ESTÁ ESCRITO – George Vandeman
102 POR QUE TANTAS DENOMINAÇÕES
106 ESCADA VERMELHA PARA O SOL
101
RESISTINDO A OPOSIÇÃO
George Vandeman
A mentira começou em 1903 com uma fotografia publicada em
um jornal matutino de São Petersburgo, capital da Rússia. Algo a respeito de um
complô sinistro para dominar o mundo. Um número surpreendente de pessoas se
dispôs a acreditar e a mentira se espalhou pela Europa durante a década
seguinte. Primeiro como um boato, comentado às escondidas e, às vezes,
abertamente. Finalmente, exigiu suas vítimas: seis milhões de judeus mortos
pela fome, por gás e fuzilados. Todos sacrificados por uma mentira iniciada por
uns poucos.
Você já notou que hoje em dia está ficando cada vez mais
difícil ater-se à verdade e separar a verdade do engano? Mudamos muito o nosso
modo de ver a verdade, especialmente as grandes verdades.
Atualmente, o importante é o que sentimos em nosso coração.
"A pessoa tem que encontrar sua própria verdade", nos dizem,
"isso é tudo que importa para você".
Incontáveis vezes somos persuadidos de que não existem mais grandes respostas nem princípios firmados. Temos apenas
que criar os nossos. Orgulhamo-nos de nossa tolerância hoje em dia, o que é uma
coisa boa de se ter, é claro, mas é uma tolerância um tanto
barata em muitos sentidos, porque muitos pensam que na verdade, o que
você crê não tem importância, desde que seja sincero, desde que esteja sentindo
que isso é a verdade.
Parece que esquecemos quão desastrosa uma mentira pode ser.
Esquecemos o que jaz por trás daquele terrível holocausto, a matança de seis
milhões de judeus durante a Segunda Guerra Mundial.
Aquela notícia do jornal de São Petersburgo foi um artigo
mentiroso afirmando haver um programa para a conquista do mundo pelos judeus.
Minutos após uma reunião dos santos de Sião, o editor do jornal afirmou que
haviam descoberto uma série de documentos nos quais um grupo de membros da
sociedade secreta judaica havia organizado o complô para dominar o mundo.
Primeiro, eles minariam a democracia europeia através da
propaganda. Homens de negócio judeus então criariam o caos industrial
aumentando os preços. Finalmente, com a sociedade gentia em ruínas, as cidades
seriam destruídas de uma forma infalível, injetando-se nelas doenças fatais.
O mito da grande conspiração judaica havia nascido. Foram
rotulados os protocolos dos sábios de Sião e milhões vieram a aceitá-lo como
fato. Era tão fácil acreditar no pior daqueles que seguiam tradições diferentes
que bem poucas pessoas questionavam a mentira. Quase ninguém viu o terrível
perigo. O mito dos protocolos espalhou-se por toda a Europa nas primeiras tr6es
décadas do século e ganhou projeção fazendo com que vissem em cada judeus
motivos para suspeitas. Cada tradição judaica era vista pelas pessoas em geral
como parte da conspiração. Alguns bons cidadãos provavelmente achavam que o
mito não tinha tanta importância assim, e então deixaram de se preocupar com
isso.
Que importância poderia ter essa conversa a respeito de um
governo secreto qualquer operando por baixo dos panos? Bem, a mentira teve
grande importância. Ela fez parte das ideias de Hitler de purificar a Alemanha
exterminando os judeus. Algo que julgaríamos inaceitável.
Pessoas viram vagões de trens serem cheios de homens,
mulheres e crianças usando uma estrela amarela, a qual não podiam tirar.
Afinal, esses judeus faziam parte de uma conspiração vasta e perversa.
Quando as pessoas passavam pelas filas de famintas vítimas
dos campos de concentração, olhavam para o outro lado. Esses judeus não haviam
tentado dominar o mundo? No fim, seis milhões de vidas humanas tinham sido
destruídas em um sacrifício à grande mentira. O mito dos protocolos havia
atingido um estágio tal que causou aquele enorme e triste holocausto.
Durante a Segunda Guerra Mundial a mentira era forte
demais. não se levantaram vozes suficientes contra a onda de antissemitismo.
Amigo, a verdade importa. É também uma questão de vida ou
morte. Não é o bastante sentir a verdade em seu coração, porém, muita gente
sentia em seu íntimo que os judeus precisavam ser exterminados, e durante a
Idade Média, muitos bons cristãos foram tidos como hereges que precisavam ser
exterminados. A temível inquisição levou avante sua obra mortífera porque
líderes religiosos acreditavam que poderiam salvá-los de torturas piores no
inferno.
Os cristãos realizaram cruzadas sanguinárias para tirar a
terra santa dos muçulmanos porque acreditavam sinceramente que Deus
literalmente exigia que Jerusalém estivesse nas mãos dos cristãos. Eles eram
sinceros e zelosos. Muitos deram sua vida, mas sua crença os levou a um grande
banho de sangue e a uma imperecível animosidade entre cristãos e muçulmanos.
O que cremos pode ser uma grande bênção ou um grande
desastre. A verdade importa. Nossa crença importa. Esta é uma questão de vida
ou morte.
As Escrituras Sagradas tornam isso claro. O apóstolo Paulo
declara em sua carta aos Gálatas 1:8: "Mas, ainda que nós mesmos ou um
anjo do céu vos anuncie outro evangelho além do que já vos tenho anunciado,
seja anátema."
Palavras fortes do apóstolo. O verdadeiro evangelho de
Cristo era muito importante para ele, não era apenas uma opinião, algo bonito
de se crer. Era um questão de vida ou morte. Ele
admoestou seus irmãos para ficarem atentos a falsos evangelhos por mais
impressionantemente que fossesm apresentados.
O apóstolo João diz: "Eu, a todo aquele que ouve as
palavras da profecia deste livro, testifico: se alguém lhes fizer qualquer
acréscimo, Deus lhe acrescentará flagelos escritos neste livro; e se alguém
tirar qualquer coisa das palavras do livro desta profecia, Deus tirará a sua
parte da árvore da vida." Apocalipse 22:18 e 19.
O mensageiro de Deus cria que proteger a integridade da Sua
palavra era vitalmente inportante. Existe a palavra
de Deus verdadeira, mas também existem distorções dessa palavra. Há pessoas que
adicionam suas próprias palavras ou suprimem o que discordam. Elas podem ouvir
a verdade de maneira receptiva ou podem tentar manipulá-la por seu próprio interesse.
Essas falsificações da verdade irão ficar cada vez mais
pronunciadas à medida que a história se aproximar do seu clímax e a pressão
para que se creia na grande mentira de Satanás será intensificada.
A onda do antissemitismo já levou muita gente aparentemente
honesta a participar de um terrível holocausto. outra onda vai levar uma grande
parte da população da terra a um desastre ainda maior. O livro do Apocalipse nos fala
de uma besta, o anticristo, querendo o lugar de Cristo, o qual subverte a
verdade de Cristo e lidera uma guerra contra o povo de Deus. Apocalipse 13:8
nos diz: "E adorá-la-ão todos os que habitam sobre a Terra. Aqueles cujos
nomes não foram escritos no livro do Crodeiro."
Que pensamento terrível! Como poderemos ter certeza de que
estaremos do lado certo: Este é um assunto de vida ou morte entre a verdade e a
falsidade.
Existe um testamento que nos dá a chave para isso, um dos
quadros mais corajosos de que tenho conhecimento, onde a verdade se coloca
contra a mentira.
No terceiro ano de seu reino, Josafá, rei de Judá, desceu
até o norte em visita a Acabe, rei de Israel. Enquanto
os dois reis conversavam o fato de Ramote Gileade ter
sido capturada pelo rei da Síria, Josafá disse para os dois juntarem suas
forças e recapturarem a cidade. Ele declarou que iria com seus exércitos à
peleja, mas pediu que eles primeiro consultassem o Senhor.
Acabe decidiu, então, convocar seus quase quatrocentos
profetas. Estes entraram correndo e ele perguntou: "Devo ir à guerra
contra Ramote Gileade, ou devo desistir?"
Os homens responderam: "Vá, porque o Senhor a
entregará em suas mãos."
Josafá ficou desconfiado daqueles profetas tão apressados e
teve a sensatez suficiente para querer uma voz de verdade que falasse a grande
verdade do verdadeiro Deus. Assim, perguntou: "Não há aqui um profeta do
Senhor, ao qual possamos consultar?"
Acabe respondeu relutante que ainda havia um homem que possuia essas credenciais, só que ele tinha uma atitude
bastante negativa. micaías, filho de Inlá, nunca tinha dito uma coisa boa a respeito dele. Mas
Josafá afirmou que o homem deveria ser consultado assim mesmo e Acabe concordou.
Quando Micaías estava a caminho,
os quatrocentos profetas de Acabe tentaram ser mais
convincentes, atingindo um verdadeiro frenesi. "Ataquem Ramote Gileade e serão vitoriosos", gritavam eles. Um
homem fez um um par de
chifres de ferro e em seguida disse: com estes ferirás aos sírios e os
destruirás completamente.
Quando o mensageiro que fora mandado buscar o profeta de
Deus, Micaías, o encontrou, deu-lhe um conselho:
"Olha, todos os profetas a uma só voz já predisseram a vitória para o rei.
Que sua palavra seja igual à deles. Fale favoravelmente."
Micaías não concordou. A verdade tinha que ser estabelecida por
aclamação. Ele olhou bem nos olhos do mensageiro e respondeu: "Tão certo
como vive o Senhor, o que o Senhor me disser, isso falarei."
Não é maravilhoso, não é confortador? Eis um homem que se
importava com a verdade de Deus. Ele não se comprometia.
Bem, os dois chegaram ao cenário e Micaías
ficou perante os dois moarcas, diante dos mantos
reais reforçados por quatrocentos falsos profetas que berravam. Acabe virou-se
em direção ao profeta de Deus e perguntou: "Micaías,
devemos ir à guerra ou devemos recuar?"
Enquanto as outras vozes se calavam, Acabe
olhava para ele irado. Micaías decidiu então testar
os outros. Zombando dos outros profetas por terem declarado tão prontamente:
"Ataquem, porque o Senhor entregará a vitória na mão do rei." Micaías, na verdade, estava dizendo: vocês querem mesmo
saber? Qo que eles responderam: sim.
O rei Acabe havia fingido perante o rei Josafá, mas ele
sempre quis a verdade dos fatos. Quantas vezes ele o havia feito jurar dizendo:
ñão me diga nada além da verdade em nome do Senhor.
Assim, Micaías disse: "Então
disse ele: vi todo o Israel pelos montes, como ovelhas que não têm
pastor." I Reis 22:17.
Não foi uma mensagem muito encorajadora. A decisão de Acabe
de ouvir a verdade cai por terra. Ele vira-se para Josafá e reclama: "Eu
não lhe disse que ele nunca profetiza nada de bom a meu respeito?"
Mas Micaías prosseguiu,
erguendo-se diante das centenas de profetas que o reprovavam e disse ao chefe
deles: "Vocês reperesentam o espírito da mentira
conduzindo o seu rei para o desastre."
O chefe deles esbofeteou Micaías,
mas o profeta permaneceu firme. No final, Acabe
decidiu ignorá-lo. Ele mandou o profeta de Deus para a prisão e teimosamente
marchou para a batalha e enfrentou o desastre que Micaías
havia predito.
Como foi que esse profeta enfrentou sozinho a pressão de
tantas vozes juntas que o contradiziam? Ele pôs em mente dizer somente o que
Deus lhe mandara. Ele tinha o firme apego à palavra do Senhor. Ele era fiel à
verdade e se mantinha em pé. Havia uma mensagem clara que não poderia ser
comprometida. Micaías, ao contrário dos outros,
estava pronto a ouvir o que Deus havia ditpo. Notícia
boa, notícia má, ou mais ou menos. Ele estava pronto a ir onde
a verdade de Deus o conduzisse.
Amigo, podemos ter uma boa idéia
aqui mesmo sobre nos posicionarmos no final. Quando as forças da falsidade
ameaçarem varrer a verdade, podemos fazer a nós mesmos esta importante
pergunta: estou pronto a ouvir tudo aquilo que Deus diz agora mesmo? Estou
pronto a abraçar todas as verdades que Sua Palavra revelar?
Esta é a chave. Nós não temos que ser superconquistadores
heroicos para ficarmos firmes no final dos tempos, mas apenas bons ouvintes.
Continue ouvindo o único verdadeiro evangelho, as boas novas sobre Jesus Cristo
que nos salva pela sua graça. Continue ouvindo a única e verdadeira palavra das
profecias que
descrevem o futuro e nos dizem como viver e como manter um
relacionamento com o Senhor Jesus Cristo.
Se começarmos a ficar desconfortáveis com o evangelho, se
começarmos a ignorar parte da Palavra, e isso é inteiramente errado se
quisermos ouvir apenas parte do que Deus diz, estamos pisando em terreno
perigoso, chegaremos a um ponto em que vamos querer manipular a verdade em vez
de ouvi-la. Vamos querer revisar a verdade em lugar de obedecê-la.
Que grande herança têm os cristãos que ouvem fielmente, que
continuam ouvindo a verdade nos piores momentos e permanecem firmes nela.
Lembre-se que o apóstolo Paulo a descreveu como uma grande nuvem de
testemunhas, instando-nos a mantermos a vida cristã.
Nos ano 250
d.C., quando Décio era o imperador de Roma, um sábio cristão chamado Pônius foi conduzido até a praça por duas colunas de servos
e caminhou por um pátio de duzentos metros lotado por uma multidão. Ele havia
sido levado até o templo de Nemo e Mêmesis para pagar
sacrifício e comer do templo.
Um oficial do templo aproximou-se e perguntou ao cristão se
ele certamente sabia do decreto do imperador que o obrigava a fazer sacrifícios
aos deuses.
Pônius respondeu humildemente: "Conhecemos o decreto de Deus
no qual diz para adorarmos somente a Ele." Vários oficiais tentaram
persuadir Pônius a oferecer sacrifício. Ele
permaneceu recusando e finalmente o pmandaram de
volta para a prisão.
Alguns dias mais tarde, trouxeram-no de volta ao templo.
Desta vez Pônius ficou chocado ao ver seu próprio
bispo cedendo finalmente às ameaças e curvando-se perante os deuses.
Mesmo assim, ele não foi contra a verdade. Pônius fez um discurso diante da multidão ali reunida, protestanto contra o tratamento injusto aos cristãos,
alertando sobre o julgamento por vir.
Quando os oficiais tentaram novamente fazê-lo
comprometer-se, ele lhes disse: "Eu gostaria de convencer todos vocês a se
tornarem cristãos."Eles deram grandes risadas.
"Você não pode nos convencer a sermos queimados vivos." Pônius respondeu: "É muito melhor de que serem
queimados quando estiverem mortos."
Alguns que assitiam ficaram
impressionados com a eloqüência de Pônius enfrentando a morte. "Que educação!"
exclamaram. Pônius queria que eles ficassem
impressionados com outra coisa. Então ele lhes disse: "Reconheçam em vez
disso a educação daqueles famintos, mais uma coisa pela qual vocês serão
julgados."
Pônius estava se referindo a um recente desastre na região, ele
esperava que aquele povo se comovesse e olhasse para o Deus vivo em seu
sofrimento.
Os ouvintes não entenderam muito bem aquilo. "Mas você
também passou fome conosco", eles disseram. Pônius
respondeu: "Mas eu tinha esperança em Deus", e manteve aquele esperança até o final. Ele foi crucificado.
Eu acho o testemunho desse homem de grande fé, muito
comovente. A verdade importava a ele mais que sua própria vida. Em vez de
agonizar nos momentos finais da vida, ele alertou aquelas pessoas sobre o
julgamento futuro. Em vez de se revoltar contra seus perseguidores, mostrou a
eles os mandamentos de Deus, testemunhando sobre sua esperança em Deus.
Amigo, quero ser como Pônius no
final. Não quero ser levado pela onda da mentira, da falsidade; quero
permanecer firme e seguro na verdade de Deus. E você? Vamos nos dispor a
manter-nos juntos? Podemos começar agora, decidindo ouvir aquilo que Deus nos
disser, comprometendo-nos com a sagrada verdade de Deus, decidino
dar as costas para qualquer coisa que a Palavra de Deus condena. Essa é a
chave, porque mantendo-se firmes no verdadeiro evangelho de Jesus Cristo,
firmes em sua verdadeira palavra, descobriremos como é...
Cadê o final?
102
POR QUE TANTAS DENOMINAÇÕES?
Pr. George Vandeman
Nos alpes do norte da Itália e ao sul da Suíça encontramos
picos cobertos de neve em sua maravilhosa majestade, vales ricos em verde
regados por límpidos regatos, enormes planícies acarpetadas de perfumadas
flores silvestres e pomares e vinhedos repletos de deliciosos frutos. Esse é um
território de Deus, quase o Céu na Terra. Mas uma coisa trágica aconteceu
nesses alpes há muitos anos. A neve se tornou vermelha de sangue - o sangue do
povo de Deus. Uma história comovente, e ao mesmo tempo inspiradora, nos aguarda.
Além dela, também conhecemos uma fascinante profecia bíblica sobre os
resgatadores da verdade negligenciada. Por que tantas denominações? Você já fez
a si mesmo essa pergunta? A resposta não é difícil de se achar. Faremos uma
pausa no exame das Igrejas individualmente para descobrir uma profecia no
centro do livro de Apocalipse, que acabará com a confusão que muitas pessoas
têm quando diante de tantas e diferentes "estradas para o Céu."
Comecemos o estudo nos alpes onde, há muitos anos, viveu um povo gentil chamado
os Valdenses. Por muitos séculos, eles mantiveram a luz da verdade brilhando no
meio das trevas espirituais. Os Valdenses preservaram a antiga fé entregue aos
santos por Jesus Cristo em pessoa e pelos apóstolos; a fé que havia sido negligenciada
e mal utilizada pelos líderes religiosos. Agora, quero lhe fazer uma pergunta:
a erosão da fé pela Igreja Cristã o surpreende? Afinal, os registros do Velho
Testamento mostram uma ligação contínua com a apostasia. E o Novo Testamento
predisse que a história se repetiria. Mais uma vez, um afastamento constante da
verdade iria corromper a verdadeira fé. Os apóstolos Pedro e Paulo foram
alertados disso. Bem, o livro de Apocalipse também predisse as lutas do povo de
Deus durante a Era Cristã. "E viu-se um grande sinal no céu; uma mulher
vestida do sol, tendo a lua debaixo dos seus pés, e uma coroa de doze estrelas
sobre a sua cabeça. E estava grávida, e com dores de parto, e gritava com
ânsias de dar à luz." Apocalipse 12:1 e 2. Ora, quem é essa mulher? Bem,
na Bíblia, Deus usa muitas vezes o símbolo da mulher para representar a Igreja.
