sim, existe um
nome poderoso que pode causar impacto em nosso mundo. Jesus não apenas compete
com o mal, Ele o domina, Ele o substitui. E este mesmo Jesus não nos oferece
apenas Seu nome, Seu poder, Ele inspira um tipo único de linguagem feito para
substituir a obscenidade que nos cerca. É uma linguagem que todos precisamos
aprender.
A esposa de um
oficial do exército procurou um capelão cristão certa de que sua situação não
tinha saída. Seu marido se tornara um alcoólatra. Às vezes chegava em casa com
seus filhos e o encontrava jogado no chão da sala, inconsciente de tanto beber.
A vida com aquele homem se tornara insuportável e a esposa resolveu se separar:
– Você pode me
dizer qualquer coisa, – disse ao capelão – mas não me peça para ficar com ele.
Simplesmente não vou conseguir.
O capelão a
surpreendeu ao dizer:
– Não me
interessa se você ficar com ele ou não. Eu só quero que você agradeça à Deus
porque seu marido é do jeito que é.
Este capelão
havia descoberto que Deus conseguia fazer grandes coisas quando as pessoas com
problemas sérios usavam palavras de agradecimento e louvor em sua vida, e
começavam a pensar em Deus e não somente no problema. Ele falou para ela sobre
a ordem do Novo Testamento para agradecermos a Deus em todas as circunstâncias.
Ela achou que isso era meio ridículo, tendo em vista sua vida atual, mas
concordou em orar.
O capelão se
ajoelhou ao seu lado e pediu à Deus que lhe desse fé para acreditar que Ele é
um Deus de amor e poder e que tem o universo em suas mãos.
Finalmente, um
resquício de fé voltou à vida daquela esposa desesperada e ela sussurrou:
– Eu acredito.
O capelão a
incentivou a se dedicar mais em agradecimentos e louvores.
Duas semanas
depois ela ligou para dizer:
– Estou ótima.
Meu marido é outro homem. Ele não bebeu em duas semanas.
– Isto é ótimo –
disse o capelão – gostaria de falar com ele.
– Você ainda não
conversou com ele? – ela perguntou muito surpresa.
– Não, nunca
fomos apresentados.
Com isso, a
mulher ficou estarrecida:
– Isto é um
milagre – ela disse – no dia que eu lhe procurei, ele chegou em casa depois do
trabalho e pela primeira vez em sete anos não foi até a geladeira para pegar
uma cerveja. Em vez disso, ele foi até a sala e conversou com as crianças.
Tinha certeza que você havia conversado com ele.
Ela começou a
chorar de alegria, e o capelão lhe assegurou que a oração deles de louvor havia
liberado o poder de Deus para ajudar a vida de outra pessoa.
Palavras de
agradecimento. Palavras de louvor. Esta é a linguagem que Jesus Cristo inspira.
Estas são as palavras que podem fazer diferença em nosso mundo. Elas substituem
a obscenidade; elas podem dominar o mal. Nossas orações, é claro, nem sempre
irão produzir rapidamente os resultados esperados. Mas o importante a ser
lembrado é que Deus age através de Sua palavra, através da oração. Ele vive nos
louvores de seu povo.
Que palavras
dominam sua vida? Que palavras lhe ajudam a passar o dia? Somente palavras
comuns e triviais? Sem sentido? Que tal dar uma injeção de palavras poderosas
no seu dia? Você está perturbado com a obscenidade existente? Não abaixe a
cabeça apenas e procure um esconderijo. Expresse gratidão. Declare a graça do
Senhor Jesus Cristo. A Palavra de Deus está repleta de palavras de graça,
palavras que desafiam o mal que nos cerca. As palavras da Bíblia podem ofuscar
as sujeiras do mundo. Veja apenas algumas delas, das cartas do apóstolo Paulo:
“Dou graças ao meu Deus todas as vezes que me lembro de vós” (Filipenses 1:3).
Não consigo
pensar num incentivo mais bonito que este. E ele continua escrevendo: “Fazendo
sempre com alegria oração por vós em todas as minhas súplicas” (Filipenses
1:4).
Aos
tessalonicenses o apóstolo diz confiantemente: “... Pois a vossa fé cresce
sobremaneira, e o vosso mútuo amor de uns para com os outros, vai aumentando”
(II Tessalonicenses 1:3).
Paulo escreve aos
coríntios sobre o quanto ele está feliz porque eles experimentaram a graça de
Jesus Cristo: “Porque em tudo fostes enriquecidos nele...” (I Coríntios 1:5).
Palavras de
bênção. Palavras de agradecimento.
Palavras de louvor. Estas são as
palavras que elevam o nosso espírito e nos dão um gostinho da linguagem do Céu.
As epístolas do Novo Testamento estão repletas delas. Elas são a nossa herança,
o nosso tesouro. São bastante poderosas para substituírem a obscenidade da
palavra e do ato que ferem nosso mundo.
Estas palavras de
louvor são a nossa única esperança como seres humanos. Então por favor, leve-as
para sua vida, absorva-as. Acredite nelas.
Aprenda a usá-las. Não fique
apenas reclamando do estado lastimável do nosso mundo. Faça alguma coisa. Fale
as palavras de graças que o evangelho inspira.
Será que a
linguagem está cada vez mais obscena e detestável? Então ponha mais energia nas
palavras de louvor e gratidão. A blasfêmia é a linguagem no seu trabalho ou na
sua escola? Então aprenda a louvar com mais entusiasmo. Você resolve que tipo
de palavras irão dominar sua vida, meu amigo. Você inventa os nomes e os
rótulos para o mundo que o cerca.
Comece agora com
o nome que está acima de todos os nomes, o nome do Senhor Jesus Cristo. Ele é
nosso Salvador, nosso Mestre, e Senhor. Jesus pode fazer uma grande diferença.
Ele irá lhe ensinar a linguagem da gratidão, da bênção e do louvor.
CANTEMOS LOUVOR
Letra e música: Ariney B.
Oliveira
Cantemos ao nosso Deus com fervor e amor,
cantemos ao Rei do Céu cantos de louvor.
Cantemos ao nosso Deus com fervor e amor,
cantemos ao Rei do Céu cantos de louvor.
A Deus dai
a glória por Seu grande amor,
cantai aleluia, cantai Seu louvor!
Cantemos ao nosso Deus com fervor e amor,
cantemos ao Rei do Céu cantos de louvor.
Cantemos ao nosso Deus com fervor e amor,
cantemos ao Rei do Céu cantos de louvor.
Dai glória a Deus nosso Pai,
cantai louvor e honra.
Dai glória a Deus nosso Pai,
cantai o Seu louvor.
Cantemos ao nosso Deus com fervor e amor,
cantemos ao Rei do Céu cantos de louvor.
Cantemos ao nosso Deus com fervor e amor,
cantemos ao Rei do Céu cantos de louvor.
A Deus dai
a glória por Seu grande amor,
a honra e a glória, a honra e a glória.
Dai louvor ao Senhor, cantai,
cantai louvor e honra,
cantai, louvai!
Cantemos ao nosso Deus,
cantemos ao nosso Deus,
cantemos louvor!
Gravado por Alessandra Samadello
no ABLP 555001 da gravadora ABBO
ORAÇÃO
Meu Pai, preciso de Suas palavras de poder em minha vida.
Às vezes me sinto indefeso perante a sujeira que enche o mundo a minha volta.
Sinto-me fraco e vulnerável. Ajude-me a usar Sua palavra com confiança.
Ajude-me a falar uma linguagem cada vez mais celestial. Ajude-me a chamar o
nome de Jesus como
meu Salvador e Senhor. Amém.
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DA TRINCHEIRA PARA A ETERNIDADE
George Vandeman
A guerra no Golfo
Pérsico começou com o ruído dos Caças F-14, dos Intruders
A-6E e dos bombardeiros Stealth que rasgaram o céu
escuro da Arábia Saudita. A grande demonstração de tecnologia reunida pela
aliança contra o iraque de Saddan
Hussein, era de causar espanto. O mundo assistiu através dos aparelhos de
televisão o espetáculo de bombas inteligentes acertando seus alvos com
precisão. Ouvimos sobre a aeronave Wild Weasel que
consegue desligar todo o sistema de radar de uma nação. O troar do poder aéreo
nos deixou sem fôlego naqueles primeiros dias. O homem que invadiu o Kuwait,
teve que ver a sua máquina militar ser sistematicamente posta fora de combate.
A operação
tempestade no deserto foi muito mais eficiente do que qualquer um poderia
imaginar. Mas aí, é claro, começamos a ver que havia um custo para a libertação
do Kuwait. Não se tratava apenas de um sofisticado vídeo-game.
Seres humanos estavam morrendo. E quando foram iniciados os ataques por terra,
começamos a ver a cruel e inevitável face da guerra.
Os caixões
cobertos com a bandeira nacional chegando na América nos fizeram parar para
refletir sobre a vida e a morte, e em como confortar as famílias dos que
morreram.
Após a glória da
bem-sucedida ação militar, vem sempre o pranto. Após o terreno conquistado, os
objetivos alcançados, há sempre os custos. A guerra do Golfo fez muitos de nós
enfrentarmos perguntas difíceis. Tivemos que perguntar quando e se a guerra se
justifica. Tivemos que ponderar sobre o problema das baixas civis. E acima de
tudo, tivemos que enfrentar a tragédia de homens e mulheres ceifados na flor da
idade. E quanto a eles? A existência deles terminou? Todos os seus sonhos foram
irrevogavelmente destruídos pura e simplesmente com o espocar de uma bala de
rifle ou um morteiro? O que podemos dizer às famílias ao dobrarem suas
bandeiras, após o filho, marido ou filha terem sido colocados dentro da terra?
Será que temos palavras de conforto para eles?
