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ESTÁ ESCRITO – George Vandeman

 

 

101 RESISTINDO A OPOSIÇÃO

 

102 POR QUE TANTAS DENOMINAÇÕES

 

104 EM BUSCA DA SAÚDE TOTAL

 

105 CURANDO COM AMOR

 

106 ESCADA VERMELHA PARA O SOL

 

107 ÁGUA DA VIDA

 

108 ESCAPANDO DA TERRA

 

109 UM FILHO ENTERRADO VIVO

 

110 QUANDO A FÉ SE ACABA


 

101

RESISTINDO A OPOSIÇÃO

George Vandeman

TOPO

 

A mentira começou em 1903 com uma fotografia publicada em um jornal matutino de São Petersburgo, capital da Rússia. Algo a respeito de um complô sinistro para dominar o mundo. Um número surpreendente de pessoas se dispôs a acreditar e a mentira se espalhou pela Europa durante a década seguinte. Primeiro como um boato, comentado às escondidas e, às vezes, abertamente. Finalmente, exigiu suas vítimas: seis milhões de judeus mortos pela fome, por gás e fuzilados. Todos sacrificados por uma mentira iniciada por uns poucos.

Você já notou que hoje em dia está ficando cada vez mais difícil ater-se à verdade e separar a verdade do engano? Mudamos muito o nosso modo de ver a verdade, especialmente as grandes verdades.

Atualmente, o importante é o que sentimos em nosso coração. "A pessoa tem que encontrar sua própria verdade", nos dizem, "isso é tudo que importa para você".

Incontáveis vezes somos persuadidos de que não existem mais grandes respostas nem princípios firmados. Temos apenas que criar os nossos. Orgulhamo-nos de nossa tolerância hoje em dia, o que é uma coisa boa de se ter, é claro, mas é uma tolerância um tanto barata em muitos sentidos, porque muitos pensam que na verdade, o que você crê não tem importância, desde que seja sincero, desde que esteja sentindo que isso é a verdade.

Parece que esquecemos quão desastrosa uma mentira pode ser. Esquecemos o que jaz por trás daquele terrível holocausto, a matança de seis milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.

Aquela notícia do jornal de São Petersburgo foi um artigo mentiroso afirmando haver um programa para a conquista do mundo pelos judeus. Minutos após uma reunião dos santos de Sião, o editor do jornal afirmou que haviam descoberto uma série de documentos nos quais um grupo de membros da sociedade secreta judaica havia organizado o complô para dominar o mundo.

Primeiro, eles minariam a democracia europeia através da propaganda. Homens de negócio judeus então criariam o caos industrial aumentando os preços. Finalmente, com a sociedade gentia em ruínas, as cidades seriam destruídas de uma forma infalível, injetando-se nelas doenças fatais.

O mito da grande conspiração judaica havia nascido. Foram rotulados os protocolos dos sábios de Sião e milhões vieram a aceitá-lo como fato. Era tão fácil acreditar no pior daqueles que seguiam tradições diferentes que bem poucas pessoas questionavam a mentira. Quase ninguém viu o terrível perigo. O mito dos protocolos espalhou-se por toda a Europa nas primeiras tr6es décadas do século e ganhou projeção fazendo com que vissem em cada judeus motivos para suspeitas. Cada tradição judaica era vista pelas pessoas em geral como parte da conspiração. Alguns bons cidadãos provavelmente achavam que o mito não tinha tanta importância assim, e então deixaram de se preocupar com isso.

Que importância poderia ter essa conversa a respeito de um governo secreto qualquer operando por baixo dos panos? Bem, a mentira teve grande importância. Ela fez parte das ideias de Hitler de purificar a Alemanha exterminando os judeus. Algo que julgaríamos inaceitável.

Pessoas viram vagões de trens serem cheios de homens, mulheres e crianças usando uma estrela amarela, a qual não podiam tirar. Afinal, esses judeus faziam parte de uma conspiração vasta e perversa.

Quando as pessoas passavam pelas filas de famintas vítimas dos campos de concentração, olhavam para o outro lado. Esses judeus não haviam tentado dominar o mundo? No fim, seis milhões de vidas humanas tinham sido destruídas em um sacrifício à grande mentira. O mito dos protocolos havia atingido um estágio tal que causou aquele enorme e triste holocausto.

Durante a Segunda Guerra Mundial a mentira era forte demais. não se levantaram vozes suficientes contra a onda de antissemitismo.

Amigo, a verdade importa. É também uma questão de vida ou morte. Não é o bastante sentir a verdade em seu coração, porém, muita gente sentia em seu íntimo que os judeus precisavam ser exterminados, e durante a Idade Média, muitos bons cristãos foram tidos como hereges que precisavam ser exterminados. A temível inquisição levou avante sua obra mortífera porque líderes religiosos acreditavam que poderiam salvá-los de torturas piores no inferno.

Os cristãos realizaram cruzadas sanguinárias para tirar a terra santa dos muçulmanos porque acreditavam sinceramente que Deus literalmente exigia que Jerusalém estivesse nas mãos dos cristãos. Eles eram sinceros e zelosos. Muitos deram sua vida, mas sua crença os levou a um grande banho de sangue e a uma imperecível animosidade entre cristãos e muçulmanos.

O que cremos pode ser uma grande bênção ou um grande desastre. A verdade importa. Nossa crença importa. Esta é uma questão de vida ou morte.

As Escrituras Sagradas tornam isso claro. O apóstolo Paulo declara em sua carta aos Gálatas 1:8: "Mas, ainda que nós mesmos ou um anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado, seja anátema."

Palavras fortes do apóstolo. O verdadeiro evangelho de Cristo era muito importante para ele, não era apenas uma opinião, algo bonito de se crer. Era um questão de vida ou morte. Ele admoestou seus irmãos para ficarem atentos a falsos evangelhos por mais impressionantemente que fossesm apresentados.

O apóstolo João diz: "Eu, a todo aquele que ouve as palavras da profecia deste livro, testifico: se alguém lhes fizer qualquer acréscimo, Deus lhe acrescentará flagelos escritos neste livro; e se alguém tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua parte da árvore da vida." Apocalipse 22:18 e 19.

O mensageiro de Deus cria que proteger a integridade da Sua palavra era vitalmente inportante. Existe a palavra de Deus verdadeira, mas também existem distorções dessa palavra. Há pessoas que adicionam suas próprias palavras ou suprimem o que discordam. Elas podem ouvir a verdade de maneira receptiva ou podem tentar manipulá-la por seu próprio interesse.

Essas falsificações da verdade irão ficar cada vez mais pronunciadas à medida que a história se aproximar do seu clímax e a pressão para que se creia na grande mentira de Satanás será intensificada.

A onda do antissemitismo já levou muita gente aparentemente honesta a participar de um terrível holocausto. outra onda vai levar uma grande parte da população da terra a um desastre ainda maior. O livro do Apocalipse  nos fala de uma besta, o anticristo, querendo o lugar de Cristo, o qual subverte a verdade de Cristo e lidera uma guerra contra o povo de Deus. Apocalipse 13:8 nos diz: "E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a Terra. Aqueles cujos nomes não foram escritos no livro do Crodeiro."

Que pensamento terrível! Como poderemos ter certeza de que estaremos do lado certo: Este é um assunto de vida ou morte entre a verdade e a falsidade.

Existe um testamento que nos dá a chave para isso, um dos quadros mais corajosos de que tenho conhecimento, onde a verdade se coloca contra a mentira.

No terceiro ano de seu reino, Josafá, rei de Judá, desceu até o norte em visita a Acabe, rei de Israel. Enquanto os dois reis conversavam o fato de Ramote Gileade ter sido capturada pelo rei da Síria, Josafá disse para os dois juntarem suas forças e recapturarem a cidade. Ele declarou que iria com seus exércitos à peleja, mas pediu que eles primeiro consultassem o Senhor.

Acabe decidiu, então, convocar seus quase quatrocentos profetas. Estes entraram correndo e ele perguntou: "Devo ir à guerra contra Ramote Gileade, ou devo desistir?"

Os homens responderam: "Vá, porque o Senhor a entregará em suas mãos."

Josafá ficou desconfiado daqueles profetas tão apressados e teve a sensatez suficiente para querer uma voz de verdade que falasse a grande verdade do verdadeiro Deus. Assim, perguntou: "Não há aqui um profeta do Senhor, ao qual possamos consultar?"

Acabe respondeu relutante que ainda havia um homem que possuia essas credenciais, só que ele tinha uma atitude bastante negativa. micaías, filho de Inlá, nunca tinha dito uma coisa boa a respeito dele. Mas Josafá afirmou que o homem deveria ser consultado assim mesmo e Acabe concordou.

Quando Micaías estava a caminho, os quatrocentos profetas de Acabe tentaram ser mais convincentes, atingindo um verdadeiro frenesi. "Ataquem Ramote Gileade e serão vitoriosos", gritavam eles. Um homem fez um um par de chifres de ferro e em seguida disse: com estes ferirás aos sírios e os destruirás completamente.

Quando o mensageiro que fora mandado buscar o profeta de Deus, Micaías, o encontrou, deu-lhe um conselho: "Olha, todos os profetas a uma só voz já predisseram a vitória para o rei. Que sua palavra seja igual à deles. Fale favoravelmente."

Micaías não concordou. A verdade tinha que ser estabelecida por aclamação. Ele olhou bem nos olhos do mensageiro e respondeu: "Tão certo como vive o Senhor, o que o Senhor me disser, isso falarei."

Não é maravilhoso, não é confortador? Eis um homem que se importava com a verdade de Deus. Ele não se comprometia.

Bem, os dois chegaram ao cenário e Micaías ficou perante os dois moarcas, diante dos mantos reais reforçados por quatrocentos falsos profetas que berravam. Acabe virou-se em direção ao profeta de Deus e perguntou: "Micaías, devemos ir à guerra ou devemos recuar?"

Enquanto as outras vozes se calavam, Acabe olhava para ele irado. Micaías decidiu então testar os outros. Zombando dos outros profetas por terem declarado tão prontamente: "Ataquem, porque o Senhor entregará a vitória na mão do rei." Micaías, na verdade, estava dizendo: vocês querem mesmo saber? Qo que eles responderam: sim.

O rei Acabe havia fingido perante o rei Josafá, mas ele sempre quis a verdade dos fatos. Quantas vezes ele o havia feito jurar dizendo: ñão me diga nada além da verdade em nome do Senhor.

Assim, Micaías disse: "Então disse ele: vi todo o Israel pelos montes, como ovelhas que não têm pastor." I Reis 22:17.

Não foi uma mensagem muito encorajadora. A decisão de Acabe de ouvir a verdade cai por terra. Ele vira-se para Josafá e reclama: "Eu não lhe disse que ele nunca profetiza nada de bom a meu respeito?"

Mas Micaías prosseguiu, erguendo-se diante das centenas de profetas que o reprovavam e disse ao chefe deles: "Vocês reperesentam o espírito da mentira conduzindo o seu rei para o desastre."

O chefe deles esbofeteou Micaías, mas o profeta permaneceu firme. No final, Acabe decidiu ignorá-lo. Ele mandou o profeta de Deus para a prisão e teimosamente marchou para a batalha e enfrentou o desastre que Micaías havia predito.

Como foi que esse profeta enfrentou sozinho a pressão de tantas vozes juntas que o contradiziam? Ele pôs em mente dizer somente o que Deus lhe mandara. Ele tinha o firme apego à palavra do Senhor. Ele era fiel à verdade e se mantinha em pé. Havia uma mensagem clara que não poderia ser comprometida. Micaías, ao contrário dos outros, estava pronto a ouvir o que Deus havia ditpo. Notícia boa, notícia má, ou mais ou menos. Ele estava pronto a ir onde a verdade de Deus o conduzisse.

Amigo, podemos ter uma boa idéia aqui mesmo sobre nos posicionarmos no final. Quando as forças da falsidade ameaçarem varrer a verdade, podemos fazer a nós mesmos esta importante pergunta: estou pronto a ouvir tudo aquilo que Deus diz agora mesmo? Estou pronto a abraçar todas as verdades que Sua Palavra revelar?

Esta é a chave. Nós não temos que ser superconquistadores heroicos para ficarmos firmes no final dos tempos, mas apenas bons ouvintes. Continue ouvindo o único verdadeiro evangelho, as boas novas sobre Jesus Cristo que nos salva pela sua graça. Continue ouvindo a única e verdadeira palavra das profecias que  descrevem o futuro e nos dizem como viver e como manter um relacionamento com o Senhor Jesus Cristo.

Se começarmos a ficar desconfortáveis com o evangelho, se começarmos a ignorar parte da Palavra, e isso é inteiramente errado se quisermos ouvir apenas parte do que Deus diz, estamos pisando em terreno perigoso, chegaremos a um ponto em que vamos querer manipular a verdade em vez de ouvi-la. Vamos querer revisar a verdade em lugar de obedecê-la.

Que grande herança têm os cristãos que ouvem fielmente, que continuam ouvindo a verdade nos piores momentos e permanecem firmes nela. Lembre-se que o apóstolo Paulo a descreveu como uma grande nuvem de testemunhas, instando-nos a mantermos a vida cristã.

Nos ano 250 d.C., quando Décio era o imperador de Roma, um sábio cristão chamado Pônius foi conduzido até a praça por duas colunas de servos e caminhou por um pátio de duzentos metros lotado por uma multidão. Ele havia sido levado até o templo de Nemo e Mêmesis para pagar sacrifício e comer do templo.

Um oficial do templo aproximou-se e perguntou ao cristão se ele certamente sabia do decreto do imperador que o obrigava a fazer sacrifícios aos deuses.

Pônius respondeu humildemente: "Conhecemos o decreto de Deus no qual diz para adorarmos somente a Ele." Vários oficiais tentaram persuadir Pônius a oferecer sacrifício. Ele permaneceu recusando e finalmente o pmandaram de volta para a prisão.

Alguns dias mais tarde, trouxeram-no de volta ao templo. Desta vez Pônius ficou chocado ao ver seu próprio bispo cedendo finalmente às ameaças e curvando-se perante os deuses.

Mesmo assim, ele não foi contra a verdade. Pônius fez um discurso diante da multidão ali reunida, protestanto contra o tratamento injusto aos cristãos, alertando sobre o julgamento por vir.

Quando os oficiais tentaram novamente fazê-lo comprometer-se, ele lhes disse: "Eu gostaria de convencer todos vocês a se tornarem cristãos."Eles deram grandes risadas. "Você não pode nos convencer a sermos queimados vivos." Pônius respondeu: "É muito melhor de que serem queimados quando estiverem mortos."

Alguns que assitiam ficaram impressionados com a eloqüência de Pônius enfrentando a morte. "Que educação!" exclamaram. Pônius queria que eles ficassem impressionados com outra coisa. Então ele lhes disse: "Reconheçam em vez disso a educação daqueles famintos, mais uma coisa pela qual vocês serão julgados."

Pônius estava se referindo a um recente desastre na região, ele esperava que aquele povo se comovesse e olhasse para o Deus vivo em seu sofrimento.

Os ouvintes não entenderam muito bem aquilo. "Mas você também passou fome conosco", eles disseram. Pônius respondeu: "Mas eu tinha esperança em Deus", e manteve aquele esperança até o final. Ele foi crucificado.

Eu acho o testemunho desse homem de grande fé, muito comovente. A verdade importava a ele mais que sua própria vida. Em vez de agonizar nos momentos finais da vida, ele alertou aquelas pessoas sobre o julgamento futuro. Em vez de se revoltar contra seus perseguidores, mostrou a eles os mandamentos de Deus, testemunhando sobre sua esperança em Deus.

Amigo, quero ser como Pônius no final. Não quero ser levado pela onda da mentira, da falsidade; quero permanecer firme e seguro na verdade de Deus. E você? Vamos nos dispor a manter-nos juntos? Podemos começar agora, decidindo ouvir aquilo que Deus nos disser, comprometendo-nos com a sagrada verdade de Deus, decidino dar as costas para qualquer coisa que a Palavra de Deus condena. Essa é a chave, porque mantendo-se firmes no verdadeiro evangelho de Jesus Cristo, firmes em sua verdadeira palavra, descobriremos como é...

Cadê o final?

 

 


 


 

102

POR QUE TANTAS DENOMINAÇÕES?