Uma mulher pura representa Seus sinceros seguidores, e uma mulher imoral
representa o cristianismo caído. Portanto, esta mulher pura de Apocalipse 12
deve representar o povo fiel de Deus. E a mulher estava grávida. Logo, uma
criança está sendo atacada. "E viu-se outro sinal no céu, e eis que era um
grande dragão vermelho... e o dragão parou diante da mulher que havia de dar à
luz, para que, dando ela à luz, lhe tragasse o filho." Apocalipse 12:3 e
4. O dragão é Satanás, o inimigo mortal da Igreja. Lembre-se como Satanás,
trabalhando através de Herodes, o Imperador Romano, tentou destruir Cristo
matando todos os bebês do sexo masculino em Belém? Mas o menino Jesus escapou
com Sua mãe, Maria, e José. Você conhece a história.
Depois que Cristo cresceu e começou Seu ministério, o inimigo O atacou com uma
nova estratégia. Ele abordou o Senhor no deserto com várias tentações
ardilosas. Mas Jesus não traiu Sua fé. Enfurecido, Satanás tentou ainda outra
tática. Ele atraiu os líderes religiosos com seus enganos. Assim que obteve o
controle da liderança religiosa da época, o inimigo usou os líderes para
perseguir Jesus. Eles aparentemente venceram Cristo na cruz, mas Ele ressurgiu
vitorioso do túmulo para ascender ao trono de Deus. "E deu (a Igreja) à
luz um Filho, um varão que há de reger todas as nações com vara de ferro; e o
seu Filho foi arrebatado para Deus e para o Seu trono." Apocalipse 12:5. O
diabo ficou totalmente frustrado em seus ataques ao Filho de Deus. Assim,
decidiu voltar-se contra a mulher, a Igreja. Ele atacou o povo de Deus com a
mesma estratégia que havia usado contra Jesus. A história se repetia de uma
maneira incrível. Primeiro, o diabo tentou matar a Igreja iniciante. Ele usou
os líderes romanos como seus agentes, como havia feito contra o menino Jesus.
Mas, apesar da feroz perseguição de Nero e seus sucessores, o cristianismo
sobreviveu e cresceu. Satanás percebeu que não poderia destruir o povo de Deus
pela violência. Assim, o inimigo se aproximou da Igreja com tentações sutis.
Ele pretendia atrair os líderes fazendo concessões em sua fé. Muitos
recusaram-se a ceder, permanecendo fiéis ao Senhor, como Jesus tinha sido
quando tentado. Mas o inimigo conseguiu mais uma vez manipular os líderes
religiosos da época. E, como no tempo de Cristo, a verdade ficou enterrada na
tradição. O povo fiel de Deus, ao recusar participar da apostasia, foi marcado
para morrer, como Jesus tinha sido. A história registra o fato trágico. Você
pode encontrá-la em qualquer biblioteca. Os líderes religiosos martirizaram
milhões de crentes sinceros sem nenhum crime, a não ser o de seguir a Palavra
de Deus. Durante muitos séculos, os santos tiveram que viver escondidos.
"E a mulher fugiu para o deserto, onde já tinha lugar preparado por Deus
para que ali fosse alimentada durante mil duzentos e sessenta dias."
Apocalipse 12:6. Há uma profecia de tempo, um período de perseguição durando
1.260 dias. Esses dias são literais ou simbólicos? É bom lembrar que o livro de
Apocalipse lida com símbolos. Lembre-se também que a perseguição durou muitos
séculos, muito mais que os 1.260. Mas na profecia simbólica, um dia representa
um ano. Por isso, provavelmente sejam 1.260 anos. Isso é o que os reformadores
ensinaram. Martinho Lutero e outros acreditavam que esse período
de tempo representava 1.260 anos de opressão sobre a Igreja na Idade
Média. A história confirma isso. No século seis, a Igreja foi influenciada pelo
Imperador Justiniano ao expedir um decreto retirando toda a proteção aos
hereges, como eram chamados os fiéis seguidores de Deus. Essa perseguição tinha
atingido uma fúria incontrolável em 538 d.C. Somando 1260 anos com 538 isso nos
leva a um pouco antes da nossa época: o ano de 1798. Exatamente nesse ano,
Napoleão interrompeu o poder que vinha oprimindo os fiéis. Assim durante os
séculos negros, como a profecia de Apocalipse (Apocalipse 16:23) predisse, o
povo de Deus foi para os esconderijos. As montanhas dos alpes e de outros
lugares remotos da Terra a protegeram a Igreja. Ela sobreviveu. Embora tenha
ficado bem fraca, às vezes, a luz da verdade jamais se apagou por completo. Os
Valdenses adoravam a Deus em uma capela secreta chamada "Chiesa de La Tanna", que quer dizer "Igreja da Terra". Só
se consegue descer o túnel rochoso que leva ao salão de reuniões da Igreja
apoiando-se nas mãos e nos joelhos. Nessa mesma caverna, camuflada pela
Natureza, os Valdenses por muitos anos adoraram a Deus. Mas chegou finalmente o
dia em que um grupo deles foi cercado por soldados que fizeram uma fogueira na
abertura. O oxigênio foi consumido e os Valdenses cantaram louvores a Deus até
deixarem de respirar. Estavam felizes por darem a vida em vez de renunciar à
fé. Ninguém sabe quantos crentes verdadeiros derramaram seu sangue durante o
longo exílio da Igreja no deserto. Mas, assim como Deus cuidou do Seu Filho,
Ele também preservou Seu povo. E como Jesus saiu do túmulo vitorioso, a igreja
finalmente emergiu de sua hibernação no deserto. A palavra Igreja, aqui, não significa
Denominação Luterana, a Denominação Batista ou a Denominação Adventista. No
Novo Testamento, a palavra Igreja, do termo grego Ecklesia,
quer dizer simplesmente "os escolhidos". Você gostaria de ser um dos
escolhidos de Deus? Suponhamos que você esteja em pé ao lado de uma colina
vendo uma enorme planície numa extensão de quilômetros. Você nota uma estrada
de ferro cruzando a planície e desaparecendo em um túnel. De repente, você ouve
o som de um trem se aproximando. Uma enorme locomotiva antiga com dois vagões
de passageiros passa velozmente. Agora, se a locomotiva, com seus belos vagões,
desaparece num lado do tunel, você não esperaria que
a mesma locomotiva, com os mesmos vagões, saísse do outro lado? É claro que
sim. E se a locomotiva, com os dois belos vagões de passageiros, entrar por um
lado da montanha, e do outro lado sair um trem diesel moderno puxando vários
vagões? Você ia dizer: "Aconteceu algo com o trem dentro do túnel." E
você estaria certo. Vamos esquecer os trens por um momento e imaginar que a
verdadeira Igreja começasse a seguir o caminho do tempo no início da Era
Cristã. Visualize a Igreja de Apocalipse 12 com sua fé pura viajando pelos
séculos. E ali pelo ano 538 tornou-se necessário, a fim de preservar sua fé,
que ela se escondesse. Por isso, ela desaparece no túnel do deserto por mais de
mil anos. Você não esperaria que a mesma Igreja emergisse do túnel do deserto
ensinando a mesma mensagem que os primeiros cristãos ensinaram? E se do túnel
não saísse uma Igreja, mas muitas igrejas, muitas denominações diferentes? Você
diria que alguma coisa devia ter acontecido dentro do túnel e você estaria
certo. A história da Igreja revela que algo perturbador aconteceu durante a
Idade Média. A verdade sofreu, se fragmentou mas
sobreviveu. Temos notado como Deus interveio para restaurar a verdade
negligenciada, parte por parte. Como Ele levantou reformadores, um por um, para
trazer de volta a verdade que tinha sido esquecida durante os longos séculos no
deserto. Martinho Lutero apareceu em cena para restaurar a pulsação do
cristianismo. E a Reforma começou e mas ela só
terminou no século 16. A luz apenas começava a surgir no deserto do túnel.
Francamente, poderíamos esperar que todas as verdades escondidas por tanto
tempo poderiam ser recuperadas de imediato? Não, provavelmente não. Lutero
redescobriu que o perdão vem pela fé somente em Jesus Cristo. E assim temos a
Igreja Luterana. Mas a importância de algumas outras verdades não foi vista
claramente por Lutero. Algumas dessas verdades negligenciadas vieram depois,
como o Batismo por imersão, que foi recuperado pelos Anabatistas. Os
Anabatistas se aproximaram dos grandes estudiosos protestantes e tentaram
convencê-los a aceitar essa nova luz, mas eles não aceitaram. Assim, nasceu a
Igreja Batista. E, quando outras verdades vieram através de Wesley, as Igrejas
estabelecidas as recusaram. Isso fez nascer os Metodistas. A história continua
assim. É a triste tendência humana de confiar no passado, traçar um círculo em
torno das crenças e chamá-las de credo. Esses credos originais ajudaram a
reinstalar os alicerces do Cristianismo. Mas eles não fizeram provisão para a
luz futura. Por isso, temos tantas denominações hoje. "Mas a vereda dos
justos é como a luz da aurora que vai brilhando mais e mais até ser dia
perfeito." Provérbios 4:18. Você pode ver o que Deus está tentando fazer
com o Seu povo? Ele quer preservar cada raio de luz que cada reformador guardou
tão cuidadosamente, acrescentando a ele novas verdades descobertas que também
haviam se perdido através dos séculos. Ele quer apresentar essa mensagem em
toda a sua beleza original ao mundo tão desesperadamente necessitado. E isso
vem acontecendo. Lenta, mas seguramente, as verdades escondidas na confusão da
Idade Média estão surgindo. Conforme as verdades adicionais são recuperadas,
outros movimentos têm passado a existir; cada um liderando nova luz
redescoberta. Vamos agora ler Apocalipse 12:17: "E o dragão (Satanás)
irou-se contra a mulher (a igreja), e foi fazer guerra ao resto da sua semente,
os que guardam os mandamentos de Deus, e têm o testemunho de Jesus
Cristo." Temos uma descrição do último dia do povo de Deus. Lembre-se, não
estamos falando especificamente sobre denominações, mas sobre o povo de Deus.
Você notou quais são as marcas gêmeas? Guardar os mandamentos de Deus e a fé em
Cristo. Os Dez Mandamentos poderão conter alguma verdade negligenciada? Não. E
quanto ao quarto mandamento? Ele não é uma verdade muito negligenciada? Você já
notou que o quarto mandamento, o que trata do sábado, é diferente dos outros?
Nove dos mandamentos nos dizem o que devemos fazer para Deus e para o nosso
próximo. Mas o mandamento do sábado nos diz o que Deus fez por nós. Ele nos
convida a partilhar do descanso merecido por Deus por Sua obra. "Lembra-te
do dia do sábado, para o santificar. Seis dias trabalharás, e farás toda a tua
obra, mas o sétimo dia é o sábado do Senhor teu Deus; não farás nenhuma obra...
porque em seis dias fez o Senhor os céus e a terra... e ao sétimo dia
descansou; portanto abençoou o Senhor o dia do sábado, e o santificou."
Êxodo 20:8-ll. O sétimo dia, o sábado, nos convida a celebrar a obra de Deus
como nosso Criador. E há uma outra razão por que adoramos a Deus, uma outra
razão para santificarmos o sétimo dia. Vamos reverentemente até o calvário. É
tarde de sexta-feira, perto da hora de saudar o sábado. Jesus, pendurado na
cruz, relembra tudo o que fez por nossa salvação. Agonizando, Ele proclama:
"Está Consumado!" Missão cumprida! Humanidade redimida. Outra vez,
Jesus descansa no sábado em homenagem à Sua obra terminada, exatamente como fez
após a criação. Só que dessa vez, descansa no túmulo. E, depois do descanso do
sábado, Cristo levanta e se eleva ao o trono dos Céus.
A idéia de adorar no sábado, o sétimo dia, pode ser
nova para você. Ou você pode ter ouvido dizer que a guarda do sábado é
legalista. Porém, nada poderia estar mais longe da verdade. A palavra sábado
quer dizer descanso. É o oposto de trabalho. Cada semana, o sábado nos diz para
nos afastarmos das obras humanas e descansar nas obras de Deus por nós. E isso
é o Evangelho! Sem o descanso do sábado, a obediência à lei de Deus se torna
legalista. Jamais esqueça disso: não somos salvos por guardar a lei de Deus.
Somos salvos por descansarmos em Cristo. Isso é o Evangelho! E é também a
mensagem do sábado. Entre os deveres essenciais esboçados na lei, o sábado nos
oferece descanso nas obras de Cristo por nós. Agora entendemos por que Jesus
proclamou-Se "Senhor do Sábado". Mostramos fé em Jesus, nosso Criador
e Redentor, descansando no sétimo dia. Então já que o sétimo dia, que chamamos
de sábado, é o dia de culto do Senhor, por que muitos cristãos guardam o
primeiro dia da semana, o domingo? Bem, você sabe que a Igreja da Idade Média,
sem autorização das Escrituras, assumiu a responsabilidade de mudar o sábado
para o domingo. Por volta do século 16, alguns cristãos fiéis ainda guardavam o
sétimo dia. Um grupo de Anabatistas, por exemplo, observava o sábado, apesar da
feroz perseguição. Mas, finalmente, a verdade negligenciada e quase esquecida
sobre o sábado, o sétimo dia, foi recuperada. Desde o século 19, milhões de
cristãos ao redor do mundo têm começado a adorar no sábado da Bíblia. Que
herança Deus tem para nós hoje? Destacando as verdades vitais recapturadas
pelos grandes reformadores e nos gloriosos momentos finais da Reforma, ainda
redescobrimos verdades. Não devíamos todos continuar avançando em direção da
luz? Que desafio para o cristão! E agora, quando nos aproximamos do final,
quero contar uma linda história que ocorreu não faz muito tempo. Um menino
apascentava as ovelhas do pai. Não muito distante dali, naquele vale, um garoto
vizinho apascentava as ovelhas do seu pai. Bem, os garotos ficaram muito
amigos. Um dia, uma forte tempestade chegou de repente, e os garotos com suas
ovelhas se refugiaram em uma grande caverna. Quando a tempestade passou e era
hora de eles irem para casa, surgiu um problema. Eles não conseguiam separar as
ovelhas. Eles conheciam algumas, mas tinham dúvida sobre outras. Finalmente,
desesperados, com medo de apanhar de seus pais, eles foram para casa. Um seguiu
por uma trilha e outro por outra. E o que você acha que aconteceu? Sim, as
ovelhas se separaram sozinhas, cada uma seguindo seu próprio pastor. Você é uma
das ovelhas de Cristo? Você é se O seguir quando Ele revela a verdade em Sua
palavra, seja qual for essa verdade. E você pode tomar essa decisão perante o
Senhor agora mesmo.
ORAÇÃO Querido Deus, obrigado por revelar provas de um
grande designo, introduzindo-nos aos estágios finais do grande conflito entre
Cristo e Satanás, no qual Jesus e sua verdade serão vitoriosos. Temos buscado
em companhia de crentes de diversas religiões, as verdades esquecidas, a fim de
estarmos preparados para aquele dia final. Nós agradecemos pelo
que temos aprendido e fazemos de Jesus o nosso Salvador através de uma decisão
pessoal agora mesmo. Em nome de Jesus nós pedimos. Amém
104
EM BUSCA DA SAÚDE TOTAL
Pr. George Vandeman
O mundo médico hoje está dividido em dois e às vezes em
três campos antagônicos. Aqueles que defendem o tratamento médico tradicional
puro e simples contra os que advogam as alternativas chamadas
"holísticas". É a terapia padrão versos os remédios de ervas;
tecnologia versos "volta à natureza". Um grupo insiste que os
remédios devem curar o corpo o outro insiste que devemos permitir ao corpo
curar-se a si mesmo. Os médicos tradicionais afirmam que a medicina alternativa
apresenta muitas dúvidas ao advogar todos os tipos concebíveis de cura
milagrosa. Os médicos holísticos garantem que aqueles tratamentos padrões como
a quimioterapia e a radiação são tão traumáticos para o corpo quanto as doenças
que eles combatem. E assim o público se vê preso entre... o medo dos remédios
tradicionais com seus terríveis efeitos colaterais e a preocupação também com
os remédios alternativos e seus efeitos desconhecidos. Ficamos desta forma em
busca da resposta de uma pergunta muito importante... Qual é o melhor remédio?
Todos nós queremos conseguir um bom médico... Especialmente nesta época de
tantas escolhas conflitantes. E todos nós, algum dia, temos que decidir qual é
o "melhor remédio". Muitas vozes diferentes respondem hoje quando
perguntamos "como posso obter a saúde total?" E muitas vezes parece,
que temos que escolher entre drogas eficazes, mas perigosas e remédios naturais
inofensivos mas ineficazes. Eu gostaria de sugerir uma
alternativa. É uma incrível nova descoberta para o combate do câncer: o
acelerador de raios próton do Centro Médico da Universidade Loma Linda. Mas
primeiro uma informação. Essa alternativa vem até nós de modo surpreendente. Em
Battle Creek, Michigan, nos meado
de mil e oitocentos teve início o Movimento Adventista de Saúde no Sanatório de
Battle Creek. Os princípios da reforma adventista de
saúde foram lançados por uma consagrada líder da igreja chamada Ellen White. Em
Battle Creek estes princípios foram integrados no
tratamento médico profissional. O maior responsável por isto foi o doutor John
Harvey Kellog, o lendário médico superintendente da instituição. O doutor
Kellogg a chamou originalmente de "Sanatório Médico e Cirúrgico Battle Creek" porque ele queria identificá-lo como um
lugar onde deveriam ser tomadas precauções sanitárias para impedir o
crescimento e a expansão de germes. Isto foi em 1877, o ano em que Louis
Pasteur apresentou sua teoria sobre vírus para a Academia Francesa de Ciências.
Os hospitais da época eram considerados como lugares onde
as pessoas iam para morrer... E tal opinião em geral estava certa. Mas o doutor
Kellogg queria que este sanatório fosse um lugar onde as "pessoas
aprendessem a ficar boas. " Durante seus primeiros 10 anos de
funcionamento, o sanatório atendeu a dois mil pacientes. Destes, morreram 10, uma
média de um por ano. Este recorde foi tão notável para a época que a
instituição passou a ter destaque nacional. E finalmente, próximo do final
desse período de dez anos, a profissão médica em geral foi persuadida pelas
pesquisas que as medidas sanitárias, tal como lavar as mãos antes das
cirurgias, poderiam salvar vidas. A instituição Battle
Creek expandiu-se rapidamente até tornar-se a maior instituição do gênero no
mundo. Ela também adquiriu a reputação de ser a mais científica, devido à
técnica e ao equipamento que usava. A equipe empregava medicamentos, quando
necessários, mas dava ênfase aos remédios naturais, a mudanças de estilo de
vida e a uma dieta inteligente. Grandes esforços foram feitos para ensinar aos
pacientes como prevenir doenças e preservar a saúde. O doutor Kellogg via o
sanatório como uma instituição educacional tanto como um hospital, chamando-a
de "Universidade da Saúde". Bem, Kellogg uma vez disse a outro médico
como o sanatório Battle Creek conseguia ficar cinco
anos a frente de todos os demais profissionais de
saúde. Se alguma coisa nova fosse defendida, ele disse, ele a adotaria
instantaneamente se parecesse consistente com os escritos de Ellen White sobre
saúde. Quando os outros médicos finalmente aceitavam o conceito, após observar
o modo do sanatório agir, Kellogg já estava com cinco anos de vantagem. Por
outro lado, ele rejeitava qualquer novidade médica se não estivesse de acordo
com o que Ellen White aconselhava. Quando outros médicos descobriam finalmente
o seu erro, perguntavam por que Kellogg não havia se deixado levar como eles.