É claro, não são
apenas as baixas que suscitam estas perguntas em nós. Cada soldado no campo de
batalha tem que enfrentar a morte de modo próximo e pessoal. Balas
zunindo sobre a cabeça costumam fazer as questões básicas da vida se destacarem
de forma clara e aguda.
Quero dar a você
respostas bíblicas para as questões sobre a morte e o após vida. Podemos
inventar todo tipo de resposta. Podemos imaginar tudo, de espíritos flutuando
por aí, até uma cidade no final de uma estrada de pedras amarelas. Mas é hora
de darmos uma cuidadosa olhada no que a Bíblia tem a dizer. Precisamos de
respostas confiáveis. Nenhum outro livro no mundo nos dá tantas provas de ser
uma mensagem inspirada e com autoridade do nosso Criador. E as Escrituras têm
muito a dizer a respeito da natureza do homem e do nosso destino. Elas falam
com muita clareza sobre o assunto.
O primeiro
princípio que a Bíblia apresenta pode não parecer tão encorajador a primeira vista. Ele é, de fato,
triste. Em Gênesis 3, descobrimos certos fatos da vida que Deus revelou a Adão
e Eva logo após o pecado e a morte entrarem em cena: "No suor do rosto
comerás o teu pão, até que tornes à terra, pois dela foste formado: porque tu
és pó e ao pó tornarás". (Gênesis 3:19)
As Escrituras
enfrentam a mortalidade humana abertamente. Elas não tentam imaginar a morte
distante. Em outro ponto o homem na Bíblia é descrito como "um sopro que
passa e que nunca mais volta", ou uma "flor que murcha".
Mesmo no Novo
Testamento encontramos esta aceitação da natureza passageira da existência
humana. Tiago escreveu isto para alguns de seus arrogantes contemporâneos:
"... que é a vossa vida? Sois apenas como neblina que aparece por instante
e logo se dissipa".
(Tiago 4:14)
Uma neblina que
se dissipa. E o mais interessante, é que em nenhum lugar na Bíblia encontramos
passagens a respeito da alma imortal do homem ou do espírito eterno. Tais
frases jamais ocorrem. Muitas pessoas têm associado idéias
a respeito da imortalidade da alma com o cristianismo; e cristãos têm sido
tentados a incentivar outros com tais idéias por
algum tempo. Mas as Escrituras deixam muito claro que por causa do pecado o
homem é definitivamente, sem exceção, mortal. Portanto, isto quer dizer que não
existem bases para a esperança além-túmulo? O nosso destino eterno é o pó?
Ah, amigo, a
Bíblia, na realidade, está repleta de esperança como iremos ver; mas ela
direciona tal esperança em uma única direção. Ouça esta entusiástica oração de
Paulo: "...bendito e único soberano, o rei dos reis e senhor dos senhores;
o único que possui imortalidade, que habita em luz inacessível..." (I
Timóteo 6:15 e 16)
Note o trecho,
"o único que possui imortalidade". Este é o ponto de partida da
esperança na Bíblia. Só Deus é imortal. Esta é a primeira resposta que devemos
procurar.
Quando estamos
lutando para entender a morte, com aqueles caixões cobertos com bandeiras,
devemos buscar esperança somente em Deus. Isso parece tão simples, tão direto,
mesmo assim muitas pessoas não entendem. Tentamos encontrar bases para esperar
algo dentro de nós. Tentamos detectar alguma fagulha de imortalidade, alguma
essência que permanecerá imutável após nossa carne apodrecer. Algumas pessoas
tentam até captar algum traço de uma vida anterior, e colocam suas esperanças
na reencarnação. Mas a Bíblia é clara, meu amigo: somente Deus é imortal. Nossa
esperança está nEle e em mais nada. Encontrar um
caminho além-sepultura depende de Deus, e não daquilo que fazemos. A
imortalidade depende somente de Deus.
Agora tal fato
pode parecer um problema grande demais para muitas pessoas. Afinal, Deus, o
único eterno, é também descrito como O que habita em luz inacessível. A
imortalidade pode parecer um caminho muito longo quando escondida no
todo-poderoso.
Bem, é aqui que o
segundo grande princípio da Bíblia sobre a imortalidade é apresentado. O
apóstolo amado proclama alto e claro: "...que Deus nos deu a vida eterna;
e esta vida está no seu filho. Aquele que tem o filho tem a vida; aquele que
não tem o filho de Deus não tem a vida". (S. João 5:11 e 12)
Esta imortalidade
que habita na luz inatingível desceu à Terra. A vida eterna veio até nós na
pessoa de Jesus Cristo. É como se as riquezas infinitas do Céu fossem
condensadas em um presente brilhante. E esse presente é Cristo, o Filho de
Deus. A imortalidade é a dádiva que Ele nos traz de Seu Pai. O apóstolo João
deixa isso muito claro: se você tiver o Filho, você tem a vida; se não O tiver, não tem a vida.
Jesus Cristo,
pelo Seu sacrifício na cruz, abriu o caminho para os seres humanos pecadores
possuírem a imortalidade. Esta mortalidade que o pecado nos trouxe, pode ser
cancelada. Aqueles que aceitam o Filho como Senhor e Salvador podem participar
da própria vida de Deus.
A Bíblia torna a
imortalidade uma questão de relacionamento. É uma coisa pessoal entre você e
Cristo. Ao aceitá-LO, somos recebidos na vida eterna.
Isso é o que as pessoas precisam hoje; uma resposta pessoal, individual.
Aqueles homens e
mulheres que se abrigaram em trincheiras no deserto, ouvindo o ruído da
artilharia sobre sua cabeça, são, cada um, um coração que pulsa, uma história,
um rosto encarando assustado a ameaça da morte. Eles sentem que têm um encontro
individual com o destino.
Um recruta que
rumava para o Golfo Pérsico disse o seguinte:
– Se houver uma
bala por lá com o meu nome, tudo bem, será a minha vez. O que me preocupa é
aquela onde se lê: "a quem possa interessar".
Ninguém quer ser
apenas uma estatística. Ninguém se vê como um nome a mais na lista de baixas. E
certamente os parentes que aguardam em casa não vêem
seus entes queridos deste modo. Queremos ser contados como pessoas. Não
queremos que nossa vida desapareça dentro do mar do passado da humanidade. É
por isso que a resposta que Cristo oferece é uma grande notícia. A vinda de
Jesus à Terra era o modo de Deus dizer: "você é importante, sim, você
individualmente. Quero conhecê-lo; quero começar um relacionamento com você, e
quero que Me aceite para que possamos desfrutar juntos a vida eterna".
Deus percorreu
grandes distâncias para nos dar segurança sobre como podemos ter esperança além
da morte. Veja o que o Salvador disse: "em verdade, em verdade vos digo:
quem ouve a minha palavra e crê naquele que me enviou, tem a vida eterna, não
entra em juízo, mas passou da morte para a vida". (S. João 5:24)
Os que crêem passaram da morte para a vida. Eles não estão mais
condenados porque Cristo os perdoou; eles não são mais mortais perdidos porque
a vida eterna está no Filho, e eles têm o Filho! É claro, amigo, o valor de uma
promessa assim depende daquele que a faz. Bem, quem é esse indivíduo que faz
promessas sobre a vida eterna?
O apóstolo Paulo
diz o seguinte sobre o Filho de Deus: "a imagem do Deus invisível" e
continua: "porque nele foram criadas todas as coisas que há nos céus e na
terra, visíveis e invisíveis..." (Colossenses 1:16)
Jesus Cristo é o
Criador. É Ele quem nos dá a garantia da vida eterna. Foi Ele quem fez todas as
criaturas que povoam a Terra. Ele é aquele que formou Adão do pó da terra. E
amigo, Ele é aquele que nos formará de novo do pó da morte. Ele pode fazer
isso. Ele tem poder.
Homens e mulheres
que enfrentam os horrores da guerra precisam saber disso. Muitos daqueles
caixões cobertos com a bandeira nacional que voltaram para casa estavam
lacrados. O fato triste dos restos irrecuperáveis é um dos legados da guerra.
Como deve ser difícil para a mãe, irmão ou esposa que pranteiam, agarrar-se à
esperança se estão esperando alguma coisa do ente querido. É difícil imaginar
voltar a ver aquele pessoal se, fisicamente, ele ou ela desapareceu por
completo da face da Terra.
Mas a nossa
esperança está em Jesus Cristo, o Criador e Recriador. Ele pode criar do pó da
terra seres humanos que vivem, respiram, pensam e sentem. Em outras palavras,
Ele pode criar do nada. Esse é o segredo da imortalidade. Não tente procurá-la
em uma alma inconquistável; não tente ouvi-la no sussurrar de algum espírito. A
imortalidade está em Jesus. Se você tem o Filho, você tem a vida eterna.
Isto nos leva à
última pergunta. De que tipo de vida após a morte estamos falando? Como seremos
além da sepultura?
É bastante
curioso, quanto mais as pessoas tentam sintonizar-se na imortalidade dentro dos
seres humanos, mais vaga se torna a figura da vida após a morte. Talvez você
tenha notado isso. Alguns depositam sua esperança em experiências extra-corpóreas. Pessoas afirmam
sentir que estão de algum modo deixando seu corpo e flutuando através de um
túnel escuro em direção a algum ponto luminoso. Outros crêem
que, após a morte, seu espírito de algum modo ainda poderá se comunicar com os
entes queridos. Tudo isso é um esforço bastante compreensível para imaginar que
algo permanece após os nossos corpos retornarem ao pó.
Nós
instintivamente cremos que somos mais do que uma simples coleção de substÂncias químicas. E estamos certos. Quando Deus soprou
em Adão o fôlego da vida, ele tornou-se um ser consciente. O nosso grande
engano é tentar acreditar que a imortalidade é algo gerado dentro de nós.
Alguns acham que no após-vida podemos nos tornar indiferentes. Que coisa vaga e
abstrata!