Pr. George Vandeman

TOPO

 

Nos alpes do norte da Itália e ao sul da Suíça encontramos picos cobertos de neve em sua maravilhosa majestade, vales ricos em verde regados por límpidos regatos, enormes planícies acarpetadas de perfumadas flores silvestres e pomares e vinhedos repletos de deliciosos frutos. Esse é um território de Deus, quase o Céu na Terra. Mas uma coisa trágica aconteceu nesses alpes há muitos anos. A neve se tornou vermelha de sangue - o sangue do povo de Deus. Uma história comovente, e ao mesmo tempo inspiradora, nos aguarda. Além dela, também conhecemos uma fascinante profecia bíblica sobre os resgatadores da verdade negligenciada. Por que tantas denominações? Você já fez a si mesmo essa pergunta? A resposta não é difícil de se achar. Faremos uma pausa no exame das Igrejas individualmente para descobrir uma profecia no centro do livro de Apocalipse, que acabará com a confusão que muitas pessoas têm quando diante de tantas e diferentes "estradas para o Céu." Comecemos o estudo nos alpes onde, há muitos anos, viveu um povo gentil chamado os Valdenses. Por muitos séculos, eles mantiveram a luz da verdade brilhando no meio das trevas espirituais. Os Valdenses preservaram a antiga fé entregue aos santos por Jesus Cristo em pessoa e pelos apóstolos; a fé que havia sido negligenciada e mal utilizada pelos líderes religiosos. Agora, quero lhe fazer uma pergunta: a erosão da fé pela Igreja Cristã o surpreende? Afinal, os registros do Velho Testamento mostram uma ligação contínua com a apostasia. E o Novo Testamento predisse que a história se repetiria. Mais uma vez, um afastamento constante da verdade iria corromper a verdadeira fé. Os apóstolos Pedro e Paulo foram alertados disso. Bem, o livro de Apocalipse também predisse as lutas do povo de Deus durante a Era Cristã. "E viu-se um grande sinal no céu; uma mulher vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com ânsias de dar à luz." Apocalipse 12:1 e 2. Ora, quem é essa mulher? Bem, na Bíblia, Deus usa muitas vezes o símbolo da mulher para representar a Igreja. Uma mulher pura representa Seus sinceros seguidores, e uma mulher imoral representa o cristianismo caído. Portanto, esta mulher pura de Apocalipse 12 deve representar o povo fiel de Deus. E a mulher estava grávida. Logo, uma criança está sendo atacada. "E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um grande dragão vermelho... e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho." Apocalipse 12:3 e 4. O dragão é Satanás, o inimigo mortal da Igreja. Lembre-se como Satanás, trabalhando através de Herodes, o Imperador Romano, tentou destruir Cristo matando todos os bebês do sexo masculino em Belém? Mas o menino Jesus escapou com Sua mãe, Maria, e José. Você conhece a história. Depois que Cristo cresceu e começou Seu ministério, o inimigo O atacou com uma nova estratégia. Ele abordou o Senhor no deserto com várias tentações ardilosas. Mas Jesus não traiu Sua fé. Enfurecido, Satanás tentou ainda outra tática. Ele atraiu os líderes religiosos com seus enganos. Assim que obteve o controle da liderança religiosa da época, o inimigo usou os líderes para perseguir Jesus. Eles aparentemente venceram Cristo na cruz, mas Ele ressurgiu vitorioso do túmulo para ascender ao trono de Deus. "E deu (a Igreja) à luz um Filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o seu Filho foi arrebatado para Deus e para o Seu trono." Apocalipse 12:5. O diabo ficou totalmente frustrado em seus ataques ao Filho de Deus. Assim, decidiu voltar-se contra a mulher, a Igreja. Ele atacou o povo de Deus com a mesma estratégia que havia usado contra Jesus. A história se repetia de uma maneira incrível. Primeiro, o diabo tentou matar a Igreja iniciante. Ele usou os líderes romanos como seus agentes, como havia feito contra o menino Jesus. Mas, apesar da feroz perseguição de Nero e seus sucessores, o cristianismo sobreviveu e cresceu. Satanás percebeu que não poderia destruir o povo de Deus pela violência. Assim, o inimigo se aproximou da Igreja com tentações sutis. Ele pretendia atrair os líderes fazendo concessões em sua fé. Muitos recusaram-se a ceder, permanecendo fiéis ao Senhor, como Jesus tinha sido quando tentado. Mas o inimigo conseguiu mais uma vez manipular os líderes religiosos da época. E, como no tempo de Cristo, a verdade ficou enterrada na tradição. O povo fiel de Deus, ao recusar participar da apostasia, foi marcado para morrer, como Jesus tinha sido. A história registra o fato trágico. Você pode encontrá-la em qualquer biblioteca. Os líderes religiosos martirizaram milhões de crentes sinceros sem nenhum crime, a não ser o de seguir a Palavra de Deus. Durante muitos séculos, os santos tiveram que viver escondidos. "E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias." Apocalipse 12:6. Há uma profecia de tempo, um período de perseguição durando 1.260 dias. Esses dias são literais ou simbólicos? É bom lembrar que o livro de Apocalipse lida com símbolos. Lembre-se também que a perseguição durou muitos séculos, muito mais que os 1.260. Mas na profecia simbólica, um dia representa um ano. Por isso, provavelmente sejam 1.260 anos. Isso é o que os reformadores ensinaram. Martinho Lutero e outros acreditavam que esse período de tempo representava 1.260 anos de opressão sobre a Igreja na Idade Média. A história confirma isso. No século seis, a Igreja foi influenciada pelo Imperador Justiniano ao expedir um decreto retirando toda a proteção aos hereges, como eram chamados os fiéis seguidores de Deus. Essa perseguição tinha atingido uma fúria incontrolável em 538 d.C. Somando 1260 anos com 538 isso nos leva a um pouco antes da nossa época: o ano de 1798. Exatamente nesse ano, Napoleão interrompeu o poder que vinha oprimindo os fiéis. Assim durante os séculos negros, como a profecia de Apocalipse (Apocalipse 16:23) predisse, o povo de Deus foi para os esconderijos. As montanhas dos alpes e de outros lugares remotos da Terra a protegeram a Igreja. Ela sobreviveu. Embora tenha ficado bem fraca, às vezes, a luz da verdade jamais se apagou por completo. Os Valdenses adoravam a Deus em uma capela secreta chamada "Chiesa de La Tanna", que quer dizer "Igreja da Terra". Só se consegue descer o túnel rochoso que leva ao salão de reuniões da Igreja apoiando-se nas mãos e nos joelhos. Nessa mesma caverna, camuflada pela Natureza, os Valdenses por muitos anos adoraram a Deus. Mas chegou finalmente o dia em que um grupo deles foi cercado por soldados que fizeram uma fogueira na abertura. O oxigênio foi consumido e os Valdenses cantaram louvores a Deus até deixarem de respirar. Estavam felizes por darem a vida em vez de renunciar à fé. Ninguém sabe quantos crentes verdadeiros derramaram seu sangue durante o longo exílio da Igreja no deserto. Mas, assim como Deus cuidou do Seu Filho, Ele também preservou Seu povo. E como Jesus saiu do túmulo vitorioso, a igreja finalmente emergiu de sua hibernação no deserto. A palavra Igreja, aqui, não significa Denominação Luterana, a Denominação Batista ou a Denominação Adventista. No Novo Testamento, a palavra Igreja, do termo grego Ecklesia, quer dizer simplesmente "os escolhidos". Você gostaria de ser um dos escolhidos de Deus? Suponhamos que você esteja em pé ao lado de uma colina vendo uma enorme planície numa extensão de quilômetros. Você nota uma estrada de ferro cruzando a planície e desaparecendo em um túnel. De repente, você ouve o som de um trem se aproximando. Uma enorme locomotiva antiga com dois vagões de passageiros passa velozmente. Agora, se a locomotiva, com seus belos vagões, desaparece num lado do tunel, você não esperaria que a mesma locomotiva, com os mesmos vagões, saísse do outro lado? É claro que sim. E se a locomotiva, com os dois belos vagões de passageiros, entrar por um lado da montanha, e do outro lado sair um trem diesel moderno puxando vários vagões? Você ia dizer: "Aconteceu algo com o trem dentro do túnel." E você estaria certo. Vamos esquecer os trens por um momento e imaginar que a verdadeira Igreja começasse a seguir o caminho do tempo no início da Era Cristã. Visualize a Igreja de Apocalipse 12 com sua fé pura viajando pelos séculos. E ali pelo ano 538 tornou-se necessário, a fim de preservar sua fé, que ela se escondesse. Por isso, ela desaparece no túnel do deserto por mais de mil anos. Você não esperaria que a mesma Igreja emergisse do túnel do deserto ensinando a mesma mensagem que os primeiros cristãos ensinaram? E se do túnel não saísse uma Igreja, mas muitas igrejas, muitas denominações diferentes? Você diria que alguma coisa devia ter acontecido dentro do túnel e você estaria certo. A história da Igreja revela que algo perturbador aconteceu durante a Idade Média. A verdade sofreu, se fragmentou mas sobreviveu. Temos notado como Deus interveio para restaurar a verdade negligenciada, parte por parte. Como Ele levantou reformadores, um por um, para trazer de volta a verdade que tinha sido esquecida durante os longos séculos no deserto. Martinho Lutero apareceu em cena para restaurar a pulsação do cristianismo. E a Reforma começou e mas ela só terminou no século 16. A luz apenas começava a surgir no deserto do túnel. Francamente, poderíamos esperar que todas as verdades escondidas por tanto tempo poderiam ser recuperadas de imediato? Não, provavelmente não. Lutero redescobriu que o perdão vem pela fé somente em Jesus Cristo. E assim temos a Igreja Luterana. Mas a importância de algumas outras verdades não foi vista claramente por Lutero. Algumas dessas verdades negligenciadas vieram depois, como o Batismo por imersão, que foi recuperado pelos Anabatistas. Os Anabatistas se aproximaram dos grandes estudiosos protestantes e tentaram convencê-los a aceitar essa nova luz, mas eles não aceitaram. Assim, nasceu a Igreja Batista. E, quando outras verdades vieram através de Wesley, as Igrejas estabelecidas as recusaram. Isso fez nascer os Metodistas. A história continua assim. É a triste tendência humana de confiar no passado, traçar um círculo em torno das crenças e chamá-las de credo. Esses credos originais ajudaram a reinstalar os alicerces do Cristianismo. Mas eles não fizeram provisão para a luz futura. Por isso, temos tantas denominações hoje. "Mas a vereda dos justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia perfeito." Provérbios 4:18. Você pode ver o que Deus está tentando fazer com o Seu povo? Ele quer preservar cada raio de luz que cada reformador guardou tão cuidadosamente, acrescentando a ele novas verdades descobertas que também haviam se perdido através dos séculos. Ele quer apresentar essa mensagem em toda a sua beleza original ao mundo tão desesperadamente necessitado. E isso vem acontecendo. Lenta, mas seguramente, as verdades escondidas na confusão da Idade Média estão surgindo. Conforme as verdades adicionais são recuperadas, outros movimentos têm passado a existir; cada um liderando nova luz redescoberta. Vamos agora ler Apocalipse 12:17: "E o dragão (Satanás) irou-se contra a mulher (a igreja), e foi fazer guerra ao resto da sua semente, os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus Cristo." Temos uma descrição do último dia do povo de Deus. Lembre-se, não estamos falando especificamente sobre denominações, mas sobre o povo de Deus. Você notou quais são as marcas gêmeas? Guardar os mandamentos de Deus e a fé em Cristo. Os Dez Mandamentos poderão conter alguma verdade negligenciada? Não. E quanto ao quarto mandamento? Ele não é uma verdade muito negligenciada? Você já notou que o quarto mandamento, o que trata do sábado, é diferente dos outros? Nove dos mandamentos nos dizem o que devemos fazer para Deus e para o nosso próximo. Mas o mandamento do sábado nos diz o que Deus fez por nós. Ele nos convida a partilhar do descanso merecido por Deus por Sua obra. "Lembra-te do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra... porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra... e ao sétimo dia descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou." Êxodo 20:8-ll. O sétimo dia, o sábado, nos convida a celebrar a obra de Deus como nosso Criador. E há uma outra razão por que adoramos a Deus, uma outra razão para santificarmos o sétimo dia. Vamos reverentemente até o calvário. É tarde de sexta-feira, perto da hora de saudar o sábado. Jesus, pendurado na cruz, relembra tudo o que fez por nossa salvação. Agonizando, Ele proclama: "Está Consumado!" Missão cumprida! Humanidade redimida. Outra vez, Jesus descansa no sábado em homenagem à Sua obra terminada, exatamente como fez após a criação. Só que dessa vez, descansa no túmulo. E, depois do descanso do sábado, Cristo levanta e se eleva ao o trono dos Céus. A idéia de adorar no sábado, o sétimo dia, pode ser nova para você. Ou você pode ter ouvido dizer que a guarda do sábado é legalista. Porém, nada poderia estar mais longe da verdade. A palavra sábado quer dizer descanso. É o oposto de trabalho. Cada semana, o sábado nos diz para nos afastarmos das obras humanas e descansar nas obras de Deus por nós. E isso é o Evangelho! Sem o descanso do sábado, a obediência à lei de Deus se torna legalista. Jamais esqueça disso: não somos salvos por guardar a lei de Deus. Somos salvos por descansarmos em Cristo. Isso é o Evangelho! E é também a mensagem do sábado. Entre os deveres essenciais esboçados na lei, o sábado nos oferece descanso nas obras de Cristo por nós. Agora entendemos por que Jesus proclamou-Se "Senhor do Sábado". Mostramos fé em Jesus, nosso Criador e Redentor, descansando no sétimo dia. Então já que o sétimo dia, que chamamos de sábado, é o dia de culto do Senhor, por que muitos cristãos guardam o primeiro dia da semana, o domingo? Bem, você sabe que a Igreja da Idade Média, sem autorização das Escrituras, assumiu a responsabilidade de mudar o sábado para o domingo. Por volta do século 16, alguns cristãos fiéis ainda guardavam o sétimo dia. Um grupo de Anabatistas, por exemplo, observava o sábado, apesar da feroz perseguição. Mas, finalmente, a verdade negligenciada e quase esquecida sobre o sábado, o sétimo dia, foi recuperada. Desde o século 19, milhões de cristãos ao redor do mundo têm começado a adorar no sábado da Bíblia. Que herança Deus tem para nós hoje? Destacando as verdades vitais recapturadas pelos grandes reformadores e nos gloriosos momentos finais da Reforma, ainda redescobrimos verdades. Não devíamos todos continuar avançando em direção da luz? Que desafio para o cristão! E agora, quando nos aproximamos do final, quero contar uma linda história que ocorreu não faz muito tempo. Um menino apascentava as ovelhas do pai. Não muito distante dali, naquele vale, um garoto vizinho apascentava as ovelhas do seu pai. Bem, os garotos ficaram muito amigos. Um dia, uma forte tempestade chegou de repente, e os garotos com suas ovelhas se refugiaram em uma grande caverna. Quando a tempestade passou e era hora de eles irem para casa, surgiu um problema. Eles não conseguiam separar as ovelhas. Eles conheciam algumas, mas tinham dúvida sobre outras. Finalmente, desesperados, com medo de apanhar de seus pais, eles foram para casa. Um seguiu por uma trilha e outro por outra. E o que você acha que aconteceu? Sim, as ovelhas se separaram sozinhas, cada uma seguindo seu próprio pastor. Você é uma das ovelhas de Cristo? Você é se O seguir quando Ele revela a verdade em Sua palavra, seja qual for essa verdade. E você pode tomar essa decisão perante o Senhor agora mesmo.

 

ORAÇÃO Querido Deus, obrigado por revelar provas de um grande designo, introduzindo-nos aos estágios finais do grande conflito entre Cristo e Satanás, no qual Jesus e sua verdade serão vitoriosos. Temos buscado em companhia de crentes de diversas religiões, as verdades esquecidas, a fim de estarmos preparados para aquele dia final. Nós agradecemos pelo que temos aprendido e fazemos de Jesus o nosso Salvador através de uma decisão pessoal agora mesmo. Em nome de Jesus nós pedimos. Amém

 


 


 

104

EM BUSCA DA SAÚDE TOTAL

Pr. George Vandeman

TOPO

 