Vinham pessoas do país inteiro e de todo o mundo, para se beneficiar desse
lugar especial de cura. Hóspedes e pacientes, inclusive John D. Rockefeller,
Henry Ford, o presidente William Howard Taft, o
secretário de estado William Jennings Bryan, Thomas Edison, Luther Burbank,
Billy Sunday e Amelia Earhart. O almirante Richard
Byrd veio consultar-se com o dr. Kellogg sobre sua dieta antes de fazer suas
duas grandes expedições aos Polos Norte e Sul. O campeão olímpico de natação,
Johnny Weismuller, veio ao sanatório para inaugurar
uma nova piscina. Depois de começar a seguir uma dieta vegetariana recomendada
pelo dr. Kellogg, Weissmuler quebrou seu recorde
anterior dos 300 metros. Um recorde que ele havia tentado quebrar sem sucesso
durante vários anos. O sanatório Battle Creek não só
hospedou gente famosa, mas também realizou algumas descobertas notáveis. Um dia
o doutor Kellogg encontrou um funcionário da cozinha conversando com a namorada
em vez de vigiar os amendoins que estavam assando. Os amendoins se queimaram.
Kellogg repreendeu o rapaz e disse que ele ia ter que pagar os amendoins. Bem,
o rapaz foi para casa zangado, levando um saquinho cheio de amendoins
queimados. Assim que entrou em casa um dos amendoins caiu no chão. Ele estava
tão aborrecido que pegou um martelo próximo e o esmagou. Em vez de
fragmentar-se, o amendoim transformou-se numa pasta de aparência estranha.
Surpreso, o rapaz resolveu esmagar mais alguns amendoins, aí recolheu a pasta
em um pires e voltou para o sanatório. Ele esperou diante da porta do doutor
Kellogg até que ele saísse rapidamente para uma cirurgia. O rapaz estendeu o
prato para a inspeção de Kellogg. "O que é isso?" ele perguntou. O
rapaz respondeu, "manteiga de amendoim". Kellogg provou um pouco com
o dedo e gostou. Aí ordenou: "leve para a cozinha. Eu lhe darei cinqüenta dólares por esse prato". Depois disso, a
manteiga de amendoim passou a ser feita e vendida na cidade de Battle Creek sob a orientação de Kellogg. Em outra ocasião
uma paciente quebrou a sua dentadura com um pedaço de pão duro e seco chamado zwieback. O pão era para lhe fazer bem, mas obviamente era
duro de comer. Kellogg começou a pensar: "Que tal desenvolver um cereal
saudável pré-cozido?" Ele passou muitas horas misturando massa de centeio
de diversas maneiras e em seguida assando-as. Eventualmente ele acabou
inventando os flocos de milho e mistura de cereais... Foi assim que se iniciou
a indústria de cereal para o café da manhã na América. Foi seu irmão, W.K.
Kellogg, que a transformou em um negócio internacional. O doutor Kellog também
trabalhou na preparação de um cereal desenvolvido pelo reformador da saúde, Dr.
Jackson, que foi chamado de "granola". Kellogg modificou o cereal, o
tornou bem mais agradável, e ele se tornou "granola", um alimento
matinal gostoso que tem se tornado popular nos últimos anos entre os fãs da
comida natural. Portanto, de um modo notável, nós temos que agradecer ao Dr.
Kellogg e aos adventistas do movimento pela saúde pela manteiga de amendoim, os
flocos de milho e a granola. Mais importante que tudo é que este movimento tem
dado ao mundo uma visão singular da cura, unindo a volta à natureza e as
recentes descobertas científicas. A história completa do Sanatório Battle Creek e do Movimento Adventista de Saúde pode ser
vista como uma trajetória em busca da excelência tanto na saúde como na
educação. Sempre visando o bem estar do próximo, as
instituições têm operado grandes milagres. Algumas vezes em transplante de
coração em bebês, outras no tratamento do câncer, como é o caso do acelerador
dos raios próton. Desde o seu princípio em Battle
Creek, o Movimento Adventista de Saúde tem se espalhado pelo mundo todo. Hoje
ele alcança 68 países através de 530 instituições médicas...de clínicas na
África, onde as pessoas carecem de cuidados médicos básicos, a grandes
hospitais totalmente equipados em lugares como Hong Kong, Tóquio, Sydney e Copenhaguen. Mas aqueles primeiros ideais do Sanatório Battle Creek não desapareceram. Os conselhos únicos de
Ellen White continuam a inspirar homens e mulheres no aperfeiçoamento da
medicina preventiva. Um dos exemplos é o Centro de Educação Pró-Saúde em
Bakersfield, Califórnia. O centro foi fundado por um grupo de médicos
adventistas do sétimo dia que crêem que os princípios
bíblicos podem ser combinados com as informações científicas atualizadas para
criar um programa para a saúde total. O doutor Scharfeenberg
é uma grande autoridade no campo da nutrição e da medicina preventiva. As
pessoas que passam por ele, ouvem a última evidência científica sobre o
assunto. Este homem também se dedica em mostrar como as verdades da Bíblia são
um componente chave na obtenção da saúde total. Porque essas verdades são uma
forte tradição na busca dos princípios de Deus para o viver saudável na igreja
adventista, seus membros tem obtido o que agora é
chamado de vantagem adventista. Estudos do governo americano tem mostrado que
os adventistas do sétimo dia vivem de sete a nove anos a mais do que a
população em geral. Trata-se de uma notável extensão da quantidade e qualidade
da vida. Na Universidade Loma Linda um outro tipo de vantagem adventista vem
chamando a atenção do mundo. Esta se relaciona com a cura do câncer. Embora
enfatizem a medicina preventiva, os adventistas não têm negligenciado o outro
lado da cura...A cura de doenças traumáticas. Já existe uma máquina médica que
promete revolucionar o tratamento dos tumores que ameaçam a vida. Ela é
encontrada no setor de terapia próton do Centro Médico da Universidade Loma Linda.
O Dr. James Slater, diretor médico nos disse que o tratamento do primeiro
paciente acontecerá em breve e será a primeira vez no mundo que será possível
mover os raios próton ao redor do paciente enquanto ele fica deitado aqui em
uma maca. O raio será movimentado a uma posição em particular, e assim o
paciente será tratado. A ansiedade para ver isto acontecer é grande. Afinal,
eles têm trabalhado para isto nos últimos 20 anos. A revolução neste tratamento
é que ele é um tipo diferente de radiação daquele que geralmente é usado.
Normalmente, os raios x, os raios elétrons são usados para tratar os pacientes
com câncer. Neste tratamento eles usarão prótons, que são o núcleo do átomo de
hidrogênio. Eles são acelerados para atingirem energias muito altas como na
faixa de 250 milhões de elétrons volts e são focalizados precisamente no câncer
do paciente. Estes raios ficarão ligados de 60 segundos a dois minutos. Depois
disso o paciente já pode sair andando e ir trabalhar. Esta tarefa foi elaborada
simplesmente por uma questão de necessidade. No exame de pacientes que estavam
sendo tratados pelos métodos convencionais se percebiam efeitos colaterais
muito graves. Isso era muito triste com. Felizmente foi descoberto que pela
física das características de absorção do próton, seria possível fazer coisa
bem melhor com essa técnica. É um tratamento sem dor por causa da precisão dos
prótons. Acontece que os prótons podem ser colocados no paciente com precisão,
onde são necessários, em um volume tridimensional. Apenas ocorrem bem poucos
danos nos tecidos normais ao redor e é isso que causa o mínimo de efeitos
colaterais no paciente, que de fato são efeitos bem menores. Podem ser tratados
cerca de 100 pacientes por dia num período de 12 horas. Ainda não há meios
tratar a leucemia e nem cânceres similares porque eles não podem ser
localizados em um lugar específico do corpo. Já que eles se espalham para
múltiplos lugares têm que ser tratados pelos métodos convencionais. O processo
dos raios do acelerador próton começa com o gás de hidrogênio. Ele é colocado
em uma câmara íon onde são colocados também trinta mil volts de energia para
remover os elétrons, deixando os prótons livres para seguir em direção do
acelerador. O acelerador do segundo estágio os recolhe e eleva a energia acima
de dois milhões de volts de energia. Daí o raio é guiado através de um tubo a
vácuo para o grande anel acelerador que é uma série de oito grandes eletroímãs
que fazem o raio se dobrar num padrão circular de cerca de seis metros de
diâmetro. Nesse padrão circular há um mecanismo que usamos para acelerar os
prótons, uma pequena câmara de cobre. Isto eleva a energia dos prótons ao nível
que precisamos para penetrar até a profundidade apropriada no paciente. Assim,
quando os prótons deixam o acelerador eles descem os corredores num tubo a
vácuo com cerca de dez centímetros de diâmetro, focalizado por estes grandes eletroimãs, eles contornam a curva e entram nesta sala. Em
seguida eles entram direto no centro deste guindaste. Os ímãs então dobrarão o
raio próton, e sobem até o andar superior, contornam e descem até atingirem um
bico, um mecanismo complexo que pega o raio e o focaliza de modo preciso no
tumor do paciente. Hoje, este projeto está bem maior do que todos nós. Espero e
oro para que isto seja uma conquista que se espalhe pelo mundo inteiro.
Cientistas e físicos de todos os cantos do mundo tem vindo observá-lo há algum
tempo. E também espero que de algum modo, o uso
balanceado dos remédios, a tradição que o Centro Médico Loma Linda representa,
também tenha um impacto maior ainda no futuro. Há uma fé por baixo de todos
esses empreendimentos, uma fé no interesse vital de Deus na saúde física do
homem, e uma crença de que nossa saúde física e espiritual estão unidas entre
si. Os adventistas agradecem a Deus por Ele ter nos dado princípios que podem
ajudar a prevenir doenças e manter nosso bem estar. E também agradecemos a Deus por Ele ter dado ao homem a
mente e a capacidade para criar terapias, como a do acelerador próton, que
podem ajudar no processo de cura. O mesmo Deus que nos dá princípios para
permanecermos saudáveis também nos mostra como obter o bem
estar espiritual. O mesmo Deus que criou prótons capazes de destruir um
tumor com precisão, também criou um raio do perdão, meu amigo, que pode destruir
o câncer do pecado. A vantagem adventista na verdade centraliza-se ao redor da
fé em um Deus deste tipo. Ele tem soluções para nossos problemas; Ele pode
atender as nossas necessidades. Você quer saber como o salmista descreveu o
sempre fiel Deus do céu? O salmo 145, versículo 16 diz: "Abres a tua mão,
e satisfazes o desejo de todos os viventes". Creio em um Deus que está
profundamente envolvido na vida de cada um de nós. Creio que Ele nos deu os
princípios salvadores na sua palavra. O salmista diz outra coisa muito bonita
em Salmos 119 versículo 105: "Lâmpada para os meus pés é a tua palavra, e
luz para o meu caminho". Nós todos fomos deixados tateando na escuridão
deste mundo de calamidades. Deus sempre nos mostra uma saída. Você tem esta confiança
hoje? Você crê em um Deus de soluções? Eu sugiro que você confie na capacidade
Dele de satisfazer, na capacidade Dele de derramar luz sobre o seu caminho
105
CURANDO COM AMOR
Pr. George Vandeman
Conheço uma fascinante história de dois médicos
extraordinários. Um deles foi pioneiro no território da China, na época em que
a imperatriz Dowager forçava os chineses a usarem
longos rabichos em sinal de submissão. Seu nome era Miller, e ele trouxe a cura
aos milhões de necessitados na Ásia. O outro pioneiro, no campo da moderna
medicina, foi Bailey. Ele foi um líder no campo da
cirurgia pediátrica do coração ao trazer para os pequenos corações a cura que
os outros médicos não acreditaram ser possível. Os doutores Miller e Bailey, distanciados geograficamente e a meio século um do
outro, estavam unidos por uma visão única do ministério médico. O mundo médico
hoje está cada vez mais dominado por questões difíceis, questões dolorosas que
alteram significativamente nossa definição da vida, ao ponto mais sagrado dela.
Quando é que podemos desligar os sistemas que mantêm com vida os pacientes
terminais? Os bebês no útero, declarados gravemente deficientes através dos
ultramodernos equipamentos de diagnóstico devem ser abortados? Os tecidos de um
feto abortado devem ser usados para finalidades médicas? Neste ambiente
torna-se cada vez mais difícil traçar a linha entre a vida e a morte. É cada
vez mais difícil dizer quando estamos brincando de ser Deus com a vida de
alguém quando não estamos. Às vezes estas perguntas complicadas podem
obscurecer nosso ideal básico como seres humanos que é cuidarmos uns dos
outros. Assim, é confortador, encontrar pessoas que se preocupam... de maneiras
extraordinárias, pessoas que se dedicam a curar o próximo. E os homens citados
são exemplos notáveis. Quando o Dr. Harry Miller, um cirurgião adventista do
sétimo dia, navegou para a China em 1903, tinha o sonho de construir hospitais
e levar o ministério de Cristo da cura a todos naquele país... Tanto ao pobre
quanto ao rico. Logo após chegar, ele começou a estabelecer uma rede de
sanatórios para o incontável povo da China sem tratamento médico adequado. E
assim, desde o início ele tratou de pessoas pobres, na esperança de que a generosidade
dos clientes ricos mantivesse o seu trabalho. Miler
não tinha grandes recursos financeiros para ajudá-lo, e as necessidades na
China eram muito grandes. Mas este médico confiava inteiramente na capacidade
de Deus em gerar recursos... E ele viu sua obra progredir providencialmente. Um
dos pacientes mais famosos de Miller em l940 era um homem chamado de "O
Jovem Marechal da República Chinesa", chefe dos exércitos da China,
governador da Manchúria. Este comandante havia se tornado dependente do ópio e
seu problema ameaçava a estabilidade do país. Assim ele se colocou sob os
cuidados de Miller no sanatório adventista em Changai.
Foi uma luta difícil, mas Miller conseguiu livrar o comandante do ópio. Após
isso o homem quis mostrar sua gratidão de um modo especial e chamou o médico
até seu quarto do hospital. "Dr. Miller," ele disse, "eu paguei
por tudo o que o sanatório fez por mim. Agora quero fazer alguma coisa pelo
senhor." Então entregou um envelope a Miller e lhe disse: "compre um
avião ou uma casa para o senhor". Ao abrir o envelope mais tarde, Miller
ficou surpreso ao encontrar um cheque no valor de cinqüenta
mil dólares. Em 1940 era muito dinheiro. Ele poderia facilmente considerar tal
presente como um prêmio por todos os anos de sacrifício e luta pelo povo da
China. Em vez disso, ele viu outra coisa... Seus dedicados colegas, outros
médicos e enfermeiras também curando com amor os necessitados da China. E
assim, após falar a respeito com Marie, sua esposa, Miller depositou o dinheiro
no banco para um hospital muito necessitado no território noroeste da China.
Esse era o modo de Miller agir. Seus amigos mais íntimos calcularam uma vez que
ele havia destinado dois milhões e meio de dólares de salários em doações para
a igreja. Alguns anos atrás tive a oportunidade de ver pessoalmente a
generosidade do doutor Miller. Quando Nellie e eu
estávamos nos mudando para Takoma Park, Maryland,
isso fica no subúrbio de Washington, D.C. O doutor Miller nos vendeu sua casa
ali. Mais tarde eu soube que cada dólar que ele apurou da venda foi destinado
ao apoio da obra médica na China. Eventualmente Miller prosseguiu e estabeleceu
grande reputação na cirurgia inovadora, mas a coisa mais notável que ele
manteve foi um grande interesse pela outra faceta da profissão: a medicina
preventiva. Através de década de trabalho entre os enfermos e pobres famintos
do oriente, ele pesquisou novos meios de prevenir doenças e de alimentar os
famintos. Foi isso que o levou a fazer experiências com a soja. Ele acreditava
que esse alimento versátil e nutricionalmente rico poderia ser a chave para
alimentar o mundo faminto. Miller viu que as mamães chinesas estavam perdendo
milhares de bebês todos os anos devido às alergias e deficiências nutritivas.
Muitas vezes as mães tinham pouco ou nenhum leite materno para alimentar sua
criança. Assim Miller começou a pensar... e a sonhar. E se pudéssemos
desenvolver um leite de soja com muita proteína? Ele começou a estudar o modo
como os chineses faziam o tofu e outros produtos da soja. Após anos de trabalho,
o cirurgião-pesquisador desenvolveu finalmente um processo de cozimento a
vapor, separando o óleo do líquido que resultou em um leite de soja que até os
bebês apreciavam. Após dispensar grandes esforços complementares, Miller
convenceu vários médicos a testar leite de soja nos bebês doentes que eram
alérgicos ao leite comum. Os resultados foram bastante encorajadores. E assim
nasceu o soyalac, um produto que tem salvado
incontáveis vidas de bebês na América e em todo o mundo. Mesmo no meio de uma
cozinha enfumaçada, trabalhando em um outro experimento com soja, Miller
continuava curando com amor, buscando salvar vidas. De volta aos Estados
Unidos, durante a primeira guerra mundial, o doutor Miller atuou como cirurgião
no sanatório em Washington, uma outra instituição adventista. Naquela época, a
operação da tireóide era muito perigosa e tinha um
índice de mortalidade de 50%. Mas Miller conseguia uma série de sucessos
notáveis. Sua primeiras 24 tireoidectomias
foram perfeitas. Isso teve um significado especial para mim. Minha própria mãe
foi um desses 24 pacientes agradecidos. Miller não apenas tinha uma grande
técnica como cirurgião, mas ele também criou um sistema de hidroterapia pós operatório, usando bolsas de água fria e compressas, que
também ajudaram a salvar muitas vidas. O índice de mortalidade de seus
pacientes de tireóide era de apenas quatro por cento.
Cirurgiões de todo o país vinham para estudar as técnicas de Miller. O doutor
Miller tornou-se uma das maiores autoridades mundiais da cirurgia do bócio.