E sabe, amigo,
esse é o tipo de figura que a maioria dos rapazes e moças que combatem na
guerra não estão interessados. Eles estão na flor da idade; eles estão bastante
vivos fisicamente. Quem quer ser um espírito qualquer flutuando por aí? Quem
quer voltar como uma abstração no cosmo? Essas idéias
não sugerem vida após a morte tanto quanto morte após a morte. Mas as
Escrituras nos oferecem uma figura bastante definida da vida eterna no Céu com
Deus e com nossos entes queridos. Elas nos oferecem um lugar real para a vida
real com relacionamentos reais. E ela começa num ponto definido no tempo.
Falando da
segunda vinda de Jesus Cristo, Paulo afirma que "nem todos dormiremos, mas
transformados seremos todos, num momento, num abrir e
fechar de olhos, ao ressoar da última trombeta. A trombeta soará, os mortos
ressuscitarão incorruptíveis, e nós seremos transformados. Porque é necessário
que este corpo corruptível se revista da incorruptibilidade, e que o corpo
mortal se revista da imortalidade". (I Coríntios 15:51-53)
As Escrituras não
dizem que flutuaremos para dentro das nuvens. Elas dizem que ressuscitaremos.
Cristo nos recriará e seremos cobertos com a imortalidade. Será aí que o dom da
vida eterna se transformará em uma realidade física. Do pó da sepultura levantaremos para a vida, pensando, sentindo como seres
humanos completos. Isto não será uma experiência extra-corpórea. Paulo a descreve de maneira
maravilhosa: "semeia-se o corpo em corrupção; ressuscitará em incorrupção...semeia-se em fraqueza, ressuscitará com
vigor. Semeia-se corpo animal, ressuscitará corpo espiritual..." (I
Coríntios 15:42-44) Cristo, o Criador, nos dará novos e
maravilhosos corpos em sua vinda, corpos infinitamente melhores que os antigos,
corpos que, como Paulo diz "terão a semelhança do homem do céu". Esta
é a esperança que a Palavra de Deus oferece a cada um de nós. E esta é a
esperança que nosso mundo precisa desesperadamente. Rapazes e moças ceifados na
flor da idade podem saber que há uma ressurreição, uma ressurreição para a vida
física real. Quem perdeu seus familiares pode ter certeza que
existe um Céu, um Céu verdadeiro onde encontraremos nossos queridos.
Em outra guerra,
há centenas de anos passados, numa época em que os exércitos de Napoleão
estavam atacando toda a europa. Um dos generais de
Napoleão fez um ataque surpresa à pequena cidade de Feldkirch,
localizada na fronteira da Áustria. O povo lá podia olhar pelas janelas e ver
um enorme grupo de disciplinados soldados franceses manobrando nas colinas logo
acima da cidade. Um conselho de cidadãos foi convocado às pressas e começou a
debater nervosamente se deveriam render-se imediatamente ou tentar algum tipo
de defesa. A situação parecia desesperadora. Mas aí o velho pastor da igreja
levantou-se diante do conselho e declarou:
– "Hoje é o
dia da páscoa. Estivemos contando com nossas próprias
forças, e isso não vai dar. Assim fracassaremos. Hoje é o dia da ressurreição
do Senhor. Vamos tocar os sinos e realizar o culto como de costume e deixar o
problema nas mãos de Deus. Só conhecemos nossas fraquezas e não o poder de
Deus".
Bem, aquele
discurso produziu um grande efeito naqueles líderes em Feldkirch.
Eles decidiram aceitar o plano do pastor. Em alguns instantes todos ouviram os
sinos tocarem no campanário da igreja alto e claro anunciando alegremente a
ressureição do Salvador. E aquele som ecoou até as tropas francesas que
posicionavam seus canhões e calavam as baionetas. Os oficiais concluíram que
aquele toque repentino dos sinos significava que o exército austríaco havia
chegado durante a noite. Assim, eles rapidamente levantaram acampamento e
voltaram para a França. O perigo havia passado antes dos sinos da páscoa pararem de tocar.
Amigo, não existe
melhor notícia no mundo do que a notícia da ressureição de Cristo. Somente este
evento pode dar esperança às pessoas, mesmo no meio dos horrores da guerra.
Somente esse evento nos oferece a chance de vida real, de vida eterna
além-túmulo.
Qualquer que seja
o perigo que esteja enfrentando, qualquer mágoa que
esteja sentindo, ouça os sinos da páscoa. Cristo está oferecendo o
maior dos presentes para todos os que O aceitarem. Ele quer começar um
relacionamento que durará para sempre.
FOI NUMA LINDA MANHÃ
Letra e Música: Jim Croegaert
Versão: Everson Mückenberger,
Edison e Eclair Ercole
Foi numa linda manhã...
No dia em que Jesus ressurgiu,
Maria triste acordou,
Pensava então: "O Mestre se foi."
Foi numa linda manhã
Que Maria andou por Jerusalém
E, lá na tumba, encontrou
As boas novas do Salvador.
Que alegria!
Será que a terra toda cantou?
A natureza toda canta sem parar
E parece dizer: "Ele vive!"
Mares, montanhas, dizem todos sem cessar:
"Ele vive!" Aleluia! Aleluia!
Foi numa linda manhã
Que João correu por Jerusalém,
E Pedro com ele foi
Rumo ao sepulcro do Salvador.
Foi numa linda manhã
Que Jesus andou por Jerusalém!
"Ele vive!" Aleluia! Aleluia!
ORAÇÃO
Querido Pai, eu Te agradeço pelo dom da imortalidade em
Jesus Cristo. Encontrei pouquíssimas razões de esperança ao buscá-las dentro de
mim mesmo. Quero colcoar a minha fé inteiramente em
Ti e em Tua vitória sobre o pecado e a morte. Obrigado por morreres por mim.
Obrigado por abrires o caminho para um céu maravilhoso onde poderei desfrutar
uma vida plena ao Teu lado. Guarda-me seguro em Teus braços eternos, e mantenha-me
aguardando a vinda do Salvador. Em nome de Jesus. Amém.
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23
A BATALHA INTERIOR
George Vandeman
Hoje vamos fazer uma viagem experimental através do seu
coração e tentar sondar os segredos mais íntimos dele. No labirinto de veias e
artérias que cruzam os órgãos e tecidos, existe um bilhão de heróis anônimos esperando
para entrar em ação. Vamos tentar separar as células do sangue para poder
contar a notável história delas. Portanto, venha conosco através do "rio
da vida" que circunavega seu corpo a cada
batimento do coração. Nesta excursão descobriremos muito mais que apenas
química ou biologia. Talvez até consigamos descobrir de onde você veio e para
que você foi feito.
Recentemente, através do microscópio eletrônico, nós
conseguimos dar uma olhada incrivelmente próxima e detalhada nas células que
formam o sangue humano. Através desta pesquisa, obtivemos uma história complexa
e fascinante da vida e função da célula branca do sangue. Este é um dos heróis
do nosso corpo.
A célula branca do sangue não deixa uma primeira impressão
muito boa. Ela se parece com uma ameba, uma bola líquida e sem forma. A célula
branca do sangue geralmente percorre as paredes das veias estendendo uma
projeção parecida com um dedo e puxando-se atrás dela. Sua função é proteger o
corpo contra os invasores hostis. Ela não parece poder derrotar uma lesma,
muito menos um exército de ferozes bactérias, no entanto, ela consegue em um
minuto, arrastar-se à distância de três vezes o seu tamanho.
Quando as bactérias entram no sangue, de imediato as
células brancas do sangue se transformam em "Rambos",
acendendo-se com a química. A transformação é dramática.
Alertadas imediatamente do perigo, as células do sangue
param de vagar e concentram-se no ponto de ataque usando sua capacidade única
de mudar de formato. Elas se espremem entre as células das paredes capilares
que se superpõem e buscam, através de vários tecidos, o caminho mais direto.
Quando elas conseguem chegar ao local da batalha, fica logo bastante claro que
as células brancas do sangue fazem realmente parte de um grane
exército de soldados especializados.
Existem vários tipos básicos de células do sangue e cada um
deles ataca o inimigo com coragem. Primeiramente vem a infantaria, os
neutrófilos. Estas células têm uma grande coisa a seu favor: a quantidade.
Nossa medula óssea produz cerca de cem bilhões de neutrófilos todos os dias.
Eles recebem os anticorpos, engolindo-os. Jogando seus corpos parecidos com
amebas ao redor da substância estranha, eles desintegram o invasor cativo com
enzimas.
Após ingerir entre cinco a cinqüenta
bactérias e absorvido as mortíferas toxinas do invasor, o neutrófilo sucumbe na
batalha. Esta infantaria do exército de células brancas do sangue morre aos
bilhões em um grande contra-ataque. Mas isso é apenas o começo.
A seguir vêm os soldados mais durões, chamados macrófagos,
os fortes soldados do corpo. Eles aumentam de cinco a dez vezes seu tamanho
original quando chamados para a batalha. Cada uma dessas células
"Golias" pode devorar uma centena de invasores e ainda sobreviver.
Macrófago significa "grande devorador" e é exatamente o que eles
fazem em uma fração de segundo.
os macrófagos também são especializados em emboscadas.
Quando enfrentam um inimigo particularmente grande ou resistente, várias dessas
células se fundem para formar o que é chamado de "célula gigante" e
em seguida atacam o invasor com suas enzimas combinadas. Esse contra-ataque
simplesmente prepara o caminho para outras células brancas do sangue mais
especializadas ainda.
As linfocitárias são iguais a assassinos treinados. Cada
tipo
é designado para destruir um tipo particular de bactéria, e
suas balas mágicas, sob medida, sem dúvida fazem o serviço. Elas reconhecem o
inimigo entre todos os outros e o perseguem com toda a intensidade. A célula
linfocitária é particularmente mortal, ela envia ao sistema imunológico a arma
mais eficaz contra as bactérias: o anticorpo.