O mundo médico hoje está dividido em dois e às vezes em três campos antagônicos. Aqueles que defendem o tratamento médico tradicional puro e simples contra os que advogam as alternativas chamadas "holísticas". É a terapia padrão versos os remédios de ervas; tecnologia versos "volta à natureza". Um grupo insiste que os remédios devem curar o corpo o outro insiste que devemos permitir ao corpo curar-se a si mesmo. Os médicos tradicionais afirmam que a medicina alternativa apresenta muitas dúvidas ao advogar todos os tipos concebíveis de cura milagrosa. Os médicos holísticos garantem que aqueles tratamentos padrões como a quimioterapia e a radiação são tão traumáticos para o corpo quanto as doenças que eles combatem. E assim o público se vê preso entre... o medo dos remédios tradicionais com seus terríveis efeitos colaterais e a preocupação também com os remédios alternativos e seus efeitos desconhecidos. Ficamos desta forma em busca da resposta de uma pergunta muito importante... Qual é o melhor remédio? Todos nós queremos conseguir um bom médico... Especialmente nesta época de tantas escolhas conflitantes. E todos nós, algum dia, temos que decidir qual é o "melhor remédio". Muitas vozes diferentes respondem hoje quando perguntamos "como posso obter a saúde total?" E muitas vezes parece, que temos que escolher entre drogas eficazes, mas perigosas e remédios naturais inofensivos mas ineficazes. Eu gostaria de sugerir uma alternativa. É uma incrível nova descoberta para o combate do câncer: o acelerador de raios próton do Centro Médico da Universidade Loma Linda. Mas primeiro uma informação. Essa alternativa vem até nós de modo surpreendente. Em Battle Creek, Michigan, nos meado de mil e oitocentos teve início o Movimento Adventista de Saúde no Sanatório de Battle Creek. Os princípios da reforma adventista de saúde foram lançados por uma consagrada líder da igreja chamada Ellen White. Em Battle Creek estes princípios foram integrados no tratamento médico profissional. O maior responsável por isto foi o doutor John Harvey Kellog, o lendário médico superintendente da instituição. O doutor Kellogg a chamou originalmente de "Sanatório Médico e Cirúrgico Battle Creek" porque ele queria identificá-lo como um lugar onde deveriam ser tomadas precauções sanitárias para impedir o crescimento e a expansão de germes. Isto foi em 1877, o ano em que Louis Pasteur apresentou sua teoria sobre vírus para a Academia Francesa de Ciências. Os hospitais da época eram considerados como lugares onde as pessoas iam para morrer... E tal opinião em geral estava certa. Mas o doutor Kellogg queria que este sanatório fosse um lugar onde as "pessoas aprendessem a ficar boas. " Durante seus primeiros 10 anos de funcionamento, o sanatório atendeu a dois mil pacientes. Destes, morreram 10, uma média de um por ano. Este recorde foi tão notável para a época que a instituição passou a ter destaque nacional. E finalmente, próximo do final desse período de dez anos, a profissão médica em geral foi persuadida pelas pesquisas que as medidas sanitárias, tal como lavar as mãos antes das cirurgias, poderiam salvar vidas. A instituição Battle Creek expandiu-se rapidamente até tornar-se a maior instituição do gênero no mundo. Ela também adquiriu a reputação de ser a mais científica, devido à técnica e ao equipamento que usava. A equipe empregava medicamentos, quando necessários, mas dava ênfase aos remédios naturais, a mudanças de estilo de vida e a uma dieta inteligente. Grandes esforços foram feitos para ensinar aos pacientes como prevenir doenças e preservar a saúde. O doutor Kellogg via o sanatório como uma instituição educacional tanto como um hospital, chamando-a de "Universidade da Saúde". Bem, Kellogg uma vez disse a outro médico como o sanatório Battle Creek conseguia ficar cinco anos a frente de todos os demais profissionais de saúde. Se alguma coisa nova fosse defendida, ele disse, ele a adotaria instantaneamente se parecesse consistente com os escritos de Ellen White sobre saúde. Quando os outros médicos finalmente aceitavam o conceito, após observar o modo do sanatório agir, Kellogg já estava com cinco anos de vantagem. Por outro lado, ele rejeitava qualquer novidade médica se não estivesse de acordo com o que Ellen White aconselhava. Quando outros médicos descobriam finalmente o seu erro, perguntavam por que Kellogg não havia se deixado levar como eles. Vinham pessoas do país inteiro e de todo o mundo, para se beneficiar desse lugar especial de cura. Hóspedes e pacientes, inclusive John D. Rockefeller, Henry Ford, o presidente William Howard Taft, o secretário de estado William Jennings Bryan, Thomas Edison, Luther Burbank, Billy Sunday e Amelia Earhart. O almirante Richard Byrd veio consultar-se com o dr. Kellogg sobre sua dieta antes de fazer suas duas grandes expedições aos Polos Norte e Sul. O campeão olímpico de natação, Johnny Weismuller, veio ao sanatório para inaugurar uma nova piscina. Depois de começar a seguir uma dieta vegetariana recomendada pelo dr. Kellogg, Weissmuler quebrou seu recorde anterior dos 300 metros. Um recorde que ele havia tentado quebrar sem sucesso durante vários anos. O sanatório Battle Creek não só hospedou gente famosa, mas também realizou algumas descobertas notáveis. Um dia o doutor Kellogg encontrou um funcionário da cozinha conversando com a namorada em vez de vigiar os amendoins que estavam assando. Os amendoins se queimaram. Kellogg repreendeu o rapaz e disse que ele ia ter que pagar os amendoins. Bem, o rapaz foi para casa zangado, levando um saquinho cheio de amendoins queimados. Assim que entrou em casa um dos amendoins caiu no chão. Ele estava tão aborrecido que pegou um martelo próximo e o esmagou. Em vez de fragmentar-se, o amendoim transformou-se numa pasta de aparência estranha. Surpreso, o rapaz resolveu esmagar mais alguns amendoins, aí recolheu a pasta em um pires e voltou para o sanatório. Ele esperou diante da porta do doutor Kellogg até que ele saísse rapidamente para uma cirurgia. O rapaz estendeu o prato para a inspeção de Kellogg. "O que é isso?" ele perguntou. O rapaz respondeu, "manteiga de amendoim". Kellogg provou um pouco com o dedo e gostou. Aí ordenou: "leve para a cozinha. Eu lhe darei cinqüenta dólares por esse prato". Depois disso, a manteiga de amendoim passou a ser feita e vendida na cidade de Battle Creek sob a orientação de Kellogg. Em outra ocasião uma paciente quebrou a sua dentadura com um pedaço de pão duro e seco chamado zwieback. O pão era para lhe fazer bem, mas obviamente era duro de comer. Kellogg começou a pensar: "Que tal desenvolver um cereal saudável pré-cozido?" Ele passou muitas horas misturando massa de centeio de diversas maneiras e em seguida assando-as. Eventualmente ele acabou inventando os flocos de milho e mistura de cereais... Foi assim que se iniciou a indústria de cereal para o café da manhã na América. Foi seu irmão, W.K. Kellogg, que a transformou em um negócio internacional. O doutor Kellog também trabalhou na preparação de um cereal desenvolvido pelo reformador da saúde, Dr. Jackson, que foi chamado de "granola". Kellogg modificou o cereal, o tornou bem mais agradável, e ele se tornou "granola", um alimento matinal gostoso que tem se tornado popular nos últimos anos entre os fãs da comida natural. Portanto, de um modo notável, nós temos que agradecer ao Dr. Kellogg e aos adventistas do movimento pela saúde pela manteiga de amendoim, os flocos de milho e a granola. Mais importante que tudo é que este movimento tem dado ao mundo uma visão singular da cura, unindo a volta à natureza e as recentes descobertas científicas. A história completa do Sanatório Battle Creek e do Movimento Adventista de Saúde pode ser vista como uma trajetória em busca da excelência tanto na saúde como na educação. Sempre visando o bem estar do próximo, as instituições têm operado grandes milagres. Algumas vezes em transplante de coração em bebês, outras no tratamento do câncer, como é o caso do acelerador dos raios próton. Desde o seu princípio em Battle Creek, o Movimento Adventista de Saúde tem se espalhado pelo mundo todo. Hoje ele alcança 68 países através de 530 instituições médicas...de clínicas na África, onde as pessoas carecem de cuidados médicos básicos, a grandes hospitais totalmente equipados em lugares como Hong Kong, Tóquio, Sydney e Copenhaguen. Mas aqueles primeiros ideais do Sanatório Battle Creek não desapareceram. Os conselhos únicos de Ellen White continuam a inspirar homens e mulheres no aperfeiçoamento da medicina preventiva. Um dos exemplos é o Centro de Educação Pró-Saúde em Bakersfield, Califórnia. O centro foi fundado por um grupo de médicos adventistas do sétimo dia que crêem que os princípios bíblicos podem ser combinados com as informações científicas atualizadas para criar um programa para a saúde total. O doutor Scharfeenberg é uma grande autoridade no campo da nutrição e da medicina preventiva. As pessoas que passam por ele, ouvem a última evidência científica sobre o assunto. Este homem também se dedica em mostrar como as verdades da Bíblia são um componente chave na obtenção da saúde total. Porque essas verdades são uma forte tradição na busca dos princípios de Deus para o viver saudável na igreja adventista, seus membros tem obtido o que agora é chamado de vantagem adventista. Estudos do governo americano tem mostrado que os adventistas do sétimo dia vivem de sete a nove anos a mais do que a população em geral. Trata-se de uma notável extensão da quantidade e qualidade da vida. Na Universidade Loma Linda um outro tipo de vantagem adventista vem chamando a atenção do mundo. Esta se relaciona com a cura do câncer. Embora enfatizem a medicina preventiva, os adventistas não têm negligenciado o outro lado da cura...A cura de doenças traumáticas. Já existe uma máquina médica que promete revolucionar o tratamento dos tumores que ameaçam a vida. Ela é encontrada no setor de terapia próton do Centro Médico da Universidade Loma Linda. O Dr. James Slater, diretor médico nos disse que o tratamento do primeiro paciente acontecerá em breve e será a primeira vez no mundo que será possível mover os raios próton ao redor do paciente enquanto ele fica deitado aqui em uma maca. O raio será movimentado a uma posição em particular, e assim o paciente será tratado. A ansiedade para ver isto acontecer é grande. Afinal, eles têm trabalhado para isto nos últimos 20 anos. A revolução neste tratamento é que ele é um tipo diferente de radiação daquele que geralmente é usado. Normalmente, os raios x, os raios elétrons são usados para tratar os pacientes com câncer. Neste tratamento eles usarão prótons, que são o núcleo do átomo de hidrogênio. Eles são acelerados para atingirem energias muito altas como na faixa de 250 milhões de elétrons volts e são focalizados precisamente no câncer do paciente. Estes raios ficarão ligados de 60 segundos a dois minutos. Depois disso o paciente já pode sair andando e ir trabalhar. Esta tarefa foi elaborada simplesmente por uma questão de necessidade. No exame de pacientes que estavam sendo tratados pelos métodos convencionais se percebiam efeitos colaterais muito graves. Isso era muito triste com. Felizmente foi descoberto que pela física das características de absorção do próton, seria possível fazer coisa bem melhor com essa técnica. É um tratamento sem dor por causa da precisão dos prótons. Acontece que os prótons podem ser colocados no paciente com precisão, onde são necessários, em um volume tridimensional. Apenas ocorrem bem poucos danos nos tecidos normais ao redor e é isso que causa o mínimo de efeitos colaterais no paciente, que de fato são efeitos bem menores. Podem ser tratados cerca de 100 pacientes por dia num período de 12 horas. Ainda não há meios tratar a leucemia e nem cânceres similares porque eles não podem ser localizados em um lugar específico do corpo. Já que eles se espalham para múltiplos lugares têm que ser tratados pelos métodos convencionais. O processo dos raios do acelerador próton começa com o gás de hidrogênio. Ele é colocado em uma câmara íon onde são colocados também trinta mil volts de energia para remover os elétrons, deixando os prótons livres para seguir em direção do acelerador. O acelerador do segundo estágio os recolhe e eleva a energia acima de dois milhões de volts de energia. Daí o raio é guiado através de um tubo a vácuo para o grande anel acelerador que é uma série de oito grandes eletroímãs que fazem o raio se dobrar num padrão circular de cerca de seis metros de diâmetro. Nesse padrão circular há um mecanismo que usamos para acelerar os prótons, uma pequena câmara de cobre. Isto eleva a energia dos prótons ao nível que precisamos para penetrar até a profundidade apropriada no paciente. Assim, quando os prótons deixam o acelerador eles descem os corredores num tubo a vácuo com cerca de dez centímetros de diâmetro, focalizado por estes grandes eletroimãs, eles contornam a curva e entram nesta sala. Em seguida eles entram direto no centro deste guindaste. Os ímãs então dobrarão o raio próton, e sobem até o andar superior, contornam e descem até atingirem um bico, um mecanismo complexo que pega o raio e o focaliza de modo preciso no tumor do paciente. Hoje, este projeto está bem maior do que todos nós. Espero e oro para que isto seja uma conquista que se espalhe pelo mundo inteiro. Cientistas e físicos de todos os cantos do mundo tem vindo observá-lo há algum tempo. E também espero que de algum modo, o uso balanceado dos remédios, a tradição que o Centro Médico Loma Linda representa, também tenha um impacto maior ainda no futuro. Há uma fé por baixo de todos esses empreendimentos, uma fé no interesse vital de Deus na saúde física do homem, e uma crença de que nossa saúde física e espiritual estão unidas entre si. Os adventistas agradecem a Deus por Ele ter nos dado princípios que podem ajudar a prevenir doenças e manter nosso bem estar. E também agradecemos a Deus por Ele ter dado ao homem a mente e a capacidade para criar terapias, como a do acelerador próton, que podem ajudar no processo de cura. O mesmo Deus que nos dá princípios para permanecermos saudáveis também nos mostra como obter o bem estar espiritual. O mesmo Deus que criou prótons capazes de destruir um tumor com precisão, também criou um raio do perdão, meu amigo, que pode destruir o câncer do pecado. A vantagem adventista na verdade centraliza-se ao redor da fé em um Deus deste tipo. Ele tem soluções para nossos problemas; Ele pode atender as nossas necessidades. Você quer saber como o salmista descreveu o sempre fiel Deus do céu? O salmo 145, versículo 16 diz: "Abres a tua mão, e satisfazes o desejo de todos os viventes". Creio em um Deus que está profundamente envolvido na vida de cada um de nós. Creio que Ele nos deu os princípios salvadores na sua palavra. O salmista diz outra coisa muito bonita em Salmos 119 versículo 105: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e luz para o meu caminho". Nós todos fomos deixados tateando na escuridão deste mundo de calamidades. Deus sempre nos mostra uma saída. Você tem esta confiança hoje? Você crê em um Deus de soluções? Eu sugiro que você confie na capacidade Dele de satisfazer, na capacidade Dele de derramar luz sobre o seu caminho

 


 


 