Mas, apesar de amplamente aclamado por sua perícia como cirurgião, Miller
jamais se esqueceu de sua parceria com Cristo no ministério da cura. A oração
permaneceu como uma parte vital em seu trabalho com os pacientes. Certa vez, um
destacado líder da comunidade foi encaminhado a Miller para operação do cólo. O homem pareceu especialmente ansioso para a
operação. "Quando podemos operar?" Ele perguntou. Miller respondeu:
"acho que podemos prepará-lo hoje e operá-lo amanhã." "Isso é
ótimo. Quanto mais rápido melhor", o homem replicou, sorrindo. Mas
geralmente Miller tinha que passar um bom tempo tentando convencer os pacientes
a se submeterem a uma operação desse tipo. Naquela época a operação do colo era
considerada muito perigosa e Miller nunca tinha visto ninguém reagir de modo
tão entusiasmado à orientação médica. A operação ocorreu no dia seguinte. A
recuperação do paciente foi excelente e ele pôde rapidamente voltar ao seu
trabalho. Algum tempo depois ele passou pelo consultório de Miller e disse:
"doutor, lembra-se quando me aconselhou a cirurgia e eu lhe disse para
fazê-la o quanto antes?" Sim, Miller lembrava-se muito bem. O homem então
explicou a razão. Ele vinha sofrendo de uma depressão tão forte na ocasião, que
havia decidido cometer suicídio. Ele havia tentado pular de uma janela, mas
perdeu a coragem no último instante. E também não quis
destruir sua família. Mas aí Miller mostrou a ele um raio x com sua doença do
colo e disse que iria ter que remover grande parte dele. O homem concluiu que
esta talvez fosse a saída perfeita. Ele não achava que sobreviveria à cirurgia
e que não acordar da anestesia seria o meio mais fácil de morrer. Essa foi a
razão dele ter concordado tão prontamente. Mas quando o paciente foi colocado
na mesa de operação e preparado para a anestesia, Miller inclinou a cabeça e
orou sinceramente por ele, algo aconteceu... Aquele homem não estava preparado
para ver um médico pedir a presença e a assistência de Deus durante a perigosa
operação e justamente isso causou um grande impacto no paciente. Ele disse
alegremente a Miller que sua oração havia sido atendida de diversas maneiras.
"Sou um novo homem", ele disse, "cheio de coragem e
esperança." Harry Miller tinha sido treinado em uma tradição médica muito
singular no sanatório de Battle Creek, aquela
instituição que abriu caminho para a abordagem adventista à saúde. Ele
orientou-se como estudante de medicina na verdade de que Deus se preocupa com
cada parte da vida humana: mental, emocional, física e espiritual. E ele aprendeu
que o homem é um todo como ser humano, e requer também a cura como um ser
humano completo. Uma das pioneiras adventistas, Ellen White, a quem Miller
considerava uma inspiração para sua prática da medicina, colocou muito bem
quando escreveu: "no ministério da cura, o médico tem de ser um cooperador
de Cristo... Ele se deve unir a Cristo no aliviar tanto as necessidades físicas
como as espirituais de seus semelhantes. Cumpre-lhe ser para o enfermo um
mensageiro de misericórdia, levando-lhe um remédio ao corpo doente e à alma
enferma de pecado. Cristo é a verdadeira cabeça da profissão médica." Foi
isso que tornou Harry Miller e milhares de outros como ele médicos tão
especiais. Ele viu a Cristo como a cabeça da sua profissão; que curava com
amor. Bem distante da China de Miller e décadas após, um outro médico nesta
mesma tradição encontrou o seu chamado especial. Um cirurgião residente,
adventista do sétimo dia, Leonard Bailey, participava
de uma conferência numa tarde de segunda-feira no hospital para crianças
enfermas em Toronto. Muitas crianças e bebês com problemas cardíacos eram
encaminhadas para esse hospital. E naquele dia os médicos estavam discutindo a
respeito de um caso de síndrome hipoplástica de
coração esquerdo, um problema no qual o lado esquerdo do coração do bebê não se
desenvolve. Os médicos ouviam e concordavam enquanto o caso era apresentado.
Eles sabiam que nada poderia ser feito pelo bebê; ele teria que ser mandado
para casa para morrer. No momento de silêncio que se seguiu a esse triste
prognóstico, uma voz surgiu da última fileira. Era o residente Bailey; ele tinha que dizer alguma coisa. Ele tinha estado
pensando que o bebê não teria de morrer, só porque aquela bombinha não estava
funcionando. E assim no meio daquela conferência ele disse: "o que esse
bebê precisa é de seu coração trocado! Devíamos estar transplantando o coração
de bebês!" Todos na sala se voltaram e encararam o jovem residente. Eles
sorriram diante daquela idéia mirabolante e aí
passaram para o próximo caso. Mas bailey não pôde
continuar. Para ele, fazia sentido. Era o que deveria ser feito. Só porque
ninguém mais achava que transplantar corações de bebês era muito promissor não
significava que não se tratava de uma idéia racional.
Quando Bailey começou a trabalhar como cirurgião
pediatra no Centro Médico da Universidade de Loma Linda, ele encontrou
finalmente alguns outros que quiseram ouvi-lo. O departamento cirúrgico ficou
interessado. Lugares para pesquisas foram criados. Na ocasião nenhum bebê
humano foi sequer registrado como possível doador. Não havia incentivo.
Transplantes jamais tinham sido feitos. E assim, acreditando que o suprimento
de doadores jamais poderia compatibilizar-se com as necessidades, Bailey começou os seus experimentos com corações de
babuínos, porque eram os que mais se assemelham com órgãos humanos. Durante os
primeiros anos ele e seus colegas praticamente moraram no laboratório. Os
babuínos que estavam sendo usados para salvar outros tornaram-se muito
especiais para eles. Bailey jamais conseguiu
interessar as autoridades em suas pesquisas. No princípio o dinheiro saiu de
seu próprio bolso... E dos bolsos de outros no departamento cirúrgico. Bailey chamava orgulhosamente este como o melhor
investimento que eles haviam feito. Levou de cinco a seis anos ara as pessoas notarem que algo importante estava
acontecendo lá em Loma Linda. Foi somente quando surgiu a "Baby Fae" que a atenção do mundo voltou-se para aquele
doutor solitário que se propunha colocar o coração de um babuíno no corpo de um
bebê. a "Baby Fae" não sobreviveu. Embora
seus últimos dias tenham sido mais confortáveis do que antes da cirurgia, seu
corpo acabou por rejeitar o novo órgão. Aconteceu que toda aquela cobertura da
mídia chamou a atenção do público para a necessidade de transplantes de coração
para bebês. Finalmente as pessoas viam que bebês com problemas cardíacos fatais
podiam ser salvos. Doadores humanos tornaram-se disponíveis... bebês humanos,
muitos deles nascidos mortos devido a problemas encefálicos. O doutor Bailey pôde iniciar um programa de transplantes de coração
de bebê para bebê com resultados maravilhosos. Todas essas crianças estão
vivas, respirando, rindo, gritando e crescendo saudáveis, por terem recebido um
presente incrível... um novo coração. Elas estão vivas porque um homem não
aceitou o fato de que bebês estavam morrendo por defeitos congênitos no
coração. Ele não desistiu abanando a cabeça e passando para o caso seguinte. O
doutor Bailey acreditou que alguma coisa podia ser
feita. Muitas pessoas tem perguntado por quê, entre
tantos cirurgiões, esse homem levou adiante o que os especialistas consideravam
uma busca inútil? O próprio Dr. Bailey disse que
estudou medicina para ser instrumento de Deus nos poderes de cura da medicina.
Nós certamente não possuímos tais habilidades por nós mesmos. É somente através
de Deus que podemos fazer todos esses tipos de coisas. Pensando pelo lado
humano, eu fico bastante comovido quando olho diretamente nos olhos de um bebê
e imagino o potencial que existe ali, naquela pequena vida. O que essa vida
pode significar no mundo quando a vemos. Aqui estamos atualmente em uma
situação onde centenas de milhares de homens são
incentivados a atirar uns nos outros no planeta Terra, quando de fato, a meu
ver, devíamos estar divisando meios de como melhor ajudarmos uns aos outros no
planeta Terra para que todos pudéssemos viver aqui como irmãos. Estes bebês,
cada um que é salvo, pelo menos representa algo bom. É de fato uma notícia
genuinamente boa para o nosso planeta e para o que podemos fazer se
trabalharmos criativamente para o nosso Deus. Na compaixão do Dr. Leonard Bailey vemos o eco daquele outro médico que tanto se
dedicou na obra de curar... Harry Miller, o doutor da China. E assim Miller,
Barry vê o seu trabalho como uma parceria com Deus, o grande médico. Ele não
deixou a sua capacidade como cirurgião bloquear a sua dependência na ajuda
divina. O doutor Bailey falou recentemente sobre o
notável índice de sucesso que a equipe de Loma Linda tem conseguido manter na
perigosa tarefa de colocar corações novos em bebês condenados. Novos corações
foram transplantados em cerca de cem bebês e crianças com doenças congênitas e
adquiridas, e três quartos desses bebês e crianças estão vivas e com saúde
hoje. E uma porcentagem maior ainda de recém-nascidos transplantados continuam
vivos e com saúde. Sempre foi uma área questionável, o grande "Calcanhar
de Aquiles", a disponibilidade de doadores de órgão, mas com a educação
apropriada do público, uma certa compaixão que o público tem pelas outras
pessoas, os órgãos estarão disponíveis para essas crianças que aguardam. Sim,
podemos todos agradecer por estes rostos pequenos e radiantes, brilhando com
vida nova, crescendo com um novo coração dentro deles. Isso diz algo
tremendamente importante em nosso mundo hoje. Algo que precisa desesperadamente
ser dito em uma época em que a medicina pode parecer cada vez mais impessoal,
numa época em que nossos negócios deixam cada vez menos tempo para os filhos.
Estes bebês nos fazem lembrar verdades das Escrituras. Especialmente uma
promessa que Deus nos dá em Ezequiel capítulo onze, versículo 19:"... E
tirarei da sua carne o coração de pedra, e lhes darei um coração de
carne." Deus nos dando um novo coração; Deus nos possibilitando nascer de
novo... Com Sua vida nova dentro de nós. Graças a Deus por ele curar com amor.
Graças a Deus por nosso grande Pai no céu que cura. Nos rostos dessas queridas
crianças vemos a obra de suas mãos... E a promessa de maiores conquistas
futuras. Em virtude da obra de nosso Salvador, podemos todos ser crianças em
construção... Ainda em crescimento, seguindo a planta de Deus. Você já se
encontrou com este Jesus que cura com amor, um coração quebrantado por nós no
calvário? Espero que as histórias de homens dedicados que deram sua vida para
espalhar a obra deste maravilhoso médico divino tenham lhe trazido esperança.
Não importa quais sejam suas feridas, elas podem ser curadas em Jesus Cristo.
Não importa quão trágico ou doloroso seja seu passado, Ele pode lhe dar um novo
coração. Não existe lista de espera com este médico. Você não tem que esperar
desesperadamente que algum doador possa ser encontrado. Um doador já deu sua
própria vida. O próprio médico em pessoa já fez o grande sacrifício. Ele quer
tirar seu coração de pedra e lhe dar um novo coração repleto do seu espírito.
Confie Nele hoje como o seu médico. Creia Nele agora como seu Salvador
106
ESCADA VERMELHA PARA O SOL
Pr. George Vandeman
Petra - cidade vermelho-rosa quase tão velha quanto o
mundo, entalhada na rocha sólida. Fora dessa montanha-fortaleza, há uma escada
vermelha para o sol entalhada por gerações há muito esquecidas. Essa escada
leva aos altos altares do culto ao sol. Por séculos essa escada suportou as
pisadas de pés fascinados e dedicados que subiam para adorar um deus estranho e
proibido. Escada vermelha subindo da cidade dos mortos, silencioso símbolo
carmesim do culto ao sol. Aquelas paredes retas e altíssimas estava tão perto
que parecia ser possível tocá-las com a mão. Bem acima de nós havia uma faixa
estreita azul que nos dizia que o céu ainda estava lá e soubemos que só um
pouco adiante, no outro extremo de Siq estava Petra,
a cidade vermelho-rosa tão velha quanto o mundo. Não é de se admirar que Petra
seja uma fortaleza praticamente intransponível, pois não havia nenhuma outra
entrada para a cidade. Qualquer exército invasor teria que passar através de Siq em fila única e receber uma chuva de pedras dos
defensores acima. Levamos trinta minutos para atravessar Siq
e então diante de nossos olhos surgiu o antigo e magnífico edifício dos
tesouros, uma obra-prima entalhada na própria rocha. Pudemos ver também o
anfiteatro, os palácios, os templos, os túmulos, os salões de jantar, os lares.
Observamos todos eles impressionados com essas maravilhas de uma antiga
civilização. Mas, estávamos procurando a escada vermelha; era ela que tínhamos
vindo ver. Saindo desta singular e fabulosa cidade dos mortos, estava a escada
vermelha que ia até os altares de adoração ao sol. Quando cheguei ao topo dessa
escada vermelha de arenito, pareceu-me que podia sentir a pulsação da
controvérsia dos séculos. Por que? Porque estava ali
um antigo centro de adoração ao sol, o culto proibido que durante séculos
desafiou ao o Deus verdadeiro. Ali ficava o altar e ao
lado dele o poço das virgens, no qual as jovens eram banhadas antes de serem
queimadas no altar como sacrifício. Não é difícil entender porque
um culto igual ao de Petra receberia reprovação divina. Aqui estava uma
civilização que queimava seus filhos em sacrifício aos deuses. Não poderia se
esperar que Deus ficasse em silêncio, especialmente depois que Seu próprio povo
envolveu-se também. Nos dias do profeta Elias, o culto ao sol infiltrou-se nas
fronteiras de Israel. O mais degradante dos cultos tinha se infiltrado na nação
escolhida. O rei Acabe tinha se casado com Jezabel,
um nome desde então associado a tudo o que é licencioso e vil. O povo, então,
seguiu seus fracos líderes. E o que aconteceu? "E deixaram todos os
mandamentos do Senhor seu Deus... e prostraram-se perante todo o exército do
céu e serviram a Baal". II Reis 17:16. Aqui tem um ponto muito importante:
eles não só se voltaram para o culto de Baal, o deus-sol, mas também deixaram
de lado os mandamentos de Deus. Acontece sempre assim. O falso culto não é algo
extracurricular em adição ao culto verdadeiro, É um
escolha, tem que ser um ou outro. A diferença entre o culto verdadeiro e o
falso (naquela época e agora), consiste numa diferença de atitude com relação
aos mandamentos de Deus. Existe uma pista se você quiser saber a diferença.
Imagine como Deus deve ter se sentido. Ali estava o mundo que Ele havia criado;
uma raça iludida e revoltada instigada pelo inimigo de Deus; uma nação pela
qual Ele um dia daria Sua vida, e agora Seu próprio povo corre em disparada
atrás de outros deuses. Assim, nos dias de Elias, vemos a mais dramática
confrontação de todos os tempos entre o culto ao sol e o culto ao Deus
verdadeiro. Por volta de 900 a.C., Elias imergiu do isolamento e apareceu
perante o rei Acabe, exigindo que os profetas de Baal, o deus do sol, o
enfrentassem no topo do Monte Carmelo. Eles teriam um duelo; teriam que
determinar, de uma vez por todas, quem era o Deus verdadeiro. Assim, subiram ao
Monte Carmelo 450 profetas de Baal e apenas um profeta de Deus. Uma multidão os
acompanhou para assistir o resultado. Os profetas de Baal construíram um altar
e durante o dia inteiro imploraram que o deus pagão enviasse fogo para consumir
seu sacrifício. Mas, nada aconteceu. Então Elias reparou o altar do Senhor,
colocou um sacrifício sobre ele, cobriu o sacrifício e o altar com doze barris
de água (ele queria certificar-se de que o teste seria evidente) e fez uma
oração simples mas sincera. Deus ouviu. Imediatamente
o fogo desceu e consumiu não apenas o sacrifício, mas o altar, as pedras e
também a água, pois Aquele que fez o átomo, sabe como
controlá-lo. Lá no Monte Carmelo, de pé, sozinho perante os profetas de Baal e
um povo rebelde que Elias bradou: "Até quando coxeareis entre dois
pensamentos? Se o Senhor é Deus, segui-o e se é Baal, segui-o..."I Reis
18"21. Até quando você vai hesitar entre duas opiniões? A versão em inglês
diz: "Por quanto tempo você vai ficar em cima do muro"? Foi uma
chamada para a decisão; para escolher entre o culto ao Deus verdadeiro e o
culto ao deus-sol. Você sabia que as Escrituras dizem que Elias vai voltar de
novo a esta Terra? É uma profecia muito interessante, no final do Velho Testamento:
"Eis que eu vos envio o profeta Elias antes que venha o dia grande e
terrível do Senhor; e converterá o coração dos pais aos filhos, e dos filhos
aos pais: para que eu não venha e fira a terra com maldição". Malaquias
4:5,6. Será que Deus vai mandar Elias de volta à nossa era? O que temos aqui,
reencarnação? Isso significa que podemos esperar ver o profeta Elias em pessoa,
com seu longo manto flutuando, parado no Times Square em nova Iorque ou andando
pelo Viaduto do Chá em São Paulo ou na Avenida Atlântica em Copacabana? Esta é
uma profecia que tem dupla aplicação; deveria ser cumprida duas vezes. Elias
retornaria aqui em nossa época antes da segunda vinda de nosso Senhor. Devia
voltar também primeiro, para entrar em cena antes da primeira vinda de Jesus a
esta Terra. O mais interessante é que os discípulos de Jesus ficaram perplexos
sobre esta mesma profecia. Eles entenderam que Elias iria aparecer antes que o
Messias viesse e quando eles ficaram convencidos de que Jesus era o Messias,
eles ponderaram sobre o motivo de não terem visto Elias. Por isso perguntaram a
Jesus sobre ele, e Ele lhes disse que Elias já havia vindo e eles não o
reconheceram. Ficou claro que Ele estava se referindo a João Batista. mas
quando perguntaram a João se ele era Elias, ele disse que não. Você está
confuso? Bem, tudo se esclarece quando lemos nas Escrituras o anúncio do anjo a
Zacarias, o pai de João Batista, antes de João nascer. O anjo disse: "E
sairá diante dele no espírito e virtude de Elias para converter os corações dos
pais aos filhos e rebeldes à prudência dos justos, com o fim de preparar ao
Senhor um povo bem disposto". Lucas 1:17. Aí
estão algumas das palavras da antiga profecia e João Batista iria cumpri-la,
mas sem reencarnação. Elias em pessoa não iria reaparecer. João iria trazer uma
mensagem, faria um trabalho no espírito e poder de Elias. Era a mensagem, não o
homem que iria reaparecer. Mas a obra de João Batista era realmente similar à
de Elias? Sim. João, desde a juventude vivia a vida de um profeta. Em seus
modos e em seu vestir, ele também lembrava Elias. Ele usava roupas como dos
antigos profetas, uma roupa de peles de camelo e um cinto de couro. Mas isso
não era o mais importante: ele falava no mesmo espírito e com a mesma virtude.