Todos já ouvimos falar sobre nossos anticorpos. São como
mísseis teleguiados que buscam uma certa presa com precisão absoluta e a destróem. São mísseis inteligentes. Essas correntes de
aminoácidos em forma de Y, curvam-se quimicamente sobre uma substância
estranha, ajustando-se dentro dela como uma chave na fechadura. Aí eles
disparam enzimas mortíferas dentro da corrente sangüínea
do organismo. Às vezes um grupo de anticorpos ataca um número de bactérias
ajuntando-as para que se tornem um alvo fácil para os fortes soldados
devorarem.
Bem, outro tipo de linfocitária é a célula T. Estas células
atuam como comandantes de campo na batalha. Elas enviam, de algum modo, sinais
que aumentam a fúria do combate microscópico. As auxiliares células T acirram a
atividade das apropriadas células B o quanto necessário: as células T
supressoras monitoram constantemente a produção dos anticorpos, mantendo a
resposta defensiva no nível adequado.
De fato, todos os elementos do sistema imunológico se
comunicam entre si de maneira que pouco entendemos. Todo contra-ataque das
células brancas do sangue, em todas as suas várias formas, é cuidadosamente
coordenado. Todos, da infantaria aos fortes soldados, dos mísseis teleguiados
aos comandantes de campo, sabem exatamente que papel desempenhar no combate.
Após o invasor ter sido derrotado, o exército retorna ao seu estado calmo de
prontidão, o delicado equilíbrio da química do corpo é mantido e as células
brancas do sangue voltam a se arrastar ao longo das paredes dos vasos sangüíneos como se nada tivesse acontecido.
Sabe, quando pensamos nesse maravilhoso exército de
combatentes correndo pelas nossas veias, ficamos com uma pergunta interessante:
como surgiu esse complexo sistema imunológico? Se a evolução é a resposta às
nossas perguntas sobre a origem da vida, então, como este sistema evoluiu?
Podemos construir algum modelo no qual as mutações
genéticas e os acidentes da evolução química surgiram, de algum modo, com esse
exército de células brancas do sangue? Uma simples pergunta para se começar é:
o que veio primeiro? Começamos apenas com a infantaria, os neutrófilos e aí
progredimos para as linfocitárias com seus anticorpos com mísseis teleguiados?
Quanto mais pensamos a respeito, menos simples se torna a
resposta. Sabe por quê? Todos esses guerreiros sofisticados e especializados
precisam uns dos outros. As células B são essenciais no esforço de guerra, têm
o potencial de mortíferos anticorpos, mas sem os sinais de certas células T,
elas perderiam o controle. Os grandes devoradores, os macrófagos, também
requerem mensagens químicas para entrarem em ação. Eles são inúteis enquanto
não direcionados ao ataque.
Outras células, por sua vez, não podem agir sem os grandes
devoradores que não só consomem a maior parte dos invasores, mas limpam a
sujeira do local após a batalha. Em suma, tudo depende de tudo. Cada parte
contribui para o delicado equilíbrio do todo. Isto se torna muito claro quando
vemos o que acontece quando um elemento é removido do sistema.
Você já deve ter ouvido sobre as vítimas de uma doença rara
que precisam passar a vida dentro de uma bolha esterilizada. Elas têm que ser
protegidas de todo contato direto com o mundo externo porque qualquer infecção
poderia matá-las.
Um menino que vive em tal bolha esterilizada, nasceu sem as
células linfocitárias B e T. Ele já atingiu dez anos de idade, mais tempo que
qualquer outro com deficiência imunológica. O seu corpo simplesmente não
consegue combater as bactérias. Ele tem o bastante das outras células brancas,
o bastante da infantaria, o bastante dos soldados fortes; ele tem bilhões de
grandes devoradores fluindo da sua medula óssea todos os dias. Entretanto, ele
é impotente contra as infecções. Por quê? Porque uma parte do sistema está
faltando às células linfocitárias.
isto não nos diz algo sobre a evolução e a sobrevivência do
mais forte? Imagine que algum organismo à época da evolução tivesse
desenvolvido essa infantaria e estivesse a caminho de produzir as células B e
T. Que força ele teria? Por quanto tempo sobreviveria? Lembre-se que nessa
época não existiam bolhas plásticas para ajudar a combater o problema.
Tudo isto torna aparente uma das maiores falhas na teoria
da evolução: qualquer organismo ou estrutura parcialmente desenvolvida é uma
limitação e não uma vantagem. A idéia de que os
animais podem gradualmente desenvolver uma asa, ou um olho, ou um sistema
imunológico vai contra o princípio da seleção natural. Qualquer pobre animal
com meia asa, meia perna ou outra coisa, seria imediatamente extirpado. A lei
da sobrevivência do mais forte o eliminaria. É por isso que esse complexo e
coordenado exército de nossas células brancas do sangue é uma evidência tão
importante da criação.
Na verdade, seria impossível acreditar que tal sistema
poderia entrar em equilíbrio acidentalmente através de uma série de mutações
genéticas devido às desordens biológicas que elas causam. Acidentes causam
desastres e imaginar uma longa série deles não ajuda muito a matéria.
O que o exército de células brancas do sangue sugere é que
alguém de infinita inteligência os projetou e os colocou no lugar, com todos os
sistemas funcionando. Alguém programou todas as células brancas para fazer suas
taregas especializadas do jeito certo e no momento
exato. Esse alguém é o Onipotente Criador que a Bíblia nos apresenta. As
Escrituras engrandecem este Deus que tem demonstrado uma habilidade tão notável
como Criador. Veja estas palavras: "Pois tu formaste o meu interior, tu me
teceste no ceio de minha mãe. Graças te dou, visto que por um modo
assombrosamente maravilhoso me formaste..." Salmo 139:13,14.
Assombrosamente maravilhoso me formaste! Isso é o que nosso corpo nos diz. Isso
é o que nossas células brancas gritam quando correm pelas nossas veias. Eu vejo
neste exército em nossa corrente sangüínea um outro
tipo de evidência: ele me sugere algo a respeito do tipo do Deus que nos fez.
Após observar o modo maravilhoso pelo qual nossas células contra
atacam e vencem todos os invasores, eu diria, no mínimo, que este
Criador está do nosso lado. Ele está lutando por nós e é precisamente isso que
as Escrituras proclamam bem alto. Eis a confiante promessa de Deus feita
através do profeta Isaías; "Por certo que os presos se tirarão ao valente e
a presa do tirano fugirá porque eu contenderei com os que contendem contigo e
salvarei os teus filhos." Isaías 49:25. Estas são as palavras de um
guerreiro confiante e Deus está fazendo tais afirmações em nosso favor. Ele
contenderá com qualquer um que se atreva a contender conosco. Isso nos faz
lembrar as células brancas do sangue, grandes devoradores, comendo bactérias
aos bilhões.Isaías não está
sozinho ao apresentar o Senhor Deus como um guerreiro. Nos Salmos encontramos
um Deus que prende uma espada em seu cinto, cavalga para vitórias como um
guerreiro especial e marcha através dos portões de Sião, um herói conquistador,
poderoso na guerra. Ele diz que vence até o Leviatã, o símbolo de tudo que
apavorava os antigos, e esmaga a sua cabeça no mar. Isto é definitivamente
alguém que quer estar do nosso lado. O que a Bíblia diz repetidamente é que Ele
está, de fato, do nosso lado. O profeta Sofonias enfatiza esta mesma verdade:
"O Senhor teu Deus está no meio de ti, poderoso para te salvar: Ele se
deleitará em ti com alegria." Sofonias 3:17. Aqui está um Deus que se
deleita naqueles que Ele salva do perigo. Ele exulta em Sua habilidade de
salvar. Deus alguma vez pareceu a você como uma figura distante lá no espaço?
Você tem dificuldade em crer que Ele pode realmente fazer a diferença em sua
vida? Às vezes acontecem coisas conosco que diminuem a nossa certeza. Tragédias
ocorrem e fazem Deus parecer tremendamente distante. Bem, eu gostaria de lhe
assegurar com toda a sinceridade que Deus é um amigo íntimo de todos aqueles
que O chamam. Ele pode salvar você de qualquer problema que o cerque. Ele é tão
íntimo da verdade quanto seu próprio pulso. Se duvidar dele, coloque seus dedos
em seu pulso, sinta aquele ritmo que envia o "rio da vida"através
do seu corpo. Isso é o Criador lutando por você agora mesmo. Deixe-me explicar
mais um dos maravilhosos meios pelo qual Deus luta por nós na corrente sangüínea. Digamos que a ameaça que você está sofrendo não
é uma bactéria, mas um ferimento, um corte ou um arranhão. Eis o que ocorre
quando um vaso sangüíneo é lacerado. Imediatamente o
próprio vaso se contrai de modo que o fluxo do sangue é diminuído. Os nervos
também se contraem, cercando o tecido. Estes espasmos diminuem o fluxo de
sangue o tempo suficiente para o corpo iniciar os reparos. Primeiramente,
minúsculas plaquetas começam a formar um tampão no lugar do ferimento. As
plaquetas são as menores células do sangue; de fato, são fragmentos de células.