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CURANDO COM AMOR

Pr. George Vandeman

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Conheço uma fascinante história de dois médicos extraordinários. Um deles foi pioneiro no território da China, na época em que a imperatriz Dowager forçava os chineses a usarem longos rabichos em sinal de submissão. Seu nome era Miller, e ele trouxe a cura aos milhões de necessitados na Ásia. O outro pioneiro, no campo da moderna medicina, foi Bailey. Ele foi um líder no campo da cirurgia pediátrica do coração ao trazer para os pequenos corações a cura que os outros médicos não acreditaram ser possível. Os doutores Miller e Bailey, distanciados geograficamente e a meio século um do outro, estavam unidos por uma visão única do ministério médico. O mundo médico hoje está cada vez mais dominado por questões difíceis, questões dolorosas que alteram significativamente nossa definição da vida, ao ponto mais sagrado dela. Quando é que podemos desligar os sistemas que mantêm com vida os pacientes terminais? Os bebês no útero, declarados gravemente deficientes através dos ultramodernos equipamentos de diagnóstico devem ser abortados? Os tecidos de um feto abortado devem ser usados para finalidades médicas? Neste ambiente torna-se cada vez mais difícil traçar a linha entre a vida e a morte. É cada vez mais difícil dizer quando estamos brincando de ser Deus com a vida de alguém quando não estamos. Às vezes estas perguntas complicadas podem obscurecer nosso ideal básico como seres humanos que é cuidarmos uns dos outros. Assim, é confortador, encontrar pessoas que se preocupam... de maneiras extraordinárias, pessoas que se dedicam a curar o próximo. E os homens citados são exemplos notáveis. Quando o Dr. Harry Miller, um cirurgião adventista do sétimo dia, navegou para a China em 1903, tinha o sonho de construir hospitais e levar o ministério de Cristo da cura a todos naquele país... Tanto ao pobre quanto ao rico. Logo após chegar, ele começou a estabelecer uma rede de sanatórios para o incontável povo da China sem tratamento médico adequado. E assim, desde o início ele tratou de pessoas pobres, na esperança de que a generosidade dos clientes ricos mantivesse o seu trabalho. Miler não tinha grandes recursos financeiros para ajudá-lo, e as necessidades na China eram muito grandes. Mas este médico confiava inteiramente na capacidade de Deus em gerar recursos... E ele viu sua obra progredir providencialmente. Um dos pacientes mais famosos de Miller em l940 era um homem chamado de "O Jovem Marechal da República Chinesa", chefe dos exércitos da China, governador da Manchúria. Este comandante havia se tornado dependente do ópio e seu problema ameaçava a estabilidade do país. Assim ele se colocou sob os cuidados de Miller no sanatório adventista em Changai. Foi uma luta difícil, mas Miller conseguiu livrar o comandante do ópio. Após isso o homem quis mostrar sua gratidão de um modo especial e chamou o médico até seu quarto do hospital. "Dr. Miller," ele disse, "eu paguei por tudo o que o sanatório fez por mim. Agora quero fazer alguma coisa pelo senhor." Então entregou um envelope a Miller e lhe disse: "compre um avião ou uma casa para o senhor". Ao abrir o envelope mais tarde, Miller ficou surpreso ao encontrar um cheque no valor de cinqüenta mil dólares. Em 1940 era muito dinheiro. Ele poderia facilmente considerar tal presente como um prêmio por todos os anos de sacrifício e luta pelo povo da China. Em vez disso, ele viu outra coisa... Seus dedicados colegas, outros médicos e enfermeiras também curando com amor os necessitados da China. E assim, após falar a respeito com Marie, sua esposa, Miller depositou o dinheiro no banco para um hospital muito necessitado no território noroeste da China. Esse era o modo de Miller agir. Seus amigos mais íntimos calcularam uma vez que ele havia destinado dois milhões e meio de dólares de salários em doações para a igreja. Alguns anos atrás tive a oportunidade de ver pessoalmente a generosidade do doutor Miller. Quando Nellie e eu estávamos nos mudando para Takoma Park, Maryland, isso fica no subúrbio de Washington, D.C. O doutor Miller nos vendeu sua casa ali. Mais tarde eu soube que cada dólar que ele apurou da venda foi destinado ao apoio da obra médica na China. Eventualmente Miller prosseguiu e estabeleceu grande reputação na cirurgia inovadora, mas a coisa mais notável que ele manteve foi um grande interesse pela outra faceta da profissão: a medicina preventiva. Através de década de trabalho entre os enfermos e pobres famintos do oriente, ele pesquisou novos meios de prevenir doenças e de alimentar os famintos. Foi isso que o levou a fazer experiências com a soja. Ele acreditava que esse alimento versátil e nutricionalmente rico poderia ser a chave para alimentar o mundo faminto. Miller viu que as mamães chinesas estavam perdendo milhares de bebês todos os anos devido às alergias e deficiências nutritivas. Muitas vezes as mães tinham pouco ou nenhum leite materno para alimentar sua criança. Assim Miller começou a pensar... e a sonhar. E se pudéssemos desenvolver um leite de soja com muita proteína? Ele começou a estudar o modo como os chineses faziam o tofu e outros produtos da soja. Após anos de trabalho, o cirurgião-pesquisador desenvolveu finalmente um processo de cozimento a vapor, separando o óleo do líquido que resultou em um leite de soja que até os bebês apreciavam. Após dispensar grandes esforços complementares, Miller convenceu vários médicos a testar leite de soja nos bebês doentes que eram alérgicos ao leite comum. Os resultados foram bastante encorajadores. E assim nasceu o soyalac, um produto que tem salvado incontáveis vidas de bebês na América e em todo o mundo. Mesmo no meio de uma cozinha enfumaçada, trabalhando em um outro experimento com soja, Miller continuava curando com amor, buscando salvar vidas. De volta aos Estados Unidos, durante a primeira guerra mundial, o doutor Miller atuou como cirurgião no sanatório em Washington, uma outra instituição adventista. Naquela época, a operação da tireóide era muito perigosa e tinha um índice de mortalidade de 50%. Mas Miller conseguia uma série de sucessos notáveis. Sua primeiras 24 tireoidectomias foram perfeitas. Isso teve um significado especial para mim. Minha própria mãe foi um desses 24 pacientes agradecidos. Miller não apenas tinha uma grande técnica como cirurgião, mas ele também criou um sistema de hidroterapia pós operatório, usando bolsas de água fria e compressas, que também ajudaram a salvar muitas vidas. O índice de mortalidade de seus pacientes de tireóide era de apenas quatro por cento. Cirurgiões de todo o país vinham para estudar as técnicas de Miller. O doutor Miller tornou-se uma das maiores autoridades mundiais da cirurgia do bócio. Mas, apesar de amplamente aclamado por sua perícia como cirurgião, Miller jamais se esqueceu de sua parceria com Cristo no ministério da cura. A oração permaneceu como uma parte vital em seu trabalho com os pacientes. Certa vez, um destacado líder da comunidade foi encaminhado a Miller para operação do cólo. O homem pareceu especialmente ansioso para a operação. "Quando podemos operar?" Ele perguntou. Miller respondeu: "acho que podemos prepará-lo hoje e operá-lo amanhã." "Isso é ótimo. Quanto mais rápido melhor", o homem replicou, sorrindo. Mas geralmente Miller tinha que passar um bom tempo tentando convencer os pacientes a se submeterem a uma operação desse tipo. Naquela época a operação do colo era considerada muito perigosa e Miller nunca tinha visto ninguém reagir de modo tão entusiasmado à orientação médica. A operação ocorreu no dia seguinte. A recuperação do paciente foi excelente e ele pôde rapidamente voltar ao seu trabalho. Algum tempo depois ele passou pelo consultório de Miller e disse: "doutor, lembra-se quando me aconselhou a cirurgia e eu lhe disse para fazê-la o quanto antes?" Sim, Miller lembrava-se muito bem. O homem então explicou a razão. Ele vinha sofrendo de uma depressão tão forte na ocasião, que havia decidido cometer suicídio. Ele havia tentado pular de uma janela, mas perdeu a coragem no último instante. E também não quis destruir sua família. Mas aí Miller mostrou a ele um raio x com sua doença do colo e disse que iria ter que remover grande parte dele. O homem concluiu que esta talvez fosse a saída perfeita. Ele não achava que sobreviveria à cirurgia e que não acordar da anestesia seria o meio mais fácil de morrer. Essa foi a razão dele ter concordado tão prontamente. Mas quando o paciente foi colocado na mesa de operação e preparado para a anestesia, Miller inclinou a cabeça e orou sinceramente por ele, algo aconteceu... Aquele homem não estava preparado para ver um médico pedir a presença e a assistência de Deus durante a perigosa operação e justamente isso causou um grande impacto no paciente. Ele disse alegremente a Miller que sua oração havia sido atendida de diversas maneiras. "Sou um novo homem", ele disse, "cheio de coragem e esperança." Harry Miller tinha sido treinado em uma tradição médica muito singular no sanatório de Battle Creek, aquela instituição que abriu caminho para a abordagem adventista à saúde. Ele orientou-se como estudante de medicina na verdade de que Deus se preocupa com cada parte da vida humana: mental, emocional, física e espiritual. E ele aprendeu que o homem é um todo como ser humano, e requer também a cura como um ser humano completo. Uma das pioneiras adventistas, Ellen White, a quem Miller considerava uma inspiração para sua prática da medicina, colocou muito bem quando escreveu: "no ministério da cura, o médico tem de ser um cooperador de Cristo... Ele se deve unir a Cristo no aliviar tanto as necessidades físicas como as espirituais de seus semelhantes. Cumpre-lhe ser para o enfermo um mensageiro de misericórdia, levando-lhe um remédio ao corpo doente e à alma enferma de pecado. Cristo é a verdadeira cabeça da profissão médica." Foi isso que tornou Harry Miller e milhares de outros como ele médicos tão especiais. Ele viu a Cristo como a cabeça da sua profissão; que curava com amor. Bem distante da China de Miller e décadas após, um outro médico nesta mesma tradição encontrou o seu chamado especial. Um cirurgião residente, adventista do sétimo dia, Leonard Bailey, participava de uma conferência numa tarde de segunda-feira no hospital para crianças enfermas em Toronto. Muitas crianças e bebês com problemas cardíacos eram encaminhadas para esse hospital. E naquele dia os médicos estavam discutindo a respeito de um caso de síndrome hipoplástica de coração esquerdo, um problema no qual o lado esquerdo do coração do bebê não se desenvolve. Os médicos ouviam e concordavam enquanto o caso era apresentado. Eles sabiam que nada poderia ser feito pelo bebê; ele teria que ser mandado para casa para morrer. No momento de silêncio que se seguiu a esse triste prognóstico, uma voz surgiu da última fileira. Era o residente Bailey; ele tinha que dizer alguma coisa. Ele tinha estado pensando que o bebê não teria de morrer, só porque aquela bombinha não estava funcionando. E assim no meio daquela conferência ele disse: "o que esse bebê precisa é de seu coração trocado! Devíamos estar transplantando o coração de bebês!" Todos na sala se voltaram e encararam o jovem residente. Eles sorriram diante daquela idéia mirabolante e aí passaram para o próximo caso. Mas bailey não pôde continuar. Para ele, fazia sentido. Era o que deveria ser feito. Só porque ninguém mais achava que transplantar corações de bebês era muito promissor não significava que não se tratava de uma idéia racional. Quando Bailey começou a trabalhar como cirurgião pediatra no Centro Médico da Universidade de Loma Linda, ele encontrou finalmente alguns outros que quiseram ouvi-lo. O departamento cirúrgico ficou interessado. Lugares para pesquisas foram criados. Na ocasião nenhum bebê humano foi sequer registrado como possível doador. Não havia incentivo. Transplantes jamais tinham sido feitos. E assim, acreditando que o suprimento de doadores jamais poderia compatibilizar-se com as necessidades, Bailey começou os seus experimentos com corações de babuínos, porque eram os que mais se assemelham com órgãos humanos. Durante os primeiros anos ele e seus colegas praticamente moraram no laboratório. Os babuínos que estavam sendo usados para salvar outros tornaram-se muito especiais para eles. Bailey jamais conseguiu interessar as autoridades em suas pesquisas. No princípio o dinheiro saiu de seu próprio bolso... E dos bolsos de outros no departamento cirúrgico. Bailey chamava orgulhosamente este como o melhor investimento que eles haviam feito. Levou de cinco a seis anos ara as pessoas notarem que algo importante estava acontecendo lá em Loma Linda. Foi somente quando surgiu a "Baby Fae" que a atenção do mundo voltou-se para aquele doutor solitário que se propunha colocar o coração de um babuíno no corpo de um bebê. a "Baby Fae" não sobreviveu. Embora seus últimos dias tenham sido mais confortáveis do que antes da cirurgia, seu corpo acabou por rejeitar o novo órgão. Aconteceu que toda aquela cobertura da mídia chamou a atenção do público para a necessidade de transplantes de coração para bebês. Finalmente as pessoas viam que bebês com problemas cardíacos fatais podiam ser salvos. Doadores humanos tornaram-se disponíveis... bebês humanos, muitos deles nascidos mortos devido a problemas encefálicos. O doutor Bailey pôde iniciar um programa de transplantes de coração de bebê para bebê com resultados maravilhosos. Todas essas crianças estão vivas, respirando, rindo, gritando e crescendo saudáveis, por terem recebido um presente incrível... um novo coração. Elas estão vivas porque um homem não aceitou o fato de que bebês estavam morrendo por defeitos congênitos no coração. Ele não desistiu abanando a cabeça e passando para o caso seguinte. O doutor Bailey acreditou que alguma coisa podia ser feita. Muitas pessoas tem perguntado por quê, entre tantos cirurgiões, esse homem levou adiante o que os especialistas consideravam uma busca inútil? O próprio Dr. Bailey disse que estudou medicina para ser instrumento de Deus nos poderes de cura da medicina. Nós certamente não possuímos tais habilidades por nós mesmos. É somente através de Deus que podemos fazer todos esses tipos de coisas. Pensando pelo lado humano, eu fico bastante comovido quando olho diretamente nos olhos de um bebê e imagino o potencial que existe ali, naquela pequena vida. O que essa vida pode significar no mundo quando a vemos. Aqui estamos atualmente em uma situação onde centenas de milhares de homens são incentivados a atirar uns nos outros no planeta Terra, quando de fato, a meu ver, devíamos estar divisando meios de como melhor ajudarmos uns aos outros no planeta Terra para que todos pudéssemos viver aqui como irmãos. Estes bebês, cada um que é salvo, pelo menos representa algo bom. É de fato uma notícia genuinamente boa para o nosso planeta e para o que podemos fazer se trabalharmos criativamente para o nosso Deus. Na compaixão do Dr. Leonard Bailey vemos o eco daquele outro médico que tanto se dedicou na obra de curar... Harry Miller, o doutor da China. E assim Miller, Barry vê o seu trabalho como uma parceria com Deus, o grande médico. Ele não deixou a sua capacidade como cirurgião bloquear a sua dependência na ajuda divina. O doutor Bailey falou recentemente sobre o notável índice de sucesso que a equipe de Loma Linda tem conseguido manter na perigosa tarefa de colocar corações novos em bebês condenados. Novos corações foram transplantados em cerca de cem bebês e crianças com doenças congênitas e adquiridas, e três quartos desses bebês e crianças estão vivas e com saúde hoje. E uma porcentagem maior ainda de recém-nascidos transplantados continuam vivos e com saúde. Sempre foi uma área questionável, o grande "Calcanhar de Aquiles", a disponibilidade de doadores de órgão, mas com a educação apropriada do público, uma certa compaixão que o público tem pelas outras pessoas, os órgãos estarão disponíveis para essas crianças que aguardam. Sim, podemos todos agradecer por estes rostos pequenos e radiantes, brilhando com vida nova, crescendo com um novo coração dentro deles. Isso diz algo tremendamente importante em nosso mundo hoje. Algo que precisa desesperadamente ser dito em uma época em que a medicina pode parecer cada vez mais impessoal, numa época em que nossos negócios deixam cada vez menos tempo para os filhos. Estes bebês nos fazem lembrar verdades das Escrituras. Especialmente uma promessa que Deus nos dá em Ezequiel capítulo onze, versículo 19:"... E tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de carne." Deus nos dando um novo coração; Deus nos possibilitando nascer de novo... Com Sua vida nova dentro de nós. Graças a Deus por ele curar com amor. Graças a Deus por nosso grande Pai no céu que cura. Nos rostos dessas queridas crianças vemos a obra de suas mãos... E a promessa de maiores conquistas futuras. Em virtude da obra de nosso Salvador, podemos todos ser crianças em construção... Ainda em crescimento, seguindo a planta de Deus. Você já se encontrou com este Jesus que cura com amor, um coração quebrantado por nós no calvário? Espero que as histórias de homens dedicados que deram sua vida para espalhar a obra deste maravilhoso médico divino tenham lhe trazido esperança. Não importa quais sejam suas feridas, elas podem ser curadas em Jesus Cristo. Não importa quão trágico ou doloroso seja seu passado, Ele pode lhe dar um novo coração. Não existe lista de espera com este médico. Você não tem que esperar desesperadamente que algum doador possa ser encontrado. Um doador já deu sua própria vida. O próprio médico em pessoa já fez o grande sacrifício. Ele quer tirar seu coração de pedra e lhe dar um novo coração repleto do seu espírito. Confie Nele hoje como o seu médico. Creia Nele agora como seu Salvador

 


 


 