Ele era destemido ao denunciar a hipocrisia. Sua mensagem, como a de Elias, era
uma chamada ao arrependimento, à reforma. Era uma chamada de volta aos
mandamentos de Deus. Era uma chamada à decisão, uma chamada à escolha. Mas,
seria o trabalho de João, em algum sentido, uma confrontação ao culto do sol?
Na superfície pode parecer que não, mas se cavarmos um pouco mais fundo, alguns
fatos fascinantes aparecem. O Império Romano estava no poder. Roma comandava o
mundo e o povo judeu era oprimido por ela. Herodes, o rei romano que tentou
destruir Cristo logo após seu nascimento, estava no palácio em Jerusalém.
Herodes era edomita de nascimento e foram os edomitas que habitaram a antiga
fortaleza de Petra, com sua escada vermelha para o sol. o culto ao sol estava
em seu sangue e, é claro, todo o Império Romano estava impregnado com o culto
ao sol. O povo de Deus não estava imune à influência dele e João pregava tanto
aos judeus como aos gentios. Foi em 321 d.C., que o imperador romano
Constantino decretou que o domingo, o dia santo pagão desde a antigüidade devotado à adoração do sol, fosse observado por
todo o seu império. De fato, em seu decreto, ele chamou o domingo de "o
venerável dia do sol". Bem, isso foi em 321 d.C., mas o culto ao sol não
estava morto nos dias de João Batista. E agora, segundo a profecia, a mensagem
de Elias será repetida novamente pouco antes da
segunda vinda de Cristo. E assim como a mensagem dada no espírito e virtude de
Elias preparariam o caminho para a primeira vinda de Cristo, assim também uma
mensagem similar àquela de Elias irá preparar o caminho para a segunda vinda de
nosso Senhor. Assim como a mensagem de Elias e de João, haverá uma chamada ao
arrependimento, à reforma. Haverá uma chamada aos homens para a volta aos
mandamentos de Deus; haverá uma chamada para a decisão; uma chamada para a
escolha. Assim perguntamos: existe tal mensagem hoje? Sim, existe. Nós a
encontramos em Apocalipse 14:6: "Vi outro anjo voar pelo meio do céu, e
tinha o evangelho eterno, para o proclamar aos que habitam sobre a Terra, e a
toda a nação e tribo, e língua e povo". Aqui está ela. A última chamada de
Deus aos homens está indo para o mundo todo em nossos dias. O evangelho eterno
dá ênfase nas questões de vida e morte de nossa época. É o último apelo de Deus
à raça humana. Então você pergunta: como posso saber? Porque é imediatamente
seguido, como indicado pelo contexto, pela segunda vinda de Cristo. Mas existe
alguma semelhança entre esta mensagem aqui no Apocalipse e a mensagem de Elias?
Sim, existe uma grande semelhança. No versículo 7 ele nos chama de volta ao
culto do Deus verdadeiro. O versículo 12 indica que ele nos chama de volta aos
mandamentos de Deus. E os versículos 9 e 11 chama os homens a escolherem entre
o culto verdadeiro e o falso. Esta é a mensagem dos últimos dias. Alguém pode
dizer: "Claro que o senhor não vai dizer que o culto ao sol está nisso
também; ninguém adora o sol hoje. O culto ao sol acabou faz tempo". Não
estou tão certo. Voltemos à história do culto ao sol. Durante os primeiros
séculos depois de Cristo, segmentos comprometidos da nova Igreja permitiram que
influências pagãs se introduzissem, para corromper e adulterar os puros
ensinamentos de Jesus. A concessão tomou conta. A verdade ficou confusa e
distorcida. Então veio a Idade Média. Cópias das Escrituras não estavam mais
disponíveis ao povo e sem a salvaguarda da palavra de Deus, os ritos e
cerimônias entraram na Igreja, o que chocaria a Pedro ou a Paulo. Vamos
verificar algumas ilustrações primeiro. Estas coisas não têm importância moral,
não são uma questão de certo ou errado; mas quero que você veja o que
aconteceu. Você alguma vez tentou saber o que os ovos e o coelho de páscoa têm a ver com a ressurreição de nosso Senhor Jesus
durante a páscoa? Bem, segundo uma lenda muito antiga, um ovo de um tamanho
tremendo caiu do céu dentro do rio Eufrates, e alguns peixes o empurraram para
a margem. Então o ovo começou a rolar. Pombos desceram e sentaram-se nele até
que ele chocou Vênus, conhecida no oriente como Ishtar,
a grande mãe virgem, a deusa do amor e da fertilidade, também chamada de rainha
do céu. Ovos de páscoa, coelhos de páscoa,
fertilidade, está vendo? Conta-se que Ishtar deu à
luz um filho, Tamuz, sem um pai. Aqui na mitologia pagã séculos antes de Cristo
encontramos uma falsificação do nascimento virginal. Imagine! Alguns dos deuses
morriam a cada ano e tinham que ser ressuscitados para restaurar a fertilidade
das plantas, dos animais e do homem. Ora, Tamuz, segundo a lenda, foi morto por
um javali e os adoradores devidamente o pranteavam durante um mês a cada ano.
Você alguma vez ouviu de um jejum de quarenta dias antes de um festival de
ressurreição? Mesmo em Jerusalém havia aqueles que pranteavam Tamuz e que
faziam bolos para a rainha do céu. Você alguma vez ouviu falar em biscoito da
sexta-feira da paixão? Tamuz, eles afirmam, ressuscitado no aniversário do sol,
ou seja, 25 de dezembro. Você alguma vez ouviu a respeito dessa data? Como os
cristãos não sabiam o dia exato do nascimento de Cristo, eles escolheram o dia
de aniversário do sol. Na Babilônia, entretanto, a ressurreição do deus deles
no festival do ano novo era celebrado na mesma época que o início do outono.
Você já ouviu falar de um festival da ressurreição no primeiro dia da semana
após a primeira lua cheia em seguida ao início do outono? Nós o chamamos de páscoa. Mas isso não é tudo. Lembra-se da escada vermelha de
Petra? Aquelas pessoas subiam no topo de suas casas todos os dias para queimas
incenso ao deus sol e também adoravam nos lugares
altos, tal como no topo da escada vermelha. Aquelas pessoas subiam até o topo
da escada vermelha de manhã cedo para ver o sol nascer e adorá-lo. Parece
familiar"? Você já ouviu falar de cristãos que sobem nos pontos mais altos
em cada cidade para adorar o sol uma vez por ano? Ora, por favor não me entenda
mal. Esses resquícios do paganismo não são essenciais. Não há nada moralmente
errado em se comer ovos de chocolate ou biscoito da sexta-feira
santa ou colocar coelhinhos de páscoa num cesto para as crianças, exceto
que as vezes elas comem doces demais, ou subir ao topo de uma colina para ver o
sol nascer, desde que a pessoa não o adore. Também não existe mal nenhum em
trocar presentes durante o natal, mesmo que não seja a
data exata do nascimento de Cristo. Estas são apenas questões adicionais. Mas
se essas áreas adicionais do culto cristão foram tão atingidas pelas armadilhas
do culto ao sol, como vamos saber se alguma área importante do nosso culto,
algo que realmente importe, também não foi alterado? Essa é a minha pergunta.
Já bem próximo do grande dia da ira do Senhor, aquela chamada penetrante de
Elias é ouvida novamente. Você a está ouvindo agora. "Por quanto tempo
você vai hesitar entre duas opiniões? Se o Senhor é Deus, siga-o. Mas se Baal é
Deus, então siga-o. Existe uma fonte cheia de sangue tirado das veias de Jesus.
e os pecadores imersos nessa fonte perdem todas suas manchas de culpa".
Este é o momento para decidir. Você pode não entender completamente todas essas
questões. Mas não perca tempo em entender. Você pode decidir-se agora.
Entregue-se ao Salvador
107
ÁGUA DA VIDA
Pr. George Vandeman
Água em qualquer forma é um milagre sem o qual não podemos
viver. Suas muitas maravilhas nos dão uma imagem inesquecível do que o Espírito
de Cristo pode fazer na vida humana. Nada parece mais comum para nós do que um
copo d'água. Nesta era de alta tecnologia e complexa engenharia química, esta
mistura de hidrogênio e oxigênio, H2O como chamamos, é a imagem da
simplicidade. Mas a água é uma das substâncias mais notáveis encontradas neste
planeta. Você sabia que a vida existe na Terra em grande parte porque a água
não se comporta como deveria? De fato, se esta substância clara se comportasse
do modo como sua estrutura molecular sugere, a vida seria destruída por uma
série de catástrofes. Nosso sangue ferveria no corpo, plantas e árvores
murchariam e morreriam, o mundo se transformaria em um deserto árido. A água
desafia a convenção química. Ela é mais pesada em estado líquido do que sólido
e pode subir uma colina a despeito da força da gravidade. Vamos ver como a água
realiza essas tarefas extraordinárias e como ela nos revela a maravilhosa
engenhosidade do Criador. Vamos descobrir também porque
a água é um símbolo tão maravilhoso da obra do nosso Criador e Recriador Jesus
Cristo. Em mais de uma ocasião Jesus usou o conceito da água para criar uma
imagem de Si mesmo. Uma vez Ele estava no templo em Jerusalém, no último dia da
Festa dos Tabernáculos. Cristo quis apresentar-Se de modo claro e receptivo ao
povo. Assim, Ele ergueu a voz e proclamou estas palavras: "Quem crer em
mim, como diz a Escritura, do seu interior fluirão rios de água viva."
João 7:38. E aí João explica no versículo 39: "Isto Ele disse com respeito
ao Espírito que haviam de receber os que nele cressem..." Jesus prometeu
que Seu Espírito habitaria naqueles que depositassem a sua fé nele. E ele
descreve seu espírito como "rios de água viva". Você não gosta disso?
O Salvador opera dentro de nós como o fluxo de água viva. O que isso quer
dizer? Podemos obter alguma pista da natureza da água comum? Vamos observar uma
coisa chamada "ação capilar", ou seja, a capacidade de a água subir
dentro de tubos, desafiando a gravidade. Veja com atenção a água em um tubo e
você verá que a sua borda se curva levemente para o alto. Isto acontece porque
o hidrogênio na água é capaz de unir-se às moléculas de oxigênio no material
sólido e com isso, empurra-se para o alto através desta atração. Quando isto
acontece num tubo mais estreito, ocorre uma espécie de ação de subida. As
bordas são empurradas para cima criando uma leve superfície curva. Aí, as
moléculas de água unem-se umas às outras em quase todas as direções. Elas criam
uma superfície de tensão que empurra a superfície curva endireitando-a e
achatando-a. Então, as bordas são empurradas novamente para cima e o processo
continua. Quanto mais fino o tubo, mais rápido a água consegue subir. A ação
capilar é que mantém vivas todas as plantas. Veja uma planta alta, por exemplo.
Água e nutrientes do solo devem de algum modo chegar até as folhas lá em cima
para mantê-las vivas. Como é que elas fluem contra a gravidade? Pela ação
capilar. A água sobe por minúsculos tubos dentro dessas árvores. Sem essa ação,
sem a incrível habilidade de unir-se a outras substâncias, todo o verde que
você vê, simplesmente desapareceria. Agora sabemos como a água flui através das
raízes e caules para nutrir a planta, a frase de Cristo "rios de água
viva" assume outro sentido. A água, sem dúvida, tem uma qualidade
vivificante e isso nos dá uma pista da obra do Espírito de Cristo dentro de
nós. Esta obra possui uma qualidade ativa, vivificante, nutritiva. Jesus disse
em João 4:14: "Mas aquele que beber da água que eu lhe der nunca terá
sede, porque a água que eu lhe der se fará nele uma fonte de água que salte
para a vida eterna." Água que salta para a vida eterna. Que imagem maravilhosa
em vista do que sabemos sobre a ação capilar. O Espírito de Cristo nos
impulsiona para cima, desafia a força de nossa natureza pecaminosa assim como a
água nas plantas desafia a força da gravidade. Sim, o Espírito de Jesus dá
energia às pessoas e, às vezes, de maneira um tanto dramática. Charles Finney
passou uma vez algum tempo em intensa oração buscando a Deus de todo o coração.
Ele havia encontrado essa água da vida. Finney teve uma experiência da
plenitude do Espírito Santo. Ele disse: "Pareceu vir em ondas de amor
líquido. Nenhuma palavra pode expressar o maravilhoso amor que tomou conta do
meu coração. Eu chorei bem alto com alegria e amor." Bem, Charles Finney
recebeu a energia que eleva, a água da vida subindo dentro dele. Ele seguiu e
tornou-se o maior evangelista nas terras americanas. Vamos observar mais uma
propriedade única do H2O e o que ele sugere a respeito do Espírito de Cristo.
Você já parou para pensar por que o gelo flutua? É uma ocorrência tão normal
que achamos fato comum, mas o gelo não deveria flutuar, meu amigo, ele é
sólido. As moléculas dos sólidos são muito mais unidas do que as moléculas dos
líquidos. Assim, quase todas as substâncias são mais pesadas no estado sólido.
Mas não a água. Ela parece seguir uma lei toda dela. A princípio, quando a água
é congelada, ela segue o padrão usual, ela se contrai, fica mais pesada e mais
densa. Mas quando ela esfria abaixo de quatro graus centígrados, de repente
começa a se expandir, ficar mais leve e menos densa. A razão reside na natureza
especial dos laços do hidrogênio fazem esse processo e ajustam as moléculas
próximas em cristais de gelo bem leves. O fato de a água flutuar quando
congela, faz uma diferença enorme no planeta. Se o gelo fosse mais pesado do
que a água, ele desceria para o fundo de um lago durante a estação do gelo. Os
raios do sol não chegariam até lá e ele não derreteria, assim, lentamente, o
gelo aumentaria e encheria todo o lago, matando toda vida ali existente. Os
rios e os lagos do mundo e mesmo os oceanos, ficariam todos congelados. Mas
graças à engenhosidade do nosso Criador, a água não se comporta como deveria,
quimicamente falando. O gelo sólido flutua em cima dos corpos de água durante a
estação do gelo e como resultado ele forma uma camada de isolamento que impede
que a água em baixo se congele e assim os peixes e outros animais são
protegidos durante o inverno. O gelo nos fala do cuidado do nosso Criador. Será
que ele também ilumina as palavras de Cristo sobre a água da vida, sobre o Seu
Espírito dentro de nós? Eu acredito que sim, afinal a água congelada não
afunda: ela fica boiando como gelo. Ela vem para o topo onde pode fazer algum
bem. O Espírito de Cristo opera do mesmo modo: Ele fica flutuando dentro de
nós, levantando-nos e impedindo-nos de descer para o fundo. Vemos isso
especialmente durante os momentos de provação e depressão. Quando os problemas
nos empurram para baixo, de acordo com as leis da natureza humana, deveríamos
afundar logo. O Espírito de Cristo, porém, nos capacita a nos comportar de modo
inesperado. A apóstolo Paulo escreveu sobre isto aos irmãos: "Tendo
recebido a palavra posto que em meio de muita tribulação, com alegria pode nos
levantar mesmo em meio ao sofrimento." I Tessalonicenses 1:6. o próprio
Paulo experimentou isso. Ouça seu conselho entusiástico aos Filipenses 4:4:
"Alegrai-vos sempre no Senhor: outra vez vos digo, alegrai-vos."
Quando Paulo escreveu estas palavras encorajadoras, ele estava acorrentado em
um calabouço. Era prisioneiro dos romanos. Eu visitei essa cela do calabouço da
prisão mamertina em Roma onde Paulo ficou durante
meses sem fim. Eu senti a umidade fria; eu senti a terrível escuridão lá
embaixo. Amigo, as palavras "alegrai-vos sempre no Senhor" ecoam com
muito mais força naquele calabouço. São palavras de um homem que não estava se
comportando como dita a natureza humana. Ele estava flutuando na superfície,
porque tinha em si aquele Água Viva, o Espírito de Cristo dentro dele. O
Espírito de Cristo, a Água da Vida, impede que as pessoas afundem no frio e na
escuridão. Há mais uma coisa notável a respeito da água que podemos aprender,
mais uma evidência da engenhosidade do Criador e esta é a capacidade da água em
absorver uma enorme quantidade de calor sem ferver. Quando examinamos
componentes quimicamente similares à água, descobrimos que seus pontos de
fervura são na verdade, próximos ou bem abaixo de zero grau centígrado. Pense
nisso. O ponto de fervura é perto ou abaixo de zero. Como regra, quanto mais
leve o componente, mais baixo é o ponto de fervura. Se H2O que está entre os
mais leves se comportasse como deveria, ferveria a 53 graus negativos. Imagine!
Ferver a 53 graus abaixo de zero! Isso significaria que mesmo o gelo no Polo
Norte ferveria. De fato, toda a água deste planeta iria ferver; o sangue em
nossas veias ferveria também. Felizmente, porém, a água se comporta de modo
único. Tem ponto de fervura extremamente alto: 100 graus centígrados acima de
zero. Vemos isso todos os dias quanto esquentamos água no fogão. A panela
começa a fazer ruído com o calor muito antes de a água sequer parecer quente.
Para que a água ferva, seus laços de hidrogênio devem primeiro se soltar e em
virtude desses laços serem mais fortes entre as moléculas, é preciso grande
quantidade de energia para conseguir isso. É por isso que a água pode ser usada
como agente resfriador no motor do seu carro; ela
absorve tremenda quantidade de calor sem ferver. Devido a essa notável
propriedade, a água pode agir para moderar o clima da Terra. Grandes
quantidades de água e umidade na atmosfera regulam os extremos da temperatura.
Mesmo em um dia muito quente no Rio de Janeiro, com o sol brilhando
intensamente, a brisa que é soprada do oceano pode nos refrescar, podemos
sentir que é mais fria do que o ar ao nosso redor. A água pode absorver o calor
nos dias quentes e emitir calor nos dias frios e por causa disso a vida nesse
planeta é muito mais agradável. Por causa disso, na realidade, a vida neste
planeta torna-se possível. Sim, podemos agradecer a Deus pelo modo engenhoso
como Ele fez a simples, mas extraordinária molécula da água. A água age para
modificar os extremos na temperatura. Eu creio que o Espírito de Cristo age
também dentro de nós para modificar os extremos. Seu Espírito tem um efeito
maravilhoso de equilíbrio e estabilização em nossa vida. Logo após Jesus dizer
aos discípulos que enviaria o Espírito Santo a eles como Mestre e Conselheiro,
Ele disse: "Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou. Não vô-la
dou como o mundo a dá. Não se turbe o vosso coração, nem se atemorize."