Mas elas trabalham de modo eficiente e eficaz chegando ao local do acidente
como atendentes na ambulância. Elas
liberam serotonina, um elemento químico que retarda a hemorragia. Estas
plaquetas granuladas se transformam numa substância pegajosa que é exposta
quando um vaso é rompido, amontoando-se na parede do vaso, elas começam a
formar um tampão e ao mesmo tempo liberam outra substância química que sinaliza
outras plaquetas para correrem até o ferimento. Se esse tampão, entretanto, não
fechar rapidamente o rompimento do vaso, um outro processo tem início: o
coágulo. A formação do coágulo sangüíneo, na verdade,
envolve várias dezenas de substâncias e uma intrincada seqüência
de reações químicas. O tecido líquido do sangue é transformado em gelatina
sólida. Uma série de alterações químicas cria fios longos e finos de fibrina
que fluem em direção do ferimento. Estes fios se enrolam ao redor do tampão de
plaquetas, formando uma teia. Quando as células vermelhas do sangue se prendem
nesse emaranhado, elas reforça o coágulo como a brita reforça o cimento. Aí,
uma outra substância química liberada estabiliza a fibrina e a interliga em um
padrão de linhas cruzadas. Finalmente, o coágulo começa a se contrair
espremendo para fora o fluido e endurecendo-se para fechar por completo
qualquer vazamento de sangue. Agora o ferimento está fechado até que novo
tecido possa ser construído. Mas o coágulo não é o bastante para deter uma
perda maciça de sangue. Quando isso acontece, o corpo adota automaticamente uma
última medida para estancar a hemorragia. Uma poderosa onda de reflexos
nervosos contraem as veias através de todo o corpo a fim de retardar a queda da
pressão arterial, e o batimento cardíaco acelera atingindo até duzentos
batimentos por minuto para manter o fluxo vital do sangue. Isso manterá o
sangue fluindo até o cérebro e o coração a todo custo. Devido a este reflexo,
pessoas que perderam até 40% de seu volume sangüíneo
ainda conseguiram sobreviver. Fantástico! O sangue humano é um maravilhoso
exemplo de autoterapia. Imagina por um momento se todos os cortes e ferimentos
que você tivesse sofrido durante toda a vida ainda fossem visíveis; ainda
soltassem sangue. Acho que você se pareceria com um personagem de filme de
terror, não é mesmo? Mas tais ferimentos simplesmente vão embora; nosso corpo
cuida deles. Aquele arranhão de péssima aparência ou aquele corte feio
simplesmente desaparecem. Nova pele eventualmente cresce no local e ficamos
novos em filha e tudo isso acontece automaticamente, sem nenhum esforço
consciente de nossa parte. Nós, sem dúvida, não podemos expulsar um ferimento
por nos concentrar muito. Acontece simplesmente. O tecido se cura sozinho; o
corpo vem em nosso socorro mais uma vez.Sim,
parece que tem alguém do nosso lado, alguém que está lutando por nós. Essa obra
do Criador é Sua melhor informação, Seu melhor
argumento. Olhando para um coágulo de sangue, deparamos com a mesma pergunta: o
que veio primeiro? As plaquetas ou a substância em que elas se agarram? A
fibrina ou as células vermelhas do sangue às quais elas se juntam? Novamente, é
tudo um sistema interligado. Cada coisa depende das outras coisas. Isso faz
parta da maravilha desse líquido milagroso que está sempre pronto para nos
salvar de qualquer calamidade.Sabe,
amigo, entender como o nosso sangue trabalha para nós e luta por nós, dá novo
significado àqueles clichês conhecidos que as pessoas religiosas vêm usando há
tanto tempo: "Limpos pelo sangue, salvos pelo sangue."
Quando Jesus Cristo verteu Seu sangue na cruz, Ele estava
tomando posição contra séculos de crueldade e indiferença humanas e Ele
absorveu em Seu corpo os mortíferos efeitos tóxicos das nossas transgressões.
Como Filho de Deus Ele possuía uma infinita capacidade de redimir os pecados
inumeráveis e é por isso que o sangue de Jesus é um símbolo tão poderoso. Um
monte chamado Calvário foi local da maior luta de Cristo a nosso favor, Seu
maior monumento como guerreiro vitorioso foi quando Ele deu a Sua vida por nós
e quando Seu sangue desceu livremente do Seu corpo partido. O perdão fluiu
livremente para cada um de nós.
24
A DROGA QUE ANUNCIAMOS
George Vandeman
Quando falamos da ameaça das drogas que nossos jovens
enfrentam no mundo atualmente, geralmente imaginamos algum traficante
desleixado, abordando algum jovem indefeso numa rua escura, longe de casa...
Mas por incrível que pareça, existe uma droga que permitimos entrar em nosso
lar. Fazem-na parecer luxuosa e romântica na frente de nossos filhos. E eles
assimilam uma mensagem: pessoas saudáveis e divertidas jamais dizem
“simplesmente não” quando enfrentam esta droga.
Bebês nascem
viciados em heroína. A aids passa de um viciado para outro em agulhas
contaminadas. A cocaína está chegando ao mundo profissional de advogados,
médicos e até líderes de governo. Ninguém tem mais dúvida da ameaça. Em alguns
países, os chefões das drogas assassinam ou aterrorizam políticos, juízes,
advogados, ou qualquer um que se oponha a eles abertamente. Portanto, não é de
se espantar que medidas drásticas precisem ser tomadas. Os Estados Unidos chegaram
a invadir outro país, há centenas de quilômetros, para poder prender um ditador
suspeito de tráfico de drogas. Os americanos estavam dispostos a sacrificar
jovens em batalha porque muitos de seus jovens foram sacrificados pela cocaína
e vários outros narcóticos.
Estamos lutando
numa guerra contra as drogas. Estamos tentando ensinar aos nossos filhos a
simplesmente dizer não. Mas existe uma droga que passou despercebida nisso
tudo. E, por incrível que pareça, ela é a droga capaz de alterar os sentidos
que mais vicia no mundo, se medirmos isso em termos do número de pessoas
viciadas na substância. Somente nos Estados Unidos, esta droga é responsável
pela morte de 98.000 pessoas a cada ano. Este número excede em muito as mortes
de todas as outras drogas juntas.
Bem, o fato mais
incrível de todos: esta droga é anunciada livremente em toda a mídia. É isso
mesmo, no meio de uma guerra contra as drogas, nossa droga mais viciadora, mais
assassina, é promovida abertamente nas rádios, televisões, revistas e outdoor.
E esta droga, meu amigo, é o álcool.
O álcool é o mais
grave problema de drogas no mundo. Certamente é um grande problema. Pelo menos 10% de
todas as mortes na América estão ligadas ao consumo de álcool. Quase metade dos
assassinatos, suicídios e mortes em acidentes de carro estão relacionados ao
álcool. Pense em todas aquelas pessoas, dirigindo alcoolizadas, matando outras
enquanto estão alcoolizadas, se matando alcoolizadas. Veja que são quase
100.000 seres humanos que precisamos enterrar anualmente. E isso sem contar o
estrago emocional e social devastador causado pelo vício a esta droga.
De quatro lares
americanos, aproximadamente um sofre de problemas relacionados ao álcool. E no entanto, esta droga fica fora das discussões de
políticos sobre problemas de uso de narcóticos. É a droga menos provável de ser
censurada pela mídia.
Esta droga que
vicia é a que mais anunciamos. Por quê? A resposta é muito simples e
perturbadora. O álcool é um grande negócio. Somente nos Estados Unidos, a
indústria do álcool gera uma receita de mais de 65 bilhões de dólares. Isto é
mais do que o produto interno bruto de muitos países menores. Christine Lubinski, do Conselho Nacional do Alcoolismo, documentou
estes fatos. Ela escreveu: "através da propaganda e do marketing, esta
indústria multinacional cria imagens sedutoras das bebidas alcoólicas, procura
esconder do público que o álcool realmente é uma droga, causadora de
doenças".
A indústria do
álcool tem uma influência enorme. Ela gasta aproximadamente 2 bilhões de
dólares por ano com propagandas e promoções. Isto representa muito tempo no ar
em muitos programas; muito espaço em muitos jornais e em muitas revistas. Isto
acaba influenciando o que a mídia mostra e fala sobre o assunto. O mais
ultrajante de tudo, talvez, é que as cervejarias e vinícolas conseguem
patrocinar os grandes eventos que atraem platéias de
jovens. As cervejarias estão sempre dispostas a patrocinar eventos esportivos,
concertos de rock e promoções especiais de férias. Os anúncios de cerveja e
vinho parecem tornar o consumo de álcool uma coisa saudável, luxuosa e
romântica. São exibidos como um prêmio por um serviço bem
feito, uma parte essencial da boa vida, o companheiro natural do sucesso
financeiro e das grandes decisões. Se você quiser fazer um anúncio de cerveja, precisa
encontrar uma pele perfeita, com corpo
atraente e olhos brilhantes. Qualquer pessoa que mostre as marcas físicas e
emocionais do alcoolismo não serve para fazer uma propaganda de cerveja, vinho
ou qualquer outra bebida alcóolica.
Ah, amigo, eu
acredito que este é o pior tipo de propaganda... A indústria do álcool está
vendendo uma mentira aos nossos filhos. A mensagem que está por trás é sempre a
mesma: para ser bem sucedido, para ser feliz, você
precisa beber. E isto me pertuba. Algo está muito
errado se uma droga que vicia e que mata 100.000 pessoas anualmente recebe essa
enorme promoção. Eu acho que está na hora das pessoas começarem a reagir. Está
na hora dos cidadãos preocupados começarem a enfrentar esta 'mentira'.
A primeira coisa
que você pode fazer é escrever para sua televisão ou estação de rádio locais e
declarar sua preocupação. Se a propaganda do álcool não pode ser eliminada, o
mínimo que podemos fazer pelos nossos filhos é exigir espaços iguais. A
legislação deveria exigir um tempo igual para mensagens sobre saúde e sobre os
danos do álcool. Se a indústria do álcool pode fazer sua fantasia do consumo de
cerveja e vinho, aqueles que conhecem os malefícios do álcool deveriam poder
mostrar o outro lado. Seria justo. Então, por favor, não tenha medo de declarar
suas convicções aos nossos líderes eleitos. As pessoas que estão sujeitas a um
bombardeio constante de propagandas que mostram as glórias do álcool, têm o
direito de ouvir o outro lado da história.