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ESCADA VERMELHA PARA O SOL

Pr. George Vandeman

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Petra - cidade vermelho-rosa quase tão velha quanto o mundo, entalhada na rocha sólida. Fora dessa montanha-fortaleza, há uma escada vermelha para o sol entalhada por gerações há muito esquecidas. Essa escada leva aos altos altares do culto ao sol. Por séculos essa escada suportou as pisadas de pés fascinados e dedicados que subiam para adorar um deus estranho e proibido. Escada vermelha subindo da cidade dos mortos, silencioso símbolo carmesim do culto ao sol. Aquelas paredes retas e altíssimas estava tão perto que parecia ser possível tocá-las com a mão. Bem acima de nós havia uma faixa estreita azul que nos dizia que o céu ainda estava lá e soubemos que só um pouco adiante, no outro extremo de Siq estava Petra, a cidade vermelho-rosa tão velha quanto o mundo. Não é de se admirar que Petra seja uma fortaleza praticamente intransponível, pois não havia nenhuma outra entrada para a cidade. Qualquer exército invasor teria que passar através de Siq em fila única e receber uma chuva de pedras dos defensores acima. Levamos trinta minutos para atravessar Siq e então diante de nossos olhos surgiu o antigo e magnífico edifício dos tesouros, uma obra-prima entalhada na própria rocha. Pudemos ver também o anfiteatro, os palácios, os templos, os túmulos, os salões de jantar, os lares. Observamos todos eles impressionados com essas maravilhas de uma antiga civilização. Mas, estávamos procurando a escada vermelha; era ela que tínhamos vindo ver. Saindo desta singular e fabulosa cidade dos mortos, estava a escada vermelha que ia até os altares de adoração ao sol. Quando cheguei ao topo dessa escada vermelha de arenito, pareceu-me que podia sentir a pulsação da controvérsia dos séculos. Por que? Porque estava ali um antigo centro de adoração ao sol, o culto proibido que durante séculos desafiou ao o Deus verdadeiro. Ali ficava o altar e ao lado dele o poço das virgens, no qual as jovens eram banhadas antes de serem queimadas no altar como sacrifício. Não é difícil entender porque um culto igual ao de Petra receberia reprovação divina. Aqui estava uma civilização que queimava seus filhos em sacrifício aos deuses. Não poderia se esperar que Deus ficasse em silêncio, especialmente depois que Seu próprio povo envolveu-se também. Nos dias do profeta Elias, o culto ao sol infiltrou-se nas fronteiras de Israel. O mais degradante dos cultos tinha se infiltrado na nação escolhida. O rei Acabe tinha se casado com Jezabel, um nome desde então associado a tudo o que é licencioso e vil. O povo, então, seguiu seus fracos líderes. E o que aconteceu? "E deixaram todos os mandamentos do Senhor seu Deus... e prostraram-se perante todo o exército do céu e serviram a Baal". II Reis 17:16. Aqui tem um ponto muito importante: eles não só se voltaram para o culto de Baal, o deus-sol, mas também deixaram de lado os mandamentos de Deus. Acontece sempre assim. O falso culto não é algo extracurricular em adição ao culto verdadeiro, É um escolha, tem que ser um ou outro. A diferença entre o culto verdadeiro e o falso (naquela época e agora), consiste numa diferença de atitude com relação aos mandamentos de Deus. Existe uma pista se você quiser saber a diferença. Imagine como Deus deve ter se sentido. Ali estava o mundo que Ele havia criado; uma raça iludida e revoltada instigada pelo inimigo de Deus; uma nação pela qual Ele um dia daria Sua vida, e agora Seu próprio povo corre em disparada atrás de outros deuses. Assim, nos dias de Elias, vemos a mais dramática confrontação de todos os tempos entre o culto ao sol e o culto ao Deus verdadeiro. Por volta de 900 a.C., Elias imergiu do isolamento e apareceu perante o rei Acabe, exigindo que os profetas de Baal, o deus do sol, o enfrentassem no topo do Monte Carmelo. Eles teriam um duelo; teriam que determinar, de uma vez por todas, quem era o Deus verdadeiro. Assim, subiram ao Monte Carmelo 450 profetas de Baal e apenas um profeta de Deus. Uma multidão os acompanhou para assistir o resultado. Os profetas de Baal construíram um altar e durante o dia inteiro imploraram que o deus pagão enviasse fogo para consumir seu sacrifício. Mas, nada aconteceu. Então Elias reparou o altar do Senhor, colocou um sacrifício sobre ele, cobriu o sacrifício e o altar com doze barris de água (ele queria certificar-se de que o teste seria evidente) e fez uma oração simples mas sincera. Deus ouviu. Imediatamente o fogo desceu e consumiu não apenas o sacrifício, mas o altar, as pedras e também a água, pois Aquele que fez o átomo, sabe como controlá-lo. Lá no Monte Carmelo, de pé, sozinho perante os profetas de Baal e um povo rebelde que Elias bradou: "Até quando coxeareis entre dois pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o e se é Baal, segui-o..."I Reis 18"21. Até quando você vai hesitar entre duas opiniões? A versão em inglês diz: "Por quanto tempo você vai ficar em cima do muro"? Foi uma chamada para a decisão; para escolher entre o culto ao Deus verdadeiro e o culto ao deus-sol. Você sabia que as Escrituras dizem que Elias vai voltar de novo a esta Terra? É uma profecia muito interessante, no final do Velho Testamento: "Eis que eu vos envio o profeta Elias antes que venha o dia grande e terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos, e dos filhos aos pais: para que eu não venha e fira a terra com maldição". Malaquias 4:5,6. Será que Deus vai mandar Elias de volta à nossa era? O que temos aqui, reencarnação? Isso significa que podemos esperar ver o profeta Elias em pessoa, com seu longo manto flutuando, parado no Times Square em nova Iorque ou andando pelo Viaduto do Chá em São Paulo ou na Avenida Atlântica em Copacabana? Esta é uma profecia que tem dupla aplicação; deveria ser cumprida duas vezes. Elias retornaria aqui em nossa época antes da segunda vinda de nosso Senhor. Devia voltar também primeiro, para entrar em cena antes da primeira vinda de Jesus a esta Terra. O mais interessante é que os discípulos de Jesus ficaram perplexos sobre esta mesma profecia. Eles entenderam que Elias iria aparecer antes que o Messias viesse e quando eles ficaram convencidos de que Jesus era o Messias, eles ponderaram sobre o motivo de não terem visto Elias. Por isso perguntaram a Jesus sobre ele, e Ele lhes disse que Elias já havia vindo e eles não o reconheceram. Ficou claro que Ele estava se referindo a João Batista. mas quando perguntaram a João se ele era Elias, ele disse que não. Você está confuso? Bem, tudo se esclarece quando lemos nas Escrituras o anúncio do anjo a Zacarias, o pai de João Batista, antes de João nascer. O anjo disse: "E sairá diante dele no espírito e virtude de Elias para converter os corações dos pais aos filhos e rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao Senhor um povo bem disposto". Lucas 1:17. Aí estão algumas das palavras da antiga profecia e João Batista iria cumpri-la, mas sem reencarnação. Elias em pessoa não iria reaparecer. João iria trazer uma mensagem, faria um trabalho no espírito e poder de Elias. Era a mensagem, não o homem que iria reaparecer. Mas a obra de João Batista era realmente similar à de Elias? Sim. João, desde a juventude vivia a vida de um profeta. Em seus modos e em seu vestir, ele também lembrava Elias. Ele usava roupas como dos antigos profetas, uma roupa de peles de camelo e um cinto de couro. Mas isso não era o mais importante: ele falava no mesmo espírito e com a mesma virtude. Ele era destemido ao denunciar a hipocrisia. Sua mensagem, como a de Elias, era uma chamada ao arrependimento, à reforma. Era uma chamada de volta aos mandamentos de Deus. Era uma chamada à decisão, uma chamada à escolha. Mas, seria o trabalho de João, em algum sentido, uma confrontação ao culto do sol? Na superfície pode parecer que não, mas se cavarmos um pouco mais fundo, alguns fatos fascinantes aparecem. O Império Romano estava no poder. Roma comandava o mundo e o povo judeu era oprimido por ela. Herodes, o rei romano que tentou destruir Cristo logo após seu nascimento, estava no palácio em Jerusalém. Herodes era edomita de nascimento e foram os edomitas que habitaram a antiga fortaleza de Petra, com sua escada vermelha para o sol. o culto ao sol estava em seu sangue e, é claro, todo o Império Romano estava impregnado com o culto ao sol. O povo de Deus não estava imune à influência dele e João pregava tanto aos judeus como aos gentios. Foi em 321 d.C., que o imperador romano Constantino decretou que o domingo, o dia santo pagão desde a antigüidade devotado à adoração do sol, fosse observado por todo o seu império. De fato, em seu decreto, ele chamou o domingo de "o venerável dia do sol". Bem, isso foi em 321 d.C., mas o culto ao sol não estava morto nos dias de João Batista. E agora, segundo a profecia, a mensagem de Elias será repetida novamente pouco antes da segunda vinda de Cristo. E assim como a mensagem dada no espírito e virtude de Elias preparariam o caminho para a primeira vinda de Cristo, assim também uma mensagem similar àquela de Elias irá preparar o caminho para a segunda vinda de nosso Senhor. Assim como a mensagem de Elias e de João, haverá uma chamada ao arrependimento, à reforma. Haverá uma chamada aos homens para a volta aos mandamentos de Deus; haverá uma chamada para a decisão; uma chamada para a escolha. Assim perguntamos: existe tal mensagem hoje? Sim, existe. Nós a encontramos em Apocalipse 14:6: "Vi outro anjo voar pelo meio do céu, e tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a toda a nação e tribo, e língua e povo". Aqui está ela. A última chamada de Deus aos homens está indo para o mundo todo em nossos dias. O evangelho eterno dá ênfase nas questões de vida e morte de nossa época. É o último apelo de Deus à raça humana. Então você pergunta: como posso saber? Porque é imediatamente seguido, como indicado pelo contexto, pela segunda vinda de Cristo. Mas existe alguma semelhança entre esta mensagem aqui no Apocalipse e a mensagem de Elias? Sim, existe uma grande semelhança. No versículo 7 ele nos chama de volta ao culto do Deus verdadeiro. O versículo 12 indica que ele nos chama de volta aos mandamentos de Deus. E os versículos 9 e 11 chama os homens a escolherem entre o culto verdadeiro e o falso. Esta é a mensagem dos últimos dias. Alguém pode dizer: "Claro que o senhor não vai dizer que o culto ao sol está nisso também; ninguém adora o sol hoje. O culto ao sol acabou faz tempo". Não estou tão certo. Voltemos à história do culto ao sol. Durante os primeiros séculos depois de Cristo, segmentos comprometidos da nova Igreja permitiram que influências pagãs se introduzissem, para corromper e adulterar os puros ensinamentos de Jesus. A concessão tomou conta. A verdade ficou confusa e distorcida. Então veio a Idade Média. Cópias das Escrituras não estavam mais disponíveis ao povo e sem a salvaguarda da palavra de Deus, os ritos e cerimônias entraram na Igreja, o que chocaria a Pedro ou a Paulo. Vamos verificar algumas ilustrações primeiro. Estas coisas não têm importância moral, não são uma questão de certo ou errado; mas quero que você veja o que aconteceu. Você alguma vez tentou saber o que os ovos e o coelho de páscoa têm a ver com a ressurreição de nosso Senhor Jesus durante a páscoa? Bem, segundo uma lenda muito antiga, um ovo de um tamanho tremendo caiu do céu dentro do rio Eufrates, e alguns peixes o empurraram para a margem. Então o ovo começou a rolar. Pombos desceram e sentaram-se nele até que ele chocou Vênus, conhecida no oriente como Ishtar, a grande mãe virgem, a deusa do amor e da fertilidade, também chamada de rainha do céu. Ovos de páscoa, coelhos de páscoa, fertilidade, está vendo? Conta-se que Ishtar deu à luz um filho, Tamuz, sem um pai. Aqui na mitologia pagã séculos antes de Cristo encontramos uma falsificação do nascimento virginal. Imagine! Alguns dos deuses morriam a cada ano e tinham que ser ressuscitados para restaurar a fertilidade das plantas, dos animais e do homem. Ora, Tamuz, segundo a lenda, foi morto por um javali e os adoradores devidamente o pranteavam durante um mês a cada ano. Você alguma vez ouviu de um jejum de quarenta dias antes de um festival de ressurreição? Mesmo em Jerusalém havia aqueles que pranteavam Tamuz e que faziam bolos para a rainha do céu. Você alguma vez ouviu falar em biscoito da sexta-feira da paixão? Tamuz, eles afirmam, ressuscitado no aniversário do sol, ou seja, 25 de dezembro. Você alguma vez ouviu a respeito dessa data? Como os cristãos não sabiam o dia exato do nascimento de Cristo, eles escolheram o dia de aniversário do sol. Na Babilônia, entretanto, a ressurreição do deus deles no festival do ano novo era celebrado na mesma época que o início do outono. Você já ouviu falar de um festival da ressurreição no primeiro dia da semana após a primeira lua cheia em seguida ao início do outono? Nós o chamamos de páscoa. Mas isso não é tudo. Lembra-se da escada vermelha de Petra? Aquelas pessoas subiam no topo de suas casas todos os dias para queimas incenso ao deus sol e também adoravam nos lugares altos, tal como no topo da escada vermelha. Aquelas pessoas subiam até o topo da escada vermelha de manhã cedo para ver o sol nascer e adorá-lo. Parece familiar"? Você já ouviu falar de cristãos que sobem nos pontos mais altos em cada cidade para adorar o sol uma vez por ano? Ora, por favor não me entenda mal. Esses resquícios do paganismo não são essenciais. Não há nada moralmente errado em se comer ovos de chocolate ou biscoito da sexta-feira santa ou colocar coelhinhos de páscoa num cesto para as crianças, exceto que as vezes elas comem doces demais, ou subir ao topo de uma colina para ver o sol nascer, desde que a pessoa não o adore. Também não existe mal nenhum em trocar presentes durante o natal, mesmo que não seja a data exata do nascimento de Cristo. Estas são apenas questões adicionais. Mas se essas áreas adicionais do culto cristão foram tão atingidas pelas armadilhas do culto ao sol, como vamos saber se alguma área importante do nosso culto, algo que realmente importe, também não foi alterado? Essa é a minha pergunta. Já bem próximo do grande dia da ira do Senhor, aquela chamada penetrante de Elias é ouvida novamente. Você a está ouvindo agora. "Por quanto tempo você vai hesitar entre duas opiniões? Se o Senhor é Deus, siga-o. Mas se Baal é Deus, então siga-o. Existe uma fonte cheia de sangue tirado das veias de Jesus. e os pecadores imersos nessa fonte perdem todas suas manchas de culpa". Este é o momento para decidir. Você pode não entender completamente todas essas questões. Mas não perca tempo em entender. Você pode decidir-se agora. Entregue-se ao Salvador

 


 


 

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ÁGUA DA VIDA

Pr. George Vandeman

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Água em qualquer forma é um milagre sem o qual não podemos viver. Suas muitas maravilhas nos dão uma imagem inesquecível do que o Espírito de Cristo pode fazer na vida humana. Nada parece mais comum para nós do que um copo d'água. Nesta era de alta tecnologia e complexa engenharia química, esta mistura de hidrogênio e oxigênio, H2O como chamamos, é a imagem da simplicidade. Mas a água é uma das substâncias mais notáveis encontradas neste planeta. Você sabia que a vida existe na Terra em grande parte porque a água não se comporta como deveria? De fato, se esta substância clara se comportasse do modo como sua estrutura molecular sugere, a vida seria destruída por uma série de catástrofes. Nosso sangue ferveria no corpo, plantas e árvores murchariam e morreriam, o mundo se transformaria em um deserto árido. A água desafia a convenção química. Ela é mais pesada em estado líquido do que sólido e pode subir uma colina a despeito da força da gravidade. Vamos ver como a água realiza essas tarefas extraordinárias e como ela nos revela a maravilhosa engenhosidade do Criador. Vamos descobrir também porque a água é um símbolo tão maravilhoso da obra do nosso Criador e Recriador Jesus Cristo. Em mais de uma ocasião Jesus usou o conceito da água para criar uma imagem de Si mesmo. Uma vez Ele estava no templo em Jerusalém, no último dia da Festa dos Tabernáculos. Cristo quis apresentar-Se de modo claro e receptivo ao povo. Assim, Ele ergueu a voz e proclamou estas palavras: "Quem crer em mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva." João 7:38. E aí João explica no versículo 39: "Isto Ele disse com respeito ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem..." Jesus prometeu que Seu Espírito habitaria naqueles que depositassem a sua fé nele. E ele descreve seu espírito como "rios de água viva". Você não gosta disso? O Salvador opera dentro de nós como o fluxo de água viva. O que isso quer dizer? Podemos obter alguma pista da natureza da água comum? Vamos observar uma coisa chamada "ação capilar", ou seja, a capacidade de a água subir dentro de tubos, desafiando a gravidade. Veja com atenção a água em um tubo e você verá que a sua borda se curva levemente para o alto. Isto acontece porque o hidrogênio na água é capaz de unir-se às moléculas de oxigênio no material sólido e com isso, empurra-se para o alto através desta atração. Quando isto acontece num tubo mais estreito, ocorre uma espécie de ação de subida. As bordas são empurradas para cima criando uma leve superfície curva. Aí, as moléculas de água unem-se umas às outras em quase todas as direções. Elas criam uma superfície de tensão que empurra a superfície curva endireitando-a e achatando-a. Então, as bordas são empurradas novamente para cima e o processo continua. Quanto mais fino o tubo, mais rápido a água consegue subir. A ação capilar é que mantém vivas todas as plantas. Veja uma planta alta, por exemplo. Água e nutrientes do solo devem de algum modo chegar até as folhas lá em cima para mantê-las vivas. Como é que elas fluem contra a gravidade? Pela ação capilar. A água sobe por minúsculos tubos dentro dessas árvores. Sem essa ação, sem a incrível habilidade de unir-se a outras substâncias, todo o verde que você vê, simplesmente desapareceria. Agora sabemos como a água flui através das raízes e caules para nutrir a planta, a frase de Cristo "rios de água viva" assume outro sentido. A água, sem dúvida, tem uma qualidade vivificante e isso nos dá uma pista da obra do Espírito de Cristo dentro de nós. Esta obra possui uma qualidade ativa, vivificante, nutritiva. Jesus disse em João 4:14: "Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte para a vida eterna." Água que salta para a vida eterna. Que imagem maravilhosa em vista do que sabemos sobre a ação capilar. O Espírito de Cristo nos impulsiona para cima, desafia a força de nossa natureza pecaminosa assim como a água nas plantas desafia a força da gravidade. Sim, o Espírito de Jesus dá energia às pessoas e, às vezes, de maneira um tanto dramática. Charles Finney passou uma vez algum tempo em intensa oração buscando a Deus de todo o coração. Ele havia encontrado essa água da vida. Finney teve uma experiência da plenitude do Espírito Santo. Ele disse: "Pareceu vir em ondas de amor líquido. Nenhuma palavra pode expressar o maravilhoso amor que tomou conta do meu coração. Eu chorei bem alto com alegria e amor." Bem, Charles Finney recebeu a energia que eleva, a água da vida subindo dentro dele. Ele seguiu e tornou-se o maior evangelista nas terras americanas. Vamos observar mais uma propriedade única do H2O e o que ele sugere a respeito do Espírito de Cristo. Você já parou para pensar por que o gelo flutua? É uma ocorrência tão normal que achamos fato comum, mas o gelo não deveria flutuar, meu amigo, ele é sólido. As moléculas dos sólidos são muito mais unidas do que as moléculas dos líquidos. Assim, quase todas as substâncias são mais pesadas no estado sólido. Mas não a água. Ela parece seguir uma lei toda dela. A princípio, quando a água é congelada, ela segue o padrão usual, ela se contrai, fica mais pesada e mais densa. Mas quando ela esfria abaixo de quatro graus centígrados, de repente começa a se expandir, ficar mais leve e menos densa. A razão reside na natureza especial dos laços do hidrogênio fazem esse processo e ajustam as moléculas próximas em cristais de gelo bem leves. O fato de a água flutuar quando congela, faz uma diferença enorme no planeta. Se o gelo fosse mais pesado do que a água, ele desceria para o fundo de um lago durante a estação do gelo. Os raios do sol não chegariam até lá e ele não derreteria, assim, lentamente, o gelo aumentaria e encheria todo o lago, matando toda vida ali existente. Os rios e os lagos do mundo e mesmo os oceanos, ficariam todos congelados. Mas graças à engenhosidade do nosso Criador, a água não se comporta como deveria, quimicamente falando. O gelo sólido flutua em cima dos corpos de água durante a estação do gelo e como resultado ele forma uma camada de isolamento que impede que a água em baixo se congele e assim os peixes e outros animais são protegidos durante o inverno. O gelo nos fala do cuidado do nosso Criador. Será que ele também ilumina as palavras de Cristo sobre a água da vida, sobre o Seu Espírito dentro de nós? Eu acredito que sim, afinal a água congelada não afunda: ela fica boiando como gelo. Ela vem para o topo onde pode fazer algum bem. O Espírito de Cristo opera do mesmo modo: Ele fica flutuando dentro de nós, levantando-nos e impedindo-nos de descer para o fundo. Vemos isso especialmente durante os momentos de provação e depressão. Quando os problemas nos empurram para baixo, de acordo com as leis da natureza humana, deveríamos afundar logo. O Espírito de Cristo, porém, nos capacita a nos comportar de modo inesperado. A apóstolo Paulo escreveu sobre isto aos irmãos: "Tendo recebido a palavra posto que em meio de muita tribulação, com alegria pode nos levantar mesmo em meio ao sofrimento." I Tessalonicenses 1:6. o próprio Paulo experimentou isso. Ouça seu conselho entusiástico aos Filipenses 4:4: "Alegrai-vos sempre no Senhor: outra vez vos digo, alegrai-vos." Quando Paulo escreveu estas palavras encorajadoras, ele estava acorrentado em um calabouço. Era prisioneiro dos romanos. Eu visitei essa cela do calabouço da prisão mamertina em Roma onde Paulo ficou durante meses sem fim. Eu senti a umidade fria; eu senti a terrível escuridão lá embaixo. Amigo, as palavras "alegrai-vos sempre no Senhor" ecoam com muito mais força naquele calabouço. São palavras de um homem que não estava se comportando como dita a natureza humana. Ele estava flutuando na superfície, porque tinha em si aquele Água Viva, o Espírito de Cristo dentro dele. O Espírito de Cristo, a Água da Vida, impede que as pessoas afundem no frio e na escuridão. Há mais uma coisa notável a respeito da água que podemos aprender, mais uma evidência da engenhosidade do Criador e esta é a capacidade da água em absorver uma enorme quantidade de calor sem ferver. Quando examinamos componentes quimicamente similares à água, descobrimos que seus pontos de fervura são na verdade, próximos ou bem abaixo de zero grau centígrado. Pense nisso. O ponto de fervura é perto ou abaixo de zero. Como regra, quanto mais leve o componente, mais baixo é o ponto de fervura. Se H2O que está entre os mais leves se comportasse como deveria, ferveria a 53 graus negativos. Imagine! Ferver a 53 graus abaixo de zero! Isso significaria que mesmo o gelo no Polo Norte ferveria. De fato, toda a água deste planeta iria ferver; o sangue em nossas veias ferveria também. Felizmente, porém, a água se comporta de modo único. Tem ponto de fervura extremamente alto: 100 graus centígrados acima de zero. Vemos isso todos os dias quanto esquentamos água no fogão. A panela começa a fazer ruído com o calor muito antes de a água sequer parecer quente. Para que a água ferva, seus laços de hidrogênio devem primeiro se soltar e em virtude desses laços serem mais fortes entre as moléculas, é preciso grande quantidade de energia para conseguir isso. É por isso que a água pode ser usada como agente resfriador no motor do seu carro; ela absorve tremenda quantidade de calor sem ferver. Devido a essa notável propriedade, a água pode agir para moderar o clima da Terra. Grandes quantidades de água e umidade na atmosfera regulam os extremos da temperatura. Mesmo em um dia muito quente no Rio de Janeiro, com o sol brilhando intensamente, a brisa que é soprada do oceano pode nos refrescar, podemos sentir que é mais fria do que o ar ao nosso redor. A água pode absorver o calor nos dias quentes e emitir calor nos dias frios e por causa disso a vida nesse planeta é muito mais agradável. Por causa disso, na realidade, a vida neste planeta torna-se possível. Sim, podemos agradecer a Deus pelo modo engenhoso como Ele fez a simples, mas extraordinária molécula da água. A água age para modificar os extremos na temperatura. Eu creio que o Espírito de Cristo age também dentro de nós para modificar os extremos. Seu Espírito tem um efeito maravilhoso de equilíbrio e estabilização em nossa vida. Logo após Jesus dizer aos discípulos que enviaria o Espírito Santo a eles como Mestre e Conselheiro, Ele disse: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Não vô-la dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize." João 14:27. Quando o Espírito de Cristo vem a nós, a Sua paz vem também. Isso não é ótimo? É algo diferente da paz que com aumento conseguimos neste mundo. Não é apenas uma paz que vem quando o sol está brilhando e os pássaros estão cantando e nossa vida está toda nos trilhos. Não! A paz de Cristo é especial, tão única quanto a Água da Vida. Ela traz estabilidade às vidas que estão se esfacelando; acalma as tempestades dentro de nós; cria ordem dentro do caos. Vejo isso claramente na experiência de uma mulher chamada Treena Kerr. Nos anos setenta ela se encontra desmoronando-se emocionalmente. Ela vinha caindo há anos e a certa altura dessa queda, Treena foi julgada totalmente incapacitada de manejar sua vida e foi aconselhada a ir para uma instituição de doenças mentais por um período indeterminado. Apenas uma grande dose diária de "valium" a mantinha lutando. Mas felizmente, a família Kerr havia contratado uma empregada cristã, Ruthie Turner. Ruthie contou tudo aos cristãos em sua pequena igreja e eles começaram a orar por Treena. Ruthie sabia que tudo o mais havia falhado para aquela mulher. Seu marido, Graham Kerr, de um conhecido programa de TV, ganhava um milhão de dólares por ano, mas a vida particular deles era um desastre. Tinham acabado de fazer um cruzeiro ao redor do mundo em um belíssimo iate e voltaram para casa mais infelizes ainda. Um dia, após três meses de oração, Ruthie encontrou a senhora Kerr deitada em sua cama, gritando em desespero. Ela teve coragem suficiente para sugerir: "Por que não entrega os seus problemas a Deus?" Treena pensou por um momento e então aceitou o desafio meio contrariada. Ela disse gritando: "Está bem, Deus. Se você é tão sábio, resolva tudo isto, porque eu não consigo." Alguns dias mais tarde, ela acabou indo à igreja de Ruthie. Saxofones e tambores abriram o culto. O culto entre aquelas pessoas negras não era exatamente o que ela esperava, mas de repente, Treena ajoelhou-se e começou a orar: "Sinto muito, Jesus", ela começou a orar de modo simples, "perdoe-me, Jesus!" Aqueles cristãos aceitaram Treena em sua comunhão. Sim, a mulher da mansão colonial saiu daquele igreja sentindo que Deus a havia tocado. Ela começou a beber daquela Água da Vida. Em casa ela começou um plano de leitura da Bíblia que Ruthie havia lhe dado. Tarde da noite, Treena foi pegar seus comprimidos para dormir, mas uma voz interior disse: "Você não precisa mais disso". Assim, ela pegou todos os remédios e os jogou na pia do banheiro. Muitas pessoas podem não parar com uma dosagem alta de "valium" de repente, mas Treena dormiu profundamente e acordou descansada, revigorada, olhos límpidos. Uma semana depois, o marido voltou de viagem e encontrou sua esposa transformada. Ele pensou que sua paz e bondade deviam ter algo a ver com a ocasião, pois era época de Natal. Mas durou muito além das festas. Durante as semanas seguintes Graham continuou analisando sua esposa. Ele a conhecia desde os onze anos de idade. Ele a tinha visto destruir-se lentamente através dos anos. Mas agora, ele disse: "Ela estava totalmente recuperada; muito melhor e mais amorosa do que qualquer outra época em que eu me lembro." A mulher que se desmoronava agarrou-se firme em algo sólido, uma paz que ficou firme com ela, um Espírito que modificou e equilibrou suas emoções loucas e caóticas. Até mesmo o médico de Treena confirmou a presença da Água da Vida. Ele disse a Graham Kerr, com lágrimas nos olhos: "A sua esposa é um milagre." Graças a Deus, meu amigo, pelo milagre do Espírito precioso de Cristo que transforma a experiência humana, que muda vidas. Sabe, o convite final da Bíblia, no último capítulo de Apocalipse, é um dos maiores: "E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da água da vida." Apocalpse 22:17. Isso é maravilhoso. Essa incrível substância, essa Água da Vida, vem até nós grátis como a chuva do céu, imerecida, não a conquistamos, ela simplesmente vem. Amigo, Cristo oferece a Si mesmo e Seu Espírito a nós gratuitamente. Ele quer nos dar a Água da Vida que dá energia. Seu Espírito simplesmente nos mantém flutuando quando os problemas nos pressionam para baixo. Seu Espírito nos dá estabilidade. podemos ter paz em meio às tempestades da vida. Você está com sede? Aceite o Senhor Jesus Cristo e seu convite para aceitar a Água da Vida. Você está sobrecarregado de culpa? Por favor, aceite a Água da Vida dessa fonte profunda que nos purifica