João 14:27. Quando o Espírito de Cristo vem a nós, a Sua paz vem também. Isso
não é ótimo? É algo diferente da paz que com aumento conseguimos neste mundo.
Não é apenas uma paz que vem quando o sol está brilhando e os pássaros estão
cantando e nossa vida está toda nos trilhos. Não! A paz de Cristo é especial,
tão única quanto a Água da Vida. Ela traz estabilidade às vidas que estão se
esfacelando; acalma as tempestades dentro de nós; cria ordem dentro do caos.
Vejo isso claramente na experiência de uma mulher chamada Treena
Kerr. Nos anos setenta ela se encontra desmoronando-se emocionalmente. Ela
vinha caindo há anos e a certa altura dessa queda, Treena
foi julgada totalmente incapacitada de manejar sua vida e foi aconselhada a ir
para uma instituição de doenças mentais por um período indeterminado. Apenas
uma grande dose diária de "valium" a
mantinha lutando. Mas felizmente, a família Kerr havia contratado uma empregada
cristã, Ruthie Turner. Ruthie
contou tudo aos cristãos em sua pequena igreja e eles começaram a orar por Treena. Ruthie sabia que tudo o
mais havia falhado para aquela mulher. Seu marido, Graham Kerr, de um conhecido
programa de TV, ganhava um milhão de dólares por ano, mas a vida particular
deles era um desastre. Tinham acabado de fazer um cruzeiro ao redor do mundo em
um belíssimo iate e voltaram para casa mais infelizes ainda. Um dia, após três
meses de oração, Ruthie encontrou a senhora Kerr
deitada em sua cama, gritando em desespero. Ela teve coragem suficiente para
sugerir: "Por que não entrega os seus problemas a Deus?" Treena pensou por um momento e então aceitou o desafio meio
contrariada. Ela disse gritando: "Está bem, Deus. Se você é tão sábio,
resolva tudo isto, porque eu não consigo." Alguns dias mais tarde, ela
acabou indo à igreja de Ruthie. Saxofones e tambores
abriram o culto. O culto entre aquelas pessoas negras não era exatamente o que
ela esperava, mas de repente, Treena ajoelhou-se e
começou a orar: "Sinto muito, Jesus", ela começou a orar de modo
simples, "perdoe-me, Jesus!" Aqueles cristãos aceitaram Treena em sua comunhão. Sim, a mulher da mansão colonial
saiu daquele igreja sentindo que Deus a havia tocado.
Ela começou a beber daquela Água da Vida. Em casa ela começou um plano de
leitura da Bíblia que Ruthie havia lhe dado. Tarde da
noite, Treena foi pegar seus comprimidos para dormir,
mas uma voz interior disse: "Você não precisa mais disso". Assim, ela
pegou todos os remédios e os jogou na pia do banheiro. Muitas pessoas podem não
parar com uma dosagem alta de "valium" de
repente, mas Treena dormiu profundamente e acordou
descansada, revigorada, olhos límpidos. Uma semana depois, o marido voltou de
viagem e encontrou sua esposa transformada. Ele pensou que sua paz e bondade
deviam ter algo a ver com a ocasião, pois era época de Natal. Mas durou muito além
das festas. Durante as semanas seguintes Graham continuou analisando sua
esposa. Ele a conhecia desde os onze anos de idade. Ele a tinha visto
destruir-se lentamente através dos anos. Mas agora, ele disse: "Ela estava
totalmente recuperada; muito melhor e mais amorosa do que qualquer outra época
em que eu me lembro." A mulher que se desmoronava agarrou-se firme em algo
sólido, uma paz que ficou firme com ela, um Espírito que modificou e equilibrou
suas emoções loucas e caóticas. Até mesmo o médico de Treena
confirmou a presença da Água da Vida. Ele disse a Graham Kerr, com lágrimas nos
olhos: "A sua esposa é um milagre." Graças a Deus, meu amigo, pelo
milagre do Espírito precioso de Cristo que transforma a experiência humana, que
muda vidas. Sabe, o convite final da Bíblia, no último capítulo de Apocalipse,
é um dos maiores: "E quem tem sede, venha; e quem quiser, tome de graça da
água da vida." Apocalpse 22:17. Isso é
maravilhoso. Essa incrível substância, essa Água da Vida, vem até nós grátis
como a chuva do céu, imerecida, não a conquistamos, ela simplesmente vem.
Amigo, Cristo oferece a Si mesmo e Seu Espírito a nós gratuitamente. Ele quer
nos dar a Água da Vida que dá energia. Seu Espírito simplesmente nos mantém
flutuando quando os problemas nos pressionam para baixo. Seu Espírito nos dá
estabilidade. podemos ter paz em meio às tempestades da vida. Você está com
sede? Aceite o Senhor Jesus Cristo e seu convite para aceitar a Água da Vida.
Você está sobrecarregado de culpa? Por favor, aceite a Água da Vida dessa fonte
profunda que nos purifica
108
ESCAPANDO DA TERRA
Pr. George Vandeman
O que acontece a homens e mulheres comuns quando, de
repente, se encontram aprisionados, rodeados de estranhos, sob a mira de uma
arma? O que acontece com seus relacionamentos, crenças e princípios? Que tipo
de mundo eles criam quando todo o seu conforto e tudo que lhes é familiar é de
repente tirado? Em 1943, dois mil estranhos tiveram que construir uma
civilização do zero. Seguindo-se ao ataque japonês a Pearl Harbor,
civis europeus e americanos que permaneceram na China sob controle japonês
foram presos e mandados para campos de concentração. Um desses campos no norte
da China ficou conhecido como "Acampamento Shantung".
Gilkey passou a encarar essa experiência como um tipo
de laboratório onde as pessoas eram testadas, estruturas sociais eram formadas
e um novo mundo era criado. Essa experiência provou ser uma revelação da
humanidade em seus aspectos bons e ruins. Os habitantes do Acampamento Shantung representavam todas as facetas da sociedade. Havia
executivos de companhias de petróleo e viciados em drogas, monges católicos e
missionários protestantes, secretárias inglesas e jogadores de beisebol
americanos. Todos ficavam amontoados em dormitórios e barracos, forçados à
intimidade com pessoas totalmente estranhas. Aos poucos, essas pessoas tiveram
que inventar um jeito de sobreviver em meio a condições tão adversas. A
comunidade tinha que se alimentar, as construções tinham que ser consertadas,
um sistema sanitário necessitava ser montado, um hospital tinha que ser criado.
O grupo precisava se organizar e as tarefas deviam ser delegadas, e isso tudo
sob os olhos atentos dos inimigos japoneses. Sabe, de certa forma nós todos
temos muito em comum com esses civis do Acampamento Shantung.
Podemos ver um reflexo da nossa realidade atual nesse campo de concentração.
Esse mundo, como um todo, é mantido preso pelo poder do pecado. Veja esta
declaração: "Sabemos que somos de Deus, e que todo o mundo está no
maligno" (I João 1:9). Sabe, amigo, existe um adversário, um inimigo que
transformou a Terra num acampamento. Suas armas demoníacas estão apontadas para
nós assim como as metralhadoras naquele campo de concentração em Shantung. Vejamos o que diz a Bíblia: "... O diabo,
vosso adversário, anda em derredor, como leão que ruge procurando alguém para
devorar" (I Pedro 5:8:). Palavras familiares, não? É a nossa realidade,
amigo. Estamos em território inimigo e assim como aqueles internos de Shantung, não conseguimos afastar a sensação de que
pertencemos a outro lugar. Pense nisso. O lar não é aqui onde bebês nascem com
AIDS, onde as guerras nunca acabam, onde pais alcoólatras maltratam
terrivelmente seus filhos. As coisas não deviam ser assim. Sabemos que há um
jeito melhor e um mundo melhor, como uma lembrança quase esquecida a qual nos
agarramos. Então a pergunta é: Como nós vivemos no acampamento Terra? Existe
meio de se ter uma vida saudável enquanto este adversário está rosnando para
nos devorar? Langdon Gilkey descobriu muita coisa
sobre a vida sob pressão lá no Acampamento Shantung
que eu acredito tem muito a nos dizer. Naquele pequeno modelo de mundo, logo se
tornou muito claro quais valores realmente importavam e quais não importavam.
Entre os internos amontoados naquele campo, havia homens e mulheres de posições
e classes sociais amplamente diferentes: de industriais super ricos a
trabalhadores comuns, de senhoras da alta sociedade a empregadas. Mas quando as
pessoas passavam pelos portões do acampamento nada disso importava muito. A
única coisa que contava era sobreviver. Isso significava que as pessoas tinham que
colocar a cozinha para funcionar, tinham que limpar os vasos sanitários
entupidos. Todos os símbolos de "status" se tornaram irrelevantes:
dinheiro, laços de família, sofisticação e até a educação. Nada disso podia
colocar um indivíduo acima de seu vizinho. O que importava era cada pessoa
fazer o que lhe cabia para manter todo mundo vivo. Então, um presidente de
companhia cortava legumes ao lado de um ex-viciado em
drogas. Esposas ricas e mimadas tinham que levar o lixo para fora com ex-prostitutas. Todos os acessórios que os seres humanos
normalmente acalentam foram postos de lado no Acampamento Shantung.
Cada pessoa era um indivíduo que tinha que contribuir para o bem comum. Mas um
tipo de valor fazia um diferença enorme naquele
acampamento. Havia uma coisa que realmente distinguia os indivíduos, uma coisa
que finalmente importava, e isso era o caráter moral. No Acampamento Shantung, Gilkey percebeu que os
valores morais e espirituais não eram apenas um boa opção;
eram valores mais altos. Eles determinavam, mais que qualquer coisa, se os
internos iriam sobreviver. Havia sempre o problema, por exemplo, de se arrumar
espaço para todo mundo. Quando chegavam mais internos ao campo, tinha-se que
arranjar espaço. Mas todos estavam insuportavelmente amontoados. Quem iria abrir mão de seu precioso espaço? Nessa situação de extrema
pressão, eram somente aqueles dispostos a fazer sacrifícios pessoais que
salvavam o dia. Sem eles, o campo teria se degenerado num infindável conflito
por causa de espaço. Durante os primeiros dias, as latrinas estavam entupidas e
terrivelmente imundas. Alguém tinha que limpar aquela sujeira, mas essa era uma
tarefa muito repulsiva! No final, foram vários missionários, com um pano
amarrado à boca, que entraram nos banheiros para os limpar. Havia o problema da
justa distribuição de comida para pessoas famintas. Sem restrições morais,
haveria infindáveis discussões quanto a quem se serviu a mais. Também havia uma
grande tentação de se roubar certos produtos escassos de cozinha. Sempre se poderia
justificar um pequeno furto dizendo que havia crianças famintas em casa. Sem
valores morais e espirituais, aquele campo teria caído numa grande anarquia,
com todos brigando por sua respectiva porção de alimentos. Homens e mulheres de
total confiança foram escolhidos para presidir a preparação da comida e sua
distribuição. Sua justiça era fundamental naquele mundo faminto e inseguro do
Acampamento Shantung. Um dos que melhor ilustrou os
valores que mais importavam foi um missionário escocês chamado Eric Liddel. Ele foi descrito por outro interno como "sem
dúvida alguma, a pessoa mais solicitada e mais respeitada e amada no
campo." Uma prostituta russa mais tarde relataria que Liddel
foi o único homem que fez alguma coisa por ela sem querer alguma coisa em
troca. Logo que ela chegou ao campo, sozinha e desprezada, ele lhe fez umas
prateleiras das quais ela muito precisava. Numa nervosa reunião dos internos,
cada um dos presentes exigia que o outro desse um jeito nos jovens irrequietos
do campo que criavam confusão. Liddel sugeriu uma
solução. Ele organizou esportes, artesanato e aulas para os meninos e começou a
passar as tardes com eles. Mas ele não participava dos jogos aos domingos. Liddel guardava esse dia como sendo o dia sagrado do
Senhor. Na verdade, ele era o ex-corredor mundial
cuja história foi contada no filme "Carruagens de Fogo". Ele tinha
sacrificado a medalha de ouro nas Olimpíadas de 1924 em sua modalidade
favorita, os 100 metros rasos, porque a prova de qualificação estava marcada
para um domingo. Embora pressionado por todos, desde o treinador ao Príncipe da
Inglaterra, ele não cedeu. Ele não violaria um princípio pela glória olímpica.
Então a equipe relutou mas o escalou para os 400
metros rasos, considerada um corrida de fundo naquela época. Liddel, sem outra opção, deu tudo de si naquela prova e
ganhou o ouro. Então, no Acampamento Shantung, ele
disse aos jovens que sentia muito mas não podia
participar de jogos aos domingos. A maioria protestou, e os rapazes decidiram
organizar uma partida de hóquei por conta própria. Terminou numa terra de
ninguém porque não havia quem os controlasse. No domingo seguinte, Liddel apareceu no campo para ser o juiz do jogo. Foi um
ato pequeno mas jogou muita luz sobre seus valores.
Ele não disputaria o ouro olímpico se tivesse que violar seu dia de descanso
para isso, mas impediria que um grupo de jovens aprisionados brigasse. O
caráter de Eric Liddel era cativante e eloqüente. Ele não usava sua posição para dominar, mas a
usava como uma expressão dos princípios mais importantes, valores que ele
nutria cada dia que passava. Todo dia, às 6 da manhã, ele passava na ponta dos
pés pelos companheiros que dormiam. Sentava-se a uma mesa chinesa baixa,
acendia uma lamparina sobre sua Bíblia e a lia. O Acampamento Shantung jogou um faixo de luz no que realmente importava.
Amigo, será que os valores que contavam lá também são os valores que contam
aqui no Acampamento Terra? Como podemos viver uma vida sã e saudável num mundo
dominado por um leão devorador? A resposta é: agarrando-nos a valores morais e
espirituais. Eles são o que conta. São tudo o que podemos levar conosco deste
Planeta. Em sua segunda epístola, Pedro fala sobre a segunda vinda de Cristo
como um evento que separa o que é de valor supremo do que não é. Ele descreve
os elementos se derretendo e o céu desaparecendo com furor e depois ele diz:
"Visto que todas essas coisas hão de ser assim desfeitas, deveis ser tais
como os que vivem em santo procedimento e piedade, esperando e apressando a
vinda do dia de Deus" (II Pedro 3:11 e 12). Qual é única coisa que
importa, que realmente importa depois do Apocalipse? Vidas santificadas. Tudo
mais é destruído, exceto nossa relação com Deus. Todos aqueles símbolos de
"status" varridos no Acampamento Shantung,
também serão varridos na segunda vinda. Riqueza, posição, poder, contatos, não
vão significar nada. A única coisa que vai importar é a qualidade de nossa vida
com Deus. Isso é que é eterno. Isso é o que vai durar. O Acampamento Terra está
se acabando, meu amigo, mas podemos trabalhar agora pelo que é eterno.
Centralizar nossa vida em Jesus como Salvador e Senhor é a garantia de sermos
parte do que é duradouro. Nós não seremos varridos com o que é temporário e
superficial. No Acampamento Shantung havia muito
motivo para as pessoas se desesperarem. Longe de seus lares e sempre sob a mira
das armas de seus inimigos. A pior coisa era a insegurança, entende amigo? Os
internos nunca tinham certeza se teriam o que comer. Não podiam saber quando os
guardas poderiam ficar agressivos. A possibilidade real de extermínio sempre
pairava sobre eles. Com esse tipo de incerteza, era fácil para alguns
mergulharem na apatia, sentirem-se vítimas indefesas. Mas uma coisa impedia que
a vida perdesse seu sentido. Langdon Gilkey se
recorda: "Havia um vívido significado que mantinha todos espiritualmente
vivos: a esperança do fim da guerra". Os internos especulavam sem cessar
sobre quando esse dia chegaria. Mas como Gilkey
coloca: "Por mais distante que o grande dia parecesse com os anos se
passando, seu brilho nunca se apagou. Nós vivíamos literalmente pela nossa fé
nele. Então, tudo que tornava nossa vida ali negra seria retirado e todas as
coisas boas de que sentimos falta nos seriam devolvidas". Sabe amigo,
nossa vida adquire sentido por uma esperança semelhante hoje. Ela nos mantém
espiritualmente vivos. I João 3 fala do dia em que Cristo irá aparecer
gloriosamente e nós O veremos tal como Ele é. Depois o apóstolo continua:
"E qualquer que nele tem esta esperança purifica-se a si mesmo, como também
ele é puro" (I João 3:3). A esperança de ver Jesus chegando triunfante
para acabar essa longa guerra contra o pecado nos mantém lutando. Nós somos
motivados a nos purificar, a abrirmos mão de
distrações menores e a nos concentrarmos nos valores que realmente contam. Essa
esperança é que dá sentido a cada dia que vivemos no Acampamento Terra. Pois
bem, na manhã de 16 de agosto de 1945 um menininho correu pelo Acampamento Shantung gritando que tinha vislumbrado um avião no céu.
Todos os residentes saudáveis correram para o campo de esportes olhando para as
nuvens. Lá estava ele! Do tamanho de uma gaivota, chegando pelas montanhas
ocidentais. Enquanto o avião se aproximava, os 1.500 residentes que restavam
sentiram que ele podia estar vindo buscá-los. Uma grande corrente elétrica
parecia ter disparado naquela multidão. Alguns começaram a gritar: "Mas é
um avião grande! Está quase tocando nas árvores"! À medida que o barulho
da aeronave aumentava, alguém gritou: "Vejam! Tem a bandeira americana
pintada na lateral! "E aí, num atordoamento incrédulo, vozes se agitavam:
"Vejam! Estão acenando para nós! Eles sabem quem nós somos! Vieram nos
buscar"! Bem, nesse ponto a excitação era mais do que aqueles
sobreviventes cansados e saudosos podiam conter. O pandemônio se instaurou. As
pessoas corriam em círculos gritando com toda a força de seus pulmões,
sacudindo os braços. Pessoas dignas começaram a abraçar outras com quem mal
tinham falado durante dois anos. Mulheres e homens ingleses distintos não continham
a emoção. Outros riam histericamente ou choravam como bebês. Langdon Gilkey relata o que sentiu: "Aquele avião era o nosso
avião. Tinha sido mandado para nós, para nos dizer que a guerra tinha acabado.