Uma certa
celebridade dos esportes foi contratada para fazer anúncios e apresentações
para uma certa cervejaria. Sua campanha publicitária foi um sucesso. Ele
começou a ganhar muito dinheiro. Mas um dia, quando este homem estava dirigindo
a caminho de outro evento promocional, vários garotos na calçada o
reconheceram. Imediatamente começaram a cantar o 'slogan' que ele havia tornado
famoso: "delicioso, mais leve. Delicioso, mais leve." O homem sorriu e
acenou. Mas ao olhar para aquelas crianças, ele percebeu de repente a quem a
mensagem estava atingindo, a quem estava afetando. Ele se sentiu muito mal.
Estas crianças já estavam sendo preparadas para serem consumidoras de álcool.
Este atleta tomou uma decisão muito difícil. Resolveu abandonar seu contrato
lucrativo. Não valia a pena ter todo aquele dinheiro se ele tinha que viver com
a mensagem que estava criando.
"Todos nós
temos que escolher o que queremos em nossa vida", é exatamente o que
queremos dizer agora mesmo. Cada um de nós tem uma declaração a fazer. Mas
existe outra maneira de reagir. Além de tentar desligar as mensagens ruins,
precisamos ligar as boas. Não devemos esperar que o governo eduque nossos filhos sobre as drogas e a boa
vida.
Eu acredito que a
vida abundante que Deus nos oferece pode vencer o estado comodista e mentiroso
que a indústria do álcool oferece. Eu acredito na mensagem de Deus sobre a boa
vida. Vamos ver isto mais a fundo. Vamos descobrir alguns princípios práticos
que podemos ensinar aos nossos filhos que contrapõem a propaganda do álcool.
Primeiramente,
precisamos lidar com a imagem vistosa e bem trabalhada da cerveja e do vinho
como recompensa por um trabalho bem feito, um jogo de
futebol bem jogado. Continuamente nos são mostradas pessoas bem
sucedidas se dirigindo para um bar cheio de outras pessoas bonitas para
se premiarem com um drinque. Desta forma, o uso do álcool é limpo, poderíamos
até dizer, santificado, como algo que pessoas saudáveis e trabalhadoras
merecem. Está ligado ao sucesso. Alguns anúncios fazem questão de mostrar como
a água de uma certa marca de cerveja é limpa e pura. As imagens maravilhosas de
riachos cristalinos nas montanhas fazem parecer que na verdade é uma bebida
saudável e não uma droga que com o tempo destrói e vicia. Não, nada é falado, é
claro, sobre as doenças diretamente relacionadas ao consumo de álcool. Nenhuma referência é feita ao grande problema
da perda de produtividade diretamente ligada ao consumo de álcool. Isto
estragaria a mensagem. Nossos filhos estão ouvindo claramente a mensagem:
"esta droga é para você."
Bem, o que pode
ser feito para combater este tipo de propaganda? Precisamos mostrar uma imagem
diferente de sucesso. Pessoas saudáveis não procuram recompensas numa garrafa
de bebida. Ser ativo e produtivo já é uma recompensa. Tomar uma droga é um
substituto para a satisfação que uma atividade bem sucedida
traz. Uma visita a qualquer rua do centro à noite, mostra rapidamente que o
álcool é freqüentemente o "prêmio
consolação" para perdedores.
O apóstolo Paulo
descreveu o sucesso assim: “...Esquecendo-me das coisas que para trás ficam, e
avançando para as que diante de mim estão, prossigo para o alvo, para o prêmio
da soberana vocação de Deus em Cristo Jesus". (Filipenses 3:13,14)
Paulo tinha um alvo
muito claro e definido na vida. Ele se guiava por um sentido de missão:
anunciar a boa notícia sobre Jesus Cristo. Ele via mais desta missão diante de
si. E ele estava ansioso para ficar nesta corrida, nesta busca, a medida que a missão o levava em
direção ao Céu.
Amigo, nossos
filhos, nossas crianças, precisam de grandes metas, de ideais elevados, de um
sentido de missão que os leve em direção ao Céu. Ser produtivo em nome de Deus
é muito compensador por si só. Precisamos lembrar que o álcool entra para
ocupar um vazio. Crianças envolvidas em atividades com sentido, crianças que
têm objetivos na vida, raramente se tornam vítimas do álcool. São as pessoas
vazias e sem sentido que são mais vulneráveis. Incentive seus filhos, ajude-os
a ver que sua vida pode ter um grande propósito, ajude-os a procurar metas
significativas. Mostre a eles uma mensagem diferente: "esta vida é para
você".
Outra parte da
mensagem que a propaganda do álcool transmite é que a diversão com os amigos e
o consumo de cerveja e vinho estão sempre juntos. O álcool é claramente
mostrado como o fator chave na felicidade social: se você sair com seus amigos
e levar umas cervejinhas, garantimos que não pode haver coisa melhor. E é claro
que tomar um drinque sempre vem como algo muito romântico: o encontro da
'mulher dos sonhos' com o 'príncipe encantado' no bar é um componente visual
chave de muitos anúncios. O romance cresce, floresce onde existir álcool
supostamente.
É claro que se a
verdade fosse contada, teríamos consciência de que o álcool provavelmente já
destruiu mais relações do que qualquer outro fator. Pense só: quantos amigos se
separam porque começaram discussões enquanto estavam bêbados? Quantos
desentendimentos viraram brigas feias, desencadeadas pelo álcool? Pense nas
inúmeras tragédias escondidas em muitos lares. Esposas maltratadas pelos
maridos embriagados e enfurecidos. Crianças que ouvem e vêem
aterrorizadas um pai cambaleante, completamente bêbado. Pense no número de
famílias completamente destruídas por causa do vício de alguém. Não é um quadro
bonito. Não é nada parecido com o que você vê na propaganda.
Nós temos uma
mensagem muito melhor
e mais verdadeira do que essa sobre como se divertir e ter boas
relações. As amizades florescem quando as pessoas se conhecem melhor, mais
profundamente, e não quando as pessoas se olham através de uma névoa alcoólica.
O álcool nos adormece, nos anestesia, nos tira de nossa própria vida, para uma
vida escura.
Existe outra
coisa que aproxima as pessoas, algo que se chama o espírito do Deus vivo. Paulo
aconselhou aos Efésios: "e não vos embriagueis com vinho, no qual há
dissolução, mas enchei-vos do espírito; falando entre vós com salmos, com
hinos, e cânticos espirituais..." (Efésios 5:18,18).
O apóstolo Paulo
apresenta como alternativa saudável à bebedeira, se encher do Espírito. O
Espírito de Deus abre seus olhos, aquece seu coração e inspira um
companheirismo alegre e harmonioso. É assim que Deus quer que nós vivamos entre
irmãos.
Podemos sentir a
intensidade do primeiro companheirismo cristão na introdução de cada uma das
cartas de Paulo. Ele está sempre cheio de agradecimentos e amor para com os
outros crentes. Dá para sentir que estas pessoas estão genuinamente envolvidas
umas com as outras. Elas se comunicam numa linguagem de louvor e paz. Elas
estão ligadas umas às outras por um grande sentimento de missão e um sentimento
claro de união em Cristo.
Os jovens
precisam desesperadamente de bons relacionamentos. É quando estão solitários e
se sentem rejeitados que as mentiras sobre o álcool parecem atraentes. As
pessoas muitas vezes buscam conforto na bebida quando não encontram
solidariedade. Então, ajude os seus filhos a construírem bons relacionamentos;
promova um ambiente social saudável. E mais do que qualquer coisa, exponha-os
às alegrias de um companheirismo cristão autêntico. Precisamos ter coisas atrativas
e interessantes em nossas igrejas. Precisamos nos comunicar na linguagem do
louvor e da paz.
Infelizmente, às
vezes até palavras soltas num bar parecem mais autênticas do que nossos padrões
de cumprimentos
cristãos frios e sem sentimentos. Precisamos ir mais fundo, criar um verdadeiro
companheirismo, para ter um ambiente onde as amizades possam florescer.
Existe uma
mensagem final que precisamos dar para poder contra-atacar a indústria do
álcool. E é a mensagem mais poderosa de todas. É a mensagem que o apóstolo
Paulo nunca se cansou de transmitir. Após mencionar os privilégios sociais que
ele herdou como parte da elite de fariseus, ele escreveu: "mas o que para
mim era lucro, isto considerei perda por causa de Cristo. Sim, deveras
considero tudo como perda por causa da sublimidade do conhecimento de Cristo Jesus,
meu Senhor..." (Filipenses 3:7,8).
Paulo contou para
seus contemporâneos sobre a pessoa que ele achava que mais valia a pena se
conhecer. Paulo disse na verdade: se
você precisar perder tudo que tem para ter uma relação com Cristo, então faça-o
sem hesitar. Ele vale a pena.
Paulo encontrou
em Cristo um amor grandioso e a excelência moral que ele não havia conseguido
encontrar em todos seus anos de cuidadosa observação religiosa. Ele encontrou
em Cristo um Salvador que dava o perdão e a aceitação que anos de estudos e
rituais não haviam dado a ele. Paulo encontrou tudo em Cristo.
Nossos filhos
podem encontrar tudo em Cristo também. Os jovens se prendem a certos ideais a medida que crescem. Mas na adolescência estes ideais
entram em choque com as duras realidades do mundo. Eles vêem tragédias
humanas em toda parte. Eles descobrem a inconsistência e a hipocrisia nos modelos à sua volta. E então se
rebelam ou se retraem ou se refugiam no álcool e nas drogas. Mas Jesus Cristo
nunca irá decepcionar; Ele nunca deixa um amigo sozinho; Ele é confiável.
Nossos filhos estão buscando isso. Eles querem alguém que valha a pena conhecer
e confiar.