 


 


 

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ESCAPANDO DA TERRA

Pr. George Vandeman

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O que acontece a homens e mulheres comuns quando, de repente, se encontram aprisionados, rodeados de estranhos, sob a mira de uma arma? O que acontece com seus relacionamentos, crenças e princípios? Que tipo de mundo eles criam quando todo o seu conforto e tudo que lhes é familiar é de repente tirado? Em 1943, dois mil estranhos tiveram que construir uma civilização do zero. Seguindo-se ao ataque japonês a Pearl Harbor, civis europeus e americanos que permaneceram na China sob controle japonês foram presos e mandados para campos de concentração. Um desses campos no norte da China ficou conhecido como "Acampamento Shantung". Gilkey passou a encarar essa experiência como um tipo de laboratório onde as pessoas eram testadas, estruturas sociais eram formadas e um novo mundo era criado. Essa experiência provou ser uma revelação da humanidade em seus aspectos bons e ruins. Os habitantes do Acampamento Shantung representavam todas as facetas da sociedade. Havia executivos de companhias de petróleo e viciados em drogas, monges católicos e missionários protestantes, secretárias inglesas e jogadores de beisebol americanos. Todos ficavam amontoados em dormitórios e barracos, forçados à intimidade com pessoas totalmente estranhas. Aos poucos, essas pessoas tiveram que inventar um jeito de sobreviver em meio a condições tão adversas. A comunidade tinha que se alimentar, as construções tinham que ser consertadas, um sistema sanitário necessitava ser montado, um hospital tinha que ser criado. O grupo precisava se organizar e as tarefas deviam ser delegadas, e isso tudo sob os olhos atentos dos inimigos japoneses. Sabe, de certa forma nós todos temos muito em comum com esses civis do Acampamento Shantung. Podemos ver um reflexo da nossa realidade atual nesse campo de concentração. Esse mundo, como um todo, é mantido preso pelo poder do pecado. Veja esta declaração: "Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no maligno" (I João 1:9). Sabe, amigo, existe um adversário, um inimigo que transformou a Terra num acampamento. Suas armas demoníacas estão apontadas para nós assim como as metralhadoras naquele campo de concentração em Shantung. Vejamos o que diz a Bíblia: "... O diabo, vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para devorar" (I Pedro 5:8:). Palavras familiares, não? É a nossa realidade, amigo. Estamos em território inimigo e assim como aqueles internos de Shantung, não conseguimos afastar a sensação de que pertencemos a outro lugar. Pense nisso. O lar não é aqui onde bebês nascem com AIDS, onde as guerras nunca acabam, onde pais alcoólatras maltratam terrivelmente seus filhos. As coisas não deviam ser assim. Sabemos que há um jeito melhor e um mundo melhor, como uma lembrança quase esquecida a qual nos agarramos. Então a pergunta é: Como nós vivemos no acampamento Terra? Existe meio de se ter uma vida saudável enquanto este adversário está rosnando para nos devorar? Langdon Gilkey descobriu muita coisa sobre a vida sob pressão lá no Acampamento Shantung que eu acredito tem muito a nos dizer. Naquele pequeno modelo de mundo, logo se tornou muito claro quais valores realmente importavam e quais não importavam. Entre os internos amontoados naquele campo, havia homens e mulheres de posições e classes sociais amplamente diferentes: de industriais super ricos a trabalhadores comuns, de senhoras da alta sociedade a empregadas. Mas quando as pessoas passavam pelos portões do acampamento nada disso importava muito. A única coisa que contava era sobreviver. Isso significava que as pessoas tinham que colocar a cozinha para funcionar, tinham que limpar os vasos sanitários entupidos. Todos os símbolos de "status" se tornaram irrelevantes: dinheiro, laços de família, sofisticação e até a educação. Nada disso podia colocar um indivíduo acima de seu vizinho. O que importava era cada pessoa fazer o que lhe cabia para manter todo mundo vivo. Então, um presidente de companhia cortava legumes ao lado de um ex-viciado em drogas. Esposas ricas e mimadas tinham que levar o lixo para fora com ex-prostitutas. Todos os acessórios que os seres humanos normalmente acalentam foram postos de lado no Acampamento Shantung. Cada pessoa era um indivíduo que tinha que contribuir para o bem comum. Mas um tipo de valor fazia um diferença enorme naquele acampamento. Havia uma coisa que realmente distinguia os indivíduos, uma coisa que finalmente importava, e isso era o caráter moral. No Acampamento Shantung, Gilkey percebeu que os valores morais e espirituais não eram apenas um boa opção; eram valores mais altos. Eles determinavam, mais que qualquer coisa, se os internos iriam sobreviver. Havia sempre o problema, por exemplo, de se arrumar espaço para todo mundo. Quando chegavam mais internos ao campo, tinha-se que arranjar espaço. Mas todos estavam insuportavelmente amontoados. Quem iria abrir mão de seu precioso espaço? Nessa situação de extrema pressão, eram somente aqueles dispostos a fazer sacrifícios pessoais que salvavam o dia. Sem eles, o campo teria se degenerado num infindável conflito por causa de espaço. Durante os primeiros dias, as latrinas estavam entupidas e terrivelmente imundas. Alguém tinha que limpar aquela sujeira, mas essa era uma tarefa muito repulsiva! No final, foram vários missionários, com um pano amarrado à boca, que entraram nos banheiros para os limpar. Havia o problema da justa distribuição de comida para pessoas famintas. Sem restrições morais, haveria infindáveis discussões quanto a quem se serviu a mais. Também havia uma grande tentação de se roubar certos produtos escassos de cozinha. Sempre se poderia justificar um pequeno furto dizendo que havia crianças famintas em casa. Sem valores morais e espirituais, aquele campo teria caído numa grande anarquia, com todos brigando por sua respectiva porção de alimentos. Homens e mulheres de total confiança foram escolhidos para presidir a preparação da comida e sua distribuição. Sua justiça era fundamental naquele mundo faminto e inseguro do Acampamento Shantung. Um dos que melhor ilustrou os valores que mais importavam foi um missionário escocês chamado Eric Liddel. Ele foi descrito por outro interno como "sem dúvida alguma, a pessoa mais solicitada e mais respeitada e amada no campo." Uma prostituta russa mais tarde relataria que Liddel foi o único homem que fez alguma coisa por ela sem querer alguma coisa em troca. Logo que ela chegou ao campo, sozinha e desprezada, ele lhe fez umas prateleiras das quais ela muito precisava. Numa nervosa reunião dos internos, cada um dos presentes exigia que o outro desse um jeito nos jovens irrequietos do campo que criavam confusão. Liddel sugeriu uma solução. Ele organizou esportes, artesanato e aulas para os meninos e começou a passar as tardes com eles. Mas ele não participava dos jogos aos domingos. Liddel guardava esse dia como sendo o dia sagrado do Senhor. Na verdade, ele era o ex-corredor mundial cuja história foi contada no filme "Carruagens de Fogo". Ele tinha sacrificado a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1924 em sua modalidade favorita, os 100 metros rasos, porque a prova de qualificação estava marcada para um domingo. Embora pressionado por todos, desde o treinador ao Príncipe da Inglaterra, ele não cedeu. Ele não violaria um princípio pela glória olímpica. Então a equipe relutou mas o escalou para os 400 metros rasos, considerada um corrida de fundo naquela época. Liddel, sem outra opção, deu tudo de si naquela prova e ganhou o ouro. Então, no Acampamento Shantung, ele disse aos jovens que sentia muito mas não podia participar de jogos aos domingos. A maioria protestou, e os rapazes decidiram organizar uma partida de hóquei por conta própria. Terminou numa terra de ninguém porque não havia quem os controlasse. No domingo seguinte, Liddel apareceu no campo para ser o juiz do jogo. Foi um ato pequeno mas jogou muita luz sobre seus valores. Ele não disputaria o ouro olímpico se tivesse que violar seu dia de descanso para isso, mas impediria que um grupo de jovens aprisionados brigasse. O caráter de Eric Liddel era cativante e eloqüente. Ele não usava sua posição para dominar, mas a usava como uma expressão dos princípios mais importantes, valores que ele nutria cada dia que passava. Todo dia, às 6 da manhã, ele passava na ponta dos pés pelos companheiros que dormiam. Sentava-se a uma mesa chinesa baixa, acendia uma lamparina sobre sua Bíblia e a lia. O Acampamento Shantung jogou um faixo de luz no que realmente importava. Amigo, será que os valores que contavam lá também são os valores que contam aqui no Acampamento Terra? Como podemos viver uma vida sã e saudável num mundo dominado por um leão devorador? A resposta é: agarrando-nos a valores morais e espirituais. Eles são o que conta. São tudo o que podemos levar conosco deste Planeta. Em sua segunda epístola, Pedro fala sobre a segunda vinda de Cristo como um evento que separa o que é de valor supremo do que não é. Ele descreve os elementos se derretendo e o céu desaparecendo com furor e depois ele diz: "Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a vinda do dia de Deus" (II Pedro 3:11 e 12). Qual é única coisa que importa, que realmente importa depois do Apocalipse? Vidas santificadas. Tudo mais é destruído, exceto nossa relação com Deus. Todos aqueles símbolos de "status" varridos no Acampamento Shantung, também serão varridos na segunda vinda. Riqueza, posição, poder, contatos, não vão significar nada. A única coisa que vai importar é a qualidade de nossa vida com Deus. Isso é que é eterno. Isso é o que vai durar. O Acampamento Terra está se acabando, meu amigo, mas podemos trabalhar agora pelo que é eterno. Centralizar nossa vida em Jesus como Salvador e Senhor é a garantia de sermos parte do que é duradouro. Nós não seremos varridos com o que é temporário e superficial. No Acampamento Shantung havia muito motivo para as pessoas se desesperarem. Longe de seus lares e sempre sob a mira das armas de seus inimigos. A pior coisa era a insegurança, entende amigo? Os internos nunca tinham certeza se teriam o que comer. Não podiam saber quando os guardas poderiam ficar agressivos. A possibilidade real de extermínio sempre pairava sobre eles. Com esse tipo de incerteza, era fácil para alguns mergulharem na apatia, sentirem-se vítimas indefesas. Mas uma coisa impedia que a vida perdesse seu sentido. Langdon Gilkey se recorda: "Havia um vívido significado que mantinha todos espiritualmente vivos: a esperança do fim da guerra". Os internos especulavam sem cessar sobre quando esse dia chegaria. Mas como Gilkey coloca: "Por mais distante que o grande dia parecesse com os anos se passando, seu brilho nunca se apagou. Nós vivíamos literalmente pela nossa fé nele. Então, tudo que tornava nossa vida ali negra seria retirado e todas as coisas boas de que sentimos falta nos seriam devolvidas". Sabe amigo, nossa vida adquire sentido por uma esperança semelhante hoje. Ela nos mantém espiritualmente vivos. I João 3 fala do dia em que Cristo irá aparecer gloriosamente e nós O veremos tal como Ele é. Depois o apóstolo continua: "E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também ele é puro" (I João 3:3). A esperança de ver Jesus chegando triunfante para acabar essa longa guerra contra o pecado nos mantém lutando. Nós somos motivados a nos purificar, a abrirmos mão de distrações menores e a nos concentrarmos nos valores que realmente contam. Essa esperança é que dá sentido a cada dia que vivemos no Acampamento Terra. Pois bem, na manhã de 16 de agosto de 1945 um menininho correu pelo Acampamento Shantung gritando que tinha vislumbrado um avião no céu. Todos os residentes saudáveis correram para o campo de esportes olhando para as nuvens. Lá estava ele! Do tamanho de uma gaivota, chegando pelas montanhas ocidentais. Enquanto o avião se aproximava, os 1.500 residentes que restavam sentiram que ele podia estar vindo buscá-los. Uma grande corrente elétrica parecia ter disparado naquela multidão. Alguns começaram a gritar: "Mas é um avião grande! Está quase tocando nas árvores"! À medida que o barulho da aeronave aumentava, alguém gritou: "Vejam! Tem a bandeira americana pintada na lateral! "E aí, num atordoamento incrédulo, vozes se agitavam: "Vejam! Estão acenando para nós! Eles sabem quem nós somos! Vieram nos buscar"! Bem, nesse ponto a excitação era mais do que aqueles sobreviventes cansados e saudosos podiam conter. O pandemônio se instaurou. As pessoas corriam em círculos gritando com toda a força de seus pulmões, sacudindo os braços. Pessoas dignas começaram a abraçar outras com quem mal tinham falado durante dois anos. Mulheres e homens ingleses distintos não continham a emoção. Outros riam histericamente ou choravam como bebês. Langdon Gilkey relata o que sentiu: "Aquele avião era o nosso avião. Tinha sido mandado para nós, para nos dizer que a guerra tinha acabado. Era aquele toque pessoal, a garantia de que seríamos de novo incluídos no mundo mais amplo". De repente toda gritaria parou. 1500 pessoas engoliram em seco quando viram a porta do avião se abrir e de lá saltarem homens que começaram a descer lentamente em pára-quedas. Isso era demais para acreditar! Seus salvadores não viriam apenas qualquer dia. Eles viriam hoje, agora, para o meio deles! Essa descoberta explodiu como uma bomba na multidão e todos começaram a correr em direção ao portão do campo. Ninguém parou para pensar no perigo dos guardas armados, nas metralhadoras apontadas para eles das torres. Dois anos e meio de frustração, solidão e dor transformaram-se numa avalanche humana. Ela se espalhou pela estrada do campo, chegou ao portão da frente e o derrubou. Os guardas espantados só olhavam. A inundação de pessoas em êxtase que corriam e gritavam passou por um vilarejo chinês vizinho e chegou a um campo de milho. Os pára-quedas estavam descendo lá. Aproximando-se, Gilkey recorda, os soldados eram quase como deuses: altos, sadios, enérgicos. Afinal, tinham vindo das nuvens para salvá-los. Rapidamente inteirando-se da situação, o pára-quedista chefe pediu para ser levado ao campo, para que pudesse, segundo ele, "assumir o comando lá". Essa declaração casual levou os internos a outro rompante de excitação. Era um pensamento maravilhoso: "O inimigo não vai mais nos governar". Então, aquela inundação humana carregando os pára-quedistas nos ombros e comemorando alegremente voltou ao acampamento e entrou no alojamento do comandante japonês. Bom, ele e os outros guardas se renderam sem resistência. A guerra tinha acabado. A liberdade tinha chegado. O mundo nascera de novo. Amigo, essa é a esperança que podemos nutrir agora, no Acampamento Terra. Nosso Deus, nosso Salvador, vai descer das nuvens para nos salvar. Essa longa noite de tristeza e sofrimento vai desaparecer. Essa longa história de terror, da crueldade do homem contra o homem, finalmente vai cessar. A luta solitária e abatida num mundo dominado pelo pecado vai acabar. Vai haver júbilo no dia de Sua vinda. Haverá gritos de alegria quando percebermos: "Ele está chegando! Eu posso ver os anjos tocando suas trombetas"! O som fica mais alto, a nuvem de glória mais brilhante e nós perceberemos: "Ele está me vendo. Ele sabe quem eu sou. Ele veio me buscar! "Sim, amigo, nós vamos querer correr, gritar e sacudir os braços. Vamos nos tornar uma inundação humana que será levada ao Filho de Deus. Vamos saber com uma alegria indescritível: Esse é o meu Deus. Ele vem me buscar. Não qualquer dia, mas hoje. Neste minuto"! Meu amigo, eu quero de todo o coração estar lá. Quero estar olhando para cima, quero estar pronto para receber meu Salvador. Quero estar pronto para ir para casa. E você? Então junte-se a essa viva esperança, agora!