Era aquele toque pessoal, a garantia de que seríamos de novo incluídos no mundo
mais amplo". De repente toda gritaria parou. 1500 pessoas engoliram em
seco quando viram a porta do avião se abrir e de lá saltarem homens que
começaram a descer lentamente em pára-quedas. Isso
era demais para acreditar! Seus salvadores não viriam apenas qualquer dia. Eles
viriam hoje, agora, para o meio deles! Essa descoberta explodiu como uma bomba
na multidão e todos começaram a correr em direção ao portão do campo. Ninguém
parou para pensar no perigo dos guardas armados, nas metralhadoras apontadas
para eles das torres. Dois anos e meio de frustração, solidão e dor
transformaram-se numa avalanche humana. Ela se espalhou pela estrada do campo,
chegou ao portão da frente e o derrubou. Os guardas espantados só olhavam. A
inundação de pessoas em êxtase que corriam e gritavam passou por um vilarejo
chinês vizinho e chegou a um campo de milho. Os pára-quedas
estavam descendo lá. Aproximando-se, Gilkey recorda,
os soldados eram quase como deuses: altos, sadios, enérgicos. Afinal, tinham
vindo das nuvens para salvá-los. Rapidamente inteirando-se da situação, o pára-quedista chefe pediu para ser levado ao campo, para
que pudesse, segundo ele, "assumir o comando lá". Essa declaração
casual levou os internos a outro rompante de excitação. Era um pensamento
maravilhoso: "O inimigo não vai mais nos governar". Então, aquela
inundação humana carregando os pára-quedistas nos
ombros e comemorando alegremente voltou ao acampamento e entrou no alojamento
do comandante japonês. Bom, ele e os outros guardas se renderam sem
resistência. A guerra tinha acabado. A liberdade tinha chegado. O mundo nascera
de novo. Amigo, essa é a esperança que podemos nutrir agora, no Acampamento
Terra. Nosso Deus, nosso Salvador, vai descer das nuvens para nos salvar. Essa
longa noite de tristeza e sofrimento vai desaparecer. Essa longa história de
terror, da crueldade do homem contra o homem, finalmente vai cessar. A luta
solitária e abatida num mundo dominado pelo pecado vai acabar. Vai haver júbilo
no dia de Sua vinda. Haverá gritos de alegria quando percebermos: "Ele
está chegando! Eu posso ver os anjos tocando suas trombetas"! O som fica
mais alto, a nuvem de glória mais brilhante e nós perceberemos: "Ele está
me vendo. Ele sabe quem eu sou. Ele veio me buscar! "Sim, amigo, nós vamos
querer correr, gritar e sacudir os braços. Vamos nos tornar uma inundação
humana que será levada ao Filho de Deus. Vamos saber com uma alegria
indescritível: Esse é o meu Deus. Ele vem me buscar. Não qualquer dia, mas
hoje. Neste minuto"! Meu amigo, eu quero de todo o coração estar lá. Quero
estar olhando para cima, quero estar pronto para receber meu Salvador. Quero
estar pronto para ir para casa. E você? Então junte-se a essa viva esperança,
agora!
SORRISO Letra: Valdecir Lima Música: Lineu Soares Se as
tristezas não tem fim, se a vida não tem luz, mais
profunda irei sentir quando sorrir pra Jesus. Tanta paz então senti vinda do
amigo sem fim. Eu sorri pra meu Jesus e a vida sorriu
para mim Já não tenho mais temor, quando encontro alguma cruz, já senti o
eterno amor quando sorri pra Jesus. Cristo, amigo tão fiel olha pra mim lá do além me mostrando lá do céu o amor que o
sorriso contêm. Gravado por Sonete no LP nº 800 da
Gravadora Bompastor
ORAÇÃO Meu Pai, estamos cansados dessa longa guerra neste
Planeta. Estamos cansados de ser confinados pelo nosso adversário, o leão
feroz. Ajuda-nos agora a sentir plenamente a esperança da Tua vida. Nós
aceitamos o que Tu realizaste em Tua primeira vinda. Colocamos nossa fé em Ti
como Salvador e Senhor. Agora, ajuda-nos a centralizar nossa vida nos valores
que durarão eternamente. Mantém-nos perto de Cristo que vai aparecer em glória.
Nós cremos nesse glorioso dia da salvação final. Em nome de Jesus. Amém
109
UM FILHO ENTERRADO VIVO
Pr. George Vandeman
Imagine como seria receber um telefonema como este: - Alô,
papai, eu estou numa encrenca daquelas. Este pessoal não está brincando. Se
você não der a eles 75 mil dólares, eles vão me matar. Eles estão falando
sério. Com esse inesperado telefonema em 22 de setembro de 1982, a família Baucom da cidade d e La Marque,
Texas, EUA, mergulhou num pesadelo. Durante os vários dias que se seguiram, uma
história angustiante surgia: a angústia de um pai, a provação de um filho.
Michael Baucom, de 21 anos, estava vendo televisão em
casa uma noite, quanto ouviu três batidas na porta.
Ao abrir, se viu olhando diretamente para o cano de um enorme revólver. O
estranho cabeludo que o apontava forçou caminho para entrar. Atrás dele veio
outro homem apontando uma espingarda. Eles obrigaram Michael a ir para a cozinha,
amarraram suas mãos, vendaram-no e amordaçaram-no. Empurrando-o para fora, os
dois o fizeram entrar em sua própria caminhonete. Entraram com ele e sumiram na
noite. Eles seguiram ao norte de Houston para uma área florestal num campo de
petróleo abandonado. Lá, os seqüestradores fizeram
Michael repetir duas mensagens num gravador. A primeira, como viram acima,
simplesmente dizia que queriam 75 mil dólares. A segunda dava instruções
detalhadas sobre onde ir para entregar o dinheiro. Depois da gravação, os seqüestradores de Michael o levaram para uma caixa de
madeira enterrada no chão. Deram-lhe uma garrafa cheia de água e um pedaço de
pão, depois o obrigaram a se deitar na caixa. - Fica frio - disse um dos homens
- se tudo der certo, nós voltaremos daqui a dois dias para te buscar. Os dois
puseram uma tampa na caixa, trancando Michael lá dentro. Colocaram também 4
tubos de plástico para ele poder respirar. Finalmente, jogaram terra para
fechar o buraco. No espaço de uma hora, Michael Bucom
tinha passado do conforto de ver televisão em sua casa ao terror de ser
enterrado vivo em algum lugar desconhecido e deserto, literalmente abandonado.
No dia seguinte, Benny Baucom recebeu um telefonema
em sua firma. Ele ouviu a voz fraca e assustada de seu filho Michael na fita
com a seguinte mensagem: - Eles estão falando muito sério. O Sr. Baucom teve que lutar contra o pânico. Contou a alguns
funcionários da firma o que tinha havido e depois foi para casa contar a
notícia para sua mulher. Rapidamente chamaram o chefe de polícia local. Depois
de interrogar o casal, ele notificou o FBI. Aí, começou a espera agonizante.
Benny Baucom não tinha idéia
de onde estava seu filho, se estava vivo ou morto. Só sabia que os seqüestradores queriam 75 mil dólares. Às 4h30 da manhã
seguinte o telefone tocou na casa de Benny. Era a mesma mensagem gravada de
Michael. Dessa vez, o pai interrompeu gritando: - Diz logo como você quer o
dinheiro! Uma voz de homem disse rápido: - Você tem dois dias para arrumar o
dinheiro. A conversa durou apenas 25 segundos, curta demais para o FBI
localizá-la. A espera continuou. Benny decidiu esperar em seu escritório.
Recebeu várias ligações de vendedores e engenheiros, mas nem sinal dos seqüestradores. Finalmente, sexta-feira à noite, eles
ligaram. Era a voz de Michael repetindo instruções sobre a entrega do resgate.
No final Benny disse nervoso: - Ei, quero falar com meu filho! Tenho o
dinheiro, mas onde está Michael? Mas eles já tinham desligado. A angústia desse
pai me lembra muito um outro Pai, separado tragicamente de seu amado filho.
Você se lembra da mensagem que esse Filho enviou na escuridão a Seu Pai?
"Deus meu, Deus meu, por que me desamparaste?" Mateus 27:46. Jesus
Cristo disse essas palavras quando estava preso numa cruz romana. Estava
morrendo. O Pai Celeste podia ouvir Sua voz. Cortou-lhe
o íntimo, mas Ele não podia responder. Isso era parte da tragédia. Ele não
podia simplesmente salvar Seu Filho, poupando-O da terrível provação. Isso
porque tanto o Pai quanto o Filho tinham feito um pacto para salvar o mundo. O
Filho havia se oferecido para ser o substituto da humanidade pecadora e o Pai
tinha prometido aceitar esse sacrifício para a redenção de todos os que
cressem. Veja como Paulo explica isso: "... Deus estava em Cristo
reconciliando consigo o mundo, não lhes imputando os seus pecados..." II
Coríntios 5:19. Muitas pessoas no passado pintavam o Pai como algum tipo de
divindade, perpetuamente zangado, determinado a destruir seres humanos
pecadores e em contraste, pintavam um Jesus caridoso, que dá Sua própria vida a
fim de tornar o Pai mais misericordioso, para forçá-Lo assim a nos perdoar.
Isso é uma distorção da verdade. Temos que lembrar que Deus estava
reconciliando o mundo consigo mesmo em Cristo. O Pai queria nos reconciliar.
Ele ansiava tanto por nós que estava disposto a entregar Seu único Filho nas
mãos de homens cruéis. Como vimos, a Escritura claramente ensina que o Pai e o
Filho são ambos provedores da nossa salvação. O Pai e o Filho, ambos sofreram
na cruz. O Deus todo-poderoso teve que assistir Seu Filho ser torturado, sem
poder fazer nada. Benny Baucom sentia uma sensação
semelhante de impotência. Parte de sua angústia vinha do fato de ele ter uma
noção muito boa de quem era responsável pelo seqüestro
de seu filho. Todas as evidências apontavam para um ex-funcionário
inescrupuloso chamado Ron White. Nesse ponto, a angústia de Baucom
se transformou em fúria. Ele comprou duas caixas de munição, carregou seu rifle
e foi de carro até onde Ron White morava: um trailer em Houston. Ele não estava
em casa e não havia sinal da caminhonete de Michael. Ele esperou até anoitecer.
Ninguém apareceu. Amigo, o Pai Celeste, assistindo àquelas cenas terríveis no
Gólgota, também sabia quem era responsável pelo sofrimento de Seu Filho. A
dureza dos soldados romanos que enfiavam lanças no corpo de Jesus, a crueldade
desumana daqueles que riam do Messias agonizante e, acima de tudo, a angústia
mental e espiritual que atormentava esta imaculada ovelha de Deus, não era apenas
ação humana. Um inimigo estava por trás de tudo numa controvérsia de vida ou
morte com Deus quanto ao destino da humanidade. Era Satanás instigando a
crueldade humana; era Satanás instigando Cristo, insistindo para que Ele
descesse da cruz. Deus Pai sabia exatamente quem era esse inimigo. Ele o tinha
conhecido cara a cara no Céu. Agora, esse Lúcifer tinha se tornado o
destruidor; Seu amado Filho estava nas mãos dele e o Pai só podia ouvir a voz
atormentada e enfraquecida de Cristo. Depois que Micahel
Baucom foi enterrado naquela caixa de madeira, ele
teve que lutar muito contra uma forte sensação de pânico. Ninguém ouvia seus
gritos de socorro. Nos vários dias de isolamento ele enfraqueceu e sofreu de
desidratação. À medida que os dias e noites se passavam, Michael manteve as
esperanças de resgate, mas ninguém apareceu. Ele se deu conta de que se por
acaso chovesse, ele se afogaria. Formigas o atormentavam picando suas mãos e
pálpebras. Ele tinha alucinações de ser devorado até virar um esqueleto. Michael
sabia que seus pais o amavam, mas ali, naquele buraco escuro, enterrado vivo,
ele se sentia de todo abandonado. Será que alguém que o amava sequer sabia onde
ele estava? No evangelho de Mateus, temos uma passagem que descreve a provação
do Messias em termos semelhantes. O próprio Jesus está falando: "Porque
assim como esteve Jonas três dias e três noites no ventre do grande peixe,
assim o Filho do homem estará três dias e três noites no coração da
terra." Mateus 12:40. Jesus, na verdade, ficou na sepultura apenas de
sexta à noite até domingo de manhã. Por que então Jesus usa a experiência de um
homem que permaneceu vivo no ventre de um peixe durante três dias e três noites
como um presságio de Sua própria experiência? Creio que a resposta está na
natureza da provação que o Filho de Deus vivenciou. Seu sofrimento não começou
com o primeiro prego que atravessou Seu pulso, começou algum tempo antes. Você
se lembra que, quando Jesus caminhava com Seus três discípulos pelo Jardim do Gestêmani, Ele "começou a ficar muito angustiado e
perturbado"? Ele se aproximou de algumas oliveiras para orar e Sua
angústia aumentou a ponto de Seu suor se tornar como gotas de sangue escorrendo
de Seu rosto para o chão. Jesus implorou a Seu Pai pedindo: "Afasta de mim
esse cálice". Tudo dentro desse homem se manifestava em pavor diante da
provação à sua frente. Que provação era essa? Os pecados de todo o mundo
desabavam em Seus ombros com o peso esmagador da culpa da humanidade. É
impossível imaginar o que isso significava a alguém tão sensível e puro como
Cristo. Parecia um fardo insuportável para Ele. Veja o que diz o profeta
Isaías: "Verdadeiramente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e as
nossas dores levou sobre si... Mas ele foi ferido
pelas nossas transgressões e moído pelas nossas iniqüidades..."
Isaías 53:4,5. Como Jesus foi "moído"? Pelo peso terrível de nossas iniqüidades. Começaram a moer Sua vida bem ali no
Getsêmani. Por isso Ele ficou tão angustiado. Por isso Seu suor escorreu como
sangue. O pavor do próprio inferno envolveu o Filho de Deus. Ele se sentiu
separado de Seu Pai. Um sufocante sentimento de culpa o pressionava contra o
chão. Jesus ficou três dias e três noites no "coração da terra". Ele
foi enterrado vivo pelos nossos pecados. Foi de todo abandonado. Graças a Deus
Jesus aceitou esse fardo insuportável. Ele conseguiu dizer: "Seja feita a
tua vontade." Durante aquela noite Ele carregou esse fardo de abandono
pelos mais próximos a Ele, de abuso pelos soldados. Ele carregou tudo ao longo
dos julgalmentos diante de Herodes e Caifás. Carregou
tudo isso até o Calvário e Sua provação final na cruz. O tempo todo enterrado
vivo pelo esmagador pecado do mundo. Quando o corpo quebrado do Salvador foi
colocado na sepultura e a pedra fechou a entrada, Sua
causa parecia totalmente perdida. Benny Baucom se
agarrou à esperança de que seu filho seqüestrado
seria encontrado a tempo. Chegou uma hora em que foi instruído a levar o
dinheiro do resgate ao estacionamento de um determinado mercado e esperar uma
chamada em um telefone público. Ele fez o que mandaram e esperou três horas
antes que o telefone tocasse. Tão perto, no entanto tão longe. Que angústia
esse pai deve ter sentido... Foi a hora mais negra, mas justo quando a
esperança começava a morer, os investigadores acharam
uma pista. Dois ajudantes do xerife do município de Montgomery, ao norte de
Houston, foram chamados para investigar um homem num veículo suspeito parado em
frente a um empório. O homem falou-lhes a respeito de um casal que tinha pedido
que levasse água ao acampamento deles. Os policiais começaram a procurar no
bosque e acharam o acampamento. Logo, detiveram um homem e uma mulher no local.
Eles admitiram que Ron White havia estado no acampamento. Um dos policiais,
sabendo que a vítima do seqüestro tinha que ser
encontrada rápido, tentou um blefe. Ele disse ao homem no acampamento. - Olha,
eu sei que você está com o Michael e parece que o White se mandou e largou
vocês com esse "abacaxi". Então, no que nos diz respeito, você é o seqüestrador e se alguma coisa acontecer com o rapaz, você
vai ser acusado de seqüestro. O blefe deu certo. O
homem levou a polícia ao campo de petróleo abandonado. Eles começaram a gritar
o nome de Micahel e logo ouviram uma voz fraca e
abafada respondendo debaixo da terra. Os policiais, chocados, começaram a cavar
freneticamente com as mãos. Um deles achou um buraco de respiração, enfiou o
braço o máximo que pôde e sentiu uma mão agarrar a sua tão forte que não queria
mais soltar. Finalmente, depois de cinco longos dias de agonia, a vítima fora
encontrada. Quando os policiais tiraram a tampa da caixa de madeira e Michael
olhou para rostos humanos amigos, sentiu-se miraculosamente voltar à terra dos
vivos. Pouco depois, o chefe da polícia bateu à porta dos Baucom
e disse quatro palavras que imediatamente transformaram seu mundo: - Nós
estamos com Michael. Mãe e pai foram levados ao tribunal do município de Montgmoery e lá, enfim, puderam abraçar seu filho. Ele
havia sobrevivido aos seqüestradores. Tinha sido
enterrado vivo e sobrevivera. Ele não era mais uma voz ao telefone que eles não
podiam ajudar. Ele estava lá, cansado e um pouco magro, mas inteiro e feliz em
seus braços. Pouco depois, Ron White foi preso e condenado por seqüestro com tortura. Jesus Cristo, embora moído pelo
pecado do mundo e abandonado por seus amigos mais queridos, miraculosamente Se
levantou da sepultura. Não permaneceu enterrado e abandonado. Em I Coríntios
6:14, no meio do seu discurso, Paulo diz: "Deus ressuscitou o Senhor ...
pelo seu poder." Deus Pai encontrou Seu Filho amado de novo. Embora
tivesse que abandonar Jesus na cruz com nossos pecados, embora tivesse apenas
que observar, o sacrifício agora estava completo, a provação havia acabado.
Jesus tinha ressurgido em cores brilhantes depois de haver suportado um fardo
insuportável. O plano para salvar a humanidade, que Deus Pai havia elaborado,
teve pleno sucesso. Satanás, o seqüestrador, que
queria tanto destruir o Filho e enterrá-lo de vez, foi exposto e derrotado.
Essa é a grande essência da ressurreição. Jesus Cristo emergiu da sepultura
como vitorioso e glorioso, completamente triunfante sobre as forças do inimigo.
Ele é o Senhor de todos, é Senhor num sentido muito especial, não apenas porque
Ele é Deus, não apenas devido à Sua posição inerente no Universo. Ele é Senhor
porque mereceu. Por Seu sangue, suor e lágrimas, de Nazaré ao Getsêmani e ao
Calvário, Ele mereceu. Ele é o único que merece. A ressurreição não fala só de
sobrevivência, não fala só de achar um meio de burlar a morte. É uma grande
declaração de triunfo, uma grande comemoração entre o Pai e o Filho que
alegremente se abraçam, não mais separados pelo horror da culpa e do pecado
humanos. O apóstolo Paulo fala do "incomparável e grande poder" de
Deus: "Segundo a operação da força do Seu poder, que manifestou em Cristo,
ressuscitando-o dos mortos e pondo-os à sua direito
nos céus." Efésios 1:19,20. O Pai tinha ficado impossibilitado de agir
durante as terríveis cenas do Calvário. Agora, podia mostrar Sua mão e Ele o
fez poderosamente. Ele acordou Seu Filho com tal "força poderosa"
que, quando Jesus passou pela pedra da sepultura, os guardas romanos caíram
como mortos diante de Seu brilho. Mas o Pai ainda não havia terminado.