Um historiador
americano escreveu uma vez que Jesus Cristo "está escrito no cabeçalho de
todas as páginas da história do homem". Outro admirador escreveu:
"Cristo nunca escreveu um livro, no entanto nem todas as bibliotecas do
país podem guardar todos os livros que poderiam ser escritos sobre Ele... Ele
nunca fundou uma escola, e no entanto todas as escolas
juntas não podem ter o número de alunos que Ele tem. Grandes homens vieram e se
foram, mas Ele continua vivo".
Jesus é o melhor
modelo para nossos filhos. Mas Ele é mais que isso. Como Salvador, Ele oferece
o perdão e a aceitação que todos nós precisamos. Ele fez o maior sacrifício,
arcando com nossos pecados na cruz, ganhou o direito de dar a todos aqueles que
nEle crêem, vida eterna.
"E a vida eterna é esta: que te conheçam, a ti o único Deus verdadeiro, e
a Jesus Cristo, a quem enviaste" (S. João 17:3).
O que é vida
eterna? A vida em toda sua abundância? É conhecer Jesus Cristo. Ele a oferece a
todos como dádiva, e Ele também nos ajuda a começar a viver isto agora.
Amigo, nossos
filhos precisam de algo grande em sua vida. Precisam aceitar a Jesus Cristo.
Eles precisam mais do que um pouquinho de religião para não caírem no
poço. Algo precisa preencher o vazio,
satisfazer a dor em seu pobre coração. Nossas lindas crianças precisam de
Cristo. Com um Amigo como este, eles podem resistir às mentiras que o mundo
joga neles. Eles sabem que têm algo muito melhor, alguém que vale a pena. E então
as promessas da garrafa parecem vazias.
A vida pode ser
muito boa. Ela se torna abundante em Jesus Cristo. Eu espero de todo coração
que cada um de nós possa encontrar esta abundância e mostrá-la aos outros.
SÚPLICA
Letra e música: Ariney B.
Oliveira
Hoje é o tempo de preparo especial,
uma vida nova deve ser nosso ideal,
precisamos confessar nossas faltas ao Senhor,
e, em sincera comunhão, suplicar o Seu perdão,
e pedir a Ele um novo coração.
Só então nós poderemos responder ao Seu chamar,
levaremos Sua palavra aos que O buscam aceitar.
Mensageiros do evangelho nós seremos ao falar,
nossa vida irá mostrar a beleza de Sua luz,
pois fomos salvos pelo sangue de Jesus.
Vem derramar Teu poder sobre nós,
vem nos falar através de Tua voz,
pois só assim Senhor teremos a certeza do amanhã,
vem guiar Teus filhos com Tua
santa mão.
Vem derramar Teu poder sobre nós,
vem nos falar através de Tua voz,
nós precisamos receber a Tua bênção de amor,
Teu espírito envia-nos Senhor.
Gravado por Alessandra Samadello
no ABLP 555001 da gravadora ABBO
ORAÇÃO
Pai nosso, obrigado por Jesus Cristo. Ele é tão mais
verdadeiro do que qualquer coisa que eu possa encontrar numa garrafa...
Obrigado porque posso encontrar um sentido e um propósito para a minha vida nEle. Coloco a minha vida em Suas mãos agora mesmo; afirmamo minha crença em Ti como Salvador e Senhor.
Enche-me com Teu espírito; abençoa-me com relacionamentos saudáveis; guarda-me
em Teus braços. Amém.
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MISTÉRIOS DA TERRA
George Vandeman
Temos sido tentados a resolver todo tipo de mistérios hoje
em dia. Com todos os recursos tecnológicos e científicos à nossa disposição,
podemos explorar, medir e testar com maior profundidade e com mais riqueza de
detalhes do que nunca. Conseguimos fazer de tudo: desde mapear a superfície da
lua até analisar a composição química dos anéis de Saturno. Entretanto, aqui
mesmo na Terra continuam alguns mistérios que nos deixam perplexos. Apesar da
nossa lista de fenômenos cósmicos inexplicáveis estar diminuindo, continuamos
extasiados pelas realizações de diversos povos chamados primitivos.
As perguntas: quem, como, o que, e por quê, ainda nos
assombram. Hoje examinaremos alguns dos últimos mistérios do mundo.
Primeiro, vamos para um minúsculo ponto no sul do Pacífico,
chamado Ilha de Páscoa, nome dado por um explorador holandês que avistou-a no
domingo de Páscoa de 1722. A ilha é caracterizada por uma porção de gigantes de
pedra chamados Moai. Cerca de mil deles foram encontrados, muitos pesando vinte
toneladas e medindo de quatro a cinco metros de altura. Todos eles têm a mesma
expressão de meditação e se parecem com heróicos
sentinelas, olhando fixamente para a vastidão do Pacífico.
O que intrigou os exploradores ocidentais de então, e os de
agora, é como os habitantes da Ilha de Páscoa poderiam ter construído esses
monumentos gigantes de pedras vulcânicas, e em seguida tê-los transportado para
vários locais onde foram de algum modo erguidos sobre
plataformas. O maior deles pesa cerca de noventa toneladas e mede dez metros.
Mesmo com as nossas máquinas modernas, mover uma estátua assim seria muito
difícil. Mas os polinésios fizeram o trabalho há centenas de anos apenas com os
materiais que conseguiram encontrar naquela ilha desprovida.
Talvez o mais incrível de tudo sejam os enfeites vermelhos
sobre as cabeças de pedra em alguns dos maiores Moais.
Esses enfeites pesam quase 12 toneladas. Como eles foram içados e equilibrados
sobre essas cabeças desses sentinelas da Ilha de
Páscoa? Tais perguntas têm levantado uma variedade de teorias, algumas bem
exóticas. Talvez os extintos exércitos de escravos tenham içado as estátuas em
seus altares ou quem sabe, erupções vulcânicas tenham jogado as estátuas sobre
seus pedestais até lá no alto.
Uma tradição da ilha afirma que as estátuas contêm um poder
sobrenatural chamado Mana e simplesmente andaram até os lugares indicados. Uma
outra história diz que as estátuas deslizaram por um vasto tapete de inhame
esmagado.
Os grandes Moais por si mesmos não
revelam segredos, apenas continuam em sua vigília silenciosa como um dos
últimos mistérios do mundo.
No sul da Inglaterra, na desolada e castigada pelos ventos
Planície Salisbury, existe um anel maciço de pedras cinzentas que tem intrigado
os visitantes há milhares de anos. Este é o Stonehenge, um antigo monumento que
ainda desafia a força da natureza num terreno de muita vegetação que se estende
até onde a vista alcança.
Esse lugar é único entre os lugares de pedras
pré-históricas erigidas. O único monumento cujas pedras foram moldadas e
agrupadas em um plano definido de arquitetura. Essas grandes rochas esculpidas,
a maioria com mais de quatro metros de altura, fizeram parte de uma estrutura
muito importante.
As medidas também demonstram que o eixo de Stonehenge está
alinhado com o sol nascente no solstício do verão. A pergunta mais intrigante
sobre o Stonehenge é: quem construiu esse notável monumento?
Centenas de anos atrás, os historiadores acreditavam que
ele tinha sido construído pelos Druids, um grupo
misterioso de sacerdotes célticos de mantos brancos. Outros afirmavam que o
desenho cuidadosamente calculado apontava para os arquitetos romanos; outros
acreditavam que projetistas egípcios ou fenícios estavam envolvidos.
Semelhanças na construção de certos portões na Grécia antiga fizeram alguns
especularem que o construtor poderia ter sido Odisseu, navegando desde o
Mediterrâneo.
Recentemente, o monumento tem sido datado em cerca de mil
anos antes dos Druids, e isso encerra a questão. Seus
construtores permanecem escondidos em algum lugar na idade do bronze. Como o
novelista Henry James escreveu: "Você pode fazer uma centena de perguntas
a estes gigantes de pedra enquanto eles se inclinam contemplando tristemente
seus companheiros caídos, mas sua curiosidade acaba morrendo na vasta e
ensolarada quietude que os envolve."
Espalhada por toda a planície de Nazca, que fica entre a
base dos Andes e a costa sul do Peru, está o que tem sido descrito como "a
mais estranha mensagem já deixada pelo homem". Mais de cem figuras
geométricas são claramente visíveis, deitadas em quilômetros após quilômetros
de linhas feitas com pedregulhos. Isto é, quase todos concordam, uma obra dos
antigos índios Nazca.
Mas o que são eles? A que propósito serviam? Uma
impressionante aranha se espalha pelo deserto com cinqüenta
metros de comprimento e um pássaro estilizado de asas abertas se estende por
140 metros. O mais incrível é que tais formas só são discerníveis a 300 metros
ou mais quando olhadas do alto. Vistas ao nível do chão, tais formas são
invisíveis, conseguindo-se ver apenas um confuso padrão de linhas. Muito antes
da era da aviação, uma civilização perdida criou essa arte discernível apenas
lá do alto. O que eles queriam? Fizeram isso para quem ler? O mistério desses
notáveis desenhos ainda nos intrigam.
Estas são as perguntas que os últimos mistérios da Terra
põem diante de nós: "como?", "para que?",
"quem?". No entanto, a mais importante pergunta que permanece sem
resposta é "por que?".
Por exemplo podemos especular sobre como os habitantes da
Ilha de Páscoa transportaram os Moais das pedreiras usando um sistema de cabos
e cordas, mas continua a dúvida: por que eles se dedicaram a essa enorme
tarefa? Por que eles erigiram essas centenas de faces em pedra em sua ilha?
Igualmente podemos fazer conjecturas sobre quem construiu
os monumentos únicos em Stonehenge. Mas por que foram construídos? Se serviam
como uma espécie de observatório, como muitos defendem, sem dúvida existem
meios mais fáceis de se construir um.
As pedras azuis usadas têm sido identificadas como um tipo
de pedra encontrada nas montanhas Prescelly ao sul de
Gales. Os construtores de Stonehenge tiveram que transportar essa pesada carga
380 quilômetros por mar e terra. Por que fizeram esse enorme esforço?