 

SORRISO Letra: Valdecir Lima Música: Lineu Soares Se as tristezas não tem fim, se a vida não tem luz, mais profunda irei sentir quando sorrir pra Jesus. Tanta paz então senti vinda do amigo sem fim. Eu sorri pra meu Jesus e a vida sorriu para mim Já não tenho mais temor, quando encontro alguma cruz, já senti o eterno amor quando sorri pra Jesus. Cristo, amigo tão fiel olha pra mim lá do além me mostrando lá do céu o amor que o sorriso contêm. Gravado por Sonete no LP nº 800 da Gravadora Bompastor

 

ORAÇÃO Meu Pai, estamos cansados dessa longa guerra neste Planeta. Estamos cansados de ser confinados pelo nosso adversário, o leão feroz. Ajuda-nos agora a sentir plenamente a esperança da Tua vida. Nós aceitamos o que Tu realizaste em Tua primeira vinda. Colocamos nossa fé em Ti como Salvador e Senhor. Agora, ajuda-nos a centralizar nossa vida nos valores que durarão eternamente. Mantém-nos perto de Cristo que vai aparecer em glória. Nós cremos nesse glorioso dia da salvação final. Em nome de Jesus. Amém


 


 

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UM FILHO ENTERRADO VIVO

Pr. George Vandeman

TOPO

 

Imagine como seria receber um telefonema como este: - Alô, papai, eu estou numa encrenca daquelas. Este pessoal não está brincando. Se você não der a eles 75 mil dólares, eles vão me matar. Eles estão falando sério. Com esse inesperado telefonema em 22 de setembro de 1982, a família Baucom da cidade d e La Marque, Texas, EUA, mergulhou num pesadelo. Durante os vários dias que se seguiram, uma história angustiante surgia: a angústia de um pai, a provação de um filho. Michael Baucom, de 21 anos, estava vendo televisão em casa uma noite, quanto ouviu três batidas na porta. Ao abrir, se viu olhando diretamente para o cano de um enorme revólver. O estranho cabeludo que o apontava forçou caminho para entrar. Atrás dele veio outro homem apontando uma espingarda. Eles obrigaram Michael a ir para a cozinha, amarraram suas mãos, vendaram-no e amordaçaram-no. Empurrando-o para fora, os dois o fizeram entrar em sua própria caminhonete. Entraram com ele e sumiram na noite. Eles seguiram ao norte de Houston para uma área florestal num campo de petróleo abandonado. Lá, os seqüestradores fizeram Michael repetir duas mensagens num gravador. A primeira, como viram acima, simplesmente dizia que queriam 75 mil dólares. A segunda dava instruções detalhadas sobre onde ir para entregar o dinheiro. Depois da gravação, os seqüestradores de Michael o levaram para uma caixa de madeira enterrada no chão. Deram-lhe uma garrafa cheia de água e um pedaço de pão, depois o obrigaram a se deitar na caixa. - Fica frio - disse um dos homens - se tudo der certo, nós voltaremos daqui a dois dias para te buscar. Os dois puseram uma tampa na caixa, trancando Michael lá dentro. Colocaram também 4 tubos de plástico para ele poder respirar. Finalmente, jogaram terra para fechar o buraco. No espaço de uma hora, Michael Bucom tinha passado do conforto de ver televisão em sua casa ao terror de ser enterrado vivo em algum lugar desconhecido e deserto, literalmente abandonado. No dia seguinte, Benny Baucom recebeu um telefonema em sua firma. Ele ouviu a voz fraca e assustada de seu filho Michael na fita com a seguinte mensagem: - Eles estão falando muito sério. O Sr. Baucom teve que lutar contra o pânico. Contou a alguns funcionários da firma o que tinha havido e depois foi para casa contar a notícia para sua mulher. Rapidamente chamaram o chefe de polícia local. Depois de interrogar o casal, ele notificou o FBI. Aí, começou a espera agonizante. Benny Baucom não tinha idéia de onde estava seu filho, se estava vivo ou morto. Só sabia que os seqüestradores queriam 75 mil dólares. Às 4h30 da manhã seguinte o telefone tocou na casa de Benny. Era a mesma mensagem gravada de Michael. Dessa vez, o pai interrompeu gritando: - Diz logo como você quer o dinheiro! Uma voz de homem disse rápido: - Você tem dois dias para arrumar o dinheiro. A conversa durou apenas 25 segundos, curta demais para o FBI localizá-la. A espera continuou. Benny decidiu esperar em seu escritório. Recebeu várias ligações de vendedores e engenheiros, mas nem sinal dos seqüestradores. Finalmente, sexta-feira à noite, eles ligaram. Era a voz de Michael repetindo instruções sobre a entrega do resgate. No final Benny disse nervoso: - Ei, quero falar com meu filho! Tenho o dinheiro, mas onde está Michael? Mas eles já tinham desligado. A angústia desse pai me lembra muito um outro Pai, separado tragicamente de seu amado filho. Você se lembra da mensagem que esse Filho enviou na escuridão a Seu Pai? "Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Mateus 27:46. Jesus Cristo disse essas palavras quando estava preso numa cruz romana. Estava morrendo. O Pai Celeste podia ouvir Sua voz. Cortou-lhe o íntimo, mas Ele não podia responder. Isso era parte da tragédia. Ele não podia simplesmente salvar Seu Filho, poupando-O da terrível provação. Isso porque tanto o Pai quanto o Filho tinham feito um pacto para salvar o mundo. O Filho havia se oferecido para ser o substituto da humanidade pecadora e o Pai tinha prometido aceitar esse sacrifício para a redenção de todos os que cressem. Veja como Paulo explica isso: "... Deus estava em Cristo reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados..." II Coríntios 5:19. Muitas pessoas no passado pintavam o Pai como algum tipo de divindade, perpetuamente zangado, determinado a destruir seres humanos pecadores e em contraste, pintavam um Jesus caridoso, que dá Sua própria vida a fim de tornar o Pai mais misericordioso, para forçá-Lo assim a nos perdoar. Isso é uma distorção da verdade. Temos que lembrar que Deus estava reconciliando o mundo consigo mesmo em Cristo. O Pai queria nos reconciliar. Ele ansiava tanto por nós que estava disposto a entregar Seu único Filho nas mãos de homens cruéis. Como vimos, a Escritura claramente ensina que o Pai e o Filho são ambos provedores da nossa salvação. O Pai e o Filho, ambos sofreram na cruz. O Deus todo-poderoso teve que assistir Seu Filho ser torturado, sem poder fazer nada. Benny Baucom sentia uma sensação semelhante de impotência. Parte de sua angústia vinha do fato de ele ter uma noção muito boa de quem era responsável pelo seqüestro de seu filho. Todas as evidências apontavam para um ex-funcionário inescrupuloso chamado Ron White. Nesse ponto, a angústia de Baucom se transformou em fúria. Ele comprou duas caixas de munição, carregou seu rifle e foi de carro até onde Ron White morava: um trailer em Houston. Ele não estava em casa e não havia sinal da caminhonete de Michael. Ele esperou até anoitecer. Ninguém apareceu. Amigo, o Pai Celeste, assistindo àquelas cenas terríveis no Gólgota, também sabia quem era responsável pelo sofrimento de Seu Filho. A dureza dos soldados romanos que enfiavam lanças no corpo de Jesus, a crueldade desumana daqueles que riam do Messias agonizante e, acima de tudo, a angústia mental e espiritual que atormentava esta imaculada ovelha de Deus, não era apenas ação humana. Um inimigo estava por trás de tudo numa controvérsia de vida ou morte com Deus quanto ao destino da humanidade. Era Satanás instigando a crueldade humana; era Satanás instigando Cristo, insistindo para que Ele descesse da cruz. Deus Pai sabia exatamente quem era esse inimigo. Ele o tinha conhecido cara a cara no Céu. Agora, esse Lúcifer tinha se tornado o destruidor; Seu amado Filho estava nas mãos dele e o Pai só podia ouvir a voz atormentada e enfraquecida de Cristo. Depois que Micahel Baucom foi enterrado naquela caixa de madeira, ele teve que lutar muito contra uma forte sensação de pânico. Ninguém ouvia seus gritos de socorro. Nos vários dias de isolamento ele enfraqueceu e sofreu de desidratação. À medida que os dias e noites se passavam, Michael manteve as esperanças de resgate, mas ninguém apareceu. Ele se deu conta de que se por acaso chovesse, ele se afogaria. Formigas o atormentavam picando suas mãos e pálpebras. Ele tinha alucinações de ser devorado até virar um esqueleto. Michael sabia que seus pais o amavam, mas ali, naquele buraco escuro, enterrado vivo, ele se sentia de todo abandonado. Será que alguém que o amava sequer sabia onde ele estava? No evangelho de Mateus, temos uma passagem que descreve a provação do Messias em termos semelhantes. O próprio Jesus está falando: "Porque assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe, assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da terra." Mateus 12:40. Jesus, na verdade, ficou na sepultura apenas de sexta à noite até domingo de manhã. Por que então Jesus usa a experiência de um homem que permaneceu vivo no ventre de um peixe durante três dias e três noites como um presságio de Sua própria experiência? Creio que a resposta está na natureza da provação que o Filho de Deus vivenciou. Seu sofrimento não começou com o primeiro prego que atravessou Seu pulso, começou algum tempo antes. Você se lembra que, quando Jesus caminhava com Seus três discípulos pelo Jardim do Gestêmani, Ele "começou a ficar muito angustiado e perturbado"? Ele se aproximou de algumas oliveiras para orar e Sua angústia aumentou a ponto de Seu suor se tornar como gotas de sangue escorrendo de Seu rosto para o chão. Jesus implorou a Seu Pai pedindo: "Afasta de mim esse cálice". Tudo dentro desse homem se manifestava em pavor diante da provação à sua frente. Que provação era essa? Os pecados de todo o mundo desabavam em Seus ombros com o peso esmagador da culpa da humanidade. É impossível imaginar o que isso significava a alguém tão sensível e puro como Cristo. Parecia um fardo insuportável para Ele. Veja o que diz o profeta Isaías: "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as nossas dores levou sobre si... Mas ele foi ferido pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades..." Isaías 53:4,5. Como Jesus foi "moído"? Pelo peso terrível de nossas iniqüidades. Começaram a moer Sua vida bem ali no Getsêmani. Por isso Ele ficou tão angustiado. Por isso Seu suor escorreu como sangue. O pavor do próprio inferno envolveu o Filho de Deus. Ele se sentiu separado de Seu Pai. Um sufocante sentimento de culpa o pressionava contra o chão. Jesus ficou três dias e três noites no "coração da terra". Ele foi enterrado vivo pelos nossos pecados. Foi de todo abandonado. Graças a Deus Jesus aceitou esse fardo insuportável. Ele conseguiu dizer: "Seja feita a tua vontade." Durante aquela noite Ele carregou esse fardo de abandono pelos mais próximos a Ele, de abuso pelos soldados. Ele carregou tudo ao longo dos julgalmentos diante de Herodes e Caifás. Carregou tudo isso até o Calvário e Sua provação final na cruz. O tempo todo enterrado vivo pelo esmagador pecado do mundo. Quando o corpo quebrado do Salvador foi colocado na sepultura e a pedra fechou a entrada, Sua causa parecia totalmente perdida. Benny Baucom se agarrou à esperança de que seu filho seqüestrado seria encontrado a tempo. Chegou uma hora em que foi instruído a levar o dinheiro do resgate ao estacionamento de um determinado mercado e esperar uma chamada em um telefone público. Ele fez o que mandaram e esperou três horas antes que o telefone tocasse. Tão perto, no entanto tão longe. Que angústia esse pai deve ter sentido... Foi a hora mais negra, mas justo quando a esperança começava a morer, os investigadores acharam uma pista. Dois ajudantes do xerife do município de Montgomery, ao norte de Houston, foram chamados para investigar um homem num veículo suspeito parado em frente a um empório. O homem falou-lhes a respeito de um casal que tinha pedido que levasse água ao acampamento deles. Os policiais começaram a procurar no bosque e acharam o acampamento. Logo, detiveram um homem e uma mulher no local. Eles admitiram que Ron White havia estado no acampamento. Um dos policiais, sabendo que a vítima do seqüestro tinha que ser encontrada rápido, tentou um blefe. Ele disse ao homem no acampamento. - Olha, eu sei que você está com o Michael e parece que o White se mandou e largou vocês com esse "abacaxi". Então, no que nos diz respeito, você é o seqüestrador e se alguma coisa acontecer com o rapaz, você vai ser acusado de seqüestro. O blefe deu certo. O homem levou a polícia ao campo de petróleo abandonado. Eles começaram a gritar o nome de Micahel e logo ouviram uma voz fraca e abafada respondendo debaixo da terra. Os policiais, chocados, começaram a cavar freneticamente com as mãos. Um deles achou um buraco de respiração, enfiou o braço o máximo que pôde e sentiu uma mão agarrar a sua tão forte que não queria mais soltar. Finalmente, depois de cinco longos dias de agonia, a vítima fora encontrada. Quando os policiais tiraram a tampa da caixa de madeira e Michael olhou para rostos humanos amigos, sentiu-se miraculosamente voltar à terra dos vivos. Pouco depois, o chefe da polícia bateu à porta dos Baucom e disse quatro palavras que imediatamente transformaram seu mundo: - Nós estamos com Michael. Mãe e pai foram levados ao tribunal do município de Montgmoery e lá, enfim, puderam abraçar seu filho. Ele havia sobrevivido aos seqüestradores. Tinha sido enterrado vivo e sobrevivera. Ele não era mais uma voz ao telefone que eles não podiam ajudar. Ele estava lá, cansado e um pouco magro, mas inteiro e feliz em seus braços. Pouco depois, Ron White foi preso e condenado por seqüestro com tortura. Jesus Cristo, embora moído pelo pecado do mundo e abandonado por seus amigos mais queridos, miraculosamente Se levantou da sepultura. Não permaneceu enterrado e abandonado. Em I Coríntios 6:14, no meio do seu discurso, Paulo diz: "Deus ressuscitou o Senhor ... pelo seu poder." Deus Pai encontrou Seu Filho amado de novo. Embora tivesse que abandonar Jesus na cruz com nossos pecados, embora tivesse apenas que observar, o sacrifício agora estava completo, a provação havia acabado. Jesus tinha ressurgido em cores brilhantes depois de haver suportado um fardo insuportável. O plano para salvar a humanidade, que Deus Pai havia elaborado, teve pleno sucesso. Satanás, o seqüestrador, que queria tanto destruir o Filho e enterrá-lo de vez, foi exposto e derrotado. Essa é a grande essência da ressurreição. Jesus Cristo emergiu da sepultura como vitorioso e glorioso, completamente triunfante sobre as forças do inimigo. Ele é o Senhor de todos, é Senhor num sentido muito especial, não apenas porque Ele é Deus, não apenas devido à Sua posição inerente no Universo. Ele é Senhor porque mereceu. Por Seu sangue, suor e lágrimas, de Nazaré ao Getsêmani e ao Calvário, Ele mereceu. Ele é o único que merece. A ressurreição não fala só de sobrevivência, não fala só de achar um meio de burlar a morte. É uma grande declaração de triunfo, uma grande comemoração entre o Pai e o Filho que alegremente se abraçam, não mais separados pelo horror da culpa e do pecado humanos. O apóstolo Paulo fala do "incomparável e grande poder" de Deus: "Segundo a operação da força do Seu poder, que manifestou em Cristo, ressuscitando-o dos mortos e pondo-os à sua direito nos céus." Efésios 1:19,20. O Pai tinha ficado impossibilitado de agir durante as terríveis cenas do Calvário. Agora, podia mostrar Sua mão e Ele o fez poderosamente. Ele acordou Seu Filho com tal "força poderosa" que, quando Jesus passou pela pedra da sepultura, os guardas romanos caíram como mortos diante de Seu brilho. Mas o Pai ainda não havia terminado. Continuou despejando Seu incomparável poder finalmente liberado. Queria levar Seu filho de volta para casa. Cristo ascendeu para o Céu nas alturas, para a sala do trono de Deus e lá Se sentou como conquistador. O apóstolo Paulo nos conta que o Pai podia agora pôr "todas as coisas sob seus pés". Jesus, o sacrifício, agora está "muito acima de todas as regras e autoridade, poder e domínio de qualquer título que se possa dar". Jesus Cristo assumiu Seu lugar no Céu, como Senhor de toda a raça humana. Isso é parte da boa nova, Jesus não apenas escapou da sepultura; Ele subiu ao Céu nas alturas como O Salvador. Tem autoridade para intervir no mundo em nosso nome. Tem o poder para nos salvar a todos. Tem o título acima de qualquer nome que se possa dar e um dia Ele virá de novo para reinar como o Rei da Glória. Algum dia nós vamos vislumbrar o Senhor da glória face a face, o Senhor ressuscitado que nós celebramos. Ele conquistou a morte, triunfou sobre o pecado. Jesus triunfou sobre toda a tragédia humana, todo problema humano. Ele é aquele que dá vida nova a todos que vêm a Ele pela fé. Você pode confiar nEle quaisquer que sejam os seus fardos, quaisquer que sejam suas dificuldades atuais. Você pode confiar no Redentor ressuscitado. Será que Jesus Cristo é o Senhor da sua vida hoje? Você pessoalmente Lhe conferiu este lugar? Ele adquiriu esse direito; foi sepultado por nossos pecados. Ressurgiu para nossa libertação. Eu lhe peço que o aceite como Senhor agora