Continuou despejando Seu incomparável poder finalmente liberado. Queria levar
Seu filho de volta para casa. Cristo ascendeu para o Céu nas alturas, para a
sala do trono de Deus e lá Se sentou como conquistador. O apóstolo Paulo nos
conta que o Pai podia agora pôr "todas as coisas sob seus pés".
Jesus, o sacrifício, agora está "muito acima de todas as regras e
autoridade, poder e domínio de qualquer título que se possa dar". Jesus
Cristo assumiu Seu lugar no Céu, como Senhor de toda a raça humana. Isso é
parte da boa nova, Jesus não apenas escapou da sepultura; Ele subiu ao Céu nas
alturas como O Salvador. Tem autoridade para intervir no mundo em nosso nome.
Tem o poder para nos salvar a todos. Tem o título acima de qualquer nome que se
possa dar e um dia Ele virá de novo para reinar como o Rei da Glória. Algum dia
nós vamos vislumbrar o Senhor da glória face a face, o Senhor ressuscitado que
nós celebramos. Ele conquistou a morte, triunfou sobre o pecado. Jesus triunfou
sobre toda a tragédia humana, todo problema humano. Ele é aquele que dá vida
nova a todos que vêm a Ele pela fé. Você pode confiar nEle
quaisquer que sejam os seus fardos, quaisquer que sejam suas dificuldades
atuais. Você pode confiar no Redentor ressuscitado. Será que Jesus Cristo é o
Senhor da sua vida hoje? Você pessoalmente Lhe
conferiu este lugar? Ele adquiriu esse direito; foi sepultado por nossos
pecados. Ressurgiu para nossa libertação. Eu lhe peço que o aceite como Senhor
agora
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QUANDO A FÉ SE ACABA
Pr. George Vandeman
A fé pode ser algo desconcertante para algumas pessoas,
pode ser delicada e às vezes, intangível. Quando tentamos realmente alcançá-la,
ela desaparece. Difícil de definir, difícil de cercar. Como podemos ter certeza
de que temos a fé genuína? Joana acreditava sinceramente em Deus. Ela parecia
ter uma fé alegre e aberta. As pessoas da igreja que ela passou a freqüentar admiravam seu entusiasmo, sua espontaneidade.
Essa jovem mãe solteira estava tentando recompor sua vida e queria que Deus
participasse disso. Deus estava se tornando real para Joana. Nos dias felizes,
o mundo inteiro parecia claro com a presença dEle.
Entretanto, havia os dias ruins também. Em certas ocasiões, Deus parecia muito
distante e Suas leis, proibitivas. Quando algum dos velhos amigos de Joana
aparecia, seus velhos hábitos apareciam também. Ela queria compartilhar sua fé,
mas às vezes não conseguia encontrá-la. Joana começou a freqüentar
cada vez menos a igreja e a evitar seus amigos cristãos. A atração da vida
antiga intensificou-se. Viver sem Deus e religião tornou-se livre e fácil para
ela; as pessoas da igreja pareciam rigorosas ou hipócritas. As drogas e festas
que antes a preocupavam, aproximaram-se dela novamente. Joana tentou manter-se
firme na fé em Cristo, não queria afastar-se dEle,
mas sua força aos poucos diminuiu. Muitas outras coisas contribuíram para por a fé de lado. Joana, na
verdade, não desistiu de sua fé, mas esta foi se acabando lenta e quase
imperceptivelmente. A fé pode se acabar. Ela não fica firme no último lugar em
que você a abandona. Ela não permanece forte em algum canto abandonado do nosso
coração. A fé vai se acabando. Ela se acabou para muitas pessoas que talvez nem
saibam disso. Muitos pensam que seja qual for seu estilo de vida, ainda podem
manter a fé em algum lugar dentro de si mesmos. Presumem que podem nutrir a fé
por conta própria, à sua maneira. Infelizmente, a fé pode se acabar mais rápido
do que pensamos. Um dia acordamos e ela não está mais ali; estendemos a mão e
não encontramos onde nos apoiar. Gostaria de mostrar alguns meios pelos quais
podemos agarrar firmemente a fé. Meios que evitem que ela se acabe. Dias ruins
irão chegar para todos nós e nossa fé passará pelos árduos caminhos da tentação
e do "stress". Precisamos de uma fé que possa resistir a tudo isso.
Algumas experiências religiosas interessantes dos filhos de Israel, no Velho
Testamento, nos dão uma idéia muito boa de como a fé
é edificada. Obviamente, a vida devocional, a oração e o estudo bíblico são a
chave da manutenção da nossa fé, pois não existe substituto para esse
relacionamento individual com Cristo. Quero falar sobe alguns outros
negligenciados construtores da fé, recursos que estão à nossa disposição e que freqüentemente ignoramos. Começaremos com a travessia de um
rio. Aconteceu no final de uma viagem muito longa. Logo após a fuga do Egito,
os israelitas vagaram pelo deserto do Sinai por quarenta anos e chegaram
finalmente na divisa da terra prometida, Canaã; mas o Rio Jordão estava no
caminho deles. Normalmente eles teriam toda facilidade para atravessá-lo, mas
era a estação das chuvas e o Jordão tornou-se mais fundo e caudaloso. Nessas
ocasiões, ele provoca inundações que perduram por semanas. Assim, os israelitas
tiveram que acampar na margem leste e esperar. Teria sido fácil ficar
desanimado. Eles tinham vindo de tão longe e levado tanto tempo para chegar!
Agora, após anos de esforços, tão próximos de seu alvo, uma enorme torrente
bloqueava seu caminho. Mas o líder de Israel, um homem chamado Josué, tendo
recebido uma mensagem de Deus, disse ao povo: "Amanhã o Senhor fará
maravilhas no meio de vós". Josué 3:5. Deus revelou a Josué exatamente
como os israelitas iriam atravessar o Jordão. Era um plano bastante incomum,
mas Josué o aceitou e com muito cuidado instruiu o povo quanto ao que iriam
fazer. No dia seguinte, todas as tribos de Israel enfileiraram-se em ordem. Os
sacerdotes, em pé na frente, carregavam em seus ombros a Arca da Aliança,
aquele santuário portátil que simbolizava a presença de Deus em Israel e seu
compromisso com Ele. Os sacerdotes e o povo começaram a marchar do acampamento
diretamente ao caudaloso Jordão. Esse era o plano que Deus tinha em mente:
"Nisto conhecereis que o Deus vivo está no meio de vós... Assim que as
plantas dos pés dos sacerdotes que levam a arca do Senhor pousem nas águas do
Jordão, serão elas cortadas, a saber, as que vêm de cima se amontoarão."
Josué 3:10,13. À medida que a coluna de hebreus marchava, o ruído do rio ia
aumentando. Eu não me surpreenderia se alguns deles pensassem: "Como é que
vamos conseguir? Isso é loucura!" Bem, aquelas pessoas haviam crescido
como nômades no deserto. É bem difícil aprender a nadar no deserto, não é?
Portanto, não era nada fácil para eles marcharem em direção ao Jordão. Deve ter
sido difícil para aqueles sacerdotes, equilibrando a arca folhada a ouro em
seus ombros, entrar na forte correnteza. Mas, de algum modo, continuaram
andando liderados pela arca de Deus e entraram no caudaloso Jordão. A Bíblia
descreve o que aconteceu em seguida: "E quando os pés dos sacerdotes que
levavam a arca se molharam na borda das águas ... pararam-se as águas que
vinham de cima, levantaram-se num montão... Os sacerdotes pararam firmes em
seco no meio do Jordão e todo o Israel passou..." Josué 3:15-17. Que
visão! Bem no meio desse repentino rio seco, a arca de Deus, como uma grande
bandeira, levou Israel até a terra prometida e enquanto o povo marchava, Josué
ordenou que 12 grandes pedras fossem tiradas do leito do Rio Jordão. Aquelas
pedras ali ao lado do rio seriam um memorial do milagre que Deus havia
realizado pelo Seu povo. Depois que a última pessoa atravessou em segurança, a
arca foi retirada do leito do rio e Josué nos diz: "Assim que as plantas
dos seus pés se puseram em terra seca, as águas do Jordão se tornaram ao seu
lugar e corriam como antes" Josué 4:18. Deus calculou perfeitamente. Ele
tinha um propósito definido em ajudar Israel a entrar na terra prometida desse
jeito. A Bíblia nos diz em Josué 4:24 que Ele fez isto "para que todos os
povos da Terra conheçam que a mão do Senhor é forte..." Sim, Deus foi
capaz de se revelar a Si próprio porque Israel como um todo caminhou firme na
fé. Eles não ficaram sentados às margens do Jordão esperando que Deus
realizasse um milagre. Eles marcharam firmes em direção ao rio, na direção de
um alvo impossível. Eles tiveram que dar o primeiro passo dentro das águas
caudalosas antes que Deus abrisse uma trilha seca. Grande imagem de fé e da
resposta de Deus! Vamos tentar olhar por trás dessa imagem por um momento. Você
sabe que os filhos de Israel não se destacavam pela sua grande fé. Eles
reclamavam diante de qualquer dificuldade, trocavam Jeová pelos ídolos em quase
todas as oportunidades. Então, o que os capacitou a dar este salto gigante de
fé em direção ao Jordão? Eu creio que podemos resumir em uma palavra: momento.
Algo aconteceu com eles quando se enfileiraram por clãs e tribos atrás daqueles
sacerdotes com seus trajes cerimoniais segurando bem alto a arca de Deus.
Aquela vasta multidão, rumando para o Jordão, de acordo com a instrução do
Senhor, sentiu que Deus ia agir. A emoção correu por todas as fileiras e o
momento cresceu. Creio que bem poucos daqueles israelitas podiam ter caminhado
até o revolto Jordão por conta própria. Como indivíduos eles não teriam tido fé
para entrar. Mas como um grupo dirigido pelo Deus Jeová, eles seguiram em
frente e mesmo aqueles entre os israelitas cuja fé era fraca, mesmo os mais
temerosos, foram empurrados adiante por aquele momento sagrado e eles
participaram do milagre. Eles experimentaram o evento da fé crescente. Este é
um aspecto da fé que é muitas vezes desprezado. Um grupo que segue adiante por
Deus solidifica a fé de seus membros. Geralmente vemos a fé como uma coisa
individual e estamos certos. A fé deve crescer no coração individualmente. Ela
é nutrida no relacionamento individual com Cristo. Mas existe também o momento
do corpo de Cristo, da igreja de Cristo, para nos ajudar. Isso pode ser
valiosíssimo na edificação da nossa fé. Se estivermos seguindo adiante em
grupo, a nossa fé não estará se acabando. É por isso
que eu acho tão importante nos dedicarmos de fato a um grupo de cristãos,
tornarmo-nos parte da comunhão de uma igreja. Nós precisamos desse momento.
Precisamos cerrar fileiras juntas, atrás de algum símbolo visível da presença
de Deus. Assim como os filhos de Israel marcharam atrás da arca, a Igreja nos
dá um apoio para nossa fé; ajuda a nos agarrarmos mais firmemente àquilo em que
acreditamos e nos capacita a participar de mais e mais eventos que edificam a
fé. Agora vamos dar mais uma olhada nos filhos de Israel e seu momento. Desta
vez, contra um objeto imóvel. Quando os israelitas entraram em Canaã, uma
grande cidade estava em seu caminho: Jericó. A fortaleza de Jericó era a
fortaleza da idolatria e situava-se bem a oeste do Rio Jordão. Em Jericó
centralizava-se tudo o que era mais vil e mais degradante na região de Canaã e
Deus disse ao Seu povo que tais lugares deveriam ser completamente destruídos.
Mas como um pequeno grupo de hebreus nômades iria fazer isso? Eles estavam
diante de um objeto irremovível, uma cidade bem fortificada, cheia de
guerreiros experientes. Josué pensou muito sobre esse problema, quando de
repente Deus apareceu a ele. Josué reverentemente perguntou: "Que mensagem
meu Senhor tem para o seu servo"? E o Senhor respondeu com estas palavras:
"Eu entreguei Jericó em suas mãos juntamente com seu rei e com seus
guerreiros". Ora, isso parecia altamente improvável do ponto de vista
humano e o método de ataque que Deus propôs a seguir deve ter aumentado a fé de
Josué mais ainda. Encontramos na Bíblia, em Josué 6:3-5 mostrado com clareza:
"Vós pois todos os homens de guerra rodeareis a cidade... assim fareis por
seis dias, sete sacerdotes levarão sete trombetas... adiante da arca: no sétimo
dia rodeareis a cidade sete vezes e os sacerdotes levarão sete trombetas e será
que tocando-se longamente a trombeta... ouvindo vós o sonido dela, todo o povo
gritará com grande grita: O muro da cidade cairá". Bem, felizmente, Josué
não questionou essas estranhas instruções. Ele tinha aprendido a esta altura a
confiar na orientação de Deus sem restrições. Assim, uma vez ao dia, durante
seis dias, Israel marchou solenemente ao redor dos muros de Jericó. Josué
ordenou a seus homens: "Não gritareis nem fareis ouvir a vossa voz, nem
sairá palavra alguma da vossa boca até ao dia em que
eu vos diga: gritai." Josué 6:10. Bem, essa foi sem dúvida, uma procissão
religiosa. Imagine fazer o cerco a uma cidade com sacerdotes, trombetas e a
arca. Não encontramos qualquer menção de armas, catapultas ou flechas de fogo.
Somente símbolos da religião de Israel. Enquanto marchavam embaixo daqueles
muros enormes, dia após dia, devem ter sentido meio bobos. Tenho certeza de que
os guerreiros de Jericó, seguros dentro de suas torres fortificadas, devem ter
gritado alguns insultos para aquela procissão diária. Mas os israelitas
mantiveram a disciplina e o silêncio. Sua marcha ordeira expressava confiança
no que Deus ia fazer. Ela tornou visível a sua fé. Não fizeram ameaças nem
mostraram fúria. Houve apenas o som das trombetas dos sacerdotes. Aí, no sétimo
dia, os israelitas levantaram-se ao romper do dia e formaram sua procissão.
Eles marcharam ao redor da cidade sete vezes e os sacerdotes soaram as
trombetas com grande ruído. Josué bradou; "Gritai porque o Senhor vos
entregou a cidade". O povo gritou com todas as suas forças. Suas vozes
unidas ecoaram pela grande cidade e seus muros maciços balançaram, racharam e
ruíram. Os soldados de Israel correram sobre os fragmentos e as nuvens de pó. A
cidade estava destruída. O momento de Israel esmagou aquele objeto imóvel.
Observe dois fatores importantes daquele momento: disciplina e um grande grito.
Alguns soldados hebreus correndo ao redor de Jericó não teriam tido nenhum
impacto. Alguns gritos entusiasmados também não teriam. Deus queria o Seu povo
unido em disciplina, unido em um grande grito e desse modo a sua fé fortalecida
tornou-se visível. Todos a expressaram juntos, ela se tornou algo maior do que
a soma daquelas partes individuais. A fé expressada junta é poder. As vozes
unidas em oração dão força. Por isso prestamos culto com um grupo, para
erguermos um grande grito. Ampliar nossa fé individual em Deus é essencial.
Amigo, a adoração individual é importante, é essencial. Não desprezemos nossas
oportunidades de edificar juntos nossa fé e encorajar uns aos outros. Quando a
fé é mantida com um grande grito, ela não vai se acabar, entende? Muitos anos
atrás, um horrível incêndio irrompeu em um grande arranha-céu. Várias pessoas
ficaram presas no último andar. Rostos repletos de horror olhavam para os
bombeiros, clamando por ajuda. Escadas foram erguidas, mas a mais alta estava
longe de alcançá-los. Assim, os bombeiros emendaram diversas escadas e as
ergueram acima das chamas em direção ao último andar. Mas houve somente um
homem do corpo de bombeiros com força aparente e coragem para subir àquela
altura. A multidão via aquele homem subir pelas escadas e começar a trazer as
pessoas para baixo uma de cada vez. Bem, após a última pessoa ser salva, o bombeiro
deitou-se no chão em busca de oxigênio. Aí, alguém avistou um garotinho ainda
preso no último andar. O chefe dos bombeiros correu até o bombeiro exausto e
implorou: - Você vai ter que voltar mais uma vez. O homem estava muito fraco
para mover-se. - Não posso - ele sussurrou - esgotei-me, nada mais me resta.
Mas não havia mais ninguém que pudesse subir. Assim, o chefe gritou: - Você tem
que subir. Há uma criança lá em cima! Lentamente o bombeiro foi se arrastando
para o alto e forçando as pernas para o levarem escada acima. Ele subiu seis
andares e parou. Sua perna esquerda escorregou da escada. Parecia que ele ia
cair para a morte. O chefe dos bombeiros pegou seu megafone e gritou para a
multidão: - Vamos todos aplaudí-lo! Aplaudam-no alto
e demoradamente. Digam para ele não desistir. A multidão, de repente, acordou e
gritou: - Você está indo bem! Não desista! Você consegue! O bombeiro continuou
a subir aos poucos aquela escada. A multidão aplaudiu mais alto ainda. Suas vozes
ecoavam pelo céu. O bombeiro alcançou a janela e em seguida abriu-a. Ajudou o
menino apavorado a subir em suas costas e começaram a descer lentamente.
Milhares de vozes gritavam incentivando-os até chegarem em segurança ao chão.
Simples vozes na multidão geralmente não acrescentam muito, mas as pessoas
juntas por alguns minutos, unidas, aplaudindo e gritando a uma só voz,
tornam-se parte de um milagre de coragem. Amigo, espero que possamos todos
erguer esse tipo de grito em nossa vida. Precisamos tornar nossa fé visível,
tangível. Juntos podemos manter nossa fé em Cristo e vê-la realizar grandes
coisas. Assim como aquela multidão empurrou o bombeiro através de seu esforço
unido. Por favor, não tente apenas manter viva a sua fé em particular. Existe
muito mais do que isso. Existe o momento, a energia no corpo de cristãos
seguindo avante em nome de Cristo. Existe a disciplina e o culto pleno de
alegria no corpo da igreja que pode nos preencher com uma fé capaz de transpor
obstáculos irremovíveis. Amigo, vamos nos dedicar a um grupo de cristãos, não
porque achamos que eles são perfeitos, pois não são, mas para podermos marchar
juntos atrás da arca de Deus, um símbolo visível da presença de Deus que fará
muito bem para nossa fé e nossa fé fará muito bem a nós. Vamos unir hoje nossa
voz num grito de triunfo