Arqueólgos ao estudarem as figuras do deserto de Nazca têm tentado
responder a pergunta "o que". Eles acham que
esses desenhos formam uma espécie de mapa astrológico dos céus, ou funcionavam
como um calendário indicando quando viriam as chuvas. Mas é claro que existem
modos mais fáceis de se construir calendários astronômicos. Não é preciso
traçar quilômetros e quilômetros de desenhos visíveis apenas lá do céu. O maior
dos mistérios portanto é "por que". Por que essas pessoas primitivas
dedicaram suas vidas a essa tarefa incrivelmente difícil? O último mistério da
Terra é simplesmente: Por que?
Creio que achamos a Ilha de Páscoa, Stonehenge e o deserto
Nazca tão místicos porque perdemos algo fundamental em nossa era secular. Não
entendemos mais e não aceitamos a necessidade básica humana de adorar. Sim,
adorar! Creio que esta é a resposta ao último mistério da Terra.
Tendemos a esquecer que nosso mundo contemporâneo está
totalmente cheio de coisas feitas pelo homem. Apanhados numa interminável busca
de coisas, vamos ficando surdos àquela pequena voz em nosso coração. Mas as
pessoas que construíram aqueles monumentos ouviam alguma coisa além.
Alguns anos atrás, exploradores encontraram na Ilha de
Páscoa, tabletes chamados "tábuas falantes", que foram escritos com
figuras, um escrito único na ilha. Nos anos 60, um estudioso alemão foi
finalmente capaz de decifrar algumas dessas tábuas e publicar suas traduções.
Ele acredita que elas contêm orações aos deuses e instruções aos sacerdotes.
Parece claro que os Moais eram um meio para os
habitantes da ilha adorarem. Eles estavam erguendo as suas pedras em uma
adoração interminável. Nas enormes feições na pedra pode-se quase sentir uma
busca da face de Deus; um anseio em identificar Suas feições num mundo dominado
pelo vasto e indecifrável Pacífico. Talvez se possa também ver ali um esforço
desesperado para apaziguar um deus que parecia tremendamente distante. Quantos
meses e anos de suor e sangue devem ter sido gastos nesse projeto de
construção. Entretanto, as expressões retratadas ali jamais mudam: o deus, pelo
menos externamente, parece tão distante e implacável como sempre.
Esses artesãos da Ilha de Páscoa nos deixaram sinais que
mostram uma profunda necessidade do Deus que se aproxima, que mostra Sua face a
meros mortais. O Novo Testamento nos diz que Deus atendeu a essa necessidade.
Paulo escreve sobre o Criador que fez a luz brilhar na escuridão: "Ele
mesmo resplandeceu em nossos corações para iluminação do conhecimento da glória
de Deus na face de Cristo." II Coríntios 4:??.
Deus revelou sua glória à humanidade na face de Jesus
Cristo. Ele é o objeto de adoração que podemos ver, podemos conhecer, podemos
amar. Ele é o que todos têm procurado, um rosto divino bem próximo e pessoal.
Jesus é a Rocha Poderosa em quem encontramos refúgio. Ele é a sentinela que
vigia por nós, o Bom pastor.
Em Stonehenge, na Inglaterra, o mistério do por quê encontra uma resposta
semelhante. Quer tenha sido usado como observatório, quer esteja alinhado com
certas estrelas, este lugar tem a aparência de um templo, um lugar de adoração.
As pessoas não arrastam enormes pedras por 380 quilômetros apenas para ver
melhor uma certa constelação. Um valor sagrado devia estar ligado a essas
rochas de pedra azul das montanhas Prescelly. Os
cascalhos de pederneira e cerâmica quebrada encontrados nos locais
arqueológicos estão ausentes aqui. Isso também sugere que Stonehenge era um
local sagrado, separado da vida diária e visitado apenas em ocasiões especiais.
Pessoas de tempo imemoráveis têm lutado para construir um templo digno de Deus.
Elas anseiam ter um lugar onde o divino possa habitar entre elas, onde possam,
de algum modo, contemplar e comunicar-se com aquela grande força.
A boa notícia é que o Deus celeste satisfez também este
anseio. A resposta àquelas pedras quebradas reunidas em um círculo vazio é Deus
tornando-se homem em Jesus Cristo. Veja como o apóstolo João resume esse
extraordinário evento: "E o verbo se fez carne e habitou entre nós e vimos
a sua glória como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de
verdade." João 1:14.
O "verbo" é a designação que João dá a Jesus
Cristo que nos traz o pensamento de Deus, a mente de Deus. Este verbo sagrado
fez sua habitação entre nós aqui mesmo na Terra onde trabalhamos por tanto
tempo e tão pesadamente para construir um templo digno dEle.
É interessante notar que a palavra grega traduzida por
"habitou" significa literalmente tabernáculo. Em outras palavras,
Jesus veio para ser tabernáculo entre nós, para ser um templo de carne e
sangue. Por isso não temos que procurar Deus entre as estrelas, não temos que
construir monumentos heróicos e esperar que de algum
modo o ente divino se aproxime. Não, podemos ter um encontro pessoal com o
Cristo vivo. Ele se aproximou, Ele veio para cá.
Aqueles desenhos extraordinários no deserto Nazca nos levam
na mesma direção. Por que aqueles índios foram tão longe para desenhar aquelas
figuras imensas para os céus verem? Os nativos índios do presente no Peru nos
dão a pista. Eles ainda acreditam no poder mágico de certos animais simbólicos
e vêem as formas desses animais nas estrelas.
Essas figuras que se estendem por quilômetros no chão do
deserto representavam uma elaborada mitologia. Elas eram representações
terrenas de realidades espirituais dos céus. Essas figuras eram um meio de
adoração, algo grande e exclusivo para os olhos de Deus.
Os Nazcas devem ter esperado,
como os homens têm esperado há milênios, que o Espírito divino olharia para
baixo com prazer à obra deles, vendo algo de valor e respondendo com bênçãos.
As gigantescas figuras eram oferendas semelhantes àquelas feitas pelos hebreus que
esperavam que o fogo do altar subisse ao Altíssimo e se tornasse um agradável
aroma para Ele. Quanto tempo e quão duro essas pessoas trabalharam para obter
os favores daquele que habita no Céu!
Suas obras encontram descanso somente em uma pessoa: Jesus
Cristo. Ele é a resposta a todas as oferendas que homens e mulheres têm erguido
na direção do Céu. Porque Ele é a figura perfeita, o sinal perfeito que Deus
achou agradável e aceitável e temos um lampejo disso no batismo de Jesus quando
Ele se preparava para iniciar Seu ministério. Mateus, um dos observadores no
local, registrou isso justo quando Cristo estava saindo da água, o Espírito de
Deus descendo sobre Ele como uma pomba. "E eis que uma voz dos céus dizia:
Este é o meu filho amado em quem me comprazo." Mateus 3:16.
Deus Pai olhou para baixo das santas alturas e viu algo que
o comprazia: Seu Filho amado embarcando em Sua missão de salvar a humanidade.
Jesus permaneceu aquele obediente filho amado até o último suspiro na cruz.
Como Ele era estimado no Céu!
A boa notícia é que Deus pode olhar para nós exatamente do
mesmo modo. Se colocarmos nossa fé em Jesus, somos considerados estar em
Cristo. O que é verdade em Cristo torna-se verdade para nós. o que Cristo
merece nós merecemos. O apóstolo Paulo expressou isso de modo simples quando
escreveu que os que crêem "são aceitos no
amado".
Essa é a resposta para a luta da humanidade para criar algo
no qual Deus se compraza. Cristo tornou-se a figura desenhada no pó deste
planeta, a qual Deus acha perfeita e aceitável. Essa é a notícia maravilhosa
que veio lá do Céu.
Mas a questão é: o que vamos fazer a respeito? Cada um de
nós precisa dar uma resposta individual e decisiva a esta divina graça. Cada um
de nós tem que achar a resposta ao nosso próprio por que. Muitos de nós somos
presos no como, quem e que do viver diário. Existem inúmeras perguntinhas que
devemos responder a fim de fazermos nosso trabalho, criar nossa família e
funcionarmos no mundo. Mas a maior pergunta ainda é POR QUE?
Por que estamos vivos?
Precisamos de uma grande resposta para a maior das
perguntas. Podemos considerar o trabalho dos polinésios na Ilha de Páscoa como
simples idolatria primitiva. Podemos achar que já estamos muito além daquele
tempo astrológico em Stonehenge, e estamos certos.
Mas investimos nossa vida numa grande busca assim como eles
fizeram? Dedicamos nossa maior energia às causas mais dignas? Vivemos nós para
responder ao por que?
Jesus disse que este era o mandamento mais importante:
"Amarás pois o Senhor teu Deus de todo o teu coração, de toda a tua alma,
de todo o teu entendimento e de toda a tua força." Mateus 12:30.
Aqueles índios no deserto Nazca podem ter adorado o deus errado mas eles nos deixaram um registro de adoração de todo
o coração e de toda a força. Eles deram o melhor.
É hora de respondermos de toda a nossa alma e entendimento
a essa graça enviada para nós do Céu. Não temos que arrastar pedras enormes
sobre montes vulcânicos; não temos que desenhar enormes sinais para Deus ver lá
de cima. Mas precisamos nos entregar a Deus sem reservas. Ele chegou tão perto
que podemos ver sua glória na face de Cristo. Ele tornou-se um templo de carne
e sangue entre nós. Podemos falar com Ele hoje e agora. E acima de tudo Ele
deixou uma figura perfeita da justiça a nosso favor aqui na Terra. Cristo
tornou-se o sinal sagrado que está em nosso lugar. Somos aceitos e amados.
Aquele amor e aceitação divinos podem também se aproximar
de nós através das belezas naturais deste mundo que nos rodeia.