 


 


 

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QUANDO A FÉ SE ACABA

Pr. George Vandeman

TOPO

 

A fé pode ser algo desconcertante para algumas pessoas, pode ser delicada e às vezes, intangível. Quando tentamos realmente alcançá-la, ela desaparece. Difícil de definir, difícil de cercar. Como podemos ter certeza de que temos a fé genuína? Joana acreditava sinceramente em Deus. Ela parecia ter uma fé alegre e aberta. As pessoas da igreja que ela passou a freqüentar admiravam seu entusiasmo, sua espontaneidade. Essa jovem mãe solteira estava tentando recompor sua vida e queria que Deus participasse disso. Deus estava se tornando real para Joana. Nos dias felizes, o mundo inteiro parecia claro com a presença dEle. Entretanto, havia os dias ruins também. Em certas ocasiões, Deus parecia muito distante e Suas leis, proibitivas. Quando algum dos velhos amigos de Joana aparecia, seus velhos hábitos apareciam também. Ela queria compartilhar sua fé, mas às vezes não conseguia encontrá-la. Joana começou a freqüentar cada vez menos a igreja e a evitar seus amigos cristãos. A atração da vida antiga intensificou-se. Viver sem Deus e religião tornou-se livre e fácil para ela; as pessoas da igreja pareciam rigorosas ou hipócritas. As drogas e festas que antes a preocupavam, aproximaram-se dela novamente. Joana tentou manter-se firme na fé em Cristo, não queria afastar-se dEle, mas sua força aos poucos diminuiu. Muitas outras coisas contribuíram para por a fé de lado. Joana, na verdade, não desistiu de sua fé, mas esta foi se acabando lenta e quase imperceptivelmente. A fé pode se acabar. Ela não fica firme no último lugar em que você a abandona. Ela não permanece forte em algum canto abandonado do nosso coração. A fé vai se acabando. Ela se acabou para muitas pessoas que talvez nem saibam disso. Muitos pensam que seja qual for seu estilo de vida, ainda podem manter a fé em algum lugar dentro de si mesmos. Presumem que podem nutrir a fé por conta própria, à sua maneira. Infelizmente, a fé pode se acabar mais rápido do que pensamos. Um dia acordamos e ela não está mais ali; estendemos a mão e não encontramos onde nos apoiar. Gostaria de mostrar alguns meios pelos quais podemos agarrar firmemente a fé. Meios que evitem que ela se acabe. Dias ruins irão chegar para todos nós e nossa fé passará pelos árduos caminhos da tentação e do "stress". Precisamos de uma fé que possa resistir a tudo isso. Algumas experiências religiosas interessantes dos filhos de Israel, no Velho Testamento, nos dão uma idéia muito boa de como a fé é edificada. Obviamente, a vida devocional, a oração e o estudo bíblico são a chave da manutenção da nossa fé, pois não existe substituto para esse relacionamento individual com Cristo. Quero falar sobe alguns outros negligenciados construtores da fé, recursos que estão à nossa disposição e que freqüentemente ignoramos. Começaremos com a travessia de um rio. Aconteceu no final de uma viagem muito longa. Logo após a fuga do Egito, os israelitas vagaram pelo deserto do Sinai por quarenta anos e chegaram finalmente na divisa da terra prometida, Canaã; mas o Rio Jordão estava no caminho deles. Normalmente eles teriam toda facilidade para atravessá-lo, mas era a estação das chuvas e o Jordão tornou-se mais fundo e caudaloso. Nessas ocasiões, ele provoca inundações que perduram por semanas. Assim, os israelitas tiveram que acampar na margem leste e esperar. Teria sido fácil ficar desanimado. Eles tinham vindo de tão longe e levado tanto tempo para chegar! Agora, após anos de esforços, tão próximos de seu alvo, uma enorme torrente bloqueava seu caminho. Mas o líder de Israel, um homem chamado Josué, tendo recebido uma mensagem de Deus, disse ao povo: "Amanhã o Senhor fará maravilhas no meio de vós". Josué 3:5. Deus revelou a Josué exatamente como os israelitas iriam atravessar o Jordão. Era um plano bastante incomum, mas Josué o aceitou e com muito cuidado instruiu o povo quanto ao que iriam fazer. No dia seguinte, todas as tribos de Israel enfileiraram-se em ordem. Os sacerdotes, em pé na frente, carregavam em seus ombros a Arca da Aliança, aquele santuário portátil que simbolizava a presença de Deus em Israel e seu compromisso com Ele. Os sacerdotes e o povo começaram a marchar do acampamento diretamente ao caudaloso Jordão. Esse era o plano que Deus tinha em mente: "Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós... Assim que as plantas dos pés dos sacerdotes que levam a arca do Senhor pousem nas águas do Jordão, serão elas cortadas, a saber, as que vêm de cima se amontoarão." Josué 3:10,13. À medida que a coluna de hebreus marchava, o ruído do rio ia aumentando. Eu não me surpreenderia se alguns deles pensassem: "Como é que vamos conseguir? Isso é loucura!" Bem, aquelas pessoas haviam crescido como nômades no deserto. É bem difícil aprender a nadar no deserto, não é? Portanto, não era nada fácil para eles marcharem em direção ao Jordão. Deve ter sido difícil para aqueles sacerdotes, equilibrando a arca folhada a ouro em seus ombros, entrar na forte correnteza. Mas, de algum modo, continuaram andando liderados pela arca de Deus e entraram no caudaloso Jordão. A Bíblia descreve o que aconteceu em seguida: "E quando os pés dos sacerdotes que levavam a arca se molharam na borda das águas ... pararam-se as águas que vinham de cima, levantaram-se num montão... Os sacerdotes pararam firmes em seco no meio do Jordão e todo o Israel passou..." Josué 3:15-17. Que visão! Bem no meio desse repentino rio seco, a arca de Deus, como uma grande bandeira, levou Israel até a terra prometida e enquanto o povo marchava, Josué ordenou que 12 grandes pedras fossem tiradas do leito do Rio Jordão. Aquelas pedras ali ao lado do rio seriam um memorial do milagre que Deus havia realizado pelo Seu povo. Depois que a última pessoa atravessou em segurança, a arca foi retirada do leito do rio e Josué nos diz: "Assim que as plantas dos seus pés se puseram em terra seca, as águas do Jordão se tornaram ao seu lugar e corriam como antes" Josué 4:18. Deus calculou perfeitamente. Ele tinha um propósito definido em ajudar Israel a entrar na terra prometida desse jeito. A Bíblia nos diz em Josué 4:24 que Ele fez isto "para que todos os povos da Terra conheçam que a mão do Senhor é forte..." Sim, Deus foi capaz de se revelar a Si próprio porque Israel como um todo caminhou firme na fé. Eles não ficaram sentados às margens do Jordão esperando que Deus realizasse um milagre. Eles marcharam firmes em direção ao rio, na direção de um alvo impossível. Eles tiveram que dar o primeiro passo dentro das águas caudalosas antes que Deus abrisse uma trilha seca. Grande imagem de fé e da resposta de Deus! Vamos tentar olhar por trás dessa imagem por um momento. Você sabe que os filhos de Israel não se destacavam pela sua grande fé. Eles reclamavam diante de qualquer dificuldade, trocavam Jeová pelos ídolos em quase todas as oportunidades. Então, o que os capacitou a dar este salto gigante de fé em direção ao Jordão? Eu creio que podemos resumir em uma palavra: momento. Algo aconteceu com eles quando se enfileiraram por clãs e tribos atrás daqueles sacerdotes com seus trajes cerimoniais segurando bem alto a arca de Deus. Aquela vasta multidão, rumando para o Jordão, de acordo com a instrução do Senhor, sentiu que Deus ia agir. A emoção correu por todas as fileiras e o momento cresceu. Creio que bem poucos daqueles israelitas podiam ter caminhado até o revolto Jordão por conta própria. Como indivíduos eles não teriam tido fé para entrar. Mas como um grupo dirigido pelo Deus Jeová, eles seguiram em frente e mesmo aqueles entre os israelitas cuja fé era fraca, mesmo os mais temerosos, foram empurrados adiante por aquele momento sagrado e eles participaram do milagre. Eles experimentaram o evento da fé crescente. Este é um aspecto da fé que é muitas vezes desprezado. Um grupo que segue adiante por Deus solidifica a fé de seus membros. Geralmente vemos a fé como uma coisa individual e estamos certos. A fé deve crescer no coração individualmente. Ela é nutrida no relacionamento individual com Cristo. Mas existe também o momento do corpo de Cristo, da igreja de Cristo, para nos ajudar. Isso pode ser valiosíssimo na edificação da nossa fé. Se estivermos seguindo adiante em grupo, a nossa fé não estará se acabando. É por isso que eu acho tão importante nos dedicarmos de fato a um grupo de cristãos, tornarmo-nos parte da comunhão de uma igreja. Nós precisamos desse momento. Precisamos cerrar fileiras juntas, atrás de algum símbolo visível da presença de Deus. Assim como os filhos de Israel marcharam atrás da arca, a Igreja nos dá um apoio para nossa fé; ajuda a nos agarrarmos mais firmemente àquilo em que acreditamos e nos capacita a participar de mais e mais eventos que edificam a fé. Agora vamos dar mais uma olhada nos filhos de Israel e seu momento. Desta vez, contra um objeto imóvel. Quando os israelitas entraram em Canaã, uma grande cidade estava em seu caminho: Jericó. A fortaleza de Jericó era a fortaleza da idolatria e situava-se bem a oeste do Rio Jordão. Em Jericó centralizava-se tudo o que era mais vil e mais degradante na região de Canaã e Deus disse ao Seu povo que tais lugares deveriam ser completamente destruídos. Mas como um pequeno grupo de hebreus nômades iria fazer isso? Eles estavam diante de um objeto irremovível, uma cidade bem fortificada, cheia de guerreiros experientes. Josué pensou muito sobre esse problema, quando de repente Deus apareceu a ele. Josué reverentemente perguntou: "Que mensagem meu Senhor tem para o seu servo"? E o Senhor respondeu com estas palavras: "Eu entreguei Jericó em suas mãos juntamente com seu rei e com seus guerreiros". Ora, isso parecia altamente improvável do ponto de vista humano e o método de ataque que Deus propôs a seguir deve ter aumentado a fé de Josué mais ainda. Encontramos na Bíblia, em Josué 6:3-5 mostrado com clareza: "Vós pois todos os homens de guerra rodeareis a cidade... assim fareis por seis dias, sete sacerdotes levarão sete trombetas... adiante da arca: no sétimo dia rodeareis a cidade sete vezes e os sacerdotes levarão sete trombetas e será que tocando-se longamente a trombeta... ouvindo vós o sonido dela, todo o povo gritará com grande grita: O muro da cidade cairá". Bem, felizmente, Josué não questionou essas estranhas instruções. Ele tinha aprendido a esta altura a confiar na orientação de Deus sem restrições. Assim, uma vez ao dia, durante seis dias, Israel marchou solenemente ao redor dos muros de Jericó. Josué ordenou a seus homens: "Não gritareis nem fareis ouvir a vossa voz, nem sairá palavra alguma da vossa boca até ao dia em que eu vos diga: gritai." Josué 6:10. Bem, essa foi sem dúvida, uma procissão religiosa. Imagine fazer o cerco a uma cidade com sacerdotes, trombetas e a arca. Não encontramos qualquer menção de armas, catapultas ou flechas de fogo. Somente símbolos da religião de Israel. Enquanto marchavam embaixo daqueles muros enormes, dia após dia, devem ter sentido meio bobos. Tenho certeza de que os guerreiros de Jericó, seguros dentro de suas torres fortificadas, devem ter gritado alguns insultos para aquela procissão diária. Mas os israelitas mantiveram a disciplina e o silêncio. Sua marcha ordeira expressava confiança no que Deus ia fazer. Ela tornou visível a sua fé. Não fizeram ameaças nem mostraram fúria. Houve apenas o som das trombetas dos sacerdotes. Aí, no sétimo dia, os israelitas levantaram-se ao romper do dia e formaram sua procissão. Eles marcharam ao redor da cidade sete vezes e os sacerdotes soaram as trombetas com grande ruído. Josué bradou; "Gritai porque o Senhor vos entregou a cidade". O povo gritou com todas as suas forças. Suas vozes unidas ecoaram pela grande cidade e seus muros maciços balançaram, racharam e ruíram. Os soldados de Israel correram sobre os fragmentos e as nuvens de pó. A cidade estava destruída. O momento de Israel esmagou aquele objeto imóvel. Observe dois fatores importantes daquele momento: disciplina e um grande grito. Alguns soldados hebreus correndo ao redor de Jericó não teriam tido nenhum impacto. Alguns gritos entusiasmados também não teriam. Deus queria o Seu povo unido em disciplina, unido em um grande grito e desse modo a sua fé fortalecida tornou-se visível. Todos a expressaram juntos, ela se tornou algo maior do que a soma daquelas partes individuais. A fé expressada junta é poder. As vozes unidas em oração dão força. Por isso prestamos culto com um grupo, para erguermos um grande grito. Ampliar nossa fé individual em Deus é essencial. Amigo, a adoração individual é importante, é essencial. Não desprezemos nossas oportunidades de edificar juntos nossa fé e encorajar uns aos outros. Quando a fé é mantida com um grande grito, ela não vai se acabar, entende? Muitos anos atrás, um horrível incêndio irrompeu em um grande arranha-céu. Várias pessoas ficaram presas no último andar. Rostos repletos de horror olhavam para os bombeiros, clamando por ajuda. Escadas foram erguidas, mas a mais alta estava longe de alcançá-los. Assim, os bombeiros emendaram diversas escadas e as ergueram acima das chamas em direção ao último andar. Mas houve somente um homem do corpo de bombeiros com força aparente e coragem para subir àquela altura. A multidão via aquele homem subir pelas escadas e começar a trazer as pessoas para baixo uma de cada vez. Bem, após a última pessoa ser salva, o bombeiro deitou-se no chão em busca de oxigênio. Aí, alguém avistou um garotinho ainda preso no último andar. O chefe dos bombeiros correu até o bombeiro exausto e implorou: - Você vai ter que voltar mais uma vez. O homem estava muito fraco para mover-se. - Não posso - ele sussurrou - esgotei-me, nada mais me resta. Mas não havia mais ninguém que pudesse subir. Assim, o chefe gritou: - Você tem que subir. Há uma criança lá em cima! Lentamente o bombeiro foi se arrastando para o alto e forçando as pernas para o levarem escada acima. Ele subiu seis andares e parou. Sua perna esquerda escorregou da escada. Parecia que ele ia cair para a morte. O chefe dos bombeiros pegou seu megafone e gritou para a multidão: - Vamos todos aplaudí-lo! Aplaudam-no alto e demoradamente. Digam para ele não desistir. A multidão, de repente, acordou e gritou: - Você está indo bem! Não desista! Você consegue! O bombeiro continuou a subir aos poucos aquela escada. A multidão aplaudiu mais alto ainda. Suas vozes ecoavam pelo céu. O bombeiro alcançou a janela e em seguida abriu-a. Ajudou o menino apavorado a subir em suas costas e começaram a descer lentamente. Milhares de vozes gritavam incentivando-os até chegarem em segurança ao chão. Simples vozes na multidão geralmente não acrescentam muito, mas as pessoas juntas por alguns minutos, unidas, aplaudindo e gritando a uma só voz, tornam-se parte de um milagre de coragem. Amigo, espero que possamos todos erguer esse tipo de grito em nossa vida. Precisamos tornar nossa fé visível, tangível. Juntos podemos manter nossa fé em Cristo e vê-la realizar grandes coisas. Assim como aquela multidão empurrou o bombeiro através de seu esforço unido. Por favor, não tente apenas manter viva a sua fé em particular. Existe muito mais do que isso. Existe o momento, a energia no corpo de cristãos seguindo avante em nome de Cristo. Existe a disciplina e o culto pleno de alegria no corpo da igreja que pode nos preencher com uma fé capaz de transpor obstáculos irremovíveis. Amigo, vamos nos dedicar a um grupo de cristãos, não porque achamos que eles são perfeitos, pois não são, mas para podermos marchar juntos atrás da arca de Deus, um símbolo visível da presença de Deus que fará muito bem para nossa fé e nossa fé fará muito bem a nós. Vamos unir hoje nossa voz num grito de triunfo

 

 

 